Jornal Santuário 174

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Editorial

VOCACIONADOS A AMAR

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chamado de Jesus consiste unicamente no amor, de modo que as palavras dirigidas a Mateus – “Segue-me” (Cfr. Mt 9, 9) – podem também significar o imperativo do verbo amar: ame! Seguir Jesus é amar. A vocação cristã, portanto, se resume nessa atitude de doação, que só um coração contrito e apaixonado por Deus é capaz de ofertar aos outros. O Catecismo da Igreja Católica, aprofundando um pouco mais neste mistério, explica que somos vocacionados do amor, porque fomos “criados à imagem e semelhança de Deus”[1]. Visto que Deus é amor, como narra São João, também nós somos predestinados a tomar parte nesta natureza, tornando-nos, em Cristo, filhos de Deus e, por conseguinte, membros de seu Corpo. Nesse sentido, que belo exemplo nos dá a Virgem Maria, como modelo de perfeição, ao acolher com total obediência – “eis aqui a escrava do Senhor” (Cfr. Lc 1, 38) – o propósito divino para sua história. Ela escolheu a melhor parte. O amor é um ato de determinação; requer-se uma vontade deliberada de amar. Não se

trata de um sentimento, mas de uma resposta à ação de Deus, bebendo “incessantemente da fonte primeira e originária que é Jesus Cristo”[7]. Recorda-nos Bento XVI, na sua encíclica Deus Caritas Est, que “quem quer dar amor, deve ele mesmo recebê-lo em dom”[8]. A esse respeito, une-se à voz do Santo Padre a “pequena via” de Santa Teresinha[9]: [...] Oh! Como eu gostaria de ser hipnotizada por Nosso Senhor! Foi o primeiro pensamento que me veio quando acordei. Com que doçura eu lhe entregaria a minha vontade! Sim, eu quero que ele se apodere de minhas faculdades de tal modo que não faça mais ações humanas e pessoais, mas, ações divinas, inspiradas e dirigidas pelo Espírito de Amor!

MISSAS E CELEBRAÇÕES Segunda: 20h - Terça, Quinta e Sexta: 19h30 - Quarta: 07h30 Sábado: 17h - Domingo: 08h – 10h – 18h 1° Sexta-feira: Missa com o Apostolado de Oração às 15h e Adoração e Bênção do Santíssimo às 17h.

Todo dia 28 Missas às 07h – 10h – 12h – 15h – 18h – 20h.

SECRETARIA E LIVRARIA Segunda à Sexta: das 8h30 às 20h e Sábado: das 8h às 18h Telefone: 11 2451-5802 Email: santuariosaojudasguarulhos@gmail.com Site: www.saojudasguarulhos.com.br

Por isso, caro leitor, convidamos você a, nessa edição de nosso jornal, ler os testemunhos de alguns irmãos que se entregaram as diversas formas de amor e doação que Deus prepara para cada um de nós.

Boa Leitura!

EXPEDIENTE Responsável: Pe. Welson Nogueira Colaboração: Pe. Elísio Mello Revisão: Eduardo Arrivabeni Vieira e Camila Medeiros Arrivabeni Editoração Eletrônica: Luiz Marcelo Gonçalves Fotos: Eliane Cristina Santos e Andreia Cros Fotos e Filmagem: Vinícius Consoline - Consoline Filmes Artes Gráficas e Redes Sociais: Denis Saviane Filgueiras Anúncios e Comercial: Júlia Arrivabeni Vieira Impressão: Gráfica Mar Mar - 11 99961-4414 Tiragem: 3.000 exemplares

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Contato: pascom@saojudasguarulhos.com.br Santuário São Judas Tadeu | Agosto de 2016


Em pauta MÊS VOCACIONAL – O SENHOR NOS CHAMA SEMPRE!

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profetas, evangelistas, pastores e mestres az e bem, amor e misericórdia a todos para a formação dos consagrados na obra vocês paroquianos e devotos de São Judas confiada, para construir o corpo de Cristo” Tadeu; este mês de agosto nosso Santuá- (Ef 4, 11-12). rio viverá com toda igreja do Brasil o mês vocacional, este mês como tal é dedicado Aproveitemos o “Mês Vocacional” para reà oração, reflexão e ação nas comunidades fletir sobre as diversas vocações na Igreja, sobre o tema das vocações. Por isso, vale apoiar as pessoas vocacionadas e orar pela lembrar que neste mês, cada domingo ce- sua perseverança e reflita se não está na hora de avançar para águas profundas mulebramos uma vocação. dar de pastoral chamar pessoas novas. O 1ª semana: vocação para ministério orde- que você acha? nado: diáconos, padres e bispos; É para pensar por que tamanha importância 2ª semana: vocação para a vida em família dada ao tema vocação? Porque a vocação é o início de tudo. Quando ouvimos ou usa(atenção especial aos pais); mos a palavra vocação, logo a entendemos 3ª semana: vocação para a vida consagra- num sentido bastante vago e geral, como da: religiosos (as) e consagrados (as) secu- sendo uma inclinação, um talento, uma qualidade que determina uma pessoa para lares; uma determinada profissão, por exemplo, 4ª semana: vocação para os ministérios e vocação de pedreiro, de mãe, de médico. serviços na comunidade. E nessa compreensão também a vocação Muito oportuna a admoestação do apósto- de sacerdote, de esposos, de leigos crislo Pedro a todas as vocações: “Por isso, tãos. Vocação, em sentido mais preciso, é irmãos, esforçai-vos por consolidar vossa um chamamento, uma convocação vinda vocação e eleição. Se agirdes assim, não diretamente sobre mim, endereçada à minha pessoa, a partir da pessoa de Jesus Cristo, tropeçareis” (2 Pd 1, 10). convocando-me a uma ligação toda própria E o apóstolo Paulo, depois de chamar a e única com Ele, a segui-lo, (cf. Mc 2,14). atenção de que “cada um de nós recebeu a graça na medida do dom de Cristo”, ex- Vocação, portanto, significa que anterior a plica: “A uns nomeou apóstolos, a outros nós há um chamado, uma escolha pessoal

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que vem de Jesus Cristo, a quem seguimos com total empenho, como afirma São Paulo na Carta aos Romanos: “Eu, Paulo, servo de Jesus Cristo, apóstolo por vocação, escolhido para o Evangelho de Deus.” (Rom 1, 1) Outras são definidas pela Igreja como vocações de “singular consagração a Deus”, por serem menos usuais, mas igualmente exigentes e mais radicais no processo de seguimento de Jesus: são as vocações de sacerdote, de diácono, de religioso, de religiosa. O mês vocacional quer nos chamar à reflexão para a importância da nossa vocação, descobrindo nosso papel e nosso compromisso com a Igreja e a sociedade. Reflexão que deve nos levar à ação, vivenciando no dia-a-dia o chamado que o Pai nos faz. Que a celebração do mês vocacional nos traga as bênçãos do Pai para vivermos a nossa vocação sacerdotal, diaconal, religiosa ou leiga. Todas elas são importantes e indispensáveis. Todas elas levam à perfeição da caridade, que é a essência da vocação universal à santidade.

Que Deus Nosso Pai e Jesus Cristo nosso Irmão abençoe a todos! São Judas Tadeu interceda pela Igreja pela nossa Diocese e envie muitas e Santas Vocações para o mundo! Pe. Welson Nogueira Pároco e Reitor

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Especial Vocação VOCAÇÃO, MISTÉRIO DE CRUZ E RESSURREIÇÃO

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“ uem quer ser meu discípulo, renuncie a si mesmo, tome a sua Cruz e me siga” (Mt 16,24), esta frase de Jesus não é uma retórica, sim um mistério de amor. Ser discípulo, renunciar a si mesmo, não são duas realidades, mas uma única realidade, a vocação. Quando penso nisso, sempre penso que a vocação é um mistério inexplicável e que nos torna felizes, seguir Jesus nos faz felizes. Todavia felicidade não é sinônimo de facilidade, faz parte da vocação, o grande mistério da fé cristã: morte e vida, cruz e ressurreição. Quando vemos um consagrado, um sacerdote, um religioso, um missionário, podemos errar ao imaginar, que por de trás desta pessoa, exista uma vida tranquila, pacata, salva de cruzes e dramas. Assim quero partilhar a grande alegria de ser consagrado, como sacerdote. Nascido na fé no interior deste Santuário, dedicado ao grande Apóstolo São Judas, recebi os sacramentos da iniciação cristã, bem como a vivência da vida eclesial. Quando comecei a perceber a voz de Deus, que me chamava a uma missão, ainda durante o período de minha infância, via o testemunho do querido padre Elísio, que se cansava e se desdobrava para transformar uma “paróquia de bairro”, em um local de peregrinação para uma imensa multidão. Percebi que existiam com ele, pessoas que não viviam para si, mas para os outros, que renunciavam a si mesmas, e nisto en-

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contravam alegria. Assim descobri minha vocação para a vida da comunidade. Pouco a pouco, a juventude se apresentava para mim, com seu fulgor e exigências de construir escolhas. As escolhas... Como são difíceis! Abraçar a uma realidade, me faz entender que tenho que deixar algo para trás. Mas não escolher, significava não abraçar as oportunidades. Namorar, ou não... Estudar isto ou aquilo... Esta ou aquela profissão... Como escolher? Sempre é preciso escolher pela felicidade. Deus é a Felicidade! Sua Vontade, com todas as consequências: EIS A FELICIDADE. Neste caminho percebi a vocação sacerdotal, e agora é preciso ir para o seminário. Como minha família vai encarar a decisão? Deixar para trás namoro, profissão rentável, uma vida segundo critérios meramente humanos. Como diz Santa Teresa D´Ávila: “Muito deve custar, aquilo que muito vale”. Dezessete anos e uma escolha: ir para o Seminário, discernir se sou chamado a ser padre e me preparar para esta missão. Quantos anos de preparação? Oito anos de estudos, oração, vida comunitária, trabalho, diversas paró-

quias, questionamentos interiores, exteriores, mas a certeza do Amor de Deus, que me escolhe e dá sentido a tudo. A ordenação, a festa, a expectativa das pessoas e a certeza interior que era o momento de abraçar a missão, mas me sentido pequeno diante do mistério de ser enfim, padre. Uma paróquia, um povo, a vida das pessoas, a evangelização, celebrar a missa, confortar os doentes, horas de confissão. Renunciar a si mesmo, ser discípulo! Então perceber que só amor pode tornar feliz. Lembro-me sempre de Santa Teresinha “Ah sem contar eu dou, pois convencida, de que quem ama não sabe calcular” e ainda de que quando se ama “Não somente corro, mas chego a voar”. Pois é, já se vão oito anos de que fui ordenado sacerdote, e o que dizer: é fácil? Não há lágrimas? Nem luta?... Não, a Cruz está presente... “quem quer ser meu discípulo tome a sua Cruz e me siga”, mas o que é a Cruz? A Cruz é Caminho, caminho para a Ressurreição. Na Verdade, Cruz e Ressurreição são inseparáveis, ser feliz em meio às lutas, pois a felicidade não é um sentimento, mas a certeza de ser aquilo que se sabe, que se tem que ser. Agora já não sei, se isto é felicidade ou vocação... Só sei que a vocação me faz feliz, como a oferta da Cruz gerou a Ressurreição. Padre Weber Galvani Pároco da Paróquia São Francisco Parque Uirapuru Santuário São Judas Tadeu | Agosto de 2016


Especial Vocação IRMÃ ZULEIKA - 25 ANOS DE MISSÃO vocação trabalhando na paróquia, onde fiz de tudo um pouco: Catequese, dízimo, movimento Legião de Maria, entre outros. No serviço em pastoral foi que descobri minha vocação. Como foi decidir seguir o coração e servir a Deus?

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o último dia 03 de Julho celebramos com muita alegria o jubileu de prata da Irmã Zuleika em nosso Santuário e a equipe PASCOM procurou a Irmã para nos contar um pouco dessa trajetória bonita dedicada ao serviço de Cristo. Confira nossa entrevista e conheça a rotina religiosa que irmã Zuleika dedica há 25 anos e a cumpre com muito amor e dedicação. Como a senhora descobriu a vocação religiosa? Como vocacionada eu participei dessa paróquia (Nosso Santuário) de vários encontros que eram promovidos pelo então seminarista Renato (Pe. Renato- Pároco Santa Rita de Cássia). Foi nesse período, aos 12 anos, que descobri que tinha tendência a vida religiosa, portanto primeiramente procurei as Irmãs Claretianas, mas devido minha pouca idade não deram muita importância, pois ao olhar delas eu ainda estava crescendo e amadurecendo. Agora a vocação Paulina eu descobri por intermédio de um folheto que recebi de um seminarista Teatino chamado Antônio Amélio que pegou o folheto numa livraria Paulus e me entregou, na época eu aplicava catequese nesta paróquia São Judas Tadeu e guardei o informativo, não escrevi para as irmãs Paulinas, pois o seminarista Amélio havia me entregue o folheto por brincadeira. No encontro do mês de Agosto que também era aniversário do Pe. Renato pediu doações para o seminário, então a partir daquela festa que tratava o tema das vocações eu resolvi entrar em contato com as Irmãs Paulinas, descobri minha Santuário São Judas Tadeu | Agosto de 2016

Acredito que seguir uma vocação é sempre você querer dedicar sua vida para esse segmento de Jesus Cristo, então quando eu decidi a este segmento eu ainda não tinha claro o que era mesmo, eu sabia o que era a vida religiosa, mas não tinha muito claro a rotina da vocação Paulina. Eu queria um segmento radical a Jesus Cristo e no decorrer do tempo eu acho que vamos aprendendo o que significa na prática, então é importante decidir pelo evangelho e nessa vivência da radicalidade dos votos(pobreza, obediência e castidade). Atraia-me muito o fato de trabalhar a evangelização através da comunicação de colocar a consciência crítica nas pessoas, até mesmo no processo político, social e econômico. Encontrar esse personagem que viveu de forma tão radical o segmento de Jesus que foi Paulo, então me atraiu a questão da evangelização pelos meios de comunicação e através dessa evangelização as pessoas terem a consciência da sua realidade social. Como sua família reagiu ao saber sua escolha, a vida religiosa? Eu sou a única filha de quatro irmãos, então minha mãe achava que era importante eu seguir a vocação já que ela sempre rezou para que um dos meninos fosse padre, mas ela nunca havia rezado em intercessão para que eu fosse freira (risos). Ela achava que eu deveria seguir a vocação religiosa, porém deveria pensar bem sobre o que isso implicaria em minha vida. Já o meu pai reagiu de outra maneira, ele achava que este não era um caminho interessante em seguir, tanto que quando eu entrei na congregação meu pai sumiu ele não queria presenciar. A preocupação de meus pais era se eu seria feliz e quando notaram que eu estava bem e feliz em servir eles aceitaram minha decisão.

Qual a mensagem que a senhora pode transmitir a quem pretende seguir a vocação religiosa? A grande dica que eu tenho para quem quer seguir na vida religiosa em primeiro lugar é atuar na sua paróquia, na sua comunidade. Depois aprofundar na vivência de oração. Rezar essa vocação, rezar aquilo que está sentindo e o que realmente está desejando. Ter amor muito grande pelas pessoas e esse espírito crítico de ver a realidade e analisar com o olhar de Deus. Nesses 25 anos qual foi a maior alegria (conquista) e o maior desafio de sua vida religiosa? O desafio maior é o apostolado, a mudança na comunicação porque é uma congregação que devemos nos atualizarmos constantemente. Fazer com que a palavra de Deus seja conhecida é um grande desafio e por um lado uma enorme alegria. Uma alegria na congregação Paulina foi a tradução das Cartas de Paulo do grego para o português em uma versão nossa no novo testamento. É uma grande equipe de biblistas que era o sonho nosso (Irmãs Paulinas) ter uma bíblia com a marca Paulinas e que pudéssemos divulgar e difundir esse material. A vivência da comunidade, a vivência das pastorais, a alegria de ver o povo atuando, os leigos envolvidos com a pastoral, sobretudo no campo bíblico e ir se aprofundando cada vez mais. Fazer com que Paulo seja conhecido, já que minha área são as Cartas Paulinas, e tirar todos os preconceitos destinados a Paulo, então quando as pessoas encontram Paulo e profundidade que existe em suas cartas e em seus segmentos a Jesus Cristo, sobretudo quando conhecem o significado do batismo, é uma imensa alegria em viver na vida religiosa.

A equipe PASCOM Santuário São Judas agradece o acolhimento da Irmã Zuleika e intercede juntamente com nossa comunidade por sua vida religiosa. Desejamos que ela continue esse belo trabalho de evangelização que exerce tão bem e que venham mais no mínimo 25 anos de vida religiosa para a senhora. Paz e bem! Equipe PASCOM

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Especial Vocação VOCAÇÃO LEIGA, VIDA NO AMOR E NA DOAÇÃO

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esde pequena, quando ia à missa com minha família, gostava muito de cantar não importava qual canto, muitas vezes nem entendia o que estava cantado, mas acompanhava assim mesmo. Depois, fazendo parte do grupo de jovens, era forte o desejo de me aprofundar, saber mais sobre a música católica e de aprender também a tocar algum instrumento que me ajudasse ainda mais a concretizar este desejo. Neste grupo de jovem, me colocava então a disposição de ajudar nas reuniões e nas missas, cantando ou tocando violão. Mesmo com tudo isto, sentia que ainda faltava alguma coisa e isto me incomodava. Neste período, um seminarista convidou o grupo de jovens para um encontro promovido pelo Movimento dos Focolares, onde o Carisma é a Unidade. Foi maravilhoso! As músicas que cantavam me atraia fortemente, percebia algo diferente. Eles não apenas cantavam ou tocavam, era muito mais do que isto, seus rostos transmitiam paz e alegria, que queria eu também ser assim, e isto significava responder ao chamado do Senhor, significava empenho, dedicação, comprometimento. Através de Chiara Lubich, fundadora deste movimento, entendia que deveria corresponder a este chamado, como Vontade de Deus naquele

momento e fui fazer parte desta Obra de Deus. Fui morar no centro da Obra em Vargem Grande- SP, depois em Loppiano na Itália e em Montet na Suíça Francesa. Foram vários anos me dedicando, trabalhando e servindo nas jornadas e encontros, não só cantando ou tocando, mas dando a vida nas pequenas coisas, nos serviços mais insignificantes aos olhos humanos, aprendi a valorizar e dar sentido a todo trabalho, aprendi a viver em comunidade. Era este o segredo que tinha por detrás dos sorrisos daqueles jovens que um dia me atraiu. Eles não apenas cantavam ou tocavam, mas viviam antes de tudo o Amor, o Evangelho e a música é o resultado de uma vida vivida no Amor na doação. Depois deste período de experiência única neste Movimento, por motivo de saúde, não pude mais acompanhar todas as atividades como antes. Foi muito difícil, não entendia o porquê, mas com este novo estilo de vida que aprendi com Chiara, via que isto também no momento era Amor de Deus por mim. Estando de volta com minha família, continuei a participar do Movimento só aqui na cidade, frequentava as missas de algumas paróquias com desejo de me colocar a serviço. Foi quando numa missa na comunidade São Judas, o seminarista Edson, hoje padre Edson, convidava pessoas para ajudar nos grupos de música. Pra mim foi como uma resposta de Jesus que me dizia:

Aqui é o teu lugar! Desde então, me coloquei na disposição de servir, respondendo naquele momento ao Seu chamado, aqui nesta comunidade. Comprometendo-me com o Evangelho, sirvo a Deus através da música, onde hoje entendo que deve ir muito além do saber cantar ou tocar. Evangelho é Vida é Serviço, é Comunhão. Não importa qual pastoral Deus te chama, o importante é entender e responder ao Seu chamado dentro da comunidade Cristã.

Maria Teresa Leiga Santuário São Judas Tadeu

SER PAI DE UM FILHO ESPECIAL

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“ uando a gente gosta é claro que a gente cuida...” Foi cantarolando essa música que sai do hospital com meu filho nos braços quando ele nasceu naquele inverno de 1999. Iniciava ali minha viagem, dupla aventura, a de ser pai e... mais alguns dias... pai de uma criança especial. Todos os filhos são especiais, mas com o meu aprendi que a deficiência do outro nos transporta para além da nosso conforto, que as respostas prontas e os comportamentos “normais” não fazem sentido algum. Aprendi com ele, meu filho, que crescemos mais quando mudamos nosso olhar e vemos, na incapacidade dos outros, nossa própria insensibilidade, nossos medos e, pior ainda, nossos preconceitos. Ter um filho deficiente, que não fala, que não anda, que não responde como as outras crianças é a oportunidade de ir ao encontro,

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não apenas do corpo, mas da alma. Sabemos que as dificuldades motoras são limitadoras, que exigem mais empenho dos pais, mais dinheiro, mais atenção. Mas, Deus é abundante nas bençãos, graças estas que foram tão imensas que nunca nos faltou nada, nunca fomos desamparados, pois Ele está conosco. Eu O vejo nos olhos do meu filho. Acauã significa: aquele que anuncia o Sol; não teria nome mais perfeito para alguém que sem palavras me mostra o amor, não qualquer amor, mas o amor que não espera nada em troca... O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.” (1 Coríntios 13:4,5) Se você

me perguntar se mudaria algo, minha resposta seria: “nada”. Não mudaria nada, pois quem sou hoje agradeço a

tudo que vivi e meu filho, meu porto seguro, lugar onde o barquinho da minha vida se abastece, meu farol a apontar o horizonte, a graça que me conecta ao Pai Nosso. Luiz Marcelo - Pascom Santuário Santuário São Judas Tadeu | Agosto de 2016


É bom saber...

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PEDRO E PAULO - PILARES DA NOSSA IGREJA II

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az a todos, caros paroquianos este mês continuaremos a falar de duas pessoas muito importantes para a vida da nossa igreja, dois apóstolos Pilares da Fé, São Pedro e São Paulo. Seu testemunho, força e empenho foram primordiais para o fortalecimento e expansão da Fé em Jesus Cristo. O Apóstolo Paulo, nascido em Tarso, na Cilícia, região da Ásia Menor, viveu na Palestina, converteu-se em Damasco, na Síria, foi para a Arábia, passou pelo Líbano, chegando depois a Antioquia, onde os discípulos de Jesus Cristo foram pela primeira vez chamados “cristãos”, como lemos no livro dos Atos dos Apóstolos. Após a Ressurreição de Jesus Cristo, ele estava presente no apedrejamento do primeiro mártir cristão, o Diácono Santo Estevão, e, posteriormente, deixou Jerusalém com autorização para ir a Damasco e prender e perseguir os seguidores de Jesus de Nazaré, mas o próprio Jesus Cristo lhe apareceu na entrada da cidade de Damasco e iluminou com forte luz sua mente e o chamou a servi-lo. Recomendamos que todos leiam este belíssimo fato histórico do Cristianismo, no livro dos Atos dos Apóstolos, que narra à conversão Santuário São Judas Tadeu | Agosto de 2016

de Saulo, que se tornou o Apóstolo Paulo. Ele se transformou radicalmente de perseguidor em defensor da Fé Cristã. Quem poderia imaginar o lobo Saulo, após o batismo, transformado em Paulo, o bom pastor do rebanho de Cristo e seu protetor contra os lobos? Mas para Deus tudo é possível. Isto é o que acontece com cada homem que aceita a luz de Deus, ouve sua voz e compreende seus mandamentos. De todos os seus ensinamentos, o que mais se destacou foi sobre o amor. Para ele o amor é tudo, renova o homem e faz dele nova criatura. Sobre a humildade, quando diz: “eu sou o menor dos apóstolos...” Sobre a paciência: “assim como os sofrimentos de Cristo são abundantes para nós, assim também, por Cristo, é abundante a nossa consolação.” Sobre o amor, quando diz: “Mesmo que eu fale em línguas, a dos homens e a dos anjos, se me falta o amor, sou um metal que ressoa, um símbolo retumbante.” Ele nos fala sobre sua luta e sofrimentos pessoais, como lemos em sua Epístola aos Coríntios: fadigas, prisões, açoites, perigos de todo tipo, vigílias, fome e sede, jejum, frio e indigência. Ao fim, ele nos diz: “Por causa de Jesus Cristo, meu Senhor, perdi todo e considero tudo isso como lixo, a fim de ga-

nhar a Cristo.” Por tudo isso, nos o apresentamos como modelo a todos os cristãos, pois ele pôde dizer: “Sede meus imitadores, como eu o sou de Cristo. Ter este espírito do Apóstolo Paulo deve ser hoje o objetivo de todas as famílias cristãs, para que sejam fonte de luz, paz e amor para toda a comunidade, a família maior. Se quisermos famílias fortes e permanentes, devemos plantar as palavras divinas, palavras de ouro, como as do Apóstolo Paulo, nos corações e nas mentes de nossos filhos e netos. O Apóstolo Paulo é um santo que não pode ser esquecido. Os hinos desta festa de São Pedro e São Paulo fazem menção dos dados biográficos transmitidos pelas Sagradas Escrituras em relação aos dois santos e, ao dirigir-se a eles, exaltam sua missão providencial no seio da Igreja e no mundo, suplicando-lhes, por fim, em favor de todos. Em um destes hinos, lemos: “Com quais hinos espirituais poderemos exaltar Pedro e Paulo? Eles são as asas do divino conhecimento, difundido até os confins da terra e que se ergue até o céu; são as duas mãos do Evangelho da graça e os dois pés da pregação da verdade; são os dois rios da sabedoria e os dois braços da cruz, com a qual Cristo, o misericordioso, aniquila o orgulho dos demônios”. Alegra-te, ó Apóstolo Pedro, amigo verdadeiro do teu Mestre, Cristo nosso Deus! Alegra-te, ó muito amado Paulo, pregador da fé e instrutor do universo! Demonstrar para a comunidade a importância de Pedro e Paulo como âncoras da nossa devoção. Eles representam um misto de fraqueza e de fé, de desespero e confiança nas palavras e na ressurreição de Jesus, mas também de rocha, pedra que sustenta, e de gruta, a comunidade que acolhe os pobres e desvalidos. Levar a comunidade a perceber a importância da união da igreja universal na pessoa do papa, padres, leigos e nos ensinamentos que a tradição nos legou. Ambos santos e privilegiados, pedi com coragem ao Cristo nosso Deus para que salve as nossas almas e nos levem para Deus. Pe. Welson Nogueira Pároco e Reitor

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Aconteceu

CRISMANDOS EM 25/06

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Aconteceu

26/06 - 1 ano de Consagração da Vivian

03/07 - MUTICOM Diocesano

02 e 03./07 - Curso de Noivos

12/07 - Missa setor 2

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Programe-se

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Dizimistas

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Sou Fiel!

TESTEMUNHO DO DIZIMISTA

JOÃO EVERSON

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eu nome é João Everson e da minha esposa Jaqueline e sou dizimista há alguns anos, porém não seguia corretamente com minhas contribuições, estava tratando o dízimo como: “se sobrar dinheiro, contribuo”, porém não estava notando o equívoco que estava cometendo e nem percebendo os sinais que estavam claros a minha frente, minha vida material estava ruim sempre quebrava algum objeto em minha casa ou sempre surgia alguma coisa que não permitia eu realizar as minhas contribuições. Sentia que faltava algo em minha vida!

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Em certo momento minha esposa me perguntou: Como estão as suas contribuições com o dízimo? Prontamente respondi “Não estão conforme a bíblia”. A partir daquele momento percebi o que estava faltando, contribuir com o dízimo corretamente. Nesse período que estou contribuindo e retirando a primeira parte do meu salário para o dízimo notei que minha vida espiritual está melhorando e retribuindo a Deus tudo o que Ele me deu. Sinto- me completo, pois estou cumprindo com os ensinamentos da bíblia em retribuir a Deus tudo o que Ele está me proporcionando em bênçãos em minha vida e na minha casa. Espero que mais pessoas possam viver essa experiência maravilhosa, pois através do dízimo demonstramos que somos gratos e fiéis a Deus é com certeza colhermos bênçãos em nossas vidas as quais não podemos imaginar. Graças a Deus posso dizer que eu e minha família servimos ao Senhor!

MOVIMENTO EMPRESARIAL

O Movimento Empresarial é uma iniciativa que visa oferecer a você que é Católico de nossa comunidade e é um Empreendedor, Empresário, Adm de empresas, Comerciante ou Profissional Liberal, palestras que irão ajudar a prosperar seu negócio. Venha participar conosco!

Próximo encontro Dia 08/08 a partir das 19H30 Salão Paroquial Inscrições a partir de 30/07/2016 Nas Missas: Sábado17h e Domingos 10h e 18h Ou na secretaria nos horários de atendimento

João Everson

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