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A exposição Luz Æterna
- Ensaio sobre o Sol reúne sete artistas e coletivos que, através da arte contemporânea, criam poéticas sobre a influência do Sol na trajetória da humanidade. Neste material, convidamos a refletir a mostra à partir da luz na História da Arte.
Como elemento de composição ou de que modo o Sol foi e é representado, estas conexões inspiram novas possibilidades sobre nossa história e nosso futuro.
Céu Zero, 2024 | Leston | Fotografia: Lua Morales
O Sol, o astro-rei da vida no planeta Terra, remonta sua origem há cerca de 4,6 bilhões de anos, a partir de uma nuvem de gás e poeira interestelar. Conforme essa nuvem se contraiu, a pressão e a temperatura em seu núcleo aumentaram, dando início à fusão dos átomos de hidrogênio em hélio.
Esse processo liberou uma enorme quantidade de energia, e este novo corpo celeste passou a emitir luz e calor.
Essa estrela se tornou o centro da galáxia em que vivemos.
Ao longo da história da humanidade, o Sol representou a possibilidade da vida. Ainda no período paleolítico, os ancestrais Homo sapiens desenvolveram a habilidade de dominar o fogo, e, assim, reproduzir os efeitos desejados do Sol: calor e luz.
Fluido Solar, 2024
ErotidesNai
Fotografia: Lua Morales
Com o passar dos tempos, a importância e a magnitude do Sol foram retratadas através de divindades, como o deus Rá no Antigo Egito; o deus Hélios, na Grécia clássica; a deusa Amaterasu, do Japão xintoísta; e Inti, o próprio Sol em sua versão divina dos povos pré-incaicos.
Na arte, o Sol foi representado como astro celeste, figuras humanas que retratam deuses e o poder e atributos relacionados à iluminação, como a sabedoria, o conhecimento e a verdade.
Sua presença se faz no uso de técnicas para destacar o contraste entre a luminosidade e a escuridão.
Leonardo Da Vinci, no período do Renascimento, desenvolveu a técnica de sfumato, que suaviza as transições entre luz e sombra, criando uma sensação de profundidade e realismo.
Caravaggio, por outro lado, usava o chiaroscuro (fortes contrastes entre luz e sombra) para criar foco nas cenas e uma atmosfera comovente.
Gênesis, 2024
AYA
Fotografia: Lua Morales
No Barroco, a luz era valorizada como elemento de expressão dos artistas.
Rembrandt usava uma variação do chiaroscuro, para criar efeitos dramáticos em suas pinturas. A expressão "Luz Rembrandt" dá nome a uma técnica de iluminação nos rostos usada pelo pintor. Vermeer, por sua vez, era conhecido por suas cenas domésticas iluminadas pelo sol, com detalhes minuciosos como reflexos e brilhos em objetos de cerâmica, vidro e metal.
Monet, Renoir e Degas pintavam ao ar livre, observando as mudanças da luminosidade ao longo do dia. Suas pinceladas soltas e cores vibrantes refletiam a influência da luz na percepção visual. Estes artistas tentavam capturar a impressão daqueles instantes, daí o nome do movimento artístico Impressionista.
Monet chegou a fazer várias pinturas do mesmo campo de trigo, apenas para captar as transformações que a luz causava na paisagem.
Perihelion, 2019
Bruno Borne
Fotografia: Lua Morales
Hélio Oiticica estava
consciente da importância da iluminação para suas obras. Em instalações
do artista, a iluminação pode ser parte integrante, alterando a percepção do espaço e das cores: cada plano recebe uma quantidade de luz do ambiente, e suas reentrâncias contribuem para criar claros e escuros. Em suas "ambientações", era comum que ele incorporasse luzes coloridas para criar ambientes imersivos e sensoriais.
Na exposição Luz Æterna - Ensaio sobre o Sol, a arte contemporânea se reconecta com os atributos, significados e representações solares e, para além da visão, emerge o corpo e os sentidos. A obra Gênesis (2024), de autoria do AYA STUDIO, é uma experiência imersiva desenvolvida como uma viagem visual e sensorial pelo Universo. Como um portal, por onde é possível sentir a história e o poder do Sol, a obra mostra como essa estrela moldou o universo e afeta nossas vidas, convidando a pensar sobre como a natureza, a tecnologia e a sociedade estão conectadas.
Photosphere, 2024
Vigas
Fotografia: Lua Morales
CCBB Educativo
Lugares de Culturas
Coordenação Geral: Daniela Chindler
Coordenação Pedagógica: Alexandre Diniz
Coordenação de Projetos: Mariana Rigoli
Coordenadora de Produção: Nathalia Pereira
Assistentes de Produção: Aleph Archanjo e Jade Bastos
Assistente de Mídias Sociais: Amanda Mello
Estagiário de Produção: Gabriel Rodrigues
Educadores: Ana Catharina Braga, Carlos Eduardo Cassiano, Davi Vasconcelos, Rodrigo Lauriano, Ruana Carla Andrade e Valentina Ramos
João Victor Sacramento, Manuella Villas, Maria Antônia Ibraim, Marianna Bilotta, Melissa Anselmo, Natan Vitor de Souza, Paulo Martins, Philipe Baldissara, Raphael Rodrigues e Tupana Oliveira.
Coordenação de Prestação de Contas: Isabella Moulin
Apoio Administrativo: Analice Teixeira e Matheus Mello
Recursos Humanos: Débora Pires
Financeiro: Hugo Nascimento
Produção
Educativo
Realização
CCBB Rio de Janeiro
Rua Primeiro de Março, 66, Centro, Rio de Janeiro - RJ
Informações: (21) 3808 2020 | ccbbrio@bb.com.br
Horário de funcionamento: Quarta a segunda: 9h às 20h Terça: Fechado
Entrada gratuita
Agendamento de grupos: agendamento.rj@programaccbbeducativo.com.br
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Central de Atendimento BB: 4004-0001 ou 0800-729-0001
SAC: 0800-729-0722
Deficiente Auditivo ou de Fala: 0800-729-0088
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