Revista Santa Ink - Ano 4 - N7 - JUNHO.2018 by Revista Santa Ink

editorial

LACROU...! N

essa sétima edição da revista SANTA INK, já começamos falando do lacre que foi ter Steve Butcher na 5ª Convenção Internacional de Tatuagem de Joinville, que aconteceu em Novembro de 2017. Não teve quem não se perguntou se ele viria mesmo e ele veio, e ministrou dois dias de workshop para os mais renomados artistas brasileiros que curtem o seu trabalho hiper-realista colorido. E a outra super novidade foi a Convenção Internacional de Tatuagem ganhar o título de Itinerante, e começar essa viagem pelo maior parque de diversões da América Latina, o Beto Carrero World, que acontecerá de 7 a 9 de setembro de 2018, com muita diversão para os próprios tatuadores e expositores (um dia antes). As Musas Brasil Tattoo - Melissa Ferraz e Luciana Martins que o digam, pois elas já estiveram no parque e já saborearam a adrenalina de lá... Imagina com tinta, barulhinho de máquina e aquela galera linda da convenção!! E é por essa motivação que o tatuador Maga, proprietário do studio Maga Tattoo Shop, idealizador da Convenção, da Revista, e da Tattoo Beer, sempre esteve e está em busca de novidades e do melhor para a profissão, e que além de reunir tanta gente boa da tattoo e piercing, em 2016 foi eleito o Presidente da Associação de Tatuadores e Piercers de Santa Catarina (ATPSC) e promete buscar melhorias para os profissionais do Estado. Dá um confere nessa matéria!! E claro, em todas as outras também, porque tem muita informação da hora, muita tattooooo e muito mais!!!

capa Melissa Ferraz e Luciana Martins Foto: Arlei Schmitz

diretor geral Sandro Chaves magatattoo@hotmail.com.br

COORDENAÇÃO Vanessa Costa Freitas magatattooshop@outlook.com

Reportagem e revisão Redação Santa Ink

fotos Arlei Schmitz, Nei Hanke e Elton Costa

projeto gráfico André Silva / AS3D DESIGNER andre@as3d.com.br

tiragem 5.000 exemplares / Gráfica Mayer anuncie na SANTA ink Sandro Chaves | 47 3433-4542 magatattoo@hotmail.com.br opiniões comercial@santaink.com.br

santa ink é uma publicação com distribuição dirigida e gratuíta. todos os direitos são reservados. reprodução total ou parcial estão proibidas. não nos responsabilizamos por conteúdo publicitário dos anúncios veículados nesta edição assim como opniões assinadas pelos colunistas.

índice

nossa capa

convenção

Luciana Martins e Melissa Ferraz

TATUAGEM

Samurai Tattoo

5ª CONVENÇÃO INTERNACIONAL DE TATUAGEM DE JOINVILLE

CONCURSO TATUAGEM

body piercing

PENHA

CITI 2018

ATPSC

mÚsica

CONHEÇA OS GANHADORES

Piercer Bambino

Conheça a cidade sede da Citi 2018

Agora somos itinerante

Regulamentação

Vinil e DJ / Profissão DJ

manto na pele

Entrevista com o flamenguista tatuado Maurício

Fotos: arlei scHmitz

eNtRevista mUsas bRasil tattoo

Melissa Ferraz & Luciana Martins toDa beleza e exUbeRÂNcia De Nossas mUsas em Um bate papo pRa lá De DescoNtRaíDo

melissa feRRaz 26 aNos, tatUaDoRa, NatURal De assis/sp

SI – Como vê os desfiles de tatuagem hoje em dia? M – Vejo como um incentivo para as lindas mulheres tatuadas mostrarem sua beleza e sensualidade. Como o poder se expressar, nas passarelas. SI – Como foi desfilar no Musa Brasil Tattoo e hoje estar representando as mulheres tatuadas do Brasil? M – Foi maravilhoso, um sonho realizado. Meu conselho pra essa mulherada linda é que devem ir com tudo! Mostrem que vocês têm o poder da atitude e amor ao próximo. Façam valer à pena cada segundo. Ser Musa é uma honra, é maravilhoso. SI – Você sofre preconceitos em relação às suas tatuagens? Se sim, como você lida com isso? M – Não sofro, mas se sofresse, não ligaria para a opinião dos outros e continuaria fazendo o que gosto. O preconceito não leva a nada. Somos todos iguais. Somos batalhadoras, guerreiras e independentes, e todas nós temos nossa essência, independente de cor, raça ou classe social.

SI – Como foi, para você, o ensaio fotográfico no Beto Carrero World? M – O ensaio foi fantástico, com muita cor, muita alegria e muita diversão.

lUciaNa maRtiNs

lheres tatuadas, uma maneira de mostrar que ela é dona de si mesma, que ela “dá de ombros” para os padrões e para os que pensam errado a respeito do seu visual, da sua aparência.

Si – como é pra você, ser uma das representantes do musa brasil Tattoo? LP – É um enorme prazer! Sinto uma imensa satisfação em saber que sou inspiração para muitas mulheres, pois com os desfiles de mulheres tatuadas, temos essa oportunidade de mostrar a beleza, valorizando a arte e os profissionais da área, quebrando tabus e preconceitos.

Si – como foi, para você, o ensaio fotográfico no beto carrero world? L – O ensaio para mim foi um privilégio. além de fazer fotos maravilhosas, ainda aproveitamos o dia para nos divertir no parque. Foi um dia memorável, célebre!

37 aNos, aDmiNistRaDoRa, NatURal De cURitiba/pR

Si – já que você falou do preconceito, você sofre preconceitos em relação às suas tatuagens? LP – Não sofro, mas é normal as pessoas ficarem olhando quando entro em algum estabelecimento. acho que o preconceito ainda existe, mas está diminuindo. Hoje vejo um cenário muito mais positivo de quando fiz minha primeira tattoo há 19 anos atrás, quando tinha que esconder para ir trabalhar. Inclusive, vejo nos desfiles de mu-

Si – fale como foi desfilar no musa e já aproveite para deixar um recadinho para as próximas mulheres que almejam esse título. L – O concurso é muito concorrido, não é fácil disputar o título com as tatuadas mais lindas do Brasil, mas foi muito legal, fomos muito bem recepcionadas e apesar de ser um concurso, o clima estava bem tranqüilo, me diverti bastante! E o meu recado é: - acredite que você é capaz, mas acima de tudo, tenha respeito, humildade, carisma, autoconfiança e atitude. acredite no poder feminino e na beleza da arte da tatuagem! 11

samurai entrevista

tattoo Por Redação Santa Ink

Há muitos artistas brasileiros se destacando em vários estilos, mas se falando de black in grey, Samurai Standoff evoluiu e “muito” com sua aplicação suave e definida, sem deixar marcação das agulhas, e vem chamando a atenção de muita gente por aí, e claro, com ótimos trabalhos.

“

Estou há 7 anos trabalhando com tatuagem, outro estilo que eu gosto sem ser o preto e cinza, é o realismo colorido.”

entrevista | Samurai Standoff Si - primeiro queremos saber o por quê de “samurai”? Quem deu este apelido? Samurai Standoff - Este apelido vem desde a época de escola, sem nenhum motivo aparente, mas acho que combinou bem com a tatuagem e o mais louco é que o pessoal só achava que eu fazia o estilo oriental pelo apelido.

SS - Eu costumava usar bobinas para fazer os traços, mas com o tempo fui abandonando e hoje em dia só uso rotativas, mas o barulho da bobina dá saudades. Si - as suas criações vêm de desenhos que vc mesmo faz ou prefere trabalhar com programas de computador para montagem de desenhos? SS - Trabalho só com montagens de fotos no Photoshop.

Si - qual seu tempo na área da tatuagem? E qual estilovocê prefere tirando o pb? SS - Estou há 7 anos trabalhando com tatuagem. Outro estilo que eu gosto sem ser o preto e cinza, é o realismo colorido, confesso que não sou bom com cores, mas é o estilo que aprecio muito.

Si - cite algum artista que você admira e tem suas inspirações. SS - David Vega, Dmitriy Samohin, Ralf Nonnweiler, Paul Booth.

Si - em relação às mÁquinas você usa bobinas ou rotativas?

Si - o quanto foi importante os workshops e seminários que

você participou? Você também, atualmente, ministra turmas para workshop? Qual é a sua dinâmica de ensino? SS - O unico workshop que eu fiz foi de realismo colorido. Sim ministro workshops, mas procuro fazer no máximo 3 workshops por ano, e a dinâmica que uso é relacionado a rotina do meu dia a dia, mostrando os materiais e técnicas que uso para todos os trabalhos.

Si - em relação às convenções de tatuagem no brasil, qual sua opinião? E o que é preciso melhorar? SS - Na minha opinião a Convenção Internacional é umas das melhores do mundo em questões ao nível dos artistas que participam nela, e devia melhorar a divulgação para o público que não faz parte da tatuagem.

Marcada na pele e no coração Convenção Internacional de Tatuagem de Joinville

Cinco anos de muita arte na pele e cultura. A 5ª Convenção Internacional de Tatuagem de Joinville já é a segunda maior da América Latina e conhecida em todo país. O interesse do público em geral, por tatuagens e bodypiercings também vem crescendo a cada ano e, por isso, 400 tatuadores marcaram a pele e a presença na 5ª edição do evento. As atrações foram as mais variadas. Entre as 30 horas de programação, no Expocentro Edmundo Doubrawa, diversos workshops, palestras, cursos, seminários, campeonatos, carros e motos customizadas e concursos, animaram os visitantes. A 5ª Convenção Internacional de Tatuagem de Joinville reuniu os mais renomados artistas brasileiros e diversos estrangeiros, como: o espanhol Adry Sanches, vencedor do prêmio Best of Show, promovido na Convenção de Tatuagem de Amsterdam em 2016. Também, Bullet Bg, da Bulgária (residente em Portugal), que ministrou workshop na categoria Preto e Cinza, Hankey Jee, da Holanda, o americano Jeff Farmer, Toshio Shimada, Theo Pedrada, o chileno Gabriel Puas, o argentino Sebastian Montagut, dentre outros. As tendências e arte na pele foram uma atração à parte. Centenas de visitantes aproveitaram para fazer suas tattoos com tatuadores de alto nível. O neozelandês Steve Butcher foi um dos destaques da convenção. Talentosíssimo, Steve começou a tatuar em 2011, é conhecido mundialmente por tatuar imagens hiper-realistas de jogadores da liga norte-americana de basquete (NBA), como Magic Johnson, 17

Steve Butcher

West Auckland | Nova Zelândia

“

Eu nunca trabalhei em outro emprego. Eu fui para a escola de arte depois do colegial por quatro anos e me formei bacharel em artes plásticas e logo depois que me formei, consegui meu primeiro emprego na Streetwise em New Market, Auckland.”.

Bullet BG

Lisboa | Portugal (Natural da Bulgária)

“

Fiz um livro que conta com mais de 52 folhas, 50 desenhos digitais em preto e cinza. A maioria deles está relacionada a religião, mitologia, guerra, morte, rostos humanos, animais e muitos outros”.

Adry Sanchez Madrid | Espanha

“ 18

Eu simplismente gosto de tatuar. Não tenho preferência nenhuma por algum tipo de desenho específico”.

Michael Jordan e James Harden. Os desenhos que parecem estar saindo do corpo atraíram diversos olhares do público. “Amei o país, a cidade, a gastronomia e as pessoas. A convenção de Joinville foi muito bem organizada. Com certeza, vou voltar”, afirmou Steve que participa de várias convenções do segmento pelo mundo e tem como paixão o hiper-realismo colorido. Durante os dias 10, 11 e 12 de novembro, mais de 7 mil visitantes prestigiaram o evento que teve uma programação extensa e variada. “Todo ano procuramos inovar. A novidade para 2018 é que o encontro será itinerante. A CITI, Convenção Internacional de Tatuagem Itinerante, será em setembro no parque do Beto Carrero World. Vamos fazer um evento super diferente que agrega diversão, entretenimento, confraternização e os melhores tatuadores do Brasil e do exterior”, aposta o organizador do evento, Sandro Chaves, mais conhecido como Maga Tattoo.

3 1. Ganhadores do concurso de tatuagem 2. publico interagindo com as atrações

6. workshop de piercing

9. JURADOS MUSA BRASIL TATTOO

4. show do rapper eduardo tadeu

7. Staff Convenção internacional de tatuagem

10. Concurso miss pinup

5. workshop hiper realismo com steve butcher

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3. grupo de dança maniacs crew

8. sabrina boing boing

11. CONCURSO MUSA BRASIL TATTOO

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9 10

CONCURSOS A 5ª Convenção contou com dois concursos de beleza: o Musa Brasil Tattoo e o Miss Pin-Up 2017. “O concurso Musa Brasil Tattoo foi bem concorrido e todas mostraram o poder da mulher e diferentes padrões de beleza”, explicou a DJ Sabrina Boing Boing, madrinha e apresentadora do concurso. Além dos concursos de musa e pin-up, também foram premiadas 21 categorias no concurso de tatuagem, que é o ápice do evento, e conta com as categorias: série de desenho preto & branco, série de desenho colorido, old school, caligrafia, costas, oriental, biomecânico, new school, tema brasileiro, colorido, comics, neo tradi, portrait, preto e cinza, tribal/maori, realismo, pontilhismo, melhor do evento, melhor procedimento piercing, melhor máquina de tatuagem e melhor stand decorado.

Por que procurar um perfurador corporal profissional para colocar um piercing? Entusiastas, apaixonados e interessados em geral que queiram perfurar, sugiro que tenham em mente que é fundamental antes de perfurar alguém, ter as noções adequadas para desempenhar um trabalho adequado. Conhecimento sobre biossegurança, observando procedimentos de segurança ao lidar com sangue, e fluídos corporais, protegendo sua integridade, o meio ambiente e preservando a saúde e a vida humana, estando atentos à contaminação cruzada, sendo a manipulação inadequada de artigos que podem causar doenças direta ou indiretamente. A contaminação cruzada pode ocorrer na área de trabalho pela falta de preparo ou mesmo atenção. Para não se contaminar, ou os outros, com mais de 70 tipos de doenças transmitidas pelo sangue, quem trabalha com a arte corporal precisa estar preparado para lidar com isso. Além de infecções aparentes se pode causar danos permanentes à saúde de amigos, colegas ou mesmo estranhos, ao longo prazo. O piercing mal feito, mal cuidado ou não se observando a pessoa pelo seu histórico de saúde, pode causar cicatriz, quelóides ou abcessos. Doenças graves como hepatites c, b ou aids são silenciosas. Até que o corpo esteja com sua saúde comprometida elas 26

precisam de tratamentos difíceis, pela vida toda, e são tratamentos caros que contam com muita mortalidade, ou ainda o hpv que pode se manifestar interiormente e externamente pelas verrugas, e são problemas de saúde pública. Outro foco para instrução básica são os primeiros socorros. Para saber como lidar quando há desmaios ou hemorragia. Essas são informações mínimas, como uma base, e quem quer oferecer excelência estuda muito mais técnicas e protocolos. Assim como fisiologia da pele, para lidar com este que é o maior órgão do corpo humano e nosso campo de trabalho, lidar com doenças de pele e anatomia, como introduzirmos nesse meio, fazê-lo aceitar, cicatrizar e interagir com adornos de metal e outros materiais biocompatíveis, além da parte da perfuração que é o objetivo, mas não é o meio e nem o fim. Todas as jóias usadas precisam estar esterilizadas em autoclave, não só porque a lei manda, mas para tornar a cicatrização melhor, mais confortável e rápida. E no fim quanto ao material usado à destinação de lixo infectante, a agulha usada não ser reaproveitada em várias pessoas e não ir para o lixo comum, podendo causar acidentes ambientais com agulhas contaminadas em sa-

POR Fabrício Cardoso 39 anos natural de Florianópolis Piercer Bambino profissional desde 2001 atuando em Santa Catarina

Primeiro Bolsista e voluntario brasileiro na associação americana de piercers profissionais APP em 2016 na 21ª conferencia feita em Las Vegas USA, maior evento de piercing profissional do mundo e entidade reconhecida internacionalmente.

cos de lixo. Perfuradores corporais não são atendentes de balcão e tatuadores podem fazer piercings e muitos os fazem, porém cabe dar prioridade a fazer um trabalho limpo e adequado. Toda pessoa interessada pode se especializar, porém piercers que exercem a profissão com exclusividade normalmente estudam muito mais, oferecendo mais opções e procedimentos mais complexos tanto quanto avançados, mais capazes para lidar melhor com problemas que podem ocorrer, tem mais recursos e investem mais. Temos uma oferta de material de trabalho usado na saúde sendo vendido para adolescentes e pessoas leigas sem preparo nenhum ou consciência de quanto é serio mexer com o corpo mis-

turando fungos, vírus e bactérias com sangue além de poder causar danos físicos e causar traumas psicológicos. Cada ser humano é único e tem a sua percepção de mundo e se afeta de forma diferente do outro. Perfurações corporais mal feitas causam traumas como cicatrizes que ocasionam complexos e vergonhas diante da sociedade. Profissionais capacitados estão cientes disso minimizando riscos e danos. Toda pessoa que se propõe a realizar perfurações corporais em si mesmo assume o risco de que se der errado ninguém será lesado além dela mesma e se sujeita a isso, ciente, faz parte da experiência. 35 anos atrás punks usavam alfinetes de um dia para o outro porque queriam ter seus adornos e sabiam que isso infeccionaria com o passar do tempo, por não terem conhecimento e recursos. Assepsia básica faz a diferença entre o sucesso e o fracasso e muitas vezes gera dor e sofrimento. Mas isso foi lá atrás, hoje tudo se desenvolveu. Conhecimento e experiências como aquelas dão alicerce para o que usamos hoje, como técnicas de aplicação e esterilização, estrutura, fornecedores de jóias, instrumentais e equipamentos. Temos parâmetros dentro de normas, tanto de material como luvas, agulhas e autoclaves, que necessitam de registros após aprovação de agências de saúde do governo. Leis já estabelecem em muitos estados que a prática da perfuração corporal necessita de ambiente adequado e sua realização mesmo que sendo feita por hobbie, diversão ou mesmo com finalidade comercial

é uma arte que envolve técnica e saúde. Cada vez mais profissional em um extremo e mais banalizada em outro extremo. Um dos principais fatores que fazem as pessoas procurarem especialistas são o conforto e a segurança, preservando sua saúde. A diferença é que em menos de um minuto a jóia está no corpo, e do jeito caseiro pode levar mais de uma hora, ou seja, sofrimento desnecessário. De qualquer maneira cabe a cada um se informar e procurar o que considera melhor para si, e não ter atitudes irresponsáveis, e sim procurar se orientar. A vontade de adornar o corpo é tranqüila e se bem feita e cuidada com responsabilidade se torna uma satisfação grande e também uma forma de superação.

atenção !!! Quem faz um piercing sem cuidados em você não é seu amigo e nem está sendo legal contigo. Está sim fazendo um mal, te expondo a risco e pode ser responsabilizado por:

Imperícia sendo a falta de habilidade ou experiência necessária para a realização de certas atividades e cuja ausência, por parte do agente, o faz responsável pelos danos ou ilícitos penais advenientes.

Imprudência é um comportamento de precipitação, falta de cuidados, se relaciona à culpa, e não ao dolo.

Negligência é falta de cuidado, falta de atenção; desleixo.

especial penha

penha

LAZER, DIVERSão e descanso

esperam por você A cidade de Penha é o cenário ideal para momentos de lazer, diversão e descanso. Localizada no litoral norte de Santa Catarina, conta com 19 belíssimas praias – o maior número do estado – e concentra o maior parque multitemático da América Latina – o Beto Carrero World, um mundo mágico de entretenimento. Outro destaque fica por conta da gastrono-

mia típica a base de frutos do mar. A cidade é uma das principais criadoras de mariscos do país e seus restaurantes apresentam pratos saborosos e diferenciados. A cultura açoriana está presente por toda a parte, através das festas, da dança, das tradições e dos costumes simples do seu povo, além do carisma de sua gente que sempre recebe os turistas de braços abertos. Cenários ecológicos de rara beleza e de tranqüilidade são as pedidas certas para férias ou finais de semana com toda a família ou com amigos. Quando o assunto é infraestrutura, a cidade está pronta para receber visitantes dos mais diversos lugares do país e exterior. Hospedagem, gastronomia, lazer, compras, serviços de apoio são algumas das opções que oferece.

um pouco da história do município Berço nativo dos índios Carijós, o marco inicial do povoado foi a construção da Capela de São João Batista, em 1.759 no local denominado Itapocoroy (derivado do guarani “Itapocorá”, cujo sentido define como sendo “parecido com um muro de pedra”). A região de Penha foi co30

lonizada a partir do século XVIII com a invasão pelos espanhóis da Ilha de Santa Catarina (Florianópolis), por pescadores portugueses - na maioria açorianos - fugindo dos invasores e que procuravam novos locais para a caça e beneficiamento de baleias. A Armação do Itapocoroy tornou-se

então sede, na época, de uma das maiores armações baleeiras do sul do Brasil. A comunidade de Itapocoroy, por ter “status” de armação baleeira e sendo, portanto, um empreendimento particular, não pode ser elevada à freguesia durante o período em funcionamen-

CRONOLOGIA HISTÓRICA

1715

Desembarque na Praia de Itapocoroy do Sargento Mor Manoel Gonçalves de Aguiar, com a missão de reconhecimento da costa catarinense, seguindo a pé até São Francisco do Sul, para capturar criminosos na região.

1739

O navio Senhor dos Perdões e Santana com contrabando de bebidas, é apreendido por tropas do Governador da Capitania de Santa Catarina, após descarregar centenas de barris de aguardente e vinho na enseada de “Tapocoroya”. (denominação registrada do episódio).

to como empreendimento empresarial. Uma nova comunidade, criada a seis quilômetros da Armação por moradores deslocados de núcleos de Itapocoroy, teve progresso suficiente para ser elevada à categoria de freguesia em 23 de março de 1839, com o nome de Freguesia de Nossa Senhora da Penha do Itapocoróy. No século XIX a caça da baleia entrou em crise e foi substituída pela pesca artesanal e comércio rudimentar como subsistência. Penha assume em definitivo a liderança como a sede da comunidade No dia 21 de junho de 1958 foi elevada à categoria de município, efetivamente instalado em 19 de Julho do mesmo ano. Os primeiros dados populacionais são de 1840, quando tinha 1.640 habitantes e no século atual, em 1920 tinha 4.830 habitantes Seu desenvolvimento turístico teve início na

1777

A invasão espanhola da Ilha de Santa Catarina resulta também em uma invasão de gente nova em Armação de Itapocoroy; portugueses que foram obrigados a suspender a pesca da baleia na Ilha, escolheram Armação do Itapocoroy para abrigar o complexo para a captura de baleia.

1820

1900

Criação do Distrito Policial.

1860

Designação de Penha, Distrito de Itajaí.

1839

Criação da Freguesia de Nossa Senhora da Penha de Itapocoroy.

1759

Fundação da Capela de São João Batista, em Armação do Itapocoroy

1958

Conquistada a autonomia política, com a instalação do município.

década de 70 e hoje sua população gira em torno de 20 mil habitantes, chegando a passar dos 100 mil durante a temporada de verão. Uma nova fase do Município começou a ser vivida com a instalação do Beto Carrero World - maior parque temático da América Latina e quinto do mundo. Penha, palco da 6º CITI (Convenção internacional de Tatuagem Itinerante) em expansão, vê surgir uma infra-estrutura na parte de hotelaria e restaurantes, enquanto cresce também a maricultura - cultivo de mariscos.

Visita do notável sábio francês Auguste de Saint”Hilaire em Armação de Itapocoroy, a quem dedicou um capitulo especial em seu livro “Viagem à Província de Santa Catarina”.

1815

O Arraial de Itapocoróy, então conhecido como Armação é elevado a Curato.

1835

Criação do Distrito Judiciário, e o primeiro Juiz de Paz Luiz Rodrigues Ferreira.

1834

Elevação a Distrito de São Francisco do Sul.

1825

Construção da Capela Nossa Senhora da Penha,

Diversão e atrações vão movimentar a cidade de Penha em setembro

Vem aí

6ª Convenção Internacional de Tatuagem Itinerante xxxxxx

A Convenção Internacional de Tatuagem de Joinville cresceu e foi além das fronteiras. Agora ela é a CITI - Convenção Internacional de Tatuagem Itinerante - e vem com uma nova proposta: explorar outras cidades, levando muita arte na pele e diversão por Santa Catarina. Para a primeira edição fora de casa, nada mais divertido que o maior parque temático da América Latina. A primeira casa da CITI será o Beto Carrero World. Entre os dias 6 e 9 de setembro, Maga Tattoo e sua equipe pretendem proporcionar aos visitantes e expositores 34

uma experiência diferente. “Vamos agregar diversão, entretenimento e confraternização. Sem contar as atrações que já são tradição como os melhores tatuadores do Brasil e Exterior, concurso de tatuagens; o super esperado Musa Brasil Tattoo, exposições, praça de alimentação completa, encontro de carros antigos, feira de pulgas, shows com bandas e muito mais”, comemora Sandro Chaves, o Maga Tattoo. O primeiro dia do evento será para os tatuadores e os expositores se divertirem no parque e em

um campeonato no Kartódromo Internacional. O local escolhido para esta 6ª edição do evento tem toda a infraestrutura para receber convidados, expositores e visitantes. Além da diversão proporcionada pelo parque, a cidade de Penha (SC) conta com praias maravilhosas, aeroporto próximo e fácil acesso pela BR-101. Os estandes estão à venda somente para tatuadores profissionais e empresas do segmento, com passaportes para o parque já inclusos. Segundo Maga, a expectativa é receber mais de 15 mil visitantes: “a CITI promete conquistar o público”. Para mais informações sobre a programação, acesse o site do evento: www.tattoociti.com.br e as redes sociais oficiais da 6ª Convenção Internacional de Tatuagem Itinerante.

manto na pele Quando falamos de tatuagem vem a mente desenhos de vários estilos e muita criatividade, porém a tatuagem vem sempre trazendo novidades, quebrando tabus e também muita coisa inusitada, e em Joinville um torcedor fanático tinha um sonho de ter a camisa do seu time do coração, tatuado, isso mesmo, tatuado!

entrevista | josé mauricio dos anjos Santa ink — mauricio como foi a idéia de tatuar a camisa do Flamengo por completo, e como sua família reagiu com esse seu sonho? Mauricio DOS ANJOS — sempre tive essa vontade de tatuar a camisa do Flamengo. Era um sonho desde pequeno. Minha família no começo foi bem relutante, não queria de jeito nenhum, mas foi indo, dei tempo ao tempo, até que um dia minha esposa cedeu e foi onde começou tudo, e agora me apóia sempre.

comentei que tinha essa vontade, esse sonho, de tatuar a camisa inteira do Flamengo, onde ele virou pra mim e disse: cara, se você quer tatuar mesmo a camisa, eu tatuo pra você. Daí eu disse: cara, mas eu não tenho esse dinheiro, então ele disse: fizemos assim, eu tatuo pra você e em troca eu quero a divulgação do meu trabalho, e foi onde tudo começou, porém só fiz uma pequena parte e depois mudei de tatuador, onde o Maga deu continuidade e terminou toda a camisa pra mim.

Si — o que o tatuador achou quando você chegou com a idéia de fazer este trabalho? MA — no início fui para fazer uma pequena tattoo no braço e no dia 38

Si — na primeira foto que você postou em rede social, qual foi a reação das pessoas? Sabemos que houve muitos comentários negativos

e até ameaças, como foi e como está hoje a sua relação com essas situações? MA — quando postei a primeira

foto dos primeiros traços deu uma repercussão muito grande que eu não esperava, tanto dentro como fora do país. Quanto aos comentários, já sabia que iria ter (não tanto como foi, mas sempre alguém vai falar, então falem bem ou falem mal mas falem de mim), respeito a opinião de todos até um certo limite. Hoje continua a mesma coisa, claro com bem menos insultos, e muitas pessoas param e até me dão parabéns pela coragem e pelo amor ao time. Si - qual o tempo total de tatuagem? E em relação a dor, quais as partes mais doloridas? MA — cada sessão leva em torno de 3 a 4 horas. Sinto dor claro, estaria mentindo se dissesse que não. As partes que mais senti dor foi a costela, pescoço e na parte de trás das costas (espinha). Si - a diretoria do Flamengo já te procurou? Como foi sua visita no ct do Zico? MA — quanto ao Flamengo já tentei entrar em contato por e-mail e por telefone, mas não tive nenhum posicionamento a respeito e ainda estamos no aguardo, quem sabe agora com ela finalizada teremos uma resposta positiva, mas não fiz isso em troca de algum benefício, fiz porque era meu sonho desde menino. E agora quem sabe pode ser a propaganda do Flamengo!! Minha ida ao ct do Zico ainda procuro palavras pra descrever a emoção que senti ao entrar lá, ao estar ao lado de um ídolo; é inexplicável o carinho e a recepção que tive, o Zico foi muito atencioso, e quando autografou a tatuagem, arrepiou, o coração foi a mil.

Sou grato por ter 40% do meu corpo com as cores do Flamengo. VERMELHO e PRETO! Si - é possível que você entre para o guinness, livro dos records, como a única pessoa a ter uma camiseta de time tatuada por completo? MA —se é possível só eles poderão dizer, mas vou tentar que tudo dê certo. Acredito que somente eu tenha a camisa por completo, porque essa prova de amor só um torcedor do Flamengo é que pode dar. (risos)

Si - você já é muito conhecido e famoso por sua atitude, como você lida com isto? Deixe um recado pra galera. MA — eu continuo sendo o que eu sou, isso não vai mudar. Tento responder a todos, em forma de mensagens, e-mails, telefonemas, grupos de whatsapp e vídeos, sempre que eu posso. Sou Flamengo acima de tudo e pertenço à nação rubro-negra. Ser Flamengo faz parte do meu ser, do meu viver, e principalmente da minha personalidade! Só tenho a Si - e os torcedores do agradecer a todos que me acompaFlamengo, como é sua nham nas redes sociais, com o projerelação com as embai- to manto na pele, seja no instagram, xadas? facebook, twitter e no canal do youMA — todos os torcedores me pa- tube, eles não seriam um sucesso se rabenizam pela demonstração de não fossem vocês que me seguem, amor ao clube e às embaixadas. que compartilham meu sonho coRecebo convites para participar de migo! Também não posso deixar de eventos e sou muito grato por isso, agradecer aos apoiadores que sempor eles reconhecerem o meu proje- pre estiveram comigo e acreditaram to manto na pele. nesse projeto manto na pele! 39

REGULAMENTAÇÃO

ATPSC

Representando o tatuador e o body piercer Após dois anos a ATPSC está crescendo, em passos curtos, pois ainda existem muitas dúvidas sobre o que realmente a associação faz e o que ela representa para um tatuador ou piercer. Pois bem, temos em nosso Brasil todos os materiais regulamentados, mas a nossa profissão não! Temos a cada dia, mais oportunistas querendo ganhar dinheiro oferecendo serviços muito ruins, com altos riscos de infecções e contágios de inúmeras doenças! Mais de 70% de estúdios de tatuagem de sua cidade não possuem alvará sanitário ou seguem qualquer tipo de regulamentação exigida pela vigilância sanitária e outros órgãos necessários. A maioria não tem sequer qualquer estudo sobre biossegurança, legislação, noções de desenho, ética profissional e outros vários fatores que a profissão exige. Há anos estamos acompanhando vários acontecimentos negativos denegrindo aos que trabalham de maneira correta. Então, foi fundada em Santa Catarina, a “ATPSC”, com o objetivo de reverter tudo o que foi citado acima! Temos o direito de sermos regulamentados, pois os impostos são pagos como

em qualquer outra profissão, e dessa forma, queremos ser respeitados. E a ATPSC tem o propósito de fazer com que seus associados sejam referência em suas cidades, e temos a obrigação de fiscalizar nossos associados e manter a excelência dos serviços prestados. Além disso, o associado conta com vários benefícios, como: - loja com selo da ATPSC, carteirinha e certificação; - descontos para participação em convenções parceiras que fazem um trabalho sério; descontos em entradas de convenções (como visitantes); - descontos em workshops e seminários com profissionais parceiros; -palestras gratuitas; - assessoria jurídica. Ainda, estamos em busca de convênios, como: planos de saúde, compra de materiais e equipamentos, etc., e sempre em busca de novos convênios que incentivem a profissão de todas as formas. Já temos muitos associados, mas precisamos de mais força para que alcancemos os nossos objetivos. Convidamos você a associar-se! Em breve nosso site estará a disposição, com informações sobre a associação. Para se cadastrar entre na página da ATPSC e envie seu cadastro online.

Para mais informações, mande um email para : contatoatpsc@gmail.com ou ligue para 47 3433-4542 Curta nossa página no Facebook para ficar por dentro das novidades! FACEBOOK: ATPSC | INSTAGRAM: @CONTATOATPSC

música

VINIL & dj Sejam bem vindos, hoje vamos falar sobre o disco de vinil e o que é ser um DJ.

Dia 20 de abril, o Brasil comemora o Dia do Disco e que por várias décadas, desde sua criação em 1948, ele foi a principal mídia de reprodução de áudio, quatro tipos de disco costumavam ser produzidos durante o auge do vinil: O single, ou compacto simples, com 17 cm de diâmetro, rodava em torno de 4 minutos em 45 rotações por minuto e costumava ser usado para divulgar a principal música de um álbum a ser lançado; o EP, ou Extended Play, com 25 cm de diâmetro, rodava 8 minutos por lado (45 RPM), e podia conter em torno de 4 faixas; O maxi, ou Maxi Single, com 31 cm de diâmetro (45 RPM), comportava 12 minutos por lado; já o Long Play, com 30 cm de diâmetro, comportava 20 minutos por lado (33 RPM), e era usado para a comercialização de álbuns completos. Mas o vinil não era apenas um formato para armazenar e reproduzir músicas. Os discos de vinil eram embalados em capas que muitas vezes chegavam a ser tão planejadas e trabalhadas pelos artistas quanto as próprias músicas. Os amantes do disco têm verdadei-

POR DJ MARCIOS facebook.com/djmarciosrock

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ra paixão pelo ato de tirar o disco da capa, admirar a arte de embalagem enquanto ouvem a música, e depois mudar o lado do disco manualmente. O Record Store Day, ou RSD, foi criado em 2007 como uma tentativa de reunir pessoas que ainda ouvem, colecionam, compram, vendem e trocam discos. A data se tornou comemorativa e uniu colecionadores e lojistas do mundo inteiro, e em 2014, notou-se um crescimento de 50% na comercialização de vinis nos Estados Unidos. No Brasil, o Dia do Disco foi instaurado no Rio de Janeiro em 1978, como forma de homenagem ao cantor e compositor de samba Ataulfo Alves, que morreu em 20 de abril de 1969. Algumas pessoas, entretanto, consideram como Dia do Disco o dia 12 de agosto, data em que Thomas Edison inventou o primeiro fonógrafo, em 1877.

COMO É FEITO O DISCO DE VINIL As faixas de música são cortadas, com furos microscópicos, em um disco mole de acetato de celulose, uma substância parecida com esmalte. Depois, o disco é metalizado e usado para prensar várias cópias em vinil derretido. A música está dentro daquelas faixas onde a agulha do toca-discos entra. Essas faixas têm irregularidades microscópicas, que fazem a agulha vibrar ao passar sobre elas. Essa vibração é captada e amplificada pelo toca-discos e, pronto: Temos música saindo de um disco de vinil.

a pRofissão

ser dJ não é só tocar música em eventos. Há um imenso trabalho intelectual que precisa ser feito à luz do dia e fora dos palcos. a montagem de uma grande coleção de faixas é parte deste trabalho. um dJ precisa dominar música e, para isso, deve estudar. o caminho é estar bem informado sobre as músicas do momento ou aquelas que marcaram épocas. outra boa ideia é criar uma rede de amigos interessados em música; as conversas podem ajudar bastante a enriquecer o repertório. a carreira de dJ não pode ser tratada como um passatempo. é preciso dedicar bastante tempo para aprender técnicas específicas da atividade. um bom profissional sabe manipular a música e, para isso, deve conhecer conceitos como batidas por minuto (bpm), introdução e desfecho, transição e scratch, que é a hora certa de uma música ser tocada. o dj é, no fim das contas, um animador de eventos. este deve conhecer canções o suficiente para saber como e quando mixá-las, deve sentir a vibração do público que o está ouvindo, e saber mudar um estilo na hora certa, para que a pista não esvazie. deve ser o mais eclético possível, ou deixar bastante claro ao seu público e ao seu contratante qual é seu estilo ou tendência, por fim o dj e o disco de vinil tiveram e e tem grande importância até hoje e seguem firmes e fortes, um completando o outro nas festas da vida.