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O LIVRO DAS NOIVAS'
14
"O Livro das Noivas" de Receitas e Conselhos Domésticos
S T E livro, inteiramente dedicado aos noivos, é, não só um memorial commodo, mas também um repositório de preciosas informações para a vida do lar. Conselhos hygienicos de mestres abalisados, receitas culinárias absolutamente comprovadas, litteratura leve, além de informações de grande utilidade e interesse, se reúnem n ' " 0 Livro das Noivas", criado especialmente para ser o agradável companheiro dos nubentes e, portanto, da Família. No gênero, é a única publicação entre nós, moldada, aliás, nos melhores similares extrangeiros. Lançando-o no mercado de livros, o editor acredita ter feito obra meritoria em beneficio da Família Brasileira.
" O L I V R O DAS N O I V A S " ,
de
ac-
côrdo com a Lei, acba-se devidamente
registrado,
sendo,
por isso, reservados todos os direitos de propriedade editorial O EDITOR
CASTORINO
São
Paulo,
Julho
P r i m e i r a
MENDES
de
1929.
E d i ç ã o
P"
;**3
ÍNDICE
GERAL
APRESENTAÇÃO D E S T E LIVRO
3
INSTRUCÇOES ESPECIAES
D I R E I T O S A U T O R A E S e registros
4
Para r e m o v e r o a z i n h a v r e . Para l i m p a r facas d e aço . . . . Limpeza dos utensílios de alumínio. L i m p e z a d o s o b j e c t o s de p r a t a
ÍNDICE.
5/8
TABELLA D E P E S O S E M E D I D A S P R E S E N T E S D E CASAMENTO
9
(Re-
gistro)
10
REGISTRO DE CASAMENTO. O D I A D O CASAMENTO DIGESTIBILIDADE
DOS
ALI-
MENTOS .
15/17
PAGINA DELICADA
18/24
ALIMENTAÇÃO A Cerveja . A Fructa
25 26
A S A Ú D E D E CADA I N D I V Í D U O D E P E N D E D E SI M E S M O .
27
EDUCAÇÃO O s o m n o n a s creangas q u e e s t u d a m A preoccupagão sexual n o e n s i n o . BONS ALVITRES CASADOS.
AOS
28 28
RECEM29
COMO DEVE SER POSTA A MESA A mesa de jantar. . . M a n e i r a de pôr a m e s a . " C o u v e r t " i n d i v i d u a l para j a n t a r . Decoragões d a m e s a M o d o s d e servir. O serviço Decoragões especiaes. . . Q u a n d o se a n n u n c i a r o j a n t a r . O r d e m pela q u a l se d e v e m s e n t a r e servir a s p e s s o a s á m e s a Etiquetas da mesa M a n e i r a correcta d e s e n t a r á m e s a . Uso do guardanapo . Garfo e faca U s o d a colher • • U s o da t i g e l l a para d e d o s *• Conter l e n t o e silencioso Accidentes á m e s a A l i m e n t o s q u e se c o m e m c o m o a u x i lio d o s d e d o s . . . . A repetição d e u m prato N o f i m d a refeição
30 30 31 31 32 32 34 34
CONSELHOS DOMÉSTICOS
41
34 35 35 35 36 36 37 37 38 38 39 40
OBSERVAÇÕES PARA A DONA D E CASA Cuidados Cuidados Limpeza Cuidados Cuidados
COMO LIMPAR D I V E R S A S SUBSTANCIAS
11 . 12/14
com o chão assoalhado. com os oleados de pinturas com as pias . . com as torneiras
42 43 43 43 43
44 45 45 45
Alabastro . Chromos . . • M a n c h a s d e ferro . . M a n c h a s d e vegetaeo n a s m ã o s . Vidros d a s j a n e l l a s Para l i m p a r p a p e l d a s p a r e d e s Zinco M a n c h a s n o aço . . Gorduras n a s sedas . . . . Nodoas d e gordura n o p a p e l d a s paredes . Esfregão para ó l e o . . Para l i m p a r artigos de e s t a n h o . Fazenda preta Nodoas de f e r r u g e m o u t i n t a n o p a p e l impermeável Ferrugem . Seda p r e t a . O emprego do ammoniaco e m casa. C o m o se l a v a m b e m o s v e s t i d o s d e l a n Para l i m p a r escovas d e cabello Vestidos d e sarja a z u l m a r i n h o . Para l i m p a r m á r m o r e s Para tirar n o d o a s d e ó l e o o u gordura dos tapetes . . . . O s vestidos d e l a n preta Limpeza das camurças Para r e m o v e r m a n c h a s D e café o u chocolate E s t e a r i n a d e cor Fructa . . . . Mancha de grama Gordura Tinta Q u e i m a d o d e ferro Mucosidades . • Óleo d e m a c h i n a Leite Suor . . . . Manchas de mofo. . . Manchas dos sapatos nas meias brancas . Chá d a í n d i a . Vaselina Ovo . . . Sorvete d e c r e m e Couro Para tirar m a n c h a s d e p i n t u r a I n g r e d i e n t e s d a salada COISAS Ú T E I S . SABEM ? Q U E Panados • Processo para evitar q u e a m a n t e i g a , o a z e i t e e a gordura f i q u e m r a n çosos • RECEITAS -
46 46 46 46 46 46 46 46 46 46 46 46 46 46 46 47 47 47 47 47 47 47 48 48 48 48 48 48 48 48 48 48 48 49 49 49 49 49 49 49 49 49 49 49 49 50 51 52 52
SANDWICHES
D e ovo e m a y o n n a i s e . Sandwiche Club.
53 53
s?
De q u e i j o ralado De q u e i j o s u i s s o De queijo e nozes. D e r o a s t - b e e f frio . De queijo e presunto . D e roast-beef q u e n t e De sardinha. De canella . . . F a t i a s francezas. A indiana. . De aspargos. D e peixe De camarão .
53 53 54 54 54 54 54 54 55 55 55 55 55
PAO, B I S C O U T O S E B O L O S A l g u n s c o n s e l h o s sobre a s m a s s a s de farinhas . P ã o de n o z e s . . . Biscoutos de creme . Pãesinhos pipocados Muffjns G e n u i n e Parker H o u s e Rolls M i s t u r a para frituras . B o l o s d e canella B o l o d e noiva . B o l o sol. . . . Bolo do diabo. F i l h o doce . Bolo de passas P ã o Irlandez Bolo de creme de caramelo . B o l o d e Lady B a l t i m o r e . B r o w n s t o n e Cake . Bolo de creme . Sonhos de Susy. . Bolo e m camadas . Bolo dos namorados Bolo de chocolate. Torta de mocha Caramelo . . . . Recheio d e c a r a m e l o M a n j a r diabólico Bolo do Natal. . . Bolo e n r o l l a d o Bolo d e fructas . . Creme d e c h o c o l a t e . Bolo d e t a m a r a Laços d e a m o r Bolo de mel . Bolo archanjo. Bolo esponja . . Bolo almofadinha . . . . Pasteis de creme de queijo . P ã e s i n h o s escocezes . Trevos . . . . Pão de passas. B o l o d e libra . B o l o d e figo . . . . . T o r t a c o m geléa e fructas.
56 57 57 57 58 58 58 58 59 59 59 60 60 60 60 61 61 61 62 62 62 63 63 63 64 64 64 64 65 65 65 66 66 66 67 67 67 68 68 68 69 69 69
RECHEIOS E GLACE'S R e c h e i o d e chocolate Recheio de caramelo Clace m o c h a Glace cozida . . Recheio de creme de maizena. Glace para b o l o branco M e r e n g u e s para e n f e i t a r t o r t a s bolos
70 70 70 71 71 71 e 71
PONTOS DO ASSUCAR De De De De De
pasta . . fio b r a n d o . fio. . voar . quebrar .
72 72 72 72 72
CALDAS PARA P U D D I N G S Espessa . . De caramelo De limão . . . De laranja . . . . Para o p u d d i n g d o N a t a l . Para tortas de amoras Calda d e m o r a n g o s . Molho de chocolate .
73 73 73 73 73 74 74 74
SOBREMESAS - DOCES PUDDINGS - BALAS Fudge. . . . . . Crystaes d i v i n a e s Pinoche C r e m e escocez. Puxa-puxa . . . . Caramelos simples Caramelo d e caco . M e l rosado . . . P u d d i n g d o lar . P u d d i n g d e coco Plum pudding Pudding de ameixa . Pudding de tamara . P u d d i n g d e arroz . . . P u d d i n g dos recem-casados . P u d d i n g d e graça . P u d d i n g d o lar c o m especiarias . Pudding do Natal. Balas de nozes . . A m e i x a s recheiadas . Delicias d e c h o c o l a t e Sweets . . . Pipoca C a n d y . . . . . . . B o n b o n s d e c h o c o l a t e e coco Toffee d e a v e l ã s . B a l a s d e ovos. F i g o s glaces . . . . Bombocado art-nouveau. Suspiro moreno. . Creme c o m a m e i x a s .
74 75 75 75 75 75 76 76 76 76 76 77 77 77 78 78 78 79 79 80 80 80 80 80 81 81 81 81 81 82
TORTAS M a s s a para t o r t a s . . . T o r t a d e coco deliciosa Escoceza . . D e leite creme De chocolate De nozes . De amoras . De morangos . . M a s s a doce p a r a t o r t a s .
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SORVETES - GELADOS CARAPINHADAS Sorvete d e l e i t e . . De creme de baunilha
84 85
« ™ - « g - - - E g - - g
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'
11
*2
I n d ice G e r a l Sorvete N e w - Y o r k . De caramelo . De chocolate De laranja De limão . . Carapinhada de limão e leite C a r a p i n h a d a de f r u c t a s .
.
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GELE'AS
I
Para preparar o s copos para geléas, P a r a fazer o sacco d e coar geléa. Para seccar o assucar . . Q u a n d o preparar a geléa . G e l é a d e m o c o t ó d e vitella G e l é a d e p é d e porco . . . . . Geléa de ovos recheiados e espargos. Geléa de morango Geléa de uva . . . Compota de ameixas . Compota de marmelo Geléa de laranja . . . Geléa dos namorados . Geléa de maçãs Geléa de ameixas . Compota de ananaz. Bananada
86 87 87 87 87 87 89 89 90 90 90 90 90 91 91 91 91 92
AVES -- CAÇAS C o m o escolher a s aves Peru assado. Ganso assado . Frango assado . F r a n g o cosido . . Fricassé d e f r a n g o F r a n g o frito . . . . Croquettes de gallinha . F r a n g o frito e m pedaços P a s t e l ã o d e frango . Pato selvagem . . . Pato selvagem assado. Pastelão de coelho
•
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LEGUMES M a n e i r a d e c o s i n h a l - o s e servil-os. Jantares puramente vegetarianos . Couve-flor e m p a n a d a . Espinafres a Ia m e u n i e r e . S u p r e m o d e p e p i n o c o m ovo Esparregado. M i l h o frito . • Cogumelos recheiados B a t a t a d o c e crystallisada . Batatas com q u e i j o . Batata doce . . Pepinos delmonicos . Batatas doces. . . Cebolas r e c h e i a d a s . • . Espargos c o m m o l h o de laranja. S a l a d a d e a g r i ã o e cebola . . P o n t a s d e espargos c o m m o l h o b e chamei . Pudding de xuxu . -t* •
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96 96 97 98 98 98 98 98 99 99 99 100 100 100 100 101 101 101 101
Beringelas com creme. Xuxu com queijo . Xuxu empanado
Risotto .
101 102 102 102
SALADA S C o n s e l h o s sobre s a l a d a s Salada de gallinha . Salada d e c a r a n g u e i j o . S a l a d a d e lagosta Esparregado - s a l a d a . S a l a d a d e couve branca Salada de batatas. S a l a d a d e ovo. S a l a d a d e espargos e s a l m ã o S a l a d a d e espinafre Carangueijo & m o d a d e N e w b u r g . Palmito á Paulista Salada japoneza de mariscos Salada de macarrão. Salada d e t o m a t e s . . . . A l g u m a s i d é a s sobre saladas
102 103 103 103 103 104 104 104 104 104 105 105 105 105 106 106
MOLHOS M o l h o branco . '. 107 M o l h o d e alcaparra . 107 Molho de tomates 107 M o l h o d e salsa . 107 M o l h o Gaillarde . . . . 107 M o l h o i n g l e z d e m a n t e i g a derretida 108 M o l h o para g a l l i n h a 108 108 Molho de lagosta . 108 M o l h o francez Mayonnaise 108 M o l h o d e laranja . 109 109 Molho de creme Molho bechamel 109 PRATOS DIÁRIOS S a l a d a d e a m e i x a s para 2 p e s s o a s . Croquettes de queijo . . Arroz c o m q u e i j o a m e r i c a n o Delicias d e q u e i j o . . . S o p a d e l e i t e cora aletria . Delicia d e n o z e s e q u e i j o . G a l l i n h a c o m espargos Ovos m e x i d o s c o m l e i t e
109 109 110 110 110 110 111 111
MACARRÃO Instrucções geraes. . Macarrão c o m q u e i j o . . Macarrão c o m p r e s u n t o . Pudding de spaguetti.
111 112 112 112
PRATOS HESPANHOES E ITALIANOS Prato hespanhol Feijão hespanhol Arroz h e s p a n h o l Vagens á hespanhola . . . T o r t a d e carne á h e s p a n h o l a .
112 113 113 113
...
índice
Massa. . . Spaguetti á italiana . M a s s a real i t a l i a n a . Frango com pimentão e m pó . Ravioli Polenta á italiana.
114 114 115 115 115^ 116
RECHEIOS Recheio d e c a s t a n h a De ostras . . . De aipo • Para t o m a t e s , p i m e n t õ e s verdes, e t c . Para l e i t ã o D e salva para p a t o s e g a n s o s • Para aves . D e p ã o para carne o u ave. Para p e r u .
116 116 116 117 117 117 117 117 117
OVOS F i a m b r e c o m ovos O m e l l e t e soufflé Omellete simples • Ovos m e x i d o s .
118 118 118 118
CLASSIFICAÇÃO DA CARNE E SEU EMPREGO D o boi D o carneiro .
119 120
Geral
PEIXES E MARISCOS Peixe f r i t o . Peixe g r e l h a d o S a l m ã o cosido . . . M o l h o d e c r e m e para peixe . Peixe c o m c r e m e C r o q u e t t e s d e peixe Ostras fritas . C a s q u i n h o s d e carangueijosCreme de carangueijo . Arenque grelhado c o m m o l h o de anchova. . L a g o s t a a Ia L o u i e M o l h o a Ia L o u i e . Creme de lagosta . Ostras p a r a o s n o i v o s ... Ostras c o s i d a s . , . . Ostras c o m p i m e n t ã o . Fritura de Hangtown . Ostras n a c o n c h a . . Ostras a s s a d a s . Croquettes de bacalháo . B a c a l h á o c o m coco . Bacalháo á biscainha .
128 128 128 128 128 129 129 129 129 130 130 130 130 131 131 131 131 131 131 132 132 132
S U G G E S T Õ E S DIATETICAS A l i m e n t o s s ã o s e efficientes. . . O q u e precisaes é u m a c o m b i n a ç ã o cuidadosa destes alimentos . R e g i m e n para e n g o r d a r . R e g i m e n para e m m a g r e c e r O VALOR DA BELLEZA
133 133 134 135
136/140
CARNES M a n e i r a s d e preparar f i a m b r e o u presunto Para fritar Para cosinhar Para grelhar Para assar Grelhados. Frigir . Cosidos e e n s o p a d o s . C o m o se deve preparar o roast-beef. Assado d e p a n e l l a . Assado á a m e r i c a n a . . P a s t e l l ã o de carne á franceza . Picadinho com creme . • . B e e f a Ia m o d e . Carne salgada. . . L í n g u a cosida Para assar u m a perna d e porco P u d d i n g de vitella F i g a d o d e vitella c o m p r e s u n t o . . Três receitas escolhidas q u e e n s i n a r ã o a preperar o p r e s u n t o d e m a n e i r a m a i s appeti tosa Do centro P r e s u n t o cosido Pernil. Assado Para clarificar a gordura
PRESCRIPÇOES H Y G I E N I C A S 121 121 121 121 121 122 122 122 123 123 123 123 124 124 124 125 125 125 125
126 126 126 126 127 127
A nocividade da m o s c a A nocividade d o r a t o A nocividade d o m o s q u i t o Os m i c r ó b i o s d a á g u a . A h y g i e n e da bocca .
141 142 143 144 145
D O CASAMENTO EUGENICO
146/148 149/153
BREVIARIO D O S 20 A N N O S ALEITAMENTO N A T U R A L IMPORTÂNCIA .
-
SUA 154/156
A GORDURA E O CORAÇÃO Um
novo methodo de combater a obesidade. . . . 157/158
N O B R E CAMPANHA
158
GUERRA AO BEIJO
159/160
H I S T O R I A DA L A G R I M A .
161/163
FAÇAMOS CASA.
164/165
NOSSA
ESTHETICA TAS A PERFEIÇÃO
A
NOSSA
FEIAS E BONI166/167 167/170
i
T A B E L L A DE P E S O S E MEDIDAS EQUIVALENTES Afim de n ã o apresentarmos neste livro receitas c o m m u n s , foram ellas traduzidas de livros extrangeiros, por isso que a traducção das m e didas e pesos foi respeitada. Pará facilitarmos, n o entretanto, abaixo fazemos a devida conversão para as nossas medidas e pesos. Apezar de não serem m a t h e m a t i c a m e n t e correctas, são suff'cientes para conseguir-se os melhores resultados : 1 "ONÇA" = 30 grammas.
1 "LIBRA" = 450 grãmmas.
1 "CANADA" = 1 1/2 litros.
1 "QUARTA" = 3 1/2 litros.
1 "QUARTILHO = 0,350 de litro 3 Colheres de chá 16 Colheres de chá 2 Chicaras. . . .
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Chicara de assucar granulado . . . Chicara de assucar e m pó . . Chicara de assucar mascavado . . Chicara de farinha o u maizena . . Chicara de banha o u manteiga . . . Chicara de castanhas quebradas . . Chicara de passas o u tamaras . Chicara de figos cortados . Chicara de amêndoas s e m casca . Chicara de coco ralado Colher de sopa de liquido (água, leite, sueco de fructa, extractos, e t c ) . . . Colher de chá de casca de laranja ralada Colher de chá de especiaria . . . . Colher de chá de sal Colher de chá de Baking Powder .
= = =
= = = = = = = = = = = = = = =
1 colher de sopa 1 chicara % litro
225 170 170 115 230 115 150 170 140 115
grammas grammas grammas grammas grammas grammas grammas grammas grammas grammas
15 grammas 3 2 4 4
grammas grammas grammas grammas
Todas as medidas acima são razas. Nivele-se as chicaras o u colheres com u m a faca.
PRESENTES DE CASAMENTO
OBJECTO
OFFERECIDO POR
10
REGISTRO DE CASAMENTO. ACTO
CIVIL
DATA .
HORA.
NOIVA
Noivo LOGAR
CARTÓRIO
,
Juiz DE CASAMENTO. ESCRIVÃO TESTEMUNHAS
ACTO
RELIGIOSO
DATA
HORA.
NOIVA NOIVO LOGAR CERIMONIA . . . SACERDOTE. TESTEMUNHAS .
&s
*5S
li
O Dia do Casamento
são de quem vae fazer uma viagem para longes terras, de onde talvez não volte. A' sua scisma a mãe açode, beija-a e murmura com esforço :
TfSTADO incerto,dúbio, o da noiva, ao ver aproximarse a hora do seu casamento. Tudo em que não pensou durante mezes, muitas vezes annos, occorre-lke no ultimo dia ao pensamento.
— A vida começa hoje para ti ; até agora foi um sonho, nada mais. Limpa essas lagrimas e tranquilisa-te. Esta casa não deixa de ser tua; nella ficam o teu lugar, é o meu coração. . . Ouve-me bem: Daqui a algumas horas serás de teu marido ; o meu egoísmo não bastará para reter-te entre meus braços, vae, segue-o, segue-o até onde elle quizer levar-te, ê o teu dever e a minha magua ! Casas-te com um homem de bem e isto consola-me; rodeia-o sempre de respeito,
Sente-se feliz ; sente-se desditosa ! Se realisa o sonho amado da sua mocidade, unindo-se áquelle que escolheu como o mais perfeito e o melhor dos homens, chora também por deixar a casa paterna, a mãe idolatrada, que mal disfarça a sua agonia, o pae que a aconselha, commovido, a ser para o futuro tão boa como até então. Perplexa, nervosa, a noiva duvida da sua ventura, e estremece, sentindo a impres-
12
nullo o papel que nos confiaram . . . Como poderíamos, todavia, encontrar outro mais amplo e mais sagrado ?
de affecto, de dignidade ; que o nome d'elle seja para ti um nome puro onde não possa cahir macula. Ama-o, mais do que o amaste até aqui, que o vias atravez da paixão, sem cogitares do seu caracter, dos seus defeitos, nem das suas virtudes ; ama-o sobre todos os amores, porque elle será toda a tua família l
Serás feliz, porque és boa, porque o teu noivo é honesto e é delicado. Mas, como é fácil conduzir-se a gente na ventura e não o é em tempos de obstáculos e decepções lembra-te sempre de que é preciso acceilar a vida como ella é: hoje um raio de sol, amanhã um raio de tempestade ; e estar sempre apercebida para o goso ou para o soffrimento. E' na adversidade que podemos conhecer se o nosso coração é forte ou pusilânime ; não te deixes succumbir pelas eventualidades tristes, se com ellas topares, e fortifica com o teu carinho, a tua resignação e a tua altivez, a familia que o teu amor escolheu.
Não te resignes a ser em tua casa um objecto de luxo. A mulher não nasceu só para adorno, nasceu para a lucta, para o amor e para o triumpho do mundo inteiro ! Vivendo do coração exclusivamente, expomo-nos. aos mais pungentes golpes. Foram para nós inventadas as dores mais cruéis, foram-nos confiadas as mais delicadas missões. A felicidade humana deriva do que vive sob a nossa responsabilidade. E' a nos, como mães, que a pátria supplica bons cidadãos; é a nós, quando esposas, que a sociedade exige o maior exemplo de dignidade e de moral. Com a educação superficialissima que temos, não meditamos nisto, e levamos de continuo a queixar-nos de que ê
A tua fronte illumina-se, vejo voltar o sorriso aos teus lábios. E' que és mulher, tens alma, e comprehendes quanto se deve ser forte e serena para traçar na terra um caminho largo e útil. Não te darei conselhos ephemeros; peço-te só que te lembres sempre dos nossos exemplos :
13
Teu pae, trabalhador, sincero, sacrificando tudo ao dever, envolvendo qualquer censura em um afago, delicado e amante da família. Eu, simples, associando-me a todas as alegrias e a todas as penas, alerta para o perigo, contente com a minha sorte. Nunca feri ouvidos alheios com uma queixa e muitas vezes tenho-me feito feliz. .. áforça! Não te illudas, meu amor. A vida tem para todos as mesmas surpresas e as
Do
" L I V R O DAS N O I V A S "
mesmas dores. A tua imaginação faz-te sonhar com doçuras infindáveis. .. e tel-asás, se bem comprehenderes a tua missão de esposa e de mãe. Ama sempre teu marido, sem humilhação, com sinceridade e alegria. Está nisto o segredo da ventura na terra. Que elle te ame egualmente, com o mesmo extremo, o mesmo carinho, e caminhem assim, fortes, unidos e serenos para os dias de risos ou de lagrimas que hão de vir.
— de D. Julia
14
Lopes de
Almeida.
S3
DIGESTIBILIDADE ALIMENTOS Depois de terem soffrido a acção dos fcrmentos sallvares, estomacaes e intestinaes, as matérias alimenticias transformam-se em substancias solúveis novas, aptas para serem absorvidas pelas paredes do intestino e penetrarem nos lymphaticos e no sangue. Estas substancias são então digeridas, mas não assimiladas. A digestibilidade está na rasão inversa do tempo que foi necessário para a sua transformação. Devemos reparar na digestão estomacal e intestinal, porque o que suecede no estômago não pode servir-nos para conhecer o que se passa no intestino, por isso que ambas as digestões são totalmente differentes. E' também muito importante um facto de observação corrente: determinado indivíduo digerirá admiravelmente um alimento que pode ser pesado para outro, e a tal respeito poderemos encontrar variações
DOS
deveras extraordinárias. As experiências de Paulow demonstraram a influencia dos reflexos estomacaes, dos estados psychicos e dos costumes sobre tal ou qual alimento. A repugnância, o asco, e a má preparação dos manjares, influem consideravelmente sobre as aptidões digestivas do individuo. Em geral, a digestão é tanto mais rápida, quanto a substancia alimentícia se offerece ao estômago n'um estado de divisão mais perfeita e pode dizer-se que mais o será se estiver preparada de maneira mais appeticivel ou mais apta para excitar o appetitc. Os costumes culinários exercem grande influencia, pelo que seria muito difficil que um hollandez acceitasse a sopa de alho marselheza, ou que um marselhez comesse com appetite a sopa de cerveja hollandeza.
TEMPO MÉDIO DE QUE CARECE O ESTÔMAGO PARA ENVIAR AO INTESTINO ALGUMAS SUBSTANCIAS QUE AQUELLE DIGERE
Águas e bebidas alimenticias Água pura ou gazosa
»
»»
»,
.,
Quantidade de grammas 100 a 200
1 a 2
300 a 500
2 a 3 1 a 2 1 a 2
Infusão fraca de chá.
200
Café . Café com leite. Cacau puro. Cacau com leite
200 200 200 200 200
.
Cerveja .
300 a 500 200
Vinho palhete „ ordinário „ de Malaga Caldo de carne
.
200 200 200
.
&•
15
Tempo em Horas
2 a 3 1 a 2 1 a 2 1 a 2 2 a 3 1 a 2 2 a 3 2 a 3 1 a 2
TEMPO MÉDIO DE QUE CARECE O ESTÔMAGO PARA ENVIAR AO INTESTINO ALGUMAS SUBSTANCIAS QUE AQUELLE DIGERE
Carne de mamíferos ou de aves
Quantidade de grammas
Tempo em
Horas
Bife quente ou frio
100
3 a 4
Assado de vacca.
250
4 a 5
Filetes de vacca
100
3 a 4
Carne crua de vacca
250
3 a 4
250
3 a 4
100
3 a 4
160
3 a 4
100
3 a 4
Lingua de boi f u m a d a .
250
4 a 5
Carne f u m a d a .
100
4 a 5
100
2 a 3
250
4 a 5
250
4 a 5
Pato assado
250
4 a 5
Perdiz assada
250
3 a 4
Borracho assado
195
3 a 4
cosido
250
3 a 4
Frango cosido ou assado
250
3 a 4
Molleja de vitella
250
• 2 a 3
Mão de vitella, cosida
250
3 a 4
Miolos de vitella
250
2 a 3
„
de vacca cosida
(magra)
Presunto cru cosido Assado de vitela quente ou frio
Salsichão de vacca,
(magro)
cru
Lebre assada Ganso assado (sem ser gordo)
„
.
Outros pratos procedentes de animaes
Leite fervido.
Ovos quentes „
cosidos ou em torta
Caldo de carne
16
100 a 200
1 a 3
300 a 500
2 a 3
100
1 a 2
100
2 a 3
200
1 a 2
TEMPO MÉDIO DE QUE CARECE O ESTÔMAGO PARA ENVIAR AO INTESTINO ALGUMAS SUBSTANCIAS QUE AQUELLE DIGERE
Peixes e pratas análogos
Quantidade de grammas
Tempo em Horas
Carpa cosida
200
2 a 3
Lúcio cosido
200
2 a 3
Pescada cosida
200
2 a 3
Bacalhau
200
2 a 3
Lampreia de escabeche
200
3 a 4
Salmão cosido
200
3 a 4
Arenques salgados ou fumados
200
4 a 5
72
2 a 3
150
2 a 3
fresco
cosido
Ostras cruas
Legumes cosidos e crus Batatas assadas, comidas com sal Purée de batata .
150
2 a 3
Batatas com legumes
150
3 a 4
Couve flor
150
2 a 3
150
2 a 3
Purée de lentilhas
150
4 a 5
Espargos cosidos.
150
2 a 3
Arroz cosido em água
150
3 a 4
Nabos cosidos.
150
3 a 4
Cenoiras cosidas
150
3 a 4
Espinafres cosidos
150
3 a 4
Feijões v e r d e s .
150
4 a 5
Ervilhas em p u r é e .
150
4 a 5
„
cosida
„
„ Rábanos
„
em salada
cosidas em água crus
lòõ
4 a o
150
3 a 4
70
2 a 3
Pão e biscoitos 1'ãn de trigo molle Pão de centeio. Biscoitos vulgares
150
3 a 4
50
2 a 3
Sd3
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Delicada
Dr. Eurico Branco Ribeiro
A posição de quem a subscreve ê, sem duvida, das mais delicadas, não só por tudo quanto fico u dito nos dois paragraphos anteriores, como também por se tratar de um medico, profissional que sempre é recebido com enfado, em virtude, talvez, das imposições muita Vez penosas que ê forçado ditar nas suas sentenças. Do entrechoque dessas idêas, ê bem de se ver que o meio termo conciliador ê coisa irrealizavel. Certo que não se sacrificariam as imposições ás vezes importunas do conselheiro da saáde â conveniência pessoal de cada uma das leitoras. Ha-de haver, portanto, nesta pagina, muitos e muitos espinhos. Mas, para que ella seja o mais possível delicada e agradável, o medico vae tomar da tesoura das boas maneiras e tentar aparar a ponta aos espinhos. Uma farpa ou outra ê possível que fique.
PAGINA do medico, neste livro, ê uma pagina delicada. E é pagina delicada por vários motivos, quer em se considerando a sua própria natureza, quer em se considerando as pessoas que a vão ler, quer em se considerando a posição de quem a subscreve. A própria natureza do assumpto nella abordado exige delicadeza : conselhos não são imposições; devem apparecer com a roupagem suave das insinuações desinteressadas, para que penetrem fundo, e sem repulsa, no intimo das almas a que se destinam. As pessoas que a vão ler, por serem mulheres e, mais, por serem noivas, merecem tel-a tão delicada como ellas mesmas, para que a harmonia não se desfaça nem os contrastes venham roubar-lhes um pouco do entjiusiasmo de que se acham animadas.
A
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previdente ? com as garantias pouco prudentes do consentimento religioso ?. Só o medico pode apresentar a segurança desejada, com um attestado de permissão. Sim, porque muitas são as moléstias que se transmittem ao cônjuge e á descendência e, sendo isso evitavel na maioria das vezes, é dever imperioso do próprio candidato ao matrimônio promover a anhullação das possibilidades maléficas. Não temam ver por terra os seus castellos as noivas que já deram a sua palavra sem cogitar do ponto de vista medico do casamento. Não. A grande maioria das moléstias que contraindicam a união conjugai não são senão barreiras removíveis, estados mórbidos que podem desapparecer.
A primeira idêa que occorre, hoje-em dia, a um medico que entre em confidencias com uma noiva é a do exame prenupcial. A pergunta inicial .seria sobre se o assumpto já lhe havia despertado a attenção. E não seria de estranhar uma resposta negativa. De facto, muita gente ainda existe a quem não interessaram os importantes debates que se vêm travando, ultimamente, entre nós, a respeito da obrigatoriedade do exame medico prenupcial. Este, pois, quantos ignoram o que seja 1 Portanto uma negativa não causaria espanto e offereceria opportunidade para se dar a explicação do que ê e quanto vale essa moderna conquista da Hygiene. Definição ? demol-a por um paralellismo : se para garantia da sociedade o Direito exige a voz do juiz, se para a paz das almas a Religião exige a bençam do padre na consumação do casamento, para garantir a hygidez dos nubéntes e promover a da sua prole a Medicina exige, como um direito divino, o exame medico pre-nupcial a permissão do medico para a construcção do lar. Com que garantias uma donzella sadia de corpo e sadia de espirito se vae lançar nos braços de um rapaz desconhecido ? Com as garantias iltusorias do amor 1 com as garantias cegas da nossa lei im-
A syphilis e outras moléstias vergonhosas que como ella são contrahidas, e que constituem, sem duvida, a causa dos maiores tormentos physicos de um casamento imprudentemente realizado, são males que têm o seu tratamento e que a Medicina pode curar, uma vez que se lhe dê tempo para agir convenientemente. Assim, a noiva, que já tem o seu compromisso firmado, precisa se conformar com o adiamento dos seus justos sonhos de amor para quando o medico do seu escolhido ou o seu próprio assignar o consentimento para o consórcio. SdS 19
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Delicada
Mesmo em se tratando de tuberculose, ha esperanças de uma cura e de uma vida conjugai feliz, uma vez que o methodo, o regime, a sobriedade, a hygiene, o bom clima e a conveniente therapeutica se congreguem no afã de extinguir a moléstia e depois conservar o organismo fora do alcance dessa terrível demolidora de lares. Casos ha, porém, em que o medico não pode dar a permissão. A um leproso, por exemplo, que se queira casar com uma pessoa sã. Outro exemplo : a quem possua certos estados irremoviveis de insanidade mental.
medico pre-nupcial. Os corações hão-de abafar, logo ao principio, a sua chamma de amor quando a evidencia de fados denunciar um perigo para a felicidade dos cônjuges e dos seus descendentes. Conhecidas de todos as razões do exame medico pre-nupcial, ninguém se aventurará a assumir um compromisso de casamento emquanto não esteja em condições de submetter-se a elle sem receios. E muito dissabor será evitado. Para as noivas de hoje, este conselho muito amigo : consultem o seu medico e peçam aos noivos que façam o mesmo, e, se, por acaso, algum motivo houver para, adiando o dia das nupcias, instituir um tratamento serio, não titubiem á imposição do conselheiro da saúde, que por certo o sacrifício da espera será bem recompensado com a felicidade do porvir.
Como essas moléstias ahi figuradas, outras ha que, com ellas, podiam se enquadrar sob o titulo de moléstias martyrizantes, para quem as encara do ponto de vista do casamento. Em taes casos, é jazer a escolha entre o martyrio, que a sciencia e a razão conde mnam, e a abjuração de uma promessa de amor, que bem pode ser substituída, com vantagens, por outra sã e de risonho futuro. Se as hypotheses que aqui formulamos ainda podem occorrer com uma certa freqüência, seguramente ellas se tornarão cada vez mais raras à medida que a instrucção sanitária do povo for divulgando as bases sólidas do exame
Mas essas questões ligadas ao exame medico pre-nupcial são cogitações que já deviam ter preoccupado o espirito das noivas de hoje. Agora, seguras de que, sob o ponto de vista medico, nenhum receio o futuro lhes reserva, ellas estão pensando em problemas outros a que a certeza de um novo estado as obriga. E entre esses problemas muitos existem que offerecem opportunidade a uma advertência do hy-
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gienista, senão mesmo, da sua parte, a divulgação de uma serie de ensinamentos ateis a quem vae em breve ser espoposa e depois mãe.
Logar sagrado alli é que deve ter inicio a vida do casal. Depois, preparar-se a esposa para ser mãe. E' a sua divina missão. E, por ser divina, precisa ser meditada, precisa ser estudada, para ser bem executada. A moderna Medicina creou, para isso, um bello capitulo, o da "Hygiene pre-natal" , que é um guia precioso da mulher que concebeu e vae ser mãe. A alimentação conveniente, moderados hábitos de vida, o despreso ás noites de baile e outras festas fatigantes, a prudência no trabalhar e muita vez a assistência medica são pontos capitães para que a alegria redobre num lar feliz com o apparecimento do primogênito. Agora, os cuidados com o
Mas não andemos tão depressa. Ha, geralmente, para as moças, na passagem do estado de solteira para o de senhora do lar, uma phase intermediária, mais longa para umas, para outras mais curta, em que ellas ainda não assumem o governo da casa, não se integralizando, pois, nas suas novas funcções, porque iniciam a sua "lua de mel" com a chamada "viagem de nupcias" . Ah I o velho e imprudente costume da viagem de nupcias. .. Não se assustem as leitoras : uma pequena viagem, sem excessos, para effeito apenas da recreação do espirito, não pode ser condemnada. O que é prejudicial, o que accarreta, muita vez, conseqüências desagradáveis ao jovem par e principalmente á mulher, ê uma longa viagem, cheia de imprudências e excessos physicos, com noites e noites mal dormidas após passeios estafantes, tudo promovendo demorada ausência do lar cuidadosamente construído para receber no seu confortável e socegado recesso aquella cujo organismo, ao iniciar o desempenho de novas e importantes funcções, necessita mais do que nunca de repouso e de commodidades.
bebê. A noiva precisa pensar, desde já, em tudo isso. E o medico teria muito que lhe dizer. Jlas ella se sentiria enfadada com as suas palavras conselheiras. E elle, para não a molestar, far-lhe-ia a indicação de um bom tratado de puericultura, onde se encontrasse, minuciosamente estipulada, a conducta que uma jovci mãe deve ter para com o querido fructo de suas entranhas. Existem, porém, com relação á puericultura, umas certas idêas geraes fáceis de re=éS
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Delicada
ter, que a leitora poderá desde já fixar na mente, para seu governo na busca da felicidade que almeja. E basta, para tanto, que nos siga e estamos certo que o fará gostosamente na leitura desta pagina de Maria Antonietta de Castro, a festejada Myrianto, que tanto realce vem dando, em São Paulo, â literatura sanitaristica brasisileira. Intitula-se "A's mães' e ê a que se segue, encerrando o espaço que tão gentilmente nos foi offerecido neste livro. Eil-a : A'S
Por toda a parte e em todos os logares, o numero de creancinhas que morrem antes de chegar a um anno constitue um verdadeiro flagello social. Si lançarmos mão das estatísticas e confrontarmos, ao acaso, o que vae por 32 cidades do mundo, veremos, que em 1926, morreram, nessas cidades 53,964 creancinhas, entre O e 1 anno, o que faz pensar que um recemnascido tem menos probabilidades de viver do que um aviador que fizesse, diariamente, uma ascenção. Isto nos leva â conclusão de que "ser creança ê a mais desagradável occupação do mundo ! Calculem, as senhoras que me lêm, o que isto representa de perda para a segurança, a força productora dos respectivos paizes ! Todos esses seres, quanto de trabalho de toda a sorte teriam produzido, quanto de riqueza teriam amontoado ! E tudo perdido \ Alem do prejuízo econômico, quanto de vigílias, de soffrimentes, de lagrimas, representa o túmulo de uma creança para uma mãe 1 E tudo isto perdido, tudo em vão \ E por nossa falta, porque esses males eram e são evitaveis. Ora, fazer o mal ou não n o impedir quando se pode, implica a mesma responsabilidade moral para uma sociedade como para um indivíduo. Alas, para evitar um mal ê preciso começar por conhecer-lhe as causas.
MÃES
"Senhor \ que jamais vejamos, Nós e os que nos querem bem, Aquelles que mais amamos E aquelles que ódio nos têm, Jamais vejamos o ninho, Entre a jolhagem dos ramos, Sem a aza de um passarinho ! Jamais vejamos — prouvera ! —• A colmeia despovoada, Nem sombra de abelha a voar. . . — Nem uma rosa encarnada Para pôr no vosso altar!
Entre ellas, citemos
Choça ou palácio que seja, Senhor, que jamais se veja De creanças vasio, — o Tjar \"
as
seguintes:
A T U B E R C U L O S E : — 0 filho
de
mãe tuberculosa não nasce tuberculoro, mas tornar-se-â após o nascimento, si não for afastado do seu convívio. E' essa uma das moléstias que fornecem as melhores parcellas para o obituario infantil.
Lares sem creanças. . . primavera sem flores... berços vasiosl Não é uma jicção literária, mas uma realidade, uma triste realidade, a legião dos pequeninos seres, flores humanas, no dizer de Michelet, que vão sendo, dia a dia, ceifadas pela morte impiedosa, mal desabrocham para a vida.
A
S Y P H I L I S — é u/na
moléstia
que influe sobre a descendência. Transmitte-se dos pães aos filhos, fazendo-os nascer deformados, não raro, com defeitos physicos. Causa-lhes paralysias, idiolia ou outras perturbações, não sendo rara
A mortalidade infantil] o magno problema cm todos os paizes!
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Sobre o aleitamento ao seio, ê preciso frisar que : Morrem muito mais crianças alimentadas com mamadeiras que as ornamentadas ao seio. Além disso, entre muitas crianças victimadas pela tuberculose, ou outras moléstias contagiosas, muitas o foram porque estavam enfraquecidas pela má alimentação. Aprendam, pois, e guardem bem
a loucura, sem contar os fracos, débeis ou anêmicos. O ALCOOLISMO — é a causa das
mais deploráveis heranças: epilepsia, convulsões e outras perturbações que inutilizam o indivíduo para o trabalho, tornando-o um fardo para os outros. A MÁ HABITAÇÃO — Si pensar-
mos nesses cortiços em que se amontoam familias e famílias sem ar, sem luz, sem hygiene, é fácil chegar â conclusão de que ahi a tuberculose e outras moléstias fazem mais victimas que em habitações hygienicas e confortáveis.
isto : A criança amamentada ao seio, mas amamentada segundo as boas normas da hygiene, não somente resiste melhor â diarrhéa, mas a todas as outras causas de óbito e esta influencia do leite materno se faz sentir durante toda a sua vida, tornando-a forte, resistente ás aggressões das moléstias. 0 leite materno, segundo Ptnard, "pertence ao filho" Negal-o é um crime. E ha mães que por esthelica e vaidade e para não perderem festas e divertimentos, o fazem, mesmo sabendo que a sua falia implica na morte do próprio filho ! Felizmente as mães patrícias não se deixaram ainda influenciar por esse pernicioso costume. Quanto ao outro meio de combater a mortalidade infantil, este é o que as senhoras devem aprender: a puericultura — da palavra latina PUER, criança, — a sciencia que consiste em cultivar, como uma flor delicada, a vida frágil do pequenino ser. A maioria das mortes das crianças de 0 a l anno é devida a ignorarem, as mães, os mais comesinhos princípios na arte de criar seus filhos. Este conhecimento não é instinctivo. E' umfacto biológico e a mãe humana é a única entre as espécies, que não conhece, instinctivamente-, como cuidar de seu filhinho. Ha mães solicitas e devotadas que não souberam, entretanto, salvar seus filhinhos das garras da morte. A educação para a maternidade l tão necessária como qualquer outra
A MISÉRIA, O EXCESSO DE TRABA-
LHO DOS PAES — Quanto menores os salários e maiores famílias maior o trabalho dos pães, maior a cifra da mortalidade infantil. Juntemos a essas causas o ABANDONO da criancinha por parte das
mães, reduzidas por que dolorosas contingências a essas medidas extremas ! Porem, de todas essas causas, sobreleva em importância, como sendo das mais freqüentes : as PERTURBAÇÕES DIGESTIVAS DO LACTENTE,
as
diarrhéas. E porque taes perturbações digestivas ? Porque o aleitamento ao seio nem sempre é bem dirigido, porque a alimentação artificial não é dada em quantidade e qualidade apropriadas, em. occasião opportuna, porque o desmame efeito muito cedo e substituído o leite materno por farinhas e alimentos aconselhados por amigas, bem intencionadas, não o negamos, porem desçonhecedoras dos mais rudimentares princípios de hygiene infantil. v Ditas as causas, conheçamos os meios de combater a mortalidade infantil. Bem conhecidos são elles, e .entre as principaes é mister destacar os seguintes: I.° — proteger as creanças antes do seu nascimento ; 2." — alimental-as ao seio; J.° — instruir as mães.
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espécie de educação. Delia depende a saúde e o bem estar da criança. E' ainda biologicamente certo que o ser humano fica na mais completa dependência de outro ser — a mãe, por um longo período. Cabe-lhe, portanto, a maior responsabilidade no cuidar de seus filhos para tornal-os fortes, sadios. A enorme extensão territorial do nosso paiz exige quem o povoe. Seu solo fecundo está â espera de braços que lhe revolvam as entranhas para lhes dar, em troca, os thesouros sem par que ahi tem guardados. E' uma obra de patriotismo proteger os filhos contra todos os males. Roubal-os á morte por meio dos seus cuidados intelligentes, assegurar-lhes o perfeito desenvolvimento physico e mental. O progresso da nossa terra requer a contribuição da mentalidade forte e do physico robusto dos brasileiros. As mães instruídas constituirão o pedestal sobre o qual se elevará a grandeza da terra brasileira1 E que a declaração dos direitos da creança "da Convenção de Gene-
bra' officialmente assignada aos 26 de Setembro de 1924, pela Conferência da Liga das Nações, seja o Credo da Mãe Brasileira: 1 — A' Creança devem ser dados todos os meios necessários ao seu completo desenvolvimento tanto physico como inteltectual. 2 — A Creança que tem fome deve ser alimentada; a Creança doente deve ser tratada; a Creança retardada deve ser assistida; a Creança deliquente deve ser corrigida ; ao orphão e ao desamparado devem ser dados abrigo e soccorro. 3 — A Creança deve ser sempre, em casos de perigo, soccorrida em primeiro logar. 4 — A' Creança devem ser facilitados todos os meios de ganhar a vida e ser protegida contra as explorações. 5 -— A Creança deve ser educada na convicção de que todas as suas aptidões devem ser consagradas aos seus semelhantes."
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muito empregado no arsenal da m e dicina pratica. O seu aspecto effervescente, a côr de â m b a r , o gosto macio e fresco, as suas qualidades espirituosas e aromaticas, a sua riqueza em phosphatos e em alimentos mineraes fazem da cerveja b e m p r e p a r a d a a melhor bebida, a mais quente e a mais agradável ao estômago. Sendo de boa qualidade, vem ser um verdadeiro pão liquido, indispensável ás constituições pobres. O tubo digestivo mesmo o mais enfraquecido, absorve-a c assimila-a maravilhosamente.
A CERVEJA A cerveja, cuja origem se perde na noite da historia (dizem que se bebia cerveja nas agapes de Osiris) é um liquido alcoólico artificial, producto d ' u m a transformação do amido dos cereaes em glucose e em dextrina pela acção de um fermento vegetal chamado diastase. O lupulo fornece á cerveja o seu princípio amargo e o seu óleo essencial aromatico. O desprendimento do ácido carbônico pela fermentação alcoólica dá á cerveja o seu sabor picante e a sua effervescencia. Todos os cereaes podem servir á fabricação da cerveja. Ordinariamente é aproveitada a cevada. Xa America utilisa-se o milho. O faro dos belgas tem o grão de trigo por base. O arack dos árabes é uma cerveja de arroz. O centeio, a avela, o trigo mouriscò, o milho podem t a m b é m dar os vinhos de cereaes, m a s estes productos perturbam-se e acidulam-se facilmente. O porter, a cerveja tônica dos inglezes, é aromatisada com baga de zimbro. A cerveja é a bebida nacional dos povos do norte. Empresta ás raças saxonias u m a parte da sua característica, e a sciencia ethnologica differencia, com bastante exactidão, os povos da vinha e os povos do lupulo. O uso habitual da cerveja engorda os organismos pela acção do assucar, da fécula e do álcool e acalma o systema nervoso pelo lupulino, principio activo do lupulo. Não nos compete insistir aqui sobre os methodos de fabricação da cerveja, methodos que aliás differem nos d i versos 'povos productores, na Baviera, na Inglaterra, na Bélgica. A cerveja é ao mesmo tempo u m a bebida refrigerante, agradável p a r a os fortes e u m tônico p a r a os debilitados e cacheticos a cujo estômago a r r u i n a d o ella dá vigor e appetite. Tônico e fortificante, rcconstituinte c analeptica, a cerveja é u m agente
Ha enfermos que não toleram n e n h u m alimento, n e m mesmo o leite, e acceitam de boa mente a cerveja, cujos effeitos benéficos se fazem sentir rapidamente. Os anêmicos, os nervosos, os rachiticos, os dyspepticos, os escrofulosos, os tysicos, os escorbuticos devem á cerveja verdadeiros milagres, e os convalescentes devem-lhe o levantamento rápido das forças pelo aperfeiçoamento e acceleração do acto digestivo. Os maiores médicos, falando da cerveja, a t t r ü u e m - l h e sempre uma importância preponderante. Hippocrates, Aristóteles, Boheraaye, Stoll, Sydenh a m , F r a n k , Récamier, Trosseau e outros fizeram a apologia das propriedades hygienicas e alimentares por excellencia do vinho de cereaes. E m todo o artigo de hygiene alim e n t a r ha o reverso da medalha, isto é, a historia das falsificações de que é objecto o artigo em questão. Em geral, apparecem m a i s as cervejas estragadas do que as realmente prejudiciaes á saúde. Ha m u i t a s coloridas com o caramelo, com alcaçus, com salgueiro. Um dos maiores inconvenientes que traz comsigo a cerveja estrangeira é que, p a r a sair dos paizes productores, é necessário alcoolisal-a p a r a a conservar. Como distinguir a boa da m á cerveja? A cerveja boa deve ser limpida, brilhante, ter uma espuma de bolhas
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finas e coherentes e u m cheiro aromatico. Um gosto demasiado acre denuncia u m a substancia estranha ao lupulo; o gosto adocicado denuncia a presença da glycerina; o gosto resinoso m a s c a r a em geral u m a alteração. E m razão da sua composição, da sua pouca acidez, a cerveja é u m a bebida delicada, sugeita a alterações análogas ás do vinho, mas ainda m a i s freqüentes e mais graves, porque, geralmente, não teem remédio. A cerveja pôde tomar-se corredia, amarga, lactica, acetica, negra, p ú t r i d a , e estes estados definem-se por si mesmos, acompanhando-se sempre de uma modificação de sabor e de u m a t u r vação que r a r a s vezes se restabelece.
toma. 0 uso de fructas verdes é digno de censura e perigoso, porque os seus ácidos não são saudáveis. A fructa tem grande valor n u t r i tivo, e, sendo fresca, é superior, sôb esse ponto, ás melhores hortaliças. Mas t a m b é m se não deve consentir que constitua alimentação exclusiva, e, ninguém que tenha juizo perfeito, viverá exclusivamente de fructa. A fructa pode ser considerada não só como gulodice, mas, principalmente, como alimento. Como é grato ao paladar comer a meio da m a n h ã , ou a meio da tarde u m pedaço de pão e u m a m a ç ã ! Aconselhamos este costume, especialmente aos que soffrem de anemia. O uso da fructa é um remédio cfficaz p a r a a c u r a dos apaixonados por bebidas. Com a fructa é fácil p r e p a r a r m u i tos p r a t o s ; temos, d'entre muitas, as fructas de doce e as fructas sêccas. As primeiras são refrigerantes e podem, por esse motivo, comel-as os doentes, embora seja necessário saber-se quando, e em que circumstancias convém dar-lh'as. As fructas sêccas têem mais valor nutritivo e são julgadas de mais fácil digestão do que as frescas; a melhor forma de as seccar é pol'as ao sol, systema que vem a constituir p a r a ellas u m a segunda maturação. Da fructa faz-se t a m b é m vinho, que toma o nome d a qualidade do frueto com que foi fabricado; o mais geralmente usado é a cidra ou vinho de maçã, que, pela sua acção laxante, é muito recommendavel nos casos de p r i são do ventre e cujo uso t a m b é m aproveita muito aos obesos p a r a lhes dim i n u i r a obesidade. Haja, porém, o cuidado de não começar a bebel-o em grandes quantidades, porque pode oceasionar a certos individuos eólicas e diarrheas. Poderíamos citar differentes espécies de fructas de optima recomnvendação, como a laranja, a b a n a n a , o limão, e t c , e t c , m a s a nossa missão reduz-se a louvar a importância, o uso e o valor da fructa, e a c h a m a r a attenção p a r a as suas duplas qualidades como alimento e como remédio.
A FRUCTA Como factor essencial entre as substancias alimenticias, a fructa m e rece estudo mais demorado do que, forçados pelo limitado espaço de que dispomos, vamos dar-lhe no nosso livro. D'entre todos os alimentos, a fructa é, sem duvida, o m a i s agradável. J á Adão e Eva p u d e r a m comer no Paraizo fruetos de todas as arvores, excepto d ' u m a , e ainda hoje a fructa é a alegria da h u m a n i d a d e pelo seu arom a delicado, e pelo seu delicado sabor misturado de suaves ácidos orgânicos. A Natureza-mãe procurou t a m b é m que, a tal respeito, quasi todo o anno haja fructa, distribuindo pelas diversas estações o período de maturação dos differentes produetos fruetiferos. Tem-se dito que a fructa é origem de doenças. Não nos inclinamos muito a d a r razão ao que se diz. E' innegavel que o abuso da fructa oceasiona enfermidades. Mas haverá alguém que aconselhe tal abuso? O Omnipotente não creou a fructa p a r a isso, como não a creou p a r a o abuso. Por conseguinte pensamos, sinceramente, que o uso prudente da fructa antes evita do que origina doença: é muito melhor comer fructa boa e bem m a d u r a , do que ingerir os innumeros preparados chimicos que m u i t a gente
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Se se fizesse mais uso d a fructa e menos das experiências, o abuso do álcool com certeza diminuiria. Não é demais dizermos que nunca se devem comer fructas sem. haver o prévio cuidado de as descascar, limpar e lavar muito bem, assim como de lhes t i r a r as larvas e óvulos que vários insectos depositam n'ellas; porque alguns d'estes podem desenvolver-se e reproduzir nos intestinos, causando vivíssimas perturbações nervosas que constituem o m a r t y r i o dos padecentes e o descrédito dos médicos que difficilmente diagnosticam tal enfermidade e que não tem na pharmacologia meio algum p a r a debelar os graves symptomas que produzem. Há doentes soffrendo horrivelmente sob a acção de vermes de differentes
espécies, todas provenientes das fructas, que se alojaram e reproduziram nos intestinos. A natureza por vezes desembaraçase d'elles, expulsando-os pelas fezes, m a s nem sempre isto suecede e d u r a n t e annos causam martyrios terríveis, desde as dores gastralgicas, internas, até ás perturbações nervosas cardíacas, circulatórias e digestivas. Nos pecegos, figos, e t c , a pele berta de pequena penugem é u m timo abrigo p a r a toda a serie de cróbios contidos na atmosphera e rastados com as poeiras.
coopmiar-
Os pontos ou manchas negras que cobrem por vezes completamente as laranjas são t a m b é m bastante prejudiciaes á saúde.
A SAÚDE DE CADA INDIVÍDUO D E P E N D E D E SI M E S M O Sem a saúde não ha felicidade e de cada indivíduo depende a saúde própria e a da prole.
útil anterior ou posterior, por exemplo, a completo exame medico; ess a medida sur-prehenderá moléstias i n c u b a d a s ou ainda despercebidas e as combaterá desde logo; desco7 b r i r á na difficiencia da saúde as causas que a p e r t u r b a m e as corrigirá.
Da saúde de cada individuo depende a saúde publica; desta, o futuro de nossa pátria. Cuidando de nossa saúde, pois, concorremos p a r a nossa felicidade pessoal e p a r a a grandeza da pátria.
Nunca nos devemos esquecer ojue "melhor é prevenir que remediar"-
Consulte sempre o medico, mesmo a propósito de incommodos que pareçam carecer de importância; m u i t a s vezes o doente se illude e o que lhé* parece destituido de gravidade, é moléstia que exige tratamento iminediato ou denuncia do m a l facilmente curavel no inicio, e as vezes irremediável no futuro. Sem prejuízo deste conselho, submetta-se todos os annos, no dia natalicio ou no primeiro dia
— Os conselhos acima partem dos abalisados médicos do nosso SERVIÇO SANITÁRIO e este se propõe, gratuitamente, com toda bôa vontade a ensinar como preservar cada u m a saúde própria e a dos filhos, como melhoral-a, pol-a ao abrigo das moléstias transmissíveis, taes como a tuberculose, a febre typhoide, o amarellão, o impaludismo, etc.
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EDUCAÇÃO A PREOCCUPAÇÁO
O SOMNO NAS CREANÇAS QUE ESTUDAM Por via de regra dá-se ás creanças que estudam algum tempo p a r a recreio e jogos ao ar livre como descanço entre as horas de estudos. Tem-se partido de u m principio que m a i s parece não ser verdadeiro. O cérebro, como qualquer outro órgão, fatiga-se, esgota-se de acção nervosa com a applicação demasiada, e necessita de repouso absoluto p a r a ganhar a energia perdida. O r a ; como se não sabe b e m qual a parte do systema nervoso que p r e side ao esforço muscular ou intellectual, parece u m erro physiologico querer d a r á creança energia mental por meio de u m exercício physico de jogos m u i tas vezes fatigantes e até atenuantes com o fim que t e m o educador que é r e p a r a r o cansaço das células cerebraes. Começa a discutir-se esta nova theoria na educação das creanças, e com effeito a creança que estuda ávida de saber, de amontoar idéas, de r e flectir, de decorar com u m cérebro ainda pouco fortalecido, põe em jogo todas as suas faculdades. Ora n'este caso parece mais racional deixal-a descançar absolutamente, brincando sem fadiga; e ainda mais lógico deixal-a dormir.
SEXUAL NO
ENSINO Eis u m assumpto- melindroso que u m a revista franceza nos dá n a chronica dè um seu n u m e r o j á antigo. Este velho preconceito, diz o auctor, tem graves inconvenientes no ensino das sciencias n a t u r a e s e é a herança da epocha em que o jesuitismo, só elle, t i n h a o direito de ensinar. O silencio é u m a hypocrisia. A hygiene que se ensina é defeituosa. Não se comiprehende que u m a donzela, pelo menos, aos deseseis. annos, com u m a certa cultura, ignore qual é o seu principal papel, como mulher, e os meios de evitar os inconvenientes que podem advir-lhe d'essa pseudo ignorância. Aos rapazes dão-se noções geraes de hygiene, ensinam-lhes a prophylaxia da tuberculose, da raiva, do cholera m a s deixam-nos n a ignorância de m a les graves e dos meios de os evitar. As creanças saberão que o cavallo teve antepassados de três dados, e que os pássaros descendem dos reptis, esses nunca saberão como u m pinto nasce de u m a gallinha. Isto é, a embryologia é prohibido ensinar. Terminando, o auctor d i z : " E m resumo é tempo dfe t i r a r a questão sexual da obscuridade dos confessionários e m que o espirito religioso, que penetra a i n d a mais ou menos conscientemente toda a nossa mentalidade, visa a encarceral-o. E' tempo de trazer essa questão cá p a r a fora, p a r a a fazer aproveitar da grande luz da sciencia e sanear as relações dos sexos; ha, emfim, u m a questão i m portante de hygiene physiològica e de hygiene moral que é criminoso desprezar. Se ha remédios a procurar, r e conheça-se o m a l e n a d a de o dissimular".
A theoria indica o somno como o único meio reparador e a pratica mostra-nos que as creanças necessitam com effeito de dormir muito mais tempo do que os adultos, não só p a r a r e p a r a r e m a força gasta, m a s ainda p a r a o desenvolvimento das células, ainda não completas ou physiologicamente conformadas.
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Gaste menos do que Faça
um
ganhar.
Os maridos interessar
gantes.
Faça um seguro de vida. e
da
seus
Pague suas contas
ultima
moda,
devem
cinema,
outros.
mulher
propor-
cionar ás suas esposas
pontual-
divertimentos. com os
a
gostar
acompanhal-o.
Os maridos
casa.
mente. Reparta
Se o marido
deve procurar
bens. Seja dono de sua
dcs
As esposas devem ser ele-
Tenha uma conta no banco.
casa
pelos negócios
maridos.
pesas.
sua
confiar
nas esposas e estas devem se
orçamento.
Guarde um registro das des-
Segure
devem
muitos
Leval-as
passeios
de
ao
automó-
vel, á pé, natação, tennis
Evite o desperdício sob qualquer modalidade.
qualquer
ou
outra coisa que lhes
agradar. Torne effectiva a responsabilidade do casamento seja qual for a occasião. As esposas devem
Se
tiver
beijem-se antes
cosinhar
de
algum
e façam
arrufo, as
dormir.
pazes 2\ unca
bem se quizerem conservar seus
deixem esses resentimentos
maridos.
trapassarem
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a
noite.
ul-
s?:
COMO DEVE SER POSTA A MESA
*%
Suggerimos, a seguir, algumas idéas, desejando que sejam úteis aquelles-que se interessam pela maneira correcta de pôr a mesa :
A MESA DE JANTAR O m o d o de pôr a mesa, como t u d o que requer u m pouco de arte, t e m certas regras definidas que devem ser observadas. Toda a bôa dona de casa deve ter u m conhecimento rasoavel dessas regras fundamentaes, portanto, é a ella que dedicamos o s a u t o risados conselhos que se seguem :
MANEIRA DE POR A MESA Deve-se usar sempre u m p a n n o encorpado sob a toalha não só para proteger a superfície da mesa como para evitar o ruido dos pratos. A toalha deve ser estendida b e m lisa e i g u a l m e n t e . Se a superfície da mesa for f i n a m e n t e polida pode-se substituir a toalha por toalhinhas, para o almoço, l u n c h o u jantar c o m m u m .
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,-á
Como Deve
ser P o s t a
a
Mesa
A distancia de u m prato a outro regula de 60 a 75 centímetros. Devem-se guarnecer as bandejas e m que se serve com "napperon" e sobre ellas collocaremos taças para fructas, ostras o u mariscos. O prato de pão e a manteiga ficam á esquerda do prato, a l e m dos garfos. A' direita, com a l a m i n a voltada para dentro, collocaremos a faca de sobremesa seguindo-se a faca para carne, para peixe (se for usada), colher de sopa e garfo para ostra. A' esquerda, b e m j u n t o ao prato, fica o garfo de sobremesa, seguindo-se o garfo de salada, garfo para carne e garfo para peixe. Guardaremos m a i s facilmente esta disposição se observarmos que os talheres são collocados conforme vão sendo necessários, os primeiros m a i s afastados e os ú l t i m o s j u n t o ao prato. O guardanapo deve ser posto á esquerda dos talheres, com a dobra para cima, as bordas abertas voltadas para a direita e do lado de fora da mesa. O n u m e r o de copos será determinado pelas qualidades de bebidas a servir. Ha copos especiaes para quasi todas as variedades. O copo para água é sempre indispensável.
"COUVERT" INDIVIDUAL PARA JANTAR Consiste e m pratos, copos, talheres e guardanapo destinados a u m a pessoa. Qualquer disposição elegante dos copos acima das facas é acceitavel. U m saleiro e u m a colher á esquerda e u m a taça á direita comp l e t a m u m logar. Pode-se usar t a m b é m u m galhiteiro m a s deve ser disposto de form a que fique accesivel a todos os convivas.
DECORAÇÕES DA MESA A disposição das flores depende sempre de gosto pessoal. U m a disposição completa de cores e idéas decorativas originaes são freqüent e m e n t e demonstradas com as flores. Geralmente a disposição de cores é determinada pela estação, pela quantidade de flores de que se dispõe e freqüentemente pelo motivo que occasionou o jantar. Usase m u i t o collocar só u m a flor n u m solitário ao lado de cada prato. U m centro baixo- esverdeado é m u i t o agradável. U m a rosa deitada ao lado de cada prato forma u m a decoração efficiente.
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C o m o D e v e sei* P o s t a a M e s a
MODOS DE SERVIR Ha três maneiras de servir u m a refeição : á ingleza, á russa e a convencionada. A russa é mais cerimoniosa que a ingleza e a convencional combina pontos de ambas. No serviço á ingleza, qualquer refeição que se offerece, collocamse todas as travessas com comida sobre a mesa, e outros pratos necessários deante da dona ou dono da casa ou qualquer membro da família. Os pratos necessários ás pessoas sentadas são collocados ante quem serve ou serão tirados u m por u m de u m a mesa lateral e collocados deante delle. Logo que o prato receba o seu quinhão o copeiro deve leval-o a outra pessoa encarregada de servir os acompanhamentos como verduras, etc, ou collocal-o directamente enfrente da pessoa a quem fôr destinado. Quando se usa tigellinhas para lavar os dedos, u m prato forrado com u m "napperon" onde se põe a tigella deverá ser posto deante de cada conviva. No serviço á russa, serve-se da copa. Com excepção dos doces, nozes e guloseimas, a comida só vem á mesa servida no prato de cada pessoa. Uma parte do prato principal e, se possível, u m acompanhamento serão postos em cada prato na copa para depois serem trazidos para a mesa. Todos os outros pratos se succedem. A's vezes, os pratos limpos são collocados em cada logar. e servese a comida em travessas enfeitadas. A medida que cada iguaria fôr - retirada, colloquem-se pratos limpos para a seguinte. A mesa n u n ca deve ficar sem pratos, excepto antes de servir a sobremesa, quando se devem tirar todos os pratos e limpar a toalha. No systema convencionado alguns pratos ou até todos são algumas vezes servidos á mesa, á maneira ingleza, e outras, são servidos em volta da mesa, á russa. A sopa, por exemplo, deve ser servida em cada prato, da copa, e a carne será trinchada pelo dono da casa, os vegetaes e as saladas servidos pela copeira e a sobremesa servida pela dona da casa. O SERVIÇO Primeiro devem se servir ostras abertas ao meio quer em pratos de sobremesa rodeadas de gelo quebrado ou em prato especial. A occasião escolhida depende do gosto, pôde ser antes ou depois dos convidados sentarem-se á mesa. Segue-se a sopa. Se fôr servida á mesa, a copeira trará n u m a terrina com a concha, collocará deante da dona da casa que t e m obrigação de servil-a.
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Os pratos o u são fundos o u e m fôrma de tigellas. A criada distribuirá pelos convivas, á medida que a senhora fôr servindo, t e n d o o cuidado de servir primeiramente as senhoras. Quando a sopa é servida da copa, dispensa-se a terrina porque a criada traz prato por prato e m u m a bandeja. A seguir a sopa vem o peixe, que requer u m serviço especial comprehendendo u m a travessa estreita e comprida com molheira, bandeja e pratos para peixe, que deverão ser levemente aquecidos. O prato do peixe deve ser passado de pessoa a pessoa ou a copeira passará e m volta da mesa, servindo-se cada conviva. Não se passa o m o l h o e m q u a n t o n ã o estiverem todos servidos de peixe. A bandeja deve ser retirada antes de vir a carne, m a s depois voltará á mesa trazendo outros pratos para servir. O de carne que deve vir e m seguida, se empregarmos o systema inglez, será trazido n u m a travessa grande de prata o u porcellana. Os legumes t a m b é m devem ser servidos n u m prato coberto apropriado. A carne é servida e m pratos de jantar cuidadosamente aquecidos. Com a carne freqüentemente serve-se geléa, geralmente preparada e m fôrma especial. Devem ser escolhidas fôrmas originaes que façam sobresahir qualquer effeito decorativo desejado. Legumes devem ser servidos nos m e s m o s pratos o u de preferencia e m pequenos pratos fundos. A seguir vem a salada. E' servida e m pratos pequenos apropriados. Depois retira-se t u d o com excepção da água, copos de bebida e talheres de sobremesa. Da sobremesa, depende o modo de ser vil-a. Se o sorvete fôr offerecido e m fôrmas, usam-se pratos rasos, de outro m o d o , será servido e m pratinhos apropriados o u e m taças de pé alto. Usa-se u m a colherinha ou garfo para sorvete, e será collocado acima do prato quando se põe a m e s a o u serão distribuídos j u n t a m e n t e com o sorvete. Se fôr u m "frappé" o u qualquer coisa semelhante usaremos taças de pé alto ; se u m a sobremesa m a i s pesada, como torta o u puddings, pratinhos de sobremesa. De accôrdo com o costume inglez, é perfeitamente admissível que a torta seja servida á m e s a pela dona da casa. Nesse caso, o prato da torta é. collocado n u m a vasilha sobre u m supporte de prata. Collocam-se pratos pequenos com queijo e biscoitos e m diversos pontos da mesa, seguindo-se o café e m pequenas chicaras. O café deve vir n u m bule de prata o u porcellana e a dona da casa servirá nas chicaras, que serão distribuídas pela copeira a cada pessoa. Tigellinhas de vidro o u m e t a l para lavar os dedos, serão postas n a frente de cada conviva.
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DECORAÇÕES ESPECIAES A maneira de por a mesa offerece u m campo quasi limitado a expansão da individualidade da dona da casa. Não se podem limitar n e m esgotar regras de decorações da mesa. E' u m assumpto que depende inteiramente da originalidade da dona da casa ou do decorador. E' possível crear effeitos efficientes sem gastos extravagantes desde que u m a idéa seja fixada ou suggerida para a decoração. Aproveitando a suggestão, poderemos conseguir idéas intelligentes com applicação a occasiões especiaes, dias determinados ou ideas originaes como motivo. Por exemplo : dias de casamento, anniversarios e outros acontecimentos offerecem possibilidades "Ilimitadas para u m a expressão original. ; Temos t a m b é m muitas datas patrióticas o dia da Independência, Proclamação da Republica, etc. e certamente as festas antigas, como o Natal, Paschoas, dia de Anno Novo — cada u m apresentando as suas opportunidades individuaes para decorações de mesa efficientes. As festas infantis são t a m b é m muito susceptíveis de decorações intelligentes. A idade da creança festejada, a occasião do seu anniversario, e suas inclinações particulares influem grandemente no caracter das decorações.
QUANDO SE ANNUNCIAR O JANTAR A dona da casa, com o seu par, dirige-se a sala de jantar. A' mesa, u m cartão em cada logar indicará a disposição dos convidados. Cada cavalheiro afastará a cadeira de sua dama esperando que a dona da casa e as outras senhoras se sentem para depois sentar-se.
ORDEM PELA QUAL SE DEVEM SENTAR E SERVIR AS PESSOAS A" MESA O convidado de honra se fôr homem, deve sentar-se á direita da dona da casa, se fôr senhora, á direita do dono da casa. A ordem pela qual se serve depende muito do gosto individual. As senhoras serão servidas antes dos homens, a começar ou pela dona da casa ou pelo convidado de honra, ou servir-se-ha primeiramente ambos, seguindo-se as outras pessoas sem distinção de sexo,
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•r-s
Como Deve
ser
Posta
a
Mesa
fazendo a s s i m a volta da mesa. Admitte-se que se sirva u m p ito começando pela direita da m e s a e outro pela esquerda para qi -- as gentilezas sejam igualmente divididas. Q u a n d o a dona da casa é servida e m primeiro logar fica habilitada a julgar se o prato está servido correctamente e provido dos accessorios necessários.
ETIQUETAS DA MESA Quer seja u m jantar e m família s e m convidados, quer n u m a occasião de cerimonia, o h o m e m mostrará cortezia e bôa educação esperando q u e as senhoras se sentem. N u m lunch o u jantar u m a senhora espera g e n t i l m e n t e que a dona da casa se sente, e u m a senhorita só t o m a r á o seu logar depois que as pessoas mais velhas estejam nos seus. MANEIRA CORRECTA DE SENTAR A' MESA A melhor posição é a direita, n e m relaxada n e m curvada para deante e m q u a n t o se come. O assento próximo demais atira os h o m bros para traz, e m u i t o afastado, obriga a dobrar as costas. Portant o , a m a i s conveniente é aquella n a qual o busto fica 20 centímetros da mesa, m a i s ou menos. Considera-se falta de educação, quando se está á mesa, por os cotovellos sobre a m e s m a , brincar com os talheres, fazer tinir os copos. Q u a n d o as m ã o s n ã o estiverem occupadas devem conservar-se n o regaço, pois n ã o h a maior indicio de m á educação do que apoiar-se na mesa. '
USO DO GUARDANAPO
O guardanapo n ã o deve ser estendido sobre o regaço e m toda a sua extensão, e n i n g u é m , a n ã o ser pessoas vulgares, prende-no n o alto do collete o u vestido. Basta desdobral-o u m a vez e deital-o atravessado de u m joelho ao outro. Terminada a refeição n u m restaurai ít o u e m casa de u m amigo, não é necessário dobrar cuidadosament e o guardanapo e m sua forma primitiva e collocal-o ao lado do prato. Desde q u e não vae ser usado novamente s e m ser lavado, é sufficiente pol-o desdobrado sobre a mesa ao levantar-se. Não se segue esta regra quando se passa alguns dias e m casa de u m amigo. Então o convidado fará conforme o dono o u dona da casa, porque n e m e m todas as casas se troca o guardanapo para cada refeição. iS
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Como Deve ser P o s t a a Mesa
GARFO E FACA Segura-se a faca invariavelmente c o m a m ã o d i r e i t a ; empregamol-a exclusivamente para cortar os a l i m e n t o s , n u n c a para levar com i d a á bocca. Muda-se o garfo para a direita q u a n d o a faca fôr col,locada de parte, e salvo para vegetaes pequenos c o m o ervilhas, feijões, etc. , n ã o se emprega colher para levar a comida á bocca. E' prova evidente de falta de c o n h e c i m e n t o de boas maneiras á mesa, misturar a comida entre os dentes do--garfo, voltar o lado concavo para c i m a e carregal-o de differentes comidas escolhidas n o prat o , levantar isso t u d o a m o n t o a d o a t é a bocca. N ã o é m e n o s reprehensivel suspender a faca e o garfo j u n t o s no ar quando se passa o prato para a dona da casa, para repetição, ou parando de comer por i n s t a n t e s , descançar a p o n t a do garfo o u da faca n o bordo do prato e os cabos sobre a t o a l h a . Q u a n d o esses u t e n sílios não estiverem e m serviço devem permanecer c o m p l e t a m e n t e sobre o prato e, terminada a refeição, collocar-se-hão j u n t o s c o m as pontas n o centro do prato e os cabos descansando n a borda do mesmo. N e m s o m e n t e peixes, carnes, vegetaes e pratos feitos, m e l õ e s e t a m b é m saladas, se c o m e m c o m garfo. Ostras, lagosta, carangueijos, tartaruga são comidos c o m garfo. E" u m a falta m u i t o notada nas regras de civilidade cortar salada c o m faca. As folhas de alface são apanhadas com o garfo e levadas á bocca.
USO DA COLHER Nunca deixe a colher ficar dentro do café, chá o u caldo quando estiver bebendo. Para bebidas servidas e m chicaras o u copos é sufficiente mexer u m a o u duas vezes, beber u m a colherada para provar a temperatura e então deixando a colher n o pires, t o m a r directamente. Encher u m a colherada de sopa e sopral-a para esfriar é u m h a b i t o que devemos limitar ao t e m p o da infância. T o m a n d o a sopa, a colher fará sempre u m m o v i m e n t o para fora, nunca para dentro. Os liquido^ devem ser absorvidos pelo lado da colher, n u n c a pela ponta. Os alimentos para os quaes se emprega a colher são fructas grandes e pequenas quando servidas com creme, puddings q u e n t e s e leite creme, geléas, sopas, conservas, ovos q u e n t e s duros o u molles.
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Como Deve
ser
Posta
a
Mesa
USO DA TIGELLA PARA DEDOS U m a tigella para lavar os dedos é u m c o m p l e m e n t o necessário a u m prato de fructas. Colloca-se a tigella meia cheia sobre u m prato enfeitado com u m a toalhinha. A não ser que se sirva u m outro prato com a fructa, esse e m que se traz a tigellinha está destinado a recebel-a. Então a tigellinha e a toalhinha devem ser afastadas ligeiramente para u m lado e collocaremos a primeira sobre a u l t i m a . Acabada a fructa, cada m ã o por sua vez, deve ser mergulhada n a água, n ã o as duas j u n t a s c o m o se fosse u m lavatorio. U m a fricção ligeira da ponta dos dedos s e m deixar a água transbordar, limpa-os completamente e enxugam-se n o guardanapo sobre o joelho.
COMER LENTO E SILENCIOSO Comer devagar e silenciosamente é u m a prova de respeito pessoal e u m beneficio para a nossa saúde. Só os m a l educados o u s e m educação e x a m i n a m sua comida, b a t e m com a colher, garfo o u copo contra os dentes, c h u p a m o líquido da colher, b a t e m as facas e garfos contra os pratos, arranham o fundo da chicara, prato o u copo n u m a busca esfaimada do u l t i m o boccado, m a s t i g a m com a bocca aberta, b a t e m n o fundo do vidro de p i m e n t a para forçal-a a sahir, e com a lamina da faca com o f i m de espalhar sal sobre a carne o u vegetaes. U m a bôa conversação e boccados pequenos auxiliam a digestão ; é fora de uso e inútil estalar os lábios quando se m a s t i g a m os alimentos. Actualmente é c o m m u m o uso de saleiros indíviduaes. E m u m jantar b e m organizado o u e m mesa de almoço o u lunch, se colloca u m entre cada dois logares. Quando se tornar necessário o uso do sal, deve-se tiral-o com a colherinha que está dentro o u ao lado do m e s m o , collocal-o á borda do prato, n ã o sobre a toalha fora do prato. Introduzir a ponta da faca n o saleiro é extremamente vulgar. Quando espalhar o sal sobre a comida, não t o m e u m a pitada entre o pollegar e o index, u m pouquinho que se tire na ponta de u m a faca o u t u d o que adherir aos dentes do garfo basta para supprir a falta que t e n h a u m prato de comida. U m u l t i m o boccado de comida nunca deve ser procurado n o prato com avidez n e m finalmente posto n o garfo com auxilio dos dedos. Nesse caso, devemos utilisar-nos de u m pedaço de pão, o u , melhor ainda, da faca se estiver á m ã o . U m a porção de alimento, vegetal o u sobremesa, nunca deve ser t o m a d a n u m garfo o u colher e ficar suspensa n o ar e m q u a n t o se prosegue a conversação. Logo que a comida seja retirada do prato deve ser posta n a bocca.
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Como Deve ser P o s t a a Mes
ACCIDENTES A' MESA Desastres acontecem mesmo ás pessoas mais cuidadosas. Em todo o caso, quando qualquer coisa voar do prato ou do regaço para o chão, deve-se permittir a creada levantal-a. Se, por acaso, cahir do garfo u m a gotta de geléa ou gordura então o único remédio é enxugal-a com o guardanapo. Muitas vezes, comtudo, senhoras e cavalheiros apparentemente de bôa educação, quando sobrevem taes accidentes limpam gravemente sua faca n u m pedaço de pão ou n a borda do prato e afastam as migalhas para longe, Isso decididamente é u m processo errado, assim como falta grave levantar u m boccado de manteiga ou fragmento de comida que cahir na toalha ao lado do prato. Em família isso ainda se admitte, mas n u m restaurante ou em casa de amigos são modos pouco finos. f? Se u m indivíduo de pouca sorte derrama u m copo cheio de água sobre a mesa são inopportunas copiósas desculpas. Appellar para a dona da casa n u m rápido olhar e dizer : "queira me desculpar ; sou u m desastrado, devo-lhe pedir desculpas pela minha estupidez, isto é imperdoável", é o sufficiente. Se u m a chicara, copo ou prato se quebrar por falta de cuidado, póde-se dar u m a desculpa ligeira e discreta e dentro de poucos dias demonstraremos sincero arrependimento, remettendo á dona da casa, se possível u m a duplicata do objecto quebrado acompanhada de um bilhete penitente. Um accidente sério e bem desagradável é tomar na bocca alimentos escaldando. Um dos meios de nos desembaraçarmos, se não for possível engulir, é expellir depressa e silenciosamente deitando sobre a colher ou garfo de onde o passaremos ao prato. Isso deverá ser feito com tal habilidade que ninguém suspeite o acontecido.
ALIMENTOS QUE SE COMEM COM O AUXILIO DOS DEDOS Em u m lunch, almoço, chá ou ceia colloca-se ao lado do prato grande u m pratinho com u m a faca de prata onde se põe o pão que se quer servir, não sobre a toalha — e a faca pequena — não a grande de lamina de aço — usada para espalhar a manteiga. Nos jantares tira-se o pão que está dentro do guardanapo e colloca-se sobre a toalha, á direita do prato. Nunca morda o pão cortado em pedaços grandes, nem o corte. A' medida que fôr preciso divida-o com a mão em pedaços que caibam na bocca, passe a manteiga se houver e depois leve-o com a mão até á bocca.
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Biscoitos comem-se do m e s m o m o d o . Aipo, rabanetes, azeitonas, picklés, castanhas, salgadas, fructas crystallizadas, bonbons e fructas cruas (salvo amoras, melões e outras), alcachofras, espigas de m i l h o são comidos c o m os dedos. Bolos comem-se como o pão o u com o garfo. Os pecegos são divididos e m quatro, descascam-se, cortam-se e m pedaços menores que se levam á bocca com o dedo. Para maçãs, pêras, usa-se processo idêntico. Ameixas, abricots, uvas, e t c , se forem s u f i cientemente pequenas, comem-se de u m a a u m a e quando expellirm o s as s e m e n t e s devemos deixal-as directamente dos lábios á m ã o meia fechada, que a depositará n o prato. Para comer alcachofras, corta-se o cabo, molha-se n o m o l h o a ponta das folhas u m a por u m a e leva-se á bocca. Corta-se o miolo e come-se com o garfo. O queijo divide-se e m pedacinhos, algumas vezes põem-se e m cima do pão ou biscoito e c o m os dedos leva-se á bocca, porém, mais freq u e n t e m e n t e come-se com o garfo. As laranjas, assim como espigas de milho verde, são difficilmente susceptíveis de m a n u s e a m e n t o gracioso, salvo servidas e m pedaços para comer com a colher. A laranja pôde ser dividida e m quatro, descasca-se então facilmente, tiram-se as sementes e cada quarto cortado ao m e i o fôrma u m a garfada proporcionada. Decididamente descacascar e chupar u m a laranja g o m o por gomo é u m acto prolongado e desgracioso. * Será preciso repetir as advertências de quasi todos os escriptores sobre a etiqueta, que o frango, caça, costelletas, e m n e n h u m a circumstancia devem ser pegadas com a m ã o ? Aquelle que fôr inhabil a ponto de ser incapaz de separar a carne do osso de u m a costelleta o u de u m a ave, deve soffrer as conseqüências de sua inépcia, e renunciar ao prazer desses pedaços tentadores. O aspargo não se pega c o m os dedos. A parte que é comestível n o talo pôde cortar-se facilmente com o garfo. O aspecto que offerece á vista esse vegetal e m todo o seu comprimento pingando m o l h o suspenso para ser ingerido, está e m desaccôrdo com as maneiras distinct a s que exige u m a m e s a moderna.
A REPETIÇÃO DE UM PRATO N u m jantar de gala, n u m lunch esmerado o u almoço de cerimonia, u m convidado por m a i s í n t i m o que seja dos donos da casa, n ã o deve pedir nunca a repetição de qualquer prato. Entretanto, n u m jantar
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i n t i m o quando o convidado t e m grande i n t i m i d a d e , o pedido de repetição de u m prato é considerado u m c o m p r i m e n t o pela dona da casa. Sendo u m jantar cerimonioso n e m o dono n e m a dona da casa deve retardar o proseguimento do serviço pedindo a a l g u é m para servir-se novamente de u m prato que j á c o m e u • m a s n u m jantar i n t i m o ou familiar a dona da casa demonstrará hospitaleira solicitude convidando o hospede a acceitar a repetição de u m prato v N u m jantar intimo pôde fazer isso ordenando á copeira de offerecer n o v a m e n t e e m volta da m e s a o u quando ella m e s m a estiver servindo u m a entrada, salada, o u sobremesa, pedindo aos convidados para acceitarem u m a repetição do prato que ella t e n h a á frente. O dono da casa que serve, faz b e m offerecendo u m pouco m a i s aquelles que elle vê que j á terminaram o que lhes foi servido. Forçar u m convidado a acceitar u m a segunda fatia de carne o u colherada de sobremesa que elle recusou gentilmente, é exceder os l i m i t e s da civilidade. Ao convidado é sempre permittido pedir u m segundo o u terceiro copo com água n u m jantar quer c o m m u m quer de cerimonia. Isso deve ser feito dirigindo-se discretamente á copeira quando ella se aproximar.
NO FIM DA REFEIÇÃO
Quando se termina u m a refeição é m u i t o censurável afastar para o lado o u l t i m o prato que se u s o u e a m o n t o a r as m i g a l h a s n a toalha. Deixe o prato n o seu logar, suspenda do colo o guardanapo e ponha-o na beira da mesa, levante devagar e silenciosamente, s e m preoccupação de collocar a cadeira n o v a m e n t e n o logar, a n ã o ser e m casa de u m amigo s e m cerimonia onde o c o s t u m e é esse. As senhoras n u m jantar o u mesa familiar é que f a z e m primeiro m e n ç ã o de se levantar da mesa. O cavalheiro sempre espera que u m a senhora o preceda, e é apenas u m a cortezia esperar que todos t e n h a m acabado para sahír. Esse uso não se observa certamente n u m a pensão o u n o s pequenos hotéis onde os hospedes se r e ú n e m e m promiscuidade n u m a só m e s a , m a s deve ser escrupulosamente observado n u m a casa particular. No ultimo caso, quando a l g u é m é forçado a sahír da m e s a a n t e s dos outros terem acabado, deve ter a gentileza de voltar-se para a m ã e o u á pessoa que preside á m e s a e dizer : "queira m e desculpar", a n t e s de levantar-se, e obrigado", quando lhe concederem a licença. N i n g u é m a não ser u m infeliz o u vulgar provinciano se utilísa de u m palito e m publico depois das refeições.
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CONSELHOS
DOMÉSTICOS
Tira-se a ferrugem das roupas brancas mergulhando-as por alg u m t e m p o n u m balde c o m água á qual se addicionou u m a colher da chá cheia de chloreto de cal. Depois pendura-se ao sol. Repita-se se fôr necessário.
Quando fritar batatas, e t c , experimente cortal-as com u m a l a t a vazia de "baking powder" e m logar de faca. Achará m a i s maneavel e ligeiro. Guarde a gordura n u m a lata de estanho, faça u m furo na t a m p a e prenda o cabo do pincel quando este n ã o estiver e m uso. Assim estará sempre prompto e n ã o sujará as m ã o s .
Para evitar que os bolos q u e i m e m quando usar fôrmas novas, passem-lhes bastante manteiga e m e t t a m - n a s n o forno brando por 15 m i n u t o s . Feito isto poder-se-há assar nellas os bolos s e m perigo de queimar.
Quando passar a ferro c o m gaz, colloque u m a t a m p a do fogão de carvão sobre o bico de gaz e ponha o ferro e m cima. O ferro ficará sempre l i m p o e esquentará m a i s do que se puzermos directamente sobre a c h a m m a .
Para limpar estatuetas de gesso empregue solução de sabão e u m pincel de barba. Enxague b e m . Mergulhando-as n u m a solução forte de pedra h u m e lhes dará apparencia do alabastro.
Para conservar molduras cubra-as quando novas c o m u m a camada de verniz branco. Qualquer m a n c h a pode ser removida com água, s e m estragar.
Para conservar limões, ponha-os dentro d'água. ; Mude u m a vez por semana, d u r a m m u i t o t e m p o .
A transpiração estraga as meias de seda, por isso n ã o as deixe e n xugar s e m primeiro laval-as.
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A louça granitada é m a i s fácil de limpar.
Tenha o seu porão secco ; j a n e l l a s largas são recomendáveis.
Trace com antecipação o seu dia de trabalho.
Nunca seque utensílios de madeira perto do fogo.
Limpe seus m e t a e s , louças e p a n e ü a s f r e q ü e n t e m e n t e .
Ponha as vassouras n u m a t i n a dágua de vez e m quando.
Não use alfinetes para prender a roupa servida, porque isso não só estraga as fazendas c o m o é perigoso.
OBSERVAÇ ÕES PARA A D O N A D E CASA Cuidado c o m o chão da cosinha. O chão coberto de l i n o l e u m é o que se conserva l i m p o m a i s facilm e n t e , a seguir é o de madeira o melhor. Qualquer coisa q u e se derrame deve-se limpar logo. Manchas de gordura n a madeira o u pedra devem se cobrir com greda o u gesso e m pó para absorver a gordura. Ou se jogarem água fria sobre a gordura logo q u e se derrame para endurecer, raspar-se-há facilmente a maior parte. Varra o chão complet a m e n t e u m a vez por dia. Havendo cuidado n ã o precisará laval-o o u esfregal-o m a i s do que u m a vez por s e m a n a .
CUIDADOS COM O CHÃO ASSOALHADO Nunca use água para o chão assoalhado. Limpe-o com_ u m pann o humedecido e m kerosene — u m a o u duas colheres de chá para começar e outro t a n t o m a i s q u a n d o se tiver evaporado. Esfregue com
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Obesrvações para a Dona de Casa
força até que a madeira esteja perfeitamente enxuta. Da m e s m a forma se l i m p a m os parapeitos das janellas e todos os acabamentos de madeira. CUIDADOS COM OS OLEADOS Lave os oleados com leite e água quente. Use u m a chicara de leite desnatado para 4 litros de água. Enxugue com u m panno para seccar.
LIMPEZA DE PINTURAS T o m e u m sapolio, u m panno l i m p o e h u m i d o , esfregue a superfície que quer limpar. Tenha cuidado para não deixar escorrer pingos d'agua sobre a pintura. Lave novamente com outro panno e água limpa. Enxugue b e m com u m terceiro. Limpe pouco de cada vez esperando que a parte limpa enxugue antes de proseguir.
CUIDADOS COM AS PIAS O desleixo com as pias dá e m resultado m á o cheiro e produz e n t u p i m e n t o s . Tenha-as sempre livres de detrictos. Quando os pratos tiverem sido lavados, lave com u m a bôa esfregadela de sabão, esfregue a grade de madeira e escorra-a, lave o ralo, o porta sabão e outros utensílios das pias. Lave o p a n n o de prato, l i m p e as bordas do escoam e n t o e enxugue a pia. Se ella fôr de ferro e tiver de ficar fora de uso por a l g u m a s horas, seque-a b e m ; se estiver enferrujada, use kerosene o u esfregue-a com sebo de carneiro ou toucinho, deite soda cáustica e deixe assim por u m a noite.
CUIDADOS COM AS TORNEIRAS Esfregue as torneiras de m e t a l com u m a flanella embebida e m vinagre o u s u m o de l i m ã o , passe pó de tijollo e óleo, e n t ã o lustre c o m u m p a n n o secco o u applique pomada apropriada ; o u qualquer preparado similar ; friccione com outro p a n n o e pula c o m u m terceiro. Se as torneiras estiverem engorduradas, lave-as com água de sabão o u solução de soda a n t e s de passar qualquer outra coisa. As torneiras de nickel e os enfeites precisam s o m e n t e serem lavados.
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I
INSTRUCÇÕES
ESPECIAES
N ã o deixe dentro d'agua os cabos das f a c a s . - A água desbota e racha o m a r f i m e os cabos de osso e inutilisa os de madeira. Depois de lavar as facas, esfregue-as c o m pó de tijollo. Não lave a taboa de fazer massas o u o rolo n u m a pia de ferro, o ferro m a n c h a - o s . Lave-os sobre a m e s a . T e n h a o cuidado de n ã o m o l h a r a e n g r e n a g e m de u m batedor de ovos. Lave a parte inferior, e l i m p e os cabos c o m u m p a n n o humedecido. A água lava o óleo da e n g r e n a g e m tornando-a dura de mover. Não perca t e m p o polindo latas. Basta tel-as l i m p a s e enxutas. Mergulhe os copos nagua q u e n t e para que e n x u g u e m por dentro e por fora ao m e s m o t e m p o . As pratas e copos ficam m a i s luzidios se forem limpos depois de lavados e m água q u e n t e s e m enxaguar. A toalha h u m i d a deixa os copos e colheres embaciados. Escalde e e n xague n a g u a fervendo- todas as vasilhas onde se t e n h a guardado leite. Lave os bules de café e de chá c o m água q u e n t e l i m p a s e m sabão e enxague-os. Limpe o bico dos bules cuidadosamente, deixe-os ficar por u n s m o m e n t o s destampados. Lave as pias dos pratos, o enxaguador e e n x u gue com u m a toalha e n ã o c o m o p a n n o dos pratos. Onde t e m água corrente q u e n t e e m abundância, poupa-se o t e m p o e os pannos, collocando os pratos, á medida q u e forem l a v a d o s , n u m a grade de m e t a l e despejando-lhes água b e m q u e n t e e m cima. Enxugue os copos e pratas. Porcellanas e outros utensílios são polidos s o m e n t e com toalha o u atoalhados de papel. Para alcançar êxito com esse processo, os prat o s precisam ser lavados n a g u a l i m p a c o m solução de sabão e enxaguados rapidamente. Se forem lavados e m água engordurada o u se deixarem seccar s e m enxaguar, n ã o ficarão lustrosos depois de enxutos. Cautela : a porcellana c o m decorações douradas n ã o se deve lavar dessa maneira. A água m u i t o q u e n t e estraga-as.
PARA REMOVER O AZINHAVRE Os ácidos dissolvem o azinhavre. Pode-se empregar o ácido oxalico, s u m m o de l i m ã o o u vinagre. Mas, excepto para nodoa.s, é m a i s efficaz o emprego de pós, para limpar m e t a e s . U m a droga q u e tira o azinhavre pode atacar o m e t a l . Por exemplo, qualquer droga que lustre o zinco, destroe-o. Se fôr empregado u m ácido e m qualquer metal, devem se remover todos os vestígios delle esfregando c o m pó porque senão reapparece o azinhavre brevemente. O pó m i s t u r a d o com óleo o u água forma u m a pasta de fácil applicação. Use camurça o u u m panno macio para polir.
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PARA LIMPAR FACAS DE AÇO Raspe u m pouco de pó de tijollo com as costas da faca ou u m a faca velha. Molhe u m a rolha de cortiça n a g u a o u n o azeite e depois passe n o pó de tijollo. Segure a faca firme, c o m a l a m i n a deitada sobre u m a superfície plana e esfregue os dois lados da l a m i n a com a rolha. Lave a faca. Limpe os garfos de aço pelo m e s m o processo. Nunca areie garfos o u facas chapeados a prata.
LIMPEZA D O S UTENSÍLIOS DE ALUMÍNIO Não se deve usar o a l u m í n i o para vegetaes m u i t o ácidos o u para cosinhar ovos, porque estes descoram-no. De outro m o d o precisa u m pouco de cuidado. N u n c a use soda n o a l u m í n i o . Antes de polir u t e n sílios de a l u m í n i o encha-os de água e dê u m a fervura. Para nodoas feias use ácido oxalico diluído, u m a colher de chá de ácido para dois quartos dágua. Se a m a n c h a permanecer esfregue com u m p a n n o humido m o l h a d o e m cal o u "dutch cleanser".
LIMPEZA D O S OBJECTOS DE PRATA Os dois factores principaes q u e destróem a bella apparencia da prata são as arranhaduras e o azinhavre. As arranhaduras n u n c a serão removidas da prata com êxito e esse facto é t a n t o m a i s verdadeiro tratando-se de peças folheadas, porque nessa t e n t a t i v a n ã o se pode evitar a remoção de u m a certa camada de prata da superfície. Portanto, evite sempre pôr os objectos de prata soltos n u m a gaveta o u caixa o u n o faqueiro onde elles roçarão u n s contra os outros. Podeis fazer facilmente saccos de flanella o u envolucros o u adquiril-os n o vosso joalheiro, os quaes conservarão os objectos separados e e n x u t o s contribuindo a s s i m para a longa vida e belleza de qualquer peça de prata quer seja verdadeira o u folheada. N u n ca limpe a poeira das pratas s e m sopral-a primeiramente da superfície, então use u m material macio que n ã o arranhe. A prata seja de qualquer quilate perderá o brilho se ficar exposta ao ar. O enxofre ou a fumaça n ã o só deslustrarão m a s casualmente oxydarão qualquer peça exposta. Como o enxofre é empregado n a vulcanisação da borracha qualquer partícula de borracha deve ser conservada longe dos objectos de prata porquanto qualquer pedaço delia n u m a gaveta o u vitrine oxydará a prata. Alguns fabricantes cobrem c o m p l e t a m e n t e de verniz todos os artigos de barro vidrado, para preserval-o do ar e desse m o d o evitar que percam o brilho. C o m t u d o chegaram a u m a conclusão infeliz, por-
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que o verniz, e v e n t u a l m e n t e , pode descascar o u esfolar formando m a n chas que darão ao artigo u m aspecto grosseiro e perderá o brilho por toda a parte onde o verniz largar.
COMO LIMPAR DIVERSAS SUBSTANCIAS ALABASTRO — Use água com sabão forte. CHROMOS — Passe levemente u m p a n n o h u m i d o de Unho. MANCHAS DE FERRO — P o d e m ser removidas dos objectos brancos com leite desnatado. MANCHAS DE VEGETAES NAS MÃOS — Esfregue com u m a rodela de batata crua. VIDROS DAS JANELLAS — As m a n c h a s de t i n t a podem ser removidas com u m a forte solução de soda. PARA LIMPAR PAPEL D A S PAREDES — Esfregue com u m pann o de flanella m o l h a d o e m farinha de trigo. ZINCO — Esfregue u m p a n n o de algodão molhado- e m kerosene, e m seguida com u m p a n n o secco. MANCHAS NO AÇO — T o m e u m a parte de pó de esmeril, misture com u m a parte igual de sabão e esfregue b e m . GORDURAS NAS SEDAS — T o m e u m pedaço de magnesia, esfregue-a molhada na m a n c h a , deixe enxugar, escove e n t ã o o pó. NODOAS DE GORDURA NO PAPEL DAS PAREDES — Applique u m a pasta de barro, deixe ficar toda a noite e l i m p e de m a n h ã . ESFREGAO PARA ÓLEO — Água q u e n t e , a m m o n e a e u m pouco de sabão e m pó limpará perfeitamente u m esfregão de óleo quando fôr inneficaz a água e o sabão. PARA LIMPAR ARTIGOS DE ESTANHO — Soda c o m m u m applicadà com u m jornal humedecido, e polida c o m outro secco, fal-o-ha apparecer novo. FAZENDA PRETA — Misture u m a parte de a m m o n i a c o c o m três partes de água morna, esfregue com u m a esponja o u p a n n o escuro, limpe com água e esfregue com a toalha. NODOAS DE FERRUGEM OU TINTA NO PAPEL IMPERMEÁVEL — Humedeça a m a n c h a com u m a solução de ácido oxalico. Absorva depressa com mataborrão o u p a n n o . FERRUGEM — Humedeça a m a n c h a com água l i m p a , esfregue e m cima u m a fina camada de sabão hespanhol misturada com giz e m pó, esfregue com as pontas dos dedos e lave depois..
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Instrucções
Especiaes
SEDA PRETA — Escove-a e l i m p e completamente, estenda sobre a m e s a com a parte desejada para cima, passe u m a esponja molhada e m café q u e n t e coado n u m pedaço de musselina, quando estiver m e i o enxuta passe a ferro. O EMPREGO DO AMMONIACO EM CASA — O a m m o n í a c o é de grande utilidade domestica. E' indispensável a u m a bôa dona de casa. Precisamos notar que sendo u m alcalino poderoso, o seu emprego requer m u i t a attenção. U m a colher de café para cada litro de água, tira, como por encant o , a fuligem e a gordura das portas e paredes das cosinhas, s e m estragar as pinturas n e m as m ã o s . E' excellente para lavar espelhos, vidros e pratas. Unia colher de sopa de ammoniaco e m água com sabão na qual se fervem os pannos, deixa-os claros e macios, principalmente para as flanellas e cobertores. Passam-se depois e m duas águas de egual temperatura, seccam-se rapidamente. Conservam a maciez e tornam-se como novas. COMO SE LAVAM BEM OS VESTIDOS DE LAN — Vestidos de l a n o u de tricot de lan branca ficam simples e bonitos lavados e m água morna, quasi fria, com sabão branco e u m pouco de ammoniaco. Não se enxaguam. Seccam-se entre dois pannos. PARA LIMPAR ESCOVAS DE CABELLO — Dissolva u m pouco de soda e m água quente e despeje dentro u m a pequena porção de a m m o n e a . Segure as escovas com os pellos voltados para baixo, eviíando molhar as costas t a n t o q u a n t o possivel. Agite até sahír a gordura, depois enxague nagua fria e ponha ao ar para seccar. VESTIDOS DE SARJA AZUL MARINHO — Deixam-se 24 horas e m água salgada (450 grs de sal para u m balde), escovam-se b e m as nodoas. Enxaguam-se e m água salgada, penduram-se e passam-se humidos. PARA LIMPAR MÁRMORES — T o m e 2 partes de soda c o m m u m u m a de pedra p o m e s e u m a parte de giz pulverisado, passe n u m a peneira fina e misture isso com água, então esfregue b e m sobre o mármore que as m a n c h a s desapparecerão. Lave com água e sal. PARA TIRAR NODOAS DE ÓLEO OU GORDURA DOS TAPETES — Estenda sobre a m a n c h a u m pedaço de mataborrão, e applique-lhe e m cima u m ferro sufficientemente quente m a s que n ã o queime. S u bstitua o papel e m q u a n t o absorver a graxa. Depois que tiver retirado a maior parte do óleo applique cal e m cima, deixe ficar durante u m o u dois dias, e n t ã o , escove e a m a n c h a terá desapparecido.
O S VESTIDOS DE LAN PRETA — Lavam-se e m á g u a salgada c o m sabão branco, enxaguam-se e m á g u a fria c o m u m a colher de vinagre. Este processo t a m b é m é empregado para os vestidos vermelhos. LIMPEZA DAS CAMURÇAS — Para tornál-as novas pode-se pôr. a camurça de m o l h o e m água c o m u m pouco de sabão preto. Pode-se pôr t a m b é m u m a solução fraca de carbonato de soda. T a m b é m se pode laval-as e m água com u m pouco de a m m o n i a c o . PARA REMOVER MANCHAS — Processo para tirar nodoas de sangue de qualquer tecido : — Humedeça a parte manchada, c o m kerosene, depois mergulhe a parte m a n c h a d a n a g u a fervendo. Pode-se t a m b é m lavar e m água s e m sabão, n u m a bacia c o m água m o r n a n a qual se dissolve u m a colherinha de ácido tartarico. Passa-se e m seguida e m água pura. E' necessário torcer a fazenda para tirar b e m o ácido a n t e s de passal-a e m água pura. CAFÉ OU CHOCOLATE — Estique a parte manchada sobre u m balde e despeje água fervendo e m cima. Esfregue com glycerina pura depois passe água morna. Não use sabão, porque isso fixará a mancha. ESTEARINA DE COR — P o n h a u m mataborrão, e s p u m a do mar o u talco branco do direito e do avesso da m a n c h a e applique e m c i m a u m ferro m o r n o . Escove a e s p u m a o u o pó e tire a t i n t a com u m a esponja embebida e m álcool o u ether. FRUCTA — Use água fervendo e ácido citrico o u água fervendo c o m ácido oxalico. Despeje sobre a parte manchada que deve estar esticada sobre u m balde. MANCHA DE GRAMA — Embeba a m a n c h a e m álcool e esfregue. Molhe e m água fria e esfregue b e m com creme de tartaro, depois lave para tiral-o. GORDURA — Estique a parte manchada sobre u m a bola feita de toalha o u qualquer outro p a n n o absorvente e esfregue c o m qualquer das drogas seguintes applicadas c o m u m p a n n o de l a n : therebentina, benzina, ether o u chloroformio. TINTA — Molhar n a g u a fria, mergulhar n u m a solução de ácido oxalico fervendo (2 colheres de chá de ácido oxalico para u m copo dágua). Enxaguar e lavar n u m a solução de sabão. QUEIMADO DE FERRO — Humedeça a m a n c h a c o m a m m o n e a applique ácido citrico o u ácido oxalico, depois que se dê a' effervescencia mergulhe nagua fervendo. MUCOSIDADES — (Lenços) P o n h a de m o l h o n a g u a salgada (2 colheres de sopa para u m quarto de água), lave e depois ferva.
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ÓLEO DE MACHINA — Ponha de m o l h o e m água fria e depois lave com sabão. Deixe de m o l h o e m água fria com borax e depois lave. LEITE SUOR t a s horas.
- Lave e m água fria e depois quente com sabão. Mergulhe n u m a solução de sabão e ponha ao sol por m u i -
MANCHAS DE MOFO — Água corrente e u m sol quente forte farão desapparecer o mofo. Pode-se t a m b é m ferver água com folhas de pecegueiro, pôr-se a roupa mofada e deixar ferver de dez a quinze m i n u t o s . Sahirão as nodoas, ficando na roupa a côr verde dágua que se retira com água e sabão. MANCHAS DOS SAPATOS NAS MEIAS BRANCAS — Deixe de m o l h o n u m a solução de ácido oxalico, depois lave com água e a m m o n e a . CHA' DA ÍNDIA — Cubra a mancha com sal c o m m u m , depois c o m s u m m o de l i m ã o e ponha ao sol. Esse processo t a m b é m é empregado para m a n c h a s de ferrugem e m roupa branca. VASELINA — Colloque duas folhas de mataborrão sob a m a n c h a , depois humedeça com benzina. Cubra com outras duas folhas e faça pressão com ferro m o r n o (não quente).Acautele-se quando usar benzina porque é inflamavel. OVO — Água fria seguida de água quente com sabão, como se lava ordinariamente. SORVETE DE CREME — Passe u m a esponja com água e m toda a mancha, a seguir applique as drogas usadas para remover nodoas gordurosas. COURO — Use sabão e m abundância n u m a esfrega completa, prosiga como se lava ordinariamente. Ha t a m b é m outro processo para limpar couro : se o couro está manchado, misturam-se nove partes de álcool paira u m a de glycerina. Esfrega-se com força a parte m a n chada. Se o couro estiver secco, molha-se c o m u m a esponja, e a n t e s de seccar, passa-se u m pouco de gazolina o u u m pouco de óleo de baleia. Os corpos gordurosos i m p e d e m o couro de rebentar e dão-lhe maciez e u m t o m brilhante. PARA TIRAR MANCHAS DE PINTURA — Esfregue u m a esponja com terebentina pura sobre as manchas. Se as nodoas n ã o forem frescas, amolleça humedecendo com a m m o n e a e burrifando com terebent i n a . Pendure os objectos por 15 m i n u t o s , depois lave com água morn a e sabão. INGREDIENTES DA SALADA — Use sabão e água morna para artigos lavaveis.
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COISAS ÚTEIS A água da chuva c o m sabão faz desapparecer nodoas de óleo de machina nos tecidos lavaveis. U m pouco de cal viva nos logares infestados afugenta qualquer espécie de formiga. As escamas dos peixes sahirão m a i s facilmente se os mergulharm o s u m m i n u t o e m água fervendo. A carne fresca q u e começa a se deteriorar voltará a ficar fresca se a puzermos n o sereno u m a n o i t e . Addicionar á água e m q u e se fervem roupas u m a colher de sopa .de terebentina ajuda a alvejal-as. O kerosene amaciará botas e sapatos endurecidos pela água e os tornará flexíveis como novos. U m a colher de chá de a m m o n e a para u m a chicara cheia de água applicada c o m u m trapo, limpará os objectos de pirata e de ouro. Humedecer c o m p l e t a m e n t e o cabello, u m a o u duas vezes por sem a n a , c o m u m a solução de água e sal i m p e d e a queda. Tiram-se as m a n c h a s de chá com água l i m p a fervendo. a aguá atravez da m a n c h a , evitando a s s i m q u e se espalhe.
Despeje
Quando se faz g o m m a c o m a m i d o , obtem-se melhor resultado addicionando-lhe espermacete o u sal, o u a m b o s , o u ainda u m pouq u i n h o de g o m m a arábica. O sal coagula o leite fresco ; q u a n d o preparar sopas, suecos, e t c , só addicione o sal quando o prato estiver prompto. Para pôr o couro a prova d'agua — sature-o c o m óleo de ricíno ; para evitar o rangido dos sapatos crave u m a taxa n o m e i o da sola. Para fazer levantar os pellos do velludo — envolva u m ferro q u e n t e n u m p a n n o m o l h a d o e passe e m c i m a do velludo. Escove depressa e m q ú a n t o estiver h u m i d o . Nodoas de t i n t a que j á estiverem velhas e resequidas p o d e m se tirar das fazendas de lan o u de algodão com chloroformio. Mas a n t e s cubra a m a n c h a c o m azeite de oliva o u m a n t e i g a . Para arrancar u m parafuso enferrujado — applique u m ferro de engommar. e m braza sobre a cabeça por u m i n s t a n t e ; applique-se a chave de parafuso e m q ú a n t o este estiver q u e n t e . U m a colher de chá de borax addicionada á u l t i m a água e m q u e se enxagua a roupa, alveja de u m a forma surprehendente. Esmague o borax, a s s i m dissolverá m a i s facilmente.
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Coisas
Úteis
Para tirar a ferrugem das fazendas — ponha u m a colher de chá de chloreto de ferro n u m a quarta de água, côe duas vezes, depois mergulhe as partes manchadas nessa solução fraca ; estenda ao sol. Se a ferrugem n ã o tiver desapparecido quando enxugar, repita. Para lavar pannos de algodão estampados — dissolva u m pouco de alvaiade de c h u m b o e m 3 a 4 quartos de água pura, de preferencia da chuva. Depois que forem lavados e enxaguados os vestidos, mergulhe-os e torça-os ; fixa e conserva a côr. Para expulsar as traças — burrife a mobília e as almofadas comp l e t a m e n t e com benzina. Não manchará n e m prejudicará o mais^delicado tecido, m a s será a morte certa das traças. Esse trabalho deve ser feito e m u m logar onde não tenha fogo n e m lâmpada accesa, porque a benzina é m u i t o inflamavel. Para collar a porcelana — faz-se ferver e m água uns dez m i n u t o s u m pedaço de vidro, reduz-se a pó e mistura-se com clara de ovos. Esta colla emprega-se fresca. Apezar da simplicidade da sua fabricação é de u m a grande solidez. SABEM?
Que
U m pedacinho de manteiga addicionado á água e m que se cosin h a m vegetaes, macarrão ou arroz, impede-os de transbordar quando fervem ? A água e m que se cosinhou arroz o u macarrão, quando estiverem promptos, pode ser aproveitada para sopas ou molhos ? U m a colher de chá de vinagre addicionada á carne cosida, quando estiver cosinhando, torna a carne macia ? Depois de descascar cebolla, esfregar aipo com sal nas mãos antes de laval-as faz desapparecer o cheiro ? Se addicionar u m a pitada de sal ao pó do café antes de ferver a u gmentará o aroma ? Se as luvas de pellica forem esfregadas levemente com miolo de pão cada vez que forem usadas se conservarão l i m p a s m u i t o mais t e m po que de outra forma ? U m a cataplasma feita de tabaco e água quente, entre dois pann o s , collocada sobre o peito o u na bocca do estômago, allivia convulsões quando todos os outros meios tiverem falhado? Isso não prejudicará absolutamente. Qualquer pessoa que t e n h a os pés doidos, se os mergulhar diariamente e m kerosene durante m a i s o u m e n o s dez m i n u t o s , experimentará o maior allivio ? Se fôr usado regularmente durante u m m e z , d i z e m que cura todos os callos o u callosidades que tiverem os pés. Não empolará n e m causará n e n h u m damno.
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Coisas
Úteis
U m pouco de Benetol, m a i s o u m e n o s m e i a colher de chá para u m vaso de água, conserva as flores cortadas frescas por m u i t o m a i s tempo ? D i z e m que a l g u m a s gottas do antiseptico Benetol n u m jarro de água é exçellente para a pelle, especialmente para botões, furunculos e erupções do rosto ? Para curar queimaduras arranje u m a caixinha de ácido picrico e com u m a p e n n a de ave pinte a parte q u e i m a d a o u escaldada, deixando depois seccar. E m poucos m i n u t o s a dôr desapparecerá c o m p l e t a m e n t e e n ã o voltará m a i s . Quando as queimaduras são graves ás vezes, precisa m a i s de u m a applicação. Este remédio é valioso, p r i n cipalmente nas casas e m que t ê m creança, porque q u e i m a m - s e freqüentemente. Não h a nada melhor para o cabello que infusão de enxofre ; cura a caspa, promove o crescimento, faz o cabello sedoso e brilhante e é m u i t o b o m para conservar a côr ? Faz-se desapparecer a m a n c h a branca que deixa sobre u m a m e s a de acaju u m jarro de água q u e n t e o u u m prato m u i t o q u e n t e , passando óleo e depois u m pouco de espirito de vinho sobre a m a n c h a e esfregando c o m u m p a n n o até seccar ? Para afugentar de sua casa as formigas misture b e m duas partes de borax com u m a de assucar e m pó e espalhe por onde ellas c o s t u m a m vir. Durante dois o u três dias ellas affluirão e m quantidade, m a s depois desapparecerão. Deixe ficar o pó e m volta por u m a o u duas sem a n a s que não tornará a ser importunado por formigas. Se a comida ficar ligeiramente queimada ao cosinhal-a, sentando a panella n'agua fria desapparecerá o gosto do q u e i m a d o ? As meias de seda devem ser lavadas e m água apenas m o r n a , n ã o quente-? E' preferível u m a solução de sabão do que esfregal-as directamente com sabão, esprema s e m torcer. , PANADOS A farinha de trigo o u de m i l h o é m u i t o m a i s saborosa para frigir peixes o u costellétas do que farinha de pão o u de bolacha. Primeiro m o l h e n o ovo batido, a seguir na farinha crua o u farinha de m i l h o e frite. PROCESSO PARA EVITAR QUE A MANTEIGA, O AZEITE E A GORDURA FIQUEM RANÇOSOS J u n t a m - s e a u m kilo de manteiga, 60 g r a m m a s de b o m m e l de abelhas. Este processo é m u i t o usado n a Suissa, dá a m a n t e i g a u m gosto agradável e especial, conservando-a fresca durante m u i t o t e m p o .
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RECEITAS SANDWICHES Numa Recepção, Geralmente, Usa-se Offerecer "Sandwiches" Estamos certos que este pequeno n u m e r o irá levar u m auxilio precioso t a n t o ás antigas como ás novas donas de casa j expomol-as com os nossos melhores votos.
SANDWICH DE OVO E MAYONNAISE Corte b e m finas as claras de ovos cozidos. Misture as g e m m a s esmigalhadas com mayonnaise b e m temperada. Espalhem e m fatias finas de pão.
SANDWICH CLUB T o m e fatias finas de frango e t o u c i n h o assados. Colloque o frango e o toucinho entre fatias torradas com manteiga, b e m como u m a folha fresca de alface onde se espalhou u m pouco de mayonnaise.
SANDWICH DE QUEIJO RALADO Rale o queijo b e m fino e misture com manteiga derretida form a n d o assim u m a pasta. Tempere c o m sal e p i m e n t a e espalhe n o pão.
SANDWICH DE QUEIJO SUISSO Corte o pão b e m fino. Passe manteiga ligeiramente. Entre as fatias ponha as fatias de queijo suisso, depois de ter espalhado sobre
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ellas u m pouco de mostarda. T a m b é m ficarão boas c o m queijo a m e ricano, enfeitadas com pickle.
SANDWICH DE QUEIJO E NOZES Misture partes iguaes de queijo americano e nozes picadas • t e m pere c o m sal e p i m e n t a do reino, misture c o m creme de leite e espalhe entre fatias finas de pão c o m m a n t e i g a .
SANDWICH DE ROAST-BEEF FRIO Duas chicaras de roast beef cortado b e m de sopa de m o l h o de t o m a t e , u m a pitada de gado, duas colheres de m a n t e i g a derretida e nagre. Misture b e m e espalhe n o pão c o m
f i n o ; j u n t e u m a colher sal e p i m e n t a - e aipo salu m a colher de chá de vimanteiga.
SANDWICH DE QUEIJO E PRESUNTO U m a fatia fina quer de queijo suisso quer do americano, c o m pres u n t o cosido frio entre duas fatias de pão b e m e m m a n t e í g a d a s , faz u m a sandwich deliciosa.
SANDWICH DE ROAST BEEF QUENTE Corte fatias finas de roast beef cru e ponha entre fatias e m m a n teigadas de pão branco. Despeje e m cima m o l h o escuro e sirva i m m e d i a t a m e n t e . Pode se empregar vitella, porco, carneiro o u aves c o m o m e s m o resultado.
SANDWICH DE SARDINHA Retire a pelle e as espinhas das sardinhas e esmague-as fazendo u m a pasta ; tempere c o m sal e p i m e n t a do reino e a l g u m a s gottas de s u m m o de l i m ã o , podendo addicionar u m pouco de m a y o n n a i s e .
SANDWICH DE CANELLA Corte pão da véspera e m fatias finas, tire a codea e divida ao m e i o , torre i g u a l m e n t e , espalhe primeiramente manteiga, depois m e l o u assucar e ponha canella. Sirva b e m quente. »
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FATIAS FRANCEZAS U m ovo ligeiramente batido, u m a pitada de sal, u m a colher de sopa de assucar, 3/4 de chicara de leite. Mergulhe o pão nessa m i s tura acima e frite n u m a frigideira com gordura quente até aloirar de a m b o s os lados. Sirva simples o u com mantefga e assucar, xarope o u marmelada.
SANDWICH INDIANA Cortam-se u m a s fatias de pão de sandwich, dando-lhes a forma arredondada ; passa-se manteiga e levam-se ao forno para torrar. Prepara-se u m recheio b e m picante de gallinha, ou qualquer outra carne, camarão o u peixe, que se t e n h a de véspera. Depois das torradas promptas, estende-se u m pouco de recheio sobre u m a fatia e cobre-se com a outra, formando-se sandwiches. Levam-se para a mesa sobre u m guardanapo.
SANDWICH DE ASPARGOS Passa-se n o pão manteiga fresca, colloca-se sobre esta u m a folha de alface e sobre a alface u m a s pontas de aspargos e sobre os aspargos outra de alface e depois outra fatia de pão com manteiga.
SANDWICH DE PEIXE Corta-se e m fatias u m pão próprio para sandwich ; pica-se b e m m i u d i n h o o peixe que se queira aproveitar e liga-se com " m o l h o de mayonnaise". Passa-se esta mistura sobre u m a fatia de pão e cobrese com a outra de m o d o a formar a sandwich.
SANDWICH DE CAMARÃO Passa-se manteiga com mostarda e m fatias de pão próprio para sandwich. Cozinham-se u n s camarões, passam-se n a machina, depois e m manteiga quente, deixam-se esfriar e passa-se u m a camada dessa massa sobre o pão e formam-se as sandwiches.
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PÂO, BISCOUTOS E BOLOS Alguns Conselhos Sobre as Massas de Farinhas A farinha especial para massas, bolos, é m a i s branca que a farin h a c o m m u m para pão, m u i t o m a i s macia, avelludada ao tacto e e m bola facilmente n a m ã o q u a n d o se comprime u m p u n h a d o . Conhecem a l g u m a cousa a respeito ? S a b e m que, embora exista u m a grande variedade de bolos, p o d e m ser incluídos n u m a das duas principaes classificações ? E' por isso qtte se classificam como "bolos de m a n t e i g a " aquelles que são feitos c o m qualquer gordura ; e "bolos fofos" os q u e são feitos s e m gordura e que precisam ficar ao ar para fermentar. S a b e m que m e s m o sendo o valor alimentício dos bolos seperior ao do pão, varia ainda conforme os ingredientes de que se c o m p õ e m ? E* por isso que n ã o devemos accrescentar, i n d i s t i n c t a m e n t e bolo a u m a refeição j á pesada.
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S a b e m que os bolos despertam a gulodice e, a s s i m , i m p e d e m a mastigação perfeita ? E' por isso que é u m a l i m e n t o pouco recommendavel ás creanças. S a b e m que a farinha t e m u m a grande tendência a embolar e e m conseqüência a diminuir de volume ? E* por isso que a farinha, que deve ir ao forno, geralmente precisa ser peneirada a n t e s de se medir. S a b e m que u m a farinha rica e m a m i d o concorre para o bolo ficar com a massa macia ? E' por isso que a farinha especial para bolos, que t e m m a i s a m i d o e. m e n o s g l ú t e n que a farinha c o m m u m para pão, é recommendada para a fabricação dos bolos. S a b e m que a margarina e os azeites de cozinha s u b s t i t u e m c o m v a n t a g e m a melhor m a n t e i g a ? E' por isso que a palavra m a n t e i g a tornou-se u m t e r m o revelador m a i s do uso das gorduras do que da qualidade delia. S a b e m que accrescentando chocolate o u nozes a u g m e n t a m a gordura n a massa de u m bolo ? E' por isso que esses ingredientes t o r n a m o bolo m a i s nutritivo. S a b e m que a consistência dos bolos fofos depende u m t a n t o do facto da massa adherir á fôrma ? E' por isso que n ã o se usa engordurar as fôrmas para os bolos fofos.
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Pão, B i s c o u t o s
e Bolos
S a b e m que o gosto da m a n t e i g a fica m a i s accentuado na crosta do q u e n o miolo do bolo ? E' por isso que é admissível que se passe manteiga nas fôrmas m e s m o quando n ã o faz parte dos ingredientes de lie. S a b e m que quando se passa manteiga na fôrma para assar bolos o residuo do sal faz o bolo ficar pegajoso ? E' por isso que quando se usa manteiga para engordurar as fôrmas primeiro derrete-se e só se aproveita a parte que fica por cima. Sabem que os bolos absorvem a humidade dos outros alimentos ? E' por isso que n ã o se devem guardar j u n t o c o m o pão.
PÃO DE NOZES 4 chicaras de farinha de trigo — 1 chicara de assucar — 1 chicara de leite — 1 ovo — 1 chicara de nozes picadas — 1 chicara de passas picadas — 2 colheres de chá de "Baking Powder" — 1/2 colher de chá de sal. Bata os ovos e o assucar e misture n o leite ; penére a farinha, o sal e o "Baaking Powder" e despeje dentro da mistura feita, addicionando nozes e passas ; forme os pãesinhos quando a massa estiver macia ; arrume e m taboleiros fundos b e m emmanteigados, deixe crescer 20 m i n u t o s n u m logar quente e asse e m 40 o u 50 m i n u t o s . T a n to as nozes como as passas p o d e m ser dispensadas.
BISCOITOS DE CREME COM BAKINK POWDER 1 quartilho de farinha de trigo — 3 colheres de sopa de Baking Powder — 1 colher'de chá de sal — creme. Penere j u n t a m e n t e a farinha, o sal e o Baking Powder • misture c o m creme tão fluido q u a n t o possível j estenda n u m a taboa b e m e n farinhada, corte biscoitos pequenos e arrume n u m a forma onde se t e n h a passado m a n t e i g a derretida o u creme a n t e s de assar ; p o n h a e m forno b e m quente e deixe 10 o u 15 m i n u t o s conforme o t a m a n h o .
PÃESINHOS PIPOCADOS 2 chicaras de farinha de trigo — 1 chicara de leite — 3 ovos — u m p o u q u i n h o de sal e de Baking Powder.
Pão,
Biscoutos
e
Bolos
P o n h a os ovos, o sal e a farinha n u m a tijella ; m i s t u r e dentro o leite e espalhe e m forminhas fundas, encha-as pelo m e i o e asse e m forno quente durante 25 m i n u t o s . MUFFINS 2 chicaras de farinha de trigo — 1 ovo — 1 chicara de leite — 2 e 1/2 colheres de Baking Powder — 1 colher de sopa de assucar e outra de m a n t e i g a derretida — 1/4 de colher de chá de sal. Misture e penere os ingredientes seccos ; misture o ovo batido c o m o leite, j u n t e a farinha, addicione a m a n t e i g a derretida e bata até formar u m a m i s t u r a igual ; asse e m formas e m m a n t e i g a d a s e m forno moderado. GENUINE PARKER HOUSE ROLLS 6 chicaras de farinha de trigo — 3 colheres de sopa de m a n t e i g a — 2 chicaras de leite — 2 claras de ovo — u m pouco de fermento — 1 colher de chá de sal — 1 colher de sopa de assuccar — 1/2 chicara de água morna. Esquente o leite, j u n t e - l h e o assucar, sal e m a n t e i g a ; deixe ficar morno, então addicione 3 chicaras de farinha de trigo ; bata durante 5 m i n u t o s ; j u n t e o bolo de fermento dissolvido e deixe descansar até ficar leve e tufado • addicione então o resto da farinha ,- deixe crescer n o v a m e n t e até attingir o dobro d o volume primitivo ; pon h a sobre a i a b o a de massas, amasse ligeiramente e estenda u m a cam a d a de 1/2 pollegada de espessura ; t o m e u m cortador de biscoitos e corte a massa e m rodelas ; passe-lhes m a n t e i g a derretida e m cima, dobre e comprima as bordas para j u n t a r • arrume n u m taboleiro e m manteigado c o m espaço de 1 pollegada ; deixe crescer a t é ficar b e m fofo ; asse e m forno q u e n t e durante 15 m i n u t o s . MISTURA PARA FRITURAS 2 chicaras de farinha de trigo — 1 chicara de leite — 1/2 colher de chá de sal — 1 ovo. (Para frigir peixe, legumes o u fructas) Misture os ingredientes acima até formar u m a m a s s a igual e revista o que se quizer fritar ,- se fôr fructa, j u n t e u m pouco de assucar. BOLOS DE CANELLA Farinha de trigo — 1/4 de libra de m a n t e i g a — 1 chicara de leite — 1 chicara d'água — 2 colheres de sopa de assucar — u m pouco de fermento — 2 ovos e passas de Corintho. &I 58
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Esquente o leite, j u n t e a manteiga, assucar e o fermento dissolvido, ovos b e m batidos e farinha de trigo suffíciente para fazer u m a massa macia ; amasse ligeiramente ; ponha de parte n u m logar q u e n t e ; quando tufar b e m , estenda u m a camada, passe manteiga, e n feite com assucar crystalisado e passas de Corintho ; corte os bolos, arrume-os n u m a forma emmanteigada e quando crescerem b e m asse e m forno moderado durante 45 m i n u t o s .
BOLO DE NOIVA 2 chicaras de farinha de trigo — 2 chicaras de assucar — 1 chicara de leite — 1/2 chicara de manteiga — 1 chicara de maizena — 2 colheres de chá de Baking Powder — 1 colher de chá de baunilha — 8 claras de ovos. Penere todos os ingredientes seccos antes de m e d i r ; bata bem o assucar com a manteiga, depois j u n t e 2 claras e bata b e m ; addicione a baunilha e u m pouco de leite ; penere dentro u m pouco de farin h a , Baking Powder e maizena ; bata, depois ponha u m pouco mais de leite e farinha até acabal-a ; por f i m j u n t e as 6 claras restantes que devem estar b e m batidas ; asse e m forno brando por 1 hora e quando esfriar cubra com glacé.
BOLO SOL m
2 chicaras e meia de farinha de trigo — 1 1/2 chicara de assucar — 1/2 chicara de manteiga — 1 chicara de água — 2 colheres de chá de Baking Powder — 1 colher de chá de s u m m o de limão — 9 g e m m a s de ovos — leite. Bata b e m o assucar com a m a n t e i g a ; bata as g e m m a s e junte-as ; penere a farinha, depois penere 3 vezes com o Baking Powder e vá addicionando alternando com o leite aos outros i n g r e d i e n t e s ; asse e m forno brando durante'50 ou 60 m i n u t o s .
BOLO DO DIABO 1 5/4 de chicara de farinha de trigo peneirada — 1 chicara de assucar — 1/2 chicara de leite — 1/2 chicara de manteiga — 3 ovos — essência de baunilha — 2 colheres de chá de Baking Powder — 3/4 de chicara de assucar e m pó — 3 onças de chocolate dissolvido — 1/2 colher de chá de canella — 1/4 de u m a colher de chá de cravinhos da í n d i a .
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Pão,
Biscoutos
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Bata a m a n t e i g a e j u n t e - l h e o assucar ; bata as g e m m a s , addicion e as 3/4 de chicara de assucar e m pó e reuna as duas m i s t u r a s cont i n u a n d o a bater ; addicione o chocolate, depois a farinha peneirada 3 vezes c o m Baking Powder e as especiarias ; depois o leite, a essência de baunilha e as claras j asse e m duas camadas e j u n t e - a s c o m geléa de fructa ; cubra com glacé. FILHO' DOCE 4 chicaras de farinha de trigo -— 1 chicara de assucar — 1/2 chicara de leite — 3 colheres de chá de Baking Powder — 2 colheres de sopa de m a n t e i g a derretida — 1 / 2 colher de chá de sal — 2 ovos — b a u n i l h a o u canella. Misture a farinha, o Baking Powder e o sal ; penere 3 vezes j bata j u n t o s o assucar e a m a n t e i g a • addicione os ovos b e m batidos, depois a farinha e o leite alternadamente e a b a u n i l h a ; p o n h a sobre u m a taboa b e m enfarinhada e estenda u m a camada de 1/2 pollegada de espessura ; corte com carretilha e frite e m gordura fervendo.
B O L O D E PASSAS ». ^ 2 1/2 chicaras de farinha de trigo — 1/2 chicara de leite — 3/4 de chicara de m a n t e i g a — 1 chicara de passa s e m s e m e n t e — 1 1/2 chicaras de assucar — 2 ovos batidos — 1 colher de chá de cremor de tartaro — 1/2 colher de chá de soda — 1 noz moscada ralada. Bata j u n t o s o assucar e a m a n t e i g a ; addicione os ovos ,- altern a n d o j u n t e a farinha peneirada e o leite, cremor de tartaro peneirado e soda ; j u n t e as especiarias e passas ; enfarinhe b e m .
PÃO IRLANDEZ Misture e penere 2 chicaras de farinha de trigo, 5 colheres de chá de Baking Powder, 1/2 colher de chá de sal, 1 colher de sopa de assucar. J u n t e 3 colheres de sopa de m a n t e i g a , addicione 1/2 chicara de passas de Corintho, 1 colher de sopa de a m ê n d o a s picadas e 1 chicara de leite. Misture b e m e asse e m forma de folha, durante 1 hora, e m forno moderado. BOLO DE CREME DE CARAMELO Quebre n u m a tijella 2 ovos • 1 chicara de assucar mascavo e 3/4 de chicara de creme espesso ; bata c o m o batedor de ovos até a m a s s a
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Pão, B i s c o u t o s
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ficar m a i s o u m e n o s consistente ; j u n t e 1 2/3 de chicara de farinha de trigo, 2 1/2 colherinhas de chá de Baking Powder e 1/2 colher de chá de sal q u e se peneirou j u n t a m e n t e . Addicione 1 colher de chá de cacáo e bata t u d o n o v a m e n t e . Despeje n u m a forma quadrangular engordurada, forrada com papel engordurado, e asse e m forno moderado ; cubra com. glacé quando esfriar.
BOLO DE LADY BALTIMORE 3 1/2 chicaras de farinha de trigo — 2 chicaras de assucar — 1 chicara de leite — 1 chicara de m a n t e i g a — 3 colheres de chá de Baking Powder — 1 chicara de chá de água de rosas — 6 ovos. Bata a m a n t e i g a , vá misturando o assucar pouco a pouco e continue a bater ; penere j u n t o s a farinha e o Baking Powder ; addicioneos ao assucar e manteiga, alternadamente, com o leite e água de rosas ; por f i m addicione as claras batidas e m neve • asse e m 3 camadas, ligue as camadas com a seguinte mistura : 3 chicaras de assucar — 3 ovos — 5 figos cortados e m pedacinhos — 1 chicara de passas picadas — 1 chicara de nozes o u amêndoas picadas — 1 chicara de água fervendo. Mexa o assucar n a água até ficar dissolvido, então deixe ferver s e m mexer até a calda ficar e m ponto de fio ; derrame sobre as claras batidas e m p o n t o de neve, continuando a bater até esfriar ; addicione as fructas e espalhe sobre o bolo.
BROWNSTONE CAKE 2 chicaras de farinha de trigo — 1 1/2 chicara de assucar — 1/2 chi' cara de leite — 1/2 chicara de m a n t e i g a — 4 ovos — 3 colheres de sopa de chocolate — 1 colher de chá de Baking Powder — essência de baunilha. B a t a o assucar c o m a manteiga, j u n t e o leite, o chocolate dissolvido e m 1/2 chicara de água morna, ovos b e m batidos, Baking Powder e b a u n i l h a ,- asse e m forma longa e cubra com o creme seguinte : 2 chicaras de chá de assucar e m pó — 1 colher de sopa de manteiga — 1 ovo — 1 chicara de nozes cortadas e m pedacinhos. B a t a o assucar c o m a m a n t e i g a ; afine com o creme ; j u n t e a clara do ovo batido e as nozes. BOLO DE CREME 2 chicaras de farinha de trigo — 2 chicaras de assucar — 1 chicara de l e i t e — 1/2 chicara de m a n t e i g a — 1 chicara de maizena — 8 ovos — 2 co1 heres de chá de Baking Powder — 1 colher de chá de essência de l i m ã o .
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Penere todos os ingredientes seccos • bata bem o assucar com a manteiga ,- j u n t e pouco a pouco as gemmas bem batidas, batendo tudo até ficar bem leve e espesso ; ponha então a essência de limão ; misture a farinha de trigo, maizena e o Baking Powder ; alterne com o leite ; asse em formas bem emmanteigadas ; quando esfriar colloque entre as camadas abudante e espesso creme ; e use t a m b é m como glacé, deixando 2 horas para endurecer. SONHOS DE SUSY 3 1/2 chicaras de farinha de trigo — 1 quartilho de leite — 3/4 de chicara de manteiga — 2 chicaras de assucar — 2 ovos, batidos juntos ou separadamente — 1 colher de chá de Baking Powder. Penere juntos por 3 vezes, a farinha e o Baking Powder j addicione os outros ingredientes ; asse em camadas. BOLO EM CAMADAS 1 3/4 de chicara de farinha de trigo — 1 chicara de assucar — 1/2 chicara de leite — 3 ovos — 1 colher de chá de essência de baunilha ou limão. Bata a manteiga n u m a vasilha grande ; quando estiver bem batida j u n t e pouco a pouco o assucar, batendo constantemente ; então addicione as gemmas batidas ligeiramente e o leite ; bata bem • misture a farinha com o Baking Powder ,• penere e j u n t e ; bata por 3 minutos as claras em ponto de neve ; addicione a essência antes de deitar dentro as claras ; asse em 3 camadas, tendo antes o cuidado de emmanteigar e enfarinhar bem as formas ; quando esfriar cubra com glacé cozida ; espalhe em cima e dos lados pedacinhos de amêndoa descascada e ligeiramente torrada. BOLO DOS NAMORADOS 1 1/2 chicara de farinha de trigo — 1 chicara de assucar — 1/2 chicara de leite — 1/2 chicara de manteiga — 2 ovos — 2 1/2 colheres de Baking Powder — 1 chicara de passas cortadas — 1 chicara de nozes ou avelãs picadas. Bata a manteiga; j u n t e o assucar e bata ; addicione as passas, nozes e os ovos batidos ligeiramente, sem separar, o leite e a farinha peneirada com o Baking Powder ; asse em formas pequenas ; enfeite com glacé, pequenos confeitos vermelhos, amêndoas picadas e avelãs e velas vermelhas.
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BOLO DE CHOCOLATE 1/2 chicara de farinha de trigo — 1 chicara de assucar — 1 pão de chocolate s e m assucar — 2 colheres de chá de Baking Powder — 5 ovos. Raspe o chocolate ; j u n t e a farinha, Baking Powder e os ovos batidos com assucar ; bata t u d o 15 m i n u t o s e asse e m camadas. CREME — 1 chicara de leite — 1/2 chicara de assucar — 1 colher de café de m a n t e i g a — 1 colher de chá de maizena — 2 colheres de chá de baunilha — . Misture b e m a maizena e m 1 chicara de leite ; bata os ovos separadamente ; j u n t e as g e m m a s á chicara de leite e á essência ,- aqueça ; addicione a m a n t e i g a e o assucar; ponha dentro as claras batidas quando esfriar. TORTA DE MOCHA 1 chicara de farinha de trigo — 1/2 chicara de assucar — 1/2 chicara de manteiga — 6 ovos. Ponha os ovos e o assucar n u m a tijella ; colloque sobre u m a panella de água quente até amornar ; bata até esfriar ; bata b e m os ovos e o assucar; addicione a farinha ; misture até ficar l e v e ; então j u n t e m a n t e i g a derretida misturando ligeiramente ; despeje n u m a forma redonda de 10 pollegadas de diâmetro m a i s o u m e n o s e asse e m forno moderado durante 25 m i n u t o s ; depois de assado, retire da forma e deixe esfriar ; corte então e m 3 camadas ligando-as com o seguinte creme : CREME MOCHA — Bata b e m 6 onças de manteiga s e m sal • bata 4 claras de ovos e m ponto de neve ; ponha 5 onças de assucar n u m a panella pequena c o m u m pouco de água ; deixe ferver até a calda ficar e m ponto de bala • feito isto, despeje a calda l e n t a m e n t e sobre as claras, mexendo fortemente ; quando esfriar addicione a m a n teiga e u m pouco de essência de café, batendo t u d o durante alguns m i n u t o s ; espalhe entre as camadas do bolo.
BOLO DE CREME DE CARAMELO 2 chicaras de farinha de trigo — 1 chicara de assucar — 1/2 chicara de leite — 1/2 chicara de m a n t e i g a — 4 claras de ovos — 2 colheres de chá de Baking Powder -— 1 colher de chá de baunilha. Penere a farinha addicionando o Baking Powder ; penere novam e n t e 3 vezes ; bata b e m o assucar c o m a manteiga ; j u n t e a baunilha, depois a farinha e o leite alternadamente ; f i n a l m e n t e j u n t e as claras batidas e m p o n t o de neve ; asse e m 2 camadas, 25 a 30 m i n u t o s .
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RECHEIO DE CARAMELO 1 chicara de creme azedo — 1 chicara de assucar — 1 chicara de a m ê n doas o u nozes picadas. Cozinhe t u d o j u n t o até ficar e m p o n t o de bala, experimentando n a água fria • tire do fogo e mexa até esfriar. MANJAR DIABÓLICO 1 chicara de farinha de trigo — 1 chicara de assucar mascavo — 1/2 chicara de leite — 1 ovo — 1/2 chicara de m a n t e i g a derretida — 1/2 colher de chá de soda — cacau para dar côr. Misture t u d o vendo q u e n ã o fique m u i t o espesso. BOLO DO NATAL 1 chicara de assucar crystalisado — 1/4 de chicara de m a n t e i g a — 1/4 de colher de chá de soda — 1 3/4 de chicara de farinha de trigo — 2 1/2 colheres de chá de Baking Powder — 1/2 chicara de caldo de Grapefruit — 1/3 de chicara de polpa de grapefruit. B a t a a m a n t e i g a , addicionando-lhe pouco a pouco o assucar, bat e n d o sempre ; j u n t e os ovos b e m batidos, depois o caldo da fructa, a seguir a farinha peneirada com Baking Powder e a soda ; bata b e m e j u n t e e n t ã o a polpa da fructa cortada e m pedacinhos j asse • quando esfriar cubra e encha c o m a seguinte mistura : G e m m a s de 3 ovos batidas até endurecer e 1 chicara de assucar, addicionado gradualmente ; j u n t e 1/2 chicara de caldo de grapefruit e misture dentro a casca ralada de u m l i m ã o e 1 colher de sopa de m a n teiga ; cozinhe e m banho-maria até ficar espesso, esfrie a n t e s de espalhar ; corte o bolo e m quadrados pequenos • cubra c o m glacé feit a c o m 2 colheres de sopa de sueco de grapefruit e 1 colher de sopa de s u m m o de l i m ã o , engrossados c o m assucar que lhes dê a consistência necessária para espalhar • a n t e s da glacé endurecer colloque n o centro u m pequeno galho de limoeiro e pingue u m pouco da glacé colorida de vermelho nos galhos. BOLO ENROLLADO Bata 2 ovos como para omelettes ; j u n t e 1 chicara de assucar e m pó, 1 chicara de café de farinha de trigo, u m pouco de baunilha e m pó o u raspa de limão ; despeje essa mistura n u m taboleiro amanteigado n u m a camada tão fina q u a n t o possível ; asse e m forno q u e n t e , es-
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teja a t t e n t o e m q ú a n t o assa, pois leva apenas 2 o u 3 m i n u t o s se o forn o estiver n o p o n t o . Vire o bolo, cubra-o rapidamente com u m a cam a d a de doce e enrolle e m q ú a n t o estiver q u e n t e . Pode-se t a m b é m espalhar dentro do bolo u m creme de chocolate feito s e m ir ao fogo o u u m creme de Mocha.
BOLO DE FRUCTAS P o n h a n u m a tijella 1/2 lb. de m a n t e i g a u m pouco amollecida, 1/2 l b . de assucar e m pó, u m a pitada de sal e misture t u d o b e m . Addicione e m seguida pouco a pouco alternando 5 ovos, 1 lb. de farinha de trigo, 1 chicara de chá de leite e 1 colherinha rasa de café de bicarb o n a t o de soda que deve ser dissolvida n u m a parte do leite. Bata m a i s o u m e n o s u m quarto de hora, até tornal-a leve e arrebentar bolhas. Nessa occasião addicione passas de Smyrna e passas de Malaga, ás quaes se t i r a m cuidadosamente os cabos e sementes, raspa da casca de 1 l i m ã o , 2 cascas de laranja crystalisada, algumas cerejas, t u d o cortado e m pedacinhos. Passe manteiga n u m a forma o u m e s m o n u m a lata de biscoitos rectangular e asse e m forno quente. O bolo deve ser virado e assado depois e m forno brando. Retire-o quente da forma e regue com r h u m . Pode-se substituir a farinha c o m m u m por u m a quantidade igual de farinha especial que se encontra n o commercio, o kakeoma que faz o bolo m a i s leve e com o sabor m a i s delicado. Obtemse t a m b é m melhor resultado substituindo a chicara de leite por 2 o u 3 colheres de creme fresco o u de creme de leite fervido.
CREME DE CHOCOLATE Para a merenda podeis servir e m lindas tijellinhas este delicioso creme de chocolate feito frio e s e m leite. Ponha para amollecer e m banho-maria 4 tablettes grossas de chocolate ; misture-as com 4 g e m m a s de ovos, 2 colheradas de assucar e m pó até ficar u m a pasta b e m ligada. Bata as 4 claras e m neve, addicione-as ao chocolate despeje o creme n o prato e m que se deve servir. Ponha-o a l g u m a s horas na geladeira se fôr possível.
BOLO DE TAMARA 4 g e m m a s de ovos, b e m batidas — 1 chicara de assucar — 1 chicara de tamaras picadas — 1 chicara de nozes picadas — ; bata e addicione ao que ficou acima. 1 colher de sopa de farinha para bolo — 1
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colher de chá de Baking Powder — 1/2 colher de chá de sal — claras batidas. Misture. Duas camadas. Cubra c o m creme e pão de ló. Asse m e i a hora e m forno brando. LAÇOS DE AMOR 1 chicara de gordura — 5 chicaras de farinha de trigo — 1 chicara de assucar — 1 colher de sopa de vinagre de fructas (forte) — 1 colher de chá de sal — 1 ovo — 1 colher de chá de baunilha — 1/4 de colher de chá de casca de noz moscada ralada, (se quizer). Bata a gordura ; addicione gradualmente o assucar, depois os ovos ligeiramente batidos e 1/2 chicara de água morna á qual se j u n t o u o vinagre ; penere a farinha com 1/4 de colher de chá de noz m o s cada e sal, salvo se se usar m a n t e i g a • e n t ã o use 1/2 colher de chá ; quando estiver b e m misturado sove b e m , sobre a taboa de fazer m a s sa por 1 m i n u t o ; corte pequenos pedaços da m a s s a , enrole n a m ã o até obter a grossura de u m lápis e 5 pollegadas de c o m p r i m e n t o ; faça u m a argola u n i n d o b e m as p o n t a s ; enrole outro pedaço, entrelace ao primeiro e una-o t a m b é m ; feito isso, teremos u m l e g i t i m o laço de a m o r ,- asse e m forno m u i t o brando até aloirar ligeiramente ,- quando esfriarem cubra-os com u m a glacé de laranja feita c o m a raspa da casca de u m a laranja grande, posta de m o l h o e m 3 colheres de sopa de água fria durante m e i a hora e coada n u m pedaço de pann o ralo, pondo-lhe assucar que lhe dê a consistência necessária para cobrir os laços com igualdade.
BOLO DE MEL 1 chicara de mel, 1/4 de chicara de m a n t e i g a , 4 ovos, 2 chicaras de farinha de trigo, 1 1/2 colherinha de fermento inglez. Bate-se m u i t o b e m a m a n t e i g a c o m o m e l , j u n t a - s e os ovos batidos separados, por u l t i m o a farinha misturada c o m o fermento. Assa-se e m duas formas iguaes ; bate-se u m pouco de m e l até ficar como creme, que servirá para ligar os bolos. Bate-se u m a clara c o m 130 grammas de assucar, b e m batido, junta-se-lhe u m a colherinha de caldo de l i m ã o . Cobre-se o bolo com esta glacé e enfeita-se c o m doce de laranja e amêndoas lascadas.
BOLO ARCHANJO 1 chicara de farinha de trigo — 1 1/4 chicara de assucar — 9 claras de ovos — 1/2 colher de chá de cremor de tartaro — 1 colher de chá de essência de baunilha.
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Bata as claras e o cremor de tartaro até endurecer ; ponha pouco a pouco o assucar, a farinha e a essência ; asse e m forma s e m gordura.
BOLO ESPONJA 2 chicaras de farinha de trigo — 2 chicaras de assucar — 4 ovos — 1 colher de chá de Baking Powder — 1 colher de chá de essência de lim ã o — 1 pitada de sal. B a t a os ovos separadamente ; depois bata j u n t o s vagarosamente, o assucar, a farinha, o Baking Powder e o s a l ; por f i m , addicione u m a chicara de água fervendo com a essência ; aqueça a forma.
BOLO ALMOFADINHA Bata u m a chicara cheia de manteiga e pouco a pouco addicionelhe u m a chicara cheia de assucar. J u n t e ovos, u m de cada vez, batendo 4 m i n u t o s depois de cada, até inteirar 4. Ponha u m a chicara cheia de farinha de trigo peneirada e m e i a colher de chá de baunilha, depois outra chicara de farinha misturada com duas onças de doce de laranj a crysta!isada,cortado e m pedacinhos, u m a quarta de libra de passas de Cor in th o, 1/4 de lb. de passas Sultana e 3 onças de amêndoas moidas, batendo t u d o fortemente. Despeje a mistura n u m a forma engordurada e enfeite por cima c o m a m ê n d o a s pelladas e lascadas. Asse o bolo e m forma grande e m forno moderado, durante hora e meia, o u e m forminhas de folha d u rante urna hora.
PASTEIS DE CREME DE QUEIJO 1/2 chicara de banha — 1 pacote de 3 onças de queijo de n a t a —1 chicara cheia de farinha de trigo — 2 colheres de sopa de creme — compota — geléa o u marmelada — 1 ovo. Bata j u n t o s a manteiga e o queijo. Penere a farinha e addicionelhe a m i s t u r a da manteiga ; j u n t e t a m b é m o creme misturando b e m . P o n h a sobre u m a taboa de massas enfarinhada e estenda u m a camada q u e fique com a espessura de 2 centímetros aproximadamente. Corte e m rodelas grandes. Humedeça as bordas com água fria, ponha u m a colher de chá de geléa o u compota n o centro, depois dobre as bordas comprimindo-as para unir. Arrume n u m taboleiro engordurado e passe-lhes o ovo por cima ligeiramente batido. Polvilhe c o m assucar e m pó e leve ao forno q u e n t e durante 20 m i n u t o s . São excellentes para o chá da tarde, servidos quentes o u frios.
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PÃESINHOS ESCOCEZES Penere 4 1/2 chicaras de farinha de trigo c o m 1/3 chicara de farin h a de arroz e 3/4 chicara de assucar. P o n h a 1 1 / 2 chicara de m a n t e i ga n u m a vasilha c o m os ingredientes acima e amasse b e m até reduzir a u m a pasta consistente, s e m addicionar n e n h u m liquido. Est e n d a u m a camada de 1/2 pollegada de espessura, corte do feitio desejado e marque por cima com u m garfo o u m o l d e especial. Asse e m taboleiro e m m a n t e i g a d o , e m forno moderado, durante 45 m i n u t o s . Estes pãesinhos p o d e m ser feitos c o m a l g u m a s s e m a n a s de antecedência e conservados e m lata fechada. N a véspera leva-se ao forno brando até esquentar, servindo-se depois de esfriar.
TREVOS 2 1/2 chicaras de farinha de trigo — 1 chicara de assucar — 1/2 chicara de leite — 1/3 chicara de b a n h a — 2 colheres de chá de gengibre — 2 1/2 colheres de Baking Powder — 1 colher de chá de sal — 1 ovo. Bata a gordura ; j u n t e pouco a pouco o assucar, depois os ovos b e m batidos e a seguir o leite ; misture a farinha, o Baking Powder, o sal e o gengibre e penere ; reuna e estenda u m a camada de bôa espessura j corte c o m u m cortador do feitio de trevo ; asse e m forno quente ; deixe esfriar e cubra c o m glacé colorida de verde o u com coco ralado colorido de verde ; se usar o coco passe sobre os biscoitos, m u i t o ligeiramente, clara de ovo diluída n u m a colher de sopa de água fria batida j u n t a m e n t e ; para colorir o coco, dissolva anilina para doce com u m pouco de água, despeje n u m prato f u n d o e j u n t e o coco misturando b e m com u m garfo de prata até ficar colorido por igual • seque antes de usar. PÃO DE PASSAS 1 canada de farinha de trigo — 1 chicara de leite — 3 colheres de sopa de assucar — bolo de fermento — 1 colher de chá de sal — 1 o u 2 ovos — chicara de passas — 1 chicara de groselhas — 1/2 colher de sopa de manteiga e 1/2 colher de sopa de banha. Dissolva a manteiga e a banha de porco n u m a chicara de leite q u e n te, depois addicione 1 chicara o u de água fria o u de leite para tornal-a morna ; penere a farinha com o sal e o assucar ; faça u m buraco n o m e i o da farinha e ponha dentro o bolo de fermento que deve estar dissolvido n u m pouco de água morna ; addicione u m a parte do leite misturando na farinha • quebre então 1 o u 2 ovos e ponha o resto do leite ; bata ligeiramente a massa que deve ficar u m a m i s t u r a espes-
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sa ; deixe crescer toda a n o i t e , b e m coberta, n u m logar quente ; de m a n h ã addicione as passas e groselhas, duas colheres de sopa de assucar e m e i a colher de sopa o u de noz moscada o u de raspa de l i m ã o . Divida e m duas partes amassando m u i t o pouco ; deixe tufar b e m e asse durante 45 m i n u t o s . BOLO DE LIBRA 4 chicaras de farinha de trigo — 2 chicaras de assucar — 2 chicaras de m a n t e i g a — 10 ovos — 1 copo de vinho de cidra fervida — Limão e Amêndoas. Bata a m a n t e i g a ; j u n t e assucar, as g e m m a s de ovos, as claras, e a farinha • misture groselhas n u m a quarta parte de massa e a m ê n doas pelladas moidas, addicionadas a água de rosas, noutra parte ; deixe a restante s i m p l e s ; encha 3/4 partes de forminhas redondas; e m metade dessas forminhas e m que se poz a massa colloque pedacin h o s de l i m ã o , 3 e m cada, introduzindo o limão u m pouco dentro da massa, perpendicularmente ; polvilhe assucar sobre as forminhas da massa que c o n t e m l i m ã o e amêndoas antes de levai-as ao forno ; asse e m 20 m i n u t o s ; cubra com glace e passas o bolo simples. O bolo de libra fica m a i s leve quando é assado e m forminhas. BOLO DE FIGO Bata 1 1/2 chicara de assucar — 3/4 de chicara de manteiga ; j u n t e 1 chicara de leite. Penere 3 chicaras de farinha de trigo, 1/2 colher de chá de sal e 4 colheres de chá de Baking Powder ; addicione metade da farinha, depois 4 claras b e m batidas, o resto da farinha e 1 colher de chá de s u m m o de limão. T o m e 2/3 da mistura e j u n t e - l h e u m a colher de chá de canella, 1 colher de chá de noz moscada, 1 1/2 chicaras de figos cortados enfarinhados, u m a colher de sopa de melaço. P o n h a n u m a forma de canudo, redonda, emmanteigada, e ligeiramente polvilhada de farinha, u m a colherada da mistura escura, alternando, como para o bolo mármore. Asse e m forno moderado. A u g m e n t e o calor do forno ; d i m i n u a o calor n a u l t i m a m e i a hora ; asse durante 55 m i n u t o s aproximadamente. TORTAS COM GELE'A E FRUCTAS Forra-se u m a forma com massa folhada, põe-se n o fundo u m a camada de geléa de qualquer fructa, sobre a geléa, fatias de banana e maçã cortadas b e m finas. Faz-se u m creme cru com 1/2 garrafa de leite, 4 g e m m a s , assucar e baunilha, põe-se por cima das fructas e vae ao forno quente para assar.
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R E C H E I O S E GLACES RECHEIO DE CHOCOLATE 1 1/2 pães de chocolates — 3 colheres de sopa de leite — 1 chicara de assucar — 1/2 colher de baunilha — . Dissolva o chocolate ; j u n t e 1/2 chicara de assucar e o leite ; mexa até ligar b e m ; p o n h a o resto do assucar ; cozinhe e m banho-maria durante 20 m i n u t o s e addicione e n t ã o a baunilha.
RECHEIO DE CARAMELO 1 l b . de assucar mascavo —.1 chicara de leite — 2 ovos — baunilha. Ferva o leite com o assucar até ficar e m p o n t o de bala ; bata as g e m m a s e as claras separadamente, depois j u n t e - a s . Pouco a pouco vá misturando-lhes a calda q u e n t e , batendo sempre ; j u n t e a baunilha e bata até esfriar e ficar b e m consistente.
RECHEIO DE CREME BATIDO 3/4 de chicara de creme — 1/4 de chicara de assucar — 1 clara de ovo — 1/2 colher de chá de baunilha. Ponha n u m a tijella de t a m a n h o regular dentro de u m a paneila com gelo quebrado ao se addicionar u m pouco de água ; despeje o creme n a tijella e bata até endurecer c o m u m batedor de arame ou, se fôr possível, especial para cremes ; bata b e m de fôrma que as bolhas de ar n ã o sejam m u i t o grandes ; j u n t e o assucar, clara de ovo b e m batida com baunilha ; conserve frio.
GLACE MOCHA 1 chicara de assucar crystalisado — 1 colher de chá de cacáo — 2 colheres de sopa de m a n t e i g a — 1/4 de colher de chá de baunilha — Mais o u m e n o s 2 colheres de sopa de café frio, b e m forte. Bata a manteiga ; addicione pouco a pouco o assucar e o cacáo ; j u n t e a baunilha, depois o café, até a mistura ficar b e m ligada formando u m creme espesso que se possa espalhar.
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GLACE COZIDA 1 chicara de assucar — 1/3 de u m a chicara de água — 1/4 de colher de chá de cremor de tartaro — 1 colher de chá de essência — 1 clara de ovo (grande) . B a t a a clara até ficar b e m leve e e s p u m a n t e ; addicione o cremor de tartaro ; bata até endurecer e seccar ; faça u m xarope de assucar c o m água ; quando estiver e m ponto de m e l o u ponto de fio, j u n t e vagarosamente 5 colheres de sopa ao ovo, batendo b e m ; então cozinhe o xarope restante até apertar o p o n t o e espalhe sobre o ovo, bat e n d o sempre ; p o n h a a essência e continue a bater até ficar suffic i e n t e m e n t e frio para cobrir o bolo.
RECHEIO DE CREME DE MAIZENA 1/2 chicara de assucar crystalisado — 3/4 chicara de maizena — 1 chicara de coalhada — 1/4 chicara de nozes o u amêndoas picadas — 1 colher de chá de baunilha. J u n t e o assucar c o m a maizena e misture com a coalhada formando u m a pasta b e m ligada. Cozinhe n u m fervedor, mexendo s o m e n t e até engrossar. Addicione as amêndoas e a baunilha e quando esfriar, use para entremeias as camadas de bolo de chocolate ou com o recheio para tortas.
GLACE PARA BOLO BRANCO 1 1/2 chicaras de assucar — 1 chicara de água — 2 claras de ovos. Ferva a água com o assucar fazendo u m a calda e m ponto de fio ; despeje sobre as claras b e m batidas, continuando a bater ; quando estiver quasi frio, j u n t e 1/2 chicara de abacaxi cortado e m pedacinhos.
MERENGUES PARA ENFEITAR TORTAS E BOLOS Bate-se, c o m u m batedor de arame, 6 claras, até ficarem b e m e n corpadas ; depois, junta-se-lhes 400 grammas de assucar refinado e peneirado, mistura-se b e m e continua-se a bater ; conhece-se q u a n d o o merengue está b o m , tirando-se u m pouco da massa com a colher e pondo-se sobre u m papel ; se não alastrar está n o p o n t o .
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P O N T O S DO ASSUCAR PONTO DE PASTA Deita-se a calda n o tacho e leva-se ao fogo. Tendo fervido alguns m i n u t o s , mergulha-se a escumadeira n o centro da fervura levanta -se n o ar dando-lhe, ao m e s m o t e m p o , duas voltas e conservando-a virada de lado ; se a calda, ao escorrer, formar e m toda a largura da beira inferior da escumadeira u m a espécie de orla, do centro da qual se desprenda e m fio, está n o ponto.
PONTO DE FIO BRANDO Conhece-se que a calda está neste ponto, tirando-se u m pouco e m o l h a n d o nella a p o n t a do dedo indicador ; sopra-se para esfriar u m pouco, encosta-se-lhe depois a ponta do dedo pollegar e faz-se o m o v i m e n t o de abrir e fechar os dedos. Deixando a calda u m fio quebradiço, entre os dedos, está n o ponto.
PONTO DE FIO Continuando a calda a ferver, e m poucos m i n u t o s chega ao pont o de fio. Conhece-se este p o n t o , fazendo com os dedos a operação acim a indicada. Se a calda deixar entre os dedos, u m fio que n ã o se quebre, está n o ponto.
PONTO DE VOAR Logo que a calda está n o p o n t o de fio, fervendo m a i s alguns min u t o s , está n o ponto de voar. Conhece-se, m o l h a n d o a escumadeira n a calda, levantando-se e deixando escorrer a calda ; acabando de escorrer, ficando u m fio fino e leve, está n o p o n t o de voar.
PONTO DE QUEBRAR Conhece-se que a calda está chegando neste p o n t o , quando desapparece o vapor que sae da fervura e sabe-se que está n o ponto, tirando com a escumadeira u m pouco de calda e deitando-a dentro da água fria; deve estalar e então comprime-se com os d e d o s ; se quebrar, está n o p o n t o .
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CALDAS PARA P U D D I N G S CALDA ESPESSA 1 chicara de assucar — 1/2 chicara de m a n t e i g a — 2 ovos — 1 colher de chá de noz moscada. B a t a o assucar e a m a n t e i g a até ficar u m creme branco ; j u n t e as claras ; bata alguns m i n u t o s ; addicione cidra fervida e noz m o s cada ; p o n h a sobre o gelo o t e m p o necessário para gelar.
CALDA f DE CARAMELO 1/3 chicara de assucar — 1 quartilho de creme. P o n h a o assucar n u m a panellinha Sobre o fogo, mexa até dissolver e ficar ligeiramente castanho ; addicione, pouco a pouco, cuidad o s a m e n t e , 1/2 chicara de água fervendo e deixe cosinhar e m fogo brand o durante 10 m i n u t o s ; o u derreta o assucar n u m a panellinha, j u n te-lhe o creme e p o n h a e m banho-maria até o caramelo se dissolver.
CALDA DE LIMÃO 1 chicara de assucar — 2 chicaras de água q u e n t e — 1 limão — 2 colheres de sopa de maizena — 2 colheres de sopa de m a n t e i g a . Misture o assucar c o m a maizena ; addicione, pouco a pouco, a água fervendo mexendo s e m parar ; cosinhe durante 8 a 10 m i n u t o s ; j u n t e s u m m o de l i m ã o e manteiga, sirva quente.
CALDA DE LARANJA 1 colher de chá de maizena — 2 colheres de sopa de assucar — 3 laranjas. Misture a maizena com o assucar ; esprema o s u m m o das laranj a s e aqueça-o ; quando estiver sufficientemente aquecido j u n t e a m a i z e n a e o assucar e cosinhe a t é ficar transparente.
CALDA PARA O PUDDING DE NATAL Usa-se o u n ã o , conforme o gosto. Derreta 2 colheres de sopa de manteiga n u m a panellinha ; j u n t e 1 colher de sopa de maizena ; m i s -
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Caldas
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ture b e m ; accrescente u m a chicara de água e deixe ferver m e x e n d o s e m parar ; j u n t e então 1/2 chicara de assucar mascavo e 1/2 colher de chá de baunilha.
CALDA PARA TORTA DE AMORAS 1/2 chicara de assucar — 1 chicara de leite — 1 colher de sopa de manteiga — 1 colher de chá de maizena — 1 chicara de amoras esmagadas — . Bata j u n t o s o assucar, a manteiga, as amoras e o leite ; desmanche a maizena n u m pouco de leite e despeje pouco a pouco n a m i s tura ; deixe ferver 3 m i n u t o s e sirva.
CALDA DE MORANGOS Passa-se e m u m passador fino, geléa de morangos e desmanchase com u m pouco de calda f i n a ; perfuma-se com licor, isto é, j u n t a se u m a colherinha de licor n o m o m e n t o de servir.
MOLHO DE CHOCOLATE Desmancham-se 250 g r a m m a s de chocolate e m 4 decilitros de água, junta-se u m pouco de baunilha e deiza-se cosinhar e m fogo fraco durante 20 m i n u t o s ; retira-se do fogo e j u n t a m - s e 3 colheres de nata fresca e 1/2 colher de manteiga.
SOBREMESAS DOCES- PUDDINGS - BALAS FUDGE 2 chicaras de assucar — 1 chicara de leite — 1 colher de sopa de manteiga — 1 chicara de melaço — 2 pães de chocolate — Baunilha. Cosinhe até ficar e m ponto de b a l a ; bata até assucarar; despeje n u m a forma emmanteigada ; corte e m quadrados.
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CRYSTAES DIVINAES 2 chicaras de assucar — 1/2 chicara de xarope branco — 2 claras — 1 chicara de nozes — 1/2 chicara de água. Cosinhe j u n t o s o assucar, o xarope e 1/2 chicara de água, até ficar e m p o n t o de bala ; bata as claras e m p o n t o de neve ; quando o xarope ficar prompto, derrame vagarosamente sobre as claras e bata fort e m e n t e até endurecer ; j u n t e as nozes e a essência a n t e s do xarope esfriar ; ponha n u m a travessa funda que se possa cortar e m fatias q u a n d o esfriar. São m u i t o finos.
PINOCHE 2 chicaras de assucar mascavo — 1 chicara de creme — 1 chicara de nozes picadas — 1 pedaço grande de manteiga. Cosinhe o assucar e o creme até ficar b o m ; accrescente a m a n t e i ga e as n o z e s ; retire do fogo, deixe esfriar 5 m i n u t o s ; então bata até ficar c o m bôa consistência.
CREME ESCOCEZ 3/4 chicara de m a n t e i g a — 2 chicaras de assucar — 1 chicara de m e laço — 1/3 de chicara de vinagre de fructa. Cosinhe t u d o j u n t o , mexendo até ficar e m p o n t o de bala ; despeje e m taboleiros e m m a n t e i g a d o s e marque e m q ú a n t o está q u e n t e para cortar quando esfriar.
PUXA-PUXA 2 chicaras de assucar — 1/2 colher de sopa de m a n t e i g a — 1 chicara de água — 1 colher de chá de cremor de tartaro — 1 colher de sopa de vinagre de fructas — Essência de baunilha. Cosinhe até ficar e m p o n t o de fio ; esfrie e estire.
CARAMELOS SIMPLES 2 chicaras de assucar — 3/4 chicara de leite — 1/3 chicara de m a n teiga — 1 colher de chá de baunilha o u l i m ã o . Mexa só até começar a ferver e deixe ; cosinhe até aloirar ligeiram e n t e , durante 20 a 25 m i n u t o s ; despeje e m formas e m m a n t e i g a das ; q u a n d o esfriar u m pouco corte e m quadrados.
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CARAMELO DE COCO 1/4 chicara de água 1 1/2 lb. de assucar — 1/4 chicara de creme — 1 quartilho de coco ralado. Ferva j u n t o s o creme, a água, e o assucar durante 10 m i n u t o s ; j u n t e o coco e cosinhe m a i s dez m i n u t o s ; despeje n u m a travessa e m manteigada e quando estiver frio corte e m pedaços. MEL ROSADO T o m e 3 rosas vermelhas, 3 chicaras de m e l , 1 chicara de água, pon h a n u m a panella e leve ao fogo, deixando ferver l e n t a m e n t e ; ponha u m a pitada de pedra h u m e e deixe ferver a t é o xarope engrossar. Côe n u m p a n n o ralo e m q ú a n t o estiver q u e n t e . Despeje e m copos o u vidros. Qualquer outra flor que n ã o seja venenosa, pode ser usada. Trevo, lilaz, lyrio do valle, o u qualquer outra que as abelhas g o s t e m de sugar, contanto que o volume seja igual ao de 3 rosas. Isto é extremam e n t e agradável. PUDDING DO LAR 2 chicaras de farinha de trigo — 1/2 chicara de assucar — 1 chicara de leite — 1 ovo b e m batido — 1/4 chicara de m a n t e i g a — 3 colheres de sopa de Baking Powder — 1/2 colher de chá de sal. Bata a m a n t e i g a ; j u n t e pouco a pouco o assucar e o o v o ; m i s t u re a farinha c o m o Baking Powder, o sal e addicione, alternando com o leite, á primeira m i s t u r a ; asse e m forno moderado durante 35 min u t o s . Sirva c o m baunilha o u calda espessa, amoras amassadas, sueco de fructas, geléas o u compota s.
PUDDING DE COCO 1/2 coco — 1/4 de u m pão de trigo — 1 quartilho de leite — 1/2 chicara de assucar — 1 chicara de m a n t e i g a — 3 ovos. Rale o coco e cosinhe e m fogo l e n t o dentro do leite ; passe n o pão ; quando esfriar acerescente o assucar e a m a n t e i g a batidos como creme, depois j u n t e os ovos e asse. Para pudding de pão n ã o ponha o coco. PLUM PUDDING 2 chicaras de farinha de trigo — 1/2 chicara de l i m ã o — 1/2 chicara de leite — 1/2 chicara de c o m p o t a de laranja — 4 ovos — 1 1/2 chicaras de assucar — 1 1/2 chicaras de t u t a n o picado m u i t o f i n o — 1 1/2
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chicaras de passas s e m s e m e n t e s — 1 1/2 chicaras de groselhas — 1 colher de chá de Baking Powder — 1 colher de chá de canella — 1 colher de chá de cravinhos e outra de noz moscada. B a t a b e m o t u t a n o até desfazel-o, j u n t e os ovos batendo. Misture t u d o deixando o leite para o f i m , despeje n u m a tijella grande ; p o n h a n u m a forma b e m e m m a n t e i g a d a ; leve ao fogo dentro de u m a panella c o m água fervendo que chegue até ao m e i o da forma ; deixe n o fogo durante 3 o u 4 horas ; vire cuidadosamente n u m prato, sirva c o m cidra o u calda espessa.
PUDDING DE AMEIXA 1/2 l b . de ameixas — 1/4 de chicara de assucar — 2 ovos — 1/2 colher de sopa de s u m m o de l i m ã o . Lave as ameixas e deixe-as de m o l h o nagua durante a noite ; cosinhe n a m e s m a água até ficarem b e m macias ; retire os caroços e amasse as ameixas n u m passador de batatas ; j u n t e o assucar e cosinhe 5 m i n u t o s ; b a t a as claras e m ponto de neve ; addicione isso j u n t a m e n t e c o m o s u m m o de l i m ã o , á polpa de ameixas, mexendo ligeiram e n t e c o m o garfo; despeje t u d o n u m a forma funda e m m a n t e i g a d a e asse durante 20 m i n u t o s n u m forno b r a n d o ; sirva c o m creme o u leite creme feito c o m g e m m a s de ovos.
PUDDING DE TAMARA 3 chicaras de farinha de trigo — 1 chicara de melaço — 1/2 chicara fle l e i t e — 1/3 chicara de m a n t e i g a — 4 colheres de chá de Baking Powder — 1/2 colher de chá de sal — 1/2 colher de chá de cravinhos — 1/2 colher de chá de especiarias — 1/2 colher de chá de noz moscada — 3/4 lb. de tamaras cortadas e m pedacinhos. Derreta a m a n t e i g a ; j u n t e - a ao melaço c o m o leite ; penere j u n t a m e n t e a farinha de trigo, o Baking Powder, sal e especiarias e addicione-os b e m como as tamaras ; ponha n u m a forma e m m a n t e i g a da ; cosinhe e m banho-maria durante 2 1/2 horas ; sirva com calda de cidra. PUDDING DE ARROZ 1/2 chicara de arroz — 1 1/2 quartilhos de leite — 1/2 chicara de assucar — 1 colher de sopa de casca de l i m ã o picada e m pedacinhos — 1 bôa pitada de sal. P o n h a o arroz, lavado e escolhido, o sal e o leite, n u m a forma de p u d d i n g ; asse e m forno moderado durante 2 horas, mexendo cons-
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tantemente e durante a primeira hora e meia ; deixe então acabar de cosinhar sem mexer até ficar com uma crosta aloirada ; come-se frio com u m creme. PUDDING DOS RECEMCASADOS 1 chicara de assucar — 1 colher de sopa bem cheia de farinha de trigo — Maçãs ácidas — 1 quartilho de água quente. Faça uma massa consistente como para biscoitos ; descasque e corte em fatias algumas maçãs (1 cortador de batatas é excellente para isso); estenda com o rolo u m a camada de 1/2 pollegada de espessura ; cubra com as fatias de maçã ; enrole como bolo de geléa ; corte pedaços desse rolo do tamanho de 3/4 de pollegada e arrume n u m taboleiro, vendo que não fiquem muito juntos ; misture então o assucar e a farinha n u m a panella, j u n t e pouco a pouco á água quente e cosinhe até ficar transparente, mexendo constantemente ; perfume a gosto e despeje sobre os rolos levando logo a seguir ao forno ou em banho-maria, e deixe cosinhar 45 m i n u t o s ; se fôr cosinhado em banhomaria, ponha no forno alguns minutos para corar.
PUDDING DE GRAÇA 2 chicaras de farinha de trigo — 1/2 chicara de melaço — 1 chicara de leite — 1 chicara de passas — 2 colheres de sopa de manteiga — 1/2 colher de chá de sal — 1/2 colher de chá de soda — 1/4 de colher de chá de cravinhos — 1/4 de colher de chá de outras especiarias — 1/4 de colher de chá de noz moscada. Misture e penere a farinha, a soda, o sal, e as especiarias ; addicione o leite, o melaço e a manteiga derretida; bata bem e accrescente as passas sem sementes cortadas em pedacinhos ; vire n u m a form a bem engordurada ; amarre bem a t a m p a e cosinhe em banho-maria durante 2 1/2 horas ; sirva com calda. PUDDING DO LAR COM ESPECIARIAS Bata juntamente u m ovo e u m a chicara de nata, addicione então 3/4 chicara de assucar mascavo e continue a bater bem. Misture e penere 1 2/3 chicara de farinha de trigo, 1 1/4 colher de chá de cravinhos da índia, canella e cacáo, uma pitada de sal e 2 colheres de chá de Baking Powder. Reuna as 2 misturas, despeje n u m a forma engordurada. Asse em forno moderado durante 26 minutos. Sirva quente com creme de caramelo feito com a mistura de u m a colher de sopa de mai-
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zena, u m a chicara de assucar mascavo e u m a colher de sopa de m a n teiga derretida. Leve ao fogo mexendo até o assucar derreter, accrescente u m a chicara cheia de água fervendo e cosinhe até engrossar.
PUDDING DO NATAL 1/2 chicara de farinha de trigo — 3/4 chicaras de t u t a n o — 3 1/2 chicaras de pão da véspera — 1 1/4 chicara de cenoura crua — 1 colher de chá de Baking Powder — 1 l i m ã o — 1 chicara de passas s e m sementes — 3/4 chicaras de groselhas — 1 chicara de limão — 3 ovos — 1 1.2 chicaras de assucar mascavo — 1/4 colher de chá de cravinhos — 1/2 colher de chá de noz moscada ralada — 1 colher de chá de canella — 1 1/2 colher de chá de sal — 1 colher de sopa de vinagre de fructas (forte). Faça u m creme de t u t a n o cortado e m pedacinhos amassando-o com a m ã o dentro de u m a tijella aquecida ; j u n t e a cenoura ralada, o miolo de pão de massa fina ; misture isso b e m e accrescente a casca de u m limão ralado e o vinagre ; bata as g e m m a s ligeiramente e addicione-lhes o assucar pouco a pouco ; reuna essas duas misturas e bata b e m ; penere a farinha de trigo com o Baking Powder, sal, e especiarias ; j u n t e as passas s e m sementes, as groselhas e o limão cortado e m pedacinhos ; misture isso a outra mistura ; bata b e m ; por f i m , addicione então as claras de ovos b e m b a t i d a s ; despeje n u m a forma e m m a n t e i g a d a e cosinhe e m banho-maria 3 1/2 horas ; vire n u m prato quente e enfeite com amoras e folhas ; sirva com u m a calda fina. BALAS DE NOZES Junta-se a u m kilo de nozes pesadas com a casca, 1/2 kilo de assucar e 2 g e m m a s de o v o s ; mexe-se n o fogo até despegar da panella ; depois de m o r n o fazem-se as balas do seguinte m o d o : prepara-se u m a calda c o m assucar crystalisado ; quande estiver e m ponto de fio, tira-se do fogo e bate-se até ficar como u m creme, lançando-se dentro, e m seguida, as balas, u m a a u m a e retirando-as com u m a colherinha, dando-se o formato que se desejar e deitam-se sobre a pedra m á r m o re ligeiramente untada de manteiga. Segue-se o m e s m o processo para os bonbons de chocolate, j u n tando-se chocolate á calda quando esta estiver como u m creme. Querendo-se fazer o recheio com fructas e m vez de se usar ovos e nozes, accrescenta-se o sueco de fructa que se deseja.
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AMEIXAS RECHEIADAS Escolhem-se ameixas b e m macias e grandes. Retira-se o caroço t e n d o o cuidado de n ã o estragal-as. Faz-se a massa do recheio c o m 3 chicaras de assucar, 4 g e m m a s de ovos, 1 chicara de a m ê n d o a s m o i das, e u m pouco de baunilha. Para pellar as a m ê n d o a s basta u m pouco^de água fervendo. Estando esse preparado b e m mexido leva-se ao fogo, sempre mexendo para n ã o pegar n o fundo da panella. Tira-se do fogo, deixa-se esfriar ligeiramente e recheiam-se as ameixas, passando-as depois e m assucar crystalisado. Pode-se t a m b é m substituir as ameixas por tamaras. DELICIAS DE CHOCOLATE Passa-se n a machiha de picar 1/2 chicara de tamaras e 1/2 chicara de figos e 1/2 chicara de nozes. Accrescenta-se 1 colher de sueco de laranja, u m pedaço de laranja crystalisada e u m a tablette de fino chocolate derretido. Misturam-se todos os ingredientes depois de picados e formam-se bolas que se passam e m assucar crystalisado. Pode-se t a m b é m collocar a massa e m baixo de pesos e depois cortal-a do feit i o que se queira. SWEETS Usam-se para esses doces fructas crystalisadas o u de calda que se escorrem e picam-se e m t a m a n h o igual, seccando-se ao forno quando são de calda. Derrete-se chocolate fino e m banho-maria e conserva-se quente para não endurecer. Com u m garfo m e t t e m - s e as fructas n a calda de chocolate com baunilha. Cada pedacinho deve ficar b e m coberto e depois enrolado e m papel envernizado para endurecer.
PIPOCA CANDY Usa-se para esse doce m e l o u melado. Para u m a chicara de melado u m a colher de vinagre de uva. Deixa-se ferver até que a calda t o m e consistência quando se despejar as porções e m água fria. Despeja-se sobre pipocas arrebentadas n o m o m e n t o e formam-se as balas.
BONBONS DE CHOCOLATE E COCO U m a chicara de coco ralado, s e m o leite. Duas chicaras de assucar mascavo — 5 colheres de chocolate — 1/2 chicara de leite de coco — 1 colher de chá de manteiga.
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Põe-se o assucar e o leite de coco e m u m a panella, ferve-se durante 1/4 de hora mexendo sempre. Antes de tirar do fogo accrescenta-se o coco e a m a n t e i g a e bate-se até esfriar. Deita-se e m formas e corta-se e m quadrados antes que esfrie. TOFFEE DE AVELÃS •***Excellente toffee se faz com 3 chicaras de assucar mascavo e u m a chicara de água. Quando ferver accrescenta-se u m a colher de m a n teiga. Deixa-se ferver de novo até tomar o ponto de partir. Deitam-se as avelãs picadas, perfuma-se com baunilha o u com u m a casca de lim ã o . Despeja-se sobre a m e s a de mármore e corta-se e m quadrados e m q ú a n t o a massa estiver quente.
BALAS DE OVOS Põe-se n o tacho ao fogo, u m copo de água, 1/2 kilo de assucar ; faz-se a calda e m ponto de fio. Deixa-se esfriar, j u n t a m - s e 24 g e m m a s de ovos, leva-se ao fogo para engrossar até formar u m a massa. A m e tade do assucar deve ser crystalisado e a outra metade, refinado. Deixa-se a massa esfriar e fazem-se pequenas bolas para passar e m calda e m ponto de quebrar.
FIGOS GLACE'S T o m a m - s e u n s figos seccos, tiram-se-lhes u m pouco das sementes abrindo-se pela parte de baixo ; passam-se u m pouco de geléa de qualquer fructa por dentro ; prepara-se u m a massa de nozes ; faz-se com ella pequenas bolas que se introduzem na abertura dos figos. Glaçam-se depois com chocolate e arrumam-se de pé como figos frescos.
BOMBOCADO ART-NOUVEAU Faz-se u m a calda e m ponto de fio grosso com 1 kilo de assucar .; junta-se-lhe depois o leite puro de 1 coco, 7 colheres.de queijo ralado, 2 colheres de farinha de trigo e 12 ovos ligeiramente batidos. Assa-se e m forminhas untadas com manteiga e m forno quente. SUSPIRO MORENO Leva-se ao forno para seccar u m kilo de assucar ; depois j u n t a m se-lhe u m pires de cacáo e 5 claras, e vae-se amassando como para
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biscoito. Depois da massa bem ligada, fazem-se com ella bolinhas e levam-se em taboleiros ao forno quasi frio. CREME COM AMEIXAS Aferventam-se umas ameixas com assucar. Prepara-se u m creme de baunilha bem grosso, que gele depois de frio. Embebem-se em vinho do Porto umas fatias de pão de ló torrado, ou uns palitos de pão de ló. Arrumam-se n u m prato u m a camada de creme, u m a de pão de ló, outra de ameixas sem a calda e cobre-se tudo com suspiro ; enfeita-se com umas ameixas por cima, polvilha-se o assucar bem secco peneirado e leva-se ao forno para corar.
T O R T A S MASSA PARA TORTAS 1 1/2 chicaras de farinha de trigo peneirada — 1/2 colher de chá de sal — 1/2 chicara de banha fria (ou metade banha, metade manteiga) — 1/4 chicara de água gelada. Misture a banha com a farinha ; j u n t e a água gelada e amasse ; depois estenda. TORTA DE COCO DELICIOSA Bata bem 3 ovos e junte-lhes 2 colheres de sopa de maizena misturadas com 4 colheres de sopa de assucar, 2 chicaras de leite aquecido ; ponha n u m fervedor e leve ao fogo mexendo até engrossar. Deixe esfriar e addicione-lhe 1 colher de chá de baunilha ; 1 chicara de coco. Recheie a massa já assada, preparada para a torta ; cubra-a com creme batido e espalhe em cima, para enfeitar, pedacinhos de nozes. TORTA ESCOCEZA 1 chicara de assucar mascavo — 2 colheres de sopa de manteiga — 1 chicara de leite — 2 colheres de sopa de farinha de trigo — 2 gemmas de ovos. Bata a manteiga com o assucar ; j u n t e as gemmas batidas, depois a farinha. Ferva o leite e addicione-o, pouco a pouco, á mistura. Cosinhe até engrossar ; recheie uma camada de massa assada e sirva com creme batido ou cobrindo completamente com merengue.
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TORTA DE LEITE CREME 1/3 chicara de farinha chicara de manteiga •— 6 Misture e perfume a primeiramente a massa
de trigo o u maizena — 3 chicaras de leite — 1 ovos — 1 1/2 chicaras de assucar. gosto ; é o sufficiente para 3 tortas ; asse da torta.
TORTA DE CHOCOLATE 2 g e m m a s de ovos — 1/2 chicara de assucar — 2 pães de chocolate — 2 chicaras de leite — 1/4 chicara de farinha de trigo — 1 colher de chá de essência de baunilha. Bata as g e m m a s , j u n t e o assucar misturado com a farinha, depois accrescente o chocolate dissolvido. Ferva o leite e addicione-o á outra mistura.ponha n u m fervedor e cosinhe até ficar consistente (20 a 30 m i n u t o s ) , mexendo para evitar que embole. Recheie a massa assada e cubra com as claras batidas com 4 colheres de sopa de assucar. Leve ao forno para corar ligeiramente. TORTA DE NOZES 1 chicara de nozes — 3/4 chicara de assucar — 3 ovos — 1/2 colher de chá de Baking Powder — 2 bolachas socadas. Bata as g e m m a s , j u n t e o assucar, depois as bolachas e as nozes. Bata as claras, polvilhe o Baking Powder sobre ellas e reuna á outra mistura. Asse durante 25 a 30 m i n u t o s e m forma emmanteigada. Sirva com creme batido. TORTA DE AMORAS 1 quartilho de farinha de trigo — 1 colher de chá de manteiga — 3/4 de chicara de leite — 1 colher de chá de Baking Powder — 1/4 de colher de chá de sal — Amoras. Penere a farinha de trigo com o Baking Powder ; misture-lhes a m a n t e i g a e o sal, j u n t e o leite e estenda com o rolo u m a camada de 1 a 3 pollegadas de espessura ; espalhe qualquer qualidade de a m o ras e m abundância ; polvilhe assucar por cima e enrole ; asse durante meia hora e sirva quente com calda. TORTA DE MORANGOS E' u m a esplendida sobremesa para u m jantar leve. Misture 1 1/2 chicaras de morangos, ligeiramente cortados, com 1 chicara de assucar
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crystalisado. Faça u m a massa consistente como para biscoito, e s t e n da com o rolo u m a camada fina e forre c o m ella forminhas de pão, e m m a n t e i g a d a s ; encha com morangos até o m e i o , u n a b e m e n t ã o as pontas da massa, comprimindo-as, pincele c o m leite e asse e m forn o moderado durante 25 m i n u t o s approximadamente. Sirva quente, com calda espessa.
MASSA DOCE PARA TORTAS 500 grammas de farinha de trigo, 250 g r a m m a s de m a n t e i g a fresca, 4 g e m m a s e 4 colheres de assucar. Penera-se a farinha e faz-se u m a cova n o centro, onde se deita a manteiga, as g e m m a s e o assucar ; vae-se desmanchando esses 3 ingredientes até ficarem b e m misturados, depois vae se l h e j u n t a n d o a farinha, n ã o amassando, m a s espremendo até ficar t u d o b e m ligado. Forra-se a forma de torta c o m massa doce, enche-se c o m doce de maçã ou outro qualquer e assa-se e m forno q u e n t e . ALGUMAS COUSAS SOBRE O LEITE QUE DEVEMOS RECORDAR. O leite é o alimento m a i s rico e m ferro e por isso torna os ossos e os dentes fortes. O leite c o n t e m as vitaminas que promovem o crescimento. O leite lhe dará energias e vi vae ida de. O leite fortalece os seus músculos. O leite fortalece os seus nervos e lhe prepara u m a vida longa e feliz. Tomar leite é contribuir para á saúde. O regimen do leite é o regimen da saúde. Siga-o.
SORVETES -- GELADOS CARAPINHADAS SORVETE DE LEITE 2 canadas de leite — 3 chicaras de assucar — 1 colher de sopa de baunilha ou essência de limão. Misture b e m e gele, deixando na sorveteira espaço para a dilatação.
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SORVETE DE CREME DE BAUNILHA 4 chicaras de leite — 1 1/2 chicara de assucar — 4 ovos — 1 colher de sopa de baunilha o u essência de l i m ã o . Prepare e cosinhe os ingredientes n o m o d o geral que se explica na seguinte receita. SORVETE NEW YORK 5 chicaras de leite — 1 chicara de assucar — 4 g e m m a s de ovos — 1 colher de sopa de gelatina — 1 colher de sopa de baunilha o u essência de limão — u m a pitada de sal. Faça u m creme do leite, assucar, ovos e sal ; deixe dar u m a fervura ; retire do fogo e addicione-lhe a gelatina dissolvida n u m p o u co de água morna ; esfrie, côe e j u n t e a essência ; bata o creme ; addicione-o ao leite creme e ponha a gelar quando ficar frio. SORVETE DE CARAMELO 1 chicara de assucar — 1 canada de creme — 1 chicara de água fervendo — baunilha. Dissolva 1/2 chicara de assucar n u m a panellinha e quando aloirar, j u n t e - l h e a água ; deixe e m fogo brando durante 10 m i n u t o s ,côe, addicione-lhe o creme e 1/2 chicara de assucar ; perfume e gele. SORVETE DE CHOCOLATE 2 tablettes de chocolate — 3 chicaras de assucar — 1/2 quartilho de leite — 1/2 quartilho de água quente — 2 canadas de leite — 2 canadas de água — 1 colher de sopa de gelatina. Dissolva o chocolate e m duas colheres de sopa de água fervendo ; j u n t e - o com o assucar ao leite quente ; cosinhe até ficar e s p u m a n t e , mexendo sempre porque q u e i m a facilmente ; addicone as duas canadas de leite e os de água ; quando estiver morno, retire do fogo e misture depressa a gelatina dissolvida e m água morna ; deixe n u m logar frio até tomar consistência e esfriar, depois gele. SORVETE DE LARANJA 7 laranjas — 2 limões — 4 claras de ovos — 2 1/2 quartilhos de assucar — . Desmanche o assucar e m duas e m e i a canadas de água e leve ao fogo durante 15 a 20 m i n u t o s ,- esfrie ; j u n t e o s u m m o coado e q u a n -
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do estiver quasi gelado, accrescente as claras batidas e gele. Essa quantidade é sufficiente para 5 canadas de sorvete. Sirva em copos de carapinhada. SORVETE DE LIMÃO 1 quartilho de summo de limão — 1/2 copo de summo de laranja — 2 onças de gelatina — 2 chicaras de assucar. Deixe de molho a gelatina durante a noite em 1/2 quartilho de água ; pela m a n h ã j u n t e 3 canadas de água e dê u m a fervura ; côe o caldo da fructa, adoce e gele.
CARAPINHADA DE LIMÃO E LEITE 2 quartilhos de leite — 2 chicaras de assucar — summo de 3 limões. Dissolva o assucar no leite, junte-lhe o summo dos limões vagarosamente e gele.
CARAPINHADA DE FRUCTAS 3 limões — 1 laranja — 1/2 chicara de abacaxi picado — 2 1/4 de chicara de assucar — 1 clara de ovo — 1 canada de água. Ferva a água com muitas fatias de limão e casca de laranja durante 10 minutos ; esfrie, accrescente o summo e o abacaxi ; resfrie ; quando estiver quasi gelado, j u n t e a clara batida.
G E L E AS Pontos importantes no modo de preparar as Geléas PARA PREPARAR OS COPOS PARA GELE'AS Lave os copos e ponha-os n u m a panella com água fria ; arrumeos por ordem e aqueça a água pouco a pouco até ferver ; retire os copos e escorra-os ; ponha-os emqúanto encher sobre u m panno molhado em água quente e depois torcido.
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PARA FAZER O SACCO DE COAR GELEA Traspasse duas extremidades de u m pedaço de algodãosinho o u flanella de lã de 70 centimetros de comprimento ; costure dando-lhe a forma de u m a cornucopia, arredondando o fundo ; sobrecosture para ficar m a i s forte ; enfie u m nastro n a bocca do sacco e termine-o c o m dois ilhoses de nastro que servirão para pendural-o. PARA SECCAR O ASSUCAR P o n h a - o n u m a panella o u prato esmaltado e leve-o ao forno m o derado, deixando a porta do forno m e i o aberta ; mexa de vez e m quand o para o assucar aquecer i g u a l m e n t e e não ficar escuro. QUANDO PREPARAR GELEA Se estiver doce d e m a i s e não tiver mais caldo, accrescente-lhe u m pouco de vinagre de cidra puro ; a geléa ficará i m m e d i a t a m e n t e congelada e o perfume n ã o diminuirá. GELEAS As carnes q u e c o n t e m m a i s gelatina natural proporcionalmente, são as de a n i m a e s novos o u determinadas espécies. A vitella dá sempre facilmente u m a geléa deliciosa e presta-se a m u i t a s applicações. U m a das fontes m e n o s dispendiosas e m gelatina natural são os pés de porco. Esses c o n t ê m essa substancia e m tão grande quantidade que se pode repetir c o m êxito a extração. A geléa de gallinha é m u i t o fina e popular, m a s deve se usar u m a ave nova, de u m a n n o . J u n t e sempre pés de gallinha quando fizer geléa, pois t ê m m u i t a gelatina. Se preferir, pode usar caldo de u m a ave m a i s velha addicion a n d o , e n t r e t a n t o , u m a colher de sopa de gelatina e m l a m i n a para cada quartilho do caldo a f i m de dar-lhe a consistência de geléa. Qualquer q u e seja a carne usada, as instrucções geraes sobre o m o d o de preparar a geléa, são as m e s m a s , variando apenas o tempero. GELEA DE MOCOTÓ' DE VITELLA Escolha u m mocotó de vitella pesando de 3 1 2 a 5 l b . que ainda t e n h a a l g u m a carne. Faça partir e m diversos pedaços tendo, porem, o cuidado de n ã o triturar n e n h u m a cartillagem o u osso. Lave a carne e ponha n u m a panella ; cubra c o m água fria n a proporção de u m
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quartilho para cada libra de mocotó. J u n t e para temperar u m a terça ou quarta parte de chicara de cebolas picadas, igual quantidade de cenouras e aipos, mais algumas folhas extra do mesmo picadas, u m ou dois raminhos de salsa, u m a folha de louro, quatro cravinhos, duas colheres de chá de sal, u m a colher de herva doce, e u m a boa pitada de pimenta. Deixe dar u m a fervura e cosinhe depois lentamente até a carne largar dos ossos, para o que precisará mais ou menos três horas. Tire a carne, separe-a dos ossos e ponha n u m a forma de pão. Comprima sob u m peso até esfriar, se quizer obter boas fatias. Para clarificar a gelatina passe-a n u m a peneira bem fina e deixe esfriar ; depois ponha na geladeira, assim provavelmente, coalhará a gordura por cima e retirar-se-á facilmente. Dissolva o caldo da geléa sem aquecel-o, e addicione a cada canada (1 1/2 litros) as claras de dois ovos ligeiramente batidas, j u n t a m e n t e com as cascas esmagadas. Mexa sobre o fogo brando sem parar até a mistura ferver ; cosinhe durante três minutos, deixe então descansar para sentar antes de coar n u m panno de tecido bem unido. Isso limpa a geléa dando-lhe uma cor de âmbar tão transparente que se pode ver a guarnição atravez a geléa. Para uma familia de 4 pessoas, podem se fazer dois, ou mesmo três pratos differentes, com essa mesma receita de geléa. Antes de comprimir a carne, ponha de lado os pedaços menores e corte-os em pedacinhos. Addicione a isso u m pimentão em conserva picado, algumas azeitonas de recheio ou outro ingrediente de cor. Ponha essa mistura picada simplesmente, dentro de 4 forminhas humedecidas, encha-as com o caldo por coar. B Depois do caldo coado, prepara-se u m a forma mais enfeitada. Como coando tira-se parte de certos temperos, j u n t e mais u m pouco de sal e uma pitada de pimenta do reino. Molhe a forma em água fria e despeje dentro u m quarto de pollegada de gelatina clarificada. Pon h a na divisão mais fria da geladeira para apressar o processo. Estando prompto, cubra essa camada de geléa com outro de qualquer guarnição. Essa pode ser composta de rodellas de ovos cosidos igualmente dispostas e uma estrella de pimentão ou u m a fatia de azeitona collocada no centro de cada rodella de ovo, de accordo com a própria phantasia ; ou tiras de pimentão dispostas entre rodellas de ovos, ou qualquer outra guarnição levando em conta as cores e o gosto de cada u m . Despeje então sobre isso caldo sufficiente para fazel-os fluctuar mas que não os desarranje. Ponha na geladeira novamente e colloque dentro também a vasilha da gelatina, pois quanto mais frio ficar, sem ter tomado a consistência da geléa, mais rápido será o processo de arrumar as camadas. Immediatamente depois de endurecer a camada de guarnição, addicione camadas de carne entremeiadas com pedaços de azeitona, pimentão, cogumelos ou ervilhas, como desejar. Cubra
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cada camada com o caldo da geléa e deixe gelar a n t e s de sobrepor nova camada, até a forma ficar m a i s o u m e n o s pela metede, estando então o t o d o bastante gelado para permittir que se acabem de accrescentar as camadas s e m precisar gelar depois de cada u m a . Leve á geladeira até ficar b e m firme, a n t e s de retirar da forma para servir. A geladeira electrica conservará u m a forma dessas prompta para servir durante m u i t o s dias. Se sobrar a l g u m a geléa de mocotó, despeje-a n u m a forma funda, q u a n d o gelar corte e m quadrados e sirva como guarnição com carnes frias o u salada de l e g u m e s . Pode-se addicionar á vitella outras qualidades de carne quando se prepara qualquer dessas fôrmas, principalmente as que t ê m cheiro agradável, como o presunto, lingua defumada, salchichas de Vienna o u carne salgada. Accrescenta-sè ao caldo, querendo, 1/2 garrafa de vinho branco o u do Porto, e caldo de u m limão. Usando essas diversas combinações pode-se repetir o prato m u i tas vezes s e m apresental-o duas vezes exactamente igual. GELE'A DE PE' DE PORCO Use processo idêntico ao da vitella, e para 4 libras de mocotó de porco approximadamente, p o n h a os m e s m o s temperos accrescentando 1/2 colher de chá de folha de salva. Esta geléa é deliciosa para e n formar qualquer guarnição. Segue u m a das receitas preferidas.
GELE'A DE OVOS RECHEIADOS E ESPARGOS Addicione ao caldo a n t e s de clarifical-o, duas colheres de sopa de s u m m o de l i m ã o o u vinagre. Para 6 pessoas corte 3 ovos duros ao m e i o . Retire as g e m m a s , amasse-as e tempere b e m com u m a colher de sopa de creme de n a t a , u m a colher de chá de m o l h o de t o m a t e , pitadas de sal e p i m e n t a , e "paprika". Recheie as cavidades i g u a l m e n t e , pondo u m a rodela de p i m e n t ã o n o centro de cada. Despeje u m a camada fina de gelatina e m 6 tijellinhas de leite creme, molhadas (vasias). Q u a n d o essa coalhar colloque e m cada, u m a m e t a d e de ovo recheiado. Próximo as bordas arrume verticalmente, pontas de espargos cosidos, corte n o c o m p r i m e n t o ò que exceder a fôrma. Derrame dentro caldo sufficiente para segurar o ovo e os espargos n o logar. As pontas de espargos precisarão ser n o v a m e n t e arranjadas e m q ú a n t o a geléa estiver endurecendo. Encha e n t ã o as fôrmas com o caldo e ponha outra vez n a geladeira até ficar consistente. Sirva com mayonnaise o u o u tro m o l h o equivalente ; enfeite com agrião.
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GELEA DE MORANGO Para 6 libras de morangos ponha 3 libras de assucar, escolha morangos bem vermelhos, arranque-lhes os talos e ponha-os n u m a panella sobre fogo moderado ; ferva-os durante meia hora, mexendo constantemente ; retire do fogo e addicione-lhe o assucar crystalisado pouco a pouco ; depois de bem misturado, leve ao fogo forte e deixe ferver durante outra meia hora ; cubra com parafina.
GELEA DE UVA Tome uvas perfeitas, aqueça-as e retire-lhes a semente ; meça quantidades iguaes de uva e de assucar ; misture n u m a panella e cosinhe em fogo brando durante 25 minutos ; addicione o summo de u m limão para cada canada de fructa ; despeje em copos de geléa.
COMPOTA DE AMEIXAS Para cada libra de fructa ponha 3/4 de lb. de assucar ; corte as ameixas ao meio, retire-lhes o caroço, ponha-as n u m prato com o fundo polvilhado de assucar ; no dia seguinte despeje-as n u m a panella e deixe ferver em fogo bem lento durante 30 minutos aproximadamente • ferva-as depois em fogo forte, retirando a escuma por cima, á medida que se fôr formando, mexendo sem parar, senão a "marmelada" pegará no fundo da panella ; quebre os caroços e addicione as amêndoas á compota emqúanto ferve.
COMPOTA DE MARMELO Corte em quatro os marmelos e tire-lhes os caroços ; cosinhe até ficarem tenros ; faça u m xarope de 1 lb. de assucar para cada libra de fructa e depois de retirar a escuma ferva dentro os marmelos durante meia hora.
GELE'A DE LARANJA Rale a casca de 6 laranjas e 3 limões em uma panella esmaltada ; esprema dentro então o summo, j u n t e u m a chicara de água e 1/2 lb. de assucar para cada quartilho de summo ; cosinhe tudo j u n t o atéfor-
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mar u m xarope espesso ; t e n h a prompta u m a onça de gelatina dissolvida n u m quartilho de água morna ; addicione ao xarope ; côe a geléa e despeje e m copos.
GELEA DOS NAMORADOS Corte e m fatias finas 3 laranjas de casca fina, 2 "grape fruit" e 2 l i m õ e s ; tire-lhes a s e m e n t e e cubra com água fria ; deixe ficar durant e 24 horas ; dê u m a fervura e cosinhe depois e m fogo brando d u rante 15 m i n u t o s ; ponha n u m a panella esmaltada e deixe ficar d u rante 24 horas ; meça e addicione quantidade igual de assucar ; cosinhe até tomar consistência de geléa ; despeje e m copos e cubra c o m parafina.
GELE'A DE MAÇAS Escolha maçãs boas, vermelhas b e m perfumadas, que não estej a m m u i t o maduras ; lave-as, enxugue e retire os caroços ; ponhaas n u m a panella esmaltada, cubra com água e deixe cosinhar lentam e n t e até ás maçãs ficarem avermelhadas ; côe n u m sacco de m u s selina, deixe escorrer ; ponha o caldo n u m a panella l i m p a e ferva d u rante m e i a hora ; escume, meça então e para cada quartilho de caldo, ponha 1 lb. de assucar; cosinhe e m fogo forte durante 10 m i n u t o s ; as maçãs vermelhas darão á geléa u m a cor de vinho ; se as fructas for e m claras, ficará cor de âmbar.
GELE'A DE AMEIXAS Escolha ameixas n ã o m u i t o maduras, ponha-as n u m a panella esmaltada e leve ao fogo e m banho-maria ; deixe a água ferver lentam e n t e até que t e n h a sahido todo o s u m m o das fructas ; côe n u m sacco de flanella e ferva j u n t a n d o - l h e s assucar equivalente ao peso das ameixas. Encha copos e cubra com parafina.
COMPOTA DE ANANAZ Descasca-se u m ananaz b e m maduro, tira-se-lhe os olhos, corta-se e m rodelas da grossura de u m centímetro e arrume-se n u m a compoteira. Deita-se n u m a panella 2 cálices de vinho do Porto, 200 g r a m m a s de assucar refinado, u m a pitada de canella e 2 cravinhos
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da í n d i a ; leva-se ao fogo l e n t o e logo que o assucar esteja derretido, s e m que ferva, côa-se e deita-se por cima do ananaz. Por este m e s m o processo faz-se a compota de morango.
BANANADA Descasca-se as bananas, (banana prata) e l i m p a m - s e b e m os fios. Para cada kilo de massa u m kilo de assucar. Faz-se calda grossa, deitase nella as bananas, leva-se ao fogo e quando estiverem molles, tirase com u m a escumadeira e passa-se n u m a peneira b e m fina, deixando-se a panella n o fogo para que a calda t o m e o p o n t o de quebrar. Q u a n do estiver a calda neste p o n t o , junta-se-lhes as bananas passadas n a peneira e vae se mexendo até que t o m e m o p o n t o de marmelada. Quando estiver quasi n o p o n t o , j u n t a - s e o caldo de u m o u dois limões, põe-se e m latas e pulverisa-se com assucar.
AVES - CAÇAS COMO ESCOLHER AS AVES Quando escolher a criação, dê preferencia a aves j á c o m p l e t a m e n te desenvolvidas porque t e m m a i s sabor, contanto que seja nova. Conhece-se a edade levantando a aza, se ceder é porque é tenra. O m e s m o se dará se a pelle dos pés rachar p r o m p t a m e n t e . As aves m a i s velhas dão melhor caldo. Deve se retirar logo os i n testinos, m a s , freqüentemente, a bordo, ficam dentro. Nesse caso, q u a n d o se tiram, precisa-se lavar a ave e m m u i t a s águas. A' penúlt i m a deve-se j u n t a r 1/2 colher de chá de soda, que adoça e torna o todo m a i s saudável. Os m i ú d o s são a moella, o coração, o pescoço e o fígado.
PERU' ASSADO Morto o peru', deve ser pendurado pelos pés até que perca todo o sangue, para q u e a carne depois de assada fique branca. Depenne cuidadosamente e chamusque para tirar toda a p e n n u g e m ; corte as pernas rente aos pés ; faça u m corte p e q u e n o n a parte posterior do pescoço e extraia por ahi o papo ; depois corte o osso do pescoço b e m rent e ao corpo deixando, porem, ficar a pelle.
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Aves - Caças
Estando o peru' recheiado, introduz-se a pelle dentro da cavidade do papo, dando-lhe, assim, o aspecto arrendodado de cheio. Faça u m a abertura, a menor possível, n a parte inferior do peru, e por elle destripe-o cautelosamente para que a vesicula da bilis e os intestinos próximos a moella, saiam inteiros. Abra a moella, limpe e separe a vesicula da bilis. O fígado, a moella, e o coração, se forem destinados ao m o l h o , devem se cosinhar durante u m a e meia horas e pical-os tão m i ú d o s q u a n t o possivel. Lave o peru e seque-o complet a m e n t e quer dentro quer fora. Recheie então pelo papo, costurando e m seguida a pelle do pescoço pela parte posterior com linha grossa. Costure t a m b é m a outra abertura e passe u m espeto grande sob as azas e amarre-o j u n t o ao corpo ; passe e amarre outro espeto nas pernas para a s s i m m a i s facilmente virar o peru. Polvilhe b e m com farinha de trigo, cubra o peito com papel branco b e m emmanteigado, prendendo debaixo das a z a s ; colloque-o sobre u m a grelha dentro da assadeira regando-o com gordura, u m pouco de vinagre e vinho branco. Asse e m forno quente tendo o cuidado de untal-o de 15 e m 15 min u t o s , as primeiras vezes com manteiga e água e depois com o m o lho da própria assadeira, passando primeiramente os lados, depois as costas e finalmente o peito s e m o papel. Não deixe o forno aquecer de m a i s . U m peru pesando 10 libras requer m a i s ou m e n o s 3 h o ras para assar.
GANSO ASSADO T o m e u m ganso que não t e n h a m a i s de 8 mezes, q u a n t o m a i s gordo, m a i s succulenta será a carne. Faz-se o m o l h o com 3 quartilhos de miolo de pão, 6 onças de manteiga, 1 colher de chá de salva, p i m e n ta do reino, sal e cebolas picadas. Não encha m u i t o quando recheiar, m a s costure com pontos apertados e unidos para a gordura não entrar. Ponha n u m a assadeira com u m pouco de água e m o l h e freqüentes vezes com u m pouco de sal, água e vinagre. Vire o ganso m u i t a s vezes para tostar por igual. Asse durante 2 e meia horas approximadam e n t e . Quando ficar prompto, retire-o da assadeira, escorra a gordura e addicione os m i ú d o s , previamente cosinhados, j u n t a m e n t e c o m a água e m que foram preparados. Engrosse com u m a mistura de farinha de trigo e manteiga ; deixe ferver e sirva.
FRANGO ASSADO T o m e u m frango gordo, limpe-o e deixe e m água salgada fria d u rante m e i a hora ; ponha n a assadeira, recheie e polvilhe com sal e p i m e n t a ; lardeie com a l g u m a s fatias de presunto gordo ; cubra e as-
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«e até ficar tenro e m calor igual, u n t e com gordura f r e q ü e n t e m e n t e ; vire para assar por igual.
FRANGO COSIDO Limpe, lave e recheie como para assar. Alinhave u m p a n n o enfarinhado e m volta do frango e ponha n u m a vasilha c o m á g u a fervendo que o cubra b e m . A água q u e n t e cosinha a pelle i m m e d i a t a m e n t e evitando assim que o sueco saia. O caldo n ã o ficará t ã o grosso c o m o se puzesse a ave n a água fria, m a s isso prova que a carne ficará m a i s nutritiva, e m a i s saborosa. Cosinhe b e m devagar, principalmente durante a primeira m e i a hora. Durante u m a hora m a i s conforme o t a m a n h o da ave e a rigidez. Sirva c o m m o l h o de ovo o u de pão.
FRICASSE' DE FRANGO Limpe e corte o frango e m pedaços ; lave pedaço por pedaço ; pon h a n a panella, cubra c o m água fervendo e deixe cosinhar e m fogo lento até ficar tenro ; addicione ao caldo u m quarto de chicara o u m a i s de leite quente engrossado com farinha de trigo, primeiramente dissolvida n u m p o u q u i n h o de água fria ; tempere b e m ; cosinhe por m a i s alguns m i n u t o s e sirva c o m bolinhos o u bolachas.
FRANGO FRITO U m frango para frigir deve ser m u i t o novo ; m a s , se houver duvida sobre a edade, antes de cortal-o afervente-o durante 10 m i n u t o s e m água ligeiramente salgada. Polvilhe-o c o m sal e p i m e n t a , passe na farinha, frite e m bastante m a n t e i g a até ficar b o m , o que leva u n s 20 m m u t o s . Ponha o frango n u m a travessa, prepare o m o l h o aproveitando u m a parte da gordura, á qual se addiciona m e i a chicara de leit e e m e i a chicara de água j á engrossada c o m u m a colher de sopa de farinha de trigo ; despeje este m o l h o sobre o frango o u pode-se dispensai-o e enfeitar a travessa com folhas tenras de alface.
CROQUETTES DE GALLINHA Pique m i ú d o qualquer espécie de ave, tempere com sal, p i m e n t a , manteiga e u m a cebolinha ; misture dentro dois ovos frescos ; faça croquettes, mergulhe e m ovo batido, depois passe n a farinha de rosca e frite e m banha fervendo o u banha e m a n t e i g a misturadas. IW
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FRANGO FRITO EM PEDAÇOS Limpe e divida e m pedaços, deixando depois de m o l h o e m água salgada durante 2 horas approximadamente ; ponha n a frigideira partes iguaes de banha e manteiga, sufficientes para cobrir o frango ; passe u m pedaço por pedaço n a farinha de trigo, mergulhe n o ovo, depois n a farinha de rosca e frite na gordura fervendo ; deixe aloirar dos dois lados ; sirva e m travessa enfeitada com raminhos de salsa ; aproveite u m a pequena parte da gordura de frigir engrossando-a com farinha de trigo torrada e u m a chicara de leite fervendo ; sirva na molheira. PASTELÃO DE FRANGO Dois frangos grandes cortados e m pedaços, cosinhados e m duas canadas de água ; j u n t e algumas fatias de porco salgado ; tempere ; quando estiver quasi cosido, addicione u m a camada da mistura feita com u m a canada de farinha de trigo, 4 colheres de chá de Baking Powder, u m a colher de chá de sal ; misture á massa para amollecer u m pouco de água ; despeje n a panella estando esta fervendo ; t a m p e b e m e cosinhe durante 25 m i n u t o s . PATO SELVAGEM Quasi todos os patos selvagens estão sujeitos a ter gosto de peixe e quando são preparados por cosinheiros inexperientes ficam por isso intragáveis. Antes de assar evita-se isso, aferventando-o j u n t o com u m a cenoura pequena descascada. Ella absorverá todo o m á o gosto. U m a cebola produzirá o m e s m o effeito ; m a s a n ã o ser que queira pôr cebola n o recheio, é preferível a cenoura. PATO SELVAGEM ASSADO Afervente conforme a receita acima ; tire fora a cenoura o u cebola ; deixe o pato e m água fresca durante m e i a hora ; recheie com m i o lo de pão temperado com sal, p i m e n t a , salva e cebola ; asse a t é tostar, tintando de vez e m quando c o m m a n t e i g a e água, depois com o próprio m o l h o ; accrescente ao m o l h o depois que retirar a ave u m a colher de chá de geléa de groselhas e u m a pitada de p i m e n t a do reino ; engrosse com farinha de trigo torrada e sirva. PASTELÃO DE COELHO Corte u m coelho e m 7 pedaços, deixe m e i a hora de m o l h o e m água e sal e guize-o e m água que cubra até ficar m e i o cosido; espalhe u m a
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camada de fatias de presunto no fundo de u m prato que vá ao forno, sobre ella outra de coelho, accrescente rodelas de ovos cosidos e m m a n teigadas e polvilhadas de pimenta ; continue alternando até encher o prato terminando com u m a camada de presunto ; despeje dentro o caldo do coelho j u n t a n d o u m pouco de farinha de trigo e cubra com massa folhada ; faça uma abertura no meio e asse durante u m a hora cobrindo com papel para não tostar muito depressa.
L E G U M E S MANEIRA DE COSINHAL-OS E SERVIL-OS Se for possível, devem-se cosinhar os legumes em água doce, pondo-se dentro da água logo que esta levante a primeira fervura. O melhor é deixar os legumes cosinharem por si. Feito isso, tire-os immediatamente do fogo e escorra-os. Quando se cosinha qualquer legume é sufficiente uma colher de chá de sal para temperal-os. A maior parte delles prepara-se só com sal, pimenta e manteiga, mas algumas vezes, mistura-se u m pedaço de carne de porco magra, o que basta para temperal-os. Guizando ou cosinhando legumes ponha-os sempre na água quando estiver fervendo. Deve-se addicionar o sal á água em que se cosinham todas as verduras, batatas ou cebolas, mas quando se trata de cenouras, nabos, ou outras raízes, espera-se que estejam cosinhados. Não deixe os legumes ferverem muito rapidamente, isso diminue-Ihe o sabor e altera-lhes a côr. Cosinhe-os n u m a vasilha destampada.
JANTARES PURAMENTE VEGETARIANOS Para u m a deliciosa, saudável e rápida refeição de verão não existe outra mais tentadora e que satisfaça tanto como u m j a n t a r de vegetaes frescos. Os legumes da estação amena são muito bem cosinhados e dispostos conforme a côr, formando o prato de sustância do jantar. Sendo u m a refeição sem carne, costuma-se preparar u m dos legumes de uma maneira peculiar., os outros, seleccionados com a devida attenção á conveniência da côr e do sabor, são dispostos em grupos n u m a exactidão attrahente que os torne tão appetitosos quanto possível. Usa-se lambem servir os jantares vegetarianos em pratos &: 96
Legumes
individuaes. Considerando-se que dessa forma são n ã o só m a i s appetitosos do que ordinariamente como com esse m e t h o d o simplifica-se o serviço e facilita-se a lavagem dos pratos. Entretanto, se preferirem servir o prato principal do jantar á m e s a , os l e g u m e s devem ser arrumados intelligentemente quer n u m a travessa grande quer e m travessinhas individuaes de t a m a n h o s , format o e cores variadas, prestando-se a u m a disposição agradável diante do hospede. Devem se observar diversas etiquetas com os legumes se quizerm o s obter u m resultado satisfatório. Primeiramente, como o prato principal do jantar compõe-se exclusivamente de l e g u m e s , a sopa o u entrada que precedem, devem dispensal-o. Reservam-se para o prat o de salada, a não ser que essa seja servida j u n t a m e n t e com o prato principal. Evita-se então facilmente a repetição do m e s m o paladar o u a l i m e n t o na m e s m a refeição, o que constitue u m a regra fundam e n t a l n a organisação dos " m e n u s " . U m a boa sobremesa de fructas preparadas de algumas formas condiz com jantares vegetarianos. Saladas de fructas, tortas, puddings com caldos de fructas, são bons exemplos. Os pães c o m m u n s são sempre o m a i s apropriado a c o m p a n h a m e n t o para u m jantar vegetariano e existem tantas qualidades a escolher que n i n g u é m encontrará difficuldades e m fazer u m a escolha acertada. Apenas mais algumas palavras sobre os caldos e deixaremos as genaralidades para entrar nas suggestões especiaes para jantares vegetarianos deliciosos. Nunca é acertado usar m a i s de u m caldo de fructa n u m desses jantares ; só u m vinho e esse, b e m escolhido, que caracterise e de b o m paladar aos pratos sóbrios de legumes. Na escolha de combinações de l e g u m e s deve se levar e m conta que a harmonia das cores é u m guia excellente á harmonia do paladar. te
A natureza é sabia n a proporção da distribuição das cousas n e s mundo.
COUVE-FLOR EMPANADA Corte u m a couve-flor e m diversos ramos e afervente n u m a panella destampada e m água fervendo c o m sal, durante dez m i n u t o s ; escorra, deixe esfriar e passe e m farinha de rosca, a seguir e m ovo b e m batido e n o v a m e n t e n a farinha de rosca. Frite e m bastante gordura até aloirar. Sirva c o m m o l h o brando substancial.
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ESPINAFRES A' LA MEUNIE'RE Lave b e m e cosinhe espinafres n a forma c o m m u m . Feito isso, escorra b e m e pique b e m fino ligando c o m n a t a e m a n t e i g a , tempere com p i m e n t a e sal ; despeje dentro de formas e m m a n t e i g a d a s e aqueça e m banho-maria i m m e d i a t a m e n t e a n t e s de servir. Então vire n o s pratos e enfeite cada u m a com u m ovo cosido picado o u e m rodelas. Deve-se servir acompanhado c o m m o l h o branco o u m o l h o de "bechamel". SUPREMO DE PEPINO COM OVO Derreta n u m a caçarola 4 colheres de sopa de m a n t e i g a , e m fogo b e m forte. Despeje dentro u m pepino grande cortado e m fatias finas e 3 cebollas. Tempere com u m a colher de chá de sal e u m a pitada de p i m e n t a ; cubra e cosinhe até ficar tenro durante m a i s o u m e n o s 20 m i n u t o s . Arrume por cima 4 ovos cosidos cortados e m rodelas e 1 1/2 chicaras de m o l h o branco b e m condimentado e de consistência regular. Leve ao forno durante 10 m i n u t o s , a n t e s de servir. ESPARREGADO Pique m u i t o fina, bastante couve que encha u m a medida de quartilho. Misture 2 colheres de sopa cheias de manteiga, 1/2 colher de chá de sal, u m a colher de chá de mostarda e m pó, 2 colheres de chá de assucar, e 1/4 de colher de chá de p i m e n t a ; mexa reduzindo a u m a past a , addicione então 1/2 chicara de creme liquido e 1/4 de chicara de vinagre ; leve a o fogo, quando ferver, j u n t e dentro u m ovo b e m batido e a couve ; misture b e m e sirva q u e n t e . MILHO FRITO Debulhe a l g u m a s espigas de m i l h o . Para cada chicara cheia, derreta 1 1/2 colher de sopa de m a n t e i g a n u m a frigideira q u e n t e . J u n t e 1/2 colher de chá de assucar e sal sufficiente para temperar. Cosinhe l e n t a m e n t e , mexendo de vez e m quando, até ficar tenro e transparente para o que precisará 25 m i n u t o s , m a i s o u m e n o s . Os grãos de m i l h o não devem ficar tostados, apenas ligeiramente corados. COGUMELOS RECHEIADOS Escolha 4 o u 6 cogumelos, para cada pessoa, conforme o t a m a n h o , tendo o cuidado n a escolha porque os h a venenosos. Antes de se cosinhar, deve se pôr de m o l h o e m água c o m vinagre pelo m e n o s u m a s 2 horas.
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Se forem frescos e limpos, lave-os simplesmente, de outra forma retire-lhes a pelle ; tire-lhes os cabos e corte-os e m pedacinhos. Para 20 c o g u m e l o s ponha u m a cebolla de b o m t a m a n h o , u m a chicara e m e i a de m i o l o de pão fresco, 2 colheres de sopa de manteiga, com sal, p i m e n t a e "paprika" (pimentão e m pó) para dar gosto, b e m como u m ram i n h o de salsa. Pique b e m fina a cebola e leve ao fogo com manteiga para aloirar, j u n t a n d o - l h e os talos dos cogumelos picados e a salsa ; m i s t u r e dentro o miolo do pão e deixe corar ligeiramente. Encha depois o s chapéos dos cogumelos, espalhe u m pouco de manteiga por cima e arrume n u m a frigideira. Cubra-os por cima com 1/4 chicara de calda de t o m a t e o u água quente, asse durante 20 m i n u t o s e m forno quente.
BATATA DOCE CRYSTALISADA Seis batatas de t a m a n h o regular, 1/2 chicara de assucar, 1/4 chicara de água, 3 colheres de sopa de manteiga. Lave e raspe as batatas ; cosinhe d u r a n t e 10 m i n u t o s e m água fervendo com s a l ; escorra, cort e e m m e t a d e s n o sentido do comprimento e ponha e m forma e m manteigada ; faça u m xarope fervendo durante 3 m i n u t o s o assucar c o m a água ; addicione a manteiga. Ponha u m a camada do xarope sobre as b a t a t a s e depois cubra-as ainda por 2 vezes com o xarope que sobrar. Asse durante 15 m i n u t o s .
BATATAS COM QUEIJO Corte 8 batatas cosidas, frias, misture-as com 1/2 chicara de leite, 1/2 onça de bôa manteiga, u m a pitada de sal o u pimenta e u m a p i t a d i n h a de noz moscada. Ponha n u m prato e cubra com 2 colheres de queijo ralado, 2 colheres de farinha de pão, 1 colher b e m cheia de manteiga derretida e leve ao forno 10 m i n u t o s para tostar.
BATATA DOCE 4 batatas doces cosidas, 1/4 l b . de manteiga, 1 colher de sopa de á g u a , s u m m o de l i m ã o , 1/4 chicara de assucar mascavo. Descasque as batatas cosidas e corte e m quartos, ponha-os n u m prato que vá ao forno e m m a n t e i g a d o ; cubra-as c o m o assucar mascavo, j u n t e a água e o s u m m o de l i m ã o , leve ao forno para tostar ; sirva quente.
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PEPINOS DELMONICOS Descasque 2 pepinos, divida-os e m quartos n o sentido do comprim e n t o e tire-lhes as sementes ; corte então e m pedaços p e q u e n o s . Cosinhe o pepino e m 2 colheres de m a n t e i g a , e m fogo vivo, a t é ficar transparente ; cubra então c o m bastante m o l h o branco, p o n h a e m banho-maria e deixe ferver l e n t a m e n t e até ficar tenro. Misture dentro u m ovo b e m batido ; addicione depois u m a colher de chá de s u m m o de l i m ã o e m e i a colher de chá de salsa b e m picada, a n t e s de servir e m torradas de pão branco.
BATATAS DOCES Cosinhe até ficarem macias, 4 batatas doces de t a m a n h o regular. Descasque e corte e m fatias n o sentido do comprimento. Arrume n u m prato que vá ao forno emmanteigado, cobrindo cada camada c o m m a n teiga, polvilhando com assucar mascavo e u m a pitada de noz moscada. Espalhe por cima 1/2 chicara de. água fervendo, cubra e cosinhe e m forno quente durante 30 m i n u t o s approximadamente.
CEBOLAS RECHEIADAS Use cebolas de t a m a n h o regular para recheiar. Descasque e afervente e m bastante água fervendo, escorra e tire o miolo c o m cuidado, pique-o b e m fino, misture com m i o l o de pão e m m a n t e i g a d o , m o l h a do e m leite, tempere b e m , e addicione salsa picada e alguns pedaços de nozes e azeitonas. Recheie as cebolas, arrume-as n u m prato de forn o , cubra-as com u m pouco de manteiga, queijo ralado, e farinha de rosca ; asse e m forno quente durante 15 a 20 m i n u t o s .
ESPARGOS COM MOLHO DE LARANJA E' u m prato tão differente e novo que não se deve deixar de servir nos dias quentes ; é não só m u i t o agradável ao paladar c o m o c o n s t i t u e u m a novidade. Use as extremidades dos espargos cosinhando-os e m b a n h o - m a ria até ficarem tenros. Para o m o l h o , bata 2 colheres de sopa de m a n teiga com 2 g e m m a s de ovos, fazendo a s s i m u m creme ; addicione u m a pitada de sal, outra de "paprika", (pimentão e m pó) rale a m e tade da casca de u m a laranja e j u n t e t a m b é m u m a colher de sopa de s u m m o de limão ; cosinhe e m banho-maria, mexendo até engrossar,
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accrescente então 4 colheres de sopa de s u m m o de laranja, e sirva cobrindo os espargos. SALADA DE AGRIÃO E CEBOLA T a m b é m é u m prato appetitoso. Lave b e m o agrião e arrume e m volta dos pratos. Corte cebolinhas verdes tenras e m rodelas finas e pon h a sobre o agrião b e m como rabanetes tenros com casca ; cubra com m o l h o "Francez" corado c o m "paprika". PONTAS DE ESPARGOS COM MOLHO BECHAMEL Corte as extremidades duras do espargo, igualmente, deixando os talos com 3 1/2 pollegadas de comprimento, approximadamente. Cosinhe-os e m fogo brando n a menor quantidade de água possivel, salgue ligeiramente, quando estiver quasi prompto. Quando ficar e m tenros escorra-os, guardando a água ; ponha os espargos sobre fatias torradas de pão s e m codea, torradas na hora, e cubra com o m o lho, que é o branco ao qual se addiciona a água dos espargos e m quantidade igual a do leite e u m ovo b e m batido para tornal-o b e m nutritivo. PUDDING DE XU'XU' Cosinham-se 10 xuxus já descascados, e passam-se e m peneira, deixando-se escorrer b e m a água. Embebe-se e m leite miolo de pão, regulando u m a chicara b e m cheia de massa e passa-se n u m a peneira ; j u n t a - s e este pão aos xuxus e mais 4 g e m m a s , 1 clara batida e m neve, u m a colher de maizena, 1 de manteiga, 3 colheres de parmezão ralado e 1 colherinha de salsa picada. Mistura-se t u d o b e m e cosinha-se e m forma u n t a d a com manteiga n o forno e m banho-maria. Servese com m o l h o branco.
TORTA DE BANANA COM ALETRIA Cosinhe e m leite a aletria que desejar ; amasse bananas da terra b e m maduras, cosidas e j u n t e á aletria ; ponha u m a colher de sopa de manteiga, 1 pitada de sal ; despeje n u m a forma rasa, cubra c o m queijo ralado e leve ao forno para tostar. BERINGELLAS COM CREME Descascam-se as beringellas, cortam-se ao comprido e põem-se de m o l h o n u m pouco de leite para tirar-se-lhes o ácido. Depois cosi-
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n h a m - s e com u m pouco de sal, arrumam-se n u m prato e cobrem-se c o m u m m o l h o branco,com g e m m a s de ovos e salpicam-se com u m pouco de queijo ralado. X U X U COM QUEIJO Descascam-se os xuxus, cosinham-se e cortam-se depois e m fatias ; arrumam-se n u m prato que possa ir ao forno, u m a camada de xuxu u m a de m a n t e i g a e u m a de queijo ralado. Cobre-se c o m farinha de rosca. Rega-se c o m a m a n t e i g a . Vae u m pouco ao forno.
X U X U EMPANADO Cosinha-se o xuxu inteiro e m água temperada, corta-se e m fatias, passa-se e m farinha de pão misturada c o m u m pouco de queijo ralado, depois e m ovos e depois e m farinha de rosca. Frege-se e m gordura quente. RISOTTO Cosinha-se u m pouco de arroz ; se estiver m u i t o solto, junta-selhe u m pouco de caldo e leva-se a cosinhar m a i s u m pouco ; temperase depois, c o m u m a colher de m a n t e i g a , leite, 2 o u 3 ovos, queijo ralado e farinha de trigo ; mistura-se t u d o b e m , e frege-se ás colheradas e m gordura quente.
S A L A D A S CONSELHOS SOBRE SALADAS Prepare hastes de aipo cuidadosamente reiirando-1 lies o filament o fibroso até ficar completamente s e m felpa ; pique b e m m i ú d o , e para 2 chicaras de aipo ponha 2 de alface picada sendo a u l t i m a a m a i s tenra e fresca possível ; tempere com sal, p i m e n t a , t o m i l h o , vinagre, azeite doce, folha de louro ; se for possível, accrescente 1/2 colher de -chá de m o l h o Inglez, o que perfumará melhor ; misture t u d o b e m e addicione então carangueijo, camarão, sardinha, cavai Ia e m pedaços o u qualquer outro peixe. Lagosta cosida, mergulhada n a g u a salgada, condiz com o carangueijo e, depois de dividir e m pedacinhos, e ficar de m o l h o u m a hora m a i s o u m e n o s n a m e s m a água salgada do
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Saladas
carangueijo, só á custo se differencia do próprio carangueijo. Para saladas de sardinha, batata e carnes, j u n t a - s e u m a colher de sopa de m o l h o de cebola. Faça a mayonnaise c o m g e m m a s de 3 o u 4 ovos conforme a quantidade desejada, e depois de bater addicione gotta a gotta azeite doce puro, mexendo s e m parar até a mistura começar a ficar espessa ; accrescente então bastante azeite, mexendo sempre, até a mistura ficar c o m a consistência necessária, m a i s o u m e n o s como creme espesso ; n ã o p o n h a sal a n t e s de engrossar para evitar que coalhe ; p o n h a u m a pitada de sal f i n o b e m espalhada e querendo polvilhe dentro u m . pouco de p i m e n t a do reino, algumas gottas de limão, 2 colheres de chá de vinagre de pickles com mostarda. SALADA DE GALLINHA Corte gallinha cosida o u assada e m pedacinhos ; j u n t e aipo picado b e m fino ; tempere com sal e pimenta ; misture com m o l h o Francez e deixe ficar u m a hora o u m a i s ; j u s t a m e n t e a n t e s de servir misture dentro u m pouco de mayonnaise ligeiramente desmanchada c o m s u m m o de limão o u m o l h o Francez ; arrume sobre folhas de alface e cubra com mayonnaise espessa.
SALADA DE CARANGUEIJO 1 quartilho de carangueijo descascado, 2 hastes de aipo picado e m m i ú d o , 1 ovo b e m cosido picado e 1 t o m a t e cortado e m pedacinhos ; tempere c o m sal, p i m e n t a e vinagre ; misture n a saladeira, enfeitando com folhas frescas de alface ; cubra com mayonnaise.
SALADA DE LAGOSTA Corte a lagosta e m pequenos pedaços e tempere com 2 colheres de sopa de vinagre, 2 de azeite, 1 colher de chá de sal, p i m e n t a , e deixe ficar durante 1 hora n u m logar fresco ;' n o m o m e n t o de servir forre a saladeira c o m folhas de alface fresca ; depois de misturar comp l e t e m e n t e a lagosta com a mayonnaise arrume sobre a a l f a c e ; sirva com queijo e bolachas torradas.
ESPARREGADO T o m e u m a couve pequena, limpe-a das folhas velhas ; corte a couve b e m fina, afervente-a durante 5 m i n u t o s e m água fervendo.
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e escorra n u m coador ; misture-a b e m c o m o m o l h o feito c o m u m a chicara de vinagre aquecido, 1 chicara de coalhada, g e m m a s de 2 ovos, 3 colheres de sopa de azeite doce, sal e p i m e n t a sufficientes para t e m perar. SALADA DE COUVE BRANCA Corte o u pique u m a couve branca pequena ; prepare u m m o l h o n a proporção de 1 colher de sopa de azeite para 4 de vinagre, 1 colher de chá de mostarda, sal, assucar e p i m e n t a ; polvilhe a salada accrescentando, se preferir, 3 colheres de sopa de aipo picado ; misture b e m e ponha n u m a saladeira de vidro. SALADA DE BATATAS 4 batatas grandes — 1/2 cebola pequena — U m pouco de aipo b e m picado. As batatas ficarão melhores cosinhadas c o m a casca. O m o l h o é feito c o m u m a chicara de creme, u m a colher de sopa de maizena, u m ovo, duas colheres de sopa de manteiga, 3 colheres de sopa de vinagre, 1/2 colher de chá de mostarda, 1 de assucar, sal e p i m e n t a sufficientes para temperar.
SALADA DE OVO Cosinham-se ovos, descascam-se e cortam-se ao m e i o n o sentido do comprimento. Tiram-se as g e m m a s , passam-se n a peneira e misturam-se com quantidade igual de queijo Parmezan ralado ; t e m peram-se com cebolinhas picadas, p i m e n t a , sal, e m a n t e i g a sufficient e para ligar ; encha as claras c o m essa mistura, sirva sobre folhas de alface frescas, enfeitando com azeitonas e rodelas de t o m a t e cru. SALADA DE ESPARGOS E SALMÃO E' m u i t o saborosa n o verão. Arrume folhas tenras de ca e m volta da travessa e sobre ellas disponha espargos n a hora, melados e m m o l h o Francez ; n o centro colloque de salmão misturados c o m u m a mayonnaise espessa e com alcaparras e azeitonas.
alface frescosinhados os pedaços enfeitando
SALADA DE ESPINAFRE Soque 2 chicaras de espinafre cosido, frio, e m cada forminha para u m a pessoa. Quando tomar a forma, vire n u m prato sobre 3 o u 4 fo-
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l h a s de alface tenra dando-lhe o feitio de u m a flor cujo centro seja o espinafre ; enfeite com algumas azeitonas inteiras ; sirva com m o l h o branco o u mayonnaise c o m ovos cosidos. CARANGUEIJO A MODA DE NEWBURG Descasque 2 carangueijos grandes e frescos ; ponha n u m a panella approximadamente 1 onça de m a n t e i g a ; quando estiver derretida, misture-lhe o carangueijo escolhido ; tempere com u m a pitada de p i m e n t a do reino, duas de sal ; deixe cosinhar n u m fogo brando durante 2 m i n u t o s , addicione-lhe então creme que seja sufficiente para cobril-o ; deixe dar u m a fervura ; quebre g e m m a s de 3 ovos n u m a tijella, misturando 1/3 chicara de leite ; bata b e m e misture com o carangueijo ; mexa levemente durante alguns m i n u t o s até engrossar, m a s não deixe ferver ; sirva n u m a terrina aquecida ; acompanhando com torradas frescas postas ao lado. A m e s m a receita serve para camarão o u lagosta, a m o d a de Newburg. PALMITO A' PAULISTA Cosinha-se o p a l m i t o e m água com u m pouco de caldo de l i m ã o e corta-se e m pedaços de 5 centímetros de comprimento ; escorrese b e m , arruma-se e m u m prato e cobre-se com ovos cosidos, b e m picadínhos e misturados com salsa fina ; derrete-se manteiga, misturase c o m farinha de rosca e cobre-se o palmito. SALADA JAPONEZA DE MARISCOS Cosinha-se 1/2 kilo de mariscos com u m pouco de cheiro, cosinhamse t a m b é m u m a s batatas que depois se cortam e m rodelas ; cortamse e m pedacinhos u n s champignons e duas truffas. Põem-se n u m a saladeira 6 colheres de azeite, 1/2 copo de vinho branco secco, 2 colheres de vinagre branco, sal, salsa fina e p i m e n t a ; bate-se t u d o b e m com u m garfo. J u n t a m - s e a esse m o l h o os mariscos e as batatas u m pouco q u e n t e s ainda, as truffas e os champignons ; mistura-se tudo m u i t o b e m , m a s c o m cuidado para não esmigalhar as batatas e leva-se a salada para a geladeira. SALADA DE MACARRÃO Cosinha-se macarrão b e m grosso com u m pouco de sal e cheiros. Lava-se e m água fria. Faz-se o m o l h o de azeite, vinagre, sal e p i m e n t a , tempera-se c o m este m o l h o o macarrão. Cosinham-se u n s ovos
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e u n s p i m e n t õ e s vermelhos. Arruma-se n o centro o' macarrão, e n feita-se á volta com os ovos cortados, u m a s fatias de carne fria o u gallinha e os pimentões.
SALADA DE TOMATES
Lave e l i m p e 6 t o m a t e s de t a m a n h o regular. Corte u m a rodela fina da cabeça do t o m a t e e retire-lhe a polpa. Polvilhe dentro u m p o u co de sal fino, p i m e n t a do reino, e vire-os para baixo para escorrer b e m a água. Entretanto, passe a polpa n u m coador o u peneira, addicione-lhe u m a chicara cheia de pepino descascado e cortado e m pedacin h o s , u m a chicara de ervilhas e m conserva o u frescas, cosidas n a hora, u m a e m e i a chicaras de frango cosido picado, 1/3 chicara de pickles picadinhos, 1/3 chicara de mayonnaise. Misture cuidadosamente e recheie os t o m a t e s . Sirva sobre folhas frescas de alface regadas c o m m a yonnaise. Pode-se substituir a gallinha por qualquer outra carne cosida picada. E' o sufficiente para servir 6 pessoas.
ALGUMAS IDE'AS SOBRE SALADAS Presunto fresco frio, sobre agrião, c o m m o l h o francez. Beterrabas e m rodelas c o m vagens, mayonnaise é alface. Pimentões verdes recheiados c o m queijo de n a t a e castanhas, cortados e m fatias e dispostos sobre folhas de alface c o m m a y o n n a i s e . Fatias de t o m a t e , miolo de aipo c o m u m a bola feita de queijo de n a t a sobre u m a folha de alface regada c o m m a y o n n a i s e . Duas fatias de presunto grelhado entremeiado c o m u m a rodela de t o m a t e , sobre alface c o m mayonnaise. U m a codea de requeijão o u queijo de n a t a c o m u m a colher de chá de groselhas o u geléa n u m a folha de alface que t e n h a sido b e m regada com m o l h o Francez. Feijão verde e cenouras picadas, com mayonnaise, sobre folhas de alface. Aipo picado batido c o m mayonnaise, b e m misturado e servido e m alface arranjada e m forma de chicara. Azeitonas grandes cortadas e m pedacinhos, miolo de aipo picado, c o m mayonnaise sobre a alface.
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M O L H O S MOLHO BRANCO 2 chicaras de leite, 2 colheres de sopa de maizena, 2 colheres de sopa de m a n t e i g a , sal e p i m e n t a . Bata a m a n t e i g a com a maizena e j u n t e - l h e s o leite frio. Leve ao fogo brando, mexendo constantemente até ferver ; deixe cosinhar b e m . Pode-se usar este m o l h o para l e g u m e s . Para peixe, accrescente ovos cosidos, picados o u cortados e m rodelas.
MOLHO DE ALCAPARRA 2 colheres de sopa de m a n t e i g a — 2 colheres de sopa de farinha de trigo — 1 colher de sopa de maizena — 2 chicaras de leite — 1 colher de chá de vinagre — 3 colheres de sopa de alcaparras — Sal— P i m e n t a . Misture a manteiga, farinha de trigo e maizena, formando u m a pasta. Junte-lhes o leite e mexa e m fogo brando até engrossar. Pon h a o vinagre, alcaparras e outros temperos. Sirva com carneiro o u cordeiro. MOLHO DE TOMATE 1 quartilho de t o m a t e s — 1 rodela grande de cebola — 2 colheres de sopa de m a n t e i g a — 1 1/2 colheres de sopa de maizena, sal e p i m e n t a . Ponha a cebola e folha de louro dentro dos t o m a t e s e cosinhe l e n t a m e n t e durante 20 m i n u t o s . Passe n u m coador e addicione a m a n teiga e maizena que j a devem estar misturadas previamente. Cosinhe e m fogo moderado, mexendo até ferver ; ponha o sal e a p i m e n t a ; cosinhe b e m . MOLHO DE SALSA Faça u m m o l h o branco e accrescente salsa picada e u m a s gottas de s u m m o de l i m ã o . ^ Sirva com peixes. MOLHO GAILLARDE Cosinham-se 4 ovos, esmigalham-se as g e m m a s ; batem-se as g e m m a s n u m a tijella c o m u m a colher de azeite até ficarem b e m grosy, sas, depois j u n t a - s e u m pouco de mostarda, sal, conserva picadinhà, as claras e, por u l t i m o , 2 colheres de vinagre. Este m o l h o serve-se c o m carnes frias o u peixe.
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MOLHO INGLEZ DE MANTEIGA DERRETIDA Derretem-se e m banho-maria u m a s 3 colheres de m a n t e i g a , j u n ta-se sal, p i m e n t a e o s u m m o de u m l i m ã o ao qual se tira a n t e s a casca. Este m o l h o faz-se n a hora de ir para a mesa. sido o u costelletas.
Serve para peixe co-
MOLHO PARA GALLINHA Ponha o leite que desejar n u m a panella onde se t e n h a guizado gallinha ; tempere com manteiga, sal e p i m e n t a e engrosse c o m maizena dissolvida n u m p o u q u i n h o de leite frio.
MOLHO DE LAGOSTA i
U m a lagosta — 1 1/2 colheres de sopa de m a i z e n a — 1 pitada de p i m e n t a do reino — 1 quartilho de água fervendo — S u m m o de l i m ã o . Corte a lagosta e m pedaços ; reduza o "Coral" e u m a parte da m a n t e i g a a u m a pasta. Prepare o m o l h o com a m a i z e n a , o resto da manteiga, e a água ; j u n t e o coral e tempere com sal e s u m m o de lim ã o ; deixe cosinhar e m fogo l e n t o durante 5 m i n u t o s e côe sobre a lagosta cortada. Dê u m a fervura e sirva.
MOLHO FRANCEZ 3 partes de azeite doce — 1 parte de s u m m o de l i m ã o o u vinagre ; sal sufficiente para temperar e "paprika" para colorir. Para fazer u m m o l h o picante use m e n o s azeite — Para fazel-o m a i s brando p o n h a m a i s azeite. Accrescente e n t ã o o tempero que quizer, se quizer, talvez u m m o l h o Inglez o u u m m o l h o picante de cogumelos, o u ainda, u m a pitada de mostarda. O segredo está n o seu próprio paladar. O melhor m o d o de preparal-o é á mesa, n a occasiãode servir a salada. MAYONNAISE Ponha u m a g e m m a de ovo n u m a chicara c o m u m a colher de sal bata até ficar l e v e ; j u n t e 1/2 colher de chá de mostarda c o n t i n u a n d o a b a t e r ; addicione então azeite doce, gotta a gotta, depois a l g u m a s gottas de vinagre e outro t a n t o de s u m m o de l i m ã o ; continue esse processo até o ovo absorver u m pouco m a i s de m e i a chicara de chá de azeite ; termine accrescentando u m a pitada de p i m e n t a do reino e assucar.
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Molhos
MOLHO DE LARANJA Leva-se ao fogo u m a panella com u m a colher de vinagre branco, a l g u m a s p i m e n t a s esmagadas e deixa-se reduzir a metade ; accrescenta-se, então, u m copo de caldo liga-se com u m a colher de fecula de batata, deixa-se cosinhar b e m e passa-se por u m coador. Rala-se a casca de u m a laranja, mistura-se-lhe água fervendo e côa-se ; j u n ta-se este caldo ao m o l h o , b e m como 1/2 colherinha de manteiga. Serve-se este m o l h o c o m pombos o u patos assados ou grelhados. MOLHO DE CREME Deitam-se n u m a panella 4 chicaras de "molho Bechamel" passado por u m passador ; põe-se a panella sobre a chapa, de u m lado, isto é, e m fogo brando, deixa-se ferver e vão-se pondo, aos poucos 200 gramm a s de m a n t e i g a , mexendo-se sempre ; depois de se ter posto toda a m a n t e i g a , j u n t a - s e ao m o l h o u m a pitada de noz moscada. Este m o lho serve-se c o m espargos e t a m b é m com camarões. MOLHO BECHAMEL Corta-se u m a cebola, u m a cenoura, duas echalotes (cebolinhas com este nome) e leva-se ao fogo com duas colheres de manteiga. Deixase refogar durante 5 m i n u t o s , e junte-se u m a colher de farinha de trigo ; e m estando esta cosida deita-se 1/2 litro de leite, u m a colherin h a de sal e u m bouquet de cheiros. Deixa-se ferver u m pouco e passa-se n o passador. No m o m e n t o de ir para a mesa, põe-se u m a colherinha de m a n t e i g a fresca.
PRATOS DIÁRIOS SALADA DE AMEIXAS PARA 2 PESSOAS Tire os caroços de 6 ameixas. Pique nozes (a quantidade necessária) e misture c o m queijo de nata. Encha cada ameixa com u m a colher de sopa do creme de queijo e nozes. Gele as ameixas antes de servir. Sirva e m folhas frescas de alface c o m m o l h o Francez. CROQUETTES DE QUEIJO 2 chicaras de queijo americano ralado, misturadas ás claras de 3 ovos b e m batidos ; j u n t e 1/4 de colher de chá de sal, u m a pitada de
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p i m e n t a malaguetta, u m a colher de chá de p i m e n t ã o verde picado o u salsa, 3 colheres de sopa de massa de castanhas cosidas. Dê a form a de croquettes, enrole n a farinha de pão o u de bolacha ; frite e m bastante gordura quente o u azeite, c o m o filhozes. Sirva q u e n t e . Sirva como u m prato de carne o u como enfeite. ARROZ COM QUEIJO AMERICANO 1 chicara de arroz cosido — 1 chicara de queijo ralado — 1 chicara de leite — 1 colher de sopa de m a n t e i g a — 1 ovo. Derreta a m a n t e i g a e o queijo ; j u n t e o arroz e o leite. Sal, á vontade. Cosinhe durante 5 m i n u t o s , depois addicione o ovo l i g e i r a m e n t e batido e asse 20 m i n u t o s e m forno q u e n t e . DELICIAS DE QUEIJO 2 colheres de sopa de m a n t e i g a — 2 chicaras de leite — 3 chicaras de aipo picado — 2 colheres de sopa de farinha de trigo — 3 chicaras de queijo de n a t a — 1 chicara de azeitonas — Sal e p i m e n t a . Faça u m creme derretendo 2 colheres de sopa de m a n t e i g a , j u n te-lhe 2 colheres de sopa de farinha de trigo, deixe aloirar e addicione 2 chicaras de leite. Cosinhe até ficar como u m m o l h o ; j u n t e e n t ã o 3 chicaras de queijo cortado e m pedacinhos. Mexa até derreter, pon h a sal, p i m e n t a , 3 chicaras de aipo b e m picado e 1 chicara de azeitonas cortadas e m tiras. Sirva q u e n t e sobre bolachas. Essa q u a n tidade é sufficiente para 8 pessoas. SOPA DE LEITE COM ALETRIA 3 chicaras de leite e 1 chicara de água, sal sufficiente para t e m perar. Accrescente u m a colher de sopa de manteiga, q u a n d o estiver fervendo p o n h a m a i s o u m e n o s 1/2 chicara de aletria ; cosinhe a t é ammolecer o u ficar macia como macarrão o u spaguette ; se gostar, addicione u m pouco de p i m e n t a . Sandwiches de queijo frito e agrião servidas c o m sopa de aletria fazem u m esplendido lunch vegetariano. Faça sandwiches pequenas com fatias finas de pão e o seu queijo predilecto — americano o u suisso. Toste n u m a frigideira de ferro com bastante m a n t e i g a . DELICIAS DE NOZES E QUEIJO 1/4 de lb. de creme de n a t a —• 1 colher de chá de salsa picada — 1 colher de chá de sal — 1 colher de cha de p i m e n t a malagueta — 2 c o l h e res de sopa de creme batido — 1 chicara de nozes picadas.
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Pratos
Diários
Misture o creme com o queijo, nozes, salsa, e o resto. Faça bolos, sirva frio. Enfeite com salsa e nozes picadas.
GALLINHA COM ESPARGOS Proporcionam u m m e i o de aproveitar as extremidades duras dos espargos, pique b e m m i ú d o , a quantidade sufficiente para encher u m a chicara, cubra com água e cosinhe até ficarem b e m tenros. Pique uma^ chicara cheia de gallinha cosida e prepare chicara e meia de m o l h o branco. Junte-lhe o frango e os espargos com meia colher de chá de sal, 1/4 de colher de chá de p i m e n t a do reino 1 pitada de "paprika" e u m a pitadinha de macis. Deixe cosinhar e m fogo brando durante alguns m i n u t o s ; bata dentro então 2 g e m m a s de ovos ; retire do fogo ; despeje dentro das claras b e m batidas e u m a colher de chá de s u m m o de l i m ã o . Passe manteiga e m forminhas pequenas e encha com a m i s tura acima ; polvilhe com farinha de pão, ponha e m banho-maria cobrindo a panella com u m a folha de papel espesso dobrado ; asse e m forno quente durante 15 m i n u t o s approximadamente. Vire n u m a travessa, enfeite com raminhos de agrião e sirva com u m m o l h o espesso.
OVOS MEXIDOS COM LEITE Batem-se alguns ovos com u m pouco de leite e sal. Deita-se m a n teiga n u m a frigideira e quando estiver q u e n t e , põem-se os ovos e m e xem-se até ficarem cosidos. Serve-se simples o u sobre fatias de pão torrado com manteiga.
M A C A R R Ã O Instrucções Geraes A parte m a i s importante n a preparação do macarrão o u spaguett e é o m o d o de cosinhar. Não se deve pôr n a água fria, m a s mergulhalo n a água fervendo e deixar ferver até ficar macio. Mexa de vez e m quando para evitar que pegue. Ficando cosido, escorra ; deixe correr e m cima u m pouco de água fria e prepare de accordo com u m a das seguintes receitas.
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Macarrão
MACARRÃO COM QUEIJO Cosinhe o macarrão que desejar n a forma indicada. P o n h a u m a camada n u m prato que vá' ao forno b e m e m m a n t e i g a d o e cubra com queijo ralado ; vá pondo camada sobre camada, alternando o macarrão com o queijo, até obter a quantidade desejada. Prepare o m o l h o branco pouco espesso ; cubra com elle o macarrão. Espalhe e m cima pedacinhos de m a n t e i g a ; asse durante 20 m i n u t o s approximadamente.
MACARRÃO COM PRESUNTO Cosinhe o macarrão n a forma indicada ; arrume n u m prato de forno e m m a n t e i g a d o , as camadas do macarrão cosido, alternando com u m a de presunto cortado, temperado c o m mostarda e cebola picada ; bata u m ovo, j u n t e u m a chicara de leite o u creme, e despeje sobre o macarrão c o m o presunto ; tempere c o m sal e p i m e n t a e asse e m forno quente durante 20 m i n u t o s .
PUDDING DE SPAGUETTI Cosinhe 1/4 de lb. de spaguetti, escorra e lave. J u n t e 1 chicara de leite q u e n t e , 1 pitada de sal, 2 colheres de sopa de m a n t e i g a e 4 colheres de sopa de assucar, batidas como u m creme. Deixe esfriar, addicione 3 g e m m a s ligeiramente batidas e 2 colheres de sopa de amêndoas peladas e picadas. Por f i m , accrescente-lhe as claras batidas e m n u v e m . Asse n u m a forma de pudding, coberta, durante 1/2 hora e depois deixe corar. Sirva quente com creme.
PRATOS HESPANHOES E ITALIANOS PRATO HESPANHOL T o m e u m a chicara de arroz cosido, faça u m refogado de 2 t o m a t e s e 1 cebola e m i s t u r e - l h e ; tempere com p i m e n t a , sal, 1/2 colher de chá de assucar e 1/2 colher de chá de p i m e n t a da Guiné ; misture t u d o b e m c o m o arroz e addicione 4 colheres de sopa de queijo Suisso ralado
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e 1/2 chicara de camarões cosidos ; cosinhe e m fogo brando durante meia hora. E' excellente servido quente o u frio. FEIJÃO HESPANHOL Deixe de m o l h o durante a noite duas chicaras de feijão vermelho ; pela m a n h ã cosinhe e m água até ficar b e m macio addicionando-lhe u m a cebolinha ; escorra-o m a s não deite fora a água ; ponha n u m a frigideira que t e n h a nada m e n o s de 2 pollegadas de altura u m a colher de cosinha de banha fresca; deixe-a derreter b e m , ponha depois dentro a quantidade de feijão que possa absorver a gordura, ponha a panella e m fogo forte, misture b e m o feijão com a banha até este ficar com u m a camada de banha e m cima e começar a arrebentar. J u n t e u m a chicara de água n a qual se cosinhou o feijão e amasse levemente os feijões com u m a colher, m a s não esmague ; addicione então o rest o da água e deixe cosinhar l e n t a m e n t e sobre a chapa, durante meia o u 1 hora o u até o feijão ficar n o ponto desejado, com bastante calda (mas que seja espesso) o u quasi secco. O resultado depende da observação das seguintes regras Não ponha o sal senão depois do feijão estar b e m cosido. A cebola n ã o se n o t a depois de preparado, dá-lhe apenas o caracter do paladar mexicano que não se consegue com n e n h u m outro tempero. Deixe ferver a banha. A p i m e n t a da Guiné só se addiciona depois de juntar o resto da água. Para preparar estas pimentas, t o m e 6 p i m e n t a s sêccas, tire as sementes, leve-as ao fogo n u m pouco de água e deixe cosinhar durante 10 m i n u t o s ; esmague e passe n u m a peneira para tirar a pelle ; ponha a quantidade que desejar para ficar mais o u m e n o s picante. ARROZ HESPANHOL T o m e 3 cebolas, u m ou dois alhos, pique n u m a panella j u n t o com dois o u três pimentões verdes ; refogue m a s não deixe ficar m u i t o escuro ; addicione então 2 colheres de sopa de massa de t o m a t e , sal e p i m e n t a ao gosto e u m pouco de carne e m conserva ; derreta n u m a panellinha u m pouco de banha ; ponha dentro o arroz, cosinhe m a s n ã o deixe ficar m u i t o escuro ; misture o arroz com o m o l h o preparado e deixe cosinhar durante u m a hora aproximadamente. Achará este prato delicioso. VAGENS A' HESPANHOLA Cosinhe até ficar tenra u m a libra de vagens verdes; deixe esfriar; bata 3 claras de ovos e m p o n t o de n u v e m ; addicione-lhes as g e m m a s
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e bata m a i s 5 m i n u t o s ; t o m e 6 o u 7 vagens, passe-as n o ovo e depois n a farinha de rosca, frite e sirva c o m m o l h o de t o m a t e . TORTA DE CARNE A' HESPANHOLA T o m e 2 libras de colchão duro ; separe a gordura, frite e m fogo brando accrescentando m a i s banha se n ã o fôr sufficiente a gordura da carne ; quando estiver q u e n t e j u n t e u m a bôa rodella de cebola picada, duas colheres de sopa de p i m e n t a da G u i n é (vermelha o u verde) b e m picadinha ; cosinhe mexendo freqüentemente a t é a cebola alourar ; corte a carne e m pedacinhos, tempere c o m sal e p i m e n t a do rein o , polvilhe b e m c o m farinha de trigo ; ferva a gordura a t é sahír fumaça, j u n t e - l h e a carne mexendo c o n s t a n t e m e n t e a t é tostar b e m ; accrescente água que cubra ; cosinhe e m fogo brando a t é a carne ficar macia ; retire-a do caldo, p o n h a n u m prato q u e vá ao forno, addicione-lhe duas chicaras de batatas brancas cortadas e m fatias grossas cosinhadas durante 5 m i n u t o s e m água e sal ; engrosse o caldo da carne com duas colheres de sopa de farinha de trigo para cada chicara de caldo ; p o n h a m a i s sal se for necessário ; vire sobre a carne e as batatas e deixe esfriar e m q ú a n t o prepara a massa. MASSA 3 chicaras de farinha de trigo — 2 colheres de sopa de Baking Powder — 1 1/2 colheres de chá de sal — 6 colheres de sopa de banha —. Misture com a m ã o a farinha c o m a b a n h a ; m o l h e c o m u m pouco de água fria e estenda u m a camada c o m o rolo para envolver a carn e ; faça dois o u três buraquinhos e m cima para deixar sahír o vapor ; cubra a carne ; passe e m cima u m pouco de l e i t e ; leve ao forno, deixe ficar o t e m p o necessário para assar a massa, 20 m i n u t o s m a i s o u m e n o s . SPAGUETTI A' ITALIANA 3/4 l b . de spaguetti •— 3 canadas de água fervendo — 1 colher de sopa de sal — 2 colheres de sopa de m a n t e i g a — U m a pitada de p i m e n ta -— U m pouco de noz moscada — 1 chicara de m o l h o de t o m a t e — 2 onças de queijo parmezon o u Suisso ralado o u u m a onça de cada. Cosinhe o spaguetti durante 25 m i n u t o s n a água fervendo virando de vez e m quando tendo o cuidado de n ã o quebral-o ; escorra-o ; ponha n u m a frigideira a manteiga, o sal, a noz moscada e a p i m e n t a ; deixe refogar u n s m i n u t o s e j u n t e - l h e o m o l h o de t o m a t e q u e n t e ; misture o spaguetti levemente com u m garfo, addicione e n t ã o o queij o e continue misturando b e m com o garfo durante 1 m i n u t o o u m a i s . Arrume n u m prato aquecido e sirva.
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MASSA REAL ITALIANA P i q u e m i ú d o , separadamente, 3 cebolas grandes, 1/2 alho, 1/2 haste de aipo, 1/2 chicara de cogumelos seccos (que ficaram de m o l h o e m água durante m e i a hora), 1 lata de massa de t o m a t e , sal, pimenta, 3 o u 4 "chili capinas", 2 folhas de louro, 2 cravinhos, alguns raminhos de salsa e rosmaninho. T o m e u m frango de bom tamanho(não m u i t o novo), corte e m pedaços c o m o para ensopar, lave e enxugue. Deite n u m a panella com azeite doce q u e n t e e deixe alourar ; addicione ás cebolas e deixe-as corar, depois j u n t e o alho e o aipo, cosinhando durante alguns m i n u t o s ; accrescente t o m a t e e cheiros, cosinhando t u d o j u n t o durante 3 horas aproximadamente ; mexa de vez e m quando para evitar que q u e i m e ; q u a n d o o frango amollecer, retire-o. Se desejar, pode substit u i ! - o por carne de vacca. T o m e aproximadamente 2 libras de spaguett i , c o s i n h e e m água fervendo e sal até ficar tenro ; escorra-o, lave-o c o m á g u a fria para ficar b e m solto. Sirva n u m prato quente, arrumand o primeiramente u m a camada de spaguetti polvilhada de queijo p a r m e z ã o , depois u m a camada de m o l h o e assim sucessivamente a t é encher o prato. •
FRANGO COM PIMENTÃO EM PO' Limpe e tempere u m frango gordo como para assar ; faça u m b o m r e c h e i o de miolo de pão, cebolas picadas, cheiros para temperar a gost o , picado j u n t a m e n t e com 2 o u 3 g e m m a s de ovos ; recheie a ave com isso, lardeie o peito com u m pedaço de presunto e l i m ã o ; enrolle t u d o n u m papel inpermeavel e amarre j ponha n u m a panella o u qualquer prato de forno q u e t a m p e b e m ; j u n t e bastante caldo de gallinha o u de vitella que cubra-o, u m cravinho, u m a cebola inteira e a l g u m aipo picado ; t a m p e e cosinhe e m forno quente durante u m a hora ; côe o m o l h o , addicione-lhe então u m a chicara de creme quente, u m a g e m m a de ovo, u m a colher de sopa de manteiga, u m a colher de sopa de aipo picado e paprika sufficiente n ã o apenas para perfumar m a s para tingir o m o l h o de vermelho ; quando o frango estiver quasi cosido, (cosinhando nesse m o l h o o t e m p o necessário para amolecer) ; sirva cobrindo-o com o m o l h o enfeitado com arroz cosido.
RAVIOLI Passa-se na machina u m pouco de carne de gallinha ; junta-sel h e u m a colher de queijo ralado e espinafre b e m picado. Faz-se u m a m a s s a c o m o para pasteis, juntando-se-lhe u m a colher de queijo n a
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occasião em que for amassada. Estende-se a massa com o rolo, bem fina e faz-se pasteis bem pequeninos, recheiados com o recheio e cosinha-se em caldo de carne ou em água bem temperada. Faz-se a parte u m bom molho de tomates e arruma-se n u m a travessa, u m a camada de rabioli cosido, u m a de queijo parmezão ralado, u m a de molho de tomates e assim até acabarem os ravioli devendo a ultima camada ser de queijo. Leva-se depois ao forno para tostar. POLENTA A' ITALIANA Fervem-se 3/4 de litro de leite. No momento de ferver junta-selhes 250 grammas de fubá de milho que se deixa cahir no leite devagar, mexendo sempre, sem deixar interromper a fervura. Estando bem cosida a farinha no leite, junta-se-lhe 4 ovos ligeiramente batidos, uma colher de queijo parmezão ralado, u m a de manteiga e o sal necessário. Liga-se bem tudo e despeja-se sobre u m a pedra mármore, igualando-se a massa com u m a faca para que fique toda da mesma altura ; corta-se em losangos, arrumam-se n u m prato, cobre-se com queijo parmezão e Gruyéres raladas e misturados, rega-se com a manteiga derretida e vae ao forno para corar. Serve-se com molho de tomate.
R E C H E I O S RECHEIO DE CASTANHA 1 quartilho de miolo de pão de massa fina — 1 quartilho de castanhas cosidas e descascadas bem picadas — sal, pimenta e aipo picado sufficiente para temperar — 1/2 chicara de manteiga derretida. Mistura-se tudo. RECHEIO DE OSTRAS Substitua as castanhas da receita acima por ostras pequenas, frescas, tiradas da concha, lavadas e picadas. RECHEIO DE AIPO
Substitua as castanhas por aipo bem picado.
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RECHEIO PARA TOMATES, PIMENTÕES VERDES,
ETC.
U m a chicara de miolo de pão, (secco), 1/3 de colher de chá de sal; 1/4 de colher de chá de p i m e n t a , u m a colher de chá de s u m m o de cebola, u m a colher de sopa de aipo picado, 2 colheres de sopa de manteiga derretida, m i l h o moido, arroz o u qualquer outro cereal cosido pode substituir o pão. RECHEIO PARA LEITÃO 3 cebolas grandes aferventadas e picadas, 2 chicaras de miolo de pão de massa fina, 2 colheres de sopa dè salva e m pó, 2 colheres de sopa de m a n t e i g a derretida o u banha de porco, sal e p i m e n t a .
RECHEIO DE SALVA PARA PATOS E GANSOS 2 cebolas picadas, 2 chicaras de batatas amassadas, 1 chicara de miolo de pão, sal e p i m e n t a , e salva e m pó sufficiente para dar gosto. RECHEIO PARA AVES Miolo de pão da véspera, sal, p i m e n t a e comilho e m pó, para t e m perar b e m , meia chicara de manteiga derretida.
RECHEIO DE PÃO PARA CARNE OU AVE Ponha de m o l h o u m a canada de pão da véspera (em pedaços) na água fria ; esprema b e m , que fique enxuto ; tempere com u m a colher de chá de sal, u m a pitada de p i m e n t a , u m a colher de chá de gengibre, u m quarto de colher de chá de mostarda, 1/2 colher de chá de cebola ; j u n t e 2 colheres- de sopa de gordura derretida e- misture b e m ; addicione u m ovo ligeiramente batido, j u n t e o coração, o fígado e a part e tenra da moella, aferventados e depois picados.
RECHEIO PARA PERU' » Pique j u n t o s o fígado do peru e u m a cebola p e q u e n a ; j u n t e u m a colher de sopa de m a n t e i g a e leve ao fogo durante 10 m i n u t o s aprox i m a d a m e n t e , m a s n ã o deixe escurecer ; addicione então essa m i s tura a u m a libra de salchicha ou presunto picado j depois de complet a m e n t e misturado, accrescente m a i s o u m e n o s duas dúzias de cast a n h a s b e m cosidas e m água e sal, (descascadas).
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FIAMBRE COM OVOS Frite o fiambre rapidamente e retire-o da frigideira logo que esteja prompto ; estrelle ovos n a gordura q u e n t e com cuidado para n ã o arrebentar as g e m m a s , procurando deixar entre os ovos u m certo espaço para n ã o prejudicar a forma. Deve se cortar o fiambre do t a m a n h o que se quizer servir e logo que f i q u e m promptos os ovos collocase u m sobre cada fatia. Se sobrarem podem ser collocados uniformem e n t e e m volta do prato.
OMELLETE SOUFFLE' T o m e 3 ovos, duas onças de manteiga, u m a colher de sobremesa de alho picado, u m a colher de sopa de cebola picada, u m r a m i n h o de cheiro verde. Bata as claras dos ovos e m ponto de n u v e m ; misture as g e m m a s c o m a salsa e u m pouco de sal e p i m e n t a ; j u n t e o cheiro e prosiga como u m a omellete simples. Vire a omellete e sirva immediatamente.
OMELLETE SIMPLES Quebre 8 o u 10 ovos n u m a tijella, addicione u m pouco de sal e p i m e n t a c o m u m a colher de sopa de água ; bata t u d o c o m u m garfo, o t e m p o necessário para ligar b e m ; p o n h a m a n t e i g a fresca n u m a frigideira de ferro e quando estiver quasi fervendo despeje dentro os ovos ; e m q ú a n t o estiver fritando vá despregando as bordas c o m u m a escumadeira para depois virar convenientemente. Quando os ovos estiverem cosidos e tostados levemente de u m dos lados retire do fogo e enrolle ; volte ao fogo para corar do outro lado. Sirva q u e n t e . Não se deve fazer omellete com m u i t o s ovos porque torna-se difficil virar e cosinhar por igual. Tendo-se m u i t a s pessoas para servir é preferível fazer diversos.
OVOS MEXIDOS Bata 3 ovos ligeiramente, leite o u água e polvilhe com colher de chá de manteiga ; constantemente até ficarem
addicione-lhes u m quarto de chicara de p i m e n t a ; p o n h a n u m a frigideira u m a estando q u e n t e j u n t e os ovos mexendo cosidos. Sirva quente.
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CLASSIFICAÇÃO DA CARNE E SEU EMPREGO Toda a dona de casa deve conhecer os cortes da carne comm u m e a melhor maneira de preparal-os.
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1-Cabeça
9-Pescoço
3-Paleta
4-Costella
5-Costella 6-Costella
7-Costella - (Corte do meio) Excellente para assados - é considerado o m a i s apropriado para esse f i m . 8-Costella - (Parte trazeira) Para assados conhecido como l. a , 2. a e 3. a costellas. 9-Agulha - Pedaço s e m osso, próprio para estufados, sopas, carne salgada. 10-Fralda - Estufados, sopas, carne salgada. 11-Barbella - Sopas, guizados e carne salgada.
Não é aproveitada n a alimentação. Para sopas, suco de carne, guizados, para fazer carne salgada. - Para sopas, guizados, suco de carne, cozido e carne salgada. - (Espaduas) Estufados, grelhados, bife assados de panella. Para assados. Para assados m a i s conhecido por 6. a e 7.» costellas.
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12-Pá
13-Pá 14-CaneUa 15-Lombo
16-Fralda
17-Alcatra
- Para carne salgada e assados de panella. - Para sopas. - Para sopas. - (Incluindo filé e contra-filé) pedaço especial. - (Flanco) para bife enrolado, grelhados, cosido, carne salgada. - Para assados e bifes.
18-Colchão molle - Para guizados e sopas. 19-Colchão duro - Para bife rolado, extracto de carne e caldos 20-Perna
- Para sopas e estufados.
21-Rabada
- Para sopas e cosidos.
22-Patinho - Para assados bifes. 23-Mocotó
e
- Para geléas
CARNEIRO
1-
- Para cosido o u assado. 2-Peito - Assados, estufados e costelletas. 3-Lombo — O melhor pedaço para assados. Costelletas. 4-Pescoço - O melhor pedaço para costelletas, estufados e tostas.
5-Pescoço - Para estufados guizados. 6-Cabeça
e
Não é aproveitada na alimentação.
7—Lombo - Para assados e costelletas. 8-Perna
- Para assados e cozidos.
Os ossos, cartilagens, tendões e outras partes gelatinosas são excellentes para caldo de sopas.
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CARNES MANEIRAS DE PREPARAR FIAMBRE OU PRESUNTO Prepara-se o presunto de differentes maneiras. O presunto deve ser macio, de cor pouco carregada e de sabor delicado. PARA FRITAR Ponha o presunto frio na frigideira e leve ao fogo brando. Quando começar a derreter e a frigir a gordura cosinhe então vagarosamente retirando de vez em quando o excesso de gordura. Vire freqüentemente, augmentando o calor, quando o presunto ficar macio e corado, pode-se servir.
PARA COSINHAR Alguns preferem cosinhar o presunto collocando n u m a frigideira e cobrindo com água fervendo ; levando ao fogo e deixando ferver até a água se evaporar ; para terminar coram na gordura.
PARA GRELHAR O processo ideal de preparar o presunto é collocando fatias sobre uma grelha pondo em baixo u m a frigideira para aparar a gordura ; leve ao fogo forte e logo que core levemente de u m lado, vire para cora r do outro. PARA ASSAR Deite tiras de presunto n u m a panella funda e leve ao forno quente tirando a gordura de vez em quando. Quando estiver corado dos dois lados, sirva immediatamente.
GRELHADOS As regras do assado applicam-se ao grelhado com a dífferença que em vez de ir ao forno deve ser assado rapidamente, primeiro de u m lado depois do outro sobre fogo forte e depois afastado u m pouco para o lado para acabar de assar. A carne com u m a pollegada de espessura ficará grelhada em 4 minutos. Tempere depois de prompta. :<ss 121
FRIGIR Ha dois processos de frigir : u m com m u i t o pouca gordura n a panella n o qual para obter b o m resultado, deve-se primeiro deixar a gordura esquentar antes de pôr dentro a carne. Por exemplo, frigindo costelletas, se a panella estiver quente e só com gordura necessária para evitar que as costelletas p e g u e m , mantendo-se o calor para fritarem rapidamente, ficarão quasi tão boas como grelhadas. O outro processo de frigh* consiste e m immergir c o m p l e t a m e n t e a carne que se quer fritar e m gordura f u m e g a n t e e conservar esse gráo de calor até corar. Retira-se então com a escumadeira e põe-se u m m o m e n t o sobre papel pardo para escorrer a gordura.
COSIDOS E ENSOPADOS Para cosinhar carne fresca deve-se mergulhar e m água fervendo e deixar cosinhar e m fogo brando m a i s o u m e n o s durante 20 m i n u t o s por libra. Pode-se juntar á água u m pouco de sal, especiarias o u leg u m e s para dar gosto. Addicionar á água u m pouco de vinagre q u a n do a carne é dura, torna-a m a i s macia. Deve-se sempre aproveitar o caldo do cosido para as sopas, ensopados e molhos. Ensopar é ferver a fogo l e n t o quer dizer manter n a panella da carne u m calor sufficient e para a água ferver moderada e constantemente. As carnes salgadas devem ser-postas ao fogo e m água fria a qual logo que ferver deve ser substituída por outra fria, t a n t a s vezes quantas sejam necessárias para deixar a carne saborosa quando prompta. As carnes salgadas e defumadas precisam para cada libra m a i s o u m e n o s 30 m i n u t o s de fervura lenta depois que começar a ferver. Deve-se cosinhar l e g u m e s e cheiros para temperal-a. Estando promptas e se quizerem servil-as quentes deve-se collocar e m logar onde se conservem q u e n t e s m a s n ã o fervam ; se quizerem servil-as frias deixem-nas esfriar n ° caldo e m que foram cosidas. As carnes m u i t o salgadas o u defumadas, m u i t o sêccas devem se deixar de m o l h o e m água fria durante a noite antes de cosinhar.
COMO SE DEVE PREPARAR O ROAST-BEEF Para o roast-beef ficar sumarento e tenro depois de assado, precisa ser untado de instante e m instante, portanto, para poupar-se desse trabalho, colloque u m pedaço grande de sebo da carne sobre o roast-beef; t o m e u m a panella b e m enxuta e veja que o forno fique
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m u i t o q u e n t e ; p o n h a n o forno a carne e deixe assar durante o t e m po estipulado (seja m e i a hora) conforme o t a m a n h o . Pode occuparse n o u t r o trabalho e n o t e m p o marcado o seu roast beef ficará prornpt o com u m a bonita cor, b e m s u m a r e n t o porque foi u n t a d o constant e m e n t e , durante t o d o o t e m p o , pelo sebo. Retire o assado da panella, despeje a gordura n u m a tijella e faça u m m o l h o ao fogo. Podese accrescentar á carne q u a n d o assar, m a i s o u m e n o s meia dúzia de batatas descascadas ; ficarão excellentes e promptas j u n t a m e n t e com o roast-beef. Quando retirar o roast-beef, ponha-as e m volta.
ASSADO DE PANELLA Ponha b e m pouca gordura de vacca n u m a panella de ferro. Quando estiver q u e n t e , deite dentro a carne. J u n t e u m a cebola aloirada e m manteiga ; addicione água que fique pela m e t a d e da altura da carne ; accrescente sal e p i m e n t a e t a m p e b e m a panella ; engrosse o caldo ; cosinhe e m fogo l e n t o de duas a três horas, conforme o peso. Quando a carne estiver cosida tire-a e cubra com o m o l h o .
ASSADO A' AMERICANA Limpe e raspe 6 libras de l o m b o o u alcatra, s e m osso ; toste de todos os lados n u m a frigideira e m fogo forte. P o n h a n u m a frigideira o u panella de ferro camadas de rodellas de cebola, nabos e cenouras, cheiro verde, u m a colher de chá de sal, m e i a colher de chá de p i m e n t a ; sobre isso p o n h a a carne e u m quartilho de água fervendo o u u m refogado de t o m a t e s ; t a m p e b e m e cosinhe e m forno moderado d u rante 4 horas. Se a água se evaporar depressa, accrescente m a i s . Pon h a a carne n u m a travessa q u e n t e . Côe o m o l h o , engrosse-o e t e m pere-o. Se quizer pode servir os vegetaes separadamente.
PASTELLAO DE CARNE A' FRANCEZA T o m e u m b o m pedaço de l o m b o o u fílet e corte e m bifes ; corte e m fatias t a m b é m u m presunto cru, pequeno ; ponha a m b o s n u m a frigideira com m a n t e i g a e u m pouco de cebolas picadas ; deixe cosinhar u m pouco l e n t a m e n t e , sobre o fogo o u n o forno : addicione u m pouco de farinha de trigo e sufficiente caldo para fazer m o l h o ; sal, p i m e n t a , aipo picado e m o l h o inglez ; j u n t e a l g u m a s batatas e m ro-
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dellas, cosinhe j u n t o durante 20 m i n u t o s ; p o n h a t u d o n u m prato de forno com a l g u m a s fatias de ovos duros por c i m a e cubra c o m u m a camada de massa c o m m u m ; asse durante 15 a 20 m i n u t o s e m forn o b e m quente ; todas as tortas de carne vermelhas podem-se preparar pelo m e s m o processo.
PICADINHO COM CREME Corte e m pedacinhos u m a quarta de libra de carne levemente sumàrenta e faça corar n u m p o u q u i n h o de m a n t e i g a ; quando aloirar despeje dentro u m a chicara de leite ; deixe dar u m a fervura e engrosse levemente com u m pouco de farinha e m a n t e i g a batidas j u n t a m e n t e ; quando ferver despeje sobre u m a travessa onde se t e n h a m arrum a d o torradas e sirva i m m e d i a t a m e n t e .
BEEF A' LA MODE T o m e u m pedaço de carne (alcatra é melhor), p o n h a na panella u m a fatia de toucinho o u banha, depois a carne ; cubra-a com água ; t o m e então duas cebolas, alguns grãos de p i m e n t a , cravinhos, folhas de loiro, u m a cenoura, u m a codea de pão preto, sal e vinagre ; ponha t u d o sobre a carne e t a m p e b e m a panella ; accrescente mais água fervendo quando a primeira se evaporar e deixe cosinhar durante 3 horas ; toste b e m u m pouco de farinha de trigo c o m manteiga, dissolva n o m o l h o e deixe ferver m a i s u m a vez c o m a carne ; retire a carne para u m prato e cubra c o m o m o l h o ; accrescente m a i s vinagre, a gosto. Sirva c o m batatas fritas o u beterrabas.
CARNE SALGADA Deve ser cosinhada e m bastante água fria que se aquece l e n t a m e n te até dar u m a fervura ; se fôr m u i t o salgada a carne deixa-se de m o lho durante a noite ; m a s se o a n i m a l fôr novo e n ã o tiver m u i t o sal não será preciso fazer isso. Deve-se cosinhar durante o t e m p o necessário para tornal-a macia a f i m de se poder retirar os ossos facilmente. Conserve o caldo n a panella, e se sobrar a l g u m a carne p o n h a novamente n a panella e deixe ficar n o caldo durante a noite para a s s i m absorvel-o. Se n ã o sobrar n e n h u m a carne pode-se aproveitar o caldo para a sopa, se a carne não fôr salgada de m a i s .
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LÍNGUA COSIDA Limpe 3 l í n g u a s frescas e p o n h a - a s n u m a panella com u m a chicara de sal e água sufficiente para cobril-as ; accrescente m a i s água a medida q u e se evaporar a primeira para conservar as línguas cobertas até ficarem cosidas, i s t o é, q u a n d o se lhes possa espetar u m garfo facilmente ; retire do fogo e se fôr para servir logo, tire.a pelle. Se fôr para guardar n ã o retire a pelle senão oportunamente. Se prepararem línguas salgadas (de conserva) deixem ficar de m o l h o durante a noite supprimindo o sal q u a n d o as cosinhar.
PARA ASSAR UMA PERNA DE PORCO Escolha u m a perna p e q u e n a de leitão ; dê u m talho n a perna com a faca afiada e introduza n a abertura salva e cebolas picadas e u m pouco de sal e p i m e n t a ; q u a n d o estiver m e i o assado corte a pelle e m fatias m a s q u e n ã o vá a l e m da pelle. Pode-se servir com m o l h o de maçãs. PUDDING DE VITELLA 3 libras de vitella picada, 1 libra de carne de porco fresca bem picada, 3 ovos b e m batidos, u m a colher de sopa de manteiga, u m quartilho de m i o l o de p ã o , u m a colher de sopa de sal, u m a colher de chá de p i m e n t a do reino, m e i a colher de chá de salva, m e i a colher de chá de tomilho. Faça u m a pasta ; envolva b e m n u m pedaço de musselina ; ponha n u m a assadeira c o m m u i t o pouca água ; u n t e de vez e m quando e vire para assar de a m b o s os lados ; deixe dentro do panno até esfriar. Sirva c o m purée de batatas.
FÍGADO DE VITELLA COM PRESUNTO Corte o fígado e m fatias de m e i a pollegada de espessura ; deixe de m o l h o e m água fria durante 20 m i n u t o s ; escorra, seque e passe na farinha de trigo. Deixe a paneUa esquentar b e m , ponha dentro fatias finas de presunto, vire a t é corar ; p o n h a n u m a travessa quente ; frite o fígado rapidamente n a gordura quente, virándo-o const a n t e m e n t e ; prompto o fígado escorra a gordura da frigideira deixando u m a o u duas colheres de sopa ; misture dentro u m pouco de
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farinha de trigo para absorvel-a e mexa ao fogo até aloirar ; accrescent e pouco a pouco água q u e n t e para fazer u m m o l h o espesso ; t e m p e re e deixe ferver u m m i n u t o ; sirva separadamente.
TRÊS RECEITAS ESCOLHIDAS QUE ENSINARÃO A PREPARAR O PRESUNTO DE, MANEIRA MAIS
APPETITOSA
Faça cortar o presunto e m três pedaços e prepare-os das m a n e i ras seguintes :
DO CENTRO T o m e presunto do centro com 3 1/2 a 5 1/2 pollegadas de espessura. Retire a pelle ; corte e m fatias m e t a d e da gordura e prenda e m volt a do pedaço magro com palitos de dentes. Deite n o fundo da assadeira ; misture u m a chicara de assucar mascavo com u m a colher de chá de mostarda e espalhe amassando por cima. Sobre isso ponha tantas fatias de banana q u a n t o possível e regue por cima com 8 colheres de sopa de vinagre de pickles. Asse e m forno brando até ficar m a cio (2 horas o u mais) (se b e m que não seja preciso aferventar esse pres u n t o , obter-se-á melhor resultado deixando-o de m o l h o e m água antes de preparal-o durante 2 horas.) Para servir, polvilhe c o m canella, retirando primeiramente as bananas e enfeite com fatias de laranja e p i m e n t ã o . PRESUNTO COSIDO Lave a parte superior do presunto ; ponha na água fervendo á qual se addicionou u m a colher de cravinhos inteiros, u m pedacinho de páo de canella e 3 chicaras de cidra. Ferva e m fogo l e n t o até ficar tenro ( meia hora approximadamente por cada libra) . Sirva q u e n t e o u frio ; enfeite com alface. PERNIL Ponha de m o l h o e m água alguns l e g u m e s durante m e i a hora. Cosinhe e m fogo l e n t o e m água á qual se addicionou o pernil do presunto, até ficarem tenros. Escorra e polvilhe com sal e p i m e n t a . Enfeite e sirva quente.
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ASSADO Limpe a carne com u m panno humido. Raspe e amarre se fôr necessário. No fundo da panella ponha alguns pedaços da gordura que se retirou da carne. Colloque a carne sobre a grelha dentro da panella. Polvilhe sal, pimenta e farinha. Tenha a principio o forno muito quente ; quando a carne estiver meio assada, reduza o calor. Unte de dez ou de quinze em quinze minutos. Se houver risco da gordura da panella ficar chamuscada, j u n t e algumas colheres de água fervendo. Deixe assar durante 10 a 20 minutos por libra de carne, conforme se queira bem ou mal assada. Quando ficar prompta ponha n u m prato quente. Engrosse o molho na panella com farinha de trigo torrada accrescentando a água que precisar e tempere. Põe-se uma cebola sobre o assado para dar gosto, mas retira-se antes de servir. Quando se compra carne deve-se saber qual é a melhor qualidade e os pedaços mais úteis. A carne preferida por ser a mais usada e apreciada, deve ser de cor vermelho pallido e a gordura de u m amarello esbranquiçado o que indica ser o animal novo. Deve ser bem coberta de gordura para que ella fique tenra e succulenta. A carne de primeira qualidade é a carne do lombo e das costellas, sendo a ultima o melhor pedaço para assar. Quando preparar bifes lembre-se que' é melhor passal-os n u m prato com azeite doce três ou quatro vezes do que lardeal-os para amassai-os. O fim não é extrahir-lhes o sueco mas amaciar a fibra. Quando se escolhe carne de porco, todo o cuidado é pouco. Não compre a que estiver viscosa ou tenha granulos na gordura. Lembrese também que quando tiver o couro duro o animal já é velho. A carne de vitella deve ser levemente rosada com bastante gordura. Nunca se deve comer antes do animal ter dois mezes. A carne de carneiro deve ser rija e succulenta com a gordura branca e dura.
PARA CLARIFICAR A GORDURA A gordura reunida de diversos assados (exceptuando o carneiro, que t e m u m sabor muito accentuado) pode ser clarificado ; põe-se tudo n u m a terrina juntando-se-lhe rodellas de batata crua deixando cosinhar o tempo necessário para a batata corar, o que absorverá todas as impurezas. Retira-se do fogo e quando esfriar côa-se na ter-
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PEIXES E MARISCOS PEIXE FRITO Depois do peixe estar b e m lavado, p o n h a - o sobre u m a toalha dobrada e enxugue b e m ; estando b e m l i m p o e enxuto, passe n a farin h a de trigo o u de rosca, farinha de pão o u fubá de m i l h o , como preferir ; t o m e u m a frigideira de f u n d o grosso c o m bastante banha com sal(uma colher de sopa para cada libra de banha) para peixe fresco que n ã o t e n h a sido previamente salgado ; deixe ferver a gordura, p o n h a o peixe dentro e deixe fritar l e n t a m e n t e de u m lado até ficar ligeiram e n t e tostado, vire então do outro ; estando prompto, retirer-o com cuidado e sirva logo o u conserve-o coberto n o prato e m logar que não esfrie. PEIXE GRELHADO Esfregue a grelha com gordura o u u m pedaço de sebo de carne para evitar que o peixe pegue. P o n h a n u m prato u m b o m pedaço de manteiga, sal e p i m e n t a sufficientes para temperar o peixe ; deite-o dentro depois de grelhado e c o m u m a faca espalhe a m a n t e i g a igualm e n t e ; sirva b e m quente.
SALMÃO COSIDO Costure t a n t a s libras de salmão q u a n t a s desejar n u m sacco de panno ralo e cosinhe durante 15 m i n u t o s e m água ligeiramente salgada. Estando prompto, retire do fogo e p o n h a n u m prato com cuidado para não espedaçar o peixe.
MOLHO DE CREME Prepare u m a chicara pequena de m o l h o de creme ao qual se misturou u m a colher de chá de aipo picado e o s u m m o de u m quarto de limão. Despeje sobre o salmão e sirva. Enfeite c o m aipo. O pedaço preferido do salmão é o centro e perto da cauda.
PEIXE COM CREME Pique (não desfie) u m a chicara de bacalháo ; p o n h a n u m a vasil h a e encha até cobrir com água fria ; mexa u m i n s t a n t e ao fogo e escorra depois a á g u a ; deixe sobre o fogão ; cubra o peixe com 1 1/2 quartilhos de leite e u m a colher b e m cheia de m a n t e i g a ; dissolva n u m a
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Peixes e Mariscos
chicara de leite duas colheres de sopa de farinha de trigo e quando o leite sobre o fogão estiver quasi fervendo, misture dentro ;* q u a n d o a m i s t u r a engrossar arrede para u m logar onde n ã o ferva m a i s e j u n te-lhe u m ovo ; sirva logo. CROQUETTES DE PEIXE O bacalháo que sobrar pode ser aproveitado desfiando-se com u m garfo, tirando-se as espinhas e a pelle e picando-se b e m f i n a l m e n t e . Addicione-lhe quantidade igual de batatas amassadas ; reduza a u m a massa espessa j u n t a n d o manteiga, u m pouco de leite, e u m ovo batido ; passe farinha nas m ã o s e faça os croquettes ; frite e m banha fervendo o u outra gordura até corar levemente. OSTRAS FRITAS 24 ostras grandes, u m a colher de chá de sal, u m a pitada de p i m e n ta, m e i a chicara de miolo de pão, u m ovo. Limpe e escorra ostras escolhidas ; passe-as n a farinha de rosca e tempere com sal e p i m e n t a ; deixe ficar 15 m i n u t o s o u m a i s , depois mergulhe n o ovo batido, passe novamente n a farinha, e deixe descansar outros 15 m i n u t o s o u m a i s n u m logar frio e frite u m m i n u t o o u até ficarem douradas, n a gordura quente ; deixe escorrer sobre u m p a p e l ; sirva n u m prato quente enfeitando com aipo, fatias de pickles o u l i m ã o . Sirva c o m batatas fritas. CASQUINHOS DE CARANGUEIJOS U m a chicara de carangueijos bem cosidos descascados, 2 colheres de sopa de farinha de pão de massa fina o u rosca, 2 g e m m a s de ovos cosidos, picados, s u m m o de u m l i m ã o , m e i a colher de chá de m o s tarda, u m pouco de p i m e n t a e sal, u m a chicara de bôa m a n t e i g a derretida. Misture u m a colher de farinha de pão com o carangueijo picado, g e m m a s , sal, os outros temperos e a m a n t e i g a derretida ; encha c o m essa m i s t u r a os casquinhos vasios ; penere farinha d'agua torrada com u m pouco de m a n t e i g a , o u farinha de pão sobre os casquinhos e leve ao forno q u e n t e para tostar. CREME DE CARANGUEIJO Derreta u m a colher de m a n t e i g a , j u n t e m e i a chicara de farinha de trigo mexendo s e m parar ; accrescente 4 chicaras de leite ; t e m -
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Peixes e Mariscos
pere c o m sal, p i m e n t a malagueta, p i m e n t ã o vermelho, e u m a colher de sopa de m o l h o Inglez ; cosinhe durante dez m i n u t o s ; addicione 3 carangueijos picados e u m vidro pequeno de cogumelos ; deixe dar u m a fervura. Sirva e m " r a m i k i n s " (pão torrado c o m queijo e ovos).
ARENQUE GRELHADO COM MOLHO DE ANCHOVA T o m e arenques, mergulhe n o azeite o u m a n t e i g a derretida ; t e m pere com sal e p i m e n t a e asse n a grelha ; e m q ú a n t o o peixe assa t o m e u m boião pequeno de massas de anchovas, desmanche n u m a paneila c o m manteiga, aipo picado e s u m m o de u m l i m ã o , até amornar ; espalhe o m o l h o sobre o peixe e sirva.
LAGOSTA A LA LOUIE (para 8 pessoas) 9 Escolha u m a bôa lagosta o u duas, perfazendo o todo m a i s o u m e nos 4 libras ; corte ao comprido, l i m p e e lave, enxugue b e m n u m a toalha ; corte e n t ã o cada fatia e m 4 e ponha n u m logar frio ; prepare 3 alfaces (quanto m a i s duras melhor) ; tire as folhas velhas e guarde para enfeitar ; pique então as alfaces, mergulhe n a água e escorra-as.
MOLHO A' LA LOUIE 6 cebolinhas verdes b e m picadas, a m e s m a quantidade de aipo t e n r o picado b e m fino, o dobro de p i m e n t ã o verde picado m i ú d o ; meia colher de chá de "paprika" , u m a chicara de mayonnaise, u m a chicara de m o l h o de p i m e n t a , u m a chicara de m o l h o de t o m a t e picante, duas colheres de chá de "Worcestershire sauce" , sal a gosto. Misture b e m ; arrume as folhas de alface n u m a travessa grande, deite a alface picada n o centro, e ponha os pedaços de lagosta e m cima ; enfeit e c o m u m pouco de mayonnaise, "paprika" e ovos cosidos cortados e m quartos, azeitonas, pickles e as pernas da lagosta. Sirva o m o l h o á parte e t ã o frio q u a n t o possível. Esta receita t a m b é m serve para carangueijo o u camarão "á Ia Louie".
CREME DE LAGOSTA Corte e m pedaços pequenos a parte do pere b e m com sal, p i m e n t a e u m pouco de av duas colheres de sopa de maizena n u m cione a u m quartilho de leite fervendo ;
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rabo de 2 lagostas ; t e m s u m m o de l i m ã o ; dissolpouco de leite frio. e addidepois de engrossar j u n t e
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Peixes e Mariscos
a m a n t e i g a e cosinhe até ficar b e m espesso ; mexa a lagosta dentro dessa m i s t u r a e aqueça ; encha as conchas o u forminhas que já devem ter sido aquecidas ; polvilhe com queijo e leve ao forno para cora r levemente. OSTRAS PARA OS NOIVOS Frite o u asse u m a dúzia de ostras ; bata 4 ovos, ponha n u m a panella j u n t a m e n t e com as ostras e cosinhe ; sirva sobre torradas com manteiga. OSTRAS COSIDAS Cosinhe 12 ostras na própria água ; addicione-lhes manteiga, p i m e n t ã o , sal e m e i a chicara de chá de m o l h o picante de cogumelos ; deixe dar u m a fervura ; sirva n u m prato quente com fatias torradas c o m manteiga. OSTRAS COM PIMENTÃO Siga a receita acima, accrescentando u m a colher de sopa de p i m e n * tão verde picado m u i t o fino. FRITURA DE HANGTOWN Estenda sobre u m a omellette chata fatias de presunto grelhado, e cubra com ostras fritas. OSTRAS NA CONCHA Passe as ostras n o fubá de m i l h o ; ponha n o v a m e n t e n a concha regue-as c o m m a n t e i g a e deite u m a tirinha de presunto e m cima de cada ostra : asse durante 3 m i n u t o s e sirva n a concha. OSTRAS ASSADAS Abra cuidadosamente, para n ã o perder a água, o n u m e r o de ostras q u e quizer servir, deixando-as na parte maior da concha. Addicione-lhes u m pedacinho de manteiga, u m pedacinho de presunto, e u m a pitada de "paprika" (em cada ostra). Ponha t u d o n u m taboleiro e asse e m forno moderado durante m a i s o u m e n o s 25 m i n u t o s . Sirva logo.
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CROQUETTES DE BACALHA'0 Depois do bacalháo cosido tiram-se-lhe as espinhas e as pelles e passa-se na machina. Cosinham-se umas batatas e passam-se no espremedor. Soca-se u m dente de alho, salsa, cheiros e misturam-se ao bacalháo com as batatas ; torna-se a passar tudo pela machina para que fique bem ligada a mistura ; depois juntam-se-lhe 3 ovos, u m a u m . Vae ao fogo n u m a panella com u m a colher de manteiga e u m a de farinha de trigo que se fazem cosinhar bem, mexendo-se para não encaroçar ; addiciona-se leite, aos poucos, de modo a formar u m mingáo ; junta-se-lhe o bacalháo e deixa-se cosinhar, retira-se do fogo e deixa-se esfriar Enrollam-se então os croquettes em farin h a de rosca e ovos e fregem-se.
BACALHA'0 COM COCO Põe-se de molho, na véspera, bacalháo; no dia seguinte aferventa-se, tira-se bem as espinhas e parte-se em pedaços ; faz-se u m bom refogado com azeite, cebola, tomate, cuentro, refoga-se ahi o bacalháo e junta-se-lhe o leite ralo de u m coco. Deixa-se que cosinhe bem e no momento antes de ir para a mesa junta-se-lhe o leite grosso de u m coco, deixando-se ferver durante uns 5 minutos, mexendo-se para que o leite não talhe ; deita-se-lhe u m a colher de azeite de dendê, pimenta ; retira-se para o prato e serve-se.
BACALHA'0 A'
BISCAINHA
Põe-se o bacalháo de molho, na véspera ; no dia seguinte aferventa-se, tira-se bem as espinhas e desfia-se ; cosinha-se u m a igual quantidade de batatas e pica-se em rodelinhas. Faz-se u m molho com azeite, tomates, salsa e outros temperos, querendo. Rala-se queijo parmesão. Bate-se três ou quatro ovos, com as claras, bem batidos. Faz-se camadas, primeiro de rodelinhas de batatas, depois de bacalháo desfiado, pulverisando em seguida com farinha de rosca e o queijo ralado. Põe-se uma parte do ovo batido e o molho ; e assim successivamente, sempre em camadas na ordem descripta. Feito isto vae ao forno bem quente por uns dez ou quinze minutos. Sirva-se quente.
132
S9-
SUGGESTÕES
DIATETICAS
ALIMENTOS SÃOS E EFFICIENTES
Se a pessoa de saúde normal observar as leis naturaes da selecção, combinando e proporcionando os seus alimentos, seu organismo attingirá o m a i s elevado gráo de energia. Coma bastante m a s com prudência.
O
QUE PRECISAES
E' UMA
COMBINAÇÃO
CUIDADOSA
DES-
TES ALIMENTOS
Estes alimentos amylaceos conservam o calor do corpo ; fornec e m combustível e alguns reparos : trigo e m grão - pão - farinha de m i l h o - centeio - farinha de aveia - macarrão - spaguetti - bolos - batatas - bananas - trigo - arroz s e m ser pollido. Estes alimentos formam o nosso organismo, reparam os nossos tecidos e fortalecem os músculos : leite - ovos - aves domesticas - peixe - queijo - carne de vacca vitella carneiro - porco - feijões. Estes alimentos assucarados são os que se transformam m a i s rap i d a m e n t e e m combustível e dão b o m gosto á alimentação : assucar mascavo - m e l de canna - m e l de abelhas - ameixas passas - figos geléas marmelada compotas bolos - chocolate. Estes alimentos gordurosos são m a i s ricos e m carbono e por isso desenvolvem m u i t o calor n o nosso organismo : nata- m a n t e i g a gemm a de ovos - toucinho - porco óleos vegetaes gordura de gallinha presunto. Estes alimentos ricos e m mineraes l i m p a m o sangue, regulam e auxiliam a reconstituição do organismo : leite - maçãs - peras - banan a s - amoras - melões laranjas - limões raízes de vegetaes - espinafre - nabos - repolho - todas as fructas - alface - aipo - batatas - cenoura branca - feijão verde vagens abóbora - t o m a t e s - m i l h o verde cenouras - cebolas - todas as saladas verdes e frescas. Este grupo de a l i m e n t o s productores de calor fornecem-nos energias para o trabalho. N o t e o que poderá substituir a carne. -<£
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Suggestões
Diateticas
Regimem para Engordar CEREAES Espiga, de m i l h o , farinha de aveia com creme.
FRUCTAS Maçãs assadas, bananas,
figos.
CARNES Carneiro, porco, vitella, carne gorda, bifes grelhados, porco defum a d o com o presunto e toucinho, estufados com m o l h o s , ganso assado.
PEIXES Peixe grelhado, cavalla, e todos os peixes de carne vermelha.
MISCELLANEAS Ovos, queijo, pão de centeio.
VEGETAES Todas as raízes e saladas temperadas c o m azeite doce.
BEBIDAS Leite, café com leite, bastante água depois das refeições.
SOBREMESAS Massas, puddings,
sorvetes.
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Suggestões
Diateticas
Regimem para Emmagrecer FRUCTAS Todas as fructas ácidas, laranjas, maçãs cruas.
SOPAS Todas as sopas magras, como consommés, etc. PEIXES Todos os peixes de carne branca e ostras. CARNES Carnes magras, cosidas ; fígado.
todas as aves, menos pato, costeletas,
VEGETAES Todos os vegetaes que crescem acima do solo como aipo, alface, tomates, abóboras, pepinos, pickles. Nenhum molho com azeite doce.
MISCELLANEAS Bolachas, pão branco, nenhuma manteiga.
BEBIDAS Chá ou café, sueco de fructas.
SOBREMESAS Nenhum assucar ou creme.
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O VALOR DA B E L L E Z A E' preciso usar o "maquillage" com prudência para conseguir u m resultado que não seja opposto áquelle que se almeja. Para u m a mulher poucas alegrias são comparáveis a de ser bella e ouvir elogiar a sua belleza ; sem chegar tão longe quanto Musset que disse : "Or Ia beauté c'est tout, Platon Ia dit lui-même, La beauté sur Ia terre est Ia chose suprême", é evidente que ser bella ou tornarse, representa u m ideal que todas as mulheres desejariam poder attingir. O que não fariam para chegar a esse fim ? O "maquillage", habilmente empregado, pode melhorar muito, se não transformar u m rosto, mas para isso precisamos usal-o com medida, levar em conta mil coisas, o gênero dè vida que levamos, a época na qual evoluímos ; seria tão surprehendente na actualidade ver u m a mulher caminhar apressadamente nas ruas com crinolina como vel-a plantar no alto da cabeça u m a cabelleira empoada ou collar moscas de velludo preto sobre o rosto empoado de branco e cor de rosa. A vida moderna activa, estonteante, na qual os sports occupam u m a grande parte, requer "toilettes" praticas e u m "maquillage" leve. Não ha nada mais horrível que u m rosto"1 onde o pó, o "rouge" e o "crayon" attrahem a attenção e chocam a vista. A arte do "maquillage" é mais difficil do que se suppõe á primeira vista, já não me refiro ao "maquillage" para o theatro mas ao da cidade que exige u m cuidado meticuloso, muita medida, ou antes, sciencia. Nesse caso, comprehende-se que não se trata de transformar a physionomia ou mudarlhe a expressão por meio de artificio mais ou menos sábios mas de remediar as imperfeições e de pôr em evidencia as partes mais bonitas. O ponto inicial, portanto, é conhecer-se bem. Para agir bem é preciso agir com conhecimento de causa senão ha o risco de ir de encontro ao necessário e obter u m resultado opposto ao desejado. A tendência actual em todos os tratamentos do rosto e cuidados da pelle, é trabalhar de accordo com a natureza e não em opposição, corrigir os defeitos e não dissimulal-os, dando-se o mesmo com o "maquillage" cujo fim é fazer realçar a belleza natural da pelle e da cor e não mascaral-os. O "maquillage" já é portanto, u m a arte mais subtil do que no tempo em que consistia somente na applicação de pó e "rouge" em abundância. Cada rosto t e m as suas regras especiaes, assim como cada silhueta tem talhes de vestido que mais lhe convém e cada mulher deve, ou antes, deveria ser penteada conforme o seu typo e não segundo a moda. A forma e as proporções do rosto e das linhas, a cor da pelle, a personalidade, a hora do dia, a cor do vestido, tudo isso se deve levar em conta. Geralmente procura-se combinar o tom do vestido com o do " m a n t e a u " e do chapéo, esquecendo, entretanto, de observar se o pó que se ap-
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D?;
O Valor
da
Belleza
plica ás faces não formará u m contraste chocante com a cor do chapéo. Para ahi é que deveis voltar toda a vossa a t t e n ç ã o ; o "rouge" das faces n ã o deve contrastar com a cor da "écharpe". U m chapéo "chaudron" fica horrível quando o "rouge" do rosto é u m pouco arroxeado ; lábios alaranjados gritam com u m feltro vermelho ; o verde requer u m "maquillage" bastante carregado, ao passo que a cor de malva fica linda com u m rosto ligeiramente rosado. T e m ainda importância m a i s i m m e d i a t a que o colorido a qualidade dos productos que se usa. E' primordial não somente servir-se dos productos de primeira qualidade como consultar pessoa competente n o a s s u m p t o antes de usar, que informará acertadamente o producto que m a i s convém á vossa pelle. Tendes a pelle gordurosa ? Deveis empregar u m creme que seria contra indicado para u m a pelle secca. U m a pessoa competente vos dirá i m m e d i a t a m e n t e o que vos pode ser útil o u prejudicial. E m falta disso, observações pessoaes com o t e m p o , vos ensinarão a conhecer-vos. Os cuidados hygienicos constituem a base de qualquer tratament o de belleza. Primeiramente a pelle deve ser limpa, desembaraçada de suas impurezas. Se os poros estiverem obstruídos, a pelle não respirando livremente torna-se cor de terra, perde todo o brilho, toda a juventude. U m a pelle sã, lisa sob u m ligeiro "maquillage" é m u i t o m a i s attrahente que u m a pelle estragada, dissimulada sob u m a camada de pó o u de "rouge". Existem u n s pequenos pulverizadores a vapor que p e r m i t t e m a própria pessoa fazer u m a bôa limpeza da pelle, de 8 e m 8 dias, o u q u i n zenalmente. Algumas gottas de b e n j o i m e m água de rosas, formam u m a m i s tura que convém ás pelles de oleosidade media. Para as pelles m a i s oleosas, o l i m ã o produz u m excellente effeito. Projecta-se o liquido n a pelle sob a forma de vapor e com u m a bola de algodão com a qual se esfrega o rosto amassando-o levemente, sempre subindo, desembaraça-se a pelle de suas impurezas. Quando o algodão n ã o ficar m a i s engordurado a pulverização está terminada. E' preferível deixar a pelle descansar a l g u m a s horas antes de empoar novamente. Fora essas pulverizações que, repito, n ã o se devem fazer freqüent e m e n t e , existem tônicos, loções adstringentes, que servem para lavar o rosto todas as noites e que s u b s t i t u e m vantajosamente os sabonetes c o m m u n s que m u i t a s vezes são nocivos á pelle. Os dados, loção a do por
cold-creams preparados especialmente são t a m b é m recommenseguidos de u m a ligeira applicação de u m a loção adstringente ; base da essência para limpar a pelle - loção m a i s medicinal t e n base o ether para as pelles irritadas loção tônica especial para
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O Valor
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Belleza
fechar os poros - água de Fontange tonificante, especial para as pelles oleosas. A pelle tratada assim, antes de deitar, repousa durante a noite. Basta retirar pela m a n h ã com u m pouco de algodão embebido n a loção prescripta, a poeira que nella se t e n h a depositado por accaso durante a noite. Dar pancadínhas com a ponta de toalha molhada na água fria, tonifica admiravelmente os tecidos.
"MAQUILLAGE" PARA A MANHÃ O ' maquillage" para a m a n h ã deve primeiramente ser discreto. Depois que se refresque e limpe a pelle com u m b o m tônico - pode ser água fria applica-se o creme com u m panninho m u i t o fino o u com o dedo. Esse creme, j á se vê, deve ser escolhido conforme a necessidade da pelle ; ha u m certo creme m u i t o afamado para o nariz, impedindo-o de brilhar e segurando o creme durante o dia inteiro. Para u m "maquillage" ligeiro, u m leite de malvaisco especial pode substituir o creme o u u m certo balsamo que faz o pó adherir levemente ao nariz.
O"ROUGE" Depois que se t e n h a espalhado b e m o creme, applica-se o "rouge'' que pode ser, segundo as preferencias, e m pó, pasta, ou liquido, sendo o u l t i m o o m e n o s usado. O "rouge" e m pó dá u m t o m natural e applica-se m u i t o facilmente com u m a plumazinha de cysne ; iguala-se e m seguida com u m pedaço de algodão. Precisa-se levar e m conta quando se u s a m certos "rouges" , que a cor se aviva a l g u m t e m p o depois de applical-o á pelle. O "rouge" e m pó applica-se depois do pó, ao contrario do "rouge" e m pasta que se applica logo a seguir o creme e que se precisa espalhar cuidadosam e n t e com o dedo para que fique b e m igual n o rosto ; empôa-se a seguir ligeiramente ; esses cremes acarminados t ê m a vantagem de segurar melhor que os pós finos o u compactos. Os tons coral, m a n darim, dão melhor resultado que os que t e n d e m para o malva, dos quaes é b o m desconfiar, principalmente de dia. A maneira de collocar o "rouge" deve ser objecto de estudo especial : O "rouge" faz sobresahir a parte do rosto onde é applicado. Assim, tocar ligeiramente com a p l u m a do "rouge" n o queixo, alonga o rosto. U m rosto grande, largo e achatado arredonda-se pondo "rouge" sobre as maçãs, próximo ao nariz. Nos rostos cavados applica-se o "rouge" nas covas. As maçãs salientes tornam-se ainda m a i s notadas com o "rouge" : para remediar isso collocar-se-á o "rouge"
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da
Belleza
atraz e abaixo das faces. Pode-se avaliar o effeito do "rouge" fazendo o "maquillage" só de u m lado, pode-se assim determinar a melhor m a neira de applical-o, porque se é b e m verdade que a pintura pode m e lhorar e rejuvenescer u m rosto, pode t a m b é m , se fôr mal applicada, estragal-o consideravelmente.
O PO' DE ARROZ Depois do "rouge" applica-se o pó natural, pêcego o u rosa para as loiras ; rachei o u banana para os t o n s médios ; "brune" o u ocre para as pelles trigueiras. O pó usado e m excesso resecca a pelle e dilata os poros. E' preciso ter sempre u m a borla apropriada, de preferencia de p l u m a de cysne, e usar u m pó fino e m u i t o adherente. O melhor é mandar preparal-o segundo a qualidade e o t o m da pelle.
OS LÁBIOS Se os' "rouges" m u i t o oleosos são desagradáveis por não segurarem bem, os "rouges" seccos de m a i s podem ser extremamente n o civos ; com a continuação do uso, racham e reseccam os lábios ; deve-se, portanto, escolher u m " b a t o n " de oleosidade media. Alguns cremes para o rosto servem t a m b é m para os lábios sendo o resultado perfeito porque assim a cor é a m e s m a . Geralmente reserva-se o "rouge" liquido para a noite, segura admiravelmente, m a s , algumas vezes, greta os lábios. Se sua bocca fôr grande use u m "rouge" escuro ; se os lábios forem finos, contorne-os exactamente com u m "rouge" mais vivo. O "rouge" claro é m a i s indicado para as loiras, entretanto, u m a morena pode t a m b é m usal-o m a s s o m e n t e á n o i t e ^ c o m luzes.
OS OLHOS Não ha nada m a i s delicado do que o " m a q u i l l a g e " dos olhos : u m a mulher pode se envelhecer dez annos pondo " r i m m e l s " se isso não convier ao seu typo, o u collocando m a l o "crayon" sobre as palpebras. Durante o dia os olhos g a n h a m sendo pintados o m e n o s possível, apenas u m pouco de bistre o u de "fard i n d i e n " sobre as palpebras, nunca sob ellas, porque isso arredonda os olhos e envelhece - e o " r i m m e l s " passado levemente sobre os cilios, se esses forem desbotados o u se quizer avivar o olhar. Mas u m " r i m m e l s " ordinário arde e estraga a vista, o seu uso é desaconselhado a certas mulheres que perdem cento por cento de sua graça quando t ê m os olhos pesados. :<ss
&. 139
O Valor
da
Belleza
As palpebras grandes p e d e m u m ligeiro sombreado tornando a s s i m o olhar m a i s profundo ; para os olhos encovados, orbitas salientes, n e n h u m a pintura. As sobrancelhas q u e d e s e m p e n h a m u m papel importante na, expressão physionomica são corrigidas facilmente se n ã o tiverem u m a linha perfeita. Pode-se obter u m a curva fina, ligeiramente arqueada depilando com u m a pequena pinça os pellos que ultrapassam a linha quer para cima quer para baixo, m a s esse processo é m u i t o delicado e moroso. Pode-se t a m b é m , para conseguir u m a curva nítida raspar as sobrancelhas, m a s isso requer u m a habilidade ainda maior e só se ' poderá obter b o m resultado se forem loiras e pouco espessas.
"MAQUILLAGE" PARA A NOITE No "maquillage" para a noite h a n a t u r a l m e n t e m a i s liberdade ; os vestidos decotados, as jóias, as luzes, p e r m i t t e m e p e d e m m e s m o faces e lábios m a i s acarminados, olhos m a i s sombreados. Mas, t a n t o á noite como de dia, os t o n s dos productos devem ser estudados cuidadosamente. U m " b a t o n " de "rouge" purpura não pode de forma alguma combinar com u m pó ocre e com "rouge" alaranjado n a s faces. U m "maquillage" para a tarde visto com luzes á noite, parece pallido e precisa ser avivado. Observar, estudar a si próprio, conhecer-se b e m , são as principaes condições de b o m êxito neste domínio tão delicado do "maquillage".
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A NOCIVIDADE DA MOSCA (E. R.) A mosca é o mais nocivo dos insectos, dizem os hygienistas. E é. Vivendo em nossas casas, em intimo contacto comnosco, ella não r e siste á attracção dos logares m a l cheirosos e nelles vae buscar, constantemente, milhões e milhSes de micróbios prejudiciaes, com que nos p r e senteia. Por isso, a h u m a n i d a d e devia temel-a e odial-a, como o faz ás próp r i a s epidemias. P a r a ella, n e n h u m a piedade se justifica, porque r a r a é a moléstia infectuosa de que não possa ser a transmissora. Fugir á mosca é u m dever de quem preza a p r ó p r i a vida e quer, por isso, defender a sua saúde. Mas não devemos somente fugir á mosca, evitando que contamine os nossos alimentos; precisamos, t a m b é m , combatel-a, exterminando-a. Todos nós devemos pois, aprender os conselhos hygienicos que nos ensinam evitar o contacto com esse terrível insecto, ao mesmo tempo que lançar mão de todos os meios recommendaveis p a r a matal-o. A vida da mosca pode resumir-se em três coisas: comer, procrear e a s seiar-se. Comer — eis o que leva a mosca a todos os logares, desde o guardacomidas pintadinho de branco até o m a i s i m m u n d o dos monturos. A mosca segue a orientação do olfacto: este é que conduz aos cantos malsãos, onde poluíam as baterias mais perigosas e depois attráe aos pratos dos nossos mais deliciosos manjares. Procrear — esse é u m papel que lhe cabe como aos demais seres, m a s p a r a ella em proporções assustadoras. Cada postura da mosca, feita preferivelmente n u m canteiro de j a r d i m ou n u m a estrumeira, comprehende de 100 a 150 ovos. E são em n u m e r o de 6 a 8 as posturas que ella pode fazer
d u r a n t e os três meses de sua vida, num clima tropical como o nosso. Asseiar-se — isso o que faz a mosca nas horas vagas. E é então que ella se torna m a i s perigosa. Esteja onde estiver, põe-se a escovar as azas com as patas, a esfregar a tromba com as mãos, a socodir a poeira do corpo — deitando fora de si milhões e milhões de micróbios infectantes. Estão vendo os leitores como é perigoso esse animalzinho?
Conhece o leitor o cyclo vital da mosca? esse insecto nojento que nos causa tantos malefícios? Não conhece, não é ? : pois vamos resumil-o aqui. A mosca deita seus ovos — 100 a 150 cada vez — na estrumeira ou no j a r d i m . Oito a dez horas depois, elles se rompem, dando sahida ás l a r vas. Uma semana e estas se acham em seu completo desenvolvimento, n u tridas que foram com os detritos das immundicies onde germinaram. O seu comprimento attinge, nessa phase, 6 a 7 millimetros. Dá-se então u m a m u d a n ç a : a larva troca a roupagem e é u m a crysalida de fatiota escura. Três dias depois, nova transformação: apparecem as azas e » crysalida, j á convertida em mosca, sáe esvoaçando dos exgotos p a r a os pratos de doce, sacudindo por toda a p a r t e onde passe os milhões e milhões de germens que transporta nas patas, n a tromba, nas azas, no corpo todo. Três meses depois, mais ou menos está morta a mosca. Mas então ella j á deixou n a t e r r a seis a oito posturas de 100 a 150 ovos!
Como nos devemos proteger cont r a as moscas? Comecemos por guardar os a u m e n tos ao abrigo do contacto com ellas,
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SP,
encerrando-os . n u m vasto guarda-com i d a s , em logar fresco, arejado, bem limpo e escropulosamente fechado por u m a tela fina. Seria conveniente que taes armários fossem pintados de verde, porque as moscas fogem dessa cor. Todo o cuidado com a cozinha. O ideal seria u m a cozinha muito clara, paredes ladrilhadas (para serem lavadas com, facilidade) e janellas m u nidas de telas de m a l h a s pequenas que não permittissem a e n t r a d a do indesejável insecto. O cisco, os restos de comida, e t c , attrahem a mosca á cozinha. Quintal bem limpo, asseio n a visinhança e as moscas hão de procurar outro logar, onde o cheiro de i m m u n dicies desperta a sua attenção. Assim, o meio mais pratico e mais saudável de afastarmos de nós as moscas importunas e perigosas é a limpeza cuidadosa da casa, do quintal, dos arredores.
P a r a m a t a r as moscas, aconselhase os meios seguintes: 1. — Prepara-se u m a solução com 15 partes de formol, 20 de leite e 65 de água. Essa solução é depositada n u m prato, que se deixa exposto ás moscas. Ellas vêm beber o liquido e envenenam-se. 2. — Aqueça-se u m a haste de ferro até o r u b r o e sobre ella deixa-se cahir ácido carbônico liquido (vinho got a s ) . O vapor que se desprende m a t a as moscas. 3. — Colloque-se n u m prato u m pedaço de pão embebido n u m a m i s t u r a formada de % de litro de leite, *4 de litro de água, duas colheres de formol e u m a colher de assucar. O pão attráe as moscas e a mistura as mata. 4. — P a r a exterminar as larvas dos monturos, basta regal-as com uma solução de chloreto de cálcio, duas ou três vezes por semana. O mesmo ef-
feito obtém com u m a solução de ácido carbônico empregada desse mesmo modo. No commercio encontram-se vários productos annunciados p a r a -extermin a r as moscas; muitos delles são bons e devem ser aproveitados.
A
NOCIVIDADE
DO RATO
Um dos maiores inimigos da h u manidade é o rato. Elle é u m grande transmissor de moléstias taes, como a Peste Bubônica, a Trichonose e a Raiva. Essas moléstias são transmittidas pela pulga, que todos os ratos trazem comsigo, e que depois, ao sugar o sangue h u m a n o , injectam a moléstia que existia no sangue do rato. Alem disso são roedores inveterados, nada deixando escapar a sua acção destruidora. E m poucas horas são capazes de fazer innumeros b u r a cos nos assoalhos, afim de conseguir e m passagem p a r a as dispensas, onde t a m b é m estragam e contaminam tudo, de preferencia as carnes de conservas. Até as plantações soffrem com esses terríveis roedores. Combater e aconselhar a todos que combatam os ratos, é signal de bom senso. Mas é necessário saber como combatel-os. Muitos j u l g a m que envenenando-os e matando-os desse m o do, estão livres do mal que elles possam causar. Esse é u m grande erro, porquanto os ratos realmente, m o r r e m envenenados, m a s apodrecem e deixam as pulgas, tornando-se muito mais perigosos depois de mortos, do que quando vivos, pois tornam-se t a m b é m focos de m i a s m a s perigosissimos p a r a a saúde. O modo mais aconselhável de combater esse flagello, não é com venenos, m a s com ratoeiras que a p r i sionam os ratos vivos, meio mais efficiente á sua acção destruidora, que desse modo extende-se t a m b é m ás p u l gas. Depois, com água fervente, se fará u m extermínio em r e g r a . Nunca deverão pegar nos ratos com as mãos
Í<S3
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P:
Prescripções
e se t ê m de fazer isso na ratoeira, não se descuidem em desinfectal-as depois. A união faz a força. Se todos emprehenderem a guerra contra os ratos, cm breve, j á não tememos as terríveis moléstias que elles nos podem t r a n s m l t t i r , pois terão desapparecido os focos dessas moléstias.
A NOCIVIDADE
DO MOSQUITO
E m outro artigo, falando sobre o rato, dissemos ser elle u m dos maiores Inimigos da h u m a n i d a d e . Não menos é o mosquito (vulgarmente chamado pernilongo). O seu zunir ê incommodo e alguns há que t r a n s mittem doenças graves como o impaludismo, a febre amarella, etc. "Onde não houver mosquito não será possível a propagação dessas doenças" — diz o Serviço Sanitário. Com a c a m p a n h a systematica que faz o Serviço Sanitário de São Paulo, já se conhecem bem os inales que poderão advir pela não attenção ás suas instrucções. A cooperação da imprensa dando •essas instrucções exprimem claramente o bem que traz para a collectividade, desde que ellas sejam seguidas á risca. No interesse superior da defeza da própria saúde e portanto, da saúde de sua família, cada um, espontaneamente, deve procurar eliminar os focos de mosquitos, dando combate, assim, aos terriveis t r a n s m i s sores de moléstias gravíssimas. Apezar de bem divulgadas as instrucções p a r a o extermínio dos mosquitos, é bem possível que ainda haja quem as desconheça e por isso cremos não ser demais transcrevermos a seguir essas instrucções que o Serviço Sanitário do E. S. Paulo, em folheto impresso, faz distribuir ao povo, pelas quaes se fica conhecendo não só os meios de exterminal-os, como t a m b é m onde podem elles p r o e r c a r e m :
Hygienicas
Mosquito e febre amarella O mosquito ou pernilongo -— "Stegomyia" — transmissor único da febre amarella, tem o corpo e as pernas com salpicos prateados. Cria-se do seguinte m o d o : Põe ovos em águas limpas nas quaes elles ficam espalhados e boiando como grãosinhos de pólvora. Uns dois dias depois, sáe de cada ovo uma larva, um bichinho ou saltão, como u m verme, que anda a n a d a r de um lado p a r a outro e a todo o momento vem á superfície onde fica parado de cabeça para baixo, respirando o ar por u m canudinho na ponta da cauda. Ao fim de uns seis dias a larva se transforma cm nympha, bichinho recurvado, que o povo chama m a r tellinho, como um pequenino camarão, com dois chifres na cabeça por onde respira á flor d'agua. Um pouco de kerozene ou óleo espalhado na superfície da água entrará pelos canudos respiratórios, esles ficarão entupidos e o aniinalsinho morrerá por não poder respirar. A nympha, um a dois dias depois de formada, p á r a á superfície do liquido e pelas costas que se partem sáe o mosquito j á formado c . do tamanho n a t u r a l . Assim, sem água, não poderão evoluir, nem ovo, nem larva n e m n y m p h a . Cada espécie de mosquito exige uma certa qualidade de água. O Stegomyia só quer águas p a radas e limpas do interior ou dos próximos arredores da habitação humana. Meios de exterminar os mosquitos 1.» — Xão m a n t e r água, por pequena quantidade que seja, descoberta como em vasos, tinas, tanques, bebedouros de aves e outros auimaes, sem renoval-n ao menos, cada oito dias, c si renovar, esfregar bem o interior do recipiente, afim de dest r u i r inteiramente as larvas dos mosquitos que ahi se encontrem.
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jacarés, cobras ou outros bichos grandes, porque se assim fosse, teríamos então o cuidado de os separar p a r a que não nos engasgassem I Infelizmente, também;, não nascemos com o poder de visão capaz de divulgarmos á simples vista, esses innumeros b i chinhos que, justamente por não ser e m do t a m a n h o de elephantes, esquecemo-nos, ou melhor, não ligamos importância se os ingerimos ou não em grande q u a n t i d a d e !
2.o
Remover ou enterrar todas as latas velhas, cacos de garrafas, pneumaticos velhos e quaesquer outros recipientes inúteis. 3.0 — Manter as calhas dos telhados perfeitamente limpas e conserval-as de m a n e i r a que á água ahi não fique estagnada. 4.» — Deitar kerozene nos ralos e privadas, systematicamente, de 8 em 8 dias. 5.0 — Suprimir do perímetro urbano e das proximidades das h a b i t a ções, os capinzaes, b a m b u a e s , bananeiras, e t c , que muito favorecem a formação de focos de mosquitos. C.° — Manter os j a r d i n s , pateos, quintaes e terrenos livres de vegetação alta e densa que freqüentemente encobre focos de mosquitos.
Mas o homem é incançavel; elle t r a b a l h a sem outro fito de d a r cabo dos males. Com estes não nos acostumamos nunca o só desejamos o b e m ! O microscópio foi t a m b é m descoberto p a r a nos revelar o micróbio! Honremos, portanto, aqui, u m gênio do b e m : "PASTEUR". As terríveis machinas de guerra, que só m a l nos trouxeram, não foram e não são combatidas pelo povo? Não são os micróbios terríveis elementos contra o povo? Então combatamos esses m a u s elementos com os processos, aliás simples, que a sciencia moderna nos ensina! Porque o povo de agora acceita com júbilo quaesquer descobertas scientificas que venham minor a r os seus soffrimentos? E' porque, agora, elle vae comprehendendo que se não se acautelar se definhará por completo e será o culpado da depauperação da r a ç a !
7.° —• Drenar ou a t e r r a r todas as collecções de água estagnada; Si •isso não fôr possivel, m a n t e r os cursos d'agua, inclusive as suas margens, destituídas de vegetação e lixo c d e r r a m a r , semanalmente, kerozene n a superfície da água.
OS MICRÓBIOS DA ÁGUA (C. M.) E' crime ignorar-se que na água t a m b é m proliferam os mais terríveis germens do m a l ! Devemos ter mais cuidado com a água n a t u r a l que bebemos. Esse cuidado não está merecendo a attenção devida do nosso povo, se bem que o Serviço Sanitário, com os seus grandes cartazes illustrados, expõe claramente os terríveis males que podem advir pelo pouco caso em não attenderem a todas recommendações! E' sempre mais fácil ir-se á u m a bica commum e mesmo nas mãos (as vezes sem as lavar) tomar uns bons goles de á g u a ! ! Além disso, com essa mesma água que se nos apresenta clara e bonita, não sahem elephantes,
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Sempre que seja u m conselho, não nos devemos furtar de acatal-o, pois quem dá u m conselho é porque estudou a causa ou porque t e m experiência própria. O objectivo de.ste livro é o de aconselhar o que seja útil e eis a r a zão de escrevermos este artigo, fazendo coro com o que acertadamente apregoa o Serviço Sanitário. Elle aconselha fazer ferver a água e depois filtral-a. Pois façamos isso, n a d a nos custa e temos assim garantida a saúde c portanto, a felicidade de nossa família. Existe por ahi u m a variedade de filtros e todos elles tem a sua efficacia, requerendo apenas, como tudo,
o unlco trabalho da limpeza, que devemos incluir nos cuidados diários de nossa casa.
A HYGIENE DA BOCCA N'uma grande universidade ingleza inscreveram no programma para os alumnos a obrigação de tratarem e lavarem os dentes. Este é com effeito, um uso muito descurado entre a mocidade ignorante e os pães desleixados. Esta ordem não representa uma coquetterie mais ou menos louvável, mas uma questão importante para a saúde. Sem dentes não se pode mastigar convenientemente os alimentos, soffrendo o estômago em seguida, e desconcertando-se por conseqüência todo o organismo humano. Além d i s t o não se perdem os dentes com a mesma facilidade com que a árvore perde os seus fructos. A maior parte das vezes só caem depois de terem causado dores intoleráveis. Formam-se abcessos que desfiguram, nevralgias faciaes, dores de ouvidos, que quasi sempre não têem outra causa senão uma carie traidora. Para evitar estes desastres é preciso, primeiro que tudo, que o estado geral seja bom. Uma constituição san, um sangue puro, evitam complicações, heriostites e outros accidentes. Localmente a bôcca deve ser tratada. Desde a primeira dentição a creança deverá aprender a enxagual-a logo depois das principaes refeições. Mais tarde, quando fôr mais crescida, deve-se habituar a limpar os dentes, todas as manhãs, com uma escova; mas é preciso ter todo o cuidado em não descollar as gengivas de forma alguma, o que é sempre prejudicial. Poderá usar um dentifricio qualquer dos mais approvados, mas, em doses moderadas. A' medida que os annos vão augmentando, os cuidados deverão tor-
nar-se mais enérgicos. Os dentes devem-se sempre separar um dos outros, podendo-se conseguir este resultado com a ajuda de um palito ou de um fio de seda, devendo haver sempre o máximo cuidado em não lhes deixar ficar restos de comida. Logo que apparece a mais insignificante carie, deve ser tratada immediatamente. Pode-se luetar e defendel-os contra o tartaro com o emprego quotidiano d'um bom dentifricio e de uma escova rija. As escovas devem estar sempre collocadas para cima porque d'esta forma seccam com maior facilidade. Ha uma grande variedade de dentifricios. Alguns gosam de uma velha reputação, garantia segura dos seus méritos. Todavia as preparações saponaceas são as que estão mais em voga presentemente. Sem contestação, são convenientes, econômicas e boas. Todos os médicos as recommenaam calorosamente, sobretudo aquellas que têem por base a hortelã. A hortelã, que foi sempre reconhecida bôa, tônica, purificadora, calmante, gosa de um grande suecesso sob todas as suas fôrmas. Na hygiene dentaria não terá nunca rivaes. E' particularmente elogiada para a frescura do hálito. Quanto á arte do dentista tem-se tornado prodigiosa. Serram os dentes (não os arrancam) substituindo-os por outros mais bellos que os da natureza. Alongam os dentes muito curtos com differentes apparelhos. Os dentes mais irregulares podem ser alinhados. As dentaduras, graças ao pont americano, podem ser invisiveis. E, por aqui adiante, seria um nunca acabar, se quizessemos deixar registados todos os modernos processos dos dentistas mais em evidencia.
DO CASAMENTO EUGENICO DR. EDGARD 0 termo inglez "Eugenics", foi proposto em 1883, por Francis Galton — primo irmão de Darwin, num livro intitulado "Inquiries into H u m a n F a c u l t y a n d its Development."
BRAGA lhoram as qualidades innatas de uma raça, e também das que são capazes de desenvolver ao máximo aquetlas qualidades." "A moralidade absoluta seria impossível definir", asseverou Galton, em virtude do modo differente por que os homens encaram os fados e as cousas.
João Ribeiro adoptou, então a palavra á Índole do nosso idioma, creando "Eu- • gema" que por ahi vae a qualquer pretexto, ora bem definida, ora nebulosa nas suas accepções, semeando duvidas ou "complicando o nosso grande problema antropológico" no dizer de Roquette Pinto. Dividem-se no mundo inteiro os eugenistas, e isto porque, escreveu Oito Hauser, "Nicht alie Eugeniker dasselbe", nem todos querem a mesma cousa. A alguns afigura-se a eugenia, uma seiene ia cujo fim deve visar exclusivamente o indivíduo. Estes — "pensam na hora que passa" Para outros a eugenia cuidará dos "grupos", do futuro das raças, e, emqúanto os primeiros querem o indivíduo physicamente bom, exigem-no os segundos moralmente perfeito. Galton que vivia absorvido pelos phenomenos da herança, definiu, porém, a eugenia, de modo mais amplo.
U mau e o bom nao tem personalidade, de modo geral; o que se apresentar "bom" a A, poderá ser "mau" a B, e vice-versa; entretanto, não haverá desaccordos em torno do "forte", por isso que todos sabem e comprehendem que é preferível "ser forte" e não "fraco", são e não "doente". 'A eugenia cuida, portanto, de elevar todos os typos que formam um grupo, de modo que as gerações suecessivas recebam sempre "herança cada vez melhor" Devemos ainda a Roquette Pinto, a exteriorisação do pensamento de Galton acerca dos meios de que a eugenia se utilisa, e que são, de modo synthetico, os seguintes : l.°) — Vulgarisar as leis da herança e incentivar o desenvolvimento do seu es tudo;
"E' sciencia que trata dos fadores e influencias que me-
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2.°) — Determinar por meio de inquéritos históricos as proporções segundo as quaes as varias classes da sociedade concorreram para a população das nações antigas e modernas ;
tincto é a intelligencia bem illuminada que substitue "precavida e suavemente", no dizer do próprio Galton, a acção lenta e impiedosa da natureza. Si todos houvessem a noção exada desses princípios, quantos males não se evitariam ás gerações futuras! A civilização longe de amainar a fogueira onde crepitam os sentimentos selvagens do homem, mascarou-a, e por baixo do rubro arcabouço, atiça a brasa do egoísmo, e da hypocrisia. Ninguém se julga rêo; ninguém se penitencia de culpas, e as gerações se succedem cada vez mais combalidas, e persistentes no erro. O exame medico pre-nupcial visaria não só o aproveitamento do indivíduo como o do fructo para o bem da espécie.
3.°) — Determinar condições eugenicas colligindo dados capazes de mostrar como se avigoram mais freqüentemente, grandes famílias progressistas ; 4.°) — Estudar as influencias que affectam o matrimônio ; 5°) — Apontar a importância nacional da eugenia, mostrando o seu lado pratico, tornando-o assumpto familiar, fazendo-o entrar na consciência geral, como se fora uma religião." Eis ahi, nessas poucas linhas, razões que apoiam o exame medico pre-nupcial como medida eugenica indiscutível, principalmente entre nós, onde este assumpto encontra impecilhos decorrentes de um sentimentalismo que é, ainda hoje, um dos maiores baluartes opposlos, ás novas conquistas sociaes. Parecerá absurdo o querer regular o coração humano, ou contel-o nos seus Ímpetos. O amor é soberano, omnipotente, dizem os poetas e philosophos, e, cego, portanto á razão, mas não nos esqueçamos de que o melhor guia do ins-
Os caracteres e aptidões adquiridas não são transmissíveis aos filhos, é verdade. "Estes recebem o que já existia nos avós e apenas passou pelos pães". O indivíduo que morre não desapparece totalmente. Transforma-se, e "algumas partículas suas continuam a viver, gerações afora" A vida pôde ser comparada aquelles pyróphoros, sacerdotes gregos que marchavam á frente dos exércitos ostentando os vasos onde ardia o fogo saI S-3 147
dico prê-nupcial do ponto de vista da avaliação da saúde seria, pois, excellente meio de selecção. Não cabe somente ao homem a grande responsabilidade de erear filhos incapazes, mas, sem duvida, ás mulheres também ê devida grande parcella, em virtude desse mecanismo que expuzemos. Nem todas as entidades mórbidas são contraídas; muitas ha, e mais do que estas, as taras e desvios do typo normal, são plasmadas no germe e passam de geração em geração, ungidas de mysterio.
* grado. Se acaso caiam a meio da refrega, outros braços se erguiam a suster a chamma azulinea que representava a continuidade do amor á família e á pátria. As partículas do indivíduo, que não morrem, constituem a substancia principal ou nuclear das cellulas reprodudoras e tem o nome de germino plasma". O resto do indivíduo, o que desapparece ê o "so mate plasma"', substancia que na vida, ê passível ás influencias do meio. Serve de esqueleto, em que pese a expressão, ao "germinoplasma". As modificações e influencia neste desenvolvidas, são as únicas capazes de se transmittir ás gerações. Assim sendo, quasi nullo será o esforço praticado no sentido de melhorar a architetura "somática'.
As gerações hodiernas do Brasil, felizmente, vão comprehendendo melhor o seu papel, e já não põem entraves ás questões que dizem respeito á saúde geral. Pouco a pouco conseguiremos o nosso fim, e quando esses altos problemas occuparem o pensamento do legislador brasileiro obrigado a se definir por força da época e pela necessidade de salvaguardar o nosso futuro de nação livre e poderosa aberta á cobiça de todos os povos, então a raça estará preparada para receber, sem revolta, os ensinamentos fecundos da hygiene e da eugenia.
E' impossível, porém, uma acção direda, sobre o germe, e por isso, ao scientista competirá investigar os meios pelos quaes possam ser melhoradas as condições em que o "soma" evolve. Culiivarse-á, por esta forma indireda, o germe, apurando-o. A este processo chamaríamos "selecção" O exame me-
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BREVIARIO DOS 20 ANNOS — Vinte annos ! minha filha : e hoje, pode-se dizer, você termina mais uma phase da sua vida. — Sim, papaezinho, é preciso iniciar outro capitulo da existência, que esse da moçidade está acabado. — Acabado, não ! protestou o pae : elle continuará reflectindo-se pelo futuro a dentro, como uma herança que deposite em tudo o lenitivo da alegria já experimentada, senão o consolo de ter gozado muito. Continuará, porque a alma bondosa e alegre que você possue precisa não desapparecer para cobrir de risos as agruras inevitáveis do destino, minorando o seu amargor quando corações amigos necessitem de consolação. A alegria, minha filha, com o ser apanágio da mocidade, ê a chave do bem viver. E' preciso compreende l-a, porém. Para você, temse resumido, até aqui, em divertimentos, mas vae passando a época em que só nisso procure vel-a. Buscando-a ainda nas recreações, já é tempo de também encontral-a em certos misteres, para os quaes o seu espirito deve prepararse. As f utilidades da vida carecem de um paradeiro e ha, na existência, uma passagem mais ou menos precisa em
que as abandonamos para o passado : é quando deixamos de ser creanças. — E o papaezinho me julga até agora uma creança ?. .. — A i n d a vejo, querida, a sedução de um viver irresponsável a arrastal-a, de vez em quando, para o turbilhão dos prazeres momentâneos. Não é uma censura : é próprio da sua edade. A irresponsabilidade é peculiar á creança e delia decorrem as irreflexões. Em você estas ainda evidenciam um espirito um poucochinho infantil; e você bem sabe como são trahidoras—de si mesmas ou pela interpretação que lhes empresta o povo. Cumpre tomar tento, pois, para que os seus ados e as suas palavras não venham a ser tomadas em sentido outro que não o puro e lidimo da sua intenção. Previno-a da malícia e da maldade humanas. Emqúanto menina, ^desculpavam-lhe tudo; quando moça, porém, e ainda mais de agora em diante que ê tempo de mudar de orientação na vida, nada haverá para justificar, no conceito publico, a menor ir reflexão que commetter. — Acha, pois, que ê tempo de eu mudar de orientação ? • • — Sempre lhe disse, filhinha, que até os vinte annos a
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moça não deve pensar em deixar a casa paterna. Não lhe pedi, tantas vezes, que apenas se limitasse a conhecer as pessoas de fora, procurando estudal-as, mas sem dispensar a qualquer deltas attenções que pudessem lembrar um affedo extemporâneo, para, assim, quando chegasse a occasião opportuna, ter elementos seguros com que fazer a escolha do seu companheiro de sorte ?
meza de quem se prepara ra um combate.
pa-
Ella endireitou a fronte e olhou serena. Foi o pae, desta vez, quem falou com os olhos rasos dágua : — E' tempo, sim ,de você pensar em casamento. Não digo que o queira para já. Não : não espero que logo se vá de perto de mim. Quando Lhe lembro que pense em casamento, não me refiro á cerimonia do contrato nupcial, que é um momento, mas quero alludir ao preparo da sua pessoa para mudar esse passo decisivo da vida e poder manter-se condignamente no logar em que se puzer.
— Tenho sido obediente, não ê ? papaezinho, e penso que agora já. posso cuidar da escolha . .. — Sim : é tempo de pensar em casamento. E quem vae pensar em casamento precisa. .
E accrescentou :
— . .e o que lhe quero proporcionar.
— Quem quer casar, filhinha, precisa saber ser mulher, saber ser dona de casa e saber ser esposa.
Um relógio bateu oito pancadas.
— Que por ..
— Escutou ? : oito horas, a hora do seu nascimento.
— Quando digo "saber ser mulher", refiro-me á mulher perante a sociedade, á mulher no seu circulo de relações. Ella não se comportará mais como a moça, que vive embalada em sonhos e cujos pequenos desuses todos relevam porque se trata de uma moça; mas seu proceder será ponderado, respeitando as opiniões alheias ou contradizendo-as, se preciso, sem timbrar em sobre-
E
— . . ouvir uns conselhos. ê isso o que lhe peço.
Os olhares da moça levantaram-se para o rosto do pae, mas ella pouco viu, porque brotaram lagrimas de permeio. — Minha —
filhinha
chora ?
Commoção.
— E' a despedida do passado ; encare, agora, o futuro com a decisão e a fir-
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entende
o
papae
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por o seu modo de ver, tudo com discreção e sobriedade. Não digo que jamais encaminhe a conversação para as coisas frivolas. Não : a frivolidade — pendor de toda moça — ê, até, adorno da mulher, mas quando em circumstancias opportunas, no recesso do lar, em rodas mui. to familiares e nunca na presença de pessoas estranhas ou pouco intimas, que em tudo reparam e de tudo criticam. A selecção das chamadas amizades ê preciso fazer, e com todo o cuidado, afastando de si a convivência de certas moças muito sabidas ou espedaculosas, cuja companhia só pode constituir motivo de desdouro, embora pertençam á "mais alta sociedade". Do seu exemplo convém fugir sempre, como também das attitudes e palavras que possam causar escândalo, por hão serem de uso corrente oupor sua mesma natureza. Esquivar-se das amizades que apparecem muito depressa ê tão prudente como impedir a intimidade dos galanteadores. Tanto umas como a outra, se não compromettem, causam dissabores. Eu lhe falo dessa maneira, filhinha, porque sei que o homem que vae procurar noiva, não olha a moça e sim a mulher. Se o coração lhe aponta a moça, a
a:
razão indica-lhe a mulher. A moça apparenta melhor, ás vezes; mas, não raro, os seus attrativos não resistem á menor analyse. A mulher, pelo contrario, muita vez apparenta pouco, mas as suas prendas, e verdadeiras, se evidenciam facilmente a quem a estuda, E' por isso que aos vinte annos a moça deve passar a ser mulher, começando a pensar em. .. — . . . em ser
esposa.
— Não :. .. em ser dona de casa, primeiro. Quem não tem noção do que seja dirigir um lar não pode cuidar de constituil-o. Para saber ser dona de casa não basta olhar como a mamãe procede nos seus misteres domésticos ; é preciso— veja bem — compreender o porque do seu procedimento. E, indo até lá, saberá avaliar da justeza das ordens e orientar melhor a vida do lar. Não só orientar : fazer, também, porquanto alguma parte da actividade domestica terá, forçosamente, de ser exercida pela dona da casa. Se tiver creados, ê preciso saber fazer para saber mandal-os e exigir-lhes o serviço com justiça. Se, acaso, se vir privada delles, em emergências que nenhum marido poderá evitar, mesmo sendo millionario, não deixará que sobrevenham privações, por-
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que ella mesma sabe attender ás necessidades. E attende a ellas methodicamente, pois ha-de se ter convencido das vantagens sem conta da organização de um lar em que impere a ordem e em que as praticas saudáveis entrem nos hábitos quotidianos. Não ê só fiscalizar a limpeza e o asseio, ou fazel-os ; ê, também, olhar para a despensa, sortindo-a convenientemente, sem exageros, de accordo com as leis de economia. Os pequenos concertos, os fornecedores de todos os dias, — ê preciso tratal-os, de si mesma, fazendo as reclamações necessárias, satisfazendo os pagamentos, annotando as despesas. .. Isso é que ê saber ser dona de casa. E como conseguil-o ? — perguntará você.
te, todo o plano aconselhado e, ao findar, volveu, num repente enérgico, para as faces do pae, dizendo :
— E depois ?. .. — Falta, ainda, saber ser esposa. Requisito difficil, dos mais difficeis, filhinha. E' preciso, antes do mais, conhecer bem o marido, estudando o seu gênio e os seus hábitos. E' questão primordial, para não haver mal-entendidos — raizes, tanta vez, do descalabro de um lar. Senhora dos pendores do seu companheiro, fácil será agradal-o e evitar o que lhe cause contrariedades, mas sem chegar á submissão nos casos em que elle se ache em erro. Nesses, intervirá com boas maneiras, transigindo um pouco de principio, se preciso, para attingir, mais tarde, a finalidade visada. Se uma palavra ou um acto delle for motivo de dissabor, não deve ficar irritada, esbravejando, nem tampouco calar, procurando esconder a magua ; mas falo-á sciente do seu estado de alma, apontando os motivos do aborrecimento, evidenciando a justiça da sua queixa, para que elle lhe reconheça razão e não torne a provocar o desagrado. Franqueza, muita franqueza em tudo. E' condição essencial para que
— Mais esse conselho, papaezinho — sussurou ella em tóm de supplica. — Peça â sua mãe que lhe entregue por uma semana, por um mês, a direcção da casa. E alongue O praso, si, depois, ainda não se sentir capaz de tomar conta da sua própria. Ella ficou, olhares parados, cabeça inclinada, braços immoveis sobre o descanço da cadeira, meditando nas palavras que acabava de ouvir. Executou, mentalmen-
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B r e v i a r i o d o s 20 A n n o s
não surjam as interpretações errôneas a perturbar a paz do lar, com os mal-entendidos de que já lhe falei. Se não entende um acto do marido ou se suas palavras têm sentido obscuro, por que não lhe expor as duvidas, com mansidão, visando o desejado esclarecimento ? Nos problemas domésticos, mesmo nos em que ê soberana para resolver, a opinião do marido muita vez deve ser solicitada. Isso é mais do que deferencia : é índice de que compreende o valor da harmonia de pontos de vistas e de que não desfaz no concurso precioso do seu perenne auxiliar, seja mesmo em questões puramente femininas. Auxiliar, sim—ê preciso que essa noção se firme, para que a esposa não pense tão somente em exigir favores, mas saiba que, pela lei da reciprocidade, se elle a ajuda, tem o dever de auxilial-o também. E auxilial-o não só aconseIhando-o ou, directamente, adiantando-lhe alguma tarefa, como ainda furiando-se a divertimentos aos quaes elle a acompanharia com sacrifício de obrigações. Nesse particular de obrigações, tem importância muito grande a compreensão exada dos deveresjprofissionaes do marido. DR.
A mulher tem de reconhecelos e conformar-se com elles, afim de previnir um ou outro desagrado que fatalmente viria. Se o esposo é medico, por exemplo, o espitito de sacrifício deve predominar, porque "o medico ê menos da família que dos doentes", sacrificando por estes, muitas vezes, o prazer que usufruiria se ficasse todo entregue aos lazeres da vida familiar. — Mas o papae está ticularizando tanto. . .
par-
— Não é o caso que mais de perto lhe diz respeito ? .. Ella enrubeceu ligeiramente. E trahiu-se, ainda mais, com um — E'.. Depois, confirmando
:
—Se eu prometter que observarei religiosamente esses seus conselhos de hoje, o papaezinho consentirá no meu. .. noivado ? — Consentirei, querida, contanto que você considere as minhas palavras como se fossem de um breviario, recordando-as e meditando-as todos os dias. E ouviu-se o estalar de um beijo nervoso na fronte do pae amigo e conselheiro.
EURICO BRANCO
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RIBEIRO
ALEITAMENTO NATURAL SUA I M P O R T Â N C I A Palestra realizada pela Chefe das E d u c a d o r a s sanitárias Maria Anlonieüa de Castro, em a "Escola das M ã e s i n h a s " n o C e n t r o de S a ú d e do Braz, d a Inspectoria de E d u c a ç ã o Sanitária do Serviço Sanitário de São P a u l o . sucar de leiMAE ! De que te e saes. E' precisa a Mãe, ao teu filho dá teu farto seio 1 o que tem planta para Com o teu leite é a tua alma que lhe dás 1 Seja, mãe, teu orgulho e teu enleio. uma tempecrescer ? De Dae-lhe o pão que em ti própria amassarás ! ratura adear, calor, luz Não lhe sabe tão bem o leite alheio quada. E' o do sol e a Que em suas gottas sangue alheio traz, — Lympha que escorre do materno veio — de mais fáseiva que Só o teu leite o teu filho satisfaz! cil digestão. tira da terTiveste a gloria da maternidade. S up p ora para seu Prêmio, bençam divina do Senhor! Sê mãe em toda pompa e Magestade ! nhamos que, sustento. por uma cirComo a planta dá vida á própria flor, E a criSê "ama" de teu filho que em verdade, cumstancia ancinha ? "AMA" é do verbo "amar"... provêm de "amor" qualquer, Tam b e m BASTOS T I G R E . outro leite precisa de que não o ar, calor, luz materno ou da ama seja dado sol e alimento. Onde o irá do á criança. buscar ? Ao seio da mãe. O leite materno ê a seiva que a Será, nesse caso, artificial alimenta e afará crescer. a alimentação. Pode-se comparar uma flor 0 leite materno é uma parperfumosa, colhida de freste da própria mãe que se inco, cheia de encanto e vida tegralisa no corpo de seu filho. a outra feita de papel ? E' o alimento racional, inAssim, não pode haver codicado pela própria natureza. tejo entre a alimentação natuE' o que mais convém ao ral e a artificial pois a natuorganismo da criança pois ê reza nunca foi igualada nem o único alimento completo supplantada. que contem todos os elementos Como é bem de ver, o leinecessários á sua conservate materno segue um caminho ção e crescimento : gordura, curto do seio da mãe â boca albumina, um hydrato de carda criança. bono chamado ladose ou as&;
"•«a
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que suas roupas a constrangem ou porque está molhada. Outras vezes a criança mamou demais; sente-se mal e chora. A mãe para acalmal-a dá-lhe de novo o seio e assim, continuamente, pelo dia afora e pela noite a dentro, até que chega um momento em que toda a ordem, todo o regimen estão alterados e a criança cáe doente com perturbações gastro-intestinaes seguidas do seu cortejo desagradável de symptomas. Outro quadro : a criança pode estar definhando á mingua de leite sem que a mãe se dê conta desse jejum prolongado que ella própria lhe impõe. E' o caso de deficiência láctea. A mãe leva a criança ao seio; julga que mamou a quantidade devida. Tal não se dando, a criança vae se enfraquecendo. Fraca como ê não reclama com gritos, como faria um bebê robusto, uma ração mais de accordo com as suas necessidades orgânicas. Cada vez se enfraquece mais e, parallelamente, a deficiência se accentua, acabando, o seio, por se exgotar, donde a insuficiência alimentar, de tão graves conseqüências. Contra esses males grandes, o grande remédio : o relógio. Horas certas para mamar, assim como os adultos têm hora certa para as refeições. Horas certas de modo a deixar intervallosjrazoaveis entre as mamadas para que uma se-
E o leite de vacca ? Como custa para chegar ao seu destino e de que modo chega! São as mãos sujas do ordenhador que podem ahi espalhar micróbios; são as vasilhas mal lavadas que o transportam; são as fervuras demasiadas ou outros processos a que é submettido que lhe roubam certos princípios indispensáveis á vida da criança, quando não são as adulterações dos vendedores que lhe misturam água, farinhas e outros elementos nocivos, ou o vendem alterado. Isto tudo apesar de toda a vigilância dospoderes públicos. Já vêm que toda a vantagem está do lado do leite materno. Entretanto o aleitamento materno precisa ser bem conduzido pois, do contrario, a criança poderá ser superalimentada ou alimentada de menos. Infelizmente, nesse caso, o instindo das mães não é um guia seguro ; a natureza não lhe indica nem quantas vezes ao dia deve levar seu filho ao seio nem quanto leite lhe deve dar. Dahi o erro de muitas mães em dar de mamar á criança todas as vezes que chora julgando sempre que o faz porque está com fome como si não houvessem muitas e outras causas que lhe podem provocar o choro. A criança pode chorar porque tem sede ou frio ou calor ou porque tem somno e não iia deixam dormir ou por-
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Aleitamento
Natural.
Sua
Importância
Não adianta cousa alguma deixar o lactente tempos esquecidos sugando o seio á nutriz nem ê de boa regra deixar-lhe o bico do seio na boca, durante o somno. Ao lado do relógio poremos a balança, o mais seguro indicador do desenvolvimento normal da criança. 0 peso não augmenta ? estaciona ? diminue ? E' o signal de alarme para a mãe cuidadosa que fará seu exame de conscieneia para ver se vem seguindo, com rigor, as regras da boa technica alimentar. Si tal se verifica, ê que o leite ê deficiente. A pesagem da criança antes e depois de mamar, indicará, pela differença verificada, a quantidade de leite ingerido. Como, porem, saber si essa quantidade de leite é a que convém ás necessidades da criança ? Ha tabellas especiaes em que tal ração vem determinada segundo a edade da criança, tabellas que servem de advertência em taes casos que não dispensam os conselhos de um medico especialista.
ja bem digerida e aproveitada antes que outra seja ingerida. E' preciso dar tempo ao estômago da criança para fazer tal serviço, estômago pequenino e frágil que não tem capacidade illimitada nem é possível exigir delle trabalho continuo. Que não sejam nem muito espaçadas nem que haja, entre as mamadas, intervallos muito pequenos. E' opinião geralmente acceita entre os pediatras que a criança normal, que tenha á sua disposição leite sufficiente, deve mamar de 3 em 3 horas, em numero de 6 nas 24 horas, isto ê, ás 6 9 12 15 18 21 horas, sendo que a noite será reservada para o descanço da nutriz e da criança. Para ser conseguida a implantação de tal regimen deve, porém, a criança vir sendo acostumada desde os seus primeiros dias de vida. Os esforços então empregados redundarão em benefícios incalculáveis para a" própria mãe, para o filho, para a família, para os visinhos. Quanto á duração das mamadas, uma criança vigorosa toma sua ração em 5 minutos ; outra mais preguiçosa ou distrahida, em 10 minutos. Em geral, 15 minutos são sufficientes. Quando a mãe tem pouco Leite, dá sucçessivamente, os seios e alternadamente, si tem Leite abundante.
Ahi ficam algumas advertências sobre as vantagens e a importância do aleitamento materno. Si forem ouvidas e seguidos os conselhos ahi exarados, o grande prêmio para as mães será a SAÚDE DOS FILHOS.
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A GORDURA E O CORAÇÃO Robin, um sábio conhecido em todo o mundo scientifico. E' preciso somente attender a necessidade de diminuir na alimentação as quantidades de sal ingeridas, visto a difficuldade de eliminação d'esta substancia na espécie de doentes de que nos estamos occupando. Eis os preceitos que devem ser seguidos regularmente: A' primeira refeição (7 horas da m a n h ã ) : carne fria, sem gordura, tendo o cuidado de não a salgar (60 á 100 g r . ) ; pão sem sal (10 gr.). Ao meio d i a : carne assada ou bife na grelha, sem sal (60 á 100 gr.). Devemos notar que não é conveniente supprimir completamente o s a l ; poderia sobrevir uma persistente falta de appetite. Julgam os especialistas que se podem ingerir, sem inconveniente, 3 a 6 gr. de sal por dia.
Um novo methodo de combater » obesidade. Tem-se escripto ultimamente bastante acerca da obesidade e trabalhado muito p a r a a combater. No emtanto, a gordura excessiva t r i u m p h a em certos indivíduos de todos os regimcns hygienicos e até dos mais violentos exercícios, que m u i t a s vezes vão alterar órgãos importantes, produzindo resultados talvez mais desastrosos do que a própria obesidade. Mas, de facto, é necessário attender-se não só aos inconvenientes immediatos do excesso do tecido adlposo, — augmento inútil do peso, incommodo de andar, faltas de ar, etc. — m a s ainda a esta doença de conseqüências sérias e que se chama vulgarmente gordura sobre o coração. E' claro que nos dispensaremos aqui de entrar em grandes considerações scientificas, tratando de apresentar as noções mais vulgares que a este respeito pudemos colher n'algumas r e vistas médicas que se estão occupando d'este importante assumpto. Ha vários typos da sobrecarga gordurosa do coração, m a s salvo pequenas diffcrenças, todos affectam mais ou menos o mesmo quadro de cardiopathia arterial com dyspnea por vezes intensa e irregularidade continua de pulsações cardiacas.
Os legumes verdes, cosidos em água, sem manteiga nem outra gordura, são magníficos. Considere-se, porém, que estes legumes quando privados de sal são de absorpção difficil e, por isso, a maior parte d'este condimento auetorisado deverá ser guardado p a r a os legumes. A esta refeição deverá juntar-se, ainda, 30 gr. de pão sem sal e cerca de duas chavenas de café fraco, quente e sem assucar, que deve beber-se lentamente. A's 4 horas tomar-se-ha uma chavena de chá sem assucar; ás 7 horas, dois ovos sem sal, legumes verdes cosidos, á vontade, e trinta g r a m m a s de pão. Os doentes emmagrecem, em m é dia, 300 g r a m m a s por dia, conservando-se sempre bem dispostos. Ainda que Maurel calcula que as perdas de peso não devem exceder 100 a 125 g r a m m a s diárias, Huchard affirma que tem obtido perdas muito maiores sem o m e nor inconveniente.
Somente u m a característica differencial muito importante distingue estas ultimas doenças da sobrecarga gordurosa do coração. Ao contrario das cardiopathias artérias, que deixam sempre algumas perturbações atraz de si, as sobrecargas gordurosas do coração são susceptíveis de curas completas. Basta p a r a isso emmagrecer os doentes. E' esta a opinião de u m distincto professor e notável especialista, o dr. H. Huchard. P a r a conseguir este resultado emprega-se com toda a vantagem o systema de tratamento preconisado por M.
Como este regimen não contém líquidos em sufficiente quantidade, deve haver o cuidado, p a r a favorecer a
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A Gordura
e o
eliminação dos chloretos, de o doente tomar, ao mesmo tempo, três hóstias de 50 centigrammas de theobromina por dia. Ao cabo de 25 dias QU u m mez o doente pode suspender o rigor d'este regimen, augmentar a quantidade de pão, podendo comel-o sem sal, j u n t a r u m pouco de manteiga aos legumes, beber água com vinho ás refeições e
Coração
ser-lhe servida u m a sopa de legumes á refeição da t a r d e . Do pão é que elle não deve a b u s a r (nunca m a i s de 150 g r a m m a s por dia) e evitar as massas, os farinaceos e o assucar. Assim pode o doente m a n t e r o peso obtido no fim do mez do r e gimen alimentar, chegando mesmo a i n d a a emmagrecer u m pouco nos primeiros mezes seguintes.
NOBRE CAMPANHA Quando lia pouco, em todo o Paiz, foi celebrada a semana anti-alcoolica, ninguém poude deixar de reconhecer que se tratava de um problema social da mais alta monta. Bem a n d a r a m as instituições de ensino, apoiadas pelas altas auctoridades nacionaes, em dar o relevo a esse m o vimento, chamando a attenção da infância e da mocidade das escolas, p a r a os males terríveis, occasionados pelas bebidas tóxicas. E o caminho que t o m a r a m foi o mais acertado. Males dessa natureza não podem ser absolutamente banidos pela mera acção dos governos. O povo é que deve ser primeiro esclarecido. A opinião publica deve ser formada, antes que o Estado possa tomar qualquer medida de real valor e efficacia. Há, porem, na questão, um aspecto que não deve jamais ser olvidado. E' que um m a u habito só pode ser de todo removido com a sua substituição por outro que não tenha a mesma natureza. Há na espécie h u m a n a o que, em sentido geral e profundo, se chama o horror ao vácuo. E o uso de bebidas não pode ser assim cortado a golpes de violência. E' que ellas representam, de alguma sorte, a satisfação de uma n e -
cessidade physiologica e, digamos, até mesmo psychica. Longe iríamos, se quizessemos entrar em apreciações desta ordem. Porém, se metade dos recursos e das energias que se gastam no combate ás potagens tóxicas e nocivas, fosse empregada na propaganda das bebidas saudáveis e reconstituintes, o problema do alcoolismo estaria em vias de vantajosa solução. Se todos conhecessem a virtude sedativa e tonificante de u m a bebida ideal, com o emprego de u m a propaganda inteligente, a policia não ter i a tantos casos tetricos a t r a t a r , m u i t a s mães e criancinhas levariam vidas menos penosas, e poderia a Pátria, também, contar com u m n u mero elevado de cidadãos validos e prestantes. Tenhamos sempre á mão, p a r a offerecer aos nossos visitantes, algum agrado, mas que a nenhum delles constranja, que a nenhum delles moleste, e que não exponha n e n h u m delles ao gesto desagradável e destoante de u m a recusa. Nisto deve antecipadamente pensar todo o chefe de família e toda a dona de casa que deseja mostrar-se amável e distineta.
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Vi.
s»
G U E R R A AO BEIJO ?! Os homens de sciencla estão cada vez mais insuportáveis!
portar a gente de graça aos q u i n t o s . . . andares.
Uns quantos vasculhadores dos segredos e intimidades da natureza resolveram agora, nada mais nada menos, do que abandonar a tranqüilidade dos seus laboratórios e dedicar-se, com unhas e dentes, que alma não teem aquelles bisbilhoteiros, á cruzada sem tréguas, contra o uso ancestral d o . . . beijo!
O rol de exquisitices a que o homem se subjuga a titulo de amoldar-se á sciencia no traje, na alimentação e em tantas outras coisas, levaria longe.
Vão lá depois dizer que só a ignorância é mãe do atrevimento! Esta resolução alarmou, como era n a t u r a l o bello e frágil sexo da poética Albion e, uma vez na vida, todas as mulheres do Reino-Unido e de todos os outros reinos estão de accordo p a r a adherir á opinião de Brunetiére no que se refere ao descalabro da sua sciencia. 0 caso, porém, não passará cm j u l gado e u m a agitação extraordinária camcça j á a oppôr-se resistentemente ao scientifico de decreto beijicida. D* esta vez é que os homens de sciencia t ê m de recolher a fala ao b u c h o ! Lá com os homens vão elles bem, porque a sua n a t u r a l indifferença lhe tem permittido toda a espécie de abuso e atropelo. Mas agora a questão azeda-se! A pretexto de hygiene o gênero bárb a r o consentiu que lhe mettessem ás ventas u m escarrador monumental e asqueroso no barbeiro, na sala do restaurant e em tantos outros logares a cuja esthetica faltava aquelle estafermo.
Tudo isso, porém, se soffria com certa resignação. Ficava-nos a idéia que em seguida a uma indisposição do estômago, » um resfriamento, na hora da m o r t e . . . scientifica podíamos despedir-nos dos entes queridos legandolhes a nossa alma n'essa forma que parecia eterna: o beijo! Mas o h ! desillusãol Quando o homem ia desempenhando esse papel de m a r t y r , com heróica resignação, o verdugo, o carrasco, o aterrador vem de chofre e prohibe ao paciente o mais consolador e adorável movimento dos lábios d ' u m a m u l h e r : o beijo! E quem sabe até se mais tarde o próprio sorriso ! Xo emtanto não ha mal que não venha por bem, diz o aphorismo. E, ainda n'isto, a sabedoria das nações não desacerta. O facto, cujo aspecto principal e tenebroso, t e m u m lado que a todos nós convém observar e, é que, uma luz intensa converge n'este momento para esses espíritos melancólicos, apleenicos das mulheres inglezas, que os - meridionaes consideram as eternas estatuetas de gelo, sem m a i s estremecimentos de que essas lendárias visões dos castellos d i Escossia. A attitude d'ellas prova que sem coração só existe.. . o homem de sciencia.
A pretexto de hygiene t a m b é m a m bos os sexos se extenuam subindo montanhas, percorrendo estradas batidas de sol e acceitando scientificamente essas dores de cabeça, provenientes de excessivos calores, quando as carruagens b a i x a m os preços da tabeliã e j á os auto-omnibus se encarregam de t r a n s -
Ao ser pronunciada a palavra de extermínio, o sexo fraco redobrou, t r i plicou de força, e, consta que, n'estes últimos dias, muitos dos que, de longe, porfiavam, j á receberam avultado numero de ambicionados beijos e p a -
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G u e r r a ao
rece que quantia.
até,
em
cheques,
maior
Lá dizia o poeta
Beijo?!
Mas o próprio silencio não é de mais se o tomarmos á custa de assentimento ao habito. Quem cala consente! As perguntas formuladas pelos jornaes são:
Um beijo na face Pede-se e dá-se.
— Deve renunciar-se ao beijo?
e as loiras ingleza? estão fazendo d'isso u m a traducção pratica. Está vingado o belo sexo! A osculophobia não é u m a novidade no domínio das extravagâncias scientificas. Todos recordam o successo que despertou na America aquella declaração de u m joven, sábio e prudente orador hygienista que nunca tinha beijado u m a pessoa!
— E' melhor substituir o beijo na bôcca á m a n e i r a britannica, pelo beijo nos olhos á m a n e i r a dos francezes? Sobre a p r i m e i r a não h a discrepância. A renuncia não conta u m único voto. Na substituição existem divergências. Consultados alguns artistas de theatro eis as suas opiniões: De Miss Lily Elsie: "Não posso faliar por experiência; considero, porém, que o beijo á ingleza é o melhor".
O resentimento do bello sexo m a n i festou-se no desejo ardente de o morder a beijos, ao que o illustre conferente se furtou com aquella castidade capaz de deixar todas as capas em mãos femininas como o casto personagem bíblico.
Mademoiselle Gaby Oeslya, u m a franceza, j á é m a i s explicita quando .af f i r m a :
Com mais ou menos ostentação muitos outros homens de sciencia têem pretendido abolir o uso d'essa preciosa forma de selar a Intimidade e o calor dos affectos.
Miss Pounds j á não está com rodeios :
Affirmam que esse acto é nocivo á saúde e que o beijo, por mais puro, contém micróbios p a r a fazer a r r i p i a r . . . S. P e d r o ! O quadro que nos p i n t a m esses prescrutadores da sciencia rernm é simplesmente pavoroso. E a d a r ouvidos a prélengas scientificas devíamos fugir d ' u m beijo c o m o . . . dos electricos. No emtanto, antes de tomar uma resolução de propaganda, a imprensa londrina a b r i u um inquérito entre as suas amáveis leitoras. E' que não se desterra assim um costume social por m e r a frioleira.
"O modo de beijar inglez é evidentemente superior porque indica mais paixão".
"Quero receber todos os dias beijos á ingleza ainda que sejam conductores de micróbios". Todavia se a justiça venda os olhos não é justo que esta verdade se occulte sob o veu pesado do anonymato. E' t a m b é m a apreciação de u m a actriz: "Os que dizem que os beijos á franceza são mais saborosos que u m beijo á ingleza em que erro estão! O beijo francez é mais artístico; o nosso porém, quando se prolonga por largo espaço, que delicioso"! E p a r a fechar a relação aqui vae u m critério de outra artista que não é p a r a d e s p r e z a r . . . o critério é c l a r o ! " O h ! não, o peor dos micróbios não m a t a r á o beijo. Seja á ingleza, seja ao estylo francez, o beijo subsistirá sempre porque o beijo é o Amor".
As consultas ficaram, a maior parte d'ellas, sem resposta, o que se comprehende pelo melindre do assumpto.
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B?E
H I S T O R I A DA L A G R I M A
Não a ha mais vasta, mais varia, nem mais sublime. Desde que a lagrima do primeiro homem cahiu sobre o solo virgem do Éden, até que a derradeira gotta de pranto, trasbordando dos lábios m u d o s do coração, foi recolhida pelo gênio da dôr no calix de todos os soffrimentos; que immensa historia, que eloqüente epopéia não encerra a l a g r i m a ! . . . — Cada uma d'ellas é a synthese e o transumpto d ' u m a série indefinida de sentimentos; cada u m a d'ellas tem o seu gênesis lugubre, ou festival, silencioso, ou tuniultuario; chronica tão multiplice e diversa como a causa que a produziu, que em si resume as voluptuosidades
inebriantes do paraizo, e os excruciantes dilaceramentos do a b y s m o ! A primeira lagrima, que deriva dos olhos do homem, é a da innocencia. São pérolas da aurora, tépido orvalho do crepúsculo da v i d a ; sorrisos que choram, ou prantos que r i e m ; formamse sem grossas nuvens, correm sem dôr, estancam sem custo. Desperdiça-as o coração demasiado esponjoso c!a infância, porque lhes não sabe ainda o valor. São tão puras e diaphanas como a baga de rocio que aljofra a corolla do lyrio solitário. Chora o lyrio a ausência do astro matutino, e ella, a creança a florsinha h u m a n a , chora saudades do seio de Deus, que se vê obrigada a trocar pelos martyrios d'este mundo,
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onde já se lhe feriram os pés logo ao dar os primeiros passos. A segunda lagrima é a do amor. Umas vezes ardente como u m a entranhada paixão, outras a m a r g a como o a p a r t a mento, outras envenenada como o ciúme, por vezes fria como a desillusão; quem poderá colligir todas as fôrmas da sua linguagem complexa, todos ós matizes d'esse iris m y s t e r i o s o ? . . . A lagrima do amor t e m todos os sabores, desde o suavíssimo gosto de u m a p u r a gotta d'ambrosia, que lhe dá a posse e o goso do objecto estremecido, até ao travo repulsivo do a b sintho, que lhe communica a dôr ve^ hemente, a esquivança inesperada e aquelle inferno d a ausência! Golfa ás vezes dos olhos, como sangue a b u n d a n t e de golpe profundo, e a lagrima é sangue que brota do improbo a m o r ; r e queima e consome, qual lava de vulcão, e a lagrima é lava encandescente, a r r e messada lá de dentro pela explosão do ciúme. O' lagrima do a m o r ! . . . que condensas em ti metade da historia da humanidade, que conténs na t u a exigua esphera u m m u n d o i n t e i r o ! . . . Ha em ti u m gênio irrecusável,quando te não vaes perder e sumir no tremedal das paixões ignóbeis; quando te elevas até ao ideal, e deslisas serena sobre o rosto iluminado do Dante, contemplando em visão sublime a imagem p u r a d a sua Beatriz; m a s quantas vezes não és vã e louca, ó lagrima a b r a sada do amor ! . . . A terceira é a do júbilo. T a m b é m de prazer se chora, também, o pranto sorri. A expressão da mais dilacerante m a g u a identifica-se no homem com a expressão da mais expansiva e deliciosa alegria; os affectos extremos tocam-se nas suas manifestações.
raros e ephemeros. Só de t a r d e em t a r d e os cherubins sacodem sobre nós suas lúcidas azas, sempre m e r g u l h a d a s n a essência do supremo Bem. São lagrimas que não b r o t a m de nascente, como b r o t a m as que os nossos males distillam. . . seccam de prompto, qual nuvem ligeira que passa, e que por accidente deixou escapar tênue orvalho sobre u m solo árido e caliginoso. Ha ainda u m a q u a r t a l a g r i m a , que ora d i m a n a esquiva e resignada sobre a maxilla descorada, ora se despenha caudal férvida, impetuosa sobre a face entumecida; é a da s a u d a d e ! . . . Como definir e historiar todo o teu mysterio de amor, a t u a m u d a e pathethica expressão, e essa antithese de affectos, que em ti se fundem e se h a r m o n i s a m , ó pranto melancólico da s a u d a d e ? . . . E's mais sublime que todos os p r i m o res plásticos de Raphael, de Ticianò, ou de Vandick; tens a suave e divina tristeza das Virgens da antiga Escócia; és mais bello que u m canto inspirado de Ossian, repetido pelos eccos d a gruta harmoniosa de Fingal. — Mas porque t r a v a s tão acremente, ao inundares-me os lábios? Responde. "A ausência é i r m ã da m o r t e ; o seu travo não pode deixar de ser semelhante"E porque te acho eu n'esse a m a r gor intolerável u m gosto amenissimo, que me t r a n s p o r t a ? " E ' porque a saudade a r r e m e d a a presença, é o correctivo da distancia encontrado pela affeição vehemente, o balsamo consolador, que sahe, p a r a cural-a, da mesm a ferida que verte o pus da sole-3 dade". Algumas linhas negras. Historiemos a largos traços a lagrima funerea, a lagrima desoladora e impiedosa, a lagrima da m o r t e ! Parece ter sido creada sobretudo p a r a symbolisar e c a r p i r o passamento.
Ha momentos e m que o júbilo se remonta até ao extasis, e em que toda a vitalidade da alma se suspende, e logo depois se esvae n ' u m a lagrima de v e n t u r a ; por isso o prazer mata como o soffrimento. Mas esses momentos são
E' a nota plangente da h a r p a dos affectos, é a nénia da natureza, eloqüente em seu tocante laconismo.
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Encerra ás vezes u m a virtude corrosiva, que devora a existência: não rescalda, gela, petrifica!
As lagrimas da celebre peccadora do Evangelho, acrisoladas por uma intima contricção, p ungidas pelo amor nascente e sobrehumano, essas lagrim a s que lhe foram baptismo de r e dempção, c iman das complacencias " de Jesus, teem sido saudadas com religioso culto pelas gerações de vinte séculos, e serão eternamente o emblema, a consagração da h u m a n a fragilidade, purificando-se aos pés da cruz, nas mysticas águas de um a r r e pendimento christão. D'entre todas essas gottas d'aliua, que hemos descripto, duas ha que os anjos da humanidade recolhem em suas phialas de ouro, porque valem mais que o universo ante Aquelle para quem nada valem os nossos magníficos. .. nad a s ; são as da innocencia e a do arrependimento.
Serrielha a gotta crystallina e fria que r e s s u m b r a dos interstícios do penhasco, debruçado sobre o m a r , ou que deriva do alto da crypta subterrânea, para solidificar-se em estalactite, Que é o homem, n'essas horas de indefinivcl espasmo, senão um rochedo inerte? e a lagrima senão a estalactite petrificada pelo frio gélido da morte, que irrompe dos olhos sobre o cadáver ainda morno do ente idolatrado, ou sobre a leira recalcada da sua sepultura? — Assim estava de pé aos pés da cruz, hirta, terrificada immovel, qual estatua de granito, a divina Mãe do Redemptor com o olhar ennublado, fixo no Corpo inanimado do F i l h o : deixando cahir a flux pelo rosto a lagrima mais triste, mais justa, e mais santa que jamais distillou u m a cruel d ô r ; a que pranteou a morte de u m Homem Deus. — Negro é o oceano n'essas alturas que não é dado á sonda medir, negro é o céo na hora terrível e sinistra da tempestade, negro o abysmo por onde nunca até hoje penetrou um raio de luz, m a s . . . ainda mais negra é a lagrima do p e n s a m e n t o ! . . . Quem nunca lhe provara o t r a v o !
Ao passo que todas as lagrimas tendem pelo seu próprio peso para a terra, que é seu o centro, tendem estas p a r a o seu centro superior, que é Deus. Parece que cahem e se embebem no solo; e vão ao contrario perder-se no seio do infinito, onde vive como em seu foco, tudo quanto contém em si um ideal eterno de verdade. — O h ! quanto não vales, quanto não pesas, quanto não dizes, quanto não podes, prodigiosa lagrima do a r r e pendimento !. . . O que vales ? o supremo perdão que rehabilita.
Se pretendêramos n a r r a r a historia completa da lagrima, descreveríamos nindn a da vingança, a do despeito, a da cólera, a da piedade, a do enternecimento, a da gratidão. De intenção o omittimos, porque j á longas vão estas linhas que temos deitado ao papel, sob o influxo de u m a elevada estima.
0 que pesas? o céo que prendes a ti.
A ultima lagrima é a do arrependimento, quasi sempre serodia porém de subido preço: a mais grave, e a mais peregrina entre as suas i r m ã s . O chão memorável da J u d ê a não bebeu de todo o pranto sentidissimo de David, de Ezequias, de S. Pedro, e da Magdalena, que n'elle souberam diluir passadas máculas. A historia eternisou-o em seus a n naes, a esthetica ainda hoje o eternisa sobre a tela e sobre o m á r m o r e .
0 que dizes? fallas mais alto, és u m hymno que eccoa mais deliciosamente nas regiões do invisivel que o arrojado lyrismo do Poeta-Rei, passando atravez das cordas da sua h a r pa immortal. O que podes? a h ! e que poder não é o teu, se convertes em ouro puro as fezes de u m coração triturado pelas garras do remorso; se dás a transparência do crystal, o alvor immaculado d a neve, e a p u reza cerulea do firmamento a u m a consciência denegrida pelo c r i m e ? . . .
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(P. Senna Freitas)
FAÇAMOS NOSSA POR A M É R I C O
NOSSA CASA R.
A
NETTO
DO CLUB DA IMPRENSA, DE SÃO PAULO
As casas brasileiras são construídas para o transeunte e são preparadas para o visitante. Querem impressionar quem passa e agradar quem chega. Cuidemos do habitante, também. A casa ê, principalmente, dos que moram nella. Dêmos-lhes, portanto, muito espaço e muita luz. E, ainda, um pouco de cor, lembrando-nos de que as podas precisam ser escuras. ***
minemos os moveis encapados, como também os objedos guardados só para as grandes occasiões. Sirvamo-nos delles sempre para o nosso uso costumeiro. A casa ê dos habitantes, repetimos. He *
*
Não deve haver economia em matéria de luz. Lâmpadas fortes e sempre novas. As velhas ficam escuras e gastam mais energia. Deixemos de lado os "abat-jours" rendiIhados e bordados ou pintados com figurinhas. Velemos as luzes com largos vidros foscos, evitando que a vista encontre directamente qualquer foco luminoso.
Poucos pannos. Rendas ainda menos. E nada de dourados. Metaes, quando os houver, sempre irreprehensivelmente polidos: Soalhos escuros e espelhantes. ***
0 bibeló precisa ser irremissivelmente condemnado. Na. habitação só deve entrar, em geral, o ornamento útil. As prateleirinhas, os bichinhos, as figurinhas, tudo são coisas de um passado complicado. Não têm, realmente, razão de ser.
As casas modernas, de commodos pequenos, já não admittem as pinturas a óleo, com pesadas molduras. Falta quasi sempre distancia para vel-as bem. Prefiramos as aquarellàs, o mais possível luminosas. Pasteis, também. Desenhos a traços finos. E molduras estreitas e severas. ***
* * * Os moveis de pês finos e encurvados são verdadeiras armadilhas. Escapam ao re-
Evitemos as salas que só se abrem para as visitas. Abo-
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*%
Façamos
Nossa
quisito de solidez, que deve ser fundamental. Do mesmo modo as curvas, sobre curvas e as esculpturas e xadrezados de vidro são puras fantazias de marceneiros de mau gosto. Procuremos sempre as grandes rectas e os planos largos. E as bellas madeiras, como as embuyas, onde não faltam paysagens estupendas, de nós e de fibras. * * * Na mesa tudo deve ser largo e baixo. Macisso, mesmo. O grande luxo está na alvura impeccavel das toalhas e dos guarda-napos. * * * Numa casa bem limpa, no nosso clima, os livros não devem caber em estantes envidraçadas. Deixemol-os expostos ao ar, resguardando-os um pouco da luz, que rapidamente os queima.
a Nossa
Casa
memol-o sala e não quarto de banho, para nos habituarmos a lhe dar a importância que merece e que precisa. Água abundante, toalhas grandes e limpas taes são os requisitos destes salões. * * * Salvo raros casos as photographias não devem constituir motivos para quadros. Guardemol-as num álbum de bom tamanho, de onde possam ser facilmente retiradas. * ** Na casa tudo deve funccionar sempre bem. Nada de portas que guincham ou emperram, de torneiras que fecham mal, de moveis que não assentam bem no chão. E' nestes detalhes que está o real segredo do grande conforto. * * *
Não larguemos pelo chão tapetinhos e almofadas miúdas. Estas devem ser poucas, mas de grande tamanho. E as redondas e quadradas continuam a ser as mais bonitas. * * * 0 aposento das installações hydraulicas deve ser o principal de toda a casa. Cha-
O radio e a vidro Ia são facas de dois gumes. Usemos mas não abusemos. * * * Os recantos e depósitos devem ser supprimidos o mais possível. O que se guarda muito tempo não possúe, em geral, nenhuma utilidade. Descompliquemos a nossa vida.
ESTHETICA FEIAS E BONITAS A belleza physica presta serviço pratico, positivo, á m u l h e r de sua casa? Aqui está u m a pergunta a que parece difficil responder; m a s a que, no fim de contas, se responde com facilidade. "A belleza é u m a t y r a n n i a pouco tempo vivida", disse Sócrates. "Bem a v e n t u r a d a s as que não possuem formosura, porque d'ellas é o reino do Amor", escreveu Balzac. Na v e r d a d e / a belleza p a r a bem pouco serve: quão grande é o n u m e r o de mulheres formosas, b u r l a d a s por seus m a r i d o s : quantas as jovens encantadoras com quem seus noivos queb r a m relações amorosas! E m compensação, que deliciosos os lares de muitas feias, que invejada m a situação d'estas no m a t r i m ô n i o ! "A sorte da feia, a bonita deseja». Porquê? A belleza pode considerar-se como u m gênero commercial, como u m a letra de cambio no m e r , cado feminino: se t r a t a de" ganhar admiradores, a sua cotação tem p r e ,11^0; se se empenha em conserval-os, tem desconto. A moral d'isto? J á a apresent a v a m os antigos contos de f a d a s : vomita-vam sapos as boccas das formosas; respiravam pérolas os hálitos das feias. As bellas, além do mais, estão m a l acostumadas. Como se a belleza em si não fora interessada, nós os homens tornamol-a impossível com as nossas attenções: esquecemos toda outra m u l h e r , quando estamos em. frente de u m a formosa.
o modelado exquisito de u m pulso, a graça de u m a curva flexível n a cint u r a , as linhas dulcissimas de u m pescoço de cysne, a transparência da concha n a orelha, a suavidade Ide mão com torneados dedos, uns anneis de cabello ou u m a trança, que nos parecem raios do sol se são loiros, fibras de azeviche se são negros. Leitoras, temei o h o m e m que d i g a : "Amo u m a m u l h e r de figura perfeita, modelada p a r a a esculptura; tão bella é que os seus olhos, o seu nax-iz, a sua bocca, o seu corpo, pode copial-os o melhor artista p a r a u m a obra p r i m a " . Esse homem não a m a , porque a belleza não é m a t é r i a sufficiente p a r a a adoração em todos os estados d a nossa v i d a : alimenta o que t r a t a de possuil-a, o a m a n t e ; depois, enfastia o possuidor, o m a r i d o . Se a m u l h e r feia, — feia precisamente não — se a m u l h e r que não é bella, attrahe o homem, pode e deve gosar d'esse t r i u m p h o : será querida sempre, porque, apesar das suas i m perfeições physicas, a t t r a h e por alguma qualidade, que suas formosas amigas não possuem. A feia é tardia, porém certa; necessita muito tempo p a r a captivar, m a s captiva com t a l força, que r e t é m o prisioneiro; o melhor do caso p a r a ella é que o sabe conservar e o conserva de tal m a n e i r a , que o servo acha m u i t o a seu gosto os cuidados de sua a m a e senhora. Pensae na devoção, que o licencioso rei Luiz XIV dedicou a Senhora de Maintenon, d u r a n t e t r i n t a annos, A Maintenon não era formosa, nem muito m e n o s ; porém "conservou até ao ultimo momento em presença de seu senhor, — diz Fernando de Brunetiére, n ' u m a das suas celebres conferências — a timidez, a deferencia, a submissão de u m a esposa a m a n t e e n a m o r a d a : empregava com Luiz XTV a destreza innata, instinctiva das mulheres".
Tudo lhe concedemos: admiração, p r i m e i r o ; logo cumprimentos e galanteios; sympathia, em seguida; .devoção, por fim. Convertemos assim a belleza em coisa essencial, não tem coisa accessoria: não vemos n a m u lher mais do que o marfim da cutis, o vermelho nacarado dos lábios, o azul celeste ou o negro tenebroso dos olhos,
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E como este, muitos outros casos de grandes paixões em que u "métier de f e m m e " vence a belleza: Heloísa somente p a r a Abelardo era bella; Beatriz a ninguém mais do que a Dante encantou ao passo que o resto dos homens nada viu n'ella digno de ser a m a d o ; L a u r a foi u m a de tantas, que unicamente a Petrarcha enamorou; e Jorge Sand, a grande romancista, era
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tão feia, que se possuindo outras condições muito distinctas da belleza p h y sica, se pode comprehender que tenha impressionado homens, taes como Chopin, Alfredo de Musset e Júlio Sandeau. E' que a mulher deve ter talento p a r a comprehender o homem e grande satisfação p a r a serril-o depois de comprehendido.
PERFEIÇÃO PORZEFERINO DA
ACADEMIA
GALVÃO
PERNAMBUCANA
Precisas m a r c h a r p a r a a perfeição . . . disse-me um dia o bom Gênio, passando a mão sobre os meus cabellos que perdiam a côr da noite.
— Tem pena de ti. Vê que o coração não resiste, e a intelligencia ent r a r á na penumbra, Abandona a bebida.
Ouvi a proposta e considerei-a r a zoável. De u m a porção de vícios que possuia commigo, adquiridos por desfastio, m a s produzindo unicamente dissabores, — resolvi sacrificar u m d e l l e s . . . e foi o do jogo, com muito desgosto dos velhos companheiros de banca, pois ficavam sem a m a m a t a de todos os dias, necessitando escolher outra victima, talvez mais custosa de esfolar.
A palavra intelligencia, dita por ultimo, vibrou muito mais alto no meu cérebro do que a outra pronunciada em começo.' Que me importava o coração, se elle não podia ensandecer? E vi então, claramente, sem m a i s subterfúgios, que poderia cair em demência se continuasse a festejar as taças. Tive medo como um condemnado que foge de m i r a r a forca, se ella se levanta p a r a esganal-o, e" recuei, sem saber, entretanto, como eliminaria o hediondo vicio, enlaçado ao m e u corpo qual o polvo de Victor Hugo.
Aborreci os baralhos de figuras exóticas; tangi p a r a longe os bilhetes de loteria; antipathisei as tavolas e os dados do innocente gamão. E cessaram immcdiatamente as angustias, que eram infalliveis, quando eu perdia dinheiro, podendo g u a r d a r cinco mil reis, sem receio de que m'os tomassem. Decorreram d i a s : os meus cabellos prateavam aos punhados. Voltou o bom Gênio, convencido de que eu não era tão intratável como parecera emqúanto chorava as cartas, — e collocou-se deante de m i m , a admoestar, com os olhos marejados de l a g r i m a s :
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Querer é poder, entretanto, e eu quiz escapar á morte iminente, ao ludibrio manifesto, e afastei dos meus lábios o copo de veneno. As horas que perpassaram, longas e suecessivas, antes de morrer totalmente a depravada lembrança, foram de lueta feroz, quasi sem tréguas. A Lógica dizia, b a tendo-me no h o m b r o : "Resiste; não fraquejes u m só instante, e a victoria será tua". A Perversão approximava-
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Perfeição
se de mim, collando a bôcca ao meu ouvido atento e p r o p u n h a : "Seguem e ; não escutes a cantilena dessa velha, teimosa em banir a alegria do teu peito." Cerrei os olhos como quem se horrorisa de contemplar um desastre; medi a profundeza do abysmo c ergui a mão espalmada p a r a o céu, j u r a n d o , á semelhança do corvo de Edgar Poe: "Nunca m a i s ! Nunca mais!... " Pela terceira vez, depois de annos, reappareceu o bom Gênio. Vinha r i sonho, confiante na victoria, e falou sem delongas: — O tabagismo é a morte. Entre a bôcca e u m a chaminé a differença é enorme. Portanto, elimina o cigarro. — Ai!... suspirei, curvando a fronte como quem recebe o ósculo do d e s a l e n t o . . . Tú és b o m ; m a s , exiges m u i t o ! . . . Nas m i n h a s noites m a l dormidas, quando o silencio me estende as dobras do seu manto e ordena que eu medite e chore sen} testemunhas, — que companheiro terei a não ser o fumo que se evola em loucas espiraes? Porque me privas de sonhar, de olhos abertos, contemplativo qual chinez sob os vapores do ópio? E o bom Gênio replicou mente :
branda-
— Illusão! O qüe te parece sonho, é simplesmente o tóxico sorrateiro a subir c a descer — do coração ao cérebro, da retina ao pulmão. Tú te embruteces; a tua memória se apagará como l â m p a d a sem azeite. Estremeci de assombro, -lembrando-me de que a nicotina trasformaria a reminiscencia em p u r a sombra, conduzindo-a depois ao subterrâneo do esquecimento, onde a insensibilidade e o desanimo dormem no mesmo catre.. E arremessei á distancia a ponta de cigarro que tinha pendente dos lábios. Cuspi, como quem se purifica, e m u r m u r e i pela p r i m e i r a vez: —i Immaculada coisa! Reduzir o estômago á-desmantelada machina dos dispéticos!.. .
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O meu gesto era semelhante ao de Clemenceau, que assim procedeu, p a r a não sucumbir p r e m a t u r a m e n t e . P r a t i quei como devera ter feito, h a vinte a n n o s ; m a s , fiquei penalisado, r e m e m o r a n d o sempre o pernicioso vicio, com vontade de experimental-o outra vez, pois o gosto do sarro não me sabia da boceá! Sentado á banca, p a r a t r a ç a r algumas linhas, eu parecia a reproducção daquelle homem que perdera a sombra e tinha o incontido desejo de procural-a. Erguia-me logo, na persuasão de que m e faltava qualquer coisa, e então recahia em m i m , verificando que esse objecto perdido ou essa distracção rebuscada era apenas o cigarro m a l d i t o e tentador, qual o demônio d a lenda, oecupado em perverter Santo Antão, o anachoreta da Thebaida. Emfim, a sorte estava l a n ç a d a : qual outro César, eu t r a n s p u z e r a o Rúbicon, e não devia retroceder, sob pena de d a r provas de grande fraqueza. Coisas que valem m a i s do que um cigarro, são fatalmente esquecidas, p a r a a própria conservação da existência. Pai, esposa, mãe, irmãos e amigos, a todos p e r d i . . . é exacto que soluçando, mas sem enlouquecer de d ô r ! Portanto, que m e importava o cigarro, — o amigo falso, a quem só conhecemos, depois do damno c a u s a d o ! . . . Três vicios estavam fora de combate, e eu me dispunha a cantar hosanna, principalmente pelo espaço vencido, sem perigo de fallencia, quando me pareceu que o bom Gênio passara pela m i n h a dianteira, sobraçando u m feixe de luz, — destinado á illuminação dos cérebros. Tornei-me suspeitoso, e disse de m i m p a r a m i m : — " E l l e ' — o inimigo dos prazeres, a quem suppliquel delicias e obtive em resposta: "Acalma-te, visionário! não desejes o que origina a m a g u a : por um prazer, cem dores !..."• Sim; elle, o inflexív e l ! . . . Que quererá ainda? Até onde irá pedindo que eu me despoje dos attributos da vida m a t e r i a l ? ! Que
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Perfeição
perfeição é essa, reduzindo-me á immobilidade dos d e f u n t o s ! . . . Tencionava proseguir nos argumentos; mas, fui interrompido, ouvindo passadas de alguém que se avizinhava, porém, por traz, como as m u riçocas fcrroam. Olhei fixamente e reconheci o bem Gênio: apanhara-me de surpresa, com receio talvez de que eu escapulisse. Pegou-me nas m ã o s ; analisou-as. . . correu a ponta dos dedos pelas rugas da minha fronte e sorriu de l e v e . . . depois m u r m u r o u : —• Mais velho do!...
e menos
intoxica-
— Bom; ficarei p a r a s e m e n t e . . . disse eu, involuntariamente, compellido pela ironia que sempre me conduziu nas suas azas de procellaria. — Não ficarás p a r a semente; mas, terás os dias menos a t t r i b u l a d o s . . . Ora, a perfeição! seria magnífica, com o teu organismo bem proporcionado, se não o tivesses combalido desde a j u ventude ! —• Mas, eu era pobre, educado n u m meio vicioso, e tinha carência de sensações; portanto, só as podia buscar dentro do circulo das minhas leviandades. Depois.. . tarde me appareceste, e eu j á tinha absorvido o inebriante filtro.
ainda. Assim como elle pode conservar o ódio, porque não é o mesmo p a r a a perpetuidade do amor? — O ódio é satânico; o amor c divino. Este, p a r a não perder a essência, desaggrega-se da matéria, volatilisa-se; do contrario, tornar-se-ia um foco de impurezas. Aquelle, pelas condições em que nasceu, não abandona o mundo c permanece infinito, como elemento de desordem. Quem ama pela carne, não tem elevação de espirito. — I r r a ! Também isto é preceito para algum cenobita! Tem certeza que aos 60 annos, se eu os viver, serei um demente, um velho asqueroso e invalido? —• Não sophismes... retrucou o bom Gênio. Se deixares de amar pela invalidez physica, não teremos virtude, e sim, um caso naturalissimo. Quero que attinjas a perfeição, em todo o gozo das faculadades, afim de que possas desfruetar a candura da alma. Promcttes? —• Verei se é possível... respondi, pensando numa multidão de assumptos, cada qual mais nebuloso. O bom Gênio deu-se por satisfeito e retirou-se.' Vendo-me só, comecei a ref lexionar: -=- Que coisa enfadonha é a perfeição ! Ainda não a consegui, conforme a vontade do bom Gênio-; mas, j á estou enfastiado como aquelle aldeâo que votou Aristides ao ostracismo, pelo unicó motivo de se lhe tornar insuportável o cognome de Justo que davam ao grande atheniense! Sou u m produeto de descontentamentos, como devem ser os demais homens, até mesmo os que se fingem de resignadosj.
O bom Gênio esboçou u m riso de piedade, c expoz succintamente: — Eu te procurei varias vezes; mas, tu não me deixaste falar. A tua allucinação era pertinaz. — Bem; convenho. E agora, que me vens impor? Ainda não cheguei á perfeição?! — P a r a a perfeição, ainda f a l t a . . . D'aqui i quatro annos serás um sexagenário, e b e m sabes que o amor t e m asco ás pessoas de olhos cavados e sem brilho, faces pallidas, cabellos embranquecidos.
Somente em pensar, sobrecarreguei « cérebro e tive • necessidade de descanso. Busquei u m a espriguiçadeira que estava aos meus p é s ; cahi sobre ella, como quem se desprende de u m a altura e cerrei os olhos, segundo
— Não i g n o r o . . . confirmei sombrio. Entretanto, o coração não resfriou
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S?!
fazemos p a r a a t t r a h i r o somno. Doi-mi, finalmente, e deve ter sido sonho o que se seguiu. Narremos com toda a fidelidade. Eu t r a n s p u n h a o Cabo Tormentorio, isto é, a idade dos 60 annos, sem jogo de n e n h u m a espécie, sem bebidas espirituosas e sem cigarros, que tanto me enfumaçaram durante oito lustros. Examinava-me n o t a n d o : a memória fresca; a bocca sem a m a r go e a lingua sem s a b u r r a . A tosse desapparecerá; o arthritismo diminuir á consideravelmente. Nestas condições eu iria ser o segundo Luiz Corn a r o ; m a s . . . (tudo tem o seu por é m ! ) . . . do amor, apenas me ficara a visão ! . . . Eu estava impeccavel, — marchando p a r a o tabernaculo da innocencia. Era, emfim, a grande perfeição, idealisada pelos theologos, exigida pelo bom G ê n i o . . . E eu, na firme convicção de que deixara de amar, entreguei-me á tristeza, com u m desejo- immenso de succumbir, de espedaçar quanto antes esse trapo de vida a que estava miseravelmente apegado, qual o naufrago a u m a fragilissim a taboa.
por todos os tramites da volúpia! Rejeito a derradeira proposta de perfeição: sou u m animal como os outros, — sujeito-me ás mesmas condições physiologicas. Não quero o n i r v a n a dos indús, nem appello p a r a o problemático cortejo de h u r i s no paraiso de Mafoma.
Lembrei-me do s u i c í d i o . . . não, pela fome, como o desastrado Mac Swiney, porém, á moda Lucrecio, que teve o bom senso de finar-se pela ingestão do um veneno suave. Sim; era preferível morrer, a continuar vegetando, desfazendo-se aos pedaços, caindo no ridiculo, que vinha a «galope, p a r a o malfadado e n c o n t r o . . . E m o nologuei, com u m soluço preso na garganta : — T u d o . . . menos a insipidez de viver sem u m a carícia de m u l h e r formosa. Quando nem Adão supportou a ausência de u m a companheira, elle que fora criado exclusivamente p a r a a s o l i d ã o . . . quanto mais eu que passei
Mal terminava este discurso, quando ouvi u m a voz extranha, desagradável, a dizer em falsete: — Não t e amofines: eu serei a esposa desejada. Espera pelo m e u beij o ; não escondas a fronte. Olhei, resolutamente, p a r a ver quem me falava com t a m a n h a i m prudência, e senti um calafrio percorrer-me toda a espinha dorsal. Marchava, p a r a mim, de braços abertos, o horripilante esqueleto da Morte! Tentei expedir u m grito, e a voz sumiuse, estrangulada pelo terror. Metti os pés, p a r a fugir desabaladamente; e de facto, saltei no meio da sala, sacudindo os braços, como quem repelle u m inimigo, olhando em redor, como quem procura um objectç-. Acordara: o coração p a l p i t a v a ; a testa estava alagada de suor, tão frio como o dos moribundos. Tardei u m pouco em reconstituir as idéas, m a s conclui: — Um sonho! Um pesadelo horrível ! Entretanto, será esse o desenlace, e talvez mais breve do que se i m a g i n a ! . . . Que lueta, p a r a lograr a perfeição! Que logro depois de obtel-a!... E sentei-me novamente, a olhar p a r a o tecto, a contar os caibros, sem o menor desejo de a b r a ç a r a noiva que me surgira, emqúanto eu resomnava á sesta, pensando na velhice, discutindo o dilemma"da perfeição.
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