Editorial
Querido Leitor. Não percam a edição de setembro!
No mês da Bíblia preparamos uma atividade bem legal para as crianças da catequese.
Nosso Pároco Pe. Welson fez uma linda reflexão sobre o momento atual que estamos vivendo, você não pode deixar de ler.
A Pastoral deste mês é a Perseverança, uma pastoral voltada aos adolescentes com atividades interativas, conheça um pouco mais sobre essa pastoral.
O mês de setembro é dedicado à Bíblia, preparamos com carinho um artigo muito interessante sobre a importância da leitura da Bíblia, ler a Bíblia não é apenas uma curiosidade é conversar com Deus.
Continuamos com as fotos do especial Jubileu de Ouro, acompanhe.
Estamos vivendo um momento de provações, um momento difícil e diante de tudo isso como viver a Santidade e perdoar o próximo e a si mesmo?
Você sabe porque o Espírito Santo é representado por uma Pomba? Então leia o artigo imperdível.
MISSAS A SÃO JUDAS TADEU
Ótima leitura a todos! MISSAS E CELEBRAÇÕES
Dia 28 durante a Semana 07 - 10h - 12h - 15h - 18h - 20h
Segunda: 20h
Dia 28 aos Sábados 07 - 10h - 12h - 15h - 17h - 19h
Quarta: 7h30
Dia 28 aos Domingos 08 - 10h - 12h - 15h - 18h
Terça, Quinta e Sexta: 19h30 Sábado: 17h | Domingo: 8h - 10h - 18h
EXPEDIENTE
SECRETARIA E LIVRARIA Santuário São Judas Tadeu Rua da Verdade, 269 - Vila Harmonia Guarulhos - SP Telefone: 11 2451-5802 Email:
Responsável: Padre Welson Nogueira Colaboração: Padre Elísio Mello Revisão: Cláudia Guelfi Editoração Eletrônica: Luiz Marcelo Gonçalves Fotos: PASCOM
santuariosaojudasguarulhos@gmail.com
Site: www.saojudasguarulhos.com.br
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Santuário São Judas Tadeu | Setembro 2020
PALAVRA DO PADRE
"Uma árvore que cai faz muito mais barulho que uma floresta que cresce".
Aos amados paroquianos e devotos de são Judas Tadeu, espero e desejo que a graça de Deus encontre bem todos vocês.
Nosso coração se encontra jubilante diante da graça de Deus que nos concedeu retomar nossa devoção e nossas missas presenciais, também nos dias 28 de cada mês. Mesmo diante da pandemia temos a alegria de poder aos poucos retornar.
“Eis que eu estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28, 20). Estas palavras de Jesus, dirigidas aos discípulos, dão-nos a certeza de que não estamos sozinhos diante dos problemas, desilusões, sofrimentos, crises, pandemias, etc. Ele caminha conosco. Estamos vivendo um tempo difícil da pandemia do novo coronavírus (COVID-19), em que parece custoso ver a presença do Senhor junto a nós. O Papa Francisco, na Praça de São Pedro vazia, expressou bem: “Densas trevas cobriram as nossas praças, ruas e cidades; apoderaram-se das nossas vidas, enchendo tudo dum silêncio ensurdecedor e um vazio desolador, que paralisa tudo à sua passagem: pressente-se no ar, nota-se nos gestos, dizem-no os olhares. Revemo-nos temerosos e perdidos”. Mas a narrativa dos discípulos de Emaús, nos dá a certeza de que nas noites escuras da vida e da história, o Senhor permanece conosco, Ele caminha conosco (Lc 24, 13-35).
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Este tempo grave de pandemia fechou as portas de nossas igrejas, mas a Igreja não está fechada, ela continua alimentando seus filhos e filhas através da oração, da Palavra, das celebrações transmitidas pelas TVs Católicas, rádios e mídias sociais, continua assistindo aos pobres e mais necessitados pela caridade e criando redes de solidariedade. Não sabemos até quando esta crise durará. Talvez, em muitas regiões, ainda que não tenha chegado o pico, porém, já se começa a ver sinais de possíveis superações.
É preciso, vivermos com responsabilidade este momento, incentivando o nosso povo ao cuidado com a própria vida e com a vida do próximo, como nos exortou a Campanha da Fraternidade: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”(Lc 10, 33-34). É importante, também, começarmos a refletir sobre este processo de volta e do pós-pandemia.” (Site do vaticano).
Depois de um tempo de crise, em que se experimenta a contingência da vida, emerge a questão do sentido da vida. Nesta busca de sentido, cresce a procura pelo religioso ou um afastamento do mesmo. Temos profundas crises e devemos enfrentá-las de cabeça erguida na fé em Jesus; tudo isso nos traz uma compreensão do que é nossa fé e discernir com maturidade no que é e em quem acreditamos. Sugiro a vocês refletir um texto que li e que vale a pena gastar um pouco de tempo: Santuário São Judas Tadeu | Setembro 2020
PALAVRA DO PADRE vergonha: dos escândalos, dos excessos, da falta de caráter, etc... Mas, também, ao olhar a história encontraremos exemplos virtuosos, de homens e de mulheres, de leigos e clérigos, que edificaram a Igreja por meio de suas vidas experimentadas no amor de Cristo.
Como diz o Papa Francisco: "Uma árvore que cai faz muito mais barulho que uma floresta que cresce". Para a mídia é mais rentável falar dos escândalos do que dos bons atos. Como diz os antigos: "notícia boa não vende jornal".
OS ESCÂNDALOS NA IGREJA Judas traiu, Pedro negou três vezes, Paulo perseguia, o outro roubava nos impostos... Cada qual foi encontrado numa condição de vida, foram chamados, conviveram com Jesus e seguiram suas vidas conforme a experiência de Cristo que fizeram.
O cristão verdadeiro, autêntico e vigoroso não deixa de procurar a justiça e desejar que ela seja feita, mas também não fica preso ao que de ruim acontece. Antes de tudo, o Senhor nos fez seus mensageiros por meio do batismo. Nos fez mensageiros da Boa Nova.
De lá para cá muitas coisas aconteceram, inúmeros decidiram seguir Jesus, outros se perderam e, não acreditando, voltaram para trás. Outros tantos, mediante suas míseras condições derramaram suas vidas em nome do testemunho cristão.
Quanto a condição de cada um de nós, somos vasos de barro e dentro de nós trazemos um tesouro precioso. O tesouro será sempre tesouro independentemente da fragilidade do barro. "Trazemos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para demonstrar que este poder que a tudo excede provém de Deus e não de nós mesmos" (2Cor 4,7).
Então deixa de ser um católico meia boca, que por conta de um escândalo de um padre ou coisa parecida, chama a Igreja de hipócrita. Hipocrisia é esta fé tão rasa que molha estes teus pés de barro que sustentam um corpo frívolo e uma cabeça vazia.
Que a verdade possa reinar, retirando de nossos olhos o véu da maldade e da hipocrisia. Que Deus nos ajude a viver uma fé firme e convicta, depositando nossa confiança em Jesus que não falha jamais. Em Cristo, o menor de seus irmãos."
A santidade e plausibilidade da Igreja independe da condição de seus ministros e líderes. Ela é santa porque nasceu de Cristo e por Ele mesmo é guiada em seus pastores, sejam eles santos ou não.
Os escândalos acontecem e por vezes agitam contra a barca da Igreja. Mas não nos esqueçamos que dentro dela está o Cristo e, sua presença não impede as tormentas, sua presença é que traz a calmaria. (cf. Mc 35,41).
Olhemos a história e lá contemplaremos inúmeros momentos dos quais temos
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Guilherme Ribeiro da Silva Poços de Caldas, 25 de agosto de 2020
São Luiz rei de Franca, rogai por nós!
Desejo que as bençãos do Senhor sejam abundantes em vossas vidas e vos convido a estarem conosco no nosso Santuário e principalmente no próximo dia 28. Sejam todos abençoados. São judas Tadeu, rogai por nós.
Pe Welson O. Nogueira Pároco e reitor
Santuário São Judas Tadeu | Setembro 2020
CATEQUESE
Setembro
Mês da Bíblia
Para tomarmos consciência mais aflorada da importância da leitura e da vivência da Palavra de Deus que é segundo o cântico tão caro a nós: “Lâmpada para os meus pés e luz para os meus caminhos”, somos convidados a uma reflexão mais específica nestes dias que se seguem.
“Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para argumentar, para corrigir, para educar conforme a justiça” (2Tm 3,16). A Bíblia foi escrita por pessoas chamadas e escolhidas por Deus e que foram inspiradas através do Espírito Santo. Ela revela o projeto de Deus para o mundo; serve para que todos possamos crescer na fé e levar uma vida de acordo com o projeto de Deus. Por isso, ela é a grande “Carta de Amor” de Deus à Humanidade. A Palavra de Deus nos revela o rosto de Deus e seu mistério. Ela é a história do Deus que caminhou com seu povo e do povo que caminhou com seu Deus. A Bíblia tem uma longa história, desde nossos pais e mães da fé (Abraão e Sara, Isaac e Rebeca, Jacó Lia e Raquel) 5
passando por Moisés, pelos Profetas, até a vinda do Messias, e por fim a morte do último dos Doze Apóstolos quando foi escrito o último livro da Bíblia (o Apocalipse, escrito no final do I século). A Palavra de Deus demorou em torno de dois mil anos para ser escrita. Muitas pessoas fizeram parte desta história: homens, mulheres, crianças, jovens, anciãos… Por isso, podemos dizer que a Bíblia é um livro feito em mutirão.
Portanto o mês de setembro, para nós católicos do Brasil é o mês dedicado à Bíblia, isso desde 1971. Mas desde 1947, se comemora o Dia da Bíblia no último domingo de setembro. O mês de setembro foi escolhido como mês da Bíblia porque no dia 30 de setembro é dia de São Jerônimo (ele nasceu em 340 e faleceu em 420 dC).
São Jerônimo foi um grande biblista e foi ele quem traduziu a Bíblia dos originais (hebraico e grego) para o latim, que naquela época era a língua falada no mundo e usada na liturgia da Igreja. Santuário São Judas Tadeu | Setembro 2020
CATEQUESE Hoje a Bíblia é o único livro que está traduzido em praticamente todas as línguas do mundo e está em quase todas as casas, talvez nem fazemos ideia, mas a Bíblia é o livro mais vendido, distribuído e impresso em toda a história da humanidade. A Bíblia – Palavra de Deus – é o fruto da comunicação entre Deus que se revela e a pessoa que acolhe e responde à revelação. Por isso a Bíblia é formada por histórias de um povo, o Povo de Deus, que teve o dom de interpretar sua realidade à luz da presença de Deus e compreender que a vida é um projeto de amor que parte de Deus e volta para Ele, presbítero e doutor da Igreja, nasceu na Dalmácia em 340, e mereceu ser conhecido como escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialético, historiador, exegeta e doutor, como ninguém nas sagradas escrituras. Entendia que “Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus, e quem ignora, portanto, ignorar as escrituras é ignorar a Cristo”. Com posse da parte recebida em herança dos pais, realizou sua vocação de amante dos estudos em Roma, e assim conheceu Jesus e recebeu do Santo Padre Libério o Batismo, que o levou a formar uma pequena comunidade religiosa, inclinado pela radicalidade. Viveu uma forte experiência monacal e, logo em seguida, dirigiu-se a Constantinopla, atraído pela fama oratória de são Gregório. São Jerônimo foi ordenado sacerdote e, feito monge, retirou-se para estudos, a fim de responder com a literatura as necessidades
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da época. Tendo estudado as línguas originais para melhor compreender as Escrituras, a pedido do Santo Padre Dâmaso, traduziu com precisão os textos inspirados. Saiu de Roma e, como monge penitente e estudioso, continuou seus trabalhos bíblicos, até falecer em 420, aos 30 de setembro, com praticamente 80 anos. A Santa Igreja, Mãe e Mestra, declarou São Jerônimo padroeiro dos estudos bíblicos e o Dia da Bíblia foi colocado a 30 de setembro, dia de sua morte e posse da promessa bíblica da Vida Eterna.
Assim, com São Jerônimo, queremos percorrer os dias deste mês, tempo de vida e de flores primaveris, com uma conversão pastoral profunda da leitura e da vivência diária do que nos ensina a Sagrada Escritura. Nesse propósito, ao nos debruçarmos na leitura da Bíblia, desde a majestosa simplicidade da História dos Primórdios nos primeiros capítulos do Gênesis, a vocação de Abraão, a era dos patriarcas, o Êxodo, dominado pela figura empolgante de Moisés, e a grande gesta do deserto, das maravilhas de Deus, da Aliança do Sinai; depois, os juízes e os reis, com as figuras inexcedíveis de Davi e Salomão; a divisão do povo em dois reinos – Judá e de Israel; o exílio na Babilônia, a volta e a recomposição; tudo isso iluminado pela Palavra dos profetas, que iam mostrando o sentido das coisas de Deus para além das vicissitudes das guerras e do domínio da terra.
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CATEQUESE
A Sagrada Escritura é viva e eficaz. Por isso, enquanto membros da Igreja, a comunidade dos fiéis é chamada a ser como aquela comunidade que “escuta religiosamente a palavra de Deus, santamente a guarda e fielmente a expõe” (Ibid. 10/176). E, para que realmente possa ser fiel a sua exposição da palavra de Deus ao seu povo, encoraja e oriente uma multidão de estudiosos, de peritos e de exegetas, que nos ajudam a entender bem hoje de livros que foram escritos há tantos séculos e traduzidos e transcritos em infinitas cópias.
Celebrar o Mês da Bíblia há de nos ajudar a nos familiarizarmos sempre mais com o texto sagrado, não só pela leitura que deles se faz na liturgia, mas em nossas leituras e meditações pessoais ou nos círculos Bíblicos e grupos de reflexão que hoje fazem crescer tanto a Igreja, alimentada com a Palavra de Deus. Desta forma, é atual que o espírito de Deus não só inspirou os autores sagrados para que escrevessem os livros, mas continua de algum modo misterioso a inspirar a Igreja e os fiéis, quando lemos esses livros.
Não se lê a Sagrada Escritura apenas por uma curiosidade científica ou para deleite estético. É um falar com Deus. Lembramonos de que assim se estabelece colóquio 7
entre Deus e o homem, uma vez que ”a Ele falamos quando rezamos e a Ele ouvimos quando lemos os divinos oráculos” (Santo Ambrósio , DV 25/196).
Para 2009, dando seqüência ao primeiro mês da Bíblia celebrado em 1971, inicialmente na Igreja Particular de Belo Horizonte, neste ano o livro proposto é a Carta de São Paulo ao Filipenses, cujo tema é “Alegria de servir no amor e na gratuidade”, e o lema: “Tende em vós os mesmos sentimentos de Cristo Jesus” (Fl 2,5).
Na alegria, no serviço alegre e doce, queremos iluminar nossa vida pela Sagrada Escritura e, com Jesus, numa conversão profunda, procurar sempre pela Palavra anunciada, refletia e vivida, viver com exuberância os sentimentos do Senhor Jesus.
“As palavras de Deus fixam-se tão profundamente no espírito que não mais é possível esquecê-las, ao passo que aquelas do intelecto assemelham-se a um pensamento fugaz que subitamente se esvai da mente” Santa Teresa de Ávila Fonte: comunidadedomdedeus Santuário São Judas Tadeu | Setembro 2020
REFLEXÃO
Como viver a Santidade no dia a dia?
“Por isso, não fiquem preocupados com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã trará as suas próprias preocupações. Para cada dia bastam as suas próprias dificuldades” (Mt 6, 34). Não nos deixemos enganar pelo Maligno, que procura nos desviar do hoje de Deus. Busquemos a santidade dia após dia nos mínimos detalhes de nossa vida diária!
Todos somos chamados à santidade. Mas quais implicações isso traz à nossa vida diária? Deus nos convida a viver em santidade aqui e agora, hoje, como estamos, onde estamos. Certamente, é importante levar em conta o passado, aproveitá-lo para melhor construir o presente, contudo, não seria saudável ficarmos parados no passado, cheios de nostalgia ou remorso.
Dar prioridade à nossa missão Um pai não tem os mesmos deveres que um monge, um estudante universitário ou uma senhora idosa; cada um deles é detido por responsabilidades relacionadas ao seu estado de vida.
Devemos agradecer pelo que foi bom, pedir perdão por nossos pecados, jogar tudo no fogo da misericórdia e estar atentos ao que é, e não ao que era. A mesma coisa para o futuro. Sempre corremos o risco de nos prender na ilusão de ser perfeitos, esquecendo que o amanhã se prepara no hoje; ou de nos esgotarmos de angústia, sem perceber que o medo da cruz é pior do que a própria cruz. 8
O Senhor pode nos pedir coisas excepcionais, da mesma forma que às vezes pedia a um grande santo da Igreja. Mas antes de tudo, ele nos pede que realizemos nossas tarefas comuns, enchendo-as de muito amor.
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REFLEXÃO Fazer a lição de casa, escrever um relatório, lavar a louça, retirar o lixo… o caminho da santidade passa por cada uma dessas coisas. Quando uma tarefa, por mais bela e fascinante que seja, nos distrai de nossa missão, nosso chamado mais importante, incitando-nos a negligenciar nosso cônjuge, nossos filhos, nossos entes queridos, nossos estudos ou nossas obrigações profissionais, por exemplo, podemos deduzir que ela não vem do Espírito Santo.
covardia e nossa preguiça. Certamente, “quem se engrandece será humilhado, e quem se humilha será engrandecido” (Lc 14, 11), mas às vezes é muito conveniente aspirar o último lugar para dispensar o exercício de responsabilidades exigentes e o desenvolvimento de seus talentos.
Vivamos na misericórdia Procurar realizar a vontade de Deus sem contar com a misericórdia de Deus é definitivamente arriscar-se ao orgulho ou ao desespero. Se eu conseguir fazer coisas boas, acabarei acreditando que sou capaz de me santificar sozinho.
Ser humilde é estar na verdade. É ver todos os tesouros que Deus colocou em nós, recordando que esses talentos foram confiados a nós, para fazê-los frutificar. E a santidade é estar onde Deus nos quer: não importa se é gerenciando uma grande empresa ou atrás da caixa registradora de uma loja de departamentos, desde que seja o local ao qual somos chamados.
Ou se, pelo contrário, não conseguir realizar os meus planos, cairei em desânimo. De uma forma ou de outra, estarei longe da pobreza de coração que nos permite aceitar o amor de Deus.
Busquemos o Reino de Deus, e todo o resto nos será dado. Devemos orientar nossas escolhas de acordo com nossa vocação à santidade. Estabelecer prioridades, especialmente em matéria educativa.
Mesmo que a santidade passe por atos concretos de amor, não podemos perder de vista o fato de que ela não é obra dos homens, mas um dom gratuito que vem de Deus.
Isto é, se o objetivo da educação é ajudar nossos filhos a se tornarem santos, muitas preocupações se tornam secundárias. Escolhamos “a melhor parte”, sem nos preocupar com o que não vale a pena. Não se deixe inquietar pelas coisas que passam, não deposite sua energia em ambições terrestres.
Ter consciência de viver pela misericórdia se traduz diariamente em nossa capacidade de perdoar e pedir perdão; na benevolência que nos impede de julgar nossos entes queridos; na maneira que sabemos reconhecer nossos limites e pedir ajuda a outros se necessário; na humildade da nossa oração:
“Senhor, tem piedade de mim que sou tão pecador! “
A maioria dos problemas assume uma importância relativa quando nós os visualizamos à luz de nossa vocação eterna. Podemos simplificar nossas vidas ao desejar apenas uma coisa: fazer a vontade de Deus.
Cultivemos nossos talentos Tomemos cuidado com a falsa humildade que pode ser apenas um disfarce para a nossa
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Christine Ponsard Santuário São Judas Tadeu | Setembro 2020
SACRAMENTOS
O perdão é o remédio que traz alívio para a alma
O perdão é um remédio. Na hora, pode ser amargo, mas faz bem, alivia o mal-estar interior.
psicossomáticas causadas pela falta de perdão: depressão, ansiedade, pânico, câncer e doenças cardíacas, estão relacionados à falta de perdão (1). (2).
O perdão é uma graça que Deus nos dá para prosseguirmos no caminho após um ferimento profundo. O perdão age como uma cauterização, curando de dentro para fora. Sim, a cicatriz permanece, pois as lembranças são a garantia de que temos uma história. E a palavra “cura” aplica-se perfeitamente neste caso, visto que, por algum motivo, houve uma ferida, e o perdão sobre essa ferida evita, metaforicamente, infecção e até necrose.
Jesus nos deixa um antídoto: “Não se ponha o sol sobre o vosso ressentimento” (Ef 4,26). Aqui, aplica-se tanto no externo (perdão para com o outro) como internamente (perdão para consigo mesmo).
Às vezes, a falta de perdão é de nós para nós mesmos. Culpamo-nos por tantas coisas, guardamos mágoa, tristeza, ressentimento, revoltas, medos de nós mesmos, mas nos esquecemos de nos perdoar.
A falta de perdão adoece A falta de perdão pode virar uma doença real e levar à morte, se não à física, à morte espiritual, psíquica e moral. A falta de perdão mata sonhos, projetos, perspectivas etc. Além disso, muitas são as doenças 10
Fora isso, protelamos as conversas de reconciliação, os pedidos de perdão aos que amamos ou vivem mais próximos de nós. Esse protelar, essa demora, vai azedando as relações, abrindo espaço para a mente criar e projetar situações irreais. Por isso, ter pressa para reconciliar-se é importante. Santuário São Judas Tadeu | Setembro 2020
SACRAMENTOS Senhor, ensina-nos a perdoar
Claro que não se deve atropelar nada, é preciso dar tempo para si mesmo, entender os sentimentos e até as reações diante de uma situação que exija reconciliação. Contudo, não mais que tempo suficiente para rezar e buscar o momento da reconciliação, caso contrário, corremos o risco de desistir da reconciliação e optar por um “deixa pra lá”, e acabar por não resolver a situação.
Perdão é medida, revela o quão raso ou o quão profundo podemos ser, e aqui nos lembramos também do Evangelho de Mt 7,2b: “Com a mesma medida que medirdes vós sereis medidos.” Aqui se vai a lista com que podemos comparar o perdão. Mas quero dar espaço para que, neste momento de oração, o Senhor mesmo vá trazendo ao seu coração as comparações que lhe sejam mais úteis. Peçamos ao Senhor, que é rico em misericórdia e quis Ele primeiro nos dar o seu perdão, que nos ensine a perdoar, a sermos como Ele: “Lentos para a cólera e rápidos para a misericórdia” (Sl 103,8-9). Oração
O perdão é chave, remédio e dom
Senhor, nós Te pedimos que, à medida que formos percebendo em nós a necessidade de perdão, que se dilate também o desejo e a decisão de perdoar. Que, diante das situações mal resolvidas, a Tua luz tenha o poder de afugentar as trevas e nos conceder a força de buscar as resoluções necessárias: dar e receber perdão, rever a situação e rever-se diante dela, reconciliar, retomar, recomeçar. Senhor, que o “degrau” do perdão nos faça, de forma concreta, abraçar a Tua cruz.
Pensando no perdão ainda, podemos dizer: Perdão é chave que abre e fecha as portas das relações, dos sentimentos, a porta da confiança e da esperança. Perdão é remédio. Na hora pode ser amargo, mas faz bem, alivia o mal-estar interior, traz alívio para alma. Perdão é degrau que nos eleva, aproximanos do Cristo que tomou sobre si nossas culpas, mas também nos perdoou dos nossos pecados.
Senhor, eu Te peço que, nesta oportunidade que agora se revela, eu possa fazer essa experiência profunda de perdoar a mim mesmo, de recordando-me dos que me causaram alguma dor, ofensa ou mal, eu os possa perdoar e amar. Também Te peço, Senhor, perdoa-me! Dá-me a coragem de buscar e dar o perdão. Que eu não o retenha. Amém.
Perdão é dom, é presente que vem com recomendação: não reter. Jesus explica com clareza: “70 vezes 7” é o número das vezes que devemos perdoar a cada dia (cf. Mt 18,22). Eu bem creio que essa seja a média de vezes que Ele nos perdoa a cada dia, e por isso nos orienta.
Fonte: Formação Canção Nova
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Santuário São Judas Tadeu | Setembro 2020
VOCÊ SABIA?
Por que o Espírito Santo é representado como uma pomba?
Um dos símbolos mais antigos de Deus, reconhecido também pelos judeus antes mesmo do batismo de Jesus
Em terceiro lugar, ainda no contexto pagão, as pombas eram vistas no mundo antigo como representativas do divino. Era muito comum que deuses e deusas fossem representados cercados por pombas.
Novo Testamento menciona especificamente a forma de pomba ao se referir ao Espírito Santo durante o batismo de Jesus: “O Espírito Santo desceu sobre Ele em forma corpórea, como uma pomba” (Lucas 3, 22).
Assim, nos tempos do Novo Testamento, as pombas já eram bastante associadas a Deus e, mais especificamente, ao Espírito Divino. Os primeiros cristãos mantiveram essa imagem e começaram a representar o Espírito Santo quase que exclusivamente como uma pomba.
Mas por que uma pomba? Em primeiro lugar, estudiosos bíblicos destacam que o Talmud da Babilônia compara a uma pomba o Espírito de Deus que paira sobre as águas na criação: “E o espírito de Deus pairava sobre a face das águas – como uma pomba que paira sobre os seus filhotes sem tocá-los”. Tal texto não consta com essas mesmas palavras no livro do Gênesis, mas o primeiro livro da Bíblia também afirma, já em seu início: “O Espírito de Deus pairava sobre as águas.” Gn 1, 2.
Na arte cristã, a pomba é vista não somente nas imagens que recordam o batismo de Jesus, mas ainda em vários outros episódios bíblicos como a Anunciação, quando Maria foi saudada com a notícia de que conceberia e daria à luz o Filho de Deus. Alguns dos primeiros tabernáculos também eram feitos em forma de pomba suspensa sobre o altar. Com suas penas brancas e puras, a pomba recorda a pureza de Deus e o seu voo evoca os muitos movimentos do Espírito Santo em nossa alma.
Em segundo lugar, Noé enviou uma pomba em busca de terra quando as águas do dilúvio começaram a baixar. O Gênesis relata que a pomba retornou a ele pela tarde, trazendo ao bico uma folha verde de oliveira (cf. Gênesis 8, 11). O episódio é diretamente ligado ao batismo de Jesus, dado que o dilúvio é visto no cristianismo como prefiguração do batismo. 12
É, em suma, um símbolo belo para se falar do Espírito Divino; uma imagem que vem sendo transmitida de coração a coração ao longo de séculos e séculos.
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CATEQUESE
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Santuรกrio Sรฃo Judas Tadeu | Setembro 2020
AĂ‡ĂƒO SOLIDĂ RIA
Equipe da Perseverança do SantuĂĄrio SĂŁo Judas Tadeu Somos da Perseverança do SantuĂĄrio SĂŁo Judas Tadeu, nĂłs procuramos todas as terças-feiras nos reunir com os jovens do SantuĂĄrio, que jĂĄ fizeram a primeira Eucaristia, mas ainda nĂŁo tem idade para o Crisma, para evangelizar com a Palavra de Deus de uma forma mais divertida, interativa e de fĂĄcil assimilação. Em 2019 estava na nossa programação fazer uma ação solidĂĄria envolvendo as crianças e seus pais, para visitarmos uma Casa de Repouso chamada Verdade Verdadeira aqui mesmo prĂłximo ao SantuĂĄrio. Infelizmente essa ação nĂŁo foi possĂvel ser realizada, mas como tudo tem um propĂłsito, essa ação sĂł estava sendo adiada para um momento certo!
Foi entĂŁo que a Perseverança, agora com encontros on-line, decidiu que nĂŁo haveria uma melhor hora do que senĂŁo essa “em tempos de COVID-19â€?!
E pensamos ainda: porque nĂŁo ajudarmos a Casa de Repouso que irĂamos visitar em 2019?
Pois bem, logo acionamos os pais das crianças com o seguinte COMUNICADO:
PERSEVERANÇA SOLIDà RIA em tempos de Covid-19. O nosso 2º mandamento diz: "Ame o seu próximo como a si mesmo". Em meio a essa Pandemia, Deus nos chama para ajudarmos o próximo.
Então... bora ajudar quem precisa! E assim aconteceu a nossa Ação Solidåria! Dia 07/06 entregamos:
-12 litros de leite integral
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-400 g de leite em pĂł
-8 pacotes de bolachas
-6 kg de açúcar
-7 kg de feijĂŁo
-35 kg de arroz
-7 litros de Ăłleo
-13 pacotes de macarrĂŁo
-6 kg de sal
-750 g de cafĂŠ
-290 g de chĂĄ
-1,5 kg de farinha de mandioca
-6 embalagens de massa de tomate
-8 caixinhas de gelatina
-1 kg de farinha de trigo
-500g FubĂĄ de Milho
-6 sabonetes
-14 mĂĄscaras (2 para cada idoso)
-3 litros de detergente
-2 litros de amaciante
-3 caixas de pasta de dente
-5 litros de desinfetante
-5 kg de sabĂŁo em pĂł
-40 rolos de papel higiĂŞnico
-5 litros de ĂĄgua sanitĂĄria
Na BĂblia, a palavra em Mateus 5,13-16
nos diz:
"Vós sois o sal da terra. Vós sois a luz do mundo. NinguÊm acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim num candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa. Assim tambÊm brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que estå nos cÊus." De uma certa forma, fomos sim, luz para esses idosos!
GratidĂŁo, meu Senhor por esse momento, por essa oportunidade que tivemos em ajudar o nosso irmĂŁo.
Equipe Perseverança đ&#x;˜Š SantuĂĄrio SĂŁo Judas Tadeu | Setembro 2020
Especial Jubileu de Ouro - 50 anos
Antes e Depois…
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Santuário São Judas Tadeu | Setembro 2020
Especial Jubileu de Ouro - 50 anos
Antes e Depois…
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