Em Dia – AFABB/DF

Page 1

EM DIA

Nº 17 Ano XI 2016 Outubro

Publicação periódica da Associação dos Funcionários Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil no Distrito Federal | www.afabbdf.org.br

Cassi

Banco do Brasil apresenta proposta para crise da Cassi p. 2

Questionamento

Associação questiona Previ sobre política de investimentos p. 5

Aniversário

Instituto Reciclando Sons celebra 15 anos p. 9

AFABB-DF: 16 anos comprometida com os associados

Atual diretoria está em seu segundo ano à frente da Associação

N

o último dia 21 de agosto, a AFABB-DF chegou ao 16º ano de existência. Todos nós da diretoria e dos órgãos colegiados celebramos com orgulho os 16 anos da Associação, que sempre esteve à frente de importantes embates. Muitos marcados pelo sucesso. Outros, por pequenos tropeços. Mas sempre perseguimos com obstinação a superação dos desafios.

No cumprimento da nossa missão institucional não abrimos mão de defender, a qualquer custo, os direitos e interesses dos nossos associados: funcionários, aposentados e pensionistas do Banco do Brasil. É o que procuramos cumprir em todo esse tempo, como razão de ser da Associação. Este é o segundo ano da nossa gestão à frente dos destinos da AFABB-DF. Não medimos esforços


p. 2

para que a Associação, como importante entidade representativa, continue a corresponder plenamente à confiança dos associados. Para o alcance desse objetivo, nossas ações se fundamentam nos princípios e valores da ética, respeito, comprometimento, colaboração e transparência. Aproveito para falar de dois temas que têm provocado nossa reflexão. O primeiro diz respeito às negociações sobre o reequilíbrio financeiro da Cassi. O assunto se arrasta por meses a fio. O Banco do Brasil apresentou recentemente o que chama de proposta final, ora sob avaliação das entidades que participam da mesa de negociação. Preocupa-nos a situação financeira da Cassi e seus reflexos no atendimento à saúde dos associados. O segundo tema é a tramitação na Câmara dos Deputados do PLP 268/2016, que altera regras de governança dos fundos de pensão. Em companhia do colega Mário Tavares, tivemos inúmeros encontros com parlamentares e associações que representam interesses das fundações e dos participantes e assistidos. Juntos, trabalhamos para minimizar

inovações prejudiciais aos fundos de pensão e aos associados. Suspensa a tramitação, as discussões devem ser retomadas após as eleições municipais. Por tudo o que vem sendo feito, não temos dúvidas em afirmar que, ao trabalho da AFABB-DF, bem se aplica o pensamento do teólogo inglês William George Ward: “Há os que se queixam do vento, os que esperam que ele mude e os que procuram ajustar as velas”. Conscientes das dificuldades de uma associação que opera com recursos limitados, escolhemos o terceiro caminho. Preparando-nos para os desafios do futuro, replanejando ações e nos empenhando para honrar o compromisso de garantir que os direitos dos nossos associados sejam respeitados. Agradeço aos colegas da diretoria, aos conselheiros deliberativos e fiscais, aos nossos colaboradores e a todos os associados pela oportunidade de, juntos, celebrarmos mais um aniversário da nossa querida AFABB-DF. Arnaldo Fernandes de Menezes, presidente AFABB-DF

Banco do Brasil apresenta proposta para crise da Cassi

D

epois de meses de negociações, no último dia 5 de setembro o Banco do Brasil (BB) apresentou proposta para retomar o equilíbrio financeiro da Cassi. Concebida para implantação em três etapas, a proposição divide-se pelos temas governança, gestão e operação, investimentos e acompanhamento dos investimentos. O item de governança, gestão e operação abarca o desenvolvimento de projetos na própria Cassi, com apoio de empresa especializada de consultoria, para análise e revisão de processos e sistemas. O planejamento objetiva reduzir despesas, viabilizar parcerias estratégicas e criar mecanismos de uso racional dos serviços do sistema integrado de saúde da Cassi, entre outros resultados, Essa etapa seria efetivada em duas fases. A primeira abrange diagnóstico da situação atual, estudos de viabilidade e planejamento da implantação, com prazo estimado de quatro meses. A segunda, trata da implementação das propostas e projetos

“Ressarcimento mensal extraordinário proposto pelo banco sequer acompanha a proporcionalidade contributiva estatutária, que prevê 40% para associados e 60% para o patrocinador.” Arnaldo Fernandes de Menezes, presidente da AFABB-DF


Em Dia · nº 18 · AFABB-DF

aprovados na Cassi e em consulta ao Corpo Social, com tempo de doze meses. O item voltado para investimentos prevê um incremento na arrecadação de cerca de R$ 40 milhões mensais até dezembro de 2019 e a contratação da consultoria especializada. Nessa etapa, os participantes do Plano de Associados fariam contribuição mensal extraordinária, até dezembro de 2019, de 1% dos salários e benefícios. Estima-se uma arrecadação de R$ 17 milhões. Como patrocinador, o BB asProposição visa retomar equilíbrio financeiro da Caixa de Assistência sumiria o ressarcimento mensal extraordinário, igualmente até dezembro de 2019, de despesas de programas vimensal extraordinário proposto pelo banco sequer acompanha a proporcionalidade contributiva estatugentes, coberturas especiais e da estrutura própria tária, que prevê 40% para associados e 60% para o (CliniCassi), vinculados ao Plano de Associados. patrocinador. Se respeitada essa proporção, o aporte Seriam R$ 23 milhões com reajuste anual em índo banco deveria ser de R$ 25,5 milhões”, aponta. dice a ser estabelecido entre o banco e a Cassi. A contratação e o pagamento das despesas com a Apesar das críticas, o presidente da AFABB-DF empresa especializada de consultoria também enafirma que a situação financeira da Cassi “parece não mais comportar adiamentos”. “Diante dessa trariam como encargos do banco. O terceiro eixo da proposta envolve as ações de constatação, a AFABB-DF, pelos seus órgãos coacompanhamento dos investimentos realizados, legiados, decidiu manifestar apoio à aceitação da aprovadas nos órgãos de governança da Cassi. Inproposta do banco”, diz Fernandes. Ele assinala, concluem prestação de contas trimestral ao banco e ao tudo, que o apoio está atrelado a algumas ressalvas, Corpo Social, criação de estrutura de assessoramenque deverão constar no documento de formalização to ao Comitê de Auditoria (COAUD), melhoria nos do acordo com o banco. processos de recrutamento e seleção de funcionários Entre elas, está a escolha do FIPE Saúde como o e implantação de sistema de acompanhamento da índice de reajuste anual do ressarcimento extraordiavaliação de desempenho de todas as áreas da Cassi. nário do BB (R$ 23 milhões mensais) a ser estabelecido na mesa de negociação e não, posteriormente, Alívio momentâneo entre o banco e a Cassi. Para o presidente da AFABB-DF, Arnaldo FernanA AFABB-DF também defende a manutenção do des de Menezes, assim como as soluções aprovadas princípio de solidariedade como premissa fundanas crises de 1996 e 2007, a proposta traz um “alímental do Plano de Associados; a corresponsabilidade do Banco do Brasil e do Corpo Social com a vio momentâneo” para o grave problema de caixa sustentabilidade da Cassi; a garantia de cobertura enfrentado pela entidade. “Porém, até que se prove para à saúde dos funcionários da ativa, aposentao contrário, ela parece insuficiente para a sustentados, dependentes e pensionistas; e a garantia de bilidade da Cassi, no médio e longo prazo”, avalia o permanência da mesa de negociação até 2019 para presidente da AFABB-DF. Fernandes lembra que a a situação crítica, que avaliação não só do andamento dos trabalhos e da mais uma vez abala a Cassi, é de responsabilidaimplementação das propostas, mas do comportade exclusiva do Banco do Brasil. “O ressarcimento mento do custeio da Cassi.

p. 3


p. 4

o ig

Há dois mil e quinhentos anos, o pensador chinês Confúcio advertia: “Se queres prever o futuro, entenda o passado”. Associando a máxima à realidade da Cassi, percebe-se estar em curso um lento e gradual processo de enfraquecimento dessa importantíssima instituição criada em 1944 como um benefício social para o funcionário do Banco do Brasil (BB) e sua família. Nos anos 1970, apesar do incremento do número de associados, a situação financeira da Cassi apresentava-se precária. As contribuições dos associados não acompanhavam os crescentes custos dos serviços médicos. A solução encontrada à época foi a reestruturação por meio da alteração do seu estatuto. Tal reestruturação permitiu ao BB exercer influência nos destinos da Caixa de Assistência de forma absoluta. Se, por um lado, efetuou custeio equivalente ao dobro do valor pago pelos associados, por outro impôs que todos os novos funcionários passassem também a ser filiados à Cassi. Levando a cabo o que previa o capítulo Assistência Social-9, título Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil-5 da antiga CIC Funci (Circ. Funci nº 454, de 23/03/1965). Essa obrigatoriedade de inscrição transformou a adesão à Cassi numa condição de emprego no Banco do Brasil. No entanto, a incontestável influência do banco ao longo desses anos não se traduziu em equilíbrio para a Cassi. Lembra Na década de 1990, diante do cenário de dificuldades financeiras agravadas pela proporção contributiva menor entre o banco e seus funcionários, foi proposta nova reestruturação. Mais uma alteração estatutária e mudança de paradigmas, mas com manutenção dos prepostos do banco nos cargos de maior poder. A despeito das mudanças empreendidas, a Cassi ingressou no século XXI com as finanças em desequilíbrio. A preocupação com sua sustentabilidade implicou mais uma promessa de reestruturação organizacional e nova mudança no estatuto, em 2007. Mediante o aporte de recursos que trouxeram apenas um efêmero alívio financeiro, manteve-se o poder do BB na gestão, mas diminuiu-se o seu risco com a limitação de sua obrigação pelo custeio extraordinário. Nesta década, o déficit na Cassi, em particular do Plano de Associados, põe mais uma vez em dúvida sua sobrevivência. Tal como se verificou nos anos anteriores, a principal causa determinante está na gestão pouco eficiente e no descompasso entre o custeio e as

t ar

A responsabilidade do Banco do Brasil na crise da Cassi

Advogados especialistas do escritório que presta assistência à AFABB-DF, Tyago Barbosa (acima) e Jorge Faiad.

despesas médico-hospitalares e laboratoriais, apesar de outros elementos influenciarem na piora do quadro em menor grau. Novamente, o Banco do Brasil pretende aplicar na Cassi a velha fórmula utilizada nas décadas anteriores: Alterar o estatuto, aumentar a contribuição dos associados, diminuir suas responsabilidades pelo custeio e manter seu poder na gestão. Durante esses mais de quarenta anos de ostensiva influência do Banco do Brasil em sua gestão, observa-se que a situação financeira da Cassi continua se deteriorando. O BB – o que é pior – vem agindo paulatinamente para reduzir suas responsabilidades perante esse grande contingente de funcionários que foi obrigado a ingressar na Cassi como condição de emprego. E que agora se vê às voltas com o risco de arcar com um rombo que tende a ser bilionário. Essa aparente crônica de uma morte anunciada, esconde estratégias do Banco do Brasil danosas à Cassi. Práticas que precisam ser mais bem explicadas tanto pelos gestores da Cassi quanto pelos do BB. Por tudo isso, a AFABB-DF a partir de agora passará a contar com o auxílio de escritório de advocacia – advogados especialistas Tyago Barbosa, Jorge Faiad e Adriana Antunes – para defender seus associados. Não apenas no intuito de buscar a adequada discussão, mas, sobretudo, para adotar medidas para assegurar o equilíbrio e a perenidade desse importante patrimônio dos trabalhadores, aposentados e pensionistas do Banco do Brasil.


Em Dia · nº 18 · AFABB-DF

p. 5

Para AFABB-DF, política de investimentos da Previ gera ‘intranquilidade’

E

m meio ao quadro recessivo da economia vivido atualmente pelo país, a política de investimentos e provisões para perdas da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) é motivo de “intranquilidade” para participantes e assistidos da entidade. A avaliação é do presidente da AFABB-DF, Arnaldo Fernandes de Menezes, que tem questionado a Caixa de Previdência sobre aportes em fundos de investimentos em participações (FIPs) que resultaram em prejuízos para a entidade. Entre eles, estão aportes de R$ 305,8 milhões provisionados para perdas na contabilidade, sendo R$ 180 milhões relativos a investimento no FIP Sondas/Sete Brasil, e R$ 125,8 milhões no Global Equity Properties FIP. Nos últimos dois anos, o Plano 1 também acumulou déficit de R$ 40,9 bilhões – sendo R$ 12,2 bilhões referentes a 2014 e R$ 28,7 bilhões, a 2015. Os resultados negativos levaram Menezes a questionar o presidente da Previ, Gueitiro Genso, em junho, a respeito das diretrizes da política de investimentos e sobre os aportes nas empresas listadas no título “desenquadramentos e justificativas” do mesmo relatório anual, em face de determinações da Resolução CMN 3792/2009. Política de investimentos Para o presidente da Associação, a principal questão é a restrição imposta pela Previ às informações sobre diretrizes e políticas de investimentos. “Em certo sentido, fica a impressão de que os aportes nos fundos de investimentos em participações-FIP (Global Equity, Invepar e Sete Brasil) se prestaram para atender oportunidade negocial pouco interessante para um fundo de pensão. Ainda mais para um plano de previdência maduro, como o Plano 1”, destacou Menezes. O presidente da AFABB-DF lembra que, na apresentação de resultados em Brasília, em março, a diretoria da Previ não apontou qualquer medida importante para reverter essa situação. Na ocasião, argumentou apenas que não houve venda de ativos e que, por isso, mesmo com a fraca recuperação do mercado financeiro, naquele mês o déficit já seria menor se comparado com a posição de dezembro, mês de fechamento do balanço da entidade.

“A impressão é que a diretoria estava a apostar suas fichas na reação do mercado, não em atos de gestão ou decisões técnicas, isso porque os ativos da Previ têm forte aplicação em renda variável”, ressalta Fernandes. “Os pareceres da auditoria externa e dos conselhos fiscal e deliberativo, no Relatório Anual 2015, estranhamente não recomendaram qualquer medida para o reequilíbrio das contas”. Em resposta à consulta da AFABB-DF, a Previ explicou apenas que todas as informações que devem ser repassadas aos participantes e assistidos são amplamente divulgadas, de acordo com a legislação que rege os fundos de pensão, nos canais de comunicação da entidade (site, revista e relatório anual). “Prática em linha com a política de transparência adotada”, afirma o documento. No texto, a entidade acrescentou que, nas operações com instituições financeiras, usa metodologia de classificação de riscos e determinação de limites aprovada pelo Conselho Deliberativo e certificada pelo Instituto Nacional de Ensino e Pesquisa em Administração (INEPAD), vinculado à USP de Ribeirão Preto. Os ativos do Plano de Enquadramento estariam mantidos em sua carteira em linha com o art. 56 da mesma Resolução CMN 3792/09. A posição seria considerada procedente pela Superintendência de

R$ 305,8 milhões Prejuízo

R$ 180 milhões FIP Sondas/Sete Brasil R$ 125,8 milhões Global Equity Properties FIP

R$ 40,9 bilhões Déficit acumulado nos últimos 2 anos


p. 6

Plano de Benefícios 1 fechou o ano passado com déficit técnico de R$ 28,7 bilhões

Publicidade

Previdência Complementar (Previc), órgão responsável pela regulação e fiscalização do setor. “O importante é que não haja agravamento dos excessos, demonstrada periodicamente a observância a preceitos da resolução e dos demais comandos legais e constitucionais, mediante testes que evidenciem a solvência e liquidez dos ativos em vista dos compromissos do Plano”, sustenta a Previ. O aporte de R$ 180 milhões no FIP Sondas, da Sete Brasil, em 2011, ao longo do projeto de fornecimento de 7 sondas à Petrobrás, esclareceu a Previ, teria sido aprovado pela Diretoria Executiva de acordo com a política de investimentos. Corresponderia a 9,9% das cotas do fundo. Nova licitação vencida pela Sete Brasil para fornecimento de outras 21 sondas implicava aumento de R$ 6,1 bilhões no capital do Fundo. Porém, a Previ afirmou que “como o novo projeto modificava os riscos até então avaliados, com aumento da concentração na carteira de fundos de investimentos em participações, decidiu não acompanhar os novos aportes”. E assegurou que, por prudência e diligência, diante das dificuldades financeiras da Sete Brasil, em dezembro passado, realizou a provisão para prejuízo total do investimento.

No Global Equity Properties FIP, o investimento inicial de R$ 50 milhões, disse a Previ, ocorreu em dezembro de 2009 aprovado pela diretoria executiva. Posteriormente foram feitos outros aportes para acompanhar o aumento de capital do fundo, porque o cenário se mostrava favorável. A situação, no entanto, se deteriorou e os valores foram provisionados para perdas totais de R$ 125,8 milhões. O Plano de Benefícios 1 fechou o ano passado com déficit técnico de R$ 28,7 bilhões. “Após a compensação com o superávit acumulado de 2014 (R$ 12,5 bilhões) e o ajuste na precificação dos títulos públicos federais, o déficit acumulado [prejuízo] caiu para R$ 13,9 bilhões”, informou a Previ. Segundo a entidade, como no Plano 1 o limite de tolerância para o déficit é de 8,1% da reserva matemática, ou R$ 11 bilhões ao final de 2015, sobrariam R$ 2,9 bilhões a serem pagos pelos associados e o patrocinador a partir de 2017, no prazo de 18 anos. Para Menezes, a afirmativa da Previ de que mesmo com déficit prolongado tem fluxo de caixa para pagar benefícios por um bom tempo, parece tentativa de justificar um fato, de que a governança da entidade não têm sido capaz de reverter, no curto ou médio prazo, o bilionário resultado negativo. O presidente assinala que o assunto “requer toda a atenção diante do quadro recessivo da economia”. “É uma situação que gera intranquilidade. A AFABB-DF vai continuar atenta à política de investimentos e ao comportamento da carteira de ativos, tendo como pressupostos a vitalidade da Previ e a garantia do pagamento dos nossos benefícios”, concluiu Menezes.


Em Dia · nº 18 · AFABB-DF

p. 7

OAB-DF quer retirar urgência do PLP 268/2016 na Câmara

A

Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Distrito Federal (OAB-DF), trabalha para retirar da pauta de urgência da Câmara dos Deputados a tramitação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 268/2016, que altera regras de governança dos fundos de pensão. A intenção é obter requerimento assinado pelos líderes partidários da Câmara dos Deputados para que o projeto seja apreciado sob regime de prioridade. “O fundamento para a mudança do regime de tramitação de urgente para prioritário é conseguir um ambiente de tranquilidade para que todos os atores envolvidos possam, sem atropelos, avaliar aperfeiçoamentos mais consensuais para o projeto. E, o mais importante, preservar interesses dos participantes e assistidos”, assinala o presidente da AFABB-DF, Arnaldo Fernandes de Menezes. Apresentada no mês de agosto passado, a proposta já conta com amplo apoio de associações que representam interesses das entidades de previdência complementar e dos participantes e assistidos. A AFABB-DF aderiu ao movimento desde o primeiro momento. Para o presidente da Comissão de Previdência Complementar da OAB-DF, Jorge Faiad, “a matéria passa a ser discutida nas vias regimentais adequadas à sua importância, de forma a garantir ampla participação das entidades representativas da previdência complementar”. “Sejam elas associações de aposentados e pensionistas, sindicatos, patrocinadores ou as próprias fundações. Além da participação democrática, busca-se a segurança jurídica”, pontua Faiad. Em tramitação na Câmara e objeto de 15 emendas aglutinativas, o projeto aprovado no Senado modifica a Lei Complementar (LC) nº 108/2001. O texto inova com práticas de governança das entidades fechadas de previdência complementar

“Fundamento é conseguir ambiente de tranquilidade para que todos possam, sem atropelos, avaliar aperfeiçoamentos mais consensuais para o projeto”, Arnaldo Fernandes de Menezes, presidente da AFABB-DF.

(EFPCs) que privilegiam a transparência, a profissionalização e a responsabilização de gestores, o equilíbrio econômico, financeiro e atuarial dos fundos e a redução da influência político-partidária no processo decisório. O texto do Senado é alvo de críticas pela inclusão de representantes do mercado na gestão das fundações. No documento, a Diretoria Executiva dos fundos, por exemplo, seria composta por profissionais escolhidos por meio de seleções abertas feitas por empresa especializada. Os conselhos Deliberativo e Fiscal contariam, do mesmo modo, com a figura de membros independentes, também oriundos do mercado. A lei complementar atualmente em vigor assegura a participação dos associados na governança das entidades. Menezes lembra que, hoje, a diretoria é composta de forma paritária entre representantes dos participantes e assistidos, em escolha por eleição direta entre seus pares, e dos patrocinadores. “A alteração do regime de tramitação abre caminho para uma discussão mais abrangente das mudanças propostas. Inclusive a correção de distorções que beneficiam indevidamente as patrocinadoras”, avalia o presidente da AFABB-DF. Publicidade


p. 8

Agências passam a atender beneficiários do PAS

A

posentados e pensionistas do Banco do Brasil (BB) localizados no Distrito Federal devem, a partir de agora, se dirigir às suas respectivas agências de relacionamento para realizar os pedidos de “auxílio” e “adiantamento” disponibilizados pelo Programa de Assistência Social (PAS). Anteriormente, as solicitações de beneficiários do programa na capital eram feitas na GEPES Brasília II, que atende no Centro Empresarial Ed. Brasília 50, SEP Sul, Quadra 702/902, telefone (61) 3104.2177. Porém, o Banco do Brasil alterou o local de atendimento em 1º de julho. O PAS é um programa de benefícios do BB destinado a prestar assistência financeira e, de forma complementar – por meio das modalidades “adiantamento” e “auxílio” –, coberturas relativas a procedimentos de saúde. Na modalidade “adiantamento” é passível a concessão de assistência financeira diretamente no

Veja como confirmar a autorização de débito da mensalidade da AFABB-DF Nos terminais de autoatendimento (TAA) do BB (exceto terminais Banco 24 horas), acesse sua conta corrente e escolha: Pagamentos “ Débito Automático “ Confirmação de autorização. Depois, selecione AFABB-DF (“AS FUNC APOSEN/PENS DO BB”) e confirme;

banco para situações regulamentadas, sem juros e com reposição parcelada do valor. É o caso do tratamento odontológico e da aquisição de óculos e lentes de contato. A modalidade “auxílio” se destina ao atendimento de necessidades específicas e à complementação de coberturas do plano de associados da Cassi. É concedido pelo BB também para situações regulamentadas, sem restituição por parte dos usuários do programa, como ocorre em caso de necessidade de perícia odontológica.

Para conhecer todos os produtos passíveis de acolhimento pelo PAS, inclusive aqueles que precisam de análise prévia da Cassi, acesse: www.cassi.com.br/images/requerimentos/ associados/Cartilha_PAS.pdf

O Banco do Brasil (BB) não está conseguindo processar o débito automático das contribuições sociais de diversos associados da AFABB-DF, embora a autorização aconteça no ato de adesão ao quadro social. A confirmação é indispensável para o processamento das mensalidades. A regularização, no entanto, é muito simples. Para confirmar a autorização de débito em sua conta corrente, utilize uma das alternativas abaixo: Na internet banking (computador ou aplicativo do BB no celular), acesse sua conta corrente e escolha: Pagamentos “ Débito Automático “ Confirmação de autorização. Depois, selecione AFABB-DF (“AS FUNC APOSEN/PENS DO BB”) e confirme;

No caso de eventual dificuldade, entre em contato com nossas colaboradoras Maria Hilda e Sarah Bartholo pelos telefones (61) 3226-9718 ou 3323-2781 ou pelo email afabbdf@afabbdf.org.br.

Na Central de Atendimento do Banco do Brasil: (i) tenha em mãos o número de sua agência, conta corrente, senha de 6 dígitos (a mesma utilizada nos terminais de atendimento) e a senha de 4 dígitos da Central de Atendimento; (ii) ligue para 4004-0001 (associados residentes no Distrito Federal, em capitais e regiões metropolitanas) ou 0800 729 0001 (associados das demais localidades), fale com um atendente e confirme a autorização de débito.


Em Dia · nº 18 · AFABB-DF

AFABB-DF comemora Dia dos Pais com happy hour

A

AFABB-DF promoveu um happy hour em sua sede, em Brasília, para comemorar o feriado do Dia dos Pais. O evento, que contou com seção de poesia e sorteio de brindes, reuniu cerca de 40 associados, no último dia 12 de agosto. A leitura de poesias foi coordenada pelo associado e poeta Adilson Cordeiro, o Didi. “Celebrou-se, parafraseando o poeta Mário Quintana, ‘a beleza que se chama simplesmente vida e que transfigura das mãos’ de cada pai”, declamou a associada Marilda Tomaz, em homenagem aos pais. Outros destaque do encontro foi o sorteio de brindes, que premiou os associados Adauri Evando Perfeito, Antônio Francisco Julião, Fileto Pinto Rodrigues, Hélio Ramos Letti, Lúcio Flávio Viana Lima e Sebastião Lemes de Souza. O presidente da AFABB-DF, Arnaldo Fernandes de Menezes, expressou a todos os pais associados, em especial aos presentes, os votos de um feliz Dia dos Pais, “especialmente na companhia dos seus entes mais queridos”.

p. 9

A galeria de fotos pode ser vista no site da associação: www.afabbdf.org.br.

Evento contou com leitura de poesia e sorteio de brindes

Para a diretora social da Associação, Eudócia Bonfim Lopes, a homenagem aos pais correspondeu plenamente às suas expectativas. “Cada evento me surpreende de forma positiva. É muito gratificante sentir que a AFABB-DF proporciona momentos de alegria e descontração aos seus associados. Isso me motiva a continuar colaborando e realizando belos encontros”, afirmou Eudócia.

Instituto Reciclando Sons celebra 15 anos com encenação de musical no CCBB

Diretores da AFABB-DF prestigiaram comemoração

O

Instituto Reciclando Sons comemorou seus 15 anos de existência com o espetáculo “A AUDIÇÃO - Aquele instrumento é como eu”, apresentado nos dias 3 e 4 de setembro, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. Temas de musicais da Broadway e da Disney –

como Tarzan, O Fantasma da Ópera, O Mágico de Oz, Mulan e Os Miseráveis, entre outros – foram os grandes destaques. A direção e a regência estiveram sob a batuta da musicista Rejane Pacheco. O Reciclando Sons desenvolve importante trabalho com crianças, adolescentes e famílias na Cidade Estrutural, região satélite do Distrito Federal. O Instituto usa a música como elemento de educação, ressocialização, geração de renda e inclusão social. Na apresentação do último dia 3, apenas para convidados, o Instituto Viva Cidadania (braço social da ANABB e parceiro e apoiador do Reciclando Sons) recebeu significativa homenagem pelos três anos de existência, completados no domingo (04/09). Representada no evento pelo presidente Arnaldo Fernandes e pelos diretores Eudócia Lopes, José Mariano e Paulo Eduardo Mendes, a AFABB-DF parabenizou as duas entidades, com votos de sucesso e vida longa.


p. 10

Idoso: conheça seus direitos! O idoso adquiriu seu empoderamento e respeito com o advento do Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Ali foram enaltecidos os direitos à saúde, educação, cultura, esporte e lazer, profissionalização e ao trabalho, previdência social, habitação, transporte, acesso à justiça, cidadania, liberdade, dignidade, ao respeito e convivência familiar e comunitária tudo previsto no seu Estatuto, enquanto obrigação da família, comunidade, sociedade e do próprio Pode Público. A população idosa, que aumenta vertiginosamente, vem passando por dificuldades e enfrentando diversos problemas, inúmeros decorrentes da falta de informação ou conhecimento dos seus direitos, o que tem a alijado de muitos dos processos sociais e econômicos. Assim é importantíssima a conscientização sobre o direto, conhecimento e respeito aos idosos, os quais representam a história viva das tradições, costumes, cultura, ensinamentos e vivência, enquanto base para o aprendizado de todos. “A beleza dos jovens está na sua força; a glória dos idosos, nos seus cabelos brancos.” (Provérbios 20:29).

1

Proteções básicas

modificação de cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais, ou sua revisão caso se tornem excessivamente caras; regime especial de casamento; prioridade processual; contratação de plano de saúde sem cláusulas discriminatórias; ter acompanhante em internação; transporte gratuito; vagas reservadas em estacionamentos; direito a descontos de pelo menos 50% no valor do ingresso para eventos artísticos, culturais, esportivos e de lazer, bem como acesso preferencial aos respectivos locais; prioridade no atendimento em estabelecimentos comerciais; isenção de Imposto de Renda em caso de doença grave.

2

Temas de relevância

guarda de menores pelos avós; separação judicial; holding familiar; testamento e inventário; união estável; questões tributárias; direito do consumidor; investimentos.

Conselho Deliberativo [presidente] Flávio Gondim Beleza [vice-presidente] Cláudio Alberto Barbirato Tavares [titulares] Francisco Fernando de Souza, Givaldo Carneiro dos Santos, Joaquim Antunes de Carvalho [suplentes] Antônio José Teixeira Siqueira, Boanerges Ramos Cunha, Pedro Ferreira Caixeta | Diretoria Executiva [presidente] Arnaldo Fernandes de Menezes [diretor administrativo] José Mariano Neto [diretor financeiro] Paulo Eduardo Mendes Lima [diretora Social] Eudócia Bonfim Lopes | Conselho Fiscal [presidente] Moody Melo da Silva [secretário] Carlos Emílio Flesch [relator] José Tarcísio Cavalcanti Nogueira Fernandes [suplentes] Antônio Assunção de Oliveira, Gleide José Gonçalves de Oliveira, Hiroshi Uyeda O Em Dia é uma publicação encaminhada gratuitamente aos associados da AFABB-DF. Sede: SBS - Qd. 02 - Bl. A (Ed. Casa de São Paulo) - Salas 602/604 - 70078-900 - Brasília (DF) - Fone: 3226.9718 - Fone/Fax: 3323.2781 E-mail: afabbdf@afabbdf.org.br - Site: www.afabbdf.org.br - Jornalista Responsável: Frederico Raposo


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.