E C O
house
1 Sara Pinheiro Peres
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Sara Pinheiro Peres Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto
ECO house
Trabalho final de graduação apresentado a área de Arquitetura e Urbanismo, como requisito para obtenção de título de bacharel em Arquitetura e Urbanismo Orientadora: Ma. Catherine D’Andrea
Ribeirão Preto 2020 3
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Ficha Catalográfica Elaborada por Matheus Felippe Tunis. CRB 8/8766 P437e
Peres, Sara Pinheiro. Eco house / Sara Pinheiro Peres. – Ribeirão Preto, 2020. 112 f. : il. 108 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto, como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação do(a) Prof(a). Ma. Catherine D' Andrea. 1. Sustentabilidade. 2. Ecologia. 3. Impactos ambientais. 4. Estratégias sustentáveis. I. Título. II. D' Andrea, Catherine.
CDD 720
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Agradecimento
A
gradeço em primeiro lugar sempre á Deus, que é a minha base. Ele me permitiu alcançar o objetivo de me tornar uma profissional, e chegar até aqui com muita garra e coragem, cheia de expectativas pelo que vem pela frente. Á minha família que tem um papel importantíssimo em mais este momento da minha vida, porque sem eles eu não poderia sonhar tão alto. Me ajudaram antes, durante, e tenho plena certeza que estarão de prontidão para mais essa jornada que me espera. Á minhas amigas, Gabriela Santos e Camila Ubida, que passaram os bons e maus momentos destes anos comigo, e permanecemos em todo tempo unidas e focadas no objetivo maior. A Yasmin, que passou alguns momentos comigo durante a faculdade, mas outros vários fora dela. Sou muito grata aos que estiveram comigo, antes e durante, e esperançosa de que estarão também agora.
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Resumo
E
ste trabalho tem como finalidade, verificar as possiblidades de viabilização da construção de uma habitação unifamiliar ecologicamente correta, utilizando-se para sua confecção, materiais que sejam menos agressivos a natureza, e tecnologias que cooperem com este bem finito. Para este fim, buscou-se primeiramente entender os conceitos de ecologia e sustentabilidade, como: energias alternativas, captação de águas pluviais, iluminação e ventilação naturais, separação e coleta seletiva de lixo, além de tecnologias alternativas e materiais existente para a edificação de uma habitação sustentável. O resultado desejado para o projeto que será proposto, é integrar homem e natureza, diminuir através da arquitetura, impactos que a natureza sofre com construções civis, e por fim, diminuir os gastos e consumo de energia elétrica.
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Lista de figuras
rodas.abril.com.br/noticias/a-evolucao-das-linhas-de-montagem-de-automoveis/ ; editada pela autora
Figura 2.1.1 - Casa na mata | fonte: https://unsplash.com/photos/7TEYDzSWsZk ; editada pela autora
Figura 2.2.2 - Montagem de automóveis | fonte: https:// quatrorodas.abril.com.br/noticias/a-evolucao-das-linhas-de-montagem-de-automoveis/ ; editada pela autora
Figura 2.1.2 - Energia solar | fonte: https://energiasolarfotovoltaica.org/ventajas-y-desventajas-de-la-energia-solar-fotovoltaica ; editada pela autora Figura 2.1.3 - Energia eólica | fonte: http://www.acritica.net/ editorias/economia/brasil-eua-e-mexico-lideram-producao-de-energia-eo-053937e7e47f62df1ab/357515/ ; editada pela autora Figura 2.1.4 - Energia hidrotérmica | fonte: https://jornaloexpresso.f iles.wordpress.com/2019/08/itaipu_geral.jpg?w=768&h=488 ; editada pela autora Figura 2.1.5 - Energia geotérmica | fonte: https://www.conserve-energy-future.com/pros-and-cons-of-geothermal-energy. php ; editada pela autora Figura 2.1.6 - Biomassa | fonte: https://pixabay.com/pt/photos/ fundo-biomassa-cultura-corte-70997/ ; editada pela autora Figura 2.1.7 - Energia ondometriz | fonte: https://www.portal-energia.com/projeto-waveroller-energia-das-ondas-peniche-recebe-10-milhoes-euros/ ; editada pela autora Figura 2.2.1 - Montagem de automóveis | fonte: https://quatro8
Figura 2.3.1 - Gráfico de gasto energético | fonte: elaborado pela autora, a partir de dados coletados Figura 2.3.2 - Gráfico de aquecimento global | fonte: elaborado pela autora, a partir de dados coletados Figura 2.3.3 - Gráfico de emissão de CO2 na atmosfera | fonte: elaborado pela autora, a partir de dados coletados Figura 2.4.1 - Sistema de teto verde | fonte: https://www.cinexpan.com.br/images/tev-ilustra-montagem.png ; editado pela autora Figura 2.4.2 - Casa com laje verde | fonte: https://images. adsttc.com/media/images/5bb9/57c7/f197/ccd6/5400/003c/ slideshow/house_behind_the_roof_05.jpg?1538873249-grove-architects-photo ; editada pela autora Figura 2.4.3 - Casa com laje verde | fonte: https://www.archdaily.com.br/br/933843/casa-de-praia-em-bundeena-grove-architects/5e3f00223312fd4a1300063c-bundeena-beach-house ; editada pela autora Figura 2.4.4 - Casa com laje verde | fonte: https://www.the-village.ru/village/city/news-city/369407-dom-zvetok ; editada pela autora
Figura 2.4.5 - Sistema de águas cinzas | fonte: http://brasil.rotaria.net/wp-content/uploads/2017/08/Wetland-1-Escoamento-vertical-Rotaria.jpg ; editada pela autora
Figura 2.4.14 - Quarto com janela grande | fonte: https://pixabay.com/pt/photos/estilo-de-vida-quarto-ao-vivo-3107041/-grove-architects-photo ; editada pela autora
Figura 2.4.6 - Gráfico de eficiência energética | fonte: elaborado pela autora, a partir de dados coletados
Figura 2.4.15 - Corredor com teto de vidro | fonte: https://www. archdaily.com.br/br/803770/casa-ngr-oficina-conceito-arquitetura/5880e3d1e58ece8d9300034b-casa-ngr-of icina-conceito-arquitetura-foto ; editada pela autora
Figura 2.4.7 - Parede verde | fonte: https://images.adsttc.com/ media/images/5e8f/cea4/b357/6547/dd00/0207/slideshow/ Loft_Zagal_3.jpg?1586482815 ; editada pela autora Figura 2.4.8 - Brise verde | fonte: https://www.archdaily.com. br/br/929048/casas-brasileiras-26-residencias-com-brise-soleil/5ddbd7833312fd86bd0000de-casas-brasileiras-26-residencias-com-brise-soleil-imagem ; editada pela autora Figura 2.4.9 - Aquecimento à gás | fonte: https://www.fogas. com.br/residencia/aquecimento/ ; editada pela autora Figura 2.4.10 - Casa com painéis fotovoltáicos | fonte: https:// pixabay.com/pt/photos/disposi%C3%A7%C3%A3o-do-painel-solar-telhado-1591358/ ; editada pela autora Figura 2.4.11 - Esquema com brises | fonte: https://www.archdaily.com.br/br/886541/ventilacao-cruzada-efeito-chamine-entenda-alguns-conceitos-de-ventilacao-natural ; editada pela autora Figura 2.4.12- Esquema com janelas | fonte: https://www.archdaily.com.br/br/886541/ventilacao-cruzada-efeito-chamine-entenda-alguns-conceitos-de-ventilacao-natural ; editada pela autora Figura 2.4.13 - Esquema com barreiras | fonte: https://www. archdaily.com.br/br/886541/ventilacao-cruzada-efeito-chamine-entenda-alguns-conceitos-de-ventilacao-natural ; editada pela autora
Figura 2.4.16 - Horta em casa | fonte: https://images.adsttc. com/media/images/5e21/a2a0/3312/fd97/0e00/046d/large_ jpg/Murray_Frederick_2.jpg?1579262616 ; editada pela autora Figura 2.4.17 - Horta escolar | fonte: http://blogdasonia.com. br/cidades/expansao-projeto-de-horta-escolar-ja-atende-quase-350-alunos/ ; editada pela autora Figura 3.1.1 - Casa JY | fonte: https://www.arthurcasas.com/pt/ projetos/casa-jy-2/ ; editada pela autora Figura 3.1.2 - Localização do projeto | fonte: google earth ; editada pela autora Figura 3.1.3 - Vista superior | fonte: https://www.arthurcasas. com/pt/projetos/casa-jy-2/ ; editada pela autora Figura 3.1.4 - Planta térreo | fonte: https://www.arthurcasas. com/pt/projetos/casa-jy-2/ ; editada pela autora Figura 3.1.5 - Planta superior | fonte: https://www.arthurcasas. com/pt/projetos/casa-jy-2/ ; editada pela autora Figura 3.1.6 - Área de lazer | fonte: https://www.arthurcasas. com/pt/projetos/casa-jy-2/ ; editada pela autora
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Figura 3.1.7 - Sala integrada | fonte: https://www.arthurcasas. com/pt/projetos/casa-jy-2/ ; editada pela autora
Figura 3.1.19 - Corte | fonte: https://www.arthurcasas.com/pt/ projetos/casa-jy-2/ ; editada pela autora
Figura 3.1.8 - Entrada da casa | fonte: https://www.arthurcasas.com/pt/projetos/casa-jy-2/ ; editada pela autora
Figura 3.1.20 - Sala | fonte: https://www.arthurcasas.com/pt/ projetos/casa-jy-2/ ; editada pela autora
Figura 3.1.9 - Abertura para área externa | fonte: https://www. arthurcasas.com/pt/projetos/casa-jy-2/ ; editada pela autora
Figura 3.1.21 - Vista aérea noturna | fonte: https://www.arthurcasas.com/pt/projetos/casa-jy-2/ ; editada pela autora
Figura 3.1.10 - Fachada | fonte: https://www.arthurcasas.com/ pt/projetos/casa-jy-2/ ; editada pela autora
Figura 3.1.22 - Vista frontal | fonte: https://www.arthurcasas. com/pt/projetos/casa-jy-2/ ; editada pela autora
Figura 3.1.11 - Fachada | fonte: https://www.arthurcasas.com/ pt/projetos/casa-jy-2/ ; editada pela autora
Figura 3.1.23 - Paisagismo | fonte: https://www.arthurcasas. com/pt/projetos/casa-jy-2/ ; editada pela autora
Figura 3.1.12 - Fachada | fonte: https://www.arthurcasas.com/ pt/projetos/casa-jy-2/ ; editada pela autora
Figura 3.1.24 - Integração com a natureza | fonte: https://www. arthurcasas.com/pt/projetos/casa-jy-2/ ; editada pela autora
Figura 3.1.13 - Vista frontal | fonte: https://www.arthurcasas. com/pt/projetos/casa-jy-2/ ; editada pela autora
Figura 3.2.1 - Casa LLP | fonte: https://www.archdaily.com.br/ br/935891/casa-llp-ibmr?ad_source=search&ad_medium=search_result_all ; editada pela autora
Figura 3.1.14 - Vista lateral | fonte: https://www.arthurcasas. com/pt/projetos/casa-jy-2/ ; editada pela autora Figura 3.1.15 - Vista lateral | fonte: https://www.arthurcasas. com/pt/projetos/casa-jy-2/ ; editada pela autora Figura 3.1.16 - Deck da área externa | fonte: https://www.arthurcasas.com/pt/projetos/casa-jy-2/ ; editada pela autora
Figura 3.2.2 - Localização do projeto | fonte: google earth ; editada pela autora Figura 3.2.3 - Vista supeior | fonte: https://www.archdaily.com. br/br/935891/casa-llp-ibmr?ad_source=search&ad_medium=search_result_all ; editada pela autora
Figura 3.1.17 - Piscina | fonte: https://www.arthurcasas.com/pt/ projetos/casa-jy-2/ ; editada pela autora
Figura 3.2.4 - Planta subsolo | fonte:https://www.archdaily. com.br/br/935891/casa-llp-ibmr?ad_source=search&ad_medium=search_result_all; editada pela autora
Figura 3.1.18 - Corte | fonte: https://www.arthurcasas.com/pt/ projetos/casa-jy-2/ ; editada pela autora
Figura 3.2.5 - Planta térreo | fonte:https://www.archdaily.com.
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br/br/935891/casa-llp-ibmr?ad_source=search&ad_medium=search_result_all ; editada pela autora Figura 3.2.6 - Piscina | fonte: https://www.archdaily.com.br/ br/935891/casa-llp-ibmr?ad_source=search&ad_medium=search_result_all ; editada pela autora Figura 3.2.7 - Sala de tv | fonte: https://www.archdaily.com.br/ br/935891/casa-llp-ibmr?ad_source=search&ad_medium=search_result_all ; editada pela autora Figura 3.2.8 - Sala de estar | fonte: https://archello.com/ story/77178/attachments/photos-videos/20; editada pela autora Figura 3.2.9 - Sala social | fonte:https://www.archdaily.com.br/ br/935891/casa-llp-ibmr?ad_source=search&ad_medium=search_result_all ; editada pela autora Figura 3.2.10 - Entrada da casa | fonte: https://www.archdaily. com.br/br/935891/casa-llp-ibmr?ad_source=search&ad_medium=search_result_all ; editada pela autora Figura 3.2.11 - Cozinha | fonte:https://www.archdaily.com.br/ br/935891/casa-llp-ibmr?ad_source=search&ad_medium=search_result_all; editada pela autora Figura 3.2.12 - Corte | fonte:https://www.archdaily.com.br/ br/935891/casa-llp-ibmr?ad_source=search&ad_medium=search_result_all ; editada pela autora Figura 3.2.13 - Corte | fonte: https://www.archdaily.com.br/ br/935891/casa-llp-ibmr?ad_source=search&ad_medium=search_result_all ; editada pela autora
Figura 3.2.14 - Corte | fonte: https://www.archdaily.com.br/ br/935891/casa-llp-ibmr?ad_source=search&ad_medium=search_result_all ; editada pela autora Figura 3.2.15 - Vista aérea | fonte:https://www.archdaily.com. br/br/935891/casa-llp-ibmr?ad_source=search&ad_medium=search_result_all; editada pela autora Figura 3.2.16 - Abertura área externa | fonte: https://archello. com/story/77178/attachments/photos-videos/20; editada pela autora Figura 3.2.17 - Sauna vista de fora | fonte: https://www.archdaily.com.br/br/935891/casa-llp-ibmr?ad_source=search&ad_ medium=search_result_all; editada pela autora Figura 3.2.18 - Sauna | fonte: https://www.archdaily.com.br/ br/935891/casa-llp-ibmr?ad_source=search&ad_medium=search_result_all; editada pela autora Figura 3.2.19 - Área externa | fonte: https://www.archdaily.com. br/br/935891/casa-llp-ibmr?ad_source=search&ad_medium=search_result_all; editada pela autora Figura 3.2.20 - Área de lazer | fonte: https://www.archdaily. com.br/br/935891/casa-llp-ibmr?ad_source=search&ad_medium=search_result_all ; editada pela autora Figura 3.3.1 - Casa Flamenco | fonte: https://www.archdaily. com.br/br/908020/casa-flamenco-bzp-arquitetura ; editada pela autora Figura 3.3.2 - Localização do projeto | fonte: google earth ; editada pela autora 11
Figura 3.3.3 - Planta subsolo | fonte: https://www.archdaily. com.br/br/908020/casa-flamenco-bzp-arquitetura ; editada pela autora Figura 3.3.4 - Planta térreo| fonte: https://www.archdaily.com. br/br/908020/casa-flamenco-bzp-arquitetura ; editada pela autora Figura 3.3.5 - Corte | fonte: https://www.archdaily.com.br/ br/908020/casa-flamenco-bzp-arquitetura ; editada pela autora Figura 3.3.6 - Corte | fonte: https://www.archdaily.com.br/ br/908020/casa-flamenco-bzp-arquitetura ; editada pela autora Figura 3.3.7 - Corte | fonte: https://www.archdaily.com.br/ br/908020/casa-flamenco-bzp-arquitetura ; editada pela autora Figura 3.3.8 - Corte| fonte: https://www.archdaily.com.br/ br/908020/casa-flamenco-bzp-arquitetura ; editada pela autora Figura 3.3.9 - Planta primeiro pavimento | fonte: https://www. archdaily.com.br/br/908020/casa-flamenco-bzp-arquitetura ; editada pela autora Figura 3.3.10 - Sala de jantar | fonte: https://www.archdaily. com.br/br/908020/casa-flamenco-bzp-arquitetura ; editada pela autora Figura 3.3.11 - Área externa | fonte: https://www.homestratosphere.com/flamenco-house-bzp-architecture/ ; editada pela 12
autora Figura 3.3.12 - Entrada da casa | fonte: https://www.archdaily. com.br/br/908020/casa-flamenco-bzp-arquitetura ; editada pela autora Figura 3.3.13 - Fachada | fonte: https://www.archdaily.com.br/ br/908020/casa-flamenco-bzp-arquitetura ; editada pela autora Figura 3.3.14 - Fachada | fonte: https://www.archdaily.com.br/ br/908020/casa-flamenco-bzp-arquitetura ; editada pela autora Figura 3.3.15 - Fachada | fonte: https://www.archdaily.com.br/ br/908020/casa-flamenco-bzp-arquitetura ; editada pela autora Figura 3.3.16 - Fachada | fonte: https://www.archdaily.com.br/ br/908020/casa-flamenco-bzp-arquitetura ; editada pela autora Figura 3.3.17 - Fachada | fonte: https://www.archdaily.com.br/ br/908020/casa-flamenco-bzp-arquitetura ; editada pela autora Figura 3.3.18 - Abertura área externa | fonte: https://www. homestratosphere.com/flamenco-house-bzp-architecture/ ; editada pela autora Figura 3.3.19 - Cozinha | fonte: https://www.homestratosphere. com/flamenco-house-bzp-architecture/ ; editada pela autora Figura 3.3.20 - Escritório | fonte: https://www.homestratos-
phere.com/flamenco-house-bzp-architecture/ ; editada pela autora
cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/ribeirao-preto/panorama ; fonte: elaborada pela autora
Figura 3.3.21 - Sala de tv | fonte: https://www.homestratosphere.com/flamenco-house-bzp-architecture/ ; editada pela autora
Figura 4.2.2 - Mapa de densidade demográfica | fonte: https:// cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/ribeirao-preto/panorama ; editada pela autora
Figura 3.3.22 - Teto verde | fonte: https://www.archdaily.com. br/br/908020/casa-flamenco-bzp-arquitetura ; editada pela autora
Figura 4.2.3 - Gráfico do rendimento nominal mensal | fonte: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/ribeirao-preto/panorama ; elaborada pela autora
Figura 3.3.23 - Piscina | fonte: https://www.archdaily.com.br/ br/908020/casa-flamenco-bzp-arquitetura ; editada pela autora
Figura 4.2.4 - Mapa arborização | fonte: https://cidades.ibge. gov.br/brasil/sp/ribeirao-preto/panorama ; editada pela autora
Figura 3.3.24 - Academia | fonte: https://www.homestratosphere.com/flamenco-house-bzp-architecture/ ; editada pela autora Figura 3.3.25 - Corredor | fonte: https://www.homestratosphere.com/flamenco-house-bzp-architecture/ ; editada pela autora Figura 3.3.26 - Paisagismo | fonte: https://www.archdaily.com. br/br/908020/casa-flamenco-bzp-arquitetura ; editada pela autora Figura 3.3.27 - Área de lazer | fonte: https://www.homestratosphere.com/flamenco-house-bzp-architecture/ ; editada pela autora Figura 4.1.1 - Mancha urbana Ribeirão Preto | fonte: google earth ; editada pela autora
Figura 4.2.4 - Mapa arborização | fonte: https://cidades.ibge. gov.br/brasil/sp/ribeirao-preto/panorama ; editada pela autora Figura 4.2.5 - Gráfico cobertura arbórea | fonte: elaborado pela autora, a partir de dados coletados Figura 4.3.1 - Mancha urbana Jardim Canadá | fonte: google earth ; editada pela autora Figura 4.3.2 - Mapa de condições ambientais | fonte: elaborado pela autora, a partir de dados coletados Figura 4.3.3 - Mapa de uso do solo | fonte: elaborado pela autora, a partir de dados coletados Figura 4.3.4 - Mapa de equipamentos urbanos e vegetação | fonte: elaborado pela autora, a partir de dados coletados Figura 4.3.5 - Mapa de gabarito e sistema viário | fonte: elaborado pela autora, a partir de dados coletados
Figura 4.2.1 - Gráfico da população residente | fonte: https:// 13
Figura 4.4.1 - Representação do terreno com topografia | fonte: elaborado pela autora, a partir de dados coletados Figura 5.1.1 - Fluxograma | fonte: elaborada pela autora Figura 5.2.1 - Planta de áreas e corte | fonte: elaborada pela autora Figura 5.3.1 - Diagrama conceito e partido | fonte: elaborada pela autora Figura 5.3.2 - Diagrama orientação solar e ventos | fonte: elaborada pela autora Figura 5.3.3 - Maquete | fonte: elaborada pela autora Figura 5.3.4 - Maquete | fonte: elaborada pela autora Figura 5.3.5 - Diagrama setorização e acessos | fonte: elaborada pela autora
rada pela autora Figura 5.3.11 - Maquete | fonte: elaborada pela autora Figura 5.3.12 - Maquete | fonte: elaborada pela autora Figura 5.3.13 - Maquete | fonte: elaborada pela autora Figura 5.3.14 - Implantação | fonte: elaborada pela autora Figura 5.4.1 - Planta térreo | fonte: elaborada pela autora Figura 5.4.2 - Maquete | fonte: elaborada pela autora Figura 5.4.3 - Maquete | fonte: elaborada pela autora Figura 5.4.4 - Planta superior | fonte: elaborada pela autora Figura 5.4.5 - Maquete | fonte: elaborada pela autora Figura 5.4.6 - Maquete | fonte: elaborada pela autora
Figura 5.3.6 - Maquete | fonte: elaborada pela autora
Figura 5.4.7 - Maquete | fonte: elaborada pela autora
Figura 5.3.7 - Maquete | fonte: elaborada pela autora
Figura 5.5.1 - Corte AA | fonte: elaborada pela autora
Figura 5.3.8 - Diagrama estrutura | fonte: elaborada pela autora
Figura 5.5.2 - Detalhe laje verde | fonte: elaborada pela autora
Figura 5.2.3 - Esquema de vigas e pilares | fonte: elaborada pela autora Figura 5.3.9 - Esquema de laje e vedações | fonte: elaborada pela autora Figura 5.3.10 - Diagrama vegetação e circulação | fonte: elabo14
Figura 5.5.3 - Corte BB | fonte: elaborada pela autora Figura 5.5.4 - Detalhe cisterna | fonte: elaborada pela autora Figura 5.6 - Maquete | fonte: elaborada pela autora Figura 5.7 - Apêndice | fonte: elaborada pela autora
Lista de tabelas Tabela 2.4.1 - Reúso de águas cinzas | fonte: elaborada pela autora, a partir de dados coletados Tabela 2.4.2 - Comparação dos tipos de lâmpadas | fonte: elaborada pela autora, a partir de dados coletados Tabela 3.4.1 - Estratégias sustentáveis encontradas nas leituras projetuais | fonte: elaborada pela autora, a partir de dados coletados Tabela 4.4.1 - Legislação vigente no Bairro Jardim Canadá| fonte: elaborada pela autora Tabela 5.2.1 - Dimensionamento do programa de necessidades | fonte: elaborada pela autora, a partir de dados coletados
15
Sumário
1
2
3
INTRODUÇÃO (20)
SUSTENTABILIDADE (22)
LEITURAS PROJETUAIS (44)
1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA
2.1 CONCEITO E SUA APLICAÇÃO NA ARQUITETURA 2.2 EFICIENCIA E QUALIDADE CONSTRUTIVA
3.1 CASA JY
1.2 OBJETIVOS
2.3 IMPACTOS AMBIENTAIS DECORRENTES DA CONSTRUÇÃO CIVIL 2.4 SOLUÇÕES E SISTEMAS PARA UMA HABITAÇÃO ECOLÓGICA 2.5 MATERIAIS
16
3.2 CASA PLL 3.3 CASA FLAMENCO
4
5
6
O LUGAR (72)
O PROJETO (87)
REFERÊNCIAS (107)
4.1 HISTÓRICO DE RIBEIRÃO PRETO
5.1 FLUXOGRAMA
4.2 CONTEXTUALIZAÇÃO
5.2 PROGRAMA
4.3 JARDIM CANADÁ
5.3 DIAGRAMAS
4.5 ÁREA DE INTERVENÇÃO
5.4 PLANTAS BAIXA 5.5 CORTES E ELEVAÇÕES 5.6 MAQUETE 5.7 APÊNDICE 17
1 | INTRODUÇÃO 1.1 Justificativa do tema
A
18
construção civil é um dos principais setores responsáveis pelos impactos no meio ambiente, desde a destruição de áreas verdes que abrem espaço para as edificações, o movimento de terra no local e a produção de materiais, até o consumo de água e energia elétrica durante a fase de operação.
As construções consomem de 50 a 75% dos recursos naturais do mundo, considerando todo o seu ciclo de vida, e aproximadamente 15% desses recursos são hídricos. O setor é responsável por 30 a 40% das emissões de CO2 e além disso, a poluição atmosférica e sonora dos canteiros de obras, afetam a qualidade de vida dos seres vivos e do meio ambiente.
A mineração de bens da construção civil, como argila, brita e areia, causam grandes danos. O processo produtivo do cimento gera muito gás carbônico, um dos principais causadores do efeito estufa, sem contar com os impactos da produção de ferro e aço, do uso de madeira ilegal, dos materiais tóxicos, como algumas tintas e solventes, entre outros. Além disso, os meios de transporte que levam todos estes materiais até o local, fazem parte desse malefício.
Quando aplicamos os princípios da ecologia e sustentabilidade nos projetos, as construções geram muito menos impactos, pois são pensadas desde o começo para consumirem menos recursos hídricos e energéticos, minimizando a geração de resíduos e escolha de materiais menos poluentes. Uma possível resposta para estas questões é a elaboração de um modulo mínimo habitacional denominado ECO House, pois segundo Yeang (1999), a arquitetura sustentável concen-
1. 2 Objetivos
tra-se na criação de uma harmonia entre a obra final e como seu processo de construção relaciona com o meio ambiente, evitando em cada um dos passos, agressões desnecessárias ao meio ambiente, otimizando processos de construção, reduzindo os resíduos resultantes e diminuindo os consumos energéticos. É certo que uma edificação ecológica em pleno contexto global atual, onde se observa um aumento gradual da temperatura do planeta, degradação do meio ambiente e escassez gradual dos recursos naturais, é imprescindível, e se faz presente à necessidade de meios alternativos de construção, que colaborem para a não extinção desses recursos.
E
ste trabalho tem como finalidade, verificar as possiblidades de viabilização da construção de uma habitação unifamiliar ecologicamente correta, utilizando-se para sua confecção materiais que sejam menos agressivos a natureza, e tecnologias que cooperem com este bem finito. Para este fim, buscou-se primeiramente entender os conceitos de ecologia e sustentabilidade, como: energias alternativas, captação de águas pluviais, iluminação e ventilação naturais, separação e coleta seletiva de lixo, além de tecnologias alternativas e materiais existente para a edificação de uma habitação sustentável. A meta de resultado para o projeto que será proposto, é integrar homem e natureza, diminuir através da arquitetura, impactos que a natureza sofre com construções civis, e por fim, diminuir os gastos e consumo de energia elétrica.
19
Figura 2.1.1
20
2 | SUSTENTABILIDADE 2.1 O conceito e sua aplicação na Arquitetura
Projeto
Execução
Técnicas
Na Antiga Grécia, Platão foi o primeiro a pensar a relação do homem com a natureza de maneira equilibrada. Dizia: “Tudo
faz parte de um mesmo organismo, nada pode ser avaliado isoladamente. O homem e a natureza fazem parte de um mesmo sistema” (PLATÃO, 427-347 AC). As megalópoles do império romano significavam “próximas de esgotar os limites de se sustentarem” (KRONKA, 2002). Tinham o conhecimento de que a população precisaria de uma determinada área onde pudesse extrair recursos básicos para sua sobrevivência, mas se os recursos fossem menores que a população, certamente haveria algum tipo de impacto, podendo até inviabilizar a vida no local. Esse conhecimento foi retomado na déc. de 70 por William Rees, e chamado de “pegada ecológica”.
ção do Relatório Brundtland (1987). O projeto ecológico tornou-se uma disciplina própria da formação dos arquitetos somente na década de 1970. Nesse período, evidentemente, as escolas de arquitetura estavam mais preocupadas com a economia de energia do que com o desenvolvimento sustentável. Para Vitrúvio, por exemplo, conforto e clima faziam parte do modelo triangular de firmitas, vetustas e utilitas (solidez, beleza e utilidade). (EDWARDS, 2008)
Segundo afirma Gonçalves (2006), o tema sustentabilidade foi incluído na arquitetura no final da década de 1980 e início de 1990, paralelamente à divulga-
”
B
rundtland (1987) aponta que a sustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio natural, utilizando formas inteligentes de uso dos recursos naturais para que eles se mantenham no futuro. A caracterização de uma Arquitetura sustentável vem do processo na qual esta foi projetada, executada e a somatória de técnicas utilizadas em relação a materialidades, entorno e o lugar, conforme define Edwards (2008).
Amodeo, Bedendo, Fretin, citando Yeang (2006), relacionam a profusão de definições e termos à própria amplitude de aplicações e conceituações inerentes ao termo Sustentabilidade: Na arquitetura também houve a proliferação do termo “sustentabili-
dade”. Este termo acabou caindo em
21
tudo e significando o que for mais
conveniente . Derivações deste termo também acabaram sendo incorpora-
das no vocabulário da Arquitetura: Arquitetura Verde , Arquitetura Bioclimática,
Arquitetura
Ecológica,
entre outros. Sem nenhum consenso, estes termos são utilizados constantemente trazendo ainda mais incer-
tezas. (YEANG, s.d . apud AMOEDO; BEDENDO; FRETIN, 2006, n .p.)
”
Observamos então, que não existe um consenso entre os conceitos usados pelos profissionais e nem mesmo os termos que designariam esta Arquitetura. Por exemplo: Nunes (2009) : Considera arquitetura
►
verde , arquitetura ecológica e ecoarquitetura como sinônimos de Arquitetura Sustentável
Corbella (2003): Diz que a Arquite-
►
tura Sustentável é na verdade uma continuação natural da Arquitetura Bioclimatica
22
Edwards (2008): Considera a Susten-
► tabilidade na Arquitetura um conceito complexo
Gonçalves (2006) defende que exemplos de práticas semelhantes à que é proposta pela Arquitetura Sustentável, podem ser encontradas nas arquiteturas vernaculares de diversas culturas e em obras modernistas, sem que seja necessário definir um estilo ou movimento arquitetônico especifico. Arquitetura e tecnologia nunca se desenvolveram de maneira independendo, e a partir disso surge a preocupação de uma dependência completa em relação as novas tecnologias. Edwards (2008) afirma:
”
lugar comum, sendo utilizado para
[...] a verdadeira sustentabilidade
envolve todos os elementos de uma
edificação (...). Se esta nova aborda-
gem ecológica não conseguir promo-
ver uma mudança no entorno social e na forma da cidade , fracassará em sua tentativa de se conver-
ter na tendência predominante . (EDWARDS, 2008 pag. 162).
Isoldi, Sattker e Gutierrez, afirmam que as inovações tecnológicas que tem ocorrido, devem ser vistas com senso crítico. Os autores afirmam ainda que fica cada vez mais evidente o fato de que medidas puramente tecnológicas são insuficientes para solucionar os problemas ambientais causados pela humanidade. A partir deste fato, Gonçalves (2006) propõe que quando as inovações tecnológicas forem apropriadas, façam parte da concepção do projeto arquitetônico, para que não sirvam como “acessórios”, mas de fato contribuam para o bom desempenho e resultado arquitetônico do edifício. De acordo com Wines (2008), sem que as tecnologias sustentáveis sejam plenamente incorporadas ao design da edificação, dificilmente a Arquitetura Sustentável será duradoura. Segundo Lamberts (2011, pag.) “(...) as preocupações devem começar desde o projeto, prosseguirem durante a construção e participarem da etapa de utilização”. O projeto arquitetônico é a primeira etapa de inserção da Sustentabilidade, visto que para a Arquitetura, o custo de im-
plantação das edificações ditas sustentáveis é cerca de 30% superior ao de uma edificação convencional (NUNES, 2012). Sendo assim, entende-se que o conceito desta arquitetura está em permanente evolução que enfoca estratégias, materialidades e tecnologias. Inicialmente, em meados de 1970, em meio à crise do petróleo, era denominada Arquitetura Solar e fazia referência à conservação de energia nas edificações, em busca de sistemas passivos e aproveitamento do clima e natureza. O objetivo da economia de energia era na
maioria das vezes atingido, porem deixava a desejar em termos de conforto ambiental (CANDIDO, 2008).
Fontes de energia alternativas:
Em 1980, com o surgimento dos Laboratórios de Arquitetura Bioclimática, promoveu-se o desenvolvimento de uma arquitetura que equilibrava mais o desempenho energético e o conforto ambiental. Propunha-se uma nova visão, considerando a edificação de fora para dentro (WINES, 2008). A partir de 1990, o uso de fontes de energia alternativas, conciliada ao conforto ambiental, caracterizou a Arquitetura Eco-Eficiente.
▶ hidrotérmica
▶ solar
▶ eólica
▶ geotérmica ▶ biomassa
▶ ondomotriz
23 Figura 2.1.2
Figura 2.1.3
Figura 2.1.4
Figura 2.1.5
Figura 2.1.6
Figura 2.1.7
Um projeto na busca de sustentabilidade, deve considerar todo o ciclo de vida da edificação, incluindo seu uso, manutenção, e reciclagem ou demolição. O termo sustentabilidade pode ser descrito como o estado de equilíbrio, no qual condições ambientais, econômicas e sociais satisfatórias estariam asseguradas para o presente, assim como para o futuro, indefinidamente (CANDIDO, 2012). É extremamente importante que o profissional tenha em mente que
”
todas as soluções encontradas não são perfeitas, sendo apenas uma
tentativa de busca em direção a
uma arquitetura mais sustentável . Com o avanço tecnológico sempre surgirão novas soluções mais eficientes. (YEANG, 199, P.4)
Manutenção
24
”
Reciclagem Demolição
2. 2 Eficiência e qualidade construtivas
S
egundo Diniz (2008), no início do século XX, da vanguarda modernista arquitetos tiveram a ideia de trazer à atividade construtiva a mesma eficiência que nasciam as produções em massa das linhas de montagem dos automóveis Henry Ford em 1907. Le Corbusier no livro “Por uma arquitetura”, em 1923, defende a construção de habitações através do acoplamento das partes, uma nova cadeia produtiva que envolvia em primeira mão a parceria arquiteto-indústria. (DINIZ, 2008)
Esses conceitos de acoplamento deram origem aos pré-fabricados, evolução da indústria da construção civil ocorrida em diversas fases, onde cada uma era caracterizada por diferentes métodos, tecnologias e arquiteturas próprias. (PIGOZZO, 2005) As ideias de construções de concreto armado que lançaram base para várias teorias da arquitetura moderna como a dos “Cinco pontos da nova arquitetura”, foi posteriormente desenvolvida por Le Corbusier, tendo refletido em vários países, inclusive na Alemanha, o que levou o arquiteto Peter Behrens a criar em 1909 uma empresa destinada a criação de construções industrializadas e em série, mas sem afastar os aspectos artísticos e criativos do oficio. (DINIZ, 2008)
Figura 2.2.1
Figura 2.2.2
25
1862
1870
1907
Chega ao sul da
As máquinas e
Foi funda-
Alemanha uma
fábricas passaram
dustrial
fazer parte do con-
inicialização in-
Fuller ampliou o debate sobre leveza e industrialização das construções, e suas ideias para as residências se aproximavam mais do ideal da Casa de Morar, do que as proposições de Le Corbusier, onde a geometria estava mais condicionada aos ditames da estática que a uma visão artística-cultural. Ele também desenvolveu aspectos relativos à convecção de correntes térmicas internas que proporcionam ventilação e aquecimento do ambiente. (DINIZ, 2008) Ele foi o primeiro a usar o alumínio como material leve, de fácil transporte e reciclável. Estes projetos anteciparam Figura 2.2.1 26
cada vez mais a texto alemão.
em décadas questões de sustentabilidade ambiental como uso e economia de energia, uso racional da agua e técnicas passivas de ventilação e aquecimento. (DINIZ, 2008) Um nome importante para as arquiteturas pré-fabricadas de acordo com Diniz (2008), é Jean Prouve, que a partir de 1930 desenvolveu uma serie de experiências através de estruturas porteadas e complementadas com chapas de metal. Seus projetos se adaptavam a diversos climas, locais e escalas através de evoluções modulares.
da em Muni-
que , a Deutsche
Werkbund (DWB) ou Federação
Alemã de Of ícios.
Diniz (2008) aponta que no início do século XXI a casa pré-fabricada está mais do que nunca necessária e atual. As questões sociais de alojamento para um grande número de pessoas aliadas a questões de sobrevivência humana e do planeta colocam este tema em destaque este tema em destaque.
2.3 Impactos ambientais decorrentes da construção civil
É
fato que as construções civis são responsáveis por mais da metade dos gases que provocam o aquecimento global, o que culmina na busca crucial por espaços leves, desmontáveis e recicláveis, para um desenvolvimento sustentável de nossas vidas, paisagens urbanas e rurais. A leveza, mobilidade, adequação à cultura e às condições ambientais fazem da edificação uma parte da natureza. As previsões para os cenários de problemas ambientais futuros é preocupante, e se ações preventivas não forem tomadas, a escalada de mudanças climáticas devido a esse fato ocorrerá muito antes que o previsto. Isso mostra que podemos medir, de forma razoável, a velocidade na qual atualmente continuamos a causar os problemas, que é muito superior às nossas ações para evita-los. O mun-
do está começando a se dar conta de que simplesmente não há dinheiro que possa pagar pelos impactos devastadores das mudanças climáticas, cada vez mais frequentes. Na Arquitetura, é importante que sejam tomadas precauções contra o poder do clima, já que este quadro chegou ao ponto crítico dos dias atuais e isso poderia causar grandes transtornos às nossas edificações e vidas nas próximas décadas. Uma preocupação cada vez maior é com problemas associados às edificações “modernas” totalmente climatizadas mecanicamente. Espera-se que sejam substituídas mesmo nos climas mais quentes, por edificações que possam ser ventiladas naturalmente durante todas as estações, ou pelo menos a maior parte do ano. Há muitas razões para promover essa mudança, além dos
altos custos energéticos dos sistemas de condicionamento de ar que estão subindo cada vez mais, eles liberam calor, o que está tornando as cidades cada vez mais quentes, transformando-se em “ilhas urbanas de calor”, e as emissões de CO² desses sistemas se tornaram uma das principais forças causadoras das mudanças climáticas mundiais, além de fazerem mal à saúde dos usuários, já que esses equipamentos, os filtros e os dutos produzem ar sujo. Um recente relatório feito pela Comissão sobre Poluição Ambiental no Reino Unido afirma que, se desejarmos tentar estabilizar as mudanças climáticas, teremos de introduzir cortes de cerca de 60% em todas as emissões de CO². Isso significa gastar 60% menos energia para se manter uma casa. Mas isso não é muito difícil se considerarmos as ecohouses, 27
que usam as energias providas de fontes renováveis, adaptada ao clima, local e ao terreno.
Média de aquecimento global (˚C) projetada para 2100:
Segundo o blog Solar Prime (2018) Supõem-se que se você e as pessoas que vivem no seu imóvel consomem, em média, 600 kWh todo mês. Imaginemos que 1 kWh custa R$ 0,70 e que, a cada 100 kWh, a taxa é de R$ 1,50. Calculando, a conta de energia custará R$ 429 (600 x 0,70 = R$ 420 + 1,50 x 6 = R$ 9).A partir da instalação de um sistema fotovoltaico, será possível economizar até 95% nas contas de energia todos os meses durante 40 anos — que é o tempo de vida útil de um painel solar. Se colocarmos no papel, é possível ver que, em vez de pagar R$ 429, você pagará apenas R$ 21,45.
4,5 3,5
Seguindo as atuais políticas
Média do gasto energético de uma habitação unifamiliar:
2,9
Se os países não agirem
Baseado nas atuais promessas Figura 2.3.2
Os materiais de construção precisam ser processados antes de serem incorporados a uma edificação; isso inevitavelmente exige o uso de energia e gera refugos. A escolha dos materiais de construção afeta o impacto ambiental de uma casa, já que até mesmo os materiais básicos geram algum tipo de transtorno.
700 600 500 400 300 200
Habitação totalmente climatizada mecanicamente
100
Habitação com técnicas e recursos sustentáveis
0 Figura 2.3.1
28
Estima-se, por exemplo, que a produção de cimento seja responsável por 5% das emissões humanas globais de dióxido de carbono, metade da qual oriunda de reações químicas que se dão durnte a pega do cimento e outra metade con-
sumida no processo de fabricação de cimento (Kruse, 2004).
Fatores afetados pela escolha de materiais e decisões de projeto, incluem:
Na construção civil, devem ser considerados diversos fatores na escolha dos materiais, e é improvável que regras absolutas possam servir para todas as situações. A primeira questão é de como o impacto ambiental deve ser avaliado. As qualidades inerentes a um material e a maneira na qual os materiais são incorporados a um projeto determinarão, em conjunto, o impacto ambiental.
▶ A localização e o detalhamento de elementos de arquitetura ▶ A manutenção necessária e os matérias necessários para tal manutenção ▶ A contribuição do material na redução do impacto ambiental da edificação ▶ A flexibilidade de um projeto em acomodar mudanças de uso ao longo do tempo
Fatores determinados pelas qualidades dos materiais são, por exemplo:
▶ A vida útil do material e seu potencial de reutilização se a edificação for demolidas
▶ A energia necessária para produzir o material
Os seguintes tópicos para comparação do impacto ambiental de materiais:
▶ As emissões de CO² resultantes da fabricação do material
→ Impactos devidos à produção
▶ O impacto no meio ambiente local resultante da extração do matéria
▶ Uso de energia
▶ A toxicidade do material
▶ Aquecimento Global
▶ O transporte do material durante sua fabricação e mais tarde ao canteiro de obras
▶ Chuva ácida
▶ O grau de poluição resultante do material ao final de sua vida útil
→ Impactos devidos ao uso:
▶ Exaustão dos recursos
▶ Toxinas
▶ Potencial de reuso/reciclagem e descarte ▶ Danos à saúde Talvez a medida mais importante do impacto ambiental de um objeto seja determinada pelo conceito de “energia incorporada”, que descreve a quantidade de energia empregada para produzir um objeto. É uma medida importante porque o uso de fontes de energia não renovável é a principal razão para a degradação ambiental. Tal degradação é causada principalmente de duas maneiras: ▶ Emissões atmosféricas, principalmente CO², que contribuem para o aquecimento global ▶ Efeitos que outras transmissões tem sobre a atmosfera, como a chuva ácida O transporte pode ser um fator que afeta significativamente a energia incorporada. Quanto mais um material tiver que viajar, maior será a energia utilizada no seu transporte, e o peso desse material também influencia nesta questão. 29
Emissões de CO² na atmosfera, devido a construção civil: 6
2
24
MUDANÇAS SÃO NECESSÁRIAS. RECICLAGEM NÃO É SÓ NO MEIO AMBIENTE, MAS TAMBÉM NO AMBIENTE DO 68
NOSSO SER . - DANIEL CARVALHO DE OLIVEIRA
Veículo apoio Movimentação de matérias primas Movimentação na obra Transporte até a obra
Figura 2.3.3
30
2.4 Soluções e sistemas para uma habitação ecológica TELHADO VERDE Segundo o artigo da Redação Sustentarqui (2014), existem vários nomes para este sistema construtivo tão utilizado pelos admiradores da arquitetura sustentável, por exemplo: Telhado verde, terraço jardim, cobertura vegetal, eco telhado, telhado ecológico. Ainda que pareça atual e moderno, não é uma técnica recente, pois sua pratica vem desde a época da Babilônia, denominados Jardins Suspensos. Foi muito utilizada na Arquitetura moderna, nos anos de 1920, e considerada um dos cinco pontos fundamentais, segundo Le Corbusier. Essa técnica consiste num jardim com substrato raso localizado nas coberturas das edificações, sejam elas telhados ou lajes. É um sistema desenvolvido com segurança, que possui impermeabilizan-
tes para impedir infiltrações; não atrai animais indesejados e é de fácil manutenção. Podemos ainda observar no artigo Sustentarqui (2014), que a utilização de tetos verdes ganhou importância por proporcionar diversos benefícios, como:
a ilha de calor, que é responsável pelo incremento de temperatura dentro do perímetro urbano, devido ao aquecimento que produzem os gases de veículos e aparelhos de ar-condicionado, assim como pela energia solar absorvida pelas superfícies, depois irradiada à atmosfera com calor
▶ Aumento da biodiversidade
▶ Reduz a incidência do ventos
▶ Redução da velocidade de escoamento da água da chuva na fonte (telhado)
▶ Filtra o ar, pois possui absorção de partículas de pó em até 85%
▶ Aumento da retenção da agua da chuva na fonte (drenagem urbana)
▶ Proporcionam espaços agradáveis à vista, com possiblidade de uso para lazer, a nível publico
▶ Limpeza da agua pluvial, contribuindo para redução da poluição ▶ Redução da poluição do ar pelo sequestro de carbono e consequente melhoria da qualidade do ar ▶ Diminuição da temperatura do micro e macro ambiente externo, combatendo
Principais desvantagens: ▶ É um sistema caro, pois possui metodologia de composição complexa, e necessita de manutenção periódica; mas o retorno do gasto é rapidamente recuperado pela economia energética e de 31
agua ▶ Possui materiais compositores pesados, o que deve ser analisado para a elaboração dos elementos estruturais ▶ É necessária precisão na elaboração da cobertura, pois a má aplicação deste sistema pode gerar infiltração de agua e consequentemente, umidade Materiais que compõem o sistema:
Figura 2.4.2
► Planta ► Substrato ► Manta bidim ► Argila expandida ► Impermeabilizante ► Laje
Figura 2.4.3
Figura 2.4.1
Figura 2.4.4
32
REUTILIZAÇÃO DE ÁGUAS CINZAS As águas cinzas, são as águas reutilizadas, ou seja, utilizadas por mais de uma vez, e devem partir do princípio da reutilização com qualidade mínima requerida pelos padrões e normas sanitárias NBR 5.626/98 E NBR 8.160/99. As águas cinzas são provenientes de chuveiros, banheiras, lavatórios e maquinas de lavar roupa. Essas aguas são ricas em sabão, sólidos suspensos e matéria orgânica, podendo também possuir pequenas quantidades de bactérias. (RABELO, 2011)
residências, geralmente o tratamento de águas de reuso é feito de forma biológica, através do chamado zona de raízes, ou wetland (GHISI, PEREIRA; 2010). De forma simplificada o funcionamento do sistema ocorre da seguinte forma: o esgoto passa por uma fossa séptica e depois para a zona de raízes, onde, por gravidade, o efluente percorre todo o leito filtrante, chegando até as raízes e por fim, ao fundo do filtro, é conduzido por tubulações até o reservatório.
Para reutilização dessas aguas, é necessário que existam distintos processos de tratamento dela, afirma Clarke (2005). Em
PRÉ TRATAMENTO
POÇO
WETLAND DE ESOAMENTO VERTICAL
POÇO FINAL
TANQUE SÉPTICO/RAC RETENÇÃO DE SÓLIDOS
BOMBEAMENTO EM INTERVALOS
FILTRO DE AREIA, DISTRIBUIÇÃO DE ESGOTO SOBRE TODA SUPERFÍCIE E DRENO DE FUNDO
OPCIONAL: CLORAÇÃO Figura 2.4.5
33
Tabela 2.4.1 - Possíveis reúsos de águas cinzas
USO PREVISTO
TURBIDEZ
COLIFORME FECAL (NMP 100ml)
SÓLIDOS DISSOLVIDOS TOTAIS (mgl)
PH
CLORO RESIDUAL (mgl)
Lavagem de carros e outros usos que requerem contato direto do usuário com a água
Inferior a 5
Inferior a 5
Inferior a 200
Inferior a 200
Entre 6 e 8
Lavagem de pisos, calçadas e irrigação de jardim, manutenção dos lagos e canais para fins paisagísticos, exceto chafariz
Inferior a 5
Inferior a 500
-
-
Superior a 0,5
3
Reuso em descargas dos va- Inferior a 10 sos sanitários
Inferior a 500
-
-
-
4
Reuso nos pomares, cereais, forragens, pastos para gados e outros cultivos
Inferior a 500
-
-
-
CLASSE
1
2
34
-
OTIMIZAÇÃO ENERGÉTICA A utilização racional de energia, pode ser chamada de eficiência energética (EE), que consiste em usar de modo eficiente a energia para se obter um determinado resultado. Por definição, a eficiência energética consiste na relação entre a quantidade de energia empregada em uma atividade e aquela disponibilizada para sua realização. (ABESCO, 2015) A otimização energética pode ser entendida como a obtenção de um serviço com baixo dispêndio de energia. Portanto, um edifício é mais eficiente energeticamente que outro, quando proporciona as mesmas condições ambientais com menor consumo de energia. Isso é possível através do uso racional da energia, buscando a diminuição no consumo dos usos finais de iluminação, equipamentos e aquecimento de agua, junto à incorporação de fontes renováveis de energia. É aconselhável segundo a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia – ABESCO (2015) seguir os critérios abaixo no projeto de
edifícios, objetivando sua menor dependência da climatização e iluminação artificial: ▶ Emprego da ventilação cruzada ▶ Uso de cores claras ▶ Uso da vegetação como sombreamento ▶ Evitar o uso de vidros tipo “fumê” ▶ Reduzir a transmitância térmica das paredes, janelas e coberturas ▶ Usar racionalmente a iluminação ▶ Utilizar energia solar para aquecimento da agua ▶ Indicar o uso correto da edificação e sistema ao usuário A
▶ Uso de proteções solares em aberturas O selo que vem nos eletrodosmesticos, garantem que o produto adquirido consuma menos energia que seus similares. Existe também a etiqueta de cores do Programa Brasileiro de Etiquetagem do INMETRO (2006) em parceria com a PROCEL, que classifica equipamentos numa escala de “A” até “E”, sendo “A” os mais eficientes e “E” os que consomem mais energia.
B C D E Figura 2.4.6
35
VEGETAÇÃO NATURAL
LÂMPADAS LED
▶ Térmico – ambientes mais agradáveis (países de clima tropical)
Como afirmado por Ferreira, R.A.F. (2010) as lâmpadas mais comuns são as fluorescentes compactas, que apesar de mais caras, representam um consumo de energia de 80% menor e duram 10 vezes mais que as lâmpadas convencionais, fora que aquecem menos os ambientes. A maior vantagem no setor de iluminação são os LEDs, que são diodos semicondutores que ao receberem energia, iluminam. Muito comum em televisores e computadores são aquelas luzes que ficam acesas indicando que o aparelho está ligado ou em stand by. Possuem inúmeras vantagens, pois desperdiçam pouquíssima energia, não esquentam, são compactas, mais ainda são caras e pouco difundidas. (FERREIRA, R.A.F. (2010)
▶ Iluminação – uso de arvores caducas (países com inverno rigoroso) ▶ Utilização de vegetação como brises ▶ Telhados verdes
Tabela 2.4.1 - Lâmpadas
Figura 2.4.7
Figura 2.4.8
36
LED
TIPO
COMUM
FLUORESCENTE
DURABILIDADE
1 ano
5 anos
CONSUMO
50w
10w
5w
ECONOMIA
x
até 80%
até 95%
EMISSÃO DE CALOR
Alta
Média
Baixa
ECOLÓGICA
Não contém mercúrio
Contém mercúrio
Não contém mercúrio
EFICIÊNCIA
Pouca
Mediana
Muita
15 anos
AQUECIMENTO A GÁS OU SOLAR Cerca de 25% da energia elétrica de uma residência, é utilizada no aquecimento da água. O projetista deve prever a tubulação de agua quente isolada termicamente, propiciando a instalação de sistemas de aquecimento a gás ou solar, que são mais econômicos. Além dessa vantagem, outro ponto positivo deste sistema, é a redução significativa do impacto ambiental total da edificação, e o maior grau de conforto e capacidade de atender diversos pontos de água quente além do chuveiro (torneiras de banheiros, cozinhas e lavanderias, por exemplo). (ABESCO, 2015)
PROCESSO:
▶ Uma
rede da concessionária de energia
torneira de água
quente é aberta
▶A
água fria entra no
▶O
sensor de fluxo de-
▶O
compactador au-
aquecedor
módulos solares fotovoltaicos
tecta o fluxo de água
tomaticamente acende o queimador
▶A
água circula através
▶O
trocador aquece a
medidor bidirecional
do trocador de calor
quadro elétrico
água até a temperatura desejada
▶ Quando
a torneira é
fechada, a unidade se desliga
Figura 2.4.9
Inversor grid-tie
Figura 2.4.10
37
VENTILAÇÃO NATURAL Por estar relacionada à sensação térmica, a ventilação é um dos fatores mais importantes que determinam o conforto térmico das residencias. Além disso, sua importancia está associada a questões de salubridade, do ambiente em si, e de seus usuários. A ventilação é apontada, frequentemente ,
”
como a estratégia bioclimática mais efi-
Figura 2.4.11
ciente para obtenção do conforto térmico nos espaços. Além disso, o alcance social
dessa estratégia é indiscutível . (BITTENCOURT et al , 2005)
”
A ventilação tem duas funções principais dentro dos ambientes: ▶ Renovação do ar quente e/ou poluído
Figura 2.4.12
▶ Resfriamento dos usuários Aberturas posicionadas estrategicamente podem garantir uma boa circulação de ar nos ambientes internos, sendo aconselhada sua inserção de maneira cruzada. As imagens ao lado, representam esquemas de incidência dos ventos em várias tipologias de brises, aberturas de janelas e com barreiras, respectivamente. 38
Figura 2.4.13
ILUMINAÇÃO NATURAL Em primeiro plano a luz natural está relacionada a uma boa qualidade de vida. As pessoas estando em contato com a variação temporal ao longo do dia se mantêm informadas sobre a variação do clima externo, têm a sensação psicológica do tempo. Em segundo plano a relação custo benefício existente entre o homem e esse método de iluminação é totalmente gratificante, se o projeto for bem executado, resultará numa grande economia de energia elétrica.
Figura 2.4.14
Figura 2.4.15
EQUIPAMENTOS REGULADORES DE CONSUMO Segundo Gonçalves, R.F. (2006) os vasos sanitários e pias são campeões no quesito desperdício de agua, por isso a tendência é que cada vez mais os sanitários tenham equipamentos reguladores de consumo. Alguns fabricantes desses equipamentos já disponibilizam no mercado torneiras om sensor de presença e vasos sanitários com duplo acionamento. 39
PAISAGISMO ALIMENTAR De acordo com Gengo (2012) a necessidade do acesso a alimentos frescos e saudáveis, tem levado às pessoas, a montarem sua própria horta em casa. Essa atitude é de extrema importância, visto que melhora a qualidade da alimentação das pessoas, promove educação ambiental e é benéfico a saúde, visto que são alimentos produzidos sem o uso de agrotóxicos. O projeto de horta orgânica já está por toda parte, seja em escolas onde as crianças ajudam a cuidar e se beneficiam com o enriquecimento do lanche servido, ou nos quintais de muitas casas para o consumo da família.
pragas. As plantas daninhas ou o mato, se espalham com muita facilidade pelas hortaliças, dificultando o cultivo. Na horta orgânica, existe um controle adequado, que é a prevenção. O solo é arado antes da plantação, fazendo com que o mato cresça rapidamente, e possa se retirado antes do tratamento da terra (GENGO, 2012).
▶ Preparo do solo: Para produção de uma horta orgânica, todos os elementos presentes no solo são muito importantes para o crescimento de plantas saudáveis, e então a terra deve ser levemente revolvida. (GENGO, 2012) ▶ Adubação: Na adubação orgânica, são utilizados elementos vivos, ou seja, materiais tirados da própria natureza, como: esterco de galinha e de gado orgânico, cascas de ovos orgânicos, adubo verde orgânico (feito com leguminosas e outras plantas), composto orgânico (sobras da cozinha, como cascas de frutas e verduras orgânicas). Apesar do processo de desenvolvimento ser mais lento com esta técnica, a planta cresce naturalmente. Para o controle de pragas, nas plantações orgânicas, são usados produtos naturais, sem extravagancia e também é feito um controle biológico, onde utiliza-se predadores naturais das 40
Figuras 2.4.16 e 2.4.17
2.5 Materiais
A
resposta a demanda mundial por meios alternativos devido à alta poluição das construções civis, é a formação de um mercado de ecoprodutos e tecnologias fabricados em escala industrial, ancorado pelo Instituto de Desenvolvimento de Habitação Ecológica (IDHEA). Um critério importante a se basear ao definir um material de construção ecológico é a ACV (análise do ciclo de vida), que é um instrumento que avalia o impacto ambiental dos produtos desde sua fabricação até sua validação. Ou seja, considera todos os estágios da vida útil do produto, que envolvem sua origem, geração de resíduos contaminantes e possibilidade de reutilização. Os materiais ecológicos são aqueles que, ao serem produzidos para uso, não agrediram o meio ambiente. Por isso a escolha dos materiais, para que se tenha uma habitação mais sustentável, deverá priorizar o uso de materiais ecológicos e a sua correta utilização. Dentro de limites razoáveis, estando clara a estratégia de projeto, deve-se buscar a seleção de materiais e componentes que estejam o mais perto possível de seus estados naturais, de preferencia que sejam locais e exijam o mínimo de processamento. A durabilidade dos materiais também é muito significativa, já que afeta a vida útil de uma edificação e o quanto uma casa de baixo consumo energético dura; o ideal é que todos os materiais sejam facilmente recicláveis. Finalmente, o potencial de ocupação flexível ajudara a estender a vida útil da edificação.
Concreto Reciclado A ideia do concreto reciclado é usar os resíduos da própria obra para substituir parcialmente — ou totalmente — os materiais de fontes naturais. Pode ser reciclado fresco ou endurecido, e existem equipamentos adequados para fazer a reciclagem dos componentes. Assim, outros materiais como tijolos e telhas, que iriam para o lixo, são reutilizados e acrescentados à mistura, gerando um material de construção sustentável. 41
MATERIAIS BIODEGRADÁVEIS Os materiais de acabamento também são peças importantes nas obras e podem possuir derivados de petróleo e compostos voláteis altamente poluentes ou tóxicos. Os materiais mais comuns são tintas, colas, impermeabilizantes e solventes. As indústrias já estão se adaptando e investindo na criação de versões ecológicas. Existem tintas feitas de materiais biodegradáveis (produzidas a partir de pigmentos naturais, minerais e proteína de leite). Vernizes e solventes a base de óleos vegetais também são opções sustentáveis e menos prejudiciais à saúde. FIBRAS VEGETAIS Segundo Marinelli, et al. (2008), as fibras vegetais são excelentes, e podem substituir as fibras de vidro e sintéticas. Possuem características físicas e mecânicas, em alguns casos muito melhores do que as não naturais, principalmente quando incorporadas 42
com compostos plásticos. Feita a base de uma série de plantas e vegetais, como, a juta, o sisal, o coco, a cana-de-açúcar, algodão, rami entre outras, é utilizada para confecção de uma diversa gama de produtos. Pode ser agregada ao concreto para conferir-lhe maior resistência, ser utilizada na confecção de telhas, tapumes, revestimentos acústicos e térmicos, painéis, tecidos, tapetes, carpetes e paredes divisórias. MADEIRA ALTERNATIVA Como fonte renovável, seus principais atributos são sua facilidade de trabalho e a capacidade de redução na quantidade de CO² na atmosfera até que se decomponha ou seja queimada. Muitas espécies de arvores e inúmeras florestas foram dizimadas para abastecer o consumo humano em toda a história. Há florestas locais com serrarias associadas que podem fornecer madeira nativa de boa qualidade e adequada para construções autoportantes, como abeto de Douglas, castanheiro doce e carvalho. Se for utilizada em exteriores, deve ser detalhada de modo a evitar o apodrecimento.
O carvalho e o lariço, por exemplo, são duráveis para exteriores. Por isso a preocupação de se utilizar madeiras alternativas (reflorestadas e certificadas) quando aplicadas em uma construção. Reflorestamento – advém de lugares que mantem uma área de floresta original ou replantada, através de manejos sustentáveis de produção. A atividade prevê a preservação dessas matas ao mesmo tempo que sustenta o ritmo de extração. Certificadas – são aquelas que conseguem comprovar a origem de onde foram retiradas, através de selos concedidos por órgãos competentes e avaliadores. TIJOLOS, CONCRETO E TAIPA DE PILÃO Tem grande inércia térmica, o que significa que podem absorver calor ao longo do tempo e soltá-lo de modo relativamente lento quando a temperatura do entorno baixar. Os blocos de concreto de alta densidade tem as mais baixas energias incorporadas e emissões de CO² por peso e volume.
MATERIAIS À BASE DE CAL OU CÂNHAMO
TIJOLOS ECOLÓGICOS
Tem menos energia incorporada, possibilita a reciclagem de alvenarias, a umidade da superfície evapora rapidamente, pode evitar o uso de juntas de dilatação e movimento, é flexível, há perdas menores quando utilizamos materiais à base agua, tem durabilidade comprovada, e muitas outras vantagens.
Este modelo muito utilizado no Brasil. Produzido a partir de misturas, pode ser de resíduos de construção ou de areia, água e cimento. O que torna essa opção sustentável é o processo de fabricação. Ao contrário dos tijolos convencionais, não há utilização de forno nem queima de madeira: o tijolo é enformado em uma prensa hidráulica.
COB, PAU A PIQUE E TIJOLOS SECO AO SOL (ADOBE) São materiais com baixas emissões de carbono, mas que não apresentam um desempenho considerado satisfatório para edificações nova, no entanto podem ser usados como termoacumulador, dentro das vedações externas, já que tem massa térmica suficiente e/ou propriedades de isolamento com a capacidade de regulagem natural da temperatura interna e umidade. BAMBU Crescem a uma taxa tão rápida que podem ser colhidos com frequência sem prejudicar a sobrevivência da planta. O bambu é leve e possui alta resistência à tração, o que o torna ideal para elementos estruturais ou acabamentos e móveis internos. Ele pode fornecer uma alternativa útil ao aço de concreto e reforço em construções. MADEIRA PLÁSTICA
O formato do tijolo também é uma vantagem, pois cria uma trava por meio de furos e encaixes estratégicos, diminuindo o gasto de argamassa. Além disso, é um excelente isolante acústico e térmico, tende a ser mais resistente e, quando aparente, deixa qualquer ambiente charmoso e aconchegante.
Madeira plástica: tem características semelhantes à convencional, mas é totalmente reciclável e tem um ótimo custo-benefício (CORRÊA et al., 2008). Ela evita o surgimento de pragas, como cupins, traças e roedores, e pode ser utilizada como parede divisória, muro vazado, brises, pisos, revestimentos, mobiliário, pergolado, gazebo e caxepó para composições paisagísticas. Segundo Corrêa et al. (2008) o resultado do aproveitamento de resíduos plásticos descartados pela indústria e restos de madeira e serragem provenientes de madeiras legalizadas, torna o produto 100% reciclável, com aparência de madeira aliado à durabilidade do plástico. 43
Figura 3.1.1
44
3 | LEITURAS PROJETUAIS 3.1 Casa JY
ARQUITETOS : Studio Arthur Casas LOCAL : Porto Feliz, São Paulo, Brasil ÁREA DO TERRENO : 4 992,38 m² ÁREA CONSTRUÍDA : 1 127,45 m² ANO : 2013-2018
Construída para uma família com dois filhos, a casa foi concebida afim de proporcionar aconchego em meio à natureza. Isto foi evidenciado, a partir da inclinação do teto, fazendo com que o céu "entre" na casa, e as pessoas que estiverem no interior, consigam ter um imagem contemplativa da paisagem externa. Por situar-se frente à um campo de golfe, e em volta de uma vegetação rica, a ideia principal foi tomar o maior partido possível deste vista.
45
Figura 3.1.2
Situado em um fazenda de Porto Feliz, na Rodovia Castelo Branco, Km 101,50 Bairro Indaiatuba, o lote onde o projeto foi implantado, tem largura maior do que a profundidade. Esse fato auxiliou para que a residência de veraneio tivesse sua estrutura encaixada de forma minuciosa e abrisse, por todos os ambientes internos, múltiplas vistas para o exterior.
Figura 3.1.3
46
O volume térreo, abriga uma área mais privativa, onde estão as suítes dos hóspedes, e toda a parte social, que é totalmente aberta, conectando-se com o exterior, abrindo-se para a vista do campo de golfe, composta pela piscina, sala de jantar integrada à sala de estar, sala de TV e a cozinha. Em oposição, a fachada lateral da casa, que é voltada para a rua, é mais fechada, garantindo privacidade. O volume superior é mais resguardado, sendo destinado à área de descanso e exercício dos moradores, contendo um terraço verde, suítes, suíte master juntamente com a sala íntima quepode servir de escritório, sala de jogos e academia.
garagem banheiro cozinha área externa sala de estar + sala de jantar sala de tv suíte hóspede acessos
suíte varanda suíte master academia banheiro sala de jogos acessos
Figuras 3.1.4 e 3.1.5
47
O projeto é dividido em dois volumes que se deslocam e se sobrepõem. O volume superior está em balanço, criando assim, sombras diversas, que segundo o arquiteto, substituem as cores do projeto, já que elas por si só criam designs diferentes. O material predominante da obra é o concreto, usado nas paredes e piso monolítico. Na parte externa como revestimento, foi usado o alumínio cinza chumbo e pedra. Os passeios da entrada foram feitos de paralelepípedos. Para dividir os espaços internos do volume inferior, foi encaixado um longo móvel de folhas de madeira freijó, criando um corredor de acesso, que liga a entrada da casa ao final da sala de jantar. No piso do deck da piscina, foi usada a madeira plástica.
Figura 3.1.7
Figura 3.1.8
Figura 3.1.6
48
Figura 3.1.9
Figura 3.1.10 Figura 3.1.13
Figura 3.1.11
Figura 3.1.12
As amplas aberturas e os grandes vãos, permitem que a casa crie diversas relações dos moradores com o entorno, sem que haja interrupções na vista, e o exterior pareça fazer parte de seu interior. As janelas e portas são todas de vidro e em grandes dimensões, permitindo que a luz natural entre durante todo o dia, e em todos os cômodos.
Figura 3.1.14
49
Figura 3.1.15
Figura 3.1.18
ESTRATÉGIAS SUSTENTÁVEIS ▶ Teto verde ▶ Aquecimento solar de água ▶ Circulação de ar cruzada ▶ Deck de madeira plástica ▶ Paisagismo incorpora a vegetação existente do condomínio
Figura 3.1.19
Figura 3.1.16
50
Figura 3.1.17
O grande desafio do projeto, foi executar grandes vãos e balanços, numa estrutura esbelta, para que esta não interrompesse a visão para o ambiente externo. A solução foi usar vigas invertidas nos espaços entre um andar e outro.
Figura 3.1.22
Figura 3.1.20
Figura 3.1.23
Figura 3.1.21
Figura 3.1.24
51
Figura 3.2.1
52
3. 2 Casa LLP
ARQUITETOS : LB + MR LOCAL : São Carlos, São Paulo, Brasil ÁREA CONSTRUÍDA : 772,0 m² ANO : 2019
CONCEITO | PARTIDO Voltada ao põr-do-sol e om uma vista privilegiada, a casa traz como ponto principal, a integração. O desafio do projeto, foi evocar o conceito de "casa pé na areia", permitindo que o morador pudesse contemplar a vista emm diferentes momentos do dia. Para isso, o escritório optou por usar lementos tadicionais e naturais, propondo um aplo programa. 53
Figura 3.2.2
SITUAÇÃO Localizada nas planícies do interior de São Paulo, em São Carlos, o projeto situa-se num condomínio, ainda pouco construído, mas apenas residencial. Por este fato, existe uma vegetação vasta e densa em seu entorno. Com a topografia elevada, o terreno se conecta a paisagem através das áreas comuns da residência. Figura 3.2.3
54
PROGRAMA No subsolo estão dispostas as áreas de serviço, áreas técnicas e a garagem. No pavimento térreo situam-se as áreas sociais, áreas privativas e uma área de serviço. casa de gás garagem área técnica casa de máquina jardim depósito acessos
cozinha banheiro área de serviço sala de estar + sala de jantar área gourmet sauna suíte master área externa escritório suíte acessos
Figuras 3.2.4 e 3.2.5
55
VOLUMETRIA | MATERIALIDADE Para findar o conceito do projeto, foram usados elementos típicos da Arquitetura Brasileira, como a madeira Freijó, presente nas divisórias e nos paiéis ripados, que abraçam os interiores das áreas comuns, buscano conforto, aconchego e simplicidade. Portas de vidro e madeira recolhem-se atras desses painéis. Na varandaa palha de Taboa é usada no forro da pérgola de madeira Cumaru.
Figura 3.2.7
Com formas curvas, que se contrapõem geometricamente com o restante da Arquitetura, a piscina é revestida com pedra Hijau, remetendo-se à um lago natural. Com uma arquitetura moderna, de linhas retas, a fachada é leve e revestida em pedras de cortes brutos, oferecendo apenas um volume localizado sobre a garagem aberta à rua.
Figura 3.2.8
Figura 3.2.6
56
Figura 3.2.9
Figura 3.2.10
Figura 3.2.12
Figura 3.2.11
Figura 3.2.13
ABERTURAS | FECHAMENTOS Na busca pelo conforto ambiental e térmico, grandes aberturas apreciam a iluminação natural, o que proporciona uma atmosfera ímpar, ligada à contemplação da natureza, sem perder privacidade – solução potencializada graças à topografia elevada do terreno.
Figura 3.2.14
57
ESTRUTURA ▶ Teto verde ▶ Uso de elementos naturais e locais ▶ Circulação de ar cruzada ▶ Paisagismo incorpora a vegetação existente do condomínio
Figura 3.2.16
Figura 3.2.15
58
Figura 3.2.17
Figura 3.2.19
Figura 3.2.18
Figura 3.2.20
59
Figura 3.3.1
60
3.3 Casa Flamenco
ARQUITETOS : BZP Arquitetura LOCAL : São Paulo, Brasil ÁREA CONSTRUÍDA : 1300,0 m² ANO : 2017
CONCEITO | PARTIDO A casa foi projetada para integrar homem/natureza, trazendo equilíbrio entre vida e paisagem. Isso foi viabiliazado através de grandes esquadrias deslizantes que permitem transparência, exposição total dos ambientes e a invasão do verde. 61
Figura 3.3.2
SITUAÇÃO Localizada no Jardim Europa, um popular e sofisticado bairro da cidade de São Paulo, a casa é modernista e aproveita ao máximo seu ambiente tropical e exuberante. Projetada para um casal jovem com dois filhos e para vincular ainda mais a residência de luxo à natureza, os arquitetos incluíram estratégias bioclimáticas para garantir um microclima confortável e de baixa energia. O projeto foi o 1º colocado no Concurso Abilux 2017, na categoria residências.
62
PROGRAMA No pavimento subsolo estão localizadas as áreas de serviço, áreas técnicas e garagem. No pavimento térreo situam-se as áreas sociais, e algumas outras áreas de serviço. No pavimento superior estão dispostas as áreas mais privativas.
casa de máquina
sala multiuso
sala multiuso
suíte
banheiro
garagem + áre para lavagem do carro
área de serviço
depósito
acessos Figura 3.3.3
63
Figura 3.3.4
Figura 3.3.5
64
รกrea externa
escritรณrio
terraรงo
home theater
lavanderia
sauna
รกrea de serviรงo
lavabo
despensa
academia
cozinha
brinquedoteca
banheiro
acessos
Figura 3.3.6
Figura 3.3.7
Figura 3.3.8
floreira floreira suítemaster master suíte suíte suíte salaíntima íntima sala copa copa rouparia rouparia Figura 3.3.9
acessos
65
VOLUMETRIA | MATERIALIDADE A casa tem um estilo contemporâneo, e conta com três pavimentos. Painéis de madeira nogueira dispostas no corredor de circulação que liga o jardim frontal aos espaços de lazer no fundo do terreno, possibilitam que os ambientes ora estejam abertos ao convívio social, ora sejam privativos, a depender das demandas da família. Fachadas revestidas em massa branca, terraços verdes e uso de materiais naturais como pedra, granito rústico, decks, painéis e brises de madeira compõe a volumetria e garantem privacidade e ventilação natural, além de criar uma linda luminosidade interna.
Figura 3.3.10
66
Figura 3.3.11
Figura 3.3.12
ABERTURAS | FECHAMENTOS O projeto contém grandes esquadrias deslizantes de alumínio e vidro, trazendo transparência, que permitem a abertura total do ambiente interno, permitindo a difusão da luz do sol na casa e criando a detecção e integração entre áreas externas e internas. Além delas, existem os brises e painéis de madeira natural, que permitem maior privacidade para as suítes e salas íntimas do pavimento superior, quando for necessário.
Figura 3.3.14
Figura 3.3.15
Figura 3.3.13
Figura 3.3.16
Figura 3.3.17
67
Figura 3.3.18
Figura 3.3.20
ESTRATÉGIAS SUSTENTÁVEIS ▶ Teto verde ▶ Aquecimento solar de água ▶ Circulação de ar cruzada ▶ Paisagismo no interior da residência ▶ Cisterna que coleta água da chuva para irrigação do jardim
Figura 3.3.21
Figura 3.3.19
68
Figura 3.3.22
Figura 3.3.23
Figura 3.3.24
Figura 3.3.25
Figura 3.3.26
Figura 3.3.27
69
Tabela 3.4.1 - estratégias sustentáveis encontradas nas leituras projetuais
1
2
3
Teto verde
X
X
X
Aquecimento solar
X
Deck de madeira plástica
X
Circulação de ar cruzada
X
ESTRATÉGIAS
X
X
X
Uso de elementos naturais e locais Paisagismo no interior da residência
X
Cisterna que capita a água pluvial para irrigação do jardim
X
Vegetação já existente no local, É incorporada no paisagismo
70
X
X
X
Conclusões:
Diretrizes projetuais As três leituras projetuais trazem consigo ótimas As três leituras projetuais trazem pontos bem importantes sosoluções sustentáveis, que servirão também para bre o que é uma habitação ecológica. Todas as estratégias usaideias na minha proposta de Eco House. Visto que das são eficientes e servirão como norte e referências para a são projetos brasileiros e que se situam em lugares minha proposta. com o mesmo tipo climático de Ribeirão Preto, esA distribuição dos programas, as soluções encontradas para sas estratégias serão também bem colocadas para que tivessem uma habitação ecologicamente mais correta e o projeto que será feito para o munícipio, neste trabalho. Assim como as questões de sustentabilidade, a boa distribuição dos programas, nas residências apresentadas anteriormente, dividios em áres de serviçoes, sociais e privativas, servirão como norte e base para a proposta de fluxograma do futuro projeto.
71
Figura 4.1.1
72
4 | O LUGAR 4.1 Histórico de Ribeirão Preto
A
história de Ribeirão Preto foi construída com os frutos da terra roxa, sendo o café o primeiro a ser cultivado e responsável pelo grande desenvolvimento experimentado pela cidade que tornou-se a Capital Mundial do Café. A demanda por mão de obra fez de Ribeirão Preto o destino de imigrantes italianos, japoneses, alemães, entre tantos. Também motivou a vinda da Estação Companhia Mogiana de Estrada de Ferro, em 1883, para o transporte destes. Tudo começou com os mineiros, desbravadores dessa região que praticavam uma agricultura de subsistência, por volta de 1811. Depois, já estabelecidos como fazendeiros, eles foram os doadores das terras para a criação do patrimônio de São Sebastião com a finalidade de manter uma capela em honra do Santo e, assim, cumprir as exigências da Lei da
Terra para legalizar suas propriedades. Em 19 de junho de 1856 foram lavradas as escrituras e demarcado o patrimônio da Igreja. A data é considerada como a da fundação do município, segundo a Lei Municipal 386, de 24/12/1954. O nome Ribeirão Preto veio do córrego que atravessava o então povoado, chamado de Preto. E São Sebastião, o santo venerado pelos primeiros habitantes, tornou-se padroeiro do município. A crise econômica mundial de 1929 encerrou a fase próspera do café na região. Outro ciclo econômico surgiu. As terras foram ocupadas com culturas, como o algodão e frutas. E, aos poucos, a cana-de-açúcar foi reintroduzida. Após 1960, a região era um “mar de cana” e transformada na maior produtora mundial de cana-de-açúcar.
A história de Ribeirão Preto diz que a liderança reconquistada com a ascensão do açúcar e do álcool no mercado mundial, e sendo a região maior produtora nacional, a capital do nordeste paulista experimentou o crescimento em outros setores da economia. As receitas do agronegócio convergiram para as cidades da região, em especial para Ribeirão Preto, promovendo prosperidade. Ribeirão desenvolveu drasticamente o comércio e a prestação de serviços tornando-se um centro de atração na região. A denominação “Califórnia Brasileira” à região surgiu na década de 80, no relato de um jornalista do Jornal do Brasil, Ricardo Kotscho, enviado para uma reportagem especial sobre os efeitos da indústria do açúcar e do álcool na vida econômica dessas cidades. A região estava se transformando no maior centro 73
produtor do mundo com mudanças marcantes na paisagem rural e urbana de Ribeirão Preto e suas vizinhas.
4. 2 Contextualização
Densidade demográfica:
Localizada no Nordeste do estado de São Paulo e a 315,4 km da capital, Ribeirão Preto é o nono maior município no estado, com uma área total de 650.916 km². Há 650,339 habitantes que vivem na cidade (IBGE 2013) e o PIB é de US $ 7,5 bilhões, o 28˚do país e representa 0,46% da nação (IBGE 2010). O clima é definido como tropical úmido. População residente:
Mulheres - 52% Até 19,7 hab/km² Até 38,99 hab/km² Até 110,38 hab/km²
Homens - 48%
+ que 110,38 hab/km²
▶ Densidade demográfica : 928,92 hab/km² Figura 4.2.1
74
Figura 4.2.2
Rendimento nominal mensal:
Arborização de vias públicas:
Sem rendimento - 135.017 Até 1 salário mínimo - 73.349 + de 1 a 3 salários mínimos - 201.667 + de 3 a 5 salários mínimos - 55.500 + de 5 a 10 salários mínimos - 39.887 + de 10 a 20 salários mínimos - 16.353 + de 20 salários mínimos - 8.097 Até 81,6% Até 95% Até 98,4%
▶ Arborização de vias públicas : 92,5%
Mais que 98,4%
Figura 4.2.4
Ribeirão Preto é a cidade do interior de São Paulo, com mais de 600 mil habitantes, que tem a melhor colocação no programa “Município Verde Azul”. Segundo a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, 645 municípios foram avaliados pelas ações desenvolvidas na área ambiental e o desempenho em dez itens que regem o programa. Figura 4.2.3
75
De acordo com a secretária municipal do Meio Ambiente, Mariel Silvestre, foram avaliadas ações voltadas à recuperação da mata ciliar, esgoto tratado, habitação sustentável, conselho de meio ambiente, lixo, arborização urbana, estrutura ambiental, educação ambiental, uso da água e qualidade do ar. Por mais que os dados apresentados anteriormente pareçam animadores, de acordo com o estudo realizado pela USP (Universidade de São Paulo) , apenas 16,7% da área urbana de Ribeirão Preto é preenchida por árvores. O levantamento da USP, apontou que há uma proporção de aproximadamente 55m² de área verde por habitante, 4,5 árvores para cada morador. A região Oeste do município é a que tem a situação mais crítica, com apenas 12,7% de cobertura arbórea. Cobertura arbórea por região de Ribeirão Preto:
Ao analisarmos o diagrama de porcentagem da cobertura arbórea das regiões de Ribeirão Preto, percebemos que o município está abaixo do normal e indicado, visto que o ideal, segundo especialistas, seria que o percentual fosse de, no mínimo, entre 20% e 30%, para que a cidade pudesse sentir os benefícios, falando apenas do clima, sem contar que elas também contribuem par a qualidade do ar, de vida, oferece abrigo aos animais e é até um antiestresse. Além disso, o município apresenta outra situação, por situar-se nos trópicos, seu relevo nao propicia boa cirulação dos ventos, agravando ainda mais a problemática citada acima.
4.3 Jardim Canadá A seleção da área de intervenção foi pautada em diversas questões, que serao levadas em consideração no projeto e mais tarde expostas através do mapa.
Norte
Figura 4.2.5
76
Sul
Leste
Oeste
Localizado no Subsetor Sul do município de Ribeirão Preto, o Bairro Jardim Canadá situa-se paralelo à uma das principais avenidas da cidade, onde concetram-se inúmeras propriedades de prestação de serviço e comércio, em grande escala e à 13 min do centro .
Figura 4.3.1
77
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Ola ia Acosta
Av .A dol fo
co Molina
L
z
a Br
iúsa João F . f o r P Av.
v. A
Bian
ni
O Av. Presidente Vargas
onso C s lo Car Av.
Figura 4.3.2
78
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Condições ambientais PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Analisando o mapa ao lado, podemos notar que a topografia no Bairro Jardim Canadá é mais plana, e vai se acidentando com maior incidência conforme se aproxima do Bairro Jardim Nova Aliança. Ponto muito importante e que foi levado em consideração na seleção da área, visto que por razão de tal fato, para implantação do projeto que será proposto, será necessária uma menor movimentação de terra, que permitirá que não haja uma modificação brusca do ambiente atual, e que o projeto seja ainda mais sustentável, já que a sustetabilidade deve começar na implantação do projeto e ir até sua execução. Legenda:
Declividade:
Curso d'água
Ponto mais alto
Direção do vento
Ponto mais baixo
Área de intervenção
20
N
100 50
200
79
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Ola ia Acosta
Av .A dol fo
co Molina
z
a Br
a ão Fiús o J . f o Av. Pr
v. A
Bian
ni
Av. Presidente Vargas
onso C s lo Car Av.
Figura 4.3.3
80
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Uso do solo PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
O terreno selecionado encontra-se em ponto estratégico, já que situa-se num bairro predominantemente residencal, consequentemente com menos fluxo de carros e poluição sonora e do ar, mas próximo da Avenida Presidente Vargas, onde existem muitos comércios e prestações de serviço, e também do Ribeirão Shopping, servindo então de apoio aos moradores deste bairro. Além disso, muitos lotes encontram-se vazios próximos à área residencial, e muitos subutilizados próximos a Avenida, que estão servindo de estacionamentos para a área mais comercial. Legenda:
20
Vazios
Residência
Comércio
Prestação de serviço
Instituição
Área de intervenção
N
100 50
200
81
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Ola ia Acosta
Av .A dol fo
Bian
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az
v A
Fiúsa . João f o r P . Av
r .B
ni
Av. Presidente Vargas 82
so Con s o l Car Av.
Figura 4.3.4
Equipamento urbano | Vegetação PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
O terreno selecionado encontra-se em ponto estratégico, já que situa-se num bairro predominantemente residencal, consequentemente com menos fluxo de carros e poluição sonora e do ar, mas próximo da Avenida Presidente Vargas, onde existem muitos comércio e prestações de serviço, e também do Ribeirão Shopping, servindo então de apoio aos moradores deste bairro. Escala de bairro:
Escala de cidade: Escritório
Polícia Federal
Centro empresarial
Hotel
Lavanderia
Revendedora de carros
Pet shop
Escola
Lava rápido
Shopping
Loja
Estação de rádio
Prédio comercial
Área de intervenção
Restaurante 20
N
100 50
200
83
Ola ia Acosta
Av .A dol fo
Bian
co Molina
az
v A
iúsa João F . f o r P Av.
r .B
ni
Av. Presidente Vargas
so Con s o l Car Av.
Figura 4.3.5
84
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Gabarito | Sistema Viária PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Em quase toda a extensão do bairro, as casas são térreas e até dois pavimentos, sendo as edificações mais altas concentradas na área comercial e de prestação de serviço, localizadas mais próximas a Avenida Presidente Vargas. Levando isso em consideração, concluímos que por não existirem muitas barreiras, o microclima do lugar torna-se mais agradável e permite também que o sol alcance as casas, fazendo com quem o bairro tenha uma condição salubre. Tipologia:
20
Mobilidade: Avenidas implantadas
1 e 2 pav.
Pontos de ônibus
3 e 4 pav.
Área de intervenção
5 ou + pav.
N
100 50
200
85
4.4 Área de intervenção
DADOS
ZONEAMENTO
ZUP - Composta pelas áreas internas ao anel viário formado pelas rodovias Anhanguera, Antonio Machado Sant`Anna, Antonio Duarte Nogueira e Alexandre Balbo, dotadas de infraestrutura e condições geomorfológicas propícias para urbanização (formação da Serra Geral), de acordo com o descrito no Anexo III - B desta lei;
lli
596 597 598 599 600 601 602 603 604 605 606
86
JARDIM CANADÁ
e Cantar
Melo Costa a d é s o Rua J
Figura 4.4.1
Tabela 4.4.1 - Legislação
c
omildo Rua R
uebe Rua Q
Rua
Mon
trea l
O terreno selecionado situa-se entre as ruas: Romildo Cantarelli, Quebec, José da Costa Melo e Montreal. Seu acesso se dá ravés da Rua Romildo Cantarelli, e o mesmo encontra-se atualmente em situação de vazio. Seu entorno é em sua maioria contituído por residências de 1 á 2 pavimentos, mas o lote à esquerda encontra-se também em situação de vazio.
Com declividade de apenas 1 metro dentro de seu perímetro, o terreno sofrerá pouca multação, o que influenciará na sustentabilidade do projeto, acarretando em uma menor poluição durante a obra.
RECÚOS DO LOTE
N
- Frontal : 5,00 m. - Laterais: nas divisas com lotes, será no mínimo 1,50m (de cada lado). - Laterais: nas divisas com Parques Internos, será no mínimo 3,00m. • Fundos: 3,00m (Parques Internos)
TAXA DE OCUPAÇÃO
50% (1/3 edificação principal e 1/6 edícula)
ALTURA MÁXIMA
Dois pavimentos, mais sótão, ático e porão.
OBSERVAÇÃO
No recuo lateral obrigatório para imóveis residenciais, poderá encostar edícula desde que afastada 2,00
5 | O PROJETO RESPONSÁVEL PELO PROJETO : Sara P. Peres LOCAL : Ribeirão Preto, Brasil ANO : 2020
87
5.1 Fluxograma e programa
LAVANDERIA
COPA
ENTRADA
SUÍTE 1 GARAGEM
SALAS DE ESTAR + COZINHA
ESCRITÓRIO
ÁREA DE LAZER SUÍTE 2
BHO SOCIAL
SPA
CONTEMPLAÇÃO
DESPENSA
SUÍTE 3
HORTA
88
Figura 5.1.1
5. 2 Programa
PROGRAMA
DIMENSIONAMENTO
GARAGEM
40,25 M2
SALAS DE ESTAR + COZINHA
160,33 M2
COPA
9,50 M2
LAVANDERIA
7,84 M2
BHO SOCIAL
4,64 M2
SAUNA
6,40 M2
DESPENSA
4,42 M2
ÁREA DE LAZER
152,81 M2
HORTA
8,80 M2
SUÍTE 1
40,55 M2
ESCRITÓRIO
18,25 M2
SUÍTE 2
57,51 M2
Área do terreno: 750,7 m²
SUÍTE 3
34,21 M2
Área com recúos mínimos: 489,84 m²
82,59 M2
Área ocupada pela edificação atual: 361,9 m²
ÁREA DE CONTEMPLAÇÃO
GSPublisherVersion 0.92.100.100
Tabela 5. 2.1 - Dimensionamento
Figura 5.2.1
Corte no terreno 89
5.3 Conceito e Partido Laje Verde: retém água da chuva e permite um conforto climático dentro da casa, além de melhorar a qualidade do ar.
Cobogó Laje Verde
Madeira Reflorestada
Cobogó: feitos de Madeira Reflorestada, ele permite a entrada controlada de luz natural no interior.
Placas Fotovoltáicas
Placas Fotovoltaicas: energia renovável e limpa.
Concreto + Placa EPS
Cisterna: reduz o gasto de água potável, já que armazena água da chuva para que seja reaproveitada.
Cisterna
Vidro DVH
Horta Pedra Natural
Estrutura Metálica Pedra Natural
Deck Ripado
Figura 5.3.1
GSPublisherVersion 0.93.100.100
Madeira Plástica
Bambu
O conceito do projeto, é trazer para dentro do lar a natureza, e fazer com o homem se conecte a ela tanto através vegetação, quanto de técnicas que contribuam para que existam menos impactos no meio ambente. Isso se concretiza e se reafirma nas escolhas de materiais, sistemas construtivos e estratégias sustentáveis.
90
Vidro DVH: são dois vidros que possuem um espaço entre si, que permitem o isolamento acústico e térmico, controlando também a entrada da luz solar. Horta Orgânica: gera manutenção da biodiversidade e preservação dos recursos naturais. Estrutura Metálica: menor tempo de execução, maior limpeza da obra, facilidade de transporte e manuseio, menor carga dispensada na fundação, reaproveitável e de fácil montagem. Deck de Madeira Plástica: ajuda na preservação da natureza, é um material reciclável e de baixa manutenção Ripado de Bambu: o bambu é um material que rapidamente se recompõe na natureza, e é bastante resistente à intempéries Pedra Natural: ótima opção de revestimento, traz a sensação de natureza inserida. Concreto aparente + Placa de EPS: de fácil manuseio e reduz o consumo de energia porque possui baixa condutividade térmica.
n 0.93.100.100
Inserção no terreno
Figura 5.3.3
Figura 5.3.4
Figura 5.3.2
Direção dos ventos Nascer do sol Pôr do sol
Com o a incidência solar mais forte na parte frontal e fundo da edificação, foram trabalhadas grandes esquadrias nas laterais da residência, que se abrem e se fecham totalmente para o exterior, permitindo total integração com ele, e em certo momento total privacidade. Consequentemente, com a direção dos ventos apontada para estes lados, a ideia de grandes aberturas permite que o ar circule de forma livre o interior dos ambientes, trazendo conforto climática no seu interior. 91
Setorização e Acessos
Figura 5.3.6
Áreas Íntimas Áreas de Serviço Áreas Sociais Acessos
Figura 5.3.5 Figura 5.3.7
GSPublisherVersion 0.93.100.100
O projeto foi setorizado da seguinte forma: no térreo, onde é de mais fácil acesso, estão situadas as áreas sociais (salas, cozinha, área de lazer, horta, garagem, bho social e sauna), e as áreas de serviço (copa, lavanderia e despensa). No pavimento superior ficaram as áreas mais íntimas (suítes, escritório e área de contemplação), para garantir total privacidade aos moradores. O acesso á residência se da por meio da rampa da garagem, da escada principal que situa-se na fachada frontal e pela escada lateral que leva direto á área social externa. Há uma circulação vertical na área social interna, que conecta o volume térreo ao superior. Na fachada lateral do pavimento superior, existe uma escada que dá acesso à cobertura, para manutenção da laje verde. 92
Sistema estrutural Sold
ap ara fixa viga r as s no s pi lare s
rfi
Pe m
m
0c
2 0x
o2
sã
en
Di
lI
Perfil H
Figura 5.3.8
Dimensão 20x20cm
GSPublisherVersion 0.93.100.100
O sistema construtivo foi definido durante o projeto, buscando a melhor solução para uma execução simples, maior limpeza durante a obra, sem desperdício de materiais, com maior facilidade no transporte e manuseio, menor carga dispensada na fundação, e que fosse de fácil montagem. A estrutura metálica sana todos esses quesitos, além de permitir que existam maiores vãos, que ajudaram a desenvolver a planta de forma mais livre quando desejada. O concreto combinado com as Placas de EPS, garantem redução do consumo de energia, visto que é um material com baixa condutividade térmica, permitindo que o microclima no interior da residência seja confortável, além de garantir um dos requisitos das estratégias sustentáveis visadas. GSPu blisher Versio n 0.9 3.100. 100
e ra d ão uiç trib
Figura 5.3.9
du rma
A
dis
Ca
pa
de
Co
nc
re
to
Vigota treliçada L=15cm
Placa de EPS (isopor)
Figura 5.3.10
93
Vegetação e Circulação Em todo o entorno da residência existe uma vegetação abundante, permitindo que haja uma barreira entre o morador e seus vizinhos, e também colaborando no clima, biodiversidade e beleza do projeto. Em baixo da escada situada no pavimento térreo, existe um jardim, que traz a sensação de proximidade entre homem e natureza. O piso externo do pavimento superior, é uma laje verde, que trará beneficíos de conforto ambiental, e permitirá que das áreas de descanso situadas neste pavimento, as pessoas possam contemplá-la A cobertura também é verde, para que o microclima das áreas de descanso também seja agradável. A circulação no pavimento térreo se dá em sua maioria de forma livre, já que os ambiente das salas de estar, jantar e cozinha são totalmente integrados, e se conectam diretamente com a área de lazer, quando suas duas laterais se abrem totalmente, quase que formando um ambiente único, permitindo que a natureza entre para dentro da residência.
Figura 5.3.11
GSPublisherVersion 0.93.100.100
Circulações Laje verde e Vegetação 94
A circulação no pavimento superior, é mais direcionada, já que os cômodos dispostos neste piso, necessitam de maior privacidade e consequentemente de fechamentos que o separem.
RUA ROMILDO CANTARELLI
1
B
S D
2
3
15
13
12
14
7
9
8
11
10
6
5
4
1
3
2
S
16
1
17
Figura 5.3.12
18 19 D
4 9
S
A
A
D
4
2
Figura 5.3.12
Figura 5.3.13 5
7 6
10 8
3
Implantação Esc: 1/200 Figura 5.3.15 Figura 5.3.14
GSPublisherVersion 0.94.100.100
B
N 95
RUA ROMILDO CANTARELLI
5.4 Plantas
1
B
S D
2
3
15
11
13
12
14
7
9
8
10
6
5
4
1
3
2
S
16
1
17 18 19 D
4 9
S
Figura 5.4.2
A
A
D
4
2
5
7 6
10 8
Figura 5.4.3
1: Garagem 2: Copa 3: Lavanderia 96
4: Salas de estar + Sala de jantar + Cozinha
7: Despensa
5: BHO Social
9: Área de lazer
6: Sauna
10: Cisterna
3
8: Horta Planta Baixa - Térreo Esc: 1/200
N
B
Figura 5.4.1
1
B
15
11
13
12
14
7
9
8
10
6
5
4
1
3
2
S
16
12
17
11
18 19 D
13
A
Figura 5.4.5
A
4
2
14
15
Figura 5.4.6
3
B
Planta Baixa - Supecior
N
Esc: 1/200 Figura 5.4.4
11: Escritório
13: Suíte 2
12: Suíte 1
14: Suíte 3 15: Área de contemplação
97 Figura 5.4.7
5.5 Cortes e elevações DET. 1 +6,55
O telhado verde é constituído basicamente de 6 camadas diferentes parar compor sua estrutura. Cada uma delas possui uma função e resulta na sinergia da captação da água da chuva e do calor do Sol no sistema como um todo, mantendo assim a vida da terra e das plantas.
13 15 +3,50 +3,25
4
0,00
-0,10
9 DET. 2
Corte AA Esc: 1/100 Figura 5.5.1
DET. 1 :
Laje Verde : Vegetação Solo Tecido Permeável Sistema de Drenagem Membrana à prova d'água Laje
98
Figura 5.5.2
Para começar, uma membrana à prova d’água é colocada para que toda a região do teto fique protegida contra a umidade. Depois de impermeabilizada é a vez da camada do sistema de drenagem da água. Em cima dela, o tecido permeável permite a colocação da terra, que vai absorver a água da chuva que cai na primeira camada de vegetação.
DET. 1 +6,55
13
11
14
15
+3,50 +3,25
2
4
6
8
0,00
-0,10
Figura 5.5.3
DET. 2
10
Corte BB Esc: 1/100
DET. 2 :
A cisterna funciona da seguinte maneira: a água da chuva passa pelas calhas e é levada ao filtro, que elimina resíduos, seguindo para dentro do reservatório. Nele, há um freio d’água que impede que a entrada de água agite o seu conteúdo. Quando a cisterna estiver cheia, o excesso de água é automaticamente descartado através de um cifrão ligado diretamente na tubulação de água pluvial do sistema.
Saída para bomba
Filtro
Sifão ladrão Conjuntro de sucção Freio d'água
GSPublisherVersion 0.93.100.100
Figura 5.5.4
Para captar o conteúdo do interior da cisterna, com auxílio de uma bomba e conjunto de sucção, a água é levada para caixa de água superior, por onde passa por outra filtragem para deixá-la ainda mais limpa. Ao armazená-la, a água poderá ser utilizada para descargas de banheiros, regadores de jardim, lavagem de pisos ou carros, entre outros usos secundários. 99
Elevação 1 Figura 5.5.5
100
Elevação 2 Figura 5.5.6
Elevação 3 Figura 5.5.7
Elevação 4 Figura 5.5.8
101
5.6 Maquete
102
103
104
105
5.7 Apêndice 1
RUA ROMILDO CANTARELLI
B
B
1,50 2,435
17,00
1,00 1,50
5,50 2,5049
1
S 15
11
13
12
14
7
9
8
10
6
5
1
3
2
7,985
4
6,75
S
16
SUÍTE 1 17
+3,50
ESCRITÓRIO
18
+3,50 2,68
19 17,00
1,40 3,59
2,24
1,50
27,83
D 3,495
D
4,25
LAVANDERIA
0,70 3,00
2,2386 3,00
+0,00
0,70 3,00
+0,00
6,805
COPA
16,295
P 0,00
S
3,08
6,00
15
13
12
14
7
9
8
11
6
10
5
4
1
3
2
1,20 3,00
16
2,4988 3,00
1,50
SUÍTE 2 +3,50
17
GARAGEM
18
+0,00
19 5,75
D
A
A
21,83
7,00
4
2
6,235
4,94
1,04 25
2,17
S 2,905
A
5,4043 3,00
1,485
17,755
A
6,2806 3,00
3,08
3,755
D
4
2 SUÍTE 3 +3,50
SALA DE ESTAR + SALA DE JANTAR + COZINHA
12,5568 3,00
+0,00
-0,10
5,485
ÁREA DE LAZER
1,50
1,00
6,235
18,80
12,553 3,00
2,50
1,50
7,1525 3,00 6,2686 3,00
ÁREA DE CONTEMPLAÇÃO 25,295
+3,25
11,50
2,285
0,70 3,00
0,70 3,00
8,00
3,00
2,30
BHO SOCIAL
DESPENSA
-0,02
+0,00
3
B
2,01
SAUNA +0,00
Planta Baixa - Térreo
HORTA -0,10
8,49 1,035
Esc: 1/200
1,50
3,0025 3,00
2,195
N
3
B
Planta Baixa - Superior Esc: 1/200
N
2,80
0,25
+6,55
0,25
+3,25
3,00
6,90
0,25
+3,50
-0,10
1,86
0,25
0,10
+0,00
0,125
Corte AA
0,12
1,725
5
0,125
Esc: 1/100
2,15
+8,70
+3,50 +3,25
-0,10
0,35
+0,00
0,10
3,00
0,25
6,55
0,25
3,05
+6,55
0,125
Esc: 1/100
1,90
Corte BB 0,125
1,725
0,125
107
Bibliografia
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109