Edição 4, Março/Maio 2016. Distribuição: Rio Verde-GO

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Rio Verde-GO: Março/Maio 2016 Ano 2, nº 4

Seta pra quê? Falta educação e investimento no trânsito de Rio Verde.

Não tá fácil pra ninguém: Eleição municipal será acirrada. Quem leva vantagem?

Sexo: Dúvidas que você não tem coragem de perguntar, a Città responde.

O QUE NINGUÉM fala, ouve e vê Rio Verde registra 400 casos de HIV e dois novos a cada semana.

Número pode ser ainda maior.

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CONTEÚDO EDITORIAL

Você pode não querer, mas deve saber........04

CAIXA-PRETA

Urbanista discute: O trânsito em Rio Verde tem solução?....................................................06

SAÚDE

Eles são aliados ou vilões da dieta?............12

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CASA

Bom gosto ultrapassa gerações: Decoração da “época da vovó” faz sucesso hoje........17

COMPORTAMENTO

Dúvidas sobre sexo? A gente esclarece......14

CAPA

O que ninguém fala, ouve ou vê: A realidade do HIV em Rio Verde.........................................18

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CITTÀ

Jovens buscam o próprio espaço por meio do empreendedorismo....................................22

CULTURAL

Aos poucos, mais pessoas aprendem a apreciar a arte de rua...............................................26

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OPINIÃO

Falta cultura e entretenimento de verdade na TV aberta....................................................30

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EDITORIA

Você pode não querer, mas deve saber

EDITORIAL

Texto:Gabi Bazzo Foto: Sagui

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Para a temática “Saúde”, nossa proposta foi quebrar alguns paradigmas falando sobre aqueles alimentos que consumimos julgando saudáveis, mas que talvez não sejam tanto assim. Nosso “Cultural” expõe comentários de artistas sobre a cultura do spray, representada no grafite e Mesmo com tantas novidades, mantivemos estêncil. Na editoria “Casa”, dicas de nossa linha editorial e comprometimento com decoração Vintage. Em “Relatos de um a informação. Em destaque, vamos falar sobre o HIV em Rio Verde, com números e relatos Viajante” você confere uma história inéditos e preocupantes. Na “Caixa Preta” dos sonhos de qualquer um: a lua de abordamos o trânsito no município. A Città dá mel pra lá de especial na Europa. espaço ainda para um artigo sobre a qualidade Em “Comportamento” selecionamos - questionável - da T V Aberta; matéria sobre o perguntas que recebemos de perfil do empresário rio-verdense, cada vez mais nossos leitores para falar sobre sexo, composto por jovens visionários. E aproveitando respondendo dúvidas que muita gente que 2016 será um ano quente, não só por causa tem vergonha de fazer ao médico. do El Ninõ, mas também devido às eleições municipais, apresentamos um especial em que Isso e muito mais você verá nas páginas comentaristas falam sobre a corrida para o cargo da Città! E que possamos continuar mais alto do executivo de Rio Verde. desfrutando da companhia um do outro! ois mil e dezesseis começou com tudo para nós da Città! Além da versão impressa, estamos agora com um canal no YouTube e lá você acompanha bastidores, extras e muito mais.

Chegamos à quarta edição por você e graças a você, anunciante e leitor. Por isso, muito obrigada!

Città Comunicação CNPJ: 21.834.787/0001-67 Rio Verde – GO (64) 8140-6560 (64) 9991-1620 cittarevista@gmail.com

Reportagens: Gabriela Guimarães MTB 3405/GO Jéssica Bazzo MTB 3194/GO

Conselho Editorial: Gabriela Guimarães Jéssica Bazzo Samuel Pedrosa

Diagramação: Samuel Pedrosa

Projeto Gráfico: Roca Comunicação

Capa e Ilustração: Sagui

Fotos: Arquivo Pessoal Gabriela Guimarães Jéssica Bazzo Pedro Sá Colaboração: Eunice S. Rodrigues Ligia Ferreira de T. Kawamoto Márcio Rubens Thaylline Sanqueta Ascom Comigo

PÁGINA ABERTA da revista, que trouxe muita leveza, estilo, conteúdo e tudo com muito bom gosto! Com certeza cria a conexão certa com o leitor! Rio Verde agradece e eu aguardo ansiosa cada nova edição!”

THIRZZIA GOMES agt. contr. interno via email

“Saindo da mesmice dos murais de fotos e propaganda, a Revista Città preenche a lacuna de periódicos de conteúdo, trazendo assuntos atuais e relevantes, de fácil e instigante leitura.

Difícil não se tornar leitor assíduo.”

JOÃO ROBERTO ATAÍDE advogado via whatsapp “Città é sinônimo de informação e entretenimento de qualidade! Gosto muito da abordagem simples e direta

“Gosto da revista, pois ela veio com uma proposta totalmente nova.

Com matérias atuais e totalmente inovadoras, que mostram a nossa realidade. Isso contribui bastante com o meu trabalho.”

IDEZINHA MAIA assistente social via whatsapp Eu tive acesso à Città por meio de uma das editoras, e assim que conheci a revista me surpreendi com a qualidade das matérias, da arte, tudo feito com capricho. Teve

uma matéria em especial que achei muito interessante, da edição II, que falava sobre as tradicionais feiras que acontecem em Rio Verde. Elas são muito comuns entre todos os estudantes universitários, por ter uma feira próxima à Universidade, quando saem da faculdade vão até o local buscando algo diferente para comer e sair da rotina.

MURILO CAMILO DUARTE estudante via whatsapp Muito boa a revista Citta. Assuntos variados e pertinentes, com matérias objetivas e claras. A matéria “Vento no rosto, Saúde na certa” veio em boa hora. Mais um estímulo para pegar minha MTB e cuidar mais da saúde. A equipe está de parabéns!

RODOLFO FIGUEIREDO dentista via whatsapp

TEM ALGUÉM PRECISANDO DE VOCÊ!

C

Célia Mendes, curadora

âncer, uma palavra vazia de certezas e cheia de mistérios que ainda tiram a paz de muitas famílias. Você sem dúvida perdeu alguém ou conhece pessoas que já enfrentaram essa triste doença. E é justamente por isso que a prevenção tem espaço reservado no Hospital do Câncer de Rio Verde (Fundação Cristã Angélica). Ações são realizadas ao longo do ano, com destaque para três grandes campanhas que visam a conscientização quanto ao câncer de próstata, mama e colo do útero.

Somente no ano passado mais de 16 mil atendimentos foram realizados no Hospital do Câncer de Rio Verde, sendo que 95% deles por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), de forma a atender a população mais carente da cidade. Segundo a advogada e curadora do hospital, Célia Mendes, a maior incidência de casos de câncer está no público feminino. “Isso acontece porque as mulheres se cuidam mais do que os homens. Não quer dizer que o câncer atinja mais elas, e sim que elas procuram realizar os exames com frequência. Por isso, por meio de nossas campanhas, temos tentado atingir ainda mais o público masculino”, explica.

Apesar do nome hospital, a Fundação se restringe aos atendimentos ambulatoriais, já que por lá não são realizadas grandes cirurgias, ficando apenas com a prevenção e diagnóstico. Os pacientes encaminhados pela rede pública recebem atendimentos em dermatologia e ginecologia oncológicas, além de consultas com mastologista, proctologista e sessões de fisioterapia.

Em relação aos exames, o Hospital do Câncer de Rio Verde realiza ultrassonografia, raio-X, mamografia e colonoscopia.

Para que tudo isso seja possível, o local vive de doações. “O que mais chama a atenção é que a maioria dos nossos doadores é das classes C e D. Gostaríamos de convidar mais pessoas a nos ajudarem e servirem de multiplicadores do nosso trabalho, pois somos uma filantropia e a nossa maior renda é a solidariedade dos rio-verdenses”, diz Célia Mendes.

Seja um doador Fundação Cristã Angélica - Hospital do Câncer de Rio Verde.

Banco do Brasil Agência: 0221-6 Conta Corrente: 1991-7

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CAIXA EDITORIA PRETA

Texto:Gabi Bazzo Foto: Sagui

Você certamente já falou que o trânsito de Rio Verde está impossível, é perigoso, desorganizado, violento. Mas, espera ai! O que está errado nessa história toda é o seu comportamento enquanto motorista, pedestre, ciclista e seja lá o que for. Não é o trânsito que é violento, não.

Somos nós que o fazemos assim. E sabe por qual razão? Falta educação, na vida e no trânsito. Além disso, um estudo realizado pela Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo, mostrou que a situação é mais violenta nos estados mais pobres do Brasil, onde os investimentos em infraestrutura das rodovias e perímetro urbano são menores. Nessa análise, entra também a omissão do governo em direcionar o dinheiro recolhido em multas para ações concretas de melhorias no trânsito. Nesta edição, convidamos a arquiteta e urbanista Márcia Righetto para fazer uma análise da situação em Rio Verde.

Para ela, a falta de planejamento da cidade e a pouca consciência dos condutores são os principais entraves. Confira na íntegra.

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Pra você, o trânsito é um dos principais problemas de saúde pública no Brasil e também aqui em Rio Verde?

Sim, sem dúvida. Em unidades de atendimento de urgências em todo o nosso país, a maioria dos casos são acidentes de trânsito.

E essa realidade tem resultado em tristes estatísticas de pessoas que perdem a vida em acidentes. Vejo que o principal fator é a falta de educação no trânsito. E isso começa desde a aprovação nas autoescolas. Sem contar que educação vem de berço, a pessoa tem ou não. E essa ausência de educação reflete no trânsito que criamos. Muitos não têm respeito.

“Seta é uma coisa que parece não existir nos carros de Rio Verde” Qual o diferencial negativo que vê aqui em Rio Verde quando o assunto é trânsito?

Somos uma cidade pequena, entre aspas, mas que cresceu bastante nos últimos anos.

Seguindo essa linha, muitos condutores ainda têm vícios de dirigir de qualquer jeito. Seta é uma coisa que parece não existir nos carros de Rio Verde. Muita gente não usa. Parece que se for dar seta, a mão quebra. Outro comportamento muito ultrapassado é dirigir do lado esquerdo da pista, em baixa velocidade. Isso cria inúmeros entraves no trânsito. Outra questão que acho um absurdo é o motorista que estaciona em qualquer lugar, achando que tem esse direito com aquela desculpa: é rapidinho. Isso não deveria existir. Sem contar na falta de respeito com as vagas para idoso e deficiente, que é um problema ainda mais grave, de ignorância.

Se eu te pedir para definir o trânsito de Rio Verde em uma palavra. Qual seria?

A vontade era dizer caótico. Mas não posso afirmar isso porque ainda não temos engarrafamentos. Assim, diria que é perigoso.

A orientação é aquela antiga, de dirigir pra você e para o outro. Me preocupa também a quantidade de motos sendo conduzidas por adolescentes que não têm um pingo de malícia e conhecimento de trânsito. E sabemos que isso ajuda a aumentar os índices de acidentes fatais, pois o condutor de moto está muito mais exposto que o de um carro.

Onde está a falha?

Na falta de planejamento e de consciência das pessoas. Um bairro como o Canaã, por exemplo. Você não poderia ter estacionamento dos dois lados ali, porque muitas ruas são estreitas. Então, o planejamento vem desde o urbanismo. Quando vão lançar um setor já tem que prever o tamanho máximo da via para que ela tenha trânsito e flua bem.

Moro há 17 anos em Rio Verde e, pra minha felicidade, tenho visto melhorias no trânsito, principalmente após a criação da Agência Municipal de Mobilidade e Trânsito. Melhorou, mas falta muita coisa.

Qual o papel dos centros de formação de condutores nesse processo de conscientização?

Vejo que os cursos de formação de condutores dão pouca profundidade nas discussões sobre as reais consequências dos acidentes de trânsito. Os cursos precisariam ser mais rigorosos. Muita gente tira carteira sem saber nada, vão para as ruas sem o mínimo de segurança na direção. Acho também que são poucas as aulas de volante. Tem gente que pensa que por ter passado na prova escrita já sabe de tudo. E na realidade sabemos que isso é pura ilusão.

A falta de punição dos infratores também deixa os condutores mais acomodados?

Sim. Tem uns que nem se preocupam com as penalidades. A lei seca, por exemplo, eu não conheço quem tenha deixado de beber por causa dela. Não é a solução. A solução é de fato educação e conscientização das pessoas. Você deve conhecer alguém que é tranquilo, pacífico, mas que no trânsito se transforma. É como se o veículo fosse um escudo, como se nos tornássemos anônimos. Por isso acredito que uma forma de melhorar a situação é investindo em campanhas educativas.

Campanhas como em outros países que mostram acidentes de trânsito reais deveriam ser implantadas aqui no Brasil?

Tem que ser, assim como aconteceu com o cigarro. Fora do Brasil, os vídeos são de uma crueldade que leva a pessoa a pensar nos riscos e nas consequências. Temos que ver o trânsito com mais civilidade e respeito, entendendo que é um espaço de convívio social.

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POLÍTICA

Quem deve vencer a disputa pelo cargo mais cobiçado do executivo municipal?

Fernando Machado, jornalista: “O uso da máquina pública vai continuar sendo ponto decisivo” O professor Nagib Yassin vê com desconfiança o candidato que tiver o apoio do prefeito.

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N

ão existe receita perfeita que garanta a vitória e o sucesso. Na política, então, nem se fala. Para construir uma candidatura competitiva, os políticos precisam antes de tudo conseguir driblar o desinteresse e descrença dos eleitores. O que mais se escuta por aí é que todos os candidatos são iguais, nenhum passa confiança e que a política no Brasil está totalmente suja e sem solução. E quando começam as acusações entre os candidatos, aí piora de vez a situação.

Sem contar que as mudanças nas regras das eleições municipais para 2016 deixaram o desafio dos políticos ainda maior. O tempo de campanha foi reduzido – de 90 para 45 dias – e fica proibido o financiamento eleitoral por pessoas jurídicas. Na TV e no rádio, o tempo de propaganda também diminui de 45 para 35 dias. Resumindo: não está fácil pra ninguém!

Fazendo uma análise do cenário político que se forma em Rio Verde para a disputa eleitoral de 2016, na opinião do jornalista Fernando Machado, o uso eleitoral da máquina pública vai continuar sendo um dos pontos decisivos nas eleições municipais. “Infelizmente”, critica.

Ele lembra que em 2008, o apoio do grupo

do prefeito Paulo Roberto Cunha (PP) – de última hora – para o candidato do DEM, o atual prefeito Juraci Martins, foi o que definiu o resultado da eleição. “O então candidato da base, Leonardo Veloso, do PP, teve a candidatura totalmente desidratada com esta ação, que visava impedir a eleição do então favorito Wagner Guimarães, na época PMDB”, recorda.

Fernando acredita que a atual situação do prefeito Juraci não é muito diferente da vivida pelo ex-prefeito Paulo Roberto Cunha em 2008. “Mesmo com a maioria das promessas não cumpridas, intempéries no Legislativo e fortes desgastes na imagem, a atual gestão de Juraci conta com uma quantidade recorde de funcionários comissionados e contratados.

Um batalhão de milhares de pessoas que tendem a ser cabos eleitorais para manterem

os empregos”, expõe. O jornalista ainda completa que, na disputa acirrada, isso sem dúvida pode decidir o resultado.

Ele aponta outras vantagens que tem o candidato apoiado pelo atual prefeito, como a exposição permanente em ações de governo, eventos oficiais e vinculação da imagem à assistência social. “Tradicionalmente elege-se o candidato com o apoio direto ou indireto de quem controla a máquina púbica. As campanhas a reeleição, no meu modo de ver, também têm sido vitoriosas em grande parte pelo mesmo motivo”, acredita Fernando Machado.

Quem também avalia o atual cenário político de Rio Verde é Nagib Yassin, professor universitário e sócioproprietário de uma empresa de consultoria e pesquisas. “Vejo com desconfiança o candidato que tiver o apoio do atual prefeito”, afirma. Ao justificar a declaração, Nagib cita a grande quantidade de obras em andamento que não serão concluídas na gestão do atual prefeito. “Outro fator que chama a atenção é uma cidade com 207 mil habitantes, arrecadação de quase R$ 700 milhões no ano passado e estar passando por uma situação financeira delicada. Sem contar que a prefeitura passou a funcionar meio expediente com o argumento de que a medida foi necessária para reduzir gastos. Tudo isso é muito criticado por boa parte da comunidade rio-verdense.

Então, vejo que o candidato apoiado por Juraci terá um enorme desgaste devido à atual circunstância na qual se encontra o município”, aponta.

Nagib destaca o nome de quatro précandidatos mais citados no momento em Rio Verde, sendo: o deputado federal Heuler Cruvinel, o estadual Lissauer Vieira, o médico Paulo do Vale e o exdeputado estadual Karlos Cabral. “Caso sejam confirmados os quatro nomes,

vejo uma divisão interessante em que teremos um candidato do prefeito e três da oposição, dividindo os votos de maneira proporcional para uns, e desproporcional para outros. Vamos ter uma polarização muito boa, em que vencerá o mais astuto”, aposta Nagib.

O professor universitário avalia ainda a situação de dois pré-candidatos em especial: Heuler Cruvinel e Lissauer Vieira. “O deputado federal afirma que o rompimento com o prefeito é definitivo, e realmente temos visto isso. Então, acredito que vai depender apenas do Heuler, enfim, ele não precisa do apoio do prefeito. Já o deputado estadual Lissauer disse desde o começo que se Juraci quisesse que ele fosse candidato, assim seria. Por isso, volto a dizer, o nome apoiado pelo prefeito vai carregar também o desgaste da atual administração”, reforça.

Para o professor universitário, os dois nomes mais fortes ficam sendo assim os de Heuler Cruvinel e Paulo do Vale.

“Além disso, vejo que o candidato preferido do governador Marconi Perillo é Heuler Cruvinel, por ele estar há mais tempo na política, com dois mandatos de deputado federal. Mesmo que Lissauer faça parte da base do governo, a aproximação maior de Marconi é com Heuler. Mas, vamos esperar. Todos estão bastante apreensivos”, avalia.

Nagib faz ainda uma análise da situação econômica do Brasil e o impacto que ela terá nas eleições de 2016. “Será ainda mais acirrada. A economia afeta o país, os estados e os municípios. Independentemente do que venha acontecer, pode até ser que os candidatos venham a fazer política como antigamente, de casa em casa para conquistar o eleitor. Inclusive, comentase que a economia neste ano será muito pior que em 2015 também por conta das eleições”, destaca.

Heuler Cruvinel, apontado como um dos nomes mais fortes.

Karlos Cabral, ex-deputado estadual, deve entrar na disputa.

Lissauer Vieira, deputado estadual e nome apoiado pelo prefeito.

Paulo do Vale, médico, também se destaca na avaliação dos analistas políticos.

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AGRONEGÓCIO

Vem aí a 15ª Tecnoshow!

U

m lugar reservado para a geração e a difusão de tecnologias. Assim é a Tecnoshow COMIGO, que chega à 15ª edição. A tradicional feira é tida por produtores rurais de todo o país como uma oportunidade para a de troca de conhecimentos, levando as novidades do agronegócio aos profissionais da área, estudantes, entre outros. Neste ano, a Tecnoshow COMIGO acontece entre os dias 11 e 15 de abril, no Centro Tecnológico COMIGO (CTC), em Rio Verde (GO).

Consolidada como uma das principais feiras de tecnologia rural do Brasil, sendo a maior do Centro-Oeste, a Tecnoshow COMIGO tem uma completa programação, que inclui atividades como palestras, dinâmicas de pecuária e de máquinas, exposição de produtos e serviços, demonstrações de tecnologias e animais de diferentes raças.

A feira oferece aos visitantes de diversas regiões do Brasil o que há de mais moderno em máquinas, veículos, equipamentos agropecuários, insumos, plots agrícolas com vários experimentos, além de demonstrações

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Feira é considerada uma das maiores do país em tecnologia rural. Palestras, dinâmicas de pecuária e exposição de produtos fazem parte da programação

de resultados de pesquisas, lançamentos de novas variedades para diversas culturas, ações socioambientais, entrega do Prêmio de Gestão Ambiental Rural COMIGO, entre outras atividades. Instituições financeiras também estarão presentes com linhas de crédito e financiamento voltadas para o produtor rural.

O presidente da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (COMIGO), Antonio Chavaglia, destaca que a Tecnoshow COMIGO é hoje referência no que diz respeito a novidades tecnológicas e informação para o produtor rural, discutindo temas e apresentando inovações que podem trazer mais eficiência e produtividade para o agronegócio.

“Serão cinco dias de demonstrações em campo, de debates com os principais nomes do cenário agrícola e da pecuária no Brasil e no mundo, além de permitir a troca de experiências entre produtores e outros públicos. Apesar do cenário econômico, que é de cautela, estamos otimistas em relação à feira deste ano, porque ao contrário de outros segmentos, o agronegócio tem mostrado sua força, inclusive com crescimento registrado em 2015”, afirma Chavaglia.

A estimativa da COMIGO, realizadora da feira, é que a edição de 2016 supere os resultados alcançados no ano passado, quando o evento recebeu 104 mil pessoas, que visitaram os 540 expositores e movimentaram mais de R$ 1,1 bilhão em negócios. Para alcançar esse objetivo, a cooperativa promove investimentos constantes em melhorias na estrutura do CTC, como jardinagem, ampliação de estacionamentos, pavimentação de ruas, entre outras. A área destinada à feira é de 60 hectares.

A

Onde foi parar a tranquilidade econômica?

grave crise que se instalou no país atinge duramente o mercado financeiro, afetando diretamente o desempenho das pequenas e médias empresas, o que agrava a inadimplência em todos os setores. A instabilidade econômica prejudica as relações comerciais entre empresas e seus fornecedores, prestadores de serviços, tercerizados, distribuidores e fabricantes, causando assim um festival de dívidas.

Pelo acometimento da crise, muitas empresas atingidas se socorrem de empréstimos e financiamentos bancários, utilizando destes recursos para cobrir créditos e empréstimos anteriores, desencadeando altos índices de inadimplência.

Os juros e encargos aplicados aos contratos de financiamentos são cada vez mais elevados. Isso tudo em decorrência do aumento das taxas de juros - determinada pelo governo - que vem prejudicando as relações das empresas com as instituições financeiras em geral.

Esse cenário faz com que as empresas questionem judicialmente a legalidade dos encargos contidos nos contratos firmados com as instituições financeiras, com um enfrentamento das contas que envolvem cheque especial, finan-

ciamentos, capital de giro, leasing e outros.

Mesmo que se diga que as taxas aplicadas e cobradas nos contratos de financiamentos estão de acordo com as praticadas no mercado e que, por isso, não se tem o que contestar judicialmente, o que se observa na prática é a existência de juros remuneratórios estipulando percentuais mais elevados do que a média praticada no mercado.

Assim, a única forma de corrigir as irregularidades existentes nos contratos de financiamento é a revisão de juros bancários, o que possibilita coibir a cumulação de diversos encargos que disfarçam a aplicação de uma taxa de juros diferente da contratada, como, por exemplo, a cobrança da comissão de permanência acumulada com correção monetária e juros de mora acima do limite permitido pela legislação consumerista.

As taxas de juros aplicadas pelas instituições financeiras são fixadas em percentuais desproporcionais, de modo a colocar o consumidor em posição extremamente desvantajosa. O que se observa atualmente é que a função social do crédito - que visa promover o desenvolvimento econômico e equilibrado do país - não está sendo respeitada.

Dessa forma, o endividamento dos consumidores é acentuado, de modo a evoluir para um cenário crônico no mercado, conhecido como superendividamento, que assola em massa a classe empreendedora.

Assim, o superendividamento não pode ser visto como um simples momento da crise. É necessário avaliarmos com maior acuidade as causas e consequências da elevada incidência de juros e demais encargos aplicados pelas instituições financeiras, o que vem desencadeando uma inadimplência que extrapola a normalidade.

Deve-se ter em mente sempre que somente com as empresas produzindo e gerando emprego e renda é que será possível sair da crise. Em suma, diante da crise que assola o país, a fim de evitar o bloqueio de patrimônios da empresa e ainda de realizar uma reorganização financeira, as ações revisionais bancárias se impõem ao atual cenário econômico como uma ferramenta de proteção e fôlego dada ao empresário que necessita urgente estancar essa bola de neve e, principalmente, direcionar receitas e investimentos a setores que alavanquem seu negócio e tragam de volta a tranquilidade econômica.

JURÍDICO

Eunice S. Rodrigues ADVOGADA

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SAÚDE

Saudáveis até que ponto?!.

C

om a crescente preocupação da população em se alimentar bem a fim de manter um estilo de vida saudável e longe dos temidos quilinhos a mais, surgem algumas dúvidas sobre quais alimentos são realmente amigos de uma dieta equilibrada. O que surpreende é que muitos daqueles que pensávamos serem bons para a nossa saúde são na verdade grandes vilões de qualquer plano de emagrecimento.

Além disso, segundo a médica nutróloga Thais Aquino, qualquer alimento em excesso pode fazer mal. Sem contar que apostar em dietas milagrosas com a esperança de emagrecer pode não surtir o efeito desejado. A médica enumera alguns dos alimentos que até então eram considerados amigos da dieta, mas que podem fazer mal à sua saúde. Quer alguns exemplos? Então olha o que vem por ai...

Suco de caixinha: quem está atento à dieta, com certeza já eliminou esse daqui. O suco de caixinha pode ser tão prejudicial ao organismo quanto o refrigerante e até mesmo o álcool. O que acontece é que no processo de produção desse suco ocorre a retirada de toda fibra da fruta, e a frutose – que é a açúcar da fruta - é metabolizada no fígado assim como o álcool.

Requeijão, creme de leite e iogurte light: A legislação classifica como “light” qualquer alimento cujo similar tenha 20% a menos de alguma substância. Portanto, eles podem reduzir a quantidade de gordura, mas aumentar a de açúcar para tornar o alimento mais atrativo para o paladar do cliente.

Barrinhas de cereais: são ricas em fibras, porém, você deve se atentar à quantidade de açúcar e chocolate utilizada para a produção das mesmas.

Molho light para salada: esses molhos, em sua maioria, apresentam menor teor de gordura. Em compensação, grande quantidade de sódio. Portanto, o recomendado são no máximo duas colheres de sopa por dia.

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Peito de Peru: entra na lista dos embutidos, que são alimentos ricos em corantes, conservantes, aditivos químicos e sódio. Essas substâncias, quando consumidas em excesso, podem se tornar cancerígenas.

Ovos: são proteínas de alto valor biológico.

Mas, se consumido em excesso, pode elevar os níveis plasmáticos de colesterol.

O recomendado são, no máximo, cinco ovos inteiros por dia. Já a clara pode ser consumida em maior quantidade.

Café: em quantidades moderadas (400-500 mg/dia), a cafeína não é prejudicial à saúde humana. Por ser estimulante, o seu consumo em excesso pode levar a um aumento da pressão arterial e da secreção gástrica, podendo se tornar prejudicial.

Gelatina: Essa daqui enganou muita gente por bastante tempo.

Mas a verdade é que a gelatina é rica em corantes, conservantes, açúcar ou adoçantes artificiais. Em excesso, pode ser muito prejudicial.

A médica nutróloga Thaís Aquino aconselha que, se você deseja um corpo saudável e bem nutrido, o ideal é buscar o equilíbrio. “Muito cuidado com as promessas de milagres. Aprenda a verificar os rótulos e converse com um profissional. Lembre-se sempre que uma nutrição adequada pode prevenir doenças e tornar a vida mais saudável”, salienta.

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COMPORTAMENTO

i

r ao consultório do ginecologista desperta quase sempre muitas dúvidas nas mulheres, principalmente em adolescentes que estão iniciando a vida sexual. Dá vontade de perguntar algumas coisinhas que, na hora da consulta, bate aquela vergonha. Aí tem gente que decide recorrer ao Google, não é mesmo? Pois é, mas essa ferramenta nem sempre é a mais confiável quando o assunto é saúde. Tem que saber pesquisar e encontrar sites que sejam de fato confiáveis. Sabendo da timidez de tantas mulheres - e também da curiosidade de alguns homens - a Città resolveu dar uma forcinha.

Falamos com o médico ginecologista Victor Reges Nunes Teixeira, que responde algumas dúvidas dos nossos leitores. Confere aí...

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Sou baixinha e fiquei com um homem bem maior do que eu. Na relação tive sangramento. Isso tem a ver com o tamanho do pênis? (I.L, 24 anos)

A vagina mede de 6 a 8 centímetros.

Durante a relação ocorre um relaxamento natural da mucosa vaginal e da amplitude do útero, que faz com que a vagina se alargue. Geralmente, o que leva ao sangramento não é o tamanho do pênis, mas a intensidade da relação.

Quando tem sangramento o ideal é fazer um preventivo, já que pode ser um sinal de lesão no colo do útero.

É normal sentir dor, cólica ou mesmo ardência após a relação? (D.S, 18) Durante a relação sexual é importante perceber se a mulher está estimulada, se tem lubrificação da vagina. Se não houver relaxamento, ela pode ter dor e sentir incômodos durante o ato. Quanto mais ela sente dor, menos ela terá o estímulo para que ocorra a Por que algu mas mulheres não sentem lubrificação. O ideal é não sentir nenhum tipo de dor vontade de fazer sex o? durante a relação. Mas, após o ato, podem acontecer (R .P, 22 anos e D. M, 40) incômodos leves semelhantes à cólica. Em fraca A m ul he r te m que intensidade é considerado normal. eles a diminuição ser estimulada pa ra nos níveis de ter desejo sexual. testosterona. Algu ns Está muito ligado ro at an qu ticoncepcionais á h o u n tí n co ao so em ocional, por (K.B, 23) também diminuem cepcional de u Tomo anticon ficuldades de engravidar? exemplo, se ela di r te a o libido. Pode ser ss Po . os an gosta do parceiro, á mais de 50 um h conjunto de do ca er m no se está bem A pílula já está ada. Os fatores que levam or m ri ap s ai consigo mesma, da vez m a mulher a precisa anos, sendo ca a chance de r am co et m a família. Se af o nã s ai on de ci uma ajuda ep nc do an m antico to ela estiver com anos multidisciplinar, você está há 4 algum problema, , você ar engravidar. Se id av gr en er ac lv ompanhada de so re eses vai transmitir e daqui três m que tomou po gi ne m cologista e te o e o isso. Tem também per o us de ps ce pode interrom icó an logo, para ch na a alguns hormônios onal não afet conseguir melhorar o anticoncepci relacionados, dent re essa aptidão. engravidar.

po esperar para ão. Quanto tem eç o ot pr m se xo r um resultad Fiz se e sangue e obte d e am ex o r faze 20) preciso? (L.H, uma em que se tem r ve ti oa ss pe a de ser Quando grande chance ém gu al m por DST. um ato co contaminado 48 em o, urar um contaminad É preciso proc el ív ss o mais horas já é po ginecologista .

IV H de el, porque fazer o teste rápido possív r te e entos Só que tem qu istem medicam ex r te ra pa que continuidade que fazem com o nã e qu mente de ca a ti certez ua dras . Após dimin ça en do ão a cç fe iu contra a chance de in o e, am ex e ro s o primei pelo HIV, sífili r em 30 certo O s.

ST D ideal é repeti s demai es es m 3 ós o ato, dias e após é 24 horas ap vo no urar o fazer mais um máximo, proc no . ar m ir nf exame para co ginecologista. casos os ra pa ão nç Ate

O uso frequente da pílula do dia seguinte pode trazer consequências? Até quantas posso tomar por ano? (C. T, 28) É um boom de hormônio, várias vezes mais forte que o anticoncepcional. As consequências podem ser inchaço, acúmulo anormal de líquido nos membros inferiores, dores de cabeça, náuseas e vômitos. Não pode ser usado frequentemente, já que se trata de um método de emergência. E quanto mais demora a tomar após o ato, menos eficaz ele é. Por exemplo, se tomou após 24 horas da relação, 70% de chances de evitar a gravidez.

Se em 48 horas, diminui para 60% e assim vai indo.

Victor Reges Teixeira, ginecologista e obstetra

O que pode influenciar o cheiro da vagina e quando devo me preocupar? (G.S, 19) A vagina tem bactérias boas e ruins, que ficam na região de forma harmoniosa, sem prejudicar organismo. Quando as ruins prevalecem em relação às boas, elas liberam um cheiro forte. Porém, cada mulher tem um cheiro específico da vagina. Se perceber que mudou o odor que ela já está acostumada, o ideal é procurar um ginecologista, porque pode existir um desequilíbrio da flora vaginal que precisa de tratamento.

Fazer sexo menstrua da pode oferecer ri scos à minha saúd Não. Fazer sexo m e? (S.M, 25 anos) enstruada não aum enta a chance de co Lógico que, assim ntrair doenças. como fora do períod o menstrual, é impo preservativo. Mas não tem nenhum pr rt oblema em fazer no ante usar o um mito e tem mul heres que até sent período. É mais em mais prazer du menstrual. rante o período cepcional . hum anticon en n a r ta ap e ad ) Não consigo m zer? (N. R , 24 O que devo fa itos, uma tos enjoos, vôm ui m e nt se er h jetável.

Quando a mul ra o método in pa ar ud m é ades ser uma das possibilid dormir, pode de s te an e, it mbém. Ainda Tomar à no ir os enjôos ta nt se o nã ra étodo tentativa pa e também o m al on ci ep nc co ti os ao DIU. Não assim, se o an certo, recorrem m re de o nã l para todas as injetáve cional perfeito ep nc co ti an acostuma aos existe um organismo se o o, ss di m lé meses de mulheres. A cerca de três de pe a st gi lo co poucos. O gine o método. decidir trocar de s te teste an

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MODA

Alerta de Tendência: Chinelo Slide Divulgação Adidas

Por THAYLLINE SANQUETA

A tendência da vez é o chinelo slide, modelito que é da mesma família da famosa Birkenstock, mas tem uma tira só e é de plástico - ou era de plástico, pois o modelo está tão em alta que já se acha a tira em vários materiais. Ela não é nenhuma novidade se você, assim como eu, viveu os anos 90. Eu tinha uma rosa linda da Rider, mas o chinelo na época era febre entre os homens.

Como tudo na moda vai-e-vem, elas voltaram. Relançado pela Adidas, o chinelo ganhou as ruas e também um apelido: Chinelo Adilette.

A tendência faz parte do estilo normcore, ou seja, um estilo mais descontraído, em que você se preocupa apenas com conforto e praticidade. Ideal para quem gosta de estar sempre relax! Acho que a maioria de nós - digo “nós” porque também me enquadro – amamos uma produção beeeeeeem confortável!

Em minhas pesquisas percebi que o pessoal tem investido em todos os tipos de produções, sem seguir regras, ou melhor, são duas regras: estar confortável e expressar sua Se você é daquele ou daquela que essência. Encontrei gente usando acha que usar chinelos é coisa os chinelos slide com looks mais para o ambiente doméstico ou esportivos, all jeans, shorts + “coisa de pobre”, pode acabar com regata, até os mais produzidos, o preconceito e repensar em se usados com saia rodada. jogar nessa trend. Os chinelos são a Estou amando sair por aí aposta das griffes e caíram no gosto “arrastando chinelo”! das fashionistas do mundo todo.

Beijinhos!!!

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CASA “Toque rústico do Vintage em ambientes mais finos caiu no gosto das clientes”, afirma a empresária Vanessa Barbosa

Muita arte, muita história S e você é do tipo que gosta de agregar memória e espera que alguém chegue a sua casa e diga: “Ai, que saudade daqueles tempos na casa da avó”, então vá agora mesmo procurar peças no estilo Vintage. Elas são puro charme, sem contar na ostentação, além também de carregar lembranças que dão aquela nostalgia. Ainda mais se você realmente tiver uma peça que tenha um histórico familiar. É o caso da blogueira Thaylline Sanqueta.

Casada com o Lucas, que é de Minas Gerais, ela conta que ainda nos tempos de namoro fez uma promessa à avó do amado. “Quando fui visitar a família dele, a avó pediu para prometer que se nós casássemos nunca iria desfazer de uma mesa de jantar para oito lugares, maravilhosa.

Mal sabia ela o quanto eu gostava de peças antigas”, lembra a blogueira.

Thaylline se refere aos móveis Manuelino, estilo que surgiu durante o reinado de D. Manuel, 14º Rei de Portugal, entre os anos de 1495 e 1521. Segundo a blogueira, a decoração com peças herdadas pelo marido rende sempre inúmeros elogios. “Mesclo o Vintage com o moderno, o que resulta em um toque muito bonito na decoração, além de serem verdadeiras obras de arte. São móveis que têm história, significado. Quando o Papa Francisco veio ao Brasil ele se sentou em uma cadeira igual a minha. Fiquei muito feliz em ver tamanha beleza”, elogia a blogueira ao falar da riqueza de detalhes das peças.

Pra quem gosta de mesclar estilos e criar ambientes com um toque romântico e delicado, o Vintage é sem dúvida a melhor opção. A empresária Vanessa Barbosa é proprietária de

uma loja de decoração em Rio Verde. Ela conta que o estilo é uma tendência que o mercado começou a exigir bastante, tanto que hoje a loja dela trabalha também com fabricação própria – boa notícia para quem quer ter peças no estilo Vintage, mas não teve a sorte de herdar essa riqueza da vovó. “Além de fabricar itens que parecem antigos, conforme a proposta do Vintage, fazemos também a restauração de móveis. Recentemente, compramos de uma senhora uma poltrona que tinha mais de 40 anos. Colocamos um estofado novo e demos um novo ciclo de uso para a peça”, lembra a empresária.

Vanessa explica que o toque rústico em ambientes mais finos caiu no gosto das clientes.

As cores utilizadas são normalmente o rosa claro, azul claro, verde, amarelo, vermelho e dourado. Sem contar os móveis de madeira, que são itens fundamentais na decoração Vintage.

“São peças que duram para o resto da vida. As mais procuradas são cristaleiras, aparadores e chapeleiras. De uns tempos pra cá, os painéis de TV também têm sido bastante pedidos”, comenta a empresária.

Ela deixa ainda algumas dicas para quem quer adotar o estilo Vintage. “A ideia é sempre mesclar o antigo com o novo. Se você comprar uma peça com um toque retrô, como uma mesa, coloque em cima dela itens com design moderno. Caso você coloque outra peça também com estilo antigo, nenhuma delas vai ser valorizada”, orienta a empresária. Abajur na cabeceira da cama e malas antigas empilhadas também são formas simples de trazerem o Vintage pra mais perto de você.

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CAPA A cada semana duas pessoas são diagnosticadas com HIV. Realidade pode ser ainda pior.

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Amanhã pode ser eu,

ma doença relativamente nova, com cerca de 30 anos, e que há pouco tempo era desconhecida até mesmo no meio médico.

Os primeiros relatos do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) no Brasil são de 1980. Naquela época, profissionais da saúde - por receio do contágio - se recusavam a atender os soropositivos e, quando o faziam, utilizavam um mega aparato: mais de um avental, luvas, máscaras, óculos e gorro. Hoje tudo isso é visto como um equívoco que deu mais força ao preconceito. Com a morte do cantor Cazuza em decorrência da Aids, em julho de 1990, a sensação de medo e insegurança tomou conta dos pacientes.

Por 16 anos, os soropositivos viveram na sombra da doença, alimentando o medo e perdendo a esperança. Foi só em 1996 que começaram a surgir os medicamentos que prometiam prolongar a expectativa de vida e controlar a infecção. Ainda assim, pra todo lado era crescente a epidemia. A morte de ícones da música e a criação de centros de assistência ao paciente faziam um alerta de que a doença não era passageira.

Algumas medidas buscavam amenizar o desespero dos pacientes, mostrando que era possível levar uma vida normal mesmo com o HIV. A distribuição gratuita no país do AZT (coquetel que trata a doença) é um grande exemplo. E foi justamente em função dessa esperança para os soropositivos que a população voltou a se descuidar. A falsa certeza do “nunca será comigo” manteve as tristes estatísticas de pessoas com Aids.

E foi nesse pensamento de que a doença era uma realidade apenas do outro que o motorista Cairo Nazaré Silva, 43, se descobriu soropositivo. Há 14 anos, uma dor nas costas o levou até o pronto-socorro e o diagnóstico foi uma infecção nos rins.

Após semanas de tratamento sem melhora, Cairo procurou um médico que o internou por sete dias. Uma alteração nos exames de sangue fez com que uma amostra de material fosse encaminhada para Goiânia, pois na época o município não realizava esse tipo de diagnóstico. “Fui levado para a capital e lá recebi a notícia. Num primeiro momento eu estava tranquilo, no outro dia é que senti o impacto: não vou ter mais amigos, ninguém vai chegar perto de mim. Quando minha família soube acharam que eu ia morrer. Pra piorar, a médica que me atendeu disse que eu estava com os dois pés na cova”, lembra.

Ele de fato perdeu amigos e até o barbeiro que o atendia desde a infância. “Ele pediu que eu saísse do salão e não voltasse a frequentar”, relata. E os julgamentos não ficaram restritos aos conhecidos: “Em um clube da cidade dancei com uma moça e, em seguida, alguém comentou que eu tenho HIV. Ela me falou barbaridades e disse que se estivesse doente ia mandar me matar”, recorda.

Cairo Silva, motorista: “Quando minha família soube, acharam que eu ia morrer” “Indicamos que os testes sejam realizados pelo menos uma vez ao ano”, orienta a biomédica Cristhiane Campos

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Cairo conta que por falta de informação muitas pessoas têm receio de cumprimentar, beber no mesmo copo, usar a mesma toalha, sentar na mesma cadeira, comer com os mesmos talheres. “Ainda acho que pouco se fala sobre o HIV, creio que por medo de divulgar e expor. Eu não tenho esse medo, meus amigos até brigam comigo, acham que eu deveria ser mais reservado. Mas eu não vejo assim, porque dando meu exemplo outras pessoas podem entender que é possível viver bem mesmo sendo soropositivo”, afirma.

Hoje, Cairo é referência para os conhecidos, orientando e até distribuindo preservativos. Mesmo rodeado de amigos, ele sente falta de um amor. Solteiro e sem filhos, ele acredita que o problema não é a doença, mas o fato dele se fechar às possibilidades. “No primeiro encontro eu não costumo falar. Conheço a pessoa e quando vejo que vou me envolver é que falo da doença. Prefiro que a pessoa descubra por mim do que pelos outros”, relata.

Mesmo Cairo lidando bem com o HIV, ele confessa que já pensou em voltar no tempo e fazer diferente. Mas para o sucesso do tratamento, hoje ele entende que é preciso seguir em frente. “Acho que existe mais chance de eu morrer de qualquer outra coisa, mas não da doença”, brinca.

pode ser você!

Para um paciente que tem HIV, o posicionamento de Cairo é a melhor saída - até mesmo para a aceitação. Por outro lado, a chamada banalização do vírus cria um cenário preocupante. Quem explica é a coordenadora municipal do Serviço de Assistência Especializada (SAE), Lívia Guimarães de Carvalho. “Os jovens estão se expondo muito aos riscos de adquirir uma DST, inclusive o HIV, por saberem que existe tratamento ou pela ideia errada de que o HIV não mata. Mas o que eles não têm é a mínima noção de como é de fato o tratamento, o preconceito e a discriminação”, destaca.

Lívia reforça que a Aids ainda hoje é incurável. Mesmo que pesquisadores se mobilizem em busca de soluções, até pouco tempo – cerca de cinco anos – pouco se falava em cura durante os congressos da área da saúde. Agora, há quem confie que até 2020 possa surgir um antídoto.

“Enquanto isso, os jovens merecem informações honestas. Acredito que haja sim o ‘despertar’ para a existência do HIV e também para a dúvida quanto ao estado sorológico, mas não que isso mude os hábitos das pessoas em se prevenirem”, polemiza.

Conforme a coordenadora do SAE, falar em grupos de risco é um grande equívoco. Hoje qualquer pessoa que pratica sexo sem preservativo, independentemente do sexo, idade, classe social ou raça está sujeito a adquirir o vírus. “É muito fácil de contrair, basta uma relação sexual com um soropositivo, principalmente se este estiver com uma carga viral alta. Costumamos dizer que quem vê cara não vê contaminação”, conclui.

Lívia Guimarães, coordenadora do SAE: “Quem vê cara não vê contaminação”

Por ser uma doença silenciosa e quase assintomática - dependendo do sistema imunológico pode se apresentar como uma simples gripe até pneumonia -, muitos desconhecem a presença do vírus e tem receio de confirmá-la pelo exame. Em função disso, o número de casos em Rio Verde é incerto e aqui na cidade são atendidos pacientes de outros 18 municípios.

De acordo com Lívia, no SAE existem 400 pessoas em tratamento, mas a realidade deve ser bem maior, pois estes são números apenas dos atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Sem contar os que procuram tratamento na rede privada.

“a médica que me atendeu disse que eu estava com os dois pés na cova” Os exames para a detecção do HIV estão disponíveis no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA). Em casos positivos, o paciente é encaminhado para o tratamento multidisciplinar do SAE. Segundo a biomédica e coordenadora do CTA, Cristhiane Campos Marques de Oliveira, são realizados cerca de 20 testes todos os dias, sem custo algum para quem busca o atendimento. “Os exames são feitos apenas com agendamento via telefone (64) 3620-2182. Indicamos que os testes sejam realizados pelo menos uma vez ao ano. Mas o ideal é que seja feito a cada nova situação de risco de ter contraído a doença”, orienta.

Um dado que chama bastante a atenção é que, por semana, o CTA de Rio Verde registra pelo menos dois casos positivos para HIV. Cristhiane explica que, em geral, o perfil das pessoas que mais procuram o centro é formado por jovens, pessoas idosas, mulheres com relacionamento estável, profissionais do sexo, homens que se relacionam com homens e a chamada população flutuante, como caminhoneiros, presidiários e institucionalizados em clínicas de recuperação.

De acordo com a biomédica, são considerados principais comportamentos de risco o consumo de álcool e demais drogas que alteram o estado de consciência do indivíduo, deixando-o predisposto a não usar o preservativo. “É importante dizer que temos a Profilaxia Pós-Exposição Sexual (PEP), que é a medicação de emergência, a qual só é eficaz até no máximo 72h depois da relação. Quanto antes iniciar o tratamento, melhor. A PEP possui basicamente os mesmos remédios que um soropositivo utiliza, causando efeitos colaterais, portanto, não deve ser usada de forma rotineira”, aconselha.

Para identificação do HIV, o CTA utiliza duas metodologias: o teste rápido, que demora em média meia hora para ser executado e o paciente sai com o diagnóstico no mesmo dia; e o Elisa que, caso dê positivo, precisa ser confirmado com outra metodologia. A certeza do diagnóstico vai depender do tipo de teste. Grande parte dos utilizados hoje possui a chamada janela imunológica - período que o corpo leva para produzir anticorpos contra o vírus - de 30 dias, mas isso pode variar de indivíduo para indivíduo, pois existem relatos de até seis meses para verificação.

“No caso de uma exposição recente, nós fazemos a testagem, mas orientamos que a pessoa repita o exame 30 dias após a primeira amostra”, explica.

Cristhiane reforça que a prevenção é a melhor maneira de evitar qualquer DST e orienta a redução da parceria sexual, uso do preservativo de forma consciente e em caso de alguma exposição procurar o CTA para aconselhamento. “Muitos têm receio de fazer o exame, até de colher sangue por medo de saber que vai conviver com isso por toda vida, mas esse é um paradigma que precisamos mudar. O tratamento é gratuito, disponível para toda população. A doença infelizmente está aí e isso não se pode negar”, finaliza.

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Descobri que tenho HIV e tive um relacionamento com você

O

diagnóstico da Aids é um dos mais difíceis que existe para qualquer pessoa. A afirmação é da psicóloga Janaien Costa Azzi Elias, que há dois anos atende soropositivos no SAE de Rio Verde. Os primeiros sentimentos comuns aos pacientes são de desespero e negação. “A maioria diz: isso não está acontecendo comigo. Muitos repetem os exames, mudam de laboratório e entendem que, por pior que seja, o resultado está correto”, conta a psicóloga.

Até que a pessoa atinja o estágio de aceitação, o tratamento junto ao psicólogo fica muito comprometido, conforme explica Janaien. “Por não aceitar a doença alguns pacientes não se tratam corretamente, deixam de ir à unidade de saúde e nem tomam o medicamento. Por isso é preciso encarar o HIV. Alguns se revoltam, ficam com sentimento de culpa, o que pode levar à depressão”, comenta.

A dificuldade está em grande parte nos mitos que foram criados em torno da Aids.

Por medo, alguns pacientes se isolam e, por outro lado, os que buscam uma vida normal às vezes esbarram no preconceito. “Quando um patrão, por exemplo, descobre que um de seus funcionários é soropositivo há casos de demissão sem uma causa justa. Isso tudo deixa o sofrimento ainda maior, limita o convívio social e é uma prova da ignorância. As pessoas precisam entender a Aids e as formas reais de contaminação, não só para compreender um soropositivo como também para se cuidar.

Nunca sabemos onde nossos pés vão tropeçar.

Amanhã pode ser eu, pode ser você”, alerta.

Ao longo de dois anos no SAE, Janaien conta que foram registrados dois casos de pacientes que morreram em decorrência da Aids.

Infelizmente por conta do diagnóstico tardio: “Quando começaram o tratamento já estavam muito debilitados. Já haviam sido internados, mas nenhum médico pediu o exame de HIV. Aí entra também a participação dos profissionais de saúde, que podem contribuir no incentivo ao exame precoce. No mais, todos os nossos pacientes que descobriram cedo a Aids levam uma vida normal. Podem namorar, beijar, trabalhar como qualquer um de nós”, esclarece.

A psicóloga conta ainda que uma situação comum é que muitos pacientes não sabem de quem contraíram o vírus. Janaien explica que não aconselha as pessoas a buscarem os parceiros que podem ter sido a fonte de transmissão. Primeiro pela dificuldade em se fazer tal julgamento e também por não se ter certeza sobre qual será a reação da outra pessoa. “Não dá simplesmente pra dizer: descobri que tenho HIV e tive um relacionamento com você. Mas, se o paciente faz questão de descobrir quem foi esse possível transmissor, sugiro que o contato com a pessoa seja feito de forma anônima, orientando que o outro faça o teste por segurança e também para se cuidar. Inclusive, indicando os locais como o CTA no Cais e, em caso de confirmação do HIV, o auxílio no SAE”, orienta.

Para psicóloga Janaien Costa, sentimentos de negação e desespero são os mais comuns entre os pacientes diagnosticados com Aids

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CITTÀ

Eles nasceram para empreender

Leonard Ferreira, empresário: “O meu trabalho depende de mim” Felipe França, administrador de empresas, afirma que o diferencial é a proatividade

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E

les são visionários, empreendedores e não há crise que abale os sonhos e expectativas desse novo perfil de jovens empresários, que cada vez mais conquista o mercado. Segundo a analista do Sebrae (GO), Helenn Virgínia Rodrigues de Faria, a faixa etária com maior taxa de empreendedores é a de 25 a 34 anos (21,9%), seguida pela faixa etária de 35 a 44 anos (19,9%). “O Brasil tem passado por uma crise econômica e uma das consequências é o aumento do desemprego. Em todo o mundo, um em cada cinco habitantes com idade entre 15 e 24 anos está desempregado. No Brasil, 96% dos postos de trabalho são gerados por micro e pequenas empresas. Por isso da importância de se estimular o empreendedorismo, aumentando a possibilidade de geração de novos negócios.

Afinal, ao empreender, o jovem deixa de figurar nas estatísticas do desemprego e abre postos de trabalho para outros”, pontua.

Helenn completa que é preciso também dar condições para que o jovem empreenda com mais responsabilidade, de forma a minimizar os riscos de insucesso. “Antes mesmo de iniciar um negócio, a sugestão é que o empreendedor faça um bom planejamento e invista em sua capacidade de gestão. Em Rio Verde, o

escritório regional do Sebrae disponibiliza soluções de gestão, na forma de palestras, seminários, consultorias, oficinas e orientação técnica”, salienta.

Figurando entre os exemplos de jovens empreendedores de Rio Verde, o administrador de empresas Felipe Leão Rei de França, 25, desempenha multifunções. Além de atuar em uma universidade de Rio Verde, ele tem uma empresa de consultoria e também é sócio da marca “É TUDO NOSSO”. Hoje ele trabalha em média 13 horas por dia. “Comecei a trabalhar aos 16 anos como músico. Era um hobby, mas me profissionalizei e me estabeleci na carreira até os 18 anos, idade em que decidi deixar a profissão para ajudar meu pai a administrar duas lojas agropecuárias e uma fábrica de ração que nós tínhamos na época”, conta.

Para Felipe, com o passar do tempo, os desejos e ambições mudam. Sempre que preciso deve-se modificar os rumos da carreira para conseguir comportar novos objetivos.

“Para mim a característica mais marcante do empreendedor é a proatividade. Nenhuma boa ideia prospera sem que alguém tome frente. A força maior de toda grande inovação foi, antes de tudo, a proatividade de alguém”, acredita.

Como empreendedor, ele avalia que Rio

Verde é uma cidade que oferece muitas oportunidades e ele diz conhecer vários jovens que estão bem encaminhados na carreira ou já conseguem altos rendimentos com empreendimentos próprios. Em contrapartida, Felipe pondera que a cidade pode limitar os campos de atuação de algumas pessoas que, a depender do ramo, precisam se mudar para grandes metrópoles. “Mesmo com estas variáveis sou bastante otimista com o futuro de Rio Verde e, pensando em longo prazo, trabalho visando boas oportunidades, satisfação pessoal, profissional, de forma a comportar minhas ambições”, conclui.

Outro jovem empreendedor é Leonard Ferreira de Paula, 26, graduado em direito e sócio-proprietário de uma construtora. Ele sempre ajudou o pai nos negócios e diz que a responsabilidade bateu na porta cedo. Há dois anos, ele viu que o direito não o satisfazia profissionalmente, por isso, decidiu migrar para outro setor, a área da construção civil. Juntamente com um sócio, a empresa deu início aos projetos. Investiram, abriram mão de algumas coisas e, em pouco tempo, conseguiram entregar a primeira casa pronta, o que foi o ponto alto para que novas portas fossem abertas.

“Mesmo que o momento de crise não esteja favorável para o país, em Rio Verde temos conseguido manter os negócios e eu quero continuar nessa área. Eu me descobri e me dedico integralmente, o meu trabalho depende de mim, de como vou produzir e dividir meus

horários. Foi errando que eu aprendi, passei algumas dificuldades para chegar onde estou”, relata.

Leonard se considera empreendedor e acredita que o segredo para colher bons frutos é correr atrás dos sonhos e de soluções para os problemas que aparecerem pelo caminho. “Quem planta bem não teme a colheita. Conheço muitos jovens empreendedores e eles estão perseverando. Hoje o perfil empreendedor pode ser desenvolvido cada vez mais cedo. Fiz graduação em Goiânia, trabalhei lá e não consegui ter as oportunidades que tive aqui. Rio Verde é a cidade do trabalho”, finaliza.

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INFORME PUBLICITÁRIO

CITTÀ Fotos: arquivo pessoal

O que era para ser uma simples reunião virou negócio sério. A iniciativa inédita da empresa de comunicação visual Codepa, em parceria com a Moka21 - de consultoria empresarial - tem mostrado que pra quem tem visão de mercado e disposição, não tem crise que desanime. O grupo Café, Prosa e Negócios – como ficou chamado - é formado por empresários, professores e profissionais liberais que, juntos, encontraram uma forma de crescimento pessoal e profissional.

Quem explica é Everton Eduardo Kochhann, proprietário da Codepa e idealizador do projeto. Ele lembra que a ideia inicial era reunir clientes da empresa de comunicação visual para um café da manhã, seguido de um bate-papo sobre a economia da cidade. “Apresentei a ideia ao economista Maurício Faganelo, que se colocou à disposição para ministrar uma palestra sobre o tema. Ele convidou clientes da empresa dele e assim fizemos o primeiro encontro em fevereiro deste ano”, conta Everton.

Segundo o empresário, a satisfação das pessoas que participaram da reunião foi tamanha, que já decidiram agendar o segundo encontro, realizado em março.

“Começamos com cerca de 30 pessoas e, em apenas dois meses, esse grupo passa de 110. Por meio do Whatsapp discutimos diariamente assuntos relevantes da economia do Brasil e de Rio Verde, além de gerarmos negócios entre os amigos do próprio grupo”, diz o proprietário da Codepa.

O terceiro Café, Prosa e Negócios ficou por conta da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), em abril, e a quinta edição também tem data marcada – os encontros acontecem sempre na primeira quarta-feira de cada mês. “Depois da CDL será a vez da Associação Comercial e Industrial de Rio Verde abrir as portas da instituição para o grupo.

Então, é um projeto multisetorial que cresceu bastante e em pouco tempo, simplesmente por reunir pessoas dispostas. O mérito não é meu, nem do economista Faganelo. Mas sim de cada um que faz esse projeto ir para frente, gerando negócios e a troca de conhecimentos”, acredita Everton.

O economista Maurício Faganelo comenta que a aproximação de empresários foi uma ótima ferramenta para a geração de negócios. “Por isso, em cada edição discutimos com os membros do grupo assuntos que são de interesse da maioria e, em seguida, buscamos um palestrante para apresentar o tema durante o Café, Prosa e Negócios. E foi assim que em menos de dois meses conseguimos conectar muitas pessoas e gerar negócios”, completa.

De acordo com Faganelo, uma ação simples como o Café, Prosa e Negócios tem resultado na circulação de dinheiro no comércio local: “Ali a gente troca ideia com os donos das empresas e temos a oportunidade de negociarmos cara a cara. Todos se ajudam a crescer com ações simples, mas de resultados efetivos”, conclui o economista.

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CULTURAL

C

ores vivas, desenhos como monitor de grafite, mas nunca expressivos e imagens abandono o social e não me esqueço repletas de significado. A arte das minhas origens”, considera. Paulo de rua a partir do uso do spray tem diz ainda que trabalha mais com o sido desmistificada, ganhando espaço estilo cartoon, que é de desenhos e reconhecimento. Em Rio Verde animados, sempre com muita cor e não é diferente. Em muitos locais, a alegria. Ele busca sempre representar manifestação artística e cultural pode nos trabalhos princípios como amor, ser apreciada. respeito, fé e esperança. “Sempre Paulo Ricardo Sousa Mendes, 26, levo uma mensagem positiva para a é grafiteiro, aerografista e monitor cidade com o intuito de resistir ao que de grafite em um há de ruim nela”, projeto social. O “Fora do Brasil percebi uma salienta. primeiro contato valorização muito forte de Mas não é só o dele com as obras grafite que vem qualquer tipo de manifestação conquistando foi por meio do artística” “O artista de verdade que hip hop. Ele já espaço. Outra trabalha com o spray vive a desenhava e, por forma de arte realidade das ruas” isso, tomou gosto pela linguagem do que tem como princípio a utilização do grafite. “Essa manifestação de arte spray é o estêncil - stencil, em inglês representa para mim persistência, -, técnica pouco conhecida ainda no perseverança e uma oportunidade de município, que vem sendo difundida fazer o que amo, além de contribuir por meio dos acadêmicos do curso com o futuro de muitos jovens”, de Design de uma universidade de enfatiza.

Rio Verde. As obras têm chamado tanta atenção que vêm conquistando Segundo Paulo, cada artista tem até gostos mais seletos e indo parar seu estilo e expressão. Apesar do dentro de casas, como forma de avanço, ele afirma que em Rio Verde decoração. o movimento ainda está tomando forma. “É possível viver do grafite hoje, O professor universitário Ricardo porém não se trata apenas de uma Padilha estudou fora do país por três profissão. O grafiteiro de verdade vive anos e relata que, nesse período, a realidade das ruas e não se esquece teve ainda mais contato com diversas que os mais beneficiados com seu expressões artísticas. “A arte de rua trabalho são as pessoas. Realizo várias sempre me tocou. Fora do Brasil artes comerciais, além de trabalhar percebi uma valorização muito

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Paulo Ricardo, grafiteiro: “Sempre levo uma mensagem positiva para a cidade”

grande de qualquer tipo de manifestação artística. Fui adestrando o olhar para a rua, local onde essa arte tem maior voz, percebendo a conexão do cotidiano com o que é representado”, relata.

Também conforme Ricardo, o estêncil é uma ferramenta que oferece inúmeras possibilidades, especialmente se associada à maior das ferramentas, que é a criatividade.

“Ainda não reconheço uma representatividade desta arte em nossa cidade. O elo entre o grafite e o estêncil existe pelos materiais que são utilizados. O envolvimento e a compreensão sobre esse tipo de arte é uma questão cultural que, infelizmente, ainda é pouco valorizada. Creio na representatividade deste trabalho por meio dos alunos dos cursos de Design, pois esta técnica faz parte do currículo”, pontua.

O professor conta que, do ponto de vista cultural, a abordagem desse tipo de arte remete às questões políticas, seguidas por manifestações sociais e culturais. “A cultura é o olhar. Cada um possui o seu, o importante é tocar as pessoas para discutir e refletir”, conclui.

Saiba mais sobre a técnica O estêncil utiliza uma folha de papel, plástico ou metal, com letras ou desenhos recortados, usado como matriz para produzir letras ou desenhos em uma determinada superfície, aplicando tinta dentro do corte na folha.

A principal vantagem de um estêncil é que ele pode ser reutilizado para produzir várias vezes e rapidamente a mesma letra ou desenho. O projeto feito com um estêncil, como técnica na arte visual, também é referido como pochoir (palavra em francês).

Esse método de estamparia por impressão, na qual as matrizes são confeccionadas de modo artesanal, permite a produção de um estampado em muitas cores a um custo muito menor.

Ricardo acredita que a compreensão da arte de rua é uma questão cultural, que infelizmente ainda é pouco valorizada.

Fonte: http://stencilpg.blogspot.com.br

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SOCIAL WORK

@adriely61

Sebastião Ribeiro

@olmicioneto

@edsteadicam

@heber.barbara

@mine_hamid

@vivi_medvet

@petcarerv

@jeannebarretorv

Do seu ambiente de produção e criatividade para as páginas da Città. Esse foi o nosso Social Work, com um pouquinho do dia a dia de trabalho dos nossos leitores. Agora, que tal mostrar momentos de folga? Para a próxima edição, mande suas fotos durante viagens para o Social Trip. Já estamos ansiosos para conferir!

Use a #cittarv e apareça aqui.

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Fotos: arquivo pessoal

Relatos de um viajante

U

4x AMOR

m destino romântico, repleto de história? Uma praia afrodisíaca? É... a escolha do destino da lua de mel pode ser uma decisão difícil a ser tomada pelo casal e requer um consenso. Para celebrar a união e o amor de uma forma inesquecível, a médica anestesiologista - especialista em terapia da dor - Ligia Ferreira de Toledo Kawamoto e o engenheiro financeiro Reginaldo Yukio Kawamoto elegeram um tour pra lá de romântico!

Começando por Paris, na França, e partindo para a Grécia, onde visitaram as cidades de Mykonos, Santorini, Milos e Atenas. A viagem durou cerca de 20 dias, tempo mais que suficiente para marcar a vida do casal.

Dentre os pontos altos do roteiro, eles recomendam que em Paris os turistas visitem a Torre Eiffel ao entardecer, apreciem um bom vinho com jantar romântico e vista para a Torre às margens do Rio Sena, voltando para o hotel de táxi bike, percorrendo os pontos turísticos da

Dentre os fatos inusitados da viagem, o casal conta que os carros da Grécia - para aluguel - não são dos melhores.

“Locamos um em Mykonos que cidade luz. Em Mykonos, segundo jurávamos que não iríamos conseguir eles, vale muito a pena desfrutar dos glamorosos Beach Clubs durante o dia chegar ao hotel. Ainda bem que ao final deu tudo certo”, conta Ligia. e, à noite, dos jantares maravilhosos nos restaurantes ao ar livre do centro Mas se os carros fossem a pior das histórico. Em Santorini, a dica é fazer preocupações... Que nada! Para eles o pior mesmo foi o avião de Milos para o espetacular passeio de barco pela ilha, que termina com um memorável e Atenas: “Pegamos um teco-teco de dar medo. Mas tudo foi sensacional e indescritível pôr do sol. esses imprevistos não podem ofuscar Já em Milos é mais que obrigatório o romantismo, as paisagens e a explorar as exóticas e belas praias hospitalidade nos locais visitados. Com de carro ou quadriciclo. Por fim, certeza voltaríamos, principalmente em Atenas, a dica é viver de volta para Santorini e Paris”, concorda o ao passado, em visita à Acrópole, casal. caminhar pelo bairro de Plaka e se deliciar com a tradicional culinária grega.

Mesmo tendo de tudo um pouco que se espera de uma viagem, o casal reconhece que o roteiro não está acessível financeiramente no momento, em função da desvalorização do real em relação ao euro, o que fez com que alimentação, hotéis e passeios se tornassem bem mais caros.

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#GLOBOMENTE

OPINIÃO

MÁRCIO RUBENS professor universitário

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O

dia começa com aulas sobre empreendedorismo.

Assim que as crianças acordam, uma série de brincadeiras educativas ensina sobre bons hábitos de alimentação e higiene. Após o almoço ainda aprenderão sobre como vivem os pequenos espanhóis e portugueses. A noite, seus pais discutirão políticas de saneamento básico e segurança e quando chegar o final de semana, manifestações culturais do país dividirão espaço com filosofia e música clássica. A família tem acesso a esse universo diariamente, de maneira gratuita e aberta por meio da televisão, assim como 89% de todos os brasileiros. Essa é a abrangência do sinal da TV Cultura. E essa é sua grade de programação no dia em que escrevo este texto.

Considerada a segunda melhor rede de televisão do mundo, atrás apenas da BBC da Inglaterra, a Cultura existe há meio século e faz parte da minha memória afetiva e da de vários colegas pesquisadores, professores e cientistas, justamente por fazer algo considerado difícil: programas educativos para os pequenos que realmente sejam atraentes.

A Cultura nos formou antes da Internet, quando a informação era limitada pelo que o professor e a Barsa velha da biblioteca sabiam.

Mas a TV Cultura tem um problema grave: é mantida com o dinheiro do Estado e a verba é, portanto, sujeita a politiquices.

Por falta dela programas vêm sendo extintos, funcionários demitidos e equipamentos seguem funcionando mal-e-mal.

Os potenciais anunciantes são afugentados por um fato amargo: apesar de chegar a 89% dos brasileiros, só 2% escolhem ver a Cultura. Simples: sem audiência, sem publicidade, sem dinheiro.

Logo aquele reality show - cujo nome não deve ser pronunciado - vai começar novamente e nós, enraivecidos, vamos nos sentar à frente de nossos computadores no eterno protestopela falta de decência, ética, moral e bolacha recheada na TV aberta do Brasil – “Onde está o entretenimento de qualidade? Falta Beethoven!

Falta Nietzsche!”– bradaremos.

Imagino o Departamento Financeiro da Rede Globo vendo essa cantilena e murmurando: “tirando, talvez, uns 2%, não é o que vocês querem ver; então não é o que nos dará dinheiro”.

A televisão é um fenômeno no Brasil: se um sujeito do Oiapoque se encontrar com um piá do Chuí eles vão ser surpreendentemente

parecidos: vão falar o mesmo idioma, querer comprar as mesmas coisas e saber o nome daquela senhora que fala com um papagaio de manhã. Isso acontece em pouquíssimos lugares do mundo. Um Chinês de Fujian e um de Heilongjiang (os extremos deles) nem falam a mesma língua! A nossa identidade enquanto brasileiros foi formada e homogeneizada em grande medida pela TV. Ela é nosso principal entretenimento e ainda existem mais delas do que geladeiras por aqui. Como então melhorar o que é apresentado para essa massa de gente todo dia? E como apresentar algo de qualidade de forma que esse povo todo não mude de canal?

A resposta é, afinal, mais complexa do que parece e alguns estudiosos até questionam se a TV deveria ter essa preocupação: afinal entretenimento serve pra entreter, não educar. Mas talvez nós devêssemos pensar no nosso papel individual nessa história da próxima vez que a disputa pelo posto de líder do controle remoto começar: ‘tão discutindo filosofia no outro canal.