ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DA PRAIA DE TORRES Revista comemorativa aos 80 anos de fundação - Fevereiro 2016
Palavra do Presidente
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hegamos ao final de nossa gestão, justamente no ano em que a SAPT completa, ininterruptamente, oitenta anos de atividades. Foram quatro anos de muito trabalho, realizando obras novas, reformas e a constante e indispensável manutenção patrimonial. Contamos com o apoio significativo de uma plêiade de diretores do mais alto gabarito, cujos nomes estão relacionados nesta página, no campo Diretoria Biênio 2014/2016. Neste lapso, Deus nos levou dois grandes amigos e conselheiros: José Miguel David, vice-presidente do Conselho Superior, grande incentivador e que muito nos ajudou, e Oscar Martins de Lima, apaixonado pela SAPT, incansável batalhador que viabilizou, na prática, com grande trabalho, a concretização da abertura da SAPT o ano inteiro. Agradecimento especial à minha esposa Judite Casagrande pela inestimável ajuda e ao Sr. Protásio Emerolino da Silva, que por décadas foi chefe de manutenção e agora se retirou para o merecido descanso. Parabenizamos os novos administradores para o Biênio 2016/2018: Presidente Gerson Nunes Pedroso, 1° Vice-presidente Cibele Poli Messinger e 2° Vice-presidente Selvino Valentin Segat, associados que participaram desde o processo de abertura da SAPT, o que nos dá a segurança de uma ótima gestão. Agradecemos todos os diretores, associados, conselheiros e funcionários que nos ajudaram durante o mandato e na construção de mais uma parte da história da SAPT.
Vilmar Casagrande
Diretoria Biênio - 2014/2016 Vice-presidentes: Tadeu Silva da Luz Selvino Segat Diretor-secretário: José Alberto Braga Diretor-tesoureiro: Gerson Nunes Pedroso Diretor-jurídico: Osvaldo G. Webber Diretor de Planejamento: Alberto Luiz Pilla Diretor de Obras: Milton Cesar Dalcégio Diretora Cultural: Vera Lia Cavalheiro Diretora de Marketing: Fausto Araújo Junior Diretoria Social: Cibele Poli Messinger Iara Palmeiro da Fontoura Dilson e Vânia Dalcégio Pedro Monteiro e Iara Selau Depto de Sauna: Mário Heleno Hoeveler Depto de Tênis: Osvaldo Saule Pioner Depto de Futebol: Eduardo Cassalha Márcio Amaro Depto de Futebol de Mesa: Carlos R. Foschiera
EXPEDIENTE: REVISTA COMEMORATIVA AOS 80 ANOS DA SAPT Fevereiro 2016 Jornalista responsável: Maiara Raupp da Silva Contribuições: Alexandre Rodrigues, Dr. Augusto E. Moojen Nácul, Cibele Poli Messinger, Dilson e Vânia Dalcégio, Edy Elias, Fausto Junior, Gerson Pedroso, Iara Palmeiro da Fontoura, Jaime Batista, Jaqueline e Tiago Pavinato, Lenara Krás, Luana Gonzalez Bassa, Marione Otto, Oscar Martins de Lima, Vera Lia Cavalheiro, Dr. Vilmar e Judite Casagrande. Fotos: Arquivos SAPT Impressão: Gráfica Triângulo Tiragem: 1.000 exemplares Distribuição: Associados da SAPT, Pública e Publicitária 2
ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DA PRAIA DE TORRES Rua Kalil Sehbe, 05 - Torres/RS Fone: (51) 3664-1221 e 3664-1361 sapt@sapt.com.br www.sapt.com.br Sapt Torres
Depto de Natação: Maria Beatriz Urtzig Nardi Museu Três Torres: Jaime Luis da Silveira Batista Luana Gonzalez Bassa Presidente do Conselho: Dr. Augusto Edmundo M. Nácul Vice-presidente do Conselho: José Miguel David Gerente Administrativa Lenara Krás
SAPT 80 anos
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o comemorar 80 anos de existência, a Associação dos Amigos da Praia de Torres - SAPT sente-se duplamente realizada e sabedora da função social e empreendedora que exerceu, abnegadamente, em benefício da comunidade torrense. O corpo institucional deste clube, nesta sua epopéia octogenária, sempre foi constituído de cidadãos em permanente sintonia com o propósito de ver a Torres que tanto amam, desenvolver-se. A pequena e bucólica ‘vila’ do alvorecer do século XX, das grandes transformações da humanidade, atingiu o ‘status’ de balneário cosmopolita. A SAPT vitoriou nobres iniciativas que muito contribuíram para o constante processo de desenvolvimento de nossa comuna. Os Associados de nossa agremiação são to-
“A SAPT passou por uma grande transformação. Antes era restrita aos veranistas. Agora se tornou um Clube aberto à comunidade, não deixando de atender os veranistas, mas agregando os torrenses. Com isso houve uma maior adesão de associados, se tornando o Clube mais movimentado da região. O que é uma grande vitória”. Dilson Dalcégio Ex-presidente da SAPT e atual Diretor Social.
“A empresa da minha família, a JH SANTOS, foi uma das empresas que alavancou financeiramente a construção da sede esportiva da SAPT, através do sistema de sócio-empresa. Foi na SAPT que tive a iniciação de minha vida social, nas festinhas da Tatuíra nos anos 60. Também foi na SAPT onde aprendi a nadar com 10 anos. Minha família passava de dezembro a março aqui em Torres, e a SAPT era nosso ponto de encontro social e esportivo. Atualmente faço parte da Diretoria desde 2002. Gostaria de salientar que a SAPT foi vital para o desenvolvimento de Torres e, sua assunção em abrir o ano inteiro e se aproximar mais dos moradores torrenses foi, com certeza, um marco. O Clube se fundiu efetivamente, misturando de forma homogênea, veranistas e torrenses. Hoje a SAPT é mais torrense do que de veranistas e deve ampliar a participação de ambos os públicos no quadro social, sempre de forma igualitária e como um Clube social que acolhe famílias”. Fausto Junior Diretor de Marketing.
a construção da sede esportiva da SAPT, através do sistema de sócio-empresa. Foi na SAPT que tiv a iniciação de minha vida social, nas festinhas da Tatuíra nos anos 60.Também foi na SAPT onde aprendi a nadar com 10 anos. Minha família passava de dezembro a março aqui em Torres, e a SAP era nosso ponto de encontro social e esportivo. Atualmente faço parte da Diretoria desde 2002. Gostaria de salientar que a SAPT foi vital para o desenvolvimento de Torres e, sua assunção em ab o ano inteiro e se aproximar mais dos moradores torrenses foi, com certeza, um marco. O Clube se fundiu efetivamente, misturando de forma homogênea, veranistas e torrenses. Hoje a SAPT é mais torrense do que de veranistas e deve ampliar a participação de ambos os públicos no quadro social, sempre de forma igualitária e como um Clube social que acolhe famílias”. Fausto Junior Diretor de Marketing.
“A SAPT fez total parte da minha vida. Meus filhos cresceram aqui. Hoje meus netos crescem. E eu estou sempre envolvida com os eventos sociais. Acredito que a SAPT seja importante para mim assim como é fundamental para a comunidade de Torres. Porque ela tornou Torres uma cidade. Cresceram juntas. No passado era um Clube para veranistas. Agora ela faz parte da vida da comunidade torrense”. Iara Palmeiro da Fontoura Diretora social da SAPT
dos torrenses seja por nascimento, seja por afetividade, seja por ambos. A grandeza do momento incute ainda mais nosso clube da responsabilidade por ele assumida desde a sua criação, ou seja, transforma-se num espaço referencial à convivência social humana, entre veranistas e população local, objetivando alavancar o processo de crescimento torrense. Muitos foram os presidentes, inúmeros os associados, incontáveis as realizações desses nossos primeiros oitenta anos de história que você poderá acompanhar a seguir. Consolidada como uma das instituições sociais mais importantes do litoral gaúcho, a SAPT brinda este momento na certeza e no coração de todos seus associados. Alexandre Cardoso Rodrigues Professor de história
“Sendo da diretoria ou não, o meu amor pela SAPT é enorme. Eu praticamente me criei dentro do Clube. A SAPT evoluiu, eu cresci, e é um vinculo afetivo muito grande. Um orgulho enorme. A SAPT continua com seu papel de liderança dentro da sociedade não só de Torres como do RS. É a primeira Sociedade Amigos da Praia. Depois que fundaram as demais. Hoje em dia o papel da SAPT é muito importante na comunidade de Torres. Eu tenho certeza que eu sou a última geração de veranistas que vinham em dezembro e iam embora em março. Agora as pessoas tiram férias curtas”. Vera Lia Cavalheiro Primeira conselheira mulher da SAPT, e atual Diretora Cultural.
“Torres se desenvolveu por causa da SAPT. Porque ela sempre teve figuras representativas, que tinham prestígio com o governo, trazendo muitos incentivos para Torres. Hoje Torres pode se orgulhar que tem um grande clube a serviço da sociedade torrense”. Dr. Augusto Nácul Ex-presidente da SAPT e atual presidente do Conselho.
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10 anos de história
“A empresa da minha família, a JH SANTOS, foi uma das empresas que alavancou financeiramente a construção da sede esportiva da SAPT, através do sistema de sócioempresa. Foi na SAPT que tive a iniciação de minha vida social, nas festinhas da Tatuíra nos anos 60.Também foi na SAPT onde aprendi a nadar com 10 anos. Minha família passava de dezembro a março aqui em Torres, e a SAPT era nosso ponto de encontro social e esportivo. Atualmente faço parte da Diretoria desde 2002. Gostaria de
Gestão Antônio Pires (1936/1941) e Ennio Marsiaj (1942/1947)
Quando tudo começou...
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Na primeira década do século passado, vindos do planalto gaúcho, percorrendo longas distâncias em carretas de bois ou no lombo de mulas e cavalos, e por caminhos de difíceis passagens pela serra ou areias litorâneas, começaram a chegar a Torres às primeiras famílias de veranistas. Nos atribulados anos 20, a economia riograndense foi duramente atingida pela recessão e a falta de investimento num sistema rodoviário gerou um atraso na exploração turística do Estado. No entanto, o entusiasmo, pioneirismo, desprendimento, desambição pessoal e ousadia empreendedora de um grupo de venanistas da mais bela praia gaúcha deu origem em 5 de fevereiro de 1936, a Sociedade dos Amigos da Praia de Torres, ano centenário da Revolução Farroupilha. A fundação ocorreu no salão do Hotel Picoral, em Torres, liderado por Ennio Marsiaj, o qual convidou o Desembargador Antonio Vieira Pires para presidir os trabalhos da mais nova Sociedade. A iniciativa expressava o desejo da maioria dos veranistas de estabelecer uma sociedade que encampasse e amparasse, inclusive por meios legais, nobres ações que promovessem o bemestar, conforto e segurança da população, além de outras melhorias sem grandes ônus para os contribuintes.
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ABRIGO - Nos primeiros tempos da Sociedade, os associados reuniam-se no salão do Hotel Picoral. Posteriormente, em fevereiro de 1938, foi inaugurada a primeira sede da entidade em um terreno doado à Sociedade a título precário pelo prefeito municipal, com frente para o mar, distante apenas uma quadra do Hotel Picoral. Com projeto e execução do engenheiro Rúbio Macchiavello, este espaço funcionou provisoriamente como local de encontros e reuniões. A partir de 1953, com a sede maior em pleno funcionamento, o local passou a funcionar como bar aberto ao público. Recentemente foi entregue à Prefeitura de Torres e encontra-se desativado e abandonado. Iniciou-se um processo para reativar o local como prédio público, porém as obras de restauração ainda não iniciaram.
COOPERAÇÃO NOS PROBLEMAS DE TORRES
Água Potável – A SAPT cooperou com a Prefeitura na solução de abastecimento de água. O serviço foi normalizado com a adoção do sistema de pontas abissínias e aproveitamento do antigo poço. Energia elétrica – Diante da deficiência de energia elétrica em Torres, em fins de 1945, a SAPT fez um empréstimo à Prefeitura de Torres para a compra de um gerador de energia de corrente contínua, destinado à Usina Municipal. Esta foi construída com
o produto da emissão de apólices municipais, proposta da SAPT para salvar a Praça Pinheiro Machado do retalhamento, já que se pretendia dividi-la em lotes para vender e assim construir a Usina. Estradas de acesso – A SAPT empenhou-se para que o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER) realizasse melhorias nas estradas de acesso a Torres. Assistência Médica – Instituído pela SAPT um consultório médico gratuito para a população carente de Torres, durante o período de verão. Posto de salvamento – Instalado sob a responsabilidade da SAPT. Taxa Balnear – Por iniciativa da SAPT, a Prefeitura Municipal criou o tributo como fonte de recursos do erário municipal. A destinação era o Fundo de Custeio de Obras. A taxa era cobrada exclusivamente dos veranistas. Tão graves eram os problemas de Torres que o presidente da SAPT, Antonio Pires, diante da escassez de recursos do tesouro municipal, chegou a discutir a ideia do governo do Estado trazer para si a solução dos mesmos. “Só assim poderia Torres tornar-se uma grande praia, oferecendo aos turistas, moradores e veranistas: conforto, higiene e segurança, cuja falta era quase total”, afirmou Antonio, aclamando ainda que todos unissem esforços para a prosperidade da praia. “Esta será, dentro de pouco tempo, uma das mais aprazíveis estâncias de repouso do Brasil. Pela natureza, é uma das mais belas, todavia, tem lhe faltado a obra do homem no aproveitamento de suas belezas naturais”, concluiu Antonio.
CURIOSIDADE: As influências externas na arquitetura das sedes da SAPT Por Marione Otto Arquiteta A cronologia das construções das sedes da SAPT, de certa forma reflete a história da evolução da arquitetura do Litoral Norte, especialmente pelo estilo adotado por cada um dos edifícios desde o surgimento da agremiação. A SAPT nasceu em um grande chalé pitoresco – o Hotel Balneário Picoral. Logo teve sua primeira sede em um peque-
BARRACAS NA PRAIA – Durante muitos anos a SAPT manteve o serviço de barracas na faixa de areia em frente ao ‘abrigo’, na Praia Grande, o que se constituía em uma singularidade pelo visual colorido da mesma. A barracas eram frequentadas pelos seus sócios ou por quem as alugasse. “Um momento inesquecível da época foram às barracas da praia. Todas as famílias que veraneavam em Torres tinham sua barraca. Era um ponto de encontro. Em todas as temporadas cada família ocupava sua barraca, sempre no mesmo lugar. Era muito divertido”, afirmou a diretora cultural da SAPT, Vera Lia Cavalheiro, que veraneia em Torres desde que nasceu. “Propus a pouco tempo que colocássemos novamente as barracas aqui nos molhes de tão bom que era. Mas as barracas não existem mais e o custo é alto para fazêlas. Quem sabe um dia”, disse ela.
no e charmoso ‘abrigo’ em estilo Art Déco à beira-mar. Cresceu e buscou em Miami Beach a inspiração para construir sua próxima casa. Assim como era recorrente na Flórida ou nos balneários Mar Platenses, construiu-se aqui, em estilo californiano o grande Edifício Amigos de Torres. Anos mais tarde, na sede esportiva do clube constrói-se o novo e moderno prédio em duas etapas: a primeira no final dos anos 1960 e a ampliação no início dos anos 1970. Desta vez a arquitetura com sotaque portenho referenciou-se, por um lado na racionalidade do modernismo europeu, por outro, na escola carioca que resgatou elementos da arquitetura colonial, como as treliças e avarandados, utilizados na SAPT.
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20 anos de história
“A empresa da minha família, a JH SANTOS, foi uma das empresas que alavancou financeiramente a construção da sede esportiva da SAPT, através do sistema de sócioempresa. Foi na SAPT que tive a iniciação de minha vida social, nas festinhas da Tatuíra nos anos 60.Também foi na SAPT onde aprendi a nadar com 10 anos. Minha família passava de dezembro a março aqui em Torres, e a SAPT era nosso ponto de encontro social e esportivo. Atualmente faço parte da Diretoria desde 2002. Gostaria de salientar que a SAPT foi vital para o desenvolvimento de Torres e, sua assunção em abrir o ano inteiro e se aproximar mais dos moradores torrenses foi, com certeza, um marco. O Clube se fundiu
Gestão Plínio G. Kroeff (1947/1950), Arno Albert (1950/1954), Cyro Mariante da Silveira (1954/1956)
Edifício Amigos de Torres: marco fundamental
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O “Abrigo” sempre foi considerado provisório. A persistente ideia de uma sede ampla ganhou força quando, em 1948, começou a ser planejado o Edifício Amigos de Torres. A diretoria da SAPT solicitou cooperação da Secretaria de Obras Públicas para a elaboração de um estudo do edifício. Coube a tarefa ao arquiteto Tarragó. O estudo foi incorporado ao processo que solicitava ao Estado a doação de uma área para a construção de um grande edifício, dotado de moderno e confortável hotel, contendo um restaurante e um salão de festas, destinado, entre outros programas, a incrementar o turismo local. Não tardou para que a construção fosse autorizada. Em abril de 1949 deu-se então o início das obras do edifício, considerado à época o terceiro maior em área construída na América do Sul. Em dezembro de 1949, o presidente Plínio Kroeff, 14 meses e meio após a doação do terreno, com nove meses de trabalho, inaugurava na presença de autoridades e grande número de associados parte do Edifício Amigos de Torres. “Eis o que conseguimos realizar com o vosso apoio e para o conforto de todos nós. Construímos mais de 3mil m², na quase totalidade incompletos e com alicerces para oito andares. Faz três anos apenas que recebemos a SAPT com uma receita anual de um pouco mais de mil cruzeiros. Hoje ela é proprietária desde gigante – o maior bloco de cimento armado em toda a orla do Atlântico, desde Punta Del Este até Santos”, afirmou Kroeff. Durante a solenidade, o Governador do Estado inaugurou ainda a nova Usina Elétrica e a Prefeitura diversos melhoramentos feitos em Torres.
Em fevereiro de 1950 era eleito Arno Albert, que deu continuidade e término ao grande projeto SAPT, cuja construção ergueuse no local do antigo pavilhão, sede do Hotel Picoral, uma obra muito importante para sua época, digna do espírito empreendedor de José Picoral. Plínio e Arno foram homens de larga visão e dinamismo, projetando Torres e a SAPT além das fronteiras. Grande foi o impulso turístico, trazendo à cidade de Torres, reais e promissoras perspectivas de desenvolvimento.
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Gestão de Plínio Kroeff
línio Kroeff era um líder empresarial de projeção, com fácil acesso às altas esferas do poder. Como presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul e vicepresidente da Confederação Nacional da Indústria usou seu prestígio político e pessoal em favor da solução dos problemas ligados a infraestrutura turística do Estado e de Torres. A política desenvolvida foi de participação cooperativa com o Governo Municipal. Em 1951, Torres foi uma das cidades gaúchas com o maior índice de progresso no curto espaço de cinco anos. Isto se devia ao comprometimento do prefeito Cel. Severiano Rodrigues que teve o apoio paralelo da SAPT. Entre as realizações mais importantes estão a lei que autorizou o Governo do Estado a passar para o domínio do município a área urbana até então considerada terreno foreiro e de propriedade do Estado; a nova usina elétrica; a pavimentação das ruas; a promoção de visitas parlamentares; a doação de bancos de cimento para os passeios ao Morro do Farol; a promoção de práticas de desportos, competições esportivas, bailes e diversões para a população adulta e para crianças.
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Gestão Arno Albert
m sua gestão Arno teve que superar obstáculos, amarguras e dificuldades para poder oferecer rico acervo de obras e realizações. Em seu íntimo expressava satisfação por ter sido, em determinado período da história da SAPT, um dos executores da grandiosa obra idealizada pelos fundadores da Sociedade. Além da tarefa de concluir a construção do Edifício Amigos de Torres, Arno tinha a missão de tornar realidade a edificação do Grande Hotel Torres.
Carpintaria - Como solução para a dificuldade de adquirir esquadrias, móveis e peças de madeira em geral, a SAPT resolveu instalar a sua própria carpintaria. Começou os trabalhos em junho de 1952 e prestou os melhores serviços facilitando a obtenção das mais variadas peças de madeira, com acabamento perfeito e móveis luxuosos. Construção de garagem - Para resolver o problema da futura garagem destinada à guarda de automóveis de associados, foi adquirido da Prefeitura Municipal um terreno com área de 4.500m² na rua Júlio de Castilhos. Cinema - Reconhecendo a necessidade de proporcionar aos sócios o maior número de distrações possíveis, a SAPT aproveitou o salão de festas para nele instalar-se um cinema. Foi adquirido um conjunto cinematográfico de última geração, cabendo a SAPT o mérito de ser no interior do Estado a primeira organização a instalar o equipamento. Assistência social – As assistências à população carente de Torres tem sido uma constante em todas as administrações e ficam sob a responsabilidade direta da esposa do presidente da Sociedade. Nessa gestão, Harda Albert, com ajuda de outras associadas, promoveu vários festivais e campanhas em benefício do futuro hospital de Torres, auxiliou os flagelados do incêndio de Torres (1951), contribuiu para a reconstrução da Igreja, realizou o ‘Roupeiro dos Pequeninos’, iniciativa criada para proporcionar a todas as crianças pobres nascidas na maternidade local um pequeno enxoval.
HOTEL SAPT: A GRANDE REALIZAÇÃO DE 1953
Em maio de 1950, a SAPT tentou obter do Conselho Estadual de Turismo um empréstimo a fim de construir junto ao Edifício Amigos de Torres, um Hotel com oito andares. Devido à escassez de recursos daquele órgão oficial do turismo no Estado, não teve sucesso na solicitação. Desta forma, decidiu construir novos apartamentos para serem vendidos e o lucro obtido, aplicado na construção do Hotel. Em fevereiro de 1953, iniciou-se a obra, há muito planejada. Em tempo recorde, no prazo de oito meses, a construção foi terminada com instalações completas, incluindo finíssimo mobiliário. Satisfazia a todos os requisitos de estabelecimento modelo, equiparável aos melhores do Continente.
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PROGRESSO DE TORRES Água e luz - Com o intuito de melhorar as condições de abastecimento de água e luz na cidade, a SAPT doou a Prefeitura dez pontas abissínias para a abertura de novos poços, o que aumentou o volume de água da hidráulica municipal, além de solicitar a Comissão Estadual de Energia Elétrica o aumento das horas de fornecimento de luz na época de veraneio. Arborização – A Secretaria da Agricultura atendeu o pedido da SAPT e da Prefeitura, designando um de seus técnicos especializados em parques e jardins para iniciar a arborização de ruas da cidade.
Atividades sociais
Construção do Edifício Amigos de Tor res
rres e To os d A mig ído o i íc lu Edif conc
Gestão Cyro Mariante da Silveira
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encida a fase heróica e dificílima da edificação do centro social, residencial e hoteleiro turístico pelas administrações anteriores, passavase agora a fase de consolidação das conquistas obtidas e a das emoções do aproveitamento das novas e esplêndidas instalações. É claro que tudo sem prejuízo das exigências de complementação de benfeitorias e reformas necessárias, de ampliações e melhorias e da conservação do patrimônio imobiliário, uma constante para qualquer administração. Cyro trazia para a sua administração na Sociedade a valiosa experiência adquirida no exercício de funções da mais alta responsabilidade na administração pública estadual. Engenheiro da Secretaria de Obras Públicas, fora diretor geral do DAER e membro do Conselho Estadual de Turismo. Preenchia os requisitos básicos para responder pela direção da SAPT, na arrancada que estava começando como empresa de lazer e recreação de grande porte. Sem dúvida a maior de Torres na época.
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Exploração do hotel e restaurante – O lucro operacional do Hotel no primeiro ano de funcionamento era ótimo para a Sociedade, mas para uma empresa particular seria um desastre. Os prejuízos em manter o Hotel funcionando na baixa estação, somado aos custos de conservação do Hotel e da sede, crescente ano a ano, começou a agravar a situação financeira da SAPT. Sem fontes de recursos extras da venda de apartamentos e emissões de títulos patrimoniais, era preciso reajustar as mensalidades dos sócios, o que contribuiu para o aumento dos inadimplentes. Para enfrentar o problema foram adotadas pela SAPT algumas me-
Linha telefônica – Acolheu a SAPT o pedido da Municipalidade de apoio à instalação da primeira linha telefônica, já que os custos eram altos. Foi aí que iniciou-se a “Campanha do Poste”, um apelo aos sócios para obtenção de recursos para a comunicação telefônica, que só veio a ter solução definitiva e adequada em meados de 1967. Filme sobre Torres – Em colaboração com a Prefeitura, a SAPT contratou uma empresa para produção de um filme sobre a praia de Torres. Pela perfeição técnica e a beleza das cenas escolhidas, constituiu-se em um dos mais eficientes veículos de propaganda turística do litoral.
Aven i asfa da beir ltad a-m a a r
edade Construção da Soci São Domingos
Hotel Amigos de Torres
didas como a exploração direta do Hotel e do Restaurante; abrir o cinema para não sócios, tendo em vista a redução da frequência dos sócios e da pouca rentabilidade; reajustar os valores locativos das barracas na Praia Grande e solicitar à concessão para colocar mais, além de firmar convênio com a Prefeitura para a cobrança, em Porto Alegre, do imposto predial devido pelos associados da SAPT. Atividades sociais e esportivas – Contrato de artistas e espetáculos na temporada de 1955 e de um professor de educação física para elaborar e executar o programa esportivo. Praça Claudino Nunes Pereira – Efetuado o calçamento e ajardinamento da mesma com a cooperação dos moradores vizinhos. Além disso, Cyro teve a ideia de fazer naquele local, contrariando a opinião de destacados líderes da comunidade de veranistas, uma avenida de duas pistas como existe até hoje, a atual beira-mar. Conseguiu em função das suas relações no Governo do Estado que o DAER se incumbisse da obra. O asfaltamento da rua José Picoral foi estendido até a Igreja São Domingos e àquela praça, por sua iniciativa. Hospital de Torres – Uma comissão formada pelas senhoras com grande sucesso realizou a coleta de recursos, em Porto Alegre e em Torres, para auxílio à construção do Hospital. Foram doados também pela SAPT dois aparelhos ressuscitadores, uma aparelhagem cirúrgica, caixas com socorros de urgência e uma incubadora para o berçário. Contribuição ao SESI – Concedido pela SAPT ao Serviço Social da Indústria um auxílio mensal como contribuição ao plano de assistência à população de Torres. Ginásio São Domingos – A SAPT auxiliou na captação de recursos financeiros para a construção da Sociedade São Domingos Pró-Ginásio.
30 anos de história
minha família, a JH SANTOS, foi uma das empresas que alavancou financeiramente a construção da sede esportiva da SAPT, através do sistema de sócioempresa. Foi na SAPT que tive a iniciação de minha vida social, nas festinhas da Tatuíra nos anos 60.Também foi na SAPT onde aprendi a nadar com 10 anos. Minha família passava de dezembro a março aqui em Torres, e a SAPT era nosso ponto de encontro social e esportivo. Atualmente faço parte da Diretoria desde 2002. Gostaria de salientar que a SAPT foi vital para o desenvolvimento de Torres e, sua assunção em abrir o ano inteiro e se aproximar mais dos moradores torrenses foi, com certeza, um marco. O Clube se fundiu efetiva-
Gestão Francisco da Silva Juruena (1956/1958), Álvaro Delacoste Torres (1958/1962), Ivo Alexandre Rizzo (1962/1968)
Sede Esportiva às margens do Mampituba: o início de um grande avanço Na década de 1960 as instalações da sede central da SAPT já não atendiam a todas exigências dos associados, que reivindicavam espaços para prática de esportes. Sob a liderança do presidente Eng. Ivo Rizzo, em fevereiro de 1963, foi elaborado o projeto de construção da sede esportiva às margens do Rio Mampituba.
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Gestão Francisco Juruena
leito em 1956, Juruena exerceu o seu mandato até junho de 1958, quando faleceu. A Sociedade na época de sua administração estava em plena expansão, desfrutando a magnífica e moderna sede social e o bem equipado e avançado centro integrado de hotelaria, restaurante, boate, cinema. Personalidade de alto nível intelectual, homem público de prestígio, cujo coração, espírito e caráter eram um dos grandes esteios da Sociedade. Ao lado das gigantescas obras materiais erguidas pela SAPT e das iniciativas progressistas e inovadoras, estiveram sempre figuras humanas voluntariamente comprometidas com os postulados sociais. Juruena era uma delas.
Pontos de atração turística – A pedido da SAPT, o Conselho Estadual de Turismo concedeu recursos financeiros para obras e benfeitorias em pontos de atração turística de Torres como a construção de uma ponte de acesso à Furna localizada na Torre do centro e ao Pesqueiro, além da construção de uma escada para descer à Furna do Diamante e à do Canhão. Fixação das dunas – Empenhou-se o presidente Juruena para solução da velha luta da cidade de Torres contras as areias. Melhorias condições sanitárias – Constituída uma comissão de médicos veranistas de Torres para cooperarem na melhoria das condições higiênicas da população da cidade. Aeroporto – Renovadas pela SAPT as tratativas junto ao Departamento Aeroviário do Estado e ao Comandante para a execução das obras do Aeroporto de Torres. Prédio dos Correios – Emprenhou-se a Diretoria da SAPT para aprovação do projeto da construção do novo prédio dos Correios e Telégrafos de Torres. Hotel da SAPT – Para evitar que os veranistas e turistas julgassem ser o Hotel de uso exclusivo dos sócios da SAPT, foi alterado o seu nome para ‘Grande Hotel Torres’. Departamento de Pesca – Em face do excelente resultado do Concurso de Pesca realizado pela SAPT com a colaboração da Federação Riograndense de Caça e Pesca foi criado o Departamento de Pesca da SAPT.
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gestão de Álvaro Torres coincidiu com um momento de grandes possibilidades para o turismo gaúcho e a diretoria da SAPT contribuiu nesse sentido. A entidade solicitou às autoridades fazendárias facilidades para os turistas uruguaios que viajavam de automóvel, pediu a isenção dos impostos estaduais para os hotéis turísticos, colaborou com a Prefeitura para a solução de problemas do turismo e integrou o Conselho Municipal de Turismo. Golf – Foi, no setor, sem dúvida, a maior realização da SAPT. Considerado o campo de Golf instalado no Morro das Furnas como um dos maiores centros golfistas mundiais.
Gestão Ivo Rizzo
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A empresa da minha família, a JH SANTOS, foi ma das empresas que alavancou financeiramente onstrução da sede esportiva da SAPT, através do tema de sócio-empresa. Foi na SAPT que tive a ciação de minha vida social, nas festinhas da Tatunos anos 60.Também foi na SAPT onde aprendi a dar com 10 anos. Minha família passava de dembro a março aqui em Torres, e a SAPT era nosso nto de encontro social e esportivo. Atualmente ço parte da Diretoria desde 2002. Gostaria de ientar que a SAPT foi vital para o desenvolvimende Torres e, sua assunção em abrir o ano inteiro e aproximar mais dos moradores torrenses foi, m certeza, um marco. O Clube se fundiu efetivaente, misturando de forma homogênea, veranistas orrenses. Hoje a SAPT é mais torrense do que de ranistas e deve ampliar a participação de ambos os blicos no quadro social, sempre de forma igualitáe como um Clube social que acolhe famílias”. usto Junior retor de Marketing.
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Gestão Álvaro Torres
Automobilismo – Realização da primeira prova automobilística Porto Alegre- Torres e do primeiro circuito de Torres. Aumento de patrimônio – Foram adquiridos dois terrenos. Um próximo à antiga sede social e o outro na esquina fronteira ao Hotel. Além disso, foi construído um prédio de alvenaria para alojamento de empregados, chamado de Alvorada. Atividades beneficentes - Um grupo de senhoras da SAPT promoveu a coleta de agasalhos, alimentos e medicamentos para crianças pobres de Torres. Arrecadaram também recursos para os cofres do ‘Roupeiro dos Pequeninos’ e ainda confeccionaram e distribuíram 960 enxovais completos para recém-nascidos e 2,5 mil presentes nas festas de natal.
sede da SAPT construída por Plínio Kroeff e Arno Albert não atendia mais às exigências dos associados que aumentavam, paralelamente, com o crescimento de Torres. As novas gerações reivindicavam áreas para práticas esportivas e amplos espaços para as atividades sociais. A sede social e o Hotel também precisavam de muitos melhoramentos. Sensível a essas exigências, Ivo Rizzo e sua diretoria puseram mãos à obra, na tentativa de solução dessas carências que se avolumavam. A primeira providência foi afastar o Cinema do interior da sede social, afim de que não só associados como qualquer veranista pudesse ter uma casa de espetáculos confortável, dentro dos padrões modernos da época. Era necessário mobilizar recursos não só para a construção do Cinema como para a reforma do Hotel. A solução encontrada foi, aproveitando um terreno de propriedade da entidade, levantar um edifício de apartamentos de três pisos, com lojas e garagens e com os recursos provenientes da alienação respectiva. Isso foi feito com sucesso. Além disso, retomaram as negociações com a Cia Predial e Agrícola, iniciada em gestões anteriores. A Cia estava interessada em vender seus terrenos adquiridos da Prefeitura Municipal e dispunha-se a doar à SAPT um quarteirão de 16 mil m² na margem do Rio Mampituba. Nele se construiria a Sede Esportiva. Regularizou a cessão do terreno e aproveitando o saldo remanescente das vendas dos apartamentos do prédio do Cinema, partiu para a construção da Sede Esportiva, mesmo diante de opiniões contrárias dos sócios, já que a nova sede ficava longe do Centro, onde se situavam a maioria das residências dos veranistas. Superadas as dificuldades, Ivo Rizzo deu início à construção da primeira etapa do projeto, e em janeiro de 1967, inaugurou o pavilhão e as piscinas, evento há muito aguardado pelos associados e esportistas, sobretudo com a participação da SAPT nas competições aquáticas, até então realizadas no Rio Mampituba, desde 1948. Multiplicaram-se os eventos desportivos e com sucesso a SAPT fortaleceu-se no circuito desportivo no litoral norte do Estado. Em 1967 estava na moda nas principais sociedades esportivas praianas a prática do mini-golf. A SAPT não ficou atrás. Construiu duas canchas. Uma na sede esportiva para uso exclusivo dos sócios e outra junto à sede antiga para uso do público em geral. Durou apenas duas temporadas porque a prática desse esporte não vingou. A administração de Ivo Rizzo fez também uma tentativa, no início vitoriosa, da abertura durante todo o ano do Grande Hotel Torres, afim de atender turistas do centro do país, Argentina e Uruguai. Posteriormente, com a concorrência de novos hotéis e a diminuição do fluxo turístico, viu-se a SAPT forçada a mantê-lo fechado fora do período de veraneio. Em setembro de 1967, a Sociedade cortou ainda o cordão umbilical que mantinha com o Condomínio do Edifício Amigos de Torres. Desde sua construção o referido imóvel era administrado pela SAPT. Com o passar dos anos, houve contratempos para a administração da Sociedade. Naquela data foi eleita uma administração autônoma.
CONTRIBUIÇÕES PARA TORRES A SAPT continuou atuando como entidade colaboradora do Poder Público Municipal e da comunidade torrense. Primeiro supermercado – Na década de 50 Torres ainda não desfrutava de um supermercado, apenas armazéns.Então Rizzo convenceu a Diretoria do Supermercado Real de trazer suas instalações para Torres, uma organização moderna nesse gênero. Plano Diretor – A SAPT defendeu bravamente o crescimento harmonioso de Torres. Federação das Sociedades dos Amigos das Praias – Na gestão de Ivo Rizzo foi levada a bom termo a criação de um organismo com a participação das entidades de praia para encaminhamento e solução de problemas de interesse comum. A Federação foi fundada em agosto de 1962, sendo Ivo Rizzo seu primeiro presidente.
cesso de Rio Mampituba – O pro o enFixação da Barra do do an qu io mpituba teve iníc fixação da barra do Rio Ma Governo Costa e Silva veio a do e ort nsp então Ministro de Tra cionar as obras de asfaltam a pe ins 7, 196 de io ou eit Torres, em ma rov ap o presidente Ivo Rizzo to da BR-101. Na ocasião os granum memorial mostrando u ção da oportunidade e entrego fixa a com Sul e São João do des benefícios para Torres dificultando oscilava durante o ano, barra desse rio. Sua foz eiros. dos pequenos barcos pesqu enormemente a entrada
PT foi novembro de 1964, a SA Repetidora de TV – Em ca de Volta Redonda, sediargi uprocurada pela Cia Siderú em esforço conjunto da com ra pa ), (SC rão ba Tu do da em rro Mo no ra isso ação retransm nidade, instalar uma est atini) ais da TV 5 (Televisão Pir sin os e qu po. Farol, afim de tem u e. Ivo Rizzo não perde de atingissem aquela cidad ra do eti rep o dispunha de uma s. Torres naquela época nã ista ran ve e s ore grar seus morad bili televisão que pudesse ale mo PT SA A to. cus tinha um ção Naturalmente a decisão ten ob idade torrense para lauzou associados e a comun moradores de Torres ap os dos recursos. Enquanto diam a ideia, um grupo de veranistas a maioria foram contra, argumentando que a televisão iria perturbar o veraneio.
Telefonia – Quem conheceu Torres antes de 1967 sabe com que sacrifício se falava com a Praia e vice-versa. Havia somente dois telefones públicos e nenhum particular, e só falavam quando o dia estava bom e a Central de Osório não estava em pane, evento muito comum. Preocupado com esse atraso, desconforto e passividade do Governo de resolver o problema sob a alegação de falta de recursos para investir em uma área de rentabilidade apenas nos meses de verão, a SAPT saiu a campo para encontrar uma solução. Ivo Rizzo foi encontrar em seu companheiro de diretoria, Babot Miranda, a solução do problema, já que na época Babot era presidente do BRDE. No primeiro momento foi instalada infraestrutura com telefones públicos eficientes que melhoraram consideravelmente as comunicações. No ano seguinte, 1968, foi aberta a oportunidade de instalação de telefones residenciais e comerciais, tornando Torres pioneira.
ente, Plínio -101 – Foi um ex-presid Asfaltamento da BR s como preçõe io pessoal e de suas fun o apoio Kroeff, usando seu prestíg com , ria úst Nacional da Ind ório e sidente da Confederação Os tre en ias pra as e de todas de do da comunidade torrense an Gr movimento, não só no Rio áltica Torres, o iniciador de um asf são clu nta Catarina, pela con PT e SA Sul como também em Sa a viu a, lut ita 8 depois de mu 196 de ril ab Em 1. -10 BR de da an Escretização das obras da ‘Gr toda a comunidade, a con a BR-101 tração de Ivo Rizzo, já com inicia trada’. No fim da adminis a, ad alt asf ele um movimento pela melhoria da BR-290 (antiga estrada das praias) no trecho Alegre Porto lhome A -Osório. s ma o, vei o nã ria em compensação saiu a FREE WAY.
euarita – A SAPT envolv Desapropriação da Gu res, Tor de ais tur na as lez r as be se na luta para preserva aqu seu io de integrantes de conseguindo com o prestíg Estado considerasse uma do dro social que o Governo sapropriação da Guarita, de a a: tig reivindicação an lacaísse nas mãos de especu para que essa área não um os tod ando para uso de dores imobiliários, resguard o Estado e que dá a Torres do os nit s dos recantos mais bo ito mu rou du a lut gaúcha. A título da mais bela praia da te sor a zo Riz Ivo de stão anos, mas somente na ge desapropriação definitiva. sua com da sela foi ta Guari
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40 anos de história
Gestão Dirceu Silva (1968/1972), José Amaro Cavalheiro Filho (1972/1974), Manoel Santana (1974/1976)
Setores social, esportivo e cultural: uma época de intensas atividades As atividades sociais, esportivas e culturais sempre foram o ponto forte da Sociedade, no entanto, nesta época, ações nesse sentido se intensificaram tanto na sede social, no Centro, como na sede esportiva, às margens do Rio Mampituba.
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Gestão Dirceu Silva
linha política da sua administração foi continuar lutando, junto aos poderes públicos, principalmente o municipal e estadual, por melhorias na Praia de Torres. A partir disso, naturalmente oferecer aos associados conforto e diversão nas suas sedes durante a temporada de veraneio. Ainda em 1968 promoveu a diretoria uma reunião com os poderes públicos municipais e membros da comunidade torrense para exame de ampla pauta de problemas de ordens administrativas: abrigo para ônibus de excursão, ampliação da central telefônica, serviço de salva-vidas, construção de sanitários nas praias, recuperação das calçadas e cordões, remoção e incineração do lixo na cidade, limpeza de terrenos baldios, recuperação do Morro das Furnas, iluminação pública, arborização das praças e logradouros e retiradas das casas em área já desapropriadas na Guarita. Muitos dos assuntos
debatidos foram solucionados ao longo do tempo e por administrações municipais subsequentes. Durante sua gestão abriu em caráter permanente a Sede Social da SAPT como também o Grande Hotel Torres para congressos, convenções, feiras. Mediante pagamento de uma taxa, poderiam ser usados para qualquer evento. Abriu também a possibilidade de usar a piscina para o aprendizado de natação pelos colégios de Torres. Foram construídas, em 1968, benfeitorias na Sede Esportiva: uma quadra de tênis, e na parte térrea do prédio, sanitários para atender não só exigências da Secretaria Estadual de Saúde, mas também para dar mais conforto aos associados. Era uma reivindicação de empresários, agricultores e moradores do município a instalação de uma Agência do Banco do Brasil em Torres. Várias tentativas foram feitas junto à direção do Banco, até que em 1970 a SAPT entrou na campanha com apoio do Associado Babot Miranda.
Gestão José Amaro Cavalheiro
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ponto alto caracterizador da gestão em referência foi a intensa e vibrante atividade nos setores social, esportivo e cultural. Eventos sociais – Promoções de espetáculos artísticos e musicais nas duas sedes da SAPT (Centro e às margens do Rio Mampituba). “A programação cultural e social dessa época era incrível. Nós tínhamos um grupo de teatro, só de mulheres, que era sucesso até fora de Torres. A gente se reunia nas segundasfeiras para montar pequenos shows e se apresentar no jantar das mulheres nas quartas-feiras. No início era só uma brincadeira, mas depois foi crescendo e teve uma grande repercussão. Fomos inclusive convidadas a fazer a apresentação das ‘Panteras’ em Porto Alegre, de tão bem feito. O jornalista Tatata Pimentel disse que não perdia em nada para o Moulin Rouge. Nós enchíamos o salão. Vinham artistas do Rio de Janeiro para assistir, como Paulo Autran. Foram coisas muito bonitas que a gente fez. O que nós fizemos, praia nenhuma conseguiu fazer. Era muito bacana. Eu me emociono só de falar”, contou a diretora social, Iara Palmeiro.
Patrimônio – Construção do bar-chopp no terreno próximo à sede do centro, de um galpão rústico no mesmo local para jogos de fliperama e aquisição dos imóveis do Clubinho. Eventos esportivos – Inúmeros foram os eventos nessa área como competições de futebol, vôlei, tênis. Destaques para campeonatos
internacionais de pesca em parceria com a Federação Gaúcha de Pesca e campeonatos de surf na Guarita. Culturais – Exposições de livros com sessões de autógrafos, música erudita, atividades conjuntas com as Sociedades vizinhas, relações com os poderes públicos, recepção de autoridades federais, estaduais e municipais ao ensejo da inauguração oficial dos molhes da Barra do Rio Mampituba. Assistência Social – Auxílio à população flagelada da enchente de Torres com a doação de alimentos, roupas e utensílios arrecadados em campanhas e eventos promovidos pela SAPT. Auxílio também de um salário mínimo mensal às viúvas dos pescadores que morreram no início da abertura da Barra do Mampituba.
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Gestão Manoel Santana
renovação dos órgãos da cúpula administrativa da Sociedade, a partir de determinado momento da vida social, foi influenciada de alguma forma por divergências entre os associados. Estavam relacionadas à Sede Esportiva e ao plano aprovado para a captação de recursos financeiros destinados à sua construção. A partir disso, o estado financeiro da Sociedade vinha se agravando. Definiu Santana como linhas mestras de sua administração uma política rigorosa de contenção de gastos. Para superar o estado de ‘insolvência financeira e irreal’ da Sociedade, assim considerado pela auditoria anteriormente feita, comprometia-se a implantar uma administração empresarial, controlando todos os setores rentáveis da organização. Sob a presidência de Santana foram aprovadas diversas alterações nos Estatutos Sociais. O presidente integrou a Comissão Permanente de Turismo, criado pela Prefeitura Municipal, e cooperou com a Secretaria Estadual de Turismo e a Prefeitura de Torres na campanha de arborização do litoral e na confecção de guias turísticos.
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50 anos de história
Gestão Pery Pinto Diniz da Silva (1976/1981), José Julio Vieira Miranda (1981/1984), Lucas Barcelos Gonçalves (1984/1991);
Sede Social e Esportiva às margens do Mampituba: novo patamar na evolução Este período configurou-se como um novo patamar na evolução da SAPT. Não apenas no aspecto físico, material, da construção da Sede Social e Esportiva, mas pela característica de iniciar um processo planejado de mudanças. A SAPT e a Municipalidade de Torres aliaram-se através de termos de compromisso, para a execução das metas de promoção do litoral gaúcho.
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Gestão Pery Diniz
a temporada de 1976, o presidente eleito Prof. Pery Pinto Diniz, assumiu um dos períodos mais difíceis da Sociedade, devido ao projeto de mudança da sede central para as margens do Rio Mampituba. Com inteligência e habilidade, superou as divergências e as dificuldades financeiras e, em 1978, deu continuidade ao projeto da Sede Social e Esportiva, elaborado pelo arquiteto Isidoro Singer e iniciado na presidência de Ivo Rizzo. O projeto da Sede Social e Esportiva foi dividido em duas etapas: 1ª a construção de um novo bloco de 2.200 m² e 2ª a reforma do bloco antigo. A 1ª etapa foi concluída em dezembro de 1980 compreendendo além do bloco, o parque tenístico com quatro modernas quadras de
tênis, o muro de proteção, o aterro, o ajardinamento e a construção de quadras de vôlei e futebol. Recursos para investimentos – Um plano de vendas de cotas de uso do Grande Hotel Torres rendeu à Sociedade recursos integralmente aplicados na reforma do Hotel e na construção da nova Sede Social e Esportiva. Área social, artística e cultural – festas com a participação de grupos de senhoras, bailes de réveillon, aniversário da SAPT, carnaval, jantares e reuniões dançantes, diversas promoções beneficentes. Área esportiva – Foram realizados cursos de natação, pólo aquático, torneios de futebol, percurso do Rio Mampituba a nado, travessia a nado Ilha dos Lobos/Praia Grande e ainda a primeira competição de atletismo na praia.
Gestão José Miranda
E
sta gestão deve ser desmembrada em dois períodos. O primeiro para completar o mandato do presidente anterior, e o segundo para exercer a presidência. Após a inauguração da Sede Social e Esportiva, o presidente Pery comunicou que considerava findo o compromisso assumido, foi quando José Miranda tomou posse. O ponto mais alto de sua administração foi a execução da segunda etapa do projeto da Sede Social e Esportiva, além da reforma total das piscinas, da cozinha e do restaurante, reforma e ampliação do bloco antigo e todas as obras do entorno. A partir desta data, a nova sede concentrou todas as atividades sociais e desportivas. Atividades sociais – na temporada de 1983 foram terceirizadas as atividades neste setor, resultando em melhor frequência e qualidade dos eventos. Atividades esportivas – A iluminação de duas quadras de tênis resultou em maior movimentação na Sede.
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Gestão Lucas Barcelos
ucas Barcelos foi eleito em 1984 e substituído antes do fim do último mandato, em 1991, sete anos depois, se tornando o presidente que mais tempo ocupou o cargo. Lucas teria solicitado licença por tempo indeterminado, o que resultou na posse do seu vice-presidente, Antônio Parissi na Sede.
60 anos de história
Antônio Parissi (1991/1994), José Andraos Chaieb (1994/1998)
Conservação e ampliação do Patrimônio A mais representativa das sociedades de veraneio, atravessou nessa época um período de absoluta estabilidade em consonância com os melhores momentos da sua história.
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Gestão Antônio Parissi
sustentação da Sociedade estava apoiada em pouco mais de 800 sócios e os resultados financeiros positivos em virtude da cuidadosa administração dos alugueis do Centro Comercial. Parissi conseguiu restabelecer o equilíbrio financeiro da organização, no entanto ela não evoluíra na mesma proporção de seu crescimento. Obras, reformas e conservação – Foram inúmeras as atividades administrativas no período entre obras, consertos, benfeitorias, conservação, decoração e ampliações na Sede Social e Esportiva, na antiga sede do Centro, no Hotel, restaurante, Alvorada e Bar da
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Praia. Construções – Churrasqueira e área de lazer para uso dos sócios; quadra de Paddle; secretaria e portaria junto ao portão de entrada; bar junto às quadras de tênis; depósito e alojamento para empregados, vestiários, calçamento e passeio fronteiros à sede, iluminação nas laterais das piscinas, praça, estacionamento e calçamento, asfaltamento até a Sede feita pelo DAER a pedido da SAPT, praça Amigos de Torres, calçada arborizada, marcos comemorativos do cinquentenário da SAPT, parque infantil junto às piscinas, monumento ao surfista, de autoria da escultora gaúcha, Leda Nácul, e uma edificação para restaurante em frente à praça dos surfistas. Cine SAPT – Por motivo de segurança foi o Cinema desativado com a suspensão de seu funcionamento. O prédio foi vendido e os recursos utilizados nas reformas urgentes e no Centro Comercial, antiga sede Social que passou a
ser uma das principais fontes de recursos para o fundo de investimentos patrimoniais. O equipamento do Cinema, incluindo 500 cadeiras, foi transferido à Prefeitura Municipal, recebendo a SAPT a quitação dos impostos devidos ao Município até 1989. Serviço de patrimônio da União – Foram reativadas as gestões junto a esse órgão federal para incorporação do terreno da SAPT de 1500 m² na margem do Mampituba, onde chegou a ser construída uma rampa para barcos e concretada uma lage. Reforma dos Estatutos Sociais – Supressão das categorias Sócios Remidos e Sócios Veteranos, reeleição para os cargos de presidente e vice-presidente permitida apenas por mais um mandato bienal, criação do departamento social e esportivo com atribuições defini-
JH SANTOS, foi uma das empresas que alavancou financeiramente a construção da sede esportiva da SAPT, através do sistema de sócio-empresa. Foi na SAPT que tive a iniciação de minha vida social, nas festinhas da Tatuíra nos anos 60.Também foi na SAPT onde aprendi a nadar com 10 anos. Minha família passava de dezembro a março aqui em Torres, e a SAPT era nosso ponto de encontro social e esportivo. Atualmente faço parte da Diretoria desde 2002. Gostaria de salientar que a SAPT foi vital para o desenvolvimento de Torres e, sua assunção em abrir o ano inteiro e se aproximar mais dos moradores torrenses foi, com certeza, um marco. O Clube se fundiu efetivamente, misturando de forma homogênea, veranistas e torrenses. Hoje a SAPT é mais torrense do que de veranistas e deve ampliar a participação de ambos os públicos no quadro social, sempre de forma igualitária e como um Clube social que acolhe famílias”. Fausto Junior Diretor de Marketing.
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das, aumento do número de membros do conselho superior, definição de competências e regras para o conselho superior, fiscal, assembléia geral, processo eleitoral e direitos dos sócios. Atividades sociais, esportivas e culturais – Foram variadas e intensas, movimentando as dependências amplas da Sede. Esses eventos seguiram a linha tradicional da SAPT ampliadas pelas maiores possibilidades e recursos disponíveis. Seus pontos altos foram as festas de aniversário da SAPT com participação de artistas renomados, réveillons, bailes de carnaval, festas beneficentes como o Baile do Chopp, a cargo do Lions Clube. Na área esportiva torneios de várias modalidades esportivas como o 1° Campeonato Interpraias com a presença de tenistas de nível internacional.
Gestão José Chaieb
s circunstâncias que determinaram à escolha de José Chaieb a presidência da SAPT estão relacionadas às dificuldades da Sociedade em conduzir o processo de discussão do Plano Diretor de Torres. Aliás, as dificuldades não eram apenas da SAPT, eram de toda a sociedade. O processo era complexo e exigia uma firme liderança. Era preciso que alguém fosse capaz de con-
MUSEU TRÊS TORRES Por Luana Gonzalez Bassa Museóloga
Outro momento marcante da gestão de José Chaieb foi a criação, em fevereiro de 1996, do Museu Três Torres, com o objetivo de resgatar, conservar e comunicar a memória da SAPT e da comunidade do município de Torres. O museu abriga um acervo composto por atas, relatórios, documentos, livros administrativos, correspondências, mobiliário, equipamento de escritório e sonoro, jornais, boletins informativos, troféus e fotografias que registram os 80 anos da Associação. Também fazem parte do acervo, uten-
gregar as forças progressistas, as lideranças intelectuais, as organizações ambientalistas, a imprensa descompromissada. E quem melhor do que a SAPT para cumprir esse papel? Quem melhor do que aqueles que sempre deram tudo de si sem nada pedir em troca? O desafio foi aceito e o Plano Diretor de Torres foi sancionado em julho de 1995 do modo como Torres precisava. A SAPT cumpriu seu papel de liderança e conquistou o respeito de todos. Teve o privilégio essa gestão de recolocar a SAPT ao lado de Torres.
sílios domésticos e coleção arqueológica (líticos e cerâmicas). Até hoje são coletados e classificados documentos, correspondências e peças de valor histórico que servem para estudo e análise das etapas do desenvolvimento cultural, artístico e econômico da região. Algumas pessoas vêm, ao longo desses anos, dedicando seu tempo e seus conhecimentos para melhorias relacionadas ao espaço de memória da SAPT. Durante muito tempo a figura de Dona Henriqueta Cazzetta foi de grande importância para que o museu tivesse seu acervo catalogado, pesquisado, exposto (em visitas guiadas para turmas de escolas do município) e assim, fazendo com que este lugar tivesse vida museológica. A estrutura física atual do museu é de aproximadamente 170m² e se localiza nas dependências do Clube. Sua equipe técnica atual conta com a colaboração de um historiador e uma museóloga. É importante destacar que mudanças relativas ao corpo técnico, espaço e outras relacionadas ao acervo estão sendo planejadas, uma vez que os envolvidos estimam que este espaço possa se tornar um local de pesquisa, comunicação e lazer, além de desempenhar seu papel social com melhores condições, reafir- 17 mando seu compromisso com a história, educação e cultura local. Completando em 2016, 20 anos de existência.
70 anos de história
Gestão Dr.Augusto E. Moojen Nácul (1998/2002), Walter Francisco Kaschny (2002/2006);
SAPT aberta o ano inteiro: o começo de uma nova era A partir do ano 2000, a SAPT teve suas instalações abertas durante o ano inteiro. Uma decisão corajosa do então Presidente Dr. Augusto Nácul, que havia assumido a gestão do Clube a menos de dois anos.
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Gestão Dr. Augusto Nácul
u tenho orgulho de dizer que fui à peça fundamental nesse marco da história da SAPT. Eu sempre fiz parte da diretoria e fui atuante, em 1998 fui eleito presidente pela primeira vez. O pessoal de Torres não tinha interesse em se associar já que o Clube só ficava aberto dois meses. Então eu decidi que a SAPT, daquele momento em diante, iria funcionar os 365 dias do ano. Estabeleci um plano para tornar o Clube atrativo e para isso tinha que oferecer serviços. Foi aí que somamos muitas iniciativas inovadoras”, garantiu Dr. Nácul. Dentre as ações estão: o aquecimento da piscina semi-olímpica, mantida por uma caldeira a gás italiana; instalação da primeira academia de ginástica; construção da quadra de tênis coberta em piso de saibro com financiamento parcial do associado benemérito, Carlos Fleck; implantação da sauna; sala de sinuca e de ping pong; melhorias no campo de futebol 7; criação da infraestrutura de serviço do Clube; ampliação da varanda do restaurante; reforma da churrasqueira com a adição de sanitários; recuperação das quadras externas de tênis e paddle; urbanização e ajardinamento das áreas externas com
participação da diretora da sede Irene Martins de Lima; reestruturação do Museu; além do equilíbrio das finanças com mérito para o diretor financeiro Nestor Cazzeta. “Eu coloquei o Clube em condições de atender bem o Associado e se tornar atrativo o ano inteiro. Com isso a SAPT é, sem dúvida nenhuma, o melhor Clube social do litoral sul do Brasil. Não tem nenhum Clube aqui que se compare ao nosso. E hoje tem mais associados ativos de Torres do que veranistas. Mas eu não fiz isso tudo sozinho. Tive muitos parceiros, que inclusive injetaram dinheiro para dar o passo inicial da recuperação da SAPT, especialmente Conselheiros, e a maioria depois nem cobrou. Hoje o Clube tem vida financeira muito saudável. É uma Sociedade florescente”, concluiu Dr. Nácul, que é associado da SAPT desde a década de 60.
Dr. Nácul ressaltou ainda dois grandes nomes que recentemente deixaram essa vida terrena, como Eng. Oscar Martins de Lima e José Davi. “O Oscar foi uma figura importantíssima na recuperação da SAPT e na integração com a comunidade torrense, participou ativamente ao meu lado. E José Davi, foi nosso conselheiro durante anos e hoje era vice-presidente do Conselho Superior. Sempre foi muito interessado e atuante nos assuntos da SAPT. Ele e sua esposa Dolores David estiveram sempre muito presentes contribuindo no que precisasse. Era uma grande pessoa”, completou ele. O Eng. Oscar Martins de Lima se aposentou no final de 1995 e decidiu dividir a aposentadoria entre Rio de Janeiro e Torres. Foi nesse período que teve a visão clara da diferença entre Torres no verão e Torres no inverno. Sugeriu então uma série de iniciativas para tornar Torres atrativa turisticamente 365 dias do ano. “A cidade parada 10 meses e um dos mais completos clubes do litoral, a SAPT, fechada para uma sociedade crescente
de moradores era trágica. Foi quando o Dr. Nácul me pediu que encontrasse outro morador, de preferência sócio, que aceitasse a incumbência de assumir a vice-presidência. Durante meses procurei convencer alguém que aceitasse o desafio. Foi quando decidi por um ano me oferecer a Nácul para ajudar a abrir a SAPT. Este ano acabou se transformando em 3 anos esforçados para convencer os moradores de Torres de que a SAPT estava se tornando um clube da cidade”. Dr. Nácul ressaltou ainda seu contentamento pela continuidade dada pelos torrenses Dilson Dalcégio e Vilmar Casagrande, que fizeram gestões magníficas, com trabalho muito profícuo para a Associação, além de chamar atenção para o eficiente trabalho desenvolvido pela secretária executiva da SAPT, Lenara Krás, que há 13 anos se dedica ao Clube. Também destacou a vinda, em sua gestão, do ecônomo Mário José da Silva e Odete, em 1998, os quais permanecem até hoje, e o acordo trabalhista realizado na ocasião da aposentadoria do Sr. José Hoffmann, que dedicou muitas horas de sua vida em prol da SAPT.
Gestão Walter Francisco Kaschny
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om o grande desafio de manter a Sociedade aberta o ano inteiro, o Eng. Walter Kaschny deu seguimento as melhorias e ampliações no Clube. Dentre elas estão: informatização da portaria, iluminação da quadra coberta de tênis, construção de uma cisterna para captação e tratamento d’água, possibilitando uma melhor qualidade da água utilizada nos serviços, além da redução de custos; instalação da caldeira à lenha Giacomet 360 Kcal para aquecimento da piscina com grande economia de combustível; instalação de Boiler Giacomet 2.500 litros de água quente para serviços e vestiários; estacionamento interno; pintura geral da sede; reforma e manutenção dos jardins; instalação de TV SKY; recuperação geral da sede após o ciclone Catarina de março de 2004; projeto e execução do controle sonoro; pintura do Grande Hotel Torres; além da locação parcial do Centro Comercial para Prefeitura Municipal de Torres montar o Centro Cultural e de Eventos.
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80 anos de história
Gestão Augusto E. Moojen Nácul (2006/2007), Dilson Dalcégio (2008/2012); Vilmar Casagrande (2012/2016)
Presidentes torrenses: a concretização de um clube de Torres e de todos Devido ao crescente interesse de moradores de Torres em se associar na SAPT, Dr. Augusto Nácul, em sua segunda gestão, sentiu a necessidade de colocar à frente do Clube um líder torrense, alguém que estivesse dia a dia na entidade, assumindo anos depois seu vice-presidente, Dilson Dalcégio.
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Gestão Dr. Augusto Nácul
r. Nácul foi o único presidente que ocupou a liderança da Sociedade por duas vezes, a convite dos conselheiros. Foram muitas as realizações do então presidente, tanto na primeira como na segunda gestão. Neste período os marcos foram: • Participação no Congresso Gaúcho de Clubes, onde se reuniam mais de 40 clubes do Estado. O encontro foi importante para o início de uma maior integração e troca de experiências com outros clubes. A SAPT era o único clube do litoral a participar do congresso. • Quadra de tênis – Inauguração da nova quadra de tênis com piso de saibro. • Construção de um deck na cabeceira da piscina. • Campo de futebol com novas dimensões recebeu o gramado novo, colocação de telas de proteção e ajardinamento.
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• Colocação de um toldo ligando a recepção ao pavilhão social do clube, proporcionando maior comodidade ao acesso de nossos associados a área interna do Clube. • Melhorias nas salas do Centro Comercial e a complementação da pintura da fachada do Grande Hotel Torres. • Realização da Semana da Criança SAPT, onde foi desenvolvido atividades esportivas, bingos infantis e festas juvenis como o ‘Milk Shake e Teenager’. • Reabertura da sala de musculação e aulas de hidroginástica • Projeto tênis nas escolas – Com a iniciativa do Departamento de Tênis, a SAPT proporcionou aos alunos de algumas escolas, com idade entre 7 e 14 anos, aulas gratuitas de tênis ministrada por um instrutor. Mais de 130 alunos participaram. • Projeto arte criança – Objetivando o desenvolvimento artístico e recreativo dos pequenos. • Oficinas de ballet e dança moderna. • Ampliação da área do Museu. • Otimização nas salas de jogos com troca dos aparelhos de ar-condicionado, pintura e decoração.
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Gestão Dilson Dalcégio
á 16 anos envolvidos com as iniciativas da SAPT, Dilson Dalcégio assumiu a presidência do Clube em 2008, sendo o primeiro presidente torrense da entidade. “Ser o primeiro presidente da SAPT é um privilégio e comungo da opinião que ter a presença do presidente aqui durante todos os dias do ano é fundamental para o Clube. Inclusive, houve um aumento no número de associados. E com Torres em crescimento, e a SAPT consequentemente, não tinha como ser diferente”, disse Dilson. Foram dois anos como vice-presidente na gestão de Nácul, e quatro anos como presidente, acumulando grandes realizações à frente da SAPT. Piscina - Foi construída a nova cobertura da piscina térmica, com estrutura metálica, telhas em aluzinc e policarbonato e aberturas em vidro; foi feito também um banheiro familiar junto à piscina térmica; realizadas melhorias no sistema de calefação por radiadores no corredor de acesso à piscina térmica para melhorar o conforto térmico e iluminação da piscina térmica. Quadras – Foi renovado o piso de saibro da quadra coberta de tênis, colocadas novas fitas de marcação e realizada a substituição de telhas na cobertura. Melhorias foram feitas também nas quadras de paddle, tênis abertas e no campo de futebol.
ssociado à SAPT desde 1979, Vilmar era um dos quatro associados, moradores de Torres, que estava em dia com suas mensalidades. Isso motivou o convite do Dr. Nácul para que participasse da Diretoria, na época em que a Sociedade passaria a abrir o ano inteiro. Vilmar aceitou o convite, assumindo então o cargo de secretário em várias gestões, 1º vice-presidente durante quatro anos na gestão de Dilson Dalcégio, além dos quatro anos na presidência. O que a SAPT representa para você? Vilmar:Os clubes sociais são uma segunda casa que temos. Agrega amigos, familiares e conhecidos. Temos possibilidades de fazer novas amizades e sendo associado se entra sem pedir licença. Assim como outros clubes em que somos associados, a SAPT representa a extensão de minha casa. Quais os principais feitos e desafios de sua gestão frente à SAPT?
CONTRIBUIÇÕES PARA COMUNIDADE TORRENSE
A SAPT mantém seu assistencialismo à comunidade torrense. Desta forma, realiza diversos eventos beneficentes, loca com desconto suas dependências para algumas ações e ainda cede seu espaço para projetos sociais como o Projeto social Torres Surfa, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e o Projeto Criança.
empresas que alavancou financeiramente a construção da sed esportiva da SAPT, através do sistema de sócio-empresa. Fo na SAPT que tive a iniciação de minha vida social, nas festinhas da Tatuíra nos anos 60.Também foi na SAPT onde apre di a nadar com 10 anos. Minha família passava de dezembro março aqui em Torres, e a SAPT era nosso ponto de encontro social e esportivo. Atualmente faço parte da Diretoria desde 2002. Gostaria de salientar que a SAPT foi vital para o desen volvimento de Torres e, sua assunção em abrir o ano inteiro e se aproximar mais dos moradores torrenses foi, com certeza, um marco. O Clube se fundiu efetivamente, misturando de forma homogênea, veranistas e torrenses. Hoje a SAPT é ma torrense do que de veranistas e deve ampliar a participação d ambos os públicos no quadro social, sempre de forma igualit ria e como um Clube social que acolhe famílias”. Fausto Junior Diretor de Marketing.
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Gestão Vilmar Casagrande
Melhorias gerais - manutenção geral do clube, nova churrasqueira junto ao avarandado do restaurante; calçadas de acesso ao quiosque e campo de futebol e novo ambiente de lazer com televisão a cabo junto ao restaurante; atualização de todos os impostos com a prefeitura, colocando as dívidas em dia; aquisição de novos equipamentos de informática para a secretaria; automatização do portão principal; melhorias na segurança do clube, por meio de monitoramento com câmeras de vigilância 24 horas por empresa especializada; ampliação da iluminação do estacionamento, melhorias e substituições das bombas d’água; manutenções dos banheiros; climatização do salão de festas; reforma geral na cozinha e copa do restaurante; ampliação e modernização do espaço da nova academia; melhorias nas salas de jogos, no quiosque, playground, na sauna; melhoria na iluminação externa da área do quiosque; manutenção do telhado do Grande Hotel Torres e redistribuição da rede de esgoto.
Seguramente a adequação da SAPT ao PPCI (Plano de Prevenção ao Combate contra Incêndio) que foi um trabalho inédito, não efetuado por nenhum presidente até então. Foi um ano inteiro de trabalho exaustivo, que contou com a participação de todos os diretores, resultando na emissão do Alvará concedido pelo 9º Comando Regional de Bombeiros. Foram realizadas obras como escadas externas, proteção contra descargas atmosféricas (PáraRaios) que o Clube não dispunha, central para gás liquefeito, todo o sistema de alarme, adequações de todas as muretas, dentre outros. Efetuamos também duas grandes obras, exigidas há muito tempo e concretizadas na nossa administração: Substituição completa de todo o telhado do Grande Hotel Torres, madeiramento e telhas, e reforma completa de telhado de salão principal da sede esportiva, incluindo a colocação de granito no piso, substituindo as antigas lajotas. Adquirimos ainda um novo software para a secretaria, catraca com três possibilidades de identificação, 500 novas cadeiras em metal, realizamos a reforma completa da sauna, incluindo novo local para a caldeira, reforma completa dos vestiários, contemplando local para Portadores de Necessidades Especiais (PNE), 21 adquirimos novo aquecedor de água de 300.000 Kcal, bicom-
empresa da minha família, H SANTOS, foi uma das mpresas que alavancou finanramente a construção da sede portiva da SAPT, através do tema de sócio-empresa. Foi SAPT que tive a iniciação de nha vida social, nas festinhas Tatuíra nos anos 60.Também na SAPT onde aprendi a nar com 10 anos. Minha família ssava de dezembro a março ui em Torres, e a SAPT era sso ponto de encontro social e portivo. Atualmente faço parte Diretoria desde 2002. Gostade salientar que a SAPT foi al para o desenvolvimento de rres e, sua assunção em abrir o o inteiro e se aproximar mais s moradores torrenses foi, com rteza, um marco. O Clube se ndiu efetivamente, misturando forma homogênea, veranistas orrenses. Hoje a SAPT é mais rense do que de veranistas e ve ampliar a participação de mbos os públicos no quadro cial, sempre de forma igualitáe como um Clube social que olhe famílias”. usto Junior retor de Marketing.
bustível, readequamos e normatizamos as linhas elétricas dentro do clube e as manutenções normais, além de realizar nova entrada da subestação de energia (CEEE). O que você diria que a SAPT foi e hoje se tornou? Vejo a SAPT em dois momentos distintos: Primeiro, completando oitenta anos, em que os veranistas fizeram uma sociedade que lhes proporcionava um ótimo local para o convívio social, somente durante o veraneio. E o segundo momento completando 16 anos, com a abertura o ano inteiro, possibilitando sua reabilitação e in-
tegração com a comunidade torrense, que há muito deixou de ser uma vila de pescadores e se transformou em uma cidade universitária. Quais os planos para o futuro da SAPT? O desafio da próxima gestão é planejar os espaços existentes, para otimizar as diversas modalidades esportivas e sociais solicitadas pelos sócios, que não puderam ser concretizadas no nosso mandato. Temos plena convicção de que a SAPT se tornará um dos melhores clubes do litoral.
Atualmente o Clube possui 1200 sócios titulares e 1700 dependentes. Possui estrutura capaz de agregar as mais variadas atividades esportivas, sociais, culturais e de lazer, privilegiando não somente seus associados, mas também a comunidade em geral.
e Tapetes Orientais; semana da criança; apresentações teatrais; shows humorísticos e infantis. Destacando ainda o Museu Três Torres, aberto para visitação ao público. Eventos Esportivos: Além das atividades oferecidas pelo Clube com acompanhamento de profissional qualificado para pessoas de todas as faixas etárias, como aulas de Natação, Hidroginástica, Tênis, Surf, Musculação, Dança de Salão e Ballet Clássico, ou simplesmente atividades para praticar e curtir com a família e amigos como o futebol, vôlei, paddle, sinuca, ping-pong, torneios de canastra e futebol de mesa. A SAPT também participa e apóia as seguintes atividades: Rústica de Aniversário; Travessia Ilha dos Lobos; Torneios de Duplas de Integração organizados pelo departamento de tênis, e agora recentemente, a partir de 2015 o departamento de piscina também está organizando torneios de natação. Confira abaixo alguns depoimentos de sócios antigos e recém fidelizados:
EVENTOS SOCIAIS, CULTURAIS E ESPORTIVOS
A agenda Social, Cultural e Esportiva do Clube a partir de sua abertura o ano inteiro, esteve bastante movimentada com os eventos tradicionais e novidades que trouxeram momentos alegres e de descontração para associados, familiares e convidados, entre eles: Eventos Sociais: Réveillon; Aniversário do Clube com apresentação da Rainha da SAPT; Festas Temáticas; Jantares para mulheres; Jantar de Gourmets; Baile do Chopp; Carnaval Infantil com concurso de fantasias e Adulto; Noite Faroeste; Massaroka (Buffet de massas); Feijoada da SAPT; Bingo Infantil, Festa Teenagers para a garotada jovem; Comenda do Amor Perfeito (APAE); Homem na Cozinha (Rotary); Abertura de Verão – Garden Party, que a partir de 2014 foi reestruturado acrescentando torneios e jogos competitivos em todas as modalidades esportivas durante o dia, premiação e festa a noite. Os eventos tiveram muito sucesso e grande participação dos associados.
Sócia da SAPT desde sempre, Vera Lia frequenta o Clube e leva toda a família. “Eu aprendi a nadar na SAPT. Meus filhos e meus sobrinhos também aprenderam a nadar na SAPT. Agora os meus netos também estão. Então são várias gerações frequentando o Clube. Tem atividades para todos os gostos. A SAPT congrega gerações. Isso é muito importante. É uma tradição, um vínculo que se formou através dos tempos”, enfatizou Vera Lia. “Queremos agradecer a atenção, o carinho e o profissionalismo que a SAPT e seus colaboradores prestaram antes, durante e depois do nosso casamento. Principalmente por sua estrutura física e receptividade aos prestadores de serviços que receberam toda a atenção. Acreditamos que são essas atitudes de boa vontade que tornam os momentos tão especiais. Ficamos agradecidos por tudo!”, Jaqueline e Tiago Pavinato – sócios, que recentemente locaram o salão principal para o seu casamento.
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Na área social merece destaque a Noite Faroeste que recebeu um troféu destaque como um caso de sucesso no 14º Congresso de Clubes. A ideia da Noite Faroeste nasceu no início de 2002, sendo criada uma equipe organizadora para realizar a 1ª edição, que foi um sucesso! Em 2016, a Noite Faroeste completa 15 anos. Eventos Culturais: Palestras; lançamentos de livros; exposição de fotos e telas; leilão de Cristais, Porcelanas, Pratarias, Pinturas
“Eu e meu esposo nos associamos na SAPT porque eu não sabia nadar e a professora Bia foi fundamental na minha evolução. Já meu esposo queria aperfeiçoar a sua técnica e a SAPT disponibiliza de uma infraestrutura ao alcance de nossa necessidade. É a única piscina semi-olímpica aquecida da região. Também é um ambiente agradável com pessoas sempre dispostas a nos atender. O clube contribui para o lazer de toda a família com valor acessível e com qualidade. Isso eu falo em relação à piscina, porque como moramos em Sombrio, não usamos tudo que o Clube oferece. Com certeza se morássemos mais perto, aproveitaríamos bem mais”, Ely Elias - sócia recente da SAPT.