DÊ PREFERÊNCIA AOS NOSSOS PARCEIROS NA EVANGELIZAÇÃO
Sanctuarium
2
Abril 2014 Abril
??
???
??
??
Abril 2014
Sanctuarium
3
4
Sanctuarium
Abril 2014
Perdão, liberdade e cura O tema da Campanha da Fraternidade desse ano é sobre a questão do tráfico humano e é para a liberdade que Deus nos libertou. É necessário que também sejamos livres de todos os sentimentos que nos aprisionam, e para vivermos na plena liberdade é necessário que saibamos dar o perdão. O perdão, quando bem compreendido, é um instrumento de cura. Frequentemente ficamos doentes porque não perdoamos e o rancor e a cólera nos corroem o fígado e os rins. A questão é como conciliar o perdão e a justiça. Creio que não devemos perdoar muito rápido. É necessário, antes, que expressemos o sofrimento pelo que nos foi feito e a isso chamo de justiça. Mas é essencial também, ir além da justiça, em direção à misericórdia, em direção ao perdão. O que é perdão? O perdão é não aprisionar o outro nas consequências negativa de seus atos. O perdão é a própria condição para que nossa vida continue a ser vivida.
Se não perdoarmos uns aos outros, a vida vai se tornar impossível de viver. Como fazer para que este perdão se torne algo verdadeiro? Platão dizia: “Aquele que tudo compreende, tudo perdoa.” Aquele que conhece a si mesmo, com suas ambiguidades, pode compreender o outro em suas sombras. Portanto, inicialmente, o perdão pode ser uma questão de inteligência, de compreensão. Perdoar significa que eu o compreendo, mas não quer dizer que o que você fez é bom. Além de perdoar com a cabeça é preciso perdoar com o coração e, vocês sabem, o corpo é o último que perdoa. Se alguém lhe fez mal, vocês podem tê-lo perdoado com a cabeça, tê-lo compreendido com o coração, pensar que o sentimento ruim já passou. Entretanto, quando essa pessoa se aproxima, seu corpo se crispa e se enrijece mostrando, que muitas memórias estão ainda bem guardadas.
Creio que é uma graça quando encontramos com alguém que nos tenha feito mal e sentimos nosso corpo calmo, nosso coração límpido. Podemos dizer que, verdadeiramente, estamos curados. Por isso, creio que o perdão é uma prática de cura e liberdade. Uma Páscoa muito doce para todos vocês.
Se você não se considera um pecador não vá à Missa Um sermão do Papa Francisco tem repercutindo muito há quase uma semana na imprensa internacional. Na última quarta-feira (12.02.2014) o líder máximo da Igreja Católica fez diversos alertas para os fiéis. Uma das frases que mais chamou a atenção foi: “Se um de nós não acha que precisa da misericórdia de Deus, se ele não se considera um pecador, é melhor que ele não vá à missa”. Francisco comentou sobre os fiéis que vão à missa apenas para reparar nas outras pessoas pedindo para cessar a conversa fiada durante a reunião. Ele acredita que essa conversa paralela acaba impendido as pessoas de viverem a experiência de participar da missa. “Talvez eu esteja ocupado demais jogando conversa fora: ‘viu como ela está vestida? Olha como aquele está vestido!’ Às vezes fazemos isso depois da missa, e não devemos”, disse ele. Outra reclamação feita pelo líder católico foi sobre as pessoas que encaram a Igreja como um clube, vendo a missa “somente como um momento de festa”. Papa gosta de provocar os católicos, diz jornalista espanhol O jornalista Juan Arias, do jornal espanhol El Pais, escreveu um artigo elogiando o discurso do Papa. “O papa Francisco, ao contrário de seus antecessores que mediam e pesavam as palavras, gosta de provocar”, disse ele comparando Francisco com João Paulo II que também fazia discursos provocadores. Diversos discursos de Jorge Mario Bergoglio já desfizeram al-
gumas crenças católicas, incluindo a de que os papas são santos. Francisco se assumiu como pecador, afirmou passar constantemente pela confissão e incentivou os fiéis a fazerem o mesmo. Para Arias esses ensinamentos servem para ressuscitar os valores reais da Igreja Católica Apostólica Romana, fazendo uma grande revolução interna. Francisco está ressuscitando a Igreja que preferia perdoar que condenar, entender o coração humano em vez de anatematizar, convencido como está que a Igreja que, por exemplo, faz do confessionário (em expressão sua) um ‘local de tortura’, não responde à sonhada por seu fundador: uma Igreja que não condena ninguém e que deixa o julgamento final nas mãos de Deus, de quem dizia o profeta Isaías que é mais mãe do que pai.”
Os casais relacionados abaixo comemoraram bodas no mês de FEVEREIRO de 2013 NOME .......................................................................................... ANOS .. BODAS ??? ........................................................................................... ??? .... ???
Sanctuarium
Abril 2014
5
Se-pa-ra-do ou seria melhor tudojunto? Está muito na moda se falar em inclusão, mas até que ponto vai a relevância desse discurso? Quem garante que esta é a vontade do pai. O Pai quer “tudojunto” ou “se-pa-rado”? Os pobres convivem com os ricos? No meio de vós sempre haverá pobres; ao passo que Eu não estarei sempre convosco».(Jo 12,8) Deus nos criou desiguais... Não dá para colocar “tudojunto”, o santo e o profano, como disse o apresentador Luciano Huck ao receber em seu programa, o pregador “X” em meio a uma salada mista de convidados que incluíam cantores de funks com letras indecentes e outros de pagodes com letras de duplo sentido: “O santo e o profano tudo junto misturado aqui no Caldeirãããããão!!! Quem gostou faz barulhoooooo!!!”. Não dá para colocar “tudojunto” no mesmo caldeirão, Cristo, Buda, Krishna e Kardec. Eles podem ter visão parecida sobre a não violência, amor fraternal, etc. mas, e o fundamental para o Cristão? O fundamental é muito diverso no tocante à redenção e vida eterna, ao juízo final e à ressurreição dos mortos.
Pode parecer, mas não é apenas uma diferença cultural. É necessário que haja sempre as diferenças e as desigualdades, e daí as separações. A criação de Deus é ordenada e de suma perfeição. Ordem significa perfeição e a perfeição só é possível porque os seres foram criados com diferenças, com desigualdades. “Pois bem, os irmãos não nascem nem permanecem todos iguais: uns são fortes, outros débeis; uns inteligentes, outros incapazes; talvez algum seja normal, e também pode acontecer que se torne indigno. É pois inevitável uma certa desigualdade material, intelectual, moral, numa mesma família (...) Pretender a igualdade absoluta de todos seria o mesmo que pretender idênticas funções a membros diversos do mesmo organismo” (Pio XII, Discurso de 4-VI-1953). A ordem exige desigualdade. Não é possível ordenar entre si coisas iguais. Ninguém pode colocar em ordem alfabética 30 nomes iguais. Ora, como vimos Deus fez tudo com ordem. Logo, Deus tinha que fazer tudo com desigualdade. A ordem reflete o grau de inteligência do ordenador.
Deus criou tudo de forma ordenada, unida (como um todo) e separada (Sto Agostinho). Amar o “tudojunto” e o “se-pa-ra-do” é amar o criador. Cada um no seu quadrado. Somos sempre separados porque cada um é um indivíduo único, “sepa-ra-do” e desigual de todo o resto. Que horrível seria se fôssemos “tudojunto”, todos iguais, com a mesma cara, mesma altura, mesmo peso, mesmas virtudes, mesmos defeitos. Freqüentaríamos os mesmos lugares, ocuparíamos os mesmos espaços, teríamos as mesmas atividades, etc... Somos indivíduos, porque somos únicos, individuais e “se-para-dos” e por sermos assim, Deus nos conhece um a um pelo próprio nome. É confuso. Eu entendo que pelo maior mandamento, temos que nos amarmos, sendo “se-pa-ra-dos” e convivendo “tudojunto”. O joio deve estar afastado do trigo. Assim acontecerá no fim dos tempos: os anjos vi-
rão para separar os homens maus dos que são bons. (São Mateus 13,49) - Todos os povos da Terra se reunirão diante d’Ele, e Ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos (São Mateus 25,32). Se a religião é para nos ligar a Deus, então é dele que nunca devemos estar se-pa-ra-dos. - Quem nos poderá separar do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada? (Romanos 8,35) - Nem as forças das alturas ou das profundidades, nem qualquer outra criatura, nada nos poderá separar do amor de Deus, manifestado em Jesus Cristo, nosso Senhor. (Romanos 8,39)
O governo da China quer destruir a Igreja Católica Mesmo com as esperanças suscitadas pela eleição do Papa Francisco, as relações entre a Santa Sé e a China ainda atravessam turbulências e o novo líder (*) Xi Jinping não está mantendo as promessas. A Associação Patriótica chinesa e o ministério dos assuntos religiosos estão buscando “escravizar” bispos e fiéis. É o que denuncia o arcebispo emérito de Hong Kong, cardeal Joseph Zen. O purpurado, entristecido, fala de uma “obra de destruição” do regime de Pequim em relação à Igreja Católica local. As pessoas que há tanto tempo têm em mão o poder de domínio sobre as religiões, estão destruindo não somente as religiões, mas também o prestígio de nossa nação. O único objetivo deles e que, infelizmente, obtém sucesso, é escravizar a nossa Igreja, forjando a consciência dos nossos bispos e sacerdotes para
uma igreja doméstica que fora chamada a se juntar ao estado e serem monitorados por ele, até as que foram proibidas de ter espaços para realização de cerimônias religiosas. “Quanto aos regimes políticos e pessoas que se levantaram contra a Igreja, um por um, foram afundando ao longo da história, e a Igreja de Jesus Cristo está firme e inabalável como era há 2.000 anos atrás. Até mesmo o poder do inferno não pode triunfar sobre ela.” - (Rádio Vaticano Portal Ecclesia)
que reneguem a sua fé”, lamentou dom Zen. A perseguição neste contexto vai desde se ter
(*) Xí Jìnpíng é um político da República Popular da China. É, atualmente, o principal membro do Secretariado do Partido Comunista Chinês, presidente da China, diretor da Escola Central do Partido, e o mais importante membro do Comitê Permanente do Politburo, que é o órgão de controle do país.
6
Sanctuarium
Abril 2014 DÊ PREFERÊNCIA AOS NOSSOS PARCEIROS NA EVANGELIZAÇÃO
Abril 2014
Sanctuarium
7
DÊ PREFERÊNCIA AOS NOSSOS PARCEIROS NA EVANGELIZAÇÃO
8
Sanctuarium
Abril 2014
Campanha da Fraternidade 2014
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abriu oficialmente a Campanha da Fraternidade de 2014 nesta Quarta-feira de Cinzas, dia 5 de março, em sua sede em Brasília (DF). Este ano, a campanha aborda o tema “Fraternidade e Tráfico Humano” e o lema “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5,1)
A Campanha da Fraternidade é um convite para nos convertermos a Deus e irmos ao encontro dos irmãos mais necessitados e sofredores, sugerindo em cada ano um assunto que afeta diretamente a dignidade humana ou a vida em sentido geral. Em 2014 ocupa-se com todos aqueles e aquelas que são enganados e usados para o tráfico humano, de trabalho, de órgãos e a prostituição. Normalmente o crime organizado está por detrás das diversas modalidades de tráfico humano. As pessoas, geralmente, são atraídas com falsas promessas de melhores condições de vida em outras cidades ou países e ali são cruelmente usa-
das e escravizadas, gerando fortunas para consciências inescrupulosas e vorazes. A maioria das pessoas traficadas vive em situação de pobreza e grande vulnerabilidade. Isso facilita o aliciamento com falsas promessas de vida melhor. (Dom Aloísio Dilli, Bispo de Uruguaiana(RS)) O papa Francisco enviou mensagem por ocasião da abertura da campanha no Brasil. De acordo com o papa, não é possível ficar impassível, sabendo que existem seres humanos tratados como mercadoria. “Pense-se em adoções de criança para remoção de órgãos, em mulheres enganadas e obrigadas a prostituir-se, em trabalhadores explorados, sem direitos nem voz, etc”. O papa se diri-
giu aos fiéis, exortando sobre a problemática do tráfico de pessoas. “Queridos brasileiros, tenhamos a certeza: Eu só ofendo a dignidade humana do outro, porque antes vendi a minha”. O representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcello Laverene Machado, destacou que a OAB reconhece a CNBB como uma parceira de lutas em defesa da dignidade humana. “A Campanha da Fraternidade vai chamar a atenção para essa grande chaga que é a opressão, o abandono, em uma sociedade estruturada sob bases injustas, visando apenas o consumismo e o capitalismo. Que cada brasileiro nesta campanha, lute pelo desaparecimento do tráfico humano”, concluiu.
Sanctuarium
Abril 2014
9
Origem e significado da Semana Santa
A “Semana Santa” surgiu já nos primórdios do cristianismo quando as comunidades cristãs em Jerusalém se reuniam, na Sexta-feira e no Sábado, mediante rigoroso jejum, recordando o sofrimento e a morte de Jesus, ou seja, rememorando “os dias em que nos foi tirado o esposo” (diebus in quibus ablatus est sponsus: Cf. Mt 9,15; Mc 2,20). Dessa forma, se preparavam para a festa da Páscoa, no Domingo, em que celebravam a memória da ressurreição de Jesus.
Domingo de Ramos e Paixão do Senhor Inicialmente, esse Domingo c h a m a v a - s e C a p i t u l a v i u m ( la vação das cabeças), porque nesse dia, os que seriam batizados no Sábado seguinte, participavam de uma cerimônia preparatória, quando suas cabeças eram solenemente lavadas. Esse Domingo é marcado pela procissão de ramos, que começou a ser feita em Jerusalém, no século IV, para relembrar a entrada solene de Jesus, aclamado como Messias.
O Tríduo Pascal I-QUINTA-FEIRA SANTA A Quinta-feira Santa é marcada pela instituição da Eucaristia, a “Ceia do Senhor”, simbolizada p e l o amor serviçal (o lava-pés). Desde o século VI, a cerimônia do “lava-pés” procura reproduzir ritualmente o gesto de Jesus que lavou os pés de seus discípulos, como prova de amor e disposição para servir. Em Roma, o papa lavava os pés de treze pobres, aos quais tinha servido uma ceia. Para o papa Gregório I, conhecido como Gregório Magno (590-604), este 13º pobre seria o próprio Cristo disfarçado de mendigo.
II- SEXTA-FEIRA SANTA Este dia chamavase “Paraskeve” (do grego: paraskeué: preparação. Segundo o evangelista João, é nesse dia que Jesus foi crucificado: “Os judeus temeram que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque já era a Preparação e esse sábado era particularmente solene. Tertuliano (155-222), um dos mais importantes escritores eclesiásticos da antiguidade, deu-lhe o nome de “Dies Paschae” (Dia da Páscoa). Santo Ambrósio (340-397) chamava a Sexta-feira de “Dies amaritudinis” (Dia do amargor, da tristeza), por ser o grande dia de luto para a Igreja. A liturgia deste dia é composta de três partes:
proibida em 1622 e continuou até recentemente, quando foi rein troduzida, após o Concílio Vaticano II. Nests dia não se consagram as hóstias, pois já foram consagradas na Quinta-feira Santa. III- SÁBADO SANTO - VIGÍLIA PASCAL Na Vigília Pascal recordamos a grande noite de vigília do povo hebreu no Egito, aguardando a hora da libertação da escravidão do Egito, ou seja, relembramos a Páscoa judaica. Nela celebramos a nossa própria redenção pelo mistério da Ressurreição de Cristo.
Adoração da Cruz Aq u i , “ a d o r a ç ã o ” significa apen a s “veneração solene”. Adoração, no sentido próprio, pode ser prestada só a Deus. Esta cerimônia teve origem em Jerusalém, no século IV, depois que Constantino encontrou as relíquias da Cruz do Salvador. Prestando uma veneração especial à Cruz ou ao Crucifixo, manifestamos nossa fé no Cristo Redentor. Adorando a cruz, é ao Cristo que de fato devemos adorar.
Celebração da Luz - Essa cerimônia inicia-se com a “bênção do fogo”, feita no pátio, à entrada da igreja, porque na quinta-feira, foram apagadas todas as luzes da igreja. Recordamos aqui as palavras do próprio Jesus: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12). Assim, o Círio pascal, que simboliza o Ressuscitado, é bento, aceso no “fogo novo” e conduzido em procissão para dentro da Igreja ainda às escuras, cantando por três vezes: Eis a luz de Cristo! Os participantes são convidados a acenderem as suas velas, imitando aqueles servos de que fala o Evangelho (Lc12,35-40), os quais esperam, vigilantes, “com as lâmpadas acesas”, o seu Senhor que os fará sentar à sua mesa. Esta parte se encerra cantando a ”Proclamação da Páscoa”, o Exulte, anunciando solenemente a vitória de Cristo.
Rito da Comunhão - Desde os primórdios, não foi costume celebrar a Missa na Sexta-feira Santa. A razão é que assim a Igreja manifesta seu luto pela morte do Salvador. A comunhão, que aos poucos foi introduzida na liturgia do dia, foi
Liturgia da Palavra - Neste momento, são narrados os gestos maravilhosos que Deus realizou em favor do povo ao longo da história da h u m a n i d a d e , d e s d e a C r i a ç ã o a t é o g r a n d e a t o d a “Nova C r i a ç ã o ” conferida pela ressur-
Liturgia da Palavra - A liturgia começa diretamente com leituras dos profetas, cantos e a leitura dialogada da Paixão. Em seguida, a Oração Universal, apresentando as necessidades da Igreja e do mundo. A tradição dessas orações, abandonada no século VI, foi retomada pela nova liturgia depois do Concílio Vaticano II.
reição de Cristo. Liturgia Batismal - Se há batismo, entoa-se a Ladainha. O Cristianismo herdou da liturgia das sinagogas esta forma de rezar, repetindo a mesma frase várias vezes. A seguir, realiza-se a “bênção da água batismal”. O celebrante mergulha o Círio pascal na água benta, para indicar que fomos sepultados na morte com Cristo e com ele ressuscitamos para a vida. Seguindo a bênção da água, passa-se para a “renovação das promessas do batismo”. Liturgia Eucarística - Trata-se de uma celebração festiva, pois já se comemora a vitória sobre a morte: Jesus Ressuscitou! O Santíssimo agora é trazido de volta para Tabernáculo na Igreja. O celebrante abençoa todos os fiéis enquanto se canta o “Rainha dos Céus, alegrai-vos” (Regina Coeli, laetare), como se fosse um “parabéns” àquela que de “Senhora das Dores” transformou-se em “Senhora da Alegria”. Páscoa da Ressurreição A Missa de Páscoa é a maior solenidade do ano. Até o século XI, era só nesse dia que os padres podiam cantar solenemente o “Glória a Deus nas alturas” (no latim Gloria in excelsis Deo). No momento do canto do Glória, como ainda hoje, os sinos e o órgão irrompiam numa grande explosão de alegria. Cristo venceu a morte, e para nós existe a tranquila garantia de vida e esperança. A tristeza, o desânimo e o medo, devem dar lugar à alegria e à esperança. Jesus venceu a morte para estar definitivamente junto e dentro de nós. Caso contrário, quem participa apenas da “Quinta-feira Santa”, ou só da “Sexta-feira Santa”, corre o risco de assimilar uma fé fracassada pela morte e de viver uma vida marcada pela resignação, pela alienação e inércia.
10
Sanctuarium
Abril 2014 DÊ PREFERÊNCIA AOS NOSSOS PARCEIROS NA EVANGELIZAÇÃO
Abril 2014
Sanctuarium
11
A ilegalidade praticada pelo INSS no cancelamento dos benefícios previdenciários por incapacidade concedidos judicialmente
Dentre as prestações previdenciárias pagas pelo INSS aos segurados estão à aposentadoria por invalidez e o auxílio-doença, benefícios por incapacidade que possuem natureza nitidamente precária, ou seja, serão mantidos por prazo indeterminado enquanto houver incapacidade/inaptidão para o exercício de atividade laborativa. Quando o segurado se submete à perícia do INSS e se conclui que não foi reconhecida a incapacidade para o trabalho, o segurado pode ingressar com ação judicial para ter o seu direito ao be-
nefício reconhecido. Assim, na sentença judicial que concede o benefício e da qual não cabe mais recurso opera-se a coisa julgada, o que torna a decisão indiscutível e imutável segundo o que dispõe os artigos 467 e 468 do Código de Processo Civil. Diante da instabilidade dos benefícios previdenciários por incapacidade e da coisa julgada, a decisão judicial que os concede não os torna definitivos, vitalícios, posto que o Poder Judiciário apenas concede de forma definitiva uma prestação provisória na medida em que ela é devida. Porém, poderia o INSS convocar o segurado para perícia médica e rever essa decisão judicial unilateralmente – sem a ciência do juiz ao constatar por meio de seus peritos a recuperação da capacidade laboral, cancelando o benefício, através do que se conhece como rescisória administrativa? Não. Vejamos: Sabemos que diante da precariedade dos benefícios previdenciários por incapacidade, seus titulares devem obrigatoriamente submeter-se às avaliações médicas periódicas a critério do INSS sob pena de suspensão do benefício, conforme determina o art. 101 da Lei 8.213/91. Em contrapartida, essas avaliações médicas periódicas resultam do poder de autotutela da autarquia previdenciária, ou seja, do seu di-
reito-dever de convocar o segurado a submeter-se a perícia médica para que possa constatar se a incapacidade para o trabalho persiste, conforme determina o art. 71, da Lei 8.212/91. Contudo, jamais uma decisão administrativa pode prevalecer sobre uma decisão judicial. Depreende-se, portanto, que a legislação atribui ao Judiciário o poder de cancelar o benefício por ele concedido, devendo o INSS valer-se apenas e tão somente da ação rescisória ou revisional. Como já exposto, a decisão judicial transitada em julgado que concedeu o benefício incapacitante faz coisa julgada nos moldes da lide e esta concessão não é definitiva já que se trata de prestação precária. Importante frisar que tais benefícios em estudo possuem relação jurídica continuativa e, assim sendo, a legislação processual possibilita a revisão do que foi estatuído na sentença caso tenha ocorrido modificação no estado de fato ou de direito nos termos do art. 471, I do CPC, vejamos: “Art. 471. Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas, relativas à mesma lide, salvo: I - se, tratando-se de relação jurídica continuativa, sobreveio modificação no estado de fato ou de direito; caso em que poderá a parte pedir a revisão do que foi estatuído na sentença”.
Logo, para que o INSS possa cancelar o benefício por incapacidade concedido judicialmente deve pedir a revisão da decisão judicial na forma determinada pelo artigo 471, I do CPC e demonstrar a modificação superveniente no estado de fato ou de direito do segurado e, ainda, nos termos do parágrafo único do art. 71 da Lei 8.212/91 deve utilizar-se da ação revisional para tanto, a exemplo das ações alimentícias. Dessa forma, concluímos que o INSS possui o dever-poder legal de convocar os segurados que recebem benefícios previdenciários por incapacidade para avaliações médicas periódicas, no entanto, não é dado à autarquia previdenciária o poder de rever unilateralmente os benefícios por incapacidade concedidos pelo Poder Judiciário, sendo imprescindível o ajuizamento de ação revisional, sob pena de violação à coisa julgada, a exemplo do que ocorre nas ações revisionais alimentícias, visto tratarem de relação jurídica continuativa. Portanto, caso ocorra um cancelamento na via administrativa (INSS) deste tipo de benefício concedido judicialmente, o cidadão deve procurar seus direitos a fim de tê-lo restabelecido até que se realize o procedimento legal para verificação do real estado de saúde do segurado.
12 01 VOLTA, MEU POVO, AO TEU SENHOR E EXULTARÁ TEU CORAÇÃO. / ELE SERÁ TEU CONDUTOR, TUA ESPERANÇA DE SALVAÇÃO! Se confessas teu pecado, Ele é justo e compassivo. / Cantarás purificado os louvores do Deus vivo. Nossas vidas tão dispersas nosso Deus as juntará, / e seremos novo povo, Ele nos renovará. Se voltares ao Senhor, Ele a ti se voltará, pois imenso é seu amor e jamais se acabará. 02 O VOSSO CORAÇÃO DE PEDRA SE CONVERTERÁ EM NOVO, EM NOVO CORAÇÃO. (BIS) Tirarei de vosso peito vosso coração de pedra. No lugar colocarei novo coração de carne. Dentro em vós eu plantarei, plantarei o meu espírito: / Amareis os meus preceitos, seguireis o meu amor. Dentre todas as nações, com amor vos tirarei, qual pastor vos guiarei para a terra, a vossa Pátria.
Sanctuarium 05 Que poderei retribuir ao Senhor por tudo aquilo que Ele me deu? OFERECEREI O SEU SACRIFÍCIO E INVOCAREI O SEU SANTO NOME. Que poderei oferecer ao meu Deus pelos imensos benefícios que me fez? Eu cumprirei minha promessa ao Senhor na reunião do povo santo de Deus. Vós me quebrastes os grilhões da escravidão, e é por isso que hoje canto vosso Amor. 06 Em Jerusalém prenderam Jesus, o meu Salvador. Cuspiram na face e a força do braço o chicoteou. COMO SOFREU O MEU REDENTOR! FOI SOBRE O MADEIRO QUE CRUCIFICARAM O MEU SALVADOR. Soldados romanos trouxeram a cruz, Jesus a tomou. / Por todas as ruas daquela cidade o Cristo a arrastou. E quando chegaram até o calvário deitaram Jesus de braços abertos, no grande madeiro, em forma de cruz.
Esta terra habitareis: foi presente a vossos pais e sereis sempre o meu povo, eu serei o vosso Deus.
E sobre os seus pés, também, suas mãos os cravos pregaram. / E entre os ladrões, o meu Salvador na cruz levantaram.
03 GLÓRIA, LOUVOR E HONRA A TI, CRISTO REI, REDENTOR! (BIS)
O fel da amargura na boca do Mestre alguém colocou, / e um dos soldados seu lado esquerdo com a lança furou.
De Israel Rei esperado, de Davi ilustre filho. O Senhor é que te envia, ouve, pois, nosso estribilho.
FOI FEITO ASSIM AO MEU REDENTOR. DEPOIS DE TRÊS DIAS, SAIU DO SEPULCRO E RESSUSCITOU! 07 DIZEI AOS CATIVOS: “SAÍ!” AOS QUE ESTÃO NAS TREVAS. / “VINDE À LUZ!” CAMINHEMOS PARA AS FONTES, / É O SENHOR QUEM NOS CONDUZ! (BIS)
Todos juntos te celebram, quer na terra ou nas alturas, / cantam todos teus louvores, anjos, homens, criaturas. Veio a ti o povo hebraico com seus ramos e suas palmas. / Também hoje, te trazemos nossos hinos, nossas almas. Festejaram tua entrada, que ao Calvário conduzia, / mas agora que tu reinas, bem maior é nossa alegria. Agradaram-te os teus hinos, nossos hinos igualmente. / O que é bom tu sempre acolhes, Rei bondoso, Rei clemente. 04 Sê bendito, Senhor, para sempre pelos frutos das nossas jornadas. / Repartidos na mesa do reino, anunciam a paz almejada. SENHOR DA VIDA, TU ÉS A NOSSA SALVAÇÃO! / AO PREPARARMOS A TUA MESA, EM TI BUSCAMOS RESSURREIÇÃO! Sê bendito, Senhor para sempre pelos mares, os rios e as fontes / nos recordam a tua justiça, que nos levam a um novo horizonte. Sê bendito, Senhor, para sempre pelas bênçãos qual chuva torrente. / Tu fecundas o chão desta vida que abriga uma nova semente.
Foi no tempo favorável que eu te ouvi, te escutei. No dia da salvação socorri-te e ajudei. E assim te guardarei, te farei Mediador d’Aliança com o povo. Serás seu Libertador! Não terás mais fome e sede, nem o sol te queimará, / O Senhor se compadece, qual Pastor te guiará... Pelos montes, pelos vales passarão minhas estradas, / e virão de toda parte e encontrarão pousada. 08 PAI, SE ESTE CÁLICE NÃO PODE PASSAR, SEM QUE O BEBA, SEJA FEITA A TUA VONTADE! Das profundezas eu clamo a vós, Senhor, escutai a minha voz. Vossos ouvidos estejam bem atentos ao clamor de minha prece. Se levardes em conta nossas faltas, quem haverá de subsistir? / Mas em vós se encontra o perdão, eu vos temo e em vós espero. No Senhor ponho a minha esperança, espero em sua palavra. / A minh’alma espera no Senhor
Abril 2014
mais que o vigia pela aurora. Espere Israel pelo Senhor mais que o vigia pela aurora! / Pois no Senhor se encontra toda graça e copiosa redenção.
O Criador teve pena do primitivo casal, / que foi ferido de morte, comendo o fruto fatal, / e marcou logo outra árvore, para curar-nos do mal.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo desde agora e para sempre, / ao Deus que é, que era e que vem, pelos séculos. Amém!
Tal ordem foi exigida na obra da salvação: Cai o inimigo no laço de sua própria invenção. Do próprio lenho da morte Deus fez nascer redenção.
09 EU ME ENTREGO SENHOR EM TUAS MÃOS E ESPERO PELA TUA SALVAÇÃO! (BIS)
Na plenitude dos tempos, a hora santa chegou e, pelo Pai enviado, nasceu do mundo o autor; e duma Virgem no seio a nossa carne tomou.
Junto de Ti, ó Senhor eu me abrigo. Não tenha eu do que me envergonhar. / Por tua justiça me salva, e teu ouvido ouça meu grito: Vem logo libertar!
Seis lustros tendo passado, cumpriu a sua missão. / Só para ela nascido, livre se entrega à Paixão. / Na cruz se eleva o Cordeiro, como perfeita oblação.
Sê para mim um rochedo firme e forte, uma muralha que sempre me proteja. / Por tua honra, Senhor, vem conduzir-me, vem desatar-me. És minha fortaleza.
Glória e poder à Trindade. Ao Pai e ao Filho, louvor. / Honra ao Espírito Santo. Eterna glória ao Senhor, / que nos salvou pela graça e nos remiu pelo amor.
Em tuas mãos eu entrego o meu espírito. Ó Senhor Deus, és tu quem me vais salvar. / Tu não suportas quem serve a falsos deuses, somente em ti, ó Senhor, vou confiar!
13 SÃO JUDAS TADEU, SANTO APÓSTOLO DO SENHOR, / ROGAI A DEUS, ROGAI, A DEUS, POR NÓS!
De minha parte, Senhor, em ti confio. Tu és meu Deus, meu destino em tuas mãos. / Vem libertarme de quantos me perseguem. Por teu amor faz brilhar tua salvação!
Santo humilde da humilde Galiléia, da família parente de Jesus. / Escutastes o Mestre em vossa vida, conduzi-nos ao Mestre em vossa luz!
10 Para dar-nos a tua luz, tu sentiste as trevas. Para dar-nos a tua vida, tu provaste a morte. Nos basta, Senhor, sentir-nos iguais a ti e unir à tua, a nossa dor.
Santo atento à Palavra do Senhor, vós levastes ao mundo a salvação. / O Evangelho da graça e do amor, que nos salve a vossa proteção.
ÉS DEUS, ÉS MEU DEUS, O NOSSO DEUS DE AMOR INFINITO! (BIS) Para dar-nos a inocência, te sentiste pecado. Pra que o céu fosse nosso, foste abandonado. Pra dar-nos, Senhor, vida plena na terra, sentiste que o Pai estava distante de ti. 11 PROVA DE AMOR MAIOR NÃO HÁ, QUE DOAR A VIDA PELO IRMÃO! (BIS) Eis que eu vos dou o meu novo mandamento: Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado! Vós sereis os meus amigos, se seguirdes meus preceitos. Como o Pai sempre me ama assim também eu vos amei. Permanecei em meu amor e segui meu mandamento. E chegando a minha Páscoa vos amei até o fim. 12 Fiel madeiro da Santa Cruz, ó árvore sem rival. Que selva outro lenho produz, que traga em si fruto igual? Quão doce peso conduz, ó lenho celestial, fiel madeiro da Santa Cruz, ó árvore sem rival. Cantem meus lábios: a luta que sobre a cruz se travou. / Cantem o nobre triunfo que no madeiro alcançou / o Redentor do Universo, quando por nós se imolou.
Vós ouvistes, discípulo de Cristo, a mensagem da fé, da esperança. / Santo forte, do Espírito investido, de Jesus toda graça nos alcança. Aqui estamos, apóstolo de Cristo, confiando em vossa intercessão. / Sois o nosso irmão e padroeiro, nossa Igreja vos pede proteção. Oração de São Judas Tadeu Eis que estou na vossa presença, Senhor nosso, Deus Pai. / Pelo Batismo, em Jesus Cristo, pertenço à Igreja, Corpo de Cristo. / Essa Igreja feita de homens e mulheres, santos e pecadores, apóstolos e profetas, / com uma única missão: testemunhar o vosso Amor e evangelizar / para a construção do vosso Reino. / Hoje eu quero louvar o vosso nome, ó Pai / e ouso fazê-lo por meio do Apóstolo São Judas Tadeu. / Ele é uma das colunas da Igreja de Jesus Cristo, vosso querido Filho. / Em S. Judas Tadeu fizestes grandes coisas, ó Pai, / sobretudo em favor dos que sofrem. / Olhai a minha provação, a minha fraqueza em carregar com alegria a cruz, / em fazer da minha vida um ato de oblação. / Peço a graça... (silêncio) / Aumentai a minha fé e renovai a minha esperança, / para que tenha sempre forças para lutar, / saúde e vida para perseverar, / serenidade e equilíbrio para discernir e decidir. / Pela intercessão do Apóstolo São Judas, / concedei a mim, meus familiares, à Igreja, / o dom da sabedoria cristã e a prática do mandamento do amor fraterno, / tão importantes n e s t a sociedade dividida. / Assim, fortalecido em minha peregrinação terrena rumo à pátria definitiva, / saberei olhar para os santos como modelos de santidade, / servidores que foram do vosso povo a caminho. / Nossa Senhora Aparecida, / São Judas Tadeu, rogai por nós.