Ano 82|Nº 02|10 de fevereiro de 2015
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Jornada em defesa de direitos
Não abrimos mão Fotos Divulgação/SindBancários
Um Sindicato de luta e forte não irá admitir que um governo federal eleito sob promessas de ampliar direitos aos trabalhadores faça como um de seus primeiros atos o corte de benefícios. São 12 anos de governo de investimento social para quem mais precisa. Com programas sociais como o Minha Casa Minha Vida, o Bolsa Família, o ProUni e o Luz Para Todos, resistimos à crise internacional desde 2008. E o povo da Grécia, o país que mais sofreu com a crise, por causa da política neoliberal de austeridade que trouxe empobrecimento e redução do Estado em toda a Europa, deu recado nas urnas. Elegeu, no mês passado, um primeiro-ministro de esquerda, com um projeto de ampliar a proteção social e restaurar o Estado de Bem-Estar. Nós mostramos o caminho. E o caminho é continuar com o investimento social, ajudando quem mais precisa. Pois cada vez que um governo, qualquer governo, dificulta o acesso do trabalhador ao benefício construído na luta, o nosso Sindicato e a nossa categoria não deixará por menos. Por isso, quando o governo Dilma decreta a MP 664 e realiza mudanças nas regras de pensão e auxílio doença e a MP 665, que muda as regras do seguro-desemprego, abono e período de defeso do pescador, nós vamos às ruas protestar. E, claro, quando o governo anuncia intenção de abrir o capital da Caixa Econômica Federal, único banco 100% público, nós nos mobilizamos.
Leia aqui e veja fotos e vídeo do Ato em Defesa da Caixa 100% pública do SindBancários migre.me/otcL7 SindBancários articulou com centrais e movimentos sociais defesa da Caixa 100% pública
Leia aqui reportagem ampliada do Ato em Defesa dos Direitos e dos Empregos das centrais sindicais migre.me/otd18 Centrais chamaram para ato nacional em defesa dos direitos e empregos
S I M
uImposto sobre grandes fortunas uFim do Fator Previdenciário uConvenção 158 da OIT para combater a rotatividade uReforma Política uDemocratização da comunicação
N Ã O
uAbertura do capital da Caixa uMedida Provisória 664 uMedida Provisória 665 uSuperávit primário uAusteridade neoliberal uRedução do Estado uTerceirização
Mexeu com direito, mexeu com os bancários!
Foi contra essas medidas “corretivas” anunciadas pelo governo federal que as centrais, apoiadas pelo SindBancários, deram início a uma jornada por direitos. Os trabalhadores foram às ruas, na quarta-feira, 28/1, para o Dia Nacional de Luta em Defesa dos Empregos e dos Direitos em várias capitais do país. Chamado pelas centrais sindicais – entre elas a CUT
– em Porto Alegre, o protesto teve grande participação popular. O SindBancários articulou o Ato em Defesa da Caixa 100% pública no mesmo dia. Obtivemos apoio das centrais sindicais, da Contraf-CUT e da Fetrafi-RS, além de movimentos sociais e outras categorias de trabalhadores e tivemos a certeza de que essa peleia vai ser pegada. Também lançamos a
campanha “Nossa Caixa Nossa Vida” e distribuímos uma carta aberta à população. No dia 3/2, as centrais pressionaram os ministros do governo e foram ao Congresso Nacional dizer não às políticas de austeridade e cortes de direitos. Já defendemos o Banrisul contra a sanha privatizadora dos governos neoliberais de plantão. Conquistamos na constituição
estadual uma cláusula que impede que o Banrisul seja vendido sem que haja um plebiscito. Lutamos quase duas décadas, nos anos 1980 e 1990, em defesa do banco Meridional público e não vamos permitir que a Caixa corra o risco de deixar de ser um dos principais agentes do desenvolvimento público do país. Se não fosse a Caixa, um banco forte e saudável, o país estaria em crise.
Se, em nível federal, o combate é contra a abertura do capital da Caixa, temos que combater a intenção do governador José Ivo Sartori de passar o Badesul nos cobres, já anunciado em jornais de grande circulação no RS. A Caixa 100% pública é melhor para todos os funcionários da Caixa. É melhor para o Brasil e para o povo brasileiro.