Revista SBCC #55

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Revista da sBCC N o 55 Nov/dez 2011

revista

Nº 55 novembro/ dezembro 2011 R$15,00

Ilha Temática SBCC – Áreas Limpas

sbcc.com.br

Monitoramento e controle microbiológico



sumário

revista

Edição N0 55 novembro /dezembro 2011

3

4

Editorial missão cumprida

6

Entrevista Dorival sousa

10

microbiologia monitoramento e controle microbiológico

18

ilha Temática sBCC – áreas Limpas Participação marcante

32

sócios da sBCC

34

Notícias da sBCC

37

mercado

38

Artigo Técnico Projeto básico de salas limpas – Parte 2

50

opinião A ética nas empresas


EDiToriAL

revista

Edição N0 55 novembro /dezembro 2011

missão cumprida

E

stamos chegando ao final da

soluções apresentadas o foco sempre

expresso nossa gratidão a todos os que

gestão dirigida pelo presidente

foi o mesmo: reforçar a publicação

contribuíram de alguma forma, seja na

Dorival Sousa. Foram quatro anos de

como um referencial para o mercado.

indicação de fontes para as matérias,

muito trabalho e dedicação, sempre

Também é importante salientar o equi-

na indicação de “cases” ou mesmo na

com o objetivo de ampliar a presença

líbrio que perseguimos para que essas

produção de artigos técnicos. Sem essa

da SBCC nos assuntos relacionados

inovações não produzissem efeitos

colaboração seria muito mais difícil dar-

direta ou indiretamente ao controle de

financeiros negativos, e isso foi possí-

mos suporte necessário para o desen-

contaminação em ambientes fechados.

vel com uma forte e renovada política

volvimento da Revista da SBCC. Tam-

Todas as áreas da entidade nesse

comercial.

bém gostaria de agradecer a confiança

período estabeleceram diretrizes e se

Chegou a hora de renovar. A nova

empenharam em fazer as coisas acon-

diretoria, que assume a gestão em

tecerem. Coube ao Conselho Editorial

dezembro, dará continuidade e me-

Boas-vindas aos novos profissio-

atuar para o necessário aperfeiçoa-

lhorará o que foi feito até aqui. Aliás,

nais que constituirão o Conselho Edito-

mento das mídias da SBCC, a revista e

essa é uma prática rotineira e que tem

rial. Novas ideias sempre serão saluta-

o site da entidade.

marcado todas as gestões da SBCC.

res para que os projetos se mantenham

Durante esse período algumas

Acredito que essa postura é um dos

fiéis aos nossos princípios, o que, em

inovações foram implementadas. Por

pilares que sustentam a entidade e a

última análise, contribuem para um

exemplo, investimos em um novo

tornam relevante junto ao mercado de

Brasil mais desenvolvido e justo.

projeto gráfico para a revista e defini-

áreas limpas.

mos novas seções editoriais, como a

Em nome dos profissionais voluntá-

Entrevista e Opinião. Para todas as

rios que atuaram no Conselho Editorial

da diretoria e o rápido atendimento às nossas dúvidas e solicitações.

Martin Lazar Editor chefe – Conselho Editorial

SBCC – Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação - www.sbcc.com.br Diretoria: Presidente: Dorival Sousa; Vice-Presidente: Marco Duboc; Diretor Técnico: Célio S. Martin; Diretor Financeiro: Raul A. Sadir; Diretor de Relações Públicas: Gerson Catapano; Diretor Emérito: Dr. Hans Sonnenfeld; Diretor do Núcleo Científico: Elisa Krippner; Diretor Núcleo Comunicação: Marcio Magno; Diretor Núcleo Eventos: Luciana Kimi; Conselho Consultivo Elegível: Celso Simões Alexandre, Heloísa Meirelles Costa e Luciana Kimi; Conselho Consultivo: Ana Maria Ferreira de Miranda, Carlos Eduardo Rein, Claudemir Aquino, Dirce Akamine, Elisa Krippner, Jonas Borges da Silva, Luiz Antonio Rocha, Silvia Yuko Eguchi e Suely Itsuko Ciosak; Conselho Fiscal: Yves L. M. Gayard, Murilo Parra e Jean-Pierre Herlin. Cargo não-eletivo: Delegada Internacional: Heloísa Meirelles Costa; Conselho Editorial Revista SBCC: Martin Lazar (editor-chefe), Camilo Souza (editor assistente), Carlos Prudente, Denis Henrique de Souza, Gerson Catapano, J. Fernando B. Britto, Paulo Matos e Rinaldo Lucio Almeida. Secretaria: Márcia Lopes Revista da SBCC: Órgão oficial da SBCC – Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação. R. Sebastião Hummel, 171 – sala 402 CEP 12210-200 São José dos Campos – SP. Tel. (12) 3922 9976 – Fax (12) 3912 3562 E-mail: sbcc@sbcc.com.br; A Revista da SBCC é uma publicação bimestral editada pela Vogal Comunicações. Tiragem: 5.000 exemplares Vogal Comunicações: Editor: Alberto Sarmento Paz. Reportagens: Luciana Fleury e Marcelo Couto. Edição de Arte: Koiti Teshima (BBox). Diagramação: Caline Duarte e Heloisa Kimie Sato. Projeto Gráfico: Carla Vendramini/Formo Arquitetura e Design. Contatos com a redação: Rua Laboriosa 37, São Paulo. Tel. (11) 3051 6475. E-mail: redacao@vogalcom.com.br Depto. Comercial: Marta Vieira (comercial.2@sbcc.com.br) e Aline Souza (comercial.1@ sbcc.com.br). A SBCC é membro da ICCCS - International Confederation of Contamination Control Societies As opiniões e os conceitos emitidos pelos entrevistados ou em artigos assinados não são de responsabilidade da Revista da SBCC e não expressam, necessariamente, a opinião da entidade. Foto capa: Glaucia Motta

4


A SBCC Oferece:

Seminários Grupos de Trabalho Participação em eventos e feiras Informações atualizadas do setor Revista SBCC

www.sbcc.com.br


Dorival Sousa Presidente da SBCC Luciana Fleury

E

m dezembro de 2011 encerra-

mente migrou para o setor farmacêuti-

gada à presidência da entidade?

-se o ciclo da atual diretoria da

co. Trabalhou por muitos anos na Bo-

Dorival Sousa: Participo da SBCC

SBCC. Dorival Sousa, que esteve à

ehringer Ingelheim, como responsável

desde 2002, quando ingressei no

frente desse grupo de profissionais

por qualificação de equipamentos e

grupo de trabalho de projetos de áre-

exercendo a presidência da entidade,

sistemas, e atualmente é responsável

as limpas. Aproximei-me da entidade

participa desta seção para comentar

por projetos na Novartis Biociências,

porque acreditava que poderia dividir

um pouco sobre a atuação da entidade

unidade Sandoz.

experiências, aperfeiçoar técnicas e

nos últimos quatros anos, suas con-

Dorival participa da SBCC desde 2002,

aprender muito mais. Participei deste

quistas e os pilares para ações futuras.

quando ingressou em um dos grupos

grupo por anos e posso dizer que foi

“Muito foi feito, porém o mais importan-

de trabalho da entidade, interessado

uma experiência muito significativa. Em

te na SBCC é que o trabalho desenvol-

em aperfeiçoar seus conhecimentos na

2005 fui convidado a integrar a direto-

vido pela entidade hoje é fruto de uma

área de controle de contaminação. Em

ria, encabeçada pela Dra. Dirce Akami-

sucessão de gestões que sempre tive-

2007 aceitou o convite para ser vice-

ne – gestão 2006/2007, como membro

ram como objetivo disseminar o conhe-

-presidente da chapa encabeçada por

do conselho consultivo. Neste período

cimento, levar os conceitos de controle

Yara Aydos para a gestão 2008/2009.

pude atuar mais ativamente junto à di-

de contaminação aos mais variados

Quatro meses após o início da ges-

retoria da entidade. Em 2007, fui indica-

usuários e segmentos. Essa postura

tão, Yara se desligou das atividades

do e eleito como vice-presidente para

contínua, sem rupturas ou desconti-

profissionais que exercia na indústria,

a gestão encabeçada pela Iara Aydos.

nuidade de projetos, faz a entidade ser

transferindo a presidência para Dori-

Porém, quando a presidente eleita se

uma referência nacional e internacional

val, cujo depoimento sobre as gestões

desligou da entidade assumi a presi-

no setor”, observa Dorival.

2008/2009 e 2010/2011 os leitores

dência da SBCC. Já em 2009 enca-

Formado em engenharia de automa-

acompanham a seguir.

becei a chapa eletiva da entidade e fui

ção industrial, Dorival iniciou sua vida

6

reeleito para mais uma gestão, que se

profissional na área de manutenção em

Revista da SBCC: Só para recuperar

encerra agora em dezembro de 2011.

uma indústria de alimentos, posterior-

um pouco a história, como foi sua che-

Tenho orgulho de ter feito parte desta

Fotos: Glaucia Motta

ENTREVISTA


equipe e espero continuar contribuindo com o crescimento da entidade. Revista da SBCC: Quais os pontos que se podem destacar dessa trajetória? Dorival Sousa: A SBCC é uma entidade sólida, constituída por profissionais que acreditam no seu valor e em seus objetivos. A principal meta da atual diretoria foi trabalhar na “organização” do negócio. Buscamos focar

A SBCC é uma entidade sólida constituída por profissionais que acreditam no seu valor e objetivos, isso a consolida como a principal representante dos debates sobre áreas limpas

e Eventos), iniciando assim o trabalho de

reestruturação

organizacional.

Buscamos também criar os departamentos de marketing, comercial, portal, parcerias, contratos, etc. Essa nova estrutura deve ser consolidada nas próximas gestões. Outro aspecto importante que gostaria de destacar foi a atuação mais efetiva para levantamento de recursos e controles financeiros. O departamento comercial foi

nossos esforços em um planejamento

chamado a desenvolver um forte tra-

mais integrado, distribuindo melhor

balho neste sentido, reestruturando,

as responsabilidades e priorizando

criando politicas e direcionando me-

ações estratégicas que auxiliariam a

lhor a equipe. Isso gerou um resultado

SBCC a crescer. Demos continuidade

para quatro anos, visando preparar a

financeiro considerável que garante o

ao trabalho de planejamento estraté-

entidade na busca de sua visão. Entre

equilíbrio econômico da entidade.

gico, iniciado na gestão da Dra. Dirce

as principais ações destaco a criação

Akamine, de forma a possibilitar um

das quatro unidades estratégicas de

Revista da SBCC: Um desejo inicial

melhor direcionamento da entidade.

negócio, hoje denominadas de Núcle-

apontado na sua posse foi reforçar

Desenhamos um plano estratégico

os (Técnico, Científico, Comunicação

o planejamento estratégico, visando


ENTREVISTA consolidar a SBCC como referência

confiança internacional, isso demostra

internacional do setor. Como isso foi

que estamos no caminho certo.

desenvolvido nesse período? Dorival Sousa: Quando iniciamos o

Revista da SBCC: Apesar de ter re-

planejamento estratégico da SBCC,

cursos limitados, a SBCC consegue

focamos nas quatro perspectivas que

ter grande participação nos debates

refletem a visão e estratégia empre-

sobre normas, na oferta de palestras

sarial: financeira; clientes; processos

e de outros materiais importantes para

internos; aprendizado e crescimento.

a atualização dos profissionais. Qual o

Nesse processo buscamos identificar

segredo?

nossas fraquezas e nossas forças, a

Dorival Sousa: Um ponto importante é

fim de nos conhecermos melhor. Defi-

a continuidade das gestões, sem fortes

nimos comunicação e expansão como

rupturas. Essa continuidade garante o

os temas estratégicos prioritários, a

compromisso dos profissionais envolvi-

partir do quais montamos nosso mapa

dos na SBCC com o desenvolvimento

estratégico e definimos diversas ações

do mercado local, principalmente na

para a entidade. Acredito que conse-

qualificação adequada de todos os en-

guimos grandes avanços. A entidade

volvidos na cadeia produtiva de produ-

tem conquistado visibilidade, respeito e

tos sensíveis a contaminação. Isso se

A continuidade das gestões é uma das características da SBCC. A mudança de gestões sem grandes rupturas no compromisso maior da entidade, que é disseminar o conhecimento técnico, é um de seus mais importantes alicerces e a torna uma referência

reflete no alto nível dos debates propi-

nejamento e organização. Nos últimos

ciados pela SBCC para a consolidação

eventos em que a entidade participou

de normas ou resoluções e na oferta de

com a Sala limpa Itinerante consegui-

seminários e artigos técnicos. Aprender

mos colocá-la em operação de manei-

e considerar as ações das gestões que

ra mais rápida e eficiente.

já estiveram à frente da entidade é um dos pilares de sustentação da SBCC.

Revista da SBCC: A SBCC sempre se pautou pela luta em disseminar conhe-

CACR Engenharia e Instalações Ltda. Av. dos Imarés, 949 • Indianópolis 04085-002 • São Paulo • SP Tel: (11) 5561-1454 Fax: (11) 5561-0675 Produtos: • Projeto Executivo • Sistemas de Ar Condicionado Central • Sistema de Ventilação Industrial • Salas Limpas • Sistema de Coleta de Pó • Climatização Têxtil • Sistemas de Recuperação de Resíduos • Comissionamento, Validação • Contrato de Manutenção www.cacr.com.br • cacr@cacr.com.br

Revista da SBCC: O projeto da “Sala

cimento e pelo compromisso com o de-

Limpa Itinerante” parece ser um mode-

senvolvimento. Como esses assuntos

lo muito viável para presença em feiras

se desenvolveram em sua gestão?

de exposição. Qual a importância des-

Dorival Sousa: Disseminar o conhe-

se projeto?

cimento é nossa “missão”. Temos o

Dorival Sousa: A “Sala Limpa Itine-

compromisso de fazê-lo. Particular-

rante” foi uma iniciativa muito oportuna,

mente, destacaria dois aspectos prin-

idealizada pela equipe de eventos em

cipais para demonstrar nosso trabalho.

parceria com empresas provedoras de

Primeiro, nos últimos anos o Núcleo

materiais e equipamentos, associadas

Técnico vem desenhando nossos se-

à entidade. É uma solução simples,

minários de forma a torná-los cíclicos

de fácil montagem, que consegue de-

e contínuos, além de buscar expandir

monstrar de forma eficiente o conceito

os assuntos e consolidar a participação

que pregamos em nossos seminários.

da SBCC em outras cidades, como Re-

A grande vantagem deste projeto é a

cife e Curitiba, por exemplo. Nas duas

simplificação. Quando digo simplifica-

gestões (2007 a 2011) mais de 2.200

ção refiro-me a toda a infraestrutura

profissionais participaram dos cerca de

necessária para uma exposição, bem

30 seminários desenvolvidos pela en-

como o esforço desprendido em pla-

tidade. Isso é um grande indicador do

8


quanto estamos ativos. Outro aspecto

entidade receberá o Simpósio Mundial

Revista da SBCC: Qual a avaliação

importante foi o trabalho desenvolvido

do ICCCS, como a SBCC avalia a

em retrospectiva da sua gestão?

pelo Núcleo Científico, que, além dos

conquista do direito de receber o maior

Dorival Sousa: Sempre deixamos algo

grupos de trabalho existentes, iniciou

evento mundial do setor?

por fazer. Infelizmente não contamos

novos grupos. Estes grupos funda-

Dorival Sousa: Esta conquista é fruto

com recursos e tempo suficientes para

mentam e fortalecem tecnicamente a

do reconhecimento da participação

fazer tudo que acreditamos ser neces-

entidade. O Núcleo Científico ampliou

e contribuição da SBCC nos debates

sário. Por isso, a importância da con-

também sua participação internacional

técnicos globais, com a comunidade

tinuidade. Porém, estou satisfeito com

junto à ISO e ao ICCCS. Como exem-

voltada ao controle de contaminação

os resultados obtidos e com o trabalho

plo, nos últimos dois anos, consegui-

em áreas limpas e ambientes associa-

desenvolvido por esta diretoria. Foi

mos garantir a participação de quatro

dos controlados, além, é claro, da re-

uma longa jornada que se encerra com

representantes/ano em reuniões inter-

levância cada vez maior da economia

um balanço positivo. Estamos passan-

nacionais. Esta conquista é um reflexo

brasileira no cenário global. Os grupos

do o bastão para profissionais que vão

do esforço da equipe e está 100%

de trabalhos, espelhos dos working

dar continuidade a esse esforço e que,

alinhada à estratégia da SBCC. Estes

groups da ISO, estão ativos e fizeram

com certeza, vão levar a entidade a

dois aspectos demonstram o quanto a

com que o Brasil ganhasse relevância

alcançar seus objetivos. Finalmente,

SBCC está focada no cumprimento de

técnica na construção e revisão da

gostaria de agradecer a todos que

sua missão.

ordem normativa internacional. Este

fizeram parte dessa caminhada, pois,

congresso consolida a SBCC no ce-

é sempre bom citar que todos os pro-

Revista da SBCC: Voltando à par-

nário mundial como entidade ativa e

fissionais envolvidos nessas tarefas o

ticipação internacional, em 2016 a

participativa.

fazem de forma voluntária.


Microbiologia

Monitoramento e controle microbiológico indispensável para controlar a qualidade dos ambientes de fabricação e manipulação de produtos farmacêuticos (e de outros segmentos), o monitoramento microbiológico de salas limpas está em discussão internacional. No brasil, os critérios de contagem microbiana e as medidas de controle estão previstos em resolução técnica estabelecida pela aNViSa Marcelo couto

o

monitoramento e o controle microbiológico em salas limpas e

b)

Sedimentação

(amostragem

limites estabelecidos pelas orientações normativas.

demais áreas críticas do pro-

passiva): coleta realizada por exposi-

A detecção da carga microbiana

cesso de produção de medicamentos

ção de placas de Petri contendo uma

presente no ambiente é fundamental

fazem parte da rotina de garantia da

formulação padrão de meio de cultura

para a manutenção de um plano de

qualidade nas indústrias farmacêuticas

suplementado com ágar (técnica de

controle

de todo o mundo. O objetivo é medir e

sedimentação).

documentos e acompanhamento do

eficiente,

elaboração

dos

avaliar sistematicamente a quantidade

c) Técnica de contato: amostragem

histórico de contaminação. Estas in-

de micro-organismos vivos presentes

realizada diretamente sobre a superfí-

formações são essenciais para a obe-

nesses ambientes e orientar medidas

cie do local desejado, principalmente

diência às Boas Práticas de Produção

preventivas e corretivas para eliminar

nos pontos críticos, utilizando peque-

(BPF), como a adoção de medidas

possíveis

contaminação.

nas placas contendo meios de cultura

preventivas e corretivas relacionadas

“Embora saibamos que a maior parte

sólidos apropriados, também conheci-

aos procedimentos operacionais, va-

dos contaminantes seja proveniente

das como Placas RODAC – Replicated

lidação dos processos de limpeza e

de matérias-primas, o controle am-

Organisms Detection and Counting.

sanitização das instalações e treina-

focos

de

biental é uma importante variável do

d) Coletas com hastes flexíveis

processo e merece atenção”, destaca

com pontas de algodão produzidas

Os profissionais responsáveis pelo

a farmacêutica Déa de Aguirra, da

para esta finalidade (swabs). O mate-

monitoramento e controle microbiológi-

Yugue Assessores, especializada em

rial é semeado diretamente – ou após

co, no entanto, esbarram em uma série

consultoria e treinamento.

submetê-lo a suspensão e/ou dilui-

de desafios cotidianos, a começar pelo

ção – em placas de Petri ou caldos-

manejo dos métodos e equipamentos

-padrão.

existentes para realizar as medições.

As técnicas comumente empregadas para medir a carga microbiana envolvem:

10

centrífuga e impinger, entre outros.

mento do pessoal.

A análise dos resultados obtidos a

Uma situação: diferentes equipamen-

a) Coleta por meio de amostrado-

partir dessas técnicas serve de parâ-

tos e métodos adotados nos testes

res de ar (amostragem ativa): utiliza

metro básico para avaliar se a carga

podem apresentar resultados diversos

equipamentos como os de impactação,

microbiana total se mantém dentro dos

para amostras realizadas ao mesmo


tempo, em função das limitações téc-

de cultura, mas sim na análise da ati-

nicas. Algumas vezes não é possível

vidade ou do conteúdo das células, de-

sequer relacionar o resultado dos cha-

monstrando dessa maneira resultados

mados métodos rápidos (alternativos)

em termos de unidades viáveis e não

com os obtidos pelo método conven-

unidades formadoras de colônias.

cional, no qual os micro-organismos

“Embora os métodos rápidos este-

são desenvolvidos em meio de cultura.

jam conquistando cada vez mais acei-

Pelo método convencional, que

tação, ainda há certa resistência dos

utiliza meios de cultura e requer tempo

microbiologistas, em função do domí-

de incubação (em geral de cinco dias),

nio das práticas tradicionais, de algu-

o resultado não reflete o momento atu-

mas limitações dos próprios métodos e

al e sim aquele em que a amostra foi

da falta de reconhecimento mais amplo

colhida. “O monitoramento neste caso

deles pelos órgãos reguladores, mas a

ajuda a compor um histórico e avaliar

tendências é que a tecnologia ganhe

se o ambiente está em tendência de

espaço”, comenta Ana Lucia Gonella,

melhora, de piora ou de estabilização

mestre em microbiologia e doutoranda

dos resultados. Na prática, o que se

em biotecnologia pela Unicamp – Uni-

faz é obter a situação do passado e

versidade de Campinas.

extrapolá-la para o presente, mas isso implica em considerável grau de incerteza”, aponta a consultora.

limites de aceitação

O desenvolvimento dos métodos rápidos em microbiologia (também

Um dos maiores desafios, no en-

conhecidos pela sigla em inglês RMM)

tanto, é a dificuldade de se estabelecer

é uma tentativa de se obter um “retra-

limites de aceitação microbiana para os

to” do ambiente a partir de resultados

diferentes tipos de ambientes de produ-

imediatos e mais precisos, tornando

ção. “Também devemos considerar que

o controle mais efetivo. Em geral, o

a identificação dos micro-organismos

princípio adotado nestes casos não é

é tão importante quanto os limites de

baseado na capacidade de os micro-

aceitação deles. Por exemplo, na área

-organismos crescerem em um meio

de produtos injetáveis, submetidos

11


Microbiologia a esterilização terminal, não é segu-

No ano passado, a ANVISA – Agên-

cas, o monitoramento seja frequente e

ra a presença de micro-organismos

cia Nacional de Vigilância Sanitária

se utilize métodos apropriados, entre

gram-negativos ou termorresistentes,

publicou a sua resolução RDC 17/2010,

os quais estão incluídos aqueles que

enquanto na manufatura de produtos

em substituição à RDC 210, que dispõe

envolvem placas de sedimentação,

com filtração esterilizante devemos nos

sobre as Boas Práticas de Fabricação

amostragens volumétrica de ar e de

preocupar com a presença de bacté-

de Medicamentos e na qual estão

superfícies”, destaca a representante

rias com tamanho ≤ 0,2µm”, destaca a

previstos, entre diversos critérios, os

do TECPAR. As áreas, obviamente,

microbiologista Ana Lucia. Os debates

parâmetros de monitoramento e con-

não devem ser contaminadas pelos

são ainda mais intensos em relação

trole microbiológico. “Os critérios de

métodos de amostragem e os resulta-

aos limites para áreas controladas de

contagem microbiana e os limites de

dos de monitoramento devem ser revi-

produtos não-estéreis.

contaminação microbiológica apresen-

sados para fins de liberação do produto

O IEST – Instituto de Ciências

tados foram baseados nas referências

terminado. Além disso, a resolução diz

Ambientais e Tecnologia, sediado nos

da Organização Mundial da Saúde e

que as superfícies e o pessoal deve ser

Estados Unidos, desenvolveu uma re-

na regulamentação dos medicamentos

monitorados após operações críticas.

comendação sobre “Micro-organismos

adotada na diretiva europeia, a GMP

Ainda de acordo com a resolução

em Salas Limpas”, a IEST-RP-CC023,

EU”, comenta Andréa Muggiati de

da ANVISA, as indústrias devem esta-

que é uma das importantes referências

Abreu, gerente de Garantia da Quali-

belecer limites de alerta e de ação para

sobre o assunto. O documento, que

dade do Instituto de Tecnologia do Pa-

a detecção de contaminação micro-

aborda áreas estéreis e não-estéreis,

raná - TECPAR. Ela reforça que essas

biológica, e para o monitoramento de

fornece diretrizes para o controle e a

orientações, ao serem incorporadas na

tendência da qualidade do ar nas suas

medição da contaminação no ar e nas

resolução brasileira, tornaram-se com-

instalações. Os limites neste caso, ex-

superfícies, descrevendo procedimen-

pulsórias no País.

pressos em unidades formadoras de

tos e técnicas para alcançar o nível

A RDC 17, assim como já previa

colônia (UFC), são os que constam na

de controle microbiano desejado. Ele

a RDC 210, determina que as áreas

tabela abaixo, adotados em consonân-

apresenta ainda uma introdução aos

de produção onde estiverem sendo

cia com o citado padrão europeu.

métodos aceitos para controle e mo-

processados produtos suscetíveis a

Os limites adotados levam em con-

nitoramento e os recursos disponíveis

contaminação por micro-organismos

sideração o grau de limpeza da sala.

para a realização dessa atividade, além

sejam

periodicamente,

Para aquelas classificadas como “A”,

de orientações sobre desinfetantes,

considerando as diferentes classes das

onde estão localizadas zonas de alto

seu espectro de letalidade e técnicas

áreas limpas. “Entre outros aspectos,

risco operacional e são realizados en-

de aplicação.

o documento estabelece que, quando

vases e conexões assépticas, o limite

forem realizadas operações assépti-

de UFC por metro cúbico nas amostras

“No Brasil, a SBCC também deu

monitoradas

uma valiosa contribuição para o tema ao publicar a recomendação normativa

Classificação RDC 17 e GMP UE

RN-007-05, adaptada à realidade nacional”, lembra Jean-Pierre Herlin, diretor da Análise Engenharia e Consultoria, um dos membros do comitê técnico

GRaU Da sala

amostra de ar UFC/m3

Placa de sedimentação Ø90mm UFC/4h

Placa de contato Ø 55mm UFC/placa

amostra de luva (5 dedos) UFC/luva

a

<1

<1

<1

<1

“Metodologia e Limites Microbiológicos

B

10

5

5

5

em Áreas Limpas” continua em vigor e

C

100

50

25

D

200

100

50

responsável pelo desenvolvimento da RN. Publicado em 2005, como resultado das atividades de um grupo de especialistas, o documento, intitulado

é uma importante referência para os interessados nessa questão.

12

limites recomendados de contaminação microbiológica (valores médios)


de ar deve ser menor que 1; em am-

Classificação cGMP - FDa

bientes com grau “B”, que circundam às de grau “A”, para preparações e envases assépticos, esse número pode chegar a 10; e nas áreas limpas onde são realizadas etapas menos críticas da fabricação de produtos estéreis os

Clean area Classification (0.5 µm particles/ft3)

IsO Designation

≥ 0.5 µm particles/m3

b

Microbiological active air action levelsc (cfu/m3)

Microbiological settling Plates action levelsc,d (diam. 90mm; cfu/4hours)

100

5

3,520

1e

1e

C) e 200 UFC/m3 (grau D). Padrões

1000

6

35,200

7

3

também são estabelecidos para amos-

10,000

7

352,000

10

5

100,000

8

3,520,000

100

50

limites podem atingir 100 UFC/m3 (grau

tragens de superfícies por meio das análises de placas de sedimentação para um período de quatro horas, de placa de contato, além de amostras de

Critical area

Produto e embalagem estéreis expostos

IsO Classe 5 para partículas ≥ 0,5 µm

supporting clean area

Área imediatamente adjacente à linha de processo asséptico

IsO Classe 7 em operação ou Classe 6 ou Classe 5

luva dos trabalhadores envolvidos. O FDA, órgão norte-americano responsável pela regulação de alimentos e medicamentos, também adota limites de contaminação microbiológica para as diferentes classes de áreas limpas,

less critical activities

IsO Classe 8

conforme demonstra a tabela ao lado.

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Microbiologia Os números integram as orientações de Boas Práticas de Fabricação do órgão, o cGMP (current Good Manufacturing Practices), e são igualmente levados em conta pelas indústrias farmacêuticas de todo o mundo, seja em observância aos padrões e procedimentos corporativos adotados pelas suas matrizes ou para que estejam cre-

Expectativa é de que a norma iSo 14698, que está sendo revisada, passe a oferecer limites de aceitação baseados em consenso internacional

expectativa é que, ao final, os especialistas cheguem a números e critérios globalmente aceitos. O estabelecimento de padrões internacionais por meio da norma ISO esbarra não apenas na dificuldade técnica de se estabelecer números exatos – nem sempre facilmente aplicáveis na área de microbiologia –, mas também

denciadas a exportar e comercializar

na resistência regional: adotar critérios

seus produtos nos Estados Unidos.

mais rígidos que os atuais implica em rever procedimentos e realizar investiconsidera Silvia Eguchi, diretora de

mentos para se adaptar. Representan-

Microbiologia da Dosage Pesquisas

tes de alguns países participantes das

Laboratoriais e coordenadora do GT 2

discussões temem que a introdução

da SBCC, grupo de trabalho criado no

de números na norma se sobreponha

Na sua mais recente edição, a

âmbito do ABNT CB-46 para tratar de

a regulamentações, legislação e guias

USP – United States Pharmacopeia

questões ligadas à biocontaminação

locais seguidos atualmente.

acrescentou novos elementos para

em áreas limpas.

Novos conceitos e discussões

14

Apesar disso, a expectativa é de

a discussão da contagem microbia-

Um dos caminhos para se chegar

que as discussões continuem avan-

na e do controle de contaminações

a padrões mundiais deve ser a revisão

çando e, nos próximos anos, os crité-

microbiológicas.

oficial

da norma ISO 14698 – Partes 1 e 2,

rios estabelecidos sejam mais claros e

não-governamental que define pa-

Autoridade

publicada em 2003 com a finalidade

harmonizados em todo o mundo. Para

drões para medicamentos e outros

de oferecer princípios e metodologia

isso, o que se busca é estabelecer

produtos para a saúde, a USP tem as

básica para avaliar e controlar a bio-

padrões mínimos, aplicáveis de forma

suas orientações acompanhadas de

contaminação. O documento original,

prática e objetiva em todos os países

perto. Na versão 2011 (USP 34) do

porém, não foi muito adotado, pela

afiliados à ISO, o que representa uma

documento são recomendados novos

falta de parâmetros objetivos para a

evolução do ponto de vista técnico e

critérios, que levam em conta a taxa de

realização de contagens e o estabe-

também operacional e mercadológico

incidência de contaminações. O limite

lecimento de limites microbiológicos

para uma indústria cuja produção se

tolerável é de 0,1%. Isso significa que a

para as diferentes classes de áreas.

dá em escala mundial e com atuação

cada 1.000 contagens realizadas seria

“Muitos profissionais consideram essa

em mercados globalizados.

permitida apenas a ocorrência de uma

norma um ‘guia’, por apresentar orien-

A busca pelo aperfeiçoamento das

placa com até 15 unidades formadoras

tações gerais, mas sem fixar critérios

técnicas de contagem microbiana e a

de colônia (UFC).

de níveis de biocontaminação, obtidos

definição de números consensuais,

“O problema é que essa contagem

por dados do histórico do controle mi-

que balizem os limites aceitáveis nos

leva um tempo considerável para ser

crobiológico”, comenta Silvia Eguchi,

diferentes

obtida. Se uma indústria estabele-

que é a delegada brasileira no grupo

são os principais desafios vivencia-

cer, por exemplo, que vai colher um

de trabalho da ISO encarregado de

dos pelos profissionais que atuam na

amostra por dia em determinada área

discutir a norma. “Do jeito que está, ela

indústria farmacêutica – e também em

ou zona controlada, levará quase três

não é exatamente uma norma e, por

outros segmentos como os de alimen-

anos para completar 1.000 placas. Evi-

isso, especialistas de diversos países

tos e de cosméticos – com o objetivo

dentemente, esse tempo diminui à me-

foram convocados para a sua refor-

de desenvolver práticas cada vez

dida que mais amostras sejam colhidas

mulação”, acrescenta. O processo de

melhores de produção, com adequado

em um mesmo dia, mas ainda assim

revisão, iniciado há quatro anos, deve

controle microbiológico e segurança

demanda longo período de avaliação”,

consumir pelo menos mais três, mas a

dos seus produtos.

ambientes

classificados,


Questão dos números a partir de estudos e das experiên-

Silvia Eguchi, coordenadora do GT

cias práticas. Como se trata de cri-

2 da SBCC mantido pelo comitê

térios estabelecidos pelo homem,

ABNT CB-46 para tratar de ques-

os limites fixados estão sujeitos a

tões ligadas à biocontaminação

questionamentos decorrentes do

em áreas limpas defende o esta-

avanço científico e do próprio de-

belecimento de critérios interna-

senvolvimento de análises estatís-

cionais e o aperfeiçoamento dos

ticas aplicadas à microbiologia. Por

métodos de mensuração e con-

isso, é natural que sejam continua-

estatísticas e critérios científicos, a

trole microbiano nos ambientes

mente discutidos, de acordo com o

ser tomado como referência. Seja

críticos classificados. Ela comenta

avanço técnico-científico.

ele qual for, é importante que seja

Foto: Glaucia Motta

A especialista em microbiologia

a questão dos números:

acordado por especialistas dos Mas é importante ter números?

diversos países e tenhamos parâ-

Como os limites aceitáveis são

Sim, em termos. Eles são mais

metros claramente estabelecidos.

definidos?

importantes

limpas,

Caminhamos nesta direção e es-

São

convenções

em

áreas

estabelecidas

onde a contaminação microbia-

tou confiante de que a revisão da

pelos pesquisadores do assunto e

na é muito baixa. Buscamos um

norma ISO 14698 será um avanço

profissionais que militam na área,

indicador numérico, baseado em C

M

Y

CM

para harmonizar padrões. MY

CY CMY

K




ilha temática SBcc – áreaS limpaS

participação marcante Pela quinta vez consecutiva, entidade está presente na FEBRAVA com a Ilha Temática SBCC – Áreas Limpas. Destaque para a Sala Limpa Itinerante que, desta vez, contou com a Faculdade de Farmácia do Mackenzie como usuária

Fotos: Glaucia Motta

luciana Fleury ma contextualizada: Abecon, Danfoss, Milaré, Swell, Suporte Universal e Vectus. Essas empresas, mais a Testo, viabilizaram a participação da entidade no evento, cujo destaque, foi a Sala Limpa Itinerante, tornada realidade pelo apoio de sete associadas: Asmontec, CPA, Danfoss, EcoQuest, Microblau, Veco e Vectus, além da Du Pont. Também foram programadas palestras técnicas que abordaram pontos teóricos de interesse do público visitante. “Esta é quinta vez que ocupamos este espaço diferenciado dentro de um evento de tal relevância em um esforço Dorival Sousa, presidente da SBCC; Ross Montegomery, vice-presidente da ASHRAE; Raul Sadir, diretor financeiro da SBCC; Gerson Catapano, diretor de relações públicas da SBCC; Miguel Ferreirós, coordenador do GT 51; e Luciana Kimi, do grupo de eventos da SBCC, na abertura do evento

U 18

para mostrar a importância e as boas práticas do controle de contaminação em ambientes internos exigidas nas mais diversas aplicações. Nosso dia a dia é lutar por algo que não se vê, mas

m espaço totalmente dedicado a

Tratamento de Ar, realizada no Centro

que é essencial para garantir a segu-

destacar e difundir os conceitos

de Convenções Imigrantes, em São

rança e qualidade de uma série de pro-

envolvidos em toda a cadeia de

Paulo, entre os dias 20 e 23 de setem-

dutos”, afirmou o presidente da SBCC

fornecimento de soluções para Salas

bro. A Ilha Temática da SBCC – Áreas

Dorival Sousa, na abertura da Ilha.

Limpas foi mais uma vez estruturado

Limpas ocupou cerca de 350 metros

Como o sistema de condiciona-

pela SBCC durante a Febrava – Feira

quadrados e contou com a presença

mento do ar é considerado de forma

Internacional de Refrigeração, Ar Con-

de seis associados que puderam apre-

recorrente o “coração” de uma área

dicionado, Ventilação, Aquecimento e

sentar seus produtos e serviços de for-

limpa, estar presente na maior e mais


importante feira de negócios do setor na América Latina tem sido uma ação constante da SBCC. Este ano o evento reuniu quase 30 mil pessoas (veja box na pág. 26). “Uma das missões da SBCC é fomentar novos players no mercado, que entrem já comprometidos com Boas Práticas e entendendo a responsabilidade de atuação. A Febrava é um evento ideal para isso, pois traz informações para empresas que ainda não atuam no segmento, mas que começam a percebê-lo como um novo nicho”, comenta Luciana Kimi, do

Sala Limpa Itinerante, projeto inovador criado para disseminar o conhecimento em feiras e exposições

grupo de eventos da SBCC. O tema chamou a atenção do vice-

mais troca de informações técnicas em

de observar, em tempo real, uma sala

-presidente da ASHRAE (American

discussões internacionais que venham

limpa classificada em operação. “Mais

Society of Heating Refrigerating and

a contribuir com o avanço do controle

uma vez a SBCC trouxe uma grande

Air-conditioning Engineers), entidade

da contaminação em todo o mundo”,

atração, mostrando a alta tecnologia

americana equivalente à ABRAVA (As-

comentou ao visitar a Ilha Temática.

envolvida neste importantíssimo seg-

sociação Brasileira de Refrigeração,

mento. Nós, da Febrava, agradecemos

Ar Condicionado, Ventilação e Aqueci-

esta presença e parceria e temos cer-

mento), Ross Montgomery, que ressal-

teza de que este ambiente tem sido de

tou a importância de se compartilhar

Sala limpa itinerante

grande interesse para os visitantes da feira”, afirmou Nelson Baptista, diretor

conhecimentos. “Precisamos manter sempre abertos os canais de diálogo

O ponto alto da presença da en-

e promover mais pesquisas, mais in-

tidade no evento foi a vivência que

vestimentos em soluções, mais ajuda,

proporcionou aos visitantes da Ilha

da Comissão Organizadora da Febrava 2011. Nesta edição, em vez de um ambiente montado exclusivamente para a feira como nas edições anteriores, o grande chamariz foi a Sala Limpa Itinerante, um módulo compacto, desenvolvido por empresas associadas da SBCC que permite uma maior flexibilidade para exposição da tecnologia relacionada às áreas limpas e ambientes controlados. “A ideia da sala limpa compacta revolucionou a participação em feiras da Asmontec em conjunto com a SBCC”, comenta João Felipe Martin Meca, Coordenador de Contratos e Comercial da Asmontec, uma das empresas fornecedoras que tornaram

Samuel Vieira, presidente da ABRAVA, discursa na abertura do evento, observado por Nelson Baptista, presidente da Febrava; Dorival Sousa e Luciana Kimi.

realidade o ambiente. “Com esta nova proposta, é possível reaproveitar em 100% os materiais disponibilizados,

19


ilha temática SBcc – áreaS limpaS

Vista parcial da Ilha Temática SBCC Áreas Limpas não havendo desperdícios e permitin-

nologia ambiental para o tratamento de

do a montagem quantas vezes forem

lodos e efluentes. “É muito interessan-

necessárias”.

te observar um ambiente como este e

Samoel Vieira de Souza, presiden-

perceber que são necessárias diver-

te da Abrava, lembrou, em sua fala na

sas soluções e procedimentos para

abertura oficial da Ilha Temática, da

atender os requisitos necessários para

primeira iniciativa neste sentido levada

um real controle de contaminação”.

a cabo pela SBCC em 2003. “Tive o

Com cerca de 9 metros quadrados,

privilégio de acompanhar o nascimen-

a arquitetura da Sala Limpa Itinerante

to do conceito desta ousada ideia que

segue os padrões de Boas Práticas

era ter uma sala limpa em operação

de Fabricação exigidas pela indústria

em plena feira de negócios, ação sem

farmacêutica e conta com divisórias e

com pré-filtro (fornecidos pela Veco).

precedentes em todo o mundo. Parti-

tetos fornecidos pela Asmontec e suas

O ambiente conta com o indicador

cipamos e contribuímos nas primeiras

portas intertravadas, caixas de passa-

EXXA-SL de temperatura, umidade e

montagens e agora assistimos a uma

gem e visores (também da Asmon-

pressão, que atende às necessidades

evolução do pensamento original, com

tec) foram desenhados de maneira a

de um registrador, pois fornece gráfi-

uma solução que é mais prática, com

possibilitar visualização total de seu

cos e histórico de operação (cedido

custo menor e que continua cumprindo

interior pelos visitantes. A CPA dis-

pela Microblau). Nessa montagem, a

o seu objetivo”, comentou.

ponibilizou para o piso o sistema Sto-

Sala Limpa Itinerante também contou

Depois de estar presente na FCE

nhard Starglaze Autonivelante 2001,

com célula fotocalítica para a produção

Pharma e na Expo Farmácia, a Sala

que atende a todas as classificações

de peróxido de hidrogênio ionizado

Limpa Itinerante comprovou mais uma

e normas nacionais e internacionais

(fornecida pela Ecoquest), variador de

vez que é uma verdadeira sala de aula

para áreas limpas.

frequência (Danfoss) e contador de

prática sobre o tema. “Nunca tinha

20

a Sala limpa itinerante comprovou mais uma vez que é uma verdadeira sala de aula prática sobre o tema

O espaço é composto por uma

partículas (Vectus). E as vestimentas

visto nada parecido”, comenta Rainer

antecâmara

e

utilizadas nas demonstrações realiza-

Joseph Bôer, gerente comercial da

sala principal (ISO classe 8) e possui

das durante o evento foram disponibili-

BioClean Brasil, empresa fornecedora

UFR (unidade de filtragem refrigera-

zadas pela Du Pont.

de produtos biodegradáveis como tec-

da) mais condensadora e um fan filter

(sem

classificação)

“Em nome da SBCC e de toda a co-


munidade de áreas limpas, agradeço

e de realização de ensaios que com-

a colaboração de todas as empresas

provam a manutenção de sua classifi-

que viabilizaram a presença da Sala

cação, completando assim todo o ciclo

Limpa Itinerante na Febrava. Esse tipo

de situações reais que fazem parte da

de iniciativa – focada em disseminar

rotina de um área limpa.

o conhecimento – fortalece a imagem

Na Febrava, a simulação realizada

institucional da SBCC e a faz uma enti-

foi focada na produção de medicamen-

dade referência”, diz Luciana Kimi.

tos injetáveis, um processo cujos cuidados justificam-se por sua característica de uso: por serem injetados diretamen-

Demonstração

te na corrente sanguínea de quem recebe a medicação, atingem direta e rapidamente órgãos vitais do corpo,

Ross Montegomery, vice-presidente da ASHRAE, ficou impressionado com o projeto da Sala Limpa Itinerante

Além de mostrar em detalhes equi-

tornando o controle de contaminação

pamentos e soluções construtivas que

fundamental para garantir a segurança

fazem parte da concepção de uma

dos pacientes. Também foi possível

área limpa, a Sala Limpa Itinerante é

acompanhar a produção de colírio.

também “palco” de demonstrações

O processo escolhido para ser

práticas que revelam os procedimen-

demonstrado contou com a parceria

tos corretos necessários para que o

da Faculdade de Farmácia da Univer-

controle da contaminação seja efetivo

sidade Presbiteriana Mackenzie, numa

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Anderson Carniel, professor da Faculdade de Farmácia do Mackenzie, orienta seus alunos sobre como proceder em uma sala limpa

“a empresa na qual trabalho é especializada em projetos para salas limpas e comercialização de soluções. como atuo nesta segunda área, não havia tido até hoje a oportunidade de ver uma sala limpa em operação. Foi o que mais nos chamou atenção na Febrava e o único momento em que nosso grupo parou para olhar algo com maior detalhe, pois o ritmo necessário para uma visita aos estandes exige muita agilidade. mas foi impossível não parar e acompanhar a demonstração realizada”

“Saí da teoria para a prática, em uma extensão do que pude vivenciar no estágio, durante o qual precisava realizar a paramentação correta, mas sem adentrar em um espaço com uma classificação tão rigorosa quanto o da área montada pela SBcc. para meu desenvolvimento profissional foi relevante, pois senti como é estar em um ambiente que exige posturas e procedimentos essenciais para a segurança e qualidade do que está sendo produzido ou manipulado”

Cristiane Lopes Pereira, supervisora de vendas da Arcontent

Cintia Mayumi Ahagon, aluna do curso de Farmácia da Universidade Mackenzie

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

22


importante aproximação entre universidade e o mercado proporcionada pela SBCC. “Esta é uma forma de envolvermos também aqueles que serão os futuros usuários de salas limpas e apresentar a entidade como um local onde eles podem encontrar informações e referências sobre o que há de mais atual dentre as soluções apresentadas e também nas discussões sobre normatizações de processos”, comenta Luciana Kimi, do grupo de eventos da SBCC. O professor Anderson Carniel, do curso de Farmácia da instituição, procedeu às demonstrações, que ocuparam a sala limpa conforme agenda pré-determinada de apresentações. O interessante para o público é que a demonstração da forma correta Anuncio SBCC - HI VAC MX II.pdf

1

10/25/2011

de manipulação permite vivenciar o

Os alunos de Farmácia do Mackenzie em operação: manipulação de produto 9:28:18 AM injetável

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Detalhe da manipulação de produto injetável em cabine de fluxo unidirecional acompanhamento do passo a passo

dos profissionais que trabalham em

dos processos. E o primeiro deles são

ambientes limpos e que envolve uma

os cuidados envolvidos para a entrada

postura diferenciada e de muita con-

do ambiente.

centração”, explica o professor Car-

Desta forma, foram apresentados

niel. Ele ressalta que além de cuidados

a sequência correta para a paramen-

como a ausência de maquiagem e

tação, com o uso de uniformes ade-

acessórios (como brincos, colares,

quados ao processo e ao ambiente,

anéis), estar em uma sala limpa pres-

vestidos seguindo as recomendações

supõe ter o autocontrole para evitar

de boas práticas. O ato seguinte de-

que gestos simples no dia a dia se

monstrado foi a forma como a matéria-

tornem fator de contaminação. “Coçar

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-prima é recebida, de forma a manter

o couro cabeludo, passar a mão no

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sua condição de segurança e, por fim,

cabelo ou esfregar os olhos podem

ABSOLUTOS, FILTROS CARTUCHOS,

a realização da manipulação em si,

trazer riscos de contaminação. O jeito

com a produção de um injetável sen-

de andar também muda, para evitar

do realizada em uma cabine de fluxo

que a movimentação levante partículas

unidirecional.

do chão e até mesmo no momento de

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“Além do procedimento em si,

conversar é preciso atenção: não se

reforçamos a importância da atitude

pode falar em cima do elemento a ser manipulado”, lista Carniel, exemplificando alguns dos cuidados. Para o professor, a iniciativa da SBCC de manter um espaço como

FILTRAGEM, VENTILAÇÃO, AR CONDICIONADO E ACÚSTICA

este, destinado a um público que não é totalmente especializado no tema, é algo louvável. “Trata-se de uma valorização importante para o tema e de muito interesse para os alunos do

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Tiago Matsumura, um dos alunos da Faculdade de Farmácia do Mackenzie

24

Mackenzie que estiveram presentes à Ilha Temática e puderam verificar


tudo de perto. Geralmente, este tipo de procedimento é estudado em teoria e aqui eles tiveram uma vivência prática”, comenta Carniel, destacando ainda que a universidade possui uma área ISO classe 8, cujo uso não é voltado para manipulação de injetáveis, na qual os alunos de Farmácia têm aula durante um semestre no terceiro ano do curso. O aluno Tiago Makoto Matsumura, de 22 anos, participou das demonstrações e gostou da experiência. “Como estudamos o processo em sala de aula

O professor Anderson e sua turma, experiência inédita

e temos noção dos procedimentos, foi tranquilo realizar a manipulação com

estabelecida com a universidade. “Es-

possibilidades que a carreira oferece.

um público acompanhando. Achei

tabelecer uma ponte entre a universi-

Tenho certeza de que, após o evento,

muito interessante poder demonstrar

dade e o mercado não é tarefa fácil, e

os alunos vão estar mais interessados

como devem ser seguidas as normas

acredito que, apesar da participação ter

nos conceitos de áreas limpas e isso

e os cuidados necessários, desde a

sido curta, é uma forma de despertar os

será um diferencial para quando che-

forma correta de lavagem das mãos,

futuros profissionais para as imensas

garem ao mercado de trabalho”.

passando pela paramentação até chegar à produção em si. Mostra-se toda a complexidade envolvida no processo”, comenta. “Muita gente tem a visão do farmacêutico como o sujeito por detrás do balcão da farmácia, sem entender as diversas áreas e formas de atuação que a profissão permite, como na indústria farmacêutica. Uma iniciativa como esta da SBCC também nos valoriza como profissionais”, diz Tiago, que está no sexto semestre do curso de Farmácia. “Achei o resultado final muito positivo para os alunos e também para o público presente, porque algumas ações valem mais que palavras e é bastante impactante ver, na prática, a aplicação completa de tudo o que está previsto em normas e legislações relacionadas à prática dos medicamentos, como foi possível nesta parceira com a SBCC”, finaliza o professor Carniel. O presidente da SBCC estava particularmente satisfeito com a parceria


ilha temática SBcc – áreaS limpaS empresas na ilha temática

ABECON

Mais uma vez presente na Ilha Temática, a Abecon levou aos visitantes as mais novas tecnologias na implanta-

A Revista da SBCC consultou as

ção de novos projetos de HVAC, espe-

empresas que estiveram presentes na

cialmente em salas limpas. A empresa

Ilha Temática SBCC – Áreas Limpas,

aproveitou a Febrava para divulgar lan-

como expositoras e/ou presentes no

çamentos, como as linhas de Chillers

projeto Sala Limpa Itinerante, para que

e UTAs. Já na área de projetos, o des-

comentassem a importância de partici-

taque ficou por conta das novas tecno-

par em mais uma edição da Febrava.

logias de produtos e serviços voltadas

Acompanhe.

ao conceito de Green Buildings na

Fotos: Divulgação Febrava

Um mercado em expansão Ilhas temáticas A edição 2011 manteve a tradição de reservar espaços especiais para agrupar assuntos relevantes relacionados ao setor, com outras duas ilhas temáticas além da ocupada pela SBCC, a do Ministério do Meio Ambiente e a do SENAI. Na Ilha do Ministério do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente foi apresentado o Programa Brasileiro de Eliminação de HCFCs

26

Balanço feito pela organização

estrangeiros, números que reforçam

(hidroclorofluorcarbonos),

da 17ª Febrava – Feira Internacional

a percepção de que esse mercado

recentemente no Canadá. O espa-

da Refrigeração, Ar Condicionado,

está em forte expansão. O público,

ço ocupado pelo SENAI teve como

Ventilação, Aquecimento e Trata-

formado por arquitetos, engenheiros,

destaque as Olimpíadas do Conhe-

mento de Ar confirmou a expectativa

empresários, executivos, técnicos e

cimento, uma prévia do evento inter-

existente antes de sua realização:

outros profissionais ligados direta ou

nacional no qual o SENAI sagrou-se

projeções dão conta que o evento

indiretamente à cadeia produtiva do

campeão mundial por três vezes, na

gerou e deve gerar nos próximos

segmento, pôde conferir lançamen-

área de refrigeração.

meses negócios da ordem de R$

tos, produtos e serviços e as tendên-

300 milhões para as 550 marcas

cias para os próximos anos. “Todos

do Brasil e de outros 25 países que

os expositores relataram excelentes

participaram da exposição.

resultados na sondagem que fizemos

Realizada entre os dias 20 e 23

logo após o encerramento do evento.

de setembro, no Centro de Exposi-

Houve unanimidade em relação à

ções Imigrantes, em São Paulo, a

qualidade dos visitantes”, afirmou

feira recebeu exatos 29.096 visitan-

Nelson Baptista, diretor da Comissão

tes e compradores, entre eles 627

Organizadora da Febrava 2011.

lançado


área produtiva. Para a Abecon, a feira

O fato da iniciativa estar presente em

proporcionou um momento especial de

diversos eventos, com diferentes públi-

maior proximidade com clientes, além

cos, torna a colaboração mais relevan-

de abrir novas oportunidades de ne-

te, pois desta forma os conceitos são

gócios. A companhia se coloca como

difundidos a vários setores, de forma

desafio a necessidade de inovação

direta. Além de fornecer divisórias,

para garantir novidades e surpreender

tetos, portas intertravadas, caixas de

positivamente o mercado a cada nova

passagem e visores, a Asmontec foi

edição do evento.

também responsável pelo armazenamento e transporte da Sala Itinerante,

ASMONTEC

além da instalação final no evento.

A participação da Asmontec, como apoiadora da Sala Itinerante da SBCC,

o apoio à entidade é uma via de mão CPA BRASIL

dupla, pois fortalece a SBCC e, ao

é tratada como estratégia de posicio-

Apoiadora da Sala Limpa Itinerante

mesmo tempo, permite uma exposição

namento no mercado. A empresa en-

da SBCC, a CPA Brasil – Divisão CPT

diferenciada do produto, impossível de

tende que a contribuição permite apre-

Stonhard, disponibilizou o piso do am-

se ter em um estande convencional.

sentar produtos e serviços de forma

biente, que conta com o Sistema Sto-

diferenciada e com maior impacto do

nhard Starglaze Autonivelante 2001,

que é possível em um estande conven-

que atende a todas as classificações

Com presença tanto na Ilha Temáti-

cional, ao demonstrar uma real execu-

e normas nacionais e internacionais

ca quanto na Sala Limpa Itinerante, a

ção da instalação e uso dos produtos.

para áreas limpas. Para a empresa,

motivação da EcoQuest para apoiar a

ECOQUEST


ilha temática SBcc – áreaS limpaS SBCC foi baseada na seriedade e cre-

MILARé

çamentos, mas focou sua participação

dibilidade do trabalho realizado pela

na demonstração de sua linha de pro-

entidade. O destaque de sua participa-

dutos. Entre os destaques, o suporte

ção no estande ficou por conta do lan-

para os modelos Split, que baseado

çamento do modelo Induct 500, mesma

nos 28 anos de experiência da compa-

tecnologia RCI - Ionização Rádio-Cata-

nhia, oferece excelente qualidade téc-

lítica agora adaptável ao sistema Split.

nica e melhor relação custo-benefício.

Já para a Sala Limpa a empresa contribuiu com a instalação de uma unidade

SwELL ENgENhARIA

do Induct 2.000 para insuflar dentro do ambiente Peróxido de Hidrogênio ionizado para controle de contaminação do ar e das superfícies.

Estreando na Febrava, a Milaré

Para a EcoQuest, quanto maior for

marcou presença destacando sua

a divulgação do trabalho da SBCC,

linha de produtos para salas limpas.

assim como de tecnologias eficientes

Em seu portfólio estão sistemas de

que podem viabilizar o controle de con-

exaustão,

taminação, melhor para a sociedade –

exaustoras, cabines de segurança

e a empresa considera a Sala Limpa

biológica, entre outros equipamentos.

Itinerante um excelente veículo para

A participação no espaço SBCC é con-

esta divulgação pelo País.

siderada um privilégio pela empresa,

A Ilha Temática da SBCC viabilizou

que pode apresentar-se diante de seus

a primeira participação da Swell Enge-

clientes e potenciais compradores sob

nharia na Febrava. A empresa apro-

MICROBLAU

insufladores,

bancadas

Apoiadora da Sala Limpa Itine-

a chancela da entidade. Além disso, a

veitou o espaço para apresentar uma

rante, a Microblau cedeu o indicador

companhia ressalta a oportunidade de

caixa de passagem completa, com

de temperatura, umidade e pressão

conhecimento de novos mercados e o

lâmpada UV, temporizador, intertrava-

EXXA-SL touch. O equipamento traz

contato com clientes potenciais duran-

mento elétrico, etc. Além disso, reali-

um novo conceito para o mercado,

te o evento.

zou palestras durante as quais seus

por atender às necessidades de um registrador, ao fornecer gráficos e his-

profissionais puderam esclarecer dúviSUPORTE UNIvERSAL

das sobre esse tipo de instalação. Por

tórico de operação. Para a empresa, o

sua atuação como instaladora de ar

apoio à iniciativa da SBCC traz bene-

condicionado para salas limpas, a em-

fícios para o negócio porque significa

presa considera a Febrava um evento

estar presente em uma apresentação

relevante por abranger um público es-

prática das suas novidades e testar

pecífico que não tem oportunidade de

as percepções de diversos públicos e

ir às feiras do setor farmacêutico e que,

segmentos com relação aos produtos

quando se depara com a demanda de

demonstrados.

uma instalação de sala limpa, neces-

Por outro lado, a Microblau consi-

sita de produtos específicos, como os

dera importante o fortalecimento da

fornecidos pela empresa.

entidade como organização que zela

28

pela disseminação e adoção das Boas

A Suporte Universal T-FIX aprovei-

Práticas de operação em uma Sala

tou a visibilidade do local para realizar

A Veco considera a Sala Limpa

Limpa, o que amplia o potencial de

novos contatos comerciais e também

Itinerante um projeto muito interessan-

mercado para todos os que atuam no

receber visitas de clientes já conquis-

te e inovador, que possibilita levar a

setor.

tados. A empresa não apresentou lan-

tecnologia das salas limpas ao público

vECO


de uma forma geral, desmistificando

las pessoas. O armário tem um fluxo de

instrumentos necessários para certifi-

ar através de filtro HEPA constante e é

cação e validação.

destinado para que sejam armazena-

A Vectus também foi uma das con-

dos roupas e utensílios usados na sala

tribuintes para a Sala Limpa Itinerante

limpa. Para a Veco, estar presente na

e ofereceu o contador de partículas

iniciativa da SBCC possibilita demons-

incluído no projeto do ambiente. Este

trar uma pequena parte do trabalho

apoio reforça o interesse em fortalecer

realizado e evidenciar o desenvolvi-

o nome da empresa como referência

mento técnico e tecnológico obtido de

nos processos de validação, certifica-

forma contínua pela empresa.

ção e controle de contaminação.

vECTUS

o assunto e trazendo para a realidade

O destaque da participação da

uma solução que até pouco tempo era

Vectus foi o Contador de Partículas

restrita a um pequeno e seleto público.

TSI-Aerotrak-9500 de 100 litros/minu-

Um dos destaques dos equipamen-

to, apresentado pela empresa como

tos fornecidos foi o Clean Closet, uma

um dos melhores disponíveis no mer-

inovação Veco na área de controle da

cado mundial. Sua presença na Febra-

contaminação ambiental, já que um

va segue a estratégia de divulgação

dos grandes problemas em uma sala

institucional da empresa, que atua na

limpa é a contaminação carregada pe-

venda e locação de equipamentos e


ilha temática SBcc – áreaS limpaS associadas presentes na Febrava

30

Além das empresa que estavam

página 26). A relevância do evento,

de contatar diretamente mais de 25 mil

localizadas na Ilha Temática SBCC

voltado aos profissionais que atuam

visitantes profissionais.

Áreas Limpas, várias outras associa-

nos mais diversos segmentos do

Acompanhe as fotos dos estandes

das da entidade marcaram presença

condicionamento de ar, refrigeração,

dos nossos associados, que estiveram

na Febrava, evento organizado a cada

ventilação e aquecimento, faz com que

em bom número presentes à edição

dois anos pela Abrava (veja box na

os expositores tenham a possibilidade

2011 da Febrava.

air QUality

armacell

camFil

DanFoSS

ecoQUeSt

Filtracom

hitachi

inDúStriaS toSi

iSoDUr


Krieger

linter

microBlaU

mUlti vac – mpU

mUnterS

powermatic

reFrin

reintech

teSto

trayDUS

trox

veco

31


AssociAdos sBcc EMPREsA

32

TEL.

EMPREsA

TEL.

ÁBACO COnstrutOrA LtdA. ................................................................. 62

3091-2131

diretriz AssessOriA e COnsuLtOriA ............................................... 31

ABiLi AssessOriA téCniCA e teCnOLOgiA dA infOrmAçãO ......... 11

3283-4212

dmd sOLutiOns ................................................................................................. 19

3386-0301

ABL AntiBiÓtiCOs dO BrAsiL LtdA. ...................................................... 19

3872-9300

eCOQuest dO BrAsiL COm. e serV. P/ Purif. de Ar e ÁguA LtdA. .. 11

3120-6353

ABeCOn Ar COnd. e refrig................................................................... 11

4345-4777

eLite eQuiPAmentOs industriAis LtdA. ........................................... 51

3365-3939

AC interCOn sALAs LimPAs eng.inst. esPeCiAis LtdA. ................ 11

3331-6576

emAC - engenHAriA de mAnutençãO LtdA. .................................... 31

2125-8500 4654-3447

2555-0987

AçOr engenHAriA LtdA. ....................................................................... 11

3731-6870

emPArCOn - testes, Ajustes e BALAnC. s/C LtdA. ....................... 11

AdriferCO engenHAriA e COnsuLtOriA LtdA. ............................... 11

3773-7274

emP. PArAnAense de CLimAtizAçãO - emPAC Ar COnd. .................

AerOgLAss BrAsiLeirA s/A fiBrAs de VidrO ................................... 11

4616-0866

enfArmA COnsuLtOriA em engenHAriA fArmACêutiCA............... 21

2443-6917

Air CLeAn COnt. COntAm. AmB. s/C LtdA. ......................................... 19

3252-2677

eng CLeAn COntrOLe de COntAminAçÕes LtdA. .......................... 38

3221-7260

Air COnditiOning tOtAL serViCe LtdA. ............................................ 11

3202-3344

engefArmA COnsuLt. e serViçOs LtdA. .......................................... 21

2456-0792

Air net COm. e serV. de Ar COnd. LtdA. .......................................... 11

2272-2465

engePHArmA sOLuçÕes integrAdAs ............................................... 11

9606-9466

Air QuALitY engenHAriA LtdA. ........................................................... 62

3224-2171

engetAB sOLuçÕes e engenHAriA LtdA. ......................................... 11

3729-6008

Air time Ar COndiCiOnAdO LtdA. ....................................................... 11

3115-3988

engine COmérCiO e serViçOs LtdA. ................................................. 27

3326-2770

ALA AdministrAçãO e muLtiserViçOs LtdA. ................................... 11

4668-5960

eQuAtOriAL sistemAs............................................................................. 12

3949-9390

ALCArd indústriA mêCAniCA LtdA. .................................................... 11

2946-6406

ergO engenHAriA LtdA. ....................................................................... 11

3825-4730

ALPHALAB COmerCiAL CientÍfiCA......................................................... 62

3285-6840

eurOtHerm LtdA. ................................................................................... 19

3112-5333

ALsCO tOALHeirO BrAsiL LtdA. ........................................................... 11

2198-1477

fAmAP - fArm. mAniP. PrOd. PArent. LtdA. ...................................... 31

3449-4700

41 3045-2700

AmV COntrOLe AmBientAL..................................................................... 19

3387-4138

fArmOterÁPiCA PHYtOn fOrm. mAg. e OfiC. LtdA. ....................... 11

5181-3866

AnÁLise COnsuLtOriA e engenHAriA LtdA. ..................................... 11

5585-7811

fBm indústriA fArmACêutiCA LtdA. ................................................. 62

3333-3500

APOrte nutriCiOnAL fArmÁCiA de mAniP. LtdA. ............................ 31

3481-7071

fiLAB COntrOLe de COntAminAçãO LtdA. ....................................... 19

3249-1475

APsen fArmACêutiCA s/A....................................................................... 11

5645-5040

fiLtex mOntAgens e COm. de sis. e COmP. PArA fiLt. LtdA. ....... 19

3229-0660

ArCOntemP Ar COnd. eLétriCA LtdA. .............................................. 17

3215-9100

fiLtrACOm sist. & COmPOn. P/ fiLtr. LtdA. ...................................... 19

3881-8000

ArduteC COm. instALAçÕes e Assess. LtdA. ................................. 11

3731-2255

fiLtrAx dO BrAsiL LtdA. ........................................................................ 11

4771-2777

ArmACeLL BrAsiL LtdA. ......................................................................... 12

3146-2050

fiVe VALidAçãO de sistemAs COmPutAdOrizAdOs........................ 15

3411-5550

ArrudA e LefOL sAúde AmBientAL ..................................................... 19

3845-2322

fOCum dm VALidAçãO ............................................................................. 31

3476-7492

As mOnteC eng. COnstr.COmérCiO LtdA. ...................................... 19

3846-1161

fOrtemP COmérCiO e rePresentAçÕes ........................................ 71

3241-2004

AstePA refrigerAçãO LtdA. ............................................................... 83

3341-5494

fresenius kABi BrAsiL ........................................................................... 11

2504-1400

At engenHAriA.......................................................................................... 11

2642-7070

fundAçãO de APOiO Á PesQuisA, desenVOLVimentO e inOVAçãO - eB . 21

2410-6256

Atmen indústriA e COmérCiO de eQuiPAmentOs .......................... 11

2936-8299

fundAçãO HemOCentrO de riBeirãO PretO ................................. 16

2101-9300

AtmOsferA gestãO e HigienizAçãO de têxteis ........................... 11

4588-5000

fundAment-Ar COns. eng. PLAnej. LtdA. ........................................ 11

3873-4445

BArdusCH Arrend. têxteis LtdA. ..................................................... 41

3382-2050

gABmed PrOdutOs esPeCÍfiCOs LtdA. ............................................ 11

5181-2224

BiOArPLus COntrOLe de COntAminAçãO LtdA. ............................ 19

3887-1886

gAnutre - gAn riO APOiO nutriCiOnAL LtdA. ................................. 21

2589-4763

BiOCOntrOL LtdA. ................................................................................... 31

3295-2522

giLteC LtdA. .............................................................................................. 11

5034-0972

BiOQuÍmiCA suPrimentOs AnALÍtiCOs ............................................... 16

2138-6111

gmP PHArmA COnsuLtOriA.................................................................... 11

7737-3160

BiOsAfe - BiOssegurAnçA dO BrAsiL LtdA. .................................... 11

3683-4448

gPAx LtdA. ................................................................................................. 11

3285-0839

BiOteC sOLuçãO AmBientAL.................................................................. 12

3939-1803

H. strAttner & CiA LtdA. ...................................................................... 21

2121-1300

Bm BrAsiLmed COm. e serViçOs médiCOs HOsPitALAres LtdA.. 81

3035-0003

HemOteCH AssistênCiA téCniCA LtdA. ............................................. 31

3411-1810

BOnAire CLimAtéCniCA LtdA. ............................................................... 11

3336-4999

HVACr serViçOs téCniCOs LtdA. ....................................................... 21

2423-3913

BrAiLe BiOmédiCA..................................................................................... 17

2136-7000

HeAting & COOLing teCn. térmiCA LtdA. ......................................... 11

3931-9900

Btu COndiCiOnAdOres de Ar LtdA. .................................................. 19

3844-9700

Hexis CientÍfiCA LtdA. ........................................................................... 11

4589-2600

CACr eng e instALAçÕes ..................................................................... 11

5561-1454

HitACHi - Ar COnd. dO BrAsiL LtdA. ................................................... 11

3549-2722

CAmfiL fArr ind. COm. e serViçOs de fiLtrOs BrAsiL ................. 19

3837-3376

HOsP PHArmA mAniP. e suPrim. LtdA. ............................................... 11

2146-0600

CCL fArmA COm. de PeçAs e serViçOs LtdA. ................................. 19

3289-8397

indusCOnsuLt engenHAriA e AssessOriA industriAL LtdA. .... 11

5535-2782

CCP exPOrteC PrOdutOs LtdA. ......................................................... 11

3834-3482

indusPOx PisOs e reVestimentOs industriAis ........................... 11

7888-9929

CeQneP ...................................................................................................... 41

3027-8007

institutO OnCOLÓgiCO de riBeirãO PretO ................................... 16

3623-2341

CertifiQue sOLuçÕes integrAdAs .................................................. 31

3386-5574

iPAnemA ind. PrOd. VeterinÁriOs ...................................................... 15

3281-9450

CLeAn suL COntrOLe de COntAminAçãO ......................................... 51

3222-9060

isOdur ind. COm. serViçOs LtdA. ...................................................... 19

3272-6244

CLimA sPACe engenHAriA térmiCA LtdA. ......................................... 19

3778-9410

isOreVest ind COm isOLAmentOs térmiCOs LtdA. ...................... 11

4824-2850

CLimAPLAn PrOjetOs térmiCOs .......................................................... 11

2068-9351

j g PACHeCO mAnu. e COmérCiO de eQuiP. HOsPit. ....................... 68

3224-1468

CLimAPress teCn. sist. Ar COnd. LtdA. ............................................ 11

2095-2700

krieger metALúrgiCA ind. e COm. LtdA. ......................................... 47

3231-1311

COmis engenHAriA téCniCA LtdA-me. ................................................ 31

2535-2892

LABOAr COm., serViçOs e rePres. de eQuiP. téCniCOs ............. 71

3326-6964

COnAir COmérCiO e serViçOs LtdA. ................................................ 21

2609-4921

LABOrAtÓriO BiO Vet ............................................................................ 11

4158-8231

COnexãO sistemAs de PrOtese LtdA. ............................................. 11

4652-0900

LABOrAtÓriO mAttOs e mAttOs .......................................................... 21

2719-6868

COntrOLBiO AssessOriA téCniCA miCrOBiOLÓgiCA s/s LtdA. ... 11

3721-7760

LABOrAtÓriO QuÍmiCO e fArmACêutiCO BergAmO LtdA. ........... 11

2187-0194

CPA BrAsiL indústriA e COmérCiO de resinAs VegetAis LtdA. 11

3809-9804

Linter fiLtrOs industriAis LtdA. ...................................................... 11

5643-4477

CristÁLiA PrOd. QuÍm. e fArm. LtdA. ................................................ 19

3863-9500

LtL serV. e COm. de eQuiP. fArmACêutiCOs e HOsPitALAres .... 11

2475-2898

dAnfOss dO BrAsiL ind. e COm. LtdA. ............................................... 11

2135-5400

mAj LAB COm. e mAnutençãO de eQuiP. PArA LABO.LtdA. ........... 41

3356-8420

dâniCA termOindustriAL BrAsiL LtdA. ............................................ 11

3043-7891

mArCeLO meneLAu COnsuLtOriA........................................................ 81

3221-0907

dAiiCHi sAnkYO BrAsiL fArmACêutiCA LtdA. .................................. 11

4689-4500

mAsstin eng instALAçãO LtdA. .......................................................... 11

4055-8550

dHL diAgnÓstiCA HOsPitALAr LtdA. .................................................. 67

3318-0300

mAsterPLAn engenHeirOs AssOC. s/C LtdA. ................................. 11

5021-3911


AssociAdos sBcc EMPREsA

TEL.

mCQ metrOLOgiA e QuALifiCAçãO LtdA. .......................................... 31

3363-9000

mekAL metALurgiCA kAdOW LtdA. ..................................................... 11

5641-7248

merCOCLeAn imP. exP. COm. LtdA. ...................................................... 21

3795-0406

EMPREsA

TEL.

serVteC inst. e sistemAs integrAdOs LtdA. ................................ 11

3660-9700

sesimBrA COnsuLtOres indePendentes ....................................... 11

3511-1138

miCrOBLAu AutOmAçãO LtdA. ............................................................. 11

2884-2528

sistemA COmérCiO diVisÓriAs LtdA. ................................................ 11

2941-7115

miLAré sistemAs de exAustãO LtdA. me ........................................ 19

3452-1636

sOCLimA engenHAriA LtdA. .................................................................. 81

3423-2500

mmr indústriA e COmérCiO de mÁQuinAs LtdA. ........................... 54

3286-5788

sOLePOxY ind. e COmérCiO de resinA LtdA. .................................. 19

3211-5050

mPW HigienizAçãO têxtiL LtdA. .......................................................... 19

3438-7127

sOLLO engenHAriA instALAçãO LtdA. ............................................... 11

2412-6563 3763-6964

mr QuALitY CLeAnrOOm serViCes ..................................................... 11

2443-2205

msA PrOjetOs e COnsuLtOriA LtdA. ................................................ 71

3533-9900

sOmAr engenHAriA s/C LtdA. ............................................................. 11

muLtiVAC - muLtistAr ind. COm. LtdA. ............................................... 11

3835-6600

sPm engenHAriA s/s LtdA. ................................................................... 51

3332-1188

munters BrAsiL ind. e COm. ................................................................. 41

3317-5050

steQ COmérCiO e rePresentAçÕes ................................................ 11

5181-5570

mz engenHAriA e COnsuLtOriA........................................................... 11

3628-3368

neu Luft COm. e serV. de Ar COnd. LtdA. ....................................... 11

5182-6375

steriLex CientÍfiCA LtdA. .................................................................... 11

2606-5349

niCCiOLi engenHAriA .............................................................................. 16

3624-7512

suPOrte uniVersAL ACessÓriOs de Ar COndiCiOnAdO .............. 11

3971-9364

sWeLL engenHAriA LtdA. ...................................................................... 12

3939-5854

tArkett fAdemAC .................................................................................... 11

3047-7200

teCHniLAB - COntr. de COntAminAçãO LtdA. ................................. 19

3243-1265

teCnOLAB serViçOs e COm. de eQuiP. de LABOrAt. ..................... 71

3646-8555

teCnOVidA - CLÍniCA dietétiCA............................................................. 65

623-6500

nOVO HOrizOnte jACAréPAguA imP. e exP. LtdA. .......................... 21

3094-4400

nOVO Ar sistemAs LtdA. me ................................................................ 24

7835-6173

nutrimed serV. méd. em nut. PArenterAL e enterAL LtdA. ..... 22

2733-1122

nutrir PrestAdOrA de serViçOs médiCOs LtdA. ........................

91 3266-2800

nYCOmed PHArmA LtdA. ........................................................................ 19

3847-5577

PACHAne eQuiPAmentOs PArA LAB. LtdA. ........................................ 19

3424-1423

PdB fiLtrOs e serViçOs industriAis LtdA. .................................... 41

3383-5645

PLAnenrAC eng. térmiCA s/C LtdA. .................................................. 11

5011-0011

PLAneVALe PLAnej. COnsuLtOriA........................................................ 12

3202-9888

PLAsmetAL PLÁstiCOs e metAis LtdA. ............................................... 21

2580-2035

POWermAtiC dutOs e ACessÓriOs LtdA. ........................................ 11

3044-2265

PreCisO metrOLOgiA e QuALidAde LtdA. ........................................ 62 PreVix HO Asses. e COnsuLt.em seg.dO trAB. LtdA.-me ............ 27

3280-3013 3337-1863

PrÓBiO PrOdutOs e serViçOs nutriCiOnAis LtdA. ...................... 67

3342-0203

PrOCessO engenHAriA LtdA. ............................................................. 81

3426-7890

Prudente engenHAriA LtdA. .............................................................. 34

3235-4901

teP - teCnOLOgiA em PrOjetOs de engenHAriA LtdA. ............... 12

3797-9475

térmiCA BrAsiL COmérCiO e serViçOs LtdA. ................................. 11

3666-2076

testO dO BrAsiL instrum. de mediçãO LtdA. ................................ 19

3731-5800

tPrO engenHAriA LtdA. ........................................................................ 11

4612-1997

tOsi indústriA e COmérCiO LtdA. .....................................................

11 4529-8900

trAYdus CLimAtizAçãO ind e COm LtdA. .......................................... 11

4591-1605

triPOrVAC COmérCiO rePresentAçÕes e serViçOs LtdA. ...... 11

3801-9595

PWm serViCe teC. COmerCiAL LtdA. ................................................. 19

3243-2462

trOx dO BrAsiL LtdA. ............................................................................. 11

3037-3900

QuALiBiO LABOrAtÓriOs LtdA. ............................................................ 41

3668-0747

uniãO QuÍmiCA fArm. nAC. s/A .............................................................. 11

4662-7200

QuALitrOniC mAnutençÕes - me ........................................................ 11

3481-2539

QuALYLAB COnsuLtOriA fArmACêutiCA ............................................ 62

3099-6636

usP-reitOriA-siBi-fACuLdAde de engenHAriA de ALimentOs .... 11

3091-1566

VeCOfLOW LtdA. ...................................................................................... 19

3787-3700 5096-4654

Quimis APAreLHOs CientÍfiCOs LtdA. ............................................... 11

4055-9900

rAdnAi Ar COnd. PrOj. e COnsuLt...................................................... 85

3268-3092

VeCtus imPOrtAtum instr. de PreCisãO LtdA. ............................ 11

refrin refrigerAçãO industriAL ..................................................... 11

3941-1263

VL fABriCAçãO de LABOrAtÓriOs – gruPO VidY ............................ 11

4787-3122

reinteCH i e P C C................................................................................... 12

3933-8107

rLP engenHAriA e inst. LtdA. ............................................................. 11

3873-6553

Weg eQuiPAmentOs eLétriCOs ........................................................... 47

3276-6558

rm reVestimentOs miAki LtdA. .......................................................... 11

2164-4300

zs rOuPAs esPeCiAis .............................................................................. 19

3816-6681

rms teC. COm. e serV. de PrOd. LABOrAtOriAis LtdA. ............... 21

2440-8781

YAnnteC instrumentAçãO AnALÍtiCA LtdA. .................................... 21

2489-7435

sALA LimPA serViçOs e COmérCiO ...................................................... 21

3797-7474

sAnOfi-AVentis fArmACêutiCA LtdA. ................................................ 11

4745-1000

seCCOL COntrOLe e CertifiCAçãO.................................................... 62

3275-1272

Para associar-se ligue: (12) 3922-9976 ou acesse sbcc@sbcc.com.br Listagem atualizada em 7 de novembro de 2011

COMISSIONAMENTO E QUALIFICAÇÃO EM INSTALAÇÕES DE HVAC, INCLUINDO TAB, CONTAGEM DE PARTÍCULAS, TESTES EM FILTROS, CASCATA DE PRESSÃO, ENTRE OUTROS. COMISSIONAMENTO EM INSTALAÇÕES DE BMS CONFORME GAMP 4. SOMAR ENGENHARIA LTDA. Rua São Fidelis, 366 – sala 02 Jaguaré – São Paulo SP 05335-100 Fone: 11-3763-6964 • Fax: 11-3719-0932 e-mail: somar@somar-eng.com.br Site: www.somar-eng.com.br

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notícias da sBcc

Seminário ICCCS - ISCC Brasil 2016 Além de ser um evento técnico de dimensão global, a SBCC vai fazer da iniciativa a mola propulsora para consolidar o tema Controle de Contaminação na América Latina

F

Luciana Fleury omentar o tema controle da con-

suficiente para que se justifique a exis-

taminação entre os diversos paí-

tência de uma associação específica.

mino relata conversas mantidas com a

ses da América Latina foi a estratégia

“Nossa proposta é que o primeiro

AOAC da Argentina, associação que

adotada pelo Comitê Internacional da

passo seja a associação à SBCC para

regula a manipulação de alimentos

SBCC, como sequência aos preparati-

que os interessados comecem a tomar

no país e que já inseriu um link no site

vos para a organização do Simpósio do

contato com as discussões em mar-

oficial para a SBCC. “Estamos em con-

ICCCS – International Confederation of

cha e, posteriormente, participem das

versações bastante adiantadas e os

Contamination Control Societies, que

definições necessárias para a constru-

representantes de lá estão pesquisan-

será realizado no Brasil em 2016.

ção da entidade latino-americana, da

do quais os procedimentos para criar

“O Brasil é o único país da América

maneira mais democrática possível”,

a AACC - Associação Argentina de

Latina que possui uma entidade es-

comenta Antônio Elias Gamino, Co-

Controle da Contaminação”, comenta.

truturada para a discussão dos temas

ordenador do Comitê Internacional do

relacionados ao controle da contami-

ISCC 2016 Brasil.

nação. Como desejamos uma participação ativa da região no evento de 2016, optamos por trabalhar no intuito de incentivar a estruturação de associações-espelho à SBCC nos países da região”, comenta Heloisa Meirelles, Delegada Internacional da SBCC e coordenadora do grupo de trabalho para a organização do ISCC - International Symposium of Contamination Control de 2016. Outra possibilidade aventada é a formação de uma entidade latino-americana que congregue interessados de distintos países no tema e seja o ponto focal para a troca de informação e experiências. Esta seria uma forma de conseguir um maior envolvimento de

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Os contatos já foram iniciados. Ga-

a sBcc está incentivando a estruturação de associaçõesespelho nos países da américa Latina. outra possibilidade é a formação de uma entidade latinoamericana que congregue empresas e profissionais interessados no tema

A iniciativa está sendo apoiada por dois profissionais cujo trabalho prevê contatos na América Latina: Tadeu Gonsalez, Diretor Comercial para América Latina e para América do Norte e Presidente do Conselho da Danica; e Celso Cardoso Simões Alexandre, Presidente da Trox América Latina. Gonsalez já teve oportunidade de falar sobre o projeto em Cuba, México, Venezuela, Bolívia, Chile, em simpósios e reuniões. “A aceitação foi bem positiva. Todos eles querem se aproximar do Brasil para trocar informações, fazer transferência de tecnologia e ter mais informações sobre o tema”, diz. Segundo ele, Cuba foi o país que demonstrou maior interesse na proposta de criação de uma entidade. “Eles têm tradição em pesquisas farmacêu-

países nos quais o desenvolvimento

ticas e uma forte atuação na medicina,

do segmento não está consolidado o

o que gera interesse nestas soluções”,


comenta Gonsalez. Outro destaque foi a Bolívia, país que passa por um forte processo de regulamentação do setor farmacêutico e que está ávido por ter

icccs 2012 já recebe inscrições para apresentação de trabalhos

acesso as informações sobre Boas Práticas de Fabricação.

Já estão abertas as inscrições

Já Celso Simões aproveitou a rea-

para apresentação de trabalhos

lização da XI CIAr (Congresso Ibero-

técnicos para o Simpósio do

americano de Ar Condicionado e refri-

ICCCS 2012, que será realizado

geração), no México, para apresentar

na Suíça, em setembro. Os inte-

a ideia a todos os delegados das asso-

ressados podem enviar os abs-

ciações representadas. “Houve muito

tracts até 31 de janeiro de 2012.

interesse por parte da Espanha, mas

Os textos deverão estar em inglês

ainda sem maior evolução”, afirma.

e não ultrapassar 300 palavras.

Outra ação importante na busca

Associados da SBCC podem

por esta aproximação que está em

contar com o apoio da entidade

avaliação pela SBCC é a formatação

para o envio dos trabalhos, bas-

de um módulo de cursos em espanhol

tando entrar em contato com a

e também tornar a revista da SBCC

secretaria, que indicará o passo

bilíngüe.

a passo para a participação.

Para mais informações, acesse: www.icccs2012.ethz.ch


notícias da sBcc seminário Microbiologia Foto: Glaucia Motta

“Microbiologia: pontos críticos microbiológicos e controle da contaminação microbiana em áreas limpas e controladas”, este foi o seminário técnico organizado pela SBCC em outubro, nos dias 26 e 27, no Instituto Butantan,

Célio Martin, Silvia Eguchi, Luis Carlos Peres, José Augusto Senatore e Gisele Freymann. Evento contou com mais de 70 profissionais inscritos

em São Paulo, e que contou com a presença de mais de 70 profissionais.

As outras palestras e palestrantes

Silvia Eguchi, coordenadora do GT

foram: Boas Práticas de Laboratório Mi-

2 da SBCC, também foi a coordenado-

crobiológico (Déa de Aguirra, da Yugue

ra do evento, e ministrou as palestras

Assessores), Normas, regulamentos

“Aspectos ecológicos da contamina-

e o impacto da infraestrutura de salas

ção microbiana em áreas limpas e

limpas

ambientes controlados” e “Biofilmes

-Pierre Herlin, Análise), Construção

microbianos e sua resistência a erradi-

de salas limpas com sistemas de de-

cação por antimicrobianos”. anuncio_revista_solepoxy.pdf 1 28/01/2011

na

sinfecção 15:58:08

biocontaminação

(Jean-

(Luiz Alberto Lima, Fiocruz), Controle de Contaminação em sistemas de água (rodol-

Yves Gayard

fo Consentino, Giltec), Uso e eficácia de UV para controle de contaminação (José AuA Solepoxy possui uma completa linha de revestimentos epóxi, PU e uretano para a indústria farmacêutica, cosmética e veterinária.

gusto Senatore, Atmen, e Gisele Freymann, Biomeditech), Validação de limpeza e sanitização (Luiz Carlos Peres, Lucape), Validação de processo asséptico – Media Fill (Yves Gayard,

ABL) e

Tecnologia de foto-catálise (peróxido de hidrogênio ioni-

Luiz Alberto Lima

zado) para descontaminação microbiológica de ambientes (Henrique Cury, Ecoquest). Ao final, foi organizada uma mesa redonda para esclarecimento de dúvidas. O evento contou com - Alta resistência a riscos - Alta resistência a compressão, à abrasão e química - Rodapé integrado ao piso (sem emendas) - Espessura variada de 2,5 a 6 mm - Monocromático ou policromático - Acabamento brilhante ou acetinado

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ao patrocínio das empresas CACr, CCL, Ecoquest, Isodur, Masstin, PWM, reintech, Sterilex e Trox.

36

Rodolfo Consentino


Mercado Trox comemora duas vezes

Monitoramento da qualidade do ambiente interno

O ano de 2012 é de dupla come-

tos devastadores da segunda guerra

moração para a Trox: são 35 anos

mundial. O negócio foi continuado

de presença no Brasil e 60 anos de

por seus filhos, Klaus e Heinz, este

A Abili anuncia o sistema Mo-

sua fundação. No Brasil, a operação

último ainda hoje se coloca à frente

nitorar, desenvolvido pela própria

começou com uma pequena insta-

da empresa.

empresa com o apoio da FAPESP e da Escola Politécnica da USP. Em

sivos investimentos, a planta ocupa

linhas gerais, trata-se de um softwa-

uma área de mais de 10 mil metros

re para monitoramento das variáveis

quadrados. Ao todo, a Trox Brasil

ligadas à qualidade do ambiente inFoto: Divulgação Trox

lação industrial e hoje, após suces-

conta com mais de 400 colaboradores diretos, além de representantes espalhados pelo Brasil e por outros países da América Latina. Na empresa iniciou suas atividades na Alemanha, em 1951, por meio de uma ação empreendedora de Heinrich Trox, no momento que o país buscava recuperar-se dos efei-

Emilio Fusero, diretor técnico; Alceu Tomkiw, diretor financeiro e administrativo; Celso Simões Alexandre, presidente da Trox América Latina, e Arnaldo Basile, diretor superintendente comercial

terno, como qualidade do ar interior (teores de CO2, CO, etc), conforto térmico (temperatura, umidade, etc) e conforto lumínico, utilizando-se a internet para transporte dos dados a um servidor remoto. A inovação, segundo a empresa, está na ênfase dada à segurança dos dados, que é garantida em diversos níveis.


artigo técnico

Projeto básico de salas limpas – Parte 2 autor: Eng°. J. Fernando B. Britto, engenheiro

J. Fernando B. Britto

mecânico, sócio da Adriferco Engenharia, secretário do GEC-4 e membro do conselho editorial da Revista da SBCC contato: adriferco@gmail.com

4. combatendo a contaminação por partículas em supensão no ar

Filtragem do ar recirculado, somado ao ar externo de reposição é filtrado por diversos estágios de filtro, geralmente para diferentes tamanhos de partículas e com eficiências diversas, sendo também removidas

Para combatermos a contaminação por partículas em suspensão no ar utilizamos dispositivos de filtragem.

mento de ar (por exemplo: pelo moto-ventilador).

O que cabe abordar aqui é quais e como os dispositi-

A concentração residual de partículas em suspensão

vos de filtragem são utilizados para combater a contami-

após os estágios de filtragem (p), pode ser estimada

nação por partículas nas salas limpas.

pela seguinte equação:

Basicamente, ocorrem dois processos de filtragem

p = (1 - ηFIL) * (CAMB * mREC + eDUT_R + CAE * mAE + eUTA) / mINS

Onde:

nas salas limpas: Primariamente, ocorre um processo de diluição do

ηFIL: eficiência dos filtros [adimensional]

particulado gerado no interior do ambiente por meio

CAMB: concentração média de partículas no am-

da insuflação de ar limpo, o qual é estimado (em

biente [kg-1]

função de normas, guidelines, regulamentações ou

mREC: vazão de recirculação [kg.h-1]

experiências anteriores) ou, quando se tem domínio

eDUT_R: emissão interna no duto de retorno [h-1]

sobre as fontes geradores, é calculado pela média

CAE: concentração média de partículas no ar

ponderada da emissão interna e da penetração atra-

exterior [kg-1]

vés do conjunto de filtros, conforme a equação:

mAE: vazão de ar exterior [kg.h-1] eUTA: emissão interna na unidade de tratamento

CAMB = eint / mINS + p

Onde:

de ar [h-1]

CAMB: concentração média de partículas no am-

mINS: vazão de insuflação [kg.h-1]

biente [kg-1]

Em determinados casos, onde a filtragem ocorre ex-

eint: emissão interna do ambiente [h-1]

clusivamente no interior da unidade de tratamento,

p: concentração residual de partículas em sus-

deve ser acrescentada a emissão ocorrida no interior

pensão após a filtragem [kg-1]

dos dutos de insuflação (eDUT_I), após a passagem

mINS: vazão de insuflação [kg.h ] -1

38

as partículas geradas no interior da unidade de trata-

pelos filtros:


p = eDUT_I + (1 - ηFIL) * (CAMB * VREC + eDUT_R + CAE * VAE + eUTA) / mINS

-os como “filtros absolutos”, conforme indicado a seguir: Filtragem Grossa – Eficiência gravimétrica média: 50

4.1. Estágios de filtragem

a 90% (para pó padrão conforme ASHRAE 52.1)

Nas salas limpas, embora seja possível a obtenção

Filtragem Fina – Eficiência para partículas de 0,4mm:

de determinadas classes de limpeza apenas com a

40 a 95%

aplicação de filtragem fina, utilizam-se filtros HEPA para

Filtragem Absoluta (termo não mais utilizado) – Efici-

garantir a reprodutibilidade dos resultados dos ensaios e

ência para partículas de 0,3mm (DOP):

também em função da possibilidade efetiva de execução

A1:

85 a 94,9%

ensaios em campo para comprovação da efetividade do

A2:

95 a 99,6%

conjunto de filtragem.

A3 (HEPA):

≥ 99,7%

A terminologia “filtro absoluto” tem sido questionada e atualmente adota-se a designação “filtro de ar de alta eficiência” (HEPA = High Eficiency Particulate Air Filter) para os filtros com eficiência igual ou superior a 99,7% conforme MIL Std. 282 (classe A3). Os filtros das classes F5 e F6, atualmente designados Filtragem Grossa Classes G1 a G4 Conforme NBR 16401

Filtragem Fina Classes F5 a F9 Conforme NBR 16401

Filtragem Absoluta Classes A1 a A3 Conforme NBR 7256

como “filtros finos” foram reclassificados de acordo com a norma EN 779: 2010 como “filtros médios” e passarão a receber a classificação M5 e M6, respectivamente. Já os filtros das classes A1 e A2 atualmente são designados como EPA – Efficiency Particulate Air Filters de acordo com a norma EN 1822: 2009 (ainda não há designação no Brasil)

Figura 18 – Principais tipos de filtros para ar

A futura norma da ABNT que tratará da padronização dos filtros deve adotar as designações da norma

Atualmente, a norma NBR 16401: 2008 especifica

EN 779: 2010 para filtros grossos, médios e finos e da

apenas as classificações para filtros grossos e finos,

norma EN 1822: 2009 para a classificação dos filtros

sendo que apenas a norma NBR 7256: 2005 especifica

EPA, HEPA e ULPA, devendo as classes atender as

as classe para os filtros de alta eficiência, denominando-

seguintes eficiências:

Classificação para Filtros Grossos, Médios e Finos conforme EN 779: 2010 Grupo

Grossos

Médios

Finos

Classe

Arrastância média (Am) de pó sintético [%]

Eficiência Média (Em) para partículas de 0,4μm [%]

Eficiência Mínima para partículas de 0,4μm [%]

G1

50 ≤ Am < 65

G2

65 ≤ Am < 80

G3

80 ≤ Am < 90

G4

90 ≤ Am

M5

40 ≤ Em < 60

M6

60 ≤ Em < 80

F7

80 ≤ Em < 90

35

F8

90 ≤ Em < 95

55

F9

95 ≤ Em

70

39


artigo técnico Classificação para Filtros EPA, HEPA e ULPA conforme EN 1822: 2009 Valor Integral Grupo

EPA

HEPA

ULPA

Valor Local

Classe

Eficiência de Captura (%)

Penetração (%)

Eficiência de Captura (%)

Penetração (%)

E10

85

15

E11

95

5

E12

99,5

0,5

H13

99,95

0,05

99,75

0,25

H14

99,995

0,005

99,975

0,025

U15

99,9995

0,0005

99,9975

0,0025

U16

99,99995

0,00005

99,99975

0,00025

U17

99,999995

0,000005

99,999975

0,000025

Anteriormente, a norma MIL Std 282 que adotava

por cada fabricante.

uma partícula de interesse com tamanho de 0,3 μm para

Em função disso, a norma EN 1822 passou a classifi-

ensaiar os filtros de alta eficiência, pois acreditava-se

car os filtros em função de sua eficiência dada em razão

que a filtragem de ar ocorria exclusivamente sob a forma

do tamanho de partícula de maior penetração, ou seja,

de peneiramento.

os classifica em função de sua condição efetivamente

Descobriu-se então, que existem outros mecanismos

mais crítica.

associados ao processo de filtragem do ar que permitem

A seguir apresentamos um gráfico típico representan-

que o filtro consiga capturar e reter tanto macro, quanto

do o “tamanho partícula de maior penetração” (MPPS)

micropartículas, havendo no entanto um tamanho de

para um determinado tipo de mídia (figura 19).

partícula para a qual os filtros são menos eficientes.

Adicionalmente, em função dos elevados custos

Este tamanho de partícula é designado como “ta-

para reposição e da obrigatória execução de ensaios re-

manho partícula de maior penetração” (MPPS – Most

qualificação a troca, tanto as normalizações, quanto as

Particle Penetration Size) e é inerente à mídia oferecida

boas práticas de engenharia recomendam a instalação

Eficiência%

100

99.98 Ponto da Mil. STD 282 0.3 MICRONS 99.96

99.94

Tamanho de Partícula De Maior Penetração

MPPS

Tamanho das Partículas em µm Figura 19 – Eficiência de um determinado filtro em função do tamanho da partícula de maior penetração

40


de pré-filtros, para reter a parte do particulado de maior

ser dada especial atenção à distribuição de ar emprega-

granulometria, protegendo os filtros HEPA.

da na área limpa.

Filtragem Grossa → $ Filtragem Fina

Embora não exista um método ideal que garanta uma

→ $$$$$$$$$$

Filtragem HEPA → $$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$ Considerando-se sua aplicação, os filtros são distri-

total homogeneidade no ambiente, é possível prever aproximadamente como o ar insuflado irá escoar ao longo do ambiente e, assim, empregar técnicas adequadas

buídos da seguinte forma:

para cada necessidade ou classe de ambiente, confor-

Filtragem Grossa → particulado grande / ar exterior

me veremos nas figuras a seguir:

Filtragem Fina

→ particulado fina (pré-tratamento)

Filtragem HEPA

→ alta eficiência (filtragem final)

Nota Veja mais informações relativas aos Fundamentos da filtragem de ar no artigo publicado pelo engº Ed-

ZONA MORTA

milson Alves, na edição 42 da Revista SBCC. 4.2. Distribução do ar Embora a filtragem seja capaz de garantir a qualida-

ZONA MORTA

ZONA MORTA

de desejada ao suprimento de ar de insuflação utilizado para combater (através da diluição / arraste) a emissão de particulados ocorrida no interior dos ambientes, deve

Figura 20 – Insuflação e retorno no forro (Aplicável às classes 8 e 9)

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ZONA MORTA

ZONA MORTA

ZONA MORTA

ZONA MORTA

ZONA MORTA

ZONA MORTA

ZONA MORTA

artigo técnico

ZONA MORTA ZONA MORTA

Figura 21 – Difusor de insuflação e retorno (Aplicável às classes 8 e 9) Nos exemplos das figuras 20 e 21, verificamos que quando temos tanto a insuflação quanto o retorno no forro, ocorrem “áreas mortas” (com baixa circulação de ar)

Figura 23 – Insuflação por filtro terminal no forro e retorno lateral próximo ao piso (Aplicável às classes 6 e 7)

junto ao piso e, dependendo do tipo de dispositivo, estas também ocorrem nas regiões situadas entre os fluxos de insuflação e retorno.

Além disso, o escoamento é afetado pela posição dos pontos de retorno e assume uma trajetória curvilínea,

Ao posicionarmos o(s) ponto(s) de retorno próximo(s)

tornando-se horizontal próximo à capação do retorno.

ao piso (figuras 22 e 23), obtemos uma melhor varredura

Para as classes de limpeza 1 a 5 (conforme NBR/ISO

na porção inferior do ambiente, além de minimizarmos a

14644-1), a técnica empregada para combater a conta-

turbulência formada pelos vórtices devido à recirculação

minação por partículas em suspensão no ar é o método

do ar que retorna em direção ao forro (exemplo anterior),

de varredura, onde os limites concentração são obtidos

permitindo uma “decantação” mais rápida do particulado,

não somente por meio de diluição, como também através

já que o ar assume uma tendência descendente.

de uma varredura contínua, com regime de escoamento

Cabe observar que ainda ocorrerão as “zonas mor-

unidirecional, o qual carrea as partículas em direção ao

tas” nos interstícios onde há pouca ou nenhuma circu-

retorno muito mais rapidamente que as metodologias

lação de ar.

anteriores, garantindo elevados graus de limpeza nos ambientes. A técnica empregada na figura 24 é muito comum na indústria microeletrônica, óptica e micromecânica, contu-

ZONA MORTA

Y

a dificuldade de limpeza e sanitização do pleno localiza-

CM

do sobre o piso, o que pode se tornar um meio ambiente

MY

propício ao desenvolvimento de micro-organismos. cionalidade ao encontrar quaisquer obstáculos em seu

Figura 22 – Insuflação no forro e retorno lateral próximo ao piso (Aplicável às classes 8 e 9) (Para classe 7 deve haver filtro terminal imediatamente antes do difusor)

42

M

do, não é muito adotada nas áreas farmacêuticas, dada

Adicionalmente, o escoamento perde sua unidire-

ZONA MORTA

C

caminho, tais como os equipamentos de processo e as bancadas de trabalho. Principalmente no caso das farmacêuticas, adota-se a estratégia de se garantir a unidirecionalidade apenas até o nível de trabalho (ver figura 25), a partir do qual não há mais exposição de produto e considera-se não

CY

CMY

K


ser mais parte integrante da zona estéril, eliminado-se o

uma classe e mais de um regime de escoamento (tal

pleno inferior.

como apresentado na figura 26). Isto é bastante comum

Adicionalmente, existem áreas onde ocorre mais de

Piso perfurado

em áreas de envase menos crítico, onde se deseja prote-

ZONA TURBULENTA

ZONA TURBULENTA ZONA MORTA

Figura 24 – Insuflação por forro filtrante e retorno por 1 7/8/11 3:33 PM pleno de piso (Aplicável às classes 1 a 5)

anuncio_camfil_08_07_11.pdf

Figura 25 – Insuflação por forro filtrante e retorno lateral próximo ao piso (Aplicável às classes 4 a 6)


artigo técnico ger apenas à área onde efetivamente ocorre o processo,

7. Elaborar os descritivos técnicos e funcionais, além

não sendo necessário um controle tão rígido na área

do edital da concorrência. É importante definir clara-

ocupada pelos operadores ou por outros processos.

mente os limites do fornecimento tais como: - Canteiro de obras com escritórios, almoxarifado, oficinas, sanitários, vestiário e refeitório. - Fornecimento e guarda de ferramental, escadas, andaimes, extensões elétricas. - Políticas internas de segurança patrimonial, saúde e segurança ocupacional, meio ambiente, etc. - Requisitos de gerenciamento das montagens, incluindo a segurança ocupacional. - Posicionamento e consumo/geração das interfaces do projeto, tais como: pontos de força, água,

Baseado na palestra “Introdução à Tecnologia de Salas Limpas” apresentada por Miguel Ferreirós Alvarez - Análise

Figura 26 – Regime de escoamento com fluxo misto Existe mais de uma classe

drenagem, esgoto e outras utilidades. - Responsabilidade pelos transportes internos. 8. Qualificar os fornecedores para cada item do escopo ou o fornecedor global. Deve ser verificada a experiência do fornecedor na

5. o projeto básico

execução das soluções previstas no projeto, se possível avaliando instalações anteriores e o índice de satisfação dos usuários com relação às mesmas.

Independentemente de para quais das utilidades

A área de compras deverá efetuar avaliações com

estejamos tratando, o projeto básico sempre terá com

respeito à saúde financeira e fiscal dos proponentes.

objetivo: A definição dos sistemas. A especificação dos equipamentos.

9. Equalizar as propostas técnicas dos diferentes fornecedores. Independentemente do nível de detalhamento e da

O dimensionamento das instalações.

qualidade das informações contidas no projeto, cabe ve-

Para que isso se torne uma realidade, o projeto bási-

rificar se os proponentes compreenderam corretamente

co deverá seguir o procedimento:

todos os itens do escopo e se isto se encontra claramen-

1. Definir os objetivos a serem alcançados, sempre se

te evidenciado em suas propostas.

baseando nas ERUs. 2. Definir a equipe, a qual deverá ser multidisciplinar e possuir representantes das áreas de operação, ma-

Como descrito ao longo deste treinamento, é durante

nutenção e limpeza, além dos membros da engenha-

a etapa do projeto básico em que os cálculos detalhados

ria e gerência.

realmente ocorrem.

3. Distribuir tarefas e definir os prazos de execução para cada uma delas. 4. Consolidar o leiaute, definindo as antecâmaras, vestiários, “shafts” de retorno, áreas de circulação, rotas de fuga, áreas técnicas e de apoio. 5. Elaborar os fluxogramas de engenharia e memoriais de cálculos detalhados para cada sistema. 6. Dimensionar as instalações, indicando as posições

44

5.1. Cálculos detalhados

Atualmente, existem diversas metodologias que permitem estimar, com exatidão suficiente, as diversas necessidades de um projeto. Então, para que se possa garantir a reprodutibilidade dos resultados obtidos, bem como a sua conferência, antes de se iniciarem a execução dos cálculos, devem ser claramente indicadas a metodologia e as bases de cálculo empregadas.

e especificações das redes e de seus componentes

Cabe lembrar que, contrariando a crença geral, a en-

nas plantas, cortes e detalhes que irão compor o pro-

genharia não é uma “ciência exata” e sim uma ciência

jeto, reavaliando a cada nova modificação.

de aproximações.


Segundo o Princípio da Incerteza da mecânica

Porém, quando os projetos são baseados nestas

quântica, quanto mais precisamente tentarmos

normas, sua probabilidade de êxito aumento, além

medir uma grandeza física, mais imprecisa será

de existir amparo técnico e legal no caso de falhas.

nossa medição. Sempre se deve ter em mente que os cálculos só Isto implica que diversos comportamentos físicos não

estarão concluídos após a definição e todos os com-

podem ser completamente previstos e poderão apresen-

ponentes do sistema. Quaisquer modificações efetua-

tar diferentes resultados a cada novo ensaio.

das no projeto podem afetar as cargas ou o escoamento,

Por este motivo, recomenda-se ao projetista que uti-

sendo necessário verificar novamente os cálculos para

lize valores normalizados, aplicando as correções

se certificar que o sistema será capaz de absorver a mu-

necessárias.

dança. Um exemplo disso é:

Os manuais de física foram elaborados com base em experimentações e observações e já possuem séculos

Devido ao atrito entre o fluido e a parede de seu

de idade e a maior parte dos manuais de engenharia,

condutor, a perda de carga afeta as condições

além de serem baseados nos manuais de física, reprodu-

do fluido e pode modificar sua temperatura,

zem várias décadas de suas próprias experimentações.

viscosidade e/ou volume específico, podendo inclusive alterar o regime de escoamento.

Certamente podemos nos basear em nossas

Além disso, como a potência consumida é,

próprias experiências e experimentações na

primariamente, resultado da multiplicação da vazão

elaboração de nossos projetos. Foi desta forma

pela perda de carga, esta será modificada pelo

que os manuais e normas da engenharia surgiram.

aumento da perda de carga.

Dutos TDC para Sala Limpa São construídos com cuidados especiais, desde a fabricação até a instalação na obra, para atender a norma NBR 16401, que define bitola de chapa e reforços com base na pressão do duto bem como os serviços que devem ser executados para atender o grau de vedação especificado. Após fabricação, é necessário a higienização do duto e o fechamento das bocas com filme plástico, para evitar a contaminação.

Vendas: (11) 3044 2265 - www.powermatic.com.br


artigo técnico No entanto, cabe ao projetista considerar em seus cálculos um determinado sobredimensionamento

devem ter documentadas todas as suas revisões, para que se possa avaliar o histórico das modificações.

do motor (coeficiente de segurança) durante a etapa

Ao término de um dimensionamento deve ser com-

de projeto, de forma a evitar a necessidade de sua

parada a necessidade do sistema com os produtos

substituição durante a execução dos procedimentos

comerciais disponíveis no mercado e adequada

de Testes Ajustes e Balanceamento (TAB), o que custa-

sempre que possível à esta disponibilidade.

ria muito mais caro.

Não é incomum o resultado dos cálculos requerer um

Cabe lembrar que em escoamento ditos “newto-

equipamento 2% a 3% maior que o produto comercial

nianos” a relação entre as potências final (N1) e de

disponível, porém, com pequenas revisões no cálculo

projeto (N0), varia proporcionalmente ao cubo da relação

(por exemplo: adequando-se os diferencias de tempe-

das rotações (n1/n0):

ratura), pode-se verificar que seria possível atender o sistema com variações muito pequenas nas condições

N1 N0

=

n1

3

n0

do processo. Obviamente, isto deve ser acordado entre as partes envolvidas. Durante o selecionamento ou a aquisição dos equi-

Muitos fabricantes adotam/recomendam um

pamentos, deve ser efetuada uma comparação entre

sobredimensionamento de apenas 10% a 15%

os consumos dos equipamentos ofertados em cada

(para potências superiores a 3,75 kW), porém,

proposta.

caso precisemos de um aumento de rotação de

Um exemplo disto, pode ser a seleção de moto-venti-

apenas 3% (n1/n0 = 1,03) após o termino do TAB,

ladores, onde é possível obter várias seleções, com roto-

já teremos aumentado a potência consumida

res de tipos e/ou diâmetros diferentes, todas atendendo

em 9,3%.

as necessidades do processo, porém com consumos radicalmente diferentes.

No caso de sistemas térmicos, quaisquer sobre-

Nestes casos, embora o custo de aquisição do item

dimensionamentos devem ser evitados (ou consi-

possa parecer menor, seu custo de propriedade se torna

derados com muito cuidado), uma vez que os compo-

significativamente maior, o que pode ocorrer já durante

nentes são sempre dimensionados em função de sua

a instalação (em função do cabeamento e acionamen-

capacidade máxima estimada e, eventuais sobredimen-

tos maiores) ou à médio prazo, em função de seu maior

siomentos poderão afetar a autoridade do sistema

consumo.

de automação. Também cabe lembrar que nas estimativas já existem

5.2. Fluxogramas de engenharia

diversos coeficientes de segurança embutidos, algumas vezes desconhecidos, e que, na grande maioria dos ca-

Os Fluxogramas de Engenharia são representações

de segurança), dificilmente irá dispor de equipamentos

esquemáticas que identificam de forma gráfica (através

com exatamente a capacidade requerida, incorrendo em

de simbologias e nomenclaturas ou tags), os componen-

um sobredimensionamento adicional durante a aquisição

tes geradores e consumidores de um sistema, processo

do equipamento.

ou utilidade, bem como a interligação entre estes com-

Todas as informações que afetem direta ou

ponentes.

indiretamente o dimensionamento devem ser ade-

Para tanto, os fluxogramas devem representar:

quadamente documentadas. Por exemplo: potência

Símbolos, tags (identificações) e a interligações entre

verificada em campo, fatores de simultaneidade de utili-

os componentes

zação, período de trabalho, iluminação, posição e carga

O valor e as condições requeridas de cada escoa-

de trabalho dos operadores considerada no memorial de

mento (vazão, pressão, temperatura, umidade, etc.)

cálculos de carga térmica.

Os pontos de regulagem, controle, bloqueio e moni-

Tanto os desenhos como os memoriais de cálculo

46

5.2.1. Definição

sos, o fabricante (que também considerou seus fatores

toramento


Os consumos energéticos ou de fluidos (água, ar ex-

Deste modo, os fluxogramas consistem na indicação

terior, ar comprimido, etc.) de cada componente.

dos escoamentos através de cada um dos componentes

Os pontos de interligação com outros sistemas.

de um sistema, por meio de sua representação gráfica

A legenda e simbologia empregada.

em um diagrama esquemático do sistema. Geralmente, esta representação é feita indicando-se

Cabe lembrar que nem sempre existe um padrão

diretamente os valores e condições de cada escoamento

normalizado para simbologia dos equipamentos

sobre as linhas que interconectam os componentes do

e componentes, cabendo ao projetista explicitar

sistema ou indicando-se numericamente cada trecho e

em sua documentação a simbologia empregada,

utilizando uma tabela para indicar as condições de cada

de forma a garantir a correta interpretação dos

escoamento.

diagramas.

Então, para representarmos a produção de objetos sólidos, bastaria indicarmos o número de unidades que

5.2.2. Representando os escoamentos

entram e saem do processo:

Um dos pontos mais importantes dos fluxogramas, que geralmente consiste em seu objetivo final e que deu

∑ nentrada = ∑ nsaída

origem ao nome deste tipo de representação é a indica-

1000 + 161 = 1000 + 161

ção dos escoamentos (ou fluxos): “fluxo” = escoamento ou vazão

Em outras palavras, se entrarem 1000 (frascos de

“grama” = vem de diagrama ou representação gráfica

100ml) mais 161 (frascos de 500ml) na linha de produ-

Então:

ção, teremos uma produção de 1000 (frascos de 100ml)

“fluxograma” = diagrama de fluxos

mais 161 (frascos de 500 ml).


artigo técnico A quantidade física não irá se modificar.

Na figura 28, o fluxo que “vem da sala 02” e os fluxos

No entanto, como afirmado anteriormente, as condi-

que saem da “Sala 01” (retorno “RET” e sobrepressão)

ções de escoamento dos fluidos podem afetar o próprio

são considerados (aproximadamente) nas mesmas

escoamento, deste modo, é importante salientar que:

condições e possuem (praticamente) o mesmo volume

Quando representamos o escoamento de fluidos di-

específico.

tos incompressíveis (a maioria dos líquidos), não haverá

No entanto, considerando-se que a função do fluxo

diferença na representação dos escoamentos na forma

de insuflação (INS) é de resfriar e desumidificar a “Sala

de “vazão volumétrica” ou “vazão mássica”, uma vez

01” e, portanto, irá se aquecer e absorver umidade, seu

que, para efeitos práticos, considera-se que não ocor-

volume específico irá aumentar, causando variação no

rerá variação no volume dentro das condições impostas

escoamento volumétrico do ambiente.

pelo escoamento.

No caso, descontando a infiltração de 150 m³/h oriun-

Assim, os escoamentos podem ser representados

da da “Sala 02”, verificamos que ocorreu uma variação

na forma volumétrica sem quaisquer prejuízos (efeitos)

do volume específico de apenas 2,66%, correspondente

sobre o processo (figura 27):

à variação de temperatura e umidade do fluxo de ar de insuflação.

ALIM

1000 L/h

Se esta variação fosse desprezada, tanto o dimenΣvENTRADA = ΣvSAÍDA 1000 + 150 = 9850 + 300

EQ 01

sionamento do moto-ventilador (se houvesse), quanto o dos dutos de retorno estaria incorreto. Lembrando-se que a variação da potência é propor-

150 L/h

RET

9850 L/h

300 L/h

Vem do Eq. 02

cional ao cubo da variação da vazão, uma aceleração de 2,66% seria responsável por um aumento de 8,19% na

Vai para Eq. 03

potência requerida (consumo) pelo sistema.

Figura 27 – Fluxograma de Engenharia para Fluidos Incompressíveis

5.2.3. Automação e Controle - Diagramas de P&I Os sistemas de automação e controle são abordados

Na figura 27, adotando quaisquer líquidos miscíveis e

em palestra específica apresentada neste seminário.

considerados incompressíveis, não haverá variação do

As figuras 29 e 30, a seguir, foram elaboradas apenas

volume específico da mistura, então a somatória do fluxo

para ilustrar e fornecer uma breve explanação sobre a

que vem de “ALIM” ao que “Vem do Eq 02”, resulta nos

necessidade e importância da elaboração dos diagramas

fluxos que saem do “Eq 01” para “RET” e “Eq 03”.

de P&I (Process and Instrumentation), também conheci-

No entanto, no caso dos fluidos compressíveis (ga-

dos como P&ID (Process and Instrumentation Diagram).

ses), uma vez que o volume específico irá variar em fun-

Na realidade, a menos que sejam indicados os esco-

ção da temperatura, pressão, concentração de sólidos,

amentos, estes diagramas não poderiam ser considera-

etc., às quais o fluido está submetido, então sua repre-

dos “fluxogramas”, pois não representam nem o “fluxo”

sentação apenas sob a forma de “vazão volumétrica” já

(no caso, a sequência) do processo de controle, nem

não é suficiente, como verificamos na figura 28:

“os escoamentos do processo”, embora, muitas vezes, sejam chamados de fluxogramas de P&I.

INS

10000 m3/h (10999 kg/h)

Balanço Volumétrico (m3/h):

300 m /h (322 kg/h) 3

SALA 01 TBS = 22ºC UR = 50% P = +5 PA

RET

150 m3/h (161 kg/h)

Vem da Sala 02

ΣvENTRADA ≠ ΣvSAÍDA 10000 + 150 ≠ 10116 + 300

ma de engenharia do sistema de VAC-R, no qual foram representados os pontos de controle, indicados em um

Balanço Mássico (kg/h):

diagrama do tipo “varal”, para permitir a identificação

ΣmENTRADA ≠ ΣmSAÍDA 10999 + 161 ≠ 10838 + 322

dos sensores e atuadores, além do tipo de variável

10116 m3/h (10838 kg/h)

Figura 28 – Fluxograma de Engenharia para Fluidos Compressíveis

48

No exemplo da figura 29, foi utilizado um fluxogra-

controlada e de sinal operado (analógico ou digital), o que é muito útil para a quantificação dos instrumentos e definição das interfaces dos CLPs (Centrais Lógicas Programáveis).


Figura 29 – Fluxograma de P&I de um sistema de VAC-R Na figura 30, vemos ampliado um trecho do diagra-

e a qual CLP cada um dos instrumentos está conectado,

ma anterior, para permitir uma melhor visualização das

também são representadas linhas que os conectam aos

simbologias, identificações e dados de operação dos di-

seus pontos de monitoração/atuação.

versos instrumentos utilizados para controlar esta parte do sistema.

Também é uma boa prática, indicar o ponto de ajuste (set-point) ou a faixa (range) na qual irá operar cada sinal

Cabe observar que o “tag” de cada componente pos-

operado no sistema. Isto permitirá escolher adequada-

sui uma sequência alfanumérica que permite identificar

mente cada um dos sensores e atuadores do sistema,

sua aplicação e número seqüencial.

além de facilitar a interpretação do diagrama e a elabo-

Além das linhas que indicam o tipo de sinal operado

ração dos algoritmos de controle.

Figura 30 – Fluxograma de P&I de um sistema de VAC-R (detalhe ampliado)

49


OpiniãO

Foto: Divulgação

A ética nas empresas

*Por José Carlos Teixeira Moreira

Empresas são pessoas reunidas em torno de uma

frente às questões de direito de seus colaboradores,

proposta que as mobilizam num determinado momento

clientes, fornecedores, acionistas, governo e a comuni-

de suas vidas. O CNPJ é apenas um arranjo jurídico para

dade em que atua.

lhes conferir uma certa identidade no campo físico. Tudo se passa numa empresa como se fosse uma comunidade de interesses, ou seja, uma relação tempo-

Atitudes evasivas, quando de necessidades sociais inquestionáveis, dão o tiro de misericórdia na percepção de todos quanto à ética da organização.

ral entre seres. As pessoas são levadas a serem seus

Como a ética não é algo que se obtenha a partir de

colaboradores movidas por múltiplos motivos pessoais,

cursos, tours tecnológicos ou benchmarking, só nos res-

na expectativa de que assim fazendo estão a caminho

ta zelar, a cada passo, pelo binômio realização e conduta

do que imaginam ser a sua realização.

de todas as pessoas que fazem o seu futuro, a começar

Acontece que viver entre outros, encontrar o seu espaço, poder fazer o que deve ser feito requer fazer parte e aprimorar contextos onde a colaboração e a solidariedade sejam um valor.

pelos seus colaboradores. Até porque ninguém dá o que não tem. Assegurar que a realização e a conduta sejam os predicados mais notáveis da organização pelo testemunho

Nada numa empresa consegue acontecer de fato

em qualquer circunstância do dia a dia. Zelar pela ética

que não seja através de um trabalho em equipe. Ações

significa não permitir que gestos, decisões e, sobretudo,

solitárias, ao sabor de motivação individual, são sempre

procedimentos administrativos corrompam os princípios

pontuais, de alto custo, de efeito passageiro e de resul-

humanos da segurança, da autoestima e da justiça para

tado pálido.

com as pessoas.

As companhias mais atentas sabem disso e não me-

É fundamental dar musculatura à empresa para que

dem esforços para que seus colaboradores se encon-

ela se defenda da tentação de sair do mais certo para o

trem num ambiente que promova a concertação, ou seja,

mais prático. Reforçar o empenho da empresa pelo ver-

a possibilidade de que todos atuem como numa orques-

dadeiro ao invés do “no nosso mercado todo mundo faz

tra movida pela ética do prazer. Desse modo, quando se

assim”. Abandonar o apressado e de qualquer jeito para

juntam pessoas que buscam a sua realização através de

o mais veloz e caprichado.

tarefas que se somam, se não houver um equilíbrio entre

O Valor de uma empresa no foco dos seus clientes

seus interesses, os resultados finais ficam tolhidos pelos

é uma percepção; o preço, no foco dos seus clientes é

conflitos decorrentes daqueles mesmos interesses.

sempre uma questão psicológica. Os resultados, mesmo

Equilíbrio é uma boa forma de se entender a questão ética. Não confundir com a moral. Essa não é relativa; diz

quando positivos, têm a sua avaliação sujeita a questões psicológicas de quem os analisam.

da dimensão do ser humano em qualquer cultura. Nesse

Uma organização inteligente navega confortavel-

sentido, cuidar da ética nas empresas não se trata de

mente em dimensões psicológicas e emocionais, por

ser bom ou mau, mas sim de puro “business”. Ser ético é

isso conquista resultados surpreendentes.

assegurar resultados superiores e admiráveis. O que mais infecta a ética na empresa, tirando-lhe

Por isso, a ética é o maior ativo psicológico desses empreendimentos de sucesso.

a força, é a falta de consistência da alta administração na sua conduta diante dos desafios cotidianos. Inconsistência entre o que é dito é o que é feito, posições dúbias

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José Carlos Teixeira Moreira, presidente da JCTM Marketing industrial e da Escola de Marketing industrial jctm@marketingindustrial.com.br


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Produtos da Armacell estão presentes nas obras

“Destaques do Ano Smacna Brasil 2010” Os produtos da Armacell estão presentes em 6 das 8 obras nacionais indicadas ao prêmio Destaques do Ano Smacna Brasil 2010. A presença da Armacell em praticamente todas as obras indicadas ao prêmio reafirma mais uma vez o seu pioneirismo bem como a qualidade de seus produtos. A preferência pelos produtos da Armacell é consequência da qualidade do seu atendimento e do consistente trabalho de relacionamento consolidado com nossos parceiros, entre eles representantes, distribuidores, revendedores e instaladores de sistemas de refrigeração e de ar condicionado. Armacell Brasil é uma empresa do grupo multinacional alemão Armacell, líder mundial na produção e fornecimento de isolamentos térmicos flexíveis Armaflex e que também oferece ao mercado sistemas de revestimento, produtos de proteção contra incêndio e atenuação acústica. Os produtos da empresa empregados nas instalações de ar condicionado e refrigeração, além de reduzirem perdas energéticas, previnem contra condensação, tem função acústica e atendem as exigentes normas internacionais. A Armacell se destaca por ser uma empresa que oferece aos seus parceiros uma estrutura diferenciada. Além de ser a única do setor com produção local, possui centro de distribuição no Nordeste e escritório comercial no maior centro financeiro do Brasil (São Paulo) e representantes atuantes em todas as regiões do país. Possui também representação na Argentina para atender as demandas de outras regiões da América Latina. Sobre a empresa Desde a sua criação, no final da década de 50, o Armaflex, primeiro isolamento térmico flexível em espuma elastomérica, se tornou a marca mais conhecida desse tipo de material em todo o mundo e estabeleceu as bases da indústria desse setor. A Armacell se tornou a principal provedora das inovações significativas no campo destes materiais. A Armacell está presente em 12 países e conta com 2,3 mil colaboradores no mundo todo. A empresa atua no mercado latino americano desde 1995. Em março de 2001 fundou a sua unidade no Brasil e, em 2002, iniciou a produção local para atender ao Brasil e Mercosul. Além de comercializar no mercado nacional os seus produtos fabricados na fábrica brasileira, a Armacell também importa e oferece aos seus clientes todos os outros produtos fabricados pelo grupo Armacell.

Escritório Comercial (11) 3146-2050 Fábrica (12) 3521-8000 Centro de Distribuição Nordeste (81) 3524-6846


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