Revista Carreira #21

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editorial

ABRE ASPAS

O relógio a seu

FAVOR P

oucas horas de sono, trânsito homérico logo pela manhã, problemas e mais problemas para resolver nas primeiras horas do expediente. Está cada vez mais difícil viver nas grandes cidades e ainda sim ter horas disponíveis para o lazer e assuntos pessoais, como um curso, uma viagem ou simplesmente um jantar em família. As palavras de ordem do momento são “produza”, “mostre resultado”, “você tem tantos dias para finalizar tal projeto”. Mas a pergunta que já ecoa na cabeça de muitas pessoas que antes faziam de tudo para crescer na vida profissional, inclusive fazer sacrifícios de ordem pessoal, é “como parar de correr e começar a viver?”, como costuma dizer o fundador da Triad Consulting, consultoria especializada em programas na área de produtividade, colaboração e administração do tempo, Christian Barbosa.

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Ele e mais especialistas respondem a essas e outras questões na matéria de capa que a Carreira&Negócios preparou neste mês sobre como obter uma melhor produtividade, respeitando os limites do corpo e da mente. Com essas dicas, você terá mais condições de usar o tempo a seu favor. Entre outras sugestões, saiba como aproveitar da melhor forma as tecnologias. Veja também nesta edição um Caderno Especial sobre a área que está recebendo cada vez mais a atenção das empresas de todo o Brasil, a de Recursos Humanos. A terceirização de serviços, a customização de projetos, o foco nos portadores de necessidades especiais, a seleção do RH das empresas, entre outros assuntos estão retratados no Especial. Acompanhe, ainda, uma entrevista com a gerente de Marketing e Comunicação da Fran’s Café,

Mônica Cavalcante, que fala sobre o lançamento do novo espaço virtual da empresa e as inovações da rede; o perfil do diretor geral da Decolar. com no Brasil, Alípio Camanzano, que conta os esforços para maximizar a operação no país e na América Latina; e uma matéria sobre o momento certo para buscar uma nova oportunidade profissional. Boa Leitura! Sheyla Pereira sheyla@fullcase.com.br

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LenDo&reLenDo CARTAS

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NEGÓCIOS CARREIRA

Carreira&Negócios é uma publicação mensal da Editora Escala Ltda. ISSN 1413-8964. Carreira&Negócios não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados ou por qualquer conteúdo publicitário e comercial, sendo esse último de inteira responsabilidade dos anunciantes.

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PUBLICIDADE Diretor: João Queiroz – joaoqueiroz@escala.

com.br AGÊNCIAS Gerente: Fernanda Dias – fernandadias@ escala.com.br Assistente: Adriana Neiva (11) 3855 2179 Executivos de Negócios: Clóvis Cortez, Fernanda Berna, Mariana Galvão, Paulo Sérgio de Moraes, Ricardo Inocêncio Pereira e Ulisses Martins DIRETOS Gerente: Claudia Arantes – claudiaarantes@escala.com.br Assistente: Taciana Oliveira (11) 3855 2244 Executivos de Negócios: Adriana Mauro, Luciana Lima, Marcelo Pires, Miriam Campanhã, Rodrigo Cashioni, Yone Catoira e Zélia Oliveira REGIONAIS Gerente: Alessandra Nunes – alenunes@escala.com.br Assistente: Luciane Freitas (11) 3855 2247 REPRESENTANTES: Brasília e Goiânia: Solução Publicidade - Beth Araújo (61) 3226 2218 / Ceará: Dialogar Comunicação – Izabel Cavalcanti (85)3264 7342 / Interior de São Paulo: L&M Editoração – Luciene Dias (19) 32317887 / Paraná: Starter – Paulo Roberto Cardoso (41) 3332 8955 / Rio de Janeiro: Marca 21 - Marta Pimentel (21) 2224 0095 / Rio Grande do Sul: Starter - Cristina Zimmermann e Marcelo Lima (51) 3327 3700 / Santa Catarina: Starter – Andreza Silveira Machado e Wiviani Wagner (48) 3024 4398

COMUNICAÇÃO E MARKETING Diretor: Filipe Rios Gerente de Comunicação: Patricia Filgueira Assessora de Imprensa: Júlia Furquim Assistente de Criação: André Martins Assistentes de Arte: Nathalia Valente e Priscila Fosco Parcerias: Ritha Corrêa Assistente: Luiz Eduardo Oliveira VENDAS DE REVISTAS E LIVROS

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ATACADO – REVISTAS E LIVROS

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espaço do leitor

A matéria de capa da última edição é mais um incentivador para empresas que ainda insistem em não colocar a qualidade de vida dos funcionários como centro das atenções. Afinal, companhias que investem na vida e na carreira de seus colaboradores alcançam seus resultados com muito mais eficácia e rapidez. Sugiro uma matéria de capa sobre estratégias de comunicação e marketing que deram certo e que alavancaram a carreira de pequenos empresários. Parabéns pela qualidade da revista. Rodrigo Siqueira A. Pena – São Paulo - SP

Postura sempre Interessante o caderno especial Etiqueta Empresarial, com dicas para o dia a dia corporativo. O texto ficou leve e a arte, divertida. Os especialistas dão o tom do material. Aliás, esse caderno especial é uma das coisas mais interessantes da revista, por seu caráter dinâmico. Espero que continuem com ele. Para as próximas edições, sugiro como tema a carreira jurídica. Abraço! Pierre Augusto R. dos Santos – Rio de Janeiro - RJ

CENTRAL DE ATENDIMENTO

Tel.: (+55) 11 3855-1000 Fax: (+55) 11 3857-9643 atendimento@escala.com.br Distribuição com exclusividade para todo o BRASIL, Fernando Chinaglia Distribuidora S.A. Rua Teodoro da Silva, 907. Tel.: (+55) 21 3879-7766. Números anteriores podem ser solicitados ao seu jornaleiro ou na central de atendimento ao leitor, ao preço do número anterior, acrescido dos custos de postagem. Disk Banca: Sr. jornaleiro, a Distribuidora Fernando Chinaglia atenderá os pedidos dos números anteriores da Editora Escala enquanto houver estoque. Filiada à

Inspiração Parabéns pela entrevista com o presidente do grupo Silvio Santos, Luiz Sebastião Sandoval. Sou uma pequena empresária e gosto de saber o que empresários de renome têm a dizer sobre suas carreiras. Essa parceria duradoura entre Silvio Santos e Sandoval é uma verdadeira inspiração para quem está começando. Tomara que vocês continuem investindo nesse tipo de entrevista. Kátia C. Pereira – São Bernardo do Campo - SP

www.fullcase.com.br | (11) 5081.6965 Diretor Executivo: Edgar Melo • Diretora Editorial: Karina Alméri – MTb.45.403 • Editora-Assistente: Sheyla Pereira • Redação: Flávia Ghiurghi • Diretor de Arte: Angel Fragallo • Coord. de Arte: Samuel Moreno • Diagramação: Rodrigo R. Matias, Cleber Gazana, Anna Maeda Hipolito e Michelle Monteiro • Revisão: Cristiane Garcia • Colaboradores: Carlos Cruz, Fabio Gonçalves de Oliveira, Galeno Amorim, L. A. Costacurta Junqueira, Luiz Guilherme Brom, Luiz Marins, Myrna Silveira Brandão, Marco aurelio Klein, José Celso Martins, Renato Grinberg, Roberto Alonso, Sebastião de Almeida Júnior, Sandra Turchi, Tatiana Martins Alméri • Fotos: Shutterstock / Divulgação. • Agradecimento: Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) IMPRESSÃO E ACABAMENTO Oceano Indústria Gráfica Ltda. Nós temos uma ótima impressão do futuro

Outras oportunidades Sobre a matéria “Em Busca de Privacidade”, da edição 20 da Carreira&Negócios, que retrata a procura por novos empregos sem a desconfiança do atual chefe, acredito que todo mundo tem o direito de ir em busca de outros desafios. Mas é preciso ter o mínimo de respeito com o atual empregador, afinal, em algum momento ele estendeu a mão e esse fato não pode ser desprezado. Além disso, as portas precisam estar sempre abertas, pois nunca saberemos como estará o mercado num futuro próximo.

Parcerias de sucesso Por trás de grandes nomes como Silvio Santos sempre há homens de confiança, como o presidente do grupo que leva o nome do empresário, Luiz Sebastião Sandoval. Acho uma boa ideia contar a história de vida e de carreira não apenas desses famosos empresários, mas também das pessoas que estão nos bastidores e que ajudam a construir verdadeiros impérios. Gostaria que a Carreira&Negócios fosse além e descobrisse outras pessoas que ajudaram companhias de peso a crescer, como a Casas Bahia e o Pão de Açúcar, por exemplo. Paula R. Camargo – São Paulo - SP

Fale com a C&N Fale conosco para esclarecer dúvidas, registrar opiniões e sugerir reportagens, para que possamos fazer uma revista cada vez mais completa para você! CARTAS PARA: Rua Belmiro de Almeida, 147 Saúde - São Paulo - SP CEP 04127-040

CONTATO: edgar@fullcase.com.br (11) 5081-6965

Sibele Martins – Belo Horizonte - MG RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

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Esta revistaCarreira&negóCios foi impressa na Gráfica Oceano, com emissão zero de fumaça, tratamento de todos os resíduos químicos e reciclagem de todos os materiais não químicos.

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SUMÁRIO

Edição 21

Capa 16| 20|

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Entrelinhas

As inovações da Fran’s Café sob a ótica da gerente de Marketing e Comunicação da rede, Mônica Cavalcante

Know-how

O diretor geral do portal Trabalhando.com.br, Renato Grinberg, explica as benesses do trabalho voluntário para a carreira

Perfil empreendedor

Com uma estratégia de fidelização que fez a Decolar. com alcançar o sucesso na América Latina, Alípio Camanzano fala sobre sua trajetória

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Ter uma vida pessoal plena, acompanhar a vida escolar dos filhos, fazer aquele curso dos sonhos ou uma viagem que já estava programada na agenda há meses ou até anos. Quem não gostaria de ter uma vida assim? É claro que nem sempre é possível, não por falta de recursos financeiros, mas pela ausência de tempo. Ultimamente, com um mercado de trabalho mais competitivo, em que a busca por resultados se mostra cada vez mais presente, esse é um item que está cada vez mais em extinção. Na matéria de capa deste mês, especialistas dão dicas de como não deixar que a falta de tempo mine a produtividade e as horas de lazer. ESPECIAL

Os aspectos mais importantes da área de Recursos Humanos desvendados em sete passos no Caderno Especial desta edição

Sua carreira

Quer mudar de emprego? Especialistas dizem a hora certa de dizer adeus a seu chefe sem traumas!

Seu negócio

Saber a hora certa de deixar o posto de funcionário para virar empreendedor é essencial para o êxito do negócio

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Atendimento ao leitor

Colunistas 25 | COTIDIANO&TRABALHO Luiz Guilherme Brom

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35 | GESTÃO&SOCIEDADE Tatiana Martins Alméri

39 | COMUNICAÇÃO&NEGÓCIOS Sandra Turchi

55 | LEGISLAÇÃO&NEGÓCIOS José Celso Martins

63 | ESPORTE&NEGÓCIOS

42|

Marco Aurelio Klein

71 | MOTIVAÇÃO&CARREIRA

Tome nota

Vale tudo! Para garantir a tranquilidade nos processos de trabalho, empresas monitoram ação de funcionários por meio da videovigilância

Vitrine

Hair Brasil fecha 9ª edição com recorde de visitantes e show de inovação

Luiz Marins

Expressão 56 | A importância do marketing para o futuro da comunicação nas empresas no artigo de Roberto Alonso, especialista da FIA

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Olhar responsável

A ideia do arquiteto que projetou um empreendimento com energia eólica no sul do país

Para informações, sugestões, elogios ou reclamações, o atendimento ao leitor esta disponível de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h. Telefone: (11) 3855-1000 E-mail: atendimento@escala.com.br

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Conversa afinada 74 | O jornalista e escritor Galeno Amorim estreia nesta edição sua coluna sobre a importância da leitura

Seções 05 | Lendo&Relendo

Presente em sua vida

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08 | Radar Corporativo 26 | Inovadores 40 | Fala, coach! 58 | Baú Corporativo 62 | Quem são eles? 68 | Em sala

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78 | SINAPSE: Dicas de filmes por Myrna Silveira Brandrão 82 | FECHA ASPAS: O acesso à saúde de maneira mais simples também para as empresas com a rede Sinasa de saúde

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Executivo.com O processo de cobrar um cliente não precisa ser embaraçoso. Veja como a tecnologia auxilia as empresas nesse sentido

Happy hour

Bom churrasco e encontros de negócios reunidos em um só lugar: no Fogo de Chão, dos irmãos Arri e Jair Coser

Gestão pessoal

Sua organização corporativa começa por uma reunião bem feita. Como você se planeja para tal?

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NEGÓCIOS CARREIRA

Fale com a redação Contato direto com a redação da revista para que você nos envie sugestões e comentários. Telefone: (11) 3855-1000 Endereço: Avenida Profº Ida Kolb, 551 Casa Verde CEP 02518-000 São Paulo - SP E-mail: gestaoenegocios@escala.com.br

Para anunciar Telefone: (11) 3855-1000 E-mail: comercial@escala.com.br CARREIRA&NEGÓCIOS • 7

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tendências&negócios

Mercado de Capitais

Resultado

A OdontoPrev distribuiu em fevereiro R$ 72 milhões em dividendos, relativos a 2009. Em abril, os acionistas receberam R$ 115 milhões em redução de capital e outros R$ 248 milhões serão pagos no semestre, cumprindo os requisitos da assembleia de 25 de março último. “Tratase de um fluxo de remuneração significativo, apenas três José Roberto Pacheco anos após a emissão primária de R$ 171 milhões no Novo Mercado da BM&FBovespa, em dezembro de 2006”, declara o diretor de Relações com Investidores da OdontoPrev, José Roberto Pacheco.

Educação

Programa

O Carrefour uniu-se à Universidade Anhembi Morumbi para a realização do Programa de Graduação Executiva Carrefour. O programa teve mais de 550 inscrições, e 70 colaboradores foram aprovados no processo seletivo, que terão aulas no Campus do Morumbi. “A parceria traz benefícios exclusivos para os funcionários: a Universidade oferece uma proposta pedagógica que valoriza a formação integrada e continuada dos alunos, com valor especial para os nossos colaboradores; e o Carrefour subsidiará ainda 50% da mensalidade do curso, declara o responsável pelo programa, Marcello Tomaz.

Setor Hospitalar

Expansão

Recursos Humanos

postos de trabalho A empregadora Arcos Dourados, empresa que opera a marca McDonald’s na América Latina, trouxe ao Brasil o primeiro Centro de Recrutamento e Seleção McDonald’s da região. O espaço receberá candidatos para o preenchimento de vagas na cidade de São Paulo. O objetivo é agilizar o processo de recrutamento, seleção e admissão de novos funcionários para a rede, permitindo que os candidatos possam se cadastrar, passar por entrevistas, dinâmicas e exames clínicos em um mesmo local, economizando tempo e despesas com transporte coletivo.

A Bionexo, especializada em negócios eletrônicos hospitalares, lançou o Centro de Monitoramento Global que irá aperfeiçoar o controle das operações da empresa em cinco países e ampliará a performance da sua plataforma. O Brasil será a sede do QG tecnológico da Bionexo, que funcionará em São Paulo. “A Bionexo investiu em ferramentas de última geração e na ampliação do seu quadro de profissionais altamente qualificados para atuarem no Centro”, destaca o diretor de Tecnologia, Inovação e Comunicação da Bionexo, Cláudio Giulliano Alves da Costa. Cláudio G. Alves da Costa

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Ciranda Empresarial Contratações e promoções de peso

» Mudanças internas A Kodak anunciou duas novas promoções na diretoria geral da empresa na América Latina. Gilberto Farias é o novo diretor geral da Kodak na região do Cone Sul. Quem assume o cargo de diretor geral da empresa no Brasil é Emerson Stein, antes, diretor nacional da Divisão de Consumo. Farias irá desenvolver e dirigir as iniciativas estratégicas de negócios para todo o portfólio de produtos na região do Cone Sul. Já Emerson Stein será responsável pela área de vendas e toda infraestrutura no Brasil, que engloba as áreas financeira, recursos humanos, TI e operações (logística) da Kodak.

frederico prado

» internet A Sonda Procwork, empresa latino-americana de TI, contratou Frederico Prado, executivo que irá ofertar o aplicativo de gestão para médias empresas SAP junto ao portfólio de produtos e serviços da Sonda Procwork, como outsourcing de TI, de infraestrutura e o monitoramento de todo o ambiente tecnológico. Formado em Marketing pela Universidade de Tampa, nos Estados Unidos, tem mais de 13 anos de experiência na área comercial.

Luiz roberto bento

» Operação Lançada com o objetivo de apoiar as empresas varejistas, em especial do ramo de bares e restaurantes, para o gerenciamento de seus processos de negócios, a POS Integrated Solutions, que já opera com uma carteira de clientes composta por IMC, Burger King, Pizza Hut, Wraps e Fogo de Chão, entra no mercado por intermédio do fundador e presidente Luiz Roberto Bento. Criador da divisão de automação comercial da Sonda Procwork em 2006, o engenheiro eletrônico foi o primeiro distribuidor internacional do software Aloha em 1993, fornecido pela Radiant Systems, especializada em sistemas para o varejo.

A

» liderança A Accor Hospitality contratou Luiz Daniel Guijarro para o cargo de diretor adjunto de vendas. Formado em turismo pela Unicapital e com pós-graduação em Hotelaria pela ECA/ USP, Guijarro possui uma longa trajetória em implantação de estratégia de vendas e liderança de equipes, inclusive já tendo sido parte do time da Accor entre 2003 e 2007 como gerente de vendas. Ele irá integrar a equipe de Emanuel Baudart, diretor de vendas, distribuição e marketing de relacionamento.

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Responsabilidade Social

Benefício à criança

André Vercelli

A Kraft Foods, em apoio à organização não governamental INMED, lançou o programa Ação Saudável, que beneficiará 150 mil crianças, contemplando exames biomédicos; diagnóstico e tratamento de verminoses e anemia; educação sanitária e nutricional; entre outras. “Além do crescimento de nossos negócios, com o lançamento do Ação Saudável, traduzimos em realidade a nossa crença de que as crianças são os melhores agentes multiplicadores de mudança dentro de uma comunidade”, afirma o presidente da Kraft Foods Brasil do Nordeste, André Vercelli.

Cosméticos

Indústria A Antilhas Embalagens anunciou uma expansão de 27% em sua planta fabril. Localizado em Santana do Parnaíba, o parque industrial da Antilhas conta com 22 mil m² e nos próximos meses serão construídos mais 6 mil m², cujas obras deverão estar concluídas até agosto deste ano. “A projeção de crescimento do nosso principal segmento de atuação, cosméticos e perfumaria, para 2010 é de cerca de 30%, segundo as estimativas do mercado, e precisamos estar alinhados com os nossos clientes”, afirma o presidente da empresa, Valter Baptista.

Valter Baptista

Ricardo Loureiro

Inauguração

Certificação digital A Serasa Experian inaugurou, em São Paulo, sua primeira loja de atendimento exclusivo para emissão de certificados digitais. “A Megastore Serasa Experian é um marco no mercado da certificação digital e é parte de nossos investimentos nos últimos anos para atender à demanda crescente deste mercado”, afirma o presidente da Serasa Experian, Ricardo Loureiro. Essa demanda abrange, em 2010, cerca de 600 mil empresas que terão de emitir eletronicamente suas notas fiscais de mercadorias – e para isso necessitam de um certificado digital – e cerca de 1,4 milhão de empresas, cujas declarações terão de ser entregues com certificação.

Crescimento

Milk-shake em dobro A Mr. Mix, rede especializada em milkshakes, investiu na expansão por franquias e aumentou em mais de 100% seus pontos de venda. A rede terminou 2009 com 16 unidades, já tem 22, vai abrir mais 13 e totalizar 35 pontos de venda até dezembro. O faturamento deve duplicar: passa dos R$ 3.250 milhões, do ano passado, para R$ 7.500 milhões, em 2010. “A prioridade é para pontos em shoppings de grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Vai ser o desafio do caipira na capital”, brinca o sócio-fundador da Mr. Mix, Clederson Cabral.

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Oportunidade

Vagas especiais O Indica, empresa de hunting online da ALLIS S.A., tem mais de 100 oportunidades abertas para Pessoas Com Deficiência (PCDs). Há vagas nas áreas administrativa, de atendimento e de teleatendimento. As oportunidades são para atuação num grupo nacional especializado em medicina e saúde, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia e Pernambuco. O candidato precisa ter curso superior completo, ou em andamento, além de conhecimentos sobre Pacote Office. Para participar, basta acessar o site www. indica.com.br e cadastrar-se como “Indicador”.

E-commerce

Megastore virtual A Etna, megastore brasileira de decoração e móveis, lançou seu novo site com e-commerce. São mais de quatro mil produtos disponíveis para compras on-line entre móveis e presentes. O site traz novidades como cadastro de produtos com fotos de alta resolução, manuais de montagem disponíveis para download e serviço de televendas. Segundo o gerente de E-commerce da Etna, Rene Aguilera, o número de acessos (6.000 visitas diárias) deve triplicar nos três primeiros meses de funcionamento do site e aumentar as vendas em até 10% ainda em 2010.

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tendências&negócios

Franquias

Novas unidades O Grupo Ornatus, que detém as franquias Morana, rede de lojas de bijuterias; Jin Jin Wok, rede de fast-food de gastronomia asiática; e Balonè, outra rede de bijuterias; está investindo no nordeste do país para abrir mais 20 unidades este ano – 14 franquias Morana, 3 Jin Jin Wok e 3 Balonè. Estão no alvo das franquias cidades como Mossoró (RN), Juazeiro do Norte (CE), Petrolina (PE), Itabuna (BA), etc. Os interessados em abrir uma das franquias do Grupo Ornatus na região nordeste devem fazer seu cadastro no site: www.grupoornatus.com. Toni Gandra

Campanha

Ação social A Academia Ecofit e a Associação Marli Cury, entidade que cuida de crianças carentes, fizeram parceria para promover a campanha do agasalho nesse inverno. Com o título “Aqueça um coração. Doe um agasalho”, a academia propõe aos seus alunos e amigos a doação de roupas usadas a serem entregues para a associação e pessoas necessitadas da comunidade. A arrecadação de agasalhos vai até o final do mês de maio. “Doar um agasalho aquece o coração do doador e o corpo dessas crianças. Visitar esses orfanatos é uma ótima dica de inverno”, diz o sócio-proprietário da empresa, Toni Gandra.

Aplicativo

Reconhecimento

O Vaga-lume, site colaborativo de música e entretenimento, lançou o Meu Vaga-lume, rede social totalmente voltada à música. O aplicativo, que foi lançado recentemente e já possui 70 mil usuários cadastrados, permite montar playlists com trilhas sonoras escolhidas e compartilhá-las com seus contatos. “Estamos muito satisfeitos com o sucesso do Vaga-lume junto ao público, que sempre faz questão de participar, enviando material de seus artistas favoritos”, ressalta o diretor técnico e fundador do Vaga-lume, Daniel Lafraia.

A SH Fôrmas, Andaimes e Escoramentos criou o Prêmio SH de Inovação, com o objetivo de incentivar e difundir as ideias de estudantes brasileiros no desenvolvimento de novos produtos e aplicações, que visem a industrialização da construção civil na área de fôrmas para concreto, escoramentos metálicos e andaimes. Além disso, o concurso pretende estimular o desenvolvimento de projetos para a gestão da manutenção, seja pelo aumento da produtividade ou pela redução de custos no processo.

Rede social

Premiação

Varejo

aposta no litoral

A rede Atacadista Roldão, especializada no fornecimento de produtos para pizzarias, padarias, restaurantes, lanchonetes, dogueiros e mercados, inaugurou no dia 31 de março a segunda loja do litoral. Localizada em Santos, a nova loja atenderá também o público de cidades próximas, como Cubatão e São Vicente. Nossa maior preocupação é oferecer à população do Litoral Paulista a melhor opção de compra, preços competitivos e uma vasta variedade de produtos”, diz a gerente de Marketing da rede, Ana Paula Hass.

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Cursos&eventos atualização profissional

Inglês para textos jurídicos A PUC-SP abriu inscrições para curso de inglês voltado à redação de textos jurídicos, abordando correspondências, contratos internacionais, opiniões legais, entre outros. Dirigido a graduados em Direito e demais profissionais que utilizam a produção escrita em inglês como instrumento de trabalho, assim como estudantes de Direito e áreas afins, o curso tem início em 27 de abril e aulas sempre às terças-feiras, das 19h às 22h, na Unidade Cogeae Consolação, que fica na Rua da Consolação, 881 Consolação - São Paulo. Informações e inscrições:

www.pucsp.br/cogeae e infocogeae@pucsp.br ou pelo telefone (11) 3124-9600

GRE como exame seletivo Virginia Center oferece curso preparatório de inglês e matemática para exame do GRE, responsável pelo ingresso de profissionais aos cursos de MBAs e pós-graduação da área de negócios. “Atualmente, centros de ensinos brasileiros e estrangeiros, como Havard Business School, começaram a adotar o exame do GRE (Graduate Record Examinations) que é mais fácil e segmentado. A preparação é bastante diferenciada, por meio de cursos personalizados”, revela Ana Virginia Kesselring, da escola Virginia Center. Informações e inscrições:

www.virginiacenter.com.br ou pelo telefone (11) 2539-5430

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Habilidades em marketing A Work Able, agência de promoção e merchandising, oferece no Estado de São Paulo treinamento com atividades práticas e teóricas para atuação em marketing promocional, voltado para a capacitação de pessoas sem experiência no ramo de atividade da empresa. Os treinamentos do “Projeto Capacitar” são realizados na sede da empresa, localizada na Rua Major João Nunes, 78 – Parada Inglesa (próxima à estação Parada Inglesa do metrô), com data agendada. Os interessados devem comparecer preferencialmente à empresa ou cadastrar o currículo no site www.workable.com.br. Informações:

(11) 2281-3384

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tendências&negócios

thiaGo sitta

Segurança

investimento Bebidas

de cara nova A linha de cervejas crystAl Pilsen, fabricada pelo Grupo Petrópolis, recebeu novo rótulo. A nova versão tem elementos como a cevada e o lúpulo em efeitos 3D. “As alterações trouxeram mais harmonia para o produto, o que, com certeza, vai garantir mais destaque no ponto de venda”, explica o gerente de Marketing e Relações com o Mercado da Cervejaria Petrópolis, Douglas Costa. O processo de renovação da embalagem veio acompanhado de mudanças também na logomarca da cerveja, adotando conceitos que garantam a maior assimilação da marca por parte do consumidor.

Frases&Fatos Fatos pOsitivO tecnoloGiA em AltA Segundo estudo Worldwide Black Book da IDC América Latina, consultoria para os mercados de Tecnologia da Informação e Telecomunicações, os investimentos em tecnologia na América Latina devem crescer 5,1% em relação ao ano passado. “Este aumento virá, principalmente, da reativação de projetos de TI que ficaram parados em 2009 e das boas expectativas de consumo em massa para 2010”, afirma o gerente de Investigação e Consultoria da IDC América Latina, Matías Berardi.

A remo fenut, grife de roupas masculinas, implementou pinos de segurança em seus produtos expostos nas lojas. Trata-se de um sistema com radiofrequência para contar as mercadorias, cujo processo acontece a cada 15 dias, recebendo automaticamente o balanço no sistema que fecha um relatório. “Nosso objetivo é diminuir ao máximo a quantidade de mercadorias furtadas”, diz o executivo Thiago Sitta. A grife também alterou a gestão tecnológica, informatizando as áreas financeira, de expedição, mercadoria e impressão de código de barras.

negativO mAior DesemPreGo A taxa de desemprego no país subiu para 13% em fevereiro. No mês anterior, foi de 12,6%. Em fevereiro de 2009, o índice foi de 13,9%, segundo dados divulgados pela Fundação Seade/Dieese em seis regiões metropolitanas. De acordo com o professor da FGV Management, Robson Gonçalves, um fator que explica esse cenário são as contratações temporárias em novembro e dezembro, sendo que estes são dispensados em fevereiro e março. Outro fator é a crise, em que as pessoas têm mais dificuldades de encontrar emprego e acabam se sujeitando a trabalhos autônomos. Quando a economia volta a se aquecer, as pessoas voltam a procurar emprego, por isso, a taxa de desemprego sobe”.

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ENTRELINHAS Franquia

CAFEZINHO .COM Gerente da rede Fran’s Café fala sobre reformulação do site para inovar atendimento aos clientes

Por Flávia Ghiurghi

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lém do futebol, o café é a grande paixão do brasileiro, sendo a bebida mais consumida do país depois da água, segundo Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic). Para quem investe, o negócio é promissor: o mercado lidera o ranking de novos endereços franqueados, de acordo com pesquisa da Associação Brasileira de Franchising (ABF), que apontou as cafeterias como o maior número de franquias abertas no Brasil em 2008. Por isso, as redes do setor têm muito que comemorar. Para ir ao encontro das boas perspectivas do setor, a rede Fran’s Café está investindo em melhorias nos canais de relacionamento com clientes, a exemplo da última novidade, a reformulação do site, agora com visual e funcionalidades mais modernos, que

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favorecem a interatividade do internauta e o acesso às informações. O novo site faz parte das estratégias da rede Fran’s Café para alcançar a expectativa de 15% de aumento no faturamento da empresa em 2010. A previsão é pular de R$ 63 bilhões para R$ 72,5 bilhões. Em entrevista à Carreira & Negócios, a gerente de marketing e comunicação da rede Fran’s Café Franchising, Mônica Cavalcante, fala sobre o lançamento do novo espaço virtual, os pré-requisitos para ter uma franquia e as novidades que vêm pela frente.

Nosso cliente visita nossa loja, em média, 3,5 vezes por semana. Assim, é muito importante mostrar todas as nossas novidades para ele”

Carreira&negócios – Comente sobre o lançamento do novo site do Fran’s Café. Mônica Cavalcante – Quem tem uma loja, ouve diariamente sugestões e não deve ignorá-las. O novo site é uma resposta aos pedidos dos clientes. Agora, ele está todo repaginado e equipado com as ferramentas Adobe Flash, com um layout muito mais dinâmico que o anterior. Com um formato mais lúdico e que privilegia as informações, o atual espaço virtual Fran’s Café favorece o acesso do internauta ao conteúdo. Agora, fica ainda mais fácil encontrar uma loja Fran’s Café próxima, investir no sistema de franquias ou preparar uma deliciosa receita com café. Trata-se de um espaço que aceita modificações constantes. No mês que vem, ele poderá estar diferente. É tudo muito simples de alterar, o que facilita a adaptação à mudança de interesse dos clientes.

C&n – a reestruturação do site está atrelada à estratégia de aumentar a proximidade com o cliente? MC – Sim, queremos ficar mais próximos de nosso cliente, atualizando notícias sobre o Fran’s, receitas e tudo que envolve o mundo do café. Nosso cliente

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visita nossa loja, em média, 3,5 vezes por semana. Assim, é muito importante mostrar todas as nossas novidades para ele.

C&n – Quais as principais novidades que o site trará aos seus usuários? Cite seus diferenciais. MC – Entre as novidades está a seção O Café, que oferece dicas de saúde, curiosidades, preparo e degustação, além de uma breve história sobre o café. Campanhas, promoções, entrevistas e lançamentos também ganharam mais destaque. No espaço Novidades, é possível ficar por dentro dos eventos promovidos pelo Fran’s Café e dos produtos recém-lançados no mercado. As receitas com café apresentadas no site são fáceis de fazer para que os clientes possam pre-

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ENTRELINHAS Franquia

Unidade da Fran’s Café Times Square, na Avenida Jamaris, no bairro paulistano de Moema. Comunicação wi-fi e revistaria são ponto alto do local

Apoio irrestrito

A Fran’s Café assessora seu franqueado em todos os momentos, desde a escolha do ponto comercial até o dia a dia do negócio. Segundo a gerente de marketing e comunicação da rede Fran’s Café Franchising, Mônica Cavalcante, a escolha do melhor local para se montar uma franquia, bem como o projeto arquitetônico e de padronização da loja, terá o aval da marca. Será avaliado para aprovação do ponto o fluxo de pessoas que transitam no local, o potencial econômico da região, o raio de distância existente entre outra loja Fran’s Café, além de outros fatores que podem influenciar direta e indiretamente o sucesso da franquia.

parar comidas e bebidas práticas e saborosas para seus familiares e amigos.

informações, bem como nos e-mails recebidos de nossos clientes, criamos o modelo novo do site.

C&n – Quais são os grandes desafios para quem quer apresentar seus produtos na internet e como superá-los?

C&n – além do site, quais são os canais mais utilizados para se relacionar com seus clientes?

MC – O maior desafio é cumprir o que está sendo prometido. Isso é feito pela área de Nutrição do Fran’s Café que treina exaustivamente os franqueados da rede, além de padronizar o fornecedor dos produtos.

C&n – Quais foram as estratégias adotadas pela empresa para identificar quais mudanças no site agradariam os clientes Fran’s Café? MC – Realizamos uma pesquisa com os clientes em nossas lojas no final do ano de 2008, em que conhecemos o perfil e um pouco do que eles gostam em nossas lojas. Com base nestas

MC – As lojas, é claro. É o lugar mais importante, onde vemos e ouvimos tudo o que realmente importa. O cliente do Fran’s Café tem uma relação muito forte com a nossa marca. O que ele gosta ou não rende um e-mail, uma sugestão ao atendente. Basta que a gente queira ouvir. Recebemos também ligações de clientes em nossa Central, que desejam falar diretamente conosco sobre nossos produtos e serviços. Os blogs também são muito fortes, pois fornecem muita informação à empresa. Além disso, o velho e bom e-mail ajuda demais, com dicas e críticas dos clientes sobre nossos serviços. C

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Know-How

Qualificação

Trabalho voluntário

O que esse tipo de ação pode significar para a sua carreira por Renato Grinberg*

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ada vez mais comum nas entrevistas de emprego e estágio, o questionamento sobre a realização de trabalhos temporários ou mesmo voluntários são muito importantes para descrever o perfil de um candidato. Isso pode passar despercebido pela cabeça de quem está concorrendo à vaga, mas é bom lembrar que um recrutador sempre faz

as perguntas certas para conhecer cada um dos concorrentes. Neste caso, se a resposta for sim, pode deixá-lo ainda mais próximo da vaga. Isso porque a impressão passada é de que este investe parte do seu tempo em outras pessoas e possui qualidades como facilidade de relacionamento interpessoal ou capacidade de ouvir e ajudar. Mas o principal

aspecto positivo desta ação é que o candidato não é acomodado, ele rea­ liza ações importantes, mesmo não ganhando para isso, além de deixar claro que seu objetivo não é apenas o salário e sim o projeto. No ambiente corporativo, tais características podem significar que determinado profissional é comprometido com o trabalho e veste a camisa

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No ambiente corporativo, tais características podem significar que determinado profissional é comprometido com o trabalho e veste a camisa da empresa, além de ter maior entrosamento com a equipe”

da empresa, além de ter maior entrosamento com a equipe. O serviço social, então, mais do que se referir apenas à vida pessoal, pode influenciar também na vida profissional. Afinal, as características comportamentais têm quase o mesmo ou até mais peso que as habilidades técnicas na hora de se escolher um candidato. Outra intenção que está por trás do recrutador quando pergunta do trabalho voluntário é saber se a pessoa sabe lidar com realidades diferentes da sua, como reage e o que consegue aprender. E isso pode ser entendido também como uma forma de perceber de antemão como o futuro colaborador irá se portar em ocasiões adversas e com pessoas que possuem um perfil diferente do seu. Já no que se refere à tão requisitada pró-atividade, aquele que faz algum tipo de serviço social sai mais uma vez na frente. Ele é capaz de verificar que há um problema em sua comunidade e vai atrás da solução, coloca em prática suas ideias e aguça a sua criatividade. Para as empresas, é ótimo ter cola-

boradores com este perfil, pois eles são capazes de fazer a diferença em situações em que a maioria não reage. Já os candidatos, precisam estar atentos ao fato de que o voluntariado exige tempo de dedicação, frequência e disponibilidade. Não dá para começar este tipo de atividade apenas com o intuito de dar um up no currículo sem levar em conta a seriedade do serviço social, até mesmo pelo fato de que muitas vezes as companhias ligam para o local a fim de confirmar sua participação. O voluntário é, antes de mais nada, um doador nato, que faz sem esperar receber em troca. Este espírito deve guiar aqueles que buscam ajudar o próximo, desta forma, as vantagens para a carreira serão apenas consequência. C

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* RENATO GRINBERG é diretor geral do portal de empregos Trabalhando.com.br e especialista em carreiras e mercado de trabalho. grinberg desenvolveu sólida carreira internacional, tendo trabalhado em empresas como a sony Pictures e a Warner Bros., nos eUa. na Warner, foi selecionado para um programa de desenvolvimento de executivos em que apenas quatro profissionais eram selecionados por ano entre centenas de candidatos vindos dos mais prestigiados MBas americanos

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PERFIL EMPREENDEDOR Fidelização

Estratégia VIRTUAL À frente das operações brasileiras da Decolar.com, Alípio Camanzano revela sua trajetória de sucesso Por flávia ghiurghi

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ormado em Comunicação Social, com MBA em Cinema e Televisão, Alípio Camanzano começou sua carreira no setor em uma operadora de turismo tradicional, pela qual abriu 15 lojas na cidade de São Paulo nos três primeiros anos de atuação; 25 lojas, em seis anos de atuação, e um total de 50 lojas e mais de 85 agentes de viagens representantes em todo o Brasil, nos dois anos seguintes. Em 1990, assumiu o escritório de Nova York, onde atuou como gerente regional de Incoming. Retornou ao Brasil em 1993 para assumir o cargo de diretor operacional e novos negócios da empresa. “No período entre 1996 e 1998, a operadora para a qual eu trabalhava obteve faturamentos anuais superiores a US$ 200 milhões. Em agosto de 1999, assumi a diretoria comercial e marketing de outra operadora e por lá permaneci até julho de 2006, deixando a empresa com um leque de aproximadamente 40 produtos nacionais e internacionais dos quais 70% se transformaram em líderes de mercado. Em quase sete anos de reposicionamento, mesmo considerando as crises internacionais de 1999 e 2001, conseguimos cifras recordes, 200% acima do faturamento inicial”, orgulha-se o executivo. Em agosto de 2006, Camanzano foi convidado a atuar no mercado on-line, o que significou sua transição do mundo off-line para o e-commerce, como diretor comercial do Submarino Viagens. Depois de pouco mais de um ano, Camanzano saiu da companhia, deixando como resultados, segundo ele, recordes de vendas no segmento, amplo leque de fornecedores e produtos nacionais e internacionais. Há três anos, assumiu o comando das operações brasileiras da Decolar.com, agência de viagens da América Latina.

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PERFIL EMPREENDEDOR Fidelização

Oportunidade

Em função do meu knowhow de turismo e da expertise que repassei para o modelo on-line, identificando formatos que atendem aos dois universos, excluindo fórmulas que só funcionam no offline e implantando estratégias próprias do e-commerce, os sócios me convidaram para assumir o comando das operações brasileiras” ALÍPIO CAMANZANO, DA DECOLAR.COM

Foi durante um curso de MBA nos Estados Unidos que um grupo de jovens decidiu apostar no segmento de e-commerce com foco nos serviços de turismo, dando origem ao Grupo Decolar.com que, hoje, conta com onze anos de atuação em doze países. “Em função do meu know-how de turismo e da expertise que repassei para o modelo on-line, identificando formatos que atendem aos dois universos, excluindo fórmulas que só funcionam no off-line e implantando estratégias próprias do e-commerce, os sócios me convidaram para assumir o comando das operações brasileiras”, conta Camanzano. Desde então, o executivo não poupou esforços para fazer do Decolar. com a maior agência virtual de viagens da América Latina, direcionando estratégias à fidelização dos clientes. “Para isso, realizamos muitas pesquisas de satisfação, promoções exclusivas e imbatíveis, ações de marketing direto e comunicação em redes sociais e, há anos, trabalhamos com a política de melhor preço garantido. Além disso, investimos constantemente em tecnologia e ferramentas capazes de atender à demanda e expectativas de nossos clientes e parceiros”, garante Camanzano. O sucesso da empresa, segundo o executivo, deve-se ao fato dela oferecer vantagens em relação aos preços e serviços, além de contar com uma equipe comprometida e devidamente capacitada. “Todos esses diferenciais impulsionam nossos clientes a continuarem utilizando nossos serviços e indicando a Decolar. com para amigos e familiares”.

Desafios e perspectivas

Por não pertencer ao mercado de varejo, a Decolar.com tem a vantagem de não enfrentar o principal desafio do ecommerce brasileiro: a logística de entrega de produtos. “Acredito que sites robustos como o nosso, em que o cliente sente seriedade nas respostas efetuadas nos motores de busca, tornarão, a

BENEFÍCIOS Além das técnicas de usabilidade, fundamentais para garantir a fidelidade no mundo virtual, a Decolar. com oferece planos de milhagem, uma sessão “Minhas Compras” em que o cliente tem acesso aos seus extratos e recebe descontos especiais por meio de newsletters segmentadas, campanhas semanais de e-mail, entre outras ações.

médio prazo, o e-commerce de viagens on-line tão confiável quanto o mercado tradicional. A grande vantagem da Decolar.com é que, por ser pioneira neste segmento na América Latina, atuando desde 1999, tem ferramentas eficientes de medição e monitoramento em seus portais de viagens, além de todo o histórico comportamental deste público. É por essa razão que a empresa cresce a passos largos”. Em relação às expectativas futuras, Camanzano é otimista. “Estamos tendo um crescimento constante e, neste ano, devemos registrar 50% de incremento”. As mudanças tecnológicas estarão em alta nos projetos de inovação da empresa. “Investimos constantemente em tecnologia, inclusive, desenvolvemos tecnologia própria. Porém, a política do grupo pede que esses detalhes sejam mantidos em sigilo”. Também para este ano, o executivo adianta que a meta é continuar surpreendendo os consumidores. “Acreditar no seu projeto, estruturar uma equipe altamente qualificada, firmar parcerias relevantes e estar atento às necessidades dos clientes são características fundamentais numa gestão de sucesso”, pontua o executivo. C

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COTIDIANO&TRABALHO Artigo Por Luiz Guilherme Brom *

O Brasil na escola o

Censo da Educação Básica de 2009, divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), apontou que existem no Brasil 197.468 escolas de educação básica. Elas atendem 52.580.452 alunos, distribuídos pelos diversos níveis e modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação Profissional, EJA e Educação Especial. Desse total de alunos, 86,1% estão nas escolas públicas e 13,9% na rede privada. As redes municipais de ensino são responsáveis pelo atendimento de 46,2% do total de matrículas da educação básica do País. Se os números são estonteantes, o trabalho que ainda resta a ser

feito não é menos estarrecedor: além dos aspectos qualitativos que aguardam solução, ainda há que se ampliar muito a inclusão no sistema nacional de educação básica. Indicadores oficiais do MERCOSUL mostram, por exemplo, que em 2006 a taxa de analfabetismo do Brasil era de 10,4%, contra 2,6% da Argentina, 1,3% do Chile, 5,1% do Paraguai e 2,2% do Uruguai. Já o Censo da Educação Superior de 2008, divulgado também recentemente pelo mesmo Inep/MEC, informa que existiam no Brasil 2.252 instituições de ensino superior, com 5.808.017 alunos matriculados. Para efeito de comparação, a União Europeia tem cerca de 4 mil instituições de ensino superior, com aproxi-

madamente 17 milhões de estudantes. Ou seja, a rede de ensino superior dos 25 países membros da União Europeia é apenas 78% maior que a brasileira. Eles têm, no entanto, 193% mais estudantes do que temos aqui, para ficar apenas na quantidade, sem entrar no mérito da qualidade, no qual o vexame será certamente ainda maior. Entre os que estudam no Brasil, em qualquer nível de ensino, é possível constatar uma escandalosa diferença: os que se encontram adequadamente incluídos em boas escolas (ínfima minoria) e os que se encontram perversamente incluídos em péssimas escolas (ampla maioria). Além desses, é claro, resta ainda aqueles que não frequentam a escola, uma multidão de excluídos. Apenas 14% dos brasileiros que possuem entre 18 e 22 anos de idade estão na universidade. É na escola de hoje que se forja o Brasil de amanhã. É na escola que temos que se pode vislumbrar o país que teremos. Motivos de preocupação não faltam em relação ao futuro, quando se constata que no presente faltam qualidade e alunos nas escolas. C

“Apenas 14% dos brasileiros que possuem entre 18 e 22 anos de idade estão na universidade. É na escola de hoje que se forja o Brasil de amanhã” * Luiz Guilherme Brom é doutor em Ciências Sociais e superintendente institucional da FECAP (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado) luizgbrom@fecap.br

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Capacitação

e-INTELIGÊNCIA De olho nas inovações tecnológicas, especialista cria sistema que auxilia na formação de profissionais

Simulador de inteligência artificial, software promete agilidade na hora de selecionar profissionais

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área de Recursos Humanos das empresas cada vez mais desenvolve métodos inovadores de treinamento. Exemplo disso é o Simulador de Inteligência Artificial, um software com jogos especializados para capacitação profissional que promete agilidade e eficiência na hora de selecionar e preparar profissionais. Os jogos simulam situações reais ocorridas no cotidiano das corporações e já são largamente utilizados pelas empresas americanas. No Brasil, o sistema está chegando com força e tem tudo para se tornar uma grande tendência nas estratégias de treinamento. A tecnologia, conhecida como modelos de redes neurais, simula o cérebro humano, inclusive seus aspectos comportamentais, levando em consideração o aprendizado, os erros cometidos e as descobertas, sem causar prejuízos para as organizações, uma vez que os erros apresentados são resolvidos no

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TESTADO E APROVADO O que colaboradores de outras empresas acham do Simulador de Inteligência Artificial

Simulador de cérebro humano leva em consideração o aprendizado, erros e descobertas, sem causar danos às organizações”

momento do jogo. O Simulador de Inteligência Artificial permite que o usuário possa trabalhar suas deficiências e buscar alternativas para o aperfeiçoamento. “As redes neurais permitem que as análises de um jogo sejam as mais próximas possíveis da realidade do cotidiano de uma empresa. São técnicas computacionais que apresentam um modelo inspirado na estrutura neural de organismos inteligentes e que adquirem conhecimento por meio da experiência”, afirma o desenvolvedor do simulador, consultor de treinamento e presidente da Arbache Consultoria, Fernando Arbache.

Diferenciais

Além de instrutivo para quem utiliza, o método proporciona maior segurança na execução das tarefas. A ferramenta também permite avaliar individualmente ou equipes inteiras, sendo que alguns dos critérios são: capacidade de liderança, espírito de equipe,

PATRÍCIA STRENBINGER, empresária: “Por ser empresária, preciso aprender a lidar com os imprevistos do dia a dia de forma rápida e eficaz, porque, graças à globalização, novas empresas, produtos e serviços surgem todos os dias no mundo. Sendo assim, para que a empresa cresça é preciso lidar com a concorrência, entendendo o trabalho, buscando informações e traçando diretrizes para alcançar seu público-alvo”.

comprometimento, foco em resultados, capacidade de perceber variáveis importantes, de suportar críticas de eventuais ações de concorrentes, e outras. Os resultados são recebidos e percebidos imediatamente por todos os envolvidos. Os treinamentos convencionais têm uma carência de realidade, pois os métodos de aprendizado se limitam a ensinar e não possuem interatividade para que o funcionário se sinta parte da operação que irá realizar. “Os treinamentos comuns têm sido menos utilizados, pois não trazem os resultados esperados. Isso porque os funcionários, durante estes processos, não são imersos à realidade do mercado no qual a empresa está inserida, seja nas ações realizadas ou nos fatos cotidianos que possam influenciar na tomada de decisões e elaboração de estratégias. Ou seja, não são inseridos em um cenário onde possam testar ações e atitudes”, afirma Arbache. C

GALO NORIEGA, coordenador acadêmico do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa): “A técnica se consolida para todo segmento inclusive para avaliação e treinamento em grupo. O trabalho em equipe e a tomada de decisões são valorizadas e potencializadas, isto porque, sem o desenvolvimento da equipe e a comunicação integrada, torna-se impossível a elaboração de estratégias durante o jogo em busca de resultados positivos”. CÉLIA COSTA, da People Strategy Consulting: “O jogo se mostra uma metodologia bastante efetiva, pois é possível criar cenários idênticos aos do dia a dia dos profissionais, fazendo com que eles tenham que exercitar o conhecimento adquirido em uma realidade conhecida, mas num ambiente seguro. Ou seja, eu posso errar, pois é com o erro que vou aprender. Está cada vez mais clara a importância de formar profissionais para suprir as vagas da própria empresa. As técnicas estão evoluindo e se adequando ao universo contemporâneo da tecnologia. Investir em profissionalismo é garantir resultado e longevidade empresarial.”

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SUA CARREIRA Profissão

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É hora de mudar de

EMPREGO

Saiba o momento certo de buscar novas oportunidades profissionais por Flávia Ghiurghi

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número é surpreendente: aproximadamente 94,04% dos profissionais estão insatisfeitos com seus empregos, segundo a pesquisa da Bumeran, especializada em Recursos Humanos, que aponta a falta de acompanhamento com as mudanças da corporação como uma das principais razões pela insatisfação. Para a presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-Nacional), Leyla Nascimento, os profissionais precisam estar mais sensíveis às evoluções que ocorrem dentro da empresa em que trabalham. Segundo ela, a falta de percepção no ambiente de trabalho afeta diretamente a carreira e, consequentemente, a satisfação do profissional. “As empresas estão se adequando aos novos cenários mundiais e corporativos, e os profissionais precisam fazer o mesmo. Se a empresa muda, nossa carreira também é diretamente impactada por estas mudanças e isso pode levar a sentimentos de deslocamento e insatisfação que precisam ser entendidos”, explica Leyla. A executiva ressalta que trocar de emprego é uma iniciativa que envolve riscos, mas, muitas vezes, pode ser uma chance para reen-

contrar a satisfação profissional. “Há vários indícios que mostram quando chegou a hora de buscar novas oportunidades. O mais evidente é a desmotivação, ou seja, quando o profissional percebe que o que faz deixou de ser gratificante. Essa falta de ânimo, de envolvimento com as questões da empresa, logo vai se traduzir em coisas como não ser mais convidado para reuniões e desinformação sobre o que está acontecendo. Quando chegamos a este ponto, é mais do que evidente de que é preciso repensar nossa relação com a empresa”, alerta.

Planejamento

Segundo Leyla, é importante que as pessoas busquem fazer a transição para outra empresa enquanto ainda estão empregadas, já que é mais fácil conseguir uma nova posição quando estamos ativos no mercado. “Outro ponto importante é ter a consciência de que não é apenas a empresa que nos escolhe, mas nós também podemos e devemos escolher a empresa. Isso significa planejamento: buscar a empresa e o segmento que mais nos interessam justamente para evitarmos cair na mesma armadilha da qual

DIVULGAÇÃO

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Há vários indícios que mostram quando chegou a hora de buscar novas oportunidades. O mais evidente é a desmotivação, ou seja, quando o profissional percebe que o que faz deixou de ser gratificante” LEYLA NASCIMENTO, PRESIDENTE DA ABRH-NACIONAL

tentamos sair”, comenta. Outro ponto levantado é a importância de uma boa formação educacional. “Não falo somente com relação ao grau de ensino, mas o importante é obter cursos que criem valor para a carreira. Conhecimento, prática e experiência adquirida são atributos fundamentais para se obter sucesso, por isso, as pessoas devem buscar cursos de extensão para se atualizar sobre o cenário de mudanças nas empresas”.

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SUA CARREIRA Profissão

Novos rumos • Perda de respeito com relação ao chefe: imagine ter que receber ordens diariamente de alguém que você não respeita, seja porque provou não ser um profissional experiente e talentoso, seja pela falta de ética. Entretanto, antes de procurar outro emprego, é importante ponderar por que você perdeu o respeito. O motivo deve ter fundamento, uma vez que é um imperativo em qualquer empresa o respeito à hierarquia, e muitas pessoas extrapolam esta regra. • A empresa não tem futuro: se os negócios de sua empresa estão indo de mal a pior, talvez seja a hora de procurar um novo emprego, antes que acabe desempregado porque a empresa fechou as portas. • Falta de perspectiva: pode parecer clichê, mas é importante o funcionário acreditar que tem futuro na empresa. Muitas empresas pecam por vender planos de

Segundo Ricardo Melo, coach, escritor, palestrante e fundador do Instituto Ricardo Melo, especializado em coaching de carreira, os principais indicadores que levam o profissional a buscar novas oportunidades são:

carreira falsos, que dificilmente irão se concretizar. Isso pode ser um motivo enorme de insatisfação. • Falta de novos desafios: problema que acomete principalmente jovens talentosos, que gostam de se superar a cada dia. Para inúmeras pessoas, desenvolver todo o santo dia as mesmas atividades é uma penitência. Se você tentou conversar com seu chefe sobre o assunto e, ainda assim, nada mudou, então comece já a mandar currículos! • Apareceu uma chance única: os profissionais não se demitem apenas quando as coisas não vão bem, eles podem se desligar da empresa também quando a carreira vai bem até demais! É o caso daqueles que recebem uma proposta única na vida, como a chance de vivenciar uma experiência profissional no exterior. • Sentimento de que não é respeitado: quando um

Leyla lembra também que encontrar um trabalho motivador e realizador pode ser facilitado se as pessoas começarem a valorizar mais a vida associativa. “Aqui no Brasil, demoramos a despertar para a importância do associativismo. Nos Estados Unidos e Europa, esta consciência é muito forte. Enquanto profissionais, devemos entender que ninguém neste mundo corporativo cresce sozinho. Fazer parte de

profissional sente que não é respeitado e que suas ideias não são valorizadas, deve procurar uma oportunidade melhor. Isso porque a situação causa baixa autoestima e podem ficar sequelas para sempre. • Salário baixo: nem sempre este é um fator determinante para a mudança de emprego, uma vez que, no início da carreira, os profissionais tendem a se preocupar mais com a experiência e o aprendizado. Mas, com o passar do tempo, a remuneração baixa pode pesar muito, principalmente quando as necessidades do profissional não são satisfeitas. Certamente, é um fator crucial a quem tem uma casa e filhos para sustentar, por exemplo. • Sonho (e oportunidade) de abrir o negócio próprio: quem nunca quis ser seu próprio chefe e ter autonomia para tornar a empresa lucrativa? Se há uma chance de ser dono do seu próprio nariz, então aproveite! Uma pessoa com um sonho

uma entidade de classe é compartilhar conhecimento e práticas corporativas essenciais para a atualização de qualquer profissional, bem como criar uma rede de relacionamentos que pode nos ajudar muito na hora de trocar de emprego com sucesso”, recomenda. E, na hora de sair, Leyla afirma que os profissionais precisam manter as portas abertas. “É preciso ter coerência na atitude e nas justificativas para a saí-

desses pode se cansar de ser empregado. • Dificuldade de convívio com os colegas mais próximos: nada pior do que um ambiente de trabalho competitivo, onde não há ninguém para confiar. A confiança nos colegas de trabalho é um imperativo para que o trabalho em equipe saia a contento. Além disso, empresas que cultivam a competitividade acabam tomadas por sentimentos que minam a motivação dos funcionários, como raiva, medo e inveja. • Não gostar do que faz: é muito comum as pessoas aceitarem empregos por necessidade, empregos que não envolvem exatamente aquilo que elas gostam de fazer. Tome cuidado, pois é consenso entre especialistas em Recursos Humanos que os profissionais que não fazem o que gostam têm pouquíssimas chances de se destacar no mercado de trabalho.

da. Além disso, a pessoa ajudará a empresa se fizer uma avaliação das razões de sua saída junto ao líder ou à área de Recursos Humanos, buscando mostrar de modo claro e direto, sem emocionalismos, o que a empresa poderia fazer para estimular as pessoas a contribuírem mais. Este é um dever de qualquer profissional que participou e contribuiu para os resultados da empresa”, conclui. C

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seu negócio

gestão

A hora de

APosTAR Os principais fatores que levam um profissional a fracassar no momento de virar empreendedor

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É

cada vez maior o número de profissionais que abre mão de um emprego estável para se arriscar em um negócio próprio. Segundo levantamento realizado pelo Sistema Brasileiro de apoio às Micro e pequenas empresas de São paulo (Sebrae-Sp), o Brasil pode chegar a 2015 com 8,8 milhões de micro e pequenas empresas, representando um aumento de 76% ao número existente hoje. “É muito comum pessoas cansadas do atual trabalho ou desempregadas aventurarem-se em novos empreendimentos. Muitas delas começam um negócio a partir de uma ideia ou de um sonho. imaginam montar um negócio e em pouco tempo começar e viver dos rendimentos desse empreendimento”, afirma o presidente da CBS Consultoria financeira, emerson Castello Branco Simenes. entretanto, segundo o consultor, a falta de planejamento é um dos principais fatores que levam as pequenas empresas a naufragarem antes do primeiro ano de vida, transformando o

PÉs

no cHÃo

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Ter paixão pelo negócio escolhido

Ter paixão significa, entre outras coisas, levantar cedo todos os dias e automotivar-se para realizar um plano de trabalho diário para atingir as metas diárias. Você terá de agir apenas com sua própria vontade. Há centenas de coisas que não serão feitas a menos que você tenha a iniciativa de fazê-las.

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Apoio financeiro

Antes de iniciar o seu negócio, você deverá ter capital suficiente para bancar o primeiro ano de atividade ou até que o negócio possa se sustentar. Para tanto, você deve estar preparado para vender o barco, a sua joia, ou pedir dinheiro para um parente próximo.

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sonho do negócio próprio em pesadelo. “Muitas vezes a pessoa tem um emprego fixo, mas não está satisfeito com o trabalho, com o chefe ou não se sente realizado e quer mudar de vida. Vem então a ideia de ser o próprio patrão. ainda há aquelas que estão desempregadas, não conseguem nova colocação e imaginam que abrir um negócio seja a melhor alternativa para voltar a trabalhar. estes são os dois casos clássicos de empreendedores que fracassam por falta de planejamento e falta de capital”, define o consultor. de acordo com Simenes, em muitos casos, essas pessoas acabam lançandose em mercados totalmente desconhecidos, simplesmente porque “ouviram dizer” que é um ramo lucrativo, ou porque sonham com um trabalho que lhes dê prazer. “Todos os ramos são lucrativos, desde que se conheça o mercado, o local onde a empresa será instalada, os fornecedores, os prazos de pagamento dos insumos, o prazo de retorno do investimento, taxas e impostos a serem pagos e mais do que tudo, que se tenha

Seguindo os pontos levantados pelo administrador Mike Daley, em artigo postado no Articlesbase, é possível descobrir se o profissional tem perfil de empreendedor:

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Desenvolva uma eficaz capacidade de venda

Toda empresa precisa vender um produto ou serviço sem o qual não há nenhuma maneira de gerar dinheiro. Mesmo que os clientes sejam a alma de qualquer negócio, você ficaria surpreso como muitos empresários odeiam esse aspecto de fazer negócios. Você consegue pegar o telefone, ligar para um cliente potencial e pedir um encontro para apresentar seu produto ou serviço? Se você não se sente confortável para vender, você deve manter o seu emprego ou procurar um, caso esteja desempregado.

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Disposição para trabalhar intensamente

Começar um negócio parece ser fácil, mas não é. Se você acha que trabalhar para alguém é um trabalho árduo, tente iniciar seu próprio negócio. Você será obrigado a dar cada gota de sangue, suor e lágrimas. Você vai ter que trabalhar longas horas e estar de plantão 24/7, pelo menos no início. Você acha que pode tirar um dia de férias? Quem é que vai tocar o negócio?

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Tolerar a rejeição

Se os seus sentimentos são facilmente feridos, é melhor trabalhar para alguém. Muitos dias na empresa, a rejeição o espera em cada esquina, e você deve ser capaz de lidar com ela sem se abater. Você vai experimentar a rejeição de clientes, parceiros de negócios, banqueiros e investidores, apenas para citar alguns.

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seu negócio

Gestão

Todos os ramos são lucrativos, desde que se conheça o mercado(...)” emerson castello branco simenes, presidente da CBS Consultoria financeira

uma boa noção das despesas e receitas mensais do empreendimento”. O planejamento, muitas vezes, não é realizado por falta de conhecimento da estrutura de um negócio, ou por subestimar as despesas do início da atividade de uma empresa. Nestes casos, o negócio tem início com pouco dinheiro, sobrando pouca reserva para imprevistos e para a sobrevivência durante o tempo que o empreendimento ainda não começou a se pagar. Nesta hora, o empresário tem que continuar tirando dinheiro do bolso para alimentar a empresa até que ela comece a dar lucro, e ainda tem que ter dinheiro para pagar suas contas pessoais. “É nesse ínterim

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Pensar adiante e nos detalhes

De acordo com o Small Business Administration, dois terços dos novos negócios sobrevivem por pelo menos dois anos, e apenas 44 por cento sobrevivem pelo menos quatro anos. Elas falham porque não planejam. Você terá que escrever um plano de negócios e fazer previsões financeiras, mesmo que você não precise de financiamento.

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Interação eficaz com as pessoas

Ser proprietário de uma empresa significa que você terá muitas interações diárias com uma variedade de públicos: seus próprios funcionários, fornecedores, clientes e investidores. Você deverá ter a capacidade de gerir eficazmente as pessoas sem ofendê-los, de aceitar um bom conselho de mentores, de esquecer os erros ou corrigi-los em silêncio e a tolerar a incompetência sem perder a calma. 34 • de Carreira&negócios

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que as contas desandam. Começa a faltar dinheiro para injetar na empresa como capital de giro ao mesmo tempo que falta dinheiro para o pagamento das contas pessoais. No fim das contas, as únicas alternativas que restam são vender a empresa por um valor irrisório, ou ainda, a mais penosa, que é simplesmente fechar as portas e arcar com todos os prejuízos”. Mas, segundo Simenes, estes transtornos podem ser evitados. Basta que seja feito um planejamento meticuloso do empreendimento antes que se invista o primeiro centavo. Caso o empreendedor não se sinta capaz de fazer este trabalho, pode contratar em-

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Ter capacidade para delegar e aceitar conselhos

Fazer rodar um negócio exige a concretização de dezenas de tarefas simultâneas, e é impossível tentar realizá-las sozinho. Você deve cercar-se de parceiros e funcionários que você pode confiar. Vai precisar estar capacitado para distribuir responsabilidade sem se preocupar com o resultado. Deverá também estar disposto a ouvir conselhos e orientações de pessoas experientes.

presas ou consultores aptos a realizar este trabalho. “Claro que isso também requer um desembolso. Mas esse gasto com um profissional qualificado não será em vão, pois ele lhe esclarecerá muitos pontos que podem inviabilizar o seu projeto e com isso evitar que você invista dinheiro e tempo em um sonho que em menos de um ano pode se transformar em pesadelo e jogá-lo de novo no mercado de trabalho. Mas pode também orientá-lo a redirecionar o seu projeto e torná-lo viável, fazendo com que o seu lucro venha em menos tempo do que viria caso você não fosse assistido por um profissional qualificado”, finaliza Simenes. C

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Ter experiência no negócio

Os empresários mais bem-sucedidos têm experiência prévia no setor em que se estabeleceram. E aqui vai uma dica extra para considerar: como mencionado, você é o departamento de atendimento ao cliente, mas também o planejador de marketing, o contabilista, o especialista em controle de estoque, o chefe do RH, o redator-chefe e estrategista de vendas.

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Foco no cliente

Você é o departamento de satisfação do cliente e solucionador de problemas. Como um empreendedor, você vai entender o clichê “O cliente é rei ou rainha!”. Seja educado com as pessoas e viva por outro clichê “Trate as pessoas como você gostaria de ser tratado”. Agindo dessa forma, você fará do cliente o centro do seu modelo de negócio.

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GESTÃO&SOCIEDADE

Artigo

Por tatiana martins alméri *

Competição acirrada. O que fazer? A

prendemos muitas coisas desde pequenos em sala de aula; além das matérias curriculares como matemática, português, inglês, geografia, história, química, física, etc., aprendemos a conviver em grupo e, no mundo capitalista que vivemos, a COMPETIR. O competir está em nossas vidas, no nosso dia a dia, desde o momento de compararmos quanto se tirou em uma prova até chegar aos concorrentes de um negócio. O grande problema é que nem sempre enxergamos a concorrência como deveríamos enxergar. A análise da concorrência deve ser ampla, não dá para analisar a concorrência de uma região simplesmente, ou somente os concorrentes diretos. Uma boa análise da concorrência delimita inevitavelmente a eficiência de uma estratégia. A real concorrência deve ser ampliada, assim, por definição de PORTER, a concorrência se refere à (ao): Na figura, o ponto central demonstra os concorrentes diretos, es-

“Uma boa análise da concorrência delimita inevitavelmente a eficiência de uma estratégia”

* TATIANA MARTINS ALMÉRI é socióloga, formada pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, mestre em Sociologia Política pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP e integrante do corpo docente da Universidade Paulista – Unip e da Faculdade de Tecnologia de São Paulo - FATEC (taalmeri2@hotmail.com)

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ses que fazem o mesmo tipo de produto são a rivalidade direta, são os produtos semelhantes, mas de marcas diferentes. À esquerda, estão os concorrentes entrantes, os possíveis novos concorrentes que chegam com muita sede “ao pote do mercado”; à direita, estão os concorrentes de produtos substitutos, aqueles produtos que não são do mesmo negócio, mas que podem ser substituídos em algumas ocasiões, como o açúcar e o adoçante; acima, estão os fornecedores; e abaixo, os clientes. Agora, você deve estar se perguntando: mas os fornecedores e os clientes são concorrentes? São sim, o poder de barganha passa a determiná-los dessa maneira. Portanto, a dica está dada: faça uma análise ampla da sua concorrência, não enxergue simplesmente algo restrito, dessa forma a será mais fácil de competir, pois conhecer bem o “inimigo” já é o primeiro passo para vencê-lo. C

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TOME NOTA

Tecnologia

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via ghiu

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Q

uem não gostaria de ser uma mosquinha para espiar o que acontece nos corredores da empresa? Muitos profissionais têm curiosidade ou até necessidade de descobrir o que é dito ou feito nos bastidores do escritório. Por isso, firmas, lojas e corporações passaram a investir em sistemas de videomonitoramento não só para aumentar a segurança, mas para garantir que colaboradores mantenham a discrição no ambiente de trabalho. Exemplo disso foi a rede de lojas femininas Viva Allegra, que contratou os serviços da Imagica, especializada em câmeras de vigilância para monitorar o comportamento de uma funcionária com atitudes antiéticas. “Desconfiávamos que uma funcionária, que vivia reclamando de tudo, falava mal de outras funcionárias pelas costas. Uma vez disse que iria abandonar o emprego, mas, em vez de conversar conosco, preferiu fazer fofoca. As câmeras gravaram tudo e pedimos à funcionária que deixasse esse péssimo hábito”, conta uma das proprietárias da rede, Estela Nunes. Treze câmeras IP foram instaladas em pontos estratégicos de quatro lojas da rede e, a qualquer momento, Estela podia acessar a Internet com sua senha e acompanhar, em tempo real, o que acontecia em suas lojas. “No começo, os funcionários estranharam um pouco a ideia. Ficou aquele clima de ‘será que não confiam em nós’?”, diz Estela. Mas a proprietária evitou constrangimentos, não permitindo a instalação de câmeras escondidas.

DA A I G I V Z A P

sobre informações ializado em e vídeo ec d p es as , er H R m ão de câ m o Portal aç al co st o in uitas rd a o s, ac De gestore mum em m manos para ma prática co as áreas internas u e -s u o recursos hu rn to d de trabalho nitoramento no ambiente de possibilitarem o mo rimonial da at p a ci n ilâ g m vi lé A a n o do s. m sa re emp identificaçã as auxilia o, os sistem ou roubo, a çã o rt e ra d o fu s rp e d sa co s re da caso Emp mitindo, em Brasileira das trada a venda ão aç ci o ss empresa, per gis e (A 2009, foi re undo a Abes o agente. Seg gurança), em Estado de Sã Se o e n d s ça o n ic ra n u g rô et se El e d as as em Sist e câmer um milhão d litana. de cerca de ião metropo g re a n % 0 5 o d n Paulo, se CARREIRA&NEGÓCIOS • 37

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BIG BROTH ER DO BEM Conheça a s preca

uç na instala ção de umões que devem ser a sistema d e monitor dotadas Informação ao emprega amento do que seu ambiente de tra

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“Convivência traz conflito. Isso é inevitável e sempre vai existir no dia a dia das empresas. Desde troco errado a problemas mais sérios como troca de produto. Tem cliente que reclama que provou um par de sapatos, mas a vendedora colocou outro na caixa. Ou ainda a funcionária que se queixa da atitude de uma colega. Com o sistema de vídeo, fica mais fácil descobrir quem tem a razão”, pontua Estela. Com o tempo, os próprios funcionários começaram a usar as câmeras para benefício próprio. Muitos casos envolvendo clientes foram solucionados em função do sistema de monitoramento. “Uma vez, uma cliente disse que sua bolsa tinha desaparecido dentro da loja. As vendedoras lhe ofereceram a opção de assistir à gravação. Percebemos, então, que ela já tinha entrado na loja sem o objeto”, relembra a proprietária.

Produtividade

Atuando no mercado desde 2005, o diretor da Imagica, Gabriel Almada, acredita que a vigilância é apenas mais um ponto do monitoramento. “Cada vez mais atendemos empresas com necessidades diversas, como melhorar o atendimento dos garçons à mesa ou, como no caso da Viva Allegra, afinar o ambiente de trabalho”, diz. Segundo ele, a facilidade para acessar os vídeos é decisiva pa-

Jamais se u tilizar do sist ema para monitorar a penas um se ou um dete to r da empresa rminado fun cionário, fato possibilitari que a a comprova ção de discr por parte do iminação empregado r. Evitar a divu lgação de im agens fora do setor est abelecido p gravação, in ara captaçã clusive mídia o/ .

FONTE: PORTAL RH

ra que ele seja utilizado com frequência. “Desenvolvemos um sistema totalmente digital. É possível assistir às imagens em tempo real ou acessar uma gravação instantaneamente. Basta digitar a data e a hora da gravação a que você quer assistir”, explica Almada. “Se não for prático, ninguém usa. Quem tem paciência – e tempo – para procurar gravações em meio a um monte de fitas VHS?”, questiona Almada. “Hoje, minha sócia e eu viajamos muito e, sempre que podemos, acessamos aos vídeos para ver o que está acontecendo”, diz Estela, que sente ainda a melhoria na produtividade dos funcionários. “Eles tomam mais cuidado com o que fazem e falam o que significa um atendimento melhor para os clientes”, conclui a proprietária. Outra empresa especializada em sistemas de videovigilância é a NUUO, que fornece uma série de soluções que atendem a essa crescente demanda por monitoramento. Uma delas é o Playback Multifuncional, sistema que possui filtro específico de busca inteligente que seleciona eventos suspeitos, registrados durante horas de gravação. Já o Display Triplo de Monitor oferece três funções: assistir ao vídeo ao vivo, ver imagens gravadas e programar para apresentar, imediatamente, um ca-

Convivência traz conflito. Isso é inevitável e sempre vai existir no dia a dia das empresas. Desde troco errado a problemas mais sérios como troca de produto” ESTELA NUNES, PROPRIETÁRIA DA REDE VIVA ALLEGRA nal de vídeo com um evento anormal de ocorrência. Com mais de 13.800 locais de instalação espalhados por 60 países, possui soluções aplicadas em indústrias, universidades, transporte em massa, bancos, hospitais, cadeias de lojas, hotéis e projetos governamentais. “Os produtos NUUO são de fácil instalação, possuem interface gráfica simples de compreender e utilizar, e são baseados em plataformas abertas, o que permite integração com diferentes marcas de equipamentos de rede”, afirma o representante da NUUO no Brasil, Natan Cuglovici. C

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COMUNICAÇÃO&Negócios

Artigo

Por Sandra Turchi *

O uso de mídias sociais pelas empresas S

egundo uma pesquisa* realizada nos EUA, 92% das empresas utilizam mídias sociais ou está planejando iniciativas nesse sentido, e mais de 70% das empresas têm menos de dois anos de experiência com essa atividade. Isso demonstra que as empresas não estão ignorando as mídias sociais, mas daí a implantarem estratégias que estejam efetivamente alinhadas com suas culturas e processos, estabelecendo uma aproximação de longo prazo, é outra história. Esses fatos mostram que as mídias sociais vieram para ficar, e os profissionais de marketing e agências devem se adequar para atender a essa nova demanda, que é irreversível. Aproximadamente 65% das empresas pesquisadas utilizam as mídias sociais no seu dia a dia para realizar pesquisas, buscar informações relevantes e fazer benchmarking. Para isso, leem blogs, visitam páginas de perfis no LinkedIn e Facebook e usam o Twitter para se comunicar. As cinco áreas que mais se utilizam desses canais são Consultorias, Assessorias de Comunicação Corporativa/Relações Públicas, Construção/Real Estate, Marketing e Finanças. Alguns dados interessantes, e não esperados, também detectados foram: a área de TI é a que menos utiliza as mídias sociais como recurso para negócios; as microempresas (com menos de 10 funcionários) são mais dispostas a utilizá-las do que as grandes, talvez isso se deva ao fato de que nas grandes o acesso a esses sites seja bloqueado, em muitos casos. Na média, os respondentes utilizam em torno de seis redes sociais.

As dez atividades mais comuns à maior parte das empresas estudadas são: manter sites de mídia social da companhia, com mais de 70% dos casos; monitorar as menções feitas à empresa nas redes sociais, com 60%; manter um ou mais blogs da instituição, com 60%; participar no Twitter, com 56% das citações; monitorar ratings, 54%; monitorar o que é dito sobre os concorrentes em sites de mídias sociais, também com 53%; participar de discussões em sites de terceiros, 51%; divulgação e propaganda, com 50% dos casos; gerir uma comunidade on-line para os consumidores, apresenta 50% das citações; e participar de sessões de perguntas e respostas em sites de terceiros, com 50%. As redes mais usadas pelas empresas são Facebook, Twitter, LinkedIn e YouTube. Por fim, o fato das empresas medirem o sucesso da sua atuação em mídias sociais é um ponto que também traz novidades: 61% delas alegam aumento no tráfego do seu web­ site; 57% citam o engajamento com pros-

“Aproximadamente 65% das empresas pesquisadas utilizam as mídias sociais no seu dia a dia para realizar pesquisas, buscar informações relevantes e fazer benchmarking” pects; 54%, crescimento no conhecimento da marca; 50%, maior engajamento com seus consumidores; 42%, aumento nas receitas e 42%, melhoria na reputação de marca. Em breve, analisaremos como está essa situação com as empresas brasileiras. C *(Business.com’s 2009 Business Social Media Benchmarking Study, baseado em 2.948 respostas válidas, de ago. - set. 2009)

* Sandra Turchi é superintendente de Marketing da ACSP – Associação Comercial de SP e SCPC, coordenadora do curso “Estratégias de Marketing Digital” na ESPM e VP de Marketing da ABRAREC

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Fala, CoaCH! Tire suas dúvidas sobre carreira

e

?

agora acabei de ser promovido e virei chefe de meus antigos colegas de trabalho. acontece que alguns deles ainda têm certa dificuldade em aceitar a minha nova posição e ficam com as velhas piadas em momentos inapropriados e tentam interferir em decisões que eu tomo. em contrapartida, sinto-me meio perdido, pois não quero ser duro e me indispor com ninguém. Como devo agir? renaTo V. Ferreira (SanTo andré – SP)

Realmente é um desafio que você está passando, porque há algum tempo ainda era par deles. Houve uma mudança de posição que está relacionada ao poder institucional que lhe foi dado pela organização com essa promoção. Agora você passou a ser um líder formal, com responsabilidade de manter o foco em quem vai executar as atividades e não apenas com o que e como fazer. Como o ser humano tem uma resistência inconsciente a mudanças é natural que isso aconteça. Porém, seu estilo de liderança pode favorecer a quebra dessa resistência ou facilitar o seu desempenho como líder.

Sugiro que você reflita: como seu estilo de liderança está contribuindo para que eles fiquem com velhas piadas em momentos inapropriados? Normalmente, essa resistência acontece quando o líder atua apenas com o foco em resultados, sem cuidar da emoção do grupo. Por exemplo, um líder que faz reuniões apenas para planejar, cobrar tarefas e falar de problemas cotidianos do trabalho. Minha sugestão é que você cuide mais da emoção da sua equipe por meio de diálogos de desenvolvimento, feedbacks constantes, delegação de responsabilidades, reconhecimento, estímulos, treinamentos e faça com que seus liderados brilhem e percebam o impacto do trabalho que realizam no negócio como um todo. Lembre-se que liderança é um papel a ser exercido, não um cargo. Talvez a sua equipe ainda não tenha percebido o ganho com a sua promoção. Faça valer a pena para eles também. Afinal de contas, eles poderiam ter o desejo de estar na sua posição. Uma alternativa é ter uma conversa franca com a equipe, mas, antes se coloque no lugar deles e pense no que eles podem ganhar com o seu apoio como líder.

Trabalho em uma empresa de call center e meu colega do lado não para de falar um só minuto. Tenho até dificuldade de escutar os clientes no telefone. Devo conversar com ele ou conto direto para o meu chefe? SiBele T. maTiaS (rio de Janeiro - rJ)

Obviamente que você deve conversar com ele. Mas, independentemente da reação dele, aproveite este momento para exercitar a sua capacidade de dar feedback. Para que este seja um processo útil, é importante levar em consideração as seguintes dicas:

Ser descritivo em vez de avaliativo – evite julgamentos ao relatar uma situação, pois reduz a necessidade de se reagir defensivamente. Quebrar a resistência – reconheça algo positivo antes de dizer o que o outro pode fazer para melhorar o ambiente de trabalho, caso seja pertinente. Ser específico em vez de genérico – em vez de dizer a alguém “você é...”, descreva seu comportamento em determinada situação. Ser focado nos comportamentos que o outro pode modificar, caso contrário, terá um colega de trabalho frustrado. Ser oportuno – dê um feedback logo após o comportamento em questão, porém, é importante observar a abertura do outro para ouvi-lo. Ser pontual – quanto mais objetivo for, mais impacto vai gerar e maiores as possibilidades de melhorias. Ser franco – quanto mais franqueza tiver na comunicação e menos enrolar, mais segurança você terá para falar a verdade.

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André R. Siqueira (Por e-mail)

Ser empresário é uma missão um tanto quanto solitária e terá que se acostumar com isso. Mas, lembre-se que problemas servem para ser solucionados e a equipe é contratada para isso, seja solucionar um problema dos clientes atendendo uma necessidade ou um desejo, ou na própria empresa. Sugiro que faça uma lista de todos os problemas existentes e depois divida os que são pessoais dos que são do negócio.

Trabalho em sistema de contrato há um ano, mas não me sinto confortável e gostaria de conseguir ser registrado em carteira. Qual a melhor maneira de chegar ao meu chefe e pedir isso? Susana Vieira (São Paulo - SP)

Sugiro que antes de conversar com seu chefe reflita como será o mundo corporativo em 2020. Trabalhar com prazer e liberdade para buscar a rea­lização sem perder de vista os resultados esperados tomará conta da nossa realidade. Os 30 dias de férias por ano perderão lugar para a possibilidade de tirá-las em qualquer período do ano. Você pode se perguntar: como vou pagar as contas no final do mês? Esse será o nosso desafio, aprender a lidar com a autonomia para saber dividir o trabalho com as outras áreas da vida e,

Os problemas pessoais você terá que resolver sozinho ou, até mesmo, com a ajuda de um terapeuta, dos amigos, da família ou com o apoio de um Coach. Já os que estão relacionados ao negócio, sugiro que identifique qual deles que a equipe pode ajudar a solucioná-los e compartilhe imediatamente com eles. De preferência, diga que tem um desafio “X” para ser superado e que conta com a ajuda deles. Aproveite para traçar planos de ação com a equipe e realize reuniões periódicas. Afinal de contas, eles são contratados para isso. Buscar informações é fundamental para empreender e tomar decisões de qualidade. Portanto, desafio você a buscar informações com a sua equipe para ampliar as suas opiniões. Trocar informações com o foco no aprendizado e no desenvolvimento torna uma equipe saudável. Tome cuidado para não reclamar com a equipe.

ainda assim, aumentar a rentabilidade com qualidade de vida. O que vai nos governar é a nossa própria responsabilidade. As hierarquias rígidas e autoritárias já estão perdendo espaço para outras mais flexíveis. Será a era da prestação de serviços, projetos de trabalho com prazos determinados, em muitos casos como freelance, no esquema colaborativo. A pergunta que não me cala é: você hoje está preparado para as tendências do futuro? Esqueça os valores fixos pagos mês a mês e aprenda a negociar uma remuneração por trabalhos realizados. Diga adeus ao holerite. Caso ainda queira ser registrado, a melhor forma é ser franco com o seu chefe e perguntar o que você precisa fazer para ser contratado no regime CLT e como a empresa pretende proceder com relação a você no futuro. O máximo que pode acontecer é ele dizer que não é possível.

divulgação

Sou dono de uma empresa de marketing direto e não tenho sócios, somente subordinados. Às vezes, sinto a necessidade de compartilhar problemas, compartilhar opiniões, mas tenho receio de fazer isso com funcionários. Até que ponto devo avançar nesse sentido?

Você está satisfeito com a profissão que escolheu? Não sabe qual especialização fazer? Pretende mudar de carreira? Para esclarecer essas e outras dúvidas, a partir de agora, o Coach Executivo e de Equipes, Conferencista em Desenvolvimento Humano e Diretor da UP Treinamentos & Consultoria, Carlos Cruz, responderá todo mês às perguntas dos leitores sobre o universo profissional. Não deixe de mandar suas dúvidas e sugestões!

“Meu desafio como Coach é estimulá-lo a encontrar as próprias respostas. Conte com as minhas reflexões e perguntas como respostas” Mande suas perguntas sobre carreira para o e-mail pergunte@fullcase.com.br Carreira&negócios • 41

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Vitrine

Cosméticos

Show de inovações

Hair Brasil: um recorde de 69 mil pessoas de diversas partes da América Latina marcaram presença na feira

9ª edição do Hair Brasil recebe 69 mil visitantes e apresenta novidades do mercado de estética

A

Feira Internacional de Beleza, Cabelos e Estética, a Hair Brasil, que aconteceu entre os dias 27 e 30 de março, fechou sua nona edição com chave de ouro, registrando o recorde de 69 mil visitantes profissionais que vieram de diversas partes do Brasil e de países da América Latina. Estimase que o movimento da feira tenha sido 3% superior ao da edição anterior, além de ter apresentado uma maior qualificação no perfil do evento: houve 7% de aumento na presença de distribuidores de produtos de beleza e 11% de aumento no número de proprietários e/ou administradores de salões de beleza. Para os expositores, que representaram 720 marcas de produtos profissionais, equipamentos e serviços, o resultado positivo nos números significou boas perspectivas de ne-

gócios e um interesse maior em ampliar a participação no evento. “Para 2011, prevemos crescer mais 20% em área de exposição”, acredita o diretor geral da Hair Brasil, Jeferson Santos. Outro destaque nesta edição foi a crescente internacionalização da feira, que contou com 40 empresas expositoras de países como EUA, Itália e China. Além de vendas para o Brasil, os americanos fecharam negócios com Chile, Paraguai, Argentina, Bolívia e México. Para 2011, a direção da Hair Brasil planeja dois novos projetos: uma campanha para aumentar a participação de cabeleireiros, distribuidores e profissionais da América Latina e a ampliação do programa de shows de tendências de moda em cabelo e maquiagem, com dez apresentações nacionais e internacionais. “Mais do que uma feira de lançamentos, a Hair

Brasil já se confirmou como um grande acontecimento no mercado brasileiro e latino-americano de beleza. Apresentou as novidades das mais importantes marcas internacionais de produtos, equipamentos e serviços para salões de beleza, clínicas de estética e spas e contou também com um amplo programa de atualização profissional, por meio de workshops, congressos, shows e seminários muito concorridos”, afirma Santos. C

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Tempo é dinheiro... eSaúde Ser bem-sucedido profissionalmente e ter horas vagas para outras atividades é possível sim. Especialistas no assunto explicam como tornar isso real por flávia ghiurghi CARREIRA&NEGÓCIOS • 45

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CAPA

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monólogo diário dos profissionais bem-sucedidos é quase sempre o mesmo: “Nossa, o tempo voa, já são cinco da tarde e não fiz metade do que tinha de fazer!” Mas, ao contrário do que se pensa, nem sempre a sensação do dia curto é sinal de trabalho em excesso. Na maioria das vezes, a indisciplina é a grande responsável pela impossibilidade de finalizar as tarefas do dia e, pior, realizar outras atividades como a prática de esportes, fundamental até mesmo para aumentar a produtividade no trabalho. “Hoje, saber conciliar carreira com vida pessoal tornou-se um assunto delicado. A competição acirrada exige um posicionamento mais ativo por parte dos profissionais. Dessa forma, somos obrigados a encarar processos de evolução do mercado com especializações, pesquisas e inovações constantes. Além disso, a mobilidade tecnológica permite a execução do trabalho em qualquer hora ou local, o que interfere, inevitavelmente, nos momentos que deveriam ser pessoais, e não profissionais”, avalia a consultora empresarial e diretora de Marketing da Marka Criativa – Marketing e Novos Negócios, Aline Santos, que orienta executivos na concepção de novas ideias, objetivando praticidade nos procedimentos do dia a dia dos funcionários ou setores. Entretanto, apesar de muitas pessoas acharem que precisam de mais do que 24h para concluir todas as tarefas planejadas, o dia pode ser bem mais rentável do que se imagina. “Pessoas que fazem bom uso de suas agendas costumam obter melhores resultados no trabalho e na vida pessoal. O segredo é concentrar suas energias nas tarefas prioritárias e planejar seu dia, sempre.

O ideal é saber utilizar o tempo de forma sábia, definindo e resolvendo as prioridades; analisar de forma crítica suas tarefas diárias, a fim de excluir atividades circunstanciais que se definem por interrupções e tarefas desnecessárias” ALINE SANTOS, CONSULTORA EMPRESARIAL E DIRETORA DE MARKETING DA MARKA CRIATIVA

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Essa é a melhor forma de conseguir um bom aproveitamento do seu tempo”, afirma o consultor, especialista em organização pessoal e produtividade no trabalho e criador da OZ! Organize sua Vida – www.organizesuavida.com.br, José Luiz Cunha. Segundo a diretora da divisão de outplacement da Career Center, especializada em Recursos Humanos e Gestão de Carreiras, Vera Vasconcellos, fatores como planejamento, disciplina, organização, objetividade e estabelecimento de prioridades são determinantes para gestão pessoal e profissional. Entretanto, seguir estes fatores à risca é essencial para que o dia seja tão longo quanto se espera. “Um planejamento semanal bem elaborado pode cair por terra quando as atividades diárias preestabelecidas são deixadas de lado por motivos circunstanciais ou urgentes, que atrapalham a produtividade”, explica o especialista em administração de tempo e produtividade, fundador da Triad PS, empresa multinacional especializada em programas e consultoria na área de produtividade, colaboração e administração do tempo, Christian Barbosa. Mesmo com as dicas desses especialistas, você, leitor, deve estar pensando que não é nada fácil administrar a questão do tempo com tantos compromissos e pressões do dia a dia. Apesar da questão ser um paradoxo, é preciso nos gerenciar, o que requer planejamento. Afinal, pessoas estressadas não rendem no trabalho e negligenciam a qualidade de vida. E definitivamente não é isso que as empresas querem. O cansaço gera erros por falta de atenção, inibe a inovação e causa, inclusive, dificuldade para trabalhar em grupo.

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CAPA

Produtividade

O tempo a

seu favor! 1 2 Avalie o tempo necessário e estabeleça limites

Estabeleça prioridades

Faça uma matriz de prioridades identificando a importância e urgência de cada atividade. Geralmente a tendência é a urgência se sobrepor à importância. Acontecimentos urgentes sempre têm vínculo com prioridades e prazos de outras pessoas. Enfoque coerentemente suas prioridades.

Não trabalhe mais horas só porque não consegue ter o trabalho pronto. Estabeleça prazos para tarefas e informações. Aprenda a gerir o tempo e usar as horas que dispõe da forma mais produtiva possível, depois vá para casa e descanse.

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Planeje o seu dia

Antes de sair, planeje o seu próximo dia de trabalho. Você terá uma excelente sensação de estar com as coisas controladas. Siga seu planejamento, com flexibilidade.

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Não trabalhe mais horas do que os outros

Preocupe-se em mostrar resultados no período de trabalho. Você terá o reconhecimento do seu chefe como uma pessoa que age rapidamente e entrega os resultados que a empresa necessita, não perdendo tempo com coisas insignificantes.

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Delegue tarefas

Não deixe de delegar as atividades. Tenha clareza na comunicação e certifique-se de que foi entendido no que delegou.

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Tenha disciplina

Aprenda a dizer “não” em certas situações. Utilize o telefone sem exageros e evite interrupções durante reuniões.

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Se organize Evite o acúmulo de papéis, organize sua mesa de trabalho.

Fonte: Career Center, consultoria especializada em Recursos Humanos e Gestão de Carreiras

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Cheque diariamente seus resultados Inicie, vença as tarefas e conclua o dia positivamente.

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Tome nota Sempre anote todas as suas atividades diárias. Tenha uma agenda e, se possível, auxílio da secretária.

Tenha objetividade

Em todas as circunstâncias, como em reuniões, telefonemas e e-mails. Estabeleça uma comunicação breve e objetiva (oral e escrita).

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Respeite seu relógio biológico

Permita-se momentos de lazer. Estabeleça tempo para atividades isoladas, como elaborar ideias.

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CAPA

Produtividade

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Perigo Constante E-mail Manter o Outlook ou o webmail aberto o tempo todo aumenta o nível de interrupções durante o trabalho. Isso porque o profissional acaba adquirindo o hábito de monitorar sua caixa o tempo todo, interrompendo e desorganizando a execução das suas atividades. “Recomendo definir períodos para lidar com as suas mensagens sendo que no resto do tempo a caixa deve ficar fechada”, conclui Barbosa. No entanto, quando for a hora de checar os e-mails, concentre-se nesta tarefa e esforce-se para deixar sua caixa de entrada vazia. “Os e-mails devem ser respondidos o quanto antes. Nunca deixe acumular mensagens não lidas”, reforça Cunha.

Redes sociais Twitter, Facebook, Orkut... Hoje em dia quase todo mundo possui um perfil em alguma rede social, mas ficar o tempo todo checando mensagens, fotos e recadinhos virtuais faz o dia ficar ainda mais curto, já que as tarefas principais acabam ficando para trás. “Controle a ansiedade de ficar conectado a essas redes. Utilize eventuais intervalos no dia ou o horário de almoço para atualizar seu blog ou consultar as mensagens deixadas no seu perfil”, alerta Christian Barbosa. Já Aline não acredita que redes sociais possam ser prejudiciais, desde que se preze a qualidade das mensagens e não a quantidade. “Um exemplo claro é o Twitter. Muitas pessoas são inconvenientes ao postarem informações segundo a segundo. Temos que utilizar estas redes de forma eficiente, prezando sempre pelo marketing pessoal”.

Falta de clareza nas tarefas Ter a noção exata das atividades a serem feitas ao longo do dia (pelo menos 80% delas) é importante para que sejam cumpridas em sua totalidade, sem que se corra o risco de acumular tarefas para o dia seguinte. “Quando não temos nossa agenda organizada, com nossas tarefas bem planejadas, fica difícil até saber por onde começar, o que acaba atrapalhando o andamento das atividades do dia inteiro. Se não tiver essas atividades muito bem definidas, a chance de se perder em tarefas circunstanciais é muito maior”, avalia Cunha. Aline Santos aponta ainda a má orientação de gestores como um fator para a falta de rumo na realização de tarefas. “Se o gestor não indica corretamente o caminho, é certo que o profissional se perderá”.

Interrupções Elas são como imprevistos: impossíveis de evitar. Mas se as interrupções estão se tornando constantes, é hora de rever alguns detalhes. Primeiro, fazer uma lista das interrupções mais comuns e pensar em soluções que possam eliminar ou reduzir o efeito de cada uma delas. Além disso, priorize o que é importante: não dá para atender a todos os favores que te pedem ou aceitar a todos os convites que te façam. “Todos estamos sujeitos a imprevistos, mas a pessoa que tem o seu dia planejado e suas tarefas claras fica menos sujeita a ter problemas”, avalia Cunha. “Para crescer profissionalmente é necessário separar o profissional da vida pessoal. Realmente isso não é uma tarefa fácil. Evite valorizar demais pequenos problemas, trabalhe e viva com disciplina. O segredo é sempre buscar uma solução para aquilo que lhe incomoda”, conclui Aline.

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Conheça os itens que matam a produtividade, segundo Aline Santos, da Marka Criativa, José Luiz Cunha, da OZ! Organize sua Vida, e Christian Barbosa, da Triad PS

Falta de foco Reuniões Uma pesquisa feita pela Triad Consulting demonstra que 1/3 das reuniões podem ser evitadas. Ou seja, quanto menos, melhor. Quando for escalado ou mesmo quando pensar em organizar uma reunião, certifique-se de que ela é realmente necessária. Mas caso seja inevitável, o segredo é ser objetivo, definir pontos de discussão e fazer a reunião ter a duração máxima de duas horas. Segundo Cunha, o ideal é se preparar antes, saber quais serão os participantes, que assuntos serão abordados, etc. “Evitar vésperas de feriado ou finais de semana também ajudam na concentração e inibem a ansiedade”, lembra Aline.

Dar início a uma tarefa e, antes de finalizá-la, começar outra é típico de quem não consegue se focar em uma única atividade. A desorganização é o principal fator que impulsiona essa falta de foco e concentração. “Procure manter sua mesa limpa e organizada, com o mínimo de atrativos que possam despertar a distração facilmente. Uma pessoa que tem o costume de trabalhar em espaços desorganizados ou mesas bagunçadas perde, em média, uma hora e meia por dia procurando documentos e objetos ou ainda sendo distraído por eles. Isso pode chegar a sete horas e meia por semana! O segredo é trabalhar em um projeto de cada vez, sempre finalizar as tarefas que começou e evitar a dispersão. Quanto menos estímulos externos, melhor a capacidade de focar na atividade principal”, diz Cunha. Para Aline Santos, mais importante do que focar apenas nas atividades profissionais é se concentrar nos objetivos pessoais.

Navegador cheio de favoritos Mensagens instantâneas Messenger, Wave, GTalk, etc. Segundo Barbosa, a regra é simples: está ocupado? Fique com status invisível ou offline. Está tranquilo? Fique ausente ou ocupado. Está com tempo para conversar? Fique disponível. “A melhor forma de usufruir os benefícios da mensagem instantânea é usála somente para a solução de problemas ou busca de informações realmente necessárias”, acrescenta Aline.

“Você abre seu browser para ir em um site, esbarra na lista de favoritos e começa a surfar por outros portais? Instale um novo navegador (sugiro o Safari) e não importe os seus favoritos. No novo browser, com a lista de favoritos zerada, você perde a tentação de ficar navegando a toa”, aconselha Barbosa. Aline também indica o uso do navegador Safari. “Com a lista totalmente zerada, você evita ser surpreendido pela ansiedade, o que diminui suas chances de navegar em sites de forma desnecessária”.

Esgotamento físico e mental Cansaço e indisposição são fortes influenciadores na hora da concentração. Para Barbosa, a falta de “energia” rouba muitas horas do dia e faz a pessoa “surfar” em atividades circunstanciais. “Tenha uma alimentação saudável baseada em legumes, frutas e verduras; pratique exercícios físicos e tenha hobbies. Enfim, busque alternativas que eliminem a fadiga. Uma dica interessante é definir um cronograma ou uma lista semanal organizando as tarefas prioritárias e o tempo disponível para a saúde e o bem-estar. Ter uma vida saudável é fundamental para o equilíbrio emocional e para a qualidade de vida”, ressalta Aline.

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CAPA

Produtividade

Como ter

qualidade de vida

Qualidade de vida não é algo que se encontre à venda na farmácia, na livraria, na academia, na empresa ou em qualquer lugar. Qualidade de vida é algo que está dentro de você, talvez adormecido, mas que só você pode descobrir e despertar. É uma questão de reflexão, mudança e atitude pessoal. Pense por alguns minutos com bastante sinceridade nas perguntas abaixo: • Quanto tempo você tem dedicado para as pessoas importantes da sua vida? • Como anda sua saúde? O que você pode fazer para melhorar? • O que você gostaria muito de fazer, mas falta tempo? • Que lazer você gostaria de adicionar à sua vida? O que lhe impede hoje?

• O seu trabalho proporciona meios de alcançar seus objetivos pessoais? Quanto isso custa à sua vida pessoal? • Se tivesse 80 anos de idade, você se arrependeria da sua situação atual de vida? O que você mudaria? • Quanto tempo você tem para você mesmo? Para fazer as coisas que você gosta?

Talvez você não tenha gostado muito das suas respostas, talvez algumas perguntas tenham trazido um certo desconforto ou inquietação ou talvez tenham gerado até uma certa tristeza, mas a mais importante de todas as perguntas é: até quando você vai permitir isso?

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CAPA

Produtividade

Você é a única pessoa capaz de definir o seu sentido de qualidade de vida. Para alguns pode ser morar perto do trabalho, fazer academia todos os dias, ter dias reservados para reuniões familiares, apaixonar-se por uma pessoa diferente, ter um ambiente de trabalho saudável, não trabalhar segunda-feira, acumular dinheiro, mudar de emprego, fazer meditação, alimentar-se melhor, etc. Algumas pessoas vivem buscando algo que simplesmente nunca conseguem atingir. Reclamam que estão estressadas e que falta qualidade de vida. Essa busca acaba implicando em tantas mudanças que muitas vezes é mais cômodo ficar na nossa zona de conforto. Acredito que mais vale viver a vida mudando e lutando por algo melhor do que ficar à mercê das circunstâncias impostas por ela. Se você não mudar, ninguém fará isso por você, portanto, se você acha que precisa ter mais qualidade de vida, comece hoje a pensar seriamente em algumas mudanças. Veja algumas dicas: • Estabeleça um objetivo específico e que ajude a melhorar sua qualidade de vida neste mês. Pode ser uma simples ação, como dormir mais cedo, o importante é entrar no movimento da mudança. • Converse com você mesmo, com seus familiares e descubra o que poderia trazer maiores benefícios coletivos. Conheço casais que adotaram um dia da semana para se dedicar à paixão, outros que se dedicam aos filhos. Pense no coletivo. • Adote um novo método de trabalho que melhore

sua produtividade: diminua suas reuniões na sextafeira; reduza os horários de leitura de e-mails; comece a dizer “não” e evite se sobrecarregar; converse com seu chefe sobre suas necessidades. Se nada adiantar, pode ser um momento de pensar em trocar de trabalho, quem sabe? • Estabeleça semanalmente pelo menos uma atividade para que você entre em equilíbrio nas suas áreas: física, mental, emocional e espiritual. • Sorria mais, sonhe mais, mude mais e reclame menos!

Um planejamento semanal bem elaborado pode cair por terra quando as atividades diárias preestabelecidas são deixadas de lado por motivos circunstanciais ou urgentes, que atrapalham a produtividade” CHRISTIAN BARBOSA, DA TRIAD PS

Fonte: Christian Barbosa, especialista em Administração de Tempo e Produtividade, fundador da Triad PS, empresa multinacional especializada em programas e consultoria na área de produtividade, colaboração e administração do tempo

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Legislação&negócios Artigo Por José Celso Martins *

As micro e pequenas empresas e o registro de marca A

s marcas são sinais de identificação que fazem a distinção entre outros produtos similares. A marca pode tornar-se um patrimônio importante para o empresário que souber desenvolver e utilizar este direito reconhecido mundialmente. Elas podem ser nominativas, emblemáticas ou mistas. Hoje, a sociedade se tornou extremamente visual e as marcas representadas por sinais e emblemas ganham cada vez mais espaço e podem representar um produto ou uma empresa. O reconhecimento do direito à utilização de uma marca e, mais do que isso, a possibilidade de protegê-la em face de terceiros reside no registro que deve ser realizado junto ao INPI. O registro é feito por meio de um processo administrativo e para sua efetivação exige o pagamento de taxas do serviço de pesquisa, registro e publicação no site e na revista do INPI. Existem escritórios especializados para a realização destes processos, bem como para prestar assistência de pesquisa para que outra pessoa não venha indevidamente fazer uso da marca registrada. A empresa que obtiver o registro jun-

to ao INPI terá proteção em todo o território nacional, sendo que o uso indevido da marca registrada significa a possibilidade de uma ação penal em face daquele que indevidamente dela se utilizar, além da ação indenizatória que poderá ser proposta para o ressarcimento de prejuízos que possam ter ocorrido.

que possa ser identificado e reconhecido no mercado consumidor. Importante ressaltar que somente haverá proteção jurídica da marca se esta estiver regularmente registrada junto ao INPI. A partir do momento em que existe o depósito do pedido de registro, já existe a proteção do direito que se tornará efetivo após o regular registro. A Lei 9.279/1996 regulamenta o registro e o uso das marcas no Brasil, sendo este um direito que também ampara o estrangeiro que tenha marca reconhecida mundialmente. Uma vez realizado o registro, este pode ser renovado a cada 10 anos, porém, se não for utilizado, pode sofrer um processo de caducidade. Portanto, o direito à marca está atrelado à sua utilização na sociedade. Os empresários devem estar atentos a este direito que poderá fazer toda a diferença no resultado final de seu negócio, pois a criação de uma marca distingue o seu produto dos demais concorrentes. Além do que, a marca poderá vir a ser, no futuro, patrimônio significativo para a empresa. C

“Em um mundo globalizado, este direito tornou-se importante não somente para o reconhecimento da empresa e de seus produtos, mas muitas vezes para a sua própria sobrevivência...” Em um mundo globalizado, este direito tornou-se importante não somente para o reconhecimento da empresa e de seus produtos, mas muitas vezes para a sua própria sobrevivência, pois a sociedade consumidora, hoje, considera muito a existência da marca antes de adquirir um produto ou serviço. Portanto, parecenos imperioso que aquele que pretende fincar seus produtos e sua empresa no mercado deva também se preocupar com a criação e o registro de sua marca para

*José Celso Martins é advogado, pedagogo, mestre em Direito Político e Econômico e especialista em Direito Empresarial pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, professor da Faculdade de Direito da Universidade Metodista de São Paulo, presidente do TASP - Tribunal Arbitral de São Paulo e autor do livro “Arbitragem, Mediação e Conflitos Coletivos do Trabalho”. E-mail: arbitral@uol.com.br

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EXPRESSÃO Potencial

Com a faca e o nas mãos

O papel do profissional e o futuro para as organizações das ferramentas de marketing e comunicação Por Roberto Alonso*

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ue a comunicação é a base do conhecimento já há certo consenso. Sem os recursos que a comunicação oferece, toda informação, toda a descoberta e a integração entre os seres humanos seriam perdidas e, claro, voltaríamos aos tempos da compreensão por grunhidos. Só por esta razão, a comunicação torna-se cada vez mais essencial. O que me parece desconfortável, sob a luz desta reflexão, é a questão da era em que as empresas se situam quando o assunto é a comunicação. Agrava-se, quando o assunto assume uma perspectiva para a comunicação integrada de marketing. Pois bem, o fato de que a grande maioria das empresas deixa de explorar todo o potencial de marketing, debilitando os seus diferenciais de marca e a consequente contribuição para o aumento de receitas e resultados, é sintomático e, no mínimo, preocupante. Os habituais descompassos entre um discurso institucional e de produto, entre a área financeira e a área comercial, entre os seus diversos públicos (leia-se colaboradores, consumidores,

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imprensa, comunidade, governos, etc.) comprometem, sobremaneira, as organizações e, por consequência, os seus executivos. Por que isso ocorre com tamanha frequência? São várias causas possíveis e, muitas delas, recorrentes. Por um lado, a organização pouco se volta ao mercado, o marketing não assume a condição de influência na alta gerência e suas opiniões pouco são consideradas, seja por desconhecimento da alta direção, seja por pouca participação nos planos estratégicos das empresas, funções desempenhadas por outras áreas como finanças, administração e produção. Em casos mais comuns e, curiosamente mais corriqueiros, o marketing, quando muito, participa com pouca influência na gestão do portfólio, na sua criação, nas escolhas e na definição das características dos produtos. Como agravante, existe a percepção de que os gestores de marketing são ótimos técnicos e não são vistos como participantes do pensamen-

to estratégico, sofrendo, estes profissionais, de falta de credibilidade (ainda mais se considerarmos o ROI – Return On Investment ou Retorno Sobre Investimentos, como fator de capacidade gerencial). Aos demais setores, falta a sensibilidade para a recepção de novas ideias e para a relativização da importância da marca. Branding para estas organizações é um conjunto de atividades importantes, mas apenas no papel, sem aplicação prática. Baseada nestas constatações, a comunicação, nestes casos, é apenas a atividade de transmissão das vontades de grupos pouco afeitos aos interesses institucionais, numa clara falta de visão corporativa, e onde esses interesses assumem um ar individualista. Parece que a vida corporativa dos profissionais de marketing e comunicação não tem solução, e a empresa está condenada ao fracasso. Não, óbvio que não. Aliás, não temos tendências a sermos arautos do apocalipse. O que se pretende, nesse caso, é alertar para a importância de um programa de comunicação integrada que se desenvolva a partir das demandas de mercado e que se estabeleça pela visão estratégica e de áreas estratégicas. Assim, assumem importância fundamental as áreas de relacionamento com os diversos públicos e, principalmente, com os consumidores. Como iniciar o fortalecimento de uma estrutura baseada em visão mercadológica? O primeiro ponto é estabelecer os objetivos organizacionais e instituir ferramentas e tecnologias de marketing para implantação. O sistema de informações de mercado e inteligência estratégica tem papel relevante nesta fase, pois contribui decisivamente para a criação de percepções positivas e para o discernimento para a carteira e sinergias da empresa em suas diversas esferas decisórias.

Conhecer o mercado e a estratégia organizacional são as bases fundamentais para definir o que se pretende, como se pretende, quando e onde se pretende comunicar. A mensagem é parte importante, mas a forma é primordial, bem como a unicidade dos discursos entre todas as áreas. A organização, a empresa, é única em posicionamento. Por esse caminho de fortalecimento institucional e de marca, passam questões de cultura organizacional, de transformação da antiga orientação para o produto e para os custos visando uma nova orientação para o mercado, para os clientes. A comunicação integrada de marketing, com base nas diversas ferramentas, sejam elas tradicionais como relações públicas, propaganda, comunicação interna, ou as novas mídias, como Internet, redes sociais, web marketing, pode garantir a eliminação das dissonâncias cognitivas e substanciar o fortalecimento da marca. Pode-se, portanto, começar com a valorização dos profissionais das áreas de marketing e comunicação. Mas não se pode esquecer que mar­ keting não é apenas o departamento nem a atividade deste departamento. Marketing é uma filosofia empresarial, uma cultura que deve ser incorporada por todos os departamentos da organização. É um estado de espírito organizacional que cria diferenciais competitivos, que preserva organizações, que ganha mercados e perpetua marcas. Saber comunicar é sair da idade dos grunhidos e entrar na era da interação, diferenciando a organização de seus concorrentes e diferenciando os seus executivos dos tecnicismos burocráticos que emperram a evolução. C *Roberto Alonso é consultor na FIA e professor de Pós-Graduação, diretor da consultoria Roseta&Alonso Comunicação e Marketing, membro do conselho do Instituto GESC e vice-presidente de relações institucionais da AMBA-FIA. roberto.alonso@radic.com.br

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Baú Corporativo Turismo

Tradição e

modernidade Por flávia ghiurghi*

O modelo de negócio e as perspectivas da rede de hotéis Transamérica, que registrou um aumento significativo em 2009 Por flávia ghiurghi

F

oi no ano de 1972 que a Cia. Transamérica de Hotéis São Paulo foi fundada com o objetivo de fortalecer o turismo no Brasil, implantando uma infraestrutura de ponta e desenvolvendo estratégias diferenciadas para a indústria hoteleira. A cidade de São Paulo foi escolhida para sediar o primeiro empreendimento, o Hotel Transamérica São Paulo, inaugurado em novembro de 1985 e localizado na região industrial de Santo Amaro. “À época da fundação do hotel, gerou-se uma polêmica em torno da localização, visto que os hotéis de nível internacional, com categoria cinco estrelas, estavam restritos ao eixo centro – Avenida Paulista. Porém, centrado em sua filosofia pioneira, o grupo acreditou nas promissoras perspectivas da região de Santo Amaro, que apresentava uma oferta

de terrenos de grande porte necessária para a expansão da cidade e facilidades de acesso”, lembra o diretor do Hotel Transamérica São Paulo, Claudio Bonuccelli. Segundo o executivo, o empreendimento resultou na inovação de diversos conceitos da hotelaria no Brasil, um deles, a implementação das áreas de eventos, uma estratégia, até então, inédita no País. “Hoje, o hotel faz parte do maior complexo de eventos da América Latina ligado à hotelaria, juntamente com o Transamérica Expo Center e o Teatro Alfa”, ressalta Bonuccelli. No ano seguinte, o Grupo já criava o hotel Transamérica La Residence, localizado no bairro Jardim Europa, também em São Paulo. Neste ano, o Grupo passou por uma importante reestruturação que resultou em um novo modelo de negócio

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Todo o conforto e infraestrutura do Hotel Transamérica Ilha de Comandatuba em uma das regiões mais paradisíacas

FOTO: EDI PEREIRA

e reposicionamento, tanto de mercado quanto de marca. Agora, chamada de Transamérica Hospitality Group, a empresa administra 3.120 apartamentos por meio de uma única central de reservas, distribuídos em 17 empreendimentos espalhados em quatro cidades brasileiras. Os hotéis próprios e a administradora de hotéis Transamérica Hospitality Group pertencem ao Grupo Alfa, um conglomerado composto por empresas que atuam tanto na área financeira, como o Banco Alfa e o Banco Alfa de Investimento, quanto no segmento não financeiro, através das empresas Agropalma, Águas Prata, C&C (Casa & Construção), Instituto Alfa de Cultura, La Basque, Rádio Transamérica, Vera Cruz Empreendimentos Imobiliários e Transamérica Expo Center.

Regalias aos clientes

O Grupo oferece uma série de diferenciais para garantir conforto e segurança ao hóspede. O Hotel Transamérica São Paulo, por exemplo, não cobra nenhuma taxa pelo uso da Internet em suas dependências. Em todas as áreas sociais, apartamentos, salas de eventos e restaurantes existe cobertura indoor Internet wireless, com sinal aberto não só para hóspedes, mas liberado a todos os frequentadores dos restaurantes e participantes de eventos. Os apartamentos e as salas de eventos contam ainda com a oferta de Internet cabeada, que permite conexões de maior performance. Para aqueles que não viajam com seus equipamentos portáteis, o Hotel Transamérica São Paulo oferece um local dotado de computadores para acesso à Internet, o Cyber Point, também sem custos extras. Os hóspedes também podem usufruir de toda a área de lazer, como o Health Club, piscina e pista de cooper.

Para 2010, o Transamérica Hospitality Group está investindo em um plano de expansão que inclui novos empreendimentos com data de inauguração prevista para outubro deste ano” No Hotel Transamérica Ilha de Comandatuba existe ponto de Internet em todos os quartos, disponibilizado gratuitamente, e wireless no lobby. Além disso, o hotel conta com pensão completa inclusa na diária, monitores para crianças maiores de quatro anos e mais de 80 opções de lazer. Em datas especiais como Natal e Réveillon, uma programação especial incluindo shows­ é disponibilizada gratuitamente ao hóspede. “O novo posicionamento do Transamérica Hospitality Group prioriza o conforto do hóspede. É exatamente esse benefício que a rede proporcionará aos hóspedes: a garantia de bem-estar. Em um curto espaço de tempo, todos os produtos e serviços terão o foco em qualidade de vida. Para citar, a exemplo disso, não haverá mais fitness center e, sim, wellness center”, diz Garrido.

Novas perspectivas

Para 2010, o Transamérica Hospitality Group está investindo em um plano de expansão que inclui novos empreendimentos com data de inauguração prevista paPioneirismo: ao contrário de outros hotéis de cinco estrelas que escolhiam o eixo centro-paulista para se instalar, Hotel Transamérica acreditou na promissora região de Santo Amaro Carreira&negócios • 59

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Baú Corporativo Turismo

Quem está à frente da Rede de Hotéis Transamérica Fundação Getulio Vargas e pós-graduou-se em Marketing Estratégico empresarial na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Iniciou carreira na Cargill Agrícola S/A, mas a atuação administrativa o levou para gestão de vendas no Citibank, onde desenvolveu carreira de trainee à diretoria regional.

Claudio Bonuccelli – diretor do Hotel Transamérica São Paulo, tem 49 anos e é graduado em Engenharia Agronômica na ESALQ/USP. Seguindo a formação acadêmica, graduou-se em Administração e Marketing pela

Em 2006, Claudio Bonuccelli assumiu a direção comercial e de marketing dos Hotéis Transamérica São Paulo e Ilha de Comandatuba (BA), e desde março de 2010 atua exclusivamente para a diretoria da gestão São Paulo, com o novo desafio de reforçar as ações promocionais, investir em comunicação, treinamento, programas de formação e aprimoramento dos serviços. A atuação focada no Hotel Transamérica São Paulo dará prioridade à sustentação e incremento do crescimento de receitas realizado nos últimos quatro anos.

Heber Garrido – 46 anos, já foi professor do curso de Pós-graduação de Gestão Hoteleira na FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado, no módulo de Marketing e Vendas. Assumiu a direção da rede de hotéis administrados, a atual Transamérica Hospitality Group, em junho de 2009. O executivo já havia atuado na rede Transamérica, no empreendimento de Comandatuba, entre 2000 e 2003, quando foi para a rede Bourbon, retornando ao grupo Transamérica em 2007. O principal foco de trabalho do executivo nesse momento é a expansão da rede de hotéis administrados, que possui 17 empreendimentos espalhados pelo Brasil. Mais recentemente, assumiu a diretoria comercial do Hotel Transamérica Ilha de Comandatuba.

ra outubro deste ano. Em breve, segundo Heber Garrido, será anunciada a abertura de cinco novos hotéis em Recife, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre e Rio de Janeiro. A empresa também anunciou o investimento de R$ 2 milhões em uma nova plataforma tecnológica proprietária, batizada de pHoTon, que irá operar em todas as unidades hoteleiras. “Também teremos o lançamento de novas campanhas de comunicação e posicionamento de marca e maior relacionamento com o trade turístico”, completa Garrido. Desde que assumiu a operação do Hotel Transamérica São Paulo, o diretor Claudio Bonuccelli registrou crescimento da ordem de 54% até 2009. “Para o hotel, que é pautado por grandes eventos, o início do ano já se mostra fortemente positivo. Passado o primeiro trimestre de 2010, o Hotel Transamérica São Paulo apresentou recorde de eventos realizados nessa época do ano. Até o mês de março, o crescimento apresentado nas principais receitas foi de 38% em relação ao mesmo período de 2009. A projeção para o mês de abril é ainda superior: 46% em relação a abril de 2009. Já o Hotel Transamérica Ilha de Comandatuba cresceu 18% em 2009 em relação ao ano anterior. “O cenário de natureza exuberante, a variedade de opções de lazer e relaxamento e o padrão de qualidade de serviços especiais, como os voos fretados, são algumas das razões que ajudaram a consolidar este crescimento”, afirma Heber Garrido. Segundo ele, somente entre o Natal passado e o carnaval, vinte voos fretados desembarcaram no resort, somando mais de 3.300 hóspedes no período. Para Garrido, a meta do Transamérica Hospitality Group em 2010 é ultrapassar R$ 100 milhões em faturamento, o que representa um crescimento de 22% em relação ao ano de 2009. A projeção para a taxa de ocupação de 2010 é de 67%, superando em seis pontos os 61% já conquistados no ano anterior. C

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Quem são eles?

Lançamento

Pitada de

inovação Empresários apostam em site de relacionamento para troca de experiências entre profissionais de gastronomia e amantes da culinária gourmet

Orkut, Twitter, LinkedIn, Plaxo, Facebook... Cada vez mais as redes sociais se proliferam no universo virtual. Mas os internautas que apreciam a culinária ainda sentiam falta de um espaço dedicado exclusivamente à atividade da gastronomia. Sentiam! Em novembro de 2009, os empresários Felipe Perlino e André Svartam criaram o +QueReceitas,

primeiro site de relacionamento voltado aos profissionais de gastronomia e amantes da culinária gourmet. Desenvolvido para promover a troca de experiências entre usuários por meio do compartilhamento de conhecimento e informação sobre o tema, o projeto tem um foco diferente das outras redes: segundo Perlino, diretor executivo do site, o +QueReceitas é o único local onde os usuários produzem conteúdo de forma mais estruturada, ou seja, transmitem conhecimentos e experiências pessoais por meio de artigos ou receitas, dentre outros, com um começo, meio e fim. “Isso permite que outras pessoas aprendam a partir do conteú­do publicado, característica que não ocorre nos demais sites de relacionamento. Nestes locais, é muito mais frequente a troca de opiniões e mensagens mais curtas, que não chegam a constituir um guia estruturado de transmissão de conhecimento e experiência”, afirma Perlino. Embora existam outros sites vol-

tados à gastronomia, nenhum deles, segundo Perlino, assemelha-se ao +QueReceitas, já que este é o único site de relacionamento 100% focado em aprendizado gastronômico. “Os demais sites dividem-se basicamente em dois grupos: de um lado, existem os poucos interativos de receitas e gastronomia em geral, e de outro, os de relacionamento, focados em indicação e avaliação de restaurantes, mas direcionados em promover o aprendizado gastronômico”. A ideia de criar o +QueReceitas surgiu do sócio André Svartam que, na época, trabalhava na Unilever Food Solutions e sentia falta de um veículo que “falasse” com o público profissional de gastronomia. “Decidimos investigar este mercado e descobrimos que não só o público profissional era carente de um veículo que pudesse oferecer conhecimento e informação gastronômica, mas como também não havia nenhum site de relacionamento para este fim”, lembra Svartam. C

Quem são eles? Felipe Perlino é formado em Economia pela USP (Universidade de São Paulo) com especialização em Economia Europeia e espanhola pela Universidad de Salamanca na Espanha. Atuou na área de Desenvolvimento de Novos Negócios do Grupo Abril. Além de atuar como diretor-executivo no site +QueReceitas, Felipe trabalha no desenvolvimento de outros portais e como consultor de negócios na web.

André Svartam é graduado em Comunicação Social e Marketing pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), atuou em cargos de liderança no marketing de grandes empresas como Danone e Unilever. Além de dirigir o marketing do +QueReceitas, André atua hoje no marketing de shoppings e é voluntário num programa educativo com jovens carentes na ONG “A Casinha” filiada ao instituto Fernand Braudel de economia social.

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Esporte&Negócios

Artigo

Por marco aurelio klein *

Gelado é mais gostoso? O

início do ano esportivo na TV sempre é um pouco modorrento como os dias de muito calor, sobretudo na televisão aberta. Um pouco de futebol júnior da tradicional Copa São Paulo e depois estaduais e suas bizarras fórmulas de disputa. Nos canais fechados a retomada da badalada Champions League, do prestigiado campeonato inglês, do combalido italiano, bem como das estrelas do espanhol. Para os mais exigentes, tem tênis, com o primeiro dos quatro torneios que compõem o ambicionado Grand Slam: o Aberto da Austrália. E a F1. Nada mal para este ano; ano de Copa do Mundo. Porém, 2010 trouxe novidade. A Rede Record, dona dos direitos exclusivos para transmissão da Olimpíada (chamadas de verão) de Londres, precisou mostrar também a Olimpíada de Inverno, disputada na bonita Vancouver, no Canadá. Menores do que os jogos de verão, os de inverno até agora estavam fora da televisão aberta. Além da tradicional cobertura do SporTV, desta vez houve grande espaço na Record, canal aberto, com atenção nos noticiários, transmissão ao vivo das melhores provas e sempre com explicações sobre as modalidades. Aproveitando a obrigação de cobrir ao vivo, a rede paulista montou uma megaequipe aqui e no Canadá e um estúdio lá, merecedor da

atenção das emissoras estrangeiras. Mas, afinal, por que uma rede brasileira investiria tanto para mostrar modalidades desconhecidas no país? Para a Record e a SporTV não poderia ser melhor: os telespectadores à medida que foram descobrindo as emoções do gelo foram engrossando a audiência. Carrinho de gibi voando dentro de um meio tubo de gelo (e um acidente fatal com um atleta da Geórgia, na véspera da abertura), o bobsled, ou o skeleton, no qual o atleta desce o mesmo meio tubo de gelo num tipo de

“(...) por que uma rede brasileira investiria tanto para mostrar modalidades desconhecidas no país?” prancha, com o nariz triscando o gelo, a mais de 150 km por hora. Uau! E o que dizer da patinação em velocidade, do esqui, das paisagens na montanha, do lindo espetáculo da patinação artística. Coisas diferentes, ousadas, de risco, com roupas e equipamentos belos e elegantes. Esquisitos! Jogos praticamente sem atletas brasileiros, materializando a famosa frase de que o importante é mesmo participar. Com o dono da casa, o Canadá, batendo favorito em

* MARCO AURELIO KLEIN é professor de Marketing da FGV e diretor de Excelência Esportiva no Ministério do Esporte (klein@uol.com.br)

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cima de favorito, que o digam noruegueses, alemães e americanos, tradicionais papões de medalhas de ouro do gelo. A torcida vibrando muito pelos vencedores e respeitando os competidores derrotados. Canadá superando os EUA, em provas de muita adrenalina, como a final do hóquei no gelo, na prorrogação de um jogo de colocar em perigo o mais são dos corações. Delírio nas cadeiras. Delírio no Canadá. Delírio no mundo. Mas nada mais sensacional do que o curling, o simpático esporte criado na Escócia. Ah! Estes britânicos inventores de esporte desta vez se superaram. Quem vê pela primeira vez não pode imaginar que homens (ou mullheres), roupas curiosas – como a calça arlequim da Noruega – deslizem numa pista de gelo para arremessar um granito, que lembra uma chaleira, pesando mais de 20 quilos, em direção a um tipo de alvo, enquanto dois de seus colegas de time vão à frente da “chaleira” com duas vassourinhas tratando de direcionar a pedra, literalmente esfregando a superfície de gelo. Nas cadeiras, a torcida vibrando muito a cada grande jogada. Fantástico este curling, no qual o Canadá ganhou no masculino e no feminino. Como já acompanho jogos de inverno em geral e curling em particular desde 1998, o que quero mesmo é fundar a Federação Paulista de Curling. Topam? C

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OLHAR RESPONSÁVEL

Meio ambiente

Por FLÁVIA GHIURGHI

P

ara atender a uma das maiores demandas do mundo contemporâneo, construtoras e incorporadoras vêm apostando cada vez mais em projetos imobiliários que respeitem o meio ambiente por meio da adoção de ações sustentáveis. Apesar dos desafios que essas corporações enfrentam, como os altos custos com obras envolvendo estratégias sustentáveis, o retorno é garantido tanto à natureza como à satisfação do cliente final, que vem preferindo o consumo de produtos e serviços que não prejudiquem os recursos naturais do planeta. Um dos recentes exemplos de projeto que aliou sustentabilidade à modernidade foi o condomínio Neo, localizado no bairro Novo Campeche, em Florianópolis, Santa Catarina. O condomínio foi o primeiro empreen-

Bons VENTOS Arquiteto projeta empreendimento sustentável baseado em energia eólica

dimento no Brasil a adotar a energia eólica, baseada em um conceito inédito de sustentabilidade batizado de Next Generation. O projeto prevê a instalação de duas turbinas de vento – uma em cada torre residencial – para o aquecimento da água consumida pelos 24 apartamentos do condomínio. O sistema do Helix Wind, equipamento escolhido para o funcionamento do projeto de energia eólica, possui dimensões reduzidas e se destaca pelo “design vertical de alta tecnologia e com forte apelo estético”, segundo o

arquiteto e urbanista paulista Jaques Suchodolski, que trouxe o conceito, de origem americana, para o Brasil. Segundo Suchodolski, a turbina utiliza um sistema de captação vertical, em turbinas que medem 1,20 m de diâmetro e 6,00 m de altura, e são capazes de gerar cerca de 5 quilowatts cada, ideal para a instalação em casas e edifícios. Com a energia do vento e a captação complementar da energia do sol por meio de painéis solares, as coberturas das duas torres baixas que integram o projeto residencial pas-

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Condomínio Neo, primeiro empreendimento no Brasil a adotar o conceito de energia eólica, localizado em Florianópolis sam a se constituir em fontes de energia limpa, sustentável e com emissão zero de carbono. A adoção de um sistema de tratamento de efluentes promove a reutilização da água consumida, para uso nos jardins e áreas comuns e o uso inteligente dos sanitários, iniciativas funcionais que possibilitam a redução de 50% no consu-

mo de água de todo o condomínio. A energia produzida em forma de água quente será armazenada em reservatórios nas torres das caixas d’água. Incorporado pela Asas Incorporações e Habitat Ltda. e executado pela Seleta Engenharia Ltda., o projeto foi lançado oficialmente em março deste ano e terá suas obras concluídas

RAIO-X JAQUES SUCHODOLSKI Possui uma extensa trajetória profissional, com passagens pelos escritórios de Paulo Mendes da Rocha e Joaquim Guedes, coordenação de desenho urbano para o PICCEDPratt Institute de Nova York, autoria de projetos que montam mais de 2 mil unidades residenciais e coautoria em projetos de reurbanização das marginais dos rios da capital paulista. Dedicado a integrar soluções tecnológicas na indústria da construção civil, Suchodolski, radicado em Florianópolis há cerca de dois anos, procurou desenvolver um projeto que pudesse refletir estes valores de forma decisiva na cultura construti-

va da cidade: “O condomínio não irá utilizar nenhum combustível fóssil, e o custo de aquecimento d’água será próximo de zero”, ressalta ele.

em meados de 2012. “O Neo promete ser tornar o propulsor de uma série de empreendimentos imobiliários a se utilizarem de energia eólica no Brasil, dentro do conceito Next Generation”, aposta Suchodolski.

Local atrativo

Segundo o diretor da Buzz Inteligência Imobiliária, Clévis Koakoski, responsável pela comercialização dos apartamentos que serão construídos dentro de um terreno de 2 mil m², a escolha da região a ser implantado o projeto não foi por acaso. Situado em uma área geográfica central, entre as praias de mar aberto da Joaquina e do Campeche, no leste da ilha de Santa Catarina, o Novo Campeche é um bairro planejado, cercado por áreas de preservação ambiental, que atrai um público de alto poder aquisitivo e sensível à questão do uso racional dos recursos naturais. A cidade de Florianópolis há décadas atrai imigrantes de todas as procedências, que têm como traço comum a busca da qualidade de vida a partir de um contato mais próximo com a natureza. “A localização privilegiada em termos de mobilidade e beleza, somada ao apelo da natureza e dos esportes radicais, atraem um público de jovens empresários que procuram este local para morar com suas famílias”, afirma Koakoski. C

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Executivo.com

Consumidor

A serviço do cliente

Soluções tecnológicas oferecem ferramentas que auxiliam as empresas a automatizar e agilizar o processo de cobrança

F

oi-se o tempo em que a cobrança era vinculada à imagem do cobrador que ia de porta em porta nos devedores. Hoje, o mercado conta com uma série de soluções tecnológicas que se tornaram fundamentais para a boa performance das empresas de cobrança. Com o aumento da sofisticação no processo de análise dos dados, as fornecedoras de ferramentas tecnológicas passaram a ser grandes aliadas das cobradoras, disponibilizando modelos que praticam a cobrança em todo o ciclo de vida do cliente.

Andrés Enrique Rueda Garcia, da Uranet

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As soluções atuam com propensão à compra, prevenção à fraude, recuperação de crédito, comportamento do cliente frente às decisões e políticas de cada organização, entre outras funcionalidades. E, com o aumento da demanda por esses serviços, as fornecedoras de tecnologia lançaram mão de ferramentas inovadoras que permitem maior controle da inadimplência, aplicação de taxas de juros mais competitivas e contribuem para que o número de consumidores com acesso ao crédito cresça. Segundo o diretor de novos negócios e desenvolvimento da SysOpen, empresa voltada às soluções que envolvem a atividade de recuperação de crédito, Wellington Gomes, estima-se que somente 30% das soluções de recuperação de crédito sejam fornecidas por empresas especializadas neste segmento. Os outros 70% seriam soluções internas de cada instituição. “A previsão de crescimento, apesar de não ser assertiva, é muito otimista devido à necessidade cada vez maior do aperfeiçoamento e profissionalismo dos processos de cobrança”, confirma Gomes. De acordo com ele, a solução de tec-

Wellington Gomes, da SysOpen nologia voltada à cobrança permite individualizar o cliente no momento da negociação, verificando o seu perfil e oferecendo diversas formas de negociações que se adéquem melhor a sua necessidade. “É claro que para isso é necessário que a instituição que possui o sistema faça uma definição desta estratégia de negociação, identificando as variáveis necessárias para

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Principais desafios das fornecedoras de solução de cobrança

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Acompanhamento dos novos produtos financeiros, novas práticas de mercado, novas estratégias de cobrança. Melhores práticas e melhorias de processos, certificando-se sempre da capacidade de solução em atender a essas necessidades do mercado.

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Evolução tecnológica. Estar sempre acompanhando as novas tecnologias de desenvolvimento de sistemas, banco de dados, sistemas operacionais, tecnologias utilizadas na Recuperação de Crédito, tais como discagens automáticas, URAs, SMS, interbancários, e-mail, BI, entre outros.

a diferenciação dos clientes. No caso da nossa solução, permitimos que o cliente acesse um portal e faça a sua proposta de negociação dentro de limites já preestabelecidos pela instituição. Desta forma, ele não se sente pressionado e constrangido, verificando a melhor negociação para que ela seja cumprida até o final”.

Transparência

Outra que apostou no desenvolvimento da tecnologia para a cobrança foi a Uranet Projetos e Sistemas que, além de fornecer a ferramenta, presta terceirização da atividade de cobrança e de pré-cobrança, que diminui a

Josefina Picanço, da Softium

Para desenvolver soluções que aprimorem a qualidade do atendimento de cobrança, é preciso realizar constantes pesquisas e identificar as necessidades do cliente antecipadamente e de forma constante” Cláudio Sá, da Teclan carteira de inadimplentes. “Ligamos ou enviamos SMS para os clientes que vão ter sua fatura vencida nos próximos dias, com um texto agradável, mais parecendo marketing, lembrando nas entrelinhas que o vencimento dele é para tal data. Aproveitamos para explicar que se ele efetuar o pagamento no caixa das lojas da empresa, terá direito a um brinde exclusivo”, explica o presidente da Uranet, Andrés Enrique Rueda Garcia, que também disponibiliza em sua ferramenta a gravação de 100% das ligações, garantindo ao cliente contratante transparência e excelência no atendimento. “Estas ligações são disponibilizadas ao nosso cliente em tempo real, para que ele acompanhe e audite nossa abordagem”, explica Garcia. A Teclan, que já implementou suas soluções em mais de mil posições de atendimento (PAs) no segmento de cobrança, também investe na gravação de ligações. “Além de ser um importante aliado das centrais de cobrança para garantir o atendimento de uma das mais crescentes exigências do setor financeiro, parcela significativa das demandas do setor, o sistema de gravação permite aperfeiçoar os contatos e profissionalizar a cobrança, de modo a obter taxas mais altas de recuperação de créditos”, aponta o presidente da Teclan, Cláudio Sá.

Rentabilidade

Além das gravações, outras tecnologias têm sido indispensáveis na hora de otimizar os processos de cobrança, principalmente para promover a re-

dução de custos como os discadores preditivos, em que as ligações são feitas apenas quando existe uma necessidade real de chamadas, o que evita gastos desnecessários em conta telefônica e acresce a produtividade em 200% em relação à discagem manual. Já a tecnologia IP proporciona às centrais de cobrança o benefício da redução de custos das chamadas, tanto em ligações locais quanto interurbanas. “No caso da Teclan, nossa solução dispõe da facilidade de identificação do tipo de telefone, celular ou fixo, antes da geração da chamada, fazendo com que os custos de telefonia sejam drasticamente reduzidos com chamadas sendo geradas de fixo para fixo e de celular para celular”, completa Sá. Já a Softium, cujas soluções foram implantadas em mais de vinte empresas de cobrança, possui uma ferramenta de discagem múltipla com controle de retornos que reduz o tempo falado, gerando maior produtividade nas carteiras e nas ligações descartadas. “O maior desafio para quem fornece a solução é propagar a rentabilidade dos negócios. Geralmente, esses desafios incluem uma cadeia de valor cujos canais de fornecedores, implantação e distribuição estão envolvidas mutuamente. Para encarar esses desafios, acreditamos na busca e no desenvolvimento contínuo de novas soluções que venham aumentar a produtividade e tornar o negócio dos clientes mais organizado e ágil, preservando maiores ativos e gestão de carteiras”, finaliza a vicepresidente de negócios da Softium, Josefina Picanço. C Carreira&negócios • 67

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Em sala

Marketing

O PODER DO

CONsUmIDOR Com as novas tecnologias, o público é quem determina cada vez mais o posicionamento das marcas

Por Fabio Gonçalves de Oliveira*

A

atividade de marketing tem assumido cada vez mais um papel central e muito analítico nas empresas, pois em um mercado altamente competitivo, em que não há mais fronteiras comerciais e que empresas nacionais e internacionais buscam explorar o mesmo espaço na carteira dos consumidores (share of wallet), torna-se de fundamental importância entender cada vez mais o mercado no qual os consumidores estão inseridos, os fatores que formam e determinam as características dos compradores (cultural, social e pessoal) e os que influenciam esta decisão de compra (economia, tecnologia, política e cultura). No artigo anterior, explorei e exemplifiquei as principais características do consumidor 2.0, assim como o aumento do poder aquisitivo de uma parcela da população brasileira, que fez com que grandes empresas se voltassem para o desenvolvimento de produtos, alinhamento de comunicação e reposicionamento buscando atingir e atender este novo público. É desse assunto que quero tratar neste artigo: o papel do consumidor no posicionamento ou reposicionamento de marcas, produtos e até empresas. A ferramenta de posicionamento é uma das mais críticas em mar-

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keting e requer do executivo desta área uma habilidade muito grande de entender o seu mercado consumidor, seus consumidores, concorrentes, a própria empresa e, ao final deste exercício, determinar quais são as oportunidades, os espaços vazios a serem explorados e a posição que quer adotar em relação aos seus consumidores-alvo. Para isso, é necessário muito estudo de mercado, como a pesquisa primária (aquela desenvolvida exclusivamente para a empresa e que envolve contato direto com o mercado para coleta de dados exclusivos), secundária (levantamento para coleta de dados já existentes no mercado e que possam ser utilizados para analisar um determinado mercado, tendência, entre outros), análises quantitativas e qualitativas e utilização de matrizes para auxiliar na interpretação dos dados. O processo de posicionamento ainda tem duas etapas anteriores. A primeira delas é a segmentação, no qual o executivo identifica em um mercado consumidor amplo uma parcela de consumidores que tenha as mesmas características e necessidades (geográficas, demográficas, psicográficas e comportamentais). Feito isso, o executivo deve determinar o “targeting” dentro deste segmento (targeting é o ato de focar os esforços de marketing para o grupo mais influente de consumidores dentro de um segmento de mercado) e somente após estas duas etapas estarem completas, deve-se desenvolver uma proposta de posicionamento ou reposicionamento para a empresa, marca ou produto. Com o avanço da tecnologia, novas ferramentas e funcionalidades disponíveis na Internet, o consumidor tem cada vez mais o poder de interagir e de até determinar qual o preço que quer pagar por determinado produto. Em 2007, a banda inglesa Radiohead lançou um álbum exclusivamente online e permitiu que os seus fãs determinassem o preço que queriam pagar

para fazer o download do álbum, obviamente, somente após permitir que estes mesmos consumidores degustassem parte das faixas do disco. Uma outra tendência é a dos jornais e revistas que planejam disponibilizar e vender conteúdo on demand para os leitores. Em um exemplo mais recente, a rede varejista Wall Mart, conhecida pelos preços baixos, reposicionou recentemente a marca, tornando-a mais leve, mais moderna, empática e abdicando definitivamente da concorrência baseada somente em preço, com o objetivo de atingir um novo consumidor, com maior poder aquisitivo e novas necessidades e desejos. Nós, como consumidores, queremos ter o controle das relações entre empresas e mercado por meio de uma postura ativa nas decisões sobre as marcas, ou seja, mais do que ser ouvidos, queremos ter o controle das marcas e nos identificar, cada vez mais, com os produtos e perceber que o valor destas interações é entregue pelas empresas. Além disso, queremos ter experiências únicas ao utilizar um produto ou serviço que escolhemos, interagir e nos fazer notar. Algumas empresas já entenderam isso. É só notar a proliferação de lojas-conceito de produtos eletrônicos, instaladas recentemente por Samsung, LG e Sony nos principais shoppings, com o objetivo de gerar uma experiência com a sua marca e produtos. Para essa técnica, temos o sensory branding, ou seja, a capacidade da empresa, marca ou do produto de criar experiências únicas por meio de vários pontos de contato, desde a ambientação da loja, do website, dos vendedores, das cores, dos aromas até funcionalidades exclusivas nos produtos, como o Ipod, que é equipado com uma tela de vidro e que tem comandos que emitem sons e textura única do produto – nenhum outro MP3 player tem essas características. Agora apresento uma nova possí-

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Em sala

Artigo

Com o avanço da tecnologia, novas ferramentas e funcionalidades disponíveis na Internet, o consumidor tem cada vez mais o poder de interagir” vel realidade emergente, a da semantic web. O conceito de semantic web foi criado por Tim Berners-Lee, no qual ele define que “a Semantic Web é uma extensão da web tradicional que conhecemos, na qual a informação é apresentada com um sentido muito melhor definido, possibilitando as pessoas e os computadores a trabalharem em cooperação. Ela é baseada no princípio de que os dados disponíveis na web possam ser processados direta ou indiretamente pelos computadores”. O autor David Siegel, em seu novo livro com publicação prevista para dezembro nos Estados Unidos, “Pull: The power of semantic web to transform your business” (O poder da semantic web transformará o seu negócio), sugere que as empresas terão que ser muito mais inteligentes e abertas nas relações com os consumidores, pois a semantic web possibilitará que as atividades básicas executadas na Internet hoje mudem as relações e deem ao consumidor muito mais poder. A principal atividade na web é a de pesquisa. Todos nós podemos fazer uma pesquisa de maneira simples e rápida, utilizando o mais conhecido de todos os buscadores web, o Google. Basicamente você digita uma palavra ou um termo qualquer que deseja pesquisar e em uma fração de segun-

dos, uma grande lista com sites relacionados aparece em sua tela. A segunda aplicação é a de integração. Imagine a situação: você quer surpreender seu par no primeiro encontro e inicia a busca na web por um restaurante sofisticado e romântico. Ao aparecer uma lista com mais de quinze mil restaurantes que se autodenomiram como sendo “sofisticado e romântico”, você tenta filtrá-los e após algumas horas finalmente se decide por um deles. O próximo passo então é anotar o endereço e ir até uma webpage que possa lhe mostrar o melhor caminho para chegar até o restaurante. Depois disso, ainda um pouco inseguro, você quer saber a opinião de pessoas que já frequentaram o restaurante e tenta encontrar algum site que possa lhe fornecer esta informação. Ao reunir todos esses dados, você utilizou a web para integrar as informações de uma maneira compreensível para você. A semantic web pode mudar esta maneira de utilização da web, simplificando radicalmente a função humana e assustadoramente o poder de rastreabilidade e compreensão dos dados por uma máquina. Como

exemplo, imagine a seguinte situação: você está em seu escritório e o horário de almoço já passou, mas precisa de algo rápido para comer porque tem uma reunião às 15 horas. Você, então, acessa o Google e digita as palavras “lanche rápido”. Como em um passe de mágica, aparece na tela três lanchonetes próximas ao seu escritório. Ao clicar em uma delas, abre-se uma tela que mostra quantas pessoas em sua empresa já pediram um lanche nesta lanchonete, quando eles pediram, o que pediram, quanto custou cada pedido, assim como a opinião das pessoas que compraram o produto, o que elas pediram de acompanhamento e quanto tempo demorou para o lanche ser entregue. A ideia básica de semantic web é a de possibilitar, por meio de linguagens e ferramentas de programação, que estruturas de informação possam ser compreendidas e interpretadas por máquinas. Uma vez que isso aconteça, um browser não somente será orientado como deve exibir uma página web, mas também receberá instruções de como compreender as informações de um banco de dados virtual (cloud computing) e, ao mesmo tempo, analisará os hábitos de navegação e consumo on-line de um internauta, para oferecer, em tempo real, produtos e serviços relevantes para este cliente. As oportunidades e desafios da implantação da semantic web são inúmeros e irão exigir dos profissionais de marketing e das empresas muito mutualismo, confiança, responsabilidade e inovação. O cliente estará cada vez mais no poder, e dar autonomia ao seu cliente e estabelecer uma relação entre a marca serão tarefas das mais críticas e analíticas e exigirão que a empresa se relacione de forma muito real e honesta com os seus consumidores. C

*Fabio Gonçalves de Oliveira é administrador de empresas e mestre em Estratégias de Marketing pela University of Hertfordshire no Reino Unido. O executivo é diretor do Programa de Educação Executiva Gerencial da BSP (Business School São Paulo)

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MOTIVAÇÃO&CARREIRA

Artigo

Por luiz marins *

Quanto mais alta a qualidade... V

ocê já reparou que de quem é bom é exigido sempre mais do que de quem é ruim? Se você erra pouco, quando errar será um verdadeiro escândalo! As pessoas comentarão, se decepcionarão. “Nunca imaginei que ele fosse capaz de errar!”, dirão de você. Mas se você faz tudo pela metade e não tem qualidade no que faz, jamais decepcionará outras pessoas, porque elas já não levam você a sério. Já sabem que você não passa de um “mais ou menos” de quem pouco se pode esperar. Isso vale para pessoas, profissionais e empresas. Se uma indústria é reconhecida pela qualidade excelente de seus produtos, cometer um deslize e deixar sair de sua linha um produto com defeito será um escândalo mundial. Os concorrentes se aproveitarão. A imprensa dará destaque. Os comentaristas procurarão ver aí o fim daquela indústria. Se um médico famoso, reconhecido pela sua extrema competência profissional, cometer apenas um erro de diagnóstico em mais de 50 anos de profissão, será alvo das maiores críticas, inclusive dos próprios colegas. O mesmo ocorre com advogados, dentistas, engenheiros e assim com qualquer um de nós. Se uma pessoa que sempre foi reconhecida pela sua retidão moral e ética cometer um desvio moral ou ético, causará um escândalo. A verdade é que quanto mais qualidade você tiver, quanto melhor você for, mais exigirão de você. O leitor poderá então questionar: será

“A verdade é que quanto mais qualidade você tiver, quanto melhor você for, mais exigirão de você” que vale a pena lutar tanto pela qualidade? Será que vale a pena ser excelente ou buscar a excelência? Será que vale a pena ser ético e moralmente defensável? Não será melhor ser ruim ou “mais ou menos”? É claro que vale a pena buscar a excelência! É claro que vale a pena ser um profissional excelente, uma indústria excelente, uma pessoa excelente. São essas pessoas, profissionais e empresas que transformam o mundo, fazem a diferença. Quando elas cometem um erro ou deslize, a decepção é muito grande exatamente pela admiração e respeito que as outras pessoas têm por elas. E não há dúvidas de que vale a pena ser respeitado, admirado, querido. Quanto vale uma marca respeitada, querida, admirada? Só que, repito, quanto melhor você for,

mais será exigido de você. Você perde o direito de errar, pois o seu erro será uma enorme decepção àqueles que o tomaram como modelo, como exemplo, como padrão. Até a Bíblia ensina isso: “A quem muito foi confiado, muito mais será exigido” (Lucas 12,48). Pense nisso. Sucesso! Não perca a sua paciência! C

* LUIZ MARINS é antropólogo, professor e consultor de empresas no Brasil e no exterior. Tem 13 livros e mais de 300 vídeos e DVDs publicados

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happy hour

Gastronomia Arri Coser: segredo da Fogo de Chão é a base sólida que permitiu uma evolução contínua nos processos internos e uma busca pela excelência nos serviços

Churrasco de

primeira linha As estratégias do local que se tornou um dos points preferidos para almoços e eventos de negócios

Por FLÁVIA GHIURGHI

T

radição, credibilidade e qualidade. Estes são os ingredientes principais que compõem um dos menus mais tradicionais e apreciados pelos amantes da boa carne. “Começamos a despontar em meados de 1983, quando, ainda em Porto Alegre, passamos a apostar na realização de shows e eventos que atraíram clientes de várias partes do Brasil, inclusive paulistanos, que sugeriam a nossa vinda para São Paulo e para o Rio de Janeiro. Resolvemos seguir o conselho”, conta Arri Coser, um dos fundadores da churrascaria Fogo de Chão que, só no ano passado, recebeu mais de três milhões de clientes em toda sua rede. Ao trazer os conceitos do legítimo churrasco gaúcho ao

eixo Rio-São Paulo, Coser, juntamente com seu irmão, Jair Coser, não poupou esforços para garantir seu espaço em cidades onde a gastronomia é concorridíssima. Mas o empresário não titubeou: desde o início, atentou-se à evolução da qualidade dos produtos e dos serviços, acompanhando a crescente exigência dos clientes. “O segredo a que se deve o sucesso da Fogo de Chão é a estrutura que formamos logo no início do negócio. Desenvolvemos uma base sólida que permitiu uma evolução contínua nos nossos processos internos e uma busca pela excelência nos serviços”, diz o empresário que lembra ainda das dificuldades enfrentadas no início da implementação do empreendimento.

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TraJETÓrIa DE SuCESSo Tudo começou em 1975, quando os irmãos saíram da serra gaúcha e seguiram com destino ao eixo Rio-São Paulo. O objetivo era adquirir experiência e novos conhecimentos em grandes centros gastronômicos para concretizar um projeto de vida: montar uma churrascaria com características exclusivas. Depois de muito aprendizado, o projeto passou a ser executado na capital gaúcha. No ano de 1979, foi escolhido o bairro Cavalhada, em Porto Alegre, para inaugurar a primeira Fogo de Chão. Incentivados pelos frequentadores, principalmente paulistas, em 1985 os irmãos foram para São Paulo pesquisar o mercado, com a perspectiva de implantar o sis-

tema de rodízio para o exigente público da cidade. Em 1986, foi inaugurada a segunda Fogo de Chão, no bairro de Moema, zona sul de São Paulo, próximo ao aeroporto de Congonhas, na Avenida Moreira Guimarães. O sucesso foi tão grande que os sócios decidiram abrir a terceira Fogo de Chão, também na capital paulista, desta vez na região de Santo Amaro, inaugurada em 1987. Além de clientes de todas as regiões do Brasil, passou a ser cada vez maior o número de clientes internacionais que se encantavam com a proposta da Fogo de Chão, o que fez os empresários levarem a marca aos Estados Unidos. Inauguraram

“Nosso primeiro desafio foi a falta de dinheiro. Tínhamos várias ideias inovadoras, mas elas não eram colocadas em prática por falta de verba. Somente após alguns anos pudemos passar do planejamento para os projetos concretos”. De fato, as estratégias do empresário, que prometiam alavancar o negócio, vingaram. Desde 1992, a churrascaria é citada pela mídia co-

EM Sua opINIÃo... • Qual é a melhor carne? Aquela que se está com vontade de consumir naquele momento. • Qual é o melhor cliente? Aquele que retorna. • Qual é a melhor bebida? Vinho. • Prefere almoço, happy hour ou jantar? Almoço e jantar. • O que é um atendimento com excelência? É quando o cliente sai da Fogo de Chão com um sorriso no rosto.

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em 1997 a Fogo de Chão em Dallas, em Houston no ano de 2000, Atlanta no ano de 2001 e Chicago em 2002. No ano de 2003 foi inaugurada a terceira casa em São Paulo, localizada na Avenida dos Bandeirantes, na Vila Olímpia e, no ano de 2005, a unidade Beverly Hills. No final de 2005, foi aberta a sexta unidade nos EUA, em Washington D.C. Em setembro de 2006 foi inaugurada mais uma Fogo de Chão em uma capital brasileira: Belo Horizonte, em Minas Gerais. No final desse mesmo ano, a unidade Philadelphia iniciou suas operações. Já em 2007, abriram suas portas Minneapolis em abril, Brasília (Distrito

mo um dos melhores pontos gastronômicos do Brasil. “Esse reconhecimento é resultado de um trabalho de anos. Nada aconteceu da noite para o dia. Temos uma verdadeira história de aprimoramento contínuo”. Quando questionado sobre a contribuição de seus funcionários no sucesso do negócio, Coser protesta: “Nossa equipe é bem mais do que uma contribuição, ela é a essência da Fogo de Chão”. E para garantir serviços de primeira, Coser investe em todas as áreas da empresa, oferecendo treinamentos periódicos, aulas de inglês, de enologia e de gastronomia. “Antes de qualquer produto ser lançado ao público, fazemos um treinamento especializado e com demonstrações”, diz Coser. Segundo ele, é preciso estar preparado para atender às mudanças de perfil do consumidor. “Temos grupos de amigos e famílias nos finais de semana. Mas, de segunda a quinta, nossa maior clientela é formada por executivos e profissionais que costumam realizar reuniões, eventos, almoço ou jantar de negócios em nossas unidades. Nestas ocasiões, as maiores pedidas são o cordeiro, a picanha, a fraldinha e a costela.”

Federal) em maio e Baltimore em agosto. Em novembro, foi inaugurada a terceira Fogo de Chão no Texas, na cidade de Austin. Em maio de 2008, foi aberta a unidade Indianápolis e, em junho, a Fogo de Chão Salvador (Bahia). No segundo semestre desse ano foram inauguradas Miami em outubro e Scottsdale (Arizona) em dezembro. No ano de 2009 foi aberta, em janeiro, a Fogo de Chão Kansas City (Missouri).

Entretanto, para ir ao encontro da tendência aos cuidados com a saúde, a Fogo de Chão modificou este ano seu cardápio, eliminando alguns produtos com gordura trans. “Trocamos, por exemplo, a batata frita por batata assada, a polenta frita por grelhada, entre outros. Determinados produtos com gordura saturada foram substituídos em nossos bufês por alimentos mais saudáveis”. Um dos segredos de Coser para identificar a satisfação do cliente é traduzir sua expressão facial. “Depois que aprendi a exercer essa leitura visual, consigo notar se o cliente sai encantado ou frustrado do restaurante só pela sua expressão. Comecei a ensinar essa leitura aos funcionários durante alguns treinamentos para que eles adquirissem essa mesma sensibilidade, essa percepção da satisfação do cliente. Claro que nem sempre o ar de insatisfação tem relação com a sua experiência no restaurante, mas, de qualquer forma, procuramos investigar se houve algum problema ao longo da sua permanência no restaurante. Esse é um dos nossos segredos para oferecer sempre o melhor atendimento”, pontua Coser. C Carreira&negóCios • 73

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Conversa Afinada Gente que lê

A bola eo

livro O

POR Galeno Amorim *

sonho de Edward era ser jogador de futebol. Começaria, por certo, no seu glorioso Mirassol Futebol Clube e, depois, em um time grande. Quem sabe ainda não virava ídolo do escrete nacional... Por falta de treino é que não era. Todo santo dia aquele bando de garotos sem eira nem beira praticava com fervor quase religioso, rumo à glória quase certa. Era o sonho dele. E de milhões de outros Edwards pelo (quase) país do futebol da época, em meados do século 20. E não é que foi mesmo graças, de certa forma, ao futebol que a vida dele deu uma guinada?! Pois em um belo dia, Edward, não mais que oito anos, participava de uma disputadíssima pelada no pátio

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Radiografia de Leitura Os livros na vida do jornalista Heródoto Barbeiro

Aos poucos, já escrevia melhor. Um dia, o professor mandou, sem que soubesse, um texto seu para um concurso. O rapazote faturou o primeiro lugar!

5 a 10 anos Os Três Porquinhos

“A astúcia do porquinho prático contra o lobo sempre me fascinou”

11 a 14 anos

O Velho e o Mar – Ernest Hemingway “A luta do velho contra o peixe e sua decepção me encantaram”

Galeno Amorim, jornalista, escritor e diretor do Observatório do Livro e da Leitura

15 aos 20 anos

História Econômica do Brasil – Caio Prado Junior “Foi o momento em que tomei conhecimento da realidade brasileira e de sua história”

20 aos 30 anos

História das Índias – Frei Bartolomeu de Las Casas “Nunca me recuperei do impacto da violência da civilização europeia na América”

30 aos 40 anos

Ascensão e Queda do Terceiro Reich – William Shirer “Uma forma didática e simples de entender o porquê dos horrores do nazismo”

40 aos 50 anos O Príncipe – Maquiavel

“Pela atualidade dos conceitos emitidos e análise social”

50 aos 60 anos

Budismo: Significados Profundos – Hsing Yün “Pela clareza dos ensinamentos do Buda”

Hoje

Totem e Tabu – Sigmund Freud “Um dos ensaios do grande gênio da psicanálise”

da escola. Eis que um perna-de-pau qualquer dá um tremendo chutão e a bola vai parar lá longe. Escalado pra resgatar a preciosa, que se enfiara por uma maldita janela aberta, lá foi ele. O que viu, do outro lado, chamou sua atenção. E gostou tanto que não voltou mais. Jamais o menino vira tanto livro junto assim. Aquilo era uma biblioteca. E justo naquela hora chegava uma penca de livros novinhos em folha. Pegou um deles, era “A Banana que Comeu o Macaco”, disso jamais se esqueceria pelo resto de sua vida. Em um ano, Edward leria aquele e outros 250 livros. Aos poucos, já escrevia melhor. Um dia, o professor mandou, sem que soubesse, um texto seu para um concurso. O rapazote faturou o primeiro lugar! Passou a gostar cada vez mais do negócio de ler. Abiscoitou mais um prêmio aqui e outro lá, e até passou a ganhar algum dinheiro com isso. Resolveu entrar para o Banco do Brasil, sonho de consumo e de carreira para jovens atrás de um bom emprego. Mas, na hora da prova, tirou um belo zero em Contabilidade. Só que os livros que habituara a ler o tempo todo o aju-

*Galeno Amorim é jornalista, escritor e diretor do Observatório do Livro e da Leitura. Para conhecer outras histórias de pessoas que desenvolveram suas carreiras graças aos livros, acesse www.blogdogaleno.com.br

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dariam a livrar a cara: o rapaz ganhou nota dez em todas as outras matérias! Mais uma vez, os livros mudariam o rumo da sua vida: um dia ele corrigiu a professora numa aula do Cursinho. Argumentou tão bem que a escola não teve dúvidas: contratou na mesma hora o aluno para lecionar no lugar dela. Para dar conta das aulas de Latim na faculdade, ele resolveu ir a um sebo atrás de livros. Como o dinheiro era curto, resumiu bem resumido um e outro. Quando se deu conta, tinha feito seu próprio livro – o primeiro de uma longa série que estava por vir. Edward e os livros pareciam mesmo fadados uns aos outros. E decidiu ir de vez atrás deles e abraçar a carreira de linguista. Acabou ficando famoso. Hoje em dia, não há faculdade de Letras no país que não estude ou tenha como referência alguma obra de Semiótica e Linguística do professor Edward Lopes. – A arte é eterna, não a Ciência... – ele ensina. A seleção brasileira de futebol pode ter perdido um talento incerto, mas o país acabou ganhando um craque das letras. C

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GESTÃO PESSOAL

Teste

Como vão suas

reuniões?

Por L. A. Costacurta Junqueira*

Q

ual o grau de eficiência de sua empresa na liderança de reuniões por parte dos executivos e demais profissionais? Descubra com o teste abaixo, que enumera boa parte dos problemas que podem acontecer antes, durante e após as reuniões, com enfoque especial no desperdício de tempo decorrentes da incidência desses problemas. O importante é que os graus sejam atribuídos, tendo-se em mente o que realmente acontece nas questões e não o que deveria acontecer. Os resultados tendem também a ser mais fidedignos quando os graus são atribuídos pelo consenso daquelas pessoas que normalmente participam de uma mesma reunião. Então, vamos ao teste. Na lista de problemas apresentada a seguir, atribua graus de 0 a 5 a cada um deles e, somando os pontos, verifique quão problemáticas são suas reuniões.

Cada problema deve merecer um grau de 0 (zero) a 5 (cinco), obedecendo à estrutura classificatória abaixo: 0 = O problema não aconteceu. 1 = O problema aconteceu, mas trouxe consequências mínimas do ponto de vista de desperdício de tempo e busca de resultados.

ANTES DA REUNIÃO 1.

2.

Inexistência de agenda prévia, com tempo predeterminado para cada tópico e do conhecimento dos participantes. GRAU ( ) Local inadequado, malarrumado, distante, falta de apoio e de infraestrutura. GRAU ( )

2, 3 e 4 = Posições intermediárias. 5 = O problema aconteceu e acarretou enormes consequências do ponto de vista de desperdício de tempo e busca de resultados.

3.

Desnível entre os participantes com relação ao conhecimento dos assuntos a serem tratados na reunião. GRAU ( )

4.

Processo inadequado de escolha do líder (chefe) da reunião (precipitação, votação, etc). GRAU ( )

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5.

TOTAL DE PONTOS (

Número excessivo de participantes, prejudicando o andamento. GRAU ( )

6.

AVALIAÇÃO DO RESULTADO Quanto maior o número de pontos, mais problemática é a sua reunião.

Impontualidade dos participantes quanto ao início da reunião. GRAU ( )

DURANTE A REUNIÃO 7.

8.

9.

10.

Quando aplicamos o teste em seminários com gerentes, executivos e técnicos, a média de pontos é 60.

11.

Clima de competição e não de cooperação (“o mais importante é ganhar a discussão e não resolver o problema”). GRAU ( )

12.

Ausência de registro sistemático do andamento da reunião. GRAU ( )

Inexistência de participação (atuação de determinados elementos). GRAU ( ) O líder não orienta o andamento da reunião seguindo a agenda prefixada (quanto a assuntos, duração e resultados). GRAU ( ) Confusão quanto aos objetivos da reunião que ora passa do cunho decisório para o informativo e vice-versa. GRAU ( )

13.

14.

Interrupções constantes provocadas por pessoas estranhas à reunião. GRAU ( )

15.

16.

17.

*L. A. COSTACURTA JUNQUEIRA é vice-presidente do Instituto MVC

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)

Dupla coordenação de determinado trabalho, problemas de relacionamento aparecendo ao longo da reunião. GRAU ( ) Participantes que procuram usar linguagem técnica em demasia, com prejuízo da comunicação. GRAU ( ) Decisão a ser tomada acima da competência (técnica ou hierárquica) dos participantes. GRAU ( ) Liderança “democrática” (participativa, no sentido manipulativo), provocando excesso de opiniões e nenhuma conclusão. GRAU ( ) Falta de ordenação na participação dos presentes à reunião, pessoas falando ao mesmo tempo. GRAU ( )

18.

Participantes querendo assumir o lugar do líder (às vezes “disputando” a posição). GRAU ( )

19.

Conversas paralelas. GRAU ( )

20.

Necessidade de consultas externas a elementos não presentes à reunião. GRAU ( )

APÓS A REUNIÃO (AO FINAL E POSTERIORMENTE) 21.

Não estabelecimento por escrito dos itens de ação: “quem”, “o que”, “quando”, que possibilitam o controle dos resultados. GRAU ( )

22.

Falta de clareza na definição das missões atribuídas a cada elemento. GRAU ( )

23.

Não marcação da próxima reunião ou de qualquer outra atividade para continuidade dos assuntos. GRAU ( )

24.

Não avaliação dos resultados da reunião (previsto x realizado). GRAU ( )

25.

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SinapSe Livros TeORia&pRÁTiCa

pensamento estratégico

Título: Endomarketing de A a Z – Como alinhar o pensamento das pessoas à estratégia da empresa Autor: Analisa de Medeiros Brum Editora: Integrare Páginas: 256 Preço: R$ 39,90*

O que todo empresário sonha? Se você pensou obter lucro alto todo mês a resposta está correta, porém, não está completa. No fundo, o que todos eles querem mesmo é que seus colaboradores em geral sejam afinados com seus objetivos estratégicos e com as metas da companhia. De nada adianta para uma empresa um funcionário competente, inovador e perspicaz se ele não estiver alinhado à estratégia do negócio ao qual está inserido. Isso porque vai chegar um determinado momento em que ele vai fazer questionamentos que o impedem de realizar projetos que a organização exige. A pergunta que não quer calar é: como alinhar o pensamento das pessoas aos objetivos estratégicos da empresas? As áreas de Comunicação e Marketing têm muito mais a acrescentar a isso do que imaginamos. Para responder a essas e outras perguntas nada melhor do que ler o livro “Endomarketing de A a Z”, da publicitária, relações públicas e con-

sultora em Comunicação Social, Analisa de Medeiros Brum. A publicação, dirigida a empresários, diretores e gerentes de Comunicação Social, Marketing e Recursos Humanos, além de profissionais responsáveis pelos processos de endomarketing nas empresas nas quais trabalham, é dividida em 23 capítulos e logo no início afirma que a Comunicação e o Marketing Interno estão diretamente relacionados com a gestão de pessoas nas empresas. Além disso, a autora detalha o conceito de endomarketing nas diferentes áreas da comunicação, assim como as diversas visões desse conceito, tudo para dar visibilidade à informação. “Estamos focados na comunicação para dentro. Na comunicação da empresa com seus empregados”, diz a autora. O histórico do endomarketing no Brasil, a evolução de seus objetivos, a necessidade crescente das empresas em se comunicar com seus empregados, entre outros itens, são abordados na obra.

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TeORia&pRÁTiCa

sua biblioteca empresarial

CaSOS De FaMÍLia

Título: Herança – Perguntas e Respostas Autor: Ivone Zeger Editora: Mescla Editorial Páginas: 184 Preço: R$ 48,90*

A questão da herança de família é sempre instigante. Temas como testamento, como é feito um inventário, o que são legados, os motivos que levam alguém a ser deserdado, brigas entre herdeiros e mudanças do Código Civil geram interesse e, por isso, foram retratados no livro da advogada Ivone Zeger. Com ampla experiência em Direito de Família e Sucessão, a especialista esclarece as principais dúvidas do público em geral.

DÚViDa CRUeL

Todo mundo, pelo menos uma vez na vida, teve dúvidas em relação a que profissão escolher. Afinal, não é fácil se preparar para cursar uma faculdade durante quatro ou cinco anos. Planejamento e disciplina são as palavras-chave para uma decisão certa. Para desmistificar esse universo, Ruy Leal dá dicas para os jovens que enfrentam essa conturbada fase.

Título: Superdicas para o jovem escolher bem sua profissão Autor: Ruy Leal Editora: Saraiva Páginas: 136 Preço: R$ 11,90*

UM, DOiS, TRÊS e... JÁ

Título: Luz, Plano, Ação Autor: Josué Campanha Editora: Hagnos Páginas: 208 Preço: R$ 29,90* * Valores consultados em abril

Diferentemente das demais publicações que enfocam a questão do planejamento, o livro de Josué Campanha, autor de várias obras sobre liderança, fala sobre a execução do planejamento com uma abordagem mais prática. Após cada capítulo, há um roteiro de atividades que servem de referência para o leitor aplicar os conhecimentos em sua própria empresa.

MUDaR paRa MeLHORaR

Baseada nos fundamentos do líder Dale Carnegie, a Editora Best Seller lançou a edição revista de um clássico da administração “O Líder em Você”, que mostra como promover mudanças de modo eficaz para alcançar o êxito profissional. Os autores explicam que em um mundo extremamente competitivo no mercado de trabalho, pequenos detalhes podem fazer a diferença...

Título: O Líder em Você Autor: Stuart R. Levine e Michael A. Crom Editora: Best Seller Páginas: 304 Preço: R$ 34,90*

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SinapSe DVD filmes para uma reflexão corporativa, por Myrna Silveira Brandão *

a Conquista da Honra

DO QUE SE TRATA?

QUAL A RELAÇÃO?

FIQUE ATENTO!

Iwo Jima, uma ilha japonesa do Pacífico, foi palco de uma das batalhas mais dramáticas durante a 2ª Guerra entre americanos e japoneses. Para os primeiros, o objetivo era conquistar a primeira posição estratégica em solo japonês. Para os japoneses, era questão de honra evitar, a qualquer preço, a entrada dos americanos na ilha.

O diretor utilizou o mesmo episódio passado na ilha de Iwo Jima para expor dois pontos de vista: o dos americanos neste filme e o dos japoneses em “Cartas de Iwo Jima” (veja abaixo). Ambos propiciam um debate muito interessante sobre a diferença de percepções e a importância de ver os dois lados e todos os ângulos de um mesmo fato.

O filme parte da famosa foto de Joe Rosenthal, que mostra seis soldados fincando o mastro da bandeira americana sobre o topo de um monte. James Bradley, filho de um deles, é o autor do livro no qual o filme se baseia e foca os dramas vividos por membros do exército americano que estiveram presentes na ilha japonesa.

DO QUE SE TRATA?

QUAL A RELAÇÃO?

FIQUE ATENTO!

O filme – que expõe o ponto de vista dos japoneses para o mesmo episódio – partiu das cartas encontradas na ilha que os soldados escreveram para casa e receberam de suas famílias. Eles pararam de receber suprimento e sabiam que não voltariam para o Japão. Dos 22 mil japoneses, 21 mil morreram e os 1.000 que sobreviveram foram feitos prisioneiros.

A sessão com os dois filmes – que não precisa ocorrer necessariamente no mesmo dia – permite o debate de vários temas do mundo corporativo: inovação, estratégia, as várias dimensões de um conflito, humanismo, solidariedade, comando, decisão, liderança, propaganda e principalmente a importância de conhecer as várias versões de um mesmo fato.

Às imagens esmaecidas evitando tons que exaltem a vitória de poderosos e ao questionamento do que é realmente um herói. Em ambos os filmes ele se mostra humanizado, fragilizado e distante da figura do super-homem endeusado nas medalhas das condecorações, mas que no fundo e em qualquer contexto, pode ser também uma vítima.

DIVULGAÇÃO

Filme: A Conquista da Honra (Flags of our fathers) Direção: Clint Eastwood Ano: 2006 Gênero: Drama de guerra Duração: 132 minutos

Cartas de iwo Jima

DIVULGAÇÃO

Título: Cartas de Iwo Jima (Letters from Iwo Jima) Direção: Clint Eastwood Ano: 2006 Gênero: Drama de guerra Duração: 140 minutos

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* MYRNA SILVEIRA BRANDÃO é administradora, jornalista e crítica de cinema – diretora cultural da Associação Brasileira de Recursos Humanos do Rio de Janeiro (ABRH-RJ) e autora do livro “Luz, Câmera, Gestão – A Arte do Cinema na Arte de Gerir Pessoas” – Editora Qualitymark

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Sinapse INTERNET

Foco na

educação

Editora Saraiva lança sistema de ensino que inclui portal para alunos de escolas públicas

A

Editora Saraiva – que integra o Grupo Saraiva, dono do Ético Sistema de Ensino e das livrarias Saraivas e Siciliano – lançou um sistema de ensino voltado às escolas públicas chamado Agora, que oferece uma linha de materiais didáticos, da educação infantil ao ensino médio, entre outras soluções, como cursos presenciais e à distância para professores e gestores municipais, além de análises de desempenho escolar. Outro destaque fica por conta do portal voltado para educadores e alunos. Segundo o diretor de Sistemas de Ensino da Saraiva, José Arnaldo Favaretto, o objetivo é mudar o referencial dos sistemas de ensino na área pública, focando nas necessidades dos alunos e professores. “Ele visa a atender a identidade da Escola Pública, no que se refere à gestão escolar, à relação família-escola e à orientação afinada com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Por essa razão, o conteúdo é elaborado por uma equipe muito criteriosa, com ampla bagagem na área educacional e comprometida com a construção do conhecimento”, afirma. O executivo afirma ainda que um dos diferenciais do Agora é sua proposta pedagógica. “Evidenciamos valores e conceitos de humanidade e cidadania por meio de uma aproxima-

ção entre o dia a dia dos estudantes e o contexto escolar”, explica Favaretto. O sistema será comercializado nas escolas públicas de todo o Brasil, que poderão adotá-lo a partir do ano que vem. A eficácia de sistemas desse tipo já foi comprovada em pesquisas. De acordo com o estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) “O Impacto dos Métodos Estruturados de Ensino

na Proficiência dos Alunos da Rede Pública Municipal do Estado de São Paulo”, divulgado no ano passado, no quesito desempenho escolar na Prova Brasil da 4ª série, as escolas que usam o sistema tiveram uma melhoria de 8% na avaliação em Matemática, entre 2005 e 2007. Já os colégios que não contam com essa parceria apresentaram evolução de 6,7%. Carreira&negócios • 81

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Fecha Aspas

Setor médico

Alternativa

de sucesso por Sheyla Pereira

F

azer uma revolução na gestão da saúde da população brasileira e oferecer oportunidades iguais a toda população, esse é o desafio do Sinasa, sistema inteligente de atendimento, que possibilita a seus associados acesso a uma rede com mais de 2,5 mil médicos, 350 unidades laboratoriais, 500 clínicas e 70 hospitais por um valor bem abaixo do cobrado pela rede particular. Com atuação em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia, a rede é controlada pelo grupo financeiro BMG, um dos maiores do segmento no país. Seu diferencial é que ele não é um plano de saúde, pois não proporciona cobertura dos procedimentos médicos e sim funciona como uma indicação dos profissionais da rede com a máxima qualidade, uma vez que todos os médicos credenciados têm o título de especialista. Para falar sobre os benefícios desse sistema, conversamos com o diretor da empresa, José Humberto Affonseca Sobrinho. Acompanhe.

Carreira&Negócios: Quais os diferenciais da rede em relação aos demais planos de saúde existentes no mercado? José Humberto Affonseca Sobrinho: No Sinasa, o paciente tem maior facilidade para agendar consultas e ter acesso a serviços médicos diversos, já que a empresa dispõe de um sistema on-line de busca de especialistas, clínicas e hospitais. Os principais diferenciais são na escolha do médico,

Mais do que um plano de saúde, a rede Sinasa é um sistema inteligente que oferece amplo acesso à serviços diversos agenda de milhares de médicos. Por fim, no Sinasa, o associado não tem carência, limite de utilização, alteração do valor da anuidade por faixa etária ou restrições para doenças préexistentes e gestantes.

ou seja, em qualquer plano de saúde o usuário escolhe o médico pelo livro. No Sinasa, ele encontra o médico via Internet, em “tempo real”, com informações sobre a universidade e ano de formação de cada profissional. Outro diferencial é que os médicos no plano de saúde convencional recebem de R$ 25 a R$ 35 por consulta e recebem esse valor com até 60 dias após a data da consulta. O médico do Sinasa recebe o piso da categoria de R$ 42,00, na hora da consulta e não sofre interferências na relação médico-paciente. Além disso, o associado Sinasa tem à sua disposição um moderno sistema de agendamento eletrônico, via Internet ou por telefone, no qual encontra a

C&N: Quais as perspectivas da Sinasa para este ano? Existe a expectativa de mais algum benefício para o cliente? José Humberto Affonseca Sobrinho: Estamos ofertando os serviços do Sinasa para empresas, pois até então só comercializávamos para pessoas físicas. No mercado corporativo, o Sinasa pode ser mais atraente ainda, pois no modelo de autogestão, a empresa só paga o que usa e ainda não precisa se comprometer com prestação mínima paga por cada usuário. Os planos/seguro saúde exigem uma taxa de sinistralidade, que, de certa forma, passam para o empresário a responsabilidade do risco de utilização. Isso quer dizer que a empresa paga uma mensalidade por cada usuário e se a taxa de utilização ultrapassar os 70% de sinistro, ela cobra os valores excedentes da empresa contratante. Quando os valores forem menores, a empresa não recebe o dinheiro da diferença de volta. No Sinasa, a empresa só paga o que for utilizado. A rede recebe uma anuidade pelos serviços de gerenciamento da rede, pois a empresa paga diretamente os serviços para os prestadores. C

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tendência

Artigo

Por LAURA BERGAMO

Rio com tudo Com a Copa do Mundo de 2014, é iminente a geração de emprego e desenvolvimento para o nosso país

O

nosso Rio de Janeiro será palco para a tão sonhada Copa do Mundo de 2014 e também para as Olimpíadas de 2016, muitos sonhos para serem sonhados e concretizados e um em especial fará com que nós, brasileiros fiquemos muito mais felizes: o mercado de trabalho vai gerar muitas vagas por conta de tudo que ainda precisa ser e será feito para receber os dois mais importantes eventos esportivos que existem no mundo. O que muitos não sabem é que nosso país é a décima maior economia do mundo, e em 2016 estima-se que seja a quinta. Eu escreverei todo mês aqui sobre o impacto que a Copa e as Olimpíadas terão no nosso país. Neste mês, falo das profissões: trabalhos não faltarão! Seja na área de hotelaria, comércio informal, turismo ou até mesmo trabalhando como voluntário, essa será a opor-

tunidade para aprender e evoluir junto com o Brasil e o Rio de Janeiro. Os postos que mais serão beneficiados com a chegada dos jogos serão a construção civil e o turismo. Segundo um estudo realizado pela Fundação Instituto de Administração (FIA) serão 120 mil pessoas contratadas entre 2009 e 2016. Estimativas do Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR) indicam que a área mais beneficiada com os Jogos Olímpicos será o turismo e a cidade do Cristo Redentor pode receber até 15% de turistas a mais do que o normal! Serão 15 mil empregos fixos e 50 mil empregos temporários na área de construção civil e serviços. Agora para nós brasileiros, donos de cinco taças mundiais, as Copas serão um deleite para quem têm determinação e quer trabalhar na cidade maravilhosa. O Ministério do Turismo

“Serão 15 mil empregos fixos e 50 mil empregos temporários na área de construção civil e serviços.”

tem como meta qualificar até 2013, por meio do Bem Receber Copa, 306 mil funcionários que atuarão diretamente nesse setor. Já o Programa Olá Turista vai qualificar o idioma dos profissionais que trabalharão com os estrangeiros a partir de 2010: uma real integração no mundo dos Jogos! O Ministério do Turismo está planejando aumentar a participação do mercado formal e estimular o registro no Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos do Ministério do Turismo, assim, esses trabalhadores terão a chance de ter acesso aos projetos que serão oferecidos se qualificando ainda mais: legado que ficará para sempre e presente trazido pela oportunidade da Copa em nosso país abençoado por Deus. Muitas pessoas também têm o sonho de trabalhar como voluntário, o que serve como bagagem cultural, experiência para futuros eventos e um “quê” a mais no currículo especialmente dos jovens que sempre sonham com um mundo de possibilidades. Quer ser um deles? Muito simples! Para as Olimpíadas basta acessar o site oficial: http://rio2016.org.br e clicar no logo “torne-se um voluntário” preencher o cadastro e esperar pela sua chance, mas vale lembrar que o trabalho de voluntariado é muito sério que exige disposição, boa vontade e educação para atender a todas as solicitações. Mais pra frente veremos quando e onde as vagas irão surgir, mas uma coisa já está garantida: chances surgirão e quem tiver vontade, é só correr atrás para ter um lugar ao sol! C

Fonte: Secretaria de Comunicação Social do Estado do Rio http://www.copa2014.turismo.gov.br

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