Informativo Santuário 228

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SAN UARIO INFORMATIVO DO SANTUÁRIO SÃO JUDAS TADEU ANO 19 - EDIÇÃO 228 - AGOSTO 2021

VOCAÇÃO

nosso caminho pelo mundo! DIOCESE DE GUARULHOS


LAIROTIDE

QUERIDO LEITOR Mês de agosto é dedicado às vocações e você sabe porque comemoramos o mês vocacional? Não deixe de ler o artigo dedicado as vocações. Santa Clara de Assis, protetora dos deficientes visuais, conheça a história dessa Santa e sua dedicação a igreja. Estamos vivendo momentos difíceis em que perdemos muitas pessoas queridas, diante disso preparamos um artigo especial de como lidar com o luto, acompanhe. Testemunhos nos inspiram e fortalecem a nossa fé, não deixe de ler o testemunho deste mês, como a fé cura e traz esperança às todos. Você sabe quais as orações que os padres fazem em silêncio na missa? Leia o Você Sabia deste mês e fique por dentro dessas orações. Para as crianças, preparamos uma atividade para colorir, sobre vocações.

Ótima leitura a todos. MISSAS A SÃO JUDAS TADEU

MISSAS E CELEBRAÇÕES

Dia 28 durante a Semana 07 - 10h - 12h - 15h - 18h - 20h

Segunda: 20h

Dia 28 aos Sábados 07 - 10h - 12h - 15h - 17h - 19h

Terça, Quinta e Sexta: 19h30 Quarta: 7h30 Sábado: 17h

Dia 28 aos Domingos 07h, 10h, 12h, 15h e 18h

Domingo: 7h - 9h - 11h - 18h

SECRETARIA E LIVRARIA

EXPEDIENTE

Rua da Verdade, 269 - Vila Harmonia Guarulhos - SP

Responsável: Padre Welson Nogueira

Tel: 11 2451-5802 |

11 94214-3805

Colaboração: Padre Elísio Mello Revisão: Claudia Guelfi

santuariosaojudasguarulhos@gmail.com

Editoração: Luiz M. Gonçalves

www.saojudasguarulhos.com.br

Fotos: PASCOM

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ERDAP OD ARVALAP

Graça e paz a todos que encontrarem nossa revista eletrônica, em especial aos devotos e devotas, paroquianos e paroquianas pertencentes ao nosso Santuário São Judas Tadeu, e a todos os homens de bom coração e fé. Este mês de agosto é dedicado a reflexão sobre as vocações, de modo geral, sem eleger uma e outra como mais especial. Estamos em épocas de grotescas mudanças de pensamento, paradigmas e cultura; nossa sociedade moderna e a maioria dos meios de comunicação exclui o sentido e a compreensão de quem é Deus. Acredito eu que se torna tão absurda tal tendência num mundo cada vez mais longe da religião e de Deus, que se afunda também no egoísmo suicida, naquilo que definimos como ser humano. No mundo dos seres vivos existem algumas coisas que só pertencem a nós e isto nos define com seres humanos. Na medida que nos afastamos de Deus, afastamo-nos de nós mesmos. Neste “mundo informatizado, inteligente”, como fica Deus? Como fica a reflexão sobre a fé? Como falar de vocação? Agosto é o mês dedicando às vocações no Brasil, com o tema: "Cristo nos salva e nos envia". Este ano, o Mês Vocacional pretende irradiar o compromisso e o zelo da Igreja por todas as vocações. “Assumido em âmbito nacional, em 1981, por Dioceses e Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o mês vocacional, celebrado em agosto, tem o intuito de ser um tempo especial de reflexão e oração pelas vocações e ministérios. Este ano, a equipe organizadora do Mês Vocacional leva em consideração a sensibilidade à escuta, ao chamado vocacional e traz como tema: “Cristo nos salva e nos envia”. Em fevereiro deste ano, a Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, apresentou o cartaz do Mês Vocacional de 2021. O tema vem da Exortação Apostólica Pós-Sinodal, Christus Vivit, dentro do projeto do Serviço de Animação Vocacional/Pastoral Vocacional do Brasil (ChV 118-123). O lema é: “Quem escuta a minha palavra possui a vida eterna” (cf. Jo 5,24).” CNBB VOCAÇÃO

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ERDAP OD ARVALAP

Na Exortação Apostólica Pós-Sinodal Christus Vivit, o Papa Francisco destaca três verdades que, segundo ele, são as coisas mais importantes a serem anunciadas: “aquilo que nunca se deveria calar e que todos precisamos sempre escutar.” Se em 2020 a animação vocacional do Brasil se deteve na primeira verdade de aprofundamento do Mês Vocacional, com o tema: “Amados e chamados por Deus”, e o lema: “És precioso a meus olhos… eu te amo” (Is 43,4), neste ano de 2021 será aprofundada a segunda verdade. Por isso, o tema: “Cristo nos salva e nos envia”, e o lema: “Quem escuta a minha palavra possui a vida eterna” (cf. Jo 5,24). A terceira verdade, que dá o nome à Exortação Apostólica Christus Vivit (Cristo vive), será aprofundada em 2022, já no clima do Ano Vocacional, marcado para 2023. CNBB Necessitamos rezar pelas vocações e pela perseverança daqueles que já assumiram uma vocação. Então convido você e sua família a rezar a cada domingo por um motivo vocacional. Segue aqui a ordem das nossas orações em cada domingo do mês vocacional. Nosso Santuário te faz um convite a descobrir sua vocação e vivê-la. Estaremos juntos, venha fazer este encontro com Cristo e descobrir valores raros para sua vida e sua família. No primeiro domingo de agosto, comemora-se a vocação sacerdotal. No segundo domingo, comemora-se a vocação matrimonial. No terceiro domingo, comemora-se a vocação à vida consagrada. No quarto domingo, comemoram-se as vocações leigas. Que Deus nos ajude a encontrar nossa vocação e sobretudo a graça de bem vivê-la. Gratidão pela ajuda que vocês têm dado ao Santuário, tanto materialmente quanto espiritualmente. Que a pandemia acabe e que as bençãos de Deus repousem sobre cada um de nós. Deus abençoe a todos vocês. Pe. Welson O. Nogueira Pároco e reitor SANTUÁRIO SÃO JUDAS TADEU - 04


LANOICACOV SÊM

POR QUE AGOSTO É O MÊS VOCACIONAL?

Todo ano, em agosto, celebramos em nossas Igrejas o Mês Vocacional. Mas, você já parou para se perguntar por que temos essas comemorações no Brasil? Em 1981, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em sua 19ª Assembleia Geral, instituiu agosto como o Mês Vocacional. O objetivo principal era o de conscientizar as comunidades da responsabilidade que compartilham no processo vocacional. É por isso que cada domingo do mês de agosto é dedicado à celebração de uma determinada vocação. No primeiro, celebra-se sacerdócio e os ministérios ordenados; no segundo, o matrimônio junto à semana da Família; no terceiro, a vida consagrada, e por fim, no quarto, a vocação dos Leigos. Mesmo após décadas da instituição do Mês Vocacional, o arcebispo metropolitano de Porto Alegre (RS), que também já presidiu a Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, Dom Jaime Spengler, diz que ainda é preciso criar uma cultura vocacional na juventude católica. “Quando falamos de vocação ou de cultura vocacional, quase sempre temos em mente os ministérios ordenados ou a vida consagrada. Na verdade, trata-se de uma compreensão muito mais ampla da questão. Quanto é necessário, por exemplo, que nas diversas dimensões da vida social haja pessoas leigas, comprometidas com a fé, dispostas a cooperar em construir um mundo um pouco melhor para as futuras gerações”, afirmou em entrevista ao site da CNBB, ressaltando: “Urge apresentar aos jovens e adolescentes os distintos caminhos do serviço do Senhor e do seu Reino: como leigos engajados nos diversos âmbitos da vida social; casados que assumem o compromisso do matrimônio; consagrados por causa do Reino dos Céus; e ministros ordenados a serviço do povo, nas diversas comunidades de fé”. Fonte: a12.com/jovensdemaria SANTUÁRIO SÃO JUDAS TADEU - 05


ATTNAS

No dia 11 de agosto é comemorado o Dia de Santa Clara de Assis, protetora dos deficientes visuais, das lavadeiras, dos vidraceiros e dos profissionais da televisão. Santa Clara foi a primeira mulher a aderir na vida as ideias fransciscanas e dedicou sua existência à adoração da palavra de Deus. Para homenagear o Dia de Santa Clara de Assis, aprenda a oração à santa e faça as simpatias que utilizam o poder dela. Dessa forma, você conseguirá alcançar maravilhas e resolverá as questões que estão deixando o seu coração em aflição. História de Santa Clara de Assis Santa Clara de Assis nasceu no ano de 1194, em Assis, na Itália. Já muito jovem ela demonstrava ter desejo de seguir uma vida religiosa, dentro das igrejas e/ou templos sagrados. Então, quando completou 18 anos, saiu da sua casa para se dedicar plenamente à palavra de Deus, dedicando sua vida e ações para a propagação da fé cristã entre as pessoas da região. Para concretizar seu desejo de ser uma ferramenta para a realização do poder divino, foi para a igreja de Santa Maria dos Anjos, local onde conheceu São Francisco e seus companheiros. Na igreja, tornou-se a primeira mulher a seguir os ensinamentos franciscanos com grande dedicação.

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ATTNAS

A vida que Santa Clara escolheu não era bem aceita pela sua família e, por isso, um dia seus pais tentaram retirá-la da igreja, para ela poder retornar para casa. Porém, a santa sempre foi fiel com sua devoção e não aceitou voltar com a família. O desejo de seguir a Deus era tão grande que tocou o coração da irmã e da mãe, que logo foram viver com a jovem dentro da igreja, abandonando suas vidas cheias de conforto e riqueza. Santa Clara de Assis é a fundadora das Clarissas, que antigamente eram conhecidas por "senhoras pobres". Essa é uma ordem religiosa feminina muito famosa pela Europa, em que há vários conventos que se dedicam para orar e amparar os mais necessitados. Foi em um dos conventos que, durante uma época de grande necessidade e fome na região, havia um único pão para 50 irmãs que estavam no local. Santa Clara, então, pediu para a cozinheira dividir o alimento em 50 pedaços e, mesmo esta não compreendendo o pedido, assim o fez. Para a surpresa da cozinheira, único pão multiplicou-se e nenhuma das irmãs passaram fome. A santa é muito rogada pelos fiéis porque ela ajuda abrir os caminhos. Acreditase que um ano antes de morrer, Santa Clara desejava ver uma missa na Igreja de São Francisco, porém, como estava muito doente, não havia meios de chegar até lá. Através da oração, a santa conseguiu ver o que se passava na missa, como se a celebração estivesse sendo projetada na sua frente. O fato ficou famoso porque ela foi capaz de descrever várias cenas que ocorreram na missa, sem ter estado no local. A partir desse evento, ela tornou-se a padroeira da televisão em 1958.

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ATTNAS

Santa Clara de Assis morreu em 11 de agosto de 1253, com 60 anos de idade. Desde sua morte, este dia é utilizado para a comemoração da sua santidade.

Oração à Santa Clara de Assis "Pela intercessão de Santa Clara, Senhor Todo-poderoso me abençoe e proteja, volte para mim os seus olhos misericordiosos, dê-me paz e tranquilidade, derrame sobre mim as suas divinas e poderosas graças e, depois desta vida, aceiteme no céu em companhia de Santa Clara e de todos os santos. Em nome do Pai, do filho e do Espírito Santo. Amém."

Novena iluminada Durante nove dias, repita essa oração com sincero coração. No último dia, acenda uma vela e deixe-a queimar por completo.

"Ó Santa Clara, que seguistes a Cristo com tua vida de pobreza e oração, faze que entregando-nos confiantes a previdência do Pai Celeste no inteiro abandono, aceitemos serenamente sua divina vontade. Ó Santa Clara, bela e formosa, iluminai os meus caminhos para a glória e para a vitória. Livrai-me dos inimigos e dos problemas. Eu peço à milagrosa Santa Clara para cobrir a minha cabeça com o seu manto sagrado e defender os meus negócios e a minha vida em todos os momentos de aflições e dores. Amém". Para finalizar, reze uma Ave-Maria.

Fonte: www.terra.com.br

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OTNEMICEHNOC

Como lidar com o LUTO? Como lidar com o luto quando ele se faz presente em nossas vidas????? Nossa vidas são repletas de ciclos e de encerramentos, encerramentos estes que as vezes acontecem de forma dolorosa, como a perda de um emprego, a perda de um bem, o fim de um relacionamento, ou a pior das perdas, quando perdemos um ente querido. Perguntas como “Por que aconteceu comigo?”, “Será que um dia eu irei parar de sofrer?”, ou “Vou conseguir superar esta dor?”, ou ainda “Como vou me despedir de alguém que eu não quero que vá embora?”. Como passar por este momento em que a dor é paralisante e que perante a morte nos tornamos totalmente impotentes? A dor da perda é do tamanho do amor que sentimos pelo ente que perdemos. Diante do luto é que reaprendemos a viver com uma situação que jamais voltará a ser como antes da perda, aprender a resignificar momentos, lembranças de vivencias marcantes de ensinamentos e aprendizagem . Diante a nossa impotência perante a morte passamos por fases como: Negação, Raiva, Barganha e Depressão E finalmente o que nos resta é seguir em frente, acomodando a dor em um lugar dentro do nosso coração.

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OTNEMICEHNOC

Não existe receitas infalíveis para lidar com o luto, cada pessoa tem seu tempo, embora a elaboração costuma durar um ano, para passar por todas as datas importantes, comemorativas e festivas que vivenciamos com o ente perdido. Leva tempo para aprendermos a viver sem a pessoa que amamos e perdemos...tão contra nossa vontade. Recorrer a fantasia ou ao ” e se”.....e se eu não tivesse saído aquela noite?....e se eu não tivesse viajado?.... e se eu tivesse percebido que havia algo de errado com ela?.... eu teria evitado a perda desta pessoa?. Os “e se” só trazem mais culpa, dúvida e atrasam o processo de recuperação. Por vezes nos afastamos de Deus, por achar Ele culpado de nossa perda, e então só nos sentimos ainda mais abandonados, desamparados e não percebemos que o afastamento de Deus nos leva cada vez mais para o fundo do poço. Para a morte e o tempo não existe negociação. Então pode chorar e chorar, permita-se vivenciar esta perda, busque algum parente ou amigo para falar de seu sentimentos e sofrimentos, busque ainda a ajuda de um psicólogo que o ajudará a elaborar esta perda. Relate seus sentimentos em um diário, isto trará alívio para seu coração. Reviva os bons momentos que passou ao lado desta pessoa , reviva a cumplicidade, as alegrias, mas principalmente seja GRATA A DEUS por ter tido a oportunidade de viver estas emoções com esta pessoa. Visite o passado porque o amor que vc sente por esta pessoa continuará a existir. Será uma avalanche de sentimentos, então sugiro que viva um dia de cada vez, um dia triste, outro menos triste, um dia péssimo, outro nem tanto, e aos poucos o sofrimento da perda do luto irá sendo elaborado, e você já se sentira um pouco melhor a cada dia.

Então será a hora de seguir em frente, fazer planos para o futuro, traçar novos objetivos de vida, assim vc também irá homenagear a pessoa amada e perdida. Fiquemos com a mensagem de Santo Agostinho.... “ O que fomos um para o outro ainda seremos....não estou longe....só estou do outro lado do caminho” CRISTIANE MANGOLIN Z. FERNANDES PSICÓLOGA CLINICA E MAIL crispsic@uol.com.br

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OHNUMETSET

“SOU UM MILAGRE, ESTOU AQUI” “AQUILO QUE PARECIA IMPOSSÍVEL AQUILO QUE PARECIA NÃO TER SAÍDA AQUILO QUE PARECIA SER MINHA MORTE MAS JESUS MUDOU MINHA SORTE SOU UM MILAGRE E ESTOU AQUI” (SOU UM MILAGRE. PADRE ANTÔNIO MARIA) Começo a contar a minha história pelo título e pela citação acima, porque foi exatamente assim que aconteceu na minha vida e na vida da minha família. Somos seis milagres por aqui, sendo que eu tive o privilégio de ser o mais impressionante e surpreendente deles, conforme tentarei contar a seguir. É emocionante lembrar de tudo, não tem como não encher os olhos d'água. Foram momentos de muita tempestade e provação, mas fazemos questão de contar para que mais pessoas saibam que, para Deus, não existe impossível, não existe diagnóstico, não existe nenhuma enfermidade que Ele não seja capaz de curar, através da fé, da ciência e do amor. SANTUÁRIO SÃO JUDAS TADEU - 11


OHNUMETSET

Tudo começou no dia do meu aniversário de 61 anos, dia 17/03/2021. Ali começava uma longa jornada de dor e angústias para mim, para meu marido e para minhas duas filhas e genros. Frequentávamos a comunidade São Judas Tadeu até virmos morar aqui, em Aracaju, estado de Sergipe, no final de 2019. Sempre senti muita saudade da minha terra guarulhense e dos familiares e amigos eternos que fiz na Paróquia. Muitas vezes, eu perguntava para Deus se fiz a coisa certa e qual propósito Ele tinha aqui para minha vida. A pandemia chegou e nos pegou, assim como a todos, de surpresa. O ano de 2020 nos deixou, respeitamos o isolamento social e até então não tínhamos adoecido dessa enfermidade tão agressiva. Foi apenas no mês do meu aniversário em diante, do ano de 2021, que passamos a entender na pele a gravidade real desse vírus tão incapacitante e feroz. E foi de uma forma assustadora. Explicarei mais a seguir. Primeiro, o meu esposo Aldo foi acometido pela doença e precisou ser internado, apresentando os primeiros sintomas em casa, na madrugada no meu aniversário. Ali começou o meu calvário de angústia e medo. Logo a mim, que sempre respeitei esse vírus e sabia que ele era realmente capaz de devastar famílias. Meu marido é obeso e contém outras comorbidades. O medo de perdê-lo me levou a rezar terços de joelho no chão e me deixou bastante abalada emocionalmente. Pouco mais de 2 semanas depois, colhíamos o nosso primeiro milagre, depois de muita oração e entrega a Deus, a cura do meu esposo, enquanto eu e minha filha mais velha, Vivian, também sentíamos sintomas, entre o final do mês de março e o início do mês de abril de 2021. Minha filha mais velha, para honra e glória do Senhor, já tinha tomado a primeira dose da vacina contra a COVID, por ser profissional da área da saúde, o que a permitiu sentir apenas sintomas leves. Sorte esta que eu não tive, ainda que idosa, a minha vez de tomar a vacina ainda não havia chegado. Precisei ser internada na noite do dia 05/04/21, já com muita falta de ar e debilitada. Na manhã do dia 06/04/21, meu marido recebia alta, enquanto eu piorava muito, precisando de cada vez mais oxigênio, a cada hora que passava. Eu temia pela saúde das minhas filhas e dos meus genros, mas já não lembro de muita coisa. Elas relatam que a decisão de me levarem para a UTI COVID veio na manhã do dia 07/04/21, quando as máscaras de oxigênio já não eram suficientes para o meu caso (porque eu precisava de muito oxigênio) e o meu estado ofegante me impedia de fazer qualquer movimento com meu corpo. Eu relatei medo a elas, mas não lembro.

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Mais uma vez por relato das minhas filhas, fiquei sabendo que poucos minutos antes de eu ir para a UTI, eu fiquei estranhamente calma, após uma enfermeira me tranquilizar e dizer que eu só precisava confiar em Deus e respirar tranquila, que eu ia sobreviver e ficar bem. Ela escreveu um bilhete e dobrou na minha mão, o que só foi lido na frente da porta da UTI, por uma das minhas filhas. Dizia palavras de fé e calma, perfeitas para aquele momento tão duro, de provavelmente me despedir das minhas filhas. Aquela enfermeira foi um dos anjos que Deus colocou no meu caminho, para me preparar para aquela jornada, que eu ainda não sabia quão dura e desafiadora seria. Eu entrei serena na UTI, dizendo, entre uma respirada ofegante e outra, para as minhas duas filhas que eu sairia de lá e que as amava muito. Pedi para avisar “todo mundo” que eu sairia dessa. Aqui faço uma pausa para que uma das minhas filhas conte mais detalhes, que eu não me lembro, pois estava inconsciente... (por um lado, eu agradeço a Deus por ter me permitido dormir, para não ver a minha família inteira adoecer): Minha mãe generosamente nos deixou uma música, que se tornou um verdadeiro mantra que nos ajudou muito a sobreviver a essa batalha. Indo para o hospital, na noite do dia 05/04/21, quando lhe faltava o ar, ela apertou play no celular dela, na música “Sossega”, que, em resumo, diz “Sossega, Entrega, Espera, Vai ficar tudo bem, Tudo bem” e “Acalma minh'alma, Aquieta aí, O Pai 'tá cuidando de tudo pra ti”. Foi ao som dessa música e de tantos outros lindos hinos de louvor a Deus que embalamos a nossa jornada de dor e angústia. Foram 72 dias de internação dela, sendo 56 dias intensos de UTI COVID, entre altos e baixos, melhoras e pioras frequentes. Durante esse caminho, eu (a filha mais nova dela) acabei adoecendo também, a partir de 08/04/21, precisando também de internação, de 13/04/2021 a 20/04/2021. Justamente nesse período, internada no mesmo hospital, minha mãe teve muitas pioras na UTI, tendo dois choques sépticos graves praticamente seguidos. Naquela altura, ela tomava 5 antibióticos e 1 antifúngico porque o corpo dela batalhava bravamente contra a COVID, mas também estava acometido por infecções bacterianas e fúngicas muito fortes, ainda desconhecidas. Junto comigo, meu marido também estava doente, além do meu cunhado. Chegou um momento em que estávamos com a minha mãe na UTI, eu internada, meu marido e meu cunhado em casa, ambos muito debilitados. Minha irmã cuidando de todos nós, inclusive do meu pai, que ainda era convalescente. Aqui foi um dos momentos mais duros da nossa tempestade. Mas nunca desistimos e nunca estivemos sozinhos. Sempre acreditamos. Confiando sempre em Deus e orando muito! Deus nos sustentou nos detalhes, enviando pessoas ao nosso redor para dizer o que precisávamos ouvir, nos dando força, nos dando foco na certeza da cura, nos enviando músicas, nos enviando verdadeiros anjos, através de familiares, amigos e de toda a equipe do Hospital Primavera. SANTUÁRIO SÃO JUDAS TADEU - 13


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Foram horas e horas de visitas e louvores a Deus enquanto estávamos com ela, nas restritas horas em que nos era permitido. Sempre acreditamos que ela nos sentia e nos escutava. A todo momento fazíamos carinho, falávamos sobre amor e fé com ela, colocávamos músicas e orações para ela ouvir, além de áudios de algumas pessoas especiais para ela. Os médicos começaram a perceber que, enquanto estávamos na visita, ela melhorava os parâmetros vitais, mesmo estando inconsciente. Em decorrência disso, eles permitiram que os horários de visita fossem elastecidos. Inicialmente, tínhamos 1 hora por dia, 30 minutos para cada. Depois, passamos a ter 4 horas. Por fim, tínhamos 8 horas diárias. Os dias e semanas foram passando, ela não conseguia sair da intubação, tinha melhoras e pioras seguidas. Em resumo: ela sofreu uma extubação acidental no início; logo após, venceu a COVID e as infecções generalizadas, tendo sofrido 2 choques sépticos; precisou de doação de sangue; precisou trocar de tubo da traqueostomia diversas vezes por muitas intercorrências na traqueia; precisou trocar a sonda gástrica por intercorrências no estômago. Foram muitas intercorrências ao longo da internação na UTI. Foram muitos momentos de angústia e sofrimento. Não foram poucos os dias em que chegávamos para a visita esperançosos e recebíamos notícias tristes. Estávamos no meio da tempestade, mas louvávamos ao som de “Acalma minha tempestade” e “Por que Choras”, dentre tantas outras canções que colhiam e enxugavam nossas lágrimas. Precisávamos passar as notícias todos os dias a familiares e amigos e, mesmo com o coração destroçado, tentávamos passar a mensagem com a maior serenidade possível, porque assim Deus nos capacitava diariamente. Quando ela finalmente despertou da inconsciência, por volta do 40º dia de UTI, ela não mexia nenhum membro do corpo e não conseguia se comunicar. Inicialmente, desconfiaram da Síndrome de Guillain-Barré, que seria uma possível sequela definitiva da COVID. Alguns dias passaram e testes foram feitos, sendo essa hipótese descartada. Porém, a equipe médica foi clara ao nos informar que a recuperação dela levaria meses, talvez alcançando um ano, para que ela recuperasse todos os movimentos. Foram dias duros, mas assistimos o milagre de Deus se concretizar a cada novo desafio encontrado pela ciência. Fomos agraciados por uma equipe médica humana e que sempre respeitou a nossa religiosidade. Além de permitirem e elastecerem as nossas visitas a ela (o que sabemos que é raro em casos de COVID), sempre deixavam que a gente orasse e tocasse as nossas músicas naquele ambiente e permitiam que a TV ficasse sempre ligada na Canção Nova para ela na nossa ausência. Durante essa jornada, todos os dias, passávamos água benta no corpo dela, orávamos e rezávamos com ela, através de palavras e canções. Além disso, recebemos uma imensa chuva de amor e orações de todos os maravilhosos amigos da Comunidade São Judas Tadeu que jamais esqueceremos e o que com certeza nos prova o poder da oração, o caminho para alcançarmos o milagre do Pai. SANTUÁRIO SÃO JUDAS TADEU - 14


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Ela relata lembranças emocionantes do coma, que demonstram que a nossa presença, o nosso amor e a nossa fé fizeram a diferença na história de vitória dela. Ela relata lembrar de Nossa Senhora ao lado dela, de orações que fizemos para ela, de canções que ouvimos ao lado dela e assim por diante. Num dado momento, dentre os muito delicados que vivemos naquela UTI, tivemos a honra, inclusive, de receber por telefone a unção dos enfermos para minha mãe, através do Padre Welson, o que com certeza também agregou muito na cura dela. A ungimos com o óleo sagrado e proclamamos o poder de cura vindo de Deus, através do inesquecível ensinamento desse verdadeiro anjo. Para honra e glória do nome do Senhor, minha mãe foi voltando a conseguir fazer os movimentos e se comunicar, mesmo estando intubada através da traqueostomia. A evolução, após a saída dela da UTI para o quarto (dia 01/06/21), foi incrivelmente rápida. Ela retirou a sonda gástrica, retirou a traqueostomia e saiu do hospital no dia 15/06/21, já conseguindo comer, falar e andar com apoio. Na época, devido a fragilidade respiratória dela, a cadeira de rodas ainda era necessária para locomoção, por segurança. Tudo foi escrito e dirigido por Deus durante todo o longo caminho da cura de todos nós 6 (seis), uma família inteira curada pelo Pai Santíssimo: uma mãe, um pai, duas filhas e dois genros. Atualmente, todos estamos bem. Minha mãe segue se recuperando em casa muito rapidamente, fazendo fisioterapia, fonoaudiologia e acupuntura, mas andando sozinha, dançando e cantando. Ela segue surpreendendo os médicos que, sem exceção, a chamam de verdadeiro milagre vivo. Jamais esqueceremos do poder de Deus e, por isso, com muita honra, contamos a quem puder chegar essa história de luta, de entrega e de vitória. Gratidão eterna ao Nosso Senhor Jesus Cristo, à Nossa Amada Nossa Senhora, à São Judas Tadeu e a todos os santos e anjos que o Pai nos mandou por esse caminho tão doloroso e, ao mesmo tempo, tão vitorioso.

A TODAS AS FAMÍLIAS, DIZEMOS: CONFIEM EM DEUS, OREM SEMPRE, SE UNAM NO AMOR E NA ORAÇÃO, ENTENDAM, DE UMA VEZ POR TODAS, QUE, PARA DEUS, NÃO EXISTE IMPOSSÍVEL, VACINEM-SE CONTRA ESSE VÍRUS E PERMANEÇAM VIGILANTES PARA QUE NÃO SEJA NECESSÁRIO PASSAREM POR UMA TEMPESTADE DESSAS PARA VALORIZAREM MAIS A VIDA E A FÉ.

COM AMOR E GRATIDÃO,

ARAMITA CASSIA BARBOSA NEVES BERTOCCO E FAMÍLIA.

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?AIBAS ÊCOV

Por que algumas orações da Missa são pronunciadas em voz baixa pelo padre? Essas orações se concentram em três momentos particulares: a entrada, o ofertório e a comunhão. É preciso lembrar também das que precedem e seguem a proclamação do Evangelho, instituídas no século XIII. Em alguns livros litúrgicos antigos, também são encontradas algumas orações feitas pelo celebrante durante o Santo. Por seu caráter pessoal, esse tipo de oração foi chamada de apologia sacerdotal (apologiae sacerdotis), e é sempre de caráter privado, ou seja, de origem variável. Somente a partir do século X, essas orações se transformaram em rito, assim como conhecemos no missal editado por Pio V depois da reforma tridentina. O homem sempre se sentiu pecador diante de Deus e essas orações dão testemunho da súplica do celebrante para que o Senhor acolha sua indignidade e perdoe seus pecados. É significativa a apologia inicial ao pé do altar, com a recíproca confissão entre o celebrante e os ministros antes do início da celebração. As apologias do ofertório eram mais numerosas e importantes. Nasceram em uma época de decadência litúrgica fora da Itália. Elas não só expressavam o sentido do ritual, mas também significavam que a devoção particular do sacerdote deveria ser incrementada. Habitualmente, essas orações expressam a indignidade do celebrante, a crítica que ele faz de si mesmo e seu arrependimento. Duas apologias precediam a comunhão do celebrante (que são opcionais hoje em dia) e a continuação de todas as outras formas até a purificação dos cálices sagrados. Eram apologias que manifestavam a culpa e o desejo do perdão e a consequente ação de graças pelo dom de conservar a mente pura e livre do pecado. Hoje, ficaram poucas apologias: antes e depois do Evangelho, depois da apresentação do cálice, na divisão do pão, na preparação para a Comunhão. Elas ainda são expressões de devoção pessoal dos sacerdotes. Ou seja, eles rezam em voz baixa para que tenham uma intensa participação na celebração”. Referência bibliográfica: M. Righetti, Storia liturgica, III, La Messa, Ancora, Milano 1966³ anastatica

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ESEUQETAC

ATIVIDADE

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