REVISTA SBCC #53

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Revista da SBCC n o 53 julho/agosto 2011

revista

Nº 53 julho/agosto 2011 R$15,00

Diversidade nastécnicasde esterilização Case: Hospital São José

sbcc.com.br

SBCC leva Sala Limpa Itinerante a FCE 2011



sumário

revista

Edição N0 53 julho/agosto 2011

4

Editorial Eficiência energética, a hora é agora

6

Entrevista David Douek

10

Esterilização Diversidade nas técnicas de esterilização

18

Case: Hospital São José Área limpa amplia controle no processo de manipulação

24

FCE PHARMA 2011 SBCC leva conhecimento a evento

34

Notícias da SBCC

36

Sócios da SBCC

38 50 3

Artigo Técnico Filtros de ar: normalização, tendências e panorama geral

Opinião Transformando clientes em parceiros


Editorial

revista

Edição N0 53 julho /agosto 2011

Eficiência energética, a hora é agora

U

m debate importante instalou-

vêm melhorando os índices de consu-

se na economia global há pou-

mo de energia e buscando alternativas

Outro ponto que vale a pena ser ci-

co mais de uma década: a eficiência

ambientalmente mais corretas, so-

tado: o Ministério das Minas e Energia

energética. O termo reúne diversos

bretudo quanto à questão dos gases

já fez audiência pública e está dando

conceitos, tais como conservação de

refrigerantes.

formatação final ao Plano Nacional

bientes controlados.

energia para reduzir custos (o fazer

Uma outra preocupação aflige a to-

de Eficiência Energética, alinhado ao

mais com menos), uso cada vez maior

dos, e que não pode deixar de ser con-

Plano Nacional de Energia 2030. Não

de energias renováveis (em detrimento

siderada: a expectativa de que, com

será surpresa se, em um futuro próxi-

ao uso maciço dos derivados do petró-

o acelerado crescimento econômico,

mo, forem definidos limites de gastos

leo, que impera há mais de um século)

o Brasil possa enfrentar situações de

energéticos para a produção de deter-

e ações de preservação ambiental.

desabastecimento de energia, o que

minados itens. Eficiência energética é

elevaria seu custo.

um desafio, sem dúvida, mas também

No mercado de áreas limpas, o debate, notadamente no Brasil, começa

Dessa forma as empresas e pro-

abre um campo enorme de oportuni-

a dar seus primeiros passos. Há ao

fissionais que atuam no controle de

dades. E, para jogar mais luz nesse

menos uma explicação para isso ocor-

contaminação em ambientes fechados

debate, acompanhe a entrevista de

rer só agora: o mais importante nessa

devem se mobilizar em torno da efici-

David Douek, especialista em otimi-

atividade é garantir a classificação

ência energética. Seja pelo viés de re-

zação energética para a construção,

da área e, portanto, a excelência dos

dução de custos, seja pelo alinhamen-

nesta edição da Revista da SBCC.

processos de produção e a segurança

to ambiental que exige a otimização do

e saúde dos operadores. Além disso,

uso de energia, o tema tende a ganhar

os sistemas de condicionamento do

cada vez mais espaço nos projetos e

Conselho Editorial

ar, grandes consumidores de energia,

instalações das áreas limpas e am-

Revista da SBCC

Boa Leitura!

­SBCC – Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação - www.sbcc.com.br

4

Diretoria: Presidente: Dorival Sousa; Vice-Presidente: Marco Duboc; Diretor Técnico: Célio S. Martin; Diretor Financeiro: Raul A. Sadir; Diretor de Relações Públicas: Gerson Catapano; Diretor Emérito: Dr. Hans Sonnenfeld; Diretor do Núcleo Científico: Elisa Krippner; Diretor Núcleo Comunicação: Marcio Magno; Diretor Núcleo Eventos: Luciana Kimi; Conselho Consultivo Elegível: Celso Simões Alexandre, Heloísa Meirelles Costa e Luciana Kimi; Conselho Consultivo: Ana Maria Ferreira de Miranda, Carlos Eduardo Rein, Claudemir Aquino, Dirce Akamine, Elisa Krippner, Jonas Borges da Silva, Luiz Antonio Rocha, Silvia Yuko Eguchi e Suely Itsuko Ciosak; Conselho Fiscal: Yves L. M. Gayard, Murilo Parra e Jean-Pierre Herlin. Cargo não-eletivo: Delegada Internacional: Heloísa Meirelles Costa; Conselho Editorial Revista SBCC: Martin Lazar (editor-chefe), Camilo Souza (editor assistente), Carlos Prudente, Denis Henrique de Souza, Gerson Catapano, J. Fernando B. Britto, Paulo Matos e Rinaldo Lucio Almeida. Secretaria: Márcia Lopes Revista da ­SBCC: Órgão ofi­cial da ­SBCC – Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação. R. Sebastião Hummel, 171 – ­sala 402 ­CEP 12210-200 São José ­dos Campos – SP. Tel. (12) 3922 9976 – Fax (12) 3912 3562 E-­mail: ­sbcc@sbcc.­com.br; A Revista da S ­ BCC é u ­ ma publi­ca­ção bimes­tral edi­ta­da ­pela Vogal Comunicações. Tiragem: 5.000 exem­pla­res Vogal Comunicações: Editor: Alberto Sarmento Paz. Reportagens: Luciana Fleury e Marcelo Couto. Edição de Arte: Koiti Teshima (BBox). Diagramação: Caline Duarte, Edna Batista e Suely Castro Mello. Projeto Gráfico: Carla Vendramini/Formo Arquitetura e Design. Contatos ­com a reda­ção: Rua Laboriosa 37, São Paulo. Tel. (11) 3051 6475. E-­mail: reda­cao@vogal­com.­com.br Depto. Comercial: Marta Vieira (comercial.2@sbcc.com.br) e Aline Souza (comercial.1@sbcc.com.br). A SBCC é membro da ICCCS - International Confederation of Contamination Control Societies As opi­niões e os con­cei­tos emi­ti­dos ­pelos entre­vis­ta­dos ou em arti­ gos assi­ na­ dos n­ão s­ão de res­ pon­ sa­ bi­ li­ da­ de da Revista da S­BCC e n­ão expres­ sam, neces­sa­ria­men­te, a opi­nião da enti­da­de. Foto capa: Divulgação IPEN / Marcello Vitorino / Fullpress


100.000 Filtros absolutos. Exatamente: 100.000 filtros absolutos fabricados no Brasil. Mais uma marca alcançada pela TROX Brasil que queremos compartilhar com todos os nossos colaboradores e clientes. A história é curta, mas intensa. Em 1977 a TROX iniciou a importação de filtros absolutos, atendendo às necessidades do mercado que clamava por um produto de qualidade e seguro. A demanda cresceu e, em 1988, a empresa começou a fabricação em pequena escala. O salto não tardaria: em 1990 foi desenvolvida e construída a primeira máquina para plissar os packs. Dez anos depois, a criação de uma área isolada e dedicada para a produção dos filtros. O resultado aí esta: 100.000 unidades fabricadas e distribuídas no Brasil e América Latina. Uma marca que só obriga a TROX a renovar seus compromissos com o mercado brasileiro e latino americano:  buscar sempre a inovação tecnológica;  manter e ampliar a qualidade dos seus produtos;  preservar a excelência no atendimento e o suporte de engenharia no pós-venda.

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David Douek Diretor da OTEC - Otimização Energética para a Construção

Luciana Fleury

P

6

ensar nas soluções necessárias

Leed (Leadership in Energy and Envi-

Descubra qual acompanhando a en-

para tornar sustentáveis projetos

ronmental Design), Aqua (Alta Qualida-

trevista que ele concedeu à Revista da

de construção civil é o principal traba-

de Ambiental) e Procel Edifica (Progra-

SBCC.

lho de David Douek, fundador e diretor

ma Nacional de Eficiência Energética

da OTEC – Otimização Energética

em Edificações). São selos concedidos

Revista da SBCC: Qual a extensão da

para a Construção. Formado pela USP

para quem cumpre uma série de rigo-

preocupação com questões ligadas à

(Universidade de São Paulo) e com

rosas exigências, algumas que partem,

eficiência energética?

especialização em Green Building pela

inclusive, do processo construtivo em

David Douek: A extensão é a maior

instituição americana Colorado State

si, que deve causar o menor impacto

possível, pois trata-se de um movi-

University, Douek atua nesta busca

possível.

mento geral. Claro que será vivido em

em prédios comerciais, indústrias e

“Empresas que trabalham com solu-

momentos distintos por cada empresa

até equipamentos públicos: ele é o ar-

ções para ambientes controlados e

de acordo com o impacto de sua ativi-

quiteto responsável pelas adaptações

salas limpas serão diretamente impac-

dade, capacidade de antecipar-se a no-

que vão levar a estação USP Leste,

tadas por este movimento. Afinal, estão

vas demandas da sociedade, planos e

da CPTM, a transformar-se na primeira

envolvidas nas decisões de processos

condições de investimentos, etc. Mas é

estação de trens sustentável do mundo.

construtivos e oferecem equipamentos

algo que ninguém poderá ficar de fora.

É um processo irreversível. Incorporar

de relevante consumo energético”,

o máximo possível de conceitos sus-

informa Douek, ressaltando a impor-

Revista da SBCC: Existem fatores que

tentáveis já é algo corriqueiro em novas

tância de o segmento se preparar para

pressionam para que isso se acelere?

edificações e o número de projetos de

atender novos requisitos, desta vez

David Douek: Sim. O primeiro deles é o

adaptação em construções existentes

relacionados à sustentabilidade.

próprio crescimento da economia brasi-

só aumenta. Além disso, prédios novos

Ao mesmo tempo em que aponta este

leira, que aumenta a demanda por ener-

começam a ser concebidos para rece-

desafio, o especialista vislumbra um

gia, exigindo investimentos pesados

berem certificações “verdes”, como a

novo nicho de mercado para o setor.

em infraestrutura e em alternativas para

Foto: Divulgação / OTEC

ENTReVISTA


supri-la. Outro é a clara sinalização do

empresa que esteja envolvida no

não se adequarem. E um fornecedor

governo em dar relevância a esta preo-

fornecimento de soluções para ne-

que fique apenas centrado em especi-

cupação, com ações como certificar os

cessidades operacionais e que ainda

ficar ou entregar sistemas que atendam

estádios da Copa como obras sustentá-

não esteja olhando para esta questão

à classificação, sem levar em conta sua

veis. E há ainda a questão do preço da

deveria começar a prestar mais aten-

eficiência energética, começará a ser

energia elétrica no Brasil, com o risco

ção, pois pode perder oportunidades

visto de forma negativa por seu cliente.

de, pela simples pressão da demanda,

de crescimento ou mesmo ver reduzida

Ainda mais porque o consumo de uma

vir a sofrer aumentos, comprometendo

sua presença no mercado.

Sala Limpa não é desprezível.

Revista da SBCC: Há o risco de se

Revista da SBCC: E onde estão as

a competitividade de empresas que não estiverem preparadas.

perder mercado? Por quê?

oportunidades?

Revista da SBCC: Por estarem mais

David Douek: Porque a questão de re-

David Douek: Tudo o que envolve a

focadas em garantir a classificação

dução de consumo ficará cada vez mais

questão da sustentabilidade de manei-

do ambiente segundo a demanda do

forte nas empresas de todos os setores,

ra mais ampla ganha espaço no mer-

cliente, a questão da eficiência ener-

sem falar na busca por certificações,

cado. As empresas já perceberam que

gética ainda não chegou com grande

com requisitos ainda mais rigorosos.

é preciso assumir uma postura susten-

impacto às instalações voltadas ao

Além disso, tudo leva a crer que o custo

tável de maneira verdadeira, saindo do

controle de contaminação. Esta é uma

de energia será muito mais alto do que

discurso e partindo fortemente para a

realidade que pode mudar em breve?

atualmente, o que poderá reduzir e mui-

prática. São vários os fatores que levam

David Douek: Sem dúvida. Qualquer

to a competitividade de empresas que

a isso: a busca por certificações que


ENTReVISTA possuem

componentes

ambientais;

sustentabilidade são necessariamente

Revista da SBCC: O que está envolvi-

a necessidade de redução de custos

muito mais caros. Uma construção

do neste requisito?

operacionais; a cobrança da sociedade

pensada visando certificação custa em

David Douek: Desde coisas simples

por uma atuação ambientalmente res-

média 2% a mais, apenas. Uma dife-

como ter um capacho eficiente nos

ponsável; estratégias de comunicação

rença que será abatida da redução dos

acessos para que as pessoas limpem

e marketing; e até mesmo o orgulho e

gastos com consumo de energia, com o

seus pés antes de entrar, passando

prazer que trabalhar em uma empresa

reaproveitamento de água, etc.

por pisos de fácil limpeza e com baixa

com este tipo de atuação gera nos fun-

retenção de sujeira, conforto de tempe-

cionários. Por isso, quem passar a ter

Revista da SBCC: Mas o senhor acre-

ratura, instalação de filtros que ajudam

esse componente como diferencial em

dita ser possível equilibrar a relevância

a manter o ar limpo, especialmente em

sua oferta de produto e serviço, com

das áreas classificadas nos processos,

cidades muito poluídas. Mas há muito

certeza, irá se destacar no mercado.

muito deles que envolvem a segurança

mais para ser feito. O controle da conta-

das pessoas, com os cuidados volta-

minação nestes locais não precisa ser

Revista da SBCC: E a questão de

dos para construções sustentáveis?

levado a um extremo de uma sala limpa

custo? Incluir mais este quesito nos

David Douek: Totalmente. E vou mais

classificada, mas pode e deve fazer par-

projetos não promoverá um impacto

além: não é preciso separar Sala Limpa

te da qualidade de vida das pessoas. As

financeiro?

do contexto de uma construção susten-

associadas da SBCC, por exemplo, são

David Douek: É uma ideia errada o

tável. Ao contrário, em determinados

empresas que podem atuar de maneira

conceito de que processos envolvendo

pontos, eles até convergem. Na ver-

importante para indicar caminhos para

dade, alguns pré-requisitos de um pro-

a melhoria da qualidade do ar interior

cesso de certificação pressupõem uma

e podem desempenhar um papel mais

série de medidas que estão alinhadas

atuante nesta informação para o mer-

com a preocupação existente nas Salas

cado. Deveriam reforçar que podem ga-

Limpas e, de tão associados, despon-

rantir projeto, instalação, equipamentos

tam como um novo nicho de mercado

e validações para este requisito.

para as empresas do setor. Revista da SBCC: Quais os benefí-

CACR Engenharia e Instalações Ltda. Av. dos Imarés, 949 • Indianópolis 04085-002 • São Paulo • SP Tel: (11) 5561-1454 Fax: (11) 5561-0675 Produtos: • Projeto Executivo • Sistemas de Ar Condicionado Central • Sistema de Ventilação Industrial • Salas Limpas • Sistema de Coleta de Pó • Climatização Têxtil • Sistemas de Recuperação de Resíduos • Comissionamento, Validação • Contrato de Manutenção www.cacr.com.br • cacr@cacr.com.br

Revista da SBCC: Qual é esse novo

cios da qualidade do ar interior?

nicho de mercado?

David Douek: O mais importante dos

David Douek: Primeiro é preciso

benefícios é a saúde das pessoas que

explicar que são cinco as categorias

circulam e trabalham nestes ambientes.

envolvidas na implantação sustentável:

Basta comparar o custo de consumo de

eficiência energética e cuidados com as

energia com o custo de recursos hu-

emissões na atmosfera; uso racional da

manos. Cuidar das pessoas traz mais

água; otimização no uso de materiais e

retorno do que investir para diminuir a

recursos; qualidade ambiental interna;

conta de luz. Este conceito deveria ser

e localização sustentável.

incorporado de maneira quase obriga-

Vamos nos focar na qualidade ambien-

tória, pois já existem plenas condições

tal interna. As empresas do âmbito da

de se garantir renovação correta de ar

SBCC podem se apresentar como as

e de manutenção de um ar limpo dentro

que reúnem as melhores condições

das edificações. Há exemplo de uma

para garantir o ar limpo em ambientes

indústria que migrou de uma planta

fechados. Elas possuem conhecimento

convencional para uma “verde” e viu

técnico, experiência e produtos e ser-

o índice de absenteísmo cair em 14%,

viços já prontos para serem usados no

pois seus profissionais ficam menos

cumprimento deste requisito.

doentes.

8



Esterilização

Diversidade nas técnicas de esterilização Métodos físicos, físico-químicos e químicos compõem os mecanismos utilizados para a esterilização, que visa eliminar micro-organismos capazes de levar à contaminação e deterioração de produtos ou provocar infecções em seres vivos. Dada a variedade de técnicas disponíveis, deve-se buscar a mais apropriada a cada tipo de aplicação e material Marcelo Couto

E

mbora o uso do calor seja a forma

de cosméticos, resinas, embalagens,

da microbiologia, que se estabelece-

mais difundida de esterilização,

tintas e matérias-primas variadas”,

ram princípios e foram obtidos os mais

há atualmente uma diversidade

comenta Silvia Eguchi, coordenadora

significativos avanços que levaram ao

de técnicas eficazes para promover

do Grupo de Trabalho de Microbiologia

desenvolvimento dos métodos moder-

a eliminação de micro-organismos

(GT2) da SBCC.

nos, incluindo a técnica de esterilização

(fungos, bactérias e seus esporos) e

A escolha da técnica de esteriliza-

por calor, a descoberta do peróxido

até vírus, que, caso não sejam destru-

ção mais adequada para cada caso

de hidrogênio e do óxido de etileno, o

ídos, podem se desenvolver de forma

depende do tipo de material que deverá

estabelecimento de processos de alta

indesejada e provocar problemas como

passar pelo processo, da carga micro-

pressão e temperatura, a construção

deterioração, falhas nas etapas de con-

biana envolvida e de outras condições

do primeiro autoclave e a realização de

servação, comprometimento na utiliza-

para o emprego do método, pois cada

experiências com vários agentes este-

ção de certos produtos ou utensílios e

alternativa apresenta um conjunto de

rilizantes.

ainda causar graves contaminações e

vantagens e desvantagens a serem

“A área de alimentos foi a pioneira

infeccções.

consideradas nos critérios de avaliação

na busca de métodos de esterilização”,

de custos, eficiência, agilidade, dispo-

lembra Silvia Eguchi. De fato, no sécu-

nibilidade de espaço e segurança.

lo XVIII, o cozinheiro francês Nicolas

As técnicas de esterilização são comumente utilizadas com o objetivo de garantir níveis adequados de segurança

Appert (1749-1841), considerado o “Pai

em alimentos e medicamentos, além de

das Conservas”, criou uma técnica

instrumentos e dispositivos utilizados

Evolução

no ambiente médico-hospitalar, mas a

10

inovadora que consistia em cozinhar por um certo tempo alimentos acondi-

sua aplicação também se estende a di-

Desde longa data, o homem busca

cionados em recipientes herméticos

versas outras áreas. “Gradativamente,

formas de realizar o que hoje conhe-

de vidro, selados com rolhas, em água

algumas das técnicas passaram a ser

cemos como esterilização. Achados

fervente, de forma a preservá-los para

empregadas em diversos segmentos

de 1450 a.C registram o que seria a

o consumo por muito mais tempo, o que

industriais, cujos produtos são suscetí-

“esterilização” pelo fogo. Mas foi a

representou um importante avanço na

veis à biodeterioração, como é o caso

partir do século XIX, com os avanços

área e ajudou a combater doenças de


Fotos Divulgação / Marcello Vitorino / Fullpress / IPEN

Irradiador multipropósito do IPEN (acima). Na página ao lado, as fontes de cobalto, emissoras de radiação origem alimentar. A esterilização de alimentos enlatados formou inclusive a base da ciência da autoclavação, que é uma das formas mais utilizadas ainda hoje de esterilização por calor úmido e que se estendeu para várias outras aplicações, notadamente nos segmentos médico-cirúrgico e na indústria farmacêutica. Deve-se ao

A ABNT registra atualmente 41 documentos relacionados à esterilização, sendo 25 no âmbito do CB-26

químico francês Charles Chamberland (1851-1908), um dos colaboradores do cientista Louis Pasteur, a concepção e construção do primeiro equipamento de

serviram de base também para a nor-

autoclave.

malização do tema no Brasil. Somente

A evolução do conhecimento técni-

a ABNT – Associação Brasileira de

co-científico levou ao desenvolvimento

Normas Técnicas registra atualmente

de diversas técnicas de esterilização

41 documentos relacionados à esterili-

baseadas em meios físicos, físico-quí-

zação, sendo 25 no âmbito do CB-26,

micos e químicos. Os físicos incluem o

dedicado ao segmento odonto-mé-

próprio calor (seco ou úmido), a filtração

dico-hospitalar. Há ainda portarias e

e a radiação; enquanto os físico-quími-

regulamentações específicas do Minis-

cos dizem respeito aos processos que

tério da Saúde e da Anvisa – Agência

utilizam principalmente óxido de etileno

Nacional de Vigilância Sanitária, o que

(EtO) e peróxido de hidrogênio. Essas

mostra o grau de preocupação com o

são as técnicas mais empregadas em

tema.

larga escala. Além delas, há as que usam agentes químicos como formaldeído, glutaraldeído e ácido peracético,

Calor Seco

entre outras substâncias. Existem diversas normas interna-

O calor é considerado o agente

cionais que tratam das técnicas de es-

físico mais prático e eficiente para es-

terilização e suas aplicações. Algumas

terilização. Pode ser utilizado seco ou

11


Esterilização úmido e sua eficácia depende basicamente de dois fatores: o tempo e a temperatura a que o produto fica exposto durante o processo. seco podem ser utilizadas estufas (também conhecidas como forno de Pasteur) ou túneis de esterilização. A morte dos micro-organismos neste caso decorre da oxidação e desidratação das células. As estufas, em particular, são frequentemente empregadas em consultórios médicos e odontológicos em virtude tanto da facilidade de operação quanto do seu baixo custo. Como regra geral, recomenda-se o calor seco para esterilizar vidros,

Foto Divulgação / Marcello Vitorino / Fullpress / IPEN

Para o processo envolvendo calor

Alguns alimentos que podem ser tratados pela irradiação

metais, óleos e substâncias em pó, ou seja, produtos resistentes à variação de

ção. Para instrumentos cirúrgicos, por

sa que oferece soluções para terapia

temperatura ou que podem se oxidar

exemplo, o tempo de exposição é de

de infusão e nutricional com produtos

com o vapor. Um exemplo desta alter-

120 minutos à temperatura de 170ºC,

farmacêuticos, dispositivos médicos e

nativa é para o caso de instrumentos

mas se a temperatura for reduzida a

descartáveis. Ela enfatiza, no entanto,

de corte, pois não danifica a função

140ºC é necessário dobrar o tempo.

que apesar das suas muitas vantagens,

cortante e não provoca ferrugem. Em

a utilização de calor úmido apresenta

contrapartida, não é uma solução

como principal limitação o fato de não

para esterilizar líquidos nem materiais

Calor úmido

componentes têxteis, plásticos ou de

Assim como no caso do calor seco,

turas elevadas.

o calor úmido (vapor saturado sob pres-

A forma mais usual de realizar a es-

“Pelo fato de não ser tão penetrante

são) atua desnaturando e coagulando

terilização pelo calor úmido é com au-

quanto o calor úmido, o processo en-

as proteínas das células microbianas,

toclaves. Nesse tipo de equipamento,

volvendo calor seco requer o uso de

mas com a vantagem de que a água

o material fica exposto ao vapor d’água

temperaturas mais elevadas, por isso,

presente neste caso contribui para a

sob pressão a 121°C durante 15 minu-

não é indicado para produtos termos-

destruição das membranas e enzimas

tos. Os itens devem ser embalados de

sensíveis, embora devamos lembrar

e induz à eliminação das ligações de

forma a permitir o contato com o vapor

que alguns produtos não suportam

hidrogênio, tornando assim o método

e o processo deve se dar no vácuo,

nem mesmo a temperatura do calor

mais eficaz e reduzindo o tempo de

para que a temperatura desejada seja

úmido”, considera Yves Léon Marie

exposição dos materiais.

alcançada com mais eficiência, além

borracha.

“Por ser um processo eficiente,

de permitir a penetração do vapor nos

de fácil utilização, custo acessível e

poros do material e também evitar a

Além das restrições quanto ao tipo

bem conhecido, o vapor saturado sob

formação de bolsões de ar frio.

de material, outra desvantagem do

pressão tornou-se o método mais uti-

“A elevada temperatura e a pressão

processo envolvendo calor seco é que

lizado de esterilização para a maioria

que formam as bases da técnica de

ele atua mais lentamente que o calor

dos casos”, destaca Maria Silva de

autoclavação são suficientes para obter

úmido, o que exige temperaturas mais

Oliveira, supervisora de Controle da

a esterilização, levando os micro-or-

elevadas ou maior tempo de exposi-

Qualidade da Fresenius Kabi, empre-

ganismos à morte. Uma vez finalizado

Gayard, analista de Validação da ABL – Antibióticos do Brasil.

12

servir para esterilizar pós, líquidos e produtos que não resistem a tempera-

termossensíveis, como os que contêm


o processo, os materiais são naturalmente resfriados e não necessitam de quarentena para eliminar resíduos, diferentemente da esterilização por óxido de etileno, o que representa uma importante vantagem da técnica baseada no calor úmido”, considera a especialista da Fresenius. Apesar de eliminar os tipos mais

O calor é considerado o agente físico mais prático e eficiente para esterilização. Ele pode ser utilizado seco ou úmido

apenas que o material passou pelo processo. Para demonstrar que a esterilização foi eficaz, costuma-se utilizar um indicador biológico, porém o seu uso é um pouco complicado e encarece a operação. O bioindicador, no entanto, costuma ser um grande aliado para monitorar ocasionalmente o processo e avaliar a sua eficácia.

comuns de vírus, fungos e bactérias, a

Fora a autoclavação há ainda outro

técnica de esterilização por calor úmido

método comum de esterilização por ca-

pode não destruir completamente os

lor úmido, chamado tindalização. Neste

príons. Existem no mercado autoclaves de parede simples e de parede dupla,

registram a temperatura e pressão em

caso, o material é submetido a três

função do tempo, permitindo acompa-

sessões de exposição a vapor d’água a

nhar o desempenho do equipamento.

100°C, durante um intervalo de 20 a 45

estes mais sofisticados e que permitem

Uma fita indicadora também pode

minutos, 45 minutos e, por fim, por mais

melhores extração do ar e secagem. O

ser colocada em embalagens de pro-

um período de 20 a 45 minutos, com um

monitoramento do processo é impor-

dutos antes de iniciar o processo, para

repouso de 24h entre cada uma dessas

tante para garantir que a esterilização

identificar que o material (ou o lote) foi

sessões. Mesmo havendo germinação

tenha sido bem-sucedida. A maioria

submetido ao calor. A fita não garante

dos esporos entre duas sessões a

das autoclaves possui sistemas que

que a esterilização tenha sido eficaz,

esterilização fica garantida com a sua


Fotos: Arquivo SBCC

Esterilização

Autoclaves instaladas em unidades de produção em indústria de medicamentos veterinários e em farmacêutica: uso do vapor sob pressão posterior destruição ao fim de todas

ticos e devem, eles próprios, também

embalagem final e a penetração da ra-

as etapas. É normalmente usada para

ser esterilizados, geralmente em auto-

diação assegura esterilização de todo

soluções açucaradas ou com gelatina.

claves, a uma temperatura que não da-

o volume. Além disso, o processo é

nifique suas frágeis membranas. Para

contínuo, seu único controle é o tempo

garantir a esterilidade, as membranas

de exposição dos produtos à radiação,

filtrantes necessitam ser verificadas

e não requer tratamento posterior”,

quanto a perfurações durante ou antes

destaca Wilson Calvo, gerente do

Filtração estéril No caso de líquidos e gases sensí-

do uso. Mesmo com esses cuidados, é

Centro de Tecnologia das Radiações

veis a temperatura ou que tenham res-

recomendável que a filtração seja reali-

do Instituto de Pesquisas Energéticas

trição ao uso de processos químicos,

zada em ambiente controlado.

e Nucleares (IPEN), autarquia gerida

pode ser necessário lançar mão da

pela CNEN – Comissão Nacional de

filtração estéril, que consiste na remo-

Irradiação

ção mecânica de micro-organismos. Neste processo, a solução ou o gás

14

Energia Nuclear, ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia. Segundo ele, outro aspecto a destacar é que o emprego

atravessam um filtro com membranas

A radiação ionizante é uma das

de embalagem impermeável a gases

de diâmetros bastante diminutos. Um

alternativas para casos que reque-

assegura esterilização por tempo ilimi-

exemplo da utilização dessa técnica é

rem esterilização “a frio”, podendo ser

tado. “A probabilidade de encontrarmos

na produção de vitaminas e antibióti-

empregada em sólidos e fluidos. A

um único micro-organismo no produto

cos.

radioesterilização consiste na redução

radioesterilizado é de 1 em 1.000.000”,

A filtração pode ser considerada um

dos micro-organismos, impedindo que

enfatiza.

processo relativamente rápido e econô-

se reproduzam, pela quebra de suas

A lista de materiais compatíveis com

mico de se obter a esterilização, mas

cadeias moleculares (DNA) e induzindo

a radiação inclui termoplásticos, borra-

somente é possível utilizá-la em fluidos.

reações dos fragmentos com o oxigê-

chas, têxteis, metais, pigmentos, vidros,

Além disso, obviamente, esse método

nio atmosférico ou compostos oxigena-

pedras preciosas, papéis, adesivos e

também não pode ser empregado nos

dos. Tecnicamente, duas fontes podem

tintas, entre outros. Na área médica,

casos em que os sólidos em suspensão

ser utilizadas no processo de radiação

pode ser utilizada em seringas descar-

nos fluidos são o próprio princípio ativo.

ionizante: raios gama de fontes seladas

táveis, agulhas, catéteres, luvas, kits ci-

Os meios filtrantes (velas porosas,

de Cobalto-60 ou feixe de elétrons de

rúrgicos, suturas, implantes, proteínas,

discos de amianto e filtros de vidro

aceleradores industriais de média e alta

unidades para hemodiálise, pinças e

poroso, por exemplo) podem ser feitos

energias.

reagentes. A lista inclui ainda próteses,

de diversos materiais, como acetato de

“As vantagens incluem o fato de

cosméticos, aditivos e componentes

celulose, policarbonato e outros sinté-

que os produtos são esterilizados na

farmacêuticos, meios de cultura, solu-


ções e ingredientes para laboratórios. Mais recentemente, vem sendo utilizada também na esterilização de tecidos humanos (ossos e peles) para enxerto e pacientes com graves queimaduras. Além dessas e outras aplicações, um dos segmentos na mira da irradiação é o de processamento de alimentos e produtos agrícolas. “A técnica

Autoridades de vigilância sanitária de 37 países, inclusive o Brasil, já aprovaram o uso de irradiação em mais de 40 tipos de alimentos

é utilizada em especiarias (pimenta do reino), plantas medicinais, frutas (mangas), carne moída (hambúrguer) em países industrializados, como os

é reduzido”, pondera o analista de Vali-

Estados Unidos, mas ainda busca se

dação da ABL, Yves Gayard. As insta-

expandir no Brasil e em outros países

lações devem seguir rígidas normas de

em desenvolvimento”, constata Calvo.

segurança e ter pessoal especializado.

A propósito, autoridades de vigilância

Além da radiação ionizante (raios

sanitária de 37 países, incluindo o

gama e feixe de elétrons), há a não-io-

Brasil, aprovaram a irradiação em 40

nizante (raios ultravioleta), que é menos

tipos de alimentos. As decisões foram

usual para esterilização, porque tem

influenciadas pela publicação de nor-

baixo poder de penetração, não atra-

mas nacionais e internacionais sobre

vessando vidros, filmes sujos e outros

o tema.

materiais espessos.

Como em outras aplicações relacionadas à radiação, a técnica enfrenta resistências, mas, segundo Calvo, a

Óxido de Etileno

informação e o esclarecimento são os melhores meios para ampliar a utili-

O óxido de etileno (EtO) é um gás

FILTRAX DO BRASIL FABRICANTE DE FILTROS DE AR, FILTROS BOLSA, FILTROS

zação dessa alternativa. “A irradiação

utilizado desde a Segunda Guerra

de alimentos vem sendo pesquisada

como alternativa de esterilização a bai-

ABSOLUTOS, FILTROS CARTUCHOS,

há mais de 50 anos e, do ponto de

xa temperatura, notadamente no caso

FILTROS DE ÁGUAS, ESTRUTURAS DE

vista técnico, mostra-se bastante efi-

de produtos e artigos médico-hospita-

ciente para eliminar ou reduzir micro-

lares com componentes plásticos ou

organismos, parasitas e pragas, sem

termossensíveis que não resistem a

prejuízo ao alimento e ainda garantindo

temperaturas superiores a 60°C ou a

a segurança alimentar ao consumidor”,

processos de radiação. Ele apresenta

defende.

grande eficácia na destruição de micro-

Nas diversas aplicações há tam-

organismos formadores de esporos.

bém outra questão prática e econômi-

Ganhou espaço na aplicação em ins-

ca a ser superada para maior dissemi-

trumentos de uso intravenoso e cardio-

nação dessa técnica, que é a oferta

pulmonar, aparelhos de monitorização

de irradiadores comerciais com fontes

invasiva,

seladas de Cobalto-60 e aceleradores

materiais elétricos (eletrodos, fios elé-

industriais de elétrons licenciados pela

tricos) e marcapassos, entre diversos

CNEN para operar. “O número de em-

outros.

presas no Brasil que prestam o serviço

instrumentos

telescópios,

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O processo de esterilização com o

15

Rua Philomena Vivilechio, 142 Taboão da Serra – São Paulo – SP


Esterilização óxido de etileno é normalmente executado com temperatura na faixa de 40ºC a 60ºC, umidade relativa com ponto ótimo entre 40% e 80% e uma concentração de gás normalmente acima de 400mg/l (ponto ótimo de eficiência) com duração média de ciclo de três a até mais de 10 horas. O EtO penetra em papel, tecido e em alguns filmes plásticos, mas pesa contra ele o fato de ser altamente inFoto: Arquivo SBCC

flamável, tóxico e cancerígeno, o que exige cuidados. No Brasil, a Portaria Interministerial MS/MET nº 482, em vigor desde abril de 1999, estabelece procedimentos para as instalações de unidades de esterilização com esse

Preparo de bolsas para envio a autoclave

tipo de gás e disciplina ainda as suas misturas e seu uso. Nos Estados Uni-

A esterilização é feita em câmara

de hidrogênio (H2O2) é outra tecnologia

dos, a OSHA – Occupational Safety

de gás própria para essa finalidade,

de esterilização de baixa temperatura

and Health Administration também

preenchida com EtO e gases diluentes,

(ciclo entre 45°C a 55°C) disponível.

estabelece limites para a exposição

como dióxido de carbono ou nitrogê-

Assim como o óxido de etileno, esse

dos operadores ao gás neste tipo de

nio (antes usava-se também CFC). A

método encontra grande aplicação em

operação.

vantagem desse processo é o ganho

instrumentos e dispositivos médico-

O processo de esterilização com

de escala, dada a quantidade de itens

hospitalares. As suas propriedades

EtO normalmente inclui uma fase de

processados de uma vez em um pallet,

oxidantes são capazes de destruir uma

pré-condicionamento

condicina-

por exemplo. Mas o ganho de escala

ampla gama de patógenos e apresenta

mento, seguida de vácuo para a retira-

obtido implica na utilização de grandes

como vantagem a rapidez no processo,

da do ar do interior da câmara, entrada

quantidades de agente esterilizante,

já que a liberação do produto ocorre

de gás inerte e agente esterilizante

que gera um elevado volume de resí-

num intervalo de 30 minutos a 1 hora.

(EtO), exposição (fase de esterilização

duos de EtO, com alta inflamabilidade

Conforme descrito em artigo da

propriamente dita), lavagens com gás

e os problemas de armazenamento daí

odontóloga e enfermeira Denise De-

inerte e ar para remover resíduos de

decorrentes, o que requer cuidados

marzo, publicado na edição 23 da

EtO e, por fim, uma aeração completa

especiais de manuseio e treinamento

Revista SBCC (“A evolução dos esteri-

para eliminar o gás da carga.

ou

adequado. Em função de custos e do

lizadores a baixa temperatura: plasma

“A esterilização com EtO continua

banimento mundial do CFC, por causa

de peróxido de hidrogênio”, veja artigo

sendo o método mais utilizado para dis-

dos impactos na camada de ozônio, os

completo acessando o site www.sbcc.

positivos médico-hospitalares descartá-

processos tendem a utilizar 100% de

com.br), dentro da câmara de esterili-

veis no mercado brasileiro e mundial,

óxido de etileno ou misturas de EtO e

zação se desenvolvem reações a partir

com os processos por irradiação apre-

dióxido de carbono.

do H2O2 que interagem com moléculas essenciais ao metabolismo e reprodu-

sentando grande potencial neste segmento”, considera Fabiano Andreazza, supervisor de Esterilidade Assegurada da BD Medical, empresa que atua no

Plasma de Peróxido de Hidrogênio

16

ligações químicas inespecíficas com membranas citoplasmáticas, enzimas, ácido desoxirribonucleico (DNA) e

fornecimento de dispositivos médicohospitalares.

ção dos micro-organismos, realizando

A utilização de plasma de peróxido

ácido ribonucleico (RNA), entre outros,


que resulta em ação esporicida, fungicida, bactericida e virucida. Ao fim da esterilização e uma vez terminada a ação das ondas eletromagnéticas, as espécies químicas tendem a se recombinar formando H2O e O2 em pequenas concentrações, dispensando a aeração dos artigos. Os equipamentos também não re-

As técnicas de esterilização asseguram níveis adequados de segurança em alimentos, medicamentos e em outros produtos

consulta ao fabricante do artigo a ser esterilizado para garantir que pode ser submetido a esse método. Dispositivos que contenham celulose, por exemplo, podem absorver em excesso o precursor químico. Por isso, as embalagens devem ser diferenciadas. A capacidade de penetração de peróxido de hidrogênio também impõe

querem áreas com rede de vapor ou

limitações no comprimento e diâmetro

tubulações e o cassete que carrega

dos lumens (quantidade de luz visível

o peróxido de hidrogênio não requer

que um sistema emite) que podem ser

condições controladas de temperatura

o atendimento aos requisitos de eficá-

no transporte e armazenamento. Os

cia e segurança das regulamentações

modernos equipamentos também têm

RDC nº 185/01 e nº 56/01.

efetivamente esterilizados. Em relação aos aspectos de segurança para o usuário, mesmo consi-

ciclo automatizado e computadoriza-

Existem, por outro lado, restrições

derando que o peróxido de hidrogênio

do, além de permitir o cancelamento

inerentes à tecnologia. O sistema é

não seja tóxico na mesma medida que

do ciclo, caso as condições mínimas

incompatível com líquidos. Por ser um

o óxido de etileno, a OSHA também es-

para a sua reprodutibilidade não sejam

forte oxidante, o peróxido de hidrogênio

tabelece limites de exposição a deter-

alcançadas. Para o registro desses

também pode ser incompatível com

minadas concentrações da substância

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1

6/22/2011

equipamentos no Brasil são exigidos

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certos materiais, o que exige do usuário

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Case: Hospital São José

Área limpa amplia controle no processo de manipulação Em sua busca para se tornar referência em tratamentos oncológicos, o Hospital São José investe na criação de uma área limpa de mais de 50 metros quadrados para a manipulação de quimioterápicos Luciana Fleury Farmacêuticos analisam as prescrições e separam medicamentos

T

Fotos: Gáucia Motta

Materiais são recebidos na área de manipulação já higienizados

Ambiente conta com duas cabines de biossegurança classe II B2

18

ornar-se um centro de excelência

rizar a dosagem de medicamentos mi-

em oncologia voltado para o pú-

nistrados aos pacientes em tratamento,

blico de alto padrão é o objetivo

foi baseada na busca por autonomia,

para o qual o Hospital São José não

maior agilidade e opção por maior con-

tem poupado esforços e investimen-

trole no processo de manipulação.

tos. Para deixar de ter uma atuação

Antes de iniciar os estudos e pro-

generalista e transformar-se em um

jetos para concepção e instalação de

local especializado, a instituição, que

uma sala limpa era preciso encontrar

faz parte do complexo da Beneficência

um local que abrigasse o espaço. Uma

Portuguesa de São Paulo, destinou o

tarefa nada fácil, já que a reforma para

5º e o 6º andares para abrigar a área

a adequação à nova proposta previa

oncológica, realizou reformas, rees-

proporcionar conforto de alta hotelaria

truturou seu corpo clínico, trazendo

aos pacientes, com quartos espaço-

nomes de peso para seus quadros,

sos e ambientes amplos e arejados.

e já tem planos para expansão (veja

“A solução foi utilizar uma parte loca-

mais na pág. 22), passando a competir

lizada no subsolo, próxima de onde se

diretamente com os principais hospi-

encontra a farmácia central da institui-

tais de referência pela preferência dos

ção”, comenta Luiz Celso Soares de

pacientes.

Camargo, Superintendente de Infraes-

Entre as iniciativas para este novo posicionamento está também a cons-

trutura do Complexo da Beneficência Portuguesa de São Paulo.

trução em suas dependências de uma

O pé direito baixo, de 2,2 metros

área limpa voltada para a manipulação

com entreforro de apenas 255 mm,

de quimioterápicos. A decisão de man-

transformou-se no principal desafio

ter um local próprio, ao invés de tercei-

da instalação da área limpa e poderia


inviabilizar o projeto, já que o padrão das caixas terminais usadas para a difusão do ar climatizado nesse tipo de instalação varia entre 350 e 400 mm. “Era preciso atender a necessidade do cliente, respeitando seu limite orçamentário e, claro, garantindo que as soluções resultassem na classificação desejada”, observa Francisco Lima, projetista técnico da Masstin, empresa responsável pela concepção do projeto, projeto executivo e todo o dimensionamento do sistema.

Como parte do caminho para tornar-se um centro de excelência em oncologia, o Hospital São José construiu uma área limpa voltada para a manipulação de quimioterápicos

A saída foi procurar no mercado

Processo de manipulação do quimioterápico segue técnicas assépticas

um fornecedor que pudesse oferecer uma caixa terminal desenhada sob medida. “A Linter aceitou o desafio

blema”, conta Lima. A caixa terminal,

ambientes ISO classe 7 ou ISO classe

de atender o que nós especificamos

de apenas 250 mm de altura, tornou

8, dependendo do tipo de atividade

e produziu uma caixa com altura es-

possível então a construção da sala

desenvolvida na área (paramentação,

pecial que não faz parte de sua linha

limpa de manipulação de quimioterá-

liberação e estocagem, higienização e

anuncio_camfil_08_07_11.pdf

1

7/8/11

3:33 PM

de produtos, solucionando nosso pro-

picos de 52,6 metros quadrados, com

manipulação).


Case: Hospital São José

Formulações são preparadas de forma individualizada por paciente

Prescrições e dados do paciente são duplamente verificados

Ambientes classificados

sicantes (têm capacidade de provocar necrose, por exemplo) ou irritantes. Soma-se a tudo isso a necessidade de agilidade na manipulação para garantir

O controle de contaminação é

o atendimento.

fundamental na manipulação de qui-

Tudo isso é levado em conta na

mioterápicos, por ser uma formulação

rotina de produção de quimioterápicos

injetada diretamente na corrente san-

seguida no Hospital São José na pre-

guínea. A produção segue as mesmas

paração das atuais cerca de 40 bolsas

regras da legislação das Boas Práticas

por dia (capacidade máxima de 2.000

M

da Fabricação de Medicamentos e ain-

bolsas/mês). Ao receber uma pres-

Y

Especialidades:

da precisa atender exigências especí-

crição, no ambiente de liberação, a

CM

• Ar Condicionado • Refrigeração • • Ventilação Industrial • Filtragem • Salas Limpas • Retrofit •

ficas, como a RDC 220, de 2004, e a

Áreas de Atuação:

so delicado e que exige uma rotina

EXCELÊNCIA EM INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO

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K

Contando com uma equipe de profissionais altamente qualificados, realizamos trabalhos de engenharia, obras, gestão de contratos e serviços corretivos que contemplam os segmentos de:

• Engenharia • Obras • • Gestão de Contratos • • Serviços Corretivos •

RDC 67, de 2007, da ANVISA. Vários aspectos tornam o procesde cuidados e controles. Por ser uma prescrição sob demanda, feita de forma específica para cada paciente, não é possível trabalhar com produção em

Masstin Engenharia e Instalações Ltda. Av. Sete de Setembro, 97 Jardim Recanto 09912-010 – Diadema SP Fone/Fax: (11) 4055-8550 Site: www.masstin.com.br E-mail: comercial@masstin.com.br

escala. O prazo ideal entre a efetiva preparação e o uso do medicamento é curto, apenas 24 horas. Além disso, algumas substâncias utilizadas são ve-

20

Pé direito baixo foi o principal desafio da instalação da sala limpa e demandou caixa terminal feita sob medida


equipe técnica acessa o prontuário do paciente e faz uma análise do pedido de acordo com os protocolos padrões da terapia. A solicitação aprovada segue para a área de armazenamento (ISO classe 8), na qual são separadas as matérias-primas e as bolsas assépticas que receberão o medicamento. Com as bolsas devidamente rotuladas com nome do paciente, indicação

Farmacêuticos analisam prescrição de acordo com os dados do paciente e comparam com protocolos, antes de iniciar a produção

de via de administração, orientação de conservação e informação se há presença de contaminantes perigosos, tudo é direcionado via caixa de passagem para o setor de higienização

ratura de 22°C, com pressão negativa

(ambiente ISO classe 8).

em relação aos outros ambientes –

Por outra caixa de passagem, os

evitando assim possível contaminação

materiais higienizados seguem para a

cruzada. Nela, as formulações são

área de manipulação, com classifica-

trabalhadas em duas cabines de bios-

ção ISO 7; 100 trocas de ar por hora

segurança classe II B2, com vazão de

(100% exaustão), mantida a

ar de 1.500 m³/h cada.

tempe-

Luiz Celso Camargo: iniciativas visam o atendimento diferenciado


Case: Hospital São José Condições de assepsia são mantidas por rotinas de limpeza e de descontaminação, realizadas de forma periódica e controlada

As bolsas higienizadas e lacradas

dos ambientes. Treinados e equipados

saem por outra caixa de passagem,

com uniformes específicos para uso

voltando para a área de liberação.

em área limpa, utilizam solução deter-

Os técnicos realizam uma nova ava-

gente e um agente antimicrobiano. Se-

liação, verificando as condições finais

manalmente, é feita a limpeza terminal

do produto e, uma vez aprovados, os

da Sala de Manipulação usando, além

medicamentos são enviados para ad-

das soluções utilizadas diariamente,

ministração aos pacientes.

mais um agente sanitizante e desinfe-

Para manter as condições de

tante.

limpeza da área, diariamente, após o

Para assegurar a descontamina-

término do expediente, colaboradores

ção, são feitos controles microbiológi-

do setor de higiene realizam a limpeza

cos do ambiente semanalmente (fluxos

Ampliação já em projeto Apesar de ter sido inaugura-

Antônio Carlos Buzaid, que durante

clusivamente oncológico e salas de

do em 2007, o direcionamento do

os últimos 12 anos esteve à frente

radioterapia. A expectativa é atender

Hospital São José para a área de

do serviço de oncologia do Hospital

9,6 mil pacientes por ano.

oncologia foi decidido apenas no

Sírio-Libanês. A equipe ainda con-

E já está em marcha o plano de

final de 2009. Após esta definição, o

ta com os oncologistas Fernando

expansão. A perspectiva é que em

5º e o 6º andares foram destinados

Cutait Maluf e Riad Younes, nomes

dois anos, no local que hoje abriga o

para abrigar o Centro de Oncologia,

de alta representatividade na espe-

Banco de Sangue da instituição (que

o primeiro passo de uma série de

cialidade.

fica no mesmo terreno do hospital),

iniciativas que vêm sendo tomadas

Além disso, promoveu-se uma

seja erguido um novo prédio, total-

para criar as condições a fim de se

reformulação total em seus quartos,

mente direcionado ao atendimento

apresentar ao mercado como um

transformando-os em ambientes ex-

oncológico. A sala limpa voltada para

local especializado no tratamento de

clusivos de alta hotelaria. O centro

a manipulação de quimioterápicos

câncer.

de oncologia do São José é interli-

também será migrada para o edifício

Para tanto, foram feitos investi-

gado com o hospital, onde ficam os

novo e a previsão inicial é que ocupe

mentos significativos tanto em equi-

55 leitos de internação. No atendi-

todo o último andar, ampliando sua

pe quanto em infraestrutura. Para

mento geral serão 38 salas de qui-

área e capacidade de produção.

comandar o Centro de Oncologia foi

mioterapia com banheiro próprio, 17

contratado o renomado oncologista

consultórios, um pronto-socorro ex-

Quartos reformados para receber pacientes seguem padrões de alta hotelaria

22


unidirecionais e salas de manipula-

Ficha Técnica – Sala de Manipulação de Quimioterápicos do Hospital São José

ção) e de superfícies (fluxos unidirecionais). A microbiologia do ambiente e das superfícies das antecâmaras e da sala de higienização é controlada mensalmente.

Já uniformes (luva

dedos e palma, antebraço e peito)

Construção Civil

F2 Engenharia e Construções

Projeto de ar condicionado

Masstin

Instalação do sistema de condicionamento de ar Masstin Dutos

Masstin

Caixa terminal

Linter

carrinhos, computadores etc.) são ve-

Unidades de tratamento de ar

Newtork

rificadas quinzenalmente.

Filtros HEPA

Camfil

Cabines de biossegurança

Veco

o cumprimento da legislação vigente e

Inversores

Danfoss

também controles internos, com o ob-

Portas e divisórias

Dânica

Caixas de passagem

Dânica

Sensores

Brainset (Johnson Controls)

Controladores

Danfoss

Certificação

Somar

são

inspecionados

semanalmente.

Demais superfícies (como bancadas,

“Todas as ações são voltadas para

jetivo de oferecermos um atendimento diferenciado, desde o diagnóstico e a definição de tratamento, passando por conforto, privacidade e alta qualidade na administração da medicação”, finaliza Camargo.

*Informações cedidas pelo Hospital São José


FCE PHARMA 2011

SBCC leva conhecimento a evento Pelo segundo ano consecutivo, a SBCC montou sua Sala Limpa Itinerante na FCE Pharma. Cerca de três mil pessoas tiveram contato com a tecnologia

Luciana Fleury

C

om um público de 24 mil pessoas,

evento teve entre seus destaques o Pa-

a Sala Limpa Itinerante SBCC, presente

a 16ª edição da FCE Pharma e

vilhão da SBCC, espaço com cerca de

pelo segundo ano consecutivo na feira.

FCE Cosmetique confirmou sua

250 metros quadrados que reuniu o es-

Ao manter uma área classificada

relevância junto ao público da indústria

tande da própria entidade e de algumas

operando durante todo o evento a SBCC

farmacêutica. Realizada entre os dias

empresas associadas (Alsco, CACR,

possibilita aos visitantes uma visão

24 e 26 de maio no Transamérica Expo

CPA, Sesimbra, Sterilex e Veco), além

completa de tudo o que está envolvido

Center, em São Paulo, a versão 2011 do

de uma área limpa em funcionamento:

no conceito de salas limpas, ampliando o entendimento dos presentes e ressaltando sua importância e seu papel essencial nos mais diversos processos. A realização de demonstrações de procedimentos desde a paramentação para entrada no ambiente, passando pela simulação de processos e chegando ao teste de validação da área, complementam as informações necessárias para a correta compreensão. A grande vantagem da Sala Limpa Itinerante está no fato de ela ser móvel e, portanto, planejada para ser utilizada em diversos eventos, sem a necessidade de novos investimentos. Seus 9 metros quadrados possibilitam adequar

24

Diretoria da SBCC prestigia a abertura do evento: Silvia Eguchi (conselho consultivo e coordenadora do GT 2), Raul Sadir (diretor financeiro), Marco Duboc (vice-presidente), João Bosco (diretor da Asmontec), Luciana Kimi (conselho consultivo e coordenadora de eventos), Heloisa Meirelles (diretora internacional) e Fernando Britto (conselho editorial)

as demonstrações e os 0procedimentos ao interesse do público de cada situação. A Sala Limpa é composta por antecâmara (sem classificação) e sala


Fotos: Glaucia Motta

Espaço recebeu cerca de 3 mil pessoas, interessadas em ter mais contato com os conceitos relacionados à Salas Limpas principal (ISO classe 8), com unidade

entendiam o que está envolvido no mo-

SBCC cumpre seu papel de cunho

UFR (unidade de filtragem refrigerada)

nitoramento microbiológico (realizado

científico, destacando a divulgação

mais condensadora e um fan filter com

em tempo real pela Dosage); e final-

das boas práticas de operação e dis-

pré-filtro. A arquitetura segue os pa-

mente podiam observar os parâmetros

seminando as formas corretas de se

drões BPFs – Boas Práticas de Fabri-

e análises solicitadas para a Certifica-

pensar projeto, montagem, seleção de

cação da indústria farmacêutica quanto

ção (atividade demonstrada pela CCL).

fornecedores, instalação, etc”, comenta

à divisória, piso e teto. As portas inter-

“Com a Sala Limpa Itinerante, a

Luciana Kimi, do grupo de eventos da

travadas, as caixas de passagem e os visores foram propositadamente desenhados de forma a permitir total visualização de seu interior pelos visitantes. Desta forma, os profissionais que circulavam pela FCE Pharma tinham sua atenção atraída pelas apresentações realizadas periodicamente no decorrer do evento. A cada uma das três demonstrações diárias previstas, grupos de visitantes acompanhavam com interesse todos os cuidados envolvidos na paramentação (realizada pela Alsco); depois viam como deve ser

SBCC. A presença na FCE Pharma é

Sala Limpa Itinerante de 9 metros quadrados foi destaque da feira. Em funcionamento, suas demonstrações ampliaram o entendimento dos visitantes sobre o controle da contaminação

também uma estratégia para divulgação das formas de atuar da entidade. “Distribuímos material de apresentação da entidade e de seus associados para cerca de três mil profissionais do setor farmacêutico”. A participação no evento foi viabilizada também pelo patrocínio de empresas associadas como Refrin, Isodur, Induspox e MPW, que contribuíram para a divulgação dos trabalhos da entidade. Para as empresas que apóiam diretamente a iniciativa, fornecendo

corretamente manipulado os materiais

as soluções que tornam a Sala Limpa

para esterilização (feito pela Sterilex);

Itinerante uma realidade, a participação

25


FCE PHARMA 2011

Passo a passo da paramentação mostrou como devem ser vestidas as roupas destinadas ao trabalho em áreas limpas

Público pôde acompanhar os procedimentos para verificação dos parâmetros do ambiente frente à classificação determinada

une estratégia comercial e fortaleci-

fornecidos na ficha técnica da página

diz Paulo Rogério Moreira, coorde-

mento do próprio mercado.

28), a grande vantagem da modalida-

nador do Departamento Técnico Co-

“Nossa colaboração nasce do rela-

de itinerante está na possibilidade de

mercial da CPA Brasil – divisão cpt

cionamento que o Grupo Veco mantém

apresentá-la a diversos segmentos que

Stonhard. A empresa disponibilizou

há vários anos com a SBCC e é base-

têm a necessidade de áreas limpas e

para o piso da Sala Itinerante o Sistema

ada na importância que a entidade tem

ambientes controlados e não possuem

Stonhard Starglaze Autonivelante 2001,

no mercado. Para nós, estar no mesmo

acesso ou informações suficientes

que atende a todas as classificações e

espaço que a maior autoridade em con-

sobre essa tecnologia. “É uma opor-

normas nacionais e internacionais para

trole de contaminação só nos valoriza”,

tunidade única de visibilidade e de de-

áreas limpas.

afirma Marcos Ferreira, responsável

monstração prática dos produtos”, diz

A Microblau aproveitou a oportu-

pelo marketing do Grupo Veco, em-

João Felipe Martin Meca, coordenador

nidade de colaboração com a Sala

presa que cedeu alguns produtos para

de contratos e comercial da Asmontec.

Limpa Itinerante para apresentar um

o funcionamento da sala limpa: uma

“É uma ação de mão dupla. Nosso

novo conceito de produto. O indicador

unidade de descontaminação, uma

apoio fortalece a SBCC e, ao mesmo

EXXA-SL de temperatura, umidade e

unidade de filtragem refrigerada e um

tempo, permite uma exposição diferen-

pressão atende às necessidades de um

equipamento de segurança biológica.

ciada de nosso produto, impossível de

registrador, pois fornece gráficos e his-

se ter em um estande convencional”,

tórico de operação. “Para nós, o retorno

Para a Asmontec (veja os produtos

26

Demonstração de monitoramento microbiológico: testes realizados em tempo real despertaram interesse dos visitantes


Sala Limpa Itinerante – Ficha Técnica

Apresentação detalhou as boas práticas na manipulação dos materiais para esterilização

UFR com condensadora acoplada

Veco

Filter fan unit

Veco

Portas de correr e simples

Asmontec

Banco aço inox

Asmontec

Caixas de passagem e visores

Asmontec

Cabine de biossegurança

Veco

Carrinho de aço inox

Asmontec

Banqueta

Asmontec

Unidade de descontaminação

Veco

Piso

CPT

Automação

Microblau

Vestimentas

Alsco e MPW

é muito positivo, pois é uma forma de

que não demandam um equipamento

avaliar a aceitação e o interesse do pú-

como este, mas onde há o interesse de

Acompanhe a seguir, breve resumo

blico para novas propostas. Como esta,

se ter este tipo de informação”, comenta

sobre a participação e as expectativas

de ter um produto que cumpre algumas

Luciana Kimi, que, além da atuação na

das empresas associadas da SBCC

funções de registrador para situações

SBCC é também diretora de marketing

expositoras na FCE 2011.

da Microblau.


FCE PHARMA 2011 Empresas Associadas e seus destaques ALSCO – Em uma estratégia para reforçar sua marca no mercado, a Alsco Toalheiro Brasil levou para a FCE Pharma todo seu portfólio de produtos, a fim de mostrar a capacidade de atendimento individualizada às necessidades específicas de cada cliente. Porém,

Participação no evento é forma de ampliar contatos no setor farmacêutico, o principal consumidor de áreas limpas no Brasil

produtos, bem como os diferenciais dos serviços oferecidos, especialmente no atendimento às salas limpas de qualquer classificação. A empresa ressaltou seus produtos à base de uretânos, voltados para todos os segmentos industriais, destacandose a utilização em áreas alta exigência

grande foco foi dado ao Micronswep,

física/mecânica e baixa temperatura. E

sistema completo de limpeza para am-

também os revestimentos de pisos con-

bientes controlados, que segue os pa-

dutivos, em locais onde há a necessi-

drões ISO e GMP. Entre as vantagens,

dade de dissipação de energia estática

está a baixa fricção, rápida e leve, a

sos. A empresa mostrou que é possível

como áreas produtivas de eletroeletrô-

excelente performance mecânica na

reduzir custos e tornar processos e ins-

nicos, materiais voláteis inflamáveis,

limpeza, feita em apenas uma etapa.

talações mais sustentáveis. O esforço

áreas de produção de injetáveis, etc.

O estande da empresa recebeu

de comunicação se deve ao reconhe-

visitas de grandes parceiros, além de

cimento da empresa às oportunidades

DÂNICA – Em sua décima partici-

ter permitido a captação de futuros

trazidas pela FCE Pharma por reunir os

pação na FCE Pharma, o grande desta-

clientes. A expectativa é a de fecha-

principais fornecedores de produtos e

que da Dânica foi o novo Pass-Through

mento, nos próximos meses, de novos

serviços para o mercado farmacêutico.

Dânica Biossegurança, desenvolvido

negócios com companhias nacionais e

Segundo a empresa, o evento

com a melhor tecnologia do mercado

também estrangeiras, nascidos da inte-

tornou-se uma grande ferramenta para

para ser aplicado como contenção

ração pessoal viabilizada pelo evento.

estreitar o relacionamento com clientes,

em áreas de risco biológico. Entre os

especialmente com os de outros esta-

diferenciais está o sistema de encaixe

dos, que anualmente visitam a feira.

por clips, que possibilita a remoção dos

CAMFIL FARR – A Camfil Farr destacou no seu estande o quesito de

painéis para remodelação de layout

sustentabilidade de suas “soluções

CPA – Usando mídias impressas e

ou manutenção. A empresa apresen-

em ar limpo”, que, além de cuidar da

eletrônicas, além de amostras e testes,

tou também inovações nas Portas SL

qualidade do ar limpo, proporcionam

a CPA apresentou-se na FCE Pharma

Dânica e reforçou a divulgação de seu

uma importante redução no consumo

de forma completa. Em seu estande era

portfólio de produtos, aproveitando a

energético para instalações e proces-

possível conhecer seu funcionamento,

oportunidade para estreitar relaciona-

ALSCO

28

as marcas associadas e toda a linha de

CACR

CAMFIL FARR


Foto: Divulgação / Filtracom

CPA

DÂNICA

FILTRACOM

mentos e firmar-se ainda mais como

FILTRACOM – Colocando como

uma oportunidade de exposição para

uma das líderes no fornecimento de

destaque em seu estande a Cabine

clientes. Em sua avaliação pós-feira,

sistemas construtivos para arquitetura

de Pesagem e a Sala Limpa modular/

a percepção é a de que houve um nú-

de salas limpas. A estratégia de marcar

móvel, a Filtracom apresentou seus

mero maior de clientes em potencial de

presença em eventos visa estabelecer

lançamentos e reforçou a linha de

diversas localidades do País, além do

contatos que proporcionam contratos

produtos em sua participação na FCE

bom nível de capacitação e qualificação

posteriores.

Pharma. A empresa considera o evento

dos visitantes.

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FCE PHARMA 2011 GRUPO VECO – A exposição de um isolador foi o grande trunfo do Grupo Veco para a FCE Pharma. O produto faz parte da nova parceria com a empresa Italiana Comecer e garante destaque no segmento de biossegurança. Para a Veco, sempre é muito interessante a participação no evento. Sua principal expectativa é fortalecer sua imagem como uma empresa especiali-

Empresas associadas à SBCC consideram positiva a expectativa de negócios no curto e médio prazo gerada pela presença na feira

pelo novo DR3900. Ambos os produtos tiveram boa procura durante todo o evento, trazendo movimento ao estante. Segundo a empresa, a vantagem na participação está na possibilidade de interação direta com contatos qualificados das mais importantes indústrias farmacêuticas do Brasil, gerando oportunidades de negócios. Este fato se

zada em controle de contaminação para

mostrou ainda mais relevante na edição

atender o mercado, levando produtos

2011, na avaliação da Hexis, que regis-

com alta tecnologia, aliado a serviços

trou um grande número de pedidos de

de qualidade e a filosofia de soluções

aproveitou a oportunidade para mostrar

orçamentos e agendamento de visitas

customizadas para cada cliente. A feira

aos presentes algumas das característi-

pós-feira.

permitiu o contato direto com clientes e

cas técnicas que levaram à premiação.

a realização de boa rede de contatos

Entre os lançamentos apresentados

ISODUR – Além da apresentação

com parceiros e potenciais clientes.

estão a Divisória em Superfície Sólida

de sua já consolidada linha de produ-

Para a empresa, no entanto, a pre-

Mineral, um material não poroso, com

tos voltada para a soluções em Salas

sença na FCE não seria completa sem

juntas imperceptíveis e de fácil assep-

Limpas, a Isodur inovou e trouxe o equi-

sua participação no Pavilhão da SBCC

sia; o sistema LIMS de Gerenciamento

pamento Fan Filter Unit (IFFU). Seus

com as demonstrações, o que permitiu

de Laboratórios; Bancadas Ergonô-

diferenciais no mercado são o controle

a interação com o público especiali-

micas e a Central de Transferência de

automático e a indicação digital da va-

zado realmente interessado, inclusive

Líquidos Vidy, que mantém o armaze-

zão de ar de insuflação. O IFFU possibi-

realizando anotações dos detalhes

namento de produtos químico fora do

lita a criação de áreas de trabalho grau

informados.

laboratório.

B dentro de ambientes C ou D.

O estande foi bastante visitado por

A Isodur considera de grande im-

GRUPO VIDY – O Grupo Vidy co-

clientes potenciais e a perspectiva é a

portância a participação na FCE Phar-

memorou na FCE Phama o fato de ser

de geração de negócios no curto e mé-

ma por reunir as principais indústrias

vencedor, pela terceira vez consecuti-

dio prazos.

farmacêuticas e os profissionais da

va, do Prêmio SINDUSFARMA como a

área, apresentando as novas tecno-

“Melhor Empresa Fornecedora de Pro-

HEXIS – Foram dois os destaques

logias e tendências do setor, além de

jetos e Instalações para Laboratórios

levados pela Hexis à FCE Pharma: o

promover o estreitamento das relações

de Controle de Qualidade”. A empresa

contador de partículas Met One Hiac e

comerciais.

GRUPO GRUPO VECO VECO

30

a troca de espectrofotômetros usados

GRUPO VIDY

Hexis


FCE Pharma foi vitrine para vários lançamentos de produtos e soluções relacionadas ao controle da contaminação ISODUR

QUIMIS

A empresa considera positiva a

levou para o estande que ocupava em

QUIMIS– A estratégia de participa-

expectativa de geração de negócios,

conjunto com a Exaust-Farma sua li-

ção da Quimis em eventos como a FCE

tendo com base a análise do público

nha completa de produtos. As opções

Pharma visa atualizar o mercado sobre

visitante e as solicitações e os questio-

em fluxos unidirecionais apresentadas

as melhorias realizadas no portfólio

namentos realizados durante e após o

tiveram boa aceitação pelo público vi-

de produtos, assim como apresentar

evento.

sitante e a empresa registrou um bom

novos modelos, capacidades e especi-

número de pedidos. O resultado foi tão

ficações.

PACHANE – Em sua primeira participação na FCE Pharma, a Pachane

positivo que a Pachane já renovou sua presença na edição 2012.

C

M

Y

CM

MY

Como os usuários dos produtos da

CY CMY

K

empresa são, na maioria das vezes,


FCE PHARMA 2011 profissionais envolvidos em pesquisas

tions. E, por meio da O´Hara Tech, uma

apresentar ao mercado o Serviço de

e rotinas laboratoriais, o evento propor-

das maiores fabricantes de revestido-

Descontaminação de Áreas por Peró-

ciona condições de atendimento mais

ras de comprimidos (outra empresa por

xido de Hidrogênio RBDS. Nele, uma

adequadas, como o estande nos quais

ele representada), disponibilizou várias

equipe de engenheiros especializados

os aparelhos estão em funcionamento

informações técnicas de revestimento

é alocada no cliente e realiza e valida o

e há a presença de profissionais capa-

de comprimidos e grânulos.

processo de descontaminação.

citados para demonstrações e esclarecimentos.

O resultado para a empresa foi um

O resultado foi o fechamento de óti-

número significativo de visita ao estan-

mos negócios durante a feira e a opor-

Por praticar condições e valores

de, atraindo interessados em conhecer

tunidade de novas conquistas após o

diferenciados aos participantes, o ín-

em detalhes as soluções apresentadas.

evento. Segundo a Steq, a cada ano a

dice de negócios fechados e iniciados

Os contatos obtidos serão trabalhados

FCE Pharma comprova sua importân-

são significativos. Outra questão é a

visando o entendimento de necessi-

cia como palco de tendências e negó-

oportunidade de contato direto com

dades e demandas para a confecção

cios para o Brasil e a América Latina.

representantes e distribuidores Quimis

de propostas para potenciais novos

A empresa abriu seu estande para re-

específicos de cada região, estreitando

clientes.

ceber amigos, clientes e fornecedores

e fortalecendo as relações

e fortalecer e aprimorar os laços com SOLEPOXY – A Solepoxy reservou

SESIMBRA – A Sesimbra expôs

uma novidade para ser apresentada

tecnologias específicas de embalagem

durante a realização da FCE Pharma e

STERILEX – Com o lançamento

de sua representada, a Tishma Innova-

Estandes apresentaram linhas completas de produtos, mostrando a ampla gama de soluções disponíveis para os clientes

aproveitar a presença de público espe-

dos Panos de Limpeza para Áreas

cializado. O destaque foi o lançamento

Limpas (ISO 3, ISO 4 a 8), a Sterilex

do processo de lapidação polimérica de

marcou presença na FCE Pharma. Os

piso e os revestimentos Terrazzo.

produtos, também conhecidos como

Para a empresa, a importância de estar presente em eventos segmen-

Berkshire. Também se destacaram as apre-

oportunidade de fazer contatos pesso-

sentações realizadas no Pavilhão da

ais com clientes, conhecer novos inte-

SBCC, que demonstraram como em-

ressados e expor os novos sistemas e

balar materiais para serem autoclava-

produtos.

dos, destacando os lados corretos de abertura, seus pontos críticos e duplas

sua participação na FCE Pharma foi

Sesimbra

Wiper, são da marca e fabricação

tados como a FCE Pharma está na

STEQ – A aposta da Steq em

32

seus parceiros.

Steq

embalagens. Segundo a Sterilex, a participação

STERILEX


Profissionais das empresas associadas à SBCC tiraram dúvidas e apresentaram os diferenciais de seus produtos aos visitantes Solepoxy

SWELL

na FCE Pharma garante a exposição da

SWELL– O reforço no conceito da

natural de conquista de novos clientes,

marca no mercado, que se traduz em

qualidade dos seus produtos foi o tom

a Swell dedicou-se também a valorizar

produtos de alta tecnologia com serviço

dado pela Swell na FCE Pharma. Apre-

a qualidade de seus colaboradores,

e entrega compatíveis com a necessi-

sentando melhorias e avanços em itens

considerados peças fundamentais no

dade de mercado e preços competiti-

de sua linha de atuação, a empresa des-

processo de instalação de Sala Limpa.

vos. A empresa acredita que estar no

tacou no estande o que entende como

Os objetivos da empresa com o evento,

pavilhão da SBCC consolida a visão do

seu principal diferencial: o alto padrão

que eram o de consolidar o crescimento

cliente em relação à sua relevância no

nos acabamentos. Com a visão de que

da marca e estreitar o relacionamento

mercado.

a feira é um acelerador do processo

junto a clientes, foram atingidos.

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notícias da SBCC Seminário Ensaios em Áreas Limpas Destinado aos profissionais que atuam no segmento de áreas limpas e ambientes controlados, a SBCC no Instituto Butantan, em São Paulo, o seminário Ensaios em Áreas Limpas. Os cerca de 70 participantes puderam acompanhar os principais ensaios

Foto: Cláudia Motta

organizou, nos dias 29 e 30 de junho,

em áreas limpas, dentro do contexto de comissionamento, qualificação e

Rosana Oliveira, Maurício Salomão, Wili Hoffmann, Célio Martin, Marco Duboc, Rinaldo Lúcio de Almeida e Luiz Antonio da Rocha, palestrantes do seminário

validação. Também foram abordados os principais ensaios conforme a NBR

sionamento e qualificação e Sentido e

de ar – unidirecional e não-unidire-

ISO 14644-3 e os outros ensaios com-

visualização do fluxo de ar (apresen-

cional (Maurício Salomão, da Somar

plementares necessários, como Boa

tadas por Célio S. Martin, da Análise

Engenharia), Medição da diferença de

Prática de Engenharia.

Consultoria), Introdução – estrutura

pressão do ar (Luiz Antônio da Rocha,

O seminário teve as seguintes

da norma NBR ISO 14644-3 (Elisa

da Nycomed Pharma), Temperatura

palestras: Ensaios dentro do comis-

Krippner, da SPL Engenharia), Fluxo

e Umidade (Rosana Oliveira, consul-

Em nossos 15 anos, reafirmamos nosso compromisso em construir uma empresa cada vez mais mais HUMANIZADA. Humanizada nas relações com os colaboradores, sempre pautadas no desenvolvimento profissional e pessoal. Humanizada no relacionamento com nosso mercado, buscando cada vez mais a aproximação do cliente e das associações, para juntos desenvolver mais

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Esse é nosso compromisso. Venha construir com a gente. Visite nosso stand na FEBRAVA 2011 J-25

SBCC na Expo Farmácia A Sala Limpa Itinerante SBCC esteve presente na feira de negócios Expo Farmácia (Semana Racine – Congresso de Farmácia), realizada entre os dias 7 e 9 de julho, no Expo Center Norte e no Instituto Racine, e que recebeu cerca de 8.700 visitantes. A Sala foi montada dentro do estande da SBCC e possibilitou o contato direto da tecnologia de áreas limpas com profissionais e estudantes do setor de farmácia. O resultado foi muito positivo, já que a SBCC pode divulgar institucionalmente suas ações e a Sala Itinerante gerou diversos questionamentos técnicos, que puderam ser esclarecidos pelos profissionais das empresas parceiras. O foco principal da participação foi reforçar o conceito de áreas limpas para as farmácias de manipulação, de forma a atender às exigências da ANVISA. Foram realizados ao menos 50 contatos diretos visitantes interessados em montar projetos similares com a Sala Limpa Itinerante. A participação da Sala Limpa Itinerante da SBCC teve o apoio das empresas Asmontec, CCL Farma, CPT, Microblau e Veco. Além disso, a MPW forneceu as vestimentas para áreas limpas.

34


ICCCS 2012 tora de Validação), Detecção de pontos de vazamento em sistema

A Sociedade Suíça de Controle

de filtragem instalado e Ensaio em

de Contaminação anunciou o ca-

equipamentos

Ferreirós,

lendário do ICCCS 2012 – Simpósio

da Análise Consultoria), Contagem

Internacional de Controle de Conta-

de partículas em suspensão no

minação. No dia 1º de setembro, a

ar (Jean-Pierre Herlin, da Análise

organização começa a receber os

Aos interessados, acesse: www.

Consultoria), Recuperação (Rinal-

resumos dos trabalhos técnicos, e

icccs2012.ethz.ch.

do Almeida, da ABL Antibióticos),

já está disponível no site do evento

Também é possível solicitar o

Automação (Adriano Cavalcanti, da

uma série de informações impor-

envio de newsletter sobre o evento,

Nycomed Pharma), Vazamento em

tantes aos profissionais do setor,

por meio do: www.icccs2012.ethz.

dutos – NBR 16401-1 e Unidades

tais como a prévia da programação

ch/news/Newsletter. O ICCCS 2012

de tratamento de ar (Wili Hoffmann,

científica, comitê técnico e as reuni-

será realizado entre os dias 3 e 7 de

da Veteranum), Validação (Yves

ões da ISO TC 209 e ISO TC 142.

setembro, em Zurique.

(Miguel

Gayard, da ABL) e Atendendo à au-

LOGOTIPOS

Pela quinta edição con-

na produção de sólidos. Também

secutiva, a SBCC estará

Edmilson Alves, da Camfil Farr Fil-

à frente do projeto Ilha

tros, ministrou a palestra comercial

Temática SBCC – Áreas

“Soluções em filtragem de ar para

Limpas, apresentado aos

áreas limpas”.

profissionais que atuam no

15M

LOGOTIPOS

LOGOTIPOS

15 VITRINES ALTAS COM BALCÃO E BANQUETA

PÚBLICO 52 PESSOAS

PA

na produção de injetáveis e outro

LOGOTIPOS

7 BISTRÔS COM BANQUETAS

LANCES DE PRATELEIRAS LOGOTIPOS

27M

BANCADA

COPA DEPÓSITO

M

sentaram dos estudos de caso: um

LANCES DE PRATELEIRAS

LI

Célio Martin e Elisa Krippner apre-

Ilha Temática SBCC – Áreas Limpas. Participe!

LA

Além dos tópicos apresentados,

SA

ditoria (Marco Duboc).

setor durante a FEBRAVA

cínio da Camfil Farr (patrocinador

– Feira Internacional de

master), CACR, CCL Farma, Iso-

Refrigeração, Ar Condicio-

dur, Masstin, Reintech e Sterilex.

nado, Ventilação, Aquecimento e

de um número maior de associa-

A iniciativa contou também com o

Tratamento do Ar, evento organiza-

dos”, observa Luciana Kimi, da área

apoio da ABRAVA e do Sindratar-

do a cada dois anos pela ABRAVA.

O

S

G

PO

LO

TI

S

LO

PO

G

O

TI

O

S

G

de eventos da SBCC.

SP. O próximo seminário será sobre

Nesta edição, a Ilha Temática,

As reuniões com as empresas in-

Projeto de Áreas Limpas, em 18 de

com tamanho total de mais de 400

teressadas já estão ocorrendo, mas

agosto, na cidade de Curitiba (PR).

metros quadrados, contará com a

ainda existem espaços para a par-

Veja programação completa do Ci-

Sala Limpa Itinerante SBCC (área

ticipação. Os interessados podem

clo de Palestras 2011 no site www.

limpa em funcionamento), e uma

obter mais informações pelo e-mail

sbcc.com.br

inédita área de demonstração e

sbcc@sbcc.com.br. A FEBRAVA,

display para a apresentação de

que em sua última edição recebeu

produtos e serviços relacionados

mais de 29 mil visitantes profissio-

às áreas limpas e ambientes con-

nais, será realizada entre os dias

No artigo técnico “A psicometria e a

trolados. “São vitrines para exposi-

20 e 23 de setembro de 2012, no

carga térmica – parte 3”, publicada

ção, com balcão e banqueta para o

Pavilhão Expo Imigrantes, em São

na edição 51, a equação correta do

atendimento aos visitantes. É uma

Paulo. Para mais informações sobre

item 5, página 38, é:

forma de propiciar a participação

a feira, acesse: www.febrava.com.br

AP = 1 – [( Wins – Wap) / ( Wret – Wap)]

PO

LO

planta.indd 1

ERRATA

TI

TI

O

G

PO

S

LO

O evento contou com o patro-

35


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36

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ARDUTEC COM. INSTALAÇÕES E ASSESS. LTDA. .................................. 11 3731-2255

Filtrax do Brasil Ltda........................................................................... 11 4771-2777

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Focum DM Validação.............................................................................. 31 3476-7492

AS MONTEC ENG. CONSTR.COMÉRCIO LTDA......................................... 19 3846-1161

Fortemp Comércio e Representações ......................................... 71 3241-2004

ASTEPA REFRIGERAÇÃO Ltda.................................................................. 83 3341-5494

Fresenius Kabi Brasil............................................................................ 11 2504-1400

AT ENGENHARIA........................................................................................... 11 2642-7070

Fundação de Apoio á Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação - EB.. 21 2410-6256

Atmen Indústria e Comércio de Equipamentos........................... 11 2936-8299

Fundação de Assis., Est. e Pesq. de Uberlândia (FAEPU) ......... 34 3218-2531

Atmosfera Gestão e Higienização de Têxteis ............................ 11 4588-5000

Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto.................................. 16 2101-9300

BARDUSCH ARREND. TÊXTEIS LTDA. ...................................................... 41 3382-2050

FUNDAMENT-AR CONS. ENG. PLANEJ. LTDA........................................... 11 3873-4445

Bioarplus Controle de Contaminação Ltda. ............................. 19 3887-1886

GABMED PRODUTOS ESPECÍFICOS LTDA............................................... 11 5181-2224

BIOCAMPO 2000 PRODUTOS BIOLÓGICOS LTDA. .................................. 21 3592-1002

GANUTRE - GAN RIO APOIO NUTRICIONAL LTDA. ................................. 21 2589-4763

Biocontrol Ltda...................................................................................... 31 3295-2522

GERLAB COMÉRCIO DE MÓVEIS EQUIP. LTDA........................................ 11 5579-5222

Bioquímica Suprimentos Analíticos................................................ 16 2138-6111

GILTEC LTDA. ............................................................................................... 11 5034-0972

Biosafe - Biossegurança do Brasil Ltda....................................... 11 3683-4448

GMP Pharma Consultoria ................................................................... 11 7737-3160

Biotec Solução Ambiental ................................................................. 12 3939-1803

GPAX Ltda.................................................................................................... 11 3285-0839

BONAIRE CLIMATÉCNICA LTDA. ................................................................ 11 3336-4999

GUAPORE EQUIPAMENTOS LTDA.-ME ..................................................... 41 3276-4763

Braile Biomédica ..................................................................................... 17 2136-7000

H. Strattner & Cia Ltda......................................................................... 21 2121-1300

BTU Condicionadores de Ar Ltda. ................................................... 19 3844-9700

HVACR Serviços Técnicos Ltda.......................................................... 21 2423-3913

CACR ENG E INSTALAÇÕES ...................................................................... 11 5561-1454

HEATING & COOLING TECN. TÉRMICA LTDA............................................ 11

Camfil Farr Ind. Com. e Serviços de Filtros Brasil.................. 19 3837-3376

HEXIS CIENTÍFICA LTDA. ............................................................................ 11 4589-2600

3931-9900

CARGIL AGRÍCOLA S/A................................................................................ 34 3218-5200

HITACHI - AR COND. DO BRASIL LTDA...................................................... 11 3549-2722

CCL FARMA COM. DE PEÇAS E SERVIÇOS LTDA.................................... 19 3289-8397

HOSP PHARMA MANIP. E SUPRIM. LTDA. ................................................ 11 2146-0600

CCP EXPORTEC PRODUTOS LTDA............................................................ 11 3834-3482

INDUSCONSULT ENGENHARIA E ASSESSORIA INDUSTRIAL LTDA....... 11 5535-2782

CEQNEP ....................................................................................................... 41 3027-8007

Induspox Pisos e Revestimentos Industriais ............................ 11 5050-1202

Certifique Soluções Integradas ................................................... 31 3386-5574

Instituto Oncológico de Ribeirão Preto .................................... 16 3623-2341

CLEAN SUL CONTROLE DE CONTAMINAÇÃO.......................................... 51 3222-9060

Ipanema Ind. Prod. Veterinários....................................................... 15 3281-9450

Clima Space Engenharia Térmica Ltda............................................ 19 3778-9410

ISODUR IND. COM. SERVIÇOS LTDA. ....................................................... 19 3272-6244

Climaplan Projetos Térmicos........................................................... 11 2068-9351

Isorevest Ind Com Isolamentos Térmicos Ltda. ....................... 11 4824-2850

CLIMAPRESS TECN. SIST. AR COND. LTDA.............................................. 11 2095-2700

J G Pacheco Manu. e Comércio de Equip. Hospit......................... 68 3224-1468

CONAIR Comércio e Serviços Ltda. ................................................. 21 2609-4921

Krieger Metalúrgica Ind. e Com. Ltda............................................ 47 3231-1311

CONEXÃO SISTEMAS DE PROTESE LTDA. .............................................. 11 4652-0900

Laboar Com., Serviços e Repres. de Equip. Técnicos .............. 71 3326-6964

Constarco Engenharia e Comércio Ltda. .................................... 11 3933-5000

Laboratório Bio Vet ............................................................................. 11 4158-8231

Controlbio Assessoria Técnica Microbiológica S/S Ltda...... 11 3721-7760

LABORATÓRIO MATTOS E MATTOS........................................................... 21 2719-6868

CPA Brasil Indústria e Comércio de Resinas Vegetais Ltda.. 11 3809-9804

Laboratório Químico e Farmacêutico Bergamo Ltda.............. 11 2187-0194

CRISTÁLIA PROD. QUÍM. E FARM. LTDA.................................................... 19 3863-9500

LINTER FILTROS INDUSTRIAIS LTDA. ....................................................... 11 5643-4477

Danfoss do Brasil Ind. E Com. Ltda.................................................. 11 2135-5400

Litoral Ar Condicionado Ltda. ......................................................... 13 3317-2909

Dânica Termoindustrial Brasil Ltda............................................... 11 3043-7891

Maj Lab Com. e Manutenção de Equip. para Labo.Ltda.............. 41 3356-8420

Daiichi Sankyo Brasil Farmacêutica Ltda..................................... 11 4689-4500

MARCELO MENELAU CONSULTORIA......................................................... 81 3221-0907


Associados SBCC EMPRESA

TEL.

MASSTIN ENG INSTALAÇÃO LTDA............................................................. 11 4055-8550 MASTERPLAN ENGENHEIROS ASSOC. S/C LTDA. .................................. 11 5021-3911 MCQ Metrologia e Qualificação Ltda............................................. 31 3363-9000 MEKAL METALURGICA KADOW LTDA........................................................ 11 5641-7248 MERCOCLEAN IMP. EXP. COM. LTDA......................................................... 21 3795-0406 MICROBLAU AUTOMAÇÃO LTDA................................................................ 11 2884-2528

EMPRESA

TEL.

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda................................................... 11 4745-1000 Sebraq - Serv. Bras. de Anál. Amb. Quím. e Biol. S/S Ltda.......... 43 3323-0700 Seccol Controle e Certificação.................................................... 62 3275-1272 SERVTEC INST. E SISTEMAS INTEGRADOS LTDA. ................................. 11 3660-9700 Sesimbra Consultores Independentes ........................................ 11

3511-1138

Millipore Indústria e Comércio Ltda.............................................. 11 4133-8700

SIGMATERM ENG E IND. LTDA................................................................... 11 6693-5533

MMR Indústria e Comércio de Máquinas Ltda.............................. 54 3286-5788

sistema comércio divisórias ltda.................................................... 11 2941-7115

MPW Higienização Têxtil LTDA. ........................................................... 19 3438-7127 MR QUALITY CLEANROOM SERVICES...................................................... 11 2443-2205 MSA Projetos e Consultoria Ltda. ................................................. 71 3533-9900 MULTIVAC - MULTISTAR IND. COM. LTDA.................................................. 11 3835-6600

Soclima Engenharia Ltda..................................................................... 81 3423-2500 solepoxy IND. e comércio de resina ltda..................................... 19 3211-5050 SOLLO ENGENHARIA INSTALAÇÃO LTDA................................................. 11 6412-6563

MUNTERS BRASIL IND. E COM................................................................... 41 3317-5050

Somar Engenharia S/C Ltda................................................................. 11 3763-6964

MZ Engenharia e Consultoria .......................................................... 11 3628-3368

SPM ENGENHARIA S/S LTDA...................................................................... 51 3332-1188

Neu Luft COM. E SERV. DE AR COND. LTDA.......................................... 11 5182-6375 NEXT CHALLENGE - ELECTROLUX LAUNDRY SYSTEMS....................... 11 3045-3413 Niccioli Engenharia .............................................................................. 16 3624-7512 Novo Horizonte Jacarépagua Imp. E Exp. Ltda............................. 21 3094-4400

Steq Comércio e Representações ................................................. 11 5181-5570 STERILEX CIENTÍFICA LTDA....................................................................... 11 2606-5349 SWELL ENGENHARIA LTDA......................................................................... 12 3939-5854

Novo Ar Sistemas Ltda. ME ................................................................. 24 7835-6173

Swissbras Chemical Ind. e Com. De Prod. Vet. Ltda................... 12 3201-8812

Nutrimed Serv. Méd. em Nut. Parenteral e Enteral Ltda........ 22 2733-1122

TARKETT FADEMAC..................................................................................... 11 3047-7200

Nutrir Prestadora de Serviços Médicos Ltda........................... 91 3266-2800 NYCOMED PHARMA LTDA........................................................................... 19 3847-5577 PACHANE EQUIPAMENTOS PARA LAB. LTDA........................................... 19 3424-1423 PDB FILTROS E SERVIÇOS INDUSTRIAIS LTDA....................................... 41 3383-5645 PLANENRAC ENG. TÉRMICA S/C LTDA..................................................... 11 5011-0011

TECHNILAB - CONTR. DE CONTAMINAÇÃO LTDA.................................... 19 3243-1265 Tecnolab Serviços e Com. de Equip. de Laborat........................ 71 3646-8555 TECNOVIDA - CLÍNICA DIETÉTICA.............................................................. 65

623-6500

TEP - Tecnologia em Projetos de Engenharia Ltda.................. 12 3797-9475

PLANEVALE PLANEJ. CONSULTORIA ....................................................... 12 3202-9888

Térmica Brasil Comércio e Serviços Ltda.................................... 11 3666-2076

Plasmetal Plásticos e Metais Ltda.................................................. 21 2580-2035

TESTO DO BRASIL INSTRUM. DE MEDIÇÃO LTDA................................... 19 3731-5800

POWERMATIC DUTOS E ACESSÓRIOS LTDA........................................... 11 3044-2265 Preciso Metrologia e Qualidade Ltda........................................... 62 3280-3013 Previx HO Asses. e Consult.em Seg.do Trab. Ltda.-ME ............. 27 3337-1863 Próbio Produtos e Serviços Nutricionais Ltda........................ 67 3342-0203

Tpro Engenharia Ltda........................................................................... 11 4612-1997 Traydus Climatização Ind e Com Ltda............................................. 11 4591-1605 TR-ILHA MANUTENÇÃO INDUSTRIAL ........................................................ 21 3451-8324

Processo Engenharia Ltda................................................................ 81 3426-7890

Triporvac Comércio Representações e Serviços Ltda.......... 11 3801-9595

Prudente Engenharia Ltda................................................................. 34 3235-4901

TROX DO BRASIL LTDA............................................................................... 11 3037-3900

PWM SERVICE TEC. COMERCIAL LTDA.................................................... 19 3243-2462 QUALITRONIC MANUTENÇÕES - ME ........................................................ 11 3481-2539 QUALYLAB CONSULTORIA FARMACÊUTICA ............................................ 62 3099-6636 Quimis Aparelhos Científicos Ltda.................................................. 11 4055-9900 RADNAI AR COND. PROJ. E CONSULT....................................................... 85 3268-3092

UNIÃO QUÍMICA FARM. NAC. S/A............................................................... 11 4662-7200 USP-REITORIA-SIBI-Faculdade de Engenharia de Alimentos..... 11 3091-1566 VECOFLOW LTDA......................................................................................... 19 3787-3700 VECTUS IMPORTATUM INSTR. DE PRECISÃO LTDA................................ 11 5096-4654

Refrin Refrigeração Industrial...................................................... 11 3941-1263

VL fabricação de laboratórios – Grupo Vidy............................. 11 4787-3122

REINTECH I E P C C.................................................................................... 12 3933-8107

WEG Equipamentos Elétricos............................................................ 47 3276-6558

RLP ENGENHARIA E INST. LTDA................................................................ 11 3873-6553

Yanntec Instrumentação Analítica Ltda. ..................................... 21 2489-7435

RM Revestimentos Miaki Ltda............................................................. 11 2164-4300 RMS Tec. Com. e Serv. de Prod. Laboratoriais Ltda. ................ 21 2440-8781

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Listagem atualizada em 21 de julho de 2011

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37


artigo técnico

Filtros de ar: normalização, tendências e panorama geral Autor: Eng°. José Augusto S. Senatore

José Augusto S. Senatore

Engenheiro, membro do CEE–138 e gerente de projetos da Atmen Contato: jose.senatore@atmen.com.br

Introdução

(à época como GT-52), o CEE-138 conseguiu reunir os principais fabricantes de filtros de ar, projetistas, usuários, certificadores e instaladores para discutir a elabo-

O ano de 2011 será certamente um ano muito importante para o mercado brasileiro de filtros de ar, pois pela

ração da norma brasileira de ensaios e classificação de filtros de ar.

primeira vez o país poderá se consolidar não só como

Paralelamente a isso, a consolidação do CEE-138

mercado consumidor, mas também como gerador de

permitiu ao Brasil ascender à categoria de membro P

tecnologia.

(permanente) do ISO TC-142 (comitê técnico da ISO que

O objetivo deste artigo está em apresentar de maneira abrangente as normas técnicas que classificam os

trata da elaboração de normas internacionais referentes a equipamentos de ar limpo, entre eles, filtros).

filtros de ar, suas recentes atualizações, tendências para

Tal condição permitiu ao país pleitear a realização

o futuro próximo, além dos trabalhos realizados pelo

da reunião plenária mundial de especialistas, que será

CEE-138 (Comissão de Estudos Especiais No. 138 da

realizada em São Paulo, em setembro de 2011. Desta

ABNT), que tem como missão discutir e elaborar normas

maneira, pela primeira vez, as maiores autoridades mun-

brasileiras para os filtros de ar de uso geral, além de re-

diais em tecnologia de filtragem do ar estarão reunidas

presentar o Brasil junto aos grupos de discussão da ISO.

em território brasileiro, discutindo e compartilhando conhecimento com as empresas locais.

Filtros de ar – normas brasileiras

Panorama geral das normas

Uma questão peculiar do mercado brasileiro é que, até o momento, não está disponível uma norma brasileira

Ainda existe uma série de normas internacionais que

que trata exclusivamente de ensaios de classificação e

mencionam os ensaios e classificação dos filtros de ar

desempenho de filtros de ar para aplicação em ar condi-

e, o grande desafio do grupo ISO TC-142 é discutir e

cionado/ventilação geral.

alinhar os conceitos em uma única norma.

Desde as normas NB-10, NBR 6401, NBR 7256 e mais recentemente a NBR 16401-3, o assunto classificação de filtros foi mencionado como um apêndice em seus

Normas de referência no Brasil

conteúdos e os graus de eficiência eram determinados por ensaios realizados conforme procedimentos de normas internacionais sejam ASHRAE, EN ou MIL STD.

As normas internacionais EN (europeias) e ASHRAE (norte-americanas) são ainda usadas como referências para a classificação e selecionamento de filtros de ar. Já

O cee-138 e o iso tc-142

o trabalho do CEE-138 está pautado nas normas europeias porque elas são mencionadas nas normas brasileiras NBR 16401 e NBR 7256, o que facilita a integração

Iniciado em meados de 2009 por iniciativa da SBCC

38

entre elas.


A importância das normas de ensaio de filtros de ar Um dos primeiros alertas presentes nas normas de ensaios de filtros de ar menciona que os resultados obDivulgação: Atmen

tidos no laboratório não podem ser considerados como previsões de comportamento dos filtros em campo. Isto é, eles não podem ser tomados como verdadeiros para prever a eficiência, acumulação de pó ou vida útil durante sua operação normal em uma instalação. Isto posto, é válido questionar: - afinal, porque se deve ensaiar os filtros de acordo com procedimentos de

Foto 1: Filtro grosso sintético

norma? A resposta para a pergunta está na função principal dos ensaios que é comparar em condições normalizadas (e que podem ser reproduzidas em qualquer parte do planeta), dois ou mais filtros de ar, permitindo avaliar o desempenho de filtros produzidos por fabricantes distintos, com tecnologias e materiais diferentes, sempre apoiado nas mesmas bases de comparação, isto é, em

Divulgação: Aeroglass

condições descritas nas normas.

Norma en 779 A norma EN779 descreve os ensaios para a classificação de filtros grossos, médios e finos.

Foto 2: Filtro manta plissada

Ela, ao longo dos últimos anos, evoluiu significativamente de modo que o ensaio descrito pode ser conside-

do ASHRAE, através de um sistema alimentador de pó.

rado confiável e representativo do desempenho do filtro.

Assim o filtro em teste é pesado para determinar o per-

Sua última revisão, recentemente aprovada, será a

centual de retenção em massa no filtro em comparação

base da norma brasileira em discussão no CEE-138.

ao volume total de pó alimentado. A arrestância média do filtro (ou eficiência gravimétri-

Método de ensaio

ca) é determinada pela média das eficiências verificadas nas etapas de carregamentos de pó até a perda de pressão (termo utilizado no CEE-138 para perda de carga)

Filtros grossos

atingir 250Pa.

O ensaio é realizado para a determinação de eficiên-

É importante mencionar que no relatório do ensaio

cia e classificação dos filtros grossos em: G-1, G-2, G-3

deverá ser desenhado um gráfico com a evolução da

e G-4. Trata-se do ensaio de arrestância (termo utilizado

acumulação de pó no filtro (em gramas), bem como a

pelo CEE-138), isto é, antigo ensaio gravimétrico.

respectiva perda de pressão verificada em cada etapa

O método visa determinar eficiência do filtro ensaia-

de carregamento.

do em relação à sua capacidade de retenção (em massa)

Também deve estar descrita no relatório a eficiência

do pó admitido no túnel de ensaio. Desta maneira, o

média verificada até a perda de pressão de 150Pa, além

filtro é submetido às cargas sucessivas de pó normaliza-

dos 250Pa normalizados.

39


Divulgação: Aeroglass

Divulgação: Trox

artigo técnico

Foto 3: Filtro Fino plissado em V Filtros médios e finos

Foto 4: Filtros finos tipo Bolsa Nele são utilizados o aerossol de ensaio e também

A recente atualização (já aprovada e com publicação prevista para o início de 2012) da norma EN 779 intro-

o pó de carregamento, cada um com uma função específica.

duziu a figura dos filtros de média eficiência, classe M.

O DEHS (DiEtilHexilSebacato), cujo aerossol é ca-

Estes filtros apresentam eficiência intermediária entre os

paz de gerar partículas em concentrações apropriadas

filtros grossos e finos, sendo dispensados de cumprir o

e faixas de diâmetros predominantemente entre 0,2µm

critério de eficiência mínima que descrevo mais a frente.

e 3µm, tem como função determinar a eficiência do filtro. Já o pó de carregamento permanece o pó ASHRAE

Método de ensaio do filtro completo

utilizado no ensaio de arrestância. Neste caso, sua função é acelerar a saturação do filtro, visando atingir a perda de pressão final do ensaio de maneira mais rápida. O procedimento de ensaio é realizado no mesmo

O método básico de ensaio para filtros médios e finos é o mesmo.

túnel do ensaio de arrestância. Nele é montado o filtro a ser ensaiado e, inicialmente injetado o aerossol de DEHS ainda com o filtro limpo. Através de um contador de partículas discretas (CPD) com o

Filtro HEPA Exaustor

Aerossol DEHS

número de canais de leitura apropriado, é feita a leitura do número de partículas à mon-

Filtro Ensaiado

tante e à jusante do filtro respectivamente. A relação entre estas leituras médias fornece a eficiência inicial do filtro. Após

a

verificação

de

eficiência, ocorre a primeira

Alimentador de pó Contador de partículas discretas - CPD

etapa de carregamento de pó (geralmente de 30gr), com o pó ASHRAE. Novamente se

40

Figura 1: Esquema do túnel de ensaio conforme EN779 Gustavsson 2003

verifica a eficiência para o ae-


rossol de DEHS (em 0,4µm), medindo a quantidade de partículas conforme procedimento anterior. Estas etapas de carregamento de pó e medição da eficiência para o aerossol de DEHS são repetidas sucessivamente até que o filtro atinja a perda de pressão final do ensaio que é de 450Pa.

de pó até a perda de pressão final de 450Pa. Assim como no relatório dos filtros grossos, deve ser desenhado um gráfico com a evolução da acumulação de pó no filtro (em gramas), bem como a respectiva perda

Divulgação: Trox

A eficiência para fins de classificação será a média das eficiências obtidas em cada etapa de carregamento

Foto 5: Túnel de ensaio conforme EN 779 na Alemanha

de pressão verificada em cada etapa de carregamento. Também devem estar descritas no relatório as eficiências médias verificadas até as perdas de pressão de 250Pa, 350Pa além dos 450Pa normalizados.

Ensaio de meio filtrante sem tratamento

Para a classificação dos filtros nas classes de eficiência média, M-5 e M-6, o ensaio acima descrito é su-

A versão anterior da norma EN 779 já descrevia o

ficiente. Já para a classificação dos filtros finos em F-7,

procedimento de remoção da carga eletrostática nos fil-

F-8 e F-9, o ensaio do meio filtrante sem carga eletrostá-

tros, no entanto, este ensaio não tinha papel decisivo na

tica deve tornar-se obrigatório.

sua classificação.


artigo técnico A discussão do acréscimo de eficiência através da

remoção da carga eletrostática com Isopropanol, que

carga estática aplicada aos meios filtrantes, geralmente

deve ser efetuado em amostras do meio filtrante idêntico

sintéticos, já é antiga.

ao filtro ensaiado.

Através de ensaios de campo realizados nos últimos

Após a comprovada descarga eletrostática das amostras, elas são submetidas ao ensaio com aerossol de

(%) Eficiency 0.4 mm 100

DEHS, sem o carregamento de pó, para determinar a eficiência inicial do material. Os

80

resultados são comparados aos obtidos no ensaio do filtro

60

Filter 1

40

inteiro (conforme procedimento descrito anteriormente) e, a menor eficiência verificada em qualquer uma das etapas do

20

Filter 2

0 0

500

1000

1500

2000

ensaio, incluindo esta última com as amostras, é considera-

3000

da a eficiência mínima do filtro.

Running time (hours)

revisão, para que um filtro seja

2500

Filter 1 – filtro originalmente sem carga eletrostática nas suas fibras

Sendo assim, a partir desta classificado como fino ele deve

Filter 2 – filtro originalmente com carga eletrostática nas suas fibras

atender duas condições: a) a Gráfico 1: Comparativo de eficiência entre dois filtros ao longo do tempo. Gustavsson 1999

eficiência média verificada até a perda de pressão de 450Pa maior ou igual a 80% (primeira

15 anos, pode ficar evidente que ao longo do tempo, os

etapa do ensaio); e b) a eficiência mínima em qualquer

efeitos da carga estática aplicada aos meios filtrantes

etapa do ensaio ser superior a 35%, sempre para partí-

eram reduzidos, o que resultava na significativa queda

culas de 0,4µm (tabela 1).

de eficiência de determinados filtros quando comparados aos resultados obtidos no laboratório durante o ensaio.

Relatório do ensaio

Ficou comprovado que, condições como: poluição por fumaça de combustíveis fósseis, umidade, alguns aerossóis presentes no ar, entre outras; colaboram para

O relatório do ensaio apresenta diversas informa-

a remoção da carga estática presente nos filtros origi-

ções importantes aos usuários e, por este motivo, deve

nalmente carregados, resultado em rendimentos bem

ser considerado como uma ferramenta fundamental para

inferiores ao longo de sua vida útil.

o selecionamento adequado dos filtros de ar.

No gráfico 1, apresenta-se uma comparação de efi-

Além das informações como: modelo, dimensões

ciência de um filtro de ar originalmente com carga ele-

do filtro ensaiado, classe de filtragem, eficiência média,

trostática e outro sem a carga, ao longo do tempo, em

entre outras; ele apresenta os gráficos de acumulação

serviço.

de pó em peso e a eficiência em função da perda de

Por todos estes argumentos, a recente versão da

pressão do filtro. Esta última é fundamental para, com-

norma EN 779 considera o ensaio do meio filtrante, após

parativamente, prever a redução de eficiência do filtro

o procedimento de remoção da carga eletrostática, fun-

quando sua troca é feita antes da perda de pressão final

damental para a real classificação do filtro na categoria

do ensaio.

F – filtros finos. Ela descreve em detalhes um procedimento para a

42

Na página 44, a figura 2 é um exemplo do relatório de ensaio.


Grupo

Classe

Perda de pressão final (Pa)

Grossos

G1

250

50 # Ea , 65

G2

250

65 # Ea , 80

G3

250

80 # Ea , 90

G4

250

90 # Ea

M5

450

40 # Ef , 60

M6

450

60 # Ef , 80

F7

450

80 # Ef , 90

35

F8

450

90 # Ef , 95

55

F9

450

95 # Ef

70

Médios

Finos

Arrestância média (Ea) (%)

Eficiência média (Ef) para partículas de 0,4 μm (%)

Eficiência mínima 2) para partículas de 0,4 μm (%)

NOTAS: • As características da poeira atmosférica variam amplamente em comparação com o pó de carregamento usado nos ensaios. Em razão disso, os resultados dos ensaios não provém uma base para prever tanto o desempenho operacional quanto a vida útil. A redução da carga estática do meio filtrante ou o desprendimento de partículas ou fibras podem também afetar negativamente a eficiência. • A Eficiência Mínima @ 0,4 μm é a menor eficiência verificada no decorrer de qualquer uma das etapas do procedimento de ensaio (eficiência inicial do filtro e/ou da amostra de meio filtrante, eficiência do meio filtrante carregado ou descarregado eletrostaticamente).

Tabela 1: Classificação de filtros grossos, médios e finos conforme futura EN779 e CEE-138 anuncio_revista_solepoxy.pdf 1 28/01/2011 15:58:08

A Solepoxy possui uma completa linha de revestimentos epóxi, PU e uretano para a indústria farmacêutica, cosmética e veterinária.

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artigo técnico RESULTADO DE ENSAIO DE FILTRO DE AR Organização de ensaio: Superlab Inc

Relatório nr.: 00720XX GERAL

Ensaio N°.: 12345

Data do ensaio: 02 01 20XX

Supervisor: T. Master

Ensaio requerido por: World Best Filtro Inc.

Data de recebimento da amostra: 26-01-20 11

Amostra enviada por: World Best Filtro Inc.

AMOSTRA ENSAIADA Modelo: WBF Leader 100 Fabricante: World Best Filtro Inc. Tipo do meio filtrante: Fibra de vidro WBF Mix G & F

Fabricante: World Best Filtro Inc. Área de filtragem efetiva: 19 m2

Construção: Filtro rígido plissado em “V”, com 4 “V´s” Dimensões do Filtro (Largura × Altura × Profundidade): 592 mm × 592 mm × 292 mm

DADOS DO ENSAIO Vazão de ar do ensaio: 0,944 m³/s

Temperatura do ar no ensaio: 24ºC

Umidade relativa do ar no ensaio: 50%

Aerosol de ensaio: DEHS

Pó de carregamento: ASHRAE Não tratado / Descarregado Eficiência do meio filtrante (0,4 μm): 71,6% / 70,6%

RESULTADOS Perda de pressão inicial: 99 Pa

Arrestância inicial: 98%

Eficiência inicial: (0,4 μm): 72%

Carga de pó no ensaio: 254 g / 369 g / 461 g

Perdas de pressão finais do ensaio: 250 Pa / 350 Pa /450 Pa

Arrestância média: 99%

Eficiência Média (0,4 μm): 93% / 95% / 96%

Classe de filtragem (450 Pa):

F9 100

100 80

100 80

80 60

80 60

60 40

60 40

40 20

40 20

20 0

20 0

0

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

550

600

650

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

550

600

650

0

Arrestância, %

Eficiência (0.4 μm), %

100 Comentários:

Curva 4 Arrestância em função da carga de pó na vazão de ensaio Curva 3 Eficiência (0,4 μm) em pó na vazão de ensaio

Carga de pó

Perda de Pressão, Pa

500

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

550

600

650

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

550

600

650

500 400 400 300 300 200 200 100 100 0 0

0,0

0,1

0,2

0,0 0,1 de ar, 0,2 Vazão

NOTA

0,3

m /s

3 0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

1,1

1,2

1,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

1,1

1,2

1,3

Os resultados de desempenho são válidos apenas para os itens testados e não podem

ser quantitativamente aplicados para predizer a desempenho do filtro em serviço.

Figura 2: Exemplo de relatório de ensaio conforme EN 779 traduzido pelo CEE-138.

44

Curva 2 Perda de pressão em função da carga de pó na vazão de ensaio Curva1 Perda de pressão em função da vazão de ensaio. (Amostra limpa)


Norma ashrae 52.2:2007

NORMA EN 1822:2009

A norma Ashrae 52.2 é frequentemente utilizada

Desde a publicação da norma NBR 16401, ficou uma

por fabricantes de filtros e equipamentos norte-america-

lacuna no que diz respeito à classificação dos filtros ab-

nos. Também ela é referência nos documentos voltados

solutos/HEPA no Brasil. Isto porque a antiga norma NBR

a certificação LEED. Sua base reside no conceito de

6401 que classificava os filtros em A-1, A-2 e A-3 deixou

menor eficiência verificada para três faixas de tamanhos

de ser aplicada.

de partículas durante o ensaio (0,3 – 1,0µm; 1,0 – 3,0µm; 3,0 – 10µm) (tabela 2).

Como saída para este problema, o mercado vem se acomodando em torno da norma européia EN 1822 que,

Esta norma traz algumas inovações importantes como a eficiência por faixas de partículas (algo de mais

além de ser bastante completa, também está em constante evolução.

fácil compreensão aos usuários), além de quatro faixas

A norma EN 1822 foi atualizada no final de 2009.

de perdas de pressão final para o ensaio, em função da

Ela trata do método de ensaio e classificação dos filtros

eficiência do filtro (75, 150, 250 e 350Pa).

EPA, HEPA e ULPA.

Entretanto, como seu método e aerossol de ensaio

Em relação à sua versão anterior, a inclusão da

são diferentes dos utilizados na norma EN 779 (KCL x

categoria de filtros EPA (efficient air filters) subdividiu a

DEHS), não existe uma conexão direta entre as duas

antiga categoria de filtros HEPA (high efficiency particu-

normas, o que exige cautela na comparação entre filtros

late air filters). A classificação dos filtros ULPA (ultra low

ensaiados em uma e na outra norma.

penetration air filters) permaneceu inalterada.

MERV

3,0 to 10,0 μm

1,0 to 3,0 μm

0,3 to 1,0 μm

Arrestância (arrestance)

Perda de pressão final (Pa)

1

E3 < 20%

<65%

75

2

E3 < 20%

65 - 70%

75

3

E3 < 20%

70 - 75%

75

4

E3 < 20%

≥75%

75

5

20≤ E3 <35%

150

6

35≤ E3 <50%

150

7

50≤ E3 <70%

150

8

70% ≤ E3

150

9

85% ≤ E3

E2<50%

250

10

85% ≤ E3

50≤ E2 <65%

250

11

85% ≤ E3

65≤ E2 <80%

250

12

90% ≤ E3

80% ≤ E2

250

13

90% ≤ E3

90% ≤ E2

E1< 75%

350

14

90% ≤ E3

90% ≤ E2

75≤ E1 <85%

350

15

90% ≤ E3

90% ≤ E2

85≤ E1 <95%

350

16

95% ≤ E3

95% ≤ E2

95% ≤ E1

350

Tabela 2: Valores de eficiência mínima reportados MERV (Minimum Efficiency Reporting Values) conforme ASHRAE 52.2:2007.

45


artigo técnico Ela é subdivida em 5 partes como dispostas abaixo: EN 1822-1 – contém classificação, dados de desempenho e identificação de filtros EPA, HEPA e ULPA; EN 1822-2 – descreve os equipamentos de medição e os geradores de aerossol utilizados no ensaio dos filtros; tícula de máxima penetração em amostra do meio filtrante (flat sheet); EN 1822-4 – com aerossol apropriado, descreve o ensaio para verificação de vazamentos no filtro, através do método de escaneamento. Permite o cálculo da

Divulgação: Aeroglass

EN 1822-3 – descreve o ensaio de eficiência e par-

Foto 6: Filtros HEPA planos

eficiência global do filtro ensaiado, além de apresentar valores de penetração local, por ponto escaneado; minação de eficiência em filtros que não podem ser escaneados conforme EN 1822-4.

Divulgação: Trox

EN 1822-5 – descreve técnicas de ensaio para deter-

A introdução dos filtros epa Como apresentado anteriormente, a norma EN1822 versão 2009 introduziu o conceito dos filtros EPA (effi-

cient air filters) que, para alguns são considerados subFoto 7: Filtro HEPA em V

-absolutos, inferiores aos filtros HEPA. A grande diferença entre os filtros EPA e os filtros HEPA (high efficiency

particulate air filters) está, não só na eficiência global, mas também no critério de eficiência local, ponto a ponto

na estrutura de sustentação onde o filtro é montado.

do filtro, durante o escaneamento. Este critério aumenta

Entretanto é fundamental considerar que, os ensaios

o rigor na classificação dos filtros HEPA já que eles de-

em campo não são capazes de determinar a eficiência

vem atender aos dois requisitos (tabela 3).

do filtro no que diz respeito à partícula de máxima pe-

Outra questão a ser considerada é que, conforme

netração (MPPS), uma vez que durante sua realização

norma, os filtros HEPA devem ser ensaiados individual-

não são atendidos alguns critérios exigidos no ensaio

mente após a sua fabricação antes de serem entregues.

de laboratório, entre eles, características do fluxo do

Já os filtros EPA têm um critério mais livre de inspeção,

ar ao qual o filtro está submetido e a concentração e

podendo ser despachados pelo fabricante após ensaios

faixa de distribuição do aerossol à montante do filtro,

representativos do lote.

por exemplo. No caso dos filtros grossos e finos, o desafio é ainda

Ensaios de filtros em campo

maior, pois não existem dispositivos normalizados para a realização dos ensaios. Uma alternativa que vem sendo discutida é o uso do

46

Os filtros absolutos/HEPA e ULPA são geralmente

contador de partículas discretas – CPD – para a verifi-

ensaiados em campo através da verificação com fotô-

cação da capacidade de filtragem do sistema filtrante

metro ou com contador de partículas discretas (CPD).

instalado (entenda-se: os filtros, vedações, estruturas

Estes ensaios buscam detectar vazamentos no meio

de sustentação, entre outros) em comparação à um

filtrante, na selagem do filtro, na gaxeta de vedação ou

filtro de referência.


Filtro

Classe conforme EN 1822:2009

Valores Globais

Valores Locais

Eficiência %

Penetração máxima %

Eficiência %

Penetração máxima %

EPA

E10

85

15

EPA

E11

95

5

EPA

E12

99,5

0,5

HEPA

H13

99,95

0,05

99,75

0,25

HEPA

H14

99,995

0,005

99,975

0,025

ULPA

U15

99,9995

0,0005

99,9975

0,0025

ULPA

U16

99,99995

0,00005

99,99975

0,00025

ULPA

U17

99,999995

0,000005

99,999975

0,000025

Tabela 3: Classificação dos filtros absolutos conforme EN 1822:2009 Neste sentido, o ar admitido em ambos os sistemas

Consumo energético

é praticamente o mesmo e, com o filtro referência previamente ensaiado em laboratório, é possível estudar o comportamento do sistema filtrante como um todo. Na figura 3 temos um desenho esquemático proposto para o ensaio de filtros finos em campo. Vale notar que, nesta configuração, o maior desafio é obter uma quantidade de partículas estatisticamenterepresentativa à montante do sistema, principalmente

Outra questão que vem sendo frequentemente debatida entre fabricantes e usuários de filtros de ar é a influência dos filtros para o aumento ou redução do consumo energético de sistemas de ar condicionado e ventilação geral. O que atualmente ninguém discute é a tendência de aumento das tarifas de energia ao longo dos próximos

na faixa de diâmetro de 0,4μm.

anos. Por este motivo, a racionalização dos sistemas passa, sem dúvida, pelo uso de filtros de ar capazes de garantir seu desempenho de eficiência, com o mínimo de consumo energético associado. Diversos especialistas têm debatido conceitos em busca uma metodologia uniforme capaz de permitir a comparação e classificação dos filtros tanto pelo critério de eficiência como pelo critério de consumo energético. Esta discussão é uma tendência mundial e que merece toda atenção do mercado brasileiro, uma vez que o impacto de um sistema filtrante mal dimensionado no

Sistema filtrante ensaiado em campo

consumo energético de uma instalação pode ser significativo.

Critérios para selecionamento de filtros de ar

Filtro de referência previamente ensaiado em laboratório Contador de partículas discretas - CPD

Figura 3: Esquema de ensaio de filtros finos em campo REHVA Guidebook

Atualmente o mercado de filtros de ar apresenta uma grande variedade de tipos, modelos e fabricantes. Por este motivo, o selecionamento do filtro mais adequado não deve ser feito somente pela classe de filtragem pre-

47


artigo técnico

Divulgação: Atmen

Aplicação típica

Classe

Supermercado, mall de centros comerciais, agências bancárias e de correios, lojas comerciais e de serviço

G4

Escritórios, salas de runião, CPD, sala de digitação, call center, consultórios

F5

Aeroporto – saguão, salas de embarque

F5

Aeroporto – torre de controle

G3 + F6

Biblioteca, museu – áreas do público

Foto 8: Tipos de filtros de ar

f5

Biblioteca, museu – exposições e depósito de obras sensíveis

sente na sua etiqueta ou carimbo de identificação. Os fabricantes têm desenvolvido novos meios filtrantes e formatos construtivos que associam benefícios como: maior vida útil, menor desprendimento de partículas, melhor desempenho energético, entre outros. Por isso, é fundamental que os usuários, selecionadores e projetistas tenham clareza das necessidades técnicas da instalação e recebam dos fabricantes as informações objetivas de desempenho dos filtros. A norma NBR 16401-3 em sua tabela 5 (neste artigo tabela 4) apresenta alguns critérios mínimos de

Hotéis 3 estrelas ou mais, apartamentos, lobby, salas de estar, salas de convenções

F5

Hotéis – outros, motéis – apartamentos

G4

Teatro, cinema, auditório, locais de culto, sala de aula

F5

Lanchonete, cafeteria

G4

Restaurante, bar, salão de coquetel, discoteca, danceteria, salão de jogos

F5

Ginásio (áreas do público), fitness center, boliche, jogos eletrónicos

G4

eficiência de filtragem recomendados para cada tipo de

Centrais telefônicas de computação

ambiente.

Residências

Já a norma Européia EN 13779 estabelece a classe

G3 + F8

G3 + F6 G3

Sala de controle – ambiente eletrônico sensível

G3 + F6

a qualidade do ar externo ao ambiente e a qualidade do

Impressão – litografia, offset

G3 + F7

ar interno desejado. Os níveis ODA (outdoor air quality)

Impressão – processamento de filmes

G3 + F8

de filtragem necessária ao sistema pela co-relação entre

e IDA (indoor air quality) são válidos para instalações de

Tabela 4: tabela extraída da NBR 16401-3 (tabela 5) com as aplicações típicas e classes de filtragem recomendadas

conforto e estão dispostos na tabela 5. De acordo com o nível ODA e IDA da instalação,

Qualidade desejada no ar interior (IDA - Indoor Air Quality) Qualidade do ar exterior (ODA - Outdoor Air Quality) ODA 1 (ar com baixo nível de poeira - puro) ODA 2 (ar com poeira moderada) ODA 3 (ar com concentrações altas de poeira ou gases)

IDA 1 (alta)

IDA 2 (média)

IDA 3 (moderada)

IDA 4 (baixa)

F-9

F-8

F-7

F-5 (M-5)

F-7 + F-9

F-6 (M-6) + F-8

F-5 (M-5) + F-7

F-5 (M-5) + F-6 (M-6)

F-7 + Filtro para gases + F-9

F-7 + Filtro para gases + F-9

F-5 (M-5) + F-7

F-5 (M-5) + F-6 (M-6)

Tabela 5: Uso de filtros de ar conforme recomendações da norma européia EN 13779

48


Estrutura de sustentação Suporte do filtro (Dimensões nominais)

Dimensões da face do filtro (Dimensões reais)

Largura (mm)

Altura (mm)

Largura (mm)

Altura (mm)

610

610

592

592

508

610

490

592

305

610

287

592

610

305

592

287

508

305

490

287

305

305

287

287

Tabela 6: Dimensões de face dos filtros de ar conforme EN 15805

os procedimentos de manutenção, higienização dos sistemas e trocas dos filtros deverão também ser mais

Bibliografia

rigorosos. Além do selecionamento do filtro com baixo consumo

ABNT NBR 16401-3 – Instalações de ar condicionado –

energético, o uso de filtros em dimensionais padroniza-

Sistemas centrais e unitários. Parte 3: Qualidade do

dos pode ser capaz de reduzir os custos de manutenção

ar interior – 2008.

e níveis de estoque necessários, uma vez que são produzidos pela maioria dos fabricantes. Na tabela 6 são apresentadas as dimensões de face de filtros grossos e finos padronizadas pela norma EN

GUSTAVSSON, J. – Finally a new test method for air fil-

ters – EN 779:2002 – 34th R³ - Nordic Contamination Control Symposium – 2003. GUSTAVSSON, J. – Air filter for ventilating systems – laboratory and In Situ testing – International Nonwo-

15805.

vens Journal – Volume 8 N° 2 – 1999.

Tendências para o futuro

PrEN 779:2011 – Particulate air filters for general ven-

tilation – Determination of the filtration performance – CEN / TC-195 – 2011.

Os maiores investimentos dos fabricantes de meios

GUSTAVSSON, J; GINESTET, A; TRONVILLE, P; HYT-

filtrantes e de filtros de ar estão voltados à sustentabili-

TINEN, M. – Air filtration in HVAC Systems – REHVA

dade das instalações.

Guidebook – N° 11 – REHVA – 2010.

Este conceito passa pelo desenvolvimento de produ-

EN 13779:2007 – Ventilation for non-residential builidin-

tos com materiais de fácil descarte e que não agridam o

gs – Performance requirements for ventilation and

meio ambiente; materiais com menor perda de pressão

roomconditioning systems – CEN – 2007.

inicial e, por consequência, menor consumo energético; e filtros com melhor rendimento econômico, alinhando quesitos como preço unitário, ciclo de manutenção e custos acessórios. Por fim, ressalto que somente através da elaboração de normas brasileiras e do debate entre fabricantes, usuários e acadêmicos, o Brasil poderá se transformar

EN 1822:2009 – Part 1-5. High efficiency air filters (EPA,

HEPA and ULPA) – CEN – 2009. ANSI / ASHRAE 52.2:2007 – Method of testing general

ventilation air-cleaning devices for removal efficiency by particle size – ASHRAE – 2007. EN 15805:2009 – Particulate air filters for general ventila-

tion – Standardized dimensions – CEN – 2009.

em um agente ainda mais importante no mercado inter-

ABNT NBR 7256 – Tratamento de ar em estabelecimen-

nacional, tanto como consumidor como também desen-

tos assistenciais de saúde (EAS) – Requisitos para

volvedor de tecnologia.

projeto e execução das instalações – ABNT – 2005.

49


Opinião

Foto: Divulgação

Transformando clientes em parceiros * Claudio Nasajon Existem maneiras de aumentar o retorno financeiro

cedores parceiros”. Lamentavelmente já é difícil conse-

dos clientes sem necessidade de investimentos signifi-

guir com que os vendedores cumpram o que prometem,

cativos. As opções podem ser agrupadas em três tipos

entregando o que venderam, quanto mais esperar que

básicos: vender - para os mesmos clientes - “mais coi-

eles se comprometam com os resultados que os clientes

sas”, “com maior frequência” ou “por mais tempo”.

obterão com seus produtos ou serviços.

O melhor dos mundos é vender mais coisas E com

Além disso, nem sempre os compradores percebem,

maior frequência E por mais tempo, mas na prática es-

ou dão o devido valor, a diferenciais em atendimento,

ses comportamentos são independentes entre si.

comprometimento com resultados, preocupação com a

Vender mais coisas requer que o vendedor explore necessidades não explicitadas pelo comprador. A títu-

pós-venda e outros valores intangíveis, embora sejam esses itens os que gerem fidelização no longo prazo.

lo de ilustração, o McDonalds aumentou as vendas de

O segredo, portanto, está em considerar relaciona-

tortinhas incentivando os caixas-atendentes a perguntar

mentos, no sentido mais extenso da palavra. Por essa

se o cliente “deseja uma sobremesa”. O mesmo efeito é

lógica, é preciso considerar que na equação “RENTA-

sentido nas lojas de roupas quando os vendedores ofe-

BILIDADE = VALOR DE VENDA - CUSTO DA VENDA”,

recem complementos aos pedidos dos clientes.

o CUSTO inclui o preço pago pela mercadoria/serviço

Vender com maior frequência, por outro lado, exige

vendido, e, por outro lado, o VALOR é centenas de vezes

um pouco mais de elaboração. A frequencia de compra é

maior do que o preço daquela transação específica. É

determinada, muitas vezes, pela engenharia do produto:

correto pensar nos clientes sob uma perspectiva de lon-

aqueles elaborados com materiais de alta resistência du-

go prazo, nos negócios que pode fazer com eles durante

ram mais do que outros feitos com itens menos nobres.

“toda a sua vida” - e não apenas naquela transação.

Encontrar o equilíbrio nessa engenharia é uma ciência.

Dessa forma, passa a ser possível investir mais no

Se os produtos duram pouco, os clientes se irritam e a

atendimento e em ações que estabeleçam confiança

marca perde valor. Por outro lado, se os produtos duram

(evitando recomendar uma compra para um cliente que

muito, as vendas declinam. As soluções incluem mudan-

possa arrepender-se mais tarde, por exemplo). Se você

ças cosméticas, como as da indústria automobilística,

considerar que o cliente pode ser seu parceiro de negó-

ou a criação de “coleções” sazonais, como ocorre na in-

cios por décadas, as perdas numa transação específica

dústria da moda, para que os clientes desejem comprar

são irrelevantes quando comparadas aos ganhos totais

novos produtos, mesmo que os anteriores estejam em

que esse cliente é capaz de oferecer.

condições de uso.

Minha recomendação, portanto, é que você calcule

Finalmente, vender por mais tempo ou, em outras

o VALOR DE UM CLIENTE, considerando os possíveis

palavras, criar “fidelidade”, implica em estabelecer um

ganhos em toda a sequência de compras - incluindo pro-

relacionamento de confiança com o cliente, de forma

dutos complementares, recompras, e, principalmente,

que, chegada a hora de repor o produto, ele não pense

no relacionamento de longo prazo. Dessa forma, será

em buscar outro fornecedor. O problema, para seguir

capaz de investir adequadamente os recursos para criar

esta estratégia, é como implementá-la.

PARCEIROS em vez de apenas “fregueses”.

Existem fornecedores que vendem determinado pro-

50

duto ou serviço, mas há aqueles que se preocupam em

Claudio Nasajon é Presidente da Nasajon Sistemas (www.nasajon.

criar um vínculo com o cliente. Eu os chamo de “forne-

com.br) e professor de Planejamento de Negócios da PUC-Rio.


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