A fada palavrinha 2 º a eb d carlos i

A Fada Palavrinha

- Avó, contas-me uma história? – pediu Maria à sua avó Lucinda.

A avó Lucinda era a mãe do seu pai. Vivia numa casa pequenina rodeada por uma buganvília cor-de-rosa. A casa da avó cheirava a alfazema e a cera. Maria adorava ir lá. Mas, o que mais gostava era das histórias da avó. A avó tinha um jeito especial para contar histórias, era assim como se ela nos levasse para dentro delas.

- Vou-te contar a história da Fada Palavrinha.

Era uma vez uma menina chamada Luísa. Quando nasceu foi fadada por quatro fadas. Uma deu-lhe o poder da palavra, outra deu-lhe o poder da imaginação, outra o poder da criatividade, e outra o poder da confiança.

- Avó, o que é a criatividade? – perguntou Maria que nunca tinha ouvido falar em tal palavra.

- Pois, a criatividade é ter muitas ideias, ideias muito diferentes, é ter uma imaginação fértil e é criar, ou seja, fazer.

- Ah! Já percebi, avó! – disse a neta.

- Luísa passava o tempo a sonhar de olhos abertos. Lá na escola a Professora dizia-lhe: “ Luísa desce à terra.

Estás sempre na lua!”. Mas aquilo era mais forte do que ela.

Dentro da cabeça dela havia animais falantes, princesas, príncipes, dragões, fadas, castelos, palácios, bruxas, fulanos, abecedários… Todos estas personagens se misturavam e formavam histórias mágicas. Todos estas personagens eram suas amigas.

O momento mais feliz na escola era quando a Professora mandava escrever uma história. Nessa altura podia partilhar as suas histórias com os seus amigos e levá-los para o seu mundo de imaginação.

Os amigos adoravam as suas histórias!

Apreciavam a brincadeira que fazia com as palavras e a sua poderosa imaginação. Ler as suas histórias fazia-os sonhar.

Luísa adorava escrever e escrevia, e escrevia e escrevia… ora prosas, ora poesias, porque também gostava de fazer poemas com rimas.

Foi crescendo, crescendo e continuou sempre a escrever. Passou por várias escolas até chegar à Universidade, onde tirou um curso que também era dedicado às palavras.

Foi Jornalista e muitas outras coisas, mas a sua atividade favorita continuou a ser a escrita de histórias.

Um dia alguém leu as suas histórias e, tal como os seus colegas de escola, achou-as tão divertidas, tão fantásticas que decidiu publicá-las.

As histórias tornaram-se livros que foram lidos por milhares de crianças espalhadas por muitos países.

- Estás a falar de alguém que existe? – perguntou muito curiosa a Maria.

- Sim, estou a falar de uma grande Escritora Portuguesa, que nasceu em Lisboa e tem agora setenta e cinco anos.

-Avó, é uma senhora muito sábia, não é?

- Sem dúvida, minha querida neta.

A Luísa Ducla Soares, é este o seu nome, é uma mulher muito sábia!

A avó sorriu e pensou como seria bom se um dia a Maria fosse uma grande escritora como a Luísa Ducla Soares.

Uma senhora que tanta alegria, amor e outras emoções faz viver a quem a lê.

Uma verdadeira Fada Palavrinha!

Os alunos do 2ºA da EBI/JI D. Carlos I e a sua Professora Dulce Ferreira dedicam esta história à Escritora Luísa Ducla Soares.

Com toda a nossa gratidão!

Alunos e Professora