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Editorial
ABRe aspas
O erro é
fundamental E
rrar é humano, como já dizia o dito popular. Entretanto, cabe a cada um fazer com que o erro se transforme em um aprendizado. Não é à toa que as críticas, quando são construtivas, fazem-nos crescer muito mais do que os elogios. Essa máxima se encaixa perfeitamente em nossa vida profissional. Todos nós, pelo menos uma vez, já passamos por uma situação em que algum chefe chamou a nossa atenção, deixando-nos furiosos; mas, que depois nos ajudou a melhorar naquilo em que fomos criticados. Afinal, o próximo sempre serve como exemplo, seja para o bem ou para o mal. Com esse foco, na matéria de capa que preparamos para esta edição, destacamos os erros corporativos mais comuns cometidos dentro da cadeia corporativa, seja por estagiários ou donos de empresas. Especialistas destacam como transformar esses equívocos em métodos produtivos. Por falar em transformação, a partir deste mês, a Carreira&Negócios volta a se chamar Gestão&Negócios. Portanto, os empreendedores terão
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matérias preparadas especialmente para eles, com dicas de negócios e a experiência de gestores de sucesso, que servem de exemplo para quem deseja abrir sua própria empresa. Nessa linha, temos uma reportagem sobre o mercado de moda para gestantes, as trajetórias da Riachuelo, uma das marcas mais tradicionais do vestuário brasileiro, e do restaurante carioca Mosteiro, ponto de encontro de executivos e empresários. Além disso, em ano de Copa do Mundo, não poderíamos deixar de falar sobre o tema esporte. Acompanhe o Caderno Especial deste mês, que traz como destaque uma entrevista com o ex-vice-presidente financeiro do time de futebol Barcelona, Ferran Soriano, que acaba de lançar pela editora Larousse o livro A Bola Não Entra Por Acaso, traçando um paralelo entre o universo do futebol e o setor corporativo. Boa Leitura! Sheyla Pereira sheyla@fullcase.com.br
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EuAMO
R vista É bom de
m ver, é bo
de ler.
LEnDo&rELEnDo CARTAs
www.carreiraenegocios.com.br Carreira&Negócios é uma publicação mensal da Editora Escala Ltda. ISSN 1413-8964. Carreira&Negócios não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados ou por qualquer conteúdo publicitário e comercial, sendo esse último de inteira responsabilidade dos anunciantes.
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EDITORIAL - Diretor: Sandro Aloísio Pré-impressão: Cíntia Karina dos Reis Produção: Fernanda de Macedo Alves Guedes e Rosana Ascenção Revisão: Bruna Baldini de Miranda
NÚCLEO CIÊNCIA & VIDA - Diretora: Jussara Goyano -
Atendimento ao leitor: Giovanna Sapienza Tel.: (+55) 11 38551955 - Colaborou nesta edição: Conceição Demetrio (arte)
PUBLICIDADE Diretor: João Queiroz – joaoqueiroz@ escala.com.br AGÊNCIAS Gerente: Fernanda Dias – fernandadias@escala.com.br Assistente: Adriana Neiva (11) 3855 2179 Executivos de Negócios: Fernanda Berna, Mariana Galvão, Paulo Sérgio de Moraes, Ricardo Inocêncio Pereira e Ulisses Martins DIRETOS Gerente: Claudia Arantes – claudiaarantes@escala.com.br Assistente: Taciana Oliveira (11) 3855 2244 Executivos de Negócios: Adriana Mauro, Luciana Lima, Marcelo Pires, Miriam Campanhã, Yone Catoira e Zélia Oliveira REGIONAIS Gerente: Alessandra Nunes – alenunes@escala.com.br Assistente: Luciane Freitas (11) 3855 2247 REPRESENTANTES: Brasília e Goiânia: Solução Publicidade - Beth Araújo (61) 3226 2218 / Ceará: Dialogar Comunicação – Izabel Cavalcanti (85)3264 7342 / Interior de São Paulo: L&M Editoração – Luciene Dias (19) 32317887 / Paraná: Starter – Paulo Roberto Cardoso (41) 3332 8955 / Rio de Janeiro: Marca 21 - Marta Pimentel (21) 2224 0095 / Rio Grande do Sul: Starter - Cristina Zimmermann e Marcelo Lima (51) 3327 3700 / Santa Catarina: Starter – Andreza Silveira Machado e Wiviani Wagner (48) 3024 4398 COMUNICAÇÃO E MARKETING Diretor: Filipe Rios Gerente de Comunicação: Patricia Filgueira Assistente de Marketing: Jackelin Wertheimer Assessora de Imprensa: Júlia Furquim Assistente de Criação: André Martins Assistentes de Arte: Nathalia Valente e Priscila Fosco Gerente de Projetos Especiais, Eventos e Parcerias: Ritha Corrêa Assistente: Luiz Eduardo Oliveira VENDAS DE REVISTAS E LIVROS
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espaço do leitor
A matéria de capa da 20ª edição, intitulada Tempo é dinheiro... E saúde, é uma prestação de serviços para vários profissionais que julgam o trabalho mais importante que todas as outras esferas da vida. Eu concordo que todos devem se dedicar ao trabalho, mas colocá-lo à frente da família e dormir no escritório já não é uma atitude saudável. A partir disso, outros problemas podem ser desenvolvidos, como a Síndrome de Burnout. O equilíbrio é sempre a melhor saída, em qualquer situação. Kátia M. Freitas – por e-mail
privacidade? Interessante a matéria Em Busca da Privacidade, que fala sobre como atrair novas oportunidades profissionais sem colocar em risco o atual emprego. Com a era da internet, ao mesmo tempo em que ficou mais fácil saber das vagas existentes no mercado, também ficou simples os chefes “rastrearem” o que seus funcionários andam fazendo por aí. E como emprego não se acha em qualquer esquina, o melhor a fazer é tomar todo o cuidado para não se queimar no mercado. Bianca R. Martins – Rio de Janeiro - RJ
Criador e criatura Interessantíssima a reportagem intitulada Por traz do Império Silvio Santos, que traz uma entrevista com o presidente do grupo, Luiz Sebastião Sandoval, que descreve toda sua trajetória profissional até chegar à presidência do Grupo Silvio Santos, além de mostrar que, desde pequeno, seu instinto empreendedor não deixa se intimidar com as dificuldades. A história desses dois empresários (Silvio Santos e Sandoval), que têm em comum suas origens humildes, a determinação e o sucesso profissional, serve-me de inspiração. Magna Salvador - estudante de Ciências Contábeis - São Paulo- SP eRRATA Ao contrário do que foi publicado na edição 20 da Carreira&Negócios, na matéria É o Bicho, a veterinária Larissa Higassi não é profissional do laboratório Inovet e sim da Premier Pet.
produto nacional A matéria Popularmente Chique, publicada na edição 20 da Carreira&Negócios, em abril, traz um importante incentivo aos empreendedores brasileiros. Steve Luttman é um empreendedor com um dom incontestável, um ótimo exemplo de determinação e coragem para arriscar e que sempre está à frente de inovações. Apesar de ser um americano levando os créditos pelo sucesso, fico satisfeita que um produto nacional destaquese em um cenário internacional, isso mostra que o Brasil é rico em diversidades culturais e comerciais pouco exploradas. Espero que isso sirva de exemplo de motivação para todos os nossos futuros empresários. Karina Leoni – Guarulhos – São Paulo
Fale com a G&N Fale conosco para esclarecer dúvidas, registrar opiniões e sugerir reportagens, para que possamos fazer uma revista cada vez mais completa para você! CARTAS PARA: Rua Belmiro de Almeida, 147 Saúde - São Paulo - SP CEP 04127-040
CONTATO: edgar@fullcase.com.br (11) 5081-6965
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SUMÁRIO
Edição 22
Capa 44
Ninguém está livre de deslizes,
principalmente no ambiente de trabalho, onde convivemos com pessoas de diferentes origens e que possuem formas diversas de pensamento. Do estagiário ao dono da empresa, em
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Entrelinhas
menor ou maior grau, todos os membros
As inovações da Fran’s Café sob a visão da gerente de Marketing e Comunicação da rede, Mônica Cavalcante
da cadeira corporativa cometem erros
Know-how
Acompanhe na matéria de capa desta
Por que há escassez de bons profissionais no mercado de trabalho? O empresário Gilberto Wiesel explica em artigo
Perfil empreendedor
Sob medida: Dreams Arquitetura de Ideias cresce 67% em 2009 e conquista clientes como Unilever e Votorantim
Sua carreira
O intraempreendedorismo praticado por empresas que querem traçar projetos inovadores
Seu negócio
As grávidas podem, sim, andar na moda. As empreendedoras de plantão agradecem!
6 • GESTÃO&NEGÓCIOS
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que, se bem aproveitados, podem se transformar em aprendizado. edição dicas de especialistas para que você evite manchar a sua imagem na empresa em que trabalha. ESPECIAL
Em ano de Copa do Mundo, nosso Caderno Especial trata dos setores do esporte que estão em alta FRANQUIA: Você ainda vai ter uma
Escolinhas de fute num PAÍS APAIX bol ONADO pela bola
O GOLFE como ferramenta de networking
caderno ESPECIAL
Esportes As oportunidades em um dos setores mais prósperos para empreendedores
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s
Atendimento ao leitor
Colunistas 25 | COTIDIANO&TRABALHO
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Luiz Guilherme Brom
35 | GESTÃO&SOCIEDADE Tatiana Martins Alméri
39 | COMUNICAÇÃO&NEGÓCIOS Sandra Turchi
55 | LEGISLAÇÃO&NEGÓCIOS José Celso Martins
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63 | ESPORTE&NEGÓCIOS Marco Aurelio Klein
71 | MOTIVAÇÃO&CARREIRA Luiz Marins
Expressão
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56 | Você pode: como enfrentar os grandes empresários que oferecem os mesmos produtos que você
Tome nota
Quase a metade dos executivos brasileiros pensa em mudar de emprego nos próximos seis meses. Entenda os motivos
Vitrine
Taurus Marketing representa Realtors Expo&Conference nos Estados Unidos
Olhar responsável
Início de carreira promissor para jovens que investem na venda direta de produtos
Para informações, sugestões, elogios ou reclamações, o atendimento ao leitor esta disponível de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h. Telefone: (11) 3855-1000 E-mail: atendimento@escala.com.br
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Conversa afinada 74 | Como implementar técnicas gerenciais que tornam as operações mais eficientes
Presente em sua vida
Seções
&
05 | Lendo&Relendo 08 | Radar Corporativo 26 | Inovadores
66|
40 | Fala, coach! 58 | Baú Corporativo
Executivo.com O processo de cobrar um cliente não precisa ser embaraçoso. Veja como a tecnologia auxilia as empresas nesse sentido
62 | Quem é ele? 68 | Em sala
78 | SINAPSE: Dicas de filmes por
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Myrna Silveira Brandrão 82 | FECHA ASPAS: As metas do Grupo Marisol, que pretende expandir sua atuação no sistema de franquias
NEGÓCIOS CARREIRA
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Happy hour
Restaurante Mosteiro atrai executivos e empresários há décadas
Gestão pessoal
Você comete muitos erros no horário do expediente? Descubra no teste do mês!
Fale com a redação Contato direto com a redação da revista para que você nos envie sugestões e comentários. Telefone: (11) 3855-1000 Endereço: Avenida Profº Ida Kolb, 551 Casa Verde CEP 02518-000 São Paulo - SP E-mail: gestaoenegocios@escala.com.br
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Co rpo rati vo
tendências&negócios
Inglês
Áreas financeira e bancária
Persio De Luca
A EF Englishtown, escola de inglês on-line, lançou um módulo especial de inglês para as áreas bancária e financeira, com o objetivo de capacitar o aluno a entender melhor o vocabulário desse mercado, que envolve instituições financeiras, números, ações em bolsa, fechamento de negócios, balanço de resultados, diferentes moedas e outros termos específicos. “Além disso, o curso oferece dicas de como solicitar empréstimos em inglês, como aplicar o dinheiro e como ler e entender cartas e linhas de créditos, entre outros”, diz o gerente geral no Brasil da EF Englishtown, Persio De Luca.
Lauro de Lauro
Estratégia
Consolidação A Nomer passou a fazer parte de um grupo de empresas que fornecem soluções para a internet com foco diferenciado Dualtec, empresa especializada em Cloud Solutions, e Dualtec Web Applications, especializada em desenvolvimento de aplicações. “Após a aquisição da Nomer, concebemos uma nova estratégia comercial, novo modelo de gestão de atendimento e redesenhamos totalmente os processos e a infraestrutura técnica”, diz Lauro de Lauro, sócio-diretor da Dualtec.
Resultados
Aumento na receita Natália Gabriela Martin
Lançamento
Oportunidades on-line Os interessados em trabalhar na Multicoisas terão uma nova ferramenta no site da marca, que possibilita a visualização das oportunidades nas lojas, com detalhes como as características necessárias para ocupá-las, localização da loja e informações sobre disponibilidade do horário de trabalho. “Os candidatos terão mais facilidade para escolher as vagas, optando por aquelas que se adequam às suas necessidades profissionais”, diz a diretora de marketing da Multicoisas, Natália Gabriela Martin.
A MicroStrategy, fornecedora de software de business intelligence (BI), anunciou que nos três primeiros meses do ano, a receita da companhia foi de US$93,4 milhões, contra US$80,2 milhões no mesmo período de 2009, o que representou um aumento de 16%. A receita proveniente de licença de produtos foi de US$ 18 milhões contra US$ 17 milhões no primeiro trimestre de 2009, o que significa um crescimento de 6%. Já a receita com suporte e outros serviços relacionados ao negócio principal da MicroStrategy, o BI, foi de US$ 71,3 milhões contra US $60,6 milhões no primeiro trimestre de 2009, ou seja, um crescimento de 18%.
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Ciranda Empresarial Contratações e promoções de peso
» Desafio
Parceria
Conta corrente O Bradesco e a Vivo anunciaram o lançamento da Conta Bônus Celular Bradesco, produto bancário nacional que dá vantagens aos correntistas, como a conversão da mensalidade da cesta de serviços em bônus para ser utilizado por clientes das modalidades pré-paga e Vivo Controle da operadora Vivo. Voltada à inclusão bancária de potenciais usuários de telefonia celular, a Conta Bônus Celular Bradesco pode ser contratada em um dos mais de 31 mil pontos de atendimento do Bradesco, incluindo agências, unidades do Banco Postal e do Bradesco Expresso.
Rubens Silva
» Consultoria estratégica Formado em engenharia mecânica, pós-graduado em Administração na FGV e com mestrado em Engenharia de Produção pela FEI - Faculdade de Engenharia Industrial, Rubens Silva é o novo diretor da equipe de Business da consultoria multinacional de negócios e TI everis no Brasil. Contratado para reforçar a unidade de consultoria estratégica da multinacional, Rubens será responsável ainda pelas próximas ações que devem gerar serviços de maior valor agregado para os clientes.
» Experiência como CIO Antônio Moreira Leite
Marketing Viral
Rede social A rede de culinária fast-food Spoleto aderiu à rede social Foursquare, desenvolvendo uma ação de marketing viral que oferece um presente especial aos clientes que mais frequentarem os endereços participantes e seguirem as instruções do site. “Nosso objetivo é que toda semana um cliente tenha uma nova oportunidade para tornar-se o prefeito e embaixador de determinada unidade do Spoleto, e ganhar uma recompensa por isso”, afirma o gerente de marketing do Spoleto, Antônio Moreira Leite.
O Gartner, especializado em pesquisa e aconselhamento sobre tecnologia da informação e supply chain, contratou Cristiane Tarricone como nova gerente de relacionamento dos programas executivos do Gartner para a América Latina.Com 25 anos de experiência na área de TI, Cristiane atuará como consultora de negócios na assessoria pessoal de CIOs de empresas do Brasil e da América Latina, gerenciando o acesso preferencial desses executivos ao conteúdo do Gartner.
A Network1, distribuidora de soluções tecnológicas, contratou Alexandra Bittencourt como diretora de Supply Chain (cadeia de suprimentos). Alexandra possui 12 anos de experiência nos mercados de TI e logística e acumula passagem por empresas como Sony Ericcson, Sun Microsystems do Brasil, UPS SCS Logística (Brasil). Graduada em Administração de Empresas, com habilitação em Comércio Exterior, pela Universidade Paulista (UNIP), a executiva é pósgraduada em gerenciamento de projetos pela George Washington University, Miami, USA.
» TI A Tata Consultancy Services (TCS), empresa de tecnologia da informação pertencente ao Grupo Tata, anunciou S. Balasubramanya como novo presidente da operação brasileira, que ocupará o cargo a partir de 1º de junho. Bala, como é mais conhecido, é o atual Chief Operating Officer (COO) da empresa para a América Latina. Ele sucederá Cesar Castelli, executivo que desde 2007 está à frente da subsidiária brasileira. O executivo já trabalhou na Inglaterra, Irlanda, Estados Unidos, Holanda e Suíça, além da própria Índia, onde se formou em engenharia e ingressou na TCS em 1981.
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Co rpo rati vo
Recursos Humanos
Integração
Gabrielle Teco
A Acesso Digital, empresa que visa a popularização da digitalização de documentos, desenvolveu um novo programa de integração de novos funcionários. Denominado “Projeto Novo Ser”, o objetivo é a rápida adaptação do colaborador à cultura da empresa. “Com a previsão de dobrarmos nosso quadro de colaboradores em 2010, desenvolvemos esse projeto de integração, cujo objetivo principal é garantir que os contratados compreendam a cultura da empresa e sintam-se parte dela”, afirma a gerente de marketing e comunicação da Acesso Digital, Gabrielle Teco.
Inauguração
Nova loja A imobiliária gaúcha Ducati abriu uma nova loja em Porto Alegre, localizada no bairro Menino Deus. Com 300 metros quadrados, a nova loja conta com estacionamento próprio no local, 50 corretores à disposição e um sistema de busca de imóveis novos e seminovos. A meta da imobiliária é que o movimento aumente em 20% com a nova unidade. A filial já está aberta ao público, funcionando na Rua José Francisco Duarte Jr., nº 175, de segunda a domingo, das 8h30 às 20h.
Publicidade
Campanha 3D A Grendene iniciou sua primeira campanha utilizando a tecnologia 3D. A ação serviu para divulgar o calçado infantil Papete do Homem Aranha. Ao comprar o produto, os consumidores receberão um óculos 3D para navegar em um hotsite da marca e quatro adesivos para visualização nessa dimensão. O site conta ainda com games, downloads de wallpapers e emoticons.
Franquia
Rafael Palladino
Expansão
Imóveis
Financiamento O banco PanAmericano, financeira do Grupo Silvio Santos, ingressou no crédito imobiliário, estreiando no 6.° Feirão da Caixa em São Paulo. O banco irá atuar como correspondente bancário da CAIXA, oferecendo as mesmas condições de financiamento que o Banco Federal. “A casa própria é um grande desejo de nosso público, e agora passaremos a oferecer essa opção e com as melhores condições do mercado”, afirma o diretor-superintendente do Banco PanAmericano, Rafael Palladino. Felipe Paoletti
A Espetíssimo, franquia de espetinhos prontos, com oito unidades em operação no Estado de São Paulo, pretende expandir-se por todo o país. Para isso, conta com desenvolvedores regionais que auxiliam na expansão da marca. “Como nosso fornecedor de espetos, a Churrasquinho Jundiaí já atende a todo o Brasil, o maior obstáculo foi vencido para podermos cumprir as metas de rápido crescimento nos próximos anos”, explica o sócio-diretor da empresa, Felipe Paoletti.
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co rpo rati vo
tendências&negócios
Percival Jatobá
Incentivo Marcio Portella DaNiel
Varejo
formação on-line SaMSuNg aprimorou a capacitação no varejo com treinamentos on-line pela Take 5, especializada em ferramentas com base no conceito multimídia. A multinacional investiu na solução Varejo Expert da Take 5, com foco específico em treinamentos on-line aos vendedores de toda a rede credenciada da fabricante. “Essa ferramenta é muito vantajosa para a Samsung, pois permite que o varejista faça o treinamento no horário mais adequado para ele. Também nos permite passar uma mensagem unificada e direta para esse público, que é tão importante para nós”, diz o diretor da Divisão de Eletrônicos de Consumo da Samsung, Marcio Portella Daniel.
Frases&Fatos positiVo
alta doS SuperMercadoS De acordo com a pesquisa Retratos do Varejo – realizada em conjunto entre a APAS (Associação Paulista de Supermercados) e as empresas de pesquisa Nielsen, Kantar WorldPanel e GfK – o setor supermercadista do Brasil registrou, em 2009, faturamento de R$ 177 bilhões, representando um incremento nominal de 11,7%; e real de 6,5%, em relação ao ano anterior. A representatividade do segmento, segundo o presidente da APAS, João Sanzovo Neto, corresponde hoje a 5,6% do PIB brasileiro.
programa de benefÍcios A ViSa lançou o programa de benefícios exclusivos para micro, pequenos e médios empresários. Trata-se do Clube de Negócios (www.visa.com.br/clubedenegocios), um portal desenvolvido para simplificar a vida dos portadores de cartão Visa Empresarial. “Com essa iniciativa, a Visa reforça o seu comprometimento com o segmento de PMEs ao oferecer mais uma ferramenta para ajudá-los a crescer o seu negócio”, afirma o diretor-executivo de Produtos da Visa do Brasil, Percival Jatobá.
negatiVo Falta de QualiFicaÇÃo Apesar da geração recorde de empregos em abril e da previsão de criação de 2,5 milhões de vagas em 2010, a falta de qualificação ameaça o crescimento do número de postos de trabalho formais em todo o país, de acordo com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Este ano, a expectativa é que cerca de 1 milhão de trabalhadores passem por algum curso de formação. “Estamos muito aquém do necessário, deveriam ser 5 milhões”, comparou.
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entrelinhas Negócios
a i g é t Estra ela r a m a verde Por Flávia Ghiurghi
Novo CEO da everis conta como consultoria pretende tornar Brasil operação mais importante do grupo fora da Espanha
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everis, consultoria multinacional de negócios, tecnologia da informação e outsourcing, anunciou Teodoro López como CEO da empresa no Brasil. Com mais de quinze anos de experiência em TI e mais de onze na companhia, o executivo assumiu a operação brasileira, deixando a posição de vice-presidente com a missão de consolidar a operação local no país, com foco na estratégia de crescimento mundial estabelecido pelo plano global de expansão e consolidação denominado everis 2013, no qual pretende ser daqui a quatro anos uma consultoria de um bilhão de euros no mundo. “A everis Brasil, dentro desse plano, será a operação mais importante do grupo fora da Espanha”, diz Teodoro López. De acordo com o executivo, o Brasil terá forte participação no plano, chegando a representar nesse período
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10% do negócio de consultoria do grupo. Atualmente, o escritório brasileiro representa 5% na participação e, para obter o crescimento previsto nos próximos quatro anos, o foco será a consolidação do trabalho realizado na região de São Paulo, a expansão da fábrica de softwares em Uberlândia, Minas Gerais, e o lançamento de serviços de BPO. Ainda sobre os planos para a realização do projeto everis 2013, a meta é consolidar sua presença nos setores de banco e telecomunicações, potencializar sua presença nos segmentos de indústria, seguros e energia e iniciar a trajetória da everis no setor público. Em entrevista à Gestão&Negócios, López conta porque o Brasil se tornou um mercado prioritário para a everis.
G&N: Comente o que fez você deixar a vice-presidência para estar à frente da direção da everis Brasil. Quais foram seus principais projetos que impulsionaram à promoção? Teodoro López: O principal fator da minha promoção a CEO da everis foi o plano de carreira da companhia que incentiva a formação dos profissionais e permite o impulso da carreira, por mérito. Na everis todos são incentivados na busca por novos desafios e com esse estímulo vem o crescimento profissional. Somado a isso, acredito que minha experiência em Telecom, o sucesso obtido pela área, com ganho de novos clientes e a duplicação da receita, e minha atuação como vice-presidente de operações conseguindo dobrar a rentabilidade da empresa e promover um crescimento de 34% no último ano também contribuiram. Resumindo – mérito e resultados juntos.
G&N: Como será o plano global de expansão e consolidação denominado everis 2013? E qual será sua participação nesse projeto? Teodoro López: O plano global da everis tem como objetivo tornar a eve-
ris, daqui quatro anos, uma consultoria de um bilhão de euros no mundo. Para isso, focaremos na liderança nos mercados onde atua hoje (Europa e América Latina), na expansão geográfica, iniciada com a abertura de escritórios na Polônia, Bélgica e EUA, além da entrada no Reino Unido prevista para este ano. E na diversificação dos negócios, expandindo nossa atuação para além do âmbito de consultoria. Minha participação está na consolidação do escritório Brasil como a operação mais importante do grupo fora da Espanha, chegando a representar 10% do negócio global da companhia. Para isso, vamos consolidar nossa presença nos setores de Banco e Telecomunicações, potencializar ainda mais nossa presença nos segmentos de Indústria, Seguros e Energia e iniciar a trajetória da everis no setor público. Nosso trabalho estará direcionado à captação de novos clientes e a fortalecer o relacionamento de longo prazo com os clientes atuais e novos, além de apoiar o crescimento dos nossos colaboradores dentro desse novo plano. E meu objetivo como CEO é liderar a companhia a conquistar essa meta por meio da implementação das estratégias direcionadas a este crescimento.
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G&N: Por que a everis Brasil, dentro desse plano, será a operação mais importante do grupo fora da Espanha? Explique. Teodoro López: A everis Brasil foi escolhida a operação mais importante fora da Espanha, levando-se em conta o contexto econômico mundial dos países onde a consultoria atua. O Brasil tem um grande potencial de crescimento e desenvolvimento econômico, e, por esse motivo, a everis está apostando no país.
G&N: Comente sobre o fato de que, para obter o crescimento previsto nos próximos quatro anos, o foco será a consolidação gestão&negócios • 17
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entrelinhas Negócios
do trabalho realizado na região de São Paulo, a expansão da fábrica de softwares em Uberlândia, Minas Gerais, e o lançamento de serviços de BPO. Teodoro López: São Paulo é um dos focos da consolidação do trabalho da everis por ser o principal núcleo econômico do Brasil. A everis já tem forte atuação na capital paulista, mas deseja conquistar novos mercados e se consolidar por aqui. O Rio de Janeiro é outro núcleo econômico e financeiro superimportante, com foco no setor de Energia, uma das áreas de expertise da everis. Já nossa unidade em Uberlândia foi escolhida por ser uma das cidades mais importantes do Triângulo Mineiro e contar com excelentes universidades em sua proximidade.
G&N: E sobre o crescimento dos colaboradores dentro desse novo plano? Como a everis no Brasil irá atuar para otimizar a capacitação de seus colaboradores? Teodoro López: A everis investe mais de € 10 milhões em treinamento global, oferecendo um plano de formação chamado de Universidade Corporativa para todos os consultores, de acordo com o nível de carreira de cada um. A homogeneidade do plano de formação mundial garante que todos os países sejam capazes de trocar experiências com os demais escritórios, podendo atuar em projetos com a mesma qualidade em qualquer escritório do mundo. Além disso, a everis, por meio de seu plano de carreira, promove reviews e avaliações periódicas que direcionam e motivam os profissionais a sempre buscarem novas responsabilidades, conhecimentos e novas experiências que contribuam com sua capacitação e crescimento dentro da companhia.
G&N: Conte quais serão suas estratégias para obter êxito nesse plano de expansão.
Teodoro López: Como foi dito anteriormente, a everis almeja crescer em áreas de atuação que são pilares fundamentais de atuação para a companhia, como Bancos e Telecom, e aproveitando o conhecimento internacional da consultoria nessas áreas, também tem como foco as áreas de Indústria, Seguros e Energia; além de focar na captação de novos clientes e em fortalecer o relacionamento de longo prazo com os clientes atuais e novos.
G&N: Você contratou ou irá contratar novos profissionais para auxiliar nessa sua nova trajetória profissional? Comente. Teodoro López: Com o plano de crescimento everis 2013, a consultoria pretende dobrar seu tamanho no Brasil. Para isso, com certeza, haverá novas contratações.
G&N: Explique como suas experiências profissionais anteriores o ajudaram a alcançar a presidência da everis. Teodoro López: Estou na everis há 12 anos e, definitivamente, a experiência acumulada nesse período foi fundamental para alcançar o posto de presidente da companhia. A visão global propiciada pela atuação em diferentes países e a possibilidade de crescimento e novos desafios foram fundamentais para atingir meus objetivos profissionais.
G&N: O que significou para você ser escolhido como presidente da everis no Brasil, principalmente em meio a uma fase tão importante da empresa? Teodoro López: Vejo essa promoção como um grande desafio. Tenho muito orgulho pelo reconhecimento do meu trabalho na everis e também muito respeito pela importância do cargo, principalmente em um momento tão estratégico para a empresa como este.
Teodoro López: “Minha participação no plano global de expansão e consolidação, denominado everis 2013, está no estabelecimento do escritório do Brasil como a operação mais importante do grupo fora da Espanha, chegando a representar 10% do negócio global da companhia”
G&N: Como atingir as novas metas da everis no Brasil diante da crescente concorrência no setor de TI e outsourcing no Brasil? Teodoro López: A everis tem duas prioridades em relação ao seu trabalho: capacidade de entrega e qualidade do trabalho realizado. Nosso objetivo principal não é ter grande quantidade de clientes, e sim oferecer a melhor qualidade de serviço e, com isso, conquistar a confiança de nossos clientes. Esse é o nosso diferencial e, com ele, atingiremos as novas metas.
G&N: Que dicas você daria aos profissionais que também almejam traçar uma trajetória profissional de sucesso? Teodoro López: A todos os profissionais que desejam uma trajetória de sucesso, meu conselho é ter paciência para enfrentar os desafios. Uma carreira de sucesso é um investimento a longo prazo e requer uma análise objetiva: onde se quer chegar, o que é preciso fazer e seguir os passos estabelecidos com firmeza. G
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Know-How
Tendência
Por que há
?
escassez no mercado por Gilberto Wiesel*
M
uito se ouve falar sobre o perfil que deverá ser característico do trabalhador do futuro: dinâmico, inovador, atencioso e extremamente tecnológico. Então, se todos conhecem e sabem que esta é
a tendência no mercado, por que um grande número de empresas se depara com problemas na hora de contratar o colaborador? Segundo pesquisa realizada pela Manpower, empresa líder mundial no segmento de serviços em recursos hu-
manos, com 39 mil gerentes e diretores de RH de 33 países, 30% deles afirmaram que encontram dificuldades em preencher as vagas disponíveis em suas empresas. Para eles, o principal motivo dessa preocupante demanda é uma forte escassez de talentos. Já na
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O que diferencia empresários como Eike Batista e Carlos Slim dos que não possuem perspectivas de sucesso America Latina, 36 % dos empregadores relacionam esse fato à falta de mão de obra qualificada. Mas, se pensarmos em dinheiro para investir em desenvolvimento e tecnologia necessários para se inovar, podemos afirmar que existem em abundân-
cia esses recursos no mundo. Então, o que impede a existência de pessoas capacitadas para liderar esses bens? Como revelado no estudo, faltam empreendedores capacitados para atender a essa necessidade do mercado. Por que não temos mais profissionais, como o empresário Eike Batista, no comando de empresas? O brasileiro acaba de ser incluído no seleto grupo do capitalismo global, ao lado de ilustres como o americano Bill Gates, criador da Microsoft, e o mexicano Carlos Slim, dono de um empreendimento de telecomunicações. Desta forma, se analisássemos o perfil empresarial de Eike, talvez assim entendêssemos essa falha na área de recursos humanos. São poucos os que cultivam características iguais às do empreendedor. Inovador, dinâmico, audacioso e ousado, cada uma dessas qualidades foram colocadas em prática pelo empresário, com muita inteligência. Além de captar recursos na Bolsa de Valores, Eike empenhou-se em criar novas empresas de óleo e gás, logística, mineração e construção naval, sem nunca perder de vista o custo e retorno desse investimento. Para o empreendedor que deseja ganhar espaço e reconhecimento, é preciso estar atento não só à própria empresa, mas ao mundo que a rodeia. Possibilidades de apostas em outras áreas podem significar uma expansão territorial significativa para o empreendimento. Elaboração de estratégias para retomada de crescimento econômico pode ser umas das prioridades para aquele gestor que pretende alavancar seu negócio. Alguns profissionais tendem a se esquecer de que o rendimento da empresa também depende de fatores externos. Esses líderes precisam ir atrás de alternativas que atendam as necessidades de sua instituição. Permanecer na inércia enquanto empresas à sua volta crescem, não fará com que você lidere algum índice de vendas. É preciso criar novos caminhos para seus empreendi-
giLBeRto WieseL é empresário, administrador de empresas pós-graduado em Marketing pela FgV. É master-practitioner em Programação neurolinguística pela sociedade Brasileira de PnL e membro da time Line theraphy Association, HawaiUsA. É escritor, conferencista e diretor dor grupo Wiesel, que atua na área de educação corporativa
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Alguns profissionais tendem a se esquecer de que o rendimento da empresa também depende de fatores externos. Esses líderes precisam ir atrás de alternativas que atendam as necessidades de sua instituição”
mentos e entender que eles só chegarão a um destino grandioso se o guia estiver preparado para a caminhada. Entender que o espírito empreendedor é o principal fator de produção nesta nova ordem econômica mundial tende a ser o que diferencia um empresário de um Eike Batista. Assim, muitas empresas criaram, junto ao seu departamento de recursos humanos, ações para reter talentos em suas instituições. Mas, para que isso aconteça, eles precisam encontrá-los. G gestão&negócios • 21
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Perfil emPreendedor Marketing
Agência Dreams Arquitetura de Ideias aposta em projetos sob medida para atender necessidades de seus clientes
ao gosto do
freguês POR FLÁVIA GHIURGHI
E
specializada na criação de brindes corporativos e promocionais exclusivos, a agência Dreams Arquitetura de Ideias não foi a primeira experiência em conjunto das amigas e sócias Marcelle comi e Fernanda Lancellotti. Ambas estudaram no mesmo colégio, optaram pelo mesmo curso de graduação (comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda), prestaram vestibular para a mesma faculdade (Escola Superior de Propaganda e Marketing - ESPM) e entraram no mesmo ano e na mesma classe. “No segundo ano da faculdade, a Fernanda me chamou para trabalhar com ela e, desde então, estamos construindo nossa história de empreendedorismo”, afirma Marcelle. Na época, o desafio era tocar uma empresa de web que se chamava Vale Uma. As sócias desenvolveram um software de incentivo e premiação que era utilizado pelos clientes para premiar seus funcionários, clientes e prospects: vale uma cerveja? Vale uma viagem? A ideia era criar uma ferramenta de relacionamento baseada em testes de conhecimento em quiz e desafios on-line. Aqueles que se destacassem eram premiados. “Era primordial incentivar a participação dos usuários na plataforma e, dentre as estratégias traçadas, a que mais nos realizava sempre foi a de pensar nas premiações. Divertíamonos criando brindes inusitados e criativos”, lembra Marcelle.
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Notamos que as agências promocionais tinham muita capacidade criativa focada em conceitos de campanhas e suas mecânicas, porém, na hora da ponta final do relacionamento, faltava tempo e, principalmente, especificidade” Fernanda Lancellotti
Pouco tempo depois, a Vale Uma foi adquirida por uma agência de marketing promocional e passou a fazer parte de grandes campanhas, mas com premiações pouco originais: bloquinho de anotações, camisetas e bonés. “Neste momento, tivemos uma grande sacada. Sentíamos na pele que o mercado de comunicação estava carente de originalidade e que a demanda para este tipo de serviço era enorme. Resolvemos, então, abrir uma agência de comunicação 100% focada em criar e produzir brindes e presentes corporativos.” Em julho de 2003, nascia a Dreams Arquitetura de Ideias. “Quando éramos clientes e recorríamos aos brindes para apoiar nossas campanhas, já que trabalhávamos em uma agência de marketing de incentivo, ficávamos absolutamente frustradas, pois nunca conseguíamos viabilizar nossas ideias. O conceito da Dreams surgiu nesse momento: visualizamos uma oportunidade de negócio, uma vez que a demanda existia e era crescente.” No início, os desafios foram muitos. O negócio teve início com o FGTS da Marcelle e a ajuda de seus pais, que cederam a “garagem” de casa para o escritório. “Ficamos lá por um ano, onde não conseguimos faturar quase nada. Tudo o que lucrávamos, guardávamos e reinvestíamos. O fato é que resolvemos abrir a agência literalmente na raça, pois não tínhamos um sócio investidor. Em compensação, tínhamos um grande sonho e uma enorme vontade de fazer acontecer. Para citar ou-
Perfil profissional das criadoras da Dreams Fernanda Lancellotti é formada em Comunicação Social pela ESPM e fotógrafa nas horas vagas, iniciou sua carreira em 1998 trabalhando no marketing da Eletromídia, maior empresa de painéis eletrônicos da América Latina. No ano seguinte, a empresa abriu uma agência própria, Eletromídia House, onde passou a fazer parte da equipe de criação. No início de 2000 participou da criação e implementação do projeto valeumacerveja.com.br, que teve a Ideia.com e o fundo norte-americano Warburg Pincus como investidores. Após pouco mais de um ano em operação, o Vale Uma Cerveja se consolidou tornando-se uma agência de promoções on-line e sendo comprada
pelo Expertise Group, um dos maiores grupos de incentivo e promoções do país, onde Fernanda era a responsável por toda operação digital/tecnológica. Marcelle Comi é formada em Comunicação Social pela ESPM, iniciou sua carreira em 1999 como parte integrante da equipe de CI (Centro de Informação), área diretamente ligada à pesquisa de mercado da agência DM9. No início de 2000 foi convidada a participar da implementação do projeto valeumacerveja.com. br que teve a Ideia.com e o fundo norte-americano Warburg Pincus como investidores, como gestora de conteúdo.
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Perfil Empreendedor Marketing
tros desafios, podemos dizer que o formato idealizado era muito frágil, pois oferecíamos as ideias gratuitamente e atrelávamos nossa remuneração a um percentual cobrado na produção. Neste período, inúmeras ideias foram dadas gratuitamente. No início, ouvíamos muitos ‘nãos’, mas jamais desistimos. Sempre entendemos que provaríamos a real necessidade do nosso negócio. Uma agência que vende ideias. O formato proposto pela agência era muito novo e nós também. Sentíamos grande resistência por sermos jovens demais e por ainda não termos muita história para contar”, diz Marcelle.
Proposta diferenciada
Após três anos, Marcelle e Fernanda passaram a ser reconhecidas pela proposta diferenciada de criar projetos sob medida para os objetivos estratégicos de seus clientes, transformando presentes e brindes em ferramentas de comunicação. “Pela nossa experiência, tanto em agência como em cliente, notamos que as agências promocionais tinham muita capacidade criativa focada em conceitos de campanhas e suas mecânicas, porém, na hora da ponta final do relacionamento, faltava tempo e, principalmente, especificidade”, conta Fernanda, que reconhece não ser fácil produzir. “Existe uma série de variáveis que devem ser controladas na ponta do lápis: prazo x qualidade x originalidade x custo. Quando não se está focado
100% nisso, alguns detalhes passam e o produto final perde muito. No mercado senti isso, pois as agências acabam oferecendo sempre os mesmos produtos.” Fernanda ressalta também que a criação de presentes sempre foi uma paixão de ambas as empresárias. Desde a adolescência, as duas adoravam pensar em presentes diferentes para amigos, namorados e família. Daí, uniram o talento à demanda do mercado e profissionalizaram a atividade. “A originalidade não está somente no presente, mas na razão pelo presente. Os gifts são uma intersecção entre quem presenteia e quem recebe o presente. Pensando nisso, defendemos que eles precisam conter características de ambos. Além disso, defendemos a descaracterização do ‘brinde’ e a criação de produtos/objetos de desejo. Por fim, o produto que traz um conceito atrelado, uma estampa aplicada, um texto bem amarrado, provoca quem o recebe. A Dreams já completou seis anos e se tornou referência como a única agência nesse segmento, composta por quinze funcionários divididos nas áreas comercial, operacional, de criação, administrativa e financeira, completamente engajados e responsáveis”, diz Fernanda.
Fidelização
Para garantir a fidelidade dos clientes, Marcelle e Fernanda criaram um informativo mensal chamado Salada de Ideias, enviado aos clientes perio-
Sentíamos na pele que o mercado de comunicação estava carente de originalidade e que a demanda para esse tipo de serviço era enorme” Marcelle Comi dicamente. “Ele é livre, não tem regras, datas ou obrigatoriedades. É mais um forte canal de comunicação em que contamos não só o que fazemos, mas também o que pensamos. Mas, sem dúvida, nossa maior estratégia de fidelização é fazer cada dia melhor o que nos propomos. Uma vez dentro de casa, o cliente tem que ser bem atendido e assim perceber como o serviço de uma agência especializada em gifts é fundamental para suas ações promocionais, de relacionamento, incentivo, RP e endomarketing. Por isso, investimos em nossa equipe e buscamos ter conosco pessoas capacitadas e felizes”, reforça Fernanda.
Estimativas positivas
Em 2009, a Dreams comemorou um crescimento de 67% e a conquista de 41 novas marcas no portfólio, como Unilever, TVA, Itaú, Banco Votorantim, Baruel, Epson e Brasilprev. Para este ano, a empresa projeta um incremento de no mínimo 50%. “Para isso, pretendemos focar em estratégias mais agressivas e fortes de prospecção, além de enfoque especial na fidelização dos atuais clientes”, prevê Marcelle. A meta para 2010 é investir em pesquisa de produto e em viagens que estimulem a inspiração, além do plano de mudança de sede e o investimento na equipe. “Parece ‘piegas’, mas acredito que a Dreams seja a concretização de um sonho. Trace metas claras, tenha objetivo e seja persistente. O ditado ‘Deus ajuda quem cedo madruga’ é a fórmula do sucesso. Nossa empresa é fruto de muito, muito e muito trabalho”, finaliza Marcelle. G
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COTIDIANO&TRABALHO Artigo Por Luiz Guilherme Brom*
Mercado de trabalho aquecido N
os anos finais da década de 1970, matérias na imprensa brasileira já mostravam preocupação com um fenômeno socioeconômico que se tornaria um pesadelo nos 25 anos seguintes: o desemprego em larga escala. A economia nacional se encontrava fragilizada após os choques do petróleo, e a inflação dava sinais de muita força. A inflexão da curva de crescimento da indústria brasileira ocorre em 1982 e aceleram-se as demissões em massa. Em 1980, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) começa a pesquisar e a medir o desemprego. Milhões perdem o emprego e o Brasil nunca mais será como antes. Explodem as favelas, a miséria e os problemas sociais de toda ordem. Nesta primeira década do novo milênio, o que parecia um milagre talvez esteja acontecendo: a economia cresce e o desemprego recua, surge uma quantidade respeitável de novos postos de trabalho. Apenas no primeiro quadrimestre de 2010 cerca de 962 mil novos empregos formais são criados, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Quase a mesma quantidade de todo o ano de 2009. As taxas de desocupação ou desemprego apuradas pelas pesquisas mensais do IBGE e do Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) batem recordes de redução. Claro que o mercado de trabalho brasileiro ainda está longe de ser um paraíso, pois somente na região da Grande São Paulo mais de um milhão de pessoas procura emprego e não encontra. Os jovens
“Para aqueles que estão preparados, é hora de arrumar um emprego, de trocar de emprego ou de solicitar melhores condições no emprego atual” com menos de 24 anos, por exemplo, ainda representam quase a metade dos desempregados do país. Mas é fato que o mercado se encontra aquecido e não há como negar a grande quantidade de novas oportunidades de trabalho. Para aqueles que estão preparados, é hora de arrumar um emprego, de trocar de emprego ou de solicitar melhores condições no emprego atual. Depois de anos sendo despedido, tendo o salário reduzido e aceitando condições humilhantes de tra-
* Luiz Guilherme Brom é doutor em Ciências Sociais e superintendente institucional da FECAP (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado) (luizgbrom@fecap.br)
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balho, chegou a vez de quem trabalha. As empresas, é verdade, precisam de pessoas cada vez mais preparadas. Se você está preparado, agora é hora de tomar iniciativas no sentido de melhorar sua posição no mercado de trabalho. Não apenas como empregado, pois o momento também é bom para projetos de empreendedorismo. Conversar com as pessoas, trocar ideias, descobrir e analisar novas oportunidades são ações que podem render bons frutos neste momento de economia crescente. G
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Lançamento
Conceito que veio para ficar C
ertamente você já ganhou uma amostra grátis de algum produto que acabou de ser lançado. Imagine, então, estar em um lugar repleto de amostras de produtos que nem sequer chegaram às prateleiras das lojas? Pois foi essa a proposta dos empresários e sócios Luiz Gaeta e Denis Shimada, que inauguraram o Clube Amostra Grátis, a primeira loja grátis da América Latina com diversos produtos recém-lançados a custo zero. As empresas que já fazem parte do Clube Amostra Grátis são Nestlé, Grupo Bertin, Telefônica, Locaweb, Plantronics, Goóc, Arti 9,
Smartcaps, Bag Beach, Casa de Pesca Pinheiros, Revista Trip e TPM, Bela por Natureza, Daiwa e Plantronics. Todas têm espaço garantido na loja com produtos que vão desde cafeteiras, telefone VoIP até sandálias feitas a partir de material reciclado. O critério de escolha das empresas participantes e dos respectivos segmentos, segundo Luiz Gaeta, foi baseado na competitividade, na visão estratégica e na preocupação destas com a contínua melhoria no relacionamento com seus clientes. As empresas, por outro lado, têm uma grande expectativa em relação ao clube, objetivan-
Primeira loja grátis da América Latina, Clube Amostra Grátis já envolve marcas consagradas como Nestlé e Telefônica do exposição de marca, aproximação com o consumidor, entre outras diversas alternativas que acercam a estratégia do projeto. “O intuito do Clube Amostra Grátis é ser uma loja baseada no conceito do tryvertising e inspirada nos princípios do sampling com o objetivo de oferecer os produtos em tamanho natural às pessoas associadas. Para as empresas, o ambiente do Clube Amostra Grátis será o metro quadrado mais democrático de São Paulo. Nele, marcas concorrentes poderão conviver harmoniosamente, sem diferenças ou preferências, graças ao trânsito livre
A pessoa sai da loja sem gastar nada e, em contrapartida, responde a um questionário que dará um feedback em relação a cada item, apontando defeitos, qualidades, pontos positivos, prós e contras” LUIZ GAETA 26 • cARREiRA&nEGóciOS
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dos fundadores do clube em empresas e agências, e à autonomia de investimentos. Por ter esse caráter ‘pessoal’, as pesquisas são mais confiáveis e têm inestimável valor para as empresas prepararem suas estratégias de vendas e lançamentos”, aposta Gaeta.
Do Japão para o Brasil
A ideia veio de um conceito que ambos conheceram no exterior e decidiram aplicar no Brasil. “Existem lojas que adotaram esse conceito de tryvertising lá fora. O Japão foi o primeiro, em 2006, a inaugurar a sua. O modelo foi se espalhando mundo afora e hoje pode ser encontrado na Espanha, China, Taiwan, Estados Unidos, entre outros. Mas aqui tivemos que ‘tropicalizar’ o projeto para que se adequasse à realidade e às necessidades do brasileiro”, conta Denis Shimada. Para se tornar associado do Clube Amostra Grátis, o interessado deve fazer o cadastro on-line no site www. clubeamostragratis.com.br e efetuar o pagamento da taxa de inscrição
promocional de inauguração no valor de R$ 50,00. Assim, ele receberá uma confirmação do cadastro via e-mail e instruções para comparecer à sede do Clube Amostra Grátis com seus documentos pessoais. “Na mesma hora o associado retira a carteirinha que dará acesso livre às próximas visitas e tira uma foto para constar no sistema do clube, garantindo segurança ao associado, que já poderá conferir as últimas novidades do mercado, escolhendo até cinco itens diferentes por mês, sem repeti-los nos meses seguintes”, diz Shimada. Segundo os empresários, um dos benefícios do associado é ter acesso, em primeira mão, aos lançamentos do mercado. “E é aí que entra o grande segredo do negócio: a pessoa sai da loja sem gastar nada e, em contrapartida, responde a um questionário que dará um feedback em relação a cada item, apontando defeitos, qualidades, pontos positivos, prós e contras. Na verdade, trata-se de uma pesquisa de mercado capaz de auxiliar a em-
presa com níveis de eficiência jamais vistos, afinal, o consumidor vivenciará e experimentará um produto que ele mesmo escolheu e consequentemente responderá sobre aquilo que, de fato, lhe interessa, e de uma forma espontânea”, avalia Gaeta. De acordo com Shimada, o projeto pode ser considerado uma inovação em termos de pesquisa de mercado por conta da sua eficiência. “Quando se insere o fator escolha na equação de pesquisa, você imediatamente identifica uma pessoa interessada naquele produto. Então, as chances de que ela efetivamente teste e responda a pesquisa é muito maior. Acreditamos, de fato, que o Clube Amostra Grátis cairá nas graças do consumidor e se tornará uma estratégia utilizada por outras empresas. A demanda do público por um serviço desse tipo já é enorme, o que demonstra que temos um canal aberto e preparado para as empresas poderem explorar”, finaliza Shimada, que espera uma média de 700 visitantes, por dia, na loja. G
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sua carreira Talentos
Empresas começam a investir no “empreendedor interno” para incentivar a realização de projetos inovadores
Intraempreendedorismo
em ação T
odo mundo conhece o termo “empreendedor”, ou seja, o profissional que aposta e investe na criação de um negócio próprio; mas poucos conhecem o significado de “intraempreendedor”, utilizado para qualificar o indivíduo que, de maneira inovadora, se dedica às atividades de uma empresa de modo a transformar seu talento, profissionalismo e conhecimento em produtividade e lucratividade para a organização. “Muito se fala sobre a importância dos empreendedores, mas não são muitos os profissionais que se lembram do valor de disseminar a cultura do intraempreendedorismo nas corporações”, alerta o consultor da DBM Brasil, João Marcos, consultoria especializada na gestão do capital humano. “Os intraempreendedores são essenciais. São eles os sonhadores que concebem como transformar uma ideia numa realidade lucrativa nas empresas em que trabalham, mesmo não sendo donos efetivamente delas. Ou seja, eles assumem a responsabili-
dade pela inovação, por sua viabilidade e implementação”, diz o consultor, ressaltando que “intraempreendedorismo é a capacidade de gerar valor para a empresa desenvolvendo projetos no âmbito das competências pessoais e compatíveis com as características e cultura das organizações”. João Marcos diz que as companhias precisam ter uma cultura organizacional aberta e propícia para receber sugestões. “Muito do que se faz hoje na
área de intraempreendedorismo floresceu quando as empresas passaram a investir em processos de melhoria contínua, que favoreciam o envolvimento dos funcionários e a implementação de suas ideias. Se uma empresa não segue a fomentar o desenvolvimento e a colaboração de seus funcionários, tudo continua sendo feito da mesma maneira, de uma forma defasada. O perigo disso é que as tecnologias se aperfeiçoam e as de-
Chances de crescimento
Ações que incentivam a busca pelo intraempreendedor • Envolver as pessoas nas questões importan- • Dar meios e liberdade de se expressar e atuar na busca de melhorias; tes de cada nível hierárquico da empresa; • Reconhecer as contribuições • Comunicar constantemente a todos da com palavras e, principalmente, empresa sobre a razão dela existir, quais ações relevantes (prêmio simbólico não suas metas e o que ela agrega aos clientes vale!); e sociedade; • Assegurar que as melhorias que • Atuar sistematicamente, criando rotinas para avaliar os produtos e processos da empresa. Detectar as possíveis melhorias e implantá-las; • Dar oportunidade de voz a cada colaborador;
alavancam a empresa proporcionem desenvolvimento pessoal e profissional para os colaboradores que se empenharam.
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mandas se modificam”, explica. A proatividade, segundo João Marcos, é a principal qualidade de um intraempreendedor eficaz. “Sua postura inclui evitar somente criticar determinados processos e situações, sugerindo sempre melhorias práticas”. Outra característica importante é o inconformismo. Tido às vezes como desajuste de conduta, pode ser um diferencial na hora de propor inovações. “Algumas organizações pecam ao não aproveitar o potencial de seus colaboradores”. O consultor ainda lembra que o intraempreendedorismo, quando bem executado, é uma via de mão dupla: ganha o empresário, com modificações positivas no trabalho, e o propositor das mudanças, que pode executá-las com o apoio de outros parceiros/colegas, tão qualificados quanto, algo que seria mais difícil se fosse executar sozinho.
É preciso reconhecer que o valor das pessoas vai muito além de sua capacidade de realizar tarefas, mas sim que são capazes de colaborar na busca de soluções para os mais variados problemas e necessidades da empresa” Renato SenatorE, consultor de empresas
Como saber se você é ou não um intraempreendedor?
A
Confira as características que diferenciam os funcionários empreendedores, segundo a administradora de empresas, especialista em comunicação e marketing e mestranda em Engenharia e Gestão do Conhecimento, Maria Augusta Rodrigues Orofino: • Tem visão sistêmica: não tem olhos apenas para o seu departamento, mas consegue visualizar a companhia como um todo; • Atribui significado pessoal a tudo o que faz: tanto pelo trabalho como pela empresa na qual atua. Isso inclui acreditar no negócio e ter a sensação de que a experiência está valendo a pena; • Tem capacidade de implementar as ideias: implanta projetos com começo,
meio e fim. Não basta ser um poço de ideias, é preciso implementá-las; • É persistente: faz de tudo para que os projetos e negócios deem certo. Tem capacidade de encontrar saídas para os obstáculos que aparecerem; • É pró-ativo e se antecipa ao futuro: faz as coisas antes mesmo de ser solicitado ou forçado pelas circunstâncias. Consegue antecipar a necessidade e vai além do pré- estabelecido.
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Os intraempreendedores são essenciais. São eles os sonhadores que concebem como transformar uma ideia numa realidade lucrativa nas empresas em que trabalham, mesmo não sendo donos efetivamente delas” João Marcos, consultor da DBM Brasil
Exemplos de intraempreendedorismo O consultor de empresas Renato Senatore cita casos de intraempreendedores de sucesso: “A venda de nossos serviços depende diretamente da confiança que os clientes, ou possíveis clientes, têm em nós. Isto é, pouco se consegue com ações de comunicação convencionais (propaganda, etc.), é preciso criar relacionamentos em que os gestores de outras empresas possam nos conhecer, observar nosso trabalho, criar confiança e só então nos contratar ou indicar. Certa vez, um determinado colaborador empenhou-se em elaborar um plano
É preciso ter processos que provoquem resultados importantes para que a organização reconheça devidamente seus responsáveis” Alessandro BasilE, sócio da Agência de Marketing – Estratégia Empresarial
de networking, incluindo uma relação de quais grupos deveríamos frequentar e de como deveríamos nos posicionar e atuar em cada grupo. No começo, resisti à ideia de ter que dedicar tanto tempo a essas ações, porém, ele continuou insistindo e me abordando de diferentes formas até me convencer. Aplicamos o que ele havia proposto e realmente os resultados foram excelentes. Outro caso foi de um colaborador da área de atendimento, que, vendo as necessidades de RH que existiam
Caça talentos
No caso de identificar um intraempreendedor, a empresa precisa criar incentivos para que ele continue criando estratégias lucrativas à empresa. “Ele pode ser remunerado pelos resultados daquela iniciativa e pelo seu aperfeiçoamento contínuo. Dependendo da situação, pode ser até um sócio dessa iniciativa”, afirma o sócio da Agência de Marketing – Estratégia Empresarial, Alessandro Basile, publicitário pós-graduado em Comunicação com Mercado pela ESPM e consultor de Marketing para Pequenas e Médias Empresas. Para ele, é necessário investir em um ambiente democrático em que seja valorizada a iniciativa e o desenvolvimento de novas ideias. “É preciso ter
na empresa, constantemente propunha inovações e melhorias. As propostas e a forma de me apresentar eram tão claras e objetivas que em sua grande maioria foram logo aproveitadas, gerando maior satisfação e comprometimento em toda a equipe. Ambos eram altamente intraempreendedores, ou seja, buscavam constantemente o desenvolvimento da empresa, pensavam no crescimento dela como gerador de oportunidades para seu desenvolvimento pessoal e profissional.”
processos que provoquem resultados importantes para que a organização reconheça devidamente seus responsáveis”, complementa Basile. Para o consultor de empresas Renato Senatore, é preciso investir em processos de melhoria contínua que favoreçam o envolvimento dos funcionários e a implementação de suas ideias. “Para isso, é preciso reconhecer que o valor das pessoas vai muito além de sua capacidade de realizar tarefas, mas sim que são capazes de colaborar na busca de soluções para os mais variados problemas e necessidades da empresa”, ressalta ele, que cita ainda outras ações que devem ser realizadas pelas empresas para incentivar o surgimento do intraempreendedor (ver Box 1). G
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Vestuário
Negócio de
estilo Mercado de moda para gestantes exige criatividade e bom gosto na hora de cativar a clientela
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oi-se o tempo em que a gestação era sinônimo de mal-estar com o espelho e o guarda-roupa. Hoje, os novos contornos proporcionados pela gravidez estão sendo alvo de empresários que direcionaram seus investimentos em moda para gestante, um nicho cada vez mais promissor. “Fiquei grávida do meu primeiro filho e tive grandes dificuldades de me vestir bem nesse período, seja por causa do estilo das lojas da época, seja pela modelagem não apropriada e bem feita, sem qualidade e com poucas opções, e como já trabalhava como estilista de moda feminina, tive a ideia de fazer uma nova grife direcionada à gestante. Daí, surgiu a Zazou Moda Gestante, em novembro de 2001”, conta a estilista e proprietária da marca, formada em Desenho Industrial pela PUC-Rio, Daniela Bentes Lobo. Daniela fez diversos cursos na área de moda no Senai-Cetiq e na Faculdade Cândido Mendes,
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Estamos em mais de setenta pontos de vendas, mas nossa meta é disponibilizar nosso produto nas principais cidades do Brasil, visto que muitas consumidoras nos ligam perguntando onde encontrar nosso produto em sua região” Samanta Puglia, formada em Administração de Empresas, Pós-graduada na FGV e com MBA em Business na FIA-SP e especialização em marketing no exterior ambos no Rio de Janeiro. Hoje, a empresária possui duas lojas próprias, uma em São Paulo (Vila Olímpia) e outra no Rio de Janeiro (Galeria do Fórum de Ipanema), além de lojas representantes em mais de vinte cidades por todo o Brasil do norte (Manaus), até o sul (Porto Alegre). “A perspectiva para este ano é positiva, em especial para a nova loja no Rio, inaugurada no final do ano passado. A previsão de crescimento é de 15 a 25% em relação a 2009, que foi um ano que começou bem, mas teve um segundo semestre mais fraco diante da crise e da gripe H1N1. Mas, felizmente, os primeiros meses do ano
já estão apontando nesta direção, em especial na loja no Rio de Janeiro, já trabalhando depois de três meses acima do ‘break-even’”, diz Daniela. Além disso, a Zazou desenvolveu o projeto Roteiro das Grávidas, que consiste em um encontro, que acontece na Vila Olímpia, com as principais lojas do segmento de gestante e bebê. “A ideia é trabalharmos juntos esse mercado, criando diferenciais e eventos conjuntos. Queremos crescer aqui também e trazer mais lojas de mesmo nível e perfil para o grupo”, garante Daniela.
Experiência única
Outra marca voltada para a gestante é a Baby Moment, fundada em agosto de 2008 por Samanta Puglia, formada em Administração de Empresas e pós-graduada na FGV, com MBA em Business na FIA - SP e especialização em marketing no exterior. “O carro-chefe da marca é a capa de amamentação, cuja ideia surgiu da minha experiência como mãe. Após o nascimento da minha filha Nicole, me sentia muito constrangida em amamentar na frente de pessoas da família e amigos, ou mesmo em locais públicos. Até tentei usar uma fraldinha de pano para me cobrir, porém, não achei nada prática, pois, além de ficar caindo e me deixando exposta, ficava sufocando o bebê”, conta. Foi a partir disso que ela desenvolveu a capa de amamentação Baby Moment e começou a utilizá-la nas reuniões de família, em restaurantes, shoppings, entre outros locais. “O interessante é que toda vez que eu parava para amamentar a Nicole, sempre vinha alguém me perguntar onde havia conseguido uma capa dessa e elogiava a ideia. E muitas mães falavam que haviam parado de amamentar mais cedo do que gostariam pois se sentiam muito cons-
trangidas de amamentar em público. Como sempre fui defensora da amamentação materna e de seus benefícios, tive um estalo de criar a empresa Baby Moment para começar a vender para as mães que se sentiam na mesma situação. Com a peça piloto desenvolvida e os devidos desenhos industriais, registrei a capa de amamentação no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). O sucesso foi imediato. Criamos uma nova categoria de produto que não existia. Outro ponto legal da Baby Moment foi encontrar uma Cooperativa de Costureiras na periferia de Curitiba para produzir as peças, e dessa maneira contribuir para o desenvolvimento da comunidade local, ajudando incluir mais pessoas no mercado de trabalho”, conta Samanta. Segundo ela, o foco atual da marca é a capa de amamentação, mas há projetos novos em vista. “Já estão saindo do forno produtos que complementam essa etapa maravilhosa da vida das mulheres que é a maternidade, mas ainda não posso adiantar quais são esses lançamentos”, afirma Samanta, que conta com lojas parceiras nas principais cidades do Acre até Porto Alegre, além de vender pelo site. “Estamos em mais de setenta pontos de vendas, mas nossa meta é disponibilizar nosso produto nas principais cidades do Brasil, visto que muitas consumidoras nos ligam perguntando onde encontrar nosso produto em sua região.”
O segredo do sucesso
Para conquistar um espaço nesse mercado, a estratégia é criar peças bonitas que valorizem os pontos fortes da gestante e mostrem que a gravidez não é empecilho para que a mulher esteja bem vestida e elegante. “Não é porque está grávida, que a mulher precisa mugestão&negócios • 33
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seu negócio
Vestuário
dar seu estilo. A partir de uma marca direcionada à gestante, é possível continuar a seguir as mesmas tendências da moda para a estação, porém, com peças que tenham uma modelagem especializada, até para garantir um perfeito caimento”, explica Daniela. Entretanto, a empresária lembra que a estética da peça deve estar impreterivelmente atrelada ao conforto e à segurança. “Não adianta apenas uma peça bonita, tem que ser uma peça feita para as necessidades das mudanças do corpo das grávidas, e que ela possa usar do início ao fim da gravidez. A roupa precisa acompanhar de forma natural essas mudanças. Este é o maior desafio da moda gestante e não tanto o estilo em si.” Para Samanta, da Baby Moment, a estratégia é seguir as tendências mundiais da moda, buscando tecidos diferenciados, de preferência, de qualidade. “Na capa de amamentação Baby Moment, além do tecido
100% algodão para não causar alergia nos bebês, a peça foi desenvolvida para dar o maior conforto para a mãe nesse período, com uma abertura que permite a criança respirar normalmente, além de manter o importantíssimo contato visual da mamãe com seu filho. No verso da peça, desenvolvi um bolso atoalhado que serve para limpar a boca da criança ou para guardar o absorvente de seios e a chupeta da criança”, diz. Um dos desafios para quem investe nesse tipo de empreendimento é o preconceito em relação a roupa para gestantes. Muitas vezes, até a primeira visita à loja, a própria grávida tem um certo receio de conhecer os produtos por achar que são fora de moda e sem charme. Essa visão, segundo Daniela, é consequência da falta de informação e experiência, em especial, das que estão na sua primeira gestação. Por isso, um dos fatores que garante a aproximação da grávida às
Mercado atrativo O setor de moda gestante oferece ótimas oportunidades para empreendedores. “Tratase de um setor ainda novo, que precisa ser melhor explorado, mas já experimenta um boom de novas lojas de moda gestante. Para ter uma ideia, só no Estado de São Paulo, no ano passado tivemos quase 700 mil crianças nascendo, ou seja, um número bastante atrativo para o empreendedor. Hoje temos muitas clientes que, ao perceberem a importância de utilizar produtos específicos para gestante, também tiveram vontade de abrir um negócio relacionado. É como se ela passasse a entender as necessidades de outra grávida e quisesse ajudá-la, proporcionando mais conforto, segurança e beleza com produtos apropriados a aquele momento tão importante”, avalia Daniela. Para quem está iniciando como empreendedor nesse mercado, a dica é estar muito bem preparado, cercado de quem conhece o assunto e planejando cada passo e inves-
timento. “Não basta apenas ter uma linda loja, mas um bom estoque, além de um ‘colchão’ para ficar pelo menos seis meses sem vender nada, já que este é o tempo aproximado para maturar o negócio e a loja passar a ser conhecida. Ter uma equipe preparada, treinada e motivada também é fundamental para o negócio engrenar”, diz Daniela. “Da forma como foi estruturado a Baby Moment, nossa a gestão do negócio é totalmente profissional, com todos os custos, os investimentos planificados além da estratégia da empresa ser bem definida. Sabemos muito bem os passos que estamos dando e quais são as estratégias de marketing mais adequadas para a construção de nossa marca. Mas outro ponto fundamental do sucesso da Baby Moment, é a parte emocional, pois antes de tudo, a Baby Moment é gerida pelo coração. Começou como uma necessidade virou um sonho e se tornou realidade”, finaliza Samanta.
Hoje temos muitas clientes que, ao perceberem a importância de utilizar produtos específicos para gestante, também tiveram vontade de abrir um negócio relacionado” Daniela Bentes Lobo, estilista e proprietária da marca, formada em Desenho Industrial pela PUC-Rio
marcas segmentadas é a indicação, normalmente, de amigas que já tiveram a experiência com a moda gestante e acabam despertando o interesse da mais nova grávida. Outro desafio é fidelizar clientes que, a princípio, só precisarão desses produtos ao longo da gravidez. Para enfrentá-lo, a saída é apostar em peças modernas, de qualidade, com modelagem especializada e desenvolvidas para diferentes ocasiões. “O ideal é oferecer produtos para todo tipo de estilo: desde uma supermoderna e antenada até uma mais clássica”, aconselha Daniela. Outro diferencial desse mercado está no atendimento personalizado, condição básica para quem quer fidelizar uma gestante que, na maioria dos casos, se sente exclusiva e quer ser vista como tal. G
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GESTÃO&SOCIEDADE
Artigo
Por tatiana martins alméri *
Sociedade inclusiva A
terminologia “inclusão social” vem ocupando lugares de discussões não utilizados anteriormente. Os vários parâmetros de uso atuais se referem à amplitude de necessidades de inserção do ser humano em um sistema altamente voltado para uma fundamentação financeira, e não necessariamente humana, o sistema capitalista. O termo inclusão social não é atual na sua formação teórica e nem algo altamente difícil e dialético de ser composto. Sassaki (1997, p.39) define inclusão social como “o processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade”. Porém, para que a inclusão possa ocorrer, busca-se soluções geradoras de variadas inclusões. A um desenvolvimento aplicado de uma maneira eficiente caberá soluções ganhadoras que contrastam com problemas sociais gerados por um sistema que de um lado traz desenvolvimentos e de outro, exclusões. Entretanto, cabe aqui ressaltar que a política neoliberal e a estrutura do fanatismo de mercado acabaram gerando, no decorrer do século 20, um século 21 marcado de desigualdades e desestruturas sociais. Desestruturas essas que condicionaram exclusões sociais em sua amplitude. Não necessariamente a simples exclusão econômica, mas também a exclusão por etnia, por gênero, a ex-
“É neste contexto que se fundamenta o papel das empresas na busca por uma inclusão social gerada não simplesmente pelas indústrias, mas por todo um contexto sistêmico do capitalismo”
*Tatiana Martins Alméri é socióloga, formada pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, mestre em Sociologia Política pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP e integrante do corpo docente da Universidade Paulista – Unip e da Faculdade de Tecnologia de São Paulo - FATEC (taalmeri2@hotmail.com)
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clusão digital, alimentar, por saúde, ou seja, exclusão de necessidades vitais. Essa exclusão que colocou à margem quase que uma sociedade como um todo – algo humanamente incompreensível – foi certamente gerada pelo desenvolvimento industrial e financeiro a qualquer circunstância. Cabe ressaltar que sendo o próprio desenvolvimento causador de pontos negativos e pontos positivos é cabível se utilizar dos pontos positivos para tentar amenizar os pontos negativos. É neste contexto que se fundamenta o papel das empresas na busca por uma inclusão social gerada não simplesmente pelas indústrias, mas por todo um contexto sistêmico do capitalismo. Dessa maneira, é possível apresentar e usufruir do crescimento industrial e da concentração financeira para reestruturar uma sociedade mais inclusiva. G
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TOME NOTA
Trabalho
Esp exp eciali s que licam tas dos a ma por bra profi ioria ter sileiro ssiona bus vonta s afir is exp car no de de ma eri ênc vas ias
Cansou do
emprego? POR FLÁVIA GHIURGHI
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U
ma recente pesquisa global realizada pela empresa de recrutamento Robert Half revelou que cerca de 40% dos executivos brasileiros pensam em mudar de emprego nos próximos seis meses. Nesse quesito, o Brasil só fica atrás da França, onde 45% dos profissionais consideram a possibilidade de sair da atual empresa. Para a pesquisa, foram ouvidos 227 executivos. Dentre eles, 36% mudariam de emprego caso surgisse uma oferta interessante. Apenas 4% deles devem partir ativamente para uma nova oportunidade de emprego. A pesquisa levantou ainda a propensão que os profissionais tiveram no ano passado para mudar de emprego, levando em conta o período de crise que afetou os mercados de todo o mundo. A maioria dos profissionais preferiu se manter nos empregos – 71% dos executivos no mundo e 65% no Brasil não consideraram uma nova oportunidade profissional nos últimos 12 meses. Mas, afinal, o que leva um profissional a desistir da sua atual posição, principalmente no caso de ter se dedicado tanto à empresa? Para o diretor da Robert Half, Fernando Mantovani, a propensão desses profissionais de mudar de emprego é uma prova de que o mercado está aquecido e de que a recuperação da economia brasileira destaca-se em relação à média das principais economias globais. Para o diretor de projetos especiais da Apoema Inteligêcia em Pessoas, coach internacional e especialista em treinamentos de liderança, Marcos Tonin, há tempos o mercado praticamente impõe que a mudança de emprego é algo saudável e necessário para uma carreira sólida e crescente. Entretanto, a crescente rotatividade nas empresas também significa falta de investimento nos profissionais. “Muitas vezes, a desistência do atual emprego é sinal de que as empresas precisam investir em retenção”, confirma o diretor da K&G Sistemas e professor nas áreas de Marketing e Vendas da BSP (Business School São Paulo), Enio Klein. Para ele, falta foco na satisfação do profissional.
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“É comum, no momento da seleção, exigirem muitas qualificações com plano de compensação não compatível. Normalmente, as empresas conseguem recrutar jovens profissionais em começo de carreira ou nem tão jovens e nem tão em início de carreira que precisam trabalhar e acabam aceitando as condições, mesmo que desfavoráveis. O resultado é que, após alguns meses, as decepções começam a aparecer e o entusiasmo inicial desaparece”, argumenta Klein.
O certo pelo duvidoso
Para Tonin, os profissionais devem analisar bem a proposta antes de aceitá-la. “Muitos entram nas empresas sabendo das limitações que ela possui, mas, por estarem precisando de um emprego ou até para se livrarem do anterior, acabam aceitando ‘qualquer coisa’, mas, após a ‘lua de mel’ que, em geral, dura de 6 a 8 meses, esses profissionais começam a identificar que a escolha foi equivocada e não se sentem confortáveis novamente.” Segundo Klein, quando chega esse momento, o profissional começa a perceber que não há muito o que ser feito para crescer dentro daquela organização. “É o que chamo de efeito ‘Santo de Casa’. O profissional tem potencial, mas não tem como crescer hierarquicamente e, portanto, fica desmotivado, o que o impulsiona a buscar novas alternativas. Nessa fase de novas buscas, a ‘grama do vizinho’ fica ainda mais tentadora. Ou seja, o profissional passa a acreditar que qualquer outra empresa irá oferecer mais oportunidades e atrativos do que a atual”. Marcos Tonin concorda: “Trabalho com processos de coaching executivo em todo o Brasil, estando em contato com dezenas de executivos mensalmente. A queixa principal é a falta do reconhecimento, seja ele material ou psicológico, falta de condições de trabalho para realizar suas obrigações ou até mesmo uma ‘sensação’ de que estão patinando na carreira e querem desenvolver uma competência nova para lidar melhor com as situações e reveses”.
Durante a fase de novas buscas, a ‘grama do vizinho’ fica ainda mais tentadora, ou seja, o profissional passa a acreditar que qualquer outra empresa irá oferecer mais oportunidades e atrativos do que a atual” ENIO KLEIN , DIRETOR DA K&G SISTEMAS E PROFESSOR NAS ÁREAS DE MARKETING E VENDAS DA BSP (BUSINESS SCHOOL SÃO PAULO)
Nessa fase, segundo ele, o profissional começa a questionar os próprios valores pessoais com os valores da organização e começa a perceber que algo não está bem ou que eles de alguma forma estão entrando em conflito. “A falta de feedback, de um clima organizacional favorável, de gestores efetivamente competentes em direcionar ações e atividades que não tenham ligação com as competências do profissional ou que de alguma forma são impedidos de realizarem, colocando em prática seus conhecimentos e competências, geram este estado”. Um dos indícios dessa insatisfação é quando o profissional tem a chamada “crise do domingo”, ou seja, ao final do dia de domingo, já começa a ter mal estar, dores no estômago, dores
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O MOMENTO CERTO DA MUDANÇA Saber identificar claramente o momento de “tirar seu time de campo” é muito importante e louvável; ninguém precisa passar a vida toda na mesma empresa, bem como ninguém precisa ficar somente cinco anos e ir embora por uma “exigência” do mercado. Segundo Marcos Tonin, é possível aprender cada vez mais sobre seu trabalho, sua empresa e de que forma desempenhar melhor sua função. Para os que pretendem tomar esse tipo de decisão nos próximos meses, é preciso fazer algumas considerações: • Identifique o real motivo da sua saída. Veja se você não está sendo induzido a fazer isso apenas por
Ter um planejamento de carreira e saber quais seus limites, pontos fortes, fracos, ameaças e oportunidades abre horizontes não antes percebidos” MARCOS TONIN, DIRETOR DE PROJETOS ESPECIAIS DA APOEMA INTELIGÊCIA EM PESSOAS, COACH INTERNACIONAL E ESPECIALISTA EM TREINAMENTOS DE LIDERANÇA
uma situação que poderia ser mudada, caso você tivesse mais competências para lidar com ela; • Você quer ganhar mais? Realmente é isso que você quer? Seu problema é o salário ou a satisfação em fazer algo que lhe faça sentido? • Procure um coach de carreira, ele pode lhe ajudar a visualizar melhor suas possibilidades, pontos fortes e fracos, desta forma, planeje sua saída; • Planejar é uma forma de não falhar. Não planejar é a garantia que pode falhar; • Identifique quais os impactos reais da sua mudança de emprego, tanto como local de trabalho, cidade, tempo para chegar ao emprego; • Quais são seus valores?
de cabeça e desânimo só de pensar em estar no trabalho no dia seguinte. “Podemos dizer que é como uma relação pessoal: a partir do momento em que o executivo percebe que a relação não é mais ganha x ganha, começam a surgir comparações e é inevitável que exista um momento de reflexão para analisar melhor a situação. Acredito que possa ser um excesso de expectativas que um dos lados teve e que não pode ser atendida ou cumprida, devido às mudanças cada vez mais repentinas no mercado, veja a crise europeia”, define Tonin. De acordo com o consultor, muitas são as empresas que ainda acreditam que somente um bom salário pode segurar um executivo que não consegue se sentir realizado ou confortável no trabalhão. “Eu diria que o problema começa quando o indivíduo entra em choque com os valores pessoais e os valores da empresa. Se não houver uma uma harmonia entre missão de vida e missão da empresa, valores pessoais e valores da empresa e uma visão de futuro na qual os dois se vejam juntos, não há motivos para continuar a relação”.
Como mudar o que não está bom?
Para alterar este cenário repleto de tantos executivos insatisfeitos com sua carreira, primeiramente, é preciso ainda que muitas empresas entendam que o profissional passa mais tempo no local de trabalho do que em sua própria casa. Dessa forma, ambientes de trabalho
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Eles são respeitados hoje em seu trabalho atual? E no próximo? Como saberá que serão? Seja esperto e tome decisões apoiadas em fatos e não somente em emoções ou sentimentos de rancor com a empresa e local de trabalho. Ter a inteligência emocional de separar o sentimento da ações em momentos como essa faz toda a diferença. Lembre-se de que não há problemas em querer um novo emprego, desde que seja por razões reais e claras.
que proporcionam crescimento, criatividade e oportunidades são os mais escolhidos. “Claro que nem sempre é possível ter novas oportunidades dentro da própria empresa, mas quando falo de oportunidades, quero dizer também de projetos, de ideias e novas implantações”, ressalta Tonin. As empresas também devem se atentar mais para fatores de saúde física e mental, direcionando investimentos em recursos humanos. É preciso estar atento às necessidades do funcionário, como é administrada a relação com os diversos públicos, fornecedores, clientes e parceiros, qual o clima de trabalho, etc. “O maior ativo de uma empresa são as pessoas. Aquelas que ainda não entenderam isso são as que mais sofrem com a alta rotatividade”, pondera Tonin. E, para evitar frustrações posteriores, ele aconselha que a procura do trabalho seja feita juntamente com um planejamento de carreiras. “Sou fã do processo de coaching, pois foi por meio de um que identifiquei melhor meus valores, missão, visão de futuro e consegui adequar minhas competências a favor da carreira e negócios que possuo hoje. Procure um coach especializado que possa lhe orientar e ajudar a identificar como pode conseguir mais por meio de suas competências adormecidas ou não utilizadas. Ter um planejamento de carreira e saber quais seus limites, pontos fortes, fracos, ameaças e oportunidades abre horizontes não antes percebidos.” G
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COMUNICAÇÃO&Negócios
Artigo
Por Sandra Turchi*
Qual o impacto da internet nas próximas eleições? C
om as recentes mudanças nas leis eleitorais que liberaram o uso de internet e redes sociais nas campanhas, já é possível acompanhar mudanças no cenário político, mesmo não sendo possível fazer propaganda paga na web. Encerramos 2009 com aproximadamente 70 milhões de pessoas tendo acesso à web em suas residências, lan houses, cybercafés, escolas, trabalho, entre outros locais, embora apenas 38% deles acessem diariamente. Espera-se que esse número em 2010 atinja 100 milhões, sendo que o Brasil tem 133 milhões de eleitores. Além disso, o país já conta com mais de 175 milhões de celulares. Os três principais candidatos à presidência já estão utilizando algumas plataformas, como Twitter e Youtube, por exemplo. José Serra tem mais de 170 mil seguidores no microblog e posta seus comentários pessoalmente. Dos três, Dilma foi a última candidata a aderir e ainda “está aprendendo”. Marina tende a ter bom destaque, pois segundo analistas, traz temas inovadores ao debate, o que cai muito bem na rede. O custo total das campanhas estimado em 2010 é de R$ 2 bilhões, o maior de todos os tempos – sendo que a de Obama foi de US$ 740 milhões e Lula declarou R$ 168 milhões em 2006, oficialmente. Obama conseguiu arrecadar US$ 500 milhões de três milhões de eleitores – diferentemente do
Brasil, onde os doadores para as candidaturas são poucos e grandes, além de reinar o caixa dois. Esse financiamento de campanhas feito pelo público é muito positivo, pois cria uma atitude de maior compromisso por parte do político, ou seja, gera maior comprometimento com suas propostas. Entretanto, no Brasil, o item contribuições tende a não ter grande impacto, pois além da falta de tradição dos cidadãos de financiarem campanhas políticas, os políticos gozam de menor reputação, historicamente falando. A candidata Marina, por exemplo, já divulgou o valor arrecadado (R$ 2,5 mil) até o momento, o que é muito baixo. Como exemplo brasileiro, Gabeira em 2008 já arregimentou 10 mil voluntários pelas redes sociais. Segundo ele, “quando funcionar efetivamente no Brasil, a arrecadação on-line será a prova de que a legítima persuasão do eleitor pode enfrentar o poder econômico e fazer frente ao caixa dois”, como ocorreu nos EUA, onde também havia grandes doações de grupos de interesse antes da última campanha. A internet é um território mais livre e menos controlável do que outras mídias, o que poderá gerar um grande número de ataques e ofensas mútuos. Por outro lado, será a primeira vez que a discussão poderá ser ampliada com maior participação do público, por meio das redes sociais,
* Sandra Turchi é superintendente de Marketing da ACSP – Associação Comercial de SP e SCPC, coordenadora do curso “Estratégias de Marketing Digital” na ESPM e VP de Marketing da ABRAREC. Blog: www.sandraturchi.com.br, No Twitter: @ sandraturchi
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“[...] será a primeira vez que a discussão poderá ser ampliada com maior participação do público, por meio das redes sociais, que contribuirão para acelerar a difusão de informações”
que contribuirão para acelerar a difusão de informações. Para o mundo político, assim como para as empresas, as mídias digitais trazem um fator muito interessante que é a possibilidade de obter uma boa exposição com menores investimentos e mais criatividade, se compararmos aos custos da mídia tradicional. Mas, e depois das eleições, tudo isso acaba? O ideal é que não seja assim e que o futuro governante continue aproveitando o exemplo americano ao utilizar o meio digital para levar mais transparência à gestão. G
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FALA, COACH! Tire suas dúvidas sobre carreira
Ação e reação Fui ao médico e descobri que estou com depressão. Já não tenho a mesma produtividade de antes e nem a mesma paciência. O pior é que está cada vez mais difícil disfarçar minha insatisfação e acabo descontando nos outros, até mesmo naqueles que não têm nada a ver com os meus problemas. Leio muitos textos que dizem que é comum o afastamento do trabalho por conta da depressão, mas não sei como dizer isso ao meu chefe... Tenho receio de que ele ache que não tenho inteligência emocional e dos meus colegas também acharem... Como devo preceder? CARLOS P. DE ALMEIDA – VITÓRIA - ES
Realmente é uma decisão desafiadora comunicar o que se passa com você para o seu líder por não saber o nível de maturidade dele e como vai reagir a isso. Mas, antes de cogitar essa possibilidade de pedir o afastamento, que eu vejo como última possibilidade, como Coach, sugiro que aprenda algo com isso e investi-
gue a causa para buscar uma evolução como pessoa. Um tratamento para depressão pode incluir psicoterapia e medicamentos antidepressivos. Entretanto, se o principal fator desencadeante estiver no próprio trabalho, não vai adiantar tomar muitos remédios. Será necessário criar planos de ação para superá-los e lidar com isso. Por outro lado, se o fator desencadeante estiver em outras áreas da sua vida ou, até mesmo, em aspectos fisiológicos, pode ser que o trabalho possa ajudá-la a manter-se ativa e a se tratar. Procure mais de um médico e psicoterapeuta para saber se realmente tomar remédio será o caminho. Em muitos casos, pessoas ficam dependentes de remédios, sendo que uma psicoterapia já ajudaria a melhorar. Lembre-se de que você tem a capacidade e o poder para lidar com isso. Acredite e assuma uma posição pró-ativa. É comum muitas pessoas entrarem na posição de vítima e esperarem que as coisas melhorem por si só. O primeiro passo para curar-se é investir no autoconhecimento. Nos programas de coaching, quando percebo que um cliente está em depressão, a primeira coisa que sugiro é que ele entre na terapia.
Sempre fui muito extrovertida e costumo falar com todo mundo no ambiente de trabalho. Trato da mesma forma a faxineira e o dono da empresa. Mas sinto que, nos últimos tempos, esse jeito tem me causado alguns problemas. Às vezes, a minha opinião não é ouvida como eu gostaria que fosse. Acho que as pessoas não me levam muito a sério, mesmo quando eu tento falar mais sério. Como devo contornar essa situação? FÁTIMA REGINA V. PERES – POR E-MAIL
Carl Gustav Jung, conhecido como um dos maiores psicólogos do século 20 e estudioso da personalidade humana no contexto das relações do homem com o mundo externo e com a
Trabalho em uma empresa há três anos e, atualmente, me encontro insatisfeito com a postura dos gestores. O caso mais grave é de um amigo que virou um dos meus chefes e mudou completamente o seu jeito de ser. Está arrogante e adotou uma postura centralizadora. O pior é que não consigo aceitar esse novo panorama. Gostaria de saber se eu o chamo para uma conversa ou deixo como está. Sei que corro o risco de ser repreendido... ROGÉRIO R. LOPES – SÃO PAULO - SP
Realmente é um desafio a situação que você está passando. Há algum tempo eles eram amigos e, hoje, houve uma mudança de posi-
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malmente não falam muito, quando se posicionam todos acabam dando a devida atenção. Portanto, o seu desafio é começar a prestar atenção em suas atitudes no dia a dia para conseguir atuar como um profissional camaleão, de acordo com os objetivos que quer alcançar, ou seja, o camaleão muda de cor para se proteger na natureza e você pode se perguntar: para conseguir ser ouvido em determinada situação, devo agir de que forma? Faça também uma lista do que você percebe que está lhe impedindo de ser ouvido. Em seguida, responda a pergunta: essa é uma oportunidade de desenvolvimento? Você também pode lembrar-se de uma situação em que conseguiu ser ouvido. O que você fez? O que funcionou? Qual a possibilidade de aplicar essa mesma forma hoje? Qual o próximo passo para isso?
ção que está relacionada ao poder institucional que lhe foi dado pela organização com essa promoção. Agora ele passou a ser um líder formal, com responsabilidade de manter o foco em quem vai executar as atividades e não apenas com o que e como fazer. É comum por falta de treinamento e preparação um novo líder centralizar. O problema surge quando ele não muda o seu estilo para conseguir melhores resultados com a equipe e não apenas com ele. Vamos falar de você. Como o ser humano tem uma resistência inconsciente a mudanças, sugiro avaliar se você está esperando que ele se comporte como se comportava antes. Lembrese de que é natural que isso aconteça. Porém, caso ocorra resistência ao estilo de liderança dele, pode facilitar a relação entre vocês ou dificultar muito.
Inclusive, a forma como você vai compreendê-lo pode ajuda a influenciá-lo nesse novo momento. Pode ser que você tenha o desejo de estar na posição dele e, se isso acontecer, cuidado com o que você está projetando nele. Chamá-lo para uma conversa franca pode ser uma alternativa, mas, antes, coloque-se no lugar dele, pense no que ele pode ganhar com o que vai dizer e tome cuidado para não dar feedbacks acusatórios, dizendo que ele está sendo centralizador, por exemplo, porque ele pode reagir de maneira defensiva. Talvez o caminho seja começar dizendo coisas positivas que ele tem feito nessa nova posição, a expectativa que tem em relação a ele como líder e, em seguida, pode dizer com base em fatos o que você acredita que pode ser melhorado entre vocês para alcançarem melhores resultados.
DIVULGAÇÃO
comunicação entre as pessoas, distinguiu duas formas de motivação em relação ao mundo: a extroversão e a introversão. Os mais extrovertidos preferem tirar energia do mundo exterior dos indivíduos, atividades ou coisas, desenvolvem as ideias por meio de debates, gostam de ter pessoas por perto, variedade e ação, e respondem rapidamente sem longas pausas para pensar. Já os mais introvertidos preferem tirar energia do mundo interior das ideias, emoções ou impressões pessoais, desenvolvendo-as por meio de reflexões, gostam de trabalhar sozinhos, de silêncio para concentração e de pensar antes de responder. Normalmente, quando as pessoas que falam bastante ficam muito tempo em silêncio, todos ao redor perguntam se está acontecendo alguma coisa. Por outro lado, as pessoas que nor-
Você está satisfeito com a profissão que escolheu? Não sabe qual especialização fazer? Pretende mudar de carreira? Para esclarecer essas e outras dúvidas, a partir de agora, o Coach Executivo e de Equipes, Conferencista em Desenvolvimento Humano e Diretor da UP Treinamentos & Consultoria, Carlos Cruz, responderá todo mês às perguntas dos leitores sobre o universo profissional. Não deixe de mandar suas dúvidas e sugestões!
“Meu desafio como Coach é estimulá-lo a encontrar as próprias respostas. Conte com as minhas reflexões e perguntas como respostas” Mande suas perguntas sobre carreira para o e-mail pergunte@fullcase.com.br GESTÃO&NEGÓCIOS • 41
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VITRINE
Evento
Rumo à América Após anos dedicados a feiras de negócios no Brasil, Espanha e Inglaterra, a Taurus Marketing representa a Realtors Expo&Conference nos Estados Unidos por Sheyla Pereira
A
s feiras de negócios se consolidaram definitivamente como uma poderosa ferramenta de marketing e criação de networking. Com essa visão, a Taurus Marketing, do empresário Daniel Rosenthal – após vários anos dedicados a feiras de negócios no Brasil, Espanha e Inglaterra –, representará a Realtors Expo&Conference, um dos maiores eventos dedicados aos corretores imobiliários e agentes de vendas no mundo. O evento, que é organizado pela National Association of Realtors (NAR), acontecerá entre os dias 5 e 8 de novembro em New Orleans, nos Estados Unidos, e contará com a participação de 20 mil corretores imobiliários americanos, ávidos por destinos de investimentos para oferecerem aos seus clientes.
No topo da montanha No quesito feira de negócios, São Paulo está no auge. São movimentados, por ano, cerca de R$ 700 milhões em locação de espaço, R$ 700 milhões em equipamentos para serviços e R$ 8 bilhões em viagens, hospedagem e transporte terrestre e aéreo. A cidade tem, em média, um evento desse tipo a cada três dias e é sede de 75% das grandes feiras do país, entre elas o Salão do Automóvel, Couromoda, Francal, Hospitalar, Automec e Fenatec. Fonte: São Paulo Turismo (SPTuris)
Rosenthal fala sobre o público-alvo do evento: “É uma feira dedicada à atualização, capacitação e treinamento dos corretores de imóveis. Por esta oportunidade e por existir nos Estados Unidos a figura do corretor, aquele profissional de confiança do cliente, que apresenta oportunidades de investimentos dentro e fora dos seu país, criou-se a área internacional no evento, justamente para que os interessados conheçam as oportunidades, produtos imobiliários e destinos de investimentos de outras nações”, explica. Segundo o empresário, é grande a expectativa de geração de negócios do evento, já que os americanos estão atentos às oportunidades do setor imobiliário no Brasil. “Nossa previsão este ano é levar, no mínimo, quatro empresas, quatro destinos de investimentos amparados pelo apoio de governos estaduais, além de mais duas ou três entidades do setor. Este é um trabalho de formiguinha”, conta. E completa: “Com essa representação, a Taurus Marketing se posiciona como uma empresa reconhecida e líder na organização de feiras de negócios do segmento imobiliário, afinal, são 2,5 mil profissionais internacionais que participam anualmente do evento”, finaliza. G
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Onde foi que eu
ERREI? POR FLÁVIA GHIURGHI
Do gestor ao estagiário: especialistas apontam os principais equívocos cometidos no trabalho e como aprender com eles
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Produtividade Comportamento
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odas as pessoas estão suscetíveis a cometer erros, inclusive no ambiente de trabalho. Essa máxima vale para vários elementos da cadeia, do estagiário ao executivo e, principalmente, ao dono do negócio, força motriz de qualquer organização. Ninguém está livre de deslizes, uma vez que o fato de errar está relacionado a momentos, cenários externos, concorrentes, além de aspectos internos como recursos disponíveis, processos poucos claros, estruturas mal organizadas, entre outros. Entretanto, atentar-se à inteligência comportamental, uma das questões mais relevantes no ambiente corporativo, é fundamental, segundo o diretor geral do portal de empregos Trabalhando.com.br, Renato Grinberg. “Aliadas às competências técnicas e à boa realização do trabalho, as atitudes de um profissional podem levá-lo ao sucesso na carreira, quando bem avaliadas, ou até mesmo à demissão, caso este não esteja adequado às regras empresariais”, explica Grinberg. Para ele, um dos maiores erros dos funcionários é justamente ignorar as atitudes incorretas. “A falta de bom senso é extremamente prejudicial. É preciso prestar atenção nas suas possíveis falhas, ouvir os feedbacks e buscar melhoria”. Para o consultor em gestão de pessoas e orientação profissional, coacher gerencial e autor dos livros “Conseguindo Resultados através de Pessoas”, “Futebol para Executivos” e “Por que alguns vendedores vendem mais que os outros?”, Edson Rodriguez, o primeiro erro é escolher uma carreira errada, uma atividade que não tenha a ver com a vocação ou a aptidão
do profissional, ou empreender em um nicho no qual não se tem expetise. “No momento em que o indivíduo inicia sua carreira profissional, ele precisa ter um norte, uma direção e o quanto mais acertada essa direção for, mais chance esse jovem profissional terá em ser bem sucedido. Como identificar isso? Simples: descubra o que você mais gosta de fazer e projete isso para dez anos à frente. Você vai continuar gostando disso com a mesma intensidade quando for dez anos mais velho? Se a resposta for ‘sim’, você está no caminho. Se for ‘não’, pense em outra coisa e repita o processo. Gostar do que faz é fundamental para adoção de um comportamento adequado ao longo da carreira”, afirma Rodriguez, que também é sócio e diretor da Your Life do Brasil (www.yourlife.com.br), empresa voltada à orientação profissional via web, além de sócio e vicepresidente da Thomas Brasil (www. thomasbrasil.com.br).
Admitir o erro e mudar o comportamento frente àquele assunto é o que os líderes esperam de seus liderados. Dessa maneira, será respeitado e admirado, criando um ambiente positivo entre colegas e líderes”
O respeito deve partir de todos
Para a diretora da Korum Transição de Carreira, Christianne Sauá Xavier, não pensar estrategicamente é um grande erro em qualquer momento da carreira, não apenas no começa da escalada profissional. “No início, o ideal é ter passagens rápidas pelos cargos ou empresas. Assim, é possível alcançar cargos gerenciais mais rapidamente. Ficar muitos anos no mesmo cargo é um erro de carreira! Porém, o extremo oposto também é ruim: ficar pouco tempo em uma empresa, menos de um ano, poderá classificar o profissional como uma pessoa instável. Bom senso é válido neste caso.” Segundo Grinberg, da Trabalhando. com.br, em todos os níveis hierárquicos, atitudes como chegar atrasado sem motivos plausíveis ou não ter postura adequada e respeito pelos demais colegas de trabalho são al-
JOÃO ALBERTO COSTENARO, PALESTRANTE, COACH E CONSULTOR EMPRESARIAL
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Eles aprenderam com os
“TROPEÇOS”
do próximo!
João Alberto Costenaro
“O Marcos era um profissional de habilidades diversas, trabalhava em uma empresa de porte médio e o chefe era o dono da empresa. Recebera elogios pela qualidade do trabalho em diversas ocasiões, mas agora que seria criada uma supervisão, começaram os boatos de que ele não seria o escolhido. Desconsolado, disse a seu pai que iria sair da empresa, pois não se sentia reconhecido. Além do que, a esposa do chefe, que trabalhava na empresa, parecia não gostar dele. Seu pai, que tanto conhecia o filho quanto as empresas, perguntou-lhe sobre seu horário de entrar na empresa. Disse que chegava só 5 ou 10 minutos atrasado, mas que sempre compensava no almoço ou na saída. Seu pai pediu-lhe que experimentasse chegar, todos os dias, entre 5 e 15 minutos adiantado. Assim ele o fez.
Em poucos dias do novo comportamento, a esposa do chefe parecia estar mais simpática e o chefe também aumentou os elogios. Dois meses depois, foi escolhido como o novo supervisor da empresa. Aparentemente, enquanto o chefe não se incomodava muito com os atrasos, a esposa dele e também sócia não tolerava. Marcos nunca mais atrasou sem um motivo importante.”
Sebastião de Almeida Júnior
Paulo Ancona Lopez “Participei de um projeto de reestruturação e redesenho de processos e estrutura numa empresa do ramo de alimentação, na qual o principal entrave era um dos seus executivos, que em lugar de apoiar a modernização e as mudanças, lutava contra, sempre com uma atitude de pouco caso e de descrença em relação aos resultados e principalmente à capacidade que as equipes teriam em aceitar e implantar as mudanças. Com o tempo, as equipes se conscientizaram da necessidade daquele projeto, entenderem o novo caminho e passaram a se dedicar e apoiar os trabalhos, enquanto esse executivo continuava a fazer pouco caso de todo o esforço coletivo. Com o tempo, as mudanças necessárias ficaram claras, os caminhos para
sua implantação também e as pessoas passaram a vibrar com aquilo tudo, participando e colaborando cada vez mais; menos o tal executivo. Quando tudo estava desenhado e iniciando-se as implantações, esse executivo se deu conta de que as equipes não só tinham sido capazes de absorver as mudanças como as estavam implantando. Acabou isolado por todos, perdeu sua voz de comando e liderança e foi obrigado a repensar seu papel e suas atitudes. Teve a capacidade de reconhecer sua postura errada e passou a defender as implantações. Voltou a ser respeitado por isso, mas pagou um preço alto de início, que foi revertido em aprendizado.”
“Quando eu iniciei minha atuação na área de Consultoria em Desenvolvimento Gerencial & Organizacional, fui apresentado a um executivo que me convidou para visitar sua empresa. Depois de conhecer sua área fabril, passamos pela área comercial, na qual o proprietário da empresa se encontrava naquele momento. Gentilmente, convidoume a tomar um café em sua sala, onde perguntou o que eu achava de sua indústria. Achando que dificilmente eu teria outra chance de lhe falar, tomei a sua pergunta como se fosse uma consulta e passei a lhe dizer uma série de ações que achava que ele ‘devia’ realizar.
vários milhões e não acredito que o senhor deva me dizer o que eu devo fazer!’ A partir desse dia, aprendi a verificar se entendi adequadamente o que o outro disse ou perguntou, antes de me posicionar ou responder. E mais: nunca mais usei a expressão ‘o senhor devia’ para quem quer que seja. Adotei uma postura humilde de quem pode fazer algumas recomendações quando estas lhe são solicitadas e somente as faz quando dispõe de competência para colocá-las em prática.”
Calmamente, o empresário me perguntou: O senhor já ganhou um milhão de dólares? Não, senhor – eu respondi. Ao que ele, com a mesma calma, concluiu: ‘Pois eu já ganhei CARREIRA&NEGÓCIOS • 47
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Comportamento
guns dos erros cometidos por diversos profissionais que, dependendo da gravidade do caso, pode até levar à demissão. Nos dias atuais, em que o líder tem que ser o bom exemplo, o dono do empreendimento é o primeiro que precisa saber se portar para ganhar respeito e admiração. Para donos de empresas, gerentes e altos executivos, a pressão do bom comportamento é a mais intensa, até porque são uma referência para os demais profissionais da companhia. Eles representam a empresa, portanto, suas atitudes devem estar de acordo com a filosofia dela. “Proibir seus colaboradores de algumas atitudes e depois fazer o mesmo que julgou errado só porque é chefe tira sua credibilidade. Além disso, outro erro grave que pode levar à demissão é se exceder no uso dos recursos empresariais, como usar cartões de crédito abusivamente, táxis sem necessidade, entre outros”, avalia Grinberg.
Outro ponto importante é mostrarse flexível. “Pensar somente nos seus direitos e achar injusto ultrapassar um minuto sequer do seu horário para realizar alguma atividade de última hora é uma atitude totalmente inadequada”, alerta Grinberg. “Seria um erro enorme fechar os olhos para as inúmeras oportunidades que uma empresa proporciona e se fixar somente em suas tarefas rotineiras. Um verdadeiro profissional deve aproveitar a chance de aprender, de colher o máximo de informações possíveis, sempre.” Na fase da “estabilidade”, segundo o consultor na Área de Desenvolvimento Gerencial & Organizacional e professor do Instituto de Economia da UNICAMP, Sebastião de Almeida Júnior, o erro mais comum se constitui em acreditar que conquistou a verdade absoluta e “registrou sua propriedade no cartório empresarial”. “Isto abre espaço para a estagnação e a obsolescência profissional, pois o que é competência hoje raramente continuará sendo amanhã.”
A falta de autocrítica é um problema terrível, porque faz com que o profissional não enxergue seus defeitos e ignore os feedbacks. Isso é comum a pessoas galgadas a posições de autoridade sem o devido preparo ou àquelas que, naturalmente, são arrogantes” EDSON RODRIGUEZ, CONSULTOR E AUTOR DOS LIVROS “CONSEGUINDO RESULTADOS ATRAVÉS DE PESSOAS” E “FUTEBOL PARA EXECUTIVOS”
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Comportamento
As falhas que
prejudicam
sua imagem
Timidez exagerada
A timidez, por si só, não é problema e, definitivamente, não interfere na eficiência de um profissional. Entretanto, é necessário se atentar aos excessos. A timidez não pode ser uma barreira na comunicação de resultados, caso contrário, pode interferir na caminhada em busca do sucesso. A dica é combater a timidez com a autoconfiança. Pessoas autoconfiantes encontram mais facilidade no mundo corporativo. Geralmente, elas sabem o que querem e vão em busca de seus objetivos.
Usar o telefone da empresa para conversas pessoais
Para se ter sucesso em uma empresa, você tem que pensar com a cabeça da empresa, ou seja, como patrão e não empregado. Se fosse chefe, gostaria que seus funcionários usassem o telefone corporativo para conversar com amigos ou familiares o tempo todo? Apenas as emergências são aceitas. O restante não cabe, mesmo que haja tempo disponível. Além de gastar dinheiro, faz com que a atenção no trabalho se disperse, prejudicando a tarefa principal.
Não saber se planejar
O planejamento é imprescindível para quem almeja sucesso, sendo que a ascensão profissional necessita de organização e comprometimento. Um planejamento bem feito inclui identificar pontos fracos, para então trabalhar mudanças, e também identificar pontos fortes, para saber se posicionar em oportunidades em que obterá valorização. É preciso ainda responder algumas perguntas básicas: Que potenciais preciso desenvolver para ocupar o cargo que almejo? O que a minha empresa valoriza em um profissional? Que passos precisarei dar rumo a este objetivo? As respostas normalmente são facilmente colhidas na dinâmica da rotina de trabalho, requer apenas atenção para percebê-las.
Pouca flexibilidade
As organizações precisam de funcionários que se empenhem em melhorias constantes. Pouca flexibilidade também é um fator que abala a confiança no colaborador e mostra que este não está totalmente dedicado ao seu trabalho, ou que acha que sabe tudo a ponto de não mudar suas preferências ou escolhas. A melhor maneira de desempenhar um grande papel na empresa é estar aberto para aceitar alternativas oferecidas pelos colaboradores, pares ou superiores hierárquicos.
Não respeitar os colegas de trabalho
Ter inteligência comportamental é tão importante quanto conhecimentos técnicos. Além de ter a possibilidade de ser ajudado quando precisar, o bom relacionamento é sinônimo de melhores resultados. Quem não respeita os colegas de trabalho vai sendo gradativamente excluído do grupo. Esse normalmente é um indivíduo que não saberá trabalhar em equipe e assim também estará limitado no seu crescimento na hierarquia da empresa.
Ser sempre do contra
Engana-se quem acredita ser um pecado discordar das ideias dos chefes. É muito importante ter opiniões diferentes, e feliz é o chefe que tem uma equipe que discorda dele, afinal, somente com pontos de vista diferentes que conseguimos enxergar a melhor alternativa. Divergir, no entanto, é algo que pede equilíbrio e senso crítico. Discordar é diferente de ser sempre do contra, sendo que o primeiro caso exige conhecimento e boa argumentaçao. Discordar não significa entrar em conflitos desnecessários.
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Complexo de hora extra
Foi-se o tempo em que a qualidade do trabalho era medida pelo tempo gasto com os assuntos da empresa. Trabalhar até mais tarde e levar trabalho para casa, ao contrário do que se pensa, são sintomas de um funcionário contraproducente, incapaz de organizar o próprio tempo e executar suas atividades focado nos resultados. De acordo com Daniela do Lago, formada em coaching pelo Integrated Coaching Institute (ICI), o importante é gerar resultados positivos. “Ocupação não significa eficiência. O que vale são os resultados. Se um funcionário trouxer resultados positivos para a empresa, a probabilidade de conseguir uma promoção é grande, afinal, todos estarão vendo seus resultados”, afirma.
Brincar fora de hora
Brincadeiras nem sempre são bem-vindas. Analise a intimidade que tem com a pessoa a quem se dirige e o momento. Fazer piadas em reuniões sérias, por exemplo, pode fazer com que tenham má impressão sobre seu profissionalismo. Se permitidas, as brincadeiras devem ser cuidadosas, não envolvendo contato físico, preconceitos velados, humilhação de um para a risada dos outros, entre outros.
Chegar atrasado ou faltar ao trabalho
As empresas estão cada vez mais preocupadas com a assiduidade e pontualidade dos funcionários, principalmente porque as áreas e os projetos estão cada vez mais interligados. Estar presente em tempo é considerado um dos pontos mais valiosos de confiabilidade profissional. Programe-se e planeje-se. Se você não é pontual e assíduo, não pode cobrar isso de ninguém.
Não saber trabalhar em equipe
Mentir
A colaboração é essencial para muitas companhias e é preciso ter bom relacionamento interpessoal para realizar tarefas que dependam de mais de uma pessoa. O desenvolvimento da habilidade de trabalhar em equipe é o primeiro passo para a capacitação à liderança.
Esse é um erro grave e muitas vezes não é tolerado. Em qualquer âmbito da vida, a mentira anula a credibilidade e a confiança das pessoas. Além disso, mentir diminui em muito a capacidade de liderar, uma vez que um dos pilares da liderança é a confiança. Se não é possível confiar em um determinado profissional, por que promovê-lo ou, pior, mantê-lo na empresa?
Conversas paralelas durante o expediente
Você já passou por uma situação em que está muito ocupado e alguém quer jogar conversa fora naquele instante? Isso acontece muito e pode prejudicar o trabalho dos demais, além de diminuir a sua produtividade diária. Conversar não é proibido, mas falar de coisas desnecessárias em momentos inoportunos é uma reclamação de muitos chefes quanto à equipe.
Uso abusivo da internet e redes de relacionamento
Redes de relacionamento visam obtenção de informação, mas também são fontes de entretenimento. Sendo assim, é possível passar horas utilizando essas ferramentas sem finalidade alguma para a empresa. Isso causa uma falha de produtividade e distrai a atenção do funcionário em suas tarefas. Nas horas livres, use a internet para aprender mais sobre o negócio de sua empresa, sobre os concorrentes, sobre os principais clientes e, especialmente, sobre quais comportamentos são mais admirados pelos colegas e líderes e como pode aplicá-los com sucesso.
Não respeitar hierarquia
Esta é uma atitude que interfere diretamente na postura dos líderes da empresa, que são justamente aqueles que avaliam o seu trabalho. Hierarquia existe para que seja possível a organização do trabalho e das atividades, por isso, é importante que seja observada e respeitada. Desrespeitá-la é desconhecer os mecanismos de vida em sociedade.
Excesso de bajulação
Há muito tempo uma figura persegue o mundo corporativo: o puxa-saco. Não há quem trabalhe e não conte uma história que envolva um bajulador. Daniela adverte: “Nem sempre a bajulação é algo positivo. Pelo contrário. Com o decorrer do tempo, as pessoas não vão querer mais a opinião desse bajulador, por julgá-lo sem senso crítico; portanto, sua opinião não deve ser levada em consideração”. CARREIRA&NEGÓCIOS • 51
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Comportamento
RENATO GRINBERG, DIRETOR GERAL DO PORTAL DE EMPREGOS TRABALHANDO.COM.BR
O erro só é um problema quando há falta de atitude frente a ele. Nessas ocasiões, a capacidade de autocrítica é um diferencial, já que o profissional terá mais facilidade para interpretar as situações, corrigir suas falhas e desenvolver visões estratégicas”
A boa gestão é a alma do negócio
Outro fator negativo é que os erros de profissionais mais experientes estão claramente direcionados a aspectos de má gestão dos negócios. Por má gestão podemos entender falhas de planejamento, de posicionamento estratégico, de definição de processos, de informações insuficientes para a tomada de decisão, da não implantação de indicadores de desempenho que balizem o gerenciamento, ou mesmo de inúmeros aspectos voltados às equipes e às pessoas, como estrutura falha ou insuficiente, recursos mal alocados, pessoas com perfis inadequados, falta de treinamento ou programas de capacitação. O empresário não pode deixar de ter visão estratégica, de ter a capacidade de “ler” o mercado, os concorrentes e os consumidores. Deve saber provocar necessidades no mercado antes que seus concorrentes o façam e fiquem com uma parcela maior do share. “Quem tem um alto cargo não pode se acomodar nunca em relação às estratégias e atualização de processos. Se não o fizer, os processos estarão rapidamente defasados e, como consequência, sua estrutura de informação e pessoas terá ido por água abaixo. Ele deve ter em mente que a cada novo momento do mercado ou do seu negócio é preciso ter na ponta dos dedos o tripé que rege o sucesso de uma empresa: informações, processos e pessoas”, diz Lopez.
Pessoal x profissional
Um dos maiores erros dos executivos está relacionado à junção indevida das questões profissionais com as pessoais. “É evidente que os mais experientes (por terem mais idade) podem enfrentar questões pessoais mais complicadas, ligadas, por exemplo, a questões financeiras, conjugais, de 52 • CARREIRA&NEGÓCIOS
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saúde e relacionadas à educação dos filhos. Com isso, preservar a maturidade diante da combinação de problemas profissionais com problemas pessoais é muito mais complicado. O erro pode estar numa falha de dimensionamento do volume e complexidade das atribuições de que ele é capaz de dar conta. E isso pode se tornar comum num ambiente onde haja uma pressão para realizar cada vez mais com menos recursos”, diz Sebastião de Almeida Júnior. “É importante ressaltar que não há problemas em consultar suas finan-
Humildade é tida como uma palavra quase sempre associada a algo pejorativo, mas é ela que faz com que o profissional esteja aberto a novas ideias e novos modelos, aceitando que deve mudar na medida da necessidade” ças ou ligar para a casa uma vez ou outra para resolver um problema urgente. O que não pode é deixar que isso se torne uma prática rotineira. Costumo dizer que bom senso é essencial para quem quer alcançar o sucesso”, diz Grinberg. Para Rodriguez, é preciso evitar que os problemas pessoais interfiram nos profissionais. “Alguém que foi abandonado pelo cônjuge, por exemplo, e está em uma fase de depressão e desânimo não só irá prejudicar sua produtividade no trabalho como provavelmente pode descontar em pessoas que nem sequer sabem de seus problemas pessoais. Quando o problema é grande, é difícil deixá-lo do lado de fora do escritório, mas é preciso. Envolver-se em novos projetos pode ajudar a desviar o pensamento, pelo menos na hora do expediente.” Para Sebastião, se um profissional já explorou o quanto pode os “erros dos outros”, então chegou a hora de
PAULO ANCONA LOPEZ, DIRETOR DA VECCHI & ANCONA
cometer os seus próprios. Segundo ele, saber identificar esse momento é muito importante para a carreira e a saúde de cada um, pois é preciso estar ciente de que todo e qualquer erro será motivo de crítica. Quer seja a crítica direta e clara, apontando um erro específico numa situação dada; quer seja a crítica feita a respeito de um profissional, longe de seus ouvidos e olhos. “Aquele que não se preparou estudando, experimentando e se estruturando enquanto indivíduo, dificilmente convive de maneira equilibrada diante de uma dose significativa de críticas e pode se transformar em mais uma vítima desta doença terrível (ainda sem vacina) chamada depressão. Para crescer profissionalmente com seus próprios erros, é preciso ter progredido das experiências mais simples para as mais complexas. Só a maturidade propicia esse tipo de aprendizado. Ninguém consegue completar uma maratona sem dedicar anos de sua vida primeiro à caminhada regular e, depois, a corridas frequentes; apesar de a propaganda muitas vezes sugerir um atalho”, conclui Sebastião. G
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Legislação&negócios Artigo Por José Celso Martins*
As novas carreiras jurídicas A
s transformações recorrentes no cenário econômico mundial e brasileiro trazem mudanças no perfil do profissional moderno e alteram suas perspectivas de mercado. O advogado é um dos profissionais que precisa acompanhar essas mudanças e sempre estar atento às inovações do mercado, tanto no que diz respeito às necessidades do cliente quanto a sua atualização profissional. O bacharel em ciências jurídicas possui um amplo universo de atuação. Ele escolhe se quer advogar ou se deseja exercer funções ligadas à administração da Justiça em uma carreira jurídica pública. Como advogado, deve representar e defender os interesses de seus clientes (empresas públicas ou privadas) nas várias instâncias, juízos ou tribunais. Se optar por seguir uma carreira jurídica pode tornar-se Delegado de Polícia, Juiz de Direito (magistrado), Promotor e Procurador de Justiça (membro de Ministério Público) ou Procurador de Pessoa Jurídica de Direito Público. Nesse caso, terá que enfrentar a maratona de concursos públicos, que são as formas de acesso a essas carreiras. Novos temas estão ganhando espaço no mundo jurídico em razão do sistema globalizado que provoca alterações profundas nas relações sociais. Questões relacionadas ao
conflitos. A mediação e a arbitragem, em razão da Lei nº 9.307/96, que colocou a arbitragem brasileira em sintonia com o tratamento do instituto em todo o mundo, têm proporcionado resultados importantes na solução de conflitos e já fazem parte das estatísticas de pacificação de conflitos no Brasil. Surge, então, a necessidade de mediadores e árbitros com amplo conhecimento jurídico para atuarem como pacificadores que garantam aos clientes a solução mais rápida de seus conflitos. As universidades estão se aprimorando no estudo e na formação de seus alunos. A maioria delas traz cadeiras especializadas em direito do consumidor, direito bancário, direito da integração e ainda de mediação e arbitragem. Além dos cursos de graduação, existe um elevado número de cursos de extensão, especialização e pós-graduação que visam ao aprimoramento do profissional nas mais diversas áreas de atuação. A sociedade brasileira tem se mostrado como uma sociedade de caminhos incertos, e a instabilidade jurídica e econômica têm marcado nossa história. O profissional de Direito precisa acompanhar as mudanças e atuar como aquele que auxilia as pessoas e empresas a se proteger dos incertos caminhos da política nacional e internacional, que drasticamente influenciam nosso sistema. G
“Novos temas estão ganhando espaço no mundo jurídico em razão do sistema globalizado que provoca alterações profundas nas relações sociais” meio ambiente já são objeto de especialização e merecem cuidado especial de quem se dedica a essa área. As relações de consumo, em seu aspecto difuso e coletivo, têm ganhado espaço, e o tratamento das relações da indústria privada com a coletividade é tema também relevante. Outro campo que se destacou recentemente é o das soluções alternativas de
*José Celso Martins é advogado, pedagogo, mestre em Direito Político e Econômico e especialista em Direito Empresarial pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Professor da Faculdade de Direito da Universidade Metodista de São Paulo, presidente do TASP – Tribunal Arbitral de São Paulo e autor do livro “Arbitragem, Mediação e Conflitos Coletivos do Trabalho”. (arbitral@uol.com.br)
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EXPRESSÃO Concorrência
Enfrentando os
GRANDES Como “lutar” de igual para igual com uma empresa de grande porte que oferece os mesmos produtos e serviços que a sua?
POR Marcel Antunes*
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m dos maiores e mais saudáveis desafios que as empresas enfrentam em seu dia a dia chama-se concorrência. Um exercício natural e diário sem o qual o termo “mercado” simplesmente não existiria. Tudo bem, mas o que dizer sobre a concorrência desigual, aquela imposta pelas grandes empresas, contra as de menor porte? Como se não bastassem as dificuldades enfrentadas pelas pequenas (carga de impostos, inadimplência, burocracia, empréstimos, etc.), em muitos casos, a concorrência com empresas de maior porte (melhores estruturadas), pode ser fatal. Então, uma pergunta se faz necessária: É possível uma empresa de menor porte sobreviver ao poder de fogo das grandes? A resposta: pode até não ser tão fácil, porém, é perfeitamente possível. Pense bem, se fosse algo impossível, os grandes jamais teriam se tornado o que são, afinal, poucas empresas começam suas atividades dominando mercados (salvo as exceções das fusões de grandes corporações). Em sua maioria, quem hoje é grande certamente já foi pequeno um dia, desafiou concorrentes e enfrentou com sucesso os ataques de quem tinha mais estrutura, mais tempo de mercado e mais poder de fogo. No final das contas, mesmo que não os tenha derrotado literalmente, os venceu naquilo que era necessário para sua sobrevivência no mercado. A força dos grandes não pode ser ignorada, mas se por um lado eles dominam os mercados, por outro, possuem reações mais lentas e dificilmente têm o conhecimento regional que alguém de menor porte, como você, tem. Então, como brigar “de igual para igual” com alguém que não é igual a você? Simples. Usando criatividade e seus diferenciais para atacar o “gigante” em seus pontos fracos (lembra-se da história de Davi e Golias?). Detecte suas deficiências e as explore ao má-
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A força dos grandes não pode ser ignorada, mas se por um lado eles dominam os mercados, por outro, possuem reações mais lentas e dificilmente têm o conhecimento regional que alguém de menor porte, como você, tem”
ximo (um gigante pode ser forte, mas nunca vai ser mais rápido e ágil do que você) e, principalmente, tenha coragem para realizar as mudanças que forem necessárias. Alguns aspectos devem ser sempre levados em consideração para enfrentar os desafios do mercado e da concorrência desigual: - Tenha excelência no seu atendimento, acima de tudo; - Cresça com responsabilidade, dando sempre um passo de cada vez, afinal, há uma grande diferença entre ser empreendedor e ser irresponsável;
- Ter um departamento de cobranças eficiente. A inadimplência é uma das maiores inimigas dos pequenos; - Flexibilize-se, pois centralizar informações e ações é o primeiro passo para o mal atendimento ao cliente; - Fortaleça-se. Busque sempre parcerias estratégicas com fornecedores e empresas. Lembre-se sempre do ditado “A união faz a força”; - Simplifique sempre. Afinal, a burocracia não tem essa má fama à toa; - Monitore constantemente seus clientes. Não se envaideça pelos elogios. Dê toda a atenção às críticas e às reclamações que receber, pois elas são o melhor termômetro para detectar falhas nos seus processos, e as corrija rapidamente; - Programe-se e planeje sempre o futuro; - Contrate uma empresa ou um profissional que lhe oriente a utilizar corretamente as ferramentas de marketing e da comunicação para vender seus produtos e serviços. Saiba que já existem ótimas empresas e profissionais especializados no atendimento às empresas de menor porte. Não existe fórmula mágica para o seu sucesso nos negócios, mas seguindo essas dicas, aparentemente simples, fica mais fácil você enfrentar os grandes. Sua empresa se fortalece, melhora o atendimento e, pode ter certeza, não haverá gigante capaz de entrar em sua “fortaleza” (fatia de mercado) se você tiver eficiência e uma carteira de clientes satisfeitos. Ficar estagnado, apenas se defendendo dos golpes do gigante, pode ser fatal! Portanto, tome a iniciativa e vá à luta! G
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*Marcel Antunes é publicitário e diretor da Lusko Fusko Consultoria, empresa especializada em Marketing e Comunicação para micro e pequenas empresas. www.luskofusko.com.brn / contato@luskofusko.com.br Twitter: @luskofusko
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Baú Corporativo Varejo
Universo de
tendências
Riachuelo inova produtos e serviços e ganha destaque entre as lojas de departamento Por flávia ghiurghi
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omo se já não bastasse se consolidar no mercado como uma das maiores redes de varejo de moda do país, a Riachuelo ainda tornou-se conhecida pelo fato de ser a única do segmento que pesquisa, cria e produz. Uma de suas propostas é a de universalizar o acesso às últimas tendências do circuito fashion com peças que aliam qualidade, beleza e preços acessíveis. Fundada em 1947, a Riachuelo iniciou suas atividades com a venda de tecidos a preços baixos. Em 1979, foi comprada pelo Grupo Guararapes, que iniciou o processo de reestruturação e mudança estratégica, resultando na venda de roupas prontas, em vez de apenas tecidos. A partir de 1993, o foco passou a ser o segmento fashion. Sintonizada nas tendências nacionais e internacionais, a empresa começou a investir em qualidade, preservando os bons preços. A estratégia envolveu a criação e o fortalecimento de marcas próprias, cada uma com identidade visual e público-alvo específico. Em 2004, além de reformas e melhorias no visual merchandising de suas lojas, a companhia mudou a estratégia de marketing: saiu da mídia con-
vencional e investiu no processo de verticalização. Em 2007, a Riachuelo voltou a investir nas mídias de massa com uma nova campanha, cujo objetivo era comunicar moda a preços atrativos.
Consolidação
A Riachuelo faz parte do Grupo Guararapes, que é hoje o maior fabricante de roupas da América Latina e tem a rede de lojas como principal canal de distribuição dos seus produtos. O Grupo tem um total de 35 mil funcionários distribuídos entre suas lojas, matriz e fábricas – Natal (RN) e Fortaleza (CE) – dois centros de distribuição e um Shopping Center – o Midway Mall, em Natal. Atualmente, a Riachuelo está entre as três maiores redes de lojas de departamento do Brasil com 112 lojas próprias, 38 mil funcionários e mais de 15 milhões de clientes no cartão Riachuelo. Antenada nos principais centros de moda da Europa e dos Estados Unidos, a Riachuelo pesquisa, desenvolve, fabrica e distribui para todo o país. “A agilidade na produção e na distribuição das coleções garante rapidez na divulgação de novas tendências e geração de valor agregado a cada coleção. Este é o conceito ‘fast fashion’, última inovação no segmento da moda que foi adotada por grandes marcas mundiais”, revela a gerente de marketing da Riachuelo, Marcella Kanner. Segundo Marcella, o que garantiu esse salto na qualidade das peças foi o forte envolvimento dos colaboradores e a agilidade da companhia em acompanhar as novas tendências mundiais, considerando que todo o procedimento de criação é realizado internamente em oito etapas: pesquisa de tendências, idealização da coleção, produção do tecido, modelagem e preparação para o corte, processo de costura, revisão, embalagem e, finalmente, a disponibilidade nas lojas. “Essa estratégia inovadora de verticalização assegura também a vantagem
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A agilidade na produção e na distribuição das coleções garante rapidez na divulgação de novas tendências e geração de valor agregado a cada coleção” Marcella Kanner , gerente de marketing da Riachuelo
de excelentes preços, adequados à realidade cultural e financeira do país”, ressalta Marcella.
Para todos os gostos
Com foco no segmento de baixa renda, as lojas da Riachuelo são divididas em cinco seções: moda feminina, masculina, infantil, moda casa e calçados. “Entre suas preocupações, a Riachuelo destaca também a de proporcionar total facilidade ao consumidor, disponibilizando uma variedade de peças que evidencia o conceito total look, que tem como princípio vestir o cliente por inteiro, ou seja, ‘dos pés à cabeça’”, diz Marcella. Outro diferencial da rede varejista é o cartão Riachuelo, que disponibiliza crédito aos seus clientes. Hoje, são mais de 14 milhões de associados. Dentre os benefícios do cartão estão os serviços financeiros, como o Saque Fácil, crédito pessoal, seguros, assistência domiciliar e de veículos, proteção de perda e roubo, seguro desemprego e residencial. A Riachuelo também está atenta aos temas de responsabilidade so-
cial e sustentabilidade. “Mantemos diversas ações que demonstram a preocupação em promover o desenvolvimento sociocultural da população brasileira. Atualmente, a companhia sustenta um ‘Programa de Voluntariado’, que incentiva os colaboradores a se tornarem voluntários. Entre outras ações, a empresa se orgulha de ser atualmente uma das maiores empregadoras de pessoas com deficiências”, pontua Marcella. De acordo com a gerente de marketing da Riachuelo, a consciência da corporação com relação ao conceito de sustentabilidade pode ser conferida em duas coleções lançadas recentemente em malhas produzidas com fibra natural de bambu e também com ecofibra – de poliéster reciclado – obtido a partir de garrafas pet. “Além de todas essas ações, a Riachuelo renova, a cada momento, seu compromisso com a preservação ambiental, mantendo seu processo de confecção dentro de regras que objetivam uma menor agressão ao meio ambiente.” G
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Esporte&Negócios
Artigo
Por marco aurelio klein*
Mudando de padrão, mudando de liga
A
realização da Copa do Mundo da África do Sul, e a mais do que farta cobertura de mídia, é uma boa oportunidade para refletir sobre nosso padrão de organização de eventos esportivos. Todos os campeonatos europeus de primeira linha já acabaram, assim como foram definidos os campeões das duas principais competições de clubes do velho continente: a Liga Europa (antiga Copa da UEFA) e a badaladíssima Champions League. Badalação essa que chegou definitivamente ao Brasil, dito país do futebol. Era transmitida apenas por um canal pago, depois chegou às rádios, aos álbuns de figurinhas e este ano até mesmo à rede Globo, dona dos principais direitos do futebol no país. Não é para menos, lá estão os clubes mais ricos do planeta bola e significativa parte dos jogadores que desfilarão pelos gramados da África do Sul na Copa. Na final, disputada entre o campeão alemão, o Bayern München e a Internazionale de Milão, e vencida pelos italianos, nada menos do que 16 dos 22 que começaram a partida estão selecionados para o Mundial. Mas, não é só isso, antes da partida, neste ano disputada no estádio do Real Madrid, o Santiago Bernabeu, tomada aérea mostrava todas as dependências tomadas pelos mais de 70 mil torcedores. Dava para ver também que os arredores e acessos do estádio não estavam tomados pela muvuca que es-
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tamos acostumados (estamos?) no Brasil. No gramado impecável, 170 bailarinas em belíssimos vestidos negros brindavam a plateia com dança espanhola. Em frente à saída dos vestiários, os dois times esperavam em formação para a entrada em campo, enquanto de um pedestal negro bem à frente, como fidalgo divisor, subia lentamente o troféu. Todos arrepiados com os lindos acordes da música oficial da competição. Impecável! Findo o jogo, vencedores e derrotados em campo, cada qual como estava sua alma no momento, mas, todos esperando a premiação. Idem as duas torcidas. Câmeras mostrando closes de choro dos dois lados. Noutra tomada, o trabalho solitário do gravador perpetuando no troféu o nome do vencedor. Tribuna esperando por vencidos e vencedores, sem confusão, sem intrusos. À saída da tribuna, de volta para o campo, lugar reservado para a tradicional pose dos campeões e, em frente, o lugar para os fotógrafos. Sem corre-corre. Sem atropelos sobre os jogadores por parte de rádios ou TVs. Os atletas vivendo seus momentos pessoais ou coletivos. O melhor do espetáculo esportivo: emoção, drama e alegria, permeado por beleza e organização. Agora, sem nada mais pela frente, competições das temporadas completamente encerradas, os melhores podem se juntar às suas seleções para o sonho da Copa do Mundo.
“Agora, sem nada mais pela frente, competições das temporadas completamente encerradas, os melhores podem se juntar às suas seleções para o sonho da Copa do Mundo” No Brasil, enquanto isso, as Séries A e B do campeonato Brasileiro se arrastam para pouco público, porque – sabemos os torcedores – é interrompida para a Copa do Mundo, depois tem janela de transferências e ninguém pode apostar que seu time será o mesmo. Pior, no caso da Copa do Brasil e da Libertadores, definidos os finalistas de uma e os semifinalistas da outra, as partidas decisivas só acontecerão depois de quase dois meses. E sabemos como: muvuca, gramados ruins, confusão na venda de ingressos e ameaça permanente de violência. Mas isto já é assunto para outra vez. G
* MARCO AURELIO KLEIN é professor de Marketing da FGV e diretor Carreira&negócios • 62 de Excelência Esportiva no Ministério do Esporte (klein@uol.com.br)
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Olhar responsável
Oportunidade
Garotos-
propaganda
POR FLÁVIA GHIURGHI
A revenda de produtos, realizada diretamente ao consumidor, vem ganhando espaço entre jovens em início de carreira
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onhecida como um sistema de comercialização de produtos baseado no contato pessoal, entre vendedores e compradores, fora de um estabelecimento comercial fixo, a venda direta tornou-se uma oportunidade para os jovens que estão adentrando no mercado de trabalho, que está cada vez mais acirrado, ainda mais quando a falta de experiência existe. “Os jovens estão encontrando na venda direta a
solução para a crítica fase da procura pelo primeiro emprego. E os ganhos estão diretamente relacionados à dedicação de cada revendedor”, pontua o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (Abevd), Paulo Quaglia. O executivo afirma que uma empresa pode proporcionar excelentes oportunidades ao jovem profissional por meio da venda direta. “Ela é caracterizada pelo comércio de bens e
serviços promovidos diretamente por revendedores autônomos. Essas vendas podem acontecer em residências, locais de trabalho ou qualquer outro local desde que não seja um estabelecimento comercial. O relacionamento pessoal é sua principal característica, motivo pelo qual também é chamada de venda por relacionamento. O jovem está em sintonia com todos esses conceitos, pois possui uma ampla rede de relacionamentos, princi-
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palmente por causa da internet. Além disso as empresas associadas à Abevd têm investido na formação e capacitação dos revendedores, contribuindo com o aprimoramento profissional de cada colaborador.” Um dos principais benefícios do segmento, segundo Quaglia, é a possibilidade de administração do tempo, já que os produtos podem ser revendidos nas horas vagas, no período noturno e nos finais de semana. Para os que exercem a atividade de revendedores em tempo integral, existe a possibilidade de determinar os horários e dias de atuação de acordo com sua conveniência.
Quem atua com a venda direta
Para o diretor de inovação de vendas contact center da Avon, Luiz Soares, a atividade de venda direta pode ser considerada uma boa saída para quem está em busca tanto de uma renda complementar como para quem pretende se tornar um empreendedor de sucesso. “A atividade de revendedor é autônoma, logo, isso possibilita ao jovem ser o seu próprio patrão e administrar seus horários, de forma a conciliar com os estudos. Para ser um bom revendedor, não são necessários conhecimentos específicos, basta ter no mínimo 18 anos de idade, e o investimento inicial é praticamente zero”, avalia Soares. Segundo o executivo da Avon, a empresa, que possui 1,1 milhão de revendedoras autônomas, não faz distinção de idade: todos os interessados em atuar com venda direta recebem o mesmo suporte. “Oferecemos trei-
Celeiro de oportunidade O setor de vendas diretas é subdividido da seguinte forma, segundo a Abevd: 88% - Cuidados Pessoais 6% - Suplementos Nutricionais 5% - Cuidados do Lar 1% - Serviços e Outros
namentos constantes e disponibilizamos todos os recursos para levar às revendedoras informações atualizadas sobre beleza, saúde e produtos, que podem ajudá-las na atividade cotidiana. Esses treinamentos podem ocorrer nas reuniões das campanhas, a cada 19 dias, ou em ocasiões especiais. Além disso, existem os programas de incentivos, que incluem premiação de acordo com o desempenho do revendedor”, reforça Soares, que afirma ainda que o mercado de cosméticos no Brasil vem crescendo constantemente. “Nesse sentido, os jovens podem ter certeza que estão entrando em um mercado em franco crescimento com o suporte de uma empresa global que pode garantir um flow constante de produtos inovadores.” O diretor geral da MonaVie no Brasil, Maurício Patrocínio, concorda que os jovens têm cada vez mais dificuldade para conquistar o primeiro emprego, já que a grande maioria das oportunidades exige conhecimentos específicos que só podem ser adquiridos depois de alguma experiência. “Em compensação, os jovens estão encontrando na venda direta a solução para a crítica fase da procura pelo primeiro emprego. Esse sistema permite que qualquer pessoa, independente de idade, experiência ou perfil, possa trabalhar e conquistar o sucesso. A MonaVie é uma das empresas que recebe cada dia mais pessoas entre 20 e 25 anos buscando essa oportunidade de trabalho. Hoje ,a MonaVie tem mais que um terço de distribuidores nessa média de idade e muitos deles já estão conquistando posições de destaque e ascensão dentro da empresa”, afirma Patrocínio. Um dos casos de sucesso é do distribuidor Victor Moretti, 23 anos. Ele iniciou sua atividade profissional como distribuidor dos produtos MonaVie há 8 meses e já conta com uma renda média mensal de R$ 2.570,00. “Hoje ,eu ganho por semana o que ganhava em um mês trabalhando como vendedor autônomo, a única oportunidade que tive antes da MonaVie”, afirma
“A venda direta tem atraído pessoas devido à possibilidade de alta lucratividade (média de 30%), independência financeira e gerenciamento do tempo. Por ser uma atividade autônoma, os revendedores são independentes, eles são os donos do seu negócio” LUIZ SOARES, DIRETOR DE INOVAÇÃO DE VENDAS CONTACT CENTER DA AVON
Victor. No caso dele, como não tinha experiência e nem uma graduação, a empresa foi a grande oportunidade de entrar no mercado de trabalho, conquistar seu espaço e também sua independência financeira. G gestão&negócios • 65
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Executivo.com
E-learning
Ao alcance Empresas de tecnologia fazem uso de sua expertise para investir no ensino à distância
de todos
E
m meio à era da mobilidade, em que, cada vez mais, profissionais apostam nos dispositivos móveis e na internet para se comunicar, as empresas estão investindo em uma crescente modalidade de treinamento e capacitação: o e-learning – ensino à distância, baseado em web que proporciona produtividade e uma série de vantagens tanto para a empresa como para o colaborador. Esse é um desafio relativamente comum para as empresas em um mercado globalizado, competitivo e em constante mutação: agregar conhecimento aos funcionários de forma extremamente rápida, eficiente e de baixo custo. Para o diretor executivo da SMITH Learning Organization Consulting, Marcelo Smith Rhormens, a principal vantagem do e-learning é acelerar o aprendizado dos colaboradores, elevando o grau de competitividade das empresas. “No Brasil, as empresas estão começando a enxergar o e-learning como uma potencial e estratégica ferramenta para aumentar a lucratividade, utilizando o que as empresas têm de mais valioso, o seu capital in-
telectual e humano.” Segundo ele, as empresas passaram a investir mais na educação à distância por uma questão de logística na entrega de materiais. “O mais importante é contar com gestores competentes para coordenar ações conciliadas em e-learning e formação profissional”, ressalta Rhormens.
Aposta estratégica
Empresas do setor de TI e call center, pela própria expertise com o universo tecnológico, são as que mais apostam no e-learning, a exemplo da Plusoft, especializada em ferramentas de CRM, que buscou no e-learning a solução para a demanda por treinamento contínuo e para os custos elevados com deslocamento de instrutores e alunos. “Nosso principal desafio era integrar em nossas ações de trei-
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namento uma estratégia de e-learning que contribuísse para a aceleração das atividades de formação dos nossos colaboradores e clientes. Temos um projeto de trabalhar conhecimentos internos e fazer com que cada especialista faça um curso para os demais colaboradores interessados, fazendo com que os funcionários se envolvam no projeto de verdade”, conta a gerente de Capacitação e Treinamento da Plusoft, Vivian Tchistow. A Atento Brasil, empresa de contact center e terceirização de processos de negócios (BPO) do grupo Telefônica, criou um programa de e-learning, que teve início nesse último mês de abril e oferece mais de 50 cursos para funcionários que ocupam o cargo de atendente. O projeto foi batizado de Programa de Desenvolvimento para Profissionais de Atendimento e pode beneficiar mais de 13 mil funcionários. Segundo a diretora de Relacionamento com Pessoas, Majo Martinez, o objetivo do programa foi oferecer oportunidade para que os profissionais de atendimento possam se desenvolver em qualquer área que julgarem melhor para seu desenvolvimento pessoal. “Dessa forma, há uma preocupação genuína em transformar este profissional em um ser humano mais capacitado. Por isso, a participa-
O setor tende a crescer ainda mais nos próximos anos, em função dos investimentos a serem realizados pelas empresas que já utilizam a ferramenta, mas também pela conquista de novos usuários” Romain Mallard, dIRETOR DE TECNOLOGIA Da Digital SK
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Após a implantação do e-learning, tivemos uma queda significativa de contatos com nosso suporte para esclarecimento de dúvidas, pois a informação passada nos treinamentos é absorvida com maior qualidade, uma vez que o aluno escolhe onde e quando quer aprender” Vivian Tchistow, gerente de Capacitação e Treinamento Da Plusoft
Mercado em ascensão Segundo o presidente do portal eLearning Brasil, Francisco Antonio Soeltl, 28% das empresas no país investem na estratégia, sendo que 15% das empresas que utilizam esse recurso afirmam que os cursos atendem, em média, mais de 5 mil pessoas mensalmente. Isso demonstra o alcance e o potencial do e-learning como plataforma de treinamento e capacitação. Outra pesquisa também realizada pelo e-Learning Brasil, em março de 2010, mostra que o e-learning vem crescendo anualmente no Brasil, em média, 40% ao ano, o que comprova que as organizações aumentaram seus investimentos na ferramenta. São instituições e grandes empresas, públicas e privadas, que passam a adotar essa tecnologia e metodologia para qualificar seus profissionais. Aproximadamente 64% das organizações responderam que investirão neste ano até R$ 100 mil; 14%, entre R$ 100 mil e R$ 200 mil, e outros 7% investirão entre R$ 300 mil e R$ 500 mil em e-learning. As empresas globais investem mais nessa área e obtêm melhores resultados devido à sua dimensão.
ção nos cursos não é obrigatória, nem mesmo controlada pela empresa. Na semana de lançamento do projeto, a empresa já contabilizava mais de 20 mil inscrições em cursos. Em apenas 15 dias, 400 cursos já haviam sido concluídos. Os cursos têm duração média de 15 horas e os mais procurados têm sido: Secretária Executiva, Apresentações em Público e Como influenciar pessoas”, conta Majo. Para o diretor de Tecnologia da Digital SK, empresa franco-brasileira que desenvolve soluções de e-learning para projetos de educação corporativa e acadêmica, Romain Mallard, o setor tende a crescer ainda mais nos próximos anos, em função dos investimentos a serem realizados pelas empresas que já utilizam a ferramenta, mas também pela conquista de novos usuários. “Além disso, é possível enxergar uma consolidação por meio de fusões e aquisições, fazendo surgir grandes grupos e fortalecendo empresas menores que terão um atendimento cada vez mais personalizado e especializado para clientes extremamente exigentes. Por fim, considerando as tendências tecnológicas, é válido ressaltar a importância do crescimento da mobilidade, que impõe novas mídias e padrões de acesso à informação e, consequentemente, novas didáticas para treinamentos”, conclui Mallard. G gestão&negócios • 67
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Artigo
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Ensinar:TAREFA POR HUMBERTO MARIOTTI*
IMPOSSÍVEL?
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eu artigo anterior para a edição 18 (“A quem pertence o conhecimento?”) despertou a atenção de um número razoável de leitores. Recebi também um volume considerável de e-mails, alguns deles muito inteligentes e questionadores. Eis porque volto ao assunto e o aprofundo tanto quanto isso é possível, no contexto e espaço desta seção. Em aulas, palestras e eventos semelhantes, é comum o apresentador ou o comunicador perguntar aos participantes se entenderam o que ele acabou de apresentar e receber, muitas vezes, respostas afirmativas. No entanto, a experiência mostra que os comunicadores se surpreendem, com frequência, ao receber as avaliações feitas pelos participantes e constatar que não foram tão bem avaliados quanto esperavam no quesito clareza. Quem se interessa pelo tema sabe que o que é emitido pelo comunicador não é o mesmo que é recebido e entendido pelos que recebem a comunicação. Esse fato, de fácil comprovação no dia a dia, tende a reforçar o argumento tantas vezes repetido de que é no fundo o ensino é impossível. E não sem certa razão. Com efeito, se é lícito falar assim, também se pode dizer que o que é possível é a aprendizagem e não o ensino, pois este pressupõe uma posição de poder que, como se sabe, é perniciosa para a dinâmica educacional. Se é correto dizer que a comunicação que recebemos não é a do comunicador e sim a nossa, também é razoável afirmar que a aprendizagem que construímos é mais importante do que o ensino que eventualmente deixamos de receber. Essa constatação desafia de modo decisivo o conceito, também contestado no artigo anterior, de que não há ensino no sentido unilateral do
termo, isto é, o conhecimento como algo que é transmitido ou entregue pelo professor e recebido pelos alunos. O que existe de fato é a aprendizagem, no sentido coletivo e participativo da expressão. Não se trata, portanto, do professor ter algo a entregar e dos alunos esperarem passivamente por essa entrega. Essa é uma ilusão infelizmente muito disseminada que, como mostram as evidências do mercado, em muitos casos só persiste por causa da comoditização do conhecimento. O fato de que aquilo que comunicamos aos outros chega até eles do seu modo, e não do nosso, também está relacionado a um fenômeno conhecido há muito tempo – o problema das outras mentes. Esse tema tem sido objeto de muitas discussões e, de modo breve, pode ser explicado como se segue. Como mostra a experiência do dia a dia, por mais que queiramos não podemos acessar o conteúdo da mente das outras pessoas, ou seja, não podemos saber o que elas pensam. Por outro lado, como também já sabemos, mesmo que elas se disponham a nos comunicar o que pensam, só podemos receber essa comunicação à nossa maneira, o que torna essa comunicação relativa. Não recebemos as comunicações que queremos, e sim as que podemos receber. Na psicoterapia esse fenômeno é bem conhecido e faz parte dos estudos sobre a transferência e a contratransferência. Embora ao longo da história humana a possibilidade de saber o que os outros pensam tenha sido proclamada por muitos, esse é um sonho que o tempo tem revelado ser inatingível. Assim, como não podemos saber o que se passa na mente dos outros, só nos resta admitir que ela é semelhante à nossa e, portanto, o que percebemos e
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Artigo
sentimos ao longo de nossas interações com o mundo real é aproximadamente o mesmo que os outros percebem e sentem. Essa crença é indispensável para as práticas do convívio social. Mas adotamos outra estratégia, que a experiência também tem mostrado ser eficaz: modificar o conceito de mente – que por definição é individual, subjetivo – e vê-lo como algo público, social e compartilhável. Essa modificação tem se mostrado especialmente útil em dois âmbitos: o das ações e o da linguagem. Dessa ma-
Quem se interessa pelo tema, sabe que o que é emitido pelo comunicador não é o mesmo que é recebido e entendido pelos que recebem a comunicação”
neira, a mente “pública” seria acessível pela observação das ações das pessoas, o que nos permite concluir que as que agem de modo semelhante ao nosso devem, ao menos aproximadamente, pensar de modo parecido. Apesar da estratégia funcionar de modo satisfatório, ela se refere apenas a duas formas de linguagem, a corporal e comportamental. Existem várias outras, em especial as linguagens falada e a escrita, que contribuem decisivamente para que formemos consensos sobre como percebemos a realidade e como essa percepção nos fornece meios para interagir com ela, ou seja, de como adaptar-nos a ela. Esse processo é o que os sociólogos chamam de construcionismo social, ou construção social da realidade. Construímos o mundo em que vivemos ao longo de nossas interações com ele, e para essa construção é fundamental a linguagem em suas várias formas. Esses estudos começaram desde a década de 1920, com os trabalhos clássicos do filósofo e psicólogo americano George Herbert Mead, e deram início ao que hoje conhecemos com o nome de sociologia do conhecimento. A partir dos estudos de Mead e dos que desenvolveram suas ideias, admite-se que a ordem social se torna viável pelo compartilhamento dos significados que surgem das interações humanas e de como elas são interpretadas. A construção social da realidade é o resultado de um processo de investigação conjunta e da busca de versões coletivas que façam sentido para os participantes. Este último ponto é importante, porque as pessoas se relacionam com as coisas do mundo com ba-
se nos significados que atribuem a elas. E aqui as relações de poder são fundamentais, porque são elas que determinam quem tem mais ou menos poder de atribuição. De acordo com os conceitos do construcionismo social, a realidade coletivamente construída não corresponde ao mundo tal como ele é, mas sim do que construímos por meio de nossas interações. O discurso sobre o mundo resulta dessas interações, e o conhecimento que daí emerge vem do próprio processo. É um conhecimento produzido e validado pelas comunidades humanas. Em outros termos, a mente coletiva e os conhecimento que ela produz baseiam-se na percepção, elaboração e confirmação da realidade pelas redes de conversação. A construção da realidade resultante da atividade dessas redes tem sido útil em muitas áreas, inclusive os estudos sobre cultura organizacional, a propaganda, o marketing, o branding e, é claro, a educação. Como o leitor já deve ter percebido, o conjunto de instrumentos que permitem que nos adaptemos ao ambiente é nada mais nada menos do que um processo de aprendizagem, no qual ninguém ensina, mas no qual todos aprendem. É precisamente esse conceito que deve permear todos os processos de aprendizagem, formais ou não. Trata-se de um processo no qual ninguém entrega, mas todos recebem ou, posto de outra maneira, no qual todos entregam e recebem ao mesmo tempo. É por isso que são tão importantes as dinâmicas grupais, os jogos pedagógicos e a discussão de exemplos e casos reais na educação em geral e na educação de executivos em especial. G
*HUMBERTO MARIOTTI é professor, diretor de Pesquisa e Publicações e também coordenador do Núcleo de Estudos de Gestão da Complexidade da BSP (Business School São Paulo). É autor dos livros “Organizações de aprendizagem: educação continuada e a empresa do futuro” e “As paixões do ego: complexidade, política e solidariedade”
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MOTIVAÇÃO&carreira
Artigo
Por luiz marins *
Não se iluda: ninguém terá pena de você! U m dos maiores erros que cometemos na vida é ficar esperando a compaixão e a ajuda das outras pessoas. Ficamos esperando que reconheçam nossas dificuldades, nossos problemas e que tenham pena ao ver o quanto sofremos. Pura ilusão! Mesmo as pessoas mais chegadas o decepcionarão se esperar delas a compreensão por seus problemas e aflições e ainda mais a ajuda concreta. Assim, não corra o risco dessa decepção. Não espere a compaixão alheia. E a verdade é que mesmo que as pessoas digam compreender seus problemas e saber como você se sente frente a eles, jamais saberão o que se passa dentro de você, e você sempre desejará mais compaixão, mais compreensão e ajuda. Não caia nessa! Conheço pais que entram em depressão, pois esperavam a ajuda de seus filhos. Conheço filhos decepcionados com pais. Conheço parentes decepcionados com seus tios, primos, sobrinhos, etc. Conheço empregados decepcionados com seus patrões, e patrões decepcionados com seus empregados. Essa decepção, que muitas vezes chega próximo a uma profunda desilusão, é fruto de uma expectativa irreal e ingênua de que seremos reconhecidos por alguma coisa que tenhamos feito no passado; compreendidos pela nossa situação atual com alguma dificuldade, seja financeira, de saúde, ou de outra ordem qual-
“[...] como patrão, não fique esperando a gratidão daquele empregado que você salvou da fome dando-lhe uma oportunidade e que o abandona na primeira oferta de um novo emprego”
quer. Você pode ajudar uma pessoa o quanto puder, mas não espere a sua eterna gratidão. Você cria, educa, cuida de vários filhos, mas não viva com a certeza de que eles cuidarão de você na velhice. Você deu a vida pela sua empresa, mas não espere que ela reconheça essa sua dedicação. Da mesma forma, como patrão, não fique esperando a gratidão daquele empregado que você salvou da fome dando-lhe uma oportunidade e que o abandona na primeira oferta de um novo emprego. Sei que dirão que este meu texto é muito duro, triste e mesmo desmotivador. Mas, pelo contrário, ele relata a realidade que todos sabemos. Escrevo isto justamente para que as pessoas não se desiludam, esperando a compaixão, o reconhecimento, a gratidão e a ajuda de outras pessoas. Se você não tiver essa ilusão, terá sempre surpresas agradáveis quando ocorrer o contrário, isto é, quando alguém for leal, reconhecido, ajudar você e for grato. Nós mesmos temos que cuidar de nossa vida, de nossos problemas. É claro que muitos ajudam, mas não viva na certeza dessa ajuda. Não se desiluda. Não se decepcione. Ninguém terá pena de você. Passe do plano do choro ao plano da ação. Assuma sua própria vida sem esperar a compaixão alheia. Pense nisso. Sucesso! G
* Luiz Marins é antropólogo, professor e consultor de empresas no Brasil e no exterior. Tem 13 livros e mais de 300 vídeos e DVDs publicados
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happy hour
Lazer
Uma revolução de
sabor F
Especializado na culinária portuguesa e brasileira, restaurante Mosteiro se torna ponto de encontro de executivos e empresários cariocas POR FLÁVIA GHIURGHI
undado pelo português José Temporão, o restaurante Mosteiro nasceu em meio a Revolução de 1964 e se tornou referência no Rio de Janeiro entre diversas personalidades políticas como Delfim Neto, Juscelino Kubitschek, Carlos Lacerda, João Figueiredo, entre outras. Hoje, a frequência continua tão especial como há 46 anos, e o restaurante virou ponto de referência de encontros profissionais. Os executivos e empresários são o maior público do Mosteiro, que frequenta o restaurante de segunda a sexta, tanto para almoço como para happy hours e jantares de negócios. Também recebem pedidos de clientes para fazer reuniões em ambientes reservados ou realizar almoço na própria empresa. “Minha paixão sempre foi a construção. Cheguei a construir três edifícios no Rio de Janeiro, mas, por circunstâncias da vida, acabei me enveredando pelo comércio de alimentos e me tornei um apaixonado”, lembra o fundador do Mosteiro, José Temporão. O imigrante, que já tinha experiência com negócios relacionados ao comércio, acabou entrando no ramo de açou-
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Recentemente, contratamos o serviço de manobrista Valet Parking para proporcionar comodidade ao nosso cliente” Marcelo Temporão, neto e sócio do restaurante
gue, padaria e restaurante. Com uma boa visão comercial, experiência de vida e instinto de sobrevivência, iniciar um empreendimento maior não seria difícil. Decidiu, portanto, montar um restaurante. Temporão comprou um imóvel, anunciou vagas no jornal para garçons e cozinheiros, e iniciou seu negócio. “Dom Lourenço de Almeida Prado, ex-reitor do Colégio São Bento, foi padrinho do restaurante, daí o nome Mosteiro, por causa do Mosteiro de São Bento”, explica ele. Logo no início, o Mosteiro já fez sucesso. “É um restaurante que oferece muito conforto aos seus clientes, um lugar onde, além de comer bem, podese sentar e conversar sem ser incomodado”, garante o neto e sócio do restaurante, Marcelo Temporão. Muitos fatores contribuíram para o sucesso. Segundo Marcelo, ao contrário do que ocorre atualmente, a parte mais concorrida do centro do Rio de Janeiro naquela época era exatamente onde o Mosteiro está localizado. “Aqui sempre fora o point do Rio de Janeiro. Era onde aconteciam as coisas, onde se instalavam as grandes empresas. Além disso, havia apenas quatro anos que o Rio tinha deixado de ser a capital do país e a classe política ainda estava toda aqui. O poder aquisitivo da classe média também era muito alto, tinhase dinheiro em circulação”, descreve o fundador do Mosteiro. E, ao contrário do que ocorre com vários restaurantes, o Mosteiro não possui filiais. “Sou da opinião que não se consegue reproduzir um bom restaurante”, aposta Temporão.
Orgulho de ser carioca
Estar entre os melhores pontos gastronômicos do Rio de Janeiro é motivo de orgulho para o fundador do Mosteiro. Entretanto, o empresário chama a atenção para os concursos que têm sido promovidos por algumas revistas. “São sempre os mesmos escolhidos para julgar, sendo que os jurados não comparecem nos estabelecimentos para conferir a qualidade da comida”, protesta. E, para garantir um atendimento de excelência, os funcionários que começam a trabalhar no restaurante, segundo Marcelo, só saem quando morrem ou ficam doentes. “Temos funcionários com 45 anos de casa. Pagamos bons salários, oferecemos um ambiente sadio e cursos de treinamento fora do estabelecimento. Precisamos ter bons profissionais para atenderem nossos clientes de alto poder aquisitivo, extremamente exigentes”, ressalta Marcelo. Segundo ele, o Mosteiro está constantemente efetuando melhorias no restaurante e oferecendo novidades em pratos, vinhos, sobremesas, além do conforto aos clientes. “Recentemente, contratamos o serviço de manobrista Valet Parking para proporcionar comodidade ao nosso cliente. Queremos que ele venha ao nosso restaurante sem ter que se preocupar com estacionamento”, finaliza Temporão, que deixa escapar um de seus segredos para manter a clientela por perto. “A presença do dono no restaurante é sempre a melhor estratégia”, finaliza. G
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Conversa Afinada Gestão
Como atingir a Para obter vantagens competitivas, é preciso criar processos que se moldem às particularidades dos clientes
excelência operacional *Ailtom Nascimento
“E
xcelência se alcança por meio de um longo e contínuo processo que requer, sobretudo, comprometimento. Mais do que uma aspiração, excelência é o ponto para o qual nossos passos se dirigem. Só assim seremos sempre líderes e nunca seguidores”. Essa afirmação do visionário Ratan Tata, chairman do Grupo que leva seu sobrenome, reforça a ideia de que para aportar com êxito no destino é fundamental traçar muito bem as rotas a serem seguidas. Para implementar técnicas gerenciais que tornam as operações mais eficientes, é necessário avaliar, em primeiro lugar, qual o posicionamento atual da empresa – e, de preferência, encomendar essa avaliação de fora da corporação para que o rigor e a imparcialidade sejam preservados. Após obter um retrato fiel dos processos em andamento e mapear o modo como os vários stakeholders se
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relacionam, provavelmente será necessário aprimorar a estratégia da companhia de modo a direcioná-la ao preenchimento das lacunas constatadas. Saber se a organização que você dirige é um Jaguar ou um Jipe é essencial para escolher o caminho que lhe proporcionará mais vantagens competitivas. Importar processos da matriz ou seguir exemplos supostamente bemsucedidos no mercado nem sempre atendem à demanda da sua empresa e podem, ao contrário, gerar ainda mais entraves. Costumo dizer que metade da batalha está ganha se for escolhido um modelo de processo que consiga se moldar perfeitamente às peculiaridades do cliente. E de acordo com a abrangência das melhorias que se pretende promover na empresa, investir nos canais de comunicação interna pode ser vital, uma vez que os profissionais precisam estar envolvidos no processo e não ape-
nas submetidos a ele. Justamente porque a eficiência operacional não é o objetivo estratégico da empresa e sim o meio pelo qual este será alcançado, ela requer monitoramento constante. Acompanhar os processos de perto é a forma mais eficiente de mitigar riscos e garantir agilidade na resolução dos problemas. Com periodicidade pré-definida, é importante checar se as prioridades estabelecidas ainda são válidas ou se é necessário reavaliar as metas, para melhor adequálas às mudanças de cenário. Ao analisar os resultados obtidos com a implementação desse tipo de projeto, muitas empresas recorrem exclusivamente à equação “investimento x ROI”, e nem sempre ela é a mais precisa. No momento imediatamente posterior à implantação de um projeto de eficiência operacional, é essencial considerar os soft benefits, benefícios
que não podem ser traduzidos diretamente em aumento do faturamento, mas que por automatizarem processos ou aumentarem a satisfação dos clientes podem gerar resultados de negócio no médio prazo. Manter positiva a balança comercial corporativa (alta produtividade com baixo custo) é uma jornada sem fim. Muitas empresas não dão o primeiro passo, pois não conseguem enxergar o final da estrada, mas se a jornada rumo à melhoria de processos é planejada com critério, o custo inicial e o investimento na capacitação dos profissionais serão seguramente recompensados. A persistência é o caminho para se atingir tudo aquilo que vale a pena. Como os indianos costumam dizer: “É preciso trabalhar para reduzir o trabalho”. G *Ailtom Nascimento é vice-presidente comercial da Tata Consultancy Services do Brasil
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gestão pessoal
Autodiagnóstico
Você costuma errar no ambiente de V trabalho? POR Roniel dos Santos*
ocê é do tipo do profissional que se autoanalisa dentro do mercado de trabalho, ou mais especificamente, na empresa onde trabalha? Faz um balanço dos erros e acertos para, dessa forma, poder melhorar seu desempenho? Se a resposta é “não”, está mais do que na hora de testar itens básicos de sua postura no ambiente de trabalho. Faça isso com as perguntas abaixo.
1.
Com que frequência você costum cometer erros no trabalho? a ( ) Com muita frequência. b ( ) Com alguma frequência. c ( ) Raramente cometo erros. 2. Você geralmente: a ( ) Envolve-se em novos projetos, engajando-se do início ao fim e assumindo as responsabilidades necessárias. b ( ) Apenas desenvolve as atividades rotineiras, dá ideias, busca novas formas para a realização das tarefas, porém não assume projetos novos. c ( ) Não assume novas responsabilidades e faz estritamente o que lhe foi solicitado. 3. Quando erra: a ( ) Assume imediatamente o erro e o repassa ao superior imediato para resolvê-lo. b ( ) Assume imediatamente pelo erro e o resolve pessoalmente. c ( ) Não assume ou assume após ter pensado por alguns dias, temendo a reação da chefia. 76 • gestão&negócios
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4.
6. Quando questionado sobre algum assunto que não detém o conhecimento necessário, você? a ( ) Cria de imediato uma resposta para sair da “saia justa” em que foi colocado. b ( ) Assume que não possui o conhecimento necessário. c ( ) Assume que não detém o conhecimento, porém se compromete em fazer à devolutiva do questionamento. 7. Quando foi a última vez que você buscou cursos de aprimoramento dentro da sua área de atuação? a ( ) A menos de 2 anos. b ( ) A mais de 2 anos e menos de 5 anos. c ( ) Nunca me preocupei com isso. 8. Você acredita que o desenvolvimento das suas habilidades... a ( ) Não está relacionado a acertos ou erros. b ( ) Está relacionado à assertividade nas tarefas e tomadas de decisões. c ( ) Pode contribuir em partes para a assertividade.
Diante da omissão de um erro cometido pelo seu colega de trabalho, você: a ( ) Informa imediatamente a sua chefia para que o erro não tome proporções maiores. b ( ) Tenta convencer seu colega de trabalho a assumir o erro, como sendo a atitude correta a ser tomada. c ( ) Não comenta com a sua chefia, pois não quer ser rotulado como “dedo duro”. 5. Como você administra suas atividades diariamente? a ( ) Não me habituei ao uso de ferramentas de apoio e faço as atividades conforme for surgindo. b ( )Através de agendas, anotações, check-list de conferências e organização do material a ser trabalhado. Desenvolve uma atividade de cada vez, do princípio ao fim. c ( ) Não utiliza de controles rigorosos, porém tem o hábito de fazer uma atividade de cada vez.
Acima de 12 Embora demonstre ser uma pessoa envolvida e que prima pela qualidade do trabalho, não se penalize quanto cometer um erro, pois só não comete erro aquele que nada faz. Quanto maior o nível de conhecimento, maiores serão as responsabilidades. Fique atento para que não se instale em uma zona de conforto, continue se aprimorando. Seja agente multiplicador.
Entre 8 E 12 Alguns aprimoramentos devem ser buscados. Chamar a responsabilidade para si e envolver-se em novos projetos. Utilizar ferramentas de apoio para aumentar o controle das atividades com o objetivo de melhorar a assertividade. Desenvolver novas habilidades e aprimorar aquelas já desenvolvidas. Os erros muitas vezes estão relacionados à insegurança.
Questão
Pontuação (a)
Pontuação (b)
Pontuação (c)
Abaixo de 8
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Obviamente que os erros são permitidos, porém quando a borracha esta gastando mais que o lápis, certamente algum problema deve estar ocorrendo. Analisar a frequência com que comete os erros e o que tem feito para minimizá-los. Não é aconselhável adotar uma postura passiva diante dos problemas como se eles não fossem seus. Se reciclar, mostrar interesse no trabalho, fazer aquilo que realmente gosta pode ajudar.
Total de Pontos: *Roniel dos Santos é profissional formado em Administração de Empresas, com especialização em Gestão de Pessoas pelo INPG. Possui mais de 14 anos de experiência profissional na área de saúde em hospitais privados e entidades filantrópicas, de médio e grande porte. Responsável pela área de Recursos Humanos de um hospital referência nacional e internacional no tratamento de câncer
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resultados
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SINAPSE Livros TEORIA&PRÁTICA
sua biblioteca empresarial
UMA AJUDA E TANTO
Título: Coaching – Desenvolvendo Excelência Pessoal e Profissional Autor: James Flaherty Editora: Qualitymark Páginas: 280 Preço: R$ 64,90*
Muito tem se falado sobre um profissional que faz a diferença no mercado: o coach, que aconselha profissionais sobre os rumos certos para suas carreiras. No livro Coaching – Desenvolvendo Excelência Pessoal e Profissional, James Flaherty destrincha esse “processo de treinamento e acompanhamento” por meio de modelos diferenciados e úteis para aqueles que buscam o acesso a novos territórios.
CARGO DE RESPONSABILIDADE
O CEO da Sygenta Europa, África, Oriente Médio, América Latina e Brasil, Maércio Rezende, acaba de lançar o livro “Juntando as peças – Liderança na Prática”, no qual mostra toda a sua experiência à frente da empresa. O autor visita as principais disciplinas da área de administração de empresas sob a ótica dos CEOs. O livro, portanto, oferece uma visão ampla a respeito do que se espera de um profissional como este.
Título: Juntando as Peças – Liderança na Prática Autor: Maércio Rezende Editora: Saint Paul Páginas: 216 Preço: R$ 39,00*
MÉRITO PRÓPRIO
Título: O Elemento-chave Autor: Ken Robinson, com colaboração de Lou Aronica Editora: Ediouro Páginas: 264 Preço: R$ 36,90*
Como descobrir seus próprios talentos? Essa resposta você pode achar no livro de Ken Robinson, que mostra também o quão importante é alinhar o trabalho com as paixões e os talentos individuais para que possamos atingir o sucesso profissional. O autor relata uma grande variedade de histórias sobre os processos criativos de pessoas bem diferentes e se vale de fatos reais, apresentados em entrevistas com nomes como o beatle Paul McCartney, o escritor Paulo Coelho e Matt Groening, criador da série Os Simpsons.
SELVA DE PEDRA
Que o universo corporativo está cada vez mais competitivo, ninguém pode negar. Mas nem por isso esse ambiente precisa virar um campo de batalhas, não é mesmo? Para ensinar você a sobreviver nessa “selva”, o psicólogo Albert Bernstein ensina o segredo para preservar a sanidade no trabalho. O autor esmiúça questões confusas com as quais nos deparamos no dia a dia das empresas e propõe dicas e exercícios para melhor lidarmos com esses problemas.
Título: 101 Soluções para Sobreviver no Mundo Corporativo Autor: Albert Bernstein Editora: Campus/Elsevier Páginas: 304 Preço: R$ 77,00*
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SINAPSE DVD filmes para uma reflexão corporativa, por Myrna Silveira Brandão *
Filme: Amor sem Escalas (Up in the Air) Direção: Jason Reitman Ano: 2009 Gênero: Drama Duração: 108 minutos
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QUAL A RELAÇÃO?
FIQUE ATENTO!
Ryan Bingham é um alto executivo cuja missão não é das mais nobres: ele é encarregado de demitir pessoas em todo o país, assumindo o papel de empresas em crise que não tem coragem de dispensá-las. Sua vida muda com a chegada de uma psicóloga que sugere a substituição das viagens para demissões presenciais por demissões virtuais.
O filme possibilita o debate de inúmeros temas que fazem parte do mundo corporativo e de nossas vidas como pessoas e profissionais, tais como: demissões, dispensas coletivas, valores, delegação, ética, respeito, solidão, desemprego, relações efêmeras, mundo virtual, velocidade como um valor supremo e conexões humanas sem significado.
À oportunidade do debate sobre a responsabilidade das empresas nos processos de dispensa de forma individual e, principalmente nos casos de demissões coletivas, momento em que a transparência, respeito e um adequado sistema de comunicação são fundamentais. E também quanto aos questionamentos e lições que podemos tirar sobre as duvidosas palestras de Ryan.
DO QUE SE TRATA?
QUAL A RELAÇÃO?
FIQUE ATENTO!
Durante a grande depressão americana, um menino de oito anos, da tribo indígena Cherokee, depois de perder os pais, vai morar com seus avós paternos numa floresta do Tennessee. Lá, além de aprender sobre a cultura dos seus antepassados, ele reconhece a importância da natureza e a sabedoria da vida.
É um filme importante para todos que se envolvem com educação e desenvolvimento. Além de abrir o debate sobre preconceito e diferenças culturais, evidencia como o ambiente educacional, seja nas escolas ou nas empresas, deve ser um lugar de convivência, intercâmbio e troca de experiências.
O filme é uma reflexão sobre o aprendizado, a transmissão dos conhecimentos, o poder da trajetória e a importância de cada um conhecer sua história. Observe a cena aos 20:55 em que o índio pergunta aos avós se contaram a história do menino para ele. E acrescenta: “se não contaram seu passado, ele não pode ter um futuro”.
DIVULGAÇÃO
Educação de Pequena Árvore
Título: Educação de Pequena Árvore (The education of Little Tree) Direção: Richard Friedenberg Ano: 1997 Gênero: Drama Duração: 115 minutos
DO QUE SE TRATA?
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Amor sem Escalas (Up in the Air)
* MYRNA SILVEIRA BRANDÃO é administradora, jornalista e crítica de cinema – diretora cultural da Associação Brasileira de Recursos Humanos do Rio de Janeiro (ABRH-RJ) e autora do livro “Luz, Câmera, Gestão – A Arte do Cinema na Arte de Gerir Pessoas” – Editora Qualitymark
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Vestuário
Tradição e versatilidade Por Sheyla Pereira
Grupo Marisol expande sua atuação no sistema de franquias e visa manter crescimento de 12% conquistado no ano passado
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novação, essa é a palavra-chave para que a Marisol tenha hoje no mercado do vestuário o mesmo sucesso de 45 anos atrás. Atualmente, a empresa catarinense tem sob seu guarda-chuva as grifes Rosa Chá, Lilica Ripilica, Tigor T. Tigre, Babysol, Marisol, Pakalolo, além da Marisol Franchising e da rede de valor One Store, o que lhe confere um posicionamento focado em vários públicos-alvo e uma estrutura de três parques fabris. Para falar das novidades do grupo, o gerente de expansão da Marisol, Cássio Cansian. Gestão&Negócio (G&N) – De quanto é o investimento da empresa para expandir o sistema de franquias? Cássio Cansian (CC) - A cada ano e de acordo com nossos novos projetos, vamos incrementando os investimentos no processo de captação e seleção de franqueados. Neste ano, participamos da ABF EXPO pela primeira vez e esperamos colher bons resultados, visto que apresentamos todos os nossos negócios num dos maiores estandes da feira. G&N – Qual o perfil que um franqueado da marca deve ter? CC – Afinidade com o público-alvo e sensibilidade no relacionamento interpessoal são indispensáveis. A isso
se juntam outras qualidades gerenciais, como organização financeira, criatividade na busca por soluções e liderança, além da disponibilidade de capital para investimento. G&N – Qual caminho o franqueado deve seguir? CC – O primeiro passo é acessar o site www.marisolsa.com.br/bussines e conhecer cada negócio. Em seguida, é só escolher aquele que mais se identifica e fazer um cadastro. Depois dessa etapa, o candidato será convidado a participar do processo de seleção e, se atender aos requisitos do perfil de cada rede, poderá ser um de
nossos franqueados. G&N – Quais os projetos do grupo para 2010/2011? CC – Estamos sempre avaliando novas marcas para acrescentar ao portfólio da companhia. Para este ano, estão previstos investimentos de R$ 140 milhões, principalmente no aumento da capacidade produtiva e informatização da unidade do Ceará e na expansão da rede de lojas. A Marisol fechou o ano passado com crescimento de 12%, atingindo faturamento bruto de R$ 506,8 milhões. O objetivo é manter os números em alta. G
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