URBANISMO PELA PERSPECTIVA DE GÊNERO E O IMPACTO DA PANDEMIA *Covid-19.

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antanaAlvesMaiaeIvanMarquesda

URBANISMOPELAPERSPECTIVADEGÊNEROEAVIVÊNCIADA MULHERNOSTERMINAISDETRANSPORTEINTEGRADOSDOBARRO EDEAFOGADOS,NA (orientador).Autores:saraBeatrizdeSantana

URBANISMO GÊNEROE DE DE NACIDADEDORECIFE-PERNAMBUCO.

Paraa mulher vivenciar a cidade, infelizmente,ela esbarranas mais distintas dificuldades; sendo osespaços públicos locais propícios para a reprodução de prejulgamentos da sociedade, dominações machistas que restringem, amedrontamento do assédio, da violência, a escassez de es que são restritivos à sua autonomia, em âmbito digital [como forms, mentimeter, Cidade do Recife, nas proximidades dos Terminais de Transportes Integrados dos bairros Barro e de Afogados; expondo adinâmica diária, para ausentes no espaço urbano que contribuem Em uma perspectiva geral buscou relações de gênero, as barreiras e características físico terminais,bemcomo,oimpacto desigualdadesvivenciadaspelas Os dados aqui expostos, constrangimentos impostos à aproveitamento do que se oferece em termos de mobilidade, segurança e oportunidade de novas urbanidades, como, por exemplo, intimidadores, que amedrontam com estratégias de sobrevivência; além do aumento dadepressão, do estresses e da sobrecarga do trabalho doméstico, pois nesses dias estudados da Pandemia, as sob a ameaça de violência, cuidando das crianças que estavam afastadas dasescolase creches Cidadedo Recife e ainda vivenciando Nãosebuscaaquiumasoluçãoquesegregueamulheremespaçosunicamentefemininosequeas afaste de outros espaços, mas a existente como uma possibilidade distanciamento, insegurança e medo. ‘’

1.Introdução

Paraa vivenciar esbarra dificuldades; públicos locais prejulgamentos sociedade, restringem, em muito, o Direito à Cidade para amedrontamento do assédio, da violência, a escassez estrutura efetiva às necessidades sendo observadas suas experiências através forms, e outros aplicativos] –realizados com usuários da dos Terminais adinâmica diária, buscar refletir os elementos presentes e ou ausentes no espaço urbano para a redução do Direito à Cidade para as mulheres. uma perspectiva geral buscou-se então considerar como elas se apresentam no espaço, as eiras e físico-espaciais do espaço urbano daPandemiada Covid-19nasrelaçõesespaciais pelas expostos,mulheres.revelam números e depoimentos expressivos à cerca dos livre circulação das mulheres na cidade oferece termos mobilidade, novas urbanidades, por modificar rotas para evitar determinados espaços, olhares tentar andar acompanhada de alguém ou um grupo de pessoas, dadepressão, sobrecarga is estudados as mulheres ficavam em suas casas ameaça violência, das estavam creches a falta de água potável de forma rotineira em Nãosebusca femininose inserção de elementos que as façam enxergarem e não apenas como mais um ambiente medo. Essa transformação passa, inclusive, pelo desenvolvimen Silvaanjoslima as mulheres.delas,O deeentornoexperimentosdodessesnoreforçodas e as limitações sãoda seus hostilaquelebairros.espaçoquecauseto

da construção do papel social da mulher, sobre o urbano. Acredita-se, por fim, abraçaatodos.

Falar sobre mulheres, direito, e cidade é se colocar diante do que não é dito, daquilo que existe, mas que precisa ser encoberto por uma estratégia de sobrevivência. grupo que historicamente foi excluído do acesso à produção de conhecimento, querem ter a possibilidade de repensar ou recriar sua própria experiência, histórica e atual, que foi, e ainda é muito diferente da dos homens no âmbito urbano. afetou a forma como o gênero feminino encara a mobilidade, e muitas vezes como se percebe o entorno. Em grande parte da sociedade, existem diferenças e desigualdades entre mulheres e homens nas funções e responsabilidades atribuídas, atividades desenvolvidas, acesso e controle sobre os recursos. Estas diferenças e as desigualdades entre os sexos são moldadas ao longo da história das relações sociais, mudando ao longo do tempo e em diferentes culturas. segregação ocupacional e a discriminação salarial das mulheres no mercado de trabalho, elas se deparam com uma ‘barreira invisível’ que as impedem de alcançar seu potencial máximo. asexperiênciasenecessidadesdamulhernacidadesãodi espaço e de ir e vir, por exemplo, são estigmas sociais que envolvem a livre ocupação delas no espaço urbano, e como geram uma série de “preocupações patriarcado, disfarçado de cuidado. Existem dificuldades e medos a serem enfrentados por ser mulherdesdeomomentoemquesecolocanaruasejaporvontadeounecessidade. No Recife, as mulheres são a maioria. exercício com os dados do Censo quanto ao Recife, por seus 94 bairros. sensação que se tem da capital pernambucana. Foi apurado que possuem mais homens que mulheres. Na totalidade, há quase e ainda sim no ano de 2018,foram registados 2522 casos de estupro na capital de Pernambuco. O número foi o maior desde 2014, quando a cidade teve 2627 ocorrências desse tipo, motivados por questões de gênero notificados pela Secretaria de Defesa Social (SDS) o que equivale a 32,9% d casos. O modelo de desenvolvimento urbano adotado no Brasil, gerou cidades com profundas marcas segregadoras, violentas e ambientalmente insustentáve maneira determinante a vida das mulheres. Elas procuram‘’pela representatividade nos espaços e poder de decisão se, fim, um Urbanismo feito para mulheres, é sobre mulheres, direito, é se diante do não dito, mas que precisa ser de sobrevivência. grupo que foi acesso conhecimento, repensar ou histórica que ainda é Pois, ao longo da sua vida, o medo da violência, como a mobilidade, muitas se percebe da desigualdades entre sponsabilidades atribuídas, atividades acesso recursos. Estas desigualdades tempo em diferentes trabalho, com impedem seu as e nacidade diferentesnodiaadia.Omedoemocuparo estigmas sociais que envolvem a e “preocupações sociais”. Reproduzindo um discurso do e Existem dificuldades medos a serem por desde ruasejaporvontadeou Recife, as mulheres são a maioria. em uma matéria o diário de Pernambuco executou um por 94 bairros. O resultado traduz bem a que se tem da capital pernambucana. por gênero, apenas 2 (dois) bairros Na quase120 mil mulheres a m foram registados 2522 de estupro capital O maior a cidade 2627 tipo, por notificados pela desenvolvimento profundas marcas segregadoras, insustentáveis. Essas características impactam de maneira determinante das mulheres. Elas procuram cada vez mais sua autonomia ao tentar um Urbanismo que As mulheres são

2.Desenvolvimento

AlémumdaOfatoé, ais que homensos

Como as limitações para que usufruam plenamente do espaço constru insegurança, em ambientes e horários como rua, da precariedade dos meios de locomoção, da ausência de tempo para si, da falta de representatividade que proporciona sensação de não pertenc lacuna imposta a ela, assim como por parte da inexistência de áreas públicas pensadas para suas necessidades.

A que se refere a gênero, existe um déficit no desenho e implementação de políticas urbanas que aportem à igualdade de oportunidade, nas condições de segurança (cuidados) ou no ‘’ ,muitas essa e bloqueada, e urbanas, que dominação do terrenos precária e pelos percursos sem vitalidade urbana, um “O padrãodedeslocamentoda mulheréum zigue ouépassageira.” Diante desse cenário, onde as mulheres são a maioria e sofrem insegurança, pesquisa, do direito questiona-se o discurso da neutralidade, tanto emrelação urbano, em relação entende ser O rumo dessa questão envolve, a em que não ocorrem apenas no também àtonao debatedequanto àcidadeé extensãoprivilegiada as momento fazer ou opressão, alguém O buscar dificuldades necessidadesvividasporelas,no seu dentro visando tratar execução de e incentivem um planejamento mulheres, transformando cidade em humanos e igualitários.  Compreendendo a inclusão de gênero espaço como do da social vivência no público se desenvolve grande de físicos, antes da própria construção, elementos compõem predeterminadas relações em os aspectos através situações vividas pelo mais ao e à em Como as limitações do constru como conseqüência específica do fato de ser uma mulher na rua, meios locomoção, para que não pertencimento da mulher em algum local, da imposta ela, assim por da públicas a déficit desenho de ldade oportunidade, condições m muitos casos, são que são -zaguee ela -se com a mulheres em seu ído, através da

ocupar a cidade,muitas vezes essa tentativa é restringida e bloqueada resultados das violências urbanas, que se somam a dominação do medo pela rua, das paradas longínquas, terrenos baldios, iluminação prec umriscoreal àsua integridadefísica. priorizaandarapé,ouépassageira.” na cidade, e as que mais sofrem pela insegurança, o problema da pesquisa, relaciona temáticado direito à cidadepara a mulher ao espaço urbano, quanto em relação do que se entende em ser mulher. envolve, a limitada possibilidade de acesso à cidade que as mulheres experimentam em sua rotina. Isto é, a mera certificação de que as opressões não ocorrem apenas no espaço privado (doméstico), mastambémnoespaçopúblico,trazendo paraqueasinjustiçassereproduzam. A partir do momento que deixam de fazer algo por medo ou opressão, o direito de alguém é violado.Ourbanismo devebuscaridentificarasdificuldadese necess cotidiano, dentro das cidades, visando tratar e buscar a elaboração e execução de medidas e políticas que incentivem um planejamento orientado para as mulheres, transformando os espaços urbanos da cidade em lugares mais huma no espaço urbano como um instrumento do cumprimento da função social da cidade. A vivência da mulher no espaço público se desenvolve a partir de uma grande diversidade de fatores tanto físicos, resultantes da própria construção, dos equipamentos e elementos que compõem o espaço como sociais, das concepções predeterminadas pelas vivências e relações construídas em sociedade. Ambos os aspectos se apresentam através das situações de conflito vividas pelas diaadia. “[...] compreender as ações das mulheres na luta pelo direito à cidade e, mais amplamente, pelo direito ao próprio corpo e à própria vida. Essa luta se manifesta em urbanasconformar-protestoseaçõespolíticas,mastambémnasaçõescotidianasdseaoslimiteseinterdiçõesquelhessãoimpostos,procurandoelaborarpolíticasmaisamplasecorporificadas.”(ANITAOLIVEIRA,2018,p.111).

nisso foi realizado uma pesquisa com o propósito de iniciar uma análise sobre a perspectiva do universo feminino em meio urbano, abordando assuntos em prática cotidiana, buscando compreenderem sua especificidade e fazê posicionados. Os sentimentos e percepções antes medos e inseguranças que são condicionados por sua própria experiência, que influenciam a maneira de reagir a eles, que no que lhe concerne se reflete em seu comportamento, ideias, e como capturar e entender o mundo experiências das mulheres quando se deslocam pela cidade? Quais são os diferentes mecanismos adotados por elas para enfrentar a insegurança que pode produzir movimentos em certos espaços e em determinados momentos por certas porque os espaço quando os maiores casos de violência contra a mulher? Que papel desempenha a política na percepção de certos lugares como inseguros ou perigosos? Elas têm medo porque assumiram que estãoemumlugarquenãolhesper A pesquisa apresentada pretende ajudar a uma compreensão mais ampla da sociedade. Os resultados de conclusões desta pesquisa podem, sem dúvida, ajudar a entender melhor as práticas e experiênci espaço urbano, para repensar dediferentesmaneiras, cidades mais igualitárias einclusivas. Ao todo 145 mulheres colaboraram e responderam ao questionário, que ficou disponível para resposta em um período de 4 (quatro) dias co Olhar resultado no anexo1. Os dados aqui apurados revelam números e depoimentos expressivos à cerca dos constrangimentos impostos à livre circulação das mulheres na cidade e as limitações ao aproveitamento do que se oferece em termos de mobilidade, segurança e oportunidade de novas urbanidades. Mais do que isso, expressam o quanto as desigualdades de gênero limitam o direito à cidade das mulheres, atribuído à lutando contra o sexíssimo que produzem e reproduzem desigualdades de diversas naturezas, inclusivenoquetange àvivênciaeàocupaçãodo espaçourbano. Istoé,elasestãoesesentemmais vulneráveis no contexto apresentado ‘’ desenvolvimento de potencialidades na Em desproporcional recursos urbanos principalmente em res e ou de reprodução da não paraconstrução indivíduos. vida se relaciona nessas diferentes escalas onde vivem e atuam. Isto é, ão do diferente homens e mulheres, umusa osdados relacionadosàviolência uma sobre em assuntos cotidiana, compreenderem e lo a partir de conhecimentos situados e nados. sentimentos inseguranças são sua maneira eles, que se e capturar mundo se pela os mecanismos por elas para enfrentar a em por certas os espaços públicos são percebidos como inseguros a mulher? papel desempenha política de certos Elas têm porque assumiram umlugarquenãolhespertence? pesquisa se fornecer uma visão e dar voz às suas protagonistas e mais sociedade. desta pesquisa dúvida, a entender experiências espaciais das mulheres no para dediferentes igualitárias colaboraram e responderam questionário, ficou em um 4 (quatro) dias corridos. Nos dias 8 de setembro de 2020 a 11 de setembro de 2020. revelam números depoimentos à das Mais o quanto direito à sensação de nãopertencimento. Ainda hojeas mulheres continuam o sexíssimo produzem e inclusive tange vivência urbano. elasestão se vulneráveis no apresentado, de quando andamos sozinhas por uma rua escura á noite ou . Quais são as

experiências

desenvolvimento de potencialidades para os que vivem na cidade. Em particular a distribuição desproporcional dos recursos urbanos no território, principalmente nos lugares em que mais mulheres circulam e atuam, ou seja, nós espaços de reprodução da vida cotidiana, isto é, aqueles territórios não orientados paraconstruçãode produtos esim deindivíduos.A vida dasmulheres nas cidades se relaciona com suas experiências nessas diferentes esc a percepção do acesso e da vivência urbana é radicalmente diferente para homens e mulheres, cada umusaacidadede maneiradiferente,sobretudoseolharmosparaosdados urbana.Pensando

As reflexões sobre o constrangimento feminino no transporte público, o medo da violência, o “cuidado” com o uso da indumentária e a gramática de “alerta” que toda menina aprende como forma de proteção para o convívio social urbano tem vindo à tona em abordagens cada vez mais expressivas e necessárias. A cidade na teoria é um local de oportunidades e livre expressão, ma realidade é percebido com certa indiferença pelo olhar feminino, dado que foi abordado no experimento, sendo entendido como um local inseguro, perigoso e arriscado. diversidade de posições que as mulheres têm como papel dentro da sociedad com multifaces, é talvez um dos medos que todas as mulheres compartilham, seja qual for sua identidade. É preciso tirar o véu sobre a história de que homens e mulheres vivem a mesma cidade com igualdade de condições no seu uso.Esse m véu” não é apenas retórico, já que, em muitos aspectos, as pautas feministas servem mesmo para desnaturalizar discursos, fazer ver o que sequer antes era percebido. Todos os dias quando as mulheressaemàsruassãoassediadaseobjetificadasporhomens.

reflexões o feminino no público, da violência, menina aprende proteção para abordagens cidade teoria um oportunidades e ma é indiferença pelo olhar feminino, dado que experimento, um e arriscado. diversidade como papel sociedad com dos todas mulheres É história com de no movimento é tão importante que a expressão “tirar o já que, mesmo fazer antes os quando as objetificadasporhomens. que, ao a as a humana de mesmas, coletivo, explicitado, nos do homens”. E isto pois o estão todas as sociedade, o para as reflete questões de

É que, ao terem menos acesso a direitos, as mulheres têm também a sua identidade humana e social retiradas de si mesmas, ou seja, há um pacto consciente coletivo, ainda que não explicitado, que diz: “São menos gente do que os homens”. E isto se aplica em diferentes proporções, pois o machismo e a reprodução patriarcal estão enraizados em todas as esferas da sociedade, o que colabora para as lacunas, que reflete em questões de opressões constantes ao gênero f ‘’ sozinhas uma infraestrutura e comportamentos, como, exemplo, determinados ços, tentar andar um pessoas, com as formas mulher ve de plenitude. respeito, nem pertencem. Muitas como resultado das sem Parada próprio, Figura2. Layout quenãoàsfavorecem. Fonte:Acervopróprio,2020.

estão sozinhas em uma parada de ônibus sem iluminação, ou infraestrutura adequada, e esses fatos nos faz naturalizar comportamentos, como, por exemplo, modificar rotas para evitar determinados espaços, olharesintimidadores, que amedrontam tentar andaracompanhadade alguémou um grupo de pessoas, com estratégias de sobrevivência.Há muito tempo, as mulheres constroem formas de sobreviver e se apropriar do espaço em que vivem. A mulher não usufrui ve contexto urbano e de sua plenitude. Pois, não encontram respeito, liberdade, segurança, nem pertencimento, onde sim, pertencem. Muitas vezes, como resultado das ruas que limitantes, as sem movimentoeasdesertas. Figura1. Paradasemestruturaadequada.

rdadeiramentefsdona

E baseado na e, A violênciaeminino.urbana,Esse

Fonte:Acervopróprio,2020.

crescente verdade, direito mulhere circulação, sexual diversos, no espaçospúblicos,comoasruas,osmeiosdetransporte,emfestasebaladas. tem ver desejo sexual, sim de Resultando abordagensgrosseiras,ofensas humilham am. As medo pelas ruas. como e medo se cidades. E, constantemente, elas têm que dia, as em e terrenos pois são como terem direitos violados pelo Em existe uma um paradas ônibus integrados tornam perigosos, para simplesmente que (veresevernoespaço). mentalTânia,de ,2020. Figura4:MapamentalMaria,doBarro. Fonte:Acervopróprio,202 undamental isso: a por ir espaço No entanto, há outras manifestas múltiplas por machismo, as sociedade.Nunca édemaisressaltaroquantoa igualdade para construção inclusivas, Vulnerabilidade ausência defesa, O aspectos: um relacionado riscos, situações de estresse aos indivíduo está sujeito; interno, que abrange de defesa ou meios a problema se aperdasoudanos.Osmedosgeradospelaviolênciacontraamulhereasensação (ITDPdemaiorvulnerabilidadeacabamcondicionandoourestringindosuacirculaçãonacidade.”BRASIL,2018,p.19). traçar ação direta ou está0.intimamente

“[...] A Vulnerabilidade significa ausência de defesa, insegurança ou exposição ao risco. O conceito abrange dois aspectos: um externo, relacionado aos riscos, choques e situações de estresse aos qual um indivíduo está sujeito; e um interno, que abrange a incapacidade de defesa ou a ausência de meios para lidar com a o problema sem se (ITDPdesubmeteraperdasoudanos.Osmedosgeradospelaviolênciacontraamulhereasensaçãomaiorvulnerabilidadeacabamcondicionandoourestringindosuacirculaçãonacidade.”BRASIL,2018,p.19). ‘’

crescenteassédio,naverdade,limita odireitodemobilidadeurbanadamulheredificultaasualivre circulação,pela cidade. Oassédiosexualpodeacontecer emespaçosecontextosdiversos,como em casa,notrabalhoouemespaçospúblicos, E não tem a ver com desejo sexual, mas sim com uma manifestação de poder e de intimidação. Resultandoemabordagensgrosseiras,ofensasepropostasinadequadasque constrangem,humilham e amedrontam. As mulheres sentem medo ao caminhar pelas ruas. Medo de sofrer violências como assédio e estupro, medo de se deslocarem pelas cidades. mapas invisíveis em seu dia a dia, escolhendo as ruas mais iluminadas e movimentadas em seus trajetos, onde há pontos de comércio de dia e à noite, evitando becos e terrenos baldios, pois são alvos da violência como também de terem seus direitos violados pelo Estado, por omissão. Em geral existe uma ideia apresentada entre muitas de que um espaço público, paradas de ônibus ou terminais integrados se tornam perigosos, para ela, é a simplesmente a falta de controle visualdoambienteemqueestáinserida(ver Figura3:MapamentalTânia,deAfogados. Fonte:Acervopróprio,2020 Fundamental é perceber isso: a luta por ir e vir, pelo espaço físico, que ligado a ocupar, com nome, voz, corpo e reconhecimento na sociedade. desigualdades que, manifestas de múltiplas formas, têm por base o machismo, o racismo e as diversasdiscriminações vigentes nanossasociedade.Nunc de gênero se impõe como princípio a ser perseguido para a construção de cidades mais inclusivas, solidáriasedemocráticas.

Foiaumentamelaborada

Fonte:plataformaMentimenter‘’que vêm, do tempo, assumindo um novo papel social ao tempo, em no seu

Fonte:Reportagem,Rádiojornal,2020. o seu direito alguma transporte utilizado; reduzir pessoas; contam filhos parentes para fazer as mulheres se e atividades. Tais situações São muito e mostra objetivo visualizar as erspectivas ambos gêneros contando com a pessoas, sendo 68 participantes e dias 22 de2020 respectivamente. resultado claro, emgrande ou do não atribuem se não Pesquisadirecional, masculino. plataformaMentimenter-Acervopróprio,2020.

O fato de que as mulheres vêm, ao longo do tempo, assumindo mesmo tempo, em que seguem sofrendo violências e opressões no seu cotidiano, muitas delas vivenciadasnoespaçopúblico.

Fonte:@lela.brandao.

Figura7:Pesquisadirecional,insegurançasdogêneromasculino.

Figura6:Reportagemrelatosdeassaltose assédiosnoTerminaldeAfogados.

Figura5:Vocêsesenteseguranacidade? Fonte:@lela.brandao. Para enfrentar o medo, elas desenvolvem estratégias que garantam minimamente seu direito de ir e vir com alguma segurança: ajustam seus horários e modo de transporte utilizado; percursos parareduzir riscos; se fazem acompanhar poroutras pessoas; contam com maridos, filhos e parentes para fazer determinados caminhos. Em último caso, quando as estratégias não são suficientes, as mulheres deixam de se deslocar e realizar recorrentes, e isso mostra como as mulheres estão vulneráveis no espaço urbano. ainda uma breve pesquisa na plataforma Mentimenter, dessa vez com o objetivo de visualizar as diferentes vulnerabilidades e perspectivas de insegurança de ambos os gêneros contando com a participação de grupo de 128 pessoas, sendo 68 participantes homens e 60 participantes mulheres, nosdias21e 22de setembrode2020 respectivamente.Oresultadofoi claro,oshomens, emgrande maioria temem a perda material, o transtorno do roubo ou do envolvimento de brigas e discussões, em alguns casos, foi visto que não atribuem o sentimento de medo ao se colocar na rua, não se sentemnegadosounãopertencentesdoespaçourbano.

Figura8:Comparaçãoapossibilidadesdeviolaçãoaocorpodamulher.

Em contraponto as mulheres com um resultado mais elas têm medo do espaço em si e do que ou quem pode encontrar no caminho. É o medo físico, psicológico, do que pode ou não acontecer ao sair nas ruas e vai muito além das perdas materiais, poiselasconstantementetêmseuespaçonacidade,questionadoouvioladoporalguém.

Os constrangimentos impostos à livre circulação das mulheres na cidade e as limitações ao usufruto do que esta oferece em termos de entretenimento, lazer sociabilidades.Maisdoqueisso,expressamoquantoasdesigualdadesdegênerolimitamodireitoà cidade das mulheres e, enquanto tal interpreta que produzem e reproduzem desigu e à ocupação do espaço urbano. (Gill Valentine, 1989) em seu Trabalho fearafirma que:“O medo damulherno espaçopúblico está associado àsensação de vulnerabilidade física em relação ao homem, principalmente o medo da violência sexista.” Para a autora as mulheresaprendemaperceberoperigodehomensestranhosemespaçospúblicos,desdesempre."

Tratar das diferenças nunca é meramente lidar com o problema do ponto d comunicação desigual aos espaços e processos das cidades, é sobretudo, admitir que as ‘’ Comparaçãoa aocorpo Fonte:@feminiceok. mulheres um expressivo acerca de suas percepções, do si do ou quem encontrar medo físico, psicológico, que pode acontecer sair vai muito além seu ouviolado direcional,as Mentimenter–pesquisaproduzidapelaautora. das mulherestem no em impostos circulação das e esta lazer e oportunidade de novas quantoasdesigualdadesdegênerolimitam das tal interpreta-nos a seguir lutando contra o sexíssimo e o racismo produzem e reproduzem desigualdades de diversas naturezas, inclusive no que tange à vivência à Valentine, 1989) the geography of women´s “O da público sensação em o a operigo espaçospúblicos, sempre."

Figura9:Pesquisadirecional,asinsegurançasdogênerofeminino.

das nunca meramente do aos espaços sentimentosderotineirosdas e vista da

Fonte:plataformaMentimenter [...] O medo das mulherestem gênero, no sentido que se baseia em mulherestêmovulnerabilidadefrenteaoshomenseestámarcadopelaameaçadedelitosrelacionadoscomsexo.Omedodasmulheres,alémdisso,estáespacializado.Suaspercepçõesdoperigoumageografiaespecíficaeissopodedeterminarosmovimentosnoespaçourbano.(FRANTONKISS,2005.Space,thecityandsocialtheory).”

desigualdades através de mulheres e homens não impedem a produção e reprodução em âmbito urbano, mas são por princípios elementos constituintes delas. Esta é u medida em que se atuam apenas no plano das desigualdades de acesso, estará trabalhando os impactos da estrutura da vida das mulheres, o que é importante, mas não suficiente, enquanto ao assumir as desigualdades de gênero como est enfrentada a questão do poder e consequentemente dos privilégios que os homens têm. Em um dos questionamentos dapesquisa do Google forms, foi perguntado se elas já vivenciaramou conheciam alguém que já tinha sofrido algum tipo de assédio, que ficou marcado na sua lembrança? Alguns dosregistrosfaladosforam: De 2019 para 2021, muita coisa mudou e, infelizmente, as questões ligadas às mulheres, profissão e cidade, sofreram e retrocederam pela situação política e econômica que enfrenta o país, aliada à grave situação da pandemia mundial. mil mortes e mais de 13 milhões de casos de COVID pandemia com as lentes de gênero, raça, classe e território, para podemos entender as especificidades das sequelas da crise para cada uma que é necessário ampliar o debate sobre o espaço das mulheres na profissão e vida cotidiana. A covid-19 resultou em um impacto na vida das mulheres e ele é desmedido, expande as dessemelhanças de renda, precari estresse, estafa, depressão, entre outros problemas para a saúde. São as mulheres aquelas que assumem a obrigação de distrair as crianças, cuidar da rotina, e ainda para as que trabalham, cumprir as horas trabalhadas. O distanciamento social, principal medida de prevenção contra o coronavírus, traz consigo a sobrecarga, a solidão e a exaustão para mulheres mães. Ocupada com o “invisível’diárioasercumprido,elaficapresaemumciclodeexplor ‘’ mulheres e homens produção e reprodução em urbano, mas são por elementos é uma distinção importante na em que atuam apenas plano desigualdades acesso, trabalhando impactos estrutura o assumir de gênero estrutura é dinamizador das cidades estará sendo a questão privilégios os homens pesquisa forms, foi perguntado elas já assédio, que ficou marcado muita infelizmente, às mulheres, e e retrocederam e econômica que enfrenta o país, grave situação da mundial. Trata-se de um cenário devastador, de mais de 370 e casos 19. É fundamental olhar para os efeitos da com as de gênero, e podemos das uma de nós. Dentro desta perspectiva, entendemos é ampliar debate espaço na profissão vida A 19 em um ele desmedido, as dessemelhanças precariza as qualidades de vida em todos os âmbitos e ainda ocasiona depressão, saúde. São mulheres aquelas obrigação de as r trabalhadas. distanciamento social, principal medida traz consigo a sobrecarga, solidão Ocupada com ficapresa exploração.

Durante o começo da pandemia por COVID dadoençaquechegavaatodossemdiscriminação.Porém,sabíamosquenãosetratadeumadoença que atinge a todos igualmente.Coletivamente, descobrimos que as possibili isolamento estavam diretamente relacionadas a ter acesso, ou não, adiversos privilégios trabalho possível de ser feito remotamente a espaço salubre dentro de casa.o gênero também influencia a maneira que se experimenta a pan majoritariamente sobre elas, os trabalhos de cuidado, sejam os domésticos (remunerados ou não), seja o de profissionais da saúde. São as desigualdades que normalmente ninguém vê: e acúmulo de funções, a carga mental invisível, a violência doméstica e de gênero, um urbanismo não acolhedor e erguido sob uma perspectiva machista são produtos históricos da cultura patriarcal na qual nos encontramos. As discrepâncias entre o tempo dedicado por homens e mul atividades domésticas é espantosa. Segundo dados do IBGE de 2018, antes da pandemia as mulheresjá dedicavamo dobrodehorassemanais aotrabalhodomésticoe/oucuidadocom pessoas, secomparadoaoshomens. ‘’ “[...] Devemos lembrar que os desafios e as desigualdades que enfrentamos antes COVID-19 não desapareceram durante a pandemia - eles apenas pioraram e não podem ser esquecidos. É isso devemos fazer da da mulheres uma coletiva, Crises não são democráticas. São, na verdade, uma questão de desigualdade. E as sequelas duradouras para vulneráveis mulheres” Etienne diretora da OPAS.

“Não haverá futuro feminino se as mulheres forem menosprezadas no presente.”

Figura1

É por isso que devemos fazer da proteção da vida das mulheres uma prioridade desigualdade.coletiva,Eassequelas desses cenários são sempre maiores e mais duradouras para grupos mais vulneráveis como as mulheres Segundos dados apurados do relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Públicarevelam que os números de feminicídio entre março e maio de 2020 acresceram em relação ao mesmo período de2019.Alémdisso,umlevantamentorealizadopeloinstitutoDataFolha, noperíododenovem de 2019 até novembro de 2020, aponta que (37,1%) de brasileiras passaram por algum tipo de assédio. Todos os tipos de violência contra mulheres e meninas aumentaram desde que o vírus começou a se espalhar e ceifar vidas de forma massiva, de acordo com uma publicação da ONU Mulheres. Mas essa não é a única ameaça: a pandemia se encarregou de colocá bamba diante da perda de emprego, do abandono escolar e do risco de doenças cadatrêsmulheresfoivítimadeviolênciasexualoufísicanomundo.

“[...] da podemCOVIDseresquecidos.

ados relatório de entre 2020 relação disso,umlevantamento instituto período 2019 aponta (37,1%) de algum Todos aumentaram desde o começou a espalhar de massiva, acordo com ONU Mulheres. é se encarregou colocá bamba diante emprego, e do risco de cadatrês Figura10:Aumentodaviolênciasexual. Fonte:thinkolga.com.br. começo COVID 19 muito se falou sobre o caráter "democrático" discriminação.Porém, setrata ter acesso, não, diversos privilégios ser feito espaço salubre gênero maneira que se experimenta a pandemia e suas consequências costumam recair os cuidado, os domésticos (remunerados de da as que vê: , invisível, a de um erguido uma perspectiva cultura qual nos encontramos. entre atividades é espantosa. IBGE antes da pandemia de semanais trabalho pessoas,brocorona-las na corda mentais. Uma em dades de cuidados e - desde um A sobrecargaheresàs

Fonte:thinkolga.com.br. geral António Guterres, explicou em países onda de no setor de serviços. Precisamente onde Na mulheres cerca de horas do os homens, 19 semanais. Mulheres conciliar os domésticos cuidados, muitos portrabalhar ocupações com carga horária reduzida.

As mulheres trabalham, em média, três horas por semana a mais do que os homens, combinando trabalhos remunerados, afazeres domésticos e cuidados de pessoas. Mesmo assim, e ainda contando com um nível educacional mais alto, elas ganham, em média, 76,5% do r dos homens. A pandemia deixou mais da metade das mulheres fora do mercado de trabalho. A PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, calculada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), revela que 8,5 milhões de de trabalho no terceiro. Sendo um dos primeiros golpes que a Covid Especialmente,os femininos como mencionado anteriormente.

1 endimento

Fonte: AmostradeDomicílios. média, por mais que um nível elas ganham, em do A mais mercado A Amostra de Geografia e 8,5 mulheres ficaram fora do mercado m dos primeiros Covid 19 foi a perdados empregos. femininos Figura –Altoíndicededesempregoentremulheres.

Fonte:IBGE,PesquisaNacionalporAmostradeDomicílios.

Figura12 O secretário-geral da ONU, António Guterres, explicou que, em muitos países “a primária onda de demissões da coletividade” graves foi no setor de serviços. Precisamente onde as 1 Na Região Nordeste, onde as mulheres dedicam cerca de 80% a mais de horas do que os homens, alcançando 19 horas semanais. Mulheres que necessitam conciliar trabalho remunerado com os afazeres domésticos e cuidados, em muitos casos acabam portrabalhar em ‘’ Médiade ocupações,porgênero.

Figura11:Médiadehorasdedicadasàs

mulheres “estão bastante representadas”. chegaram a 80% em 2 mulheres do que homens perderam o emprego. E, portanto, seu sustento e independência econômica. Ou seja,se ante já havia uma lacuna gigantesca entre homens e mulheres no setor de trabalho e no setor econômico, atualmente foi não só perderam seus empregos, mas essa independência de ir e vir acaba, em algumas situações. Ficar em casa passou asser um risconesse período pandêmico.

Fonte:thinkolga.com.br.

Segundo a ONU Mulheres, o impacto e as implicações da serão diferentes entre homens e mulheres. No caso delas, além de estarem na linha de frente do combate ao novo coronavírus, precisam lidar com custos físicos e emocionais da pandemia, trabalhos mal remunerados, capacidade de g aumentodaviolênciadomésticaduranteoperíododeisolamentosocial. doméstica crescer durante a pandemia, o Estado recua no enfrentamento ao problema. A ausência de novas políticas, a impotência daquelas já existentes e o investimento mínimo na resolução do problema, mantém as mulheres em situação de risco no curto, médio e longo prazo e sem perspectiva de saída.Companheiros, ex mulheres que sofreram violência física (52,4%), psicológica (32,0%) e violência sexual (53,3%). O domicílio é o principal local da agressão das mulheres durante a pandemia, deixando Em relação aos deslocamentos, a maioria afirmou sa (35%), seguido pelo grupo que sai de uma a duas vezes por semana (33%), seja para fazer compras de primeira necessidade (75,5%) ou para trabalho e estudo (22%). O uso dos meios de transporte tambémmudouparaamaiorpartedosentrevistados‘’(36%).bastante representadas”. chegaram 80% em 2019. O que significa que, mais perderam o seu lacuna homens mulheres no no atualmente foi expandida durante a pandemia, onde as mulheres perderam mas de ir acaba, algumas casa um nesse com independência econômica quando número aumentou Brasil duranteapandemiase

“A violência começa com o controle da independência pandemia, quando o número de feminicídios aumentou significantemente” ONU Brasil Figura13:Violênciadomésticaduranteapandemiaseagravou.

ONU as da pandemia de covid diferentes e No de linha de com pandemia, trabalhos mal capacidade de garantir a subsistência afetada pelo atual contexto e duranteoperíodo social.Enquantovemosaviolência doméstica durante a pandemia, recua no enfrentamento A íticas, impotência daquelas mínimo resolução as curto, médio sem de companheiros ou parentes são os principais agres (52,4%), (32,0%) sexual O aos maioria afirmou sair menos de uma vez por semana de casa seguido sai uma duas vezes (33%), fazer (75,5%) ou para meios de transporte partedos (36%). . Vimos isso nesta -19 nosoresmundodas -as sem saída.

Figura18:Máiluminaçãodometrô.

Fonte:Acervopróprio,202 estrutura. Acervopróprio,2020. Figura20:Paradasem Fonte:Acervopróprio,202 8/2021). Earth Pro). 0. segurança. 0.

Figura14/15:RuaMercadodeAfogados:Antes Ainsegurança eo medo daviolência que elasexperimentamnos espaços públicosestão ainda maisnotóriosecadavezmaislimitantesamobilidadeeodesenvolvimentodesuaspotencialidades. Diariamente tendo que mudar sua conduta, até seus horários e fluxo nesse panorama atual, mais que nunca. E a carência de qualidade dos serviços públicos as torna aindamaisvulneráveis.

Fonte:Acervopróprio,202 Figura19:Paradasemestrutur Fonte:Acervopróprio,202 ‘’ deAfogados: xduranteCovid-19(abril201 Fonte:GoogleMaps. e daviolência experimentamnos espaços públicos ainda cadavez desenvolvimentodesuas que sua horários fluxos para evitarem o desrespeito, a carência serviços públicos dereconhecimento percurso/Afogados Earth Pro,Acervopróprio,2020 metrô Acervopróprio,2020.

Figura16:Mapadereconhecimentodopercurso/Afogados(GOOGLE Fonte:GOOGLE Figura17:FachadadometrôdeAfogados.

Fonte:GOOGLE Figura22:Arquiteturaresidual, Fonte:Acervopróprio,202 Figura24:EntornodoTIBarro. Fonte:Acervopróprio,202

Queremos uma cidade que respeite as mulheres e que esteja todos os gêneros. O cenário pandêmico afetou muito a relação das habitantes com as cidades, seja pela restrição de fluxos e uso dos serviços urbanos ou pelo esforço consciente da população em relação ao combate da disseminaç necessário levantar umadiscussãosobre aimportância deos centros urbanos brasileiros fornecerem mais saúde e bem-estar à população. deslocamnotransportecoletivoesofremcomafaltadeinfraestruturapublica,dascasasedacidade como um todo, que esses espaços seriam convenientes para a propagação do vírus. Mapear e cartografaressasvulnerabilidadeseausênciasdeamparos,éimporta mais justa, inclusiva e humana. Precisamos ter um olhar voltado para promoção de políticas públicas de segurança para a vida delas, garantir que o espaço urbano seja acessado de maneira igualitária,nãoésóurgente,masefi ‘’ reconhecimento percurso/Barro(GOOGLE Earth Pro,Acervopróprio,2020 semvida. 2020. Figura23:Áreasemiluminação.

Fonte:Acervopróprio,202 que as que organizada para o uso igual por todos cenário relação habitantes com fluxos urbanos esforço consciente população ao combate disseminação do vírus. De todo modo, diante da situação apresentada é necessário discussão os urbanos fornecerem estar à população. Ficou mais evidente que nunca que às trabalhadoras que se locam como que a do vírus. Mapear cartografaressasvulnerabilidades amparos,éimportantenabuscaporumasociedade justa, inclusiva olhar segurança vida urbano seja nãoésóurgente, eficazparaaedificaçãodecidadessegurasparaasmulheres. Earth Pro). .

Fonte:Acervopróprio,202 Entornodo Barro. 2020. Figura25:EntornodoTIBarroanoite.

Figura21:Mapadereconhecimentodopercurso/Barro(GOOGLE

0.0.

3.Referenciasbibliográficas ACTIONAID -CidadesSegurasparaasMulheres. 2016.Disponívelem: < set.pesquisa-da-actionaid-86-das-brasileiras2021.AMANAJÁS,Roberta.(2016) Direito à cidade, 2020.p.385-390,onepage&q&f=false.em:<https://books.google.cofiu/>.2021.opas/>.https://www.paho.org/pt/noticias/26-5-2021.domestica>.Brasil-_-O-Acesso-de-Mulheres-e-cidade.em:realidade-feminina-na-https://www.em.com.br/app/noticia/bemviver/2021/03/08/interna_bem_viver,1244325/mulheressexual.shtml/>.https://datafolha.folha.uol.com.br/opiniaopublica/2018/0mulheres/>.<https://www.cnnbrasil.<http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/8622/1/Direito%20%C3%A0%20cidade.pdf>.Acessocidem:28mar.2020.CNNBRASIL,DiadaMulher:OqueapandemiadaCovidcom.br/internacional/diaAcessoem:11set2021.DATAFOLHA,Mulheresbrasileirasjásofreramassédiosexual.Disponívelem:<Acessoem:11set2021.ESTADODEMINASSAÚDE,MulhereseCOVIDpandemia.shtml>.Acessoem:11set2021.FORÚNBRASILEIRODESEGURANÇAPÚBLICA,Violênciacontraamulher<https://forumseguranca.org.br/publicacoes/violenciaIBGE(Brasil).CensoDemográfico:BrasilITDPBRASIL-institutodepolíticasdetransporteedesenvolvimento.OacessodemulheresecriançasàDisponívelem:<http://2rps5v3y8o843iokettbxnya.wpengine.netdnaCriancasNAÇÕESUNIDAS,ONU,Pesquisasglobais.Disponívelem:<https://news.un.org/Acessoem:12set2021.ONUMULHER,COVID-19.Disponívelem:<http://www.onumulheres.org.br/covidOPAS-OrganizaçãoPan-AmericanadaSaúde.COVID2021Acessoem:11set2021.THINKOLGA,Recursos.2021.Disponívelem:<https://thinkolga.com.br/ferramentas/>.Acessoem:11set.THINKOLGA,Projetochegadefuifui.2015.Disponívelem:<https://thinkolga.com/projetos/chegaAcessoem:10fev.2020.TONKISS,Fran(2005)Space,thecityandsocialtheory:socialrelationsandurbanforms.Disponívelm.br/booksid=IjEdF9wg8UC&pg=PP3&hl=ptBR&source=gbs_selected_pages&cad=3#v=Acessoem:20mar.2020.VALENTINE,Gill.TheGeographyofWomen'sFear.BlackwellPublishing.RoyalGeographicalSociety.,21,n.4,dezembro,1989.Disponívelem:<https://www.jstor.org/stable/20000063?seq=1>.Acessoem:23mar. ‘’ bibliográficas CidadesSegurasparaasMulheres. 2016.Disponívelem: <http://actionaid.org.br/na_midia/em brasileiras-ouvidas-dizem-ja-ter-sofrido-assedio-em-espacos-urbanos AMANAJÁS, Roberta. (2016) à cidades para todos. Capítulo 2. Disponível em: onepage&q&f=false.em:https://www.em.com.br/app/noticia/bemviver/2021/03/08/interna_bem_viver,1244325/mulheressexual.shtml/>.https://datafolha.folha.uol.com.br/opiniaopublica/2018/0<http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/8622/1/Direito%20%C3%A0%20cidade.pdf>.Acessoem:28mar.2020.CNNBRASIL,DiadaMulher:OqueapandemiadaCovid19piorouDisponívelem:com.br/internacional/dia-da-mulher-o-que-a-pandemia-da-covid-19-piorouDATAFOLHA,Mulheresbrasileirasjásofreramassédiosexual.Disponívelem:<1/1949701-42-das-mulheres-ja-sofreramAcessoem:11set2021.ESTADODEMINASSAÚDE,MulhereseCOVID19.Disponívelem:<pandemia.shtml>.Acessoem:11set2021.FORÚNBRASILEIRODESEGURANÇAPÚBLICA,Violênciacontraamulher-Dados,pesquisas<https://forumseguranca.org.br/publicacoes/violencia-contra-meninas-e-mulheres/>.Acessoem:11setDemográfico:Brasil.Disponívelem:<http://www.ibge.gov.br>.Acessoem:11set.2021.institutodepolíticasdetransporteedesenvolvimento.Oacessodemulheresecriançasàhttp://2rps5v3y8o843iokettbxnya.wpengine.netdnacdn.com/wpcontent/uploads/2018/01/ITDPCriancas-a-Cidade-_-JAN-2018-1.pdf>.Acessoem:maiode2020.NAÇÕESUNIDAS,ONU,Pesquisasglobais.Disponívelem:<https://news.un.org/19.Disponívelem:<http://www.onumulheres.org.br/covidAmericanadaSaúde.COVID19temimpactos“devastadores”.Disponívelem:<2021-covid-19-tem-impactos-devastadores-sobre-mulheresecursos.2021.Disponívelem:<https://thinkolga.com.br/ferramentas/>.Acessoem:11set.INKOLGA,Projetochegadefuifui.2015.Disponívelem:<https://thinkolga.com/projetos/chegaTONKISS,Fran(2005)Space,thecityandsocialtheory:socialrelationsandurbanforms.Disponívelm.br/booksid=IjEdF9wg8UC&pg=PP3&hl=ptBR&source=gbs_selected_pages&cad=3#v=Acessoem:20mar.2020.VALENTINE,Gill.TheGeographyofWomen'sFear.BlackwellPublishing.RoyalGeographicalSociety.,21,n.4,Disponívelem:<https://www.jstor.org/stable/20000063?seq=1>.Acessoem:23mar.>.Acessoem:13-para-meninas-e--assedio--e-covid-19-a-.Disponível2021.pt/tags/violencia--19/>.Acessoem:11set-afirma-diretora-da--de-fiu-

4.Anexo1 Acesso a todos os resultados da pesquisa apurada do questionário das mulheres de várias partesdoBrasil,comoobjetivodeentenderumpanoramageralep Tabela1:RespostaspredominantesdoexperimentoGoogleforms. Figura26:

‘’ todos questionário das de deentenderumpanorama percepçõesdediferenteslugares. Respostaspredominantesdo Google Fonte:Acervopróprio,2020. AcessodosGráficoscompletospeloQRcode. Fonte:Acervopróprio,2020. Respostaspredominantesdoexperimento. pensandoAssédioSimSegurançaNãoÔnibusMulher21-25sexualnolugarSim–64,6%Narua–93,1%Sim–90,3%Policiamento/monitoramento–36%Segurança–40%Ruasoucalçadasdesertas/semmovimento–23%Assédio/objetificação–28%Colocarbolsaafrentedocorpo–16%

na“estratégias”QueespaçosdificuldadesEmdeterminadomedoQueDomaisComosairalgumVocêOndequeVocêDoVocêcidade?OVocêMeioComFaixaetária(anos)quegênerovocêseidentifica?detransportemaisutilizado?sesenteseguranasuacidade?quevocêdesejasentircommulhernatemmedodeandarsozinha?quevocêtemmedo?játrocouderoupavocêiapormedodeassédio?vocêjárecebeucantada?jádeixoudefazeralgumacoisa(irálugar,passarnafrentedeumaobra,ápé)commedodoassédio?podemostornarospontosdeônibus,segurosparaasmulheres?quevocêsentefaltanacidade?tiposdeespaçosdacidadetedãooureduzemsuapermanênciaemlocal?suaopiniãoquaissãoasmaioresqueamulherenfrentaanospúblicos?tipodecomportamentoouvocêtemparaandarsozinharua?

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