Inspetoria Santa Catarina de Sena Ano 37 | n째 40| agosto setembro e outubro 2014 | S찾o Paulo | SP
Uma Janela aberta para o mundo!
Conectadas com o futuro
o- CapĂtulo Geral XXIII
EDITORIAL
“Ser, hoje, com os jovens casa que evangeliza”
Prezados leitores! “Ser, hoje, com os jovens casa que evangeliza” é o tema do Capítulo Geral XXIII do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora que está sendo realizado, aqui, em Roma, de onde lhes escrevo com muita alegria. O CG XXIII teve início no dia 22 de setembro e terminará no dia 15 de novembro. Partilho, em seguida, algumas experiências, ideias, impressões e emoções que estão sendo significativas e provocadoras nesse Capítulo: - Uma experiência do Espírito “que tudo cria e tudo renova”. Este tempo do CG XXIII é um novo Pentecostes em que um grupo de 194 Filhas de Maria Auxiliadora, provenientes dos cinco continentes, vive, em atitude de escuta, para discernir os novos caminhos que o Instituto é chamado a percorrer, hoje, para ser presença profética com sua força carismática. Durante o Capítulo, se respira o ar da universalidade, como nos diz Madre Yvonne: “É o mundo inteiro numa casa” e nesta casa resplandece a riqueza e a beleza de nossa vocação. - Espírito de família - O Instituto é uma grande família com uma pluralidade de rostos, culturas e línguas. Aqui fazemos a experiência concreta de que a linguagem do amor supera tudo. Reina, entre nós, um clima de muita alegria, serenidade, respeito, acolhida e valorização de cada pessoa. O que nos une é a Pessoa de Jesus Cristo e seu Projeto vivido segundo o carisma e a espiritualidade de Dom Bosco e de Madre Mazzarello. - A esperança anima nossos corações – somos filhas de dois grandes sonhadores que acreditaram e viveram animados por uma grande e firme esperança. Num tempo marcado por tantas crises, violências e novas formas de pobreza, aqui vivemos, alimentamos e revigoramos nossa esperança. O Instituto tem muito a dizer, dar e contribuir para que o mundo seja mais humano e feliz, “onde todos tenham vida e vida em abundância”. Estamos em sintonia com a Igreja que vive um novo tempo de esperança, em resposta ao convite de Papa Francisco: “Não deixemos que nos roubem a esperança”(EG 86). - Experiência inédita - A presença das leigas e leigos, das jovens e dos jovens, neste Capítulo, foi uma experiência inédita, um sinal, um testemunho vivo de partilha, em sinergia e reciprocidade, da espiritualidade e da missão educativa. Estar com eles, conviver, partilhar e, especialmente, escutar o que eles tinham a nos dizer nos mostrou o quanto o nosso carisma é vivo, atraente e atual. Sentimos fortemente a responsabilidade de continuar somando forças, com as leigas e leigos, e compartilhar sempre mais com nossas comunidades educativas a herança carismática para sermos hoje com os jovens casa que evangeliza. - Comunhão de fé no sim - Muito me falou, ao coração, a atitude de nossas Irmãs que foram eleitas para o serviço de animação e governo do Instituto, sexênio 2014-2020. Grande é a fé e a confiança em Deus e na proteção de Maria Auxiliadora! Deus está nos falando por meio de nossa pobreza, humildade, simplicidade. Ele é o Deus dos pequenos, dos simples e dos humildes. Em nossas orações, peçamos a Maria, Mãe de Jesus, que seja força e apoio para Madre Yvonne Reungoat e para todas as Irmãs que compartilham, com ela, o serviço de autoridade, no Instituto, para que vivam esta missão com caridade pastoral e fidelidade plena ao carisma salesiano. Caminhemos na fé e na certeza de que o Senhor nos acompanha e se faz companheiro de viagem assim como foi para com os discípulos de Emaús! Um fraterno abraço.
Ir. Helena Gesser
EXPEDIENTE Rua Três Rios, 362, Bom Retiro 01123-000 São Paulo | SP Tel. 55 11 3331 7003 www.salesianas.org.br Em Família é um boletim que divulga e informa sobre o cotidiano das comunidades das Filhas de Maria Auxiliadora na Inspetoria Santa Catarina de Sena e suas frentes de trabalhos.
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Redação, produção e distribuição Ir. Maria de Lourdes Macedo Becker, Andréa Pereira Projeto gráfico Afonso Avancini Capa : Inspetoria Santa Catarina deSena Revisão Ir. Edméa Beatriz Battaglia Fotos Ir. Dorcelina Rampi Colaboração Comunidades da Inspetoria Santa Catarina de Sena Apoio Ir. Maria de Lourdes Fidelis Contato editorial@fmabsp.org.br EM FAMÍLIA | Ano 37 | nº 40 Centro de Comunicação Marinella Castagno
SUMÁRIO
Capítulo Geral XXIII
CAPA
BICENTENÁRIO DOM BOSCO
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Mensagem de Abertura do Ano de Celebração PONTO DE VISTA
A palavra de Deus ilumina: “Sair” ou “Voltar”?
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Relembre e fique sabendo o que aconteceu em nossas comunidades nos meses de abril, maio e junho, programese para as próximas atividades. Divirta-se, emocione-se, Em Família.
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ECOSBRASIL reunida na Inspetoria Santa Catarina de Sena
Escolas Capa - Capítulo Geral XXIII Bicentenário de Dom Bosco Comunicação Missão Cultura Vocacional Insieme Na Vibe Ponto de Vista Resas Presença É Festa Programe-se
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Cartas Sono tornata da poco dalla sosta in montagna e ho trovato la bellissima rivista Em Familia. Ti ringrazio e ti assicuro la mia preghiera per te, per la nuova ispettrice che ben ricordo e per l’ispettoria. Maria continui a rendere fecondo il vostro impegno! Nella preghiera, con affetto Sr. Anna Z. Nossa...... recheadinha de coisas bonitaas e e muito bem apresentadas! VALEU!!!! Parabéns!!! Obrigada! Um abração, Ir.Vilma
Querida, ti ringrazio per il bel giornalino che mi hai inviato. Ho passato le pagine e ti voglio dire che mi e’ molto piaciuto: vivace, dinamico, informativo. Credo uno strumento bello e gradito per tutte le Suore. Tra pochi giorni ci sara’ ECOSBRASIL proprio a S. Ines: auguri, sono certa che il gruppo si trovera’ benissimo nella casa ispettoriale tanto ospitale! Salutami tutte le Sorelle. Vedo che oggi e’ anche la festa di Ir Rosalba: se puoi, dille anche l’augurio affettuoso e la preghiera da parte mia. Ti saluto con carinho e ti mando un abbraccio Ir Giuseppina Teruggi
Muito agradecido pelo belo informativo. Favor transmitir minha saudação à querida Ir. Helena Gesser. Um semestre abençoado. P. Orestes Carlinhos Fistarol - BBH agosto setembro e outubro 2014 | 5
NAS ESCOLAS
Alunos do Colégio do Carmo participam da Feira das Profissões Unitau
No dia 09 de setembro, os alunos do 3º ano do Ensino médio participaram da “Feira de Profissões”, na Universidade de Taubaté (UNITAU). A visita à Feira faz parte de um projeto que auxilia os alunos, que estão terminando o Ensino Médio, na escolha profissional.
Aula prática: manuseio de Teodolito Trigonométrico Os alunos do 9º ano do Instituto Nossa Senhora do Carmo, Guaratinguetá-SP, participaram, no pátio, de uma atividade prática, durante a aula de Matemática. Orientados pela professora Diana Vieira de Carvalho aprenderam a manusear um Teodolito Trigonométrico. O Teodolito é um instrumento de precisão que mensura ângulos verticais e horizontais. É utilizado em diversos setores como navegação, construção civil, agricultura e meteorologia. Em outros termos, mede alturas inacessíveis. No pátio do Colégio, os alunos puderam medir ângulos de diversos monumentos e objetos. Essa aula faz parte do ciclo de atividades que proporciona aos estudantes a possibilidade de experimentarem, na prática, o conteúdo apreendido na teoria.
6 | Em Família
NAS ESCOLAS
Encontro de ex-alunos no Colégio do Carmo
No dia 27 de setembro, realizou-se o dos Ex-Alunos (as) do Colégio do Carmo, iniciado com a Santa Missa, presidida pelos Ex-Alunos, Pe. Valdivino Guimarães, e Pe. William Betônio, Diretor da Rádio Aparecida e vicepresidente da Rede Católica de Rádios ambos Missionários Redentoristas e residentes em Aparecida. Após a Santa Missa, os participantes na confraternização, relembraram os bons tempos em que estudaram conosco.
Um diferencial muito importante e emocionante do encontro foi a presença da Urna com as Relíquias de Dom Bosco que esteve, em nosso Colégio, durante uma semana.
Manhã de Espiritualidade - Comunidade Educativa
Nossa Comunidade Educativa se reuniu no dia 04 de outubro para uma manhã de espiritualidade, estudo e aprofundamento do sentido do nosso “Ser Família Salesiana”. Foi um momento muito rico de partilha, troca de experiências, e intensamente vivenciado pelos nossos educadores com a assessoria de Irmã Cláudia Ribeiro, responsável pela Animação da Pastoral Juvenil Salesiana, na Inspetoria Santa Catarina de Sena.
O nosso muito obrigada a todos que estiveram presentes nesta manhã de partilhas, alegria, sorrisos, brincadeiras, convivência e, acima de tudo, de vivência do carisma salesiano. E também obrigada à Ir. Cláudia que nos ajudou e nos orientou na partilha, que Deus a acumule de graças para sempre viver a alegria de sua vocação!
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NAS ESCOLAS
Festa da Família no Colégio de Santa Inês No dia 23 de agosto, no Colégio de Santa Inês, foi realizada a Festa da Família. A manhã repleta de atividades, recriou o ambiente do oratório festivo de Dom Bosco. Na ocasião, também foi aberto o projeto “Para Sempre”. O evento foi oportunidade de fortalecimento das
relações, entre a Escola e as Famílias, por meio de atividades lúdicas e reflexivas, e comprovou que é preciso desacelerar, colocar a mão na terra, tornar a rotina agradável, gostar de estar junto, em família.
Alunos visitam Parque do Varvito e Fazenda do Chocolate No dia 25 de setembro, os alunos do 2º ano do Ensino Fundamental realizaram um passeio no Parque Geológico do Varvito, localizado na cidade de Itu - São Paulo. Varvito é o nome utilizado pelos geólogos para denominar um tipo de rocha sedimentar única, formada pela sucessão repetitiva de lâminas ou camadas, cada uma delas depositada durante o intervalo de um ano. Aproveitando a localização do Parque, os alunos também conheceram a Fazenda do Chocolate e, durante a visita, foi apresentadas a história do chocolate e curiosidades sobre o Cacau.
8 | Em Família
NAS ESCOLAS
Evangelização na Capela
O 3º ano foi agraciado com um novo momento de reflexão sobre a palavra. Com a colaboração da Ir. Maria da Encarnação, os alunos refletiram sobre a passagem “Vós sois a luz do mundo” (Mateus 5, 14). Foi um momento muito rico, os alunos foram levados a pensar sobre a vida e a relação com o outro. O momento foi muito dinâmico e teve continuidade ao longo do dia, quando refletimos sobre os momentos que pudemos ser luz para o próximo.
Alunos do 4º ano aprendem diferença entre os estados físicos Os alunos do 4º ano do Ensino Fundamental estudaram os estados físicos: sólido, líquido e gasoso. Na oportunidade foi realizada uma experiência para comprovar a passagem do estado líquido para o sólido, fazendo “gelinhos”. Foi uma maneira gostosa e divertida de aprender a diferença dos estados físicos.
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NAS ESCOLAS
Simulado Tirando de Letra no Mazzarello Nos dias 5 e 6 de agosto, os alunos da 3ª série do Ensino Médio participaram de um simulado online, em parceria com plataforma a educacional GEEKIE. O objetivo da proposta foi a preparação dos jovens para as provas do ENEM. A partir de um diagnóstico personalizado de desempenho, os alunos terão acesso a seus pontos fortes e fracos, podendo assim reforçar o que necessitam e os professores mapear as habilidades dos educandos, auxiliando-os a potencializar o desempenho.
Instituto Madre Mazzarello recebe apresentação do Grupo de teatro TEMA
Em homenagem ao dramaturgo brasileiro Ariano Suassuna, o Grupo Tema apresentou, na íntegra, o clássico Auto da Compadecida. Foi uma noite muito especial. Como o próprio autor citava: “Arte pra mim não é produto de mercado. Podem me chamar de romântico. Arte pra mim é missão, vocação e festa” Foi uma verdadeira festa cultural. Prof. Guilherme Canto Diretor do espetáculo”
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NAS ESCOLAS
Feira Cultural do Instituto Madre Mazzarello
Realizada no dia 27 de setembro, a Feira Cultural, com o tema “Mazzarello 60 anos: um passeio pela história do conhecimento”, teve como objetivos: estimular e valorizar o conhecimento científico, tecnológico e artístico dos alunos, a partir de fatos marcantes acontecidos, nesses últimos 60 anos, além de desenvolver o interesse pela pesquisa, o senso crítico dos estudantes e promover a participação, a integração de toda a Comunidade Educativa e suas Famílias. Os ambientes da Escola foram cuidadosamente preparados pelos alunos e professores para a apresentação de Projetos interessantes, atuais e interdisciplinares. As famílias e os visitantes puderam apreciar e interagir com os alunos em: - Exposições, Apresentações e Oficinas, na Educação Infantil; - Poesias, Sarau, Jogral, Artes Plásticas e Arte Brasileira, apresentados pelo Ensino Fundamental do 1º ao 5º ano; - Temas variados pesquisados pelos alunos do 6º ao 9º ano: A cura das doenças, Os benefícios da atividade física, Televisão e cinema, Energias renováveis, “Se liga na família”, “Tecnomazza”, “Nos trilhos do trem das onze”e “Museu do Dinheiro”;
- Pesquisas realizadas pelos alunos do Ensino Médio e Magistério: Comunicação, Televisão e Cinema, A evolução histórica do futebol, A Inseminação artificial, Farmacologia, A aventura do homem à Lua, Uma viagem à “Era Vargas e Jk”, O Concílio Vaticano II, “Juventudes” e Escola: uma viagem pelo tempo em suas épocas. Assim, crianças e jovens de cada segmento, a partir de suas habilidades e competências, de seu entusiasmo e alegria, encheram de admiração os olhos de todos os presentes, com a apresentação de trabalhos resultantes da seriedade e empenho com que se prepararam. Em cada sala visitada, uma surpresa... No conjunto, quanta aprendizagem nova e significativa! Parabéns a todos os alunos, educadores, famílias e aos nossos funcionários -sempre solícitos e prestativos pela dedicação, colaboração e responsabilidade vividas na preparação e realização deste belo evento. Parabéns ao Mazzarello pelos seus 60 anos de entrega à educação e à vida de seus destinatários!
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NAS ESCOLAS
Insa Araras realiza Missa pela família
É grande a importância da família para a construção de uma sociedade estruturada, saudável e equilibrada, daí a necessidade de ser valorizada pela Escola e por toda a Comunidade Educativa. Em agosto, mês das vocações, por iniciativa do INSA de Araras, foi celebrada uma Missa pela Família, no dia 20, às 19h30, na Igreja Nossa Senhora Aparecida, no Jardim Cândida, presidida pelo pároco, Padre Nilton, e
concelebrada pelo salesiano Pe. Vinícius de Paula que, também, animou os cantos. A Celebração Eucarística envolveu os pais e os filhos que assumiram as leituras, a procissão do ofertório, os cantos, agradecendo a Deus e pedindo suas bênçãos para todas as famílias, especialmente as do Instituto Nossa Senhora Auxiliadora.
Alunos do 4º ano entrevistam escritor Pedro Spigolon
Com o Projeto Poesia, os alunos estudaram poemas, poesias, rimas, estrofes, versos e conheceram alguns escritores brasileiros por meio de biografias e obras. O escritor e ex-aluno do INSA, Pedro Spigolon, esteve com os 4ºs A e B contando sobre sua vida: filiação, infância, escolaridade, projetos atuais e sobre a arte de ser escritor de poemas e poesias 12 | Em Família
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Agita INSA 2014 foi uma curtição
Desde o final de abril, quando foram divididos em quatro equipes, os alunos do Fundamental II e Médio do INSA de Araras envolveram-se com o ‘Agita 2014’, criando logos e confeccionando camisetas que logo começaram a ser usadas. Com uma programação extensa, as competições foram realizadas, no mês de junho. As provas esportivas foram disputadas, no período da tarde, durante as aulas e treinos do Ensino Médio e as finais, na última semana de junho. Com atividades animadíssimas, a prova “busca implacável”, com a participação dos pais e a Manhã Tecnológica do 9º Ano e Ensino Médio roubaram a cena. Representantes de todas as Equipes passaram a noite no CEDINSA, participando de desafios incríveis de resistência física e de conhecimento matemático, resolvendo desafios que chegavam a demorar horas para serem decifrados. Já as provas do Agita Cultural foram realizadas no ECA. Teatro cheio, todos vibrando com as provas de megasenha, soletrinsa, paródias com o tema “drogas recreativas”, concurso de fotos “um olhar sobre minha escola” e vídeos sobre “a corrente do bem”, concurso de esquetes, “se vira nos 30”, confecção de banners sobre memórias salesianas. Tudo criado pelas equipes, culminando com apresentação de danças de beleza e graça imensas com o tema “grandes musicais de cinema e de lindas coreografias , dignas de
profissionais! E, no último dia de aula do semestre, as gincanas, preparadas para incentivar o trabalho em equipe e desenvolvimento de habilidades, foram realizadas no CEDINSA, com as equipes do Fundamental II e do Médio. Tudo junto e separado ao mesmo tempo! Uma delícia de ver a animação e empenho dos alunos rodando pneus, participando do boliche humano, das cestas de basquete, da dança das cadeiras, enfim, uma agitação sem tamanho. Foi exigente, mas, principalmente um movimento muito divertido e envolvente. Até a copa gourmet aconteceu, no pátio, com as equipes decorando e trazendo pratos típicos de algumas cozinhas estrangeiras, como a da Argentina e da Austrália.
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NAS ESCOLAS
Voluntariado no INSA-SP
No início de agosto, o grupo de Pastoral do 6º ano, viveu uma experiência voluntária na Casa de Repouso para Senhoras (Missão Belém). Nesta visita, os alunos conheceram o local e foram apresentados à coordenação da Casa. E acolhidos calorosamente. Retornaram empolgados para dar continuidade ao projeto e animados para, uma vez por mês, contar e ouvir histórias, cantar e levar amor e carinho às idosas.
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A Arte e Dom Bosco
As turmas do Integral do Instituto Nossa Senhora Auxiliadora denvolvem várias atividades, no decorrer do ano letivo, que promovem, auxiliam e reforçam o currículo do período regular. Além de realizar atividades recreativas como brincadeiras dirigidas, na quadra e na brinquedoteca, as turmas também utilizam a horta para contato com a natureza, São trabalhadas atividades pedagógicas, projetos baseados em livros paradidáticos ou em temas e datas importantes como: a Campanha da Fraternidade, a Páscoa, boas maneiras, alimentação saudável... Contudo, os trabalhos de Arte são contemplados pelas cinco turmas e desenvolvidos em conjunto, divididos por faixa etária e depois reunidos em exposições em diferentes espaços da Escola. Nesse contexto é que foram montados os Mosaicos de Dom Bosco em comemoração ao Bicentenário de seu nascimento. A proposta, trabalhada com diferentes materiais, deu vida às imagens do nosso querido fundador da Congregação Salesiana. Individualmente ou divididos
em grupos, as crianças participaram pintando, recortando e colando os materiais e aprendendo, um pouco mais, sobre a mensagem e a trajetória de vida de Dom Bosco, devoto de Nossa Senhora Auxiliadora, que dedicou sua vida à educação dos jovens. Também, os alunos tiveram a oportunidade de perceber imagens, texturas e nuances e, aos poucos, refinar o olhar para as produções artísticas.
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NAS ESCOLAS
Manhãs de Formação no Instituto São José
Trinta de julho: grande encontro familiar de Educadores do nosso Instituto São José na Betsaida, ambiente agradável e adequado para a Reflexão e Oração. O tema proposto: “Mística e Missão do Professor” nos levou, após uma introdução – sobre o ser humano como ser inacabado, ser em constante “fazer-se”, ser de relação em vários níveis e dimensões – a focar a Mística como experiência íntima de uma realidade transcendente, sobretudo religiosa. De fato, na tradição bíblico-cristã entende-se mística como iniciativa gratuita de Deus que atrai para si a criatura. A resposta de aceitação do ser humano é traduzida por Jeremias na exclamação: “Seduziste-me , Senhor, e eu me deixei seduzir” (Jr.20,7). A mística permite que se perceba para além do mistério que cada um é para si a certeza que toda realidade é, também, mistério: pessoas, cosmos, história, natureza... Ela alarga nosso olhar que passa da visão reducionista das ciências sobretudo empíricas, experimentais e objetivantes para o olhar intuitivo, espiritual, contemplativo, admirador. O termo “mística” quer despertar no âmago da profissão do professor a sua dimensão de “vocação”, de paixão pela missão de educar. Um professor possuído da “mística da missão” pode e deve ser um profissional na competência. Acrescenta, porém, a ela, “algo mais”. A “mística” quer traduzir este “algo mais”. Mística tem a força de unir duas realidades que a sociedade moderna vem separando pelo seu acentuado individualismo: serviço e prazer. A mística cristã revela-nos o prazer do serviço ao irmão 16 | Em Família
nas pegadas de Jesus. Mística consegue harmonizar dor e prazer, labuta e gozo. Somente quem já experimentou o prazer de um dia cansativo de trabalho, vivido no amor, pode entender a força e o vigor da mística. Essa experiência totalmente gratuita é, sem dúvida obra do Espírito de Deus. Mística nos fala da presença ativa do Deus Trino em nós. Missão remete-nos para fora de nós. Ela se faz critério de autenticidade da mística. Toda mística autêntica transborda necessariamente em “missão”. A profissão do professor – diz-nos Padre Libânio – ascende ao grau de missão quando o apelo interior a assumir esse trabalho educativo se torna “a última e mais profunda motivação do agir”. Ao término da palestra seguiu-se a experiência fecunda de trinta minutos de deserto. Logo após o lanche saboroso, novamente os professores se reuniram para um momento de partilha na sala de reuniões. A participação à Celebração Eucarística, presidida pelo Padre Sílvio SDB, constituiu um ponto alto nesta experiência enriquecedora de reflexão, oração e de alegre fraternidade entre nossos profissionais da educação. Como nos dizia D.Bosco procuremos permanecer na Escola de Maria, nossa Mãe, onde aprenderemos a verdadeira sabedoria da mística e da missão: unidade que sonhamos viver no dia a dia. Ir.Célia Apparecida autora do texto e palestrante do encontro
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Missão: Moçambique” Entre os dias 26 de junho a 18 de julho, estive em missão em Moçambique, África, realizando trabalho voluntário e missionário. Trabalhei com crianças e professores de Escolas das Irmãs Salesianas em Maputo e, principalmente, em Moatize. Foram três semanas em uma vila pequenina, sem água encanada, com interrupções de energia elétrica, internet e telefone restritos. Com os professores, organizei uma capacitação sobre autonomia dos alunos, personalização do ensino e relação professor-aluno, mesclando palestras e dinâmicas para pôr em prática aquilo que discutimos nos nossos encontros. Isto tudo, só foi possível, após uma semana de visita em quase todas as salas e em todos os níveis de ensino para conhecer a realidade educacional de Moçambique. Há muitas diferenças entre as Escolas de lá e as daqui. O ensino moçambicano é extremamente tradicionalista: ainda baseado na cópia, na repetição e na robotização do aluno. As aulas se limitam à matéria na lousa e questionário no caderno. É difícil encarar que, em pleno século da informação, alunos ainda estejam sendo doutrinados, sem espaço para a criticidade e para reflexão sobre o mundo à sua volta. Mas, foi o trabalho com as crianças o mais gratificante. Poder conversar com elas, conhecer sua realidade, seus sonhos e ajudá-las a não abandoná-los foi a parte mais valorosa do trabalho que realizei. Em Moatize, as Irmãs Salesianas possuem uma escola que atende crianças do Ensino Infantil até alunos de 14 anos. Tudo é muito simples, mas com tamanho esforço e
trabalho as Irmãs estão conseguindo ampliar e melhorar a Escola, a cada ano. São cerca de 60 alunos por sala, na maioria dos casos, oriundos de famílias em situação de extrema pobreza. E a extrema pobreza de Moçambique é bem diferente da nossa pobreza. São famílias vivendo em casebres ou cabanas, sem acesso à água e esgoto encanados, com migalhas mensais e ajuda de vizinhos, voluntários e missionários. São essas almas missionárias que tanto ajudam aquele povo. Trabalhei com crianças dandolhes aulas de reforço escolar em Matemática, Inglês e Português. As aulas eram opcionais e no período oposto às aulas. Mesmo assim, elas estavam lá todos os dias, fazendo frio ou calor, com seus caderninhos. Muitas delas iam sem ter almoçado, outras nem chinelo tinham no pé, mas sobrava disposição e interesse. Organizei uma grande Gincana de Tabuada com os alunos de 10, 11 e 12 anos. Depois de várias seletivas e duas horas de gincana, chegamos aos três felizardos vencedores. Parece clichê, mas é a mais pura verdade: mais ganhei do que doei. Trouxe de Moçambique não só fotos e recordações, mas experiências que ficarão para toda a vida. Refleti muito sobre minha vida e o Brasil. Percebi que muitas das coisas que temos como “normais”, comuns são verdadeiros luxos, pois vivemos muito bem sem elas. Eles vivem e vivem muito felizes! Enfim, tudo ainda está muito vivo em mim. A experiência vale muito à pena principalmente para reavaliarmos prioridades em nossa vida. Voltei de Moçambique com outros olhos sobre mim e sobre o mundo. Glauco Santos- Professor de História agosto setembro e outubro 2014 | 17
NAS ESCOLAS Autor da coleção “Oficina de Escritores” fala a alunos do Colégio Auxiliadora de Ribeirão Preto
Alunos do Ensino Fundamental I e II, do Colégio Auxiliadora-RP, receberam, no dia 9 de outubro, o escritor Hermínio Sargentim, da coleção “Oficina de Escritores”, da Editora Ibep (Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas). Autor e estudantes bateram papo sobre o trabalho desenvolvido a partir da adoção do material didático. Tania Arbolea, professora de Língua Portuguesa, que trabalha com os 8os e 9os Anos, disse que foi emocionante o depoimento espontâneo dos alunos na palestra sobre suas aulas. Telma Bahia, que leciona a disciplina para os 6os e 7os Anos, afirmou que é evidente a evolução dos estudantes, que a cada dia se aperfeiçoam no domínio da técnica da escrita. Etapas do bom texto
A coleção “Oficina de Escritores traz a metodologia consagrada de produção de textos criada por Hermínio Sargentim. Os livros trabalham as habilidades de ler, escrever, desenhar, pensar e dramatizar por meio de atividades que preparam para a produção de textos de gêneros variados. O aluno é convidado a escrever em um processo que contempla cinco etapas: a preparação, um primeiro momento para reunir ideias e pensar no texto; a escrita, que é um rascunho do conteúdo; a revisão, etapa de releitura e realização de mudanças; a reescrita, na qual o estudante prepara o material para ser apresentado aos colegas e ao professor; e a edição final, quando o texto está pronto para compor um livro, jornal, mural, cartaz ou outro suporte. Cada volume é acompanhado de jogos que visam auxiliar no desenvolvimento do letramento. São eles: - Volume 1 – Jogo das cantigas. - Volume 2 – Faz de conta. - Volume 3 – Era uma vez... - Volume 4 – Frases poéticas. - Volume 5 – Jogo das histórias. Milagre do Verbo Agência de Comunicação
Inspirado pelo “Agenda Ribeirão”, Auxiliadora fará debates sobre cidade sustentável
O segundo semestre de 2014 começou, no AuxiliadoraRP, com uma reunião pedagógica que movimentou todo o Corpo Docente para debater os resultados das palestras do programa “Agenda Ribeirão”. A orientadora Pedagógica, Luíza Polloni Cantarella, participou dos encontros, na cidade, e multiplicou os principais pontos junto a direção, coordenação e professores. Com base no evento, o Colégio programou, para o mês de setembro, um ciclo de palestras para seus alunos sobre a cidade sustentável. Organizado pelo jornal A Cidade e Rádio CBN, o “Agenda Ribeirão” reuniu representantes de diferentes setores da sociedade. Os focos eram debater assuntos importantes e propor ações acerca de temas ligados a três pilares: Andar, 18 | Em Família
Viver e Morar. “Pautados pelo ‘Agenda 21’, com foco no projeto ‘Com Vida’ já planejávamos nossas ações educativas no intuito de assumir, internamente, um compromisso de trabalhar pelo despertar da consciência cidadã. Com o evento do A Cidade e Rádio CBN tivemos a oportunidade de discutir a realidade local e identificar os problemas e as possíveis soluções para um desenvolvimento sustentável. Queremos, a partir do nosso debate, fomentar a reflexão e desenvolver com os alunos um plano de atividades concretas, que auxilie na formação de cidadãos preocupados com o bem comum e com a qualidade de vida da cidade”, explica a Diretora, Irmã Adair Sberga.
NAS ESCOLAS Estudantes do Auxiliadora são premiados por Olimpíadas de Matemática e Redação O já tradicional “Bom Dia” do Colégio Auxiliadora-RP foi especial na segunda-feira, 18 de agosto, pois, foram premiados os alunos que participaram da VI Olimpíada de Matemática e da V Olimpíada de Redação da Instituição de Ensino. As equipes e os primeiros colocados, em cada categoria, receberam certificados e medalhas de Ouro, Prata e Bronze. Na ocasião, os Professores cantaram a música “Coração de Estudante”, de Milton Nascimento e Wagner Tiso, e declamaram uma poesia para homenagear os alunos pelo Dia do Estudante, comemorado em 11 de agosto. “Ficamos satisfeitos com o desempenho e o envolvimento dos alunos nas provas. Acredito que dois aspectos influenciaram, positivamente, o sucesso destes eventos: o novo formato da Olimpíada de Matemática, que propôs trabalhos, em equipe, para resolver os desafios, e a inclusão da Oficina de Escritores, na grade curricular. Já estamos colhendo bons resultados. Por isso, houve empates em várias colocações na Olimpíada de Redação”, explica a orientadora Pedagógica, Luiza Cantarella. De acordo com a Diretora, irmã Adair Sberga, estes eventos fazem parte dos planejamentos pedagógico
e estratégico do Colégio. “Os desafios servirão de estímulos para que nossos estudantes tenham novas oportunidades para desenvolver suas habilidades nestas áreas do conhecimento, descubram que podem sempre superar dificuldades e que aprender, sempre mais, é algo apaixonante e surpreendente. Nestas atividades, o domínio do conteúdo ou da técnica, do raciocínio e da criatividade são primordiais para se alcançar êxito”, ressalta.
Olimpíada do Conhecimento” chega a sua 4ª edição
A 4ª edição da “Olimpíada do Conhecimento”, do Colégio Auxiliadora foi realizada no dia 16 de setembro, em Ribeirão Preto. A atividade, preparada pelos próprios Professores da Escola, desafia alunos do 4º Ano do Ensino Fundamental a 3ª Série do Ensino Médio com questões de Língua Portuguesa, Arte, Educação Física, Ensino Religioso, Matemática, História, Geografia, Inglês, Ciências, Física, Química, Biologia. “Este evento motiva e integra nossos alunos, com a formação de Equipes de anos e séries diferentes. Eles se sentem instigados a mostrar o que já aprenderam e são envolvidos em uma competição saudável pelo saber”, analisa a diretora, Irmã Adair Sberga.
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NAS ESCOLAS
Simulado do ENEM no Instituto Santa Teresa O nosso terceirão encarou, nos dias 7 e 8 de agosto, mais um simulado do ENEM. Dessa vez, a Rede Salesiana firmou pareceria com a Geekie e o Instituto Santa Teresa assumiu conjuntamente o investimento. Em agosto, alunos e professores tiveram o resultado em mãos, com sua análise completa, com levantamento de pontos fortes e, também, daqueles que necessitam ser revisitados. O simulado foi todo on-line
Dia de Oração pela Paz
Todas as Casas Salesianas das Filhas de Maria Auxiliadora realizaram, no dia 15 de agosto, um momento de oração pela Paz. O Instituto Santa Teresa dedicou o dia 14 para pedir à Paz e aproveitou a ocasião para lembrar o aniversário de Dom Bosco, idealizador e fundador dos Salesianos.
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NAS ESCOLAS
II Jornada Literária - Visita da escritora Conceição Molinaro
No dia 1º de outubro, a turma do Ensino Fundamental I recebeu a escritora Conceição Molinaro para uma palestra sobre a literatura de Monteiro Lobato.
Contação de Histórias no Fundamental I No dia 13 de agosto, o Instituto Santa Teresa recebeu a Dell´arte Teatral da cidade de Aparecida SP, que apresentou o espetáculo de contação de história em comemoração ao mês do Folclore. Foi um momento de arte e cultura que enriqueceu o currículo escolar de nossos alunos. Assistiram a peça teatral os alunos da Educação Infantil do Instituto Santa Teresa e da Escola Parceira, Mundo Feliz.
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NAS ESCOLAS
Cineclube da FATEA celebra 50 anos Em setembro, o CineClube da FATEA comemorou 50 anos. Criado com a missão de propagar a sétima arte e promover a reflexão dos temas abordados nos filmes, resistiu à ditadura militar e ao fim dos cinemas na região. São promovidas sessões semanais, sempre às sextas-feiras, às 19h, com entrada gratuita para toda a população. “Até hoje, continuamos buscando encantar os espectadores com filmes que agregam conhecimento, cultura e informação e realizando projetos que englobam aspirantes a cineastas e crianças da região”, destaca a diretora do Cineclube, Olga Arantes. Ela conta que o Cineclube nasceu em 1964, em plena ditadura militar, como suporte às aulas teóricas dos alunos da faculdade, com filmes que tinham em sua essência a necessidade de discussão e disseminação do conhecimento. “Era um período em que os universitários viviam em intenso engajamento político dentro e fora das universidades. Durante a ditadura militar, o Cineclube era um dos poucos locais em que a sociedade podia refletir sobre a realidade”. Na década de 80 e 90, o Cineclube também sobreviveu ao fechamento dos cinemas da região. “Por muitos anos, ele foi o único espaço para exibição pública de filmes da cidade. Pode-se dizer que ele é a única sala de cinema regular, e além de tudo, aberta gratuitamente para o público. Somente no final dos anos 90 é que as salas modernas e conhecidas hoje foram sendo construídas nas cidades vizinhas”, explica Olga Arantes; O projeto oferece uma programação eclética com filmes semanais relacionados com uma proposta de tema mensal. Assim, o público tem a possibilidade de conhecer bons diretores e grandes obras cinematográficas.
Inova FM leva alunos da FATEA para cobrir Festa das Nações A Inova FM 107.3 cobriu a Festa das Nações, realizada entre os dias 11 e 14 de setembro, em Lorena. Alunos dos cursos de Comunicação da FATEA participaram da cobertura que atingiu mais de sete mil pessoas,ao longo dos quatro dias de evento. “A Festa das Nações correu como o esperado, interagimos com os alunos, fortalecemos a nossa parceria com a FATEA e levamos o nome da Rádio e Fundação. Uma experiência maravilhosa para os alunos”, conta Arildo Carvalho, diretor artístico da Rádio.
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NAS ESCOLAS
FAINC realiza Jornada Pedagógica
Para que estudantes da FAINC (Faculdades Integradas Coração de Jesus, Santo André-SP) ampliassem o conhecimento das disciplinas dos cursos da Instituição, o Diretor Geral, Prof. Dr. Wellington de Oliveira, e os Coordenadores projetaram, com sucesso, a Jornada Pedagógica de 2014, com a programação: - Educação Artística: Mostra de Arte intitulada “Reencontro”, com a participação dos ex-alunos Adriana Akie, Alexandre Barasino, Juliana Costa, Marcos Nakasone, Sueli de Moraes e Wilmar Gomes de Souza (Wigo), exaluno da antiga FATEA, de Santo André, em Artes Plásticas com prêmios internacionais e atualmente trabalhando com jóias. - Biblioteconomia: Feira de Troca de Livros e Gibis, estímulo à formação do hábito de leitura. Atraiu um público diversificado do Instituto Coração de Jesus, da FAINC, da Faculdade Aberta da Terceira Idade e convidados. O presentes ampliaram ainda seus conhecimentos com a palestra “A sociedade da informação e o paradigma da internet: redes sociais, mundo virtual ou real?” com a Profa. Drª. Nádia Hommerding, da ECA – USP. - Nutrição:Trouxe a palestra “A influência dos hábitos alimentares no cotidiano da vida moderna”, com a Drª. Renata Sandreschi Malatesta. A interação da platéia foi surpreendente, com perguntas feitas por ex-alunos,
convidados, pessoal administrativo e graduandos. A apresentação de dança da aluna Soraia Laiza, do 6º período de Artes Plásticas, acompanhada pelo instrumentista de Sítara, Fabio Kidesh ofereceu a oportunidade de imersão na cultura oriental. Cláudia Lima do 4º de Educação Artística, acompanhada ao violão pelo ex-aluno Kim Gomes, emocionou a todos com a bela voz, numa homenagem aos 100 anos de nascimento de Lupicínio Rodrigues, um dos compositores mais originais da MPB. “A Jornada Pedagógica foi maravilhosa, tivemos a oportunidade de, em duas noites, nos enriquecer com eventos culturais. As apresentações musicais e mostras de Arte foram perfeitas. A alegria de ver todos os ex-alunos expondo seus trabalhos foi motivador. Sem contar que a V feira de Troca de Livros e Gibis é uma oportunidade de desenvolver o espírito de desapego, ou seja, dar ou trocar seu conhecimento com o próximo.” Disse a ex-aluna do curso de Comunicação Social, Izabela Duarte. Departamento de Comunicação.
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CAPA
Capítulo Geral XXIII O evento capitular celebrado a partir de setembro de 2014, pertence a cada fma, pois, cada uma ofereceu a própria contribuição, em diferentes níveis, contribuições. Chegaram ao Conselho Geral não somente os documentos conclusivos, mas também o eco da experiência de comunhão e de discernimento das Inspetorias em seu Capítulo. Este foi, para fma e leigos presentes, um tempo de formação, de aprofundamento do sentido de pertença, de busca dos sinais que indicam novos caminhos para atuação do carisma hoje. O Capítulo geral é sem dúvida uma oportunidade e uma experiência de reflexão e de invocação ao Espírito para lançar o Instituto rumo ao futuro. Um modo significativo de apresentar o Capítulo é descrevendo-o em números. Estamos celebrando o 23º Capítulo geral da história do Instituto. As participantes são um total de 194. Entre estas, 16 Irmãs do Conselho geral, 77 Inspetoras, 5 Superioras de Visitadoria, 92 24 | Em Família
delegadas e 4 convidadas. Quem participa de um Capítulo é porta-voz do caminho carismático das 12.959 FMA espalhadas pelo mundo. Atualmente as FMA estão presentes em 94 nações assim distribuídas por Continente: em 24 nações da África estão presentes 516 FMA; em 23 nações da América, 4.031; em 21 nações da Ásia, 2.473; em 22 nações da Europa, 5.890; em 4 nações da Oceania, 49 FMA. Números que revelam a vitalidade e a expansão do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora. Numa entrevista, antecedendo o Capítulo, Madre Yvonne Reungoat falou sobre o tema escolhido: “Ser hoje com os jovens casa que evangeliza”. Quais horizontes pode abrir para o futuro do Instituto? Os horizontes para o futuro do Instituto são os de uma revitalização do carisma em diálogo com o nosso tempo, no qual é grande a exigência de se sentir em casa, ou seja, de ter pontos de referência afetivos, sociais, de pertença e de valores seguros
e compartilhados. A solidão da família, muitas vezes indefesa e frágil, as relações instáveis entre pessoas, a estranheza, o fechar-se em si mesmos para se defenderem podem tornar as pessoas, os jovens, sós e desorientados. Oferecer uma casa, melhor, ser casa, e ser com eles, significa o frescor das relações humanas e espirituais que entendemos viver e, ao mesmo tempo, a abertura aos outros, pois se trata de uma casa de portas e janelas abertas, acolhedoras, propositivas, onde se vive a responsabilidade e o cuidado de uns para com os outros e, juntos, se busca uma meta de beleza e de realização em Jesus, sentido verdadeiro da existência...” Na tarde de 10 de setembro, as Capitulares começaram o seu Retiro espiritual, em Mornese, encerrado no dia 17 de setembro. Para elas, foi um tempo de silêncio e escuta da Palavra, diálogo profundo com o Espírito Santo, único protagonista de qualquer processo de discernimento ABERTURA DO CAPÍTULO GERAL Ser com os jovens casa que evangeliza, 22 de setembro de 2014 início do XXIII Capítulo Geral das Filhas de Maria Auxiliadora. O dia começou com a celebração eucarística presidida pelo ReitorMor dos Salesianos, P. Ángel Fernández Artime e concelebrada por P. Francesco Cereda, vigário geral dos Salesianos. A centralidade da escuta da Palavra simbolizou a acolhida e a invocação de luz e discernimento do sonho de Deus para o Instituto. Todo o Instituto, esteve presente no gesto da entrega e da oferta, com a riqueza da diversidade e da universalidade. O momento oficial da abertura teve início com o desfile das bandeiras. Todas as FMA foram convidadas a viver o evento capitular como um momento importante no caminho do Instituto. Por isto, todas participaram invocando o Espírito Santo. Madre Yvonne Reungoat deu boas-vindas a todos os presentes. “O tema do nosso Capítulo – ser hoje com os jovens casa que evangeliza – será o coração da oração, da reflexão e do discernimento que compartilharemos na Assembleia capitular.
Acolhida
Comissão de Trabalho Conhecimento Recíporoco
Conhecimento Recíporoco
Conhecimento Recíporoco
Exercícios Espirituais
Peregrinação em Turim e Nizza
Este tema responde a o núcleo mais profundo da nossa identidade carismática e está em sintonia com o caminho da Igreja proposto pelo Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização e pelo convite do Papa Francisco, que pede aos jovens para serem protagonistas da própria vida, artífices do presente e do futuro da Igreja e da sociedade. Invoquemos sobre a nossa Assembleia o auxílio de Maria, dos Santos e Bem-aventurados da Família salesiana, de toda a Igreja. Obrigada a todos pelo apoio no caminho que estamos iniciando.” O Cardeal João BRAZ de AVIZ, Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, disse: “Desejo que o Pai habite com vocês: se vocês sentem-se em casa, serão também casa para os jovens.” NOVO CONSELHO
Abertura Do Capítulo Geral
Roma. Dia de iluminação e reflexão
Atualmente, além da Madre geral, M. Yvonne Reungoat, são sete as Conselheiras reeleitas: Ir. Chiara Cazzuola, que passa de Conselheira visitadora a Vigária geral, Ir. María Luisa Miranda para o Âmbito da Família Salesiana, Ir. Alaíde Deretti para o Âmbito das Missões, Ir. Vilma Tallone para o Âmbito da Administração; como Conselheiras visitadoras Ir. Silvia Boullosa, Ir. Lucy Rose Ozhukail e Ir. Marija Peče. São sete também as novas Conselheiras eleitas: Ir. Nieves Maria (SSE) para o Âmbito da Formação, Ir. Maria Teresa Cocco (ILO) para o Âmbito da Pastoral juvenil e Ir. Maria Helena Moreira (BBH) para o Âmbito da Comunicação social; como Conselheiras visitadoras, Ir. Mukase Ruzagiriza Chantal (AFE), Ir. Neves Phyllis (SUA – não presente ao Capítulo), Ir. Paola Battagliola (TIN) e Ir. Inoue Sumiko Maria Assunta (GIA). Fonte: www.cgfmanet.org
Nosso agradecimento ao Conselho Geral que, nos anos de 2008 a 2014, foi sinal transparente do amor preveniente de Deus!
Mesa Redonda
Mensagem do Reitor e Jovens para a Madre e Irmãs Capitulares “É uma honra e uma alegria estar aqui com vocês, na abertura do Capítulo geral XXIII do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, em um momento histórico de tamanha importância como é o início da celebração do Bicentenário do nascimento de Dom Bosco”, evento que coincide com o Ano dedicado à Vida Consagrada, instituído por Papa Francisco. O encontro com os jovens se torna para nós o lugar apostólico do encontro com Jesus. O Senhor as abençoe. Desejo-lhes que possam ser realmente hoje com os jovens casa que evangeliza. Um feliz e fecundo Capítulo Geral.” P. Ángel Fernández Artime, Reitor-Mor dos Salesianos de Dom Bosco
Dois jovens da Inspetoria romana, Jacopo e Anna, em nome de todos os seus colegas do mundo inteiro expressam os melhores votos às FMA: Anna: “A vocês que são mulheres consagradas, peço que continuem a ser mães que corrigem, educam e abraçam os jovens. Como Maria, Mãe de Deus e Mãe de todos nós, não desistam diante daqueles jovens que parecem não escutar o que vocês dizem, porque talvez sejam os primeiros a colocar em prática o que vocês ensinam. Tenham a coragem de ser realmente exigentes, sem a preocupação de que agindo deste modo vocês possam parecer pouco gentis e amáveis.” Jacopo: “Desejamos que, através do Capítulo geral, vocês possam abrir novas estradas de evangelização, para fazer com que os jovens, cada vez mais, sejam filhos da casa de Deus e não hóspedes. Sejam sempre para nós profecia de esperança em Jesus.”
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Jornada com Leigos
Jornada com Jovens
Querida Madre, junt nossa Inspetor a este novo chamado: “Obrigada pelo teu SIM total disponibilidade. o acolheste na fé, na nfiança, o nosso amor, Oferecemos a ti a nossa co daremos o melhor de a nossa oração. Contigo, demos para que cada nós, o que somos e o que po ens Casa que acolhe, Comunidade seja com os jov Palavra é desejado e onde o sabor do Pão e da qualquer coisa”. experimentado acima de
Eleição Madre Geral
Festa Madre Geral
é também uma ue q s cê vo e d a ianç “Agradeço a conf eis umas pelas áv ns o sp e rr co s o . So m responsabilidade porque nenhum sentido, a ri fa o nã ha in z outras, eu so ssem as filhas e ti is x e o nã se re M ad não haveria uma sentir-nos assim o, nt a rt Po . a íli m a fa se não existisse um im felizes pela ss a o, hã un m co nda unidas, em profu m alegria este co r ve vi r e d o p r po nossa vocação e temos esperança ue q r e iz d r ue o, q momento históric no coração”
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Eleição Conselho Geral
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Capitulares Brasileira
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as - Capitulo XXIII
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BICENTENÁRIO
Mensagem de Abertura do ano de Celebração do Bicentenário do Nascimento de Dom Bosco Há 199 anos, num dia como hoje, vinha ao mundo um menino, João Melchior Bosco, nestas mesmas colinas, filho de humildes agricultores. Hoje, desejando iniciar o Bicentenário deste fato histórico, damos imensas graças a Deus pelo que fez com sua intervenção na História e, nesta história concreta, aqui nas colinas dos Becchi. Num dos artigos das Constituições da Congregação Salesiana, declaramos que “Com sentimento de humilde gratidão, cremos que a Sociedade de São Francisco de Sales não nasceu de simples projeto humano, mas por iniciativa de Deus... O Espírito Santo, com a maternal intervenção de Maria, suscitou São João Bosco. Formou nele um coração de pai e mestre, capaz de doação total... (e) a Igreja reconheceu nisso a ação de Deus, sobretudo, ao aprovar as Constituições e proclamar santo o Fundador”. O carisma salesiano é um presente que Deus fez à Igreja e ao Mundo, através de Dom Bosco. Ele foi 32 | Em Família
formado ao longo do tempo, desde os joelhos de Mamãe Margarida até a amizade com bons mestres de vida e, sobretudo, na vida cotidiana com os jovens. Hoje, nos encontramos como Família de Dom Bosco, Família Religiosa Salesiana, acompanhados por muitas autoridades civis e eclesiásticas, amigos de Dom Bosco e jovens, nas mesmas colinas que o viram nascer, para proclamar o início da celebração deste Bicentenário de seu nascimento que terá como ponto de chegada, depois de três anos de preparação e um de celebração, no próximo dia 16 de agosto de 2015 quando se completarão os 200 anos de sua presença na Igreja e no mundo, para o bem dos jovens. O Bicentenário do nascimento de São João Bosco é um ano jubilar, um ‘ano de Graça’, que queremos viver, na Família Salesiana, com profundo sentimento de gratidão ao Senhor, com humildade, mas com grande alegria porque foi o mesmo Senhor quem abençoou este belo movimento espiritual apostólico fundado
BICENTENÁRIO por Dom Bosco sob a guia de Maria Auxiliadora. É um ano jubilar para os mais de trinta grupos que, juntos, formamos esta grande Família, e para outros muitos que, inspirados em Dom Bosco, em seu carisma, em sua missão e espiritualidade esperam ser reconhecidos nesta Família. É um ano jubilar para todos os membros do Movimento Salesiano que, de uma maneira ou outra, se referem a Dom Bosco em suas iniciativas, ações, propostas, e caminham compartilhando a espiritualidade e os esforços pelo bem dos jovens, especialmente dos mais necessitados. Este Bicentenário quer ser, para todos nós, e em todo o mundo salesiano, não tanto um tempo de festejos sem qualquer transcendência, mas uma ocasião preciosa que nos é oferecida para contemplar o passado com gratidão, o presente com confiança, e sonhar o futuro da missão evangelizadora e educativa de nossa Família Salesiana com força e novidade evangélica, com coragem e olhar profético, deixando-nos guiar pelo Espírito que sempre nos aproximará da novidade de Deus. Cremos que o Bicentenário será uma oportunidade para uma verdadeira renovação espiritual e pastoral em nossa Família, uma ocasião para tornar mais vivo o carisma e fazer com que Dom Bosco seja tão atual como sempre o foi para os jovens. Cremos que será uma oportunidade para viver com renovada convicção e força a Missão confiada, sempre para o bem dos meninos, meninas, adolescentes e jovens de todo mundo, em especial os que mais necessitam, os mais pobres e frágeis. O Bicentenário será um tempo no qual, como Família Salesiana, seguindo o exemplo de Dom Bosco, continuaremos o nosso caminho para as periferias físicas e humanas da sociedade e dos jovens. Como Dom Bosco, em sua época, o ano do Bicentenário e o caminho posterior que haveremos de percorrer, há de ser para nós, Família Salesiana, um tempo no qual contribuir com aquilo que humildemente faz parte da nossa essência carismática: o nosso empenho em ler as realidades sociais, especialmente juvenis, que hoje nos tocam; o nosso compromisso com opções claras em favor dos jovens excluídos ou em perigo de o serem; a nossa fé e a plena confiança neles, nelas, em cada jovem, em suas possibilidades e capacidades; a
nossa certeza na bondade do seu coração, seja qual for a sua história, na oportunidade que têm de serem donos e protagonistas de suas vidas, permanecendo ao seu lado se assim o quiserem, para desenvolver maximamente os seus talentos, a sua vocação plenamente humana e cristã. Enfim, o Bicentenário também há de ser evocação de muitas mulheres e muitos homens que deram a própria vida de maneira heroica por esse ideal, neste projeto apaixonante, nas condições mais difíceis e extremas do mundo e, por isso, são um triunfo, um tesouro inestimável que só Deus pode avaliar. Com esta convicção, sentimo-nos mais animados não só a admirar a Dom Bosco, não só a perceber a atualidade da sua figura gigantesca, mas a sentir intensamente o compromisso irrenunciável de imitação que, a partir destas colinas, chegou à periferia de Valdocco e à periferia rural de Mornese para envolver consigo e com outras pessoas todos e todas que buscassem o bem da juventude e a sua felicidade neste mundo e na Eternidade. Desta colina dos Becchi declaramos aberto o ano de Celebração do Bicentenário do nascimento de Dom Bosco. Que, do céu, ele nos abençoe e alcance a graça de tornar realidade estes nossos compromissos e este nosso sonho. FELIZ BICENTENÁRIO A TODOS. Ángel Fernández Artime, sdb - Reitor-Mor
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BICENTENÁRIO
Estimado e querido Reitor Mor Pe. Ángel, dirijo-me ao Senhor, com grande alegria e reconhecimento, no dia da abertura oficial do ano Bicentenário do Nascimento de Dom Bosco, para desejar à Congregação Salesiana e a todos os grupos da Família de Dom Bosco, dirigida pelo Senhor, com sabedoria carismática, uma feliz e santa ocorrência. São votos que lhe chegam em nome das Irmãs do Conselho Geral e interpretam os sentimentos das FMA do mundo inteiro, para invocar de Deus a abundância de bênçãos sobre o Reitor Mor e sobre toda a Família Salesiana. Nós nos empenhamos em viver o triênio de preparação, seguindo as indicações de Pe. Pascual Chávez Villanueva, então Reitor Mor, que convidava a Família Salesiana a conhecer Dom Bosco, a aprofundar sua pedagogia, fundada no Sistema Preventivo e 34 | Em Família
animada pelo impulso do da mihi animas cetera tolle, a reavivar a espiritualidade de Dom Bosco e, por fim, a viver o ano de celebrações como missão de Dom Bosco com os jovens e para os jovens. Acompanhei o convite do Pe. Pascual com uma carta às Inspetoras ( 31 de janeiro de 2011) na qual destacava a importância do Bicentenário como oportunidade privilegiada para reavivar a identidade carismática. Em minhas visitas a diversas partes do mundo pude constatar o acolhimento das etapas propostas. Com a mesma paixão, acolhemos do Senhor, Pe. Ángel, na qualidade de décimo Sucessor de Dom Bosco, o relançamento do ano de celebrações. A Estreia para 2015, da qual o Senhor nos enviou a síntese, com antecedência, identifica no lema: “Como Dom Bosco, com os jovens, para os jovens” a ocasião para relançar um caminho de fidelidade ao chamado que Dom Bosco sentiu, ouviu e traduziu em vida.
BICENTENÁRIO Estamos convencidas, com o Senhor, Pe. Ángel, de que o dom de Dom Bosco à Igreja e à Família Salesiana deverá lançar-nos, com a maior força possível, rumo à missão de educar evangelizando, deverá traduzirse em verdadeira e própria conversão pastoral, como pede o Papa Franciso, e interessar a todos os grupos da Família Salesiana. Ao senhor e a todos os Salesianos, o augúrio de atualizar Dom Bosco, hoje. O nosso Fundador suscita, em toda parte, entusiasmo e admiração: sinal de que é capaz de falar aos jovens e de atraí-los com seu carisma. No Senhor, Pe. Ángel, agradeço a todos os Salesianos pelo próprio ministério, do qual nos valemos de modo preferencial, por sua fraternidade, por serem pioneiros em terras dificílimas, às vezes, arriscadas. Os Salesianos arriscam por Deus e por Dom Bosco com o fim de realizar seu sonho, que é sonho de vida e de felicidade para os jovens. Um sonho de futuro centralizado na qualidade de relações fortemente humanizadoras e evangelizadoras no espírito de família. Como Instituto, fundado diretamente por Dom Bosco, convidei as FMA a viverem este acontecimento como possibilidade de profunda renovação no entusiasmo vocacional; de ação de graças pelo grande dom do carisma salesiano para a salvação da juventude de todos os tempos e de todos os contextos culturais; de esperança no futuro ( cf circular coral de 16 de julho de 2014). Estamos certas de que Maria Domingas Mazzarello do céu se alegraria pelo Bicentenário do nosso comum Pai e Fundador, de quem tinha percebido a sintonia especial com o que ia fazendo com as meninas, intuindo a santidade de vida dele, desde o primeiro encontro em Mornese: “Dom Bosco é um santo e eu o sinto”! Nele estão nossas raízes. Em seu coração, continua guardado o grande sonho que se atualiza cada dia em nosso Instituto: sermos Monumento vivo de gratidão a Maria Auxiliadora. Com simplicidade, Madre Mazzarello acentuava: “As Constituições foi Dom Bosco quem nos deu. Ele sabe o que Nossa Senhora quer de nós”, convidando
assim as FMA a vivê-las como caminho privilegiado de santidade. No ano bicentenario, que se abre, e que, de modo surpreendente coincide com o Ano da Vida Consagrada, queremos interrogar-nos sobre como fazer resplandecer o Monumento vivo do Instituto, como dar-lhe novamente vitalidade e frescor carismático. O segredo o encontramos nas intuições de Dom Bosco, atualizadas e vividas, em Mornese, com estilo feminino. Nós as sintetizamos no tema do Capítulo Geral XXIII: “Ser hoje com os jovens casa que evangeliza”. Dom Bosco nos ajude a realizar este chamado, para que possamos ser casa acolhedora para as jovens gerações e, com elas, sair para evangelizar. Cuide, com ternura especial de sua missão, Pe. Ángel, e a encha de bênçãos. Maria Auxiliadora, neste especial ano de graça, obtenha para toda a Família Salesiana novas e santas vocações. Ajude-nos a sermos Dom Bosco vivo hoje, prolongando sua presença e sua obra educativa evangelizadora. Com grande afeto e estima, Suor Yvonne Reungoat fma»
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COMUNICAÇÃO
Salesianos e Salesianas unidos para uma Rede de Comunicação Às vésperas da abertura do Ano Bicentenário de Dom Bosco, os Salesianos e as Salesianas (Filhas de Maria Auxiliadora) do Brasil oferecem um “presente” ao Fundador. Nos dias 13 e 14 de agosto, representantes dos dois institutos se reuniram para dar os primeiros passos na formação de uma Rede Salesiana de Comunicação Social (RESCOM) conjunta. A proposta é que, a partir de 2015 – ano do Bicentenário –, esta Rede possa unir forças e responder de maneira, cada vez mais eficiente, aos desafios atuais da Comunicação Social. Isso, partindo das experiências já existentes nas Inspetorias e, principalmente, nos ensinamentos do grande comunicador que foi o próprio Dom Bosco. A Rede Salesiana Brasil, que já possibilita a atuação conjunta dos SDB e das FMA no campo da educação fundamental, com a Rede Salesiana de Escolas, definiu pela formação de redes também nas áreas da Comunicação Social (RESCOM) e da Ação Social (RESAS). Nos dias 13 e 14, foi realizada a primeira reunião do Grupo de Trabalho de Comunicação Social, que deu os passos iniciais na elaboração de um projeto para a RESCOM. Participaram da reunião os inspetores referentes de Comunicação Social, no Brasil, para os SDB, Pe. Gildásio Mendes, e as FMA, Ir. Ana Teresa Pinto; os membros da Comissão Nacional da Pastoral Juvenil Salesiana, Pe. Tiago Figueiró e Ir. Solange Sánchez; os delegados e as delegadas de Comunicação das seis inspetorias dos Salesianos e das nove inspetorias FMA no Brasil, além de representantes do Boletim Salesiano. Importante ressaltar que, nesse grupo, estavam padres e irmãos salesianos, irmãs FMA e leigos. No dia 13 de agosto, os participantes iniciaram a reflexão com o aprofundamento do projeto aprovado pela RSB 36 | Em Família
e dos livros que subsidiaram a reunião: “O Sistema Salesiano de Comunicação Social” e “Culturas Juvenis na ótica da Educomunicação”, produzidos, respectivamente, pelos Salesianos de Dom Bosco e pelas Filhas de Maria Auxiliadora. Em seguida, foi feita uma troca de experiências, com a apresentação de como é realizado o serviço de Comunicação em cada inspetoria. Neste ponto, foi constatado que há enorme diversidade e qualidade das ações na área de Comunicação Social. Porém, um distanciamento também grande, com raros exemplos de trabalho conjunto entre Salesianos e Salesianas. O segundo dia do encontro foi dedicado ao levantamento dos desafios e oportunidades da RESCOM na atualidade, e à construção de um Plano Estratégico inicial, contemplando a identidade da RESCOM, sua missão, visão e objetivos. Os participantes apontaram que “a RESCOM é o projeto integrado de comunicação da Rede Salesiana Brasil” e que tem como missão “Animar e assessorar os processos relacionais e organizacionais na RSB, assegurando ecossistemas comunicacionais, sob a ótica educativopastoral”. Indicaram também, como objetivo geral da nova Rede, “fortalecer os processos de comunicação salesiana a serviço da evangelização e da educação da juventude a partir das perspectivas de orientação da RSB”. As indicações feitas pelo Grupo de Trabalho serão parâmetro para a elaboração de um projeto, a ser apresentado à Rede Salesiana Brasil em novembro, para concretização da RESCOM a partir de 2015. Ana Cosenza
COMUNICAÇÃO
II Encontro RESCOM Nos dias 13 e 14 de outubro, pela segunda vez neste semestre, 25 comunicadores salesianos provenientes de todas as regiões do Brasil estiveram reunidos em Brasília para pensar e planejar a constituição da Rede Salesiana de Comunicação. O grupo de trabalho atualmente é constituído pelas coordenadoras de comunicação das Inspetorias FMA, pelos delegados de comunicação das Inspetorias dos SDB e por leigos e religiosos que atuam na Comunicação da Rede Salesiana Brasil e Boletim Salesiano. Seguindo o exemplo da Rede Salesiana de Escolas e das Obras Sociais, sente-se a necessidade de somar forças também na área da Comunicação. Além de um modelo de gestão, o trabalho em rede permite a otimização de pessoas e recursos, um maior alinhamento de ações e resultados mais eficazes tanto em relação às ações de comunicação institucional, como às ações de evangelização e propagação do carisma salesiano.
O projeto de criação da RESCOM está em fase de elaboração, estudo e troca de experiências, para que a partir da realidade e das reais necessidades se possa dar uma resposta de qualidade e que vá de encontro à Cultura da Comunicação que caracteriza a sociedade atual. Conforme o Papa Francisco: “O próprio mundo dos mass media não pode alhear-se da solicitude pela humanidade, chamado como é a exprimir ternura. A rede digital pode ser um lugar rico de humanidade: não uma rede de fios, mas de pessoas humanas”. Assim também, que RESCOM não seja apenas uma rede institucional, mas um grupo de pessoas que almejam e procuram viver em forte comunhão para melhor transmitir os valores evangélicos. Ir. Márcia Koffermann
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COMUNICAÇÃO
ECOSBRASIL: Reunida na Inspetoria Santa Catarina de Sena Com a intenção de elaborar o Novo Plano Estratégico da ECOSBRASIL 2014-2017, reuniram-se, no Colégio Santa Inês, Inspetoria Santa Catarina de Sena BSP, as Coordenadoras Inspetoriais de Comunicação Social das várias Inspetorias FMA do Brasil. No início dos trabalhos, Ir. Helena Gesser, Inspetora da Inspetoria Santa Catarina de Sena, em seu nome e como CASA Mãe no Brasil, acolheu calorosamente a Equipe. Durante a oração de abertura, motivando a Equipe a deixar-se envolver, sempre mais, pela luz de Jesus, o Comunicador por excelência, e a iluminar os “novos pátios” com “visibilidade evangélica”, Ir. Maria do Socorro Tabosa – BRE, passou a coordenação da ECOSBRASIL para Ir. Marcia Koffermann, BPA. Além das coordenadoras inspetoriais de Comunicação, participou da reunião Ir. Ana Teresa Pinto da Inspetoria Nossa Senhora da Penha RJ – como Inspetora Referente para a Comunicação, em nome da CIB, Conferência Inspetorial do Brasil. Ainda em clima de louvor e gratidão a Deus, Ir. Maria de Nazaré G. De Lima - BCB, juntamente com Ir. Maria de Lourdes BeckerBSP, em nome da ECOSBRASIL, agradeceram Ir. Maria do Socorro Tabosa pelo eficiente trabalho de coordenação da ECOSBRASIL e sua significativa presença, em nome das FMA do Brasil, na ECOSAM –
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Equipe de Comunicação Social da América. Dando início aos trabalhos, Ir. Marcia Koffermann apresentou as novas integrantes da Equipe: Ir. Vanessa Cristina da Silva – BBH; Ir. Ivone Calvo Marcuzo – BCG; Ir. Claudia Maria Pianes Campos - BRJ e Ir. Luzinete Rêgo Freitas – BMA, acolhidas com alegria. No primeiro dia de trabalho, foi apresentado o histórico da caminhada da ECOSAM, da ECOSBRASIL, e o Planejamento Estratégico da ECOSAM- 2014-2017. Cada Inspetoria também teve a oportunidade de apresentar uma síntese dos trabalhos realizados, mostrando as conquistas e os desafios a serem enfrentados. No segundo e terceiro dia, a equipe trabalhou na avaliação, revisão e reconstrução do Planejamento Estratégico da ECOSBRASIL, procurando dar continuidade aos processos educomunicativos iniciados e ampliando as ações e projetos realizados como Equipe e nas diferentes Inspetorias. Durante a reunião foi também apresentado o documento “Culturas Juvenis na ótica da Educomunicação”, publicado pela EDB, e resultado de um longo estudo e reflexão desenvolvido pela ECOSBRASIL, que tem a grande preocupação de colaborar com as práticas educativoevangelizadoras através do aprofundamento teórico e prático da Educomunicação.
COMUNICAÇÃO
Cultura juvenil e Educomunicação Foi publicado, pelas Coordenadoras de Comunicação Social do Brasil (Ecosbrasil), o livro Culturas Juvenis na ótica da Educomunicação. O caminho empreendido pela Equipe Nacional de Comunicação, fruto de diálogo, estudo, confronto e aprofundamento, expressa o compromisso de agir na missão educativa em linha com a cultura atual, conscientes de que «acompanhar as jovens e os jovens quer dizer não só conhecer suas potencialidades e carências, os contextos de vida, mas aceitar fazer as mudanças com eles» (LOME). O texto, de fato, entende oferecer aos educadores pontos de reflexão sobre culturas juvenis na ótica da Educomunicação, à luz do Sistema Preventivo.
O horizonte juvenil, pelo qual trabalhamos e somos, permanece a prioridade absoluta. Nossos interlocutores privilegiados nos interpelam, hoje como sempre, com suas linguagens. Em um mundo sempre mais midiático e tecnológico, a educomunicação representa uma resposta às expectativas dos educadores e às exigências dos jovens. «É um novo âmbito de intervenção social, com um fim muito claro: colocar a educação e a comunicação a serviço do desenvolvimento social e individual do ser humano, para construir juntos um mundo mais habitáve e solidário para todos» (Gong 4). O livro está dividido em capítulos que evidenciam bem as áreas de atuação, que, por comodidade, estão separadas, mas que, muitas vezes, na ação se sobrepõem e estão presentes juntas: Educar para a comunicação; mediação tecnológica; educar como expressão e arte; cidadania como prática educomunicativa; gestão da comunicação; comunicar na perspectiva do Sistema Preventivo. Não se trata de um manual de instruções ou atividades, mas sim, um instrumento que quer oferecer pontos de reflexão e linhas de ação, para repensar nosso modo de ser e de estar com os jovens, nosso modo de anunciar o evangelho como boa notícia, para que tenham vida e vida em abundância. O processo encaminhado pela Equipe da Comunicação Social no Brasil se propõe continuar nas Comunidades Educativas locais e inspetoriais, para promover novos processos educomunicativos como modalidade de viver hoje a missão.
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MISSÃO
100 anos atrás: de Monferrato para as terras do “Fim do Mundo” Cem anos atrás, em 17 de agosto de 1914, morria, em Nizza Monferrato (Asti), em santidade, a Irmã Angela Vallese, pioneira da obra missionária das Filhas de Maria Auxiliadora. De Montevidéu, Punta Arenas, Tierra del Fuego, Ilhas Malvinas, irmã Angela Vallese escreveu várias cartas a Dom Bosco, Madre Mazzarello e padre Rua. Recentemente, essas cartas foram publicadas pela FMA. Nascida em Lu Monferrato (Alessandria), em 08 de janeiro de 1854, em uma família de agricultores, provada pela pobreza, mas muito rica em crianças e amor, em 18 de agosto de 1875, aos 21 anos, Angela mudou-se para Mornese (Alessandria), local de origem do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, fundado por São João Bosco no dia 5 de agosto de 1872. Naquela comunidade, chamada “casa do amor de Deus”, a Madre Superiora Maria Domingas Mazzarello, com a intuição dos Santos, acolheu a jovem, vislumbrando nela a portadora de um grande projeto de Deus, e iniciou-a à vida religiosa salesiana ajudando-a a queimar etapas e avançar. Em 29 de agosto de 1876, Angela emitiu, de fato, os primeiros votos religiosos e, em novembro de 1877, já estava pronta para conduzir a primeira expedição missionária da FMA na América do Sul. Havia dois anos que Dom Bosco tinha enviado os primeiros missionários salesianos para a Argentina. O Instituto religioso feminino também vibrava com o mesmo zelo apostólico: apresentar Deus e amá-lo até as fronteiras do mundo. A primeira etapa missionária foi Villa Colón Montevidéu, no Uruguai, mas outra era a terra que a quase todas esperava. O Uruguai foi, de fato, o primeiro posto destino à Patagônia, terra dos sonhos de Dom Bosco, que aguardava quem ajudasse seu povo a viver uma vida humana digna e a encontrar em Cristo a salvação. Por vinte e cinco anos – de 1888 a 1913 - Irmã Angela 40 | Em Família
Vallese viveu em Punta Arenas. Em 1893, foi nomeada Superiora Visitadora das casas abertas pelas Filhas de Maria Auxiliadora, no sul da Patagônia e nas Terras de Magalhães. Apesar do clima rígido, o risco frequente de naufrágio, nas travessias do Estreito de Magalhães, para visitar as missões fundadas na Terra do Fogo, na ilha Dawson, nas Ilhas Malvinas, as dificuldades de todos os tipos, incluindo a hostilidade de alguns governos em relação à obra salesiana, Irmã Angela nunca quis deixar aquelas terras, que se tornaram “a sua terra.” A morte levou-a, na idade de 60 anos, em 17 de agosto de 1914. Recentemente, foram publicadas, pelo Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, as cartas que Irmã Angela Vallese escreveu a Dom Bosco, Madre Mazzarello, a padre Rua, aos superiores salesianos, aos pais, à amada irmã Teresa, a outros membros da família, a suas co-irmãs. Lendo-as, é possível captar a realidade desta mulher humilde e apaixonada pelo Reino de Deus, que soube aculturar-se com facilidade entre os povos dessas terras distantes, mantendo-se emocionalmente ligada ao seu país de origem e de sua família, sem pesar, mas amando a todos com o verdadeiro coração; sempre convidando a olhar para a frente, para o Céu, destino de cada jornada humana, pérola preciosa para a qual aceita-se perder tudo neste mundo. O título do livro “Não nos separaremos nunca mais” é uma expressão que se repete com frequência em suas cartas, atesta a certeza que amparava irmã Angela, especialmente quando os argumentos humanos não parecem bastar frente à oferta heroica da vida.
ANS - Roma
MISSÃO
16 de Agosto de 1815 – 16 de Agosto de 2015
Iniciamos o Ano Jubilar, em preparação ao Bicentenário do nascimento de Dom Bosco. Desejamos que 2015 seja tempo de vivência interior que nos leve a apropriar deste dom dado à Igreja, aos jovens e a cada um de nós. Na parte da manhã, após a conclusão do tríduo, o diácono Manuel Kambanje reuniu na Igreja, os diversos grupos de catequese para os jovens. À tarde, após aula de catequese para as crianças, organizouse a procissão que, teve seu início na Escola Dom Bosco e caminhou até à Paróquia, onde foi Celebrada a Eucaristia de abertura do ano jubilar. Crônica de Angola
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CULTURA VOCACIONAL
SÍNTESE DO LIVRO: CONSTRUIR CULTURA
VOCACIONAL – AMADEO CENCINI
PEDAGOGIA VOCACIONAL O terceiro elemento constitutivo da Cultura Vocacional é a Pedagogia Vocacional e o seu princípio fundamental é: a vida é um bem recebido que tende, pela própria natureza, a tornar-se bem doado. É um princípio simples, compreensível, verdadeiro para todos porque ele faz compreender que o doar a própria vida, doar a si mesmo, as próprias energias não é coisa extraordinária e eventual, mas o modo mais normal e coerente de pensar o próprio futuro porque a vida nos foi doada, e, se nos foi doada, ela conserva intacta sua natureza de dom, e pede, portanto, para ser doada. Pensemos em como mudaria a pastoral, se fôssemos realmente capazes de transmitir a verdade inatacável deste princípio, mostrando como Jesus, com sua Páscoa de Morte e Ressurreição, é a perfeita realização deste princípio. Seria o início da “revolução vocacional”. É importante que o animador vocacional saiba interpretar sua identidade e sua função: de semeador, de acompanhador, de educador, de formador vocacional, daquele que é chamado 42 | Em Família
também a discernir, sem descuidar nenhuma destas funções, nem fazer confusão entre uma e outra. Semear: é o primeiro e fundamental verbo vocacional. Porque hoje é o tempo de semear, não necessariamente de colher, e porque esta é a função primária do animador, do semeador vocacional. ONDE? Em qualquer lugar, de qualquer modo, em toda a situação, em cada coração, em qualquer tempo e não somente nos corações bons, ou daqueles que nos parecem já bem dispostos e nos fazem esperar por uma resposta positiva, mas em toda a parte, também, nos lugares inéditos, onde não nos parece conveniente semear, segundo a lógica humana e sua prudência pagã. QUANDO? Sempre, em cada fase da vida, porque Deus continua a chamar-nos até o último dia da vida. E semear também quando a semente parece menor. O animador-semeador vocacional semeia sempre porque sabe que, no momento da semeadura, põe no coração do
CULTURA VOCACIONAL jovem algo que vem de Deus, e que possui uma força misteriosa.
se faz animação vocacional somente com uma catequese vocacional sapiencial e experiencial, expressão de um desejo irrefreável de partilhar o dom. Assim, como não pode esquecer-se de que este itinerário já está traçado: é o caminho da páscoa de Jesus, a via crucis et resurrectionis! Não existe outro itinerário vocacional rumo à teopatia – da gratidão à gratuidade; da liberdade à responsabilidade, (visto que não há outro itinerário cristão).
O QUÊ? O semeador vocacional deveria semear sempre o querigma vocacional, aquela síntese essencial da mensagem cristã: - Deus te ama e por isso te chama. - Neste chamado, está escondida tua verdade (e também tua felicidade). - É um chamado a ser semelhante ao filho que, por amor, deu sua vida por todos. - Também por ti, salvou-te! Isto significa que te Educar tornou capaz, por amor, de fazer como ele, de O educador vocacional é aquele que ajuda dar tua vida por amor. a extrair a verdade do eu e da própria história, - Esta é tua vocação, algo que somente tu aquele que narra e reconhece a vida como poderás realizar, não importa que escolha faças. um bem totalmente gratuito. O educador é aquele que provoca e acompanha, do ponto Acompanhar: O animador vocacional vista vocacional, também, a descoberta, da acompanha para indicar a presença de outra parte negativa do eu, principalmente, todas as pessoa na vida do jovem, não para atrair para resistências ou medos, estrabismos e miopias si. Acompanha para fazer ouvir e reconhecer a que impedem o jovem de reconhecer a realidade voz deste Outro que chama e para provocar a positiva, o amor recebido, gozar e sentir toda a responder a este apelo, em qualquer direção excelência do amor e do bem, mas, que, ao que ele vá, sem nenhum interesse pessoal ou contrário, fecham-no em si mesmo, na perpétua institucional. contemplação de seu eu, colocado no centro da Tal ministério é de um lado muito humilde e vida, sempre à procura de sinais de atenção, de de outro muito respeitoso em relação ao Deus valorização de sua pessoa. que chama e ao homem que é chamado. O E quando uma pessoa faz isto? Quando não acompanhamento vocacional é um fenômeno possui a liberdade afetiva ou as duas certezas relacional, em vários sentidos e direções: antes de fundamentais da vida: a certeza de já ter sido mais nada, é uma relação humana, entre jovem e amado e de ser capaz de amar. A vocação nasce animador que acompanha, por força da relação quando alguém descobre o amor recebido. Até que o próprio animador viveu e está vivendo que não brote esta sensação, ainda não se está com o Deus que não cessa de chamá-lo. em um caminho vocacional. Portanto, não teria Acompanhar significa estar presente onde ele sentido de se fazer propostas porque correriam vive a própria vida, onde ele busca o sentido o risco de serem queimadas. Não é ainda o da vida ou onde marcou encontro com sua momento delas. vida, onde, no final das contas, corre o risco de O jovem que não está em paz com sua vida experimentar frustração, ou onde a vida parece passada, que considera que ela não foi boa para rejeitá-lo. com ele, que não recebeu bastante amor, e que Aquele que acompanha não pode esquecer que pretende oferecer a própria vida ao Senhor, numa agosto setembro e outubro 2014 | 43
CULTURA VOCACIONAL atitude quase heroica..., não tem condições para esta oferta porque sua entrega não seria autêntica porque não nascida da gratidão pelo amor recebido de Deus e de tantas outras pessoas. Por este motivo sua vocação é fraca. O heroísmo dura pouco tempo e frequentemente o herói de hoje é a vítima de amanhã, ou aquele que um dia reivindicará seus direitos. Quando salta a centelha da percepção do dom e da gratidão, então o animador vocacional se torna formador. Formar O animador vocacional pode e deve ter a coragem de chegar gradualmente a fazer uma proposta e, a acompanhar um apelo sempre mais focado e específico, a partir da lógica fundamental vocacional da vida humana (“a vida é um bem recebido que tende, pela própria natureza, a tornar-se bem doado”), a regra de ouro do animador vocacional inteligente. Em outras palavras, é o sentido da pro-vocação para o jovem ser coerente, simplesmente coerente (não herói), passando da gratidão à gratuidade, do bem recebido ao bem doado, da fase adolescente à fase juvenil-adulta, da passividade à atividade, do ser filho ao ser pai, do ser salvo a sentir-se responsável pela salvação do outro, qualquer que seja a escolha vocacional que faça. É a teopatia vocacional, é a forma de Jesus que dá a vida, ponto de chegada de qualquer itinerário vocacional. Ao mesmo tempo, é o que dá felicidade e paz ao ser humano. O formador não deverá ter dúvidas ou medos em recordar-lhe isso, visto que o homem é feliz somente se dá o máximo de si.
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Discernir Um elemento importante para o discernimento vocacional é o seguinte: a vocação autêntica é humilde, simples, grata, realista, plena de confiança, nada presunçosa, tanto mais distanciada de toda forma de narcisismo espiritual e de comprazimento pessoal..., típica de quem pode dizer: “Senhor, tu encheste minha vida de amor, me amaste tanto não somente nesta vida, mas também anteriormente, antes que eu existisse, a ponto de preferir-me a não existência. Teu amor foi tão grande que me quiseste bem também através de pessoas com seus limites e, em cada circunstância e momento da vida: teu amor é maior do que qualquer limite, e é fiel. E eu, diante disso, não tenho alternativa, não posso fazer outra coisa: dou-te minha vida, meu ser, meu coração, a mim mesmo todo inteiro. É o mínimo que posso fazer. Com a certeza de que, em todo caso, meu dom será sempre coisa muito pequena diante do dom de teu amor”. Por esta razão, é indispensável que a pessoa seja ajudada a reconciliar-se com a vida passada e com sua história, para colher aí toda a plenitude do amor recebido, verdadeira e única motivação de toda vocação ou de todo dom de si. Pastoral vocacional A Pastoral Vocacional é a tradução da pedagogia vocacional em termos de animação e de condução da comunidade dos crentes. “A Pastoral vocacional possui as etapas fundamentais de um itinerário de fé. E não poderia ser diferente, visto que a opção vocacional, é a expressão madura da fé, representa-lhe o cumprimento natural e consequencial, o êxito imprescindível. É preciso, hoje, vocacionalizar a pastoral, fazer com que cada expressão pastoral seja apelo vocacional, se quisermos que a pertença e a experiência eclesial se tornem também caminho
CULTURA VOCACIONAL de maturação vocacional. Isto acontece através de uma série de mediações pastorais. Mediação eclesial A animação vocacional deve “aprender” a mover-se sempre mais nos espaços normais da Pastoral cotidiana. Especialmente em certos espaços clássicos, como a Liturgia (e oração, individual e comunitária), a koinonia (como experiência de partilha e de fraternidade), a diakonia (o serviço aos que dele precisam), a martiria (o testemunho corajoso do Evangelho). Esses quatro itinerários deveriam ser interpretados sempre mais em perspectiva vocacional. E seria a primeira mediação pastoral visando à opção vocacional – a mediação eclesial. Toda vocação nasce na Igreja. Mediação pedagógica É a mediação pedagógica que permite a progressiva descoberta da vocação particular de cada crente. Mediação psicológica A mediação psicológica indica o que é objetivo, no sentido de assegurar ao sujeito o próprio modo de crescer. Como diz o documento Novas vocações para uma nova Europa: “A objetividade precede a subjetividade, e o jovem deve aprender a dar-lhe a precedência, se quiser verdadeiramente descobrir a si mesmo e aquilo que é chamado a ser”. Desta forma, a Igreja, por meio destas mediações pastorais, é e se torna sempre mais mãe e berço de toda vocação. Cultura vocacional Depois de ter visto os três elementos constitutivos da cultura em geral (mentalidade, sensibilidade, práxis) e os componentes correspondentes para a cultura da vocação em
particular (teologia vocacional, espiritualidade vocacional, pedagogia vocacional), estamos em condições de avaliarmos se na Igreja existe Cultura Vocacional. Somente tem Cultura Vocacional se está se criando uma mentalidade baseada em uma teologia vocacional, a partir de todos e em relação a todos, porque Deus chama a todos e a Igreja é mãe de todos e de todas as vocações, e todos têm o direito de ser ajudados a descobrir sua vocação. A vocação não está jamais em função do indivíduo isolado, mas é para a salvação do mundo, para que cada um se encarregue da salvação do outro. E aquele que é chamado é fiel à própria vocação quando se torna também alguém que chama. Não é só isso, porém; devemos também perguntar se essa mentalidade teológica vocacional teria criado uma sensibilidade espiritual vocacional, seja do ponto de vista da busca individual da própria vocação, seja do ponto de vista da ajuda a ser dada ao outro que está à procura. O dado mais importante da sensibilidade espiritual vocacional, porém, é a evidência com que cada um deveria sentir o apelo a fazer dom de si mesmo como algo natural, lógico, perfeitamente humano e cristão. Estamos construindo este tipo de sensibilidade em nossas comunidades crentes? Se não existe uma práxis habitual correspondente, tudo o que é adquirido mentalmente ou que se tornou convicção pessoal corre o risco de perder-se, de tornarse estéril. É preciso que nos perguntemos se verdadeiramente nossa pastoral é vocacional, se nossas homilias, celebração litúrgica, missa, sacramentos, catequese, liturgia da palavra... fazem nascer no coração aquela pergunta estratégica dos que escutavam Pedro, no dia de Pentecostes, e viram-se constrangidos a fazer: ”Irmãos, o que devemos fazer”? (At 2, 37),
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CULTURA VOCACIONAL sentindo o coração como que transpassado pelas palavras de Pedro. Rumo a uma “revolução vocacional” Uma autêntica animação vocacional seria criar uma Cultura Vocacional, como uma mentalidadesensibilidade-modalidade de anúncio e de práxis pastorais homogêneas e harmoniosas, partilhadas por todos e sempre mais eficazes e convincentes. A verdadeira revolução é aquela pacífica, fraterna, eclesial, que levará todos e cada um a viver segundo o mistério de seu chamado, escondido em Cristo, em Deus e manifestado por meio da mediação da Igreja, cultivado naquela terra boa que é a comunidade crente, em que todos serão chamados e chamadores. Se existe esta cultura e revolução em andamento, poder-se-ão fazer as provações mais radicais e corajosas, as quais supõem uma alta qualidade de vida cristã e de generosidade, e poderemos estar certos de que aumentarão, em quantidade e qualidade, também, aquelas vocações que são importantes para todos e que trazem para a Igreja de hoje certa preocupação: as vocações ao sacerdócio e à vida consagrada para a edificação da própria Igreja.
que atenções pedagógicas importantes não sejam negligenciadas. Qual dessas atitudes educativas é a mais fraca ou de fato omitida? 3. Cultura vocacional, teopatia, formação de formadores vocacionais, revolução vocacional, formação permanente e animação vocacional: o que parece mais importante e decisivo, hoje, entre estes elementos? Onde se poderia investir inteligentemente? Os números não contam... Quem trabalha na Animação Vocacional, hoje, pode ter a sensação do impossível, especialmente se considera os resultados; e caso não tivesse essa sensação, haveria, sem dúvida, alguém angustiado ao seu redor que a revelaria. Construir Cultura Vocacional é a melhor resposta à frustração vocacional típica dos nossos dias porque é a resposta modesta e discreta, mas, bem disposta e eficaz, que trabalha lentamente, mas, atinge o coração, sobretudo, porque é resposta, possível ao homem, construída sobre a lógica da impossível possibilidade de Deus. Nesse nível, de fato, os números não contam. E o semeador sente-se ainda mais livre para espalhar em toda a parte e de qualquer maneira a semente da vocação: agora ela é a menor, mas tornar-se-á grande!
Pistas de reflexão e questões 1. Uma cultura tem três elementos constitutivos: mentalidade, sensibilidade, metodologia prática. Qual é o elemento mais fraco hoje na pastoral vocacional? 2. Semear, acompanhar, educar, formar, discernir...: nada pode ser deixado à improvisação ou à suposição. A realidade, porém, diz-nos que, talvez, mais do que em qualquer tempo, parece faltar a formação do formador vocacional para
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Síntese de Ir. Nilza Fátima de Moraes
INSIEME
Encontro das Congregações Religiosas, Movimentos Eclesiais e Novas Comunidades
No final de semana de 19 a 21 de setembro de 2014, cerca de trinta pessoas, no Instituto Pio XI, Lapa, São Paulo, participaram do Encontro das Congregações e Movimentos Eclesiais e Novas Comunidades, convocado, pela Carta da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, assinada por Dom Eduardo Pinheiro. Anualmente, desde 1995, a CNBB, com o objetivo de criar laços e crescer no trabalho conjunto, “vem realizando encontros nacionais com Congregações Religiosas e Movimentos juvenis” (Doc. CNBB 76, p.120), sendo que, nos últimos tempos, o encontro foi realizado apenas com representantes das Congregações. Em 2013, este momento não se fez necessário devido à abundância de oportunidades formativas aos adultos proporcionadas pela JMJ e pelo encontro de revitalização da Pastoral Juvenil. No final de 2013, a Comissão para a Juventude realizou um importante encontro de revitalização da Pastoral juvenil no Brasil. Neste encontro foram traçadas as futuras pistas de ação da evangelização da juventude. No dia 20, em tempo pleno, Dom Eduardo, apresentou todos os trabalhos realizados, até o momento, pela CNBB, em relação ao trabalho conjunto de revitalização da pastoral Juvenil no Brasil.
No Encontro foram revistas as pistas traçadas, com trabalhos em grupos e partilhas de ações já realizadas nas Congregações, Movimentos e Novas Comunidades. Momentos muito ricos em que foram constatadas muitas ações que vêm sendo realizadas com os adolescentes e jovens no Brasil. À noite houve exposição dos trabalhos realizados nas Congregações e Movimentos. No término, todos saíram animados para juntos caminhar como Pastoral Juvenil da Igreja. Foi agendada para novembro, a segunda etapa do Encontro. À noite do sábado, dia 21, alguns jovens deram testemunho de suas militâncias no mundo Juvenil. As Irmãs Maria Bernardina Gonçalves, Claudia Regina Correia Ribeiro, Flávia Maria Romeiro participaram do Encontro e grande foi a nossa alegria delas com o depoimento de uma nossa ex-aluna, Priscila. Os Formandos Salesianos, e as nossas Noviças, com suas Formadoras estiveram presentes no momento da fala dos jovens. Ir. Flávia M. Romeiro
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INSIEME
Retiro Trimestral Em continuidade à reflexão sobre “Cultura Vocacional”, processo iniciado na Inspetoria, no dia 25 de maio próximo passado, foi realizado, no dia 20 de setembro, o Retiro Trimestral, na Casa Santa Teresinha, na Lapa, São Paulo, e, no dia seguinte, 21 de setembro, na Casa Maria Auxiliadora de Lorena, orientados pelo Padre Valdecir Ferreira, assessor da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB. Padre Valdecir desenvolveu o tema “Pressupostos para uma Cultura Vocacional no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora” e começou a exposição, afirmando que é necessário distinguir aquilo que é necessário daquilo que é essencial, e, lembrando que é preciso recordar que os Salesianos e Salesianas possuem um tesouro: a Pedagogia Preventiva que pode inspirar plenamente para um trabalho vocacional integrador que dê frutos. Por meio das palavras de Madre Yvonne Reungoat e do Papa Francisco, levantou os questionamentos: Qual o monumento que os jovens enxergam em nós? Quais as anunciações que cada uma faz com aqueles que estão à sua volta? O que nos dá alegria? 48 | Em Família
Qual a alegria que carrego dentro de mim como FMA? Qual o gosto que as jovens experimentam ao estarem conosco? Como é a casa do nosso coração e de nossas comunidades? Ressoa a alegria do chamado, está permeada pela procura do sentido, pelo acolhimento da Palavra e pelo empenho de nos deixarmos transformar por ela aponto de gerar vida? Quando os jovens olham para nós – qual janela encontram? Ou o que vem através de nossa janela? Continuando os questionamentos, Padre Valdecir lançou a pergunta: Queremos realmente uma CULTURA VOCACIONAL ou queremos buscar soluções para a tão popular CRISE DAS VOCAÇÕES? Afinal é uma crise dos jovens que não querem mais nossa vida ou uma crise dos que já responderam e que não atraem mais esses jovens? Nossa vida não atrai mais ou a nossa maneira de transmiti-la e vivêla não é atraente? Mas o que fazer? Existe solução? Como agir? Depois de ter interpelado as participantes, sobre as reais intenções em relação à Cultura Vocacional, apontou os passos: • saber onde se está para saber onde se quer
INSIEME chegar: o trabalho vocacional só pode ter êxito se for uma Pastoral da e para as vocações e não de calendários e eventos; • sentir-se atraído pela vocação e pela missão: “o testemunho suscita vocações” (Papa Bento XVI); • considerar que a Cultura Vocacional é pautada na beleza do chamamento e da resposta, da vivência da vocação e da missão inseparavelmente; • seguir os passos para construção de um itinerário de Cultura Vocacional: a) encontro com Jesus Cristo: o interlocutor no trabalho juvenil/ vocacional precisa sentir-se encontrado por Jesus Cristo; b) a conversão: é preciso não olhar apenas para trabalhos externos, mas, é necessário converter o interior de nossas lidas; c) o discipulado: “amadurecemos constantemente no conhecimento, amor e seguimento de Jesus Cristo” (documento de Aparecida p.129) d) a comunhão: “não pode existir vida cristã fora da comunidade: nas famílias, nas paróquias, nas comunidade de vida consagrada, nas comunidades de base, nas outras pequenas comunidades e movimentos.” (documento de Aparecida p.130-1310) Uma comunidade que reza pelas vocações é capaz de perceber as necessidades que a circunda. e) a missão: “O discípulo à medida que conhece e ama o seu Senhor, experimenta a necessidade de compartilhar com os outros a sua alegria de ser enviado, de ir ao mundo para anunciar Jesus Cristo, morto e ressuscitado, e tornar realidade o amor e o serviço na pessoa do mais necessitado, em uma palavra construir o Reino de Deus” (documento de Aparecida p. 130). A pedagogia vocacional é iluminada pela pedagogia do Mestre Jesus. Olhando para ele e para sua maneira de agir, iluminamos nossas ações que agora podem ser delineadas pela proposta já conhecida de despertar, discernir, cultivar e acompanhar. Pedindo ao Senhor que “a Conversão nos conduza ao discipulado. O Discipulado nos indique a comunhão como razão do doar-se e que a Comunhão nos direcione à Missão. E a Missão nos encaminhe a iluminar a muitos para a escuta e o diálogo da proposta do chamamento do Senhor”, Padre Valdecir concluiu sua fala que nos iluminou no desafio de criar uma Cultura Vocacional.
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Experiência Apostólica Tudo tem um começo, um meio e um fim. Do noviciado, este seria o começo do fim ou o meio do começo para o início de minha vida religiosa. Do estágio é o fim. Não que seja uma experiência acabada, já que, a partir de agora, começa a síntese de tudo que pude viver em Campos Novos. O tempo foi breve, passou rápido, como tudo que é intenso. O que ficou são as saudades e tudo que aprendi, neste tempo de Graça. Há tempos, estamos todas falando de “Ser hoje, com os jovens, casa que evangeliza” e, a partir do estágio, este lema, ganhou, para mim um novo significado. Descobri, no tempo de estágio, o que significa “estar em casa” e “ser esta casa”. No dia 25 de maio, quando saí de São Paulo e cheguei ao Sul do Brasil, por Navegantes, fui carinhosa e generosamente acolhida pela Comunidade de Itajaí, no Lar Padre Jacó. Seguindo viagem para Campos Novos, já me sentia ainda mais em casa! Em cada cidade catarinense, atravessada 50 | Em Família
pelo ônibus, sentia a missão mais perto, o frio mais intenso, mas, percebia meu coração mais aquecido e feliz. A chegada a Campos Novos foi tão natural que parecia estar retornando a um lugar já bastante conhecido. Interessante, o que a expectativa é capaz de causar em nós! Logo nos primeiros dias, fui incumbida de realizar, com os alunos das várias turmas, a celebração de encerramento do mês de maio. Não foi fácil ajudá-los a concluir um tempo que não havia vivido com eles, mas, foi uma oportunidade de entregar à Mãe Auxiliadora, mais uma vez, a experiência do estágio. Após alguns dias, ainda nem bem ambientada à missão, ganhei o grande presente de ir a Porto Alegre! Sim, participar do Encontro de Espiritualidade, junto com quase todas as Irmãs da Inspetoria. Que grande e precioso presente! Nem preciso dizer que me senti em casa. Não só por estar em uma casa essencialmente acolhedora, como a nossa Casa Inspetorial Santa Teresa, mas, por estar junto às minhas queridas Irmãs: casas
INSIEME que evangelizam! E muito mais do que isso: poder sentir-me parte desta casa. Parte amada e que ama. Parte que está só construindo seu alicerce, mas que vislumbra confiante o futuro como Filha de Maria Auxiliadora, pois, sente-se acompanhada por suas Irmãs, sente-se, enfim, irmã entre as irmãs. Vivemos a rica experiência do noviciado nacional e, portanto, estamos há um ano e meio sempre identificadas a partir de nossa Inspetoria de origem. “Sou a Cassiana, noviça da Inspetoria de Porto Alegre” ou vejo meu nome em listas acompanhado da sigla BPA. A partir do estágio, isso ganhou um novo sentido. Sei que o Instituto é universal, mas, assim como nossa família é a raiz da nossa vocação, o espírito de família da Inspetoria de origem é um alimento fortalecedor na nossa caminhada. Retornando ao celeiro catarinense, como é conhecida a cidade de Campos Novos, pude, então, começar efetivamente a experiência, no Colégio Auxiliadora, e com a sua comunidade. Foi um privilégio viver este tempo com as Irmãs e Voluntárias desta casa, com os jovens desta Escola. Não há outro termo que defina estes breves dias a não ser: tempo de Graça! Tempo de rever a caminhada à luz da prática rezada! Talvez, tenha sido o tempo de me aproximar de uma compreensão do que é ser casa que acolhe, escola que educa, capela que evangeliza, pátio para fazer amigos! Nesta casa, senti de perto a alegria de ser salesiana, sem que nenhuma Irmã deixe de ter uma identidade bastante própria e sem deixar de ser, é claro, um sinal sensível e credível do amor de Deus. Na Escola, pude experimentar, a partir de uma nova perspectiva, a missão educativa-evangelizadora. Na capela, pude confrontar a oração da vida e a vida de oração. No pátio, pude encontrar com o Deus da Vida que é amor e nos espera nos jovens. Foi tempo de trazer de volta ao coração e assim, ressignificar, a experiência vivida, desde 2010, nesta querida Inspetoria salesiana e de retomar passos importantes de toda a minha história vocacional.
Obrigada, Irmãs Alice, Arlete, Maria Ana, Bruna, Rosa e Iolanda pela oportunidade de, nestes dias, “viver e trabalhar juntas em nome do Senhor”. Obrigada por serem esta casa que evangeliza e ajuda a evangelizar. Obrigada pela acolhida, paciência e carinho. Obrigada Bruna, Fernanda e Verônica, voluntárias que iniciam esta bonita caminhada formativa no Instituto, pela acolhida especialmente alegre, pela amizade confiada e cultivada e por toda a ajuda. A presença de vocês foi muito importante nesta etapa da minha vida. Não posso deixar de dizer obrigada, também, à juventude do Colégio Auxiliadora pelo sorriso acolhedor e incentivador. Enfim, não há nada mais profundo para dizer para à comunidade de Campos Novos e a à nossa querida Inspetoria Nossa Senhora Aparecida, que me oportunizou este grande dom, além de um sincero e singelo MUITO OBRIGADA pela acolhida, pelo incentivo e testemunho! Muito obrigada por tudo! Por tudo demos graças a Deus que até aqui conduziu e continuará a conduzir os passos da minha e da nossa caminhada em direção a Ele! Que Ele continue abençoando toda Casa que acolhe e anuncia a boa Nova de Jesus Cristo, especialmente esta! Com carinho e gratidão, minha prece e abraço, Noviça Cassiana de Fatima Gonçalves Ferreira - BPA
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Experiência Apostólica
Permanecei no meu amor (Jo 15,9), Jesus nos convida todos os dias a permanecer em seu amor, doando nossas vidas para a construção de seu Reino. No dia 25 de maio, iniciei a experiência apostólica em Rio Grande do Norte, Serra do Mel, na Inspetoria de Recife. Durante um mês, fiz uma bela experiência comunitária com Ir. Izaura, Ir. Fátima e Ir. Jozefa, buscando viver de forma simples e transparente. As atividades pastorais nas vilas, as visitas às famílias, o encontro com os jovens, a partilha de vida e a celebração da Palavra, com os jovens da Fazenda da Esperança, foram momentos muito ricos que me ajudaram a crescer em minha vocação, a buscar o que é essencial para viver o carisma salesiano, com mais entusiasmo, e revelar, com maior audácia, a face de Deus por meio de um testemunho credível, na alegria salesiana. Maria Leonora Ferreira Lima Noviça BRE 52 | Em Família
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Experiência Apostólica
Rendo graças a Deus por tudo o que vivenciei em Petrolina, interior de Pernambuco, nos dias 25 de maio a 26 de junho, período de grande aprendizado e amadurecimento da fé. A experiência foi dividida em três espaços pastorais: CEMAM, Obra social, CNSA, Colégio Nossa Senhora Auxiliadora e Residência Imaculada Conceição, Comunidade das Irmãs. Olhando a realidade do CEMAM, pude relembrar, um pouco das minhas origens, pois, senti os primeiros sinais de vocação, em uma Obra Social, dirigida pelos Salesianos. Tive contato com os adolescentes das oficinas da Casa Laura e do Auxiliadora, como também, com os educadores e funcionários da Obra que muito me ajudaram a fazer um bonito e bem vivido estágio. No CNSA, foi uma experiência bem inédita e também feliz. Aos poucos, fui entrando e me aconchegando num espaço tão familiar e educativo. Participei da assistência, encontros juvenis e formações com os educandos. Na Comunidade Imaculado Conceição, senti
a grandeza do testemunho de cada Irmã das mais diversas faixa-etárias que, com simplicidade, procuraram ser reflexo de Deus na minha caminhada. E assim, agradeço a todos que comigo vivenciaram essa rica, alegre e marcante experiência. Obrigada por me ajudarem a ser Irmã. Um grande e fraterno abraço. Etiene de Lima Oliveira Noviça BRE
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Experiência Apostólica Casa Puríssimo Coração da Maria Guaratinguetá-SP
A experiência Apostólica Comunitária iniciou quando recebi de Ir. Helena Gesser a notícia de que iria para a comunidade do Puríssimo Coração de Maria. Foi minha primeira experiência diretamente com Projeto Social. Fiquei muito feliz e esperançosa com novo passo na caminhada. Desde o início, o carinho e atenção das Irmãs, foram muito significativos para minha experiência apostólica. Meu estágio caracterizou-se como fortalecimento de opção de entrega total a serviço do próximo. A simplicidade e a acolhida, das Irmãs, crianças, jovens e funcionários foram importantes, pois me ajudaram a sentir em casa. As atividades foram desenvolvidas nos quatro projetos: Puríssimo, CEMARI, Casa Betânia de cima e baixo, com formação para crianças, educadores, assistência, sacristia, gruta e organização geral. Aconteceram também participações a encontros, visita as nossas Irmãs da Casa Maria Auxiliadora e do Colégio do Carmo, reunião de reflexão social, passeio comunitário, atividades que me marcaram fortemente. Agradeço a Deus imensamente e também à Ir. Helena Gesser e a todo o Conselho Inspetorial, por me proporcionar essa rica experiência de encontro com Cristo, na simplicidade do cotidiano, e de poder trilhar mais de perto o caminho dos nossos queridos fundadores. Agradeço ainda a Ir. Elza e a toda a comunidade da Casa do Puríssimo Coração de Maria, presenças chaves nesta caminhada, sinalizando a beleza de ser Filha de Maria Auxiliadora e seguir Cristo Bom Pastor incondicionalmente a serviço do próximo. A todas as irmãs, que me acompanharam, muito obrigada pelas orações e carinho, estaremos sempre unidas em Cristo. Aline Leite Noviça BSP
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Agradecimento Queridas Irmãs, Antes de iniciar os exercícios espirituais que nos preparam para o CG XXIII, quero comunicar-vos o meu agradecimento e a minha saudação no fim do serviço que realizei, durante doze anos, no Conselho Geral como Conselheira Geral para a Pastoral juvenil. Quero deixar falar o coração e devo dizervos que foram anos de graças, anos de contínuo confronto com a riqueza do carisma, anos de encontro em profundidade convosco, irmãs, com tantos jovens e membros das comunidades educativas. É significativo concluir este serviço no ano da abertura do Bicentenário do nascimento de Dom Bosco. O ano de 2015 será rico de graças para todos os membros da Família Salesiana,e de forma particular para os jovens, porque Dom Bosco é o presente que Deus oferece aos jovens de ontem, hoje e do futuro. Estes anos foram para mim anos de crescimento espiritual. O confronto com a pobreza não me deixou indiferente; a proximidade com propostas educativas, em que se fez a opção pelos últimos, ajudou-me a refletir nos caminhos novos que abrimos quando nos deixamos iluminar pela força profética do Sistema preventivo. Em algumas Inspetorias (só onze) não pude realizar diretamente a animação pastoral, mas com todas, sim, encontrámo-nos diretamente nos diferentes encontros programados em nível de Conferências interinspetoriais ou de Continentes. A cada uma de vós o meu obrigada, de forma particular às Inspetoras, pela preparação dos encontros e o acolhimento nos vários Países. Vós, Coordenadoras/Conselheiras Inspetoriais da PJ, fostes sempre muito recetivas ao acolher tudo o que, juntamente com as irmãs do Âmbito, propusemos e animamos, nas reflexões dos processos. Peço-vos também desculpa se nem sempre fui capaz de responder às necessidades de cada uma, de forma a ajudar-vos a realizar o serviço de animação da PJ. O meu agradecimento vai também para as irmãs que, nestes doze anos, prestaram o seu serviço no Âmbito (Mara
Borsi, Runita Borja, Constanza Arango, Elena Rastello, Sara Sierra e Lolia Annie Pfozhumai) com disponibilidade, competência, responsabilidade, criatividade e paixão pastoral, acompanhando o Instituto no caminho de conversão pastoral e de iluminação a fim de que a missão educativa evangelizadora seja prioritária na pluralidade das nossas presenças através do acompanhamento das jovens e dos jovens no encontro com Jesus. O discernimento atuado, as reflexões, o estudo e os aprofundamentos, os escritos “a várias mãos”… tiveram como único objetivo a animação do Modelo de pastoral juvenil FMA proposto no Documento próprio do Instituto Para que tenham vida e vida em abundância. Linhas orientadoras da missão educativa das FMA. Tudo foi realizado para que em todas as presenças se ofereçam as condições de acompanhar as jovens e os jovens no encontro com Jesus e, a por sua vez, possam eles mesmos dar vida esperança a outros jovens. Desejo que alargueis o meu OBRIGADA a todas as irmãs, leigos e leigas que juntamente convosco animam o caminho pastoral da Inspetoria. Dizei-lhes que a irmã Maria del Carmen reza por cada uma/um e pelas suas famílias. A todos os jovens – e foram muitos – com os quais pude partilhar trechos desta caminhada de animação pastoral do Instituto, dizei-lhes que lhes quero muito bem e, como Jesus, também eles estarão no centro da minha vida e da minha doação. Quero ainda pedir-vos uma oração a fim de que o Espírito Santo prepare a pessoa que deverá realizar este serviço nos próximos anos. Eu também rezo por ela e desejolhe que viva este empenho como tempo de graça e de crescimento espiritual. Continuareis a estar presentes na minha oração e gratidão. O Âmbito PJ não fecha a sua comunicação e disponibilidade para vos responder a qualquer coisa que preciseis neste período. Conheceis o nosso contacto eletrónico: pastorale@cgfma.org De Mornese, juntamente com Maìn, chegue até vós a oração, o afeto e o meu abraço de irmã. Recordai-me nas vossas orações. Obrigada por tudo.
María del Carmen Canales fma Conselheira geral para a Pastoral juvenil
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Casa Eusébia Palomino
No ano de 2013, a Casa Eusébia Palomino foi reaberta, na Vila Ré, onde funcionou o Noviciado e, até então, uma Creche dirigida pelos Salesianos em parceria com a Prefeitura de São Paulo. Após a mudança, realizada em maio, aos poucos, fomos constatando sérias dificuldades em relação ao tamanho da casa, e, também, ao progresso do bairro que fez com que nossa presença pastoral já não seja tão significativa como em anos anteriores. Tentamos encaminhar alguma atividade pastoral-promocional, no local, sem resultado satisfatório quer pelo desinteresse das pessoas, quer pela “legislação” do município que não permite a frequência regular de grupos de pessoas em imóveis sem fins comerciais ou de serviços à população. Com o passar do tempo, engajamo-nos no trabalho pastoral e tivemos ótima acolhida, junto a três comunidades, São João Batista; São Nicolau e Nossa Senhora de Fátima, da Paróquia Santa Luzia, dirigida pelos Salesianos. Analisando a realidade, juntamente com o Conselho Inspetorial, decidimos procurar uma Casa mais próxima da Paróquia Salesiana. Após paciente e cansativa procura, alugamos o imóvel, onde estamos residindo, desde o dia 1º de fevereiro de 2014, localizado à Rua Georg Riemann, n.56ª, Jardim São Nicolau com o CEP 03685 – 040, São Paulo, bem próximo à Estação Artur Alvin do Metrô São Paulo. Com a mudança fomos beneficiadas pela maior proximidade das Comunidades e Centro Social dos Salesianos, facilitando a Ação Pastoral, a participação da Missa diária, o acesso à Casa do Menor, a proximidade com o povo e com a Unidade Básica de Saúde que oferece bom atendimento. A nova residência alargou nosso campo pastoral e nos proporcionou a possibilidade de atuar em:
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Círculos Bíblicos, Grupo de Mães da Paróquia, Curso de Corte e Costura no Centro Social, Visita e Oração nas Famílias, Encontro das Famílias, trabalhar com crianças e adolescentes no Centro Comunitário São Nicolau e em promoções das várias Comunidades. No nosso novo bairro há muita festa, novenas e tríduos e nossa presença, em todas as celebrações, é valorizadíssima, para não dizer: “cobrada”. No momento, estamos na fase de reuniões preparatórias, junto com lideranças locais, para iniciar, em 2015, uma nova modalidade de Pastoral, “Oficina de Emoções”, ligada à Comunidade de Apoio Casa de Maria Embaixadora da Paz, fundada e acompanhada pela Psicóloga e Nutricionista, Dra. Maria Salete. Além das atividades locais, acrescentamos o trabalho diário de Irmã Maria Gazetto, no Escritório e no atendimento da Instituição Oscar Romero, e, também, o trabalho de Irmã Mirian, na função confiada pela Inspetoria, como Diretora Presidente da Mantenedora das Obras Sociais. Nossa Comunidade é constituída por Irmã Asilè Elcy Facchini, Irmã Maria Gazetto, Ir. Maria Genoveva Corrêa e Irmã Benedita Mirian Morotti, e, gostamos de receber visitas! Venham conhecer nossa Casa ! Ir. Maria Genoveva Corrêa
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Dia de Formação “Fé e Vida” No dia 31 de agosto de 2014 foi realizado, no Colégio de Santa Inês, um dia de formação com a presença de Irmãs e Noviças, leigos e leigas, educadores e educadoras. Ir. Helena Gesser abriu o encontro, acolhendo e estimulando a todos a atuarem na dimensão política da fé, a partir da leitura de um trecho do Documento da CNBB, “Pensando o Brasil”, Esclarecimentos aos eleitores cristãos, afirmando: “Sabemos que ‘a política é uma forma sublime do exercício da caridade’ (Papa Paulo VI). A Igreja valoriza a política e a tem em alta estima, sabedora do dever de evangelizar a totalidade da existência humana, inclusive a dimensão política. Esta, a política, se ocupa de leis e medidas que afetam todas as pessoas: é um exercício de amor e de justiça Por isso, nosso voto implica enorme responsabilidade evangélica.” Na parte da manhã, Renato Simões, Deputado Federal, e companheiro de fé e caminhada, expôs o panorama da política no Brasil, desde o Golpe Militar até as eleições 2014, sob o ponto de vista do social e da ética cristã. Apresentou os ciclos da ditadura, do neoliberalismo, da proposta de centroesquerda e ressaltou a importância do Brasil, na América Latina, como um País que protagoniza tendências.O palestrante afirmou que existiu, para cada período citado, um fator polarizador que compunha as forças a partir dessa polaridade. Na época da Ditadura, polarizavam Democracia x Autoritarismo. No Neoliberalismo, eram as forças do Mercado x Resistência às ditaduras do mercado, portanto, as polarizações eram entre um Estado Mínimo e um Estado de Fato. O Estado Mínimo, proposto pelo neoliberalismo, gerou uma enorme crise social associada à quebra de direitos e concentração de capital. Renato Simões afirmou que este é o momento que a Europa está vivendo. A crise global de 2008 desse sistema esgotou os recursos. Os países tiveram que fazer uma opção política: insistir nesse modelo (caso dos EUA, Europa e Japão) ou enfrentálo, retomando as reformas sociais, integrando a população de baixa renda. Esta foi a opção do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Assim, quando a crise encrudeleceu, o Brasil teve outros parceiros. A ideia é sair do círculo vicioso para um círculo virtuoso. Atualmente, o Brasil enfrenta um dilema: as reformas que deveriam ser feitas nos anos 60 foram travadas pela ditadura, as reformas dos anos 90 foram travadas pelo mercado, e, ainda hoje, continuam travadas. As reformas que ainda não ocorreram são: a agrária, a urbana, a política, a tributária e a da mídia. Hoje, o Poder Econômico continua determinando a Política. Daí a proposta do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político para desemperrar e aprimorar a democracia representativa e participativa.
Agradecemos ao Deputado Renato Simões por sua clareza e por sua visão realista e otimista para superar os entraves que o Brasil tem que enfrentar para ser um País mais justo e virtuoso. Em seguida, passamos para o pórtico onde foi instalada a “Cidade dos Sonhos”, confeccionada, com materiais reciclados, pelo nosso amigo das CEBs de Santo André, Eduardo José Moreira. Foram muitos anos de trabalho e o resultado é uma verdadeira obra de arte. Com seu jeito simples e profético, Eduardo José apresentou o Estatuto da Cidade dos Sonhos que a transforma em uma cidade em que as pessoas vivem em condições de igualdade com salário igual para todos, em que as crianças e jovens sempre terão uma família, em que as universidades, escolas e pré-escolas estão próximas das pessoas, revelando a prioridade da educação. Nesta cidade, o médico para se formar precisa “gostar de gente”, a cadeia não existe mais, por falta de “hóspedes”. o hotel é hotelescola, unindo serviço e educação. Na Cidade dos Sonhos, a periferia é o centro, e os prédios ficam em volta, porém, mantendo uma distância razoável entre eles para que todos recebam sol, luz e vejam o céu. A cidade toda é arborizada porque para cada pessoa que nasce é plantada uma árvore de espécie variada. A Catedral é um espaço ecumênico onde todas as religiões podem celebrar e atuar com liberdade e harmonia. Na Cidade dos Sonhos, o Rio Tietê está totalmente recuperado e as marginais voltaram a pertencer ao rio com árvores, fauna e flora e todos podem ( cantar ) dizer: “Rio Tietê, tu és tão limpo que uma criança pode beber de tuas águas na conchinha da mão.” O almoço foi um momento de convivência e em sintonia com o nosso desejo de ser ‘casa’ que acolhe a todos como o Capítulo Geral XXIII nos pede. Todos os presentes agradeceram a gratuidade e a gentileza da Comunidade do Colégio de Santa Inês e da Inspetoria. À tarde, Afonso Reis, do CEBI (Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos) apresentou o chão do Evangelho, segundo Mateus que será refletido, no mês de setembro, como proposta da CNBB, com o tema “Ide, fazei discípulos e ensinai!” Com o seu jeito bem humorado e cheio de histórias, contextualizou os conflitos enfrentados pela Comunidade de Mateus, razão da redação do Evangelho que apresenta dois Projetos: o de Jesus, o amor e a misericórdia e o dos fariseus, a Lei e seu rigor. Suas reflexões serão muito úteis para os círculos bíblicos e pastorais. Nosso agradecimento a todos que participaram e, principalmente, à acolhida da Inspetoria e do Colégio de Santa Inês. Um dia de Fé e Vida! Ir. Ana Beatriz Freitas de Mattos e Ir. Iracema Schoeps
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NA VIBE
Retiro Bíblico 2014
É com grande alegria que, neste ano de 2014, celebramos o 7º ano de Retiro Bíblico para os jovens. O número sete, na Bíblia, é muito significativo e quer dizer perfeição, totalidade. Acreditamos que esta edição do Retiro Bíblico despertou nos jovens a busca da perfeição. A juventude participante avaliou muito positivamente cada momento vivido e viveu intensamente todas as propostas. Dos dias 11 a 13 de setembro, reunimos, no ‘Espaço Jovem’, um grupo de 25 jovens das nossas casas: Colégio do Carmo, Casa Betânia, Instituto São José, Colégio de Santa Inês, Instituto Coração de Jesus, Colégio Madre Mazzarello, Osaf e, também, um significativo número de sete vocacionadas. Em sintonia com a Igreja do Brasil que nos propôs a reflexão sobre o Evangelho de Mateus, durante o mês de setembro, o tema refletido foi: “Ide, fazei discípulos e ensinai”(cf. Mt.28,19-20). Foram dias repletos de momentos de oração, reflexão, deserto, partilhas, vigília, gincana, filme, tudo preparado com muito carinho e dedicação. Vale a pena destacar a diligência e o empenho dos jovens na participação das propostas de busca pessoal de Deus. A sede pelo transcendente era visível nos olhos brilhantes 58 | Em Família
quando escutavam os palestrantes, no silêncio fecundo, no momento de deserto e vigília, na alegria contagiante durante a gincana bíblica e recreio, e na participação ativa nos espaços para interação. Fundamental também para esta profunda experiência de Deus foi a colaboração de Irmãs e Assessores leigos que somaram na realização deste projeto. Os sete anos de existência do Retiro têm produzido muitos frutos em relação ao aprofundamento do Projeto de Vida dos participantes que, sempre, ao final do Retiro mostram-se muito gratos e partilham as inúmeras descobertas realizadas nestes dias. Deixo, aqui, minha enorme gratidão a cada Irmã, Assessor e Assessora que, diretamente ou indiretamente, contribuíram para que fosse possível o último evento do ano de 2014, em Âmbito Inspetorial, destinado aos nossos queridos jovens.
Ir. Claudia Regina C. Ribeiro.
NA VIBE
Encontro de PJE na Paulista
No dia 20 de setembro, no Colégio São José de Campinas, cento e cinquenta adolescentes e jovens de 6º ano a 3ª série do Ensino Médio das casas das FMA e dos SDB, da região da Paulista, participaram do Encontro da PJE. Divididos em grupos, por faixa etária, por meio do método Ver, Julgar e Agir, refletiram sobre o símbolo da Pastoral e no que podem melhorar suas ações e onde devem modificá-las. As palestras foram ministradas por Assessores e Padres dos Colégios presentes ao Encontro. Várias metodologias foram utilizadas para a transmissão dos passos da PJE como: vídeos, dinâmicas, textos, questionamentos e construções. O dia foi enriquecedor, pois, permitiu aos adolescentes e jovens planejarem os próximos passos dos Grupos.
Leila Felício Melari Assessora do INSA- Araras
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NA VIBE
Formação AJS
No sábado, 09 de agosto, foi realizado no Colégio São Joaquim, o segundo Encontro de Formação Interinspetorial para o Conselho de AJS. Com inicio às 9h, os jovens tiveram uma programação bastante intensa. Líderes de todas as Casas e Obras Salesianas do Vale marcaram presença e aprofundaram a reflexão sobre a AJS.
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NA VIBE
Seminário Chile
Realizou-se, nos dias 29 de setembro a 04 de outubro, em Santiago – Chile, o II Seminário de Formação Inicial na ótica da Interculturalidade. Éramos quase 100 participantes, incluindo a Equipe Organizadora, composta por onze membros, entre eles, Frei Rubens da CRB. Os temas refletidos e aprofundados foram: 1. Compreender a nossa dinâmica intercultural e da Vida Religiosa; 2. Aproximar-nos da realidade juvenil e das manifestações interculturais dos jovens, em geral, e a dos candidatos à Vida Religiosa; 3. Rever as experiências e modelos de formação inicial, em nossos Institutos, na perspectiva intercultural, em vista de uma renovação; 4. Reconhecer e explicitar competências, chaves pedagógicas e dinamismos espirituais que contribuam para uma formação inicial em chave intercultural; A metodologia utilizada foi excelente. Desde o início, nos organizamos por fraternidades de 6 a 8 membros que receberam nomes de Tribos Indígenas dos países que compõem o Cone Sul. Estiveram presentes mais de 50 Congregações. A diversidade de Carismas nos revelou a presença atuante do Espírito que sopra onde quer, suscitando
no coração de homens e mulheres, a doação total de si a serviço do Reino, no amor ao próximo, por um mundo mais comprometido com a vida. Confesso que foi uma experiência impar, sobretudo, a convivência, as partilhas que foram de uma riqueza indescritível. Agradeço imensamente a CIB – Conferência das Inspetoras do Brasil, na pessoa de Ir. Helena Gesser, pela oportunidade que me foi oferecida. Que o Espírito Santo, formador por excelência, ilumine nossa vida e missão. “Não devemos ter medo da bondade ou mesmo da ternura. Cada pessoa, com um olhar de ternura e amor, é capaz de abrir o horizonte da esperança. O cuidar pede bondade, pede ser vivido com ternura. A ternura não é a virtude do fraco, mas, ao contrário, mostra a força da alma e a capacidade de atenção, de verdadeira abertura ao outro, mostra capacidade de amar. Precisamos da doçura de Maria para entender as coisas que Jesus nos pede.” Papa Francisco. Ir. Rosângela Maria Clemente
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PONTO DE VISTA
Setembro: Mês da Bíblia A Palavra de Deus Ilumina: “Sair” ou “Voltar”? Os verbos “sair” e “ouvir” podem servir de ponto de partida para uma reflexão bíblica. Eles estão diretamente ligados ao verbo “ouvir” a Palavra de Deus, que é dinâmica e solicita uma urgente resposta para todos os que estão recebendo o apelo divino. Começo com o verbo “sair”. Toda a história de Israel é marcada pelo “sair”: “Sai da tua terra e vai para a terra que eu te mostrar. Eu farei de ti um grande povo, eu te abençoarei, engrandecerei teu nome; sê uma bênção” (Gn 12,1). Deus fala, faz dois pedidos: sai e sê bênção e oferece três promessas: povo, bênção e nome. Abrão ouve e decide. Deus sempre age assim: toma a iniciativa, faz uma promessa grandiosa, exige uma ruptura e um posicionamento para marcar um diferencial na situação presente. Para Moisés, o Deus de nossos Pais diz: “Vai, e eu te enviarei a Faraó, para fazer sair do Egito o meu povo, os israelitas” (Ex 3,10). Aos profetas o verbo “sair” está associado ao “ir”. Deus fala a Elias, várias vezes, para sair de um lugar para outro: “Vai-te daqui, retira-te para o oriente e esconde-te”, “Vai apresentar-te a Acab”, “Sai e fica na montanha diante de Iahweh”, “Vai e retoma o caminho na direção do deserto” (1Rs 17,3; 18,1; 19,11.15 ); Amós diz ao sacerdote Amasias:
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“Iahweh tirou-me de junto do rebanho e Iahweh me disse; ‘Vai, profetiza a meu povo, Israel’” (Am 7,15). Abraão, Moisés, os profetas e todos os nossos pais e mães na fé ouviram a voz do Senhor e decidiram sair, para ir aonde Deus enviava e mostravam tempos novos que eram possíveis naquele momento. A resposta exigiu determinação, ruptura, dinamismo e coragem. Pela fé, todos caminharam apoiados na promessa, certos de que a saída/ a ruptura traria algo novo, recriaria esperanças, refaria a própria vida e a dos que tinham sido enviados. Eles se tornaram, para nós, nuvens de testemunhas, testemunhas de quem o mundo não era digno (cf. Hb 11). Jesus também seguiu essa tradição. Depois de receber Espírito Santo, no batismo, ouviu a voz de Deus, chamando-o de “filho amado”, saiu para anunciar que o Reino de Deus estava próximo, em diferentes lugares, sem se deixar amarrar pelos apelos do povo para permanecer no mesmo lugar. Ele dizia: “Devo anunciar também a outras cidades a Boa Nova do Reino de Deus” (Lc 4,43). Em sua primeira parábola Jesus dizia: “Eis que o semeador saiu para semear” (Mt 13,3). O Papa Francisco tem feito pronunciamentos muito fortes, manifestando a necessidade da Igreja e de
PONTO DE VISTA cada cristão “sair”: “Saiamos, saiamos para anunciar a todos a vida de Jesus. Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças” (EG, 49). O Instrumento de trabalho do Capítulo Geral XXIII está na mesma linha. “A evangelização implica na ousadia de dirigir-se às periferias não só geográficas, mas também existenciais. São os lugares onde se vive a experiência do pecado, da dor, da injustiça, da ignorância e indiferença religiosa...” A periferia é “uma perspectiva de onde olhar a realidade para acolher a misteriosa sabedoria que o Espírito Santo comunica através dos pobres, que se identificam, para nós, com os jovens mais necessitados” (n. 8) Se o apelo divino é para sair, por que voltar? A volta é para garantir a fidelidade! Todas as vezes que alguém sai, não volta da mesma forma. Ninguém volta igual depois que saiu. Algo se transforma interiormente, embora a realidade continue difícil e desafiante. Ela desgasta, cansa, desafia, esgota, prostra. Por isso, a volta tem por objetivo refazer as forças, realimentar a fome e a sede da promessa. A volta tem um direcionamento: à Fonte, à Palavra de Deus: “Todos vós que tendes sede, vinde às águas. Vós que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; comprai, sem dinheiro e sem pagar, vinho e leite... Escutai-me e vinde a mim, ouvi-me e vivereis. Farei convosco uma aliança eterna, assegurando-vos as graças prometidas...” (cf. Is 55,1-3) “Voltar” também está ligado ao “ouvir”. A espiritualidade bíblica está centralizada e resumida no dito divino: “Ouve, ó Israel: Iahweh é Um!” “Voltar” e “ouvir” aparecem ligados. No Primeiro Testamento, depois de uma longa caminhada, o povo ficava desgastado e se tornava infiel. Viam a necessidade de voltar. A volta implicava retomar a memória da Palavra e Ação de Deus na vida, para ouvir o que Deus estava dizendo, naquele momento, para uma nova saída, na fidelidade à Palavra. Jesus ao ensinar, adverte sobre a importância do ouvir. Na abertura do ensinamento de Jesus, nas parábolas: Jesus dizia “Escutai! Eis que o semeador saiu para semear” ... e mais: “Quem tem ouvidos, ouça!” (Mc 4,3.9); e, “Cuidado com o que ouvis!” (Mc 4,24). O semeador Jesus saiu para semear; ao narrar a
parábola, convida também os discípulos a sair, para realizar a mesma missão; antes, porém, é preciso “ouvir”. Depois, de realizar a missão, eles voltam para partilhar e ouvir novamente o que Deus revelou e ainda espera deles. Lucas narra a volta da missão dos discípulos; eles voltaram entusiasmados e entusiasmaram o Mestre. Jesus avaliou a saída: “Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste essas coisas aos sábios e prudentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado” (Lc 10,21-22). Os discípulos O ouvir na volta não pode acontecer de forma intimista. Deus sempre fala por meio dos acontecimentos e da comunidade. A comunidade é o espaço privilegiado para o discernimento da presença e dos apelos de Deus, na História. Assim fazia a comunidade primitiva, assídua aos ensinamentos dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e no socorro aos necessitados, (At 2,42-46) gozando de simpatia junto ao povo; assim deve ser a vida das comunidades de hoje: reunir, ouvir a Palavra, discernir, comungar, partilhar, sair para ‘anunciar o Evangelho de Deus: o Reino está próximo’ (Mc 1,14-15) e formar novas comunidades de fé. “Ouvir”, “Sair”, “voltar” e “ouvir” novamente: esse é um processo contínuo e dinâmico. Esse é o caminho que a Palavra de Deus nos propõe, hoje, bem como a Igreja, na pessoa do Papa Francisco e o nosso Instituto, no projeto do novo Capítulo Geral. Ir. Ivone Brandão de Oliveira
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RESAS
VIII Encontro Nacional da RESAS tem a identidade e a significatividade como focos Com o tema “A identidade e significatividade da RESAS: nacional, inspetorial, local”, representantes de mais de 50 obras sociais salesianas de todo o Brasil reuniram-se em Brasília, nos dias 25, 26 e 27 de julho, para o VIII Encontro Nacional da Rede Salesiana de Ação Social (ENRESAS 2014). O encontro contou com cerca de 120 participantes de 18 estados brasileiros, entre gestores das Obras Sociais mantidas pelos Salesianos de Dom Bosco (SDB), coordenadores inspetoriais da RESAS e convidados. Um destaque importante, desta edição do ENRESAS 2014, foi a participação das Fwilhas de Maria Auxiliadora (FMA). Estiveram representadas no encontro todas as seis inspetorias SDB e nove inspetorias FMA. De São Paulo, participaram Irmã Maria das Graças Rodrigues e Rosemeire Gomes Silva. Outro ponto a ser ressaltado foi a participação dos leigos, cada vez mais atuantes nas Obras Sociais Salesianas, que também se reflete no ENRESAS 2014: 59% dos delegados do Encontro são leigos, e 41% são religiosos e religiosas. No total, estão representados no encontro 55 municípios, de 18 estados da Federação. A Rede Salesiana de Ação Social (RESAS) realiza encontros nacionais anualmente, sempre com a proposta de que os participantes troquem experiências e aprofundem a reflexão conjunta a respeito da ação social salesiana no país. Desta forma, podem continuar promovendo, nas Obras Sociais, a formação integral dos jovens, em uma perspectiva que reforça o desenvolvimento humano, ético e espiritual de todos os envolvidos no processo educativo. No ENRESAS 2014, o tema “A identidade e significatividade da RESAS: nacional, inspetorial, local” foi desdobrado em quatro objetivos específicos: consolidar a Rede Salesiana de Ação Social, fortalecendo a identidade organizacional 64 | Em Família
e carismática salesiana; aprofundar as referências que podem favorecer a integração e a articulação da RESAS no país; criar sinergia entre os coordenadores locais em torno das referências que devem fortalecer a identidade da RESAS; construir caminhos para a consolidação da Pastoral Salesiana na RESAS. “O ENRESAS 2014 trouxe para todos nós boas perspectivas quanto à articulação e a integração da Rede de Ação Social, sobretudo por meio do fortalecimento da nossa identidade salesiana e dos valores do nosso carisma, bem como do nosso compromisso pastoral”, afirmou o coordenador geral do Escritório da RESAS em Brasília, padre Agnaldo Soares Lima ao Informativo RESAS (mês de agosto e setembro 2014) . Segundo o Informativo RESAS, o Encontro destacou dois grandes elementos: a discussão da Identidade Organizacional da RESAS e um amplo debate sobre a consolidação da Pastoral Juvenil Salesiana no âmbito da RESAS. Nos três intensos dias de trabalho, foram confirmados os seis compromissos fundamentais da ação social salesiana no Brasil: Promoção dos direitos da criança e do adolescente; Gestão social e atuação em rede; Fortalecimento da família; Ação socioeducativa de resultados; Construção de competências das novas gerações para a vida e Cooperação para o desenvolvimento com enfoque social. Foi proposto que cada Obra Social da RESAS, a partir de agosto, desdobrem os resultados do Encontro.
RESAS
Rede Salesiana de Ação Social reunida em Porto Alegre A Equipe Nacional de Ação Social das FMA, juntamente com Irmã Francisca Dias, Inspetora referente da Ação Social na CIB, reuniu-se, em Porto Alegre, na Casa Santa Teresa, sede da Inspetoria da Nossa Senhora Aparecida, nos dias 11 e 12 de agosto próximo passado. Nos dois dias de trabalho, a equipe estudou e refletiu sobre o Caderno de Identidade Organizacional da Rede de Ação Social/FMA com o objetivo de orientar as ações da Equipe a partir da nova configuração assumida pela RSB – Rede Salesiana Brasil – que propõe a unificação da Ação Social SDB e FMA no Brasil.
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PRESENÇA
Combate a Dengue no Recanto da Cruz Grande
Em continuidade ao combate à Dengue, a Prefeitura de Itapevi – por meio das secretarias da Saúde, Educação e Cultura, Juventude e Turismo – realizou, no mês de Agosto, mais uma ação para as crianças da cidade, levando às Escolas a peça teatral “Metidos com a Dengue”. Assim, no dia 06 de agosto, o Recanto da Cruz Grande recebeu este espetáculo, apresentado aos nossos alunos de 1º à 5º Ano do Ensino Fundamental da“Escola Irmã Jécia Pinheiro”. De maneira lúdica, as crianças aprenderam hábitos preventivos como: manter os recipientes que podem acumular água sempre limpos, manter garrafas viradas com o bocal para baixo, pratos com areia embaixo dos vasos de plantas, telagem de caixas d´água, limpeza dos quintais, o não acúmulo de lixo nas ruas, além de serem motivadas a se tornarem multiplicadoras do combate à dengue. Também, foi distribuída aos alunos a cartilha didática da Dengue, com o intuito de intensificar,
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ainda mais, a compreensão das crianças sobre a importância do tema. Ao final, foi a nossa vez de retribuir tal gesto, com o coração agradecido, nossas crianças recitaram uma singela poesia e entoaram um canto que diz: “Como é bom saber que você está aqui comigo...” E foi verdadeiramente este sentimento que sentimos ao longo da apresentação da peça educativa.
PRESENÇA
Recanto da Cruz Grande realiza festa da família
Foi com muita alegria, que na manhã do último sábado, dia 30 de agosto, celebramos a Festa da Família, com o objetivo de promover interação entre a Escola, as famílias e toda a Comunidade. A festa teve início com uma belíssima palestra ministrada pela Irmã Nilza Fatima de Moraes sobre o Sistema Preventivo, que de maneira dinâmica apresentou aos pais ‘Os dez pontos básico de como se aproximarem de seus filhos’, segundo Dom Bosco. Nossas crianças e adolescentes do “Projeto
Crescendo em Cidadania”, também marcaram presença com apresentações das oficinas de Coral, Teatro, Hip Hop e Expressão Corporal. Ao final, foi realizado um bazar beneficente em prol do Recanto onde foram vendidos a preços acessíveis roupas e objetos diversos que recebemos por doações de nossos colaboradores.
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PRESENÇA
Atividades na Casa do Puríssimo Coração de Maria, Casa Betânia e Cemari
Circo Stancowich
Oficina de Skate
Gincana Dia das Crianças
Momento de Oração
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Gincana Dia das Crian
Robótica
ças
Oficina de Skate
Semana da Criança
PRESENÇA
Momento de Reflexão
Visita Estádio Morumbi
Robótica
Aula de Teatro
Visita Urna de Dom Bos
Comemoraçã o 199 anos
co
de Dom Bosco
Semana da Criança
xão Momento de Refle
agosto setembro e outubro 2014 | 69
É FESTA É FESTA!
Celebrando a vida - Aniversariantes NOVEMBRO 01. Bruna de Paula Elias (asp.) 02. Aparecida de Fátima Barboza – Chen Huimin 04. Carla Castellino (Conselheira Visitadora) 05. Aldahyr de Bortoli – Mirian Morotti 07. Esther Venturelli – Fátima Aparecida Peixoto 08. Beatrice Dallabona 10. Maria Idaty Godoy da Silva 11. Eliane Aparecida do Prado - aspirante 12. Ivone Brandão de Oliveira 15. Célia Regina Querido 17. Augenir Marin 19. Orlandina Banzato – Maria Leonora Ferreira Lima nov. (BRE) 20. Silvania Cássia Pereira 21 – Emília Musatti - (Vigária Geral) 22.Cecilia Vassalo Grande 25. Nilza Fátima de Moraes 26. Lourdes Nunes dos Reis 28. Gisele Rodrigues Coelho 30. Flávia Maria Romeiro
DEZEMBRO 03. Odair de Abreu 04. M. Guadalupe Lara–Giuseppina Teruggi– (Cons. Geral Comunição Social) 06. Mathilde Orlando – 11. Célia Regina Pinto 13. Maria Luzia Dantas 16. Therezinha Caffer 17.Katleen Taylor – Cons. Visitadora 19. Rosa Maria Valente 20. M. Conceição Gomes 21. M. Aparecida da Silva (Pião) 24. Maria Antonieta Momenso 26. Cecília Fauza – Ruth Cardoso 27. Celina Carraturi – Ana Luiza da S. Medeiros t. 28. Maria das Graças Alves 29. Adair Sberga – Francisca Rosa da Silva
PROGRAME-SE
Agenda de Eventos NOVEMBRO 08 08 e 09 09 13 15 16 e 17 18 19 e 23 21 22 e 23 24 e 25 26 a 28 29
70 | Em Família
FEST - Sta Teresinha Convivência Vocacional Encontro de Junioristas - Instituto São José Reunião de Diretoras e Gestoras de Escolas - Colégio de Santa Inês Encerramento do Capítulo Geral Preparação para transmissão do Capítulo em Roma Retorno de Ir. Helena Gesser e Ir. Célia Apparecida Congresso Histórico em Roma RSE CAD - Brasília AJS: Formação e Eleição do Conselho Interinspetorial - Sítio Santa Teresinha Conselho Inspetorial Assembleia da RSE Brasil - Brasília Confraternização SSCC - Sítio Santa Teresinha
PROGRAME-SE
PROGRAME-SE DEZEMBRO 04 05 e 06 07 08 e 09
Pastoral Juvenil - Reunião da Equipe Inspetorial - Espaço Jovem Assembleia Inspetorial - Transmissão do Capítulo Festa da Comunidade Inspetorial Conselho Inspetorial
LEMBRANÇA
+ 10 de junho, em Mogi das Cruzes, Oscarlina Maria Santiago, irmã de Irmã Maria da Encarnação + 23 de julho, em Passos, o Sr. Normélio, irmão de Irmã Maria do Carmo de Souza. + 20 de agosto, faleceu, em São Sebastião, o Sr. Marcos Ferreira Dantas, irmão de Ir. Luzia Dantas + 30 de agosto, em João Pessoa, a Sra. Maria do Socorro Fidelis, irmã de Ir. Maria de Lourdes Fidelis dos Santos +12 de setembro, em São Paulo, o Sr. Emílio Schoeps, irmão de Ir. Iracema Schoeps + 21 de setembro, em Ribeirão Preto, o Senhor Francisco de Lima, irmão de Ir. Martha de Lima + dia 10 de outubro, em Barretos, a Sra. Oreni Corrêa, cunhada de Irmã Genoveva
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VocĂŞ ĂŠ alegre? Esteja sempre alegre, hem? Una-se intimamente a Jesus,
trabalhe para agradar somente a E Le,
esforce-se para se tornar sempre mais santa e assim estarĂĄ sempre alegre. Viva Jesus! C19,8