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CENÁRIO 2 - MÁQUINAS LIGADAS AO SER HUMANO

Há tempos, surgiram dispositivos para serem integrados ao corpo humano e melhorar a nossa saúde, como os aparelhos auditivos, o marcapasso e as próteses. Agora começamos a ouvir o termo “transumanismo”. Será que estão surgindo os super-humanos?

E se pudéssemos usar a tecnologia para correr mais rapidamente, aumentar nossa memória, ou a velocidade do pensamento usando um microchip? O transumanismo é um movimento que acredita que com o uso da tecnologia poderíamos aumentar nossas capacidades intelectual, física e psicológica. Alguns fãs desse movimento acreditam que seria possível desacelerar o envelhecimento e até viver para sempre. As melhorias seriam feitas por procedimentos cirúrgicos que permitem a fusão dos seres humanos com a tecnologia, os tratamentos genéticos, suplementos e até as pílulas.

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As mudanças do transumanismo vão nos ajudar no trabalho?

Biochip

É uma das inovações do transumanismo que já está disponível, do tamanho de um grão de arroz. Ele é feito de um material compatível com o corpo humano, que o organismo não costuma rejeitar. O chip é implantado sob a pele, geralmente na região da mão, invisível a olho nu. Ele pode substituir a carteira de identidade, as chaves de casa, os cartões de crédito e até senhas de acesso ao banco. O que será possível com o biochip do futuro?

Cérebro com bluetooth?

Unir vários saberes é uma das tendências para o futuro. Imagine o que seria necessário para desenvolver um aplicativo que conseguisse trabalhar diretamente em contato com o cérebro? Para isso, esse profissional deveria entender e estudar a formação do cérebro humano, mas também de programação, unindo ciências humanas, exatas e biológicas.

A neurociência é uma área nova que junta tudo isso, os cientistas estão abrindo possibilidades, caminhos para o futuro. Nos últimos cinco anos, começaram os estudos de terapias que implantaram eletrodos no cérebro de pacientes – ou seja, pequenos terminais utilizados para conectar um circuito elétrico à outra parte, que pode ser metálica ou não, ou solução aquosa.

Em uma pesquisa, participaram pacientes paralisados por lesão na coluna, nas áreas responsáveis por comandar os movimentos dos braços e pernas. Os cientistas conseguiram criar um programa que interpreta o que o cérebro quer fazer e que envia esses comandos para o computador - a chamada interface homem versus máquina.

O programa consegue ler os sinais do cérebro da pessoa e entender qual movimento ela gostaria de fazer, mas não é capaz. O software capta o que a pessoa estaria planejando, caso fosse apta. Esses movimentos hoje já podem ser traduzidos para um robô. Em um experimento, o paciente já conseguia tomar uma cerveja sozinho, ele comandava um braço robótico, preso a uma mesa, apenas usando os sinais do próprio cérebro, enviados por bluetooth para o robô.

Outra pesquisa se dedica a fazer com que pessoas tetraplégicas possam voltar a escrever à mão. A pessoa imagina que está escrevendo um texto com letras cursivas, o robô consegue decodificar quais são as letras, e depois passa por um corretor automático para tirar eventuais erros. Os pesquisadores conseguiram 99% de precisão das palavras que a pessoa desejava escrever à mão, mesmo com a deficiência.

Esses experimentos são só o início do desenvolvimento de pesquisas da neurociência, que buscam que pessoas com deficiências consigam controlar equipamentos, ganhando qualidade de vida, redefinindo completamente a maneira como elas viverão no futuro.

O exoesqueleto da Copa do Mundo

Poderia o cérebro humano controlar uma máquina? Este é o tema da pesquisa do cientista brasileiro Miguel Nicolelis. Ele criou o exoesqueleto BRA-Santos Dumont 1. A ideia do estudo é criar uma roupa robótica controlada pelo pensamento que seja capaz de fazer uma pessoa paraplégica em cadeira de rodas voltar a andar. A primeira demonstração do equipamento foi feita na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, onde um rapaz deu o chute que iniciaria a competição.

Upload de mente ou sublimação mental

É possível carregar o cérebro humano em um computador e viver para sempre? Essa é a ideia da transferência mental, uma tecnologia hipotética do futuro. Imagine só: uma máquina escanearia o nosso cérebro. Ela iria entender a posição de cada sinapse e neurônio para construir um programa que é a cópia fiel da nossa mente. Depois, o programa seria instalado em um computador, representando o corpo da sua cópia. Parece coisa de filme. E é mesmo. A ideia surgiu em livros e filmes de ficção científica, que inspiraram a vida real. Hoje, neurologistas, engenheiros e filósofos pesquisam o tema, mas estamos distantes de tornar essa ideia realidade.

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