Revista da sBCC N o 55 Nov/dez 2011
revista
Nº 55 novembro/ dezembro 2011 R$15,00
Ilha Temática SBCC – Áreas Limpas
sbcc.com.br
Monitoramento e controle microbiológico
sumário
revista
Edição N0 55 novembro /dezembro 2011
3
4
Editorial missão cumprida
6
Entrevista Dorival sousa
10
microbiologia monitoramento e controle microbiológico
18
ilha Temática sBCC – áreas Limpas Participação marcante
32
sócios da sBCC
34
Notícias da sBCC
37
mercado
38
Artigo Técnico Projeto básico de salas limpas – Parte 2
50
opinião A ética nas empresas
EDiToriAL
revista
Edição N0 55 novembro /dezembro 2011
missão cumprida
E
stamos chegando ao final da
soluções apresentadas o foco sempre
expresso nossa gratidão a todos os que
gestão dirigida pelo presidente
foi o mesmo: reforçar a publicação
contribuíram de alguma forma, seja na
Dorival Sousa. Foram quatro anos de
como um referencial para o mercado.
indicação de fontes para as matérias,
muito trabalho e dedicação, sempre
Também é importante salientar o equi-
na indicação de “cases” ou mesmo na
com o objetivo de ampliar a presença
líbrio que perseguimos para que essas
produção de artigos técnicos. Sem essa
da SBCC nos assuntos relacionados
inovações não produzissem efeitos
colaboração seria muito mais difícil dar-
direta ou indiretamente ao controle de
financeiros negativos, e isso foi possí-
mos suporte necessário para o desen-
contaminação em ambientes fechados.
vel com uma forte e renovada política
volvimento da Revista da SBCC. Tam-
Todas as áreas da entidade nesse
comercial.
bém gostaria de agradecer a confiança
período estabeleceram diretrizes e se
Chegou a hora de renovar. A nova
empenharam em fazer as coisas acon-
diretoria, que assume a gestão em
tecerem. Coube ao Conselho Editorial
dezembro, dará continuidade e me-
Boas-vindas aos novos profissio-
atuar para o necessário aperfeiçoa-
lhorará o que foi feito até aqui. Aliás,
nais que constituirão o Conselho Edito-
mento das mídias da SBCC, a revista e
essa é uma prática rotineira e que tem
rial. Novas ideias sempre serão saluta-
o site da entidade.
marcado todas as gestões da SBCC.
res para que os projetos se mantenham
Durante esse período algumas
Acredito que essa postura é um dos
fiéis aos nossos princípios, o que, em
inovações foram implementadas. Por
pilares que sustentam a entidade e a
última análise, contribuem para um
exemplo, investimos em um novo
tornam relevante junto ao mercado de
Brasil mais desenvolvido e justo.
projeto gráfico para a revista e defini-
áreas limpas.
mos novas seções editoriais, como a
Em nome dos profissionais voluntá-
Entrevista e Opinião. Para todas as
rios que atuaram no Conselho Editorial
da diretoria e o rápido atendimento às nossas dúvidas e solicitações.
Martin Lazar Editor chefe – Conselho Editorial
SBCC – Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação - www.sbcc.com.br Diretoria: Presidente: Dorival Sousa; Vice-Presidente: Marco Duboc; Diretor Técnico: Célio S. Martin; Diretor Financeiro: Raul A. Sadir; Diretor de Relações Públicas: Gerson Catapano; Diretor Emérito: Dr. Hans Sonnenfeld; Diretor do Núcleo Científico: Elisa Krippner; Diretor Núcleo Comunicação: Marcio Magno; Diretor Núcleo Eventos: Luciana Kimi; Conselho Consultivo Elegível: Celso Simões Alexandre, Heloísa Meirelles Costa e Luciana Kimi; Conselho Consultivo: Ana Maria Ferreira de Miranda, Carlos Eduardo Rein, Claudemir Aquino, Dirce Akamine, Elisa Krippner, Jonas Borges da Silva, Luiz Antonio Rocha, Silvia Yuko Eguchi e Suely Itsuko Ciosak; Conselho Fiscal: Yves L. M. Gayard, Murilo Parra e Jean-Pierre Herlin. Cargo não-eletivo: Delegada Internacional: Heloísa Meirelles Costa; Conselho Editorial Revista SBCC: Martin Lazar (editor-chefe), Camilo Souza (editor assistente), Carlos Prudente, Denis Henrique de Souza, Gerson Catapano, J. Fernando B. Britto, Paulo Matos e Rinaldo Lucio Almeida. Secretaria: Márcia Lopes Revista da SBCC: Órgão oficial da SBCC – Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação. R. Sebastião Hummel, 171 – sala 402 CEP 12210-200 São José dos Campos – SP. Tel. (12) 3922 9976 – Fax (12) 3912 3562 E-mail: sbcc@sbcc.com.br; A Revista da SBCC é uma publicação bimestral editada pela Vogal Comunicações. Tiragem: 5.000 exemplares Vogal Comunicações: Editor: Alberto Sarmento Paz. Reportagens: Luciana Fleury e Marcelo Couto. Edição de Arte: Koiti Teshima (BBox). Diagramação: Caline Duarte e Heloisa Kimie Sato. Projeto Gráfico: Carla Vendramini/Formo Arquitetura e Design. Contatos com a redação: Rua Laboriosa 37, São Paulo. Tel. (11) 3051 6475. E-mail: redacao@vogalcom.com.br Depto. Comercial: Marta Vieira (comercial.2@sbcc.com.br) e Aline Souza (comercial.1@ sbcc.com.br). A SBCC é membro da ICCCS - International Confederation of Contamination Control Societies As opiniões e os conceitos emitidos pelos entrevistados ou em artigos assinados não são de responsabilidade da Revista da SBCC e não expressam, necessariamente, a opinião da entidade. Foto capa: Glaucia Motta
4
A SBCC Oferece:
Seminários Grupos de Trabalho Participação em eventos e feiras Informações atualizadas do setor Revista SBCC
www.sbcc.com.br
Dorival Sousa Presidente da SBCC Luciana Fleury
E
m dezembro de 2011 encerra-
mente migrou para o setor farmacêuti-
gada à presidência da entidade?
-se o ciclo da atual diretoria da
co. Trabalhou por muitos anos na Bo-
Dorival Sousa: Participo da SBCC
SBCC. Dorival Sousa, que esteve à
ehringer Ingelheim, como responsável
desde 2002, quando ingressei no
frente desse grupo de profissionais
por qualificação de equipamentos e
grupo de trabalho de projetos de áre-
exercendo a presidência da entidade,
sistemas, e atualmente é responsável
as limpas. Aproximei-me da entidade
participa desta seção para comentar
por projetos na Novartis Biociências,
porque acreditava que poderia dividir
um pouco sobre a atuação da entidade
unidade Sandoz.
experiências, aperfeiçoar técnicas e
nos últimos quatros anos, suas con-
Dorival participa da SBCC desde 2002,
aprender muito mais. Participei deste
quistas e os pilares para ações futuras.
quando ingressou em um dos grupos
grupo por anos e posso dizer que foi
“Muito foi feito, porém o mais importan-
de trabalho da entidade, interessado
uma experiência muito significativa. Em
te na SBCC é que o trabalho desenvol-
em aperfeiçoar seus conhecimentos na
2005 fui convidado a integrar a direto-
vido pela entidade hoje é fruto de uma
área de controle de contaminação. Em
ria, encabeçada pela Dra. Dirce Akami-
sucessão de gestões que sempre tive-
2007 aceitou o convite para ser vice-
ne – gestão 2006/2007, como membro
ram como objetivo disseminar o conhe-
-presidente da chapa encabeçada por
do conselho consultivo. Neste período
cimento, levar os conceitos de controle
Yara Aydos para a gestão 2008/2009.
pude atuar mais ativamente junto à di-
de contaminação aos mais variados
Quatro meses após o início da ges-
retoria da entidade. Em 2007, fui indica-
usuários e segmentos. Essa postura
tão, Yara se desligou das atividades
do e eleito como vice-presidente para
contínua, sem rupturas ou desconti-
profissionais que exercia na indústria,
a gestão encabeçada pela Iara Aydos.
nuidade de projetos, faz a entidade ser
transferindo a presidência para Dori-
Porém, quando a presidente eleita se
uma referência nacional e internacional
val, cujo depoimento sobre as gestões
desligou da entidade assumi a presi-
no setor”, observa Dorival.
2008/2009 e 2010/2011 os leitores
dência da SBCC. Já em 2009 enca-
Formado em engenharia de automa-
acompanham a seguir.
becei a chapa eletiva da entidade e fui
ção industrial, Dorival iniciou sua vida
6
reeleito para mais uma gestão, que se
profissional na área de manutenção em
Revista da SBCC: Só para recuperar
encerra agora em dezembro de 2011.
uma indústria de alimentos, posterior-
um pouco a história, como foi sua che-
Tenho orgulho de ter feito parte desta
Fotos: Glaucia Motta
ENTREVISTA
equipe e espero continuar contribuindo com o crescimento da entidade. Revista da SBCC: Quais os pontos que se podem destacar dessa trajetória? Dorival Sousa: A SBCC é uma entidade sólida, constituída por profissionais que acreditam no seu valor e em seus objetivos. A principal meta da atual diretoria foi trabalhar na “organização” do negócio. Buscamos focar
A SBCC é uma entidade sólida constituída por profissionais que acreditam no seu valor e objetivos, isso a consolida como a principal representante dos debates sobre áreas limpas
e Eventos), iniciando assim o trabalho de
reestruturação
organizacional.
Buscamos também criar os departamentos de marketing, comercial, portal, parcerias, contratos, etc. Essa nova estrutura deve ser consolidada nas próximas gestões. Outro aspecto importante que gostaria de destacar foi a atuação mais efetiva para levantamento de recursos e controles financeiros. O departamento comercial foi
nossos esforços em um planejamento
chamado a desenvolver um forte tra-
mais integrado, distribuindo melhor
balho neste sentido, reestruturando,
as responsabilidades e priorizando
criando politicas e direcionando me-
ações estratégicas que auxiliariam a
lhor a equipe. Isso gerou um resultado
SBCC a crescer. Demos continuidade
para quatro anos, visando preparar a
financeiro considerável que garante o
ao trabalho de planejamento estraté-
entidade na busca de sua visão. Entre
equilíbrio econômico da entidade.
gico, iniciado na gestão da Dra. Dirce
as principais ações destaco a criação
Akamine, de forma a possibilitar um
das quatro unidades estratégicas de
Revista da SBCC: Um desejo inicial
melhor direcionamento da entidade.
negócio, hoje denominadas de Núcle-
apontado na sua posse foi reforçar
Desenhamos um plano estratégico
os (Técnico, Científico, Comunicação
o planejamento estratégico, visando
ENTREVISTA consolidar a SBCC como referência
confiança internacional, isso demostra
internacional do setor. Como isso foi
que estamos no caminho certo.
desenvolvido nesse período? Dorival Sousa: Quando iniciamos o
Revista da SBCC: Apesar de ter re-
planejamento estratégico da SBCC,
cursos limitados, a SBCC consegue
focamos nas quatro perspectivas que
ter grande participação nos debates
refletem a visão e estratégia empre-
sobre normas, na oferta de palestras
sarial: financeira; clientes; processos
e de outros materiais importantes para
internos; aprendizado e crescimento.
a atualização dos profissionais. Qual o
Nesse processo buscamos identificar
segredo?
nossas fraquezas e nossas forças, a
Dorival Sousa: Um ponto importante é
fim de nos conhecermos melhor. Defi-
a continuidade das gestões, sem fortes
nimos comunicação e expansão como
rupturas. Essa continuidade garante o
os temas estratégicos prioritários, a
compromisso dos profissionais envolvi-
partir do quais montamos nosso mapa
dos na SBCC com o desenvolvimento
estratégico e definimos diversas ações
do mercado local, principalmente na
para a entidade. Acredito que conse-
qualificação adequada de todos os en-
guimos grandes avanços. A entidade
volvidos na cadeia produtiva de produ-
tem conquistado visibilidade, respeito e
tos sensíveis a contaminação. Isso se
A continuidade das gestões é uma das características da SBCC. A mudança de gestões sem grandes rupturas no compromisso maior da entidade, que é disseminar o conhecimento técnico, é um de seus mais importantes alicerces e a torna uma referência
reflete no alto nível dos debates propi-
nejamento e organização. Nos últimos
ciados pela SBCC para a consolidação
eventos em que a entidade participou
de normas ou resoluções e na oferta de
com a Sala limpa Itinerante consegui-
seminários e artigos técnicos. Aprender
mos colocá-la em operação de manei-
e considerar as ações das gestões que
ra mais rápida e eficiente.
já estiveram à frente da entidade é um dos pilares de sustentação da SBCC.
Revista da SBCC: A SBCC sempre se pautou pela luta em disseminar conhe-
CACR Engenharia e Instalações Ltda. Av. dos Imarés, 949 • Indianópolis 04085-002 • São Paulo • SP Tel: (11) 5561-1454 Fax: (11) 5561-0675 Produtos: • Projeto Executivo • Sistemas de Ar Condicionado Central • Sistema de Ventilação Industrial • Salas Limpas • Sistema de Coleta de Pó • Climatização Têxtil • Sistemas de Recuperação de Resíduos • Comissionamento, Validação • Contrato de Manutenção www.cacr.com.br • cacr@cacr.com.br
Revista da SBCC: O projeto da “Sala
cimento e pelo compromisso com o de-
Limpa Itinerante” parece ser um mode-
senvolvimento. Como esses assuntos
lo muito viável para presença em feiras
se desenvolveram em sua gestão?
de exposição. Qual a importância des-
Dorival Sousa: Disseminar o conhe-
se projeto?
cimento é nossa “missão”. Temos o
Dorival Sousa: A “Sala Limpa Itine-
compromisso de fazê-lo. Particular-
rante” foi uma iniciativa muito oportuna,
mente, destacaria dois aspectos prin-
idealizada pela equipe de eventos em
cipais para demonstrar nosso trabalho.
parceria com empresas provedoras de
Primeiro, nos últimos anos o Núcleo
materiais e equipamentos, associadas
Técnico vem desenhando nossos se-
à entidade. É uma solução simples,
minários de forma a torná-los cíclicos
de fácil montagem, que consegue de-
e contínuos, além de buscar expandir
monstrar de forma eficiente o conceito
os assuntos e consolidar a participação
que pregamos em nossos seminários.
da SBCC em outras cidades, como Re-
A grande vantagem deste projeto é a
cife e Curitiba, por exemplo. Nas duas
simplificação. Quando digo simplifica-
gestões (2007 a 2011) mais de 2.200
ção refiro-me a toda a infraestrutura
profissionais participaram dos cerca de
necessária para uma exposição, bem
30 seminários desenvolvidos pela en-
como o esforço desprendido em pla-
tidade. Isso é um grande indicador do
8
quanto estamos ativos. Outro aspecto
entidade receberá o Simpósio Mundial
Revista da SBCC: Qual a avaliação
importante foi o trabalho desenvolvido
do ICCCS, como a SBCC avalia a
em retrospectiva da sua gestão?
pelo Núcleo Científico, que, além dos
conquista do direito de receber o maior
Dorival Sousa: Sempre deixamos algo
grupos de trabalho existentes, iniciou
evento mundial do setor?
por fazer. Infelizmente não contamos
novos grupos. Estes grupos funda-
Dorival Sousa: Esta conquista é fruto
com recursos e tempo suficientes para
mentam e fortalecem tecnicamente a
do reconhecimento da participação
fazer tudo que acreditamos ser neces-
entidade. O Núcleo Científico ampliou
e contribuição da SBCC nos debates
sário. Por isso, a importância da con-
também sua participação internacional
técnicos globais, com a comunidade
tinuidade. Porém, estou satisfeito com
junto à ISO e ao ICCCS. Como exem-
voltada ao controle de contaminação
os resultados obtidos e com o trabalho
plo, nos últimos dois anos, consegui-
em áreas limpas e ambientes associa-
desenvolvido por esta diretoria. Foi
mos garantir a participação de quatro
dos controlados, além, é claro, da re-
uma longa jornada que se encerra com
representantes/ano em reuniões inter-
levância cada vez maior da economia
um balanço positivo. Estamos passan-
nacionais. Esta conquista é um reflexo
brasileira no cenário global. Os grupos
do o bastão para profissionais que vão
do esforço da equipe e está 100%
de trabalhos, espelhos dos working
dar continuidade a esse esforço e que,
alinhada à estratégia da SBCC. Estes
groups da ISO, estão ativos e fizeram
com certeza, vão levar a entidade a
dois aspectos demonstram o quanto a
com que o Brasil ganhasse relevância
alcançar seus objetivos. Finalmente,
SBCC está focada no cumprimento de
técnica na construção e revisão da
gostaria de agradecer a todos que
sua missão.
ordem normativa internacional. Este
fizeram parte dessa caminhada, pois,
congresso consolida a SBCC no ce-
é sempre bom citar que todos os pro-
Revista da SBCC: Voltando à par-
nário mundial como entidade ativa e
fissionais envolvidos nessas tarefas o
ticipação internacional, em 2016 a
participativa.
fazem de forma voluntária.
Microbiologia
Monitoramento e controle microbiológico indispensável para controlar a qualidade dos ambientes de fabricação e manipulação de produtos farmacêuticos (e de outros segmentos), o monitoramento microbiológico de salas limpas está em discussão internacional. No brasil, os critérios de contagem microbiana e as medidas de controle estão previstos em resolução técnica estabelecida pela aNViSa Marcelo couto
o
monitoramento e o controle microbiológico em salas limpas e
b)
Sedimentação
(amostragem
limites estabelecidos pelas orientações normativas.
demais áreas críticas do pro-
passiva): coleta realizada por exposi-
A detecção da carga microbiana
cesso de produção de medicamentos
ção de placas de Petri contendo uma
presente no ambiente é fundamental
fazem parte da rotina de garantia da
formulação padrão de meio de cultura
para a manutenção de um plano de
qualidade nas indústrias farmacêuticas
suplementado com ágar (técnica de
controle
de todo o mundo. O objetivo é medir e
sedimentação).
documentos e acompanhamento do
eficiente,
elaboração
dos
avaliar sistematicamente a quantidade
c) Técnica de contato: amostragem
histórico de contaminação. Estas in-
de micro-organismos vivos presentes
realizada diretamente sobre a superfí-
formações são essenciais para a obe-
nesses ambientes e orientar medidas
cie do local desejado, principalmente
diência às Boas Práticas de Produção
preventivas e corretivas para eliminar
nos pontos críticos, utilizando peque-
(BPF), como a adoção de medidas
possíveis
contaminação.
nas placas contendo meios de cultura
preventivas e corretivas relacionadas
“Embora saibamos que a maior parte
sólidos apropriados, também conheci-
aos procedimentos operacionais, va-
dos contaminantes seja proveniente
das como Placas RODAC – Replicated
lidação dos processos de limpeza e
de matérias-primas, o controle am-
Organisms Detection and Counting.
sanitização das instalações e treina-
focos
de
biental é uma importante variável do
d) Coletas com hastes flexíveis
processo e merece atenção”, destaca
com pontas de algodão produzidas
Os profissionais responsáveis pelo
a farmacêutica Déa de Aguirra, da
para esta finalidade (swabs). O mate-
monitoramento e controle microbiológi-
Yugue Assessores, especializada em
rial é semeado diretamente – ou após
co, no entanto, esbarram em uma série
consultoria e treinamento.
submetê-lo a suspensão e/ou dilui-
de desafios cotidianos, a começar pelo
ção – em placas de Petri ou caldos-
manejo dos métodos e equipamentos
-padrão.
existentes para realizar as medições.
As técnicas comumente empregadas para medir a carga microbiana envolvem:
10
centrífuga e impinger, entre outros.
mento do pessoal.
A análise dos resultados obtidos a
Uma situação: diferentes equipamen-
a) Coleta por meio de amostrado-
partir dessas técnicas serve de parâ-
tos e métodos adotados nos testes
res de ar (amostragem ativa): utiliza
metro básico para avaliar se a carga
podem apresentar resultados diversos
equipamentos como os de impactação,
microbiana total se mantém dentro dos
para amostras realizadas ao mesmo
tempo, em função das limitações téc-
de cultura, mas sim na análise da ati-
nicas. Algumas vezes não é possível
vidade ou do conteúdo das células, de-
sequer relacionar o resultado dos cha-
monstrando dessa maneira resultados
mados métodos rápidos (alternativos)
em termos de unidades viáveis e não
com os obtidos pelo método conven-
unidades formadoras de colônias.
cional, no qual os micro-organismos
“Embora os métodos rápidos este-
são desenvolvidos em meio de cultura.
jam conquistando cada vez mais acei-
Pelo método convencional, que
tação, ainda há certa resistência dos
utiliza meios de cultura e requer tempo
microbiologistas, em função do domí-
de incubação (em geral de cinco dias),
nio das práticas tradicionais, de algu-
o resultado não reflete o momento atu-
mas limitações dos próprios métodos e
al e sim aquele em que a amostra foi
da falta de reconhecimento mais amplo
colhida. “O monitoramento neste caso
deles pelos órgãos reguladores, mas a
ajuda a compor um histórico e avaliar
tendências é que a tecnologia ganhe
se o ambiente está em tendência de
espaço”, comenta Ana Lucia Gonella,
melhora, de piora ou de estabilização
mestre em microbiologia e doutoranda
dos resultados. Na prática, o que se
em biotecnologia pela Unicamp – Uni-
faz é obter a situação do passado e
versidade de Campinas.
extrapolá-la para o presente, mas isso implica em considerável grau de incerteza”, aponta a consultora.
limites de aceitação
O desenvolvimento dos métodos rápidos em microbiologia (também
Um dos maiores desafios, no en-
conhecidos pela sigla em inglês RMM)
tanto, é a dificuldade de se estabelecer
é uma tentativa de se obter um “retra-
limites de aceitação microbiana para os
to” do ambiente a partir de resultados
diferentes tipos de ambientes de produ-
imediatos e mais precisos, tornando
ção. “Também devemos considerar que
o controle mais efetivo. Em geral, o
a identificação dos micro-organismos
princípio adotado nestes casos não é
é tão importante quanto os limites de
baseado na capacidade de os micro-
aceitação deles. Por exemplo, na área
-organismos crescerem em um meio
de produtos injetáveis, submetidos
11
Microbiologia a esterilização terminal, não é segu-
No ano passado, a ANVISA – Agên-
cas, o monitoramento seja frequente e
ra a presença de micro-organismos
cia Nacional de Vigilância Sanitária
se utilize métodos apropriados, entre
gram-negativos ou termorresistentes,
publicou a sua resolução RDC 17/2010,
os quais estão incluídos aqueles que
enquanto na manufatura de produtos
em substituição à RDC 210, que dispõe
envolvem placas de sedimentação,
com filtração esterilizante devemos nos
sobre as Boas Práticas de Fabricação
amostragens volumétrica de ar e de
preocupar com a presença de bacté-
de Medicamentos e na qual estão
superfícies”, destaca a representante
rias com tamanho ≤ 0,2µm”, destaca a
previstos, entre diversos critérios, os
do TECPAR. As áreas, obviamente,
microbiologista Ana Lucia. Os debates
parâmetros de monitoramento e con-
não devem ser contaminadas pelos
são ainda mais intensos em relação
trole microbiológico. “Os critérios de
métodos de amostragem e os resulta-
aos limites para áreas controladas de
contagem microbiana e os limites de
dos de monitoramento devem ser revi-
produtos não-estéreis.
contaminação microbiológica apresen-
sados para fins de liberação do produto
O IEST – Instituto de Ciências
tados foram baseados nas referências
terminado. Além disso, a resolução diz
Ambientais e Tecnologia, sediado nos
da Organização Mundial da Saúde e
que as superfícies e o pessoal deve ser
Estados Unidos, desenvolveu uma re-
na regulamentação dos medicamentos
monitorados após operações críticas.
comendação sobre “Micro-organismos
adotada na diretiva europeia, a GMP
Ainda de acordo com a resolução
em Salas Limpas”, a IEST-RP-CC023,
EU”, comenta Andréa Muggiati de
da ANVISA, as indústrias devem esta-
que é uma das importantes referências
Abreu, gerente de Garantia da Quali-
belecer limites de alerta e de ação para
sobre o assunto. O documento, que
dade do Instituto de Tecnologia do Pa-
a detecção de contaminação micro-
aborda áreas estéreis e não-estéreis,
raná - TECPAR. Ela reforça que essas
biológica, e para o monitoramento de
fornece diretrizes para o controle e a
orientações, ao serem incorporadas na
tendência da qualidade do ar nas suas
medição da contaminação no ar e nas
resolução brasileira, tornaram-se com-
instalações. Os limites neste caso, ex-
superfícies, descrevendo procedimen-
pulsórias no País.
pressos em unidades formadoras de
tos e técnicas para alcançar o nível
A RDC 17, assim como já previa
colônia (UFC), são os que constam na
de controle microbiano desejado. Ele
a RDC 210, determina que as áreas
tabela abaixo, adotados em consonân-
apresenta ainda uma introdução aos
de produção onde estiverem sendo
cia com o citado padrão europeu.
métodos aceitos para controle e mo-
processados produtos suscetíveis a
Os limites adotados levam em con-
nitoramento e os recursos disponíveis
contaminação por micro-organismos
sideração o grau de limpeza da sala.
para a realização dessa atividade, além
sejam
periodicamente,
Para aquelas classificadas como “A”,
de orientações sobre desinfetantes,
considerando as diferentes classes das
onde estão localizadas zonas de alto
seu espectro de letalidade e técnicas
áreas limpas. “Entre outros aspectos,
risco operacional e são realizados en-
de aplicação.
o documento estabelece que, quando
vases e conexões assépticas, o limite
forem realizadas operações assépti-
de UFC por metro cúbico nas amostras
“No Brasil, a SBCC também deu
monitoradas
uma valiosa contribuição para o tema ao publicar a recomendação normativa
Classificação RDC 17 e GMP UE
RN-007-05, adaptada à realidade nacional”, lembra Jean-Pierre Herlin, diretor da Análise Engenharia e Consultoria, um dos membros do comitê técnico
GRaU Da sala
amostra de ar UFC/m3
Placa de sedimentação Ø90mm UFC/4h
Placa de contato Ø 55mm UFC/placa
amostra de luva (5 dedos) UFC/luva
a
<1
<1
<1
<1
“Metodologia e Limites Microbiológicos
B
10
5
5
5
em Áreas Limpas” continua em vigor e
C
100
50
25
–
D
200
100
50
–
responsável pelo desenvolvimento da RN. Publicado em 2005, como resultado das atividades de um grupo de especialistas, o documento, intitulado
é uma importante referência para os interessados nessa questão.
12
limites recomendados de contaminação microbiológica (valores médios)
de ar deve ser menor que 1; em am-
Classificação cGMP - FDa
bientes com grau “B”, que circundam às de grau “A”, para preparações e envases assépticos, esse número pode chegar a 10; e nas áreas limpas onde são realizadas etapas menos críticas da fabricação de produtos estéreis os
Clean area Classification (0.5 µm particles/ft3)
IsO Designation
≥ 0.5 µm particles/m3
b
Microbiological active air action levelsc (cfu/m3)
Microbiological settling Plates action levelsc,d (diam. 90mm; cfu/4hours)
100
5
3,520
1e
1e
C) e 200 UFC/m3 (grau D). Padrões
1000
6
35,200
7
3
também são estabelecidos para amos-
10,000
7
352,000
10
5
100,000
8
3,520,000
100
50
limites podem atingir 100 UFC/m3 (grau
tragens de superfícies por meio das análises de placas de sedimentação para um período de quatro horas, de placa de contato, além de amostras de
Critical area
Produto e embalagem estéreis expostos
IsO Classe 5 para partículas ≥ 0,5 µm
supporting clean area
Área imediatamente adjacente à linha de processo asséptico
IsO Classe 7 em operação ou Classe 6 ou Classe 5
luva dos trabalhadores envolvidos. O FDA, órgão norte-americano responsável pela regulação de alimentos e medicamentos, também adota limites de contaminação microbiológica para as diferentes classes de áreas limpas,
less critical activities
IsO Classe 8
conforme demonstra a tabela ao lado.
RECURSOS MODERNOS E INOVADORES A DMD Solutions garante a qualidade de seus produtos e serviços.
www.dmdsolutions.com.br e-mail: comercial@dmdsolutions.com.br - (19) 3386.0301
distribuidor autorizado
Microbiologia Os números integram as orientações de Boas Práticas de Fabricação do órgão, o cGMP (current Good Manufacturing Practices), e são igualmente levados em conta pelas indústrias farmacêuticas de todo o mundo, seja em observância aos padrões e procedimentos corporativos adotados pelas suas matrizes ou para que estejam cre-
Expectativa é de que a norma iSo 14698, que está sendo revisada, passe a oferecer limites de aceitação baseados em consenso internacional
expectativa é que, ao final, os especialistas cheguem a números e critérios globalmente aceitos. O estabelecimento de padrões internacionais por meio da norma ISO esbarra não apenas na dificuldade técnica de se estabelecer números exatos – nem sempre facilmente aplicáveis na área de microbiologia –, mas também
denciadas a exportar e comercializar
na resistência regional: adotar critérios
seus produtos nos Estados Unidos.
mais rígidos que os atuais implica em rever procedimentos e realizar investiconsidera Silvia Eguchi, diretora de
mentos para se adaptar. Representan-
Microbiologia da Dosage Pesquisas
tes de alguns países participantes das
Laboratoriais e coordenadora do GT 2
discussões temem que a introdução
da SBCC, grupo de trabalho criado no
de números na norma se sobreponha
Na sua mais recente edição, a
âmbito do ABNT CB-46 para tratar de
a regulamentações, legislação e guias
USP – United States Pharmacopeia
questões ligadas à biocontaminação
locais seguidos atualmente.
acrescentou novos elementos para
em áreas limpas.
Novos conceitos e discussões
14
Apesar disso, a expectativa é de
a discussão da contagem microbia-
Um dos caminhos para se chegar
que as discussões continuem avan-
na e do controle de contaminações
a padrões mundiais deve ser a revisão
çando e, nos próximos anos, os crité-
microbiológicas.
oficial
da norma ISO 14698 – Partes 1 e 2,
rios estabelecidos sejam mais claros e
não-governamental que define pa-
Autoridade
publicada em 2003 com a finalidade
harmonizados em todo o mundo. Para
drões para medicamentos e outros
de oferecer princípios e metodologia
isso, o que se busca é estabelecer
produtos para a saúde, a USP tem as
básica para avaliar e controlar a bio-
padrões mínimos, aplicáveis de forma
suas orientações acompanhadas de
contaminação. O documento original,
prática e objetiva em todos os países
perto. Na versão 2011 (USP 34) do
porém, não foi muito adotado, pela
afiliados à ISO, o que representa uma
documento são recomendados novos
falta de parâmetros objetivos para a
evolução do ponto de vista técnico e
critérios, que levam em conta a taxa de
realização de contagens e o estabe-
também operacional e mercadológico
incidência de contaminações. O limite
lecimento de limites microbiológicos
para uma indústria cuja produção se
tolerável é de 0,1%. Isso significa que a
para as diferentes classes de áreas.
dá em escala mundial e com atuação
cada 1.000 contagens realizadas seria
“Muitos profissionais consideram essa
em mercados globalizados.
permitida apenas a ocorrência de uma
norma um ‘guia’, por apresentar orien-
A busca pelo aperfeiçoamento das
placa com até 15 unidades formadoras
tações gerais, mas sem fixar critérios
técnicas de contagem microbiana e a
de colônia (UFC).
de níveis de biocontaminação, obtidos
definição de números consensuais,
“O problema é que essa contagem
por dados do histórico do controle mi-
que balizem os limites aceitáveis nos
leva um tempo considerável para ser
crobiológico”, comenta Silvia Eguchi,
diferentes
obtida. Se uma indústria estabele-
que é a delegada brasileira no grupo
são os principais desafios vivencia-
cer, por exemplo, que vai colher um
de trabalho da ISO encarregado de
dos pelos profissionais que atuam na
amostra por dia em determinada área
discutir a norma. “Do jeito que está, ela
indústria farmacêutica – e também em
ou zona controlada, levará quase três
não é exatamente uma norma e, por
outros segmentos como os de alimen-
anos para completar 1.000 placas. Evi-
isso, especialistas de diversos países
tos e de cosméticos – com o objetivo
dentemente, esse tempo diminui à me-
foram convocados para a sua refor-
de desenvolver práticas cada vez
dida que mais amostras sejam colhidas
mulação”, acrescenta. O processo de
melhores de produção, com adequado
em um mesmo dia, mas ainda assim
revisão, iniciado há quatro anos, deve
controle microbiológico e segurança
demanda longo período de avaliação”,
consumir pelo menos mais três, mas a
dos seus produtos.
ambientes
classificados,
Questão dos números a partir de estudos e das experiên-
Silvia Eguchi, coordenadora do GT
cias práticas. Como se trata de cri-
2 da SBCC mantido pelo comitê
térios estabelecidos pelo homem,
ABNT CB-46 para tratar de ques-
os limites fixados estão sujeitos a
tões ligadas à biocontaminação
questionamentos decorrentes do
em áreas limpas defende o esta-
avanço científico e do próprio de-
belecimento de critérios interna-
senvolvimento de análises estatís-
cionais e o aperfeiçoamento dos
ticas aplicadas à microbiologia. Por
métodos de mensuração e con-
isso, é natural que sejam continua-
estatísticas e critérios científicos, a
trole microbiano nos ambientes
mente discutidos, de acordo com o
ser tomado como referência. Seja
críticos classificados. Ela comenta
avanço técnico-científico.
ele qual for, é importante que seja
Foto: Glaucia Motta
A especialista em microbiologia
a questão dos números:
acordado por especialistas dos Mas é importante ter números?
diversos países e tenhamos parâ-
Como os limites aceitáveis são
Sim, em termos. Eles são mais
metros claramente estabelecidos.
definidos?
importantes
limpas,
Caminhamos nesta direção e es-
São
convenções
em
áreas
estabelecidas
onde a contaminação microbia-
tou confiante de que a revisão da
pelos pesquisadores do assunto e
na é muito baixa. Buscamos um
norma ISO 14698 será um avanço
profissionais que militam na área,
indicador numérico, baseado em C
M
Y
CM
para harmonizar padrões. MY
CY CMY
K
ilha temática SBcc – áreaS limpaS
participação marcante Pela quinta vez consecutiva, entidade está presente na FEBRAVA com a Ilha Temática SBCC – Áreas Limpas. Destaque para a Sala Limpa Itinerante que, desta vez, contou com a Faculdade de Farmácia do Mackenzie como usuária
Fotos: Glaucia Motta
luciana Fleury ma contextualizada: Abecon, Danfoss, Milaré, Swell, Suporte Universal e Vectus. Essas empresas, mais a Testo, viabilizaram a participação da entidade no evento, cujo destaque, foi a Sala Limpa Itinerante, tornada realidade pelo apoio de sete associadas: Asmontec, CPA, Danfoss, EcoQuest, Microblau, Veco e Vectus, além da Du Pont. Também foram programadas palestras técnicas que abordaram pontos teóricos de interesse do público visitante. “Esta é quinta vez que ocupamos este espaço diferenciado dentro de um evento de tal relevância em um esforço Dorival Sousa, presidente da SBCC; Ross Montegomery, vice-presidente da ASHRAE; Raul Sadir, diretor financeiro da SBCC; Gerson Catapano, diretor de relações públicas da SBCC; Miguel Ferreirós, coordenador do GT 51; e Luciana Kimi, do grupo de eventos da SBCC, na abertura do evento
U 18
para mostrar a importância e as boas práticas do controle de contaminação em ambientes internos exigidas nas mais diversas aplicações. Nosso dia a dia é lutar por algo que não se vê, mas
m espaço totalmente dedicado a
Tratamento de Ar, realizada no Centro
que é essencial para garantir a segu-
destacar e difundir os conceitos
de Convenções Imigrantes, em São
rança e qualidade de uma série de pro-
envolvidos em toda a cadeia de
Paulo, entre os dias 20 e 23 de setem-
dutos”, afirmou o presidente da SBCC
fornecimento de soluções para Salas
bro. A Ilha Temática da SBCC – Áreas
Dorival Sousa, na abertura da Ilha.
Limpas foi mais uma vez estruturado
Limpas ocupou cerca de 350 metros
Como o sistema de condiciona-
pela SBCC durante a Febrava – Feira
quadrados e contou com a presença
mento do ar é considerado de forma
Internacional de Refrigeração, Ar Con-
de seis associados que puderam apre-
recorrente o “coração” de uma área
dicionado, Ventilação, Aquecimento e
sentar seus produtos e serviços de for-
limpa, estar presente na maior e mais
importante feira de negócios do setor na América Latina tem sido uma ação constante da SBCC. Este ano o evento reuniu quase 30 mil pessoas (veja box na pág. 26). “Uma das missões da SBCC é fomentar novos players no mercado, que entrem já comprometidos com Boas Práticas e entendendo a responsabilidade de atuação. A Febrava é um evento ideal para isso, pois traz informações para empresas que ainda não atuam no segmento, mas que começam a percebê-lo como um novo nicho”, comenta Luciana Kimi, do
Sala Limpa Itinerante, projeto inovador criado para disseminar o conhecimento em feiras e exposições
grupo de eventos da SBCC. O tema chamou a atenção do vice-
mais troca de informações técnicas em
de observar, em tempo real, uma sala
-presidente da ASHRAE (American
discussões internacionais que venham
limpa classificada em operação. “Mais
Society of Heating Refrigerating and
a contribuir com o avanço do controle
uma vez a SBCC trouxe uma grande
Air-conditioning Engineers), entidade
da contaminação em todo o mundo”,
atração, mostrando a alta tecnologia
americana equivalente à ABRAVA (As-
comentou ao visitar a Ilha Temática.
envolvida neste importantíssimo seg-
sociação Brasileira de Refrigeração,
mento. Nós, da Febrava, agradecemos
Ar Condicionado, Ventilação e Aqueci-
esta presença e parceria e temos cer-
mento), Ross Montgomery, que ressal-
teza de que este ambiente tem sido de
tou a importância de se compartilhar
Sala limpa itinerante
grande interesse para os visitantes da feira”, afirmou Nelson Baptista, diretor
conhecimentos. “Precisamos manter sempre abertos os canais de diálogo
O ponto alto da presença da en-
e promover mais pesquisas, mais in-
tidade no evento foi a vivência que
vestimentos em soluções, mais ajuda,
proporcionou aos visitantes da Ilha
da Comissão Organizadora da Febrava 2011. Nesta edição, em vez de um ambiente montado exclusivamente para a feira como nas edições anteriores, o grande chamariz foi a Sala Limpa Itinerante, um módulo compacto, desenvolvido por empresas associadas da SBCC que permite uma maior flexibilidade para exposição da tecnologia relacionada às áreas limpas e ambientes controlados. “A ideia da sala limpa compacta revolucionou a participação em feiras da Asmontec em conjunto com a SBCC”, comenta João Felipe Martin Meca, Coordenador de Contratos e Comercial da Asmontec, uma das empresas fornecedoras que tornaram
Samuel Vieira, presidente da ABRAVA, discursa na abertura do evento, observado por Nelson Baptista, presidente da Febrava; Dorival Sousa e Luciana Kimi.
realidade o ambiente. “Com esta nova proposta, é possível reaproveitar em 100% os materiais disponibilizados,
19
ilha temática SBcc – áreaS limpaS
Vista parcial da Ilha Temática SBCC Áreas Limpas não havendo desperdícios e permitin-
nologia ambiental para o tratamento de
do a montagem quantas vezes forem
lodos e efluentes. “É muito interessan-
necessárias”.
te observar um ambiente como este e
Samoel Vieira de Souza, presiden-
perceber que são necessárias diver-
te da Abrava, lembrou, em sua fala na
sas soluções e procedimentos para
abertura oficial da Ilha Temática, da
atender os requisitos necessários para
primeira iniciativa neste sentido levada
um real controle de contaminação”.
a cabo pela SBCC em 2003. “Tive o
Com cerca de 9 metros quadrados,
privilégio de acompanhar o nascimen-
a arquitetura da Sala Limpa Itinerante
to do conceito desta ousada ideia que
segue os padrões de Boas Práticas
era ter uma sala limpa em operação
de Fabricação exigidas pela indústria
em plena feira de negócios, ação sem
farmacêutica e conta com divisórias e
com pré-filtro (fornecidos pela Veco).
precedentes em todo o mundo. Parti-
tetos fornecidos pela Asmontec e suas
O ambiente conta com o indicador
cipamos e contribuímos nas primeiras
portas intertravadas, caixas de passa-
EXXA-SL de temperatura, umidade e
montagens e agora assistimos a uma
gem e visores (também da Asmon-
pressão, que atende às necessidades
evolução do pensamento original, com
tec) foram desenhados de maneira a
de um registrador, pois fornece gráfi-
uma solução que é mais prática, com
possibilitar visualização total de seu
cos e histórico de operação (cedido
custo menor e que continua cumprindo
interior pelos visitantes. A CPA dis-
pela Microblau). Nessa montagem, a
o seu objetivo”, comentou.
ponibilizou para o piso o sistema Sto-
Sala Limpa Itinerante também contou
Depois de estar presente na FCE
nhard Starglaze Autonivelante 2001,
com célula fotocalítica para a produção
Pharma e na Expo Farmácia, a Sala
que atende a todas as classificações
de peróxido de hidrogênio ionizado
Limpa Itinerante comprovou mais uma
e normas nacionais e internacionais
(fornecida pela Ecoquest), variador de
vez que é uma verdadeira sala de aula
para áreas limpas.
frequência (Danfoss) e contador de
prática sobre o tema. “Nunca tinha
20
a Sala limpa itinerante comprovou mais uma vez que é uma verdadeira sala de aula prática sobre o tema
O espaço é composto por uma
partículas (Vectus). E as vestimentas
visto nada parecido”, comenta Rainer
antecâmara
e
utilizadas nas demonstrações realiza-
Joseph Bôer, gerente comercial da
sala principal (ISO classe 8) e possui
das durante o evento foram disponibili-
BioClean Brasil, empresa fornecedora
UFR (unidade de filtragem refrigera-
zadas pela Du Pont.
de produtos biodegradáveis como tec-
da) mais condensadora e um fan filter
(sem
classificação)
“Em nome da SBCC e de toda a co-
munidade de áreas limpas, agradeço
e de realização de ensaios que com-
a colaboração de todas as empresas
provam a manutenção de sua classifi-
que viabilizaram a presença da Sala
cação, completando assim todo o ciclo
Limpa Itinerante na Febrava. Esse tipo
de situações reais que fazem parte da
de iniciativa – focada em disseminar
rotina de um área limpa.
o conhecimento – fortalece a imagem
Na Febrava, a simulação realizada
institucional da SBCC e a faz uma enti-
foi focada na produção de medicamen-
dade referência”, diz Luciana Kimi.
tos injetáveis, um processo cujos cuidados justificam-se por sua característica de uso: por serem injetados diretamen-
Demonstração
te na corrente sanguínea de quem recebe a medicação, atingem direta e rapidamente órgãos vitais do corpo,
Ross Montegomery, vice-presidente da ASHRAE, ficou impressionado com o projeto da Sala Limpa Itinerante
Além de mostrar em detalhes equi-
tornando o controle de contaminação
pamentos e soluções construtivas que
fundamental para garantir a segurança
fazem parte da concepção de uma
dos pacientes. Também foi possível
área limpa, a Sala Limpa Itinerante é
acompanhar a produção de colírio.
também “palco” de demonstrações
O processo escolhido para ser
práticas que revelam os procedimen-
demonstrado contou com a parceria
tos corretos necessários para que o
da Faculdade de Farmácia da Univer-
controle da contaminação seja efetivo
sidade Presbiteriana Mackenzie, numa
ENGENHARIA TOTAL Salas Limpas em Regime Turn Key • Ar Condicionado • Ventilação / Exaustão • Automação Predial • Divisórias, Forros, etc ENGENHARIA
27 ANOS
• Obras Civis
Fone/Fax. (11) 4345-4777 www.abecon.com.br
ilha temática SBcc – áreaS limpaS EXCELÊNCIA EM INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO
C
Contando com uma equipe de profissionais altamente qualificados, realizamos trabalhos de engenharia, obras, gestão de contratos e serviços corretivos que contemplam os segmentos de:
M
Y
Especialidades:
CM
• Ar Condicionado • Refrigeração • • Ventilação Industrial • Filtragem • Salas Limpas • Retrofit •
MY
CY
CMY
K
Áreas de Atuação: • Engenharia • Obras • • Gestão de Contratos • • Serviços Corretivos •
Masstin Engenharia e Instalações Ltda. Av. Sete de Setembro, 97 Jardim Recanto 09912-010 – Diadema SP Fone/Fax: (11) 4055-8550 Site: www.masstin.com.br E-mail: comercial@masstin.com.br
Anderson Carniel, professor da Faculdade de Farmácia do Mackenzie, orienta seus alunos sobre como proceder em uma sala limpa
“a empresa na qual trabalho é especializada em projetos para salas limpas e comercialização de soluções. como atuo nesta segunda área, não havia tido até hoje a oportunidade de ver uma sala limpa em operação. Foi o que mais nos chamou atenção na Febrava e o único momento em que nosso grupo parou para olhar algo com maior detalhe, pois o ritmo necessário para uma visita aos estandes exige muita agilidade. mas foi impossível não parar e acompanhar a demonstração realizada”
“Saí da teoria para a prática, em uma extensão do que pude vivenciar no estágio, durante o qual precisava realizar a paramentação correta, mas sem adentrar em um espaço com uma classificação tão rigorosa quanto o da área montada pela SBcc. para meu desenvolvimento profissional foi relevante, pois senti como é estar em um ambiente que exige posturas e procedimentos essenciais para a segurança e qualidade do que está sendo produzido ou manipulado”
Cristiane Lopes Pereira, supervisora de vendas da Arcontent
Cintia Mayumi Ahagon, aluna do curso de Farmácia da Universidade Mackenzie
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
22
importante aproximação entre universidade e o mercado proporcionada pela SBCC. “Esta é uma forma de envolvermos também aqueles que serão os futuros usuários de salas limpas e apresentar a entidade como um local onde eles podem encontrar informações e referências sobre o que há de mais atual dentre as soluções apresentadas e também nas discussões sobre normatizações de processos”, comenta Luciana Kimi, do grupo de eventos da SBCC. O professor Anderson Carniel, do curso de Farmácia da instituição, procedeu às demonstrações, que ocuparam a sala limpa conforme agenda pré-determinada de apresentações. O interessante para o público é que a demonstração da forma correta Anuncio SBCC - HI VAC MX II.pdf
1
10/25/2011
de manipulação permite vivenciar o
Os alunos de Farmácia do Mackenzie em operação: manipulação de produto 9:28:18 AM injetável
Soluções & Tecnologias para a Saúde
Esterilizador a vapor e formaldeído HI VAC MX II Display touch screen Processamento redundante e seguro Sistema anti-esmagamento Precisão no controle do processo por sintonia analógica Ergonomia e facilidade de manutenção Processa maior gama de materiais em alta e baixa temperatura Facilidade de certificação do processo do usuário Totalmente GMP
Fone: 55 11 3670-0000 Fax: 55 11 3670-0053 cmlbh@baumer.com.br www.baumer.com.br
ilha temática SBcc – áreaS limpaS
Detalhe da manipulação de produto injetável em cabine de fluxo unidirecional acompanhamento do passo a passo
dos profissionais que trabalham em
dos processos. E o primeiro deles são
ambientes limpos e que envolve uma
os cuidados envolvidos para a entrada
postura diferenciada e de muita con-
do ambiente.
centração”, explica o professor Car-
Desta forma, foram apresentados
niel. Ele ressalta que além de cuidados
a sequência correta para a paramen-
como a ausência de maquiagem e
tação, com o uso de uniformes ade-
acessórios (como brincos, colares,
quados ao processo e ao ambiente,
anéis), estar em uma sala limpa pres-
vestidos seguindo as recomendações
supõe ter o autocontrole para evitar
de boas práticas. O ato seguinte de-
que gestos simples no dia a dia se
monstrado foi a forma como a matéria-
tornem fator de contaminação. “Coçar
FILTRAX DO BRASIL FABRICANTE
-prima é recebida, de forma a manter
o couro cabeludo, passar a mão no
DE FILTROS DE AR, FILTROS BOLSA, FILTROS
sua condição de segurança e, por fim,
cabelo ou esfregar os olhos podem
ABSOLUTOS, FILTROS CARTUCHOS,
a realização da manipulação em si,
trazer riscos de contaminação. O jeito
com a produção de um injetável sen-
de andar também muda, para evitar
do realizada em uma cabine de fluxo
que a movimentação levante partículas
unidirecional.
do chão e até mesmo no momento de
FILTROS DE ÁGUAS, ESTRUTURAS DE FILTROS, SISTEMAS DE FILTRAGEM E SUAS RESPECTIVAS ESTRUTURAS, FAN FILTER E FLUXOS LAMINARES.
“Além do procedimento em si,
conversar é preciso atenção: não se
reforçamos a importância da atitude
pode falar em cima do elemento a ser manipulado”, lista Carniel, exemplificando alguns dos cuidados. Para o professor, a iniciativa da SBCC de manter um espaço como
FILTRAGEM, VENTILAÇÃO, AR CONDICIONADO E ACÚSTICA
este, destinado a um público que não é totalmente especializado no tema, é algo louvável. “Trata-se de uma valorização importante para o tema e de muito interesse para os alunos do
PABX: (11) 4771-2777 – FAX: (11) 4771-2554 filtrax@filtraxbrasil.com.br – www.filtraxbrasil.com.br Rua Philomena Vivilechio, 142 Taboão da Serra – São Paulo – SP
Tiago Matsumura, um dos alunos da Faculdade de Farmácia do Mackenzie
24
Mackenzie que estiveram presentes à Ilha Temática e puderam verificar
tudo de perto. Geralmente, este tipo de procedimento é estudado em teoria e aqui eles tiveram uma vivência prática”, comenta Carniel, destacando ainda que a universidade possui uma área ISO classe 8, cujo uso não é voltado para manipulação de injetáveis, na qual os alunos de Farmácia têm aula durante um semestre no terceiro ano do curso. O aluno Tiago Makoto Matsumura, de 22 anos, participou das demonstrações e gostou da experiência. “Como estudamos o processo em sala de aula
O professor Anderson e sua turma, experiência inédita
e temos noção dos procedimentos, foi tranquilo realizar a manipulação com
estabelecida com a universidade. “Es-
possibilidades que a carreira oferece.
um público acompanhando. Achei
tabelecer uma ponte entre a universi-
Tenho certeza de que, após o evento,
muito interessante poder demonstrar
dade e o mercado não é tarefa fácil, e
os alunos vão estar mais interessados
como devem ser seguidas as normas
acredito que, apesar da participação ter
nos conceitos de áreas limpas e isso
e os cuidados necessários, desde a
sido curta, é uma forma de despertar os
será um diferencial para quando che-
forma correta de lavagem das mãos,
futuros profissionais para as imensas
garem ao mercado de trabalho”.
passando pela paramentação até chegar à produção em si. Mostra-se toda a complexidade envolvida no processo”, comenta. “Muita gente tem a visão do farmacêutico como o sujeito por detrás do balcão da farmácia, sem entender as diversas áreas e formas de atuação que a profissão permite, como na indústria farmacêutica. Uma iniciativa como esta da SBCC também nos valoriza como profissionais”, diz Tiago, que está no sexto semestre do curso de Farmácia. “Achei o resultado final muito positivo para os alunos e também para o público presente, porque algumas ações valem mais que palavras e é bastante impactante ver, na prática, a aplicação completa de tudo o que está previsto em normas e legislações relacionadas à prática dos medicamentos, como foi possível nesta parceira com a SBCC”, finaliza o professor Carniel. O presidente da SBCC estava particularmente satisfeito com a parceria
ilha temática SBcc – áreaS limpaS empresas na ilha temática
ABECON
Mais uma vez presente na Ilha Temática, a Abecon levou aos visitantes as mais novas tecnologias na implanta-
A Revista da SBCC consultou as
ção de novos projetos de HVAC, espe-
empresas que estiveram presentes na
cialmente em salas limpas. A empresa
Ilha Temática SBCC – Áreas Limpas,
aproveitou a Febrava para divulgar lan-
como expositoras e/ou presentes no
çamentos, como as linhas de Chillers
projeto Sala Limpa Itinerante, para que
e UTAs. Já na área de projetos, o des-
comentassem a importância de partici-
taque ficou por conta das novas tecno-
par em mais uma edição da Febrava.
logias de produtos e serviços voltadas
Acompanhe.
ao conceito de Green Buildings na
Fotos: Divulgação Febrava
Um mercado em expansão Ilhas temáticas A edição 2011 manteve a tradição de reservar espaços especiais para agrupar assuntos relevantes relacionados ao setor, com outras duas ilhas temáticas além da ocupada pela SBCC, a do Ministério do Meio Ambiente e a do SENAI. Na Ilha do Ministério do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente foi apresentado o Programa Brasileiro de Eliminação de HCFCs
26
Balanço feito pela organização
estrangeiros, números que reforçam
(hidroclorofluorcarbonos),
da 17ª Febrava – Feira Internacional
a percepção de que esse mercado
recentemente no Canadá. O espa-
da Refrigeração, Ar Condicionado,
está em forte expansão. O público,
ço ocupado pelo SENAI teve como
Ventilação, Aquecimento e Trata-
formado por arquitetos, engenheiros,
destaque as Olimpíadas do Conhe-
mento de Ar confirmou a expectativa
empresários, executivos, técnicos e
cimento, uma prévia do evento inter-
existente antes de sua realização:
outros profissionais ligados direta ou
nacional no qual o SENAI sagrou-se
projeções dão conta que o evento
indiretamente à cadeia produtiva do
campeão mundial por três vezes, na
gerou e deve gerar nos próximos
segmento, pôde conferir lançamen-
área de refrigeração.
meses negócios da ordem de R$
tos, produtos e serviços e as tendên-
300 milhões para as 550 marcas
cias para os próximos anos. “Todos
do Brasil e de outros 25 países que
os expositores relataram excelentes
participaram da exposição.
resultados na sondagem que fizemos
Realizada entre os dias 20 e 23
logo após o encerramento do evento.
de setembro, no Centro de Exposi-
Houve unanimidade em relação à
ções Imigrantes, em São Paulo, a
qualidade dos visitantes”, afirmou
feira recebeu exatos 29.096 visitan-
Nelson Baptista, diretor da Comissão
tes e compradores, entre eles 627
Organizadora da Febrava 2011.
lançado
área produtiva. Para a Abecon, a feira
O fato da iniciativa estar presente em
proporcionou um momento especial de
diversos eventos, com diferentes públi-
maior proximidade com clientes, além
cos, torna a colaboração mais relevan-
de abrir novas oportunidades de ne-
te, pois desta forma os conceitos são
gócios. A companhia se coloca como
difundidos a vários setores, de forma
desafio a necessidade de inovação
direta. Além de fornecer divisórias,
para garantir novidades e surpreender
tetos, portas intertravadas, caixas de
positivamente o mercado a cada nova
passagem e visores, a Asmontec foi
edição do evento.
também responsável pelo armazenamento e transporte da Sala Itinerante,
ASMONTEC
além da instalação final no evento.
A participação da Asmontec, como apoiadora da Sala Itinerante da SBCC,
o apoio à entidade é uma via de mão CPA BRASIL
dupla, pois fortalece a SBCC e, ao
é tratada como estratégia de posicio-
Apoiadora da Sala Limpa Itinerante
mesmo tempo, permite uma exposição
namento no mercado. A empresa en-
da SBCC, a CPA Brasil – Divisão CPT
diferenciada do produto, impossível de
tende que a contribuição permite apre-
Stonhard, disponibilizou o piso do am-
se ter em um estande convencional.
sentar produtos e serviços de forma
biente, que conta com o Sistema Sto-
diferenciada e com maior impacto do
nhard Starglaze Autonivelante 2001,
que é possível em um estande conven-
que atende a todas as classificações
Com presença tanto na Ilha Temáti-
cional, ao demonstrar uma real execu-
e normas nacionais e internacionais
ca quanto na Sala Limpa Itinerante, a
ção da instalação e uso dos produtos.
para áreas limpas. Para a empresa,
motivação da EcoQuest para apoiar a
ECOQUEST
ilha temática SBcc – áreaS limpaS SBCC foi baseada na seriedade e cre-
MILARé
çamentos, mas focou sua participação
dibilidade do trabalho realizado pela
na demonstração de sua linha de pro-
entidade. O destaque de sua participa-
dutos. Entre os destaques, o suporte
ção no estande ficou por conta do lan-
para os modelos Split, que baseado
çamento do modelo Induct 500, mesma
nos 28 anos de experiência da compa-
tecnologia RCI - Ionização Rádio-Cata-
nhia, oferece excelente qualidade téc-
lítica agora adaptável ao sistema Split.
nica e melhor relação custo-benefício.
Já para a Sala Limpa a empresa contribuiu com a instalação de uma unidade
SwELL ENgENhARIA
do Induct 2.000 para insuflar dentro do ambiente Peróxido de Hidrogênio ionizado para controle de contaminação do ar e das superfícies.
Estreando na Febrava, a Milaré
Para a EcoQuest, quanto maior for
marcou presença destacando sua
a divulgação do trabalho da SBCC,
linha de produtos para salas limpas.
assim como de tecnologias eficientes
Em seu portfólio estão sistemas de
que podem viabilizar o controle de con-
exaustão,
taminação, melhor para a sociedade –
exaustoras, cabines de segurança
e a empresa considera a Sala Limpa
biológica, entre outros equipamentos.
Itinerante um excelente veículo para
A participação no espaço SBCC é con-
esta divulgação pelo País.
siderada um privilégio pela empresa,
A Ilha Temática da SBCC viabilizou
que pode apresentar-se diante de seus
a primeira participação da Swell Enge-
clientes e potenciais compradores sob
nharia na Febrava. A empresa apro-
MICROBLAU
insufladores,
bancadas
Apoiadora da Sala Limpa Itine-
a chancela da entidade. Além disso, a
veitou o espaço para apresentar uma
rante, a Microblau cedeu o indicador
companhia ressalta a oportunidade de
caixa de passagem completa, com
de temperatura, umidade e pressão
conhecimento de novos mercados e o
lâmpada UV, temporizador, intertrava-
EXXA-SL touch. O equipamento traz
contato com clientes potenciais duran-
mento elétrico, etc. Além disso, reali-
um novo conceito para o mercado,
te o evento.
zou palestras durante as quais seus
por atender às necessidades de um registrador, ao fornecer gráficos e his-
profissionais puderam esclarecer dúviSUPORTE UNIvERSAL
das sobre esse tipo de instalação. Por
tórico de operação. Para a empresa, o
sua atuação como instaladora de ar
apoio à iniciativa da SBCC traz bene-
condicionado para salas limpas, a em-
fícios para o negócio porque significa
presa considera a Febrava um evento
estar presente em uma apresentação
relevante por abranger um público es-
prática das suas novidades e testar
pecífico que não tem oportunidade de
as percepções de diversos públicos e
ir às feiras do setor farmacêutico e que,
segmentos com relação aos produtos
quando se depara com a demanda de
demonstrados.
uma instalação de sala limpa, neces-
Por outro lado, a Microblau consi-
sita de produtos específicos, como os
dera importante o fortalecimento da
fornecidos pela empresa.
entidade como organização que zela
28
pela disseminação e adoção das Boas
A Suporte Universal T-FIX aprovei-
Práticas de operação em uma Sala
tou a visibilidade do local para realizar
A Veco considera a Sala Limpa
Limpa, o que amplia o potencial de
novos contatos comerciais e também
Itinerante um projeto muito interessan-
mercado para todos os que atuam no
receber visitas de clientes já conquis-
te e inovador, que possibilita levar a
setor.
tados. A empresa não apresentou lan-
tecnologia das salas limpas ao público
vECO
de uma forma geral, desmistificando
las pessoas. O armário tem um fluxo de
instrumentos necessários para certifi-
ar através de filtro HEPA constante e é
cação e validação.
destinado para que sejam armazena-
A Vectus também foi uma das con-
dos roupas e utensílios usados na sala
tribuintes para a Sala Limpa Itinerante
limpa. Para a Veco, estar presente na
e ofereceu o contador de partículas
iniciativa da SBCC possibilita demons-
incluído no projeto do ambiente. Este
trar uma pequena parte do trabalho
apoio reforça o interesse em fortalecer
realizado e evidenciar o desenvolvi-
o nome da empresa como referência
mento técnico e tecnológico obtido de
nos processos de validação, certifica-
forma contínua pela empresa.
ção e controle de contaminação.
vECTUS
o assunto e trazendo para a realidade
O destaque da participação da
uma solução que até pouco tempo era
Vectus foi o Contador de Partículas
restrita a um pequeno e seleto público.
TSI-Aerotrak-9500 de 100 litros/minu-
Um dos destaques dos equipamen-
to, apresentado pela empresa como
tos fornecidos foi o Clean Closet, uma
um dos melhores disponíveis no mer-
inovação Veco na área de controle da
cado mundial. Sua presença na Febra-
contaminação ambiental, já que um
va segue a estratégia de divulgação
dos grandes problemas em uma sala
institucional da empresa, que atua na
limpa é a contaminação carregada pe-
venda e locação de equipamentos e
ilha temática SBcc – áreaS limpaS associadas presentes na Febrava
30
Além das empresa que estavam
página 26). A relevância do evento,
de contatar diretamente mais de 25 mil
localizadas na Ilha Temática SBCC
voltado aos profissionais que atuam
visitantes profissionais.
Áreas Limpas, várias outras associa-
nos mais diversos segmentos do
Acompanhe as fotos dos estandes
das da entidade marcaram presença
condicionamento de ar, refrigeração,
dos nossos associados, que estiveram
na Febrava, evento organizado a cada
ventilação e aquecimento, faz com que
em bom número presentes à edição
dois anos pela Abrava (veja box na
os expositores tenham a possibilidade
2011 da Febrava.
air QUality
armacell
camFil
DanFoSS
ecoQUeSt
Filtracom
hitachi
inDúStriaS toSi
iSoDUr
Krieger
linter
microBlaU
mUlti vac â&#x20AC;&#x201C; mpU
mUnterS
powermatic
reFrin
reintech
teSto
trayDUS
trox
veco
31
AssociAdos sBcc EMPREsA
32
TEL.
EMPREsA
TEL.
ÁBACO COnstrutOrA LtdA. ................................................................. 62
3091-2131
diretriz AssessOriA e COnsuLtOriA ............................................... 31
ABiLi AssessOriA téCniCA e teCnOLOgiA dA infOrmAçãO ......... 11
3283-4212
dmd sOLutiOns ................................................................................................. 19
3386-0301
ABL AntiBiÓtiCOs dO BrAsiL LtdA. ...................................................... 19
3872-9300
eCOQuest dO BrAsiL COm. e serV. P/ Purif. de Ar e ÁguA LtdA. .. 11
3120-6353
ABeCOn Ar COnd. e refrig................................................................... 11
4345-4777
eLite eQuiPAmentOs industriAis LtdA. ........................................... 51
3365-3939
AC interCOn sALAs LimPAs eng.inst. esPeCiAis LtdA. ................ 11
3331-6576
emAC - engenHAriA de mAnutençãO LtdA. .................................... 31
2125-8500 4654-3447
2555-0987
AçOr engenHAriA LtdA. ....................................................................... 11
3731-6870
emPArCOn - testes, Ajustes e BALAnC. s/C LtdA. ....................... 11
AdriferCO engenHAriA e COnsuLtOriA LtdA. ............................... 11
3773-7274
emP. PArAnAense de CLimAtizAçãO - emPAC Ar COnd. .................
AerOgLAss BrAsiLeirA s/A fiBrAs de VidrO ................................... 11
4616-0866
enfArmA COnsuLtOriA em engenHAriA fArmACêutiCA............... 21
2443-6917
Air CLeAn COnt. COntAm. AmB. s/C LtdA. ......................................... 19
3252-2677
eng CLeAn COntrOLe de COntAminAçÕes LtdA. .......................... 38
3221-7260
Air COnditiOning tOtAL serViCe LtdA. ............................................ 11
3202-3344
engefArmA COnsuLt. e serViçOs LtdA. .......................................... 21
2456-0792
Air net COm. e serV. de Ar COnd. LtdA. .......................................... 11
2272-2465
engePHArmA sOLuçÕes integrAdAs ............................................... 11
9606-9466
Air QuALitY engenHAriA LtdA. ........................................................... 62
3224-2171
engetAB sOLuçÕes e engenHAriA LtdA. ......................................... 11
3729-6008
Air time Ar COndiCiOnAdO LtdA. ....................................................... 11
3115-3988
engine COmérCiO e serViçOs LtdA. ................................................. 27
3326-2770
ALA AdministrAçãO e muLtiserViçOs LtdA. ................................... 11
4668-5960
eQuAtOriAL sistemAs............................................................................. 12
3949-9390
ALCArd indústriA mêCAniCA LtdA. .................................................... 11
2946-6406
ergO engenHAriA LtdA. ....................................................................... 11
3825-4730
ALPHALAB COmerCiAL CientÍfiCA......................................................... 62
3285-6840
eurOtHerm LtdA. ................................................................................... 19
3112-5333
ALsCO tOALHeirO BrAsiL LtdA. ........................................................... 11
2198-1477
fAmAP - fArm. mAniP. PrOd. PArent. LtdA. ...................................... 31
3449-4700
41 3045-2700
AmV COntrOLe AmBientAL..................................................................... 19
3387-4138
fArmOterÁPiCA PHYtOn fOrm. mAg. e OfiC. LtdA. ....................... 11
5181-3866
AnÁLise COnsuLtOriA e engenHAriA LtdA. ..................................... 11
5585-7811
fBm indústriA fArmACêutiCA LtdA. ................................................. 62
3333-3500
APOrte nutriCiOnAL fArmÁCiA de mAniP. LtdA. ............................ 31
3481-7071
fiLAB COntrOLe de COntAminAçãO LtdA. ....................................... 19
3249-1475
APsen fArmACêutiCA s/A....................................................................... 11
5645-5040
fiLtex mOntAgens e COm. de sis. e COmP. PArA fiLt. LtdA. ....... 19
3229-0660
ArCOntemP Ar COnd. eLétriCA LtdA. .............................................. 17
3215-9100
fiLtrACOm sist. & COmPOn. P/ fiLtr. LtdA. ...................................... 19
3881-8000
ArduteC COm. instALAçÕes e Assess. LtdA. ................................. 11
3731-2255
fiLtrAx dO BrAsiL LtdA. ........................................................................ 11
4771-2777
ArmACeLL BrAsiL LtdA. ......................................................................... 12
3146-2050
fiVe VALidAçãO de sistemAs COmPutAdOrizAdOs........................ 15
3411-5550
ArrudA e LefOL sAúde AmBientAL ..................................................... 19
3845-2322
fOCum dm VALidAçãO ............................................................................. 31
3476-7492
As mOnteC eng. COnstr.COmérCiO LtdA. ...................................... 19
3846-1161
fOrtemP COmérCiO e rePresentAçÕes ........................................ 71
3241-2004
AstePA refrigerAçãO LtdA. ............................................................... 83
3341-5494
fresenius kABi BrAsiL ........................................................................... 11
2504-1400
At engenHAriA.......................................................................................... 11
2642-7070
fundAçãO de APOiO Á PesQuisA, desenVOLVimentO e inOVAçãO - eB . 21
2410-6256
Atmen indústriA e COmérCiO de eQuiPAmentOs .......................... 11
2936-8299
fundAçãO HemOCentrO de riBeirãO PretO ................................. 16
2101-9300
AtmOsferA gestãO e HigienizAçãO de têxteis ........................... 11
4588-5000
fundAment-Ar COns. eng. PLAnej. LtdA. ........................................ 11
3873-4445
BArdusCH Arrend. têxteis LtdA. ..................................................... 41
3382-2050
gABmed PrOdutOs esPeCÍfiCOs LtdA. ............................................ 11
5181-2224
BiOArPLus COntrOLe de COntAminAçãO LtdA. ............................ 19
3887-1886
gAnutre - gAn riO APOiO nutriCiOnAL LtdA. ................................. 21
2589-4763
BiOCOntrOL LtdA. ................................................................................... 31
3295-2522
giLteC LtdA. .............................................................................................. 11
5034-0972
BiOQuÍmiCA suPrimentOs AnALÍtiCOs ............................................... 16
2138-6111
gmP PHArmA COnsuLtOriA.................................................................... 11
7737-3160
BiOsAfe - BiOssegurAnçA dO BrAsiL LtdA. .................................... 11
3683-4448
gPAx LtdA. ................................................................................................. 11
3285-0839
BiOteC sOLuçãO AmBientAL.................................................................. 12
3939-1803
H. strAttner & CiA LtdA. ...................................................................... 21
2121-1300
Bm BrAsiLmed COm. e serViçOs médiCOs HOsPitALAres LtdA.. 81
3035-0003
HemOteCH AssistênCiA téCniCA LtdA. ............................................. 31
3411-1810
BOnAire CLimAtéCniCA LtdA. ............................................................... 11
3336-4999
HVACr serViçOs téCniCOs LtdA. ....................................................... 21
2423-3913
BrAiLe BiOmédiCA..................................................................................... 17
2136-7000
HeAting & COOLing teCn. térmiCA LtdA. ......................................... 11
3931-9900
Btu COndiCiOnAdOres de Ar LtdA. .................................................. 19
3844-9700
Hexis CientÍfiCA LtdA. ........................................................................... 11
4589-2600
CACr eng e instALAçÕes ..................................................................... 11
5561-1454
HitACHi - Ar COnd. dO BrAsiL LtdA. ................................................... 11
3549-2722
CAmfiL fArr ind. COm. e serViçOs de fiLtrOs BrAsiL ................. 19
3837-3376
HOsP PHArmA mAniP. e suPrim. LtdA. ............................................... 11
2146-0600
CCL fArmA COm. de PeçAs e serViçOs LtdA. ................................. 19
3289-8397
indusCOnsuLt engenHAriA e AssessOriA industriAL LtdA. .... 11
5535-2782
CCP exPOrteC PrOdutOs LtdA. ......................................................... 11
3834-3482
indusPOx PisOs e reVestimentOs industriAis ........................... 11
7888-9929
CeQneP ...................................................................................................... 41
3027-8007
institutO OnCOLÓgiCO de riBeirãO PretO ................................... 16
3623-2341
CertifiQue sOLuçÕes integrAdAs .................................................. 31
3386-5574
iPAnemA ind. PrOd. VeterinÁriOs ...................................................... 15
3281-9450
CLeAn suL COntrOLe de COntAminAçãO ......................................... 51
3222-9060
isOdur ind. COm. serViçOs LtdA. ...................................................... 19
3272-6244
CLimA sPACe engenHAriA térmiCA LtdA. ......................................... 19
3778-9410
isOreVest ind COm isOLAmentOs térmiCOs LtdA. ...................... 11
4824-2850
CLimAPLAn PrOjetOs térmiCOs .......................................................... 11
2068-9351
j g PACHeCO mAnu. e COmérCiO de eQuiP. HOsPit. ....................... 68
3224-1468
CLimAPress teCn. sist. Ar COnd. LtdA. ............................................ 11
2095-2700
krieger metALúrgiCA ind. e COm. LtdA. ......................................... 47
3231-1311
COmis engenHAriA téCniCA LtdA-me. ................................................ 31
2535-2892
LABOAr COm., serViçOs e rePres. de eQuiP. téCniCOs ............. 71
3326-6964
COnAir COmérCiO e serViçOs LtdA. ................................................ 21
2609-4921
LABOrAtÓriO BiO Vet ............................................................................ 11
4158-8231
COnexãO sistemAs de PrOtese LtdA. ............................................. 11
4652-0900
LABOrAtÓriO mAttOs e mAttOs .......................................................... 21
2719-6868
COntrOLBiO AssessOriA téCniCA miCrOBiOLÓgiCA s/s LtdA. ... 11
3721-7760
LABOrAtÓriO QuÍmiCO e fArmACêutiCO BergAmO LtdA. ........... 11
2187-0194
CPA BrAsiL indústriA e COmérCiO de resinAs VegetAis LtdA. 11
3809-9804
Linter fiLtrOs industriAis LtdA. ...................................................... 11
5643-4477
CristÁLiA PrOd. QuÍm. e fArm. LtdA. ................................................ 19
3863-9500
LtL serV. e COm. de eQuiP. fArmACêutiCOs e HOsPitALAres .... 11
2475-2898
dAnfOss dO BrAsiL ind. e COm. LtdA. ............................................... 11
2135-5400
mAj LAB COm. e mAnutençãO de eQuiP. PArA LABO.LtdA. ........... 41
3356-8420
dâniCA termOindustriAL BrAsiL LtdA. ............................................ 11
3043-7891
mArCeLO meneLAu COnsuLtOriA........................................................ 81
3221-0907
dAiiCHi sAnkYO BrAsiL fArmACêutiCA LtdA. .................................. 11
4689-4500
mAsstin eng instALAçãO LtdA. .......................................................... 11
4055-8550
dHL diAgnÓstiCA HOsPitALAr LtdA. .................................................. 67
3318-0300
mAsterPLAn engenHeirOs AssOC. s/C LtdA. ................................. 11
5021-3911
AssociAdos sBcc EMPREsA
TEL.
mCQ metrOLOgiA e QuALifiCAçãO LtdA. .......................................... 31
3363-9000
mekAL metALurgiCA kAdOW LtdA. ..................................................... 11
5641-7248
merCOCLeAn imP. exP. COm. LtdA. ...................................................... 21
3795-0406
EMPREsA
TEL.
serVteC inst. e sistemAs integrAdOs LtdA. ................................ 11
3660-9700
sesimBrA COnsuLtOres indePendentes ....................................... 11
3511-1138
miCrOBLAu AutOmAçãO LtdA. ............................................................. 11
2884-2528
sistemA COmérCiO diVisÓriAs LtdA. ................................................ 11
2941-7115
miLAré sistemAs de exAustãO LtdA. me ........................................ 19
3452-1636
sOCLimA engenHAriA LtdA. .................................................................. 81
3423-2500
mmr indústriA e COmérCiO de mÁQuinAs LtdA. ........................... 54
3286-5788
sOLePOxY ind. e COmérCiO de resinA LtdA. .................................. 19
3211-5050
mPW HigienizAçãO têxtiL LtdA. .......................................................... 19
3438-7127
sOLLO engenHAriA instALAçãO LtdA. ............................................... 11
2412-6563 3763-6964
mr QuALitY CLeAnrOOm serViCes ..................................................... 11
2443-2205
msA PrOjetOs e COnsuLtOriA LtdA. ................................................ 71
3533-9900
sOmAr engenHAriA s/C LtdA. ............................................................. 11
muLtiVAC - muLtistAr ind. COm. LtdA. ............................................... 11
3835-6600
sPm engenHAriA s/s LtdA. ................................................................... 51
3332-1188
munters BrAsiL ind. e COm. ................................................................. 41
3317-5050
steQ COmérCiO e rePresentAçÕes ................................................ 11
5181-5570
mz engenHAriA e COnsuLtOriA........................................................... 11
3628-3368
neu Luft COm. e serV. de Ar COnd. LtdA. ....................................... 11
5182-6375
steriLex CientÍfiCA LtdA. .................................................................... 11
2606-5349
niCCiOLi engenHAriA .............................................................................. 16
3624-7512
suPOrte uniVersAL ACessÓriOs de Ar COndiCiOnAdO .............. 11
3971-9364
sWeLL engenHAriA LtdA. ...................................................................... 12
3939-5854
tArkett fAdemAC .................................................................................... 11
3047-7200
teCHniLAB - COntr. de COntAminAçãO LtdA. ................................. 19
3243-1265
teCnOLAB serViçOs e COm. de eQuiP. de LABOrAt. ..................... 71
3646-8555
teCnOVidA - CLÍniCA dietétiCA............................................................. 65
623-6500
nOVO HOrizOnte jACAréPAguA imP. e exP. LtdA. .......................... 21
3094-4400
nOVO Ar sistemAs LtdA. me ................................................................ 24
7835-6173
nutrimed serV. méd. em nut. PArenterAL e enterAL LtdA. ..... 22
2733-1122
nutrir PrestAdOrA de serViçOs médiCOs LtdA. ........................
91 3266-2800
nYCOmed PHArmA LtdA. ........................................................................ 19
3847-5577
PACHAne eQuiPAmentOs PArA LAB. LtdA. ........................................ 19
3424-1423
PdB fiLtrOs e serViçOs industriAis LtdA. .................................... 41
3383-5645
PLAnenrAC eng. térmiCA s/C LtdA. .................................................. 11
5011-0011
PLAneVALe PLAnej. COnsuLtOriA........................................................ 12
3202-9888
PLAsmetAL PLÁstiCOs e metAis LtdA. ............................................... 21
2580-2035
POWermAtiC dutOs e ACessÓriOs LtdA. ........................................ 11
3044-2265
PreCisO metrOLOgiA e QuALidAde LtdA. ........................................ 62 PreVix HO Asses. e COnsuLt.em seg.dO trAB. LtdA.-me ............ 27
3280-3013 3337-1863
PrÓBiO PrOdutOs e serViçOs nutriCiOnAis LtdA. ...................... 67
3342-0203
PrOCessO engenHAriA LtdA. ............................................................. 81
3426-7890
Prudente engenHAriA LtdA. .............................................................. 34
3235-4901
teP - teCnOLOgiA em PrOjetOs de engenHAriA LtdA. ............... 12
3797-9475
térmiCA BrAsiL COmérCiO e serViçOs LtdA. ................................. 11
3666-2076
testO dO BrAsiL instrum. de mediçãO LtdA. ................................ 19
3731-5800
tPrO engenHAriA LtdA. ........................................................................ 11
4612-1997
tOsi indústriA e COmérCiO LtdA. .....................................................
11 4529-8900
trAYdus CLimAtizAçãO ind e COm LtdA. .......................................... 11
4591-1605
triPOrVAC COmérCiO rePresentAçÕes e serViçOs LtdA. ...... 11
3801-9595
PWm serViCe teC. COmerCiAL LtdA. ................................................. 19
3243-2462
trOx dO BrAsiL LtdA. ............................................................................. 11
3037-3900
QuALiBiO LABOrAtÓriOs LtdA. ............................................................ 41
3668-0747
uniãO QuÍmiCA fArm. nAC. s/A .............................................................. 11
4662-7200
QuALitrOniC mAnutençÕes - me ........................................................ 11
3481-2539
QuALYLAB COnsuLtOriA fArmACêutiCA ............................................ 62
3099-6636
usP-reitOriA-siBi-fACuLdAde de engenHAriA de ALimentOs .... 11
3091-1566
VeCOfLOW LtdA. ...................................................................................... 19
3787-3700 5096-4654
Quimis APAreLHOs CientÍfiCOs LtdA. ............................................... 11
4055-9900
rAdnAi Ar COnd. PrOj. e COnsuLt...................................................... 85
3268-3092
VeCtus imPOrtAtum instr. de PreCisãO LtdA. ............................ 11
refrin refrigerAçãO industriAL ..................................................... 11
3941-1263
VL fABriCAçãO de LABOrAtÓriOs – gruPO VidY ............................ 11
4787-3122
reinteCH i e P C C................................................................................... 12
3933-8107
rLP engenHAriA e inst. LtdA. ............................................................. 11
3873-6553
Weg eQuiPAmentOs eLétriCOs ........................................................... 47
3276-6558
rm reVestimentOs miAki LtdA. .......................................................... 11
2164-4300
zs rOuPAs esPeCiAis .............................................................................. 19
3816-6681
rms teC. COm. e serV. de PrOd. LABOrAtOriAis LtdA. ............... 21
2440-8781
YAnnteC instrumentAçãO AnALÍtiCA LtdA. .................................... 21
2489-7435
sALA LimPA serViçOs e COmérCiO ...................................................... 21
3797-7474
sAnOfi-AVentis fArmACêutiCA LtdA. ................................................ 11
4745-1000
seCCOL COntrOLe e CertifiCAçãO.................................................... 62
3275-1272
Para associar-se ligue: (12) 3922-9976 ou acesse sbcc@sbcc.com.br Listagem atualizada em 7 de novembro de 2011
COMISSIONAMENTO E QUALIFICAÇÃO EM INSTALAÇÕES DE HVAC, INCLUINDO TAB, CONTAGEM DE PARTÍCULAS, TESTES EM FILTROS, CASCATA DE PRESSÃO, ENTRE OUTROS. COMISSIONAMENTO EM INSTALAÇÕES DE BMS CONFORME GAMP 4. SOMAR ENGENHARIA LTDA. Rua São Fidelis, 366 – sala 02 Jaguaré – São Paulo SP 05335-100 Fone: 11-3763-6964 • Fax: 11-3719-0932 e-mail: somar@somar-eng.com.br Site: www.somar-eng.com.br
33
notícias da sBcc
Seminário ICCCS - ISCC Brasil 2016 Além de ser um evento técnico de dimensão global, a SBCC vai fazer da iniciativa a mola propulsora para consolidar o tema Controle de Contaminação na América Latina
F
Luciana Fleury omentar o tema controle da con-
suficiente para que se justifique a exis-
taminação entre os diversos paí-
tência de uma associação específica.
mino relata conversas mantidas com a
ses da América Latina foi a estratégia
“Nossa proposta é que o primeiro
AOAC da Argentina, associação que
adotada pelo Comitê Internacional da
passo seja a associação à SBCC para
regula a manipulação de alimentos
SBCC, como sequência aos preparati-
que os interessados comecem a tomar
no país e que já inseriu um link no site
vos para a organização do Simpósio do
contato com as discussões em mar-
oficial para a SBCC. “Estamos em con-
ICCCS – International Confederation of
cha e, posteriormente, participem das
versações bastante adiantadas e os
Contamination Control Societies, que
definições necessárias para a constru-
representantes de lá estão pesquisan-
será realizado no Brasil em 2016.
ção da entidade latino-americana, da
do quais os procedimentos para criar
“O Brasil é o único país da América
maneira mais democrática possível”,
a AACC - Associação Argentina de
Latina que possui uma entidade es-
comenta Antônio Elias Gamino, Co-
Controle da Contaminação”, comenta.
truturada para a discussão dos temas
ordenador do Comitê Internacional do
relacionados ao controle da contami-
ISCC 2016 Brasil.
nação. Como desejamos uma participação ativa da região no evento de 2016, optamos por trabalhar no intuito de incentivar a estruturação de associações-espelho à SBCC nos países da região”, comenta Heloisa Meirelles, Delegada Internacional da SBCC e coordenadora do grupo de trabalho para a organização do ISCC - International Symposium of Contamination Control de 2016. Outra possibilidade aventada é a formação de uma entidade latino-americana que congregue interessados de distintos países no tema e seja o ponto focal para a troca de informação e experiências. Esta seria uma forma de conseguir um maior envolvimento de
34
Os contatos já foram iniciados. Ga-
a sBcc está incentivando a estruturação de associaçõesespelho nos países da américa Latina. outra possibilidade é a formação de uma entidade latinoamericana que congregue empresas e profissionais interessados no tema
A iniciativa está sendo apoiada por dois profissionais cujo trabalho prevê contatos na América Latina: Tadeu Gonsalez, Diretor Comercial para América Latina e para América do Norte e Presidente do Conselho da Danica; e Celso Cardoso Simões Alexandre, Presidente da Trox América Latina. Gonsalez já teve oportunidade de falar sobre o projeto em Cuba, México, Venezuela, Bolívia, Chile, em simpósios e reuniões. “A aceitação foi bem positiva. Todos eles querem se aproximar do Brasil para trocar informações, fazer transferência de tecnologia e ter mais informações sobre o tema”, diz. Segundo ele, Cuba foi o país que demonstrou maior interesse na proposta de criação de uma entidade. “Eles têm tradição em pesquisas farmacêu-
países nos quais o desenvolvimento
ticas e uma forte atuação na medicina,
do segmento não está consolidado o
o que gera interesse nestas soluções”,
comenta Gonsalez. Outro destaque foi a Bolívia, país que passa por um forte processo de regulamentação do setor farmacêutico e que está ávido por ter
icccs 2012 já recebe inscrições para apresentação de trabalhos
acesso as informações sobre Boas Práticas de Fabricação.
Já estão abertas as inscrições
Já Celso Simões aproveitou a rea-
para apresentação de trabalhos
lização da XI CIAr (Congresso Ibero-
técnicos para o Simpósio do
americano de Ar Condicionado e refri-
ICCCS 2012, que será realizado
geração), no México, para apresentar
na Suíça, em setembro. Os inte-
a ideia a todos os delegados das asso-
ressados podem enviar os abs-
ciações representadas. “Houve muito
tracts até 31 de janeiro de 2012.
interesse por parte da Espanha, mas
Os textos deverão estar em inglês
ainda sem maior evolução”, afirma.
e não ultrapassar 300 palavras.
Outra ação importante na busca
Associados da SBCC podem
por esta aproximação que está em
contar com o apoio da entidade
avaliação pela SBCC é a formatação
para o envio dos trabalhos, bas-
de um módulo de cursos em espanhol
tando entrar em contato com a
e também tornar a revista da SBCC
secretaria, que indicará o passo
bilíngüe.
a passo para a participação.
Para mais informações, acesse: www.icccs2012.ethz.ch
notícias da sBcc seminário Microbiologia Foto: Glaucia Motta
“Microbiologia: pontos críticos microbiológicos e controle da contaminação microbiana em áreas limpas e controladas”, este foi o seminário técnico organizado pela SBCC em outubro, nos dias 26 e 27, no Instituto Butantan,
Célio Martin, Silvia Eguchi, Luis Carlos Peres, José Augusto Senatore e Gisele Freymann. Evento contou com mais de 70 profissionais inscritos
em São Paulo, e que contou com a presença de mais de 70 profissionais.
As outras palestras e palestrantes
Silvia Eguchi, coordenadora do GT
foram: Boas Práticas de Laboratório Mi-
2 da SBCC, também foi a coordenado-
crobiológico (Déa de Aguirra, da Yugue
ra do evento, e ministrou as palestras
Assessores), Normas, regulamentos
“Aspectos ecológicos da contamina-
e o impacto da infraestrutura de salas
ção microbiana em áreas limpas e
limpas
ambientes controlados” e “Biofilmes
-Pierre Herlin, Análise), Construção
microbianos e sua resistência a erradi-
de salas limpas com sistemas de de-
cação por antimicrobianos”. anuncio_revista_solepoxy.pdf 1 28/01/2011
na
sinfecção 15:58:08
biocontaminação
(Jean-
(Luiz Alberto Lima, Fiocruz), Controle de Contaminação em sistemas de água (rodol-
Yves Gayard
fo Consentino, Giltec), Uso e eficácia de UV para controle de contaminação (José AuA Solepoxy possui uma completa linha de revestimentos epóxi, PU e uretano para a indústria farmacêutica, cosmética e veterinária.
gusto Senatore, Atmen, e Gisele Freymann, Biomeditech), Validação de limpeza e sanitização (Luiz Carlos Peres, Lucape), Validação de processo asséptico – Media Fill (Yves Gayard,
ABL) e
Tecnologia de foto-catálise (peróxido de hidrogênio ioni-
Luiz Alberto Lima
zado) para descontaminação microbiológica de ambientes (Henrique Cury, Ecoquest). Ao final, foi organizada uma mesa redonda para esclarecimento de dúvidas. O evento contou com - Alta resistência a riscos - Alta resistência a compressão, à abrasão e química - Rodapé integrado ao piso (sem emendas) - Espessura variada de 2,5 a 6 mm - Monocromático ou policromático - Acabamento brilhante ou acetinado
R. (4) Athos Astolfi, 82 - Jd. Manchester - Sumaré/SP - CEP 13178-443 Tel/Fax.: (19) 3211-5050 - sac@solepoxy.com.br - www.solepoxy.com.br
ao patrocínio das empresas CACr, CCL, Ecoquest, Isodur, Masstin, PWM, reintech, Sterilex e Trox.
36
Rodolfo Consentino
Mercado Trox comemora duas vezes
Monitoramento da qualidade do ambiente interno
O ano de 2012 é de dupla come-
tos devastadores da segunda guerra
moração para a Trox: são 35 anos
mundial. O negócio foi continuado
de presença no Brasil e 60 anos de
por seus filhos, Klaus e Heinz, este
A Abili anuncia o sistema Mo-
sua fundação. No Brasil, a operação
último ainda hoje se coloca à frente
nitorar, desenvolvido pela própria
começou com uma pequena insta-
da empresa.
empresa com o apoio da FAPESP e da Escola Politécnica da USP. Em
sivos investimentos, a planta ocupa
linhas gerais, trata-se de um softwa-
uma área de mais de 10 mil metros
re para monitoramento das variáveis
quadrados. Ao todo, a Trox Brasil
ligadas à qualidade do ambiente inFoto: Divulgação Trox
lação industrial e hoje, após suces-
conta com mais de 400 colaboradores diretos, além de representantes espalhados pelo Brasil e por outros países da América Latina. Na empresa iniciou suas atividades na Alemanha, em 1951, por meio de uma ação empreendedora de Heinrich Trox, no momento que o país buscava recuperar-se dos efei-
Emilio Fusero, diretor técnico; Alceu Tomkiw, diretor financeiro e administrativo; Celso Simões Alexandre, presidente da Trox América Latina, e Arnaldo Basile, diretor superintendente comercial
terno, como qualidade do ar interior (teores de CO2, CO, etc), conforto térmico (temperatura, umidade, etc) e conforto lumínico, utilizando-se a internet para transporte dos dados a um servidor remoto. A inovação, segundo a empresa, está na ênfase dada à segurança dos dados, que é garantida em diversos níveis.
artigo técnico
Projeto básico de salas limpas – Parte 2 autor: Eng°. J. Fernando B. Britto, engenheiro
J. Fernando B. Britto
mecânico, sócio da Adriferco Engenharia, secretário do GEC-4 e membro do conselho editorial da Revista da SBCC contato: adriferco@gmail.com
4. combatendo a contaminação por partículas em supensão no ar
Filtragem do ar recirculado, somado ao ar externo de reposição é filtrado por diversos estágios de filtro, geralmente para diferentes tamanhos de partículas e com eficiências diversas, sendo também removidas
Para combatermos a contaminação por partículas em suspensão no ar utilizamos dispositivos de filtragem.
mento de ar (por exemplo: pelo moto-ventilador).
O que cabe abordar aqui é quais e como os dispositi-
A concentração residual de partículas em suspensão
vos de filtragem são utilizados para combater a contami-
após os estágios de filtragem (p), pode ser estimada
nação por partículas nas salas limpas.
pela seguinte equação:
Basicamente, ocorrem dois processos de filtragem
p = (1 - ηFIL) * (CAMB * mREC + eDUT_R + CAE * mAE + eUTA) / mINS
Onde:
nas salas limpas: Primariamente, ocorre um processo de diluição do
ηFIL: eficiência dos filtros [adimensional]
particulado gerado no interior do ambiente por meio
CAMB: concentração média de partículas no am-
da insuflação de ar limpo, o qual é estimado (em
biente [kg-1]
função de normas, guidelines, regulamentações ou
mREC: vazão de recirculação [kg.h-1]
experiências anteriores) ou, quando se tem domínio
eDUT_R: emissão interna no duto de retorno [h-1]
sobre as fontes geradores, é calculado pela média
CAE: concentração média de partículas no ar
ponderada da emissão interna e da penetração atra-
exterior [kg-1]
vés do conjunto de filtros, conforme a equação:
mAE: vazão de ar exterior [kg.h-1] eUTA: emissão interna na unidade de tratamento
CAMB = eint / mINS + p
Onde:
de ar [h-1]
CAMB: concentração média de partículas no am-
mINS: vazão de insuflação [kg.h-1]
biente [kg-1]
Em determinados casos, onde a filtragem ocorre ex-
eint: emissão interna do ambiente [h-1]
clusivamente no interior da unidade de tratamento,
p: concentração residual de partículas em sus-
deve ser acrescentada a emissão ocorrida no interior
pensão após a filtragem [kg-1]
dos dutos de insuflação (eDUT_I), após a passagem
mINS: vazão de insuflação [kg.h ] -1
38
as partículas geradas no interior da unidade de trata-
pelos filtros:
p = eDUT_I + (1 - ηFIL) * (CAMB * VREC + eDUT_R + CAE * VAE + eUTA) / mINS
-os como “filtros absolutos”, conforme indicado a seguir: Filtragem Grossa – Eficiência gravimétrica média: 50
4.1. Estágios de filtragem
a 90% (para pó padrão conforme ASHRAE 52.1)
Nas salas limpas, embora seja possível a obtenção
Filtragem Fina – Eficiência para partículas de 0,4mm:
de determinadas classes de limpeza apenas com a
40 a 95%
aplicação de filtragem fina, utilizam-se filtros HEPA para
Filtragem Absoluta (termo não mais utilizado) – Efici-
garantir a reprodutibilidade dos resultados dos ensaios e
ência para partículas de 0,3mm (DOP):
também em função da possibilidade efetiva de execução
A1:
85 a 94,9%
ensaios em campo para comprovação da efetividade do
A2:
95 a 99,6%
conjunto de filtragem.
A3 (HEPA):
≥ 99,7%
A terminologia “filtro absoluto” tem sido questionada e atualmente adota-se a designação “filtro de ar de alta eficiência” (HEPA = High Eficiency Particulate Air Filter) para os filtros com eficiência igual ou superior a 99,7% conforme MIL Std. 282 (classe A3). Os filtros das classes F5 e F6, atualmente designados Filtragem Grossa Classes G1 a G4 Conforme NBR 16401
Filtragem Fina Classes F5 a F9 Conforme NBR 16401
Filtragem Absoluta Classes A1 a A3 Conforme NBR 7256
como “filtros finos” foram reclassificados de acordo com a norma EN 779: 2010 como “filtros médios” e passarão a receber a classificação M5 e M6, respectivamente. Já os filtros das classes A1 e A2 atualmente são designados como EPA – Efficiency Particulate Air Filters de acordo com a norma EN 1822: 2009 (ainda não há designação no Brasil)
Figura 18 – Principais tipos de filtros para ar
A futura norma da ABNT que tratará da padronização dos filtros deve adotar as designações da norma
Atualmente, a norma NBR 16401: 2008 especifica
EN 779: 2010 para filtros grossos, médios e finos e da
apenas as classificações para filtros grossos e finos,
norma EN 1822: 2009 para a classificação dos filtros
sendo que apenas a norma NBR 7256: 2005 especifica
EPA, HEPA e ULPA, devendo as classes atender as
as classe para os filtros de alta eficiência, denominando-
seguintes eficiências:
Classificação para Filtros Grossos, Médios e Finos conforme EN 779: 2010 Grupo
Grossos
Médios
Finos
Classe
Arrastância média (Am) de pó sintético [%]
Eficiência Média (Em) para partículas de 0,4μm [%]
Eficiência Mínima para partículas de 0,4μm [%]
G1
50 ≤ Am < 65
–
–
G2
65 ≤ Am < 80
–
–
G3
80 ≤ Am < 90
–
–
G4
90 ≤ Am
–
–
M5
–
40 ≤ Em < 60
–
M6
–
60 ≤ Em < 80
–
F7
–
80 ≤ Em < 90
35
F8
–
90 ≤ Em < 95
55
F9
–
95 ≤ Em
70
39
artigo técnico Classificação para Filtros EPA, HEPA e ULPA conforme EN 1822: 2009 Valor Integral Grupo
EPA
HEPA
ULPA
Valor Local
Classe
Eficiência de Captura (%)
Penetração (%)
Eficiência de Captura (%)
Penetração (%)
E10
85
15
–
–
E11
95
5
–
–
E12
99,5
0,5
–
–
H13
99,95
0,05
99,75
0,25
H14
99,995
0,005
99,975
0,025
U15
99,9995
0,0005
99,9975
0,0025
U16
99,99995
0,00005
99,99975
0,00025
U17
99,999995
0,000005
99,999975
0,000025
Anteriormente, a norma MIL Std 282 que adotava
por cada fabricante.
uma partícula de interesse com tamanho de 0,3 μm para
Em função disso, a norma EN 1822 passou a classifi-
ensaiar os filtros de alta eficiência, pois acreditava-se
car os filtros em função de sua eficiência dada em razão
que a filtragem de ar ocorria exclusivamente sob a forma
do tamanho de partícula de maior penetração, ou seja,
de peneiramento.
os classifica em função de sua condição efetivamente
Descobriu-se então, que existem outros mecanismos
mais crítica.
associados ao processo de filtragem do ar que permitem
A seguir apresentamos um gráfico típico representan-
que o filtro consiga capturar e reter tanto macro, quanto
do o “tamanho partícula de maior penetração” (MPPS)
micropartículas, havendo no entanto um tamanho de
para um determinado tipo de mídia (figura 19).
partícula para a qual os filtros são menos eficientes.
Adicionalmente, em função dos elevados custos
Este tamanho de partícula é designado como “ta-
para reposição e da obrigatória execução de ensaios re-
manho partícula de maior penetração” (MPPS – Most
qualificação a troca, tanto as normalizações, quanto as
Particle Penetration Size) e é inerente à mídia oferecida
boas práticas de engenharia recomendam a instalação
Eficiência%
100
99.98 Ponto da Mil. STD 282 0.3 MICRONS 99.96
99.94
Tamanho de Partícula De Maior Penetração
MPPS
Tamanho das Partículas em µm Figura 19 – Eficiência de um determinado filtro em função do tamanho da partícula de maior penetração
40
de pré-filtros, para reter a parte do particulado de maior
ser dada especial atenção à distribuição de ar emprega-
granulometria, protegendo os filtros HEPA.
da na área limpa.
Filtragem Grossa → $ Filtragem Fina
Embora não exista um método ideal que garanta uma
→ $$$$$$$$$$
Filtragem HEPA → $$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$ Considerando-se sua aplicação, os filtros são distri-
total homogeneidade no ambiente, é possível prever aproximadamente como o ar insuflado irá escoar ao longo do ambiente e, assim, empregar técnicas adequadas
buídos da seguinte forma:
para cada necessidade ou classe de ambiente, confor-
Filtragem Grossa → particulado grande / ar exterior
me veremos nas figuras a seguir:
Filtragem Fina
→ particulado fina (pré-tratamento)
Filtragem HEPA
→ alta eficiência (filtragem final)
Nota Veja mais informações relativas aos Fundamentos da filtragem de ar no artigo publicado pelo engº Ed-
ZONA MORTA
milson Alves, na edição 42 da Revista SBCC. 4.2. Distribução do ar Embora a filtragem seja capaz de garantir a qualida-
ZONA MORTA
ZONA MORTA
de desejada ao suprimento de ar de insuflação utilizado para combater (através da diluição / arraste) a emissão de particulados ocorrida no interior dos ambientes, deve
Figura 20 – Insuflação e retorno no forro (Aplicável às classes 8 e 9)
Nossos produtos inovadores são cuidadosamente desenvolvidos para um teste mais rápido, preciso e seguro. A melhor solução para determinação de endotoxina. REPRESENTANTE EXCLUSIVO ENDOSAFE®
Alko do Brasil Indústria e Comércio Ltda. Rua Mapendi, 360 • Taquara, Rio de Janeiro • Tel.: 21 2435 9335 • Fax: 21 2435 9300
www.alkodobrasil.com.br sac@alkodobrasil.com.br
ZONA MORTA
ZONA MORTA
ZONA MORTA
ZONA MORTA
ZONA MORTA
ZONA MORTA
ZONA MORTA
artigo técnico
ZONA MORTA ZONA MORTA
Figura 21 – Difusor de insuflação e retorno (Aplicável às classes 8 e 9) Nos exemplos das figuras 20 e 21, verificamos que quando temos tanto a insuflação quanto o retorno no forro, ocorrem “áreas mortas” (com baixa circulação de ar)
Figura 23 – Insuflação por filtro terminal no forro e retorno lateral próximo ao piso (Aplicável às classes 6 e 7)
junto ao piso e, dependendo do tipo de dispositivo, estas também ocorrem nas regiões situadas entre os fluxos de insuflação e retorno.
Além disso, o escoamento é afetado pela posição dos pontos de retorno e assume uma trajetória curvilínea,
Ao posicionarmos o(s) ponto(s) de retorno próximo(s)
tornando-se horizontal próximo à capação do retorno.
ao piso (figuras 22 e 23), obtemos uma melhor varredura
Para as classes de limpeza 1 a 5 (conforme NBR/ISO
na porção inferior do ambiente, além de minimizarmos a
14644-1), a técnica empregada para combater a conta-
turbulência formada pelos vórtices devido à recirculação
minação por partículas em suspensão no ar é o método
do ar que retorna em direção ao forro (exemplo anterior),
de varredura, onde os limites concentração são obtidos
permitindo uma “decantação” mais rápida do particulado,
não somente por meio de diluição, como também através
já que o ar assume uma tendência descendente.
de uma varredura contínua, com regime de escoamento
Cabe observar que ainda ocorrerão as “zonas mor-
unidirecional, o qual carrea as partículas em direção ao
tas” nos interstícios onde há pouca ou nenhuma circu-
retorno muito mais rapidamente que as metodologias
lação de ar.
anteriores, garantindo elevados graus de limpeza nos ambientes. A técnica empregada na figura 24 é muito comum na indústria microeletrônica, óptica e micromecânica, contu-
ZONA MORTA
Y
a dificuldade de limpeza e sanitização do pleno localiza-
CM
do sobre o piso, o que pode se tornar um meio ambiente
MY
propício ao desenvolvimento de micro-organismos. cionalidade ao encontrar quaisquer obstáculos em seu
Figura 22 – Insuflação no forro e retorno lateral próximo ao piso (Aplicável às classes 8 e 9) (Para classe 7 deve haver filtro terminal imediatamente antes do difusor)
42
M
do, não é muito adotada nas áreas farmacêuticas, dada
Adicionalmente, o escoamento perde sua unidire-
ZONA MORTA
C
caminho, tais como os equipamentos de processo e as bancadas de trabalho. Principalmente no caso das farmacêuticas, adota-se a estratégia de se garantir a unidirecionalidade apenas até o nível de trabalho (ver figura 25), a partir do qual não há mais exposição de produto e considera-se não
CY
CMY
K
ser mais parte integrante da zona estéril, eliminado-se o
uma classe e mais de um regime de escoamento (tal
pleno inferior.
como apresentado na figura 26). Isto é bastante comum
Adicionalmente, existem áreas onde ocorre mais de
Piso perfurado
em áreas de envase menos crítico, onde se deseja prote-
ZONA TURBULENTA
ZONA TURBULENTA ZONA MORTA
Figura 24 – Insuflação por forro filtrante e retorno por 1 7/8/11 3:33 PM pleno de piso (Aplicável às classes 1 a 5)
anuncio_camfil_08_07_11.pdf
Figura 25 – Insuflação por forro filtrante e retorno lateral próximo ao piso (Aplicável às classes 4 a 6)
artigo técnico ger apenas à área onde efetivamente ocorre o processo,
7. Elaborar os descritivos técnicos e funcionais, além
não sendo necessário um controle tão rígido na área
do edital da concorrência. É importante definir clara-
ocupada pelos operadores ou por outros processos.
mente os limites do fornecimento tais como: - Canteiro de obras com escritórios, almoxarifado, oficinas, sanitários, vestiário e refeitório. - Fornecimento e guarda de ferramental, escadas, andaimes, extensões elétricas. - Políticas internas de segurança patrimonial, saúde e segurança ocupacional, meio ambiente, etc. - Requisitos de gerenciamento das montagens, incluindo a segurança ocupacional. - Posicionamento e consumo/geração das interfaces do projeto, tais como: pontos de força, água,
Baseado na palestra “Introdução à Tecnologia de Salas Limpas” apresentada por Miguel Ferreirós Alvarez - Análise
Figura 26 – Regime de escoamento com fluxo misto Existe mais de uma classe
drenagem, esgoto e outras utilidades. - Responsabilidade pelos transportes internos. 8. Qualificar os fornecedores para cada item do escopo ou o fornecedor global. Deve ser verificada a experiência do fornecedor na
5. o projeto básico
execução das soluções previstas no projeto, se possível avaliando instalações anteriores e o índice de satisfação dos usuários com relação às mesmas.
Independentemente de para quais das utilidades
A área de compras deverá efetuar avaliações com
estejamos tratando, o projeto básico sempre terá com
respeito à saúde financeira e fiscal dos proponentes.
objetivo: A definição dos sistemas. A especificação dos equipamentos.
9. Equalizar as propostas técnicas dos diferentes fornecedores. Independentemente do nível de detalhamento e da
O dimensionamento das instalações.
qualidade das informações contidas no projeto, cabe ve-
Para que isso se torne uma realidade, o projeto bási-
rificar se os proponentes compreenderam corretamente
co deverá seguir o procedimento:
todos os itens do escopo e se isto se encontra claramen-
1. Definir os objetivos a serem alcançados, sempre se
te evidenciado em suas propostas.
baseando nas ERUs. 2. Definir a equipe, a qual deverá ser multidisciplinar e possuir representantes das áreas de operação, ma-
Como descrito ao longo deste treinamento, é durante
nutenção e limpeza, além dos membros da engenha-
a etapa do projeto básico em que os cálculos detalhados
ria e gerência.
realmente ocorrem.
3. Distribuir tarefas e definir os prazos de execução para cada uma delas. 4. Consolidar o leiaute, definindo as antecâmaras, vestiários, “shafts” de retorno, áreas de circulação, rotas de fuga, áreas técnicas e de apoio. 5. Elaborar os fluxogramas de engenharia e memoriais de cálculos detalhados para cada sistema. 6. Dimensionar as instalações, indicando as posições
44
5.1. Cálculos detalhados
Atualmente, existem diversas metodologias que permitem estimar, com exatidão suficiente, as diversas necessidades de um projeto. Então, para que se possa garantir a reprodutibilidade dos resultados obtidos, bem como a sua conferência, antes de se iniciarem a execução dos cálculos, devem ser claramente indicadas a metodologia e as bases de cálculo empregadas.
e especificações das redes e de seus componentes
Cabe lembrar que, contrariando a crença geral, a en-
nas plantas, cortes e detalhes que irão compor o pro-
genharia não é uma “ciência exata” e sim uma ciência
jeto, reavaliando a cada nova modificação.
de aproximações.
Segundo o Princípio da Incerteza da mecânica
Porém, quando os projetos são baseados nestas
quântica, quanto mais precisamente tentarmos
normas, sua probabilidade de êxito aumento, além
medir uma grandeza física, mais imprecisa será
de existir amparo técnico e legal no caso de falhas.
nossa medição. Sempre se deve ter em mente que os cálculos só Isto implica que diversos comportamentos físicos não
estarão concluídos após a definição e todos os com-
podem ser completamente previstos e poderão apresen-
ponentes do sistema. Quaisquer modificações efetua-
tar diferentes resultados a cada novo ensaio.
das no projeto podem afetar as cargas ou o escoamento,
Por este motivo, recomenda-se ao projetista que uti-
sendo necessário verificar novamente os cálculos para
lize valores normalizados, aplicando as correções
se certificar que o sistema será capaz de absorver a mu-
necessárias.
dança. Um exemplo disso é:
Os manuais de física foram elaborados com base em experimentações e observações e já possuem séculos
Devido ao atrito entre o fluido e a parede de seu
de idade e a maior parte dos manuais de engenharia,
condutor, a perda de carga afeta as condições
além de serem baseados nos manuais de física, reprodu-
do fluido e pode modificar sua temperatura,
zem várias décadas de suas próprias experimentações.
viscosidade e/ou volume específico, podendo inclusive alterar o regime de escoamento.
Certamente podemos nos basear em nossas
Além disso, como a potência consumida é,
próprias experiências e experimentações na
primariamente, resultado da multiplicação da vazão
elaboração de nossos projetos. Foi desta forma
pela perda de carga, esta será modificada pelo
que os manuais e normas da engenharia surgiram.
aumento da perda de carga.
Dutos TDC para Sala Limpa São construídos com cuidados especiais, desde a fabricação até a instalação na obra, para atender a norma NBR 16401, que define bitola de chapa e reforços com base na pressão do duto bem como os serviços que devem ser executados para atender o grau de vedação especificado. Após fabricação, é necessário a higienização do duto e o fechamento das bocas com filme plástico, para evitar a contaminação.
Vendas: (11) 3044 2265 - www.powermatic.com.br
artigo técnico No entanto, cabe ao projetista considerar em seus cálculos um determinado sobredimensionamento
devem ter documentadas todas as suas revisões, para que se possa avaliar o histórico das modificações.
do motor (coeficiente de segurança) durante a etapa
Ao término de um dimensionamento deve ser com-
de projeto, de forma a evitar a necessidade de sua
parada a necessidade do sistema com os produtos
substituição durante a execução dos procedimentos
comerciais disponíveis no mercado e adequada
de Testes Ajustes e Balanceamento (TAB), o que custa-
sempre que possível à esta disponibilidade.
ria muito mais caro.
Não é incomum o resultado dos cálculos requerer um
Cabe lembrar que em escoamento ditos “newto-
equipamento 2% a 3% maior que o produto comercial
nianos” a relação entre as potências final (N1) e de
disponível, porém, com pequenas revisões no cálculo
projeto (N0), varia proporcionalmente ao cubo da relação
(por exemplo: adequando-se os diferencias de tempe-
das rotações (n1/n0):
ratura), pode-se verificar que seria possível atender o sistema com variações muito pequenas nas condições
N1 N0
=
n1
3
n0
do processo. Obviamente, isto deve ser acordado entre as partes envolvidas. Durante o selecionamento ou a aquisição dos equi-
Muitos fabricantes adotam/recomendam um
pamentos, deve ser efetuada uma comparação entre
sobredimensionamento de apenas 10% a 15%
os consumos dos equipamentos ofertados em cada
(para potências superiores a 3,75 kW), porém,
proposta.
caso precisemos de um aumento de rotação de
Um exemplo disto, pode ser a seleção de moto-venti-
apenas 3% (n1/n0 = 1,03) após o termino do TAB,
ladores, onde é possível obter várias seleções, com roto-
já teremos aumentado a potência consumida
res de tipos e/ou diâmetros diferentes, todas atendendo
em 9,3%.
as necessidades do processo, porém com consumos radicalmente diferentes.
No caso de sistemas térmicos, quaisquer sobre-
Nestes casos, embora o custo de aquisição do item
dimensionamentos devem ser evitados (ou consi-
possa parecer menor, seu custo de propriedade se torna
derados com muito cuidado), uma vez que os compo-
significativamente maior, o que pode ocorrer já durante
nentes são sempre dimensionados em função de sua
a instalação (em função do cabeamento e acionamen-
capacidade máxima estimada e, eventuais sobredimen-
tos maiores) ou à médio prazo, em função de seu maior
siomentos poderão afetar a autoridade do sistema
consumo.
de automação. Também cabe lembrar que nas estimativas já existem
5.2. Fluxogramas de engenharia
diversos coeficientes de segurança embutidos, algumas vezes desconhecidos, e que, na grande maioria dos ca-
Os Fluxogramas de Engenharia são representações
de segurança), dificilmente irá dispor de equipamentos
esquemáticas que identificam de forma gráfica (através
com exatamente a capacidade requerida, incorrendo em
de simbologias e nomenclaturas ou tags), os componen-
um sobredimensionamento adicional durante a aquisição
tes geradores e consumidores de um sistema, processo
do equipamento.
ou utilidade, bem como a interligação entre estes com-
Todas as informações que afetem direta ou
ponentes.
indiretamente o dimensionamento devem ser ade-
Para tanto, os fluxogramas devem representar:
quadamente documentadas. Por exemplo: potência
Símbolos, tags (identificações) e a interligações entre
verificada em campo, fatores de simultaneidade de utili-
os componentes
zação, período de trabalho, iluminação, posição e carga
O valor e as condições requeridas de cada escoa-
de trabalho dos operadores considerada no memorial de
mento (vazão, pressão, temperatura, umidade, etc.)
cálculos de carga térmica.
Os pontos de regulagem, controle, bloqueio e moni-
Tanto os desenhos como os memoriais de cálculo
46
5.2.1. Definição
sos, o fabricante (que também considerou seus fatores
toramento
Os consumos energéticos ou de fluidos (água, ar ex-
Deste modo, os fluxogramas consistem na indicação
terior, ar comprimido, etc.) de cada componente.
dos escoamentos através de cada um dos componentes
Os pontos de interligação com outros sistemas.
de um sistema, por meio de sua representação gráfica
A legenda e simbologia empregada.
em um diagrama esquemático do sistema. Geralmente, esta representação é feita indicando-se
Cabe lembrar que nem sempre existe um padrão
diretamente os valores e condições de cada escoamento
normalizado para simbologia dos equipamentos
sobre as linhas que interconectam os componentes do
e componentes, cabendo ao projetista explicitar
sistema ou indicando-se numericamente cada trecho e
em sua documentação a simbologia empregada,
utilizando uma tabela para indicar as condições de cada
de forma a garantir a correta interpretação dos
escoamento.
diagramas.
Então, para representarmos a produção de objetos sólidos, bastaria indicarmos o número de unidades que
5.2.2. Representando os escoamentos
entram e saem do processo:
Um dos pontos mais importantes dos fluxogramas, que geralmente consiste em seu objetivo final e que deu
∑ nentrada = ∑ nsaída
origem ao nome deste tipo de representação é a indica-
1000 + 161 = 1000 + 161
ção dos escoamentos (ou fluxos): “fluxo” = escoamento ou vazão
Em outras palavras, se entrarem 1000 (frascos de
“grama” = vem de diagrama ou representação gráfica
100ml) mais 161 (frascos de 500ml) na linha de produ-
Então:
ção, teremos uma produção de 1000 (frascos de 100ml)
“fluxograma” = diagrama de fluxos
mais 161 (frascos de 500 ml).
artigo técnico A quantidade física não irá se modificar.
Na figura 28, o fluxo que “vem da sala 02” e os fluxos
No entanto, como afirmado anteriormente, as condi-
que saem da “Sala 01” (retorno “RET” e sobrepressão)
ções de escoamento dos fluidos podem afetar o próprio
são considerados (aproximadamente) nas mesmas
escoamento, deste modo, é importante salientar que:
condições e possuem (praticamente) o mesmo volume
Quando representamos o escoamento de fluidos di-
específico.
tos incompressíveis (a maioria dos líquidos), não haverá
No entanto, considerando-se que a função do fluxo
diferença na representação dos escoamentos na forma
de insuflação (INS) é de resfriar e desumidificar a “Sala
de “vazão volumétrica” ou “vazão mássica”, uma vez
01” e, portanto, irá se aquecer e absorver umidade, seu
que, para efeitos práticos, considera-se que não ocor-
volume específico irá aumentar, causando variação no
rerá variação no volume dentro das condições impostas
escoamento volumétrico do ambiente.
pelo escoamento.
No caso, descontando a infiltração de 150 m³/h oriun-
Assim, os escoamentos podem ser representados
da da “Sala 02”, verificamos que ocorreu uma variação
na forma volumétrica sem quaisquer prejuízos (efeitos)
do volume específico de apenas 2,66%, correspondente
sobre o processo (figura 27):
à variação de temperatura e umidade do fluxo de ar de insuflação.
ALIM
1000 L/h
Se esta variação fosse desprezada, tanto o dimenΣvENTRADA = ΣvSAÍDA 1000 + 150 = 9850 + 300
EQ 01
sionamento do moto-ventilador (se houvesse), quanto o dos dutos de retorno estaria incorreto. Lembrando-se que a variação da potência é propor-
150 L/h
RET
9850 L/h
300 L/h
Vem do Eq. 02
cional ao cubo da variação da vazão, uma aceleração de 2,66% seria responsável por um aumento de 8,19% na
Vai para Eq. 03
potência requerida (consumo) pelo sistema.
Figura 27 – Fluxograma de Engenharia para Fluidos Incompressíveis
5.2.3. Automação e Controle - Diagramas de P&I Os sistemas de automação e controle são abordados
Na figura 27, adotando quaisquer líquidos miscíveis e
em palestra específica apresentada neste seminário.
considerados incompressíveis, não haverá variação do
As figuras 29 e 30, a seguir, foram elaboradas apenas
volume específico da mistura, então a somatória do fluxo
para ilustrar e fornecer uma breve explanação sobre a
que vem de “ALIM” ao que “Vem do Eq 02”, resulta nos
necessidade e importância da elaboração dos diagramas
fluxos que saem do “Eq 01” para “RET” e “Eq 03”.
de P&I (Process and Instrumentation), também conheci-
No entanto, no caso dos fluidos compressíveis (ga-
dos como P&ID (Process and Instrumentation Diagram).
ses), uma vez que o volume específico irá variar em fun-
Na realidade, a menos que sejam indicados os esco-
ção da temperatura, pressão, concentração de sólidos,
amentos, estes diagramas não poderiam ser considera-
etc., às quais o fluido está submetido, então sua repre-
dos “fluxogramas”, pois não representam nem o “fluxo”
sentação apenas sob a forma de “vazão volumétrica” já
(no caso, a sequência) do processo de controle, nem
não é suficiente, como verificamos na figura 28:
“os escoamentos do processo”, embora, muitas vezes, sejam chamados de fluxogramas de P&I.
INS
10000 m3/h (10999 kg/h)
Balanço Volumétrico (m3/h):
300 m /h (322 kg/h) 3
SALA 01 TBS = 22ºC UR = 50% P = +5 PA
RET
150 m3/h (161 kg/h)
Vem da Sala 02
ΣvENTRADA ≠ ΣvSAÍDA 10000 + 150 ≠ 10116 + 300
ma de engenharia do sistema de VAC-R, no qual foram representados os pontos de controle, indicados em um
Balanço Mássico (kg/h):
diagrama do tipo “varal”, para permitir a identificação
ΣmENTRADA ≠ ΣmSAÍDA 10999 + 161 ≠ 10838 + 322
dos sensores e atuadores, além do tipo de variável
10116 m3/h (10838 kg/h)
Figura 28 – Fluxograma de Engenharia para Fluidos Compressíveis
48
No exemplo da figura 29, foi utilizado um fluxogra-
controlada e de sinal operado (analógico ou digital), o que é muito útil para a quantificação dos instrumentos e definição das interfaces dos CLPs (Centrais Lógicas Programáveis).
Figura 29 – Fluxograma de P&I de um sistema de VAC-R Na figura 30, vemos ampliado um trecho do diagra-
e a qual CLP cada um dos instrumentos está conectado,
ma anterior, para permitir uma melhor visualização das
também são representadas linhas que os conectam aos
simbologias, identificações e dados de operação dos di-
seus pontos de monitoração/atuação.
versos instrumentos utilizados para controlar esta parte do sistema.
Também é uma boa prática, indicar o ponto de ajuste (set-point) ou a faixa (range) na qual irá operar cada sinal
Cabe observar que o “tag” de cada componente pos-
operado no sistema. Isto permitirá escolher adequada-
sui uma sequência alfanumérica que permite identificar
mente cada um dos sensores e atuadores do sistema,
sua aplicação e número seqüencial.
além de facilitar a interpretação do diagrama e a elabo-
Além das linhas que indicam o tipo de sinal operado
ração dos algoritmos de controle.
Figura 30 – Fluxograma de P&I de um sistema de VAC-R (detalhe ampliado)
49
OpiniãO
Foto: Divulgação
A ética nas empresas
*Por José Carlos Teixeira Moreira
Empresas são pessoas reunidas em torno de uma
frente às questões de direito de seus colaboradores,
proposta que as mobilizam num determinado momento
clientes, fornecedores, acionistas, governo e a comuni-
de suas vidas. O CNPJ é apenas um arranjo jurídico para
dade em que atua.
lhes conferir uma certa identidade no campo físico. Tudo se passa numa empresa como se fosse uma comunidade de interesses, ou seja, uma relação tempo-
Atitudes evasivas, quando de necessidades sociais inquestionáveis, dão o tiro de misericórdia na percepção de todos quanto à ética da organização.
ral entre seres. As pessoas são levadas a serem seus
Como a ética não é algo que se obtenha a partir de
colaboradores movidas por múltiplos motivos pessoais,
cursos, tours tecnológicos ou benchmarking, só nos res-
na expectativa de que assim fazendo estão a caminho
ta zelar, a cada passo, pelo binômio realização e conduta
do que imaginam ser a sua realização.
de todas as pessoas que fazem o seu futuro, a começar
Acontece que viver entre outros, encontrar o seu espaço, poder fazer o que deve ser feito requer fazer parte e aprimorar contextos onde a colaboração e a solidariedade sejam um valor.
pelos seus colaboradores. Até porque ninguém dá o que não tem. Assegurar que a realização e a conduta sejam os predicados mais notáveis da organização pelo testemunho
Nada numa empresa consegue acontecer de fato
em qualquer circunstância do dia a dia. Zelar pela ética
que não seja através de um trabalho em equipe. Ações
significa não permitir que gestos, decisões e, sobretudo,
solitárias, ao sabor de motivação individual, são sempre
procedimentos administrativos corrompam os princípios
pontuais, de alto custo, de efeito passageiro e de resul-
humanos da segurança, da autoestima e da justiça para
tado pálido.
com as pessoas.
As companhias mais atentas sabem disso e não me-
É fundamental dar musculatura à empresa para que
dem esforços para que seus colaboradores se encon-
ela se defenda da tentação de sair do mais certo para o
trem num ambiente que promova a concertação, ou seja,
mais prático. Reforçar o empenho da empresa pelo ver-
a possibilidade de que todos atuem como numa orques-
dadeiro ao invés do “no nosso mercado todo mundo faz
tra movida pela ética do prazer. Desse modo, quando se
assim”. Abandonar o apressado e de qualquer jeito para
juntam pessoas que buscam a sua realização através de
o mais veloz e caprichado.
tarefas que se somam, se não houver um equilíbrio entre
O Valor de uma empresa no foco dos seus clientes
seus interesses, os resultados finais ficam tolhidos pelos
é uma percepção; o preço, no foco dos seus clientes é
conflitos decorrentes daqueles mesmos interesses.
sempre uma questão psicológica. Os resultados, mesmo
Equilíbrio é uma boa forma de se entender a questão ética. Não confundir com a moral. Essa não é relativa; diz
quando positivos, têm a sua avaliação sujeita a questões psicológicas de quem os analisam.
da dimensão do ser humano em qualquer cultura. Nesse
Uma organização inteligente navega confortavel-
sentido, cuidar da ética nas empresas não se trata de
mente em dimensões psicológicas e emocionais, por
ser bom ou mau, mas sim de puro “business”. Ser ético é
isso conquista resultados surpreendentes.
assegurar resultados superiores e admiráveis. O que mais infecta a ética na empresa, tirando-lhe
Por isso, a ética é o maior ativo psicológico desses empreendimentos de sucesso.
a força, é a falta de consistência da alta administração na sua conduta diante dos desafios cotidianos. Inconsistência entre o que é dito é o que é feito, posições dúbias
50
José Carlos Teixeira Moreira, presidente da JCTM Marketing industrial e da Escola de Marketing industrial jctm@marketingindustrial.com.br
Com a Atmosfera, o sistema de higienização cleanroom é garantia de alta tecnologia do início ao fim do processo. Acesse o site www.atmosfera.com.br/ra e posicione o código ao lado em frente à webcam do seu computador e conheça o mais completo sistema de higienização em cleanroom do Brasil.
A Atmosfera realiza o teste do tambor em todos os lotes processados, envia laudo de controle de qualidade e cumpre todos os requisitos em cleanroom como: ISO14644 e IEST-RP-CC003.
seu ambiente sob controle Tel: (11) 4588-5000 www.atmosfera.com.br
Produtos da Armacell estão presentes nas obras
“Destaques do Ano Smacna Brasil 2010” Os produtos da Armacell estão presentes em 6 das 8 obras nacionais indicadas ao prêmio Destaques do Ano Smacna Brasil 2010. A presença da Armacell em praticamente todas as obras indicadas ao prêmio reafirma mais uma vez o seu pioneirismo bem como a qualidade de seus produtos. A preferência pelos produtos da Armacell é consequência da qualidade do seu atendimento e do consistente trabalho de relacionamento consolidado com nossos parceiros, entre eles representantes, distribuidores, revendedores e instaladores de sistemas de refrigeração e de ar condicionado. Armacell Brasil é uma empresa do grupo multinacional alemão Armacell, líder mundial na produção e fornecimento de isolamentos térmicos flexíveis Armaflex e que também oferece ao mercado sistemas de revestimento, produtos de proteção contra incêndio e atenuação acústica. Os produtos da empresa empregados nas instalações de ar condicionado e refrigeração, além de reduzirem perdas energéticas, previnem contra condensação, tem função acústica e atendem as exigentes normas internacionais. A Armacell se destaca por ser uma empresa que oferece aos seus parceiros uma estrutura diferenciada. Além de ser a única do setor com produção local, possui centro de distribuição no Nordeste e escritório comercial no maior centro financeiro do Brasil (São Paulo) e representantes atuantes em todas as regiões do país. Possui também representação na Argentina para atender as demandas de outras regiões da América Latina. Sobre a empresa Desde a sua criação, no final da década de 50, o Armaflex, primeiro isolamento térmico flexível em espuma elastomérica, se tornou a marca mais conhecida desse tipo de material em todo o mundo e estabeleceu as bases da indústria desse setor. A Armacell se tornou a principal provedora das inovações significativas no campo destes materiais. A Armacell está presente em 12 países e conta com 2,3 mil colaboradores no mundo todo. A empresa atua no mercado latino americano desde 1995. Em março de 2001 fundou a sua unidade no Brasil e, em 2002, iniciou a produção local para atender ao Brasil e Mercosul. Além de comercializar no mercado nacional os seus produtos fabricados na fábrica brasileira, a Armacell também importa e oferece aos seus clientes todos os outros produtos fabricados pelo grupo Armacell.
Escritório Comercial (11) 3146-2050 Fábrica (12) 3521-8000 Centro de Distribuição Nordeste (81) 3524-6846