CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA PROFISSIONAIS DE MOTOFRETE E MOTOTÁXI
CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA PROFISSIONAIS DE MOTOFRETE E MOTOTÁXI 1ª Edição - Setembro 2010 PREFÁCIO Este material didático foi concebido pelo Instituto São Cristóvão para ser mais do que uma mera ferramenta de apoio aos participantes dos cursos de formação para motofretistas previsto na legislação em vigor. A intenção é que o material sirva de consulta também no dia-a-dia do trabalho do motofretista, mesmo após o período de capacitação. A metodologia utilizada no curso, e consequentemente nesta apostila, baseia-se nas competências, habilidades e atitudes que o motofretista deve adquirir e desenvolver, tanto no curso, como no seu trabalho. Diante disso, o corpo técnico do Instituto São Cristóvão montou um material completo e de fácil compreensão, adaptado às principais demandas dos trabalhadores motofretistas e daqueles que estão ingressando no setor. As reflexões sobre os tópicos essenciais para o trabalho do motofretista são os pilares da apostila, entre eles: a direção e pilotagem defensiva, o relacionamento interpessoal e atendimento ao cliente, as noções de primeiros socorros e a legislação específica. Desejamos ótimos momentos de estudo e reflexão. Boa leitura!
Equipe do Instituto São Cristóvão
INSTITUTO SÃO CRISTÓVÃO Direitos reservados ao C.N.P.J. 033.598.49 / 0001 É proibida a reprodução, do mesmo parcial, por qualquer processo eletrônico , reprográfico, etc., sem a autorização por escrito.
EXPEDIENTE PROJETO E REDAÇÃO FINAL Renato Oliveira D’ Prospero André Luis da Silva Kazmierski REVISÃO TÉCNICA Luiza Marilda Pacheco REVISÃO ORTOGRÁFICA Jorge Barbosa Filho COORDENAÇÃO E DIRETORA DE ENSINO Élin Marie Cordeiro CONSULTORIA TÉCNICA EM PRIMEIROS SOCORROS André Luis da Silva Kazmierski - (socorrista, resgatista e instrutor) CAPA Renato Oliveira D´ Prospero PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Renato Oliveira D´ Prospero ILUSTRAÇÕES Renato Oliveira D´ Prospero Charley Cordeiro Santos COLABORAÇÃO Tayssa Karime Balluta Kazmierski
FICHA CATALOGRÁFICA TEXTO EXEMPLAR Diassunt. Serum dellit ut essit, veneceptae ni is dolore peliquatis nonsendis anto et autem res serrum lam quiam, officaesed quae et et, ute ommoluptatem idit labo. Mus. Diassunt. Serum dellit ut essit, veneceptae ni is dolore peliquatis nonsendis anto et autem res serrum lam quiam, officaesed quae et et, ute ommoluptatem idit labo. Mus. 1. Diassunt. Serum dellit ut essit, veneceptae ni is dolore peliquatis nonsendis. 2. Anto et autem res serrum lam quia. 3. officaesed quae et et, ute ommoluptatem idit labo. Mus. CDD (1ª Edição) 568.156 Dados internacionais de catalogação na publicação. Bibliotecário responsável:
VENDAS E DISTRIBUIÇÃO INSTITUTO SÃO CRISTÓVÃO
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ÍNDICE Módulo I – Básico Ética e cidadania na atividade profissional A imagem do motociclista profissional na sociedade e a importância socioeconômica da atividade para a vida na cidade A importância da profissionalização (motofretista e mototaxista) Responsabilidade, concentração, autocontrole, capacidade de lidar com imprevistos, disciplina, comprometimento
06 09 11 13
Noções básicas de legislação Legislação de trânsito (normas gerais de circulação e conduta) Lei Federal de regulamentação do exercício profissional (motofretista e mototaxista) Aspectos da legislação trabalhista e previdenciária Aspectos do direito civil e criminal relacionado a trânsito
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Gestão do risco sobre duas rodas Análise de acidentes e falhas humanas Conceito e aplicação de pilotagem segura Porque, em Direção e Pilotagem Defensiva, o Homem (ser humano) é a base? Estratégias para a prevenção de acidentes de trânsito Pilotando em situações adversas e de risco Importância do uso dos equipamentos de segurança do motociclista, do passageiro e da motocicleta
54 54 55 56 57 70 95
Segurança e saúde Cuidados com o corpo (alimentação, sono e alongamento corporal) Condições emocionais (estresse, preocupação e fadiga) Postura corporal sobre duas rodas (cabeça, mãos, joelhos, pés) Consequências de pilotar após ingestão de bebidas alcoólicas, medicamentos e substâncias psicoativas
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Módulo II – Específico Transporte de cargas (motofretista)
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Legislação Procedimentos para o transporte de cargas Verificação e manutenção permanentes do veículo para a pilotagem segura no transporte de cargas Suspensão, freio, embreagem, acelerador, nível de combustível, óleo de freio e motor, bateria, sistema de transmissão, pneus, sistema elétrico Condições e fixação do baú ou da grelha, do dispositivo retro-refletivo e demais dispositivos e requisitos de segurança Transporte de diferentes tipos de carga (avaliação de peso e tamanho) Logística - Organização e planejamento temporal de tarefas: utilização da planta da cidade para elaboração de rotas otimizadas e alternativas; identificação de pontos críticos de fluidez e de segurança
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Transporte de pessoas (mototaxista)
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Legislação Procedimento para o transporte de pessoas Verificação e manutenção permanentes do veículo para a pilotagem segura no transporte de pessoas Cuidados para o transporte de pessoas Atendimento ao cliente – Qualidade na prestação dos serviços ao passageiros
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Módulo III – Prática de pilotagem profissional Prática de pilotagem profissional (motofretista)
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Prática de pilotagem profissional (mototaxista)
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Módulo IV – Primeiros socorros Noções de Primeiros Socorros
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1. INTRODUÇÃO
O excelente condutor é aquele que dirige ou pilota por ele mesmo e pelos outros, considerado então defensivo. Todos nós utilizamos o trânsito diariamente mas sem dúvida a maior responsabilidade pela segurança no trânsito cabe aos condutores. No caso dos motofretistas e mototaxistas, esta responsabilidade é muito maior atuando profissionalmente... O impacto social causado pelas mortes no trânsito é muito intenso. A grande maioria das vítimas do Paraná tem entre 18 e 35 anos e pertence à faixa economicamente mais produtiva e ativa da nossa sociedade (fonte: DENATRAN e IPEA).
As características das motocicletas contribuem para dificultar a percepção de sua presença no leito viário. Os espelhos retrovisores convexos ampliam o ângulo de visão, mas distorcem a distância da imagem refletida. Além disso, a relação massa/potência contribui para um comportamento diferenciado na condução. A distância de frenagem necessária para uma motocicleta parar por completo, a uma velocidade qualquer, é sempre maior do que a de um automóvel. Adicionalmente, vários fatores influenciam na sua estabilidade, além das seguintes:
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desrespeito ou desatenção por parte dos demais motoristas de automóveis, ônibus, lotações, táxis, etc.; comportamento apressado e despreparo dos próprios motociclistas; pressão por pontualidade nas entregas; condição inadequada da infraestrutura viária; longa jornada de trabalho; presença de chuva; trafegar a noite.
Existe uma grande diferença entre ser chamado de “motoqueiro” e “motociclista” e “motociclista profissional”. Reflita sobre isto. Muitos condutores não têm consciência dessa responsabilidade. É comum ouvirmos relatos de acidentes onde o condutor aponta como “causa” a falta de acostamento, a chuva, um buraco na pista, entre diversos outros fatores. A incapacidade do condutor em antecipar os problemas a serem enfrentados no trânsito e a intensidade das condições adversas são fatores determinantes nas causas de vários acidentes.
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1.Módulo I Básico
1.1. Ética e cidadania na atividade profissional O conceito de Ética apareceu com a formação dos primeiros grupos humanos primitivos quando, para a sobrevivência de seus membros, era fundamental que todos agissem de modo a preservar a vida e a permitir a expressão das diversas necessidades, pessoais e coletivas. De origem grega - êthós - literalmente, significa caráter, maneira de ser de um indivíduo, (temperamento, feitio, constituição moral, costumes, ações, valores, conduta). Na antiguidade, a Ética manifestava-se no sentido de proteger e ajudar na sobrevivência dos diversos grupos e seus respectivos membros, de tal forma que agissem preservando-se mutuamente mesmo havendo diferentes interesses. No indivíduo, suas condutas de um modo geral são pautadas, baseadas na Ética, embora algumas ações são concretizadas com alguma reflexão mental (rápida ou demorada) e outras não tem como base o raciocínio, pois os indivíduos agem de forma diferente uns dos outros e, infelizmente, de modo irracional (resultado muitas vezes de impulsos, sentimentos, emoções, tensões). O correto para uma sociedade e, no caso dos profissionais de “motofrete” e “mototáxi”, é que suas condutas sejam pautadas nos princípios éticos, usando-se da razão em oposição a impulsos e emoções que inicialmente “atacam” o profissional, no sentido de controlar estes estímulos negativos.
Desenvolve-se durante o aprendizado inicial, na educação, nos treinamentos, onde temas são abordados para levar à reflexão das melhores
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e corretas escolhas, exercendo sua atividade de maneira racional, baseado em valores e princípios éticos, melhorando ainda mais a vida em sociedade. Embora nem todos os profissionais sigam princípios e padrões éticos nas diversas profissões e especificamente no trânsito, as ações devem ser orientadas de modo racional e ético, buscando-se exercitar a virtude (força moral) como objetivo principal, praticando e incentivando o bem, tomando-se como exemplo o cumprimento das normas de conduta explicitadas no Código de Trânsito Brasileiro, nas legislações complementares a nível estadual e municipal. Nelas encontramos ações norteadoras do nosso comportamento no trânsito, nossos direitos e deveres. • E qual é o seu comportamento no trânsito? • Ele busca preservar os direitos, a saúde e a integridade física e moral dos elementos que você encontra diariamente? • Seu comportamento é Ético? • Você sacrifica seus impulsos e condicionamentos biológicos buscando trabalhar de maneira virtuosa, colaborando com os outros elementos do trânsito?
Reflita. Várias empresas possuem políticas de Recursos Humanos e padrões escritos (códigos de ética), contendo os princípios norteadores dos profissionais que ali trabalham; a quebra de um destes princípios é, muitas vezes, considerada falta grave! O Código de Trânsito Brasileiro e as demais legislações de trânsito são justamente estes códigos de ética aplicados ao seu campo de atuação: o trânsito quer seja no transporte de cargas ou no transporte de pessoas. Desrespeitar os padrões estabelecidos constitui logicamente em faltas previstas e puníveis, mas também mostra que, ao desrespeitá-lo, sua conduta não é Ética e não almeja a segurança, os direitos dos outros componentes do Sistema Nacional de Trânsito. Quando um condutor de veículos não respeita as pessoas e o pleno exercício dos seus direitos no trânsito demonstra que não deseja e pratica o bem comum. O que infelizmente ataca a cidadania! Esteja certo que é impossível para um excelente profissional separar responsabilidade Ética (prática) da cidadania. Observe o exposto no Código de Trânsito Brasileiro: Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional,
abertas à circulação, rege-se por este Código. § 2º O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos
órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes
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cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito. Vamos tomar como exemplo um “calçadão” repleto de pessoas...
São várias pessoas ocupando o mesmo espaço, em distintos objetivos e diferentes direções. São pessoas de várias idades, portes físicos, ritmos de caminhar, de níveis de atenção; pessoas apressadas convivendo com pessoas que andam calmamente; pessoas tensas, nervosas e irritadas, pessoas calmas, tranqüilas, pessoas conscientes e pessoas inconseqüentes, pessoas solidárias e pessoas agressivas. Qual o tipo que chama mais atenção? O que não respeita o direito dos outros, o egoísta, invadindo espaços e eventualmente agredindo com um esbarrão, gestos impróprios e semblantes denotando raiva, quase uma fúria. Se num “calçadão” as pessoas têm o direito de ir e vir, transitar em espaços públicos e conviver de maneira harmônica, quanto mais no trânsito! Encontramos agora o princípio de Ética e cidadania no trânsito. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, a CBO - Classificação Brasileira de Ocupações prevê para o profissional de “motofrete” e “mototaxi” as seguintes competências pessoais, dentre outras:
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Demonstrar sociabilidade Manter bom relacionamento interpessoal Dar provas de auto-estima Demonstrar solidariedade Agir com responsabilidade Evidenciar Ética Profissional
A sua reconhecida profissão está pautada em princípios éticos e de cidadania! O seu comportamento deve ser tal que seja fácil evidenciar o respeito à ética e à cidadania. Desrespeitar as orientações dos Agentes da Autoridade de Trânsito ou do Policiamento Ostensivo de Trânsito é uma conduta reprovável, pois eles querem com suas atividades assegurar, entre outros, o equilíbrio harmônico e a livre circulação (evitando com isso acidentes) e o exposto no artigo 1º, parágrafo 2º, do Código de Trânsito Brasileiro e tornar evidente que não aceitarão a inobservância de qualquer preceito da legislação de trânsito, às normas emanadas do Código de Trânsito, do Conselho Nacional de Trânsito e a regulamentação estabelecida pelo órgão ou entidade executiva do trânsito.
Muitas leis tornaram-se mais severas justamente devido a comportamentos nocivos no próprio trânsito (desrespeito, agressividade, falta de cordialidade, de solidariedade).
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1.1.1. A imagem do motociclista profissional na sociedade e a importância socioeconômica da atividade para a vida na cidade A atividade de motofrete e mototaxi traduz parte da nova condição da cidade, onde o espaço, a circulação de mercadorias e de pessoas é tida como prioridade. É um trabalho que, a todo o momento, envolve situações de risco. A competitividade é uma constante na rotina diária, além da pressa desmedida no espaço voltado às exigências da circulação, os riscos e perigos da profissão e a falta de oportunidades de crescer profissionalmente. O exemplo que propomos é a circulação de pedestres em um calçadão! Em alguns dias existem poucas pessoas, mas em época de promoções ocorre uma espécie de “congestionamento”:
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pessoas andando devagar e outras andando rápido; pessoas sozinhas ou em pequenos grupos; pessoas que viram para a esquerda e/ ou à direita de forma previsível, quando você está atrás delas, ou pessoas que de repente mudam de direção, atrapalhando principalmente as pessoas mais apressadas; pessoas com tempo para verificar as vitrines, passear; outras sem tempo algum e com objetivo fixo, local determinado; lojas repletas de pessoas, caixas e atendentes ocupados; pessoas com pressa, que circulam entre as outras e dizem “com licen-
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ça” (educadas, gentis) e pessoas que esbarram em outras de forma violenta (agressivas) e dizem “sai prá lá”; pessoas que informam outras que estão em dúvida (solidárias) e pessoas que nem lhes dão importância; pessoas que caem na rua, por problema da via ou condição física e são socorridas, outras caem e são alvo de ironias e sem nenhum atendimento;
Ora, o trânsito para o motociclista profissional pode ser comparado ao trânsito dos pedestres no calçadão! Compare a situação descrita no exemplo do calçadão e responda, entre outras, as seguintes perguntas:
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O local por onde você transita é composto por veículos lentos ou rápidos? Veículos mudam de faixa sem sinalizar? Qual a sua reação? Numa manobra brusca do veículo a sua frente existe o risco de acidente para você? Existem motociclistas que andam em grupo? Como é a “largada” no “sinal verde”? Existem motoristas distraídos, nervosos, agressivos? Já presenciou uma situação em que foi tratado com grosseria no trânsito? Pode relatar para o grupo? O que falta para um trânsito mais humano?
O serviço desenvolvido por profissionais capacitados é muito importante, tendo em vista que ele é desenvolvido num trânsito muitas vezes lento e congestionado. Várias empresas e pessoas optam pela prestação deste serviço devido:
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ao custo reduzido; pedido feito, pedido realizado; mercadoria solicitada, mercadoria entregue (traduzindo-se num excelente fator de confiabilidade, rapidez, agilidade, resposta e pontualidade); a qualidade de atendimento aos clientes prestado por um serviço de logística de transportes eficaz; a rapidez e fluidez no trânsito (com mercadorias ou passageiros); ao uso em emergências, no caso das motocicletas usadas pelo SAMU de diversas regiões; ao fato de que motociclistas profissionais tem muito mais habilidade que amadores; e a grande procura de prestação de serviços que exigem uma característica mais apropriada à motocicleta que, por exemplo, um veículo de médio porte
Infelizmente alguns motociclistas são discriminados, pois uma parcela da categoria não interage corretamente com a sociedade e o trânsito, causando vários constran-
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gimentos, que erroneamente são generalizados para toda a categoria, tais como:
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colocam a vida e o patrimônio de outros em risco; são muito mais imprudentes; são despreparados, colocando na maioria das vezes o passageiro em risco; cometem vários atos considerados imprudentes e/ou irresponsáveis; seus comportamentos denotam falta de Ética e civilidade; e desrespeitam claramente a legislação em vigor e seus agentes
1.1.2. A Importância da Profissionalização (motofretista e mototaxista) A regulamentação é essencial para organização, seleção e qualificação dos Motociclistas Profissionais. A capacitação tem como objetivo intrínseco mudar a percepção da sociedade, para que esta encare os Motociclistas Profissionais como trabalhadores que tem grande iniciativa, dedicação ao trabalho (mercadoria e passageiro); são dotados de criatividade, tem grande domínio e prudência sobre determinada situação e muito mais experiência. Com tudo isto, inserem-se na sociedade, profissionais mais aptos, preparados, exercendo suas tarefas com segurança e minimizando os riscos diante dos perigos do trânsito.
A habilidade do motociclista desenvolve-se por meio de aprendizado. A prática é apenas um dos fatores que leva à perfeição, quando justamente o trânsito requer habilidades que devem
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ser desenvolvidas, tais como reflexos, coordenação motora e diferentes percepções. E o cérebro comanda tudo! Se você aprende certo, o cérebro automatiza certo! Porém, se aprende errado, o cérebro automatiza errado!
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Se você aprende certo como pilotar seu veículo, o cérebro automatiza certo! Se você aprende certo, a importância da direção defensiva para a sua profissão, o cérebro comanda certo! Se você aprende certo a importância das Leis, Normas e Regulamentos, o cérebro comanda certo! Se você aprende certo a importância da presença dos diversos Agentes de Trânsito, que fazem cumprir as leis, o cérebro comanda certo! Se você aprende certo a importância de comportar-se bem no trânsito, o cérebro automatiza certo!
Adquirir habilidade para dirigir ou pilotar significa conhecer o veículo e os seus equipamentos. Ter recebido correto e cuidadoso treinamento para manusear os controles, e saber efetuar com sucesso todas as manobras necessárias. Para poder decidir como agir corretamente no trânsito é necessário conhecer todas as situações que ele apresenta, bem como as alternativas possíveis para resolver cada situação. É muito mais fácil aprender a fazer certo, desde a primeira vez, do que corrigir um aprendizado incorreto. Daí a importância de um aprendizado correto, eficiente e responsável, onde aluno e instrutor cumpram detalhadamente todas as etapas do curso.
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Porque um motociclista profissional é importante para o empresário ou para o autônomo?
O Empresário ou o Profissional Autônomo investem não só no ser humano, mas em todo o material necessário a sua produção. O patrimônio é imprescindível para a obtenção do produto. O serviço prestado por Motociclistas Profissionais procura salvaguardar este patrimônio, para que não sofra danos através de acidentes. Dia e noite motociclistas profissionais permanecem alertas para prevenirem estes danos. Com o serviço prestado por motociclistas profissionais:
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s acidentes serão prevenidos ou mesmo erradicados; o as colisões e outros incidentes serão evitados; só estarão muito mais habilitados os motociclistas profissionais; os clientes terão um grau maior de satisfação garantida em seus pedidos
Os motociclistas profissionais servirão de modelo para outros motociclistas que ainda não tiveram contato com os preceitos da Ética, cidadania e profissionalização da categoria, influenciando-os de maneira positiva, através o seu exemplo. Tudo isto aliado à regulamentação da profissão, das competências pessoais descritas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, da Legislação em vigor sobre o serviço de motofrete e mototaxi. Pense: pior que capacitar-se e não ter a oportunidade é ter a oportunidade e não estar capacitado. A profissionalização leva a busca constante de conhecimentos, habilidades e atitudes!
1.1.3. Responsabilidade, concentração, autocontrole, capacidade de lidar com imprevistos, disciplina, comprometimento RESPONSABILIDADE CONCENTRAÇÃO
cumpridor de suas obrigações e deveres;
AUTOCONTROLE
controle sobre as próprias ações ou sentimentos; autodomínio;
CAPACIDADE DE LIDAR COM IMPREVISTOS
como comportar-se diante do inesperado;
DISCIPLINA
ordem que convém ao bom funcionamento de uma empresa; submissão a um regulamento e seus objetivos;
COMPROMETIMENTO
é o ato ou efeito de comprometer; envolvimento; fazer parte
aplicar o pensamento, a atenção, etc. de modo intensivo ou exclusivo;
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Responsabilidade
(Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo/2008) lat. responsabilitas, de respondere = responder, estar em condições de responder pelos atos praticados, de justificar as razões das próprias ações. De direito, todo o homem é responsável. Toda a sociedade é organizada numa hierarquia de autoridade, na qual cada um é responsável perante uma autoridade superior. Quando o homem infringe uma de suas responsabilidades cívicas, deve responder pelo seu ato perante a Justiça. Quanto mais o homem insiste em infringir as Leis, mais elas tornam-se vigorosas. A lei é o farol da Ética. Dessa forma, as ações individuais no cumprimento dos deveres (na condução do seu veículo) devem salvaguardar (salvar + guardar) a vida e a liberdade própria e a do outro. Responsabilidade é uma palavra que significa coisas diferentes para pessoas diferentes em contextos diferentes. Há responsabilidades que são definidas por nós e, em alguns casos, que somos obrigados a cumprir; em outros casos que devem ou podemos cumpri-las, e as responsabilidades que temos para nos identificarmos. Podemos fazer coisas que nos dizem (funções), nos mandam (obrigações) e sem sermos perguntados (ações). Responsabilidade também pode obrigar-nos a agir e que depende de muitos fatores (onde, quando, por que e como).
• •
Quais são as responsabilidades de um motociclista profissional no transporte de cargas? Quais as de um que transporta passageiros?
Responsabilidade pode ser definida como assumir um encargo para uma tarefa, uma decisão ou ação. Uma pessoa que se diz ser responsá-
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vel por algo é aquela que, também, aceita as consequências de algo. A responsabilidade por um trânsito seguro e humano. A segurança dos pedestres, o fiel cumprimento da Legislação de Trânsito e o acatamento às orientações das Autoridades. Responsabilidade para não tornar-se um fator de risco para outros condutores. Para ser responsável, normalmente será exigido de você, fazer tudo o que puder para garantir que determinada meta seja alcançada, independentemente do “como”, “quem”, “o quê”, “onde” ou “quando”. A responsabilidade é tão simples como concordar em seguir algo até o final. Infelizmente muitos profissionais complicam este conceito fundindo-o com seu ego, sua vontade pessoal para realizar o trabalho real e ser reconhecido pelo trabalho, e não o cumprimento da meta. Ser responsável significa fazer uso de todos os seus recursos (não apenas a si mesmo), pedir a ajuda de seu chefe e colegas e trabalhar de forma inteligente. Muitas vezes a responsabilidade significa que você terá que dar ao seu chefe e seus colegas uma chance de ajudá-los quando um determinado serviço está em risco de falhar ou não ser feito na hora. Concentração
Pilotar parece fácil, mas significa ainda enfrentar riscos constantes: carros, caminhões de transporte, motocicletas, bicicletas e pedestres no mesmo espaço, no mesmo caminho. Exige concentração, habilidade, os instintos afiados, e uma fração de segundo de decisão. Qualquer coisa que tirar a concentração do condutor longe da tarefa é perigoso. A atenção pode ser fixa (somente em linha reta, onde o motociclista não vê as laterais e reta-
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guarda), dispersiva (motociclista distraído) e difusa (espalhada, onde o motociclista observa todos os sentidos, sem focar diretamente no transito). A distração do motociclista é uma das principais causas de acidentes. Quanto mais pessoas, objetos ou atividades que estiverem ao redor para distrair o motociclista, maior será o risco. A capacidade de se concentrar é extremamente afetada pelo uso de celular, fumar, golpear um inseto. Concentrado, você reduz o tempo de reação, por ter percebido antes uma situação e é considerada a melhor prevenção contra os riscos. Concentração é a chave! A diferença entre observar e perceber
Observamos com os olhos e percebemos com o cérebro! Observação está ligada ao fato de enxergarmos algo e Percepção está ligada ao fato de notarmos diferenças. Existem motociclistas que circulam observando apenas? Qual é a melhor alternativa: circular observando o trânsito ou percebendo o trânsito? Além disto, o instrutor irá propor a seguinte questão: “Quais fatores interferem na percepção do seu trabalho?” A lista criada servirá de base para compreender a necessidade de um bom relacionamento no trânsito Nossa capacidade de prevenir os diversos tipos de movimentos dos veículos no trânsito depende da nossa concentração. Para evitar situações de risco, não há mais do que você possa fazer além de estar concentrado e prestando atenção aos movimentos dos outros: você pode minimizar o tempo de reação e estar preparado com antecedência. A visão (ligada ao fato de vermos algo) é o sentido mais importante que temos para pilotar: se aprendermos a educar como usá-la, seremos salvos de situações de risco que poderiam acontecer despercebidas. E percepção (ligado ao fato de notarmos diferenças) é “comandada” pelo cérebro. Quanto mais concentrado, mais rápido e eficiente seu cérebro irá trabalhar, A chave quando estamos em duas rodas, é que não podemos nos distrair ou relaxar por um momento, mesmo sozinhos no meio do tráfego urbano, na estrada ou quando há grande volume de veículos, embora o ritmo seja lento. Sempre teremos que estar concentrados! Nunca “baixar a guarda”! A grande importância da visão periférica para perceber o que está acontecendo ao nosso redor. Saber para onde direcionar nossa visão para melhorar a fluência e objetivos ou capaz de superar os obstáculos para estarmos conscientes de não relaxar os olhos, são fatores fundamentais, como veremos.
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Existe um fenômeno chamado de “fixação de objetivos”, pelo qual, em circunstâncias de estresse, tendemos para onde olhamos. Quantas vezes você já experimentou essa sensação: diante de um obstáculo, quanto mais você olhar, mais custa a desviar? Portanto, não é bom ficar olhando em uma estrada para um veículo parado, porque os outros tendem a olhar para ele, e inadvertidamente, direcionadas para ele. É importante estar atento a este fenômeno. Deve-se aprender a olhar para onde é melhor “fugir”, na tentativa de tirá-lo, inconscientemente, de uma situação difícil. Nós tendemos a ir para onde olhar: quando algo inesperado acontece, nossa tendência é olhar, e a soma dos dois torna-se perigoso. Aprenda a tentar desviar o olhar quando situações inesperadas surgirem. E a previsão?
A previsão ocorre simultaneamente com a atenção e a concentração. Enquanto o condutor observa tudo com atenção, seu cérebro concentrado prevê e antecipa possíveis acontecimentos, agindo prontamente, sem ser tomado de surpresa. São muitos os exemplos que podem ilustrar as previsões de um Motociclista Profissional concentrado. Vejam alguns, começando pelos mais óbvios:
O condutor está dirigindo e VÊ uma bola rolando pela via: imediatamente PREVÊ que uma criança distraída venha logo correndo atrás da bola. o passar por um ponto de parada, VÊ passaA geiros desembarcando: ele PREVÊ que algum passageiro distraído tentará atravessar a rua, saindo repentinamente de trás do ônibus.
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Dirigindo pela via você passa por alguns veículos estacionados e VÊ que alguns deles têm pessoas dentro e PREVÊ que alguém possa tentar desembarcar, abrindo subitamente a porta do veículo. ogo adiante, VÊ um veículo saindo de uma L residência, cujo motorista está olhando para o outro lado: PREVÊ que ele poderá entrar na via perigosamente, porque não notou a sua presença. O condutor, VENDO que está na iminência de ultrapassar um ciclista, PREVÊ um possível movimento lateral brusco, comum entre os ciclistas. Você VÊ que o carro à frente está com um comportamento estranho, do tipo ziguezague. É fácil PREVER que aquele motorista está desatento ou com problemas. Alguns dos fatores que diminuem a sua concentração e retardam os reflexos:
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Consumir bebida alcoólica; Usar drogas; Usar medicamento que modifica o comportamento, de acordo com seu médico; Ter participado, recentemente, de discussões fortes com familiares, no trabalho, ou por qualquer outro motivo; Ficar muito tempo sem dormir, dormir pouco ou dormir muito mal; Ingerir alimentos muito pesados que acarretam sonolência. Ingerir bebida alcoólica ou usar drogas, o que além de reduzir a concentração afeta a coordenação motora, muda o comportamento e diminui o desempenho, limitando a percepção de situações de perigo e reduzindo a capacidade de ação e reação.
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Nós não conseguimos manter nossa atenção durante o tempo todo enquanto dirigimos. Constantemente somos levados a pensar em outras coisas, sejam elas importantes ou não. Force a sua concentração no ato de pilotar, acostumando-se a observar sempre e alternadamente:
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s informações no painel da moto, A como velocidade, combustível, sinais luminosos; Os espelhos retrovisores; A movimentação de outros veículos à sua frente, à sua traseira ou nas laterais; A movimentação dos pedestres, em especial nas proximidades dos cruzamentos; A posição de suas mãos no guidon.
Autocontrole
Uma das habilidades mais úteis do ser humano, é ser capaz de manter o auto-controle, para resistir a tentações (e provocações!), pois sempre travamos uma batalha constante com impulsos básicos. Manifesta-se, por exemplo, em não querer obter vantagem da sua mobilidade e transitar sobre as calçadas. O auto-controle não é apenas afetado pela forma como estamos a pensar em um momento específico, o que seria muito fácil. Todos nós temos diferentes valores e auto-controle desenvolvido. Para algumas pessoas é mais fácil resistir à tentação que outras e infelizmente encontrarmos situações extremas: mortes por discussão no trânsito. Tenha em mente que as atitudes que tomamos fazem parte de um objetivo maior: o seu objetivo é o trabalho consciente e seguro e suas ações – e o somatória delas – levarão você até o final do
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trabalho de maneira segura, sem envolver-se com acidentes, discussões. O trânsito, e todos que dele dependem, ficarão muito gratos a você, motociclista profissional! Pensar em um nível elevado e não tanto nos problemas específicos. Ao perder tempo com detalhes ou pormenores sem importância, você corre o risco de “perder o foco” e esquecer o objetivo primordial: segurança no trânsito! Pensar de maneira global, prática e objetiva. Capacidade de lidar com imprevistos
A ação correta, principal ferramenta da Direção ou Pilotagem Defensiva é uma combinação de decisão e habilidade. Está ligada também a um fator indireto: a decisão! Sempre que for necessário tomar uma decisão, numa situação de perigo, ela dependerá do conhecimento das alternativas que se apresentem e do seu conhecimento das possibilidades do veículo, das leis e normas que regem o trânsito. E também do tempo e do espaço que você dispõe para tomar uma atitude correta. Essa decisão ou tomada de atitude vai depender da sua habilidade, tempo e prática de direção, previsão das situações de risco, conhecimento das condições do veículo e da via. Portanto, esteja sempre preparado para fazer a escolha correta nas situações imprevistas, de modo que possa contribuir para evitar acidentes de trânsito, mantendo-se atento a tudo que circunda a via, mesmo à sua traseira, para que esta decisão possa ser rápida e precisa, salvando sua vida e a de outros envolvidos numa situação de risco. Imprevistos ocorrem a qualquer momento e muitas vezes requerem ações imediatas por puro reflexo. Todos nós temos uma espécie de “sexto sentido” que nos previne de situações de risco e nos alertam para ameaças “invisíveis”, o que nada tem de misterioso, mas sim lógico, de fácil reflexão para enfrentar um perigo antecipadamente. Conduzindo uma motocicleta devemos levar em conta que devemos usar a segurança passiva e que não possuímos “airbags”, cinto de segurança e nossa presença não fica muito clara para os outros veículos. Quando o tráfego é denso e agitado, é óbvio que devemos ficar mais alertas para prever alguma mudança imprevista de direção de outro veículo. O ideal é sempre “esperar o pior” das situações que nos rodeiam, e nunca “baixar a guarda”. Um cão solto na calçada pode nos fazer sair da rua e forçar a fazer um desvio repentino ou frenagem de emergência; crianças jogando bola nas proximidades (a bola poderá vir na sua direção e desestabilizá-lo) e atrás da bola é provável que venha uma destas
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crianças. Um carro para ao lado de uma calçada (e você nunca deve estar entre ele e a calçada), e abre a porta para descer um passageiro. Ver o que o outro motorista faz ou conduz a frente. Saiba como prevenir estas situações e livrar-se de muitos sustos. Os imprevistos também servem para testar nossa atitude diante de situações que possam mostrar a nossa perda de controle (o auto-controle), ou a realidade da nossa capacidade em atuar na condução de uma motocicleta, mostrando muitas vezes que é necessária uma reflexão sobre o modo de agir, de mudança de comportamento e a importância da capacitação do profissional.
RESTRIÇÃO DE CARÁTER ESTRUTURAL
O problema não é o tipo de imprevisto que surge, mas como nós reagimos diante deste imprevisto, que poderá ser o diferencial de um quase-acidente e um acidente. Cada imprevisto vencido nos tornará mais capacitados e mais fortes em nossa atuação. A capacitação profissional surge como uma das respostas a este problema, pois em vários momentos durante o curso ocorrerá a troca de experiências, através de técnicas de estudos de casos.
APARECE ANTES E DEVE SER IDENTIFICADA
PROBLEMA É CONJUNTURAL É CONJUGAL OCORRE DURANTE E EXIGE UMA SOLUÇÃO!
Cautela e concentração redobradas são outros fatores de extrema importância para que não ocorra nenhum imprevisto durante o trajeto. Caso perceba uma restrição, não deixe para depois: ela sempre aparece antes de deve ser identificada, enquanto que o problema ocorre durante e exige uma solução! Disciplina
Disciplina! Você não precisa de controle, porque tem compromissos assumidos com as obrigações e a primeira obrigação, desde a sua primeira habilitação foi obedecer ao Código de Trânsito e as orientações dos Agentes de Trân-
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sito! - Ocorre quando o grupo não precisa de controle, porque tem compromissos assumidos com as obrigações! As pessoas possuem metas, autoconfiança, tem em mente o valor do trabalho, pois, ao terminá-lo, gostam de comemorar o resultado, que estimula a disciplina! Fazer o que tem que ser feito. Estar voltado para a realização da coisa certa e não para fazer certo as coisas. A regulação por um ser humano do seu próprio coração e mente leva ao cultivo de discernimento, gerando gostos e sentimentos nobres. Disciplina, portanto, é um modo de vida. O homem indisciplinado é um escravo da preguiça. Por outro lado, o homem disciplinado é um homem livre. Ele é capaz de discernir entre o que parece bom e o que é bom. A decadência da disciplina em nossa sociedade se reflete no número crescente de pessoas que recorrem à violência e ao comportamento bruto quando provocado. A disciplina é necessária para todas as realizações, especialmente grandes realizações. Sem disciplina, não poderia haver avanços científicos, sucesso profissional, empresarial ou industrial tecnológico. Disciplina anda de mãos dadas com o trabalho duro. Disciplina torna possível para um homem suportar o rigor do trabalho duro. Disciplina orienta o trabalho, tornando-se frutuosa e excelente. Por outro lado, a disciplina é inútil sem trabalho. Para melhorar a sua disciplina, evite preocupações, preconceitos (livrando-se de idéias pré concebidas), presunção (assumindo a sua condição humana), a pressa (exercitando a paciência) e a preguiça (que gera culpa).
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Comprometimento
Trabalho e perseverança! Quando a pessoa se compromete com algo? Quando ela o realiza material e psicologicamente, em outras palavras, quando ela tira desse algo (o trabalho, no caso) a sua realização pessoal e também financeira. Pode ser entendido por quão fortemente as pessoas de uma empresa acreditam em sua missão e como podem fielmente cumpri-la. O fator mais importante para o sucesso individual é o compromisso. Compromisso inflama ação. Para comprometer-se é necessário prometer-se com uma determinada finalidade ou a linha de conduta. Significa, também, praticar suas crenças de forma consistente. Há, portanto, duas condições fundamentais para o compromisso. O primeiro é ter um conjunto de crenças. A segunda é a adesão fiel a essas crenças com o seu comportamento. Possivelmente a melhor descrição do compromisso é a “persistência com um propósito”. A combinação de um comprometimento forte e positivo para si, e para um conjunto de princípios, servem como fundação para efetivamente manter alguns compromissos, tais como clientes, resultados, colaboradores e organização. Compromisso significa uma vontade de procurar um caminho melhor e aprender com o processo. O compromisso é uma via de mão dupla. Você só vai obtê-lo se você estiver disposto a dar. Nas relações com seus clientes, colegas e pessoal aos quais está subordinado, use sensibilidade, empatia e compreensão: ficará mais fácil para você acatar pedidos, solicitações, ordens! Caso não tenha entendido, peça para que a mensagem seja repetida (reforço de comunicação). Solicitar com maior freqüência e de-
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terminar somente em emergências, pois podem gerar ressentimentos. Conte até 100! Procurar oportunidade para conversar com calma de forma construtiva e em particular. Conheça sua empresa. Domine seu papel como representante da imagem da empresa perante seus clientes. Use o entusiasmo e dê o exemplo construtivo em todas as situações. Seja moderado e firme! Saiba e compreenda a importância do gerenciamento de expectativas. Existem determinados tipos de valores e, entre eles, podemos citar os valores de estima, de uso e de troca; o que determina o valor de uso do serviço prestado por “motofretistas” e “mototaxistas” em relação à sociedade é o que estes profissionais podem fazer pela sociedade! Motivação: desmotivado é um sujeito cheio de moti-
vos, necessidades, que sofrem bloqueios para que sejam alcançados. DESMOTIVAÇÃO = FRUSTRAÇÃO (foi retido na busca de um objetivo) O indivíduo, diante de uma frustração:
• • • • •
Usa a agressão em cima daquilo que está impedindo a concretização; Usa a regressão (passa a ter atitudes de criança); Usa a fixação; Usa a resignação; Usa a somatização (a partir da frustração acumulada, reflete no organismo).
Saiba quais são as expectativas: a) da sua empresa: incorpore seu trabalho à execução e sucesso das mesmas; b) do seu supervisor: naquele momento ele necessita de algo específico e conta com
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você; c) do seu colega de trabalho: ele precisa do seu apoio, da sua visão profissional, da sua empatia; d) do seu cliente: ele deseja que o trabalho seja feito por profissionais! Existem diversos tipos de clientes e saber relacionar-se com cada um deles é entender que você é um ser humano único, mas que no dia-a-dia desempenha papéis diferentes: filho, pai, amigo, profissional! É de grande importância desempenhar cada papel de maneira impecável! Então você pode dar uma atenção especial para um determinado cliente e outra para outro! Customizar o seu trabalho para determinado tipo de cliente que você irá atender; e) dos agentes de trânsito: as leis foram criadas para organizar e trazer um mínimo de segurança e ordem no trânsito; os agentes de trânsito esperam que você cumpra o que está na legislação e que justamente está voltado para a sua saúde e segurança no trânsito.
1.2. Noções básicas de legislação • •
Qual é o objetivo da Legislação de Trânsito e das Normas de Circulação e Conduta, contidas no Código de Trânsito Brasileiro? Qual o objetivo das técnicas de Direção e Pilotagem Defensiva?
É a segurança no trânsito! A lei que restringe o fumo em determinadas áreas objetiva a manutenção da saúde dos não-fumantes; a detenção para quem não obedecer não é uma causa, mas a conseqüência do desrespeito à Lei. As leis e normas de trânsito estão em constante evolução. Portanto, é necessário atualizar periodicamente esses conhecimentos. Está mais do que provado: quem não conhece as regras causa mais acidentes.
• •
Você consultaria com um médico que não lê nada há 20 anos e não se atualiza? Quando você leu o C.T.B. pela última vez?
O C.T.B. e as resoluções atualizam o motorista profissional!
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1.2.1. Legislação de Trânsito (normas gerais de circulação e conduta) Resumo da Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997 – Institui o Código de Trânsito Brasileiro
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Art.
Íntegra
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Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os seguintes órgãos e entidades: IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; as atribuições estão no artigo 21
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Compete aos órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição:
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Compete aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição:
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Todo condutor, ao perceber que outro que o segue tem o propósito de ultrapassá-lo, deverá: I - se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se para a faixa da direita, sem acelerar a marcha; II - se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se naquela na qual está circulando, sem acelerar a marcha. Parágrafo único. Os veículos mais lentos, quando em fila, deverão manter distância suficiente entre si para permitir que veículos que os ultrapassem possam se intercalar na fila com segurança.
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O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes determinações: Parágrafo único. Os veículos de transporte coletivo regular de passageiros, quando circularem em faixas próprias a eles destinadas, e os ciclos motorizados deverão utilizar-se de farol de luz baixa durante o dia e a noite.
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Ao regular a velocidade, o condutor deverá observar constantemente as condições físicas da via, do veículo e da carga, as condições meteorológicas e a intensidade do trânsito, obedecendo aos limites máximos de velocidade estabelecidos para a via, além de: I - não obstruir a marcha normal dos demais veículos em circulação sem causa justificada, transitando a uma velocidade anormalmente reduzida; II - sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veículo deverá antes certificar-se de que pode fazê-lo sem risco nem inconvenientes para os outros condutores, a não ser que haja perigo iminente; III - indicar, de forma clara, com a antecedência necessária e a sinalização devida, a manobra de redução de velocidade. Nas paradas, operações de carga ou descarga e nos estacionamentos, o veículo deverá ser posicionado no sentido do fluxo, paralelo ao bordo da pista de rolamento e junto à guia da calçada (meio-fio), admitidas as exceções devidamente sinalizadas. § 1º Nas vias providas de acostamento, os veículos parados, estacionados ou em operação de carga ou descarga deverão estar situados fora da pista de rolamento.
Os condutores de motocicletas, motonetas e ciclomotores só poderão circular nas vias: I - utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos protetores; II - segurando o guidon com as duas mãos; III - usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações do CONTRAN. Os passageiros de motocicletas, motonetas e ciclomotores só poderão ser transportados: I utilizando capacete de segurança; II - em carro lateral acoplado aos veículos ou em assento suplementar atrás do condutor; III - usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações do CONTRAN.
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A velocidade máxima permitida para a via será indicada por meio de sinalização, obedecidas a suas características técnicas e as condições de trânsito. § 1º Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima será de: I - nas vias urbanas:
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a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido; b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais; c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras; d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais; II - nas vias rurais: a) nas rodovias: 1) 110 (cento e dez) quilômetros por hora para automóveis, camionetas e motocicletas; b) nas estradas, sessenta quilômetros por hora. § 2º O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com circunscrição sobre a via poderá regulamentar, por meio de sinalização, velocidades superiores ou inferiores àquelas estabelecidas no parágrafo anterior.
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Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre as faixas delimitadas para esse fim terão prioridade de passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica, onde deverão ser respeitadas as disposições deste Código. Parágrafo único. Nos locais em que houver sinalização semafórica de controle de passagem será dada preferência aos pedestres que não tenham concluído a travessia, mesmo em caso de mudança do semáforo liberando a passagem dos veículos; A educação para o trânsito é direito de todos e constitui dever prioritário para os componentes do Sistema Nacional de Trânsito;
A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência: I - as ordens do agente de trânsito sobre as normas de circulação e outros sinais;
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Nenhum proprietário ou responsável poderá, sem prévia autorização da autoridade competente, fazer ou ordenar que sejam feitas no veículo modificações de suas características de fábrica;
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Somente poderá transitar pelas vias terrestres o veículo cujo peso e dimensões atenderem aos limites estabelecidos pelo CONTRAN.
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Os veículos de aluguel, destinados ao transporte individual ou coletivo de passageiros, deverão satisfazer, além das exigências previstas neste Código, às condições técnicas e aos requisitos de segurança, higiene e conforto estabelecidos pelo poder competente para autorizar, permitir ou conceder a exploração dessa atividade.
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Os veículos de transporte de carga e os coletivos de passageiros deverão conter, em local facilmente visível, a inscrição indicativa de sua tara, do peso bruto total (PBT), do peso bruto total combinado (PBTC) ou capacidade máxima de tração (CMT) e de sua lotação, vedado o uso em desacordo com sua classificação.
Os candidatos poderão habilitar-se nas categorias de A a E, obedecida a seguinte gradação: I Categoria A - condutor de veículo motorizado de duas ou três rodas, com ou sem carro lateral; Não conduza seu veículo assim:
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I - com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a placa ou qualquer outro elemento de identificação do veículo violado ou falsificado; V - que não esteja registrado e devidamente licenciado; VI - com qualquer uma das placas de identificação sem condições de legibilidade e visibilidade; IX - sem equipamento obrigatório ou estando este ineficiente ou inoperante; X - com equipamento obrigatório em desacordo com o estabelecido pelo CONTRAN; XI - com descarga livre ou silenciador de motor de explosão defeituoso, deficiente ou inoperante; XIII - com o equipamento do sistema de iluminação e de sinalização alterados; XVIII - em mau estado de conservação, comprometendo a segurança, ou reprovado na avaliação de inspeção de segurança e de emissão de poluentes e ruído, prevista no art. 104; XXII - com defeito no sistema de iluminação, de sinalização ou com lâmpadas queimadas: Infração – média
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Transitar com o veículo: [...]
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Conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório referidos neste Código... Não conduza sua motocicleta, motoneta e ciclomotor assim:
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I - sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos de proteção e vestuário de acordo com as normas e especificações aprovadas pelo CONTRAN; II - transportando passageiro sem o capacete de segurança, na forma estabelecida no inciso anterior, ou fora do assento suplementar colocado atrás do condutor ou em carro lateral; III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em uma roda; IV - com os faróis apagados; V - transportando criança menor de sete anos ou que não tenha, nas circunstâncias, condições de cuidar de sua própria segurança. VII - sem segurar o guidon com ambas as mãos, salvo eventualmente para indicação de manobras; VIII – transportando carga incompatível com suas especificações ou em desacordo com o previsto no § 2º do art. 139 - A desta Lei; IX – efetuando transporte remunerado de mercadorias em desacordo com o previsto no art. 139 desta Lei ou com as normas que regem a sua atividade profissional. Os condutores dos veículos de que tratam os arts. 135 e 136, para exercerem suas atividades, deverão apresentar, previamente, certidão negativa do registro de distribuição criminal relativamente aos crimes de homicídio, roubo, estupro e corrupção de menores, renovável a cada cinco anos, junto ao órgão responsável pela respectiva concessão ou autorização.
1.2.2. Lei Federal de regulamentação do exercício profissional (“motofretista” e “mototaxista”) e Resolução 356 (de 2 de agosto de 2010) Lei 12.009, de 29 de julho de 2009
Regulamenta o exercício das atividades dos profissionais em transporte de passageiros, “mototaxista”, em entrega de mercadorias e em serviço comunitário de rua, e “motoboy”, com o uso de motocicleta, altera a Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, para dispor sobre regras de segurança dos serviços de transporte remunera-
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do de mercadorias em motocicletas e motonetas – “moto-frete” -, estabelece regras gerais para a regulação deste serviço e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - Esta Lei regulamenta o exercício das atividades dos profissionais em transportes de passageiros, “mototaxista”, em entrega de mercadorias e em serviço comunitário de rua, e “motoboy”, com o uso de motocicleta, dispõe sobre regras de segurança dos serviços de transporte remunerado de mercadorias em motocicletas e motonetas – “moto-frete” -, estabelece regras gerais para a regulação deste serviço e dá outras providências. Art. 2º - Para o exercício das atividades previstas no art. 1o, é necessário: I - ter completado 21 (vinte e um) anos; II - possuir habilitação, por pelo menos 2 (dois) anos, na categoria; III - ser aprovado em curso especializado, nos termos da regulamenta-
ção do CONTRAN; IV - estar vestido com colete de segurança dotado de dispositivos retrorrefletivos, nos termos da regulamentação do CONTRAN. Parágrafo único. Do profissional de serviço comunitário de rua serão exigidos ainda os seguintes documentos: I - carteira de identidade; II - título de eleitor; III - cédula de identificação do contribuinte - CIC; IV - atestado de residência; V - certidões negativas das varas criminais; VI - identificação da motocicleta utilizada em serviço. Art. 3º - São atividades específicas dos profissionais de que trata o art. 1o: I - transporte de mercadorias de volume compatível com a capacidade do veículo; II - transporte de passageiros. Parágrafo único. (VETADO) Art. 4º A Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, passa a vigorar acrescida do seguinte Capítulo XIII- A:
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“CAPÍTULO XIII- A – Da condução de “motofrete” Art. 139 - A. As motocicletas e motonetas destinadas ao transporte remunerado de mercadorias - moto-frete - somente poderão circular nas vias com autorização emitida pelo órgão ou entidade executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para tanto: I - registro como veículo da categoria de aluguel; II - instalação de protetor de motor mata-cachorro, fixado no chassi do
veículo, destinado a proteger o motor e a perna do condutor em caso de tombamento, nos termos de regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN; III - instalação de aparador de linha antena corta-pipas, nos termos de regulamentação do CONTRAN; IV - inspeção semestral para verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança. § 1º A instalação ou incorporação de dispositivos para transporte de cargas deve
estar de acordo com a regulamentação do CONTRAN. § 2º É proibido o transporte de combustíveis, produtos inflamáveis ou tóxicos e de
galões nos veículos de que trata este artigo, com exceção do gás de cozinha e de galões contendo água mineral, desde que com o auxílio de side-car, nos termos de regulamentação do CONTRAN.
Art. 139-B. O disposto neste Capítulo não exclui a competência Municipal ou Esta-
dual de aplicar as exigências previstas em seus regulamentos para as atividades de moto-frete no âmbito de suas circunscrições.”
Art. 5º - O art. 244 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, passa a vigorar com
a seguinte redação: Art. 244. VIII - transportando carga incompatível com suas especificações ou em desacordo com o previsto no § 2o do art. 139-A desta Lei; IX - efetuando transporte remunerado de mercadorias em desacordo com o previsto no art. 139-A desta Lei ou com as normas que regem a atividade profissional dos “mototaxistas”:
Infração - grave; Penalidade - multa;
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Medida administrativa - apreensão do veículo para regularização. Art. 6º - A pessoa natural ou jurídica que empregar ou firmar contrato de prestação
continuada de serviço com condutor de moto-frete é responsável solidária por danos cíveis advindos do descumprimento das normas relativas ao exercício da atividade, previstas no art. 139-A da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, e ao exercício da profissão, previstas no art. 2o desta Lei. Art. 7º - Constitui infração a esta Lei: I - empregar ou manter contrato de prestação continuada de serviço com condutor de moto-frete inabilitado legalmente; II - fornecer ou admitir o uso de motocicleta ou motoneta para o transporte remunerado de mercadorias, que esteja em desconformidade com as exigências legais; Parágrafo único. Responde pelas infrações previstas neste artigo o empregador ou aquele que contrata serviço continuado de moto-frete, sujeitando-se à sanção relativa à segurança do trabalho prevista no art. 201 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943; Art. 8º Os condutores que atuam na prestação do serviço de moto-frete, assim como os veículos empregados nessa atividade, deverão estar adequados às exigências previstas nesta Lei no prazo de até 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, contado da regulamentação pelo CONTRAN dos dispositivos previstos no art. 139-A da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, e no art. 2o desta Lei. Art. 9º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 29 de julho de 2009; 188o da Independência e 121o da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA / Tarso Genro / Marcio Fortes de Almeida (Este texto não substitui o publicado no DOU de 30.7.2009)
Resolução 356, de 2 de agosto de 2010 Estabelece requisitos mínimos de segurança para o transporte remunerado de passageiros (mototáxi) e de cargas (motofrete) em motocicleta e motoneta, e dá outras providências.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso da competência que lhe confere o artigo 12, inciso I, da lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto no Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, Considerando a necessidade de fixar requisitos mínimos de segurança para o transporte
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remunerado de passageiros e de cargas em motocicleta e motoneta, na categoria aluguel, para preservar a segurança do trânsito, dos condutores e dos passageiros desses veículos; Considerando a necessidade de regulamentar a Lei nº 12.009, de 29 de julho de 2009; Considerando a necessidade de estabelecer requisitos mínimos de segurança para o transporte não remunerado de carga; e Considerando o que consta do processo nº 80000.022300/2009-25, RESOLVE: Capítulo I - Das disposições gerais Art. 1º - Os veículos tipo motocicleta ou motoneta, quando autorizados pelo poder concedente para transporte remunerado de cargas (motofrete) e de passageiros (mototáxi), deverão ser registrados pelo Órgão Executivo de Trânsito do Estado e do Distrito Federal na categoria de aluguel, atendendo ao disposto no artigo 135 do CTB e legislação complementar. Art. 2º - Para efeito do registro de que trata o artigo anterior, os veículos deverão ter: I - dispositivo de proteção para pernas e motor em caso de tombamento
do veículo, fixado em sua estrutura, conforme Anexo IV, obedecidas as especificações do fabricante do veículo no tocante à instalação; II - dispositivo aparador de linha, fixado no guidon do veículo, conforme Anexo IV; III - dispositivo de fixação permanente ou removível, devendo, em qualquer hipótese, ser alterado o registro do veículo para a espécie passageiro ou carga, conforme o caso, vedado o uso do mesmo veículo para ambas as atividades. Art. 3º - Os pontos de fixação para instalação dos equipamentos, bem como a ca-
pacidade máxima admissível de carga, por modelo de veículo serão comunicados ao DENATRAN, pelos fabricantes, na ocasião da obtenção do Certificado de Adequação à Legislação de Trânsito (CAT), para os novos modelos, e mediante complementação de informações do registro marca/modelo/versão, para a frota em circulação.
§ 1º - As informações do caput serão disponibilizadas no manual do proprietário ou boletim técnico distribuído nas revendas dos veículos e nos sítios eletrônicos dos fabricantes, em texto de fácil compreensão e sempre que possível auxiliado por ilustrações. § 2º - As informações do parágrafo anterior serão disponibilizadas no prazo de 60
(sessenta) dias a contar da publicação desta Resolução para os veículos lançados no mercado nos últimos 5 (cinco) anos, e em 180 (cento e oitenta) dias passarão a constar do manual do proprietário, para os veículos novos nacionais ou importados.
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§ 3º - A capacidade máxima de tração deverá constar no Certificado de Registro (CRV) e no Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV). Art. 4º - Os veículos de que trata o art. 1º deverão submeter-se à inspeção semes-
tral para verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança.
Art. 5º - Para o exercício das atividades previstas nesta Resolução, o condutor
deverá: I - ter, no mínimo, vinte e um anos de idade; II - possuir habilitação na categoria “A”, por pelo menos dois anos, na
forma do artigo 147 do CTB; III - ser aprovado em curso especializado, na forma regulamentada pelo CONTRAN; IV - estar vestido com colete de segurança dotado de dispositivos retrorrefletivos, nos termos do Anexo III desta Resolução. Parágrafo único. Para o exercício da atividade de mototáxi o condutor deverá aten-
der aos requisitos previstos no Art. 329 do CTB.
Art. 6º - Na condução dos veículos de transporte remunerado de que trata esta Resolução, o condutor e o passageiro deverão utilizar capacete motociclístico, com viseira ou óculos de proteção, nos termos da Resolução 203, de 29 de setembro de 2006, dotado de dispositivos retrorrefletivos, conforme Anexo II desta Resolução.
Capítulo II - Do transporte de passageiros (mototáxi) Art. 7º - Além dos equipamentos obrigatórios para motocicletas e motonetas e dos previstos no art. 2º desta Resolução, serão exigidas para os veículos destinados aos serviços de mototáxi alças metálicas, traseira e lateral, destinadas a apoio do passageiro.
Capítulo III - Do transporte de cargas (motofrete) Art. 8º - As motocicletas e motonetas destinadas ao transporte remunerado de mercadorias - motofrete - somente poderão circular nas vias com autorização emitida pelo órgão executivo de trânsito do Estado e do Distrito Federal. Art. 9º - Os dispositivos de transporte de cargas em motocicleta e motoneta poderão ser do tipo fechado (baú) ou aberto (grelha), alforjes, bolsas ou caixas laterais, desde que atendidas as dimensões máximas fixadas nesta Resolução e as especificações do fabricante do veículo no tocante à instalação e ao peso máximo admissível.
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§ 1º - Os alforjes, as bolsas ou caixas laterais devem atender aos seguintes limites
máximos externos: I - largura: não poderá exceder as dimensões máximas dos veículos, medida entre a extremidade do guidon ou alavancas de freio à embreagem, a que for maior, conforme especificação do fabricante do veículo; II - comprimento: não poderá exceder a extremidade traseira do veículo; e III - altura: não superior à altura do assento em seu limite superior.
§ 2º - O equipamento fechado (baú) deve atender aos seguintes limites máximos
externos:
I - largura: 60 (sessenta) cm, desde que não exceda a distância entre
as extremidades internas dos espelhos retrovisores;
II - comprimento: não poderá exceder a extremidade traseira do veículo; III - altura: não poderá exceder a 70 (setenta) cm de sua base central,
medida a partir do assento do veículo. § 3º - O equipamento aberto (grelha) deve atender aos seguintes limites máximos externos: I - largura: 60 (sessenta) cm, desde que não exceda a distância entre as extremidades internas dos espelhos retrovisores; II - comprimento: não poderá exceder a extremidade traseira do veículo; III - altura: a carga acomodada no dispositivo não poderá exceder a 40 (quarenta) cm de sua base central, medida a partir do assento do veículo. § 4º - No caso do equipamento tipo aberto (grelha), as dimensões da carga a ser transportada não podem extrapolar a largura e comprimento da grelha. § 5º - Nos casos de montagem combinada dos dois tipos de equipamento, a caixa
fechada (baú) não pode exceder as dimensões de largura e comprimento da grelha, admitida a altura do conjunto em até 70 cm da base do assento do veículo.
§ 6º - Os dispositivos de transporte, assim como as cargas, não poderão comprometer a eficiência dos espelhos retrovisores. Art. 10. - As caixas especialmente projetadas para a acomodação de capacetes não estão sujeitas às prescrições desta Resolução, podendo exceder a extremidade traseira do veículo em até 15 cm. Art.11. - O equipamento do tipo fechado (baú) deve conter faixas retrorrefletivas
conforme especificação no Anexo I desta Resolução, de maneira a favorecer a visualização do veículo durante sua utilização diurna e noturna.
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Art. 12. - É proibido o transporte de combustíveis inflamáveis ou tóxicos, e de
galões nos veículos de que trata a Lei 12.009 de 29 de julho de 2009, com exceção de botijões de gás com capacidade máxima de 13 kg e de galões contendo água mineral, com capacidade máxima de 20 litros, desde que com auxílio de sidecar.
Art. 13. - O transporte de carga em sidecar ou semirreboques deverá obedecer
aos limites estabelecidos pelos fabricantes ou importadores dos veículos homologados pelo DENATRAN, não podendo a altura da carga exceder o limite superior o assento da motocicleta e mais de 40 (quarenta) cm. Parágrafo único. É vedado o uso simultâneo de sidecar e semirreboque. Art. 14. - Aplicam-se as disposições deste capítulo ao transporte de carga não remunerado, com exceção do art. 8º.
Capítulo IV - Das disposições finais Art. 15. - O descumprimento das prescrições desta Resolução, sem prejuízo da responsabilidade solidária de outros intervenientes nos contratos de prestação de serviços instituída pelos artigos 6º e 7º da Lei nº 12.009, de 29 de julho de 2009, e das sanções impostas pelo Poder Concedente em regulamentação própria, sujeitará o infrator às penalidades e medidas administrativas previstas nos seguintes artigos do Código de Trânsito Brasileiro, conforme o caso: art. 230, V, IX, X e XII; art. 231, IV, V, VIII, X; art. 232; e art. 244, I, II, VIII e IX. Art. 16. - Os Municípios que regulamentarem a prestação de serviços de mototáxi
ou motofrete deverão fazê-lo em legislação própria, atendendo, no mínimo, ao disposto nesta Resolução, podendo estabelecer normas complementares, conforme as peculiaridades locais, garantindo condições técnicas e requisitos de segurança, higiene e conforto dos usuários dos serviços, na forma do disposto no art. 107 do CTB. Art. 17. - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos no prazo de trezentos e sessenta e cinco dias contados da data de sua publicação, quando ficará revogada a Resolução CONTRAN nº 219, de 11 de janeiro de 2007.
Alfredo Peres da Silva – Presidente / Rui César da Silveira Barbosa - Ministério da Defesa / Rone Evaldo Barbosa - Ministério dos Transportes / Esmeraldo Malheiros Santos - Ministério da Educação / Luiz Otavio Maciel Miranda - Ministério da Saúde / Rudolf de Noronha - Ministério do Meio Ambiente
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Anexo I – Dispositivos retrorrefletivos de segurança para baú de motocicletas
1. Localização
O baú deve contribuir para a sinalização do usuário durante o dia como a noite, em todas as direções, através de elementos retrorrefletivos, aplicados na parte externa do casco, conforme diagramação:
2. Retrorrefletivo a) Dimensões - O elemento no baú deve ter
uma área total que assegure a completa sinalização das laterais e na traseira. O formato e as dimensões mínimas do dispositivo de segurança refletivo deverá seguir o seguinte padrão: b) Os limites de cor (diurna) e o coeficiente
mínimo de retrorrefletividade em candelas por Lux por metro quadrado devem atender às especificações do anexo da Resolução CONTRAN nº 128, de 06 de agosto de 2001.
c) O retrorrefletor deverá ter suas caracte-
rísticas, especificadas por esta Resolução, atestada por uma entidade reconhecida pelo DENATRAN e deverá exibir em sua construção uma marca de segurança comprobatória desse laudo com a gravação das palavras APROVADO DENATRAN, com 3 mm (três milímetros) de altura e 50 mm (cinqüenta milímetros) de comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor, incorporada na construção da película, não podendo ser impressa superficialmente.
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Anexo II – Dispositivos retrorrefletivos de segurança para capacetes 1. Localização - O capacete deve contri-
buir para a sinalização do usuário durante o dia como a noite, em todas as direções, através de elementos retrorrefletivos, aplicados na parte externa do casco, conforme diagramação: 2. Retrorrefletivo a) Dimensões - O elemento retrorrefletivo no
capacete deve ter uma área total de, pelo menos, 0,014 m², assegurando a sinalização em cada uma das laterais e na traseira. O formato e as dimensões mínimas do dispositivo de segurança refletivo deverão seguir o seguinte padrão: b) Os limites de cor (diurna) e o coeficiente
mínimo de retrorrefletividade em candelas por Lux por metro quadrado devem atender às especificações do anexo da Resolução CONTRAN nº128, de 06 de agosto de 2001.
c) O retrorrefletor deverá ter suas caracte-
rísticas, especificadas por esta Resolução, atestada por uma entidade reconhecida pelo DENATRAN e deverá exibir em sua construção uma marca de segurança comprobatória desse laudo com a gravação das palavras APROVADO DENATRAN, com 3 mm (três milímetros) de altura e 35 mm (trinta e cinco milímetros) de comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor, incorporada na construção da película, não podendo ser impressa superficialmente.
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Anexo III – Dispositivos retrorrefletivos de segurança para colete 1. Objetivo - O colete é de uso obrigatório e deve contribuir para a sinalização do usuário tanto de dia quanto à noite, em todas as direções, através de elementos retrorrefletivos e fluorescentes combinados. 2. Característica do material retrorrefletivo: a) Dimensões - O elemento retrorrefletivo no colete
deve ter uma área total mínima de, pelo menos 0,13 m², assegurando a completa sinalização do corpo do condutor, de forma a assegurar a sua identificação. O formato e as dimensões mínimas do dispositivo de segurança refletivo deverão seguir o padrão apresentado na figura 1, sendo que a parte amarela representa o refletivo enquanto a parte branca representa o tecido de sustentação do colete: Ilustração 1: formato padrão e dimensões mínimas do dispositivo refletivo
b) Cor do Material Retrorrefletivo de Desempenho Combinado
A cor amarelo-esverdeado fluorescente proporciona excepcional brilho diurno, especialmente durante o entardecer e amanhecer.
A cor deve ser medida de acordo com os procedimentos definidos na ASTM E 1164 (revisão 2002, Standard practice for obtaining spectrophotometric data for object-color evaluation) com iluminação policromática D65 e geometria 45º/0º (ou 0º/45º) e observador normal CIE 2º. A amostra deve ter um substrato preto com refletância menor que 0,04.
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O fator de luminância mínimo da película refletiva fluorescente amareloesverdeado utilizada na confecção do colete deverá atender às especificações da tabela abaixo:
c) Especificação do coeficiente mínimo de retrorrefletividade em candelas por lux por metro quadrado. Os coeficientes de retrorrefletividade não deverão ser inferiores aos valores mínimos especificados, e devem ser determinados de acordo com o procedimento de ensaio definido nas ASTM E 808 e ASTM E 809.
O retrorrefletor deverá ter suas características atestada por uma entidade reconhecida pelo DENATRAN e deverá exibir em sua construção uma marca de segurança comprobatória desse laudo com a gravação das palavras APROVADO DENATRAN, com 3 mm (três milímetros) de altura e 50 mm (cinquenta milímetros) de comprimento, incorporada na construção da película, não podendo ser impressa superficialmente, podendo ser utilizadas até duas linhas, que deverá ser integrada à região amarela do dispositivo. 3. Características do colete a) Estrutura - O colete deverá ser fabricado com material resistente, processo em
tecido dublado com material combinado, perfazendo uma espessura de no mínimo 2,50 mm. b) Ergonometria - O colete deve fornecer ao usuário o maior grau possível de conforto. As partes do colete em contato com o usuário final devem ser isentas de asperezas, bordas afiadas e projeções que possam causar irritação excessiva e feri-
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mentos. O colete não deve impedir o posicionamento correto do usuário no veículo, e deve manter-se ajustado ao corpo durante o uso, devendo manter-se íntegro apesar dos fatores ambientais e dos movimentos e posturas que o usuário pode adotar durante o uso. Devem ser previstos meios para que o colete se adapte ao biotipo do usuário (tamanhos). O colete deve ser o mais leve possível, sem prejuízo à sua resistência e eficiência. c) Etiquetagem - Cada peça do colete deve ser identificada da seguinte forma: marca no próprio produto ou através de etiquetas fixadas ao produto, podendo ser utilizada uma ou mais etiquetas; as etiquetas devem ser fixadas de forma visível e legível. Deve-se utilizar algarismos maiores que 2 mm, recomenda-se que sejam algarismos pretos sobre fundo branco; a marca ou as etiquetas devem ser indeléveis e resistentes ao processo de limpeza; devem ser fornecidas, no mínimo, as seguintes informações: identificação têxtil (material); tamanho do colete (P, M, G, GG, EG); CNPJ, telefone do fabricante e identificação do registro do INMETRO. d) Instruções para utilização – o colete de alta visibilidade deve ser fornecido ao usuário com manual de utilização contendo no mínimo as seguintes informações: garantia do fabricante, instrução para ajustes de como vestir, instrução para uso correto, instrução para limitações de uso, instrução para armazenar e instrução para conservação e limpeza. 4. Aprovação do colete - Os fabricantes de coletes devem obter, para os seus
produtos, registro no - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade – INMETRO que estabelecerá os requisitos para sua concessão. Anexo IV – Dispositivos de proteção de motor e pernas e aparador de linha
Ilustração 2 – protetor de motor e pernas e
aparador de linha 1) Características Técnicas do Dispositivo de Proteção de Motor e Pernas a) Objetivo: Proteção das pernas do condutor e passageiro em caso de tombamento do veículo, excluídos os veículos homologados pelo DENATRAN com dispositivos de proteção para esta função; b) Características Construtivas: Peça única, construído em aço tubular de seção re-
donda resistente e com acabamento superficial resistente à corrosão, o dispositivo deve ser construído sem arestas e com formas arredondas, limitada sua largura à largura do guidon;
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c) Localização: Deve ser fixado na estrutura do veículo, obedecidas as especificações do fabricante do veículo no tocante à instalação, e não deve interferir no curso do pára-lama dianteiro;
2. Características Técnicas do Dispositivo Aparador de Linha. d) Objetivo: Proteção do tórax, pescoço e braços do condutor e passageiro; e) Características construtivas: Construído em aço de seção redonda resistente com acabamento superficial resistente a corrosão, deve prover sistema de corte da linha em sua extremidade superior f) Localização: fixado na extremidade do guidon (próximo à manopla) do veículo, no
mínimo em um dos lados; g) Utilização: A altura do dispositivo deve ser regulada com a altura da parte supe-
rior da cabeça do condutor na posição sentado sobre o veículo.
1.2.3. Aspectos da legislação trabalhista e previdenciária. CLT - Consolidação das Leis do Trabalho
O Decreto-Lei5.452, de 1º de maio de 1943, aprova a CLT. A seguir alguns tópicos de destaque: Art. 1º - Esta Consolidação estatui as normas que regulam as relações individuais e coletivas de trabalho, nela previstas. Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumin-
do os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. § 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da rela-
ção de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de nature-
za não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
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Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada. Art. 13 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social é obrigatória para o exercício
de qualquer emprego, inclusive de natureza rural, ainda que em caráter temporário, e para o exercício por conta própria de atividade profissional remunerada. Constam ainda da CLT os seguintes tópicos:
• Da jornada de trabalho, dos períodos de descanso, do trabalho noturno, das férias anuais. • Da segurança e da medicina do trabalho (capítulo V, art. 157: Cabe às empresas: I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais; III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente. • Das medidas preventivas de medicina do trabalho (seção V, art. 168: Será obrigatório exame médico, por conta do empregador, nas condições estabelecidas neste artigo e nas instruções complementares a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho: I - a admissão; II - na demissão; III – periodicamente). • Da prevenção da fadiga (art. 198: É de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso máximo que um empregado pode remover individualmente, ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho do menor e da mulher. • Da proteção do trabalho da mulher (Capítulo III). • Do contrato individual do trabalho (Título IV – art. 442: Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. Art. 443 - O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado. • Da rescisão (Capítulo V – art. 482: Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador). • Do aviso prévio (Capítulo VI). • Da organização sindical, da instituição sindical, da associação em sindicato e das convenções coletivas de trabalho. CBO – Classificação Brasileira de Ocupações
A Classificação Brasileira de Ocupações – CBO, instituída por portaria ministerial nº. 397, de 9 de outubro de 2002, tem por finalidade a identificação das ocupações no mercado de trabalho, para fins classificatórios junto aos registros administrati-
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vos e domiciliares. É o documento normalizador do reconhecimento, da nomeação e da codificação dos títulos e conteúdos das ocupações do mercado de trabalho brasileiro. Nela encontramos a descrição da profissão, histórico de ocupações, as características de trabalho, as áreas de atividades e as competências pessoais para exercer a profissão. Consta, por exemplo, a informação que os motoboys possuem o código 5191-10 Motociclista no transporte de documentos e pequenos volumes; este número deve constar da sua carteira de trabalho e demais registros. Além disto, nas condições gerais de exercício da profissão, a CBO informa que atuam em empresas diversas, bancos e escritórios em geral. Geralmente, são empregados temporários eventuais que trabalham individualmente, com supervisão permanente. Trabalham em veículo, a céu aberto, nos período diurno e noturno. Estão sujeitos a intempéries, a gases de combustão de veículos, posições desconfortáveis por longos períodos e estresse constante, principalmente quando enfrentam o trânsito das grandes cidades. São ocupações em expansão no mercado de trabalho, principalmente nos grandes centros, como resposta às dificuldades de trânsito e às facilidades da telefonia celular. Regulamentação da profissão
Lei 12.009, de 29 de julho de 2009 - Regulamenta o exercício das atividades dos profissionais em transporte de passageiros, “mototaxista”, em entrega de mercadorias e em serviço comunitário de rua, e “motoboy”, com o uso de motocicleta. Legislação previdenciária
Lei 8.212, de 24 de julho de 1991 – Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui Plano de Custeio e dá outras providências Art. 2º - A Saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Art. 3º - A Previdência Social tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios
indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, idade avançada, tempo de serviço, desemprego involuntário, encargos de família e reclusão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente. Art. 12. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas
físicas:
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I - como empregado: V - como contribuinte individual; VI - como trabalhador avulso: quem presta, a diversas empresas, sem
vínculo empregatício, serviços de natureza urbana ou rural definidos no regulamento; Art. 15. - Considera-se: I - empresa - a firma individual ou sociedade que assume o risco de
atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da Administração Pública direta, indireta e fundacional;
Lei 8.213, de 24 de julho de 1991 - Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências Art. 1º - A Previdência Social, mediante contribuição, tem por fim assegurar aos
seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, desemprego involuntário, idade avançada, tempo de serviço, encargos familiares e prisão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente.
Art. 11- segurados obrigatórios da Previdência Social e Art. 14: Consideram-se Art. 16. - São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado Art. 18. - O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes presta-
ções, devidas inclusive em razão de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em benefícios e serviços: I - quanto ao segurado: a) aposentadoria por invalidez; b) aposentadoria por idade; c) aposentadoria por tempo de contribuição; d) aposentadoria especial; e) auxílio-doença; f) salário-família; g) salário-maternidade; h) auxílio-acidente; II - quanto ao dependente: a) pensão por morte; b) auxílio-reclusão;
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Art. 19. - Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da
empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
Art. 20. - Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as se-
guintes entidades mórbidas: I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada
pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I. Art. 21. - Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei (aci-
dente de trajeto: d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aque-
la, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.) Art. 22. - A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social
até o 1º (primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário-de-contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social. § 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o
acidentado ou seus dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria. § 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo. Seção V - Dos Benefícios:
• • • • • •
Da Da Da Do Do Da
Aposentadoria por Invalidez; Aposentadoria por Idade; Aposentadoria por Tempo de Serviço; Auxílio-Doença; Auxílio-Acidente; Habilitação e da Reabilitação Profissional;
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CNAE - Classificação Nacional de Atividades Econômicas
A CNAE é o instrumento de padronização nacional dos códigos de atividade econômica e dos critérios de enquadramento utilizados pelos diversos órgãos da Administração Tributária do país. CNAE do motoboy (serviço de transporte de passageiros): 4923-0/01 CNAE do motoboy (serviços de coleta, distribuição e entrega de correspondência e volumes): 5320-2/01
1.2.4. Aspectos do direito civil e criminal relacionado a trânsito. Código Penal Homicídio simples - Art 121. Matar alguém:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. Homicídio culposo - § 3º Se o homicídio é culposo: Pena detenção, de um a três anos. Lesão corporal - Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena
- detenção, de três meses a um ano. Perigo para a vida ou saúde de outrem - Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente: Pena - detenção,
de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. Parágrafo único. A pena é aumentada de um sexto a um terço se a exposição da vida ou da saúde de outrem a perigo decorre do transporte de pessoas para a prestação de serviços em estabelecimentos de qualquer natureza, em desacordo com as normas legais.
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Omissão de socorro - Art. 135 - Deixar de prestar
assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte. Rixa - Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os contendores: Pena - detenção, de quinze
dias a dois meses, ou multa. Capítulo V – Dos crimes contra a honra: calúnia, difamação, injúria Ameaça - Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. Parágrafo único - Somente se procede mediante representação. Violação de correspondência - Art. 151 - Devassar indevidamente o conteúdo de correspondência fechada, dirigida a outrem: Pena - detenção,
de um a seis meses, ou multa. Sonegação ou destruição de correspondência - § 1º - Na mesma pena incorre: I - quem se apossa in-
devidamente de correspondência alheia, embora não fechada e, no todo ou em parte, a sonega ou destrói. Correspondência comercial - Art. 152 - Abusar da condição de sócio ou empregado de estabelecimento comercial ou industrial para, no todo ou em parte, desviar, sonegar, subtrair ou suprimir correspondência, ou revelar a estranho seu conteúdo: Pena - detenção, de três meses a dois anos.
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.
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Furto - Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: Pena -
reclusão, de um a quatro anos, e multa. Roubo - Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena - reclusão, de qua-
tro a dez anos, e multa. Dano - Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia: Pena - deten-
ção, de um a seis meses, ou multa. Apropriação indébita - Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.Apro-
priação de coisa achada - II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropriam, total ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro no prazo de 15 (quinze) dias. Falsificação de documento particular - Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. Desacato - Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
Código Civil Art. 186. - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art. 927. - Aquele que, por ato ilícito (art. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. Crimes Trânsito Código de Trânsito Brasileiro – Capítulo XIX – Dos crimes de trânsito Art. 291. - Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste Código, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Pro-
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cesso Penal, se este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber. Parágrafo único. Aplicam-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa, de embriaguez ao volante, e de participação em competição não autorizada o disposto nos art. 74, 76 e 88 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995. Art. 302. - Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor. Art. 303. - Praticar lesão corporal culposa na
direção de veículo automotor. - Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública.
Art. 304.
Art. 305. - Afastar-se o condutor do veículo do
local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída. Art. 306. - Conduzir veículo automotor, na via
pública, sob a influência de álcool ou substância de efeitos análogos, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem. Art. 308. - Participar, na direção de veículo au-
tomotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada pela autoridade competente, desde que resulte dano potencial à incolumidade pública ou privada. Art. 309. - Dirigir veículo automotor, em via pú-
blica, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano. Art. 310. - Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habili-
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tada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança. Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano. É importante saber que, em qualquer acidente, ocorre pelo menos uma destas três falhas humanas:
egligência N (“Não são as ervas más que afogam a boa semente, e sim a negligência do lavrador. Confúcio”); Imprudência
(“O doente cometeu imprudências...”); Imperícia
(“... confirmado que uma das mortes foi um acerto de contas entre narcotraficantes. Outra foi causada por imperícia na manipulação de uma escopeta em um bairro popular, onde estavam ocorrendo manifestações...”); A negligência é o descaso, displicência ou desleixo de quem conhece as regras, mas não dá a devida importância. Muitos acidentes e mortes são causados por negligência do condutor, quando insiste em conduzir uma motocicleta mal conservada ou fora dos padrões de segurança – ou – quando não obedece às leis de trânsito e não pratica as técnicas de direção ou pilotagem defensiva.
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Pense: se você, condutor profissional, que de-
pende do seu trabalho para seu sustento, cometer uma infração com uma pena de seis meses sem conduzir;
• •
O seu patrão vai esperar estes seis meses? Compensa negligenciar o Código de Trânsito Brasileiro?
Imprudente é a pessoa que se expõe a riscos desnecessariamente, sem medir as consequências. Elemento de presença constante no trânsito brasileiro, o condutor imprudente é aquele que transgride intencionalmente as regras básicas de segurança; se arrisca, dirigindo em alta velocidade, realizando manobras; ousadas ou ultrapassagens perigosas; mesmo percebendo a precariedade da sinalização e conservação de uma via conduz com velocidade incompatível; dirige perigosamente, sem levar em consideração as condições adversas existentes no momento em que trafega. Imperícia pode ser definida como falta de habilidade ou inexperiência. Um motociclista com pouca experiência em condução de veículos pode se tornar uma importante causa de acidentes. Geralmente, essas falhas são resultado da má formação ou de treinamento inadequado do condutor que não está suficientemente capacitado ou familiarizado para conduzir determinado tipo de veículo, não sabe como conduzir, frente a situações adversas, reage de forma imprópria em situações de emergência.
• • • • •
Você sairia às ruas com seu veículo, sabendo que vai encontrar uma parcela dos condutores alcoolizados? Distraídos? Sonolentos? Nervosos, tensos? Drogados?
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1.3. Gestão do risco sobre duas rodas Quando você está sobre “duas rodas” torna-se também um das partes mais frágeis do trânsito: mesmo se você tem uma grande vantagem na agilidade não se esqueça de evitar entrar em situações de riscos. A seguir serão mostrados alguns tópicos para gerenciar os riscos na sua profissão, incluindo a gestão de acidentes de trânsito, no que se refere a primeiros socorros, os quais devem ser aplicados quando a gestão falhou e o acidente ocorreu, restando-nos aplicar as técnicas, objetivando principalmente não causar mal maior a uma vítima de acidente de trânsito (é neste contexto que inserimos tópicos de primeiros socorros).
1.3.1. Análise de acidentes e falhas humanas Os acidentes geralmente são causados por combinação de diversos fatores. O fator mais relevante é chamado de causa imediata (ou principal) do acidente, que pode ser: excesso de velocidade, erros na previsão das ações de outros motoristas, desrespeito à sinalização ou normas de trânsito, negligência na avaliação das condições adversas, falta de habilidade para conduzir com segurança, etc. Os outros fatores são chamados de causas básicas e justamente estes é que devem ser investigados e relatados, para acabar com os acidentes “na raiz”. A análise dos acidentes de trânsito é similar àquela usada nos acidentes de trabalho (fonte: Curso de CIPA/Biblioteca Nacional/registro 254363), onde por analogia podemos afirmar que:
• •
94% são causados por falhas humanas; 3% são causas mecânicas (e mesmo assim ligadas ao comportamento humano, por ação ou omissão); • 3% são causados por má condição das vias (porém a maioria dos acidentes graves ocorre em vias perfeitamente sinalizadas e pavimentadas!); As falhas humanas podem ser analisadas, estudadas e evitadas! Pense no seguinte exemplo: uma pessoa pisou numa casca de banana, caiu e que-
brou o braço! A resposta à pergunta “por quê?” vai levar-nos seguramente às causas imediatas (exemplo: caiu por que pisou, porque a casca estava ali, porque estava distraída) e a causas básicas (porque alguém jogou, porque estava distraída? porque não havia lixeira ou por falta de educação ambiental de alguém). A análise sistêmica e o estudo levaram a alguns procedimentos que hoje conhecemos, deixando de serem empíricos (baseados somente na experiência) para tornarem-se técnicos! Hoje falamos em Direção Defensiva para condutores de veículos de quatro rodas ou mais e Pilotagem Defensiva para condutores de veículos de duas ou três rodas.
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A atitude defensiva no trânsito significa dirigir por você e pelos outros, antecipar-se em relação aos erros alheios e demais riscos. Pense que, uma vez envolvido em um acidente, pouco adianta provar que a culpa foi de outra pessoa. Aí o piloto já estará dentro do gesso (na melhor das hipóteses). Então, aprenda a antever as imprudências e erros dos outros. Quando você pilota sua motocicleta, está sujeito a situações de potencial risco típicas desse veículo. É preciso conhecê-las para saber evitá-las. Uma das principais são as frequentes “fechadas” que sofremos no trânsito. Muitas vezes os motoristas não têm intenção de fazer isso, eles apenas não percebem a motocicleta por perto. A atitude mais segura é ter sempre o pressuposto de que o motorista não está vendo sua motocicleta. Mantenha margem de manobra. Não se esqueça de outros pequenos imprevistos que, para um motociclista, são uma ameaça, tais como um pedestre distraído, um cachorro atrapalhado, um pássaro em rota de colisão com a viseira ou fios/cordas atravessando seu caminho.
1.3.2. Conceito e aplicação de pilotagem segura As técnicas de direção e/ou pilotagem defensiva são mundiais, pois levam à prevenção de acidentes ao transformarem o cidadão em um condutor seguro, responsável, solidário; e dirigir defensivamente consiste em dirigir, pilotar de modo a evitar acidentes, embora os outros condutores cometam erros a todo instante e levar em consideração as condições adversas; daí afirmamos que o maior objetivo da Direção e Pilotagem Defensiva é capacitar motoristas a dirigir com segurança no trânsito, para evitar acidentes!
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1.3.3. Porque, em Direção e Pilotagem Defensiva, o Homem (ser humano) é a base? • • • •
É uma ação desenvolvida pelo SER HUMANO; O sucesso ou o fracasso da Direção Defensiva repousa no homem; Só se poderá “sentir” a Direção e Pilotagem Defensiva por intermédio da atividade humana; É pelo desempenho do homem que podemos avaliar a Direção e Pilotagem Defensiva;
O condutor defensivo pode alterar conscientemente o encadeamento dos fatores que resultariam em um acidente. Ele sabe que basta interferir, de forma positiva, em um ou mais desses fatores, para que o acidente não aconteça, usando constantemente as técnicas de Direção e Pilotagem Defensiva, evitando acidentes e tornando o trânsito muito mais seguro para todos os seus usuários. Seja sincero:
Quantas vezes você ficou satisfeito em evitar um acidente? No que se refere às motocicletas, pode-se dizer que é o modo de transporte mais perigoso! Em termos de risco de morte, a Organização Mundial de Saúde (OMS/2004) estima que, nos Países em Desenvolvimento, viajar de motocicleta é entre 10 e 20 vezes mais perigoso que viajar de automóvel, tantos por quilômetros percorridos, como por horas viajadas.
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1.3.4. Estratégias para a prevenção de acidentes de trânsito Ver e ser visto
Ver um risco a tempo vai nos salvar de uma situação difícil. Igualmente importante é ver como ser visto, porque isso será a desculpa quando outro motorista fizer algo sem pensar. Quantas vezes você ouviu: “desculpe, mas eu não vi.” Infelizmente, a maioria não é totalmente involuntário, mas ma maioria das vezes é falta de vontade. A visão é um sentido fundamental e “olhar” além de “ver” é o que diferencia os bons condutores dos outros. Claro que podemos e devemos fazer tudo o possível, porque a nossa segurança está em jogo, de modo que nós vemos e observamos: luzes, piscas, capacete e usar roupa visível (use as roupas corretas e todo o equipamento de segurança. O passageiro que estiver sendo transportado deve fazer o mesmo. Lembre-se, esses detalhes salvam vidas). Temos também que ser capazes de aprender a olhar, fazer uma “varredura” no chão à frente a procura de potenciais fontes de risco. E não se esqueça: nada melhor que um toque de buzina. Sempre pronto com o polegar para não perder tempo! Ponto cego dos veículos ou ângulos mortos
Não disputar espaço com veículos de grande porte. Ao trafegar atrás de um veículo grande, o condutor estará em um ponto cego. Para proteger-se, a distância de segurança deve ser bem maior. Ser previsível e fazer-se notar, com luzes ou breves toques na buzina. Jamais passar por trás de veículos que estejam manobrando.
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Motoristas profissionais dirigem muitas horas diariamente. Deve-se ficar atento a comportamentos anormais. Depois de ultrapassar, tomar cuidado para não voltar à pista muito próximo do veículo ultrapassado. Antes de retomar, certificar-se de que é possível enxergar a frente do veículo ultrapassado pelos retrovisores. Durante a ultrapassagem, o motociclista irá trafegar por uma área onde o motorista não consegue enxergá-Io. É o espaço localizado um pouco antes das portas dianteiras. Posicionamento na via
Muitas situações de risco podem ser evitadas com um bom posicionamento e levando em conta o que os outros podem fazer! Com a motocicleta temos a vantagem de ver adiante dos carros e antecipar situações de risco, prever melhor que eles próprios, que parecem às vezes hipnotizados; temos o dever de saber parar no momento certo e não colidir com o veiculo a nossa frente.
1 - Posicionamento na via
Figura 1 - Posicionar-se mais à direita, mais à
esquerda ou ao centro da faixa, dependendo da situação, a fim de melhorar sua segurança e tornar-se mais visível; F igura 2 - Evitar passar por cima das faixas brancas ou frear, principalmente em dias chuvosos ou úmidos: pode ser uma superfície de pouca aderência, até mesmo para apoio dos pés;
Evitar trafegar do lado direito dos demais veículos. Os motoristas não têm o hábito de usar o retrovisor da direita; 2 - Cuidado com faixas e pinturas no solo
Cuidado! Mudar de faixa constantemente ou
andar entre as filas coloca o motociclista em áreas de baixa visibilidade dos automóveis (pontos cegos).
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Ao trafegar ao lado de um veículo é importante colocar-se em posição favorável para que o outro condutor possa vê-lo diretamente ou pelo retrovisor; ) Cuidado ao passar perto de veículo pa4 rado: seus ocupantes podem abrir as portas
repentinamente. É comum também o condutor sair com o veículo da vaga sem sinalizar ou sem que note a sua aproximação da motocicleta; ara que os outros condutores vejam seu veíP culo, é obrigatório manter o farol aceso o tempo todo. 4- Cuidado com faixas e pinturas no solo
piloto deve usar roupas claras com detalhes O refletivos, para chamar a atenção dos demais condutores para sua presença; inalizar sempre, mostrando sua intenção antes S de manobrar; om um táxi a sua frente, jamais tente passar C entre ele e a calçada: por mais que ande lentamente pode ter que parar imediatamente a pedido do passageiro; ou um cliente pode acenar para ele de uma calçada repentinamente. Com os ônibus o mesmo deve ser feito, nas paradas de ônibus; tente para a distância do veículo de trás. Se A sentir que o motorista está muito próximo, mude de pista para dar-lhe passagem. Lembre-se: não aceite provocações. 5) Olhar mais distante
Olhar mais distante
Quando você está dirigindo seu olhar é quem orienta, quem decide para onde ir, e também ver o que pode ser causa de um risco inesperado. Na verdade, esta é a maior diferença entre os condutores ou condutores novatos e veteranos:
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com experiência, sabem onde “encontrar” esses riscos e aprendem a evitá-los. Em virtude de vários imprevistos (saber lidar com imprevistos) devemos ter o “olhar mais distante” treinado para encontrar pontos de referência que merecem cuidados. Tenha em mente que, numa emergência, você, inconscientemente, para onde você coloca seus olhos. A visão periférica
Uma diferença fundamental do motociclista profissional seguro e qualificado, é que facilmente detecta situações de risco.
Visão periferica
Não é apenas uma questão de “instinto”, o famoso “sexto sentido” que desenvolvemos em circulação em duas rodas; é também algo conhecido como “visão periférica”: a capacidade de perceber os eventos não na nossa linha de visão. Você pode ter o seu olhar de longe, e ainda estar vendo “indiretamente” o que acontece perto, para os lados. Deve-se treinar a percepção do que acontece ao seu redor, sem desviar a atenção. Ajuste os espelhos retrovisores. Você deve ter um bom campo de visão sem que para isso tenha que se inclinar para frente ou para trás Um dos exercícios que pode praticar é tentar ver a ação de toda a tela da TV, enquanto fixa o olhar sobre o número do canal em uma extremidade, para ver o programa e saber o que é “sem olhar direto”. Distância de segurança
Circular com uma motocicleta é simples, mas depende, na maioria das vezes, do que vai fazer, de quem está a sua frente! È fácil para um
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carro frear e manter a estabilidade, mas a motocicleta pode ter seu trajeto interrompido com extrema dor para o condutor ao frear e acabar violentamente no chão. Evite colisões com o veículo da frente:
Trafegar em velocidade compatível, avaliar as condições adversas, manter distância segura do veículo da frente, tentar prever o que está acontecendo à frente, estar preparado para efetuar paradas bruscas, não se distrair. Normalmente o motociclista deve posicionar-se na faixa de rolamento, bem visível, no centro do retrovisor do condutor da frente. Distância de segurança é o espaço que o motociclista deve manter entre seu veículo e o veículo da frente. Esse espaço deve ser suficiente para a realização de manobras em caso de necessidade. A distância segura depende principalmente da velocidade, das condições da pista, das condições climáticas, das condições do seu veiculo. Nela está a diferença, na maioria das vezes, entre a vida e a morte. Esta distância, também chamada de Distância de Seguimento (DS), pode ser calculada segundo uma fórmula bastante complicada, que envolve a velocidade do veículo em função de seu comprimento. Mas ninguém quer sair por aí fazendo cálculos e contas matemáticas enquanto pilota. Por isso bom mesmo é usar o bom senso. Mantenha um espaço razoável entre si e o veículo que vai à sua frente. À medida que a velocidade aumenta, vá aumentando também à distância, pois precisará de mais espaço para frear caso surja algum imprevisto. Uma motocicleta de porte médio, a 80 km/h, com pneus e freios em bom estado, em asfalto
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seco, leva aproximadamente 60 metros para parar. Alguns estudiosos afirmam que a distância segura com piso molhado é o dobro da distância; outros acham que se deve acrescentar mais 10 metros. A verdade é que quanto maior a velocidade, maior será a distância a percorrer na frenagem. Instintivamente, através da experiência, dos estudos, dos fatos observados no dia a dia, da percepção dos diversos riscos podemos avaliar quando estamos próximos demais do veículo da frente, levando todos estes fatores em consideração, combinando-os para a análise do cérebro para determinada situação. Muito cuidado com os veículos de transporte coletivo, escolares e veículos lentos, que podem parar inesperadamente. Quando estiver atrás de um desses veículos, aumente ainda mais a distância que o separa dele. Evite também pilotar prensado entre dois veículos grandes. É muito perigoso. É uma decisão do motociclista arriscar-se, seja por excesso de confiança, ou acreditar que nada irá lhe acontecer. Evite colisões com o veículo de trás:
“Colar” demais no veículo que vai à frente é causa constante de acidentes. É um grande fator de risco considerando-se que podem existir motoristas apressados ou distraídos. Não tente fugir do veículo “colado” acelerando sua motocicleta: acione o pedal ou manete do freio, sem frear, para alertá-lo. Para minimizar os riscos desse tipo de acidentes, há algumas coisas que você pode fazer: a) Inspecione com frequência as luzes de freios
para certificar-se de seu bom funcionamento e visibilidade;
b) Preste atenção ao que acontece em suas costas. Use os espelhos retrovisores;
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c) Sinalize com antecedência quando for virar,
parar ou trocar de pista. E mantenha as luzes de freio funcionando e limpas; d) Reduza a velocidade gradualmente. Evite de-
sacelerações repentinas; e) Mantenha-se dentro dos limites de velocidade. Trafegar demasiadamente devagar pode ser tão perigoso quanto andar muito depressa; f) Use sempre os retrovisores. Cuidado: a motocicleta também tem pontos cegos! Neste caso é interessante virar a cabeça para os lados e conferir as situações com o canto dos olhos, lembrando-se da sua capacidade de visão periférica; g) Ser previsível, sinalizar, antecipar-se! h) Ver e ser visto! Motocicletas são menores e mais difíceis de enxergar do que automóveis, principalmente quando vistas de frente ou de trás. Em acidentes com motociclistas, os condutores geralmente dizem que não viram a motocicleta. É difícil calcular também a velocidade de uma moto, pois geralmente está mais veloz do que parece, o motorista efetua a manobra, achando que terá tempo e espaço suficiente.
Evite colisões com veículos parados
Atenção ao passar ao lado de veículos parados. De repente alguém pode abrir a porta, levando você ao chão. Olhe para o interior dos veículos e certifique-se de que estão desocupados. Controle da velocidade
O controle da velocidade é baseado exatamente no seu modo de pilotar e na capacidade de frenagem da sua motocicleta.
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Além disto, a sinalização de trânsito ajuda-o saber os limites da via, constituindo-se em verdadeiros estudos técnicos para evitar acidentes por excesso de velocidade. Se você está “lento” em relação ao trânsito o veículo atrás deve ser paciente até que você possa imprimir um pouco mais de velocidade. Cuidado com o afunilamento de 2 veículos a sua frente, seja porque eles decidem invadir a pista onde você está ou porque um carro e um ônibus decidem entrar na mesma via. Você será colocado entre 2 veículos cujas trajetórias vão “colidir” com a sua! Prevendo isto, você deverá analisar rapidamente se deverá acelerar (deixando para trás esta situação de risco) ou freia (lembrando-se sempre em manter 2 dedos na alavanca de freio). São duas manobras evasivas, aplicáveis a este caso. Os freios devem ser acionados progressivamente, sem provocar o travamento! Cuidados com os demais usuários da via: A idéia é bem simples: co-existir com respeito!
Os motoristas de ônibus estão sujeitos a muitas distrações (dúvidas, pagamentos na entrada). Não acompanhe muito de perto porque podem parar de repente, sem prévio aviso (e às vezes a luz de freio não funciona!). Jamais passar por um ônibus pela direita quando estiver parado. E cuidado com a frente do ônibus: você pode não ter uma boa visão e um pedestre pode incorretamente passar na frente do ônibus e poderá ser tarde demais! Os pedestres são os elementos mais frágeis do trânsito e, portanto, devemos respeitá-los! Respeitar a faixa de pedestres, e preparar-se para parar num cruzamento, isto representa um dos
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sinais mais claros de educação e cidadania ao guidon, embora o egoísmo tenha se tornado – infelizmente – uma prática. O comportamento do pedestre é, muitas vezes, imprevisível! Crianças podem largar a mão de seus pais e avançarem para a pista! Tenha muita cautela e dê sempre preferência aos pedestres. Problemas com o álcool não são exclusividade dos condutores. Pedestres embriagados também são frequentes e geralmente acabam atropelados. O piloto defensivo deve dedicar atenção especial a pessoas idosas e deficientes físicos, que estão mais sujeitos a atropelamentos. O condutor deve tomar os seguintes cuidados:
•
• • • • • •
•
ar uma oportunidade real para o peD destre utilizar as vias, principalmente crianças, idosos e deficientes físicos (cegos, pessoas com dificuldades motoras, etc); Na proximidade de pedestres, reduzir a velocidade e redobrar a atenção; Tentar prever a reação do pedestre; Ser gentil e facilitar as travessias dos pedestres, sempre que possível; Mesmo com sinal favorável o condutor deve aguardar que os pedestres concluam travessias já iniciadas; Lembrar que na condição de pedestre, o condutor também se sente vítima da intolerância de outros condutores; Muitos atropelamentos vitimam pe destres embriagados. Tomar cuidado, pois mesmo que não haja CULPA do condutor, um atropelamento é sempre uma tragédia; Atropelar um pedestre com uma mo tocicleta é uma tragédia dupla, pois geralmente ambos saem gravemente feridos.
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Evitando colisões com ciclistas Lembre-se: elas e os pedestres têm prefe-
rência sobre os demais veículos automotores! Dê sempre a preferência e facilite a passagem em cruzamentos e conversões. A bicicleta é um veículo de passageiros como qualquer outro. A maioria dos ciclistas, porém, é feita de menores que não conhecem as regras de trânsito. Por isso mesmo, a chance de acidentes com ciclistas é grande. Além daqueles que se utilizam da bicicleta apenas como meio de transporte, há também os desportistas, os ciclistas amadores ou profissionais. Estes em geral fazem uso de todo o equipamento de segurança. Com frequência usam roupas coloridas que permitem sua fácil visualização. Mas, por outro lado, circulam em velocidades bem altas, sobretudo em descidas. Fique atento com os ciclistas. A bicicleta é um veículo silencioso e muitas vezes o condutor de outro veículo não percebe sua aproximação. Anunciar a presença com leves toques de buzina. Se notar que o ciclista está desatento, dê uma leve buzinada antes de ultrapassá-lo. Mas cuidado: não “carregue” na buzina para não assustá-lo e provocar acidentes. A noite é mais difícil notar os ciclistas, pois muitos ainda não usam os refletivos previstos em lei. Frenagem normal e de emergência:
Em primeiro lugar, o equipamento obrigatório é fundamental para sua segurança: com o colete reflexivo os demais veículos terão uma melhor visibilidade em suas manobras em emergências, principalmente frenagens!
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Algo que a experiência nos ensina é: “Pense errado e terá sucesso!” ou “Desconfie que você esteja certo”; novamente o exemplo das crianças jogando bola, ou do cachorro parado na calçada. A qualquer momento terá que fazer uma frenagem de emergência. As motocicletas são ágeis e de baixo peso, permitindo uma aceleração rápida, mesmo com pequeno deslocamento, os freios tem que estar preparados para uma emergência, sem riscos, pois o problema das motocicletas é que possuem pouca superfície de contato (e pressão) das rodas com a pista e, devido a isto, corre-se o risco de travar os freios em uma emergência, levando a uma desestabilização aliada a uma forte reação de torque no guidon, com uma consequente queda! Para tanto, sempre mantenha os 2 dedos na alavanca do freio, economizando assim preciosos décimos de segundo: você verá que os poucos metros ganhos podem fazer muita diferença!. Muitas pessoas tem medo de travar a roda. Pratique sempre que tiver oportunidade e em local seguro e adequado. Perceber a absorção da frenagem ao acionar a alavanca e o pedal de freio (em uma emergência você não terá muito tempo para pensar). Adote uma velocidade compatível com as condições locais (piso, clima, pedestres, outros motociclistas, veículos). Não exceder a velocidade máxima permitida; quanto mais pesada a motocicleta e sua carga, menor será a capacidade de manobrar em velocidade. Praticar frenagens graduais e progressivas; cuidado com o bloqueio das rodas (a motocicleta percorre espaço maior, sai da rota/direção e “sai fora” das curvas). Uma boa idéia é treinar frenagens no menor espaço possível, sem travar as rodas (numa rua afastada, sem perigo).
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Lembre-se: piso molhado ou irregular = mais
espaço para parar! Via de regra, nas frenagens de emergência os 2 freios são acionados ao mesmo tempo (mas 70% da eficiência está no dianteiro). Se a roda dianteira travar, aliviar a pressão para destravar e frear novamente. Em motonetas o peso fica na roda traseira, determinando o uso do freio traseiro com maior intensidade. Verificação permanente do veículo:
Conhecer bem o veículo que se utiliza é fundamental para prevenir acidentes. Lembre-se: condutores e proprietários são responsáveis por acidentes provocados por má conservação ou manutenção deficiente do veículo. O manual do proprietário é uma rica fonte de conhecimentos, inclusive de pilotagem defensiva! Existem motocicletas para todas as finalidades. É fundamental que a motocicleta seja adequada à utilização pretendida. Além disso, o tamanho da motocicleta deve ser proporcional às medidas da pessoa que irá pilotá-la. A regra geral de tamanho é que, quando o motociclista estiver sentado na motocicleta, seus pés alcancem facilmente o solo. Um bom teste para saber se o tamanho da motocicleta está apropriado para seu porte físico é fazer um “oito”, empurrando-a pelo guidon. Pessoas de constituição franzina e miúda não devem escolher motos grandes e pesadas. Os componentes da motocicleta que interferem diretamente na segurança e que necessitam de constante cuidado são: freios (dianteiro e traseiro), manetes, cabos, pinças, lonas ou pastilhas, cubos ou discos, fluido hidráulico, suspensão (molas e amortecedores), corrente de transmissão (condições de uso e folgas), pneus (pressão e desgaste), luzes (faróis, lanternas, sinalizadores, luz de freio), buzina.
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Lembre-se de tomar cuidado com folga no guidon, aros desalinhados, falta de buzina, pneus gastos ou mal calibrados, freios deficientes. Exerça seu direito de recusa, definido em Leis e Convenções Coletivas, recusando-se a pilotar veículo em mau estado de conservação, ou que não tenha todos os equipamentos obrigatórios! Para que você possa pilotar com conforto e segurança, seu veículo precisa estar em perfeitas condições de uso e adaptado às suas necessidades. Preste atenção ao seguinte:
• • • •
Assegure-se de que seu capacete e seus óculos estejam limpos e com boas condições de visibilidade. Elimine todo e qualquer obstáculo ao seu campo visual; Confira o funcionamento básico dos itens obrigatórios de segurança. Se qualquer coisa estiver fora de especificação ou funcionando mal, solucione o problema antes de colocar seu veículo em movimento; Confira se o nível de combustível é compatível com o trecho que pretende cobrir. Mantenha sua motocicleta, triciclo, motoneta ou ciclomotor em bom estado de conservação.
Pneus gastos, freios desregulados, lâmpadas queimadas, componentes com defeito, falta de buzina ou retrovisores, amortecedores e suspensão desgastados são problemas que merecem atenção constante. Concentração (riscos envolvidos em falar ao celular e utilizar outros aparelhos sonoros):
A sua capacidade de decisão será fatalmente afetada se você “ousar” falar ao celular enquanto pilota sua motocicleta (sistema com ou sem fio), e ouvindo outros aparelhos sonoros. Lembre-se que a atenção é a base da concentração, como exposto anteriormente! E que a distração é uma das grandes causas de acidentes.
Observe que, mesmo sentado comodamente em um sofá ou andando calmamente em uma rua você reagiria mal ao receber uma ligação de alguém, relatando um problema familiar, a perda de um ente querido, uma notícia ruim – ou – reagiria euforicamente diante de uma boa noticia! Em ambos os casos você se “desligaria” temporariamente do espaço onde está. Porém no trânsito este “desligamento” causa sérios acidentes, considerando que irá percorrer alguns metros em poucos segundos, mesmo a 60 km por hora, parcialmente ou totalmente distraído! E além disto, estará ferindo os princípios básicos de Ética e Cidadania, praticando infrações e expondo outros a um potencial acidente.
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1.3.5. Pilotando em situações adversas e de risco:
Estatísticas de acidentes envolvendo ciclomotores, motocicletas e motonetas. Temos no Paraná 4.053.122 milhões de motoristas e 4.627.017 milhões de ve-
ículos (Fonte: Detran - Coordenadorias de Veículos, Habilitação e Infrações; outubro/2009).
• • • • • • • • • • • •
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Curitiba, 1.149.456 de veículos
(1.073 ciclomotores, 105.260 motocicletas e 20.278 motonetas); São José dos Pinhais 115.852
(111 ciclomotores, 15.272 motocicletas e 2.974 motonetas); Londrina 266.812
(2.475 ciclomotores, 47.101 motocicletas e 11.339 motonetas); Maringá 220.294
(773 ciclomotores, 36.361 motocicletas e 13.670 motonetas); Ponta Grossa, 129.530
(34 ciclomotores, 17.604 motocicletas e 2.530 motonetas); Cascavel, 145.215
(334 ciclomotores, 23.802 motocicletas e 6.651 motonetas); Toledo
61.690
(111 ciclomotores, 11.706 motocicletas e 5.285 motonetas); Pato Branco 36.541
(14 ciclomotores, 4.968 motocicletas e 1.659 motonetas); Francisco Beltrão 37.141
(52 ciclomotores, 5.912 motocicletas e 2.722 motonetas); Dois Vizinhos 17.665
(14 ciclomotores, 3.019 motocicletas e 1.123 motonetas);
Umuarama 52.393
(160 ciclomotores, 11.197 motocicletas e 3.970 motonetas); União da Vitória e São Mateus do Sul 37.449
(57 ciclomotores, 6.741motocicletas e 1.392 motonetas) ;
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• •
Telêmaco Borba 26.896
(6 ciclomotores, 4.547 motocicletas e 1.386 motonetas); Araucária 49.876
(45 ciclomotores, 7.081 motocicletas e 1.065 motonetas). Fonte: DETRAN/PR – dezembro 2009.
Em cada um dos diversos tipos de veículos, pode existir um condutor alcoolizado, distraído, sonolento, nervoso, tenso, drogado! Vale a pena arriscar-se? Você sabe a diferença entre risco e perigo?
• •
•
“Para cada tipo de atividade existe um risco correspondente.” “Risco é a possibilidade de que um determinado perigo se torne real, causando um dano, uma perda; é o resultado da ação do homem de enfrentar o perigo.” “Perigo é a possibilidade para causar dano e não depende da nossa vontade; expressa uma exposição relativa a um risco”
Exemplos:
• • • • •
leões na selva e leões na jaula; chuvas fortes e enfrentar a correnteza; linhas com cerol e o pescoço do motociclista; não realizar exames de saúde anuais; pilotar com pressa, sono, alcoolizado, distraído, ouvindo música.
Risco Zero não existe! Observe a seguinte fórmula:
Risco = Perigo / Segurança
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Se diante de um perigo “nota” 10 (numa escala de zero a dez), você apenas confia na sua experiência, a qual você atribui um valor 1, o risco também será 10! Ou seja, diante de um grande perigo (nota 10) o risco de acidente será... 10! Uma das formas de diminuir o risco de acidentes de trânsito é tomar pequenas medidas de segurança. A maioria prevista na legislação vigente! Isoladas elas tem pouco valor, mas somadas diminuem o risco de acidentes diante de um perigo. Diante de um perigo que você atribui nota 10, ao usar o capacete (10), instalar a antena (10), usar colete (10), sinalizar o compartimento de carga (10) capacitar-se, especializar-se em cursos e pilotar com atenção e defensivamente (10), o perigo que era 10, dividido agora por 50, tem um risco de 0,2! Diante do perigo de pilotar sua motocicleta o risco é aceitável agora!
“Risco Aceitável: é aquele que não é capaz de causar mal às pessoas, ao meio ambiente ou às propriedades. É deste modo que convivemos com o perigo.” Perceber riscos em fatos que parecem não ter gravidade, mas que em ocasião futura se revelarão fontes de acidentes graves é capacidade que os motociclistas devem desenvolver. Lembrando que a observação está ligada ao fato de enxergarmos algo (olhos), e percepção está ligada ao fato de notarmos diferenças (cérebro). Acidentes evitáveis e os supostamente evitáveis. Como evitar acidentes?
Os custos dos acidentes estão associados a diversos fatores diretos e indiretos. A interrupção prematura de vidas, incapacidade física e
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emocional dos vitimados sobreviventes, perda por produção e atrasos gerados em função dos acidentes, estão entre os custos indiretos. Os custos diretos são as despesas médicas, de ambulância, internação, e custos devido aos danos à propriedade (IPEA, 2008). No que diz respeito aos acidentes envolvendo motocicletas, pode-se afirmar que estes são os que geram os maiores custos. Isso ocorre porque ocorrem danos mais severos, especialmente à vida. Observe a relação tipo de transporte x custos médios mundiais por passageiro: avião 0,01, trem 0,06, ônibus 0,23, automóvel 0,28, motocicleta 1,52. No que se refere às motocicletas, pode-se dizer que é o modo de transporte mais perigoso. Em termos de risco de morte, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, nos países em desenvolvimento, viajar por motocicleta é entre 10 e 20 vezes mais perigoso que viajar por automóvel, tanto por quilômetro percorrido, como por horas viajadas. Acidentes envolvendo motos sempre têm conseqüências trágicas para os motociclistas, devido à fragilidade dos veículos de duas rodas. As principais causas de acidentes envolvendo motocicletas são:
• • • • •
grande agilidade com que trafegam esses veículos; A A imperícia dos condutores; mais da metade de todos os acidentes com motocicletas envolvem motociclistas inexperientes; A imprudência ao realizar manobras: “costurar”, passar muito próximo dos demais veículos, trafegar em velocidade incompatível, ou trafegar pela direita, etc; A capacidade de frenagem das motocicletas, em geral, é menor que a dos automóveis; Muitas em mau estado de conservação;
Maiores fatores de risco:
Os maiores fatores de risco, segundo publicações do IPEA e DENATRAN, são:
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desrespeito ou desatenção por parte dos demais motoristas de automóveis, ônibus, lotações, táxis, etc.; comportamento apressado e despreparo dos próprios motociclistas; pressão por pontualidade nas entregas; condição inadequada da infraestrutura viária; longa jornada de trabalho; presença de chuva; trafegar à noite;
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A maioria dos motociclistas afirmam que o tráfego em vias congestionadas e cruzamentos, são as situações de trânsito mais arriscadas. Destaca-se a referência ao primeiro, pois demonstra que os próprios motociclistas reconhecem que trafegar por entre os corredores formados pelas filas de veículos congestionados não é uma prática segura.
• • •
Analise a seguinte questão: como não “pegar” AIDS? Como não ser arrastado por uma correnteza? Como evitar um raio? É melhor prevenir que...
Lamentar! Acidentes: como prevenir?
Para termos idéia da magnitude das reais consequências diante de um acidente, reflita sobre a seguinte frase: “Se você acha caro prevenir, experimente um acidente.”
Ora, se um profissional, se um condutor achar caro prevenir substituindo um pneu “careca”, se não dá importância ao excesso de carga que leva, se não faz as revisões do seu veículo, ou o conduz em más condições, se não obedece as Leis e as Autoridades de Trânsito, qual será o custo deste erro? O pneu careca, a carga, a falta de revisões, as más condições do veículo, a desobediência as Leis e as Autoridades podem levar a um acidente! Pense na seguinte situação: uma pessoa pisou numa casca de banana e quebrou um braço, a pergunta que deve ser feita é por quê? Com as respostas, podemos chegar à causa imediata e à causa básica. Um exemplo: quando uma mãe pede para seu filho colocar uma roupa mais quente, no inverno, quando ele sai para exercer sua atividade de mototaxi ou motofre-
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te, a preocupação revela-se no carinho e amor, mas também uma preocupação: se ele “pegar” uma gripe, ficará doente, afastado do serviço, necessitará de remédios; daí surgiu à frase “É melhor prevenir que remediar!”. Porém, quando a mãe, seus demais entes queridos, seus colegas de trabalho e convívio social e mesmo pessoas desconhecidas presenciam um acidente ou observam os resultados de um acidente - no corpo do condutor – a frase deixa de ser ”é melhor prevenir que remediar!” A frase é outra, de extrema importância para o condutor, para o profissional de mototaxi e motofrete: “É melhor prevenir que...
L-A-M-E-N-T-A-R Lamentar... ... uma motocicleta, um patrimônio destruído; ... mais uma pessoa engrossando as filas de desempregados; ... uma carga importante, vital, que se perdeu ou não será entregue no prazo ideal; ... um dedo, um braço, uma perna destroçados; ...mais uma vida perdida no trânsito, infelizmente; ...mais um cidadão que poderia fazer diferença em nossa sociedade, mas ceifado de sua vida em função de um acidente;
O método que se segue se aplica a qualquer atividade do dia-a-dia que envolva risco de vida. Desta forma, pode ser aplicado à pilotagem de uma motocicleta ou de um avião.
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Análise de Segurança da Tarefa:
Sempre que for conduzir seu veículo, procure se preparar mentalmente para a tarefa com alguma antecedência. Faça uma AST – Análise de Segurança da Tarefa para si mesmo, respondendo as seguintes perguntas:
• • • • • •
Em que estado se encontra o meu veículo? Como me sinto física e mentalmente? Estou em condições de pilotar? Estou cansado ou descansado, calmo ou emocionalmente perturbado? Estou tomando algum medicamento que poderá afetar a minha habilidade de pilotar? Poderá ocorrer alguma condição adversa?
Considere bem as respostas a essas auto-indagações e só então dê partida em seu veículo, depois de colocar o capacete. Se sentir que não está bem em relação a qualquer dessas respostas, tome a decisão de não colocar o veículo em movimento até resolver o problema. Acidente é um fato indesejado, imprevisto, instantâneo, provocando ou não perda material, lesão corporal ou perturbação funcional, de caráter temporário ou permanente. Essa lesão pode provocar a morte, perda ou redução da capacidade para o trabalho. Numa abordagem didática: Acidente evitável = se o condutor tivesse agido corretamente, ele não teria acon-
tecido Acidente supostamente inevitável = o condutor fez de tudo ao seu alcance, mas mesmo assim aconteceu. Numa abordagem defensiva, todos os acidentes são ou deveriam ser evitáveis. Então, como sempre afirmamos, é melhor prevenir que... L–A–M–E–N–T–A–R E as condições adversas?
Condição adversa é tudo o que atrapalha o motociclista, prejudicando-o na pilotagem segura da sua motocicleta.
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Condições climáticas
Fenômenos climáticos podem interferir na segurança do trânsito, alterar as condições da via, diminuindo a capacidade visual do condutor, modificando padrões de condução e comportamento dos veículos, como a aderência dos pneus e a estabilidade. Exemplos: chuva, granizo, neblina ou cerração,
aquaplanagem (efeito), fumaça, vento, frio, calor excessivo.
A chuva é um elemento natural e deve ser enfrentada. As rodas são as únicas coisas que unem todo o conjunto ao piso. Mas a chuva reduz a visibilidade, diminui a aderência dos pneus ao solo (principalmente em curvas), aumenta consideravelmente o espaço percorrido em frenagens e dificulta manobras de emergência. O início da chuva torna a pista ainda mais escorregadia, devido à mistura de água com pó e outros resíduos (uma espécie de emulsão, misturando água com restos de óleos e graxas). Para dirigir nesta condição deve-se redobrar a atenção, reduzir a velocidade (qualquer manobra brusca pode fazer perder o equilíbrio), aumentar a distância dos demais veículos, redobrar o cuidado em curvas e frenagens, manter a viseira ou óculos de proteção limpos e desengordurados (usar antiembaçante ou, em emergências, a própria saliva na parte interna), usar roupa apropriada (capa, macacão), evitar passar sobre poças ou lugares com acúmulo de água. E não se esqueça: andar sobre o “rastro” do veículo que vai a sua frente! Além disto, a menos que esteja bem protegido, o piloto sentirá os pingos de chuva como agulhadas na pele. Pense positivo e seja pró-ativo, adaptando-se à nova realidade, tomando então os mesmos cuidados básicos: reduzir a velocidade, redobrar a atenção e não pilotar tenso (é pior que pilotar mais relaxado)!
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As linhas brancas que podem provocar o deslize, mesmo quando for apenas apoiar o pé no chão. A chuva também esconde tampas, grelhas, peças pintadas, cimento. Aquaplanagem ou hidroplanagem (“planar” em cima da água):
As motocicletas não sofrem tanto quanto os automóveis. Durante ou após as chuvas, a água acumulada sobre a pista pode provocar situações especiais de perigo: trata-se da AQUAPLANAGEM ou HIDROPLANAGEM, fenômeno no qual os pneus não conseguem remover a lâmina de água. A roda gira, mas os sulcos dos pneus (insuficientes ou “carecas”) não conseguem remover o excesso de água na pista, combinado com uma velocidade maior e incompatível e, literalmente, perdem o contato com a pista, ficando por cima da lâmina d’água. Isto leva à perda do controle e a queda é inevitável! O que fazer?
Veja sempre o “rastro” do pneu de sua motocicleta na pista. Se não acontecer é porque sua moto está aquaplanando (“boiando sobre um véu de água”), diminua a velocidade suavemente até as marcas voltarem. Segurar firmemente o guidon, sem virá-Io, desacelerar o veículo e diminuir a velocidade, mas não frear bruscamente e estabelecer um padrão seguro de velocidade para a situação. Troque os pneus quando atingir a profundidade marcada pelo fabricante! Não deixe para depois; é melhor prevenir que lamentar. Granizo: O maior risco são os ferimentos ao condutor; neste caso parar somente em locais seguros e cobertos, para evitar acidentes, principalmente com os demais veículos.
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Neblina: Exige cuidado e experiência! Redobre a atenção, reduza a velocidade a um ritmo constante, sem acelerações ou reduções bruscas. Fumaça: não está relacionada a uma situação climática, porém provoca falta de
visibilidade semelhante à causada pela neblina. Mas, por não sabermos o que existe dentro da fumaça e nem sua extensão, devemos evitar trafegar sob fumaça, que pode causar ao motociclista problema de respiração, irritação nos olhos, sufocação! Uma vez dentro da cortina de fumaça o melhor mesmo é sair do outro lado! Vento: ventos muito fortes, ao atingirem sua motocicleta em movimento, podem
deslocá-la ocasionando a perda de estabilidade e o descontrole, causando colisões com outros veículos. Há trechos de rodovias onde são frequentes os ventos fortes. Acostume-se a observar o movimento da vegetação nas margens da via. É uma boa orientação para identificar a força do vento. Em alguns casos, estes trechos encontram-se sinalizados. Notando movimentos fortes da vegetação ou vendo a sinalização correspondente, reduza a velocidade para não ser surpreendido e para manter a estabilidade. Os ventos também podem ser gerados pelo deslocamento de ar de outros veículos maiores em velocidade, no mesmo sentido ou no sentido contrário de tráfego ou até mesmo na saída de túneis. A velocidade deverá ser reduzida, adequando-se a marcha do motor para diminuir a probabilidade de desestabilização da moto. E mais um detalhe: cuidado após ultrapassar ônibus e caminhões! No momento da ultrapassagem você está protegido do vento lateral, mas após esta manobra, você receberá toda a força lateral, todo o impacto que existir, sem a proteção anterior. Frio: Os pneus têm uma aderência menor quando estão frios, o que pode ser eliminado com uma velocidade mais alta nos primeiros minutos (mas com segurança).
Colocar-se atrás de um caminhão ou ônibus pode ser até confortável, protegido do frio, mas não se esqueça: não fique muito perto, pois perderá a referência da fluidez do tráfego e, se algo acontecer, não poderá agir a tempo. Fibras sintéticas modernas são tão aperfeiçoadas que não deixam passar o frio, mas ao mesmo tempo permitem uma transpiração normal. O vento também aumenta a sensação térmica! É preciso ter em mente que o melhor método para nos proteger do frio é usar o sistema de “camadas”, que nada mais é que colocar várias camadas de roupa fina ao invés de um único agasalho grosso. Cuidado com a hipotermia.
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Ultrapassagem
Cada vez que você for ultrapassar, deve-se ter a certeza que não vai envolver-se em qualquer tipo de confusão! Turbulência: veículos grandes provocam turbulências quando vem em sentido contrário, jogando a motocicleta para o lado. Além disto, existe outro ponto a considerar quando estiver atrás de caminhões e ônibus: o ar que passa por cima e desce, criando uma região de vácuo, mas o ar que passa por baixo sobe e, quando ambos se encontram, criam uma grande área de instabilidade, que pode desequilibrar a motocicleta, causando uma violenta queda. Colisões com veículos que vêm em sentido contrário: são gravíssimas, causadas prin-
cipalmente por ultrapassagens mal feitas, falta de perícia para fazer curvas, falta de habilidade para sair de situações críticas, reações inadequadas frente a condições adversas, conversões mal realizadas, principalmente à esquerda. Colisões em ultrapassagens. A ultrapassagem é uma questão de direito: para ultrapas-
sar, você vai ter que “invadir” o direito do outro condutor, que está usando a pista em sentido contrário ao seu. Para “invadir” este direito, não o faça na dúvida! Porém, se durante a ultrapassagem vier outro veículo em sentido contrário, tente abortar a ultrapassagem, retomando a posição inicial. Se não for possível, deslocar-se para a direita aproximando-se ao máximo do veículo que está sendo ultrapassado. Jamais trafegar no acostamento contrário. Onde há sinalização proibindo a ultrapassagem, não ultrapasse. A sinalização é a representação da Lei e foi implantada por pessoal técnico que já calculou que naquele trecho não é possível a ultrapassagem, porque há risco de acidente.
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Nos trechos onde houver sinalização permitindo a ultrapassagem, ou onde não houver qualquer tipo de sinalização, só ultrapasse se a faixa do sentido contrário de fluxo estiver livre e, mesmo assim, só tome a decisão considerando a potência do seu veículo e a velocidade do veículo que vai à frente. Nas subidas só ultrapasse quando já estiver disponível a terceira faixa, destinada a veículos lentos. Não existindo esta faixa, siga as mesmas orientações anteriores, mas considere que a potência exigida do seu veículo vai ser maior que na pista plana. Para ultrapassar, acione a seta para esquerda, mude de faixa a uma distância segura do veículo à sua frente e só retorne a faixa normal de tráfego quando puder enxergar o veículo ultrapassado pelo retrovisor. Nos declives, as velocidades de todos os veículos são muito maiores. Para ultrapassar, tome cuidado adicional com a velocidade necessária para a ultrapassagem. Lembre-se que você não pode exceder a velocidade máxima permitida naquele trecho da via. Outros veículos podem querer ultrapassá-lo. Não dificulte a ultrapassagem, mantendo a velocidade do seu veículo ou até mesmo reduzindo-a ligeiramente. Ao perceber antecipadamente estas ocorrências na pista, reduza a velocidade, usando os freios. Mas, evite acioná-los durante a passagem pelos buracos, depressões e lombadas, porque isso vai aumentar o desequilíbrio de todo o conjunto. Derrapagem: quando o veículo estiver sobre poças de água, não é recomendável a utilização dos freios. Segure a direção com força para manter o controle de seu veículo e com aceleração constante. O estado de conservação dos pneus e a profundidade de seus sulcos são igualmente importantes para evitar a perda de aderência.
Um ponto onde podem ocorrer derrapagens inesperadas são os locais de obras e postos de abastecimento. Para pilotar uma moto com segurança em superfícies com pouca aderência deve-se:
• • • • • • •
Reduzir a velocidade antes dos pontos de baixa aderência, principalmente em curvas; Ao frear, utilizar ambos os freios, acionando o dianteiro com mais intensidade; Tomar muito cuidado com o freio traseiro que, em pistas escorregadias, provoca derrapagens; Ser muito cuidadoso para não derrapar ao acelerar, frear, trocar marchas ou fazer curvas; Para reduzir a velocidade é melhor parar de acelerar, sem frear; Ter cuidado ao passar de um tipo de piso para outro, como por exemplo, do asfalto limpo para o acostamento com areia; Trafegar sobre os rastros dos pneus dos outros veículos, onde há menos água;
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Evitar areia, folhas e sujeiras soltas nas laterais da pista; No perímetro urbano (principalmente) cuidado com superfícies escorregadias, tais como as faixas de pedestres e a sinalização horizontal (pinturas lisas), chapas de ferro; Como última opção use o pé de apoio para evitar derrapar em baixa velocidade.
Ande sempre atendo a possíveis manchas de óleo na pista, quando estiver se aproximando ou se distanciando de postos de abastecimento, já que é comum caminhões e carretas derramarem involuntariamente este produto após abastecimento. No início da chuva, fique atendo à condição de sujeira e óleo na pista, que aumenta possibilidade de deslize, havendo, portanto necessidade de redução drástica de velocidade, para “assentar” a moto na pista. Antes do início da chuva, pare e “lave” a viseira do capacete de preferência com sabonete neutro ou “detergente”, evitando a presença da “gordura” deixada por insetos. Variações de luminosidade
As condições de iluminação são muito importantes na direção defensiva. A intensidade da luz natural ou artificial, em dado momento, pode afetar a capacidade do condutor de ver ou de ser visto. Pode haver luz demais, provocando ofuscamento, ou de menos, causando penumbra (e a noite!). A luz é um fator de segurança, pois é essencial para vermos e sermos vistos, seja com iluminação natural ou artificial. Ofuscamento: é uma cegueira momentânea causada pelo excesso de luz nos olhos. A vista humana pode levar até 7 segundos para se recuperar de um ofuscamento.
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O ofuscamento pode ser ocasionado por:
Incidência direta de raios solares: essa incidência de luz solar ocorre geralmente no início da manhã e no final da tarde, quando o sol está muito próximo do horizonte. A incidência frontal de raios solares poderá ser evitada. Proteja seus olhos da incidência direta da luz solar; para isso você poderá usar óculos escuros ou uma viseira de capacete especial que filtre a luminosidade; Reflexos de luz solar: é a reflexão de luz solar
em vidros, janelas ou espelhos de outros veículos; Luz alta em sentido contrário: provoca uma
cegueira momentânea e pode ser agravada por outras condições adversas, como chuva e neblina; L uz alta no retrovisor. Penumbra ou lusco-fusco: é a situação de
pouca luminosidade, que ocorre ao anoitecer, ao amanhecer, no interior de túneis, viadutos e em tempestades. É considerada uma situação perigosa, pois contornos e cores ficam pouco definidos, o que torna mais difícil reconhecer objetos, avaliar corretamente distâncias e, principalmente, ver e ser visto. Procedimentos para dirigir ou pilotar na penumbra: manter a luz baixa ligada, reduzir a velocidade, redobrar a atenção! Noite: é a ausência total de luz solar. Nesse
período, a visibilidade depende, completamente, da luz emitida pelos faróis dos veículos e da iluminação artificial das vias. Lembre-se que, a 40 metros de distância, uma motocicleta pode sumir do campo visual do motorista. Por isso, muitas vezes você está fora do foco dos motoristas.
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O farol da moto aceso ajuda a torná-lo mais visível. Roupas e capacete de cores claras também ajudam. Com a visibilidade limitada ao alcance dos faróis, à potência das lâmpadas e à largura do facho, são necessários alguns cuidados para se conduzir com segurança:
• • • • •
Manter as luzes do veículo em perfeito funcionamento; Manter os faróis regulados e limpos; Observar que a velocidade segura será inferior àquela praticada durante o dia; Aumentar a distância de segurança; Se possível, evitar trafegar à noite ou de madrugada.
Em viagem, se houver um veículo à frente, não ultrapassá-lo, mas segui-lo a uma distância segura, aproveitando a iluminação adicional proporcionada por ele. Os desvios e oscilações do veículo da frente indicam, com boa antecedência, obstáculos, buracos ou pista irregular. Para evitar o ofuscamento por luz alta, vinda de veículos trafegando em sentido contrário, o condutor deverá diminuir a velocidade, solicitar luz baixa, acendendo e apagando a luz alta, não olhar diretamente para os faróis e, se a luz alta persistir, manter luz baixa e orientar-se pela margem direita da via. Lembre-se da visão periférica! Você sabe como executar o teste prático para conhecê-la? Deve-se ter cuidado para não ofuscar os demais condutores, pois esta é uma causa freqüente de acidentes. Cruzamentos, curvas, cabeceiras de pontes, viadutos e elevados: Colisões em cruzamentos.
Em cruzamentos, bem como em entradas e saídas de veículos, acontecem muitos acidentes.
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Nesses casos, o condutor deve:
Obedecer à sinalização e na dúvida, parar.
• • • • • • • •
espeitar a preferência de quem transita por via de maior prioridade, R ou de quem já esteja transitando nas rotatórias; Se não houver sinalização, a preferência é de quem se aproxima pela direita; Aproximar-se do cruzamento com cuidado, mesmo tendo a preferência; Redobrar a atenção; Cruzamentos com via férrea exigem parada obrigatória. Colisões com trens são gravíssimas e muito mais frequentes do que se pode supor; Cuidado com os procedimentos de convergência, principalmente à esquerda; Dar a preferência para pedestres e veículos não motorizados; Não ultrapassar nos cruzamentos ou nas suas proximidades;
Rotatórias
Convergencia
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Observe as figuras à seguir:
Cuidado em curvas 1
Cuidado em curvas 2
Cuidado em curvas 4
Cuidado em curvas 5
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Cuidado em curvas 3
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Colisões em curvas
Acidentes em curvas são muito frequentes, devido principalmente curvas mal projetadas ou mal construídas, que apresentam inclinação de pista e “jogam o veículo para fora”. Começam abertas e se acentuam no final. Somando-se a outros fatores, tais como falta de visibilidade, velocidade incompatível com a acentuação da curva, curva com pista irregular ou escorregadia e falta de sinalização apropriada. O que fazer?
Ao fazer uma curva, a força centrífuga tende a jogar o veículo para fora. O motociclista deve compensar essa força com a inclinação do próprio corpo. Curvas em condições normais de pista e velocidade: corpo na mesma inclinação da moto. Curvas de pequeno raio ou com mudanças rápidas de direção: corpo menos inclinado que a moto. Curvas rápidas ou com pavimento escorregadio: corpo mais inclinado que a moto. Qualquer que seja a inclinação do corpo do motociclista, a cabeça sempre deve permanecer na posição vertical. Uma curva perfeita se faz assim: antes do início da curva diminua a velocidade para a compatível com a manobra. Durante a curva acelere gradativamente, isso fará a motocicleta “assentar” na pista. Nas curvas o motociclista deve inclinar a moto para manter o equilíbrio e a trajetória. Quanto maior a velocidade e/ou menor raio da curva, maior será a inclinação.
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Posturas especiais Evitando colisões com elementos fixos:
São graves os acidentes em que motocicletas batem em elementos fixos, como cabeceiras de pontes, veículos ou equipamentos estacionados, entradas de viadutos, postes, árvores, muretas de proteção, barrancos, muros aterros, cortes em rochas, rios, grotas, despenhadeiros, “quinas” dos outros veículos e muitos outros. As causas mais comuns podem ser:
• • • • • • • •
Perda de controle da motocicleta por defeito na pista ou desnível acentuado do acostamento; Perda de controle da motocicleta por deficiência na suspensão, pneus estourados, descalibrados ou em mau estado; Falta de visibilidade devido à chuva, cerração, neblina, fumaça ou iluminação deficiente; Desvio da direção correta por distração, sono, etc; Erros provocados por efeitos de bebidas alcoólicas, drogas ou outros medicamentos; Tentativa de desviar de outro veículo, pedestre, animal, etc; Erros ao fazer curvas; Falta de atenção ou desobediência à sinalização, principalmente de obras na pista ou desvios.
Para evitar esse tipo de acidente, deve-se:
• • •
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anter a suspensão e o sistema de M direção sempre revisada; Verificar se os pneus estão dentro da vida útil e corretamente calibrados; Investigar e corrigir qualquer insta bilidade, como desequilíbrio anormal nas curvas, dificuldade para trafegar em linha reta ou guidon “puxando”;
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• •
ão insistir em dirigir quando estiver N apresentando sinais de cansaço ou de indisposição; Redobrar a atenção e reduzir a velocidade sob condições adversas;
Condições da via (ondulações, buracos, etc.) Evite surpresas! Mais uma vez a velocidade
é a chave. Se sentir que a via não está em condições ideais, reduza a velocidade. Lembre-se: a sinalização traz os limites máximos de velocidade, o que não significa que você não possa ir mais devagar. As principais condições adversas das vias são:
• • • • • • • • • •
sinalização inadequada ou deficiente pavimentação inexistente ou defeituosa aclives ou declives muito acentuados pistas ou faixas de rolamento com largura inferior à ideal curvas mal projetadas ou mal construídas lombadas, ondulações e desníveis, chapas de metal tampando buracos “temporários” falta de ciclovia, falta de calçada para pedestres, inexistência de acostamento, má conservação buracos, falhas e irregularidades pista escorregadia ou drenagem deficiente, permitindo acúmulo de água vegetação muito próxima da pista.
Todo condutor deve utilizar as vias de forma segura, reconhecendo seus perigos e deficiências e ajustando-se às suas condições.
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Algumas recomendações:
er o cuidado com pedras e buracos, que podem danificar pneus e aros, além de T desequilibrar as motocicletas. e for inevitável passar por cima de um obstáculo com a motocicleta, deve-se reduS zir a velocidade, aproximar-se do obstáculo em ângulo de 90 graus, manter a motocicleta em linha reta e apoiar-se nas pedaleiras, erguendo-se um pouco do assento, amortecendo o choque com as pernas e braços semi-flexionados, pois caso contrário, sua coluna vertebral receberá todo o impacto! Depois, é conveniente conferir o estado dos aros e pneus. A posição mais segura para motocicletas passarem por trilhos e sonorizadores é (reto) transversalmente a eles, em ângulo de 90 graus. Passar em diagonal (atravessado) ou em ângulos menores poderá deslocar a roda dianteira da trajetória, provocando ziguezague e queda. Se a aproximação e o posicionamento estiverem corretos, a moto irá vibrar e balançar, sem apresentar perigo. As motocicletas comportam-se muito melhor em superfícies que proporcionam boa aderência. Algumas condições que podem deixar uma pista perigosa e com pouca aderência são pavimento molhado, particularmente logo após começar a chover; lama e gelo, faixas pintadas na pista; placas de aço, especialmente quando molhadas. Para se lembrar em relação ao estado das vias...
Vias de concreto: sobre o concreto, os pneus têm o atrito ideal. Porém, o cuidado com os pontos de junção das placas de concretagem em estradas antigas. Podem estar desgastadas e apresentar perigo. Pavimentação Asfáltica: quando a chuva vem a pista logo fica coberta por uma capa de água que deixa tudo muito mais perigoso. Com o cair da noite a coisa vai piorando, à medida que a visibilidade em relação a obstáculos naturais da pista vai se reduzindo. Cuidado.
Condições das vias
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Chapas de ferro, grelhas, registros: todo motociclista conhece aquelas pranchas de metal comuns, em trechos de pista sob
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reparos, de pontos de ventilação. Se estiverem molhadas viram um verdadeiro rinque de patinação. Previna-se. Identifique com a máxima antecedência a presença dessas chapas e reduza bem a velocidade. Vias mal sinalizadas: redobrar a atenção, para não ser surpreendido e não ser envolvido em acidentes! Em descidas muito fortes ou longas como rampas, ladeiras íngremes ou descidas de serras, utilizar o freio motor. Lembre-se: conduzir o veículo de maneira incompatível com as condições da via caracteriza imprudência e irresponsabilidade do condutor. Derramamentos (óleo, areia, brita, etc.): As obras: não pense que, ao conhecer o local de uma obra no seu itinerário e sua sinalização, não quer dizer que amanhã a sinalização estará no mesmo local; além disto, não circule muito próximo aos cones, mas se for inevitável, redobre a atenção (eles podem se soltar e bater contra você); ontem o local poderia estar limpo, mas hoje pode estar sujo com areia, terra, lama.
Obras
Postos de abastecimento: são áreas “cheias
de surpresas”, com vários rastros e manchas de combustível na entrada ou saída, oriundos de vazamentos dos veículos, mangueiras de abastecimento dos tanques subterrâneos, que demoram um certo tempo para evaporar e secar.
Postos de abastecimento
A atenção deve ser mantida nas manobras em curvas nas saídas destes pontos. Cuidado também nos locais próximos à bomba de abastecimento. Outras condições que podem deixar uma pista perigosa e com pouca aderência, nas estradas pavimentadas, são manchas de óleo na pista e acúmulos de pedregulho, brita ou areia.
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Em caso de derrapagem, o motociclista deve segurar firme o guidon, não acelerar nem frear, não utilizar a embreagem, não inclinar a moto e virar levemente o guidon no sentido da derrapagem para que a aderência se restabeleça. Pedras soltas e cascalho: pistas recém-cobertas com cascalho, ou que por falta de chuva não permitem que as pedras da superfície se misturem à terra, representam um problema para o motociclista. O equilíbrio e o controle da motocicleta se tornam bem mais difíceis. Uma boa dica aqui é não acelerar ou frear além da conta, e nem entrar muito fechado nas curvas. Outra boa medida é manter-se ligeiramente fora do banco, apoiado nas pedaleiras. Em estradas de cascalho, isso lhe dará um pouco mais de equilíbrio. Tráfego: as condições adversas mais comuns são a lentidão ou congestionamento, horários e locais de maior movimento, áreas de aglomeração ou grande circulação de pedestres, presença de ciclistas e outros veículos não motorizados, comportamento imprudente ou agressivo dos demais condutores.
Tráfego
O motociclista precisa estar avaliando constantemente a presença de outros usuários da via e a interação entre eles no trânsito, adaptando seu comportamento para evitar conflitos. Os períodos de pico geralmente oferecem os maiores problemas para os motociclistas. No início da manhã e no fim da tarde e durante os intervalos tradicionais para almoço, o trânsito tende a ficar mais congestionado. Todo mundo está indo para o trabalho ou voltando para casa. Em períodos como Carnaval, Natal, férias escolares e feriados o congestionamento também é maior.
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Nos centros urbanos, os pontos de concentração de pedestres e carros estacionados também são problemáticos. Preste bastante atenção ao se aproximar de pontos de ônibus ou estações de metro. Tem sempre gente com pressa, correndo para não perder a condução. Na correria, acabam atravessando a rua sem olhar. Os veículos de grande porte e as motocicletas
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, os veículos de maior porte são responsáveis pela segurança dos veículos de menor porte, os veículos motorizados são responsáveis pela segurança dos não motorizados e todos juntos são responsáveis pela segurança do pedestre. No dia a dia do trânsito, porém, a realidade não é bem assim. Existe uma espécie de competição: condutores de veículos de menor porte têm a vantagem da agilidade, enquanto condutores de ônibus e caminhões se impõem pelo tamanho dos veículos. Em acidentes envolvendo motos e outros veículos, geralmente o motociclista é o maior prejudicado devido à fragilidade da moto e do condutor geralmente sofrer o impacto diretamente na cabeça ou sobre o corpo; Ao trafegar à frente de veículos de grande porte, não ficar muito próximo, pois a capacidade de frenagem deles é reduzida. Para evitar uma colisão lateral, certificar-se de que o motorista do caminhão notou a sua presença, com leves toques na buzina ou sinais de luz, principalmente à noite. Permanecer ao lado de um veículo de carga, pelo lado de fora de uma curva, é muito perigoso. Em caso de deslocamento da carga ou dificuldades em fazer a curva, fatalmente o veículo que estiver do lado de fora da curva será atingido.
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Ultrapassar, mantendo certa distância lateral, para evitar o efeito do deslocamento de ar e da turbulência causados pelo movimento do veículo de grande porte que está sendo ultrapassado. Redobrar esses cuidados quando os veículos de grande porte estiverem trafegando em sentido contrário. Ao ser ultrapassado por veículos de grande porte, reduzir a velocidade e facilitar a manobra. Atenção para os deveres do motociclista e alguns cuidados básicos:
• •
Cuidados
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anter uma distância segura; M Nem todos os motoristas sabem dos pontos cegos e não dão importância para este fato. Fazem conversões à esquerda e à direita sem a devida atenção; Utilizar os equipamentos de segurança: capacete, viseira, luvas, botas e roupa adequada; Manter a motocicleta em perfeito estado; Reservar um espaço de segurança a sua volta, equivalente ao de um automóvel; Ter cuidado com motoristas distraí dos; Ser previsível, sinalizando sua presença e certificando-se de que está sendo notado; Usar o farol baixo ligado, mesmo de dia;
Evitando colisões com animais
Todos os anos, muitos condutores são vitimados em acidentes causados por animais. Esteja atento, portanto, ao trafegar por regiões rurais, de fazendas ou em campo aberto, principalmente à noite. A qualquer momento, e de onde menos se espera, pode surgir um animal.
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E chocar-se contra um animal, mesmo um animal de pequeno porte como um cachorro, geralmente tem conseqüências graves. Ainda mais de veículo de duas rodas. Tome cuidado também ao passar por entre postes ou mourões. Vá devagar e certifique-se de que não há arame farpado esticado entre as hastes. A conseqüência de se chocar contra um fio teso de arame são catastróficas. Ao perceber a presença de animais, reduza a velocidade e siga devagar até que tenha ultrapassado o ponto em que se encontra. Isso evitará que o animal se sobressalte e, na tentativa de fugir, venha de encontro ao seu veículo. Para os motociclistas a colisão com animais de grande porte geralmente é fatal. Os procedimentos de segurança são os seguintes:
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iminuir a velocidade assim que avistar o animal; D Evitar buzinar, para não assustá-lo; Ficar atento ao passar por locais abertos; Nunca tentar chutar o animal, para não se desequilibrar da motocicleta.
1.3.6. Importância do uso dos equipamentos de segurança do motociclista, do passageiro e da motocicleta Os equipamentos obrigatórios têm uma grande importância na redução de lesões decorrentes de acidentes de trânsito para o motociclistas. São parte integrante da relação risco x perigo! Eles não impedem o acidente, mas diminuem seus efeitos! Analise:
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Quais os efeitos no rosto, mão, braço ou perna de um motociclista ao ser arrastado pelo asfalto? Quais os efeitos na cabeça numa queda com ou sem capacete? Quais os efeitos de um inseto batendo na viseira do capacete ou diretamente nos olhos? Ou de um animal de pequeno porte atingindo diretamente os pés? Ou de uma linha de cerol no pescoço?
Equipamentos de segurança do condutor (motociclista)
Sem um equipamento de proteção qualquer arranhão pode tornar-se uma lesão!
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O capacete: reduz em 70 a 80% o risco de morte! Prefira os capacetes do tipo fechado e de cores claras e adesivos refletivos, com o selo do INMETRO, devendo ser substituído após forte impacto, revestimento interno solto, correias desfiadas e sinais de rachaduras. Imagine o impacto de um pequeno besouro diretamente no seu olho, sem nenhuma proteção! Prefira os capacetes que sejam mais adequados a sua visão periférica. Roupas: deve proteger completamente braços e pernas, sem folgas (não agitar com o vento), resistentes à abrasão, sem inflar nem rasgar; as de couro são ideais. Mesmo no verão, com o vento, as calças e jaquetas não aquecem muito e você fará opção pela sua segurança! Os coletes, os detalhes ou adesivos refletivos ajudam os outros motoristas a “enxergarem” o motociclista. Luvas: de couro! Maior aderência, proteção
contra frio, impacto e abrasão em uma queda ou projeção de pedras de outros veículos. Botas: devem proteger os tornozelos (risco de torção), com sola duro e resistente; evite cordões: existe o risco de soltarem-se e enroscar na moto; use de preferência botas hidrofugadas (água não entra) e palmilha antibacteriana (proteção para os pés).
1.4 Segurança e saúde Segundo a OMS – Organização Mundial de
Saúde, o termo saúde refere-se a um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas ausência de doença. O motociclista profissional, durante sua jornada de trabalho, deve sentir-se bem fisicamente, estar em condições mentais para executar todas as tarefas (sem in-
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gestão de bebidas alcoólicas, medicamentos e substâncias psicoativas; além disto, sua convivência social deve ser aceitável, quer seja em sua vida particular (família e amigos), quer seja na sua vida profissional (chefes, supervisores, agentes de trânsito e colegas de trabalho). Porém há uma grande diferença entre estar doente, sentir-se doente e poder ficar doente. Você pode estar com uma gripe ou lesão e sente até os sintomas (espirros, febre, dores localizadas), mas, por não poder muitas vezes ausentar-se do trabalho para tratamento, muitos motociclistas arriscam-se e pilotam suas motocicletas mesmo doentes, arriscando-se e aos outros! Os equipamentos de segurança previstos na legislação servem para atuar justamente no profissional, prevendo que outros fatores podem contribuir para a ocorrência de um acidente. Eles não impedem a ocorrência, mas amenizam os efeitos de uma queda ou impactos. Eles são usados justamente para a exposição direta a fatores agressivos, com ou sem controle. Eventualmente cada um de nós pode sentir-se doente, com problemas pessoais, com certo grau de irritabilidade, com dores específicas, sintomas de doenças; mas estas situações, se freqüentes, devem ser alvo de preocupação e análise mais profunda, inclusive diagnóstico médico (encontrar eventualmente situações estressantes e permanecer estressado constantemente são diferentes, pois “a diferença entre o remédio e o veneno é a dose - Paracelsus)”. E neste contexto podemos diferenciar exposição de contaminação: o primeiro significa colocar em perigo, enquanto que o segundo significa contagiar, provocar infecção. A contaminação é o resultado de uma exposição prolongada ou não, que poderá levar a uma doença e seus efeitos são: Imediato/agudo: a reação se manifesta no mesmo instante, com altas concentrações e por pouco tempo (choque do ombro ou do pulso durante uma queda);
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Mediato/crônico: a doença surge depois de 20, 30 anos; efeito tardio, com exposição contínua e prolongada a pequenas doses (tensões no ombro diárias e movimentos repetitivos constantes podem levar a lesões específicas nos ombros e pulsos, considerados doenças do trabalho pelo Ministério da Saúde e Ministério da Previdência Social). Considerando a Classificação Internacional de Doenças (CID-10) e a Legislação Previdenciária, podemos observar algumas (entre outras) doenças relacionadas ao trabalho, por CNAE – Classificação Nacional de Atividade Econômica: CNAE 4923-0/01 do “motoboy” (serviço de transporte de passageiros): tuberculose, neurose profissional, distúrbio do ciclo vigília-sono, distúrbios visuais subjetivos, hipertensão arterial, parada cardíaca, arritmias cardíacas, artroses, artroses, dorsalgia, cervicalgia, ciática. CNAE 5320-2/01 do “motoboy” (serviços de coleta, distribuição e entrega de cor-
respondência e volumes): sinovites e tenossinovites, dedo em gatilho, transtornos dos tecidos moles relacionados com o uso excessivo e a pressão de origem ocupacional, bursite, lesões no ombro. Daí a importância das vacinas contra gripe, tétano e febre amarela (entre outras), dos exames médicos (admissionais e periódicos), a ginástica (seja eventual, alongamento ou laboral) e os períodos de descanso, aliados a uma adequada alimentação. Identificar as fontes de tensão e procurar aconselhamento médico é uma excelente opção para detectar precocemente uma lesão ou doença.
1.4.1. Cuidados com o corpo (alimentação, sono e alongamento corporal): O Ministério do Trabalho e Emprego, através da CBO – Classificação Brasileira de Ocupações demonstra que os “motoboys” exercem suas atividades em veículo, a céu aberto, no período diurno e noturno. Estão sujeitos a intempéries, a gases de combustão de veículos, posições desconfortáveis por longos períodos e estresse constante, principalmente quando enfrentam o trânsito das grandes cidades. Alimentação: Boa parte dos nutricionistas recomendam: diminuir gradualmente a ingestão de alimentos e bebidas com cafeína ou outros estimulantes; evitar o consumo excessivo de álcool; evitar a ingestão de alimentos açucarados à noite. Jantar cedo e sem optar por refeições “pesadas”; aprender a beber um copo de leite antes de deitar; e reequilibrar a sua ingestão em vitaminas do complexo B e em magnésio. Ingira legumes e fruta que são importantes fontes destes antioxidantes. Por outro
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lado, evite o consumo excessivo de sal e produtos salgados, uma vez que torna as vias respiratórias mais susceptíveis a se contraírem, dificultando a respiração. E se é fumante, deve deixar de fumar! A insistência em não ter uma alimentação balanceada pode trazer alterações do peso corporal e do percentual de gordura, colaborando com o desenvolvimento da obesidade e outras doenças crônicas. É preciso gerar mudanças em seus estilos de vida para evitar futuros problemas de saúde. Acompanhe o seu índice de massa corporal, onde o peso e a altura foram utilizados para obter o Indicie de Massa Corporal (IMC) utilizando a fórmula IMC = peso (Kg/altura²(m)). O IMC foi classificado de acordo com Organização Mundial de Saúde. Sono: A causa mais comum de sonolência excessiva diurna é a privação crônica de sono. A quantidade necessária de sono tem variações individuais e parece ser determinada geneticamente. A duração média de sono para os adultos saudáveis gira em torno de 7,5 a 8 horas, podendo haver variações entre quatro e dez horas.
O sono suficiente, entretanto, pode ser melhor avaliado em termos de o indivíduo acordar descansado e restaurado do que em termos de horas absolutas de sono. Aqueles que necessitam de dez horas de sono e dormem apenas oito horas poderão apresentar privação do sono e hiper-sonolência. A privação de sono tem efeito cumulativo, de modo que a pessoa não diminui sua necessidade de sono, nem se acostuma com sua privação. Motociclistas com sonolência excessiva, têm como características evidentes cochilos diurnos,
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que se prolongam por uma hora ou mais, ou episódios inadvertidos de sono. Estes são percebidos pelo profissional como não reparadores e, geralmente, não melhoram o estado de vigília. Acometem o motociclista de forma gradativa ao longo de um determinado período de tempo e ocorrem em situações de baixa estimulação e baixa atividade, como durante palestras, leitura, assistência à televisão ou pilotagem por longas distâncias. Pode levar a uma redução da eficiência de desempenho, do poder de concentração e da memória durante suas atividades diurnas. Quando persistente, a sonolência diurna pode provocar comportamentos automatizados, com pouca ou nenhuma recordação subseqüente das atividades desenvolvidas. No caso dos motociclistas, pode acontecer de não se darem conta de que dirigiram automaticamente. A apnéia do sono grave e prolongada pode causar cefaléias (“dores de cabeça”), hiper-sonolência diurna (sonolência excessiva durante o dia), baixa concentração e perda de memória e, finalmente, insuficiência cardíaca e pulmonar. Devido à sonolência e à falta de concentração, as pessoas com apnéia do sono obstrutiva têm, por exemplo, um risco aumentado para acidentes rodoviários comparativamente a uma pessoa saudável. Alongamento corporal: Para iniciar uma jornada de trabalho sugere-se a ginástica
laboral preparatória, que consiste de uma série de exercícios que irão preparar seu corpo para as tensões localizadas e diárias na condução de sua motocicleta. À tarde ou no meio da jornada, sugere-se a ginástica laboral compensatória. Estes exercícios têm como base o alongamento específico no pescoço, pulso, ombro, braços, cintura, tronco, coluna, pernas, joelhos, tornozelos. Neste momento, o instrutor irá demonstrar e acompanhar um exemplo de ginástica laboral, específica para os motociclistas profissionais.
1.4.2. Condições emocionais (estresse, preocupação e fadiga) O Ministério do Trabalho e Emprego, através da CBO – Classificação Brasileira de Ocupações demonstra que os “motoboys” trabalham em veículo, a céu aberto, no período diurno e noturno. Estão sujeitos a intempéries, a gases de combustão de veículos, posições desconfortáveis por longos períodos e estresse constante, principalmente quando enfrentam o trânsito das grandes cidades.
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Fadiga: pilotar uma motocicleta cansa mais que um automóvel (tensões acumuladas, posturas, vento, frio). A fadiga é o cansaço permanente, que leva ao estresse e esgotamento.
Cuidado ao sentir a cabeça pesar, ao não parar de bocejar, perder a visão, pensamentos sem nexo, desvio da trajetória, cochilar em “qualquer canto”, falha de memória, sentir “os ombros pesando sobre os ombros” são os principais sinais! Cuidado com a madrugada, as primeiras horas e logo após as refeições. O excesso de jornada – e sem pausas
é um fator complicador! Estados psicológicos alterados e fatores comportamentais de risco, como por exemplo: pressa, distração, agressividade, espírito competitivo, etc; Estresse: o indivíduo estressado apresenta reações inadequadas diante de situ-
ações de perigo ou tensão;
Evite preocupações, preconceitos (livrando-se de idéias pré-concebidas), presunção (assumindo a sua condição humana), a pressa (exercitando a paciência) e a preguiça (que gera culpa).
1.4.3. Postura corporal sobre duas rodas (cabeça, mãos, joelhos, pés): Adote uma posição adequada, que lhe permita alcançar sem esforço todos os pedais e comandos do guidon. Não se coloque nem muito próximo nem muito distante do guidon e nem demasiadamente inclinado para frente ou para trás.
1.4.4. Consequências de pilotar após ingestão de bebidas alcoólicas, medicamentos e substâncias psicoativas: São fatores ligados diretamente ao motociclista profissional!
•
Deficiência visual, motora ou auditiva (um motivo a mais para dirigir defensivamente): uso de acessórios obrigatórios ou condução de triciclos.
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Uso de álcool, drogas ou medicamentos que alteram a percepção: nem pensar! Com o álcool, a pessoa se torna presa de uma euforia que, na verdade, é reflexo da anestesia dos centros cerebrais controladores do comportamento. Diminuem a coordenação motora, a visão, o raciocínio, as reações, e espírito crítico, julgamentos, concentração. Provocam excesso de velocidade, manobras arriscadas, perda de noção (de distâncias, ponto de vista, equilíbrio, da situação que se encontra). Cuidado com efeitos colaterais dos remédios (sono, tonturas, nervosismo)! Se vai pilotar, não beba, Se bebeu, não pilote. Droga é droga! Não combina com nada!
Não faça aos outros o que não gostaria que fizesse a você! Não faça da sua motocicleta uma arma:
A vítima pode ser você! Como se sentiria se um ente querido fosse atropelado por alguém alcoolizado?
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2. Módulo II Específico
2.1. Transporte de cargas (“motofretista”) 2.1.1. Legislação A Lei 12.009, de 29 de julho de 2009 regulamenta o exercício das atividades dos profissionais em transporte de passageiros, “mototaxista”, em entrega de mercadorias e em serviço comunitário de rua, e “motoboy”, com o uso de motocicleta. Durante o curso você receberá, para uso interno, uma coletânea de legislações específicas. Este material servirá de base também para o teste de conhecimentos a ser aplicado durante o curso, na forma de exercícios de fixação da disciplina.
2.1.2. Procedimentos para o transporte de cargas 2.1.2.1. Verificação e manutenção permanentes do veículo para a pilotagem segura no transporte de cargas Antes de usar a motocicleta é importante fazer uma vistoria, pois é melhor prevenir que lamentar! Os itens a serem vistoriados são parte integrante do manual do proprietário, o qual recomendamos a leitura, interpretação e o fiel cumprimento das recomendações nele encontradas. O estado de fixação do baú e da grelha devem ser alvo de minuciosa inspeção.
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2.1.2.1.1. Suspensão, freio, embreagem, acelerador, nível de combustível, óleo de freio e motor, bateria, sistema de transmissão, pneus, sistema elétrico A seguir uma lista de recomendações para motociclistas profissionais: Suspensão: conduzir com aros ou raios dani-
ficados compromete a segurança do piloto; ao realizar um serviço de manutenção na roda dianteira, apóie a motocicleta firmemente com um macaco ou com um outro suporte colocado sob o motor. Fatores que podem evidenciar defeitos na suspensão dianteira: direção pesada, direção
puxando para um lado ou desalinhada, suspensão dura, ruídos na suspensão dianteira, oscilação da roda dianteira, movimento pesado da roda, suspensão macia demais. Fatores que podem evidenciar defeitos na suspensão traseira: suspensão muito macia
(baixa), suspensão dura. Freio: nunca utilize ar comprimido ou escova seca para limpar os conjuntos do freio; se possível use máscara de proteção e lave cuidadosamente as mãos ao término do serviço. Fatores que podem evidenciar defeitos no freio hidráulico a disco: alavanca ou pedal do
freio sem resistência, alavanca ou pedal do freio duro, atrito excessivo entre o disco e a pastilha ou puxam para um lado, freios arrastam. Fatores que podem evidenciar defeitos no freio mecânico a tambor: freio com funciona-
mento deficiente, a alavanca do freio dura ou demora para retornar, trepidação do freio.
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Embreagem: pressão excessiva na alavanca da embreagem, a embreagem não
desacopla ou a motocicleta arrasta-se com a embreagem desacoplada, a embreagem patina. Acelerador: cuidado: a reutilização do cabo do acelerador danificado, com torção
anormal ou dobrado pode interferir no curso normal de funcionamento do cabo e pode provocar a perda de controle do acelerador durante a rodagem. Verifique se há deterioração ou danos no cabo do acelerador. Certifique-se de que a manopla do acelerador retorna automaticamente para a posição completamente fechada em todas as posições de manobra. Lubrifique o cabo do acelerador se a manopla não retornar corretamente. Sempre verificar a folga da manopla do acelerador. Nível de combustível: verifique o tubo de combustível quanto a vazamentos, presi-
lhas soltas, tubos deteriorados. Apertar excessivamente o copo de combustível pode danificar ou deformar o anel de vedação causando o vazamento de combustível. Atenção especial deve ser dada à torneira da reserva do tanque: verifique se está na posição correta para não correr o risco de ficar sem combustível.
Óleo de freio e motor: fatores que podem evidenciar defeitos relacionados ao sis-
tema de lubrificação: nível do óleo baixo, contaminação do óleo com aparência clara, pressão do óleo baixa ou sem pressão (motor 4 tempos). Excesso de fumaça e/ou carvão na vela de ignição e pistão superaquecido ou preso (motor 2 tempos). Não “rosqueie” o medidor de óleo durante a inspeção do nível de óleo. Apóie a motocicleta na posição vertical em local plano para inspecionar o nível de óleo e completar até o nível correto. Verifique periodicamente o nível do óleo. Evite derramar o fluido de freio nas peças de plástico ou de borracha, pois elas podem ser danificadas. A entrada de contaminantes no reservatório pode obstruir o sistema, causando a redução ou perda completa de capacidade de frenagem. Um vazamento no sistema de reio pode reduzir a eficiência de frenagem e a possibilidade de perda de capacidade de frenagem. Bateria: a bateria produz gases explosivos: mantenha afastada de faíscas, chamas, cigarros acesos e forte calor. Providencie uma boa ventilação ao efetuar a carga e serviço na bateria em local fechado. A bateria contém ácido sulfúrico (eletrólito). O contato do eletrólito com a pele ou com os olhos pode causar queimaduras graves; use roupas de proteção e proteção para a face. Se o eletrólito atingir a pele e os olhos, lave abundantemente com água, por pelo menos 15 minutos e procure assistência médica imediatamente.
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Mantenha o eletrólito longe do alcance das crianças. O problema mais comum na bateria é a sua sobrecarga. Pneus: conduzir a motocicleta com a pressão do pneu incorreta pode afetar a di-
rigibilidade e resultar em perda de pressão repentina e causar também o desgaste anormal do pneu. Verifique se há cortes ou danos na banda de rodagem e nos flancos do pneu e substitua-a, se for necessário. Verifique se há pregos, pedaços de metal ou pedras, encravados nos pneus. A profundidade dos sulcos pode ser observada diretamente ou por uso de medidor de profundidade. Se a profundidade dos sulcos for abaixo do limite de uso, o pneu deve ser substituído. Sistema elétrico: fatores que podem evidenciar defeitos na parte elétrica. O motor
de partida gira lentamente, motor de partida funciona, mas o motor não gira. O interruptor magnético de partida é acionado, porém o motor não gira. O motor de partida não funciona. Se o fusível queima, procure saber a causa para repará-lo, substituindo então o fusível por outro com a mesma capacidade. Ao separar conectores, puxe sempre os conectores e nunca o fio. Separe sempre os conectores com a chave de ignição na posição OFF. Substitua os fios danificados por novos. Certifique-se que as fiações não estão em contato com as partes quentes após a instalação. Proteja as fiações com pelo menos duas camadas de fita isolante, evitando instalar em extremidades cortantes, cantos vivos ou pontas de parafusos; não dobre nem torça as fiações.
2.1.2.1.2 Condições e fixação do baú ou da grelha, do dispositivo retro-refletivo e demais dispositivos e requisitos de segurança A Resolução 210, de 11 de janeiro de 2007, estabelece requisitos de segurança para transporte remunerado de cargas por motocicleta e motoneta. Alguns destaques: Art. 2° - Na motocicleta e motoneta poderão ser incorporados ou instalados dispositivos para transporte de cargas, obedecido aos limites e condições estabelecidos pelos fabricantes ou importadores dos veículos. Parágrafo único - Será admitida a instalação de dispositivos de fixação permanente ou removíveis, devendo, em qualquer hipótese, ser alterado o registro do veículo para a espécie carga. Art. 3º - Os dispositivos de transporte de cargas em motocicleta e motoneta poderão ser do tipo fechado (baú) ou aberto (grelha), desde que atendidas as dimensões
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máximas fixadas nesta Resolução e obedecidas as especificações do fabricante do veículo no tocante à instalação e ao peso máximo admissível. §1º - Os pontos de fixação para instalação do equipamento, bem como a capacidade máxima admissível de carga, por modelo de veículo, serão comunicados ao DENATRAN, pelos fabricantes, na ocasião da obtenção do Certificado de Adequação à Legislação de Trânsito (CAT), para os novos modelos, e mediante complementação de informações do registro marca/modelo/versão, para a frota em circulação; §2º - As informações do parágrafo primeiro serão disponibilizadas no manual
do proprietário e/ou boletim técnico distribuído nas revendas dos veículos e nos sítios dos fabricantes, em texto de fácil compreensão e sempre que possível auxiliado por ilustrações; §3º - As informações do parágrafo primeiro serão disponibilizadas no prazo de 60 (sessenta) dias da publicação desta resolução para os veículos lançados no mercado nos últimos 5 (cinco) anos, e em 180 (cento e oitenta) dias passarão a constar do manual do proprietário, para os veículos novos nacionais ou importados. Art. 4º - O equipamento do tipo fechado (baú) deve atender aos seguintes limites máximos externos, de largura, altura e comprimento: I- largura 60 (sessenta) cm; IIcomprimento: não poderá exceder a extremidade traseira do veículo. III- altura: não poderá exceder a 70 (setenta) cm de sua base central, medida a partir do assento do veículo; Art. 5º - o equipamento tipo aberto (grelha) deve atender aos seguintes limites máximos externos de largura e comprimento: I- largura 60 (sessenta) cm;II- comprimento: não poderá exceder a extremidade traseira do veículo; III- altura: a carga acomodada no dispositivo não poderá exceder a 40 (quarenta) cm de sua base central, medida a partir do assento do veículo. §1º - No caso do equipamento tipo aberto (grelha), as dimensões da carga a
ser transportada não pode extrapolar a largura e comprimento da grelha.
§2º - Nos casos de montagem combinada dos dois tipos de equipamento, tipo fechado montado sobre grelha, a caixa fechada (baú) não pode exceder as dimensões de largura e comprimento da grelha, admitida a altura do conjunto em até 70 cm da base do assento do veículo.
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Art. 6º - Será admitida a utilização de alforjes, bolsas ou caixas laterais, obedecidos
os seguintes limites máximos:
I- largura: não poderá exceder as dimensões máximas dos veículos, medida entre a extremidade do guidon ou alavancas de freio à embreagem, a que for maior, conforme especificação do fabricante do veículo; II- comprimento: não poderá exceder a extremidade traseira do veículo; III- altura: não superior à altura do assento em seu limite superior. Art. 7º - A posição do dispositivo e a forma de fixação do objeto a ser transportado,
não podem interferir na utilização, na montagem ou no funcionamento de nenhum equipamento original do veículo, assegurando-se o seguinte: I- quando o dispositivo ocupar parcialmente o assento do veículo, não será
permitido o transporte de passageiro; II- o condutor deverá permanecer visível aos condutores dos demais veículos
em circulação na via; III- os dispositivos de iluminação e sinalização, assim como a placa de identificação do veículo, deverão manter condições de visibilidade de acordo com o previsto no Código de Trânsito Brasileiro e legislação vigente; IV- os dispositivos de iluminação e sinalização do veículo devem manter-se inalterados em sua forma, posição de instalação e especificação original. Art. 8º - O equipamento do tipo fechado (baú) deve conter faixas retro-refletivas
conforme especificação no Anexo I desta Resolução, de maneira a favorecer a visualização do veículo durante sua utilização diurna e noturna.
Art. 9° - O condutor da motocicleta e motoneta utilizada para transporte remunerado de carga deverá utilizar capacete que atenda as exigências da Resolução 203/2006 e conter faixas conforme especificação no Anexo II desta Resolução. Art. 10 - O condutor da motocicleta e motoneta utilizada para transporte remunerado de cargas deverá utilizar colete para favorecer a visualização durante sua utilização diurna e noturna conforme especificação no Anexo III desta Resolução. ANEXO I - DISPOSITIVOS RETROREFLETIVOS DE SEGURANÇA PARA BAÚ DE MOTOCICLETAS 1 – Localização
O baú deve contribuir para a sinalização do usuário de dia como a noite, em todas as direções, através de elementos retro-refletivos, aplicados na parte externa do casco,
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ANEXO II - DISPOSITIVOS RETRO-REFLETIVOS DE SEGURANÇA PARA CAPACETES 1 – Localização
O capacete deve contribuir para a sinalização do usuário de dia como a noite, em todas as direções, através de elementos s, aplicados na parte externa do casco, conforme diagramação: a) Dimensões: o elemento retro-refletivo no capacete deve ter uma área total
de, pelo menos, 0,014 m², assegurando a sinalização em cada uma das laterais e na traseira. ANEXO III - DISPOSITIVOS RETRO-REFLETIVOS DE SEGURANÇA PARA COLETE 1 – Localização
O colete é de uso obrigatório e deve contribuir para a sinalização do usuário de dia como a noite, em todas as direções, através de elementos retro-refletivos e fluorescentes. a) Dimensões: O elemento retro-refletivo no colete deve ter uma área total
mínima de, pelo menos 0,13 m², assegurando a completa sinalização do corpo do condutor, sendo fluorescente para assegurar a identificação diurna e noturna do motociclista. O formato e as dimensões mínimas do dispositivo de segurança refletivo deverão seguir o seguinte padrão: sendo que a parte amarela representa o refletivo enquanto a parte branca representa o tecido de sustentação do colete.
2.1.2.1.3. Transporte de diferentes tipos de carga (avaliação de peso e tamanho) No transporte de cargas em geral, a carga transportada poderá transformar-se em uma condição adversa, comprometendo a segurança. As causas mais comuns de acidentes provocados pela carga são: o compartimento de carga (em mau estado ou mal fixado à motocicleta), carga muito volumosa (ou muito pesada) para a moto e carga mal colocada (ou mal distribuída), que pode causar vibrações e oscilações. Encostar-se na late-
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ral de um veículo e desequilibrar-se em função da carga, mal embalada ou acondicionada inadequadamente. Falha na imobilização e amarração dos volumes dentro do compartimento de cargas, desconhecimento do tipo de carga e das suas características (cuidado com cargas perigosas e incompatíveis). O peso, o volume e a posição da carga alteram significativamente o comportamento da motocicleta nas acelerações, frenagens e curvas. Recomenda-se certificar que o compartimento de carga está bem instalado. Quanto mais alta for colocada a carga, maior o desequilíbrio que irá causar à moto. Distribuir bem a carga, colocando na parte mais baixa do baú a carga mais pesada, é uma boa opção! O comportamento da motocicleta muda devido ao aumento de peso. O piloto precisa alterar as técnicas de pilotagem, considerando que: A motocicleta terá acelerações mais lentas e será necessário mais espaço para se intercalar no fluxo do trânsito; Frenagens e paradas deverão ser feitas com maior antecedência, pois o espaço percorrido até a moto parar completamente será maior; Todas as curvas serão mais difíceis de fazer; Deverá ser aumentada a distância de segurança para o veículo da frente.
Não se arrisque!
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2.1.3. Logística - Organização e planejamento temporal de tarefas: utilização da planta da cidade para elaboração de rotas otimizadas e alternativas; identificação de pontos críticos de fluidez e de segurança: A confiabilidade da entrega emergiu como o principal elemento para o atendimento ao cliente, e para sabermos se eles confiam e ainda desejam o serviço de determinado profissional de “motofrete” ou “mototaxi” a medição é feita perguntando-se: “Quantos clientes eu tinha há 12 meses atrás e quantos ainda tenho?” No mercado competitivo que vivemos, o tempo de vender está se tornando cada vez menor. Dessa forma, a redução do tempo de produzir torna-se cada vez mais prioritário. Uma das definições de Logística refere-se ao processo de planejar, implementar e controlar os fluxos eficientes de materiais e informações, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender as necessidades dos clientes. E sob o ponto de vista do cliente, existe apenas um prazo: o tempo decorrido desde a entrega do pedido até a entrega do produto. Certamente esta é uma variável competitiva, à medida que um número cada vez maior de mercados estão se tornando mais competitivos em relação ao tempo. Considere então como componentes deste ciclo de pedido dos clientes: o cliente faz o pedido, que é processado, executado e expedido e transportado por você, motociclista profissional! Então você é parte integrante e fundamental da logística, pois irá levar para o cliente o que ele pediu no prazo que ele quer, nas condições que deseja e no lugar requerido!
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Atendendo bem ao cliente e suas expectativas, você contribuiu para a sua empresa, sua equipe, seu trabalho! A missão do de um supervisor de logística é planejar e dar apoio a soluções para problemas relacionados ao transporte efetuado por motociclistas profissionais (coleta e entrega dos produtos, otimização de carregamento, apoio ao transporte de clientes); ele então gerencia pedidos, transportes e a distribuição, incluindo o itinerário e rotas. Independentemente de qual venha a ser a nova idéia de transporte do futuro, ao motociclista profissional terá sempre reservado um lugar de destaque, pois é essencial em pequenas e médias distâncias, sem se falar no seu papel vital nas redes capilares de distribuição de varejo. Dentre os modais de transporte (ou modos de transporte) encontramos: rodoviário, ferroviário, fluvial/lacustre (rios), marítimo, aéreo e duto viário (dutos que transportam óleo, por exemplo).
2.2.Transporte de pessoas (mototaxista) 2.2.1. Legislação A Lei 12.009, de 29 de julho de 2009 regulamenta o exercício das atividades dos profissionais em transporte de passageiros, mototaxista, em entrega de mercadorias e em serviço comunitário de rua, e motoboy, com o uso de motocicleta. Durante o curso você receberá, para uso interno, uma coletânea de Legislações Específicas. Este material servirá de base também para o teste de conhecimentos a ser aplicado durante o curso, na forma de exercícios de fixação da disciplina.
2.2.2. Procedimento para o transporte de pessoas 2.2.2.1. Verificação e manutenção permanentes do veículo para a pilotagem segura no transporte de pessoas Usar como parâmetro as mesmas recomendações sobre o transporte de cargas, excetuando-se as relativas ao baú e grelha.
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2.2.2.2. Cuidados para o transporte de pessoas: postura corporal e posição dos pés e mãos Postura na pilotagem
Postura correta é essencial ao bom desempenho do motociclista. Tanto uma motocicleta grande como uma pequena, em relação ao seu porte físico, favorece a uma postura incorreta, ocasionando tensionamento dos músculos e acionamento inadequado dos comandos de pé e mão. Para pilotar com uma postura correta, a cabeça deve estar levemente levantada, pois pilotar com a cabeça abaixada diminui a visibilidade. O condutor deve sempre estar com a sua visão o mais adiante possível, para aumentar a capacidade de reação. Manter a coluna ereta evita a fadiga e problemas posteriores com a coluna vertebral. Mantenha a cabeça sobre os ombros, não permita que a sua cabeça fique posicionada para frente. É importante também se lembrar dos ombros. Se estes ficam relaxados, você não terá problemas ao pilotar. Caso fiquem tensos, encolhidos, automaticamente suas mãos também ficarão e você não conseguirá pilotar bem e de forma correta. Braços relaxados funcionarão como molas, ajustando a distância do tronco ao guidon. Se os ombros não estiverem sendo forçados e os braços não estiverem dobrados demais, sua posição estará certa. As mãos devem segurar no centro das manoplas, deixando cerca de um centímetro de cada lado. Isso fará com que o acionamento dos comandos seja mais suave. Os cotovelos devem ficar ligeiramente dobrados para dentro, funcionando como uma mola. A posição dos quadris também é importante.
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Ao sentar na moto, procure ficar o mais próximo possível do tanque de combustível e mover o guidon para direita e para esquerda. Os joelhos não devem ser esquecidos. Eles devem pressionar levemente o tanque de combustível. Com isso será mais fácil movimentar a parte superior do corpo. Os pés devem estar paralelos ao chão, apontados para frente. Preferencialmente, a ponta do pé direito deve tocar a alavanca do freio dianteiro e a ponta do pé esquerdo, a alavanca do câmbio. No caso de pessoas em que a estatura elevada ou o tipo de motocicleta não permitam esse procedimento, recomendamos que se apóie as pontas dos pés nas “pedaleiras”, deixando-os mais próximos dos comandos e numa posição segura. Segurança no embarque e desembarque
É importante que a “garupa” ajuste as “pedaleiras” traseiras assim que subir no veículo, e mantenha-se o mais próximo possível do condutor, com as duas pernas fixas firmemente no banco Quando a motocicleta parar, o passageiro deve manter os pés nas “pedaleiras” traseiras até avisar o condutor de que já está pronto para saltar. O passageiro deve descer primeiro, sempre pelo lado esquerdo da moto para evitar eventuais queda. Uso, limpeza e higienização do capacete
O uso é obrigatório e bem definido na legislação. Porém o capacete do seu cliente pode “sofrer de um grande mal”: o uso do capacete por diferentes passageiros pode acarretar, devido à ausência de higienização, doenças do couro cabeludo e respiratórias!
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Para tanto se sugere a constante higienização da parte interna, que é removível, além do uso habitual de toucas descartáveis. Não use álcool na viseira, pois ao longo do tempo ele pode deixá-la opaca. Transporte do passageiro com/sem objetos
No caso de um passageiro inexperiente, é importante que o piloto reserve alguns minutos para destacar as peculiaridades da condução de uma motocicleta, o que poderá evitar possíveis reações bruscas durante a pilotagem. Sacolas penduradas nas mãos do passageiro contribuem para desestabilizar a motocicleta ou causar um acidente (ao chocar-se com veículos, pessoas e elementos fixos); objetos do passageiro colocados entre as costas do motociclista e a parte frontal do passageiro podem causar distrações (por pressão local ou risco do objeto cair ou até mesmo o risco do passageiro ficar apoiando-se apenas em uma das mãos). O importante é que nos momentos de aceleração e desaceleração das motocicletas, em subidas e em vias de más condições de conservação ou – pior – em caso de acidente e/ou frenagem brusca estes objetos não contribuam para acidentes e/ou lesões. Para manter a estabilidade do veículo durante a pilotagem, o passageiro tem de permanecer com seu ângulo de visão ao lado da cabeça do piloto, de forma que possa se antecipar às manobras e acompanhar os principais movimentos - inclusive as inclinações necessárias durante as curvas. Na frenagem da motocicleta, quando o corpo “do garupa” é projetado para frente, é necessário que ele pressione seu quadril de encontro ao piloto, para que este não sofra a transferência de peso para os braços e perca o equilíbrio. Cuidado com a falta de noção de muitos passageiros com relação ao fato de que dele também depende o equilíbrio da moto em certas manobras no trânsito. Dicas como a utilização de equipamentos e vestuário adequados e a adoção de uma postura correta na pilotagem não se aplicam somente ao piloto. O passageiro, ou “garupa”, também deve permanecer atento a uma série de detalhes fundamentais para a sua segurança e o bom desempenho do veículo. As primeiras medidas devem ser tomadas antes mesmo de a motocicleta entrar em movimento. Devido às características de cada modelo e suas diferentes reações ao peso extra “do garupa”, é preciso estar atento às recomendações sobre os limites constantes no Manual do proprietário.
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Também é importante que a motocicleta esteja com as revisões em dia, de forma a garantir a durabilidade de seus componentes e mais segurança aos usuários. O condutor e o passageiro devem usar os equipamentos de segurança. No caso de um passageiro inexperiente, é importante que o piloto reserve alguns minutos para destacar as peculiaridades da condução de uma motocicleta, o que poderá evitar possíveis reações bruscas durante a pilotagem. Informá-lo que as alças para a garupa garantem maior estabilidade, sem mudar o centro de gravidade no tráfego e garantem conforto e segurança.
2.2.2.3. Atendimento ao cliente – Qualidade na prestação dos serviços aos passageiros: Pilotagem confortável (controle da velocidade, frenagem, manobras suaves)
Durante as aulas de prática de pilotagem profissional perceba como o passageiro se sente desconfortável em determinadas velocidades (alguns necessitam do seu serviço, mas, não desejam a “emoção” de altas velocidades, muito menos desejam serem apertados contra você ou fazer esforço excessivo com braços e pernas para manter-se na motocicleta. Garanta velocidades compatíveis, frenagens adequadas e manobras suaves e, se possível, converse com o seu cliente sobre como ele quer ser conduzido, de que forma é mais adequada a ele. Pronto! Ganhou mais um cliente ou “manteve a freguesia”! Escolha de trajetos econômicos e seguros (conhecimento da planta da cidade)
A logística é uma das suas melhores ferramentas para a escolha do trajeto, aliada ao seu conhecimento da região urbana; porém, um fator
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que pode fazê-lo perder clientes é escolher um trajeto mais longo ou um trajeto curto, mas inseguro. Lembre-se: ele pode ser um usuário habitual e naquele momento você é a opção dele como motociclista profissional. Se “sair da linha” perde um ou mais clientes! Manutenção e limpeza do veículo
A manutenção e a vistoria freqüente garantem a confiabilidade da sua motocicleta: ela terá mais probabilidades de não falhar! Porém o que desagrada o cliente é o estado da sua motocicleta e – pior – o estado do capacete que você está apresentando para ele usar! Você usaria o capacete de outra pessoa encontrando completamente sujo, rasgado, sem presilhas de fixação?
Trajeto seguro
Prudência na transposição de obstáculos (lombadas, buracos, pavimentos irregulares, etc.)
Quando você pilota sozinho o seu corpo instintivamente já está condicionado a reagir em lombadas, buracos, irregularidades no asfalto. Mas o passageiro não! Em uma lombada transposta acima de certa velocidade existe o risco da perda de contato do passageiro e o assento da sua motocicleta e a pressão na coluna vertebral. Os buracos, além deste risco, existem o risco de um desvio repentino: você está preparado, mas o cliente não! Em pavimentações irregulares instintivamente você irá “mapear” o terreno para achar o melhor traçado, o que pode causar desconforto, excessivo uso dos membros superiores e inferiores do passageiro e possível desequilíbrio!
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Respeito, educação, atenção, simpatia, paciência, honestidade, responsabilidade, pontualidade
Ora, se você cultiva padrões éticos e a cidadania, você saberá a importância de tratar bem o seu passageiro, usando estas virtudes! São atitudes que devem realçar o seu trabalho, fazendo com que este passageiro queira ser transportado por você com mais freqüência ou pela empresa na qual trabalha. Mas lembre-se que você encontrará várias pessoas durante a sua jornada de trabalho e cada uma delas com características diferentes de personalidade e, neste instante, vale uma informação preciosa: cumprimente o passageiro antes de embarcar e fale seu nome! Seja paciente com suas necessidades e orientações; mostre ao seu cliente que ele estará seguro, pois você será responsável em deslocá-lo até o destino desejado, minimizando ou eliminando quaisquer riscos para ele. Acima de tudo, hora determinada é hora cumprida: não se atrase!
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3. Módulo III Prática de pilotagem profissional
3.1. Prática de pilotagem profissional (motofretista) 3.2. Prática de pilotagem profissional (mototaxista) As práticas obedecerão a seguinte metodologia:
• • • • • • • • •
pré-teste de atenção e percepção; colocação e uso correto dos equipamentos obrigatórios; higienização do capacete; inspeção inicial; posicionamento na motocicleta (com baú e passageiro); deslocamento entre obstáculos para a realização de curvas e frenagens; checklist de avaliação; correção de atitudes; teste final avaliatório de desempenho global;
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4. Módulo IV Noções de Primeiros Socorros:
Você poderá encontrar uma vítima de acidente de trânsito em 2 estados:
• •
consciente inconsciente
A vítima consciente pode estar gemendo, gritando, apertando o local atingido, mostrando onde é a dor, ou seja, respira, tem consciência e percepção de dor. A vítima inconsciente deve ser a primeira a ser atendida, pois não fala, normalmente não responde a qualquer estímulo e é necessário fazer uma avaliação rápida e eficiente do seu estado.
Atendendo uma vítima inconsciente: Seguir o A, B, C, D, E!
Deverá ser executado em no máximo 2 minutos! Mas antes, sempre pensar em sua segurança! Usar luvas (ou improvisar com plásticos nas mãos).
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Acionar os serviços de resgate e socorro, sinalizar o local, verificar se existem outros fatores que podem atingi-lo no momento em que decidir prestar os primeiros socorros (exemplo: outros veículos, descargas elétricas, possibilidade de incêndio, quedas). A – Abrir as vias aéreas, com proteção cervical; Com a mão corretamente colocada sobre a testa da vítima (proteção cervical), abrir as vias aéreas, para melhor passagem do ar;
B - Verificar a respiração (processo mnemônico VOS = ver, ouvir, sentir);
Colocando o ouvido na boca e olhando para o abdômen (homens) e tórax (mulheres) você ouvirá e sentirá a respiração (profunda, fraca, rápida) e verá a respiração (no homem o abdômen sobre e desce o mesmo acontecendo no tórax das mulheres);
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C - Verificar a circulação; Verificando o pulso carotídeo ou o radial (forte, fraco, rápido e fraco);
D – Verificar outros distúrbios e aplicar estímulo doloroso;
Levantar as vestes da vítima (camisa, camiseta) e procurar por deformações no tronco, membros superiores, bacia e membros inferiores (possíveis fraturas), sangramentos (hemorragias externas), abdômen tipo “tábua” (hemorragia interna); aplicar um leve estímulo doloroso no ombro ou um toque com o dedo na região entre os olhos (não deve haver resposta das pálpebras!); E – Proteger a vítima; Se possível colocar a vítima na posição lateral de segurança cobrir a vítima com um cobertor ou vestuários disponíveis, procurando aquecê-la;
Os exercícios práticos e as demonstrações do instrutor serão fundamentais para a você aplicar corretamente esta técnica.
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A avaliação secundária:
Consiste em uma avaliação mais detalhada do estado da vítima, já com a proteção cervical improvisada (papelão e tiras de pano, aba do boné) ou colar cervical disponível; começa na cabeça, procurando rouxidão atrás das orelhas ou ao redor dos olhos; verificando a dilatação das pupilas (isocóricas, anisocóricas); afundamento dos ossos da cabeça e da face, deslocamentos da traquéia, crepitação nos ossos dos membros superiores, tórax, bacia, e membros inferiores; integridade da coluna vertebral (rolamento da vítima). Em 4 minutos você terá uma noção geral do estado da vítima. Atendendo uma vítima consciente:
• • •
• • • •
Proteção cervical; Acalmar a vítima e dar-lhe o conforto e a segurança, demonstrando que você está ali para ajudá-la, para minimizar os efeitos dos traumas e evitar o agravamento da vítima, já com o pedido de socorro especializado providenciado; Verificar o estado de consciência (se sabe o nome, o que aconteceu) para tentar descobrir o nível de consciência (confusa, orientada), pedindo para mexer, por exemplo, a perna esquerda (se não mexer sinal de lesão na coluna vertebral, com risco à medula). Perguntar onde é o local que sente dor; Pedir para apertar com as mãos a sua mão, para verificar a força motora; Levantar as vestes e tentar descobrir sinais de hemorragias e outros traumas; Analisar a necessidade de transporte para outro local; Não se ausentar do local até a chegada de socorro;
O que fazer diante de determinados distúrbios?
As informações repassadas pelo instrutor (as práticas e as apresentações em PowerPoint contendo fotos e figuras) possibilitarão que você entenda os mecanismos dos traumas (sua origem, por exemplo). A vítima não respira e não tem circulação:
Aplicar as técnicas de RCP (Reanimação Cardiopulmonar), de costas e em superfície plana e dura, onde você possibilitará à vítima um determinando suprimento de ar, ao mesmo tempo em que, com a compressão toráxica, possibilitará o envio do oxigênio para todo o organismo (Oxigenação).
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O instrutor demonstrará a maneira correta de aplicar a técnica, que consiste em realizar a proteção:
Proteção cervical
Abrir e alinhar as vias aéreas
Comprimir as narinas (para o ar não sair)
Ventilar a vítima (colocando a boca sobre toda a boca da vítima ou usando de uma folha de papel, plástico, dedos em concha ou máscara descartável)
Realizar a compressão toráxica 2 dedos acima do osso externo
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Com afundamento não superior a 3 ou 5 centímetros, braços esticados usando-se apenas o peso do corpo, mãos sobrepostas e dedos entrelaçados
Mas lembre-se: são 2 ventilações iniciais e, se a vítima não reagir, aplicar mais duas ventilações e 30 compressões, durante 5 vezes; reavaliar, aplicar 2 ventilações, reavaliar, e continuar até a chegada do socorro especializado ou reestabelecimento da vítima. Com 2 atendentes, a exaustão diante da aplicação da técnica poderá ser minimizada com o rodízio de ambos. Desmaio:
Proteção cervical; verificar pulso e circulação; afrouxar as vestes da vítima; elevar as pernas em aproximadamente 40 centímetros. Hemorragias (interna e externa):
Usar as técnicas de compressão local, elevação do membro e/ou pressão em determinados pontos arteriais do corpo (cabeça, braço, poplítea).
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Observe as práticas a serem realizadas para controle de hemorragia na cabeça, nasal, boca, membros superiores e inferiores, tórax e abdômen, região pélvica todas as situações que serão demonstradas pelo instrutor aplicam as técnicas indicadas inicialmente. Os sinais de hemorragia são pulso fraco e rápido, extremidades arroxeadas e abdômen duro como tábua (hemorragia interna). Fraturas:
Normalmente classificadas em abertas (osso não perfura a pele), ou fechadas (osso perfura a pele e a possibilidade agravamento por infecção). O osso fraturado ou suas partes quebradas comportam-se como verdadeiras navalhas! Quanto mais movimentar o osso fraturado ou região onde se localiza a fratura, maior será o agravamento do estado da vítima.
A fratura na coluna vertebral pode fazer com que uma pessoa fique tetraplégica ou morra! Então imobilize a região cervical com um colar cervical próprio ou improvisado, tomando a medida da base do pescoço à base do maxilar.
A técnica é simples: imobilizar
exatamente como a vítima se encontra, utilizando-se materiais disponíveis para improvisação de talas e tipóias!
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Porém existe um tipo de fratura que ocorre muito nos acidentes envolvendo motociclistas: fratura
de fêmur! Somente nesta situação deve ser puxada a perna, alinhada e imobilizada sem soltá-la (ou seja, uma pessoa deverá tracionar, alinhar e ficar segurando), enquanto é providenciado um pedaço de tábua, por exemplo, para imobilizar com o auxílio de bandagens, panos, cintos de calças. Movimentação da vítima e a decisão ou necessidade de transportá-la em caso de emergência: Jamais tentar retirar o capacete!
Apenas justifica-se a movimentação de uma pessoa do ponto do acidente se as condições locais oferecerem risco grave e iminente à saúde (outros veículos que possam passar por cima do corpo da vítima, caída com a cabeça dentro de uma poça de água ou imersa de forma parcial, risco de explosão ou incêndio, vazamento de produtos perigosos); Observe as técnicas mostradas a seguir.
A prática das mesmas será realizada sob orientação do seu instrutor. Mas, na técnica “de arraste” da vítima, priorize a forma que mais protege a região cervical (técnica dos braços cruzados acima da cabeça, onde é feita pressão nas laterais da cabeça, minimizando os riscos de lesões). A maca (própria ou improvisada) é o melhor meio de transporte!
As técnicas de colocação, transporte e retirada serão demonstradas pelo instrutor, utilizando de 3 a 7 pessoas, sempre focando na proteção cervical.
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Utilize as técnicas de transporte mostradas a seguir, sempre se lembrando de primeiro providenciar a proteção cervical.
Objetos cravados:
Jamais retirar o objeto cravado (risco de agravamento por hemorragia); o instrutor demonstrará como imobilizar objetos cravados nos olhos e no abdômen, por exemplo. Queimaduras (o escapamento como fonte):
Num acidente de motocicleta, uma provável situação será o contato do corpo do motociclista (pernas, por exemplo) com as partes quentes da motocicleta.
As queimaduras classificam-se em 1º grau (vermelhidão), 2º grau (bolhas, dores e vermelhidão) e 3º grau (destruição dos tecidos).
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A técnica consiste em usar o poder da água em retirar calor nas hemorragias. Reflita: ao colocarmos a ponta de uma faca em brasa dentro de um copo plástico, o que acontece em seguida? Pode-se até ouvir o som da ponta da faca quando entra em contato com a água e, a seguir, a ponta da faca torna-se fria!
Devemos então usar água corrente até a vítima não se queixar de ardência ou dor, para não agravar a queimadura; caso não exista água corrente, usar panos úmidos ou soro fisiológico. Outros ferimentos específicos (olhos, tórax, abdômen):
Os ferimentos nos olhos, para o motociclista, podem ser evitados com o uso do capacete; qualquer impacto sem proteção gera uma severa lesão, além do conseqüente desequilíbrio e queda com a motocicleta. Levar a vítima imediatamente para um especialista, depois de usar atadura nos dois olhos, para evitar a movimentação de ambos e dano maior ao globo ocular. No tórax os ferimentos devem ser tapados para evitar que o ar entre, pressionando com pano limpo ou criando um curativo com plástico e a parte de baixo aberta; em ambos os casos o curativo deverá estar preso para não soltar ou causar dor ou desconforto à vítima. No abdômen, caso haja exposição de partes internas ou evisceração, jamais tentar recolocar! Deve-se apenas cobrir com pano limpo ou compressa, deixando-a firme no local.
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Referências bibliográficas Lei 9.503 – Código de Trânsito Brasileiro
em 15 de maio de 2010, através do site WWW.planalto.gov.br Mini Aurélio – 6ª edição – Curitiba, fevereiro 2004 Decreto 742, de 28 de julho de 2008 (que regulamenta a Lei 11.738/2006) DECRETO Nº 6.042 - DE 12 DE FEVEREIRO DE 2007 - DOU DE 12/2/2007 Lei Nº 12.009, de 29 de julho de 2009 http://www.mpas.gov.br/ - acessado em 13 de julho de 2010 Sítio Denatran - (Resoluções) www.denatran.gov.br Biblioteca Nacional – Registro 254363 – 18/03/2002 – 385 páginas (Prevenção de acidentes; direção defensiva; ergonomia; percepção; segurança no trabalho; noções de primeiros socorros; investigação e análise de acidentes de trabalho) Honda (Manual do proprietário CG 125 / 2010) Classificação Brasileira de Ocupações – CBO (em 15 de maio de 2010, através do site WWW.mtecbo.gov.br) http://www.honda.com.br/pilote-com-seguranca/dicas/Paginas/transporte-de-passageiro-na-motocicleta.aspx
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Anotações
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