TFG - Edifício Híbrido Suzano

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Cada sonho que você deixa pra trás, é um pedaço do seu futuro que deixa de existir. Steve Jobs



EDIFÍCIO HÍBRIDO SUZANO Universidade Braz Cubas Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – FAU UBC Trabalho Final de Graduação Sandro Sheiji Sawaki RGM: 262852 Orientador: Prof.° José Francisco Xavier Magalhães Mogi das Cruzes / Novembro de 2016



Agradecimentos À Deus, por conduzir meu caminho para a realização de mais um sonho. Aos meus pais, irmãos e minhas filhas, por todo o apoio que recebi e recebo em todas as etapas da minha vida. À Instituição de ensino, Universidade Braz Cubas, por ter me propiciado uma nova vivência, de conhecimento e experiência. Ao Prof.° orientador José Francisco Xavier Magalhães, por contribuir no desenvolvimento do projeto, compartilhando sua experiência e seus ensinamentos. Aos queridos Professores da FAU UBC, pelo conhecimento transmitido e pelo apoio em cada dificuldade enfrentada, procurarei utilizar cada ensinamento com sabedoria e responsabilidade. Aos meus amigos, William Santisse, Wilton Santisse, Mariana Sato, Bruna Shori e Ronan Benitis, por sempre estarem comigo e dividir cada momento de alegria e tristeza por todo esse longo caminho percorrido, aprendemos muito juntos e com certeza, levarei isso comigo para sempre. Aos meus Colegas da ARQ 112An, aprendi muito com todos, uma excelente turma, que sempre estarei torcendo para o sucesso de todos. Aos profissionais, Silvio Ishiki, Mauro Abe, Makoto Yassuoka, Cláudio Svaizer, Luíz Gutierrez, Fabio Takeshi e Felipe Gonçalves, pessoas que me auxiliaram a desenvolver o lado profissional, compartilhando experiências e conhecimento. À Caroline Oshiro, companheira e amiga que sempre está comigo me apoiando em todos os momentos. E a todos, que de forma direta ou indireta contribuíram nessa longa jornada. Muito obrigado de coração.



SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 2. ÁREA DE ESTUDO .................................................................................................. 2.1 SUZANO ........................................................................................................... 2.2 MAPA DE SITUAÇÃO ................................................................................... 3. ANÁLISES .................................................................................................................. 3.1 OBJETIVOS DAS ANÁLISES ....................................................................... 3.2 ÁREA DE ANÁLISE ........................................................................................ 3.3 USO E OCUÁÇÃO DO SOLO ..................................................................... 3.4 SISTEMA VIÁRIO E FERROVIÁRIO .......................................................... 3.5 GABARITO DE ALTURA ............................................................................... 3.6 CHEIOS DE VAZIOS ...................................................................................... 3.7 ÁREA À SEREM ANÁLISADAS .................................................................. 4. PROCESSO DE DEFINIÇÃO DA ÁREA DO PROJETO ................................ 4.1 ESCOLHA DA ÁREA E JUSTIFICATIVA ................................................... 4.2 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO .......................................................... 5. LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO ................................................................... 6. PROPOSTA ............................................................................................................... 7. LEGISLAÇÃO ............................................................................................................ 7.1 LEI COMPLEMENTAR N°25/96 ................................................................ 7.2 LEI COMPLEMENTAR N° 25/96 – TABELA REFERENTE AO CAPÍTULO IV - DAS CATEGORIAS DE USO ............................................ 7.3 LEI COMPLEMENTAR NO 25/96: SEÇÃO I 
DO USO RESIDENCIAL .............................................................................................................. 7.4 DO USO COMERCIAL .................................................................................. 7.5 DO USO INSTITUCIONAL .......................................................................... 7.6 DOS ESTACIONAMENTOS E DAS GARAGENS ………………………… 7.7 ART. 160 …………………………………………………………………………………… 7.8 LEI COMPLEMENTAR NO 25/96: TABELA A ....................................... 7.9 DECRETO N°. 12.342 DE 27 DE SETEMBRO DE 1978: DIMENSÕES MÍNIMAS DOS COMPARTIMENTOS ........................................ 7.10 NBR 9077/1993 ……………………………………………………………………… 7.11 NBR 9050/2015 ……………………………………………………………………… 8. ESTUDOS DE VENTILAÇÃO NATURAL E INSOLAÇÃO ............................

09 10 11 12 14 15 16 17 17 18 18 19 20 24 25 26 28 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42

9. DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA ................................................ 44 10. ANÁLISE MACRO DA ÁREA ................................................................... 46 11. ESTUDOS DE CASO ................................................................................... 48 11.1 DE ROTTERDAM / HOLANDA ...................................................... 49 11.2 118 VIVENDAS EM COSLADA / ESPANHA ............................ 50 11.3 CONCLUSÃO ...................................................................................... 51 12. FLUXOGRAMA ............................................................................................ 52 13. DIAGRAMA DAS CONDICIONANTES PARA A PROPOSTA ....... 54 14. CONCEITO .................................................................................................... 58 15. PARTIDO ARQUITETÔNICO ................................................................... 59 16. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................... 60 16.1 CIDADE COMPACTA ........................................................................ 61 16.2 TRAFFIC CALMING ........................................................................... 61 16.3 EDIFÍCIO HÍBRIDO ............................................................................ 61 16.4 ESTRUTURA METÁLICA TRELIÇADA .......................................... 61 17. PROJETO ....................................................................................................... 62 17.1 IMPLANTAÇÃO .................................................................................. 63 17.2 PLANTAS .............................................................................................. 64 17.3 CORTES ................................................................................................. 73 17.4 ELEVAÇÕES ......................................................................................... 78 17.5 PAISAGISMO ...................................................................................... 82 18. SISTEMA ESTRUTURAL ............................................................................ 85 19. DETALHES ARQUITETÔNICOS .............................................................. 86 19.1 PASSARELA METÁLICA ................................................................... 86 19.2 PELE METÁLICA ................................................................................. 87 19.3 JARDIM VERTICAL ............................................................................ 88 20. TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE ................................................. 89 20.1 PELE METÁLICA ................................................................................. 89 20.2 MADEIRA ECOLÓGICA .................................................................... 90 20.3 PISO DRENANTE ............................................................................... 91 21. IMAGENS DIGITAIS ................................................................................... 92 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 96


1. INTRODUÇÃO


Uma reportagem do Diário de Suzano, chamou muita atenção, em busca de informações sobre a cidade de Suzano, a reportagem do início de janeiro de 2015, informa que na região central da cidade, possui 7 imóveis abandonados, alguns desocupados, outros pararam durante a fase de construção, outros tiveram fechamento por falência, independente do motivo, esses imóveis abandonados inseridos em uma área nobre da cidade, o centro, degradam a cidade, se torna um obstáculo para um desenvolvimento da região central do município. Segundo uma reportagem da Revista Veja, março de 2016, onde os Arquitetos Carlos Leite e Bernardo Chezzi afirmam que “Cidades eficientes são as que permitem requalificar as áreas centrais”, tornando a cidade mais eficiente e humana, foram as bases das pesquisas em busca de desenvolver o presente projeto. A busca de uma área na região central do município, onde será desenvolvido o projeto tem como objetivo, dar qualidade e desenvolvimento para a cidade, tornando-a eficiente e mais humana.

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2. ÁREA DE ESTUDO


2.1 SUZANO Situado a leste de São Paulo, a 45 quilômetros da capital, possui uma área territorial de 206,236 km², Suzano é um dos 39 municípios que compõem a Região Metropolitana de São Paulo. O município obteve a sua emancipação políticoadministrativa em 8 de dezembro de 1948. De acordo com dados do Guia da Indústria de 2009, a região do Alto Tietê abriga 563 indústrias e 5.274 empresas, além de centros comerciais nos distritos de Boa Vista, Centro e Palmeiras. Suzano está entre as 20 cidades com melhor arrecadação de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do Estado. Faz divisa com Itaquaquecetuba (a norte), Santo André (a sul), Mogi das Cruzes (a leste), Mauá e Ferraz de Vasconcelos (a oeste), Poá (a noroeste), e Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires (a sudoeste). É banhado pela bacia hidrográfica do Alto Tietê – Cabeceiras, subdividida pelas bacias do Taiaçupeba, do Guaió e do Tietê Leste. O acesso às rodovias Ayrton Senna, Índio Tibiriçá (SP-31) e Prudente de Moraes (SP-66) colocam Suzano em condição privilegiada pela proximidade com os portos de Santos e São Sebastião, com o aeroporto de Cumbica e com regiões economicamente fortes, como o Vale do Paraíba, o ABCD Paulista, e com as cidades de São Paulo e Guarulhos. As duas ferrovias (uma para transporte de passageiros e outra de cargas) contribuem para reforçar o papel economicamente importante que Suzano desempenha para o desenvolvimento do Alto Tietê. Devido à sua localização privilegiada, Suzano tem um grande fluxo de pessoas de toda a região, que vêm ao município para fazer compras e contratar serviços, fazendo com que a cidade seja um dos melhores centros comerciais do Alto Tietê. Além do comércio, o intenso calendário de atividades culturais e festividades colaboram para que Suzano atraia um grande número de pessoas das cidades da região.

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2.2 MAPA DE SITUAÇÃO

Fonte: Wikimedia

Fonte: Jornal do trem

Fonte: Prefeitura de Suzano

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Igreja Matriz Fonte: Portal News

Parque Max Feffer Fonte: Diรกrio de Suzano

Suzano Shopping Fonte: Diรกrio de Suzano

Faculdade Piaget Fonte: Portal News

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3. ANÁLISES


3.1 Objetivo das análises: A dispersão urbana exige o intenso uso de veículos para transporte de pessoas e mercadorias acarretando na poluição do ar através da emissão de gases, além de dispor um alto valor em infraestrutura, impermeabilizando o solo, obstruindo a drenagem das águas pluviais, proporcionando enchentes devido também a infraestrutura precária em certos municípios. Com o movimento urbano alternativo, novas propostas de modelos urbanos levando em consideração a qualidade sustentável e criando uma compacidade, essa lógica propõe a redução das distâncias urbanas, incentivando o caminhar do pedestre ou ao uso de bicicletas.

Fonte: Cidades para um pequeno planeta

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3.2 ÁREA DE ANÁLISE O trecho do quadrilátero central do município de Suzano, é formado pelos limites estabelecidos: Norte: Rua Prudente de Moraes Oeste: Avenida Armando Salles de Oliveira Leste: Avenida Antônio Marques Figueira e Rua Rui Barbosa Sul: Rua Tiradentes, originalmente o quadrilátero central estende-se até a Rua Regina Cabalau Mendonça, com o conceito de desenvolver o projeto dentro de uma área que se encontre próximo aos principais meios de transportes públicos, que são os ônibus municipais e intermunicipais e a estação ferroviária da CPTM, a análise limitou-se até a extensão da Rua Tiradentes, onde foi desenvolvido a Parada Tiradentes, projeto de passeio e abrigo que foi desenvolvida na região central, projeto piloto para a reprodução de um modelo pautado na acessibilidade das pessoas com dificuldade de locomoção, conforme descrito no relatório final do Plano Diretor municipal, justificando assim o limite Sul da análise.

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3.3 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO Através da análise de uso e ocupação do solo, podemos identificar que a região central possui uma consolidação com comércio e serviços, os principais eixos comerciais da cidade é formada pelas ruas Benjamin Constant e Rua Gen. Francisco Glicério, o entorno das vias o comércio e serviços predominam, conforme avançamos para o Sul as residências, em sua maioria, unifamiliares, estão dispostas à leste e a oeste, são identificados poucas edificações com uso misto, quando existe o agrupamento de funções em um mesmo local, geralmente, o mesmo não se utiliza do potencial construtivo da região onde está localizada.

Fonte Imagem: Google Maps 3.4 SISTEMA VIÁRIO E FERROVIÁRIO O quadrilátero central do município de Suzano possui ao norte a via expressa formada pela Rua Prudente de Moraes, importante via que conecta Suzano às cidades de São Paulo, à oeste e a leste a cidade de Mogi das Cruzes, à oeste a via coletora formada pela Avenida Armando Salles de Oliveira, importante via que conecta a cidade com a região sul do município, possui acesso para a cidade de Mauá e o ABC Paulista, ao Sul a análise limitou-se até a extensão da Rua Tiradentes, onde foi desenvolvido a Parada Tiradentes, projeto de passeio e abrigo que foi desenvolvida na região central, projeto piloto para a reprodução de um modelo pautado na acessibilidade das pessoas com dificuldade de locomoção, conforme descrito no relatório final do Plano Diretor municipal, à leste formada pela Avenida Antônio Marques Figueira, outra importante via intermunicipal, possibilitando a conexão com a cidade de Ribeirão Pires através da Rodovia Índio Tibiriçá, como já mencionado nas análises do uso e ocupação do solo, destaca-se duas importantes vias coletoras, como principais eixos comerciais da cidade, a rua Benjamin Constante e a Rua Gen. Francisco Glicério. A cidade possui uma estação de trem da CPTM, linha coral, possibilitando o deslocamento para as várias cidades na Região metropolitana de São Paulo Aas análises também identificaram a passagem de uma linha de transmissão de energia elétrica que “rasga” a região central do município.

Fonte Imagem: Google Maps

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3.5 GABARITO DE ALTURA Apesar de Suzano ser uma cidade nova, com 67 anos desde sua emancipação, o centro do município possui um gabarito baixo, em sua maioria as edificações são constituídas pelo térreo mais um pavimento, algumas edificações mais novas possuem gabarito superior a de 6 pavimentos, essas edificações encontram-se em lugares dispersos no perímetro demarcado, o baixo gabarito na região central possui algumas vantagens, a não verticalização torna a cidade “ mais limpa” visualmente, podendo se observar o skyline da cidade, mas também possui desvantagens, ocupação quase que total da área do lote, o custo com infraestrutura é maior, diferentemente quando o valor da infraestrutura pode-se dividir em uma região onde há vários usos, permitindo que valor seja dividido e beneficiando mais pessoas.

Fonte Imagem: Google Maps

3.6 CHEIOS E VAZIOS Através da análise dos cheios ( representado na cor preta ), é possível encontrar pontos vazios nas quadras na região central, algumas dessas áreas possuem o serviço de estacionamento e outras são identificadas como áreas sem uso, que algum dia ocupou alguma função e hoje estão abandonadas, também podemos observar que existem apenas duas praças na cidade, com alguma vegetação representativa, as praças em sua maioria representam um local de passagem, onde poucas pessoas utilizam-se do espaço para lazer e descanso.

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Fonte Imagem: Google Maps


3.7 ÁREAS Á SEREM ANÁLISADAS Através das analises realizadas, foram determinadas 6 áreas com potencial para o desenvolvimento do projeto, essas áreas serão analisadas de forma individual, através dos critérios que definem as características de uma cidade compacta, que estimula o uso misto dos bairros, procurando sempre o equilíbrio entre oferta de serviços e moradia, além de ser plenamente focada na economia local, oferecendo aos seus moradores, primordialmente, qualidade de vida.

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4. PROCESSO DE DEFINIÇÃO DA ÁREA DE PROJETO


A tabela abaixo representa as características de uma cidade compacta, o mesmo será aplicado primeiramente de uma forma geral, visando a aplicação no perímetro analisado, identificando as possibilidades que permitam a realização da compactação da cidade, densificar a região central, a relação do transporte público, as conexões que podem ser realizadas através de fruição pública, a possibilidade de se mesclar os usos, como habitação, serviço e comércio, com relação a política urbana, se a cidade trabalha para promover mudanças que visam na melhor qualidade de vida das pessoas, o incentivo ao uso e locomoção de bicicletas e favorecimento aos pedestres, com calçadas de qualidade para os percursos realizados a pé.

A possibilidade de aplicação do conceito é amplamente praticável na região de estudo, a seguinte análise (ver tabela ao lado), aplicará os mesmos conceitos de para cada uma das 6 áreas definidas nas análises anteriores, determinando qual área será realizado o desenvolvimento projeto, integrando o transporte público com o desenvolvimento da cidade, possibilitando criar uma cidade vibrante, onde viver, lazer e trabalho encontram-se no mesmo local.

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4.1 ESCOLHA DA ÁREA E JUSTIFICATIVA

Segundo as análises da tabela acima, a área 2 mostra-se a mais indicada para o projeto pelos seguintes fatos: ÁREA SEM USO: atualmente o local está sem qualquer tipo de uso, as outras áreas analisadas possuíam o serviço de estacionamento. TRANSPORTE PÚBLICO: a área se encontra a 400 metros da estação ferroviária, à 400 metros das principais linhas de ônibus intermunicipais e a 530 metros do Terminal Municipal de ônibus. Distâncias confortáveis para o deslocamento serem realizadas à pé. DENSIDADE FLUTUANTE: poucas unidades residenciais no entorno imediato. ÁREA DO TERRENO: com 6.050 m² é a maior área dentro das analisadas, permitindo o trabalho de uso misto e fruição pública, além de possibilitar desenvolver o trabalho em quase toda extensão da quadra, integrando as edificações de menor área e os poucos serviços hoje ali presentes.

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4.2 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO

Local da proposta A região Central do município possui uma topografia praticamente plana, sem grandes variações de nível.

Fonte de dados: Prefeitura Municipal de Suzano

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5. LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DA ÁREA PROPOSTA


Vista da Rua Barão de Jaceguaí

Vista da Rua Mal. Deodoro

Fonte: Acervo pessoal

Fonte: Acervo pessoal

Vista a partir da Rua Felício de Camargo Fonte: Acervo pessoal

Vista dos fundos do terreno Fonte: Acervo pessoal

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6. PROPOSTA


PROPOSTAS DE USO HABITAÇÃO

- poucas unidades residenciais na região central. - combater a densidade flutuante. - possui infraestrutura já consolidada e com disposição de transportes de massa.

COMÉRCIO/ SERVIÇO - novas oportunidades de emprego - menor deslocamento (morar - trabalhar) - criar um espaço ativo, com fachadas ativas criando também um novo dinamismo na região. CULTURA/ LAZER

- promover a conexão e integração do entorno. - atrair um público diversificado, com a utilização da tecnologia. - apoio para o comércio e serviço. - Mediateca, viria trazer e melhorar a qualidade de vidas dos residentes e usuários. - criaria-se uma nova dinâmica para entorno, além de reativar a economia local. - preparando as futuras gerações, promovendo a renovação de conhecimentos e habilidades.

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7. LEGISLAÇÃO


7.1 LEI COMPLEMENTAR No 25/96

Local da proposta

"Z.01" - Zona Central de Alta Densidade Demogrรกfica;

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7.2 LEI COMPLEMENTAR No 25/96 – TABELA REFERENTE AO CAPÍTULO IV - DAS CATEGORIAS DE USO

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7.3 LEI COMPLEMENTAR No 25/96

SEÇÃO I 
DO USO RESIDENCIAL Art. 43 As categorias de Uso Residencial obedecerão à seguinte classificação, representada por siglas, e com as respectivas características básicas: I - Residencial Unifamiliar (Ri): edificações destinadas à habitação permanente, correspondente a uma habitação por lote; II - Residencial Multifamiliar (R2): edificações destinadas à habitação permanente, correspondente a mais de uma habitação por lote, subdividida em: a) R2.1 - Unidades Residenciais Agrupadas Horizontalmente, todas para via oficial,- com no máximo 6 (seis) unidades;
b) R2.2 - Unidades Residenciais Agrupadas Horizontalmente com um único acesso para vias oficiais, conforme disposto no artigo 24. III - Conjunto Residencial (R3): constituído de uma ou mais edificações, com unidades residenciais isoladas ou agrupadas, horizontal ou verticalmente, ocupando um ou mais lotes, dispondo obrigatoriamente de espaços e instalações de utilização de uso comum, caracterizados como bens do conjunto, contendo no mínimo: a) espaço destinado à área verde, arborizada e ajardinada, maior ou igual a 8,00 m2 (oito metros quadrados) por habitação, onde será instalado um "playground“ b) espaço destinado a equipamentos sociais ou comunitários cobertos maior ou igual a 2,00 m2 (dois metros quadrados) por habitação; c) poderá, ainda, a critério da Secretaria Municipal de Planejamento, ser exigido um espaço destinado ao Uso Institucional, externamente ao empreendimento, maior ou igual a 4,00 m2 (quatro metros quadrados) por habitação, em conjuntos com mais de 150 (cento e cinquenta) Unidades.

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7.4 DO USO COMERCIAL

Art. 45 Para fins de Uso e Ocupação do Solo, os estabelecimentos comerciais enquadram-se numa das 02 (duas) categorias a seguir definidas: I - COMÉRCIO VAREJISTA DE ÂMBITO LOCAL "C1" - é o estabelecimento de venda direta ao consumidor de produtos relacionados ou não com o uso residencial, com área construída máxima de 150,00 m2 (cento e cinquenta metros quadrados); acima de 150,00 m2 (cento e cinquenta metros quadrados), passa a ser enquadrado como "C2"; DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Art. 46 Para fins de Uso e Ocupação do Solo, os estabelecimentos destinados à prestação de serviços ("S") enquadram-se numa das 02 (duas) categorias a seguir definidas: I - SERVIÇOS DE ÂMBITO LOCAL "S1" - são aqueles destinados à prestação de serviços à população, que podem adequar-se aos mesmos padrões de Usos Residenciais, no que diz respeito às características de ocupação dos lotes, de acesso, de tráfego, de serviços urbanos e aos níveis de ruídos, de vibrações e de poluição ambiental, com área construída máxima de 150,00 m2 (cento e cinquenta metros quadrados); acima de 150,00 m2 (cento e cinquenta metros quadrados), passa a ser enquadrado como "S2";

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7.5 DO USO INSTITUCIONAL Art. 47 Para fins de Uso e Ocupação do Solo, os estabelecimentos institucionais ("E") classificam-se como espaços, estabelecimentos ou instalações destinadas à educação, saúde, lazer, cultura, assistência social, culto religioso ou Administração Pública, que tenham espaço direto, funcional ou espacial, com o Uso Residencial. § 1o Enquadram-se, ainda, nos Usos "E" os espaços, estabelecimentos, ou instalações sujeitos à preservação ou a controle específico, tais como monumentos históricos, mananciais hídricos, áreas de valor estratégico, áreas de valor paisagístico e área de preservação permanente. § 2o As atividades enquadradas no "caput" deste artigo, além das normas estabelecidas nesta Lei, deverão obedecer: a) TAXA DE OCUPAÇÃO: nunca superior a 50% (cinquenta por cento) da área do imóvel; b) RECUOS MÍNIMOS:1 - DE FRENTE: 5,00 m (cinco metros);2 - LATERAIS, DE AMBOS OS LADOS: 3,00 m (três metros);3 FUNDOS: 3,00 m (três metros);
c) VAGAS DE ESTACIONAMENTO, EM RELAÇÃO À ÁREA CONSTRUÍDA, PARA ESTABELECIMENTOS DESTINADOS A: 1 - EDUCAÇÃO: 1.1 - até o 2o grau, profissionalizante e técnicos: 01 (uma) vaga para cada 50,00 m2 (cinquenta metros quadrados); 1.2 - superior: 01 (uma) vaga para cada 30,00 m2 (trinta metros quadrados); 2 - SAÚDE: 01 (uma) vaga para cada 50,00 m2 (cinqüenta metros quadrados); 3 - LAZER: 01 (uma) vaga para cada 100,00 m2 (cem metros quadrados); 4 - CULTURA: 01 (uma) vaga para cada 30,00 m2 (trinta metros quadrados); 5 - TEMPLOS RELIGIOSOS: 01 (uma) vaga para cada 30,00 m2 (trinta metros quadrados). 6 - ASSISTÊNCIA SOCIAL: 01 (uma) vaga para cada 50,00 m2 (cinqüenta metros quadrados); 7 - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: 01 (uma) vaga para cada 30,00 m2 (trinta metros quadrados); d) Acesso de veículos e de pessoas que não interfira no meio em que se situe; e) Tratamento acústico especial, em função da poluição sonora causada

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7.6 DOS ESTACIONAMENTOS E DAS GARAGENS Art. 155 As edificações destinadas a garagens em geral, para efeito desta Lei, classificam-se em garagens particulares individuais, garagens particulares coletivas e garagens comerciais. Art. 156 As edificações destinadas a garagens em geral deverão atender às disposições da presente Lei que lhes forem aplicáveis, além das seguintes exigências: I - ter pé-direito mínimo de 2,30 m (dois metros e trinta centímetros);
II - não ter comunicação direta com compartimentos de permanência prolongada; III - ter sistema de ventilação permanente. Art. 158 As edificações destinadas a garagens particulares coletivas deverão atender, ainda, às seguintes disposições: I - ter estrutura, paredes e forro de material incombustível; II - ter vão de entrada com largura mínima de 3,00 m (três metros) e, no mínimo, 02 (dois) vãos, quando comportarem mais de 50 (cinqüenta) carros; III - ter os locais de estacionamento ("box") para cada carro, com uma largura mínima de 2,40 m (dois metros e quarenta centímetros) e comprimento de 5,00 m (cinco metros); IV - o corredor de circulação deverá ter largura mínima de 3,00 m (três metros), 3,50 m (três metros e cinqüenta centímetros) ou 5,00 m (cinco metros), quando os locais de estacionamento formarem, em relação aos mesmos, ângulos de 30o (trinta graus), 45o (quarenta e cinco graus) ou 90o (noventa graus), respectivamente; Art. 159 As edificações destinadas a garagens comerciais deverão atender, ainda, às seguintes disposições: I - ser construídas de material incombustível, tolerando-se o emprego de madeira ou outro material combustível nas esquadrias e estrutura de cobertura; II - quando não houver circulação independente para acesso e saída até os locais de estacionamento, ter área de acumulação com acesso direto do logradouro que permita o estacionamento eventual de um número de veículos não inferior a 5% (cinco por cento) da capacidade total da garagem; III - ter o piso revestido com material lavável e impermeável; IV - ter as paredes dos locais de lavagem e lubrificação revestidas com material resistente, liso, lavável e impermeável.

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7.7 Art. 160 Obedecidas as demais disposições desta Lei, deverão ser observadas, no mínimo, vagas para estacionamentos nas seguintes proporções: I - para uso residencial: a) 01 (uma) vaga por unidade de habitação, com área edificada de até 80,00 m2 (oitenta metros quadrados);
b) 02 (duas) vagas por unidade de habitação, com área edificada acima de 80,00 m2 (oitenta metros quadrados) até 200,00 m2 (duzentos metros quadrados); c) 03 (três) vagas por unidade de habitação, com área edificada acima de 200,00 m2 (duzentos metros quadrados).

II - para uso comercial: atacadistas, magazines, lojas de departamento, supermercados e similares - 01 (uma) vaga para cada 30,00 m2 (trinta metros quadrados) de área construída, ou fração; locais de reunião (cinemas, teatros, salões de festas e de bailes e similares) - 01 (uma) vaga para cada 30,00 m2 (trinta metros quadrados) de área construída, ou fração; outros estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços - 01 (uma) vaga para cada 100,00 m2 (cem metros quadrados) de área construída, ou fração; § 1o É facultada a exigência deste artigo a estabelecimentos comerciais com área inferior a 50,00 m2 (cinqüenta metros quadrados). § 2o A área destinada para carga e descarga não pode ser computada nas exigências deste artigo. § 3o Em reformas com aumento de área ou mudança de uso em edificações existentes à promulgação desta Lei Complementar, quando não houver área disponível, o espaço destinado a estacionamento de veículos poderá localizar-se em outro imóvel à distância máxima de 250,00 m (duzentos e cinqüenta metros) deste, mediante vinculação desse espaço com a edificação objeto da ampliação.

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7.8 LEI COMPLEMENTAR No 25/96 Tabela A Estacionamentos de veículos no subsolo é possível que avance, sobre os recuos, as áreas não serão computadas na taxa de ocupação e índice de aproveitamento.

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7.9 DECRETO N°. 12.342 DE 27 DE SETEMBRO DE 1978 Dimensões Mínimas dos Compartimentos Artigo 38 - Os pés-direitos não poderão ser inferiores aos estabelecidos nas normas específicas para a respectiva edificação e, quando não previstos, aos valores a seguir : qualquer ponto 2,50 m; I - nas habitações : a) salas e dormitórios : 2,70 m; b) garagens : 2,30 m; c) nos demais compartimentos : 2,50 m. II - nas edificações destinadas a comércio e serviços : a) em pavimentos térreos, 3,00 m; b) em pavimentos superiores, 2,70 m; c) garagens, 2,30 m.

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7.10 NBR 9077/1993 ANEXO - TabelasTabela 1 - Classificação das edificações quanto à sua ocupação A-2 – Habitação multifamiliar - Edifícios de apartamentos em geral. C-1 - Comércio em geral, de pequeno porte - Armarinhos, tabacarias, mercearias, fruteiras, butiques e outros. D-1 - Locais para prestação de serviços profissionais ou condução de negócios - Escritórios administrativos ou técnicos, consultórios, instituições financeiras (não incluídas em D-2), repartições públicas, cabeleireiros, laboratórios de análises clínicas sem internação, centros profissionais e outros. E-2 - Escolas especiais - Escolas de artes e artesanatos, de línguas, de cultura geral, de cultura estrangeira. Tabela 2 - Classificação das edificações quanto à altura O - Edificações altas - H > 30,00 m Tabela 3 - Classificação das edificações quanto às suas dimensões em planta Quanto à área total S t (soma das áreas de todos os pavimentos da edificação) V - edificações grandes - 1500 m2 ≤ S
A > 5000 m2 Tabela 7 - Número de saídas e tipos de escadas A-2 - EP = 2 Escada enclausurada protegida (escada protegida); C-1 – PF= 2 Escada à prova de fumaça. D-1 – PF= 2 Escada à prova de fumaça. E-2 - PF= 2 Escada à prova de fumaça.

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7.1 NBR 9050/2015 6.4 Rotas de fuga – Condições gerais área de resgate deve: a) estar localizada fora do fluxo principal de circulação; 
 b) garantir área mínima de circulação e manobra para rotação de 180°, conforme 4.3.3, e, quando localizada em nichos, devem ser respeitados os parâmetros mínimos definidos em 4.3.6; 
 d) ser provida de dispositivo de emergência ou intercomunicador; 
 e) deve ter o M.R. sinalizado conforme 5.5.2.2. 
 A Figura 69 representa alguns exemplos de área de resgate.

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8. ESTUDOS DE VENTILAÇÃO NATURAL E INSOLAÇÃO


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9. DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA


PROPOSTA EDIFÍCIO HÍBRIDO SUZANO O projeto irá resgatar a qualidade de vida cotidiana, criando acesso a oportunidades que o próprio local proporcionará, criando um equilíbrio, requalificando um local abandonado. Aliada a todos os usos, a proposta não só criará um ambiente multifuncional, criará também um ambiente onde arte, negócios e o cotidiano se integram, criando energia que irá reverberar por toda uma área, constituindo em uma nova experiência para a cidade que necessita de mudanças. A proposta à ser desenvolvida tem como princípio a locomoção e circulação das pessoas, priorizando o caminhar e a fruição pública que é a área livre externa ou interna às edificações, que tem acesso direto ao logradouro público, com conexão aos espaços públicos que não é exclusiva somente aos moradores, mas também aos usuários. Assim, estimulando melhorar a oferta de áreas qualificadas para o uso público que privilegie o pedestre e promovendo o desenvolvimento de atividades com valor social, cultural e econômico.

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10. ANÁLISE MACRO DA ÁREA


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11. ESTUDOS DE CASO


11.1 DE ROTTERDAM / HOLANDA

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11.2 118 VIVENDAS EM COSLADA / ESPANHA

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11.3 CONCLUSÃO Nos estudos realizados, alguns elementos foram muito interessantes e fonte de inspiração para o desenvolvimento do TFG, o conceito da cidade vertical, a revitalização da região portuária da cidade e a criação de um ícone de desenvolvimento foram pontos importantes à serem estudados nessa obra, quanto ao Edifício de Coslada, foi a obra que mais me identifiquei, a implantação dos edifícios, proporcionando fruição pública, as soluções para o conforto térmico e aproveitamento da ventilação natural utilizando-se de uma pele metálica nos vários tons de cinza, a criação de uma praça suspensa, onde os habitantes teriam um outro local de vivência e além da passarela metálica vermelha, que “rasga” os edifícios, criando uma interação ainda maior entre os blocos e os residentes, característica ou mesmo um ícone do projeto de Coslada. Em Coslada, a utilização de um revestimento metálico perfurado foi importante elemento de estudo, além de melhorar o conforto térmico, filtrando a iluminação solar e permitindo a ventilação natural, a luz que penetra nos orifícios da pele metálica, cria nuances e permite criar sensações com a projeção da iluminação natural no interior da edificação. As calçadas, apesar de não ser uma rua compartilhada, elas possuem uma boa dimensão o que cria um maior conforto na circulação dos pedestres, além das disposições das edificações que criam uma praça de convívio para as pessoas que ali frequentam, proporcionando fruição pública. O estudo de caso do projeto do escritório OMA, a ideia de cidade vertical é muito interessante, pois existe um trabalho de densificar uma região que antes a área estava abandonada, a prefeitura trabalhou na revitalização da região portuária e criando um novo ícone para a cidade, mas para um edifício demasiadamente alto, com 150 metros de altura, possivelmente haveriam alguns problemas, dos quais foram identificados um problema que são as faces internas dos blocos dos edifícios, onde existe o problema da insolação, Praticamente uma face dos blocos tem o recebimento da iluminação natural prejudicada pela projeção do edifício central. De modo geral, os estudos ofereceram perspectivas diferenciadas que contribuíram em muito no desenvolvimento do projeto para o trabalho final de graduação, existem semelhanças os quais posso tirar como referência de aplicação e de estudos.

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12. FLUXOGRAMA


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13. DIAGRAMA DAS CONDICIONANTES PARA A PROPOSTA


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14. CONCEITO Com a proposta de melhorar a qualidade de vida das pessoas, reunindo em um mesmo local, as atividades de trabalho, lazer e moradia, proporcionando a ruptura da quadra, onde surge uma praça no meio do bloco, criando local de lazer e de atividades. O Edifício Híbrido Suzano tem a conexão como conceito, uma nova conexão para a cidade através da praça, onde existe a interação do trabalho, lazer e viver, criando possibilidades de circulações em vários níveis que permitem aos usuários interagir visualmente com o entorno por vários ângulos, proporcionando perspectivas diferenciadas a cada ponto da edificação, transpor em sua fachada uma ligação com o cidade, trazer a cidade para o edifício em uma representação que se compartilhe a experiência da cidade para um único espaço. A conexão também representada nas vias para o edifício, de uma forma natural, onde um caminho "verde" se abre no meio da via onde encontra-se com o edifício, ganhando suas paredes e se erguendo para o céu, mostrando seu lugar no meio da cidade. A conexão dos usos, natureza cria um novo conceito e dinâmica na forma de vida para a cidade.

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15. PARTIDO ARQUITETÔNICO O Edifício Híbrido Suzano tem como objetivo trazer um novo conceito de reunião de usos, fruição pública, traffic calming, visando na melhor qualidade de vida de seus habitantes e seus usuários. O partido desenvolvido vem de encontro com o conceito de uma cidade com conexões, através da fruição pública que conecta o exterior da quadra com o interior formada por caminhos criados com a paginação do piso, que induz o pedestre a caminhar pelo interior da edificação, os caminhos possuem desenhos que foram formadas por placas de concreto poroso, piso drenante, o mesmo leva ao encaminhamento à uma praça interna, onde é possível fazer paradas para o descanso ou mesmo usufruir do comércio e serviço existente no local, ao observar o entorno, logo é possível observar mais um elemento de conectividade, as passarelas metálicas, o elemento cria possibilidades de passeios em vários níveis do edifício, possibilitando criar perspectivas visuais diferenciadas a cada passo percorrido, criando um movimento de interatividade entre todas as pessoas ali presentes. A pele metálica que reveste as fachadas Leste, Norte e Oeste tem função de controle solar e aproveitamento da ventilação natural, o desenho remete-se ao sistema viário central do município de Suzano, estampando na pele do edifício a necessidade da cidade passar por transformações visando o melhor bem estar para seus habitantes.

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16. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


16.1 Cidade Compacta As cidades compactas podem ser compreendidas como sendo regiões onde as viagens realizadas diariamente sejam curtas, uma vez que o foco das cidades compactas está no desenvolvimento de áreas adjacentes às cidades já pré-estabelecidas. Além disso, uma cidade compacta é aquela que concilia tanto a capacidade do trânsito quanto sua densidade, ao passo que seu desenvolvimento passa, obrigatoriamente, tanto por um Plano Diretor quanto por um Desenvolvimento Orientado para o Trânsito (DOT). Vale ressaltar também que uma cidade compacta e integrada estimula o uso misto dos bairros, procurando sempre o equilíbrio entre oferta de serviços e moradia, além de ser plenamente focada na economia local, oferecendo aos seus moradores, primordialmente, qualidade de vida. 16.2 Traffic Calming Traffic calming, como a tradução sugere, são medidas para acalmar o tráfego, tratam-se de medidas planejadas com colocação de redutores físicos de velocidade em vez de lombadas eletrônicas e pardais. Na Alemanha, as medidas de traffic calming são combinadas com o aumento das áreas de pedestres nos centros das cidades e com um trabalho de formação de uma cultura voltada para a valorização das pessoas e não dos carros, e de uma plataforma cultural voltada para o respeito às questões ambientais. As principais medidas de redução de velocidade dos carros são as deflexões verticais e horizontais na pista, rotatórias, redução do raio de giro, a regulamentação de prioridades e as marcas viárias, combinadas com medidas de apoio. São elas: largura ótica, estreitamento de pista, faixas de alinhamento, superfícies diferenciadas, entradas e portais e ilhas centrais. Incluem a criação de espaços compartilhados, ilhas e calçadas, mobiliário e iluminação, medidas de paisagismo e regulamentação. Os materiais para pavimentação são de cores e texturas diferenciadas; o mobiliário urbano, a vegetação e o paisagismo são utilizados para valorizar a paisagem e a identidade cultural. As vias são niveladas com as calçadas para reduzir ou eliminar a preferência dos carros sobre os pedestres e, o principal: parte do espaço viário é para a circulação de bicicletas. Tudo combinado com medidas de gerenciamento e direcionamento de fluxos dos veículos motorizados e outros dispositivos. 16.3 Edifício Híbrido Edifícios Híbridos são edificações com estrutura capazes de agregar diversos programas, promovendo a interação de diferentes tipos de usos combinando atividades de esfera pública e privado. 16.4 Estrutura metálica treliçada As passarelas com estrutura metálica, podem ser a céu aberto ou receber uma cobertura. Fabricadas normalmente em monobloco, são capazes de vencer grandes vãos com o emprego de menos pilares intermediários — ou até mesmo dispensado os pilares. No caso de vãos muito extensos, podem empregar estais. Uma configuração típica e simples são as estruturas metálicas treliçadas.

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17. PROJETO


17.1 IMPLANTAÇÃO

IMPLANTAÇÃO

ÁREA = 6050 m² Taxa de ocupação = 3.1448,50 m² (52%) Índice de aproveitamento = 23.868,81 (3.94) Taxa de permeabilidade = 1.410,00 m2 (23%)

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17.2 PLANTAS

-7,00m.

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134 vagas de estacionamento, exclusivo para o setor habitacional.


-7,00m.

152 vagas de estacionamento, para o setor comercial e institucional.

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17.3 CORTES

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17.4 ELEVAÇÕES

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17.5 PAISAGISMO

A

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A


A

A

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Corte AA

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18. SISTEMA CONSTRUTIVO O sistema construtivo utilizado é estrutura em concreto armado (pilares e vigas) , lajes maciças, vedação em alvenaria e grandes caixilhos nas áreas comerciais e escritórios, fechamento com pele metálica para proteção com relação a orientação solar, as passarelas e escada que se inicia no segundo pavimento ao quarto pavimento, serão utilizadas estruturas metálicas.

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19. DETALHES ARQUITETÔNICOS

19.1 PASSARELA METÁLICA

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19.2 PELE METÁLICA

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19.3 JARDIM VERTICAL

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20. TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE 20.1 PELE METÁLICA O painel perfurado para arquitetura é um produto inovador utilizado em obras de arquitetura contemporânea que buscam uma solução estética e funcional na concepção de fachadas. Trate-se de um produto configurado em chapas metálicas com perfurações em diferentes padrões, que podem inclusive ser personalizadas, possibilitando a conformação de desenhos, figuras geométricas, imagens publicitárias ou mensagens escritas. Além de suas singulares qualidades estéticas, o painel perfurado para arquitetura permite a proteção das fachadas contra a incidência solar direta e proporciona a ventilação da envoltória, por isso é utilizado como elemento de revestimento de fachadas com a função de controlar a temperatura interna das edificações de modo a atender requisitos de conforto ambiental. O painel perfurado permite ainda a permeabilidade visual através de suas perfurações, ao passo que protege a privacidade dos ambientes internos, de forma a criar uma segunda pele – ou uma membrana permeável – em edificações marcadas por uma solução de vanguarda e atentas às questões de conforto térmico e lumínico.

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20.2 MADEIRA ECOLÓGICA

É um material semelhante à madeira e que é fabricado a partir da reciclagem de vários tipos de plástico, que são processados e pigmentados para chegar a um novo material, sólido com uso idêntico aos da madeira, podendo ser pregada, parafusada, rebitada ou colada. É uma solução 100% ecológica que respeita o meio ambiente, ajudando a eliminar o lixo plástico e desmatamento indevido de nossas florestas. Além de não absorver quase nada de umidade, a durabilidade e a resistência do material são as características mais notórias da Madeira Plástica. É resistente ao sol, à corrosão, chuva, poeira e pode ser mantida em contato permanente com o solo. É também imune a pragas e não mofa ou cria fungos, pois praticamente não absorve umidade. No quesito segurança, a Madeira Plástica ainda se destaca por não soltar farpas ou rachaduras, e é extremamente resistente ao tempo. Outra grande vantagem do produto é ser livre de manutenção e pinturas, pois o material já pode ser comprado na cor desejada.

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20.3 PISO DRENANTE O Piso Drenante de concreto para pavimentos intertravados é feito com concreto poroso, por onde a água é drenada, o que garante pisos permeáveis e drenantes. Além de atérmicos e antiderrapantes, contribuem para um ambiente mais sustentável pois são os pisos mais ecológicos atualmente no mercado, além de permitirem um melhor escoamento das águas das chuvas, reduzindo com isso 100% das enxurradas, e ajudando a combater as enchentes e inundações. Perfeitos para ambientes externos, podem ser usados em espaços públicos ou privados, como calçadas ecológicas, praças, garagens, estacionamento, passeios, entre outros usos. Possuem alta aderência e alta resistência ao atrito (principalmente em rampas), e podem ser utilizados até em locais de manobra e trânsito de veículos. Uma alternativa ecológica aos demais pisos encontrados a venda no mercado, os pisos drenantes são uma prova de que a preservação dos recursos naturais pode ser realizada em cada gesto, incluindo as etapas da construção. Os produtos ecológicos representam possibilidades de bons negócios e não comprometem a residência de uma propriedade.

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21. IMAGENS DIGITAIS


21. IMAGENS 3D

Vista a partir da rua FelĂ­cio de Camargo (face norte)

Vista da entrada da mediateca (face noroeste)

Entrada para o edifĂ­cio (face nordeste)

Passarelas

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Vista do aérea do edifício (praça)

Passarela

Corte do edifício

Passarelas e a praça

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Vista do interior das salas comerciais

Face oeste

Jardim vertical e entrada norte

Praรงa

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REFERÊNCIAS


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9077:

Saídas

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