Saúde S/A - Ed.02

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A REVISTA DOS LÍDERES DA ÁREA DE SAÚDE ISSN 2179-7013

9 772179 70100 2


PREJU


EXPEDIENTE

EDITORIAL

EDITORA CHEFE Andréa Cristina Machado

“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de agir, mas um hábito” - Aristóteles.

REDAÇÃO Ana Maria Neumann Leandro Espínola Araújo Abecassis

Realmente, sempre que nos dedicamos com afinco e amor sobre um objetivo, conseguimos alcançar a almejada excelência. Assim, é com muito orgulho que apresentamos a você, líder do mercado de saúde, a nova Revista Saúde S/A. Digo nova, pois, apesar de ser apenas a número 2, nos dedicamos a reestruturá-la completamente, apresentando um layout mais moderno e agradável e aprofundando ainda mais os conteúdos abordados. Por seu mérito, temos a satisfação de apresentar também os importantes nomes que já se somam a nosso conselho editorial, que agora ajudam nossa redação na hora de propor abordagens plurais sobre cada tema. São eles:

UÍZO DIREÇÃO DE ARTE Vítor Forte Renan Dequech Ferreira

CONSELHO EDITORIAL Dr. Benno Kreisel Dr. Henrique Moraes Salvador Silva Dr. Eudes de Freitas Aquino Dra. Iolanda Ramos Dr. José Reinaldo N. de Oliveira Jr. Dr. Luiz Fernando Buainain Dr. Arlindo de Almeida Deputado Federal Darcísio Perondi Wagner Marques

Dr. Benno Kreisel - vice-presidente da FBH Federação Brasileira de Hospitais

Dr. Henrique M. Salvador Silva - Presidente do Conselho Deliberativo da Anahp Associação Nacional de Hospitais Privados

Dr. Eudes de Freitas Aquino - Presidente da Unimed do Brasil Dra. Iolanda Ramos - Presidente da Unidas União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde

Dr. José Reinaldo Nogueira de Oliveira Júnior - Presidente da CMB

CONSELHO TÉCNICO- CIENTÍFICO Dr. Edison Tizzot Dr. Marcos Pimenta Dra. Telma Gobbi

Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas

PRODUÇÃO GRÁFICA André Luiz Graboski

Associação Brasileira de Medicina de Grupo

COLUNISTAS Marcelo Maulepes Liliane Barreiros Eduardo Correia de Almeida DIRETOR DE NEGÓCIOS Luiz Coelho comercial@ntpartners.com.br.

Dr. Luiz Fernando Buainain - Presidente da Abafarma Associação Brasileira do Atacado Farmacêutico

Dr. Arlindo de Almeida - Presidente da Abramge Deputado Federal Darcísio Perondi - Presidente da Frente Parlamentar da Saúde Wagner Marques - Presidente do Grupo ECOM Continuamos investindo em uma revista leve e criativa que pode ser lida com prazer por nosso público. As três áreas que compõem nossa linha editorial, NEGÓCIO SAÚDE, GESTÃO e CULTURA E LAZER, tornam a Saúde S/A uma revista que vai além dos temas técnicos. Como sempre vale salientar que, se esta revista está em suas mãos, este é um sinal claro de que você foi reconhecido como um importante líder da área de saúde no Brasil. Boa leitura, Andréa Machado Editora-chefe Edição nº 2. ano 1 Publicação trimestral Circulação dirigida Tiragem de 6000 unidades

GERENCIAL um produto:

Envie suas sugestões, comentários e assuntos de seu interesse para: expediente@revistasaudesa.com.br www.revistasaudesa.com.br As opiniões manifestadas nas entrevistas e nas colunas publicadas na Revista Saúde S/A são de inteira responsabilidade de seus respectivos autores.

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EXPEDIENTE

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“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de agir, mas um hábito” - Aristóteles.

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Realmente, sempre que nos dedicamos com afinco e amor sobre um objetivo, conseguimos alcançar a almejada excelência. Assim, é com muito orgulho que apresentamos a você, líder do mercado de saúde, a nova Revista Saúde S/A. Digo nova, pois, apesar de ser apenas a número 2, nos dedicamos a reestruturá-la completamente, apresentando um layout mais moderno e agradável e aprofundando ainda mais os conteúdos abordados. Por seu mérito, temos a satisfação de apresentar também os importantes nomes que já se somam a nosso conselho editorial, que agora ajudam nossa redação na hora de propor abordagens plurais sobre cada tema. São eles:

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CONSELHO TÉCNICO- CIENTÍFICO Dr. Edison Tizzot Dr. Marcos Pimenta Dra. Telma Gobbi

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ÍNDICE | Saúde S/A 02

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ÍNDICE NEGÓCIO SAÚDE 08 Medicina Baseada em Evidências 12 Piratas da Saúde 16 CAPA - Prevenção é o Melhor Remédio? 24 PEP - Prontuário Eletrônico do Paciente 26 Antibióticos

GESTÃO 28 Lugar de Mulher é na... chefia! 32 Universidades Corporativas 35 Coaching - Quem tem Medo de Fantasmas? por Marcelo Maulepes 36 Planejamento Estratégico 40 Liderança - Talentos x Tralhentos por Eduardo Almeida 42 Personalidade em Destaque: Dr. José Luiz Gomes do Amaral 46 Solidariedade sem Fronteiras

CULTURA & LAZER 50 Hobby - Motociclismo 56 Negócios e Prazer - Roma 62 Design de Interiores - Adeus Monotonia por Liliane Barreiros. 66 Direto do iPad 70 Branquinho Básico 74 Agenda

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ÍNDICE | Saúde S/A 02

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NEGÓCIO SAÚDE | Saúde S/A 02

MEDICINA BASEADA EM

EVIDÊNCIAS Como a medicina baseada na ciência pode trazer o melhor custo-efetividade em prol da ética dos profissionais da área médica. Iniciado nos anos 90, o movimento em favor da Medicina Baseada em Evidências (MBE), consiste de um processo sistemático que utiliza diversas ferramentas como a metodologia científica, estatística, epidemiologia clínica e a informática para trabalhar a pesquisa e o conhecimento com a missão de influenciar as condutas médicas, integrando a experiência clínica às melhores evidências, contribuindo para a redução das incertezas nas tomadas de decisão dos profissionais da área médica. Apesar de recente, este novo paradigma de metodologia de pesquisa vem se concretizando cada vez mais na área da saúde como uma ferramenta para a sustentabilidade do custo-benefício em operadoras, hospitais, sistemas públicos de saúde e para a manutenção da saúde dos pacientes.

A instituição que mais trabalha no desenvolvimento deste novo método é a Colaboração Cochrane, uma entidade internacional sem fins lucrativos que organiza, mantém e assegura o acesso a revisões sistemáticas relacionadas às consequências das ações intervencionistas na área da saúde. A seção brasileira da entidade surgiu em 1996, com a implantação do Centro Cochrane do Brasil, ligada à Universidade Federal de São Paulo, realizando ensaios e pesquisas clínicas, além de promover cursos, treinamentos e simpósios de revisão sistemática e metodologia de pesquisa para o melhor modelo terapêutico. Em entrevista à revista Saúde S/A, o diretor do Centro Cochrane do Brasil, Dr. Álvaro Nagib Atallah, explanou como este método visa priorizar a qualidade científica:

SAÚDE S/A - Quando e como surgiu este método? ÁLVARO NAGIB ATALLAH - Antes a medicina baseava-se na autoridade do médico. Ao longo dos últimos 250 anos começaram a fazer estudos comparativos de isenção para saber qual conduta era melhor. Progressivamente a medicina começou a se basear na ciência e não somente na experiên experiência, sem métodos e sistemática de profissionais. Para se ter uma idéia em 1910 os médicos nos EUA se formavam em seis semanas. Aos poucos foi se valorizando os estudos comparativos com qualidade, atenção com tamanho de amostra adequada, com critério de inclusão dos pacientes nos estudos, com medidas de desfechos, trazendo benefí benefícios convincentes. Não adianta fazer pesquisa in vitro em animais e depois querer passar isso para o homem.

Dr. Álvaro Nagib Atallah

Diretor do Centro Cochrane do Brasil.

S/A - A Medicina Baseada em Evidências seria uma solução de custo efetividade para a área da saúde? ATALLAH - Há muita confusão nesta área, muita gente que custonão conhece a MBE, acha que basta fazer estudos de custo benefício. Você pode ganhar um prêmio Nobel por isso e mortalidescobrir que o tratamento era inseguro, que causa mortali dade ou danos inaceitáveis e tem que jogar o estudo no lixo. continua

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NEGÓCIO SAÚDE | Saúde S/A 02

S/A - O que garante o resultado das pesquisas de MBE? ATALLAH - O nosso conceito de efetividade é o funcionamento do processo no mundo real, com simplicidade, custo baixo. Agora, com a criação da MBE, passou-se a examinar melhor a qualidade da informação científica, antes que ela seja levada para a prática. Um conceito mal definido ou um excesso de crença em algum modelo terapêutico pode causar um prejuízo de bilhões de dólares e pode custar milhões de vidas. A medida que usa-se evidências, aumenta-se a convicção do que deve ou não ser feito e a decisão passa a ser mais efetiva. O Centro Cochrane, fundado em 1993, é a melhor fonte de evidências de tomadas de decisão na saúde. Essa é a afirmação das melhores revistas médicas atuais.

S/A - O viés científico da MBE não contribui para uma certa desumanização da saúde? ATALLAH - Isso é uma bobagem. Não há nada mais antiético que tratar alguém com um procedimento que você não sabe se é seguro e não funciona. E a MBE consiste em formular perguntas, buscar a melhor evidência científica, explicar para o paciente os riscos e os benefícios de cada opção. O médico e o paciente devem tomar a decisão em conjunto.

Uma instituição nacional que acredita neste novo conceito é a Unimed, que através da sua fundação criou em novembro de 2005, a Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências (CTMBE). O órgão tem como objetivo a discussão e a revisão de documentos relacionados a estudos de procedimentos e tecnologias da área médica, de forma a dar suporte científico para que médicos cooperados e auditores do sistema possam tomar decisões mais corretas. A MBE não pode ser considerada um livro de receitas, que deve ser seguido à risca, mas sim um roteiro de orientação, pois mesmo que sofram da mesma doença, cada paciente possui um quadro de saúde individual e específico. Em muitos casos, a MBE pode não colaborar com a redução dos custos, uma vez que os procedimentos indicados através do conhecimento adquirido podem ser justamente os mais caros. Então, partindo desta premissa, a MBE não é uma ferramenta para redução dos custos, mas sim uma ferramenta que contribui para uma maior precisão dos diagnósticos e tratamentos médicos, sendo fundamental para a busca de resultados melhores, visando a recuperação e a qualidade de vida dos pacientes. Para o Dr. Carlos Augusto Cardim de Oliveira, Gestor de Custos Assistenciais da Unimed-SC, o conceito de medicina baseada em evidências não pode ser considerado uma solução para o custo-efetividade da saúde. “Não se pode falar em solução única e definitiva, mas é a grande arma para tornar mais eficiente a aplicação de recursos em saúde”. De acordo com as diretrizes da Câmara Técnica de MBE da Unimed, a prática deste conceito não despreza a experiência médica, apenas agrega mais informações científicas, de forma a unificar as duas experiências, para que o profissional médico possa tomar decisões mais precisas, reduzindo potencialmente os riscos de erros médicos. Cardim explica que a câmara funciona com a participação de médicos e outros profissionais da área com formação em MBE: “Os profissionais de vários estados realizam pesquisas em bases de dados buscando as melhores evidências disponíveis sobre os temas levantados e reúnem-se para a aprovação dos documentos finais. Como cada estudo demanda bastante tempo, esta metodologia evita o retrabalho e aumenta a produtividade, além de melhorar a

qualidade das recomendações produzidas”. Existe uma série de critérios estabelecidos para a avaliação crítica da literatura médica, que se fundamentam no conhecimento da melhor metodologia de delineamento e execução de um estudo científico para cada uma das situações que se pretende estudar (diagnóstico, tratamento, prognóstico), dentre eles: definição da amostra, delineamento do estudo, controle dos vieses e análise estatística. A Unimed estimula os seus médicos credenciados a praticarem a MBE, através de orientações que vão desde uma simples e franca conversa com os seus pacientes estimulando assim sua participação no processo. No Brasil algumas faculdades de Medicina, como a Universidade Federal de São Paulo já estão reformulando suas grades curriculares para dar mais espaço e maior visibilidade à Medicina Baseada em Evidências. A UFSP, oferece na sua grade de matérias extracurriculares a disciplina de Medicina Perinatal Baseada em Evidência. Este novo conceito de alinhamento entre experiência médica e científica vem sendo estudado e repassado em diversas instituições de ensino superior espalhadas pelo país, contribuindo para que os profissionais de saúde busquem constantemente a melhoria do seu desempenho profissional. A União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde – UNIDAS, também oferece um curso de capacitação em MBE para gestores de saúde, evidenciando a importância deste conceito no processo de tomadas de decisão referentes às mais diversas áreas: econômicas, éticas, legais e de qualidade na assistência médica. Mesmo sendo um conceito ainda em fase de difusão na área médica e implantação na área de gestão em saúde, a MBE promete revolucionar o modo como os profissionais médicos e os gestores visualizam a saúde atualmente, principalmente na saúde pública, onde uma maior eficácia de resultados, tratamentos e procedimentos pode significar a médio e longo prazo senão uma redução de custos, um melhor aproveitamento em setores mais carentes do próprio sistema, garantindo desta forma a melhoria no atendimento, no diagnóstico e no tratamento dos pacientes.

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S/A - O Ministério da Saúde tem investido em MBE? ATALLAH - Muito. Nos últimos seis anos fizemos 65 revisões para o Ministério. O órgão também tem encomendado pesquisas e confirmações de evidências a outros grupos que trabalham e estimulam a Medicina Baseada em Evidências.

IMAGENS: ASSESSORIA DE IMPRENSA / SHUTTERSTOCK



NEGÓCIO SAÚDE | Saúde S/A 02

PIRATAS DA SAÚDE Crescimento nas apreensões de medicamentos falsificados e de equipamentos contrabandeados alertam autoridades e indústrias do setor.

Foi-se o tempo em que piratas aterrorizavam os sete mares, saqueando embarcações, causando pânico aos tripulantes e pesadas perdas financeiras aos grandes reinos do Velho Continente. Hoje o mundo mudou e o conceito de pirataria também ganhou contornos mais modernos, abandonando os mares e invadindo a terra firme.Agora eles encontraram formas mais modernas e muito mais rentáveis, seja pirateando, falsificando ou contrabandeando CDs, DVDs, roupas de grife, equipamentos eletrônicos. Atualmente, medicamentos e equipamentos da área da saúde têm sido o alvo preferencial dos piratas, que mesmo com o crescimento no número de apreensões realizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e pelos demais órgãos de segurança, esses crimes têm causado grandes prejuízos para o setor industrial, assim como para a saúde e o bem estar de milhões de brasileiros. Apesar do constante controle do Estado na fiscalização destes produtos, vários órgãos vêm se organizando e apresentando novas propostas e ferramentas no combate à pirataria de medicamentos e produtos da área de saúde. A ANVISA anunciou que a partir de 2012 todos os medicamentos legais produzidos no país deverão possuir um selo de segurança com um código de barras e terão a sua autenticidade avalizada por leitores óticos, que serão instalados em todas as farmácias do país – iniciativa esta que tem gerado controvérsias entre o governo e as indústrias do setor. Segundo Sérgio Mena Barreto, presidente executivo da Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (ABRAFARMA), este é um problema global. "A falsificação e roubo de medicamentos são hoje uma grande preocupação no mundo todo. Três anos atrás a própria OMS classificou a situação como uma verdadeira epidemia.", disse Barreto.

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SELO DA DISCÓRDIA Era para ser uma notícia animadora para toda a sociedade, principalmente para a indústria farmacêutica - que sofre grandes perdas financeiras e de imagem, mas o anúncio feito pela ANVISA causou muita preocupação e vem sendo debatida desde 2006, entre a Agência e as indústrias, porém sem consenso entre as partes até o momento. “Muitos governos que já vinham estudando a implantação de mecanismos para o combate à fraude, como a rastreabilidade, apertaram o passo. Hoje há discussões a respeito nos EUA, na Comunidade Européia, e países como a Turquia já adotaram códigos bidimensionais, como o datamatrix - que cria um tipo de ‘RG’ único para cada embalagem.", argumenta Barreto. O grande desafio enfrentado para a implementação do selo em 2012 é a discussão em torno do custo de produção e a sua eficácia. Segundo a ANVISA, o seu custo será mínimo, não chegando a R$ 0,07 por embalagem. Já a indústria farmacêutica rebate os argumentos da Agência alegando que o custo poderá chegar a R$ 0,30, o que deverá elevar entre 6% e 10% o preço dos medicamentos para o consumidor. De acordo com o presidente da ABRAFARMA, o método adotado pela ANVISA está desagradando a todos. "Não há concordância com o tal selo da Casa da Moeda. Primeiro, pelo custo, e segundo, em razão do datamatrix que, impresso lá, na Casa da Moeda, não nos servirá pra nada". Barreto alerta que o selo só possui eficácia se for impresso pelo fabricante. “O material deverá conter informações como lote, data de validade, dados de cadastro, número único do produto etc. Assim, além de ser instrumento de rastreabilidade, agrega-se a ele um valor logístico inestimável.”, finaliza.


NEGÓCIO SAÚDE | Saúde S/A 02

TECNOLOGIA ULTRAPASSADA Outro ponto alegado pela indústria farmacêutica é que a tecnologia de leitores óticos de etiquetas está atrasada em relação a outros sistemas mais modernos, como o bidimensional, que já é utilizado em diversos países e consegue armazenar milhares de informações. Segundo o Sindicato da Indústria Farmacêutica de São Paulo, o código de barras do sistema bidimensional já deveria vir impresso nas caixas dos medicamentos, eliminando o custo da impressão do selo, que de acordo com a proposta da ANVISA, deverá ser impresso pela Casa da Moeda. Esse é o ponto principal da discórdia entre fabricantes e a ANVISA. Para a ABRAFARMA, a impressão do código na Casa da Moeda necessitará de uma conexão de sistemas diversos, que devem gerar mais custos, além de tornar o procedimento muito mais complexo, colocando em risco os resultados de todo o processo. "A decisão da ANVISA, dessa forma, complicou ainda mais um tema que já não era tão simples – a rastreabilidade.", finaliza Barreto. A ANVISA defende a criação do selo, que deverá ser a nova arma no combate à falsificação e contrabando de medicamentos, já que somente em 2010 foram apreendidos pela agência 54 mil medicamentos falsificados ou contrabandeados, além de 63 toneladas de medicamentos não registrados no órgão. Para ter uma noção da gravidade do problema, em 2007 foram apreendidos apenas 640 medicamentos falsificados. Já em 2009, subiu para mais de 53 mil. Este crescimento desenfreado chamou a atenção das autoridades no mundo todo. Segundo a Interpol muitos dos medicamentos falsificados que entram no mercado brasileiro, são produzidos em fábricas clandestinas de Bogotá, capital da Colômbia, e em locais próximos da fronteira dos dois países. Numa reportagem exibida pelo Jornal Nacional em 25 de agosto de 2010, as péssimas condições de higiene dos laboratórios clandestinos impressionam. Para a confecção destes falsos medicamentos os criminosos utilizam como matéria-prima farinha de trigo e bicarbonato de sódio. São pirateadas embalagens de laboratórios conhecidos e de produtos de alto custo, como os utilizados no tratamento de câncer estão inclusos na lista. Além do prejuízo financeiro aos consumidores, os medicamentos falsificados e contrabandeados podem causar sérios danos à saúde dos pacientes, pois além de não terem efeito ativo no combate às enfermidades, as condições de higiene com que são produzidos podem ser a causa de intoxicações graves.

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NEGÓCIO SAÚDE | Saúde S/A 02

EQUIPAMENTOS MÉDICO-HOSPITALARES SÃO ALVOS Não bastasse o contrabando e a falsificação de medicamentos, outra prática criminosa tem preocupado o setor no Brasil. É a importação ilegal de equipamentos médicos e laboratoriais, feita por proprietários de laboratórios e clínicas. Na sua maioria estes equipamentos são provenientes da Europa, e já se encontram fora dos prazos de utilização, por isso são exportados para os EUA, onde são recuperados e distribuídos para países do mundo todo, inclusive o Brasil. Segundo Milton Oliveira, gerente de qualidade da Horiba empresa multinacional que produz equipamentos médicolaboratoriais e que é membro da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL) e da Câmara Americana de Comércio (ANCHAM) - um dos grandes fatores que impulsionam a importação ilegal destes equipamentos é a grande demanda nacional e a grande diferença nos valores que estes equipamentos são vendidos no mercado negro. “Os equipamentos possuem um preço elevado. São equipamentos de grande porte que entram no país de forma ilegal e são vendidos pela metade do preço praticado no mercado. Não sabemos qual sua procedência, nem se suas peças são originais”, afirma Oliveira. Na maioria dos casos, os equipamentos falsos são identificados quando os proprietários solicitam assistência técnica à empresa, ou procuram por serviços e insumos. “Quando encontramos esta situação nós não atendemos, não fornecemos peças, nem serviços, nem reagentes. Não sabemos se as peças são originais e nem como foi feita a instalação destas peças”, comenta. De acordo com o gerente da Horiba, além do prejuízo financeiro para as empresas e para o país, que em última instância deixa de arrecadar impostos, o maior prejudicado de todos nesse ciclo é o paciente. “Todos os exames solicitados pelos médicos são feitos por equipamentos, e se estes não estiverem em perfeitas condições, ajustados e calibrados corretamente, eles produzirão resultados incorretos. As conseqüências e os riscos para a saúde são altos”, ele alerta. Ainda segundo Oliveira, um dos grandes fatores que propipropi ciam a prática da aquisição ilegal de equipamentos é a falta

de dados concretos sobre sua entrada no país. “No momento nós passamos orientações para os laboratórios que não possuem equipamentos legais, pois não podemos realizar apreensões. A ANVISA ainda não possui nenhuma política de repressão a este tipo de ação”. A Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL) e a Câmara Americana de Comércio (ANCHAM) criaram cartilhas de conscientização sobre o risco da aquisição e utilização destes equipamentos, que são distribuídos em congressos por todo o país. STAND-BY No dia 04 de março a ANVISA* divulgou uma nota suspendendo a implantação do sistema de rastreabilidade de medicamentos. Segundo o órgão, a decisão foi tomada seguindo uma recomendação do Conselho de Ministros da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Um grupo de trabalho foi instituído pela ANVISA, para que no prazo de 60 dias avalie a eficiência e a efetividade das alternativas tecnológicas disponíveis hoje no mercado. De acordo com a indústria o custo da fabricação do selo por ano seria de R$ 350 a R$ 450 milhões, valor que acabará sendo repassado ao consumidor e ao governo, que através do SUS, é o maior comprador de medicamentos do país.

* A ANVISA não se pronunciou sobre o assunto até o fechamento desta edição.

Mapa do crime

Equipamentos com validade expirada são enviados da Europa para os Estados Unidos, onde são remanufaturados e repassados ao resto do mundo.

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IMAGENS: ASSESSORIA DE IMPRENSA / SHUTTERSTOCK


DeBRITO

Fazer tudo com coração é ter a melhor estrutura para tudo que faz.

O Centro de Diagnósticos e o Laboratório de Análises Clínicas do HCor, referência mundial em cardiologia, contam com o que existe de mais atual em tecnologia e seus profissionais são focados na precisão e na eficácia dos resultados. O Centro de Diagnósticos também está preparado para realizar exames e procedimentos nas outras especialidades que atende, como neurologia, urologia, pneumologia, gastroenterologia, cirurgia vascular, ortopedia e medicina do esporte, entre outras. Centrados em fazer tudo com determinação, os profissionais do HCor atendem o paciente sem jamais descuidar do lado humano. Fazer tudo com coração é fazer sempre mais.

HCor. Faz tudo com coração. Certificado pela Joint Commission International

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O HCor tem um Centro de Diagnósticos com a mais avançada tecnologia.



MATÉRIA DE CAPA | Saúde S/A 02

O Preço da saúde

Os programas de atenção à saúde comprovam que é mais barato prevenir do que “remediar”, ou seja, mudar o foco do tratamento da doença para a prevenção e promoção da saúde.

PREVENÇÃO

É O MELHOR REMÉDIO? Da medicina focada na doença para uma prática focada na saúde. Como os programas de atenção a saúde estão mudando a cultura do setor. Quem nunca ouviu dos seus pais ou avós o velho ditado “prevenir é melhor que remediar”? Parece que este ensinamento tem sido cada vez mais utilizado, não somente no dito popular em relação à saúde física, mas principalmente na gestão dos sistemas de saúde público e privado. Nos últimos tempos muitas operadoras de saúde, assim como o poder público, perceberam que realizar acompanhamento preventivo dos seus clientes ou da população é muito mais vantajoso para todos - tanto para a saúde financeira da empresa e do Estado, como para os pacientes. O alto custo da saúde no Brasil abrange todas as suas fases - desde a internação, a realização de procedimentos cirúrgicos, exames e a disponibilização de medicamentos situação esta que vem onerando o sistema público e privado de saúde há décadas. Segundo dados de pesquisa realizada no ano de 2005, pela operadora de planos de saúde Unimed Leste Paulista, algumas doenças encabeçam a lista das mais custosas para os sistemas. São elas: doenças cardiovasculares, pneumopatias em geral, doenças nutricionais e metabólicas, neoplasias, doenças do tecido ósteomuscular e conjuntivo e doenças renais.

A Unimed Leste Paulista, que atende 11 municípios, realizou um estudo da sua carteira de clientes e percebeu que um grupo pouco significativo, de cerca de menos de 1% de seus beneficiários (denominados pacientes crônicos), representava em torno de 15% dos custos operacionais ligados à sinistralidade. Este grupo de pacientes foi responsável por um gasto médio anual de cerca de R$ 30 mil para cada beneficiário, valor muito superior à contribuição mensal individual de cada um, que varia de R$ 47,05 a R$ 824,13. Estes números somados chegam a uma média anual de pouco mais de R$ 21 mil de déficit por paciente crônico. Dentro deste contexto, um grupo que chama a atenção dos especialistas em gestão de saúde são os da faixa etária a partir dos 65 anos. Esta é uma parcela da população que cresce ano a ano, principalmente devido ao aumento da expectativa de vida - o que já é sentido pelos sistemas de saúde, já que a chamada “terceira idade” demanda maior volume de atendimentos e procedimentos médicos, resultando numa maior utilização dos serviços de saúde, aumentando os custos assistenciais de sua gestão.

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LUZ NO FIM DO TÚNEL

Prevenção no dia a dia

Práticas simples como exercícios diários e alimentação balanceada são a melhor forma de prevenir doenças crônicas (acima). Programa Saúde Ativa SulAmérica (embaixo).

Diante deste quadro alarmante, muitas organizações de saúde vêm ampliando seus programas de prevenção, que segundo os relatos e números observados é uma das maneiras mais eficazes de antever os problemas e as doenças, evitando gastos mais onerosos para o sistema. Fato comprovado, a maioria das doenças consideradas de alto custo como o câncer, as cardiocirculatórias, as ósteomusculares, nutricionais, metabólicas e renais, podem ser prevenidas ou pelos menos terem seu impacto minimizado por meio de seu acompanhamento e prevenção. Por meio de palestras, proposições de mudança do estilo de vida, acompanhamento médico dos pacientes e aplicação de protocolos de acompanhamento, as organizações economizam recursos que seriam necessários num futuro próximo, para tentar reverter um quadro que poderia estar mais delicado com doenças em estado já avançado. As ações são simples e vão desde o acompanhamento multifuncional, com o atendimento de médicos, fisioterapeutas, enfermeiros e nutricionistas, até o apoio de psicólogos e a promoção de atividades físicas em academias e parques. São equipes multidisciplinares que, na soma do contexto, colaboram não somente para a prevenção de doenças, mas também incentivam a melhoria na qualidade de vida dos seus pacientes, motivando uma mudança de hábitos como uma alimentação balanceada, a prática regular de exercícios, assim como o abandono do tabagismo e do alcoolismo. Também de acordo com o estudo realizado pela Unimed Leste Paulista, as doenças pulmonares, diabetes, hipertensão arterial, obesidade e osteoporose - todas elas passíveis de prevenção - foram a principal causa de complicações no quadro de saúde dos pacientes estudados, gerando ampliação dos períodos de internação e estadas em UTIs, o que resultou em elevados gastos para a operadora. A operadora de saúde SulAmérica implantou em 2005 o Programa Saúde Ativa, com o objetivo de promover a saúde e melhorar a qualidade de vida de seus clientes através de um acompanhamento constante daqueles que apresentam fatores de risco, como sedentarismo, obesidade, tabagismo, alcoolismo, e do grupo de clientes que apresentam doenças crônicas. Atualmente participam do programa cerca de 20 mil pacientes de planos coletivos que estão qualificados no grupo dos que possuem fatores de risco e 18 mil que possuem doenças crônicas.

A Escola Paulista de Medicina realizou nos anos 70 um estudo com índios do Alto Xingu, com acompanhamento durante dez anos, em que constatou que devido ao seu estilo de vida, não havia casos de obesidade ou hipertensão naquela população. No entanto, a partir de 2000, devido ao contato dos índios com a civilização urbana e seus hábitos, verificou-se 50% de indivíduos obesos e, dentre eles, 75% apresenta apresentavam hipertensão. Este estudo demonstra de forma dramática a correlação entre obesidade, hipertensão e hábitos de vida - um dos maiores responsáveis pelos crônicos na população em geral e que, em longo prazo, tem forte tendência a gerar quadros graves que impactarão nos custos assistenciais da saúde.

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MATÉRIA DE CAPA | Saúde S/A 02

Mudança a caminho

Cada vez mais organizações percebem que vale a pena recorrer à medicina preventiva como um meio para a redução de seus altos custos associados à sinistralidade. Abaixo, o programa de Atenção Ativa à Saúde da Unimed - BH.

INSTRUÇÃO NORMATIVA DA ANS REGULAMENTA PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DAS OPERADORAS A superintendente de Saúde da SulAmérica, Regina Mello, diz que o programa abrange diversos níveis de atenção. “Hoje focamos desde a promoção da saúde como a identificação e a redução de fatores de risco através do estímulo para a adoção de hábitos saudáveis, até o gerenciamento de casos complexos, passando pela gestão de doenças”, explica. Outro ponto importante destas iniciativas é que além de proporcionar uma vida mais saudável para seus beneficiários, o programa permite à seguradora gerir uma carteira de clientes mais saudáveis e menos vulneráveis a sinistros. “A empresa que adere ao programa também tem retornos positivos, que implicam em funcionários mais saudáveis, com maior produtividade e menor absenteísmo; e para a seguradora, que leva a uma carteira mais saudável, a segurados e clientes mais satisfeitos, e em longo prazo, a resultados positivos na sinistralidade”, conclui. Somente em 2007 foram investidos R$ 21 milhões para desenvolvimento e ampliação do programa que tem como meta atingir um total de 65 mil beneficiários, sendo 40 mil pessoas do grupo de risco, e mais 25 mil que se qualificam para o grupo de pacientes crônicos. Estes números podem não parecer altos, mas de acordo com a operadora, o índice de redução de custos com internamento e custos hospitalares para este grupo foi em torno de 26,8%, o que motivou a empresa a expandir o programa para 100% dos clientes.

Além de todos os benefícios observados desde 2005, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), regulamenta o desenvolvimento de programas de saúde preventiva nas operadoras de saúde, estimulando (e por que não dizer, cobrando) a mudança de atuação dos sistemas de saúde vigentes - ainda basicamente assistencialistas - para uma visão mais moderna, onde se anteceder às doenças significa não apenas evitá-las, mas principalmente minimizar as suas conseqüências para a saúde dos pacientes. Segundo a ótica da ANS, desta forma as operadoras acabam economizando recursos financeiros significativos, que podem ser revertidos em investimentos de ampliação da rede e melhoria dos serviços oferecidos aos clientes, tornando o sistema privado de saúde mais viável, eficiente, dinâmico e moderno. Desde março de 2009, a ANS divulga mensalmente a lista dos programas de prevenção à saúde das operadoras de planos de saúde já aprovados pela Agência. Atualmente, são reconhecidos 146 programas de prevenção à saúde, criados por dezenas de operadoras de planos e instituições do setor, que atuam nas áreas de saúde do adulto e do idoso, da criança, da mulher, do homem, além da saúde mental e bucal, e têm como meta de cobertura mais de 224 mil beneficiários diretos. No entanto, isto ainda é pouco, se levarmos em consideração que a saúde suplementar atende mais de 44 milhões de pessoas.

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MATÉRIA DE CAPA | Saúde S/A 02

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O Ministério da Saúde adverte: ATÉ 2022, O BRASIL PODERÁ TER 61% DA SUA POPULAÇÃO ADULTA OBESA. O MESMO ÍNDICE DOS EUA. Fonte: Relatório Saúde-Brasil, Ministério da Saúde, 2009. A PREVENÇÃO COMO FERRAMENTA PARA OTIMIZAR O SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE Ainda que o sistema público não possua um órgão que regulamente e estimule a adoção de programas de promoção à saúde, já há alguns anos os administradores públicos brasileiros já perceberam a importância da medicina preventiva como ferramenta para otimizar a qualidade de vida da população, auxiliando na redução de custos e na desobstrução da rede pública de saúde, através da diminuição do tempo de espera nos atendimentos, do número de internações e dos índices de mortalidade. As políticas públicas de prevenção à saúde e valorização da vida estão presentes em vários governos municipais, estaduais, assim como em nível federal. São programas que reduzem os custos, otimizando o atendimento do sistema público como um todo e melhoram de forma significativa a qualidade de vida da população.

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Um exemplo já bastante conhecido deste trabalho de prevenção e promoção da saúde é a iniciativa do Ministério da Saúde no combate ao tabagismo e ao alcoolismo, que trabalha de forma continuada a comunicação sobre os impactos negativos destes hábitos de consumo. Manifestações deste novo paradigma também podem ser vistos através de programas já em funcionamento, como o “Mãe Curitibana”, implantado pela prefeitura de Curitiba no ano de 1999, que humanizou e melhorou consideravelmente a qualidade no atendimento às gestantes. Desde a criação do programa, já foram atendidas mais de 160 mil gestantes que tiveram acompanhamento pré-natal durante toda a gestação - fator que reduziu a mortalidade infantil na capital de 16,7 para 8,9 óbitos para cada mil nascidos vivos (a menor taxa entre as capitais brasileiras). Além disso, programas como este reduzem significativamente o nascimento de crianças com problemas graves de saúde, que demandarão custos assistenciais elevados para a gestão pública.


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Para Luciano Ducci, médico e idealizador do programa, na época Secretário Municipal de Saúde e hoje Prefeito de Curitiba, o maior desafio da sua implantação foi a falta de estrutura no sistema público de saúde para atender a esse público específico. “Anteriormente ao Programa, a desorganização dos fluxos de assistência hospitalar à gestante evidenciava as diversas barreiras de acesso ao parto, identificadas através da falta de vagas, independente da complexidade dos casos e como garantia de atendimento, a prática ilegal de cobrança de usuárias do SUS”, declarou Ducci. Antes do Programa, todos os anos cerca de 1.000 gestantes peregrinavam pelos hospitais em trabalho de parto, aumentando o risco de óbito nestes procedimentos. “O Programa Mãe Curitibana fez alterações nas rotinas, organizou fluxos, regionalizou e hierarquizou o atendimento da gestante”, finaliza o prefeito. A iniciativa foi reconhecida por diversos órgãos nacionais, como a ODM – Brasil (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio), que concedeu prêmio à Prefeitura de Curitiba, como um dos projetos que contribuem para a redução da mortalidade infantil. Na esfera federal, o governo brasileiro criou em 1993 o programa “Saúde da Família”, iniciativa que vem reestruturando o modelo de saúde assistencialista, através da implantação de equipes médicas multidisciplinares nas unidades de saúde, realizando acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma certa área geográfica. O trabalho das equipes consiste na promoção da saúde, através da prevenção, reabilitação, e recuperação, promovendo a manutenção da saúde como um todo. Desta forma, o programa promove a qualidade de vida da população, intervindo previamente nos fatores que podem colocar em risco a saúde da comunidade atendida.

Uma abordagem para a melhora da qualidade da saúde baseia-se no desenvolvimento e disseminação de condutas médicas, através da criação de guidelines. A uniformização das práticas médicas e gerenciamento da saúde dos pacientes através do uso de protocolos de conduta reconhecidos, permitem melhorar a qualidade do atendimento e controlar os custos assistenciais. Guidelines são condutas médicas aplicadas a partir de um consenso envolvendo pesquisas científicas, revisões literárias, experiências de especialistas conceituados, entre outros, visando práticas mais consistentes e eficazes. Visam agilizar processos específicos de acordo com uma rotina definida, propondo condutas clínicas, farmacológicas e mudança de estilo de vida. Por definição, seguir um Guideline é a indicação de um caminho seguro. Os Guidelines (também chamados de diretrizes clínicas ou diretrizes de prática clínica) têm como objetivo nortear as decisões e critérios quanto ao diagnóstico, manejo e tratamento em áreas específicas da saúde. Em um trabalho apresentado pela empresa NAGIS Health no congresso anual da ISPOR 2009 (International Society for Pharmacoeconomics and Outcomes Research) em Toronto, no Canadá, apresentou de forma inédita o resultado da aplicação de guidelines em grupos de pacientes crônicos no Brasil, concretizando-se em números espantosos, que chegavam a 48,1% menos internações e 45,3% de redução de custo médio geral por paciente.

GUIDELINES TAMBÉM PODEM REDUZIR GASTOS A questão é o que fazer para melhorar a qualidade de vida e ao mesmo tempo minimizar os custos assistenciais daqueles grupos que já contraíram doenças com as quais terão que conviver - os chamados doentes crônicos. Eles representam 10% da população, consumindo 75% dos recursos financeiros da saúde pública e privada. Superlotam consultórios, leitos hospitalares e laboratórios de exames. A resposta pode estar na aplicação dos “guidelines médicos”, também chamados de diretrizes clínicas. O uso apropriado dos recursos médicos tornou-se o foco de atenção principal de médicos, administradores, políticos e da população em geral. Pesquisadores do sistema de saúde documentaram uma inexplicada variação geográfica nas práticas médicas, uso de intervenções inapropriadas e ampla disseminação das tecnologias médicas. Essas e outras observações despertaram interesse na possibilidade de melhora na qualidade da saúde e controle do custo, através da eliminação de tratamentos inapropriados e ineficazes.

CARTA DE

OTTAWA

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A CULTURA DE REMEDIAR Ao fim de toda esta questão, ainda perdura a pergunta: por que, apesar de todos os dados que demonstram as vantagens para a gestão da saúde, as operadoras e a saúde pública ainda não aderiram em peso a esta abordagem? Ainda que já existam bons programas de gestão de saúde em andamento, na prática, dentro do grande universo de municípios e operadoras de saúde, o volume de ações preventivas ainda é pequeno. Esta é certamente uma questão de difícil resposta e seu entendimento se encontra enfronhado em questões culturais e burocráticas. Sob aspectos culturais, é possível dizer que, por mais incrível que pareça, normalmente o foco da medicina ocidental recai mais sobre a doença do que sobre a saúde, além da dificuldade de fazer com que “guidelines”, ou diretrizes médicas, sejam efetivamente seguidas. Como prática, muitas vezes a Medicina é compreendida como “a ciência de combater e vencer doenças”. Neste contexto, o foco na promoção da saúde e na prevenção de doenças normalmente é relegado a um papel secundário. Mesmo no tratamento da doença, a visão muitas vezes deixa de ser holística, focando-se meramente na indicação de medicamentos (sem um viés de uso de “guidelines”) e na realização de procedimentos cirúrgicos - enquanto a solução tem se mostrado no conjunto da aplicação de protocolos clínicos, farmacológicos e na mudança de estilo de vida.

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Da mesma forma, quando falamos em hospitais, clínicas, operadoras de saúde e postos de atendimento, o inconsciente coletivo já está moldado para relacionar estes lugares à doença, ao invés de saúde. Mudar esta visão requer uma transformação cultural, para que todos - gestores e pacientes - comecem a correlacionar medicina com saúde e prevenção. Do ponto de vista dos negócios, ainda que “prevenir seja mais barato que remediar”, não é possível negar que hoje existe um grande mercado para a “remediação”, ou seja, “o ato de ministrar remédios e intervenções”. Desta forma, ainda que agir no desfecho dos problemas seja incomparavelmente mais caro e prejudicial aos interesses dos pacientes, em muitos casos esta cultura alimenta uma indústria multibilionária que já está estabelecida e que poderia ganhar o mesmo de outra forma, trabalhando de um lado a doença e de outro a prevenção. Por todas estas razões, aliadas ao fato de que mudar o comportamento e os hábitos das pessoas seja uma tarefa lenta e que necessita de trabalho continuado, a mudança da cultura da “gestão da doença” para a “gestão da saúde” provavelmente ainda levará um tempo razoável para atingir todo seu potencial. Mesmo assim, aqueles que já deram os primeiros passos nesta direção estão colhendo os benefícios desta transformação.

IMAGENS: ASSESSORIAS DE IMPRENSA / SHUTTERSTOCK


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PRONTUARIO

ELETRONICO A modernização do atendimento ao paciente no Brasil: Uma questão de cultura e investimento. Mediante a invasão tecnológica dos últimos anos na área da saúde, houve um crescimento significativo das aplicações de informática na área, tais como: Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), Internet em Saúde, Sistemas de Apoio à Decisão e Telemedicina. O PEP ou RES (Registro Eletrônico em Saúde) é uma ferramenta fundamental para os profissionais de saúde e também para gestores hospitalares que podem gerenciar, de maneira eficiente, todas as informações pessoais e operacionais relacionadas ao paciente. Os gestores podem conhecer os custos e suas receitas ocorridos dentro de determinado período de tempo, recursos materiais e humanos alocados, assim como utilizá-lo para fazer previsões de investimentos a médio e longo prazo. Se por um lado a ética exige, entre outras coisas, o sigilo e a privacidade das informações sobre o paciente, por outro o mau uso da informática também facilita extravios e acesso indevido - os sistemas que utilizam redes de computadores tornam os dados vulneráveis a acessos não autorizados; a facilidade de alteração de dados registrados eletronicamente traz perigos adicionais à vida e ao bem estar dos pacientes, além de facilitar a fraude.

PONTOS POSITIVOS - Agilidade e eficiência do cuidado ao paciente; - Disponibilidade das informações sem barreiras estruturais, pois estas podem ser acessadas a partir de qualquer local com acesso a Internet; - Redução da solicitação de exames redundantes; - As informações são processadas de forma contínua em tempo real; - Eliminação da armazenagem física do prontuário em “papel”, gerando mais segurança para médicos e pacientes; - Permite a busca coletiva, a pesquisa e as análises estatísti estatísticas epidemiológicas formando base para a aplicação de processos de M.B.E – Medicina Baseada em Evidências.

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O Conselho Federal de Medicina (CFM) estabeleceu nos últimos anos, em conjunto com a Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) conversações e trabalhos no que tange a padronização e a certificação deste processo de troca de informações eletrônicas. CONCEITO DO PEP O PEP foi criado para que as equipes interdisciplinares médicos e enfermeiros - armazenassem de forma sistêmica os fatos e eventos clínicos ocorridos com determinado indivíduo, de forma que estas informações ficassem visíveis para outros profissionais da saúde envolvidos no processo de atenção. Podem ser definidos como registro clínico e operacional da saúde e doença do paciente desde seu nascimento até sua morte, dentro de um sistema utilizado para apoiar os usuários, disponibilizando acesso a um completo conjunto de dados corretos, alertas e sistemas de apoio à decisão. Nele estão contidas informações como: dados pessoais, histórico familiar, doenças anteriores, estilo de vida, medicamentos de que faz uso, dentre outros.

PONTOS NEGATIVOS - Necessidade de grandes investimentos em hardware, softwares e treinamento; médi- Resistência da classe da saúde, principalmente dos médi cos na utilização de sistemas informatizados - embora este ponto venha mudando drasticamente nos últimos anos; - Falta de informações confiáveis quanto ao retorno financeiro (ROI – Return on Investment ) da aplicação do PEP; - Preocupação quanto a falhas de sistema, hardware e demais tecnologias agregadas que são aplicadas no processo; - Segurança das informações trafegadas e confiabilidade das mesmas.

IMAGEM: SHUTTERSTOCK


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ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS O primeiro ponto a se observar é que as informações registradas no PEP são de propriedade do paciente, pois são fornecidas por ele em confidência durante o atendimento ou obtidas a partir de exames e procedimentos realizados com finalidades diagnósticas ou terapêuticas. A confidencialidade das informações do PEP é um direito de todo cidadão, com respaldo na Constituição Federal de 1988, garantindo a inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da imagem e da honra das pessoas. Este dever de preservação de segredo é previsto no Código Penal Brasileiro, artigo 154, e na maioria dos códigos de ética profissional da saúde. Cabe às instituições de saúde a responsabilidade pela implementação e aprimoramento continuado, estabelecendo normas e rotinas de controle de acesso e de identificação de usuários, como parte de um sistema seguro de proteção ao conteúdo do Prontuário Eletrônico do Paciente.

ASPECTOS IMPORTANTES NA CONSTRUÇÃO DE UM PEP - Qualidade dos registros lançados; - Capacitação de toda a cadeia de profissionais para o uso responsável e criterioso do mesmo, principalmente na entrada das informações do paciente; - Restrição de acesso com garantia de privacidade; segurança do registro; autenticação do registro do usuário; As leis e códig legais do PE os nacionais P s que se Homem referem , Códig ão: Declaraç ão Un Constit o aos as d e iversal Ética M uição B pectos dos D ra Penal B édico, ireitos Resolu rasileir sileira, Novo do o, Polít ç C ção, L ica Nac ódigo Civil B ões do CFM eis ional d rasileir 3.360/2 : 4.833/198 eS o, Cód , 8, 000, M igo edida P 9.610/1998, egurança da Inform rovisór a ia Nº 2 84/1999, 26 .200 - IC 8/1999 P Bras e il.

PAPEL DA SBIS Para Cláudio Giuliano, presidente da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), entidade que dá a certificação digital para as empresas produzirem este modelo de software no Brasil, o número de instituições de saúde, públicas e privadas que já utilizam sistemas de PEP cresce no mundo todo. “Alguns países estão mais avançados, tais como o Canadá que já possui 50% dos registros médicos em forma eletrônica. Junto com Inglaterra e Estados Unidos, o Canadá faz parte de um grupo de países que organizaram uma estratégia nacional para ampliar e disseminar o uso da TI na Saúde”, diz Giuliano. Para que a utilização de um PEP realmente surta efeito na gestão hospitalar faz-se necessário além da aquisição de um software, uma infra-estrutura de qualidade e um corpo de funcionários capacitados. “O gerenciamento do sistema deve ser conduzido por uma equipe multidisciplinar, coordenada por um profissional de Informática em Saúde, pois este tem o conhecimento, habilidade e experiência para trabalhar tanto a área de TI quanto de saúde”, orienta Cláudio. Apesar do sistema ainda estar em fase inicial de implantação no Brasil, é necessário quebrar paradigmas para poder aproveitar todos os recursos desta nova ferramenta. “Novas tecnologias trazem novos problemas, novas preocupações e riscos. Por outro lado, há solução tecnológica para tudo. Investimento é necessário. Mudança de cultura também.” Segundo Cláudio, não há fatores negativos significativos a ponto de desconsiderar a implantação de um PEP. “Acho que são dificuldades que precisam ser vencidas, tais como a necessidade de capacitação (o médico saber usar o sistema) e o importante investimento a ser feito para garantir segurança e eficiência na implantação do sistema”, conclui o presidente da SBIS.


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ANTIBIÓTICOS

Medida tomada pela ANVISA, que regula a venda de antibióticos, gerou alguns transtornos apesar de garantir mais segurança à saúde da população. Visando controlar a venda indiscriminada de antibióticos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) baixou uma resolução que entrou em vigor em novembro de 2010, proibindo a venda deste tipo de medicamento sem a apresentação de receita de controle especial em duas vias. As receitas possuem validade de dez dias após a data da prescrição do médico. Segundo a Agência, além de controlar a distribuição, a medida tinha como objetivos a contenção do avanço da superbactéria KPC, que causou diversas mortes em hospitais pelo Brasil, além de acabar com a prática da automedicação, muito utilizada pela população em geral. Ao longo dos anos, a população se acostumou com a aquisição de medicamentos sem orientação médica, medida muito perigosa que em alguns casos podem levar a intoxicação e alergias, além de estimular a resistência das bactérias aos medicamentos, complicando o tratamento de infecções e enfermidades. As empresas fabricantes também estão se adequando às novas regras. Para seguirem a resolução, nas embalagens dos antibióticos deverão constar a frase: "Venda sob prescrição médica - só pode ser vendido com retenção da receita”. As empresas do setor terão até o final de maio para cumprir a norma. Ao todo são 93 medicamentos registrados pela ANVISA* que se encaixam na nova regra, como amoxicilina, azitromicina, cefalexina e sulfametoxazol, substâncias que estão entre as mais comercializadas no Brasil. Desde o final do ano passado, este tipo de medicamento só pode ser vendido aos consumidores que apresentarem receita médica em duas vias. A primeira é retida pelo estabelecimento para controle, já a segunda é carimbada e devolvida ao paciente para comprovar a compra e a entrega do medicamento. O Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma) divulgou uma nota declarando apoio à medida da ANVISA, que segundo a entidade

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melhora o controle sanitário, já que a receita médica é uma ferramenta essencial para o bom andamento do tratamento médico e para a utilização correta do produto. Em outro trecho da nota, o Sindicato - que congrega 133 laboratórios, abrangendo cerca de 80% das vendas de medicamentos do país - declarou que cumprirá e apoiará de forma irrestrita a resolução do órgão. IMPACTOS NO ATENDIMENTO E NA SINISTRALIDADE Foi registrado um aumento na procura dos postos de saúde, hospitais e clínicas médicas, de pacientes que realizavam consultas para adquirirem a receita médica, uma medida muito mais segura para os pacientes, mas que vem causando alguns transtornos nos sistemas privado e público de saúde, principalmente para este que já sofre com uma estrutura deficiente. Outro ponto ainda não plenamente mensurado são os impactos no aumento da utilização dos planos de saúde por parte dos clientes que, sem dúvida, já estão surgindo. Como a nova medida exige o contato com o médico em consulta para obter a receita, certamente nos próximos meses as operadoras poderão mensurar o impacto no aumento de seus custos em relação a esta medida. Outro impacto gerado pela lei, principalmente no início foi a redução nas vendas dos medicamentos em drogarias e farmácias, algo em torno de 40%. Segundo os farmacêuticos, uma das razões é que nem todos os pacientes possuem um acesso fácil à saúde, já que a grande maioria da população não possui planos de saúde privado e o atendimento oferecido pelo Sistema Único de Saúde é muito limitado e o atendimento demorado. Conclusão: Ainda que seja uma ação benéfica e necessária devido aos problemas já observados, fica claro que os impactos aos negócios na área de saúde da nova lei estão longe de ser plenamente compreendidos, necessitando de uma avaliação ao longo de um período de tempo. Talvez esta simples ação possa gerar uma elevação de custos nos medicamentos, bem como mais uma pressão sobre a área da saúde privada. O tempo dirá, mas é preciso estar atento e prevenir maiores dificuldades, propondo alternativas aos setores envolvidos.

* A ANVISA não se pronunciou sobre o assunto até o fechamento desta edição.

IMAGEM: SHUTTERSTOCK


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A nova lei em números A nova determinação da ANVISA têm como objetivo evitar a automedicação da população, causando impactos no mercado da saúde, que serão sentidos pela indústria farmacêutica, bem como pelas operadoras que terão de gerenciar um aumento significativo de procura por consultas.

Movimentação da economia com a venda de antibióticos em 2009:

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Aumento do número de consultas no SUS e planos de saúde

FARMÁCIA

Multa para as farmácias que não cumprirem a nova lei:

de R$ 2 mil a R$1,5 milhão

Redução na venda de antibióticos nas farmácias:

aproximadamente

40%

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LUGAR DE MULHER

É NA COZINHA

Mulheres crescem nos cargos de liderança, também dentro da área de saúde. Lugar de mulher é na... Quem pensou “cozinha” não pode estar mais equivocado. Esse pensamento, apesar de conservador e machista, ainda é a dura realidade que muitas mulheres enfrentam diariamente no seu local de trabalho. O conceito de que mulher competente é aquela que sabe cuidar da casa, do marido e dos filhos é coisa da época do Brasil Colônia - quando o homem era o pilar da casa e buscava o sustento trabalhando fora. Hoje a mulher, além de trabalhar, cuidar das tarefas domésticas e dos filhos (muitas vezes ela própria sustentando a casa) ainda tem galgado degraus na carreira, ocupando cargos importantes – que eram antes exclusividade masculina. Mesmo em vantagem numérica - segundo dados do Censo 2010 há 97,3 milhões de mulheres e 93,3 milhões de homens no Brasil – elas ainda encontram muitos desafios no campo profissional. Estes desafios compreendem desde diferenças salariais (que ainda são muito comuns entre homens e mulheres que ocupam as mesmas funções), até o preconceito, o assédio e as dificuldades para alcançar promoções e construir uma carreira sólida. Segundo dados de uma pesquisa realizada pelo Grupo CATHO de RH em 2005, a diferença dos salários entre homens e mulheres que ocupavam o mesmo cargo era de 52% a mais para o homem - números que só aumentaram em 2010. Até o primeiro semestre do ano, a diferença em favor do empregado masculino era de 75,38%. Na esfera pública, discretamente - e com muita competência - uma nova geração de mulheres está chegando ao poder em sociedades nas quais isso era impensável até pouco tempo atrás. E outras estão a caminho. Na Alemanha, Angela Merkel foi a primeira a governar o país. Ela é doutora em Física e foi Ministra do Meio Ambiente. No Chile, Michelle Bachelet foi a primeira mulher a presidir um país latinoamericano sem ter herdado o poder do marido. Pediatra, ela foi antes Ministra da Saúde e Ministra da Defesa. Na Libéria, Helen Sirleaf é a primeira mulher eleita presidente na África. Formada em Administração na Universidade Harvard, foi diretora do Banco Mundial e é chamada de "Dama de Ferro".

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E o Brasil também segue a tendência. Em 2010 elegeu-se pela primeira vez uma mulher para o cargo político mais importante do país. A eleição de Dilma Roussef, independentemente de ideologias políticas, quebrou alguns paradigmas e preconceitos que pareciam estar enraizados na sociedade brasileira desde sempre. Por tudo isso, pesa sobre a presidente ou presidenta, como se intitula Dilma, a responsabilidade de provar também a competência das mulheres no poder. Os indicadores são absolutamente claros: as mulheres já estão se convertendo em líderes melhores e mais humanas que os homens e, nas próximas décadas, serão a maioria em cargos de liderança. Apesar dos desafios e abismos que ainda separam a realidade profissional de homens e mulheres, houve avanços significativos nos últimos anos. Hoje, no Brasil, em torno de 20,5% das companhias brasileiras possuem mulheres no comando. A pesquisa da Fundação Getúlio Vargas aponta para um crescimento constante das mulheres líderes de empresas. De acordo com dados colhidos em mais de 62 mil empresas, elas ocupam cada vez mais cargos de chefia, sendo 16,75% delas presidentes; 21,91% diretoras; 25,64% gerentes; 37,11% supervisoras e 48,32% encarregadas. A pesquisa também aponta um domínio feminino em algumas áreas específicas como os recursos humanos, onde 62,84% dos executivos são do sexo feminino. Já em áreas como indústria e a engenharia são dominadas pela presença masculina: apenas 12,84% delas comandam esses setores. No entanto, no mercado competitivo que é o mundo de hoje, o que realmente conta na hora da contratação são os diferenciais profissionais. Sabendo disso, as mulheres procuram se capacitar constantemente - segundo os dados da FGV, somente nos cursos de pós-graduação e MBA no ano de 2009, 40% dos inscritos eram mulheres que procuravam


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ANGELA MERKEL Primeira mulher a governar a Alemanha, país conhecido por seu autoritarismo.

AS LÍDERES PELO MUNDO

DILMA ROUSSEF Eleita presidente do Brasil em 2010, com 56,5% dos votos.

MICHELLE BACHELET Primeira presidente eleita da América latina.

HELEN SIRLEAF Foi presidente do Banco Mundial. Agora, no governo da Libéria, é conhecida como “Dama de Ferro.”

PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO DE LÍDERES Embora algumas organizações já possuam seus próprios programas de desenvolvimento profissional específico para mulheres, outras têm dificuldades para trabalhar um tema tão novo e desafiador quanto a liderança feminina. Já é possível utilizar o know-how de instituições que há muito já trabalham o tema da diversidade dentro das organizações, para conduzir o processo de capacitação de suas líderes in company. A Universidade Livre para a Eficiência Humana (UNILEHU), OSCIP com foco em promoção da diversidade, iniciará neste ano um ciclo de palestras intitulado “Liderança Feminina 2011” abordando o aprimoramento do exercício da liderança para mulheres. Com presença confirmada em Curitiba, São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília e Recife, a palestra promete contagiar a platéia com uma atuação divertida e interativa, e promete mexer com a auto-imagem das líderes presentes.

aperfeiçoamento e crescimento profissional, um número 15% acima do obtido em 2008. No setor privado, o desenvolvimento profissional feminino vem ganhando fôlego através de iniciativas inovadoras de algumas empresas, que estimulam a valorização da mulher e o desenvolvimento de lideranças femininas dentro de seus quadros. Na área de saúde, digna de crédito é a iniciativa da Central Nacional Unimed (CNU). Desde 2007 a Central Unimed desenvolve o programa “Mulheres Gestoras”, que incentiva não somente a capacitação e a formação de novas lideranças femininas, mas também valoriza a importância do papel da mulher dentro da empresa e na sociedade. Com 733 pessoas no seu quadro de funcionários, 506, ou seja, 65% são mulheres e 28 executam funções de liderança na CNU, como explica Rosimeire Franco, gerente de Recursos Humanos da Central Unimed e idealizadora do Programa Mulheres Gestoras, em entrevista para a Saúde S/A:

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ENTREVISTA COM ROSIMEIRE FRANCO: SAÚDE S/A - Como foi criado o Programa Mulheres Gestoras na UNIMED? ROSIMEIRE FRANCO - Considerando que a maior parte dos nossos colaboradores é mulher, quando surge uma oportunidade para ocupar um cargo de chefia a preferência é, naturalmente, aproveitar os nossos já colaboradores. Surgiu, então, a necessidade de prepará-las para ocupar essas posições. Procuramos elaborar um programa não só de formação, mas que avaliasse de que forma a mudança de atitude, de comportamento, de relacionamento e de tomada de decisão podem agregar valor à sua forma de liderar. S/A - Houve algum desafio na implantação do programa dentro da empresa? RF - Todo projeto novo representa um desafio. Com o programa “Mulheres Gestoras” não foi diferente, até porque trabalhar conceitos de gestão para o público feminino é uma realidade nova dentro das empresas. O maior desafio foi promover um trabalho que mostrasse o potencial feminino sem comparações entre os sexos, pois liderança não é uma questão de gênero, mas de competência e de formação. S/A - Como foi recebida esta iniciativa pelas mulheres colaboradoras da UNIMED? RF - A proposta foi muito bem recebida e, ao longo dos anos, com a contribuição das gestoras foi sendo aprimorada de forma que pudéssemos ousar e trazer novas formas de reflexão - não só sobre a liderança feminina, mas também sobre o mercado de trabalho, visão de futuro e objetivos a serem alcançados a curto e em longo prazo. S/A - Quais foram os benefícios e resultados obtidos com o programa para a empresa e para as funcionárias até agora? RF - Na empresa houve melhora na integração, no relacionamento, na obtenção de resultados e até na qualidade de vida - pontos que indiretamente refletem no todo da companhia. O programa trouxe ainda outro grande ganho que foi a compreensão de que as mulheres, tanto quanto os homens, são capazes de liderar equipes. De que não existe diferença: homens e mulheres podem ou não ser eficientes, depende da combinação de vários fatores que não têm a ver com o gênero. Já para as gestoras, o programa trouxe mais força, fez com que elas se sentissem mais valorizadas e reconhecidas pelos colegas de trabalho e também por sua equipe. S/A - Em um ambiente em que a maioria dos funcionários é do sexo feminino, quais são os pontos fracos que precisam ser trabalhados? RF - Qualquer equipe pode apresentar pontos fracos, independente de ser formada por maioria feminina ou masculina. Infelizmente, para alguns homens, a mulher em posição de liderança é vista como uma pessoa frágil, incapaz de conquistar grandes resultados. Isso não é verdade - tanto é que onde a maioria é mulher o clima organizacional é muito

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Mulher gestora

Rosimeire Franco é gerente de recursos humanos da Central UNIMED e idealizadora do Programa Mulheres Gestoras.

bom. Afinal de contas, uma certa dose de sensibilidade não faz mal a ninguém. Trabalhamos com pessoas, portanto há que se saber lidar com sentimentos e emoções e mulheres têm mais facilidade para isso do que alguns homens. Eu deixo um recado às mulheres que almejam ocupar um cargo de líder: “É importante que não fiquem se preocupando apenas com as diferenças que porventura existam. Acreditem na sua capacidade e se preparem para isso, pois a cobrança é igual para todos - homens e mulheres. Há que se cumprir metas desafiadoras, entender o negócio, ter habilidade para atender e entender as necessidades dos clientes. Saber que uma gestão eficiente de pessoas é imprescindível para o sucesso e agrega valor à companhia. Ter um bom planejamento, saber conciliar vida pessoal e emocional com o trabalho são grandes habilidades exigidas pelo mercado”.

Veja a entrevista completa e saiba sobre o Selo Pró-Equidade de Gênero no site: revistasaudesa.com.br

IMAGENS: ROSIMEIRE FRANCO / DIVULGAÇÃO / SHUTTERSTOCK



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UNIVERSIDADES

CORPORATIVAS Descubra porque cada vez mais empresários brasileiros têm apostado neste novo conceito educacional.

Em um mundo globalizado onde as informações, tecnologias e processos se renovam a todo o momento, as empresas precisam estar constantemente atualizadas, assim como o seu corpo de colaboradores, que também precisa renovar seus conhecimentos constantemente. Esse novo “desafio” é sentido cada vez mais pelos gestores de empresas, principalmente pelos líderes do setor de saúde, cuja complexidade singular da gestão de custos, tecnologias, capital humano e conhecimento exigem do setor uma nova visão sobre a educação corporativa. Aos poucos, as empresas percebem que para possuir e manter seu corpo de funcionários eficiente para prestar uma gestão de saúde profissionalizada, faz-se necessário investir na capacitação e uma constante atualização educacional dos seus recursos humanos. Afinal, os funcionários não saem prontos das universidades, por isso a necessidade de se investir na capacitação constante do seu RH. Esta demanda culminou com o surgimento das universidades corporativas - entidades de ensino que possuem características específicas para atender às necessidades de cada ambiente de trabalho, de cada empresa, desempenhando um papel importante no desenvolvimento e disseminação da sua cultura específica, focando os resultados da corporação. Muitas empresas ainda vêem este novo conceito como um custo extra, quando na realidade ela acaba reduzindo os custos de programas de educação continuada e se torna auto-sustentável com o tempo, como comprovam os cases do Hospital Samaritano e da Universidade Corporativa Abramge. CASE HOSPITAL SAMARITANO Desde novembro de 2008, o Hospital Samaritano de São Paulo realiza através da sua Coordenação de Ciência, Educação e Cultura um programa em parceria com o Ministério da Saúde - o “Programa de Intercâmbio Institucional Hospitais de Excelência e Hospitais Tutelados para o Desenvolvimento de Competências Técnicas na Área Assistencial a Pacientes Críticos”. O programa é vinculado ao Projeto de Apoio ao Desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS), do Ministério da Saúde.

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O objetivo da iniciativa bilateral é a capacitação dos profissionais de treze hospitais filantrópicos das regiões norte, nordeste e centro-oeste do Brasil, integrantes da rede pública de saúde. A meta é o desenvolvimento e aperfeiçoamento do atendimento oferecido pelo SUS à população, seja por meio de melhoria na gestão, bem como através da pesquisa, capacitação profissional e tecnologia destes estabelecimentos.

EMPRESÁRIOS APOSTAM NESTA IDÉIA

250

10 1999

2011

Segundo dados da Universidade de São Paulo (USP), o número de universidades corporativas cresceu 2.400% nos últimos dez anos. Em 1999 eram apenas 10 e hoje já são 250 unidades em todo o país. De acordo com a Revista Você S/A Exame, 95% das 150 melhores empresas para se trabalhar investem em educação corporativa para alavancar o desenvolvimento profissional e pessoal do seu corpo de funcionários.


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Ensino de vanguarda

Luiz Maria Ramos Filho (direita) elaborou um plano de educação corporativa constituído de três fases, para melhorar a capacitação dos profissionais que trabalham no Hospital Samaritano (abaixo).

Segundo o Superintendente de Responsabilidade Social do Hospital Samaritano, Luiz Maria Ramos Filho, a participação num projeto desta natureza é uma oportunidade ímpar para a instituição. “O que nos impulsiona é a possibilidade de utilizarmos nossa capacidade e expertise institucional e profissional em benefício de outros, numa proposta baseada na construção conjunta de observações e intervenções, alicerçada no conhecimento da realidade local e viabilizada por meio deste intercâmbio e da troca de conhecimentos”, afirma Ramos Filho. O projeto do hospital é constituído de três fases: avaliação diagnóstica, capacitação e reavaliação. A primeira já foi concluída em 2009, quando profissionais da área médica realizaram um diagnóstico completo dos treze estabelecimentos, analisando os fluxos operacionais e assistenciais, capacitação das equipes técnicas, área física e infra-estrutura de equipamentos. Com as informações colhidas nesta primeira análise, o próximo passo será a capacitação dos profissionais das instituições, primeiramente com um treinamento on the job, no qual dois profissionais de enfermagem do Hospital Samaritano viajam aos hospitais tutelados e desenvolvem durante uma semana diversas atividades teóricas e práticas, de acordo com as carências detectadas na análise realizada inicialmente. Num segundo momento, os representantes dos hospitais tutelados passam uma semana no Hospital Samaritano,

participando de atividades teóricas e práticas, além de realizarem visitas monitoradas. De acordo com as necessidades identificadas em cada estabelecimento, a segunda etapa do programa de capacitação enfoca o controle de infecção hospitalar, farmácia hospitalar, engenharia clínica, treinamento em PALS (Pediatric Advanced Life Support), reanimação neonatal e indicadores assistenciais e de gestão. Até agora três instituições participaram das duas primeiras fases: o Hospital de Clínicas Gaspar Viana (Belém), a Maternidade Benedito Leite (São Luís do Maranhão) e o Hospital e Maternidade Marly Sarney (São Luís do Maranhão). A terceira fase do programa é realizada três meses após a conclusão dos programas de capacitação, e consiste na reavaliação, utilizando o mesmo método de avaliação diagnóstica inicial para, desta forma, avaliar o resultado das ações de melhoria e aperfeiçoamento que foram implementadas nas instituições. Para Ramos Filho a experiência trocada entre os profissionais das instituições pode contribuir significativamente para o desenvolvimento e aprimoramento do atendimento médico à população no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). “A expectativa é que esta experiência compartilhada consiga, de alguma forma, sedimentar conceitos e boas práticas, que se constitua em agente de transformação para atingir o objetivo principal que é a melhoria da assistência à saúde dos pacientes beneficiários do SUS”, conclui o superintendente.

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Valorização do profissional

Abaixo, um quadro que mostra a evolução dos salários conforme os profissionais aumentam sua escolaridade. À esquerda, Alexandre Lourenço, presidente do Sinamge e da Universidade Corporativa Abramge.

Fonte: Pesquisa Salarial e de Benefício - Catho Online - 33ª Edição.

da universidade contribui para o desenvolvimento do sistema de saúde privado brasileiro. “A importância da UniversiPreocupada com a atualização constante dos profissionais do dade Corporativa Abramge é no sentido de desenvolver setor de saúde suplementar, a Associação Brasileira de valores que regem a Saúde Suplementar de forma a Medicina de Grupo (Abramge) realiza há 14 anos MBAs de permitir o acesso a serviços de qualidade no setor de Gestão de Planos de Saúde e de Gestão de Promoção da saúde no Brasil”, afirmou Lourenço. Saúde e Qualidade de Vida nas Organizações. Os cursos são Outro ponto destacado pelo presidente é que em sua grande oferecidos através da maioria, as faculdades de Universidade Corporativa da ensino superior do país não Abramge, o braço educacioatendem em suas grades As faculdades que formam profisnal da entidade que tem curriculares às necessidades sionais para a área de saúde no Brasil como objetivo a capacitação de capacitação do aluno em não contemplam a parte de gestão, dos profissionais de gestão gestão de empresas e negódas empresas de saúde cios - o que por sua vez muito importante para as empresas. privada. O conteúdo do acaba afetando diretamente MBA alia uma formação em na qualidade de gestão das bases de gestão às modernas técnicas de gestão em empreempresas e no atendimento oferecido à população. “A sas de Saúde Complementar, incluindo soluções adequadas Universidade Corporativa Abramge prepara os profispara melhorias da produtividade e do ambiente empresarial. sionais de saúde especificamente para a gestão e o Segundo o presidente do Sinamge – Sindicato Nacional das desenvolvimento dos serviços inerentes às atividades da Empresas de Medicina de Grupo e presidente da Universiárea de saúde”, finaliza. dade Corporativa Abramge, Alexandre Lourenço, o trabalho CASE UNIVERSIDADE CORPORATIVA ABRAMGE

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IMAGENS: ASSESSORIAS DE IMPRENSA - ABRAMGE/HOSPITAL SAMARITANO / SHUTTERSTOCK


COACHING

QUEM TEM MEDO DE FANTASMAS? Novo ano, nova década.Você sente-se renovado e motivado para enfrentar com garra os desafios que irão surgir? Por Marcelo Maulepes

Um pesquisador norte americano chamado Paul G. Stoltz desenvolveu um modelo muito interessante para nos ajudar a medir a nossa capacidade de lidar com as adversidades, o chamado Adversity Quotient – AQ (Coeficiente da Adversidade). Este estudo age como contraponto ao já famoso QI (Coeficiente de Inteligência), que mede a capacidade de um ser humano processar informações, ou seja, a inteligência. Já o AQ se propõe a medir a capacidade do mesmo ao lidar com a adversidade, ou com os tão indesejados, porém corriqueiros problemas. Segundo Paul Stoltz “Quem tem um alto AQ (Quociente de Adversidade) supera imprevistos mais facilmente e tem mais chances de crescer mesmo sem ser gênio". Logo, se você deseja ter sucesso em sua carreira, em suas relações e mesmo em sua vida familiar, trabalhar bem com adversidade é fundamental. Neste caso, “trabalhar bem” significa ter um mecanismo pessoal que lhe permita manter-se emocionalmente equilibrado mesmo em momentos de crise. Stoltz mostra que manejar adversidades é algo que pode ser aprendido e ensinado. Em meu ofício tenho encontrado alguns executivos que mesmo ainda jovens, já apresentam sinais de que sofrem derrotas motivadas pelas adversidades. Sonham com a aposentadoria, como se neste ou naquele futuro distante fosse possível encontrar a felicidade, a plenitude e a qualidade de vida. Ledo engano! Se você olhar para trás, verá que os aprendizados mais relevantes para sua vida ou carreira vieram junto com momentos de grande adversidade e de grande incerteza. Como costuma dizer um amigo, Amauri Pereira: “A certeza faz a vida funcionar; a incerteza faz a vida valer a pena”. Abater-se frente às adversidades é derivado da maneira como explicamos a adversidade para nós mesmos, a nossa

IMAGENS: MARCELO MAULEPES / SHUTTERSTOCK

capacidade de enxergar a nossa “envergadura” de competências para lidar com ela e a nossa disposição para enfrentá-la. Alcançar a tão almejada qualidade de vida passa necessariamente pelo aumento da capacidade de enfrentar as adversidades e as incertezas sem abater-se profundamente por elas.

A qualidade de vida é proporcional a quantidade de incertezas com as quais você consegue lidar.

Se quiser lidar melhor com adversidades e sofrer menos quando enfrentá-las, comece agora mesmo a repensar a maneira como você encara os problemas que se apresentam a você, especialmente os mais simples, que por menor que sejam lhe aborrecem mais do que deveriam. Este ensinamento é constante e não se aprende da noite para o dia, de modo que é sempre bom ter um conselheiro que enxergue os seus problemas externamente e lhe ajude a vê-los do tamanho que realmente são. Se precisar de ajuda, procure um profissional especialista em Coaching.

Marcelo Maulepes é mestre em Administração e Gestão de RH pela Universidad de Extremadura (Espanha), Mestre em Coach Executivo e membro do International Coach Federation (EUA). Com 25 anos de experiência profissional, é Sócio-Diretor da RELATOM - Inteligência em Gestão.

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PLANEJAMENTO

ESTRATÉGICO Não confie na sorte: saiba como criar estratégias e planejar um futuro de sucesso para sua organização. Um antigo adágio popular diz que “se você não sabe aonde quer chegar, nenhum caminho vai levá-lo até lá”. Há sabedoria na cultura popular: ninguém pode esperar chegar a um destino pré-definido sem antes saber para onde se vai e, sobretudo, as razões para se realizar a jornada. Esta é precisamente a definição de planejamento estratégico: uma ação e instrumento capaz de estabelecer os parâmetros que vão direcionar a empresa e sua liderança, orientando as decisões e permitindo o controle das atividades em curto, médio e longo prazo. Michael Porter, professor em Harvard e referência mundial no campo da estratégia, afirma que “uma empresa sem planejamento corre o risco de se transformar em uma folha seca, que se move ao capricho dos ventos da concorrência”. Chiavenato, considerado uma das maiores autoridades brasileira em gestão de pessoas, afirma que “as empresas precisam hoje de estrategistas, no lugar de especialistas”. Com isso reafirma a necessidade de uma visão do negócio que vá muito além do mero conhecimento técnico do assunto, focando uma visão mais abrangente. Gestores e empresas que não realizam planejamentos estratégicos consistentes acabam por se concentrar excessivamente no operacional, atuando principalmente como bombeiros que vivem apagando incêndios, mas que não conseguem enxergar onde está a causa desses incêndios. Mas como evitar essa armadilha do imediatismo e da miopia na administração? Como garantir um tempo e um espaço relevante para o planejamento dentro da empresa, tendo em vista as inúmeras atribuições que já possui o gestor no seu dia-a-dia? Saber utilizar os instrumentos do planejamento de forma coerente, adaptando-os à realidade da empresa e às suas necessidades, é parte de uma necessária estratégia competitiva. Para utilizá-los eficazmente, é importante que os gestores conheçam bem cada um dos elementos do planejamento e suas funções, e que possuam uma visão estratégica sobre o mercado de saúde, permitindo um planejamento realista, mas ao mesmo tempo desafiador. Infelizmente, por não ser endêmico de sua cultura, na área de saúde ainda são poucas as organizações que realizam

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planejamentos estratégicos consistentes, envolvendo nesta construção seus principais dirigentes. Tendo em vista os enormes desafios de gestão da área, a falta deste hábito tem levado organizações do setor a realizar processos de gestão falhos, a administrar planos e serviços deficitários e não ouvir os anseios daquele que deveria ser seu principal foco de atuação: o consumidor. FERRAMENTAS DE PLANEJAMENTO Para quem não está habituado, planejamento estratégico pode parecer grego arcaico. Mas, conhecendo as principais metodologias e ferramentas para sua realização, o caminho das pedras fica mais simples. Aqui apresentamos um breve descritivo destas ferramentas que podem ser muito úteis para qualquer organização. Dada a longa cultura que acompanha sua origem, a terminologia em planejamento tende a ser derivada da língua inglesa. A própria palavra marketing, que não possui sinônimo em português (uma vez que análise de mercado não explica todo o sentido da palavra), ainda é utilizada em sua forma original. Assim, as ferramentas e processos em planejamento também estão em língua inglesa. São seus principais exemplos: Ciclo PDCA, Análise SWOT e 5W1H.


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A C D A

P

Quando o assunto é planejar, é uma boa estratégia seguir o ciclo PDCA, que ajuda a estabelecer metas e a acompanhar os resultados.

C C D H T P O E L C A K N

Do

n Pla

t

Ac

ck

Como utilizar:

Planeje!

Estabeleça uma meta ou identifique um problema; analise os dados relacionados ao problema; analise o processo e suas causas fundamentais; elabore um plano de ação.

Faça!

Execute as atividades conforme o plano de ação.

Verifique!

Monitore e avalie periodicamente os resultados, confrontando-os com o planejado.

Aja!

Aja de acordo com o avaliado e de acordo com os relatórios, eventualmente corrija as falhas do processo de forma a melhorar a qualidade, eficiência e eficácia do planejamento.

e Ch

Se você já tem tudo planejado, na hora de executar é importante ter ferramentas de controle. É nesta hora que o 5W1H pode ser de grande valia. 5W1H é um exemplo de mnemograma, que se popularizou na linguagem empresarial. Trata-se de um check-list objetivo para nos ajudar a lembrar dos seis pontos principrinci pais que um Plano de Ação precisa contemplar na hora de ser tirado do papel.

Como utilizar:

O que será feito? Quando será feito? Onde será feito? Porquê será feito? Quem o fará? Como será feito?

5W

1H

W H W A H W T E H WW N E H R Y H H O O E W


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T O T W O H S P

A Análise SWOT é uma ferramenta utilizada para fazer análise de cenário (ou análise de ambiente), sendo usado como base para gestão e planejamento estratégico de uma corporação ou empresa, mas podendo, devido a sua simplicidade, ser utilizada para qualquer tipo de análise de cenário, desde a criação de um blog até na gestão de uma multinacional. A aplicação da Análise SWOT num processo de planejamento pode reprerepre sentar um impulso para a mudança cultural da organização.

W S E P RE T A O A R K R T E N T S N E U G S N H S I T E T S S I

Como utilizar:

E

S

Forças

Vantagens internas da empresa em relação às empresas concorrentes.

Fraquezas

Desvantagens internas da empresa em relação às empresas concorrentes.

Oportunidades

Aspectos positivos com potencial de fazer crescer a vantagem competitiva da empresa.

Ameaças

Aspectos negativos com potencial de comprometer a vantagem competitiva da empresa.

É claro que nada substitui um bom profissional de marketing em uma organização, com a capacidade de interpretar e promover uma cultura de planejamento estratégico. Mas o simples despertar da empresa, especialmente na área de saúde, para a cultura de planejamento ajuda a garantir maior eficácia nas ações, reduzindo prejuízos e desgastes no processo. É importante salientar que, sem dedicar tempo e maturidade a um bom planejamento estratégico, as chances de uma organização atingir seus objetivos é praticamente nula. Assim, aqui fica a dica: planeje, execute, verifique resultados, se necessário, corrija a rota e boa viagem!

Sem sorte

Assim como o Poker não é um jogo de sorte mas de estratégia, empresas vencedoras não devem depender da sorte.

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IMAGEM: SHUTTERSTOCK


Light Comunicação: nós cuidamos da saúde da sua imagem.

Se existe uma coisa que estressa dirigentes da área de saúde é trabalhar com uma agência de comunicação que não entende sua cultura. Se você já tentou, deve saber bem do que estamos falando. É por isso que todo médico já sabe e recomenda: pensar light faz bem para sua saúde e, principalmente, para a saúde de seu negócio. Se, na área de comunicação, você está procurando uma segunda opinião de especialista, marque uma consulta que analisaremos seu caso com todo o cuidado que a saúde do seu negócio merece.

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TALENTOS x TRALHENTOS Desafios na gestão de pessoas: como reconhecer e promover o perfil dos profissionais em uma empresa. Por Eduardo Almeida Talvez um dos grandes desafios da construção do chamado RH Estratégico, pauta recorrente nas rodas do setor, seja exatamente a capacidade de preparar gestores e as próprias áreas de gestão de pessoas para contratar, capacitar, promover e reter talentos. Se o grande ativo das empresas no mundo de hoje é mesmo o “capital intelectual”, então este capital (que está inexoravelmente associado às pessoas) precisa ser capacitado para atuar de forma estratégica, no lugar de meramente técnica (o especialista). Mas aqui entra um novo dilema: como reconhecer qual o profissional que merece o investimento em capacitação e desenvolvimento por parte da organização? Sim, pois, sem hipocrisia, todos já sabem o quanto é caro capacitar uma pessoa para depois perceber que o resultado não foi compensador, o que até leva muitos gestores a se decepcionarem com o resultado de programas de capacitação. Para mim, assim como no investimento dos demais ativos de uma organização, é preciso saber onde se está investindo. Em meu caso, para orientar quem merece receber este investimento, divido a equipe de trabalho em três tipos de personalidade, segundo o modelo que aprendi com a coach Sandra Zatoni: o talento, o tá lento e o tralhento.

SEPARANDO O JOIO DO TRIGO Sobre o "talento", não é preciso dizer muita coisa, pois eles são facilmente conhecidos e reconhecidos. Normalmente sua principal marca registrada é um olhar brilhante e motivado, uma curiosidade contínua por aprender questões relacionadas ao negócio, mas também sobre qualquer assunto que lhe faça crescer. Mas tem um detalhe: se você reconhecer um talento em sua empresa ou equipe, esteja preparado para trabalhar com ele. O talento precisa ser reconhecido, promovido e estimulado a crescer, do contrário encontrará seu lugar em outra empresa. Afinal, pessoas talentosas, além de saber o que querem, não costumam se acomodar: elas são exigentes e tendem a procurar relações de reciprocidade. O segundo personagem, o “tá lento”, é também uma pessoa com potencial, mas que, por diversas circunstâncias, está aquém daquilo que você espera dele e até de seu próprio potencial. Este tipo de pessoa pode ser desenvolvida para acordar de seu estado de torpor, desde que você não identifique que ela na verdade pertence a outro subgrupo: o “é lento”. O “é lento” é uma influência perigosa, pois sua “lerdeza” não é uma questão pontual, mas sim um estilo de vida.

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Característica do

Talento: FOCO NA SOLUÇÃO

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IMAGENS: SHUTTERSTOCK


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SEM PESO EXTRA O mongol Genghis Khan foi o maior conquistador de todos os tempos. A principal razão de seu sucesso? Suas tropas O último perfil relatado, o “tralhento”, é como o nome sugere, não possuíam infantaria, apenas cavalaria. Cada mongol um tralha: não soma, chega mesmo a jogar contra e só está andava com dois cavalos (um sempre de reserva e preocupado “com que hora sai a merenda”. descansado), utilizando a velocidade como sua grande arma. Não se iluda: estas pessoas existem e atrapalham muito. Até hoje os exércitos do mundo todo tentam copiar a Se você reconhecer um “tralhento” em sua equipe, não velocidade de deslocamento que os mongóis já conseguiam pense duas vezes e ofereça o desligamento imediato. aplicar no ano de 1.200. Conclusão: a velocidade de uma É justo, pois além de não prejudicar a empresa, você e sua equipe, de um exército ou de uma empresa é determiequipe, ajuda a própria pessoa a encontrar seu caminho. nada por seus membros mais lentos (denominados na Uma pessoa que não está feliz fazendo o guerra de retaguarda). Portanto é fundaque faz, tem o inequívoco potencial para mental comprometer toda a equipe a se fazer outras pessoas infelizes, incluindo acostumar com a velocidade e eficiência entre elas os clientes. da vanguarda, lugar onde, por sua O mongol Genghis Para manter a agilidade a empresa não própria natureza, se encontram seus Khan, o maior pode se dar ao luxo de carregar nada melhores talentos. Para ajudar um “tá lento” a acordar, conquistador de todos além de tudo aquilo que soma. Assim, visando o bem comum, realize atingir seu potencial e entrar no os tempos, tinha a este desligamento com dignidade e, se compasso, é necessário aplicar procesvelocidade como sua possível, oriente esta pessoa sobre a honessos de feedback, com conversas hones necessidade de melhoria. tas em que ele é estimulado (e não grande arma. Pessoas precisam de espaço para ameaçado). Feedback, para ser eficaz, crescer, bem como devem ser regadas deve seguir um método baseado em com respeito, honestidade e valorização. três pontos: É isso que se espera de líderes e gestores, pois não basta 1 - começar falando das qualidades da pessoa (quebra de vencer: é preciso aprender a vencer com as pessoas! resistência); 2 - relatar o problema pontual (sem generalizar); 3 - reforçar a confiança na pessoa e em sua capacidade de superar o problema (promessa de futuro).

Muitas vezes, uma pesquisa de clima (se bem conduzida) pode ajudar a perceber se não existem fatores ambientais roubando a “paixão” das pessoas, pois alguns destes fatores podem de fato ajudar a converter um verdadeiro talento em “tá lento”. Afinal, como diria o sociólogo Paulo Freire, “sem tesão não há solução”: todo ser humano é suscetível a estímulos internos e externos.

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Eduardo Almeida é publicitário, escritor, palestrante especializado em Dinâmica da Comunicação e Responsabilidade Social Corporativa, atuando na capacitação de pessoas com foco em liderança, e Diretor de Marketing do Grupo Ecom.

Característica do

Tralhento: FOCO NO PROBLEMA

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PERSONALIDADE EM DESTAQUE

JOSÉ LUIZ G. DO AMARAL Representante de diversas entidades da área de saúde, mostra que com determinação é possível enfrentar e superar diversos desafios do setor.

Nesta edição, a Saúde S/A conversa com uma grande personalidade brasileira da área de saúde que vem se destacando no cenário da Medicina internacional – Dr. José Luiz Gomes do Amaral. Aclamado presidente da World Medical Association (WMA) e atual presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Amaral ainda preside a Comunidade Médica de Língua Portuguesa (CMLP), representa o Brasil na Confederação Médica Latino-Americana e do Caribe (Confemel) e no Fórum Iberoamericano de Entidades Médicas – sempre trabalhando em prol da integração das instituições de representação médica e da qualidade da assistência e da dignidade do profissional médico. SAÚDE S/A – Como o senhor consegue conciliar todas estas diferentes atividades em que está envolvido? DR. JOSÉ LUIZ GOMES DO AMARAL - Eu sempre quero fazer mais do que faço, por isso vivo num estado de insatisfação crônica. Sei que é necessário ter consciência das minhas limitações e serenidade para estabelecer prioridades (um processo difícil e passível de erros). Todavia, quando se tem uma diretoria presente, funcionários competentes e apoio das Sociedades de Especialidades brasileiras, torna-se possível enfrentar múltiplos desafios. S/A – Como foi galgar ao posto de presidente da WMA? J.A. - A presidência da WMA é o reconhecimento das realizações na AMB. Nos últimos anos, a AMB, que representa o Brasil na WMA, teve a oportunidade de sediar e organizar reuniões de grande relevância internacional, o que possibilitou as representações médicas de vários países avaliarem a associação. Desde 2005, integro o Conselho da WMA e, há três anos, presido o Comitê de Assuntos Médicos Sociais (SMAC). Acredito que o trabalho desenvolvido nesse período influenciou o resultado da eleição para presidência da WMA.

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A surpresa foi ter sido eleito por aclamação, sobretudo porque a eleição anterior foi disputada por três candidatos. S/A – Quais são suas propostas junto a WMA e como o senhor avalia a importância de um brasileiro estar na linha de frente desta associação? J.A. - A linha central da presidência será a existência de apenas um padrão de assistência em que só o melhor é aceito. Temos de trabalhar no acesso das pessoas à assistência médica de qualidade. A AMB está envolvida no desenvolvimento de um projeto de resposta a desastres. Ele já foi aprovado pelo Conselho da WMA, foi submetido à consulta e, agora, está na fase de consolidação. Antes de começar a gestão efetiva da WMA, durante o período preparatório, esse trabalho será um dos pilares. O Brasil é um dos participantes ativos nas discussões sobre a declaração de Helsinki e faz parte do grupo de trabalho que discute o uso de placebo em situações em que existe tratamento. Estar à frente da WMA é uma posição que abre perspectivas de interagir com organizações médicas de muitos países, conhecer de perto diferentes modelos de atenção à saúde, avaliar o desempenho, conhecer eventuais fragilidades, fortalecer redes de contato e explorar oportunidades que contribuirão para o desenvolvimento da medicina brasileira. Por outro lado, penso que o Brasil terá oportunidade de se fazer mais conhecido, contribuir com suas experiências para o aprimoramento técnico-científico e ético da profissão médica, consolidando sua posição junto à comunidade internacional. S/A – O que o fez entrar para a AMB e qual é hoje o papel da entidade frente à classe médica e o mercado de saúde? J.A. - Desde a época de estudante, passando pela residência médica, entendi que a vida associativa é indissociável da formação e da carreira profissional do médico. Assim, tive a


Visão social

Na presidência do WMA, Amaral defende o acesso das pessoas à uma assistência médica de qualidade.


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Engajamento

Dr. José Luiz durante o fórum de desenvolvimento de novas tecnologias da área médica.

oportunidade de participar da fundação da Associação dos Médicos Residentes da Escola Paulista de Medicina, de Congressos das minhas especialidades - Anestesiologia e Medicina Intensiva, também de atividades administrativas e científicas nessas Sociedades. Na década de 80, experimentei a atividade conselhal como membro do Conselho Regional de Medicina de São Paulo. A seguir, fui convidado para participar da diretoria científica da Associação Paulista de Medicina, mas acabei me tornando vice-presidente da entidade. Fui eleito presidente da APM e o resultado desse trabalho me conduziu à AMB, que entendo ser uma representação fundamental para o desenvolvimento da Medicina no nosso país. A AMB reúne 27 federadas e 53 Sociedades de Especialidade. Sua missão é trabalhar para a contínua qualificação da prática clínica, tanto que o foco da entidade é a formação médica e o exercício profissional. Essa atividade desenvolve-se em todos os níveis (universidades, locais de assistência médica, planos e seguros de saúde, poderes Executivo, Judiciário e Legislativo), além de interlocução direta com a sociedade. S/A – Está ocorrendo um grande aumento de ações por erro médico. Como a AMB vê esta situação? Existe alguma ação de educação médica continuada neste sentido? J.A. - O aumento do número de situações de insatisfação com relação à atenção médica tem de ser analisado sob diversos aspectos. Existe uma progressiva tomada de consciência dos direitos do cidadão e, portanto, a sociedade se torna mais exigente e passa a reagir de maneira mais incisiva do que no passado. Essa consciência está ligada ao maior acesso à informação. Os mecanismos disponíveis para expressão dessa insatisfação também se multiplicaram. O número de pessoas que hoje tem acesso à assistência médica aumentou e o número de procedimentos multiplicou-se. Todos esses fatores podem explicar o aumento da quantidade de ações por erro médico, mas, certamente, tem-se que procurar identificar tendências no

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campo da qualidade da atenção. É necessário garantir que a ampliação do acesso e a realização de maior número de intervenções aconteçam sem perda de qualidade. Existe enorme preocupação relacionada à formação médica no Brasil, alvo da inescrupulosa exploração do ensino superior, visto apenas como oportunidade de negócios e não como instrumento para o desenvolvimento. Há mais de 180 faculdades de Medicina no país e enorme pressão para que sejam abertas outras. Não há, com certeza, corpo docente suficientemente grande ante ao desmedido número de vagas oferecidas. De outra parte, o ambiente de trabalho carece de consistência e qualidade que permitam atenção médica segura, humana e efetiva. Assim, faz-se obrigatório rever o ambiente e os processos de trabalho médicos. Há cerca de uma década a Associação Médica Brasileira trabalha pela adoção integral da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). Revisada regularmente pelas Sociedades de Especialidade, a CBHPM lista os procedimentos médicos adequados no uso clínico. Para beneficiar os pacientes atendidos, considera-se a eficácia e a segurança, eliminando alternativas obsoletas e aquelas ainda em experimentação. Em paralelo a essa iniciativa, o Projeto Diretrizes, também desenvolvido pela AMB, busca definir, com base nas melhores evidências científicas, quando e como realizar os procedimentos médicos listados na CBHPM. Até o momento foram publicadas 320 diretrizes que apóiam a decisão clínica, sem ofender a individualização dos cuidados e a independência - valores inalienáveis à prática médica, que podem ser livremente consultadas no site www.projetodiretrizes.org.br

Veja a entrevista completa no site: revistasaudesa.com.br

IMAGENS: DR. JOSÉ LUIZ GOMES DO AMARAL


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SOLIDARIEDADE

SEM FRONTEIRAS Há 27 anos, a médica catarinense Zilda Arns mostrou a todos que a solidariedade pode ser a grande ferramenta para salvar e transformar vidas. Todos concordam que os profissionais da área médica possuem um potencial imenso para resguardar a vida humana. Com uma medicina que se reinventa todos os dias, graças ao surgimento de novas tecnologias, medicamentos e procedimentos médicos de diagnósticos e cirúrgicos cada vez mais modernos e seguros que ampliam o grau de sucesso no enfrentamento das enfermidades. Diante deste novo cenário, muito promissor, mas ainda muito inacessível

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para a maioria da população, o papel do médico idealista ganha um peso imenso. Muitos quadros como a desnutrição infantil podem ser evitados a partir da divulgação de informações simples, como orientações de prevenção, assim como muitas enfermidades podem ser evitadas a partir de noções básicas de higiene e limpeza. Mudar o mundo e transformar vidas através de pequenas ações, informações básicas, simples gestos de afeto. Este


GESTÃO | Saúde S/A 02

foi o manual criado e executado pela médica pediatra e sanitarista Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança. A entidade foi criada em 1983 pela Dra. Zilda, falecida em 12 de janeiro de 2010, aos 75 anos, vítima do terremoto que atingiu o Haiti - país centro-americano, um dos mais miseráveis do mundo. Zilda Arns, ou Dra. Zilda como era conhecida por todos, estava participando de encontros religiosos na capital Porto Príncipe, que tinham como objetivo a implementação de uma rede solidária baseada na atuação da pastoral no Brasil, envolvendo vários países, começando pelos mais carentes como o país caribenho. A rotina de visitas às famílias carentes, idealizada pela Dra. Zilda e executada por milhares de voluntários da Pastoral da Criança que visitam diariamente milhares de lares por todo o país e pelo mundo, auxiliam crianças vítimas da desnutrição a vislumbrarem um futuro melhor ou pelo menos mais digno e saudável. Ao todo, são cerca de 240 mil líderes comunitários, todos voluntários, mulheres na sua grande maioria, que juntos formam um verdadeiro Exército da Paz. Exército este que possui apenas uma arma: a solidariedade. Com ela levam amparo e esperança a cerca de 1,6 milhões de crianças e 95 mil gestantes em mais de quatro mil municípios do nosso imenso Brasil. Médica por formação, graduada na Universidade Federal do Paraná no ano de 1959, Dra. Zilda especializou-se em Pediatria Social e Sanitarismo na Universidade de São Paulo (USP), áreas pouco desbravadas pelos profissionais até então. Iniciou sua carreira como médica pediatra no Hospital Infantil Cezar Pernetta, em Curitiba, e logo em seguida dirigiu a Associação Filantrópica Saza Lattes onde organizou postos

de saúde materno-infantil nas periferias, coordenando o treinamento de médicos residentes. Com um idealismo incomum, empenho e dedicação, a médica demonstrou que as responsabilidades dos profissionais da área da saúde podem ir muito além do tratamento e acompanhamento clínico do paciente. Devido à sua visão ampliada do papel do médico, Dra. Zilda deixou um legado a todos os profissionais da área médica, demonstrando que com simples ações informativas, na maioria das vezes apenas uma simples conversa, os médicos podem prevenir doenças como a desnutrição, reduzir a mortalidade infantil, ajudando a transformar a vida de seus pacientes, indo muito além da sua responsabilidade médica. Dra. Zilda Arns estimulou como nenhuma outra profissional a prática da medicina preventiva, tornando-a prioritária para o desenvolvimento da saúde pública brasileira como um todo, um sistema muito carente, principalmente nos grandes bolsões de pobreza do país, onde a presença da Pastoral sempre foi marcante.

Celebração da vida

1 - Bebê sendo amamentado durante mutirão de conscientização da Pastoral da Criança. 2 - Dra. Zilda durante uma visita em comunidades carentes. 3 Em 2009, durante visita ao Timor Leste para apresentação da Pastoral.

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GESTÃO | Saúde S/A 02

Sem fronteiras

1 - Métodos simples como a pesagem regular dos bebês, auxiliam na diminuição da mortalidade infantil. 2 - Dra. Zilda no Haiti, poucos dias antes do terremoto.

Passado pouco mais de um ano da tragédia e da partida da incansável lutadora, o desejo e o sorriso de esperança que foi uma das marcas de dona Zilda, continua vivo nos rostos e nos corações dos voluntários e de todos aqueles que participam da “rede de solidariedade”. São ações simples, que vão desde a pesagem das crianças, auxílio para uma nutrição mais adequada, com a elaboração e distribuição de alimentos balanceados, como a multimistura (uma mistura de cascas de frutas e verduras, rica em nutrientes necessários para o bom desenvolvimento das crianças) iniciativa que ajudou a reduzir drasticamente a mortalidade infantil, principalmente nas regiões mais carentes do Brasil. Hoje a atuação da Pastoral vai muito além do atendimento às crianças com desnutrição e a orientação de mulheres grávidas. A entidade realiza diversas ações que vão desde a alfabetização de jovens e adultos, à realização de cursos de capacitação profissional, promovendo a dignidade do ser humano, a cidadania, a fé e uma educação para a paz. Uma vida de coragem e idealismo foi o legado que Dra. Zilda Arns deixou para todos nós, mas principalmente para os seus colegas da área médica, demonstrando a todos os utopistas, que sim, é possível transformar o mundo num lugar mais digno, justo e humano. Acima de tudo, sua vida foi um exemplo de que ir além não é sinônimo de sacrifício, nem de martírio - seu sorriso constante era o mais claro e perfeito retrato de que quando nossos ideais, sonhos e desejos são verdadeiros não há limites para nossas realizações.

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COLABORANDO PARA AS METAS DA ONU Segundo dados divulgados em dezembro de 2010 pelo Ministério da Saúde, no período de 1989 a 2006, a redução do percentual de crianças com peso abaixo do adequado para a sua idade caiu de 7,1% para 1,8% e a proporção de crianças com baixa estatura foi reduzido de 19,6% para 6,8%. Com esses resultados, o Brasil está muito próximo de atingir o primeiro Objetivo de Desenvolvimento do Milênio, uma das metas apresentadas pela Organização das Nações Unidas (ONU): a erradicação da pobreza extrema e da fome. Uma parcela considerável desta conquista pode ser creditada ao incansável trabalho das voluntárias da Pastoral, que com a sua atuação marcante em mais de 80% dos municípios brasileiros, principalmente nos bolsões de pobreza, é fundamental na redução da desnutrição infantil.

Veja entrevista com o Dr. Clovis Boufler, gestor de Relações Institucionais da Pastoral da Criança, no site: revistasaudesa.com.br

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A PASTORAL EM NÚMEROS Número de crianças pobres acompanhadas por mês:

1.689.243

Número de gestantes acompanhadas:

94.987

Número de comunidades pobres acompanhadas:

40.853

Número de municípios atendidos: Voluntários:

4.016 246.215

Fonte: http://www.pastoraldacrianca.org.b

r. Dados referentes a 2008.

IMAGENS: ASSESSORIA DE IMPRENSA / SHUTTERSTOCK



CULTURA E LAZER | Saúde S/A 02

HOBBY:

MOTOCICLISMO Dizem que a relação do homem e da máquina é imperiosa e um tanto fria, mas, no caso das motos, tal afirmação não poderia estar mais equivocada. Prazer originalmente destinado a nobres e aristocratas ávidos por passatempos modernos em meados do século XIX, a motocicleta teve seu advento mundial quando utilizada como meio de transporte durante a Segunda Guerra Mundial. Jovens desafortunados por estarem em batalha, e sabendo que a vitória era incerta, tinham seus momentos de glória ao dirigirem uma Harley Davidson ou uma Indian. Ali começava uma história de paixão, aventura e soberania incomparável do homem sobre duas rodas. Com o pós-guerra, ex-militares e pilotos sentiam ainda a necessidade de um veículo que fosse uma fonte da adrenalina tão vivenciada durante os combates. A moto prevaleceu como um meio de suprir esse desejo, só que agora ele se realizava no prazer de dirigir sem destino e com liberdade. Nessa época surgem os primeiros vestígios de grupos que compartilhavam do mesmo entretenimento - cruzar as estradas norte-americanas sobre uma moto. Esses grupos criaram estruturas com identificação própria e lemas que mais tarde se transformaram em escudo (brasão) e passaram a defender e adaptar as regras da hierarquia militar em seus “clubes”. No Brasil e no restante do mundo os motoclubes viravam febre, e mesmo que o objetivo fosse, a princípio, se reunir para um momento de lazer e partilhar a experiência de desbravar o mundo por cilindradas, esses motoclubes acabaram desenvolvendo algumas características próprias, tais como filosofia, regras para ingresso, manutenção e exclusão de associados, além de uma ideologia baseada na irmandade e na tradição. No entanto, não fosse pela indústria cinematográfica durante a década de 60, as motocicletas não teriam hoje o glamour e a imagem clássica que cativou milhares de fãs ao longo dos anos - imortalizada como símbolo de rebeldia nas telas dos cinemas por grandes ícones como Marlon Brando e James Dean em sua eterna Kawasaki. Atualmente, a imagem do “motoqueiro” farrista, arruaceiro e sem responsabilidade pode estar um tanto démodé, uma vez que hoje, muitos dos que desejam chicotear o vento nas costas são executivos, empresários, juízes, médicos e por aí vai a lista de gente grande em busca da libertação da rotina e, porque não, da liberdade em sua essência.

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Vento nos cabelos

Executivos, advogados e médicos formam o principal grupo dos aventureiros sobre duas rodas.

LIBERDADE COM ESTILO Não é à toa que a águia é o símbolo dos motociclistas, pois ilustra exatamente a alma desses aventureiros: destemidos, instintivos, longevos. Solitários como as águias, eles têm oportunidade de apreciar a vida sob uma perspectiva diferente do resto dos mortais, cruzando estradas debaixo do sol escaldante ou da tormenta incessante, vasculhando lugares inóspitos, rodando milhares de quilômetros e sabendo que estão somente no começo da sua jornada. A motocicleta transpira a personalidade do dono – mesmo porque não é apenas um veículo, mas um objeto de estimação. Até mesmo um reality show já foi produzido sobre a customização da máquina de duas rodas. No “American Chopper”, a família Teutul convive em sua oficina - a Orange County Choppers - entre celebrações e desavenças, com um

IMAGENS: DR. SÉRGIO LUIZ KEINERT / SHUTTERSTOCK


único objetivo em comum: a criação de modelos únicos, personalizados até os mínimos detalhes. Mas não é preciso ir tão longe para customizar a sua - aqui no Brasil existem diversas oficinas especializadas em customização. Pode-se modificar tanques, peças, quadros e até rodas para celebrar seu estilo único. Estima-se que nos últimos três anos, houve um aumento de 30% na procura pelas motos customizadas. Por mais que os fabricantes de motocicletas aprimorem o design, o motor, o conforto e ramifiquem esse mercado para os trilheiros, viajantes, os que gostam de motovelocidade ou os que fazem da moto o meio de transporte mais prático para enfrentar o trânsito, uma coisa é certa - uma moto é uma moto - da direção às rodas. E qualquer motocicleta é feita para estrada, assim como toda estrada é feita para a motocicleta. A estrada para os motociclistas não é um meio, mas um fim em si mesma, de modo que não importa o destino a ser alcançado e sim a ausência dele. Para quem já constatou que não há lugar mais confortável no mundo do que em cima de uma motocicleta ou para os “motociclistas de primeira viagem” aí vai uma dica: a estrada não é somente aquela que te leva, mas também a que te traz. É a juventude deixada nas memórias, a liberdade presa no peito, o suplemento diário que a alma precisa para que você se lembre de quem realmente é.

“Acredito que paixão pelo motoco icqulie move tantas pessoas a terem o espírito de aventu smo é a sensação de liberdade, oferece de reunir asra e a possibilidade que a moto viagem. No meu caso pessoas para o fim de uma estava mais maduro, , ela começou quando eu já formado. Hoje eu te já era médico e estava tecnologia empregad nho uma BMW - pela oferecem maior seg a em acessórios, recursos que prazer de pilotar, alurança, a maciez, a robustez, o participo também do ém da beleza e do design e A minha viagem mai motoclube BMW – Brasil. Cordilheira dos Ands marcante foi atravessar a Mendossa na Argen es, em um percurso entre conhecemos vinícolas tina e Santiago no Chile uma culinária exótic maravilhosas, experimentamos a e apreciamos paisag belíssimas. ens Vejo muita similarid e o motociclismo pelaade entre a prática da medicina pode causar um fato precisão - um pequeno erro desastroso”. * leia a entr evista na ín tegra no si te revistasau desa.com.b r

Cirurgião e membro

Dr. Sérg do BMW Cio Luiz Keinert lube do Bra sil

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CULTURA E LAZER | Saúde S/A 02

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CULTURA E LAZER | Saúde S/A 02 m

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ROMA Todos os caminhos levam a Roma? Se há alguma dúvida se vale a pena conhecer a cidade que já foi o centro do mundo, aqui vai mais um motivo: o 6º IAS - Conferência sobre HIV Patogênese Tratamento e Prevenção.

A maior conferência científica aberta do mundo sobre HIV/AIDS será realizada em Roma, Itália, entre 17 e 20 de julho de 2011. O evento será organizado pelo IAS (International Aids Society), em parceria com o Instituto Superior de Saúde, que é o principal órgão técnico e científico do Serviço Nacional de Saúde Italiano. Realizada a cada dois anos, a conferência atrai cerca de 5.000 representantes de todo mundo e é uma oportunidade única para que cientistas de renome mundial, médicos, especialistas em saúde pública e lideranças comunitárias compartilhem os últimos desenvolvimentos na investigação relacionada à doença, e para explorar como os avanços científicos podem – de forma muito prática – ser uma resposta global para o HIV. Atualmente, graças aos tratamentos e aos avanços tecnológicos, os grupos de risco foram extintos e não se pode mais dizer pela aparência quem é ou não portador do vírus HIV, e muito além disso, as pessoas infectadas com o vírus da Aids e que desenvolveram a doença tem uma qualidade de vida e uma sobrevida muito maiores do que na década de 80, quando a doença foi descoberta. E a razão de Roma ter sido escolhida como sede para o IAS 2011 é sua história e características que fazem dessa cidade única uma ponte viva entre mundo moderno e antiguidade. Portanto, se você ainda não se convenceu a ir a Roma pelo IAS 2011, nas próximas páginas toda imponência da arquitetura idealizada ao longo dos séculos por imperadores e a história da cidade eterna com certeza vão te conquistar. ROMA: A PEDRA FUNDAMENTAL A história de Roma é realmente impressionante e linda. Basta saber que de pequena cidade ela se tornou um grande império, especialmente pela visão e ambição de alguns imperadores que conquistaram três continentes e revelaram o poder e a promessa da civilização mais avançada do

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mundo. E apesar de todo esse poderio econômico, político e construções colossais que dominaram a paisagem durante séculos, eles foram impotentes para evitar a própria ruína. Hoje Roma não é mais o “umbigo do mundo”, mas ainda é referência enquanto centro cultural e metrópole cosmopolita. E a religião católica tem sua sede estabelecida na cidade: o Vaticano - menor estado independente do planeta. Lá você vai encontrar alguns locais como a Praça e a Basílica de São Pedro que são de uma beleza inestimável. No entanto, a noite em Roma pode desvirtuar até o mais fiel dos cristãos. A cidade é rodeada de bares, pubs irlandeses e baladas que ficam abertas por toda a madrugada, e em comparação às outras capitais européias, Roma é uma das mais acessíveis financeiramente. Para quem curte um agito, gente jovem e alternativa, uma ótima pedida são os bares do Campo de Fiori. Mas se quiser aproveitar uma noite tipicamente romana, vá até a Praça de Santa Maria em Trastevere, onde os frequentadores do bairro se reúnem para apreciar os artistas de rua, além de beber e conversar como todo bom romano. Uma vez em Roma, coma como os romanos. A culinária italiana é de encher os olhos e aguçar o apetite, porém em alguns lugares pode ser bem salgada - para o bolso. A cidade é cheia de restaurantes tradicionais, que mesmo sendo caros, valem cada centavo. Mas sempre há alternativas deliciosas, como os fast foods italianos que oferecem a “piazza al taglio” (pizza em pedaço) e os famosos Paninis, que podem ser encontrados bem fresquinhos em padarias e supermercados. E mesmo que sua passagem por Roma seja durante o inverno europeu, experimentar os sorvetes italianos é obrigatório para qualquer amante da gastronomia. E se você saiu do Brasil pensando encontrar um trânsito ordeiro em Roma, não se empolgue muito. A cidade eterna pode ser tão caótica quanto as grandes cidades brasileiras em momentos de pico - com a vantagem de se poder andar


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a pé pela cidade e admirar ruínas milenares, monumentos e obras de arte a céu aberto, além de restaurantes e cafés charmosos. Claro, se você não é muito fã de caminhadas pode usar o transporte público, metrô ou mesmo ir de vespa, o meio de transporte preferido dos italianos. Mas uma coisa é garantida: nesses passeios você terá belas – e grandiosas

– surpresas, pois nada que foi construído pelos romanos passa despercebido aos olhos. As construções são de uma magnitude impressionante, projetadas nos mínimos detalhes revelando todo o potencial humano em favor de uma nação. Faça essa conferência virar história, aproveitando essas dicas e acima de tudo essa viagem!

CURA DA AIDS? Um transplante de medula óssea que usou células-tronco de um doador com resistência natural ao vírus da AIDS fez desaparecer o HIV por quase dois anos, até o momento, em um paciente. O estadunidense que reside na Alemanha tinha leucemia e havia contraído o vírus HIV. Os médicos alemães Gero Hutter e Thomas Schneider procuraram um doador especial, que tinha uma mutação genética conhecida por ajudar o corpo a resistir à AIDS. Essa mutação afeta receptores celulares chamados CCR5, que o vírus utiliza para invadir, infectar, se reproduzir e destruir as células do sistema imunológico. Após o transplante de medula não apenas a leucemia desapareceu, mas o HIV também.

O CUSTO DA CURA Cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) estão desenvolvendo uma vacina contra o HIV baseados em um plano só testado no Brasil. De aproximadamente 200 conceitos de imunizantes anti-HIV imaginados ao longo de 25 anos de luta contra a doença, o desenho da HIVBr18 é o único que mira “regiões conservadas” do vírus – trechos que não passam por mutações. Com a identificação desses alvos fixos, o imunizante brasileiro pode chegar a ser mais eficaz do que os quase 30 que passam atualmente pelo crivo dos ensaios clínicos. O problema, como sempre, é dinheiro para seguir o ritual obrigatório de checagens. Iniciado em 2002, o projeto consumiu R$ 1,2 milhão e agora precisa de mais US$ 600 mil só para fazer um tira-teima com macacos resus na Universidade de Wisconsin – já que não há centros de primatologia no Brasil capacitados para assumir essa etapa. O degrau é pré-requisito para a necessária – e custosa – seqüência de ensaios clínicos, os testes humanos propriamente ditos. São três fases, divididas basicamente pelo número de voluntários participantes. Para que se tenha uma idéia, são necessários US$ 50 milhões a US$ 150 milhões para concluir uma fase.

COLISEU Impressionante pela grandiosidade e capaz de comportar 60.000 pessoas, é um milagre da engenharia e arquitetura daquela época. Durante 400 anos foi o centro das lutas dos gladiadores.


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CIAO BELLA ROMA! Conheça alguns dos pontos turísticos que melhor representam o espírito romano.

BASÍLICA DE SÃO PEDRO O coração do catolicismo é de emocionar até o mais convicto ateu. Imponente, a basílica é extremamente rica, com muitos detalhes folheados a ouro, o que nos faz perguntar: de onde veio e a que custo humano chegou ali tanta riqueza? 1

2 PANTEÃO De todos os monumentos é o único que consegue representar uma idéia real de como Roma era originalmente. O templo era dedicado aos 12 deuses do Olimpo.

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3 MUSEU DO VATICANO Um complexo de museus que chega a ser um dos maiores do mundo. São sete quilômetros de caminhada em meio a galerias com tapeçarias, as Salas de Rafael e a Capela Sistina. Não precisa dizer que é imperdível.

FONTANA DI TREVI A mais famosa e espetacular fonte da cidade. Construída entre 1732 e 1751 reúne a qualquer hora da noite uma multidão de turistas. Jogue uma moeda e faça seu pedido! 4

15 PIAZZA VENEZIA Uma das mais famosas praças romanas, onde se encontra o Vittoriano, monumento dedicado ao rei Vittorio Emanuelle II e que abriga o corpo de um Milite Ignoto (soldado desconhecido) da Primeira Guerra Mundial representando todos os soldados que não puderam ter um túmulo com seus nomes.

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6 BOCCA DELLA VERITÁ É uma máscara de mármore com a boca aberta que fica no vestíbulo da Igreja Santa Maria em Cosmedin. Na Idade Média, os maridos levavam suas esposas até a Boca da Verdade e as obrigavam a colocar suas mãos dentro dela. Se tivessem sido infiéis, diz a lenda, a boca se fecharia decepando as suas mãos.

FÓRUM ROMANO O coração da Roma Republicana. Maior campo de ruínas de Roma foi durante 1000 anos lugar de mercado, de reunião e de justiça dos romanos. 7

78 TERMAS DE CARACALLA Foi construída pelo imperador Caracalla em 212-217 d. C. e podia abrigar mais de 1.500 pessoas. Provavelmente, o objetivo principal era agradar o povo e diminuir a má fama do imperador, que era famoso por sua crueldade.

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IMAGEM: DR. HENRIQUE BRONZATTI / SHUTTERSTOCK


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9 19 CASTEL SANT’ ÂNGELO O Mausoléu de Adriano, como também é conhecido, já foi usado como edifício militar na época do império Romano, como fortaleza dos papas no período medieval e como prisão na época dos movimentos pela unificação da Itália. 10 3 BASÍLICA DI SAN GIOVANI IN LATERANO Basílica de São João de Latrão em português é a catedral do Bispo de Roma, ou seja, o Papa. Seu nome oficial é Archibasilica Sanctissimi Salvatoris e é considerada a “mãe” de todas as igrejas do mundo, pois contém o trono papal. 5

PALAZZO DEL QUIRINALE Residência oficial do Presidente da República Italiana, já foi um palácio Papal. O obelisco que se encontra na Piazza del Quirinale foi feito, provavelmente, na época do imperador Domiciano imitando os obeliscos egípcios. 11

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VILA BORGHESE Situado na colina Pinciana, era a casa de recreio onde o Cardeal Scipione Borghese reuniu a sua coleção de arte, que inclui obras de Gian Lorenzo Bernini, Caravaggio, Leonardo da Vinci, Raffaello, Rubens e Tiziano. 12

"O que mais me impr Coliseu. Conhecer essionou em Roma foi o aquelas paredes tivea representatividade que Humanidade, traz um ram para a história da Museu do Vaticano a sensação sem igual. O pode deixar de ir. Té outro lugar que o turista não católico do mundo en odo morador do maior país história depois de cotenderá muito mais sobre sua reservar alguns diasnhecê-lo. Lembre-se de a pena conhecê-lo po para este passeio, pois vale de conhecer lugares r completo. Para quem gosta eu indico comer um fora do roteiro convencional, Piazza Fontana di T"panini de proscuto crudo" na entenderão a magia revi - acredito que todos da simplicidade italia na!!" Dr. He Oncologista de Belo Honrique Bronzatti rizonte Viajante de (MG) e Plantão

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GESTÃO DE NEGÓCIOS Qual é o seu papel como líder na área de saúde?

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DESIGN DE INTERIORES

ADEUS

MONOTONIA As cores podem transmitir mensagens poderosas sobre a sua personalidade e estilo, alĂŠm de tornar o ambiente agradĂĄvel aos olhos. Por Liliane Barreiros


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Partindo do princípio que tudo o que existe possui cor, tornase necessário utilizar-se de critérios para bem empregá-las. Quando corretamente utilizadas favorecem o ambiente, criando uma atmosfera agradável, valorizando e tornando-o aconchegante. No momento de se compor o ambiente, um estudo viabilizado por um profissional de Design de Interiores torna-se muito útil para se evitar erros comuns e despesas desnecessárias.

Passamos cerca de dois terços do nosso tempo em ambientes internos e a cor determina como nos relacionamos com o espaço e o que ele transmite. Quanto mais diálogo e informações a respeito de como o ambiente será utilizado e para quem se destina, mais chance haverá de se chegar ao final com resultado satisfatório. Para quem está pensando em colocar um pouco de colorido na sua vida, seguem algumas dicas:

O BRANCO É a junção de todas as cores. Transmite, para nós ocidentais, paz, pureza e tranquilidade. Cria sensação de limpeza e assepsia. Ele realça todas as cores que estiverem por perto e não deve ser empregado na totalidade do ambiente, pois em excesso provoca apatia. Pode ser utilizado em qualquer ambiente e dá sensação de amplitude em ambientes pequenos. Quando combinado com detalhes em outras cores, torna-se muito interessante e quebra a monotonia.

O AZUL Cor que acalma e tranquiliza, lembra o céu e os oceanos. Traz a ordem, harmonia e elimina tensões. No tom mais suave, é calmante e colabora para restaurar o equilíbrio emocional. Quando mais escuro, transmite autoridade e deve ser utilizado em ambientes mais formais. No espaço em que é empregado, harmoniza-se muito bem com peças decorativas em tons de branco e madeira clara. Não deve ser empregado em grandes áreas para se evitar a monotonia.

O VERDE Remete à natureza, aos campos e plantações. Transmite a sensação de frescor, segurança e proteção. Induz ao raciocínio correto e representa a calma e o equilíbrio. Muito bom quando empregado em ambientes onde se tomam decisões. Em tons claros, compõe muito bem com todas as madeiras, valorizando e destacando-as. Mais de uma tonalidade dessa cor no ambiente torna-o interessante e elegante.

O AMARELO É a cor que transmite luminosidade, pois remete ao sol. Estimula o raciocínio, é inspiradora e animadora. Ajuda no autocontrole. Ambientes onde se emprega o amarelo, são bem complementados pelo branco, beges, ocre ou marrons. Ótimo para a atividade intelectual e indicado também para ambientes sociais. Porém, em excesso provoca muita conversa e pensamentos demasiadamente acelerados.

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O LARANJA Cor da energia, é a soma do vermelho com o amarelo. Deste último traz a luminosidade e do vermelho a impulsividade. Transmite força, otimismo, expansão e ponderamento. Fica bem em todos os ambientes e pode ser utilizado em vários estilos de decoração, se empregado com parcimônia. Valoriza decorações baseadas em fibras naturais, couro e madeira. Favorece a criatividade e o diálogo e é excelente para recepções e salas de espera. O VERMELHO Cor quente e estimulante, sugere motivação. Quando utilizado em demasia pode acelerar os batimentos cardíacos. Por isso, prefira-o em acessórios e detalhes. Quando em doses certas, atrai a atenção, traz um ar de glamour e até de exótico. Compõe muito bem com tons neutros como o branco, beges e marrons.

O VIOLETA Ao usar essa cor, cria-se um ambiente intenso, sofisticado e cheio de energia. Em tons mais claros acalma o coração e a mente. Estimula a consciência e produz encantamento. Há quem acredite que eleva a alma. Em demasia pode provocar introspecção. Por ser uma cor com muita presença, deve-se empregá-la sempre junto a tons neutros. O PRETO Preto é ausência de cor. Deve ser usado em pequenos detalhes. Quando empregado com parcimônia, é sofisticado e transmite classe e bom gosto. Porém, em excesso, pode transmitir agressividade e tornar o ambiente opressivo. É excelente para fazer contraste com outras cores e para destacar obras de arte, como quadros. Acompanhado de tons dourados e prateados valorizam o ambiente. O segredo para se usar o preto é não deixar que a luz do ambiente se perca.

O MARROM É considerado uma cor neutra. Associado à terra e à estabilidade. Traz a idéia de comprometimento e credibilidade. Por ser uma cor neutra, fica bem em todos os ambientes e deve ser combinado sempre com outras cores. Detalhes em marrom podem ser empregados em ambientes de trabalho e salas de reunião, pois favorece a concentração e o discernimento.

Agora, quando for compor o seu ambiente - seja uma clínica, consultório, hospital ou seu escritório - não é preciso ter medo: utilize doses generosas de bom senso e bom gosto e saiba que as cores certas fazem toda a diferença na mensagem que sua empresa está passando aos seus clientes.

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Liliane Barreiros é colunista da Saúde S/A e designer de interiores - ABD 9561.

IMAGEM: LILIANE BARREIROS / SHUTTERSTOCK


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Fique conectado às últimas notícias e informações relevantes da área de gestão de saúde. INTERNET Uma pesquisa realizada em doze países pelo Bupa – instituição do Reino Unido especialista em serviços de saúde, demonstrou que em torno de 81% das pessoas que acessam a rede mundial de computadores, buscam nela informações sobre saúde... saiba mais LIMINAR A OAB-PR conseguiu uma liminar da Justiça Federal, permitindo aos seus associados aderirem ao plano de saúde coletivo da UNIMED. Desde maio de 2010, a RN n° 195 da ANS, não permitia novas adesões na modalidade de planos coletivos... saiba mais

FORMULÁRIO ELETRÔNICO A Comissão de Fiscalização do CFM espera instituir a utilização de um formulário eletrônico para o processo de fiscalização de estabelecimentos de saúde. O sistema opera em caráter experimental e se aprovado será utilizado pelo CFM em todo o país a partir de maio... saiba mais

GESTÃO SAUDÁVEL O Instituto Ébera oferece às secretarias de saúde que buscam melhoria na qualidade de vida da população, um projeto com metodologia para aplicação sistematizada de guidelines nas UBS e USF, que reduzem os agravos de saúde, assim como custos assistenciais dos municípios... saiba mais

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CONGRESSOS CURSOS

AGENDA Fique atento a nossa agenda e não perca os eventos mais importantes na área de gestão de saúde. ADH’2011 – Congresso Nacional de Administração Hospitalar – Saúde Brasil 2014 – Desafios e Perspectivas Data: 24 a 27 de maio de 2011 Local: Expo Center Norte – São Paulo Informações e inscrições: http://www.saocamilo-sp.br/adh2011/ VIII Congresso Nacional de Operadoras Filantrópicas de Planos de Saúde – Os Desafios da Sustentabilidade das Operadoras Data: 20 a 22 de julho de 2011 Local: Mendes Hotéis – Santos – SP Informações e inscrições: www.redesaudefilantropica.cmb.org.br 13º Comitê Nacional de Integração (CONAI) Data: 19 e 20 de maio de 2011 Local: Hotel Mabu – Foz do Iguaçu – PR Informações e inscrições: eventos.unimed.com.br 20º Congresso da Fehosp Data: de 03 a 06 de maio de 2011 Local: Atibaia Informações e inscrições: http://www.fehosp.com.br Seminário “A Moderna Auditoria em Saúde – Mudanças Recentes e Conseqüências Futuras” Data: 29 de abril de 2011 Local: Universidade Abramge Informações e inscrições: www.abramge.com.br ou (11) 3289-7511. Pós-Graduação em Gestão de Saúde Data: inscrições abertas Local: Senac 9 de julho – São Paulo – SP Informações e inscrições: http://www.sp.senac.br MBA Executivo em Gestão de Saúde Data: inscrições abertas – início previsto para Julho de 2011 Local: Instituto de Ensino e Pesquisa / Hospital Albert Einstein Informações e inscrições: http://www.einstein.br/Ensino Veja a agenda completa no site: revistasaudesa.com.br

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IMAGEM: SHUTTERSTOCK




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