Revista da SBCC n o 48 SET/OUT 2010
revista
Nº 48 setembro/outubro 2010 R$15,00
Boas Práticas de armazenagem e transporte
sbcc.com.br
Case: Opto Eletrônica
André Franco Montoro Filho Presidente executivo do ETCO – Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial
Alberto Sarmento Paz
T
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ornar mais equilibrada a concor-
do que 18,4% do PIB brasileiro. O valor,
da USP. Ainda nos anos de 1993 e
rência entre as empresas dimi-
superior ainda ao PIB de países como a
1994, Montoro Filho foi presidente da
nuindo a evasão fiscal, a informalidade
Argentina, está em franco crescimento,
Comissão Diretora do Programa Na-
e a falsificação de produtos. Esses são
conforme aponta o ETCO: em 2003, a
cional de Desestatização. Entre 1995
alguns dos objetivos principais do Ins-
economia subterrânea não ultrapassa-
e 2002, assumiu o cargo de secretário
tituto Brasileiro de Ética Concorrencial
va R$ 357 bilhões.
de Estado de Economia e Planeja-
(ETCO), uma organização civil de inte-
Para falar sobre a ética na con-
mento do governo paulista. Em 2007,
resse público (OSCIP) criada em 2003
corrência e os riscos da economia
iniciou sua gestão como presidente
e que reúne empresas e entidades do
informal, a Revista da SBCC ouviu o
do ETCO. Veja a seguir a entrevista
setor empresarial. As armas do ETCO
presidente executivo do ETCO, André
que ele concedeu à Revista da SBCC:
para atingir esse objetivo são a reali-
Franco Montoro Filho. Formado em
zação de estudos e de campanhas de
Economia pela Faculdade de Econo-
conscientização da sociedade sobre
mia e Administração da Universidade
Revista SBCC: Quais as propostas do
os prejuízos que a falta de ética con-
de São Paulo - USP, Montoro Filho tem
ETCO para trazer para a formalidade a
correncial causa ao país. E os malefí-
uma vasta experiência na carreira aca-
economia informal no Brasil?
cios não são pequenos.
dêmica e também exerceu importantes
Montoro Filho: Desde sua fundação,
Uma pesquisa divulgada recente-
cargos públicos. Entre 1985 e 1988,
em 2003, o ETCO tem como principal
mente pelo ETCO e feita em parceria
foi presidente do Banco Nacional de
objetivo promover a ética concor-
com o Instituto Brasileiro de Economia
Desenvolvimento Econômico e Social
rencial para melhorar o ambiente de
da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV)
(BNDES). Nos quatro anos seguintes,
negócios e, dessa forma, estimular o
mostrou que a chamada economia sub-
assumiu a presidência da Fundação
crescimento econômico. Como não
terrânea, ou seja, aquela que compre-
Instituto de Pesquisas Econômicas
temos poder de polícia, atuamos no
ende toda a produção informal de bens
(FIPE). Quase que ao mesmo tempo,
sentido de influenciar os tomadores de
e serviços, chegou a R$ 578 bilhões em
entre 1990 e 1994, acumulou a vice-
decisão, tanto do setor público como
2009, o que corresponde a nada menos
diretoria da Faculdade de Economia
do privado, para adotarem medidas
Foto: Divulgação / ETCO
ENTReVISTA
que visem reduzir a sonegação de im-
uma cultura de tolerância a transgres-
Montoro Filho: Na pirataria no setor
postos e contribuições, a falsificação
sões que reduz a solidariedade social
farmacêutico ocorre por roubo de car-
e adulteração de produtos, o contra-
e a confiança nas instituições.
ga, falsificação e contrabando, além
bando, a pirataria, o comércio ilegal e
da venda de produtos sem registro na
outros desvios de conduta ética.
Revista SBCC: De que forma a eco-
Agência Nacional de Vigilância Sanitá-
Para isso, definimos três estratégias
nomia informal prejudica as empresas
ria. A forma mais eficaz de combatê-la
de atuação. A primeira é fomentar
que atuam na formalidade?
é com a implementação do sistema de
estudos e análises sobre os fatores
Montoro Filho:
O principal prejuízo
rastreamento, conforme determinado
que incentivam esses desvios de con-
para as empresas reside na concor-
na Lei 11.903/2009 (veja box), que está
duta, tais como a alta carga tributária
rência desleal que sofrem por parte de
em processo de regulamentação.
e a burocracia atrelada ao sistema
empresas informais que, por não cum-
tributário; a lentidão do Judiciário e a
prirem as suas obrigações legais, tais
impunidade, e sobre as consequên-
como recolhimento dos tributos, forma-
cias nocivas dessas transgressões. A
lização de trabalhadores e cumprimen-
segunda é propor e apoiar iniciativas
to de regras fitossanitárias, consegue,
A Lei 11.903/2009, aprovada em 14
ou mudanças legais e administrativas
por transgredir as regras, oferecer seus
de janeiro de 2009, criou o Sistema
que facilitem a prevenção dos desvios
produtos com custos muito abaixo dos
Nacional de Controle de Medica-
de conduta e melhorem a fiscalização
praticados por empresas éticas. Por
mento. Com isso, desde janeiro
do cumprimento das obrigações legais.
causa do desestímulo gerado por essa
deste ano, quando a lei entrou em
Por fim, atuamos na conscientização da
concorrência desleal e pela conse-
vigor, é possível fazer o rastrea-
opinião pública sobre efeitos sociais e
quente perda de mercado, as empresas
mento de todos os tipos de medi-
econômicos maléficos e dos perigos
formais reduzem seus investimentos o
camentos existentes no país, desde
dessas ilegalidades e irregularidades e
que acarreta sérios prejuízos para o de-
a produção à venda ao consumidor
da leniência social a esses desvios de
senvolvimento da economia nacional.
final. O controle deve ser feito por
Controle de Medicamento
meio de tecnologias de captura,
comportamento. Revista SBCC: Muito se fala sobre
armazenamento e transmissão ele-
Revista SBCC: Quais os prejuízos
o combate à pirataria na indústria da
trônica de dados.
para o país da economia subterrânea?
tecnologia, do cinema e da música. Há
A Câmara de Medicamentos do
Montoro Filho: Os prejuízos são subs-
pirataria também na indústria de medi-
ETCO vem ajudando nesse pro-
tanciais e atingem diversos grupos da
camentos? De que forma acontece e
cesso, levantando e mapeando as
sociedade. Os governos perdem recei-
como combatê-la?
necessidades e as expectativas de
tas, o consumidor perde a garantia de qualidade dos produtos, o bom contribuinte acaba por suportar maior carga tributária para compensar a sonegação, os trabalhadores perdem direitos ao se verem forçados a trabalhar na informalidade e as empresas sofrem concorrência desleal. Esses fatores terminam por estimular comportamentos econômicos oportunistas, reduzindo a qualidade dos investimentos e gerando grandes impactos negativos no
Informais não cumprem obrigações legais, tais como recolhimento de tributos e atendimento às regras fitossanitárias e, dessa forma, praticam concorrência desleal
indústrias, distribuidores e varejo. Foi realizado um projeto-piloto em sete grandes indústrias associadas ao Instituto, em distribuidores e em varejistas. Assim foi possível verificar o processo de impressão do código de identificação nas embalagens secundárias e a leitura e a transmissão dos dados gerados por todos os elos da cadeia do setor farmacêutico. O projeto-piloto foi fundamental para que a lei, que tem
crescimento econômico do país. Mas
prazo de implementação de três
em nosso entender, o maior e mais
anos, seja aplicada corretamente.
profundo malefício está na geração de
7
capa
Boas práticas de armazenagem e de transporte de medicamentos Cada vez mais se impõe o controle efetivo de toda a cadeia produtiva da indústria farmacêutica, incluindo o transporte e a armazenagem de produtos finais e matérias-primas. Esses temas ficaram mais relevantes com a recém publicada RDC 17 Luciana Fleury
P
or ser o setor que mais deman-
RDC 210/03. Chamada de “Bíblia da
como essa, primeiro se apresenta uma
da produtos e serviços de áre-
Indústria Farmacêutica”, por sua abran-
visão geral para depois analisar e discu-
as limpas e ambientes controlados no
gência, a RDC 17 trata de todos os
tir seus impactos específicos em cada
Brasil, toda a cadeia produtiva da indús-
aspectos, desde a pesquisa e desen-
item (veja artigo “Alguns aspectos da
tria farmacêutica merece uma atenção
volvimento até a expedição do produto.
nova RDC 17 de BPF e suas implica-
especial por parte das empresas forne-
Como sempre acontece em situações
ções” na Revista da SBCC ed. 47).
Os cuidados exigidos no armazenamento e transporte de medicamentos ainda estão referenciados por uma legislação muito antiga, a Portaria 802 de 1998
recer uma avaliação mais aprofundada
cedoras de soluções para o controle da contaminação em ambientes internos. Esse é o caso dos setores de transporte e armazenagem, que, apesar de não serem alvo de controles de alta sofisticação, podem gerar demandas por produtos e serviços relacionados ao controle de contaminação. O tema torna-se ainda mais relevante no momento da recente publicação de uma resolução que atualiza as Boas Práticas de Fabricação – BPF do setor,
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Um dos pontos que já começa a meé, exatamente, a questão do armazenamento, distribuição e transporte, ainda referenciada por uma legislação muito antiga, a Portaria 802 de 1998. E os desafios para essa atualização não são poucos. “A questão do transporte começou a ser tratada com mais rigor há cerca de cinco anos. Embora não exista legislação específica, têm-se assumido como conceito de boas práticas alguns
por meio da RDC 17/2010, publicada
requisitos que dizem respeito à escolha
em abril deste ano, em substituição à
da transportadora, com auditorias e
Fotos: Divulgação / Bomi Brasil
inspeção nas condições do caminhão
Empresas Transportadoras,”, explica
todos os pontos. “Este caminhão sai,
quando ele chega para retirar os produ-
Ana Maria, ressaltando que esse é ain-
vai para um pátio, a carga é desmem-
tos”, afirma a farmacêutica Ana Maria
da um processo em fase de construção,
brada e aí vai para norte, nordeste, sul,
Pellim, consultora da AMPellim Consul-
porque são muitas as variáveis, além
sudeste com diferentes tipos de presta-
toria e Serviços.
de haver um crescimento na oferta de
doras. A legislação sanitária determina
Ela conta que os fabricantes de
produtos biológicos, de biotecnologia,
que o produto farmacêutico não pode
produtos de cadeia fria têm exigido a
vacinas, que requerem condições de ar-
ser manipulado, armazenado e trans-
colocação (ou mesmo colocado) ins-
mazenamento a baixas temperaturas e
portado com outros tipos de produtos,
trumentos que acompanham a carga e
isso faz que o rigor seja cada vez maior.
mas é impossível saber se isso foi
monitoram como a temperatura varia
Ana Maria aponta como fonte de
cumprido na hora em que a divisão de
durante todo o transporte. “A Portaria
problemas que prejudicam o que seria
SVS/MS nº 1.052, de 29 de dezembro
a condição ideal de transporte a difi-
O transporte aéreo, segundo a
de 1998, determina quais são os docu-
culdade de se ter um real controle do
especialista, é também complicado.
mentos necessários para a obtenção
que ocorre a partir do momento em
De fato, não há por parte da indústria
da Autorização de Funcionamento de
que o medicamento deixa a planta. No
farmacêutica nenhuma possibilidade
Empresa (AFE), obrigatória para o
transporte rodoviário, por exemplo, o
de ação neste caso. “A mercadoria vai
transporte de medicamentos e produtos
caminhão que retira a mercadoria na
para um pátio ou mesmo para a pista
farmacoquímicos, e posteriormente a
indústria farmacêutica e é devidamente
e fica aguardando embarque. Se cho-
Resolução 329, de 22/07/99, que regu-
inspecionado não é, necessariamente,
ve, faz calor, se o avião atrasa, não
lamentou o Roteiro de Inspeção para
o mesmo que irá realizar a entrega em
há como controlar isso.” Ainda mais
mercadoria ocorre”, completa.
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capa problema global. A indústria faz o que pode, acompanha e controla. Mas são muitas questões que têm de ser ainda trabalhadas. E este é o momento que todo mundo está discutindo, porque o prejuízo é para todos, para quem vai usar o medicamento, para a indústria, para quem vendeu, para a própria transportadora, para a seguradora”, sinaliza a consultora.
Armazenamento O
armazenamento
correto
de
matérias-primas e medicamentos também é um ponto sensível na cadeia da indústria farmacêutica. Apesar do alto Fotos: Divulgação / Boehringer Ingelheim do Brasil
nível de controle possível enquanto isto está sendo feito dentro do ambiente da própria planta, cada vez mais se opta pela terceirização. “Estoque ocupa um espaço muito grande. Então, a tendência das empresas é terceirizar parte do estoque dos produtos para aumentar a capacidade produtiva, o que fez surgir a figura do operador logístico, cuja regulamentação está em discussão”, diz Ana Maria. Atualmente, segundo a
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problemático é o transporte marítimo.
estava verde, com algo não identificado
consultora, estes operadores logísticos
Como não existem contêineres dedi-
escorrendo. O que aconteceu? Teori-
têm obrigatoriamente de oferecer as
cados ao transporte de medicamento,
camente o contêiner estava fechado,
mesmas condições das utilizadas em
esses itens são transportados nos
mas havia um furo, choveu e teve infil-
um estoque mantido na indústria, que
contêineres para produtos perecíveis,
tração”, relata Ana Maria, comentando
basicamente exige que as condições de
como alimentos.
que apesar da carga estar segurada, os
umidade e temperatura sejam mantidas
A mesma questão se estende à ma-
prejuízos são vários, como a quebra do
estáveis e dentro daquilo que os testes
téria-prima. Legalmente, os mesmos
ciclo de produção, pois o insumo espe-
de estabilidade indicaram para cada
cuidados determinados para o medi-
rado não chegou à linha produtiva e foi
produto.
camento devem ser aplicados para os
necessário fazer o controle microbioló-
Apesar da tendência crescente
insumos farmacêuticos. No entanto, há
gico de todo o lote para ter certeza de
de terceirização, a perspectiva é a de
um tráfego intenso de matéria-prima
que o restante do material também não
que as normas regulatórias não per-
importada, geralmente trazida por na-
tinha sido contaminado.
mitam que haja a terceirização total
vios, sujeita às mesmas dificuldades.
“O transporte é uma das áreas que,
do estoque. Ana Maria credita essa
“Caso concreto de um cliente: ele rece-
eu acredito, hoje está mais frágil porque
possível decisão às imensas diferen-
beu um contêiner com 40 barricas de
a circulação de mercadorias aumentou
ças regionais do país. “Há uma grande
matéria-prima. Em três delas a tampa
muito no mundo todo e isso agora é um
preocupação da Vigilância Sanitária
de que quando o produto não está na mão do fabricante, não se tem certeza do que está acontecendo. O Brasil é muito grande e a realidade dos grandes centros urbanos não é a mesma das pequenas localidades ou mesmo de capitais não tão desenvolvidas nesta área. A Lei é uma só e precisa contemplar isso. É muito difícil equalizar as diferenças regionais. Embora uma grande
As áreas de armazenamento possuem diferentes níveis de temperatura para manter os estoques de acordo com os requisitos específicos de cada produto
entre as partes, qualquer problema no consumo de um produto respingará na imagem de quem tem seu nome estampado na embalagem. O consumidor não questionará se o evento que comprometeu a eficácia do produto ocorreu quando ainda sob responsabilidade exclusiva do fabricante. Por isso, o mesmo rigor de controle dos processos produtivos (atividade fim da indústria)
quantidade de empresas tenha total
é utilizado no trato com fornecedores
condições de acompanhar a terceiri-
ou mesmo na realização de atividades paralelas, como a estocagem.
zação de seu estoque, qualificando, estando presente, exigindo relatórios,
nagem e distribuição, o que pode gerar
É o que ocorre na Boehringer In-
existe sempre o risco de outras que não
impactos que estão fora de seu controle
gelheim do Brasil, cuja produção anual
vão acompanhar. E aí como é que fica
direto, zelar pela manutenção da qua-
é de aproximadamente 80 milhões de
a condição do produto?”, questiona Ana
lidade do medicamento acaba se tor-
unidades/ano. Além de aplicar critérios
Maria.
nando uma obsessão para a indústria
rigorosos na escolha de seus fornece-
Por mais que conte com diversos
farmacêutica. O setor está consciente
dores de matérias-primas, a empresa
fornecedores de insumos ou mesmo
de que, por mais que legalmente a res-
realiza um acompanhamento deta-
terceirize parte do processo de armaze-
ponsabilidade possa ser compartilhada
lhado, com auditorias e verificação de
capa As faixas de temperatura de armazenamento podem variar entre -70ºC / -20ºC / 2°C a 8°C / 8°C a 15°C / 15°C a 25°C e temperatura ambiente
características especiais de cada material. Itens com alta toxidade ocupam Foto: Divulgação / Bomi Brasil
setores especiais e os de alta inflamabilidade são armazenados segregados, fora do prédio fabril. Algumas matériasprimas são incompatíveis quimicamente porque podem reagir, então exigem que sejam guardadas separadamente. E há, ainda, a questão dos materiais controlados por sua periculosidade, performance que, conforme o desem-
os mesmos cuidados que os adotados
que precisam ficar segregados com
penho, determina a ampliação ou redu-
na estocagem do produto finalizado:
controles rígidos e acesso restrito e
ção do volume de negócios com aquele
eles precisam ser estocados de acordo
documentado.
fornecedor. Como forma de estímulo,
com os seus requisitos específicos,
Um ponto que impacta no geren-
inclusive, realiza uma premiação anual
como permanecer em determinada
ciamento do estoque é o ciclo de vida
para reconhecer aqueles que melhor a
temperatura, entre outros. “Uma es-
de cada insumo e produto que não
atenderam.
sência, por exemplo, precisa de uma
podem ser utilizados ou distribuídos em
Um dos primeiros momentos dessa
temperatura baixa, como geladeira,
datas próximas ao fim de sua validade.
avaliação ocorre rotineiramente, no
então ela é guardada em uma câmara
“É claro que a compra do material e a
recebimento do material, quando é re-
ou geladeira. Produtos que precisam
previsão de produção estão baseadas
alizada a chamada aprovação pelo con-
de controle de umidade relativa, devem
no ciclo de vida. Em uma linha ideal,
trole de qualidade da matéria-prima. Em
permanecer em uma área com controle
nada deveria vencer, pois o consumo
uma sala de amostragem desenhada
de umidade”, explica Nilce Tomokane,
da matéria-prima ou a distribuição do
para evitar a contaminação, uma em-
diretora da fábrica da Boehringer Inge-
produto deveria sempre ocorrer antes
balagem é aberta e tem uma amostra
lheim do Brasil. “O almoxarifado deve
do vencimento”, explica Nilce. Outra
analisada para, só depois de aprovada,
ser projetado de acordo com as neces-
ocorrência possível é a descontinuida-
o lote recebido seguir para o estoque.
sidades de produtos e matérias-primas.
de, quando a indústria deixa de usar um
Enquanto os testes são realizados, o
E mais do que isso, esses parâmetros
determinado insumo ou medicamento
material fica estocado em uma área
precisam ser monitorados para que
ou, por exemplo, devido a mudança
de quarentena. Caso seja encontrado
se tenha evidências de que o produto,
na arte gráfica do rótulo sendo neces-
algum parâmetro fora de especificação,
durante seu período de estocagem,
sário fazer todo um planejamento para
o material é bloqueado.
esteve armazenado dentro dos seus
escoar o estoque antes de se adotar
requisitos.”
a novidade. Porém se há sobras, elas
Os insumos aprovados seguem en-
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tão para o armazenamento, seguindo
Além disso, é preciso considerar as
são reprovadas, segregadas e o devido
destino é dado, ou seja, são recicladas
damente 10.000 posições pallet. Atual-
sil ainda não terceiriza seu estoque o
ou incineradas. Todo esse complexo
mente, matérias-primas e materiais de
mesmo não ocorre com a distribuição,
sistema é gerenciado de forma informa-
embalagem ocupam 52% dessa área
realizada totalmente por fornecedores.
tizada, o que permite uma visão on time
enquanto o restante é dedicado aos
Novamente, a garantia da qualidade é
da localização e status de cada lote.
produtos finalizados. A área é dividida
buscada por meio de processos crite-
Nilce lembra também que a legisla-
em função das demandas de condi-
riosos na escolha das transportadoras,
ção exige procedimentos que garantam
ções adequadas de temperatura de
somados a auditorias, acompanhamen-
a preservação e a segurança do meio
cada produto 2°C a 8°C / 8°C a 15°C
to de relatórios e exigência de validação
ambiente. Dessa forma, são determi-
/ 15°C a 25°C e temperatura ambiente.
das condições do transporte. “É preciso
nadas ações que evitem ou minimizem
Todo o espaço é próprio e, atual-
garantir que o medicamento que saiu do
os riscos de danos ambientais no caso
mente, tem condições de atender a
almoxarifado com a qualidade assegu-
de acidentes, vazamentos de produtos
todo o volume produtivo. “Apesar de ser
rada estará nestas mesmas condições
químicos, etc., decorrentes do manu-
uma prática muito comum a terceiriza-
após o transporte”, afirma Nilce.
seio desses elementos.
ção das áreas, não recorremos a esse
Tudo começa com o produto final
expediente porque nosso almoxarifado
que, depois de permanecer em qua-
ainda é suficiente”, comenta Nilce.
rentena, até que sejam realizados os
Para dar conta da tarefa, a Boehringer Ingelheim do Brasil possui uma área de armazenagem que conta com duas divisões low bay e high bay, localizada em Itapecerica da Serra, na
testes de controle de qualidade do lote
Distribuição
região metropolitana de São Paulo, com capacidade de estocar aproxima-
respectivo, é liberado para comercialização. Nesse momento, não há uma separação física entre os produtos,
Se a Boehringer Ingelheim do Bra-
mas sim uma separação lógica, infor-
capa informática”, avalia.
bricante, entregá-lo para uma transportadora que irá levá-lo até o comprador.
A figura do operador logístico
As diferentes condições exigidas por cada tipo de medicamento, a necessidade de manter suas características
Foto: Divulgação / Bomi Brasil
físico-químicas e todos os cuidados relacionados à segurança, torna o cumprimento dessas etapas algo bastante
macêutica otimize o uso do espaço de
complexo.
sua planta para a produção, além de
“Precisamos garantir que a especifi-
ser uma forma de manter um estoque
cação de cada produto será respeitada
estratégico de segurança. Essa prática,
em todas as fases. Por isso, antes de
cada vez mais adotada, vem ampliando
efetivamente começarmos a trabalhar
a importância da figura do operador
com um novo cliente, temos de analisar
logístico nesta cadeia, numa relação
nossa real capacidade de atendimento,
que exige transparência e a garantia
verificando qual é a categoria do pro-
de que o produto passará incólume por
duto, se nossas licenças nos permitem
todo o processo, chegando ao seu des-
trabalhar com ele, se há alguma incom-
tino final com a mesma qualidade com
patibilidade química com os produtos
que saiu da linha de fabricação. “Tudo
que já operamos. Só trabalhamos com
matizada. Ou seja, o status será altera-
é feito para que trabalhemos como se
o que é compatível com nossa linha de
do no sistema tão logo a aprovação da
fôssemos uma extensão natural da
atuação”, diz a gerente de qualidade.
qualidade ocorra.
planta”, explica Leila Landini, gerente
Levado até o local de carregamento
de qualidade da Bomi Brasil, empresa
em docas, o produto é colocado em em-
de logística que atua há 12 anos no
balagens ou caminhões com proprieda-
mercado brasileiro.
de para preservar suas condições até o endereço de entrega.
14
A decisão de terceirizar parte do estoque permite que a indústria far-
Armazenagem terceirizada
A isonomia no tratamento acontece até mesmo por força da ausência
Uma vez inventariadas as condi-
“As exigências e controles são
de uma regulamentação específica
ções de armazenamento de cada pro-
grandes. Quando temos caminhões re-
que trate exclusivamente do operador
duto, a Bomi está pronta para receber
frigerados, nosso check list verifica se o
logístico, o qual, dessa forma, deve
(ou retirar, caso assim prefira o cliente)
veículo ou contêiner está com o set up
atender às mesmas condições legais
o medicamento. O tipo de caminhão
correto para seguimento do transporte.
impostas aos fabricantes em termos de
define em qual doca ele deverá atracar.
E o monitoramento de temperatura du-
armazenamento e transporte. “Somos
Na doca da cadeia fria, o caminhão re-
rante o transporte ocorre para alguns
inspecionados pela Vigilância Sanitá-
frigerado se conecta a um vedante para
destinos de exportação, como Argenti-
ria, mas em nome do cliente. Com isso,
que não seja exposto ao ar externo.
na, Bélgica e Grécia por solicitação dos
temos mais de 40 auditorias por ano, no
Nessa área, o recebimento e descar-
clientes”, detalha Nilce.
caso da Bomi Brasil (divisão especiali-
regamento acontece em um ambiente
Finalizando, Nilce chama atenção
zada em produtos de Saúde). Na Bomi
cuja temperatura é mantida entre 2ºC
para o ponto que ela considera a base
Farma (divisão voltada para produtos
e 8ºC. Cargas que solicitam tempera-
de todos os pilares da questão de
farmacêuticos), o número salta para 80
tura ambiente são trabalhadas em uma
estocagem e distribuição que é a qua-
auditorias anuais”, afirma Leila.
doca normal.
lificação da mão de obra empregada
De forma bastante resumida o tra-
Antes de se descarregar, verifica-se
nesses processos. “Tudo isso exige um
balho do operador logístico é receber
se o veículo atracou na doca correta e
pessoal competente com conhecimen-
o medicamento, estocá-lo e, de acordo
inicia-se a inspeção da carga recebida,
tos de BPF, de classificação de áreas e
com os pedidos de faturamento do fa-
quando é verificada a condição do veí-
culo em termos de higiene, integridade
são validadas para confirmar o respeito
informação de que ocorreu um fatura-
e temperatura. Já os produtos são veri-
às faixas de temperatura em todos os
mento por parte do cliente. Trata-se da
ficados com relação a código, quantida-
pontos do armazém, e há planos de
retirada do produto correto, na quanti-
de, lote e integridade física. Um técnico
contingência, com geradores aciona-
dade correta, seguido de um processo
avalia se não houve rompimento de em-
dos no caso de falta de energia. Com
de embalagem que previna avarias du-
balagem, se os lotes batem com o que
relação à umidade, não existem requi-
rante o transporte. Um ponto crucial em
estava programado (ou com a licença
sitos que exijam esse controle, porém
todo este processo é a rastreabilidade,
de importação, se for o caso), e se as
há uma obrigatoriedade no registro de
vital em casos de recalls.
quantidades estão corretas.
como ela se manteve ou oscilou, para
A forma de armazenamento dos produtos
aprovados
obedece
simples monitoramento.
“O grande desafio no nosso trabalho está em diferenciar, conhecer em
aos
Essa separação física está espe-
profundidade as particularidades das
critérios de temperatura, usando as
lhada em um sistema informatizado de
linhas de produtos dos clientes, repre-
mesmas faixas utilizadas na Boehrin-
gerenciamento, que permite a localiza-
sentada por uma diversidade muito
ger. Para tanto, a Bomi, cujo centro de
ção do produto de forma instantânea.
grande de itens que não podem ser
operações está localizado em Itapevi,
Sejam pallets completos ou prateleiras
tratados de forma única”, diz a gerente
na região metropolitana de São Paulo,
menores, todos possuem uma identi-
de qualidade da Bomi. “São produtos
possui uma área total de 23 mil metros
dade que se corelaciona ao sistema
com configurações diferentes, alguns
quadrados de estocagem, sendo 10 mil
lógico de gerenciamento do armazém.
delicados, outros, por exemplo, que
metros quadrados dedicados às câma-
Será essa localização que irá permitir
não podem ser tombados. É um conhe-
ras frias de -70ºC, de -20ºC e de 2ºC
a etapa seguinte, chamada de picking
cimento que precisa ser adquirido e é
a 8ºC. Todas as áreas e câmaras frias
e packing, realizada tão logo chegue a
aprimorado com o tempo, não é uma
Case: Opto Eletrônica
Filmes finos de qualidade superior
Opto investe em áreas limpas para ampliar a qualidade da produção de filmes finos. A necessidade foi reforçada com a entrada da empresa nos projetos aeroespaciais desenvolvidos pelo INPE Alberto Sarmento Paz
G
anhar a licitação promovida pelo
pectral, destinada ao monitoramento
projeto de desenvolvimento de câmera
INPE – Instituto Nacional de
ambiental e gerenciamento de recur-
AWFI do Satélite Amazon I, também
Pesquisas Espaciais para a produção
sos naturais) e WFI (capacidade para
do INPE, mas destinado ao sistema de
de câmeras espaciais destinadas ao
imagear – mapear em imagens – uma
defesa do país.
projeto CBERS 3 e 4 (Satélite Sino-
faixa de 866 km de solo, com resolução
A entrada no mercado de satélites
Brasileiro de Recursos Terrestres),
de 64 metros). Dias explica que a Mu-
levou a Opto a implementar sua primei-
levou a Opto Eletrônica a promover
xfree foi totalmente desenvolvida pela
ra área limpa em 2006, para integrar as
uma verdadeira revolução em sua di-
empresa e trata-se da primeira câmera
etapas de montagem elétrica, eletrôni-
visão de Filmes Finos. A empresa já
do gênero desenvolvida e produzida in-
ca e óptica para as câmeras. “A fabri-
atua nesse segmento há cerca de duas
teiramente no Brasil. O CBERS-3 será
cação de componentes e peças para a
décadas com duas áreas de negócios:
lançado em 2011 (a versão 4 em 2013)
indústria aeroespecial deve seguir con-
antirreflexo em lentes oftalmológicas
e as câmeras serão usadas no módulo
troles ambientais rígidos de produção,
e filmes finos especiais aplicados em
de carga útil. É interessante ressaltar
principalmente quanto aos controles
componentes ópticos (prismas, lentes
que esses modelos de câmeras dos
de temperatura, variação de umidade
para microscópios, filtros para equipa-
satélites CBERS 1 e 2 foram forneci-
e circulação de particulados”, observa
mentos a laser, refletores médicos e
dos pela China. Além dessas câmeras,
Dias. Dois anos depois, a equipe de
odontológicos, lentes e filtros para equi-
a Opto participa de um outro desafio: o
Engenharia da Opto passou trabalhar
pamentos militares e etc). “Já havia um movimento na empresa para atualizar e ampliar a capacidade de produção do processo de filmes finos especiais com objetivo de ampliar a produtividade e a qualidade da operação. A necessidade foi reforçada com nossa entrada nos projetos aeroespaciais desenvolvidos pelo INPE”, explica Maurício Kronka Dias, gerente de produção da área de Filmes Finos.
16
As câmeras produzidas nas áreas limpas da Opto serão usadas nos satélites CBERS 3, que será lançado em 2011, e CBERS 4, em 2013
em um amplo projeto de modernização e ampliação das áreas limpas prevendo o aumento da demanda e a maior necessidade de controle do ambiente interno de produção. Após cotações e contatos, a Opto fechou parceria com a CACR para um turn-key de sua nova área de produção da Divisão de Filmes Finos Especiais. Apesar de fechar a proposta no primeiro semestre de 2009, a obra só teve
A licitação prevê o fornecimento
início em 2010, em razão da programa-
de câmeras Muxfree (câmera de 20
ção de produção da Opto para atender
metros de resolução no solo, multies-
compromissos já assumidos de equi-
Fotos: Divulgação / Opto
Montagem de componentes sob fluxo unidirecional para garantir a qualidade do produto final pamentos médicos e odontológicos.
nos Especiais foi o estabelecimento de
“Na verdade, em nenhum momento a
parâmetros técnicos. Além de usar as
produção foi totalmente interrompida, o
normas técnicas relacionadas às áreas
que foi um desafio muito grande. Hou-
limpas, foram levadas em conta as nor-
ve grande comprometimento das áreas
mas para a produção de componentes
de Planejamento de Produção e de En-
aeroespaciais e exigências do INPE e,
genharia envolvidas na operação para que o impacto – sujeira no ambiente e volume de produção, entre outras variáveis – fosse minimizado nos cinco meses efetivos de obra. E o resultado final foi excelente, conseguimos tocar a obra com muita segurança, dentro do cronograma e atendendo a todos os requisitos do projeto”, conta Dias, explicando ainda que, em determinados momentos, a produção foi reduzida em Inspeção final de componentes prontos em ambiente ISO classe 6
São 85 metros quadrados de áreas limpas, sendo 37 metros ISO classe 7 e 48 metros ISO classe 6. Existem ainda fluxos unidirecionais ISO classe 5
80%. Outro desafio na construção da área limpa para a Divisão de Filmes Fi-
17
Case: Opto Eletrônica empresa ultrapassa os 7.200 metros quadrados). Projetado de forma a otimizar ao máximo a linha de produção, o empreendimento abriga 37 metros quadrados de três ambientes ISO classe 7 (antecâmara, área de preparo e de circulação) e 48 metros quadrados de três ambientes ISO classe 6 (duas áreas técnicas de produção que abrigam ainda fluxos unidirecionais ISO classe 5 e lavadora). O restante do espaço abriga duas áreas de conforto (sala técnica e expedição/recepção de materiais). É importante salientar que não exisAmbiente ISO classe 6 para a aplicação de filmes finos
te legislação sobre as especificações para ambientes de produção de filmes finos. Existem apenas recomendações de limpeza em áreas de integração (montagem) de componentes eletrônicos. O grupo de estudo da empresa avaliou que, devido ao uso do produto e das exigências dos clientes finais, seria efetivo trabalhar com elevados padrões de classificação. “O investimento levou em conta minimizar todas as possibilidades de risco que pudessem comprometer a operação. Há um certo excesso de zelo nas opções que fizemos, porém, elas nos trazem enorme confiabilidade e, consequentemente, ganhos em produtividade”, observa Dias.
Antessala para paramentação em situações nas quais não havia clara definição dos parâmetros, os profissio-
As áreas limpas
nais envolvidos nessa etapa definiram
18
as especificações, levando em conta
A área de produção da Divisão de
as experiências de mercado e a bus-
Filmes Finos Especiais faz parte da
ca pela excelência. Desse grupo de
planta industrial da Opto, localizada na
estudos fizeram parte Mário Stefani,
cidade de São Carlos, interior de São
diretor de Pesquisa e Desenvolvimento
Paulo. A Divisão conta com 250 metros
da Opto, Nelson Maurici Antonio, vice-
quadrados, sendo que 85 metros qua-
presidente e diretor da Divisão de Fil-
drados são classificados com acesso
mes Finos, além do próprio Dias.
restrito (a área total ocupada pela
Nas áreas ISO classe 6 estão previstas 60 trocas de ar por hora, enquanto nas ISO classe 7 são 30 trocas de ar por hora e na sala técnica 20 trocas por hora
O acesso dos operadores se dá
de uma câmara termovácuo, na qual
por antecâmara e as matérias-primas
óxidos metálicos e metais são fundi-
e produto final entram por uma sala de
dos, depositando-se na superfície do
recebimento anexa à área de circula-
componente. “Esse processo melhora
ção (corredor principal). Por meio de
o desempenho óptico da peça, falamos
caixas de passagem, os componentes
‘filmes finos’ pois as camadas depo-
ópticos entram nesse ambiente classifi-
sitadas são medidas em nanômetros.
cado e são levados para o processo de
Após a aplicação, os componentes são
limpeza em equipamentos localizados
inspecionados na sala de espectrofoto-
na sala da lavadora, de onde passam
metria - também conhecida como sala
para uma das duas salas de produção
de inspeção – e encaminhados para
onde ficam as evaporadoras (câmaras
a expedição, onde são embalados e
de vácuo para aplicação de filmes fi-
enviados para a montagem dos equi-
nos). “Nesses ambientes aplicamos os
pamentos.”
filmes finos especiais, os quais dotam
Para garantir o controle de particu-
os componentes com características
lados, a planta opera com cascata de
óticas especificadas em projeto”, conta
pressão: a área de circulação e ante-
Dias, explicando ainda que “filme fino”
câmara tem 10 Pa de pressão contra
é o nome dado ao tratamento superfi-
20 das áreas de produção, lavadora
cial geralmente aplicado em lentes ou
e espectrofotometria, garantido que o
outros componentes ópticos dentro
ar não entre nesses ambientes mais
Corredor interno da produção, ambiente ISO classe 7
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Case: Opto Eletrônica
Opto: foco em inovações tecnológicas A Opto Eletrônica é uma empresa
zidos pela empresa.
sores a laser para sistemas mili-
de tecnologia no ramo de optoe-
Entre 1988 e 1992, a Opto se dedi-
tares de defesa, como espoletas
letrônica, com atuação nas áreas
cou a desenvolver aplicações indus-
para mísseis antiaéreos e sistemas
médica, industrial, de componentes
triais para os lasers Hélio-Neônio
de guiamento a laser para mísseis
ópticos, aeroespacial e de defesa.
que fabricava. Nesse período, a em-
antitanque.
Localizada em São Carlos, interior
presa colocou no mercado quase
Em 1996, a OPTO foi pioneira ao
de São Paulo, a Opto recebeu, em
4.000 mil equipamentos, entre posi-
introduzir no mercado brasileiro o
2009, o Prêmio FINEP de Inovação
cionadores para indústria de pneus,
tratamento antirreflexo para lentes
na categoria Média Empresa. Esse
inovadoras adaptações a laser para
de óculos. A empresa segue hoje
reconhecimento integra a história
teodolitos (instrumentos para topo-
como a única no País com certifi-
de desafios e conquistas da Opto,
grafia), sistemas de alinhamento de
cação ISO para a realização desse
que, desde a sua criação, em 1985,
trilhos para a Companhia Vale do
tipo de trabalho, com mais de 1
contribui para transformar conheci-
Rio Doce, entre outros.
milhão de pares de lentes tratados.
mento e alta tecnologia em rique-
O domínio de tecnologias nas áreas
Além da produção em São Carlos,
zas genuínas para a sociedade e
de óptica e eletrônica levou a Opto,
a unidade Antirreflexo em Lentes
para as próximas gerações.
em 1992, a entrar no mercado de
Oftálmicas tem mais quatro áreas
Criada a partir da concretização
equipamentos médicos-oftálmicos,
de produção: São Paulo, Fortaleza,
do sonho de seus fundadores, na
inicialmente distribuindo lasers fo-
Porto Alegre e Brasília.
época pesquisadores e técnicos do
tocoaguladores para retina e, em
Com a experiência em equipamen-
Instituto de Física do Campus da
seguida, desenvolvendo e produ-
tos militares e de alta tecnologia, a
USP em São Carlos, a Opto tem
zindo os próprios equipamentos.
Opto foi convidada a participar das
uma vasto histórico de inovações.
No ano seguinte iniciou a produção
licitações para o desenvolvimento
A empresa foi a primeira do Hemis-
dos primeiros componentes óti-
e fabricação das câmeras dos sa-
fério Sul a produzir um laser - no
cos com qualidade aeroespacial:
télites sino-brasileiros CBERS 3,
caso, o laser HeNe (Hélio-Neônio).
os prismas de alta precisão para
CBERS 4 e Amazônia 1, que levou
Na sequência, a empresa fabricou
sistemas de imageamento, e logo
à empresa a se valer da tecnologia
o primeiro leitor de códigos de
depois passou a desenvolver sen-
de áreas limpas para garantir a
barra para uso em supermercados (tecnologia posteriormente vendida à Itautec). Logo no primeiro ano de vida, nacionalizou a produção de filtros azuis, utilizados na fotopolimerização de resinas dentais e de refletores odontológicos - produtos fabricados pela empresa até hoje. Apenas nas primeiras duas décadas de produção, mais de um milhão de refletores odontológicos foram fabricados pela Opto – o que corresponde a mais de um milhão de consultórios odontológicos no mundo utilizando refletores produ-
20
rígidos do ponto de vista de controle de
utilizados mais de 500 metros quadra-
ratura local (sala técnica) e condiciona-
contaminação. Também não há possi-
dos de divisórias padrão salas limpas,
dor de ar do tipo “mini split” (recepção
bilidade de acesso às áreas de conforto
constituídas por dois revestimentos
e expedição de materiais).
(almoxarifado e sala técnica) pelos am-
metálicos interligados por um núcleo
Nas áreas classificadas, foi utiliza-
bientes classificados. Nas áreas ISO
isolante de EPS – poliestireno expandi-
do condicionador de ar composto por
classe 6 estão previstas 60 trocas de
do, entre outras características.
unidade de tratamento e resfriamento
ar por hora, com insuflamento de 8.300
de ar do tipo AHU (Air Handling Unit)
metros cúbicos por hora, enquanto nas
horizontal com caixa de mistura, ven-
ISO classe 7 são 30 trocas de ar por hora e insuflamento de 3.200 metros
Sistema de arcondicionado
cúbicos por hora e, na sala técnica, 20
tilador centrífugo de dupla aspiração, serpentinas, estágios de filtragem, dampers e demais acessórios. A casa
trocas por hora e isuflamento de 3.300
Para garantir a excelência, a insta-
de máquinas está localizada no pa-
metros cúbicos por hora. Já a tempera-
lação conta com um sistema de con-
vimento superior (sobre a circulação
tura é de 22ºC (mais ou menos 2ºC) em
dicionamento do ar do tipo expansão
geral), ocupando cerca de 35 metros
toda unidade.
direta que atende todas as áreas clas-
quadrados.
A arquitetura dos ambientes levou
sificadas, com capacidade de 15 TRs
O insuflamento nas áreas classi-
em conta os padrões de áreas limpas.
(a área técnica conta com um sistema
ficadas é feito pelo forro, por meio de
Todo o ambiente de produção, inclusi-
com capacidade de 5 TRs). As áreas
caixas de filtragem terminais com di-
ve o setor de recebimento/expedição,
de conforto, por sua vez, são atendidas
fusores com registros, e o retorno de
recebeu piso em epóxi monolítico, num
por condicionador de ar do tipo “self
ar se dá por grelhas com registro (via
total de 190 metros quadrados. Foram
split” com controle unitário de tempe-
shaft a 30 centímetros do piso para as
Case: Opto Eletrônica As áreas classificadas são atendidas por um condicionador com capacidade de 15 TRs
áreas ISO classe 6 e ISO classe 7), caminhando até a caixa de mistura do respectivo condicionador de ar na casa de máquinas. O sistema supervisório instalado é do tipo PLC – incorporado ao inversor –, que trabalha de modo stand alone, software com configurações básicas, protocolo aberto e todos os periféricos Preparação de equipamento (evaporadora) para aplicação de filme fino
de atuação (sensores, pressostatos, atuadores, entre outros).
A SBCC Oferece: Ficha Técnica - Divisão Filmes Finos - Opto* Projeto executivo e instalação
CACR Engenharia
AHU, dampers, filtros e difusores
Trox
Condensador
Trane
Piso
Solepoxy
Seminários C
Grupos de trabalho
M
Y
CM
Participação em eventos e feiras
MY
Divisórias, forro auto portante, portas, visores e caixas de passagem
Dânica
Dutos
CACR Engenharia
Automação e integração dos sistemas
CACR Engenharia
Comissionamento
Térmica
CY
CMY
Informações atualizadas do setor
Revista SBCC
K
*Informações cedidas pela Opto Eletrônica Renato Gimenes, da CACR Enge-
ceiramente viável. “Apesar de usarmos
nharia, explica que como se tratava de
o padrão GMP da indústria farmacêuti-
um negócio novo para a instaladora, os
ca, o negócio da Opto é totalmente di-
maiores desafios estavam exatamente
ferente e nossos profissionais tiveram
na elaboração de um projeto executivo
que conhecer a fundo o processo de
que atendesse todas as especificações
produção e suas peculiaridades para
técnicas, em um prédio já existente, e
formatar um projeto de excelência”,
que apresentasse uma solução finan-
argumenta.
www.sbcc.com.br
CACR Engenharia e Instalações Ltda. Av. dos Imarés, 949 • Indianópolis 04085-002 • São Paulo • SP Tel: (11) 5561-1454 Fax: (11) 5561-0675 Produtos: • Projeto Executivo • Sistemas de Ar Condicionado Central • Sistema de Ventilação Industrial • Salas Limpas • Sistema de Coleta de Pó • Climatização Têxtil • Sistemas de Recuperação de Resíduos
Mauricio Kronka Dias, gerente de Produção Filmes Finos, e Nelson Maurici Antonio, vice-presidente da Opto e diretor de Filmes Finos
• Comissionamento, Validação • Contrato de Manutenção
23
www.cacr.com.br • cacr@cacr.com.br
Associados SBCC EMPRESA
TEL.
ÁBACO Construtora Ltda. .................................................................. 62 3091-2131
TEL.
Dânica Termoindustrial Brasil Ltda............................................... 11 3043-7891
ABL ANTIBIÓTICOS DO BRASIL LTDA........................................................ 19 3872-9300
Daiichi Sankyo Brasil Farmacêutica Ltda..................................... 11 4689-4500
ABECON AR COND. E REFRIG.................................................................... 11 4345-4777
DHL DIAGNÓSTICA HOSPITALAR LTDA .................................................... 67 3318-0300
Accept Com. Manut. e Qualificação e Ar Cond. Ltda. .............. 11 2215-4515
Divorse Divisórias e Comércio de Acessórios p/ Sala Limpa EPP.. 11
AC INTERCON SALAS LIMPAS ENG.INST. ESPECIAIS LTDA................... 11 3331-6576
Ecoquest do Brasil Com. e Serv. p/ Purif. de Ar e Água Ltda..... 11 3120-6353
5524-5486
ACHÉ LABORATÓRIO FARMACÊUTICO S/A.............................................. 11 5546-6872
EMAC - ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO LTDA. ..................................... 31 2125-8500
AÇOR ENGENHARIA LTDA.......................................................................... 11 3731-6870
EMPARCON - TESTES, AJUSTES E BALANC. S/C LTDA. ........................ 11 4654-3447
Adriferco Engenharia e Consultoria Ltda. ............................... 11 3773-7274
Enfarma Consultoria em Engenharia Farmacêutica............... 21 2443-6917
AEROGLASS BRASILEIRA S/A FIBRAS DE VIDRO . ................................. 11 4616-0866
Eng Clean Controle de Contaminações Ltda............................. 38 3221-7260
AIR CLEAN CONT. CONTAM. AMB. S/C LTDA. .......................................... 19 3252-2677
ENGEFARMA CONSULT. E SERVIÇOS LTDA. ........................................... 21 2456-0792
Air Conditioning Total Service Ltda............................................... 11 3202-3344
Engepharma Soluções Integradas ............................................... 11 9606-9466
AIR NET COM. E SERV. DE AR COND. LTDA............................................. 11 2272-2465
ENGINE COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA.................................................... 27 3326-2770
AIR QUALITY ENGENHARIA LTDA.............................................................. 62 3224-2171
EQUATORIAL SISTEMAS............................................................................. 12 3949-9060
AIR TIME AR CONDICIONADO LTDA.......................................................... 11
24
EMPRESA
3115-3988
ERGO ENGENHARIA LTDA. ........................................................................ 11 3825-4730
Albras Ind. e Com. de Equip. para. Laboratório Ltda................ 16 3635-5845
Eurotherm Ltda. .................................................................................... 19 3112-5333
Alcard Indústria Mêcanica Ltda. .................................................... 11 2946-6406
FAMAP - FARM. MANIP. PROD. PARENT. LTDA. ....................................... 31 3449-4700
ALPHALAB COMERCIAL CIENTÍFICA.......................................................... 62 3285-6840
FARMÁCIA DERMACO LTDA. . .................................................................... 53 3232-9987
ALSCO TOALHEIRO BRASIL LTDA.............................................................. 11 2198-1477
FARMOTERÁPICA PHYTON FORM. MAG. E OFIC. LTDA. ....................... 11 5181-3866
AMV Controle Ambiental...................................................................... 19 3387-4138
FBM INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA.................................................... 62 3333-3500
ANÁLISE CONSULTORIA E ENGENHARIA LTDA....................................... 11
FILAB CONTROLE DE CONTAMINAÇÃO LTDA. ........................................ 19 3249-1475
5585-7811
APORTE NUTRICIONAL FARMÁCIA DE MANIP. LTDA............................... 31 3481-7071
Filtex Montagens e Com. de Sis. e Comp. para Filt. Ltda.......... 19 3229-0660
Apsen Farmacêutica S/A....................................................................... 11 5645-5040
FILTRACOM SIST. & COMPON. P/ FILTR. LTDA. ....................................... 19 3881-8000
ARCONTEMP AR COND. ELÉTRICA LTDA.................................................. 17 3215-9100
Filtrax do Brasil Ltda........................................................................... 11 4771-2777
ARDUTEC COM. INSTALAÇÕES E ASSESS. LTDA. . ................................ 11 3731-2255
Five Consult. e Validação de Sistemas Comp............................... 15 3247-4536
ARMACELL BRASIL LTDA............................................................................ 12 3648-6900
Focum DM Validação.............................................................................. 31 3476-7492
ARRUDA E LEFOL SAÚDE AMBIENTAL...................................................... 19 3845-2322
Fresenius Kabi Brasil............................................................................ 11 2504-1400
AS MONTEC ENG. CONSTR.COMÉRCIO LTDA......................................... 19 3846-1161
Full Gauge Eletrocontroles Ltda................................................. 51 3475-3308
ASTEPA REFRIGERAÇÃO Ltda.................................................................. 83 3341-5494
Fundação de Apoio á Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação - EB.. 21 2410-6256
AT ENGENHARIA........................................................................................... 11 2642-7070
Fundação de Assis., Est. e Pesq. de Uberlândia (FAEPU) ......... 34 3218-2531
BARDUSCH ARREND. TÊXTEIS LTDA. ...................................................... 41 3382-2050
Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto.................................. 16 2101-9300
BERNA / Grupo vidy................................................................................. 11 4787-3122
FUNDAMENT-AR CONS. ENG. PLANEJ. LTDA........................................... 11 3873-4445
Bioarplus Controle de Contaminação Ltda. ............................. 19 3887-1886
GABMED PRODUTOS ESPECÍFICOS LTDA............................................... 11 5181-2224
BIOCAMPO 2000 PRODUTOS BIOLÓGICOS LTDA. . ................................ 21 3592-1002
GANUTRE - GAN RIO APOIO NUTRICIONAL LTDA. ................................. 21 2589-4763
Bioquímica Suprimentos Analíticos................................................ 16
2138-6111
GERLAB COMÉRCIO DE MÓVEIS EQUIP. LTDA........................................ 11 5579-5222
Biosafe - Biossegurança do Brasil Ltda....................................... 11 3683-4448
GILTEC LTDA. . ............................................................................................. 11 5034-0972
Boehringer Ingelheim do Brasil Química Farmacêutica Ltda. 11 2108-7213
GPAX Ltda.................................................................................................... 11 3285-0839
BONAIRE CLIMATÉCNICA LTDA. . .............................................................. 11 3336-4999
GUAPORE EQUIPAMENTOS LTDA.-ME ..................................................... 41 3276-4763
BONAMPAK IMP. E EXP. LTDA. . ................................................................. 11 5016-4455
H. Strattner & Cia Ltda......................................................................... 21 2121-1300
BTU Condicionadores de Ar Ltda. ................................................... 19 3844-9700
HVACR Serviços Técnicos Ltda.......................................................... 21 2423-3913
CACR ENG E INSTALAÇÕES . .................................................................... 11 5561-1454
HEATING & COOLING TECN. TÉRMICA LTDA............................................ 11 3931-9900
Camfil Farr Ind. Com. e Serviços de Filtros Brasil.................. 19 3837-3376
HEXIS CIENTÍFICA LTDA. . .......................................................................... 11 4589-2600
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HIDROSERVICE IND. SERVIÇOS LTDA...................................................... 21 2471-5960
CAROL ENGENHARIA LTDA........................................................................ 11 3771-3855
HITACHI - AR COND. DO BRASIL LTDA...................................................... 11 3549-2722
CCL FARMA COM. DE PEÇAS E SERVIÇOS LTDA.................................... 19 3289-8397
HOSP PHARMA MANIP. E SUPRIM. LTDA. ................................................ 11 2146-0600
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Ideoxima Ind. e Com. de Divisórias Ltda. -....................................... 16 3624-1816
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Clima Space Engenharia Térmica Ltda............................................ 19 3778-9410
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Instituto Oncológico de Ribeirão Preto . .................................. 16 3623-2341
CLIMAPRESS TECN. SIST. AR COND. LTDA.............................................. 11 2095-2700
Ipanema Ind. Prod. Veterinários....................................................... 15 3281-9450
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ISOTEMP ENG AR COND. LTDA. . .............................................................. 11 3873-4495
CONAIR Comércio e Serviços Ltda. ................................................. 21 2609-4921
ISODUR IND. COM. SERVIÇOS LTDA. ....................................................... 19 3272-6244
CONEXÃO SISTEMAS DE PROTESE LTDA. . ............................................ 11 4652-0900
J B COMÉRCIO E SERVIÇOS HOSPITALARES.......................................... 85 3253-6263
Constarco Engenharia e Comércio Ltda. ................................... 11 3933-5000
J G Pacheco Manu. e Comércio de Equip. Hospit......................... 68 3224-1468
Controlbio Assessoria Técnica Microbiológica S/S Ltda...... 11 3721-7760
JOHNSON CONTROLES LTDA.................................................................... 11 3475-6939
CPA Brasil Indústria e Comércio de Resinas Vegetais Ltda.. 11 3809-9804
KAISEN DO BRASIL PART. COM. IMPORT. LTDA....................................... 11 3326-7212
CRISTÁLIA PROD. QUÍM. E FARM. LTDA................................................... 19 3863-9500
Krieger Metalúrgica Ind. e Com. Ltda............................................ 47 3231-1311
Danfoss do Brasil Ind. E Com. Ltda.................................................. 11 2894-4949
LABORATÓRIO MATTOS E MATTOS........................................................... 21 2719-6868
Associados SBCC EMPRESA
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Laboratório Químico e Farmacêutico Bergamo Ltda.............. 11 2187-0194
RADNAI AR COND. PROJ. E CONSULT...................................................... 85 3268-3092
LINTER FILTROS INDUSTRIAIS LTDA. . ..................................................... 11 5643-4477
Refrin Refrigeração Industrial...................................................... 11 3941-1263
Litoral Ar Condicionado Ltda. ......................................................... 13 3317-2909
REINTECH I E P C C.................................................................................... 12 3933-8107
Maj Lab Com. e Manutenção de Equip. para Labo.Ltda.............. 41 3356-8420
RLP ENGENHARIA E INST. LTDA................................................................ 11 3873-6553
MARCELO MENELAU CONSULTORIA......................................................... 81 3221-0907
RM Revestimentos Miaki Ltda............................................................. 11 2164-4300
Mantecorp Indústria Química e Farmacêutica........................... 21 2126-3000
RMS Tec. Com. e Serv. de Prod. Laboratoriais Ltda. ................ 21 2440-8781
MASSTIN ENG INSTALAÇÃO LTDA............................................................. 11 4055-8550
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda................................................... 11 4745-1000
MASTERPLAN ENGENHEIROS ASSOC. S/C LTDA. . ................................ 11
Sebraq - Serv. Bras. de Anál. Amb. Quím. e Biol. S/S Ltda......... 43 3323-0700
5021-3911
MCQ Metrologia e Qualificação Ltda............................................. 31 3363-9000
Seccol Controle e Certificação.................................................... 62 3275-1272
MEKAL METALURGICA KADOW LTDA........................................................ 11 5641-7248
SERVTEC INST. E SISTEMAS INTEGRADOS LTDA. . ............................... 11 3660-9700
MERCOCLEAN IMP. EXP. COM. LTDA......................................................... 21 3795-0406
SIGMATERM ENG E IND. LTDA................................................................... 11 6693-5533
MICROBLAU AUTOMAÇÃO LTDA................................................................ 11 2884-2528
sistema comércio divisórias ltda................................................... 11
Millipore Indústria e Comércio Ltda.............................................. 11 4133-8700
Soclima Engenharia Ltda..................................................................... 81 3423-2500
MMR Indústria e Comércio de Máquinas Ltda.............................. 54 3286-5788
solepoxy IND. e comércio de resina ltda..................................... 19 3211-5050
MPW Higienização Têxtil LTDA. .......................................................... 19 3438-7127
SOLLO ENGENHARIA INSTALAÇÃO LTDA................................................. 11 6412-6563
2941-7115
MR QUALITY CLEANROOM SERVICES...................................................... 11 6443-2205
SOLOQUAL TREIN. SERV. COM. DE EQ. ELETR. LTDA............................ 21 2573-1188
MSA Projetos e Consultoria Ltda. ................................................. 71 3533-9900
Somar Engenharia S/C Ltda................................................................ 11 3763-6964
MULTIVAC - MULTISTAR IND. COM. LTDA.................................................. 11 3835-6600
SPM ENGENHARIA S/S LTDA...................................................................... 51 3332-1188
MUNTERS BRASIL IND. E COM................................................................... 41 3317-5050
STERILEX CIENTÍFICA LTDA....................................................................... 11 2606-5349
NEOCLÍNICA ONCOLOGIA LTDA................................................................. 32 2101-7272
SWELL ENGENHARIA LTDA......................................................................... 12 3939-5854
Neu Luft COM. E SERV. DE AR COND. LTDA.......................................... 11 5182-6375
Swissbras Chemical Ind. e Com. De Prod. Vet. Ltda................... 12 3201-8812
NEXT CHALLENGE - ELECTROLUX LAUNDRY SYSTEMS....................... 11 3045-3413
TARKETT FADEMAC..................................................................................... 11 3047-7200
Niccioli Engenharia .............................................................................. 16 3624-7512
TECHNILAB - CONTR. DE CONTAMINAÇÃO LTDA.................................... 19 3243-1265
Novo Horizonte Jacarépagua Imp. E Exp. Ltda............................. 21 3094-4400
Tecnolab Serviços e Com. de Equip. de Laborat........................ 71 3646-8555
Nutrimed Serv. Méd. em Nut. Parenteral e Enteral Ltda........ 22 2733-1122
TECNOVIDA - CLÍNICA DIETÉTICA.............................................................. 65
NYCOMED PHARMA LTDA........................................................................... 19 3847-5577
TEP - Tecnologia em Projetos de Engenharia Ltda.................. 12 3797-9475
PACHANE EQUIPAMENTOS PARA LAB. LTDA........................................... 19 3424-1423
Térmica Brasil Comércio e Serviços Ltda.................................... 11 3666-2076
PDB FILTROS E SERVIÇOS INDUSTRIAIS LTDA....................................... 41 3383-5645
TESTO DO BRASIL INSTRUM. DE MEDIÇÃO LTDA................................... 19 3731-5800
623-6500
5011-0011
Tpro Engenharia Ltda........................................................................... 11 4612-1997
PLANEVALE PLANEJ. CONSULTORIA ....................................................... 12 3202-9888
Traydus Climatização Ind e Com Ltda............................................. 11 4591-1605
Plasmetal Plásticos e Metais Ltda.................................................. 21 2580-2035
TR-ILHA MANUTENÇÃO INDUSTRIAL ....................................................... 21 3451-8324
POWERMATIC DUTOS E ACESSÓRIOS LTDA........................................... 11 3044-2265
Triporvac Comércio Representações e Serviços Ltda.......... 11 3801-9595
PLANENRAC ENG. TÉRMICA S/C LTDA..................................................... 11
Preciso Metrologia e Qualidade Ltda........................................... 62 3280-3013
TROX DO BRASIL LTDA............................................................................... 11 3037-3900
Previx HO Asses. e Consult.em Seg.do Trab. Ltda.-ME ............. 27 3337-1863
UNIÃO QUÍMICA FARM. NAC. S/A............................................................... 11 4662-7200
Próbio Produtos e Serviços Nutricionais Ltda........................ 67 3342-0203
USP-REITORIA-SIBI-Faculdade de Engenharia de Alimentos..... 11 3091-1566
Processo Engenharia Ltda................................................................ 81 3426-7890
Valiclean Indústria, Comércio e Serviços Ltda........................ 19 3256-7156
Prudente Engenharia Ltda................................................................. 34 3235-4901
VECOFLOW LTDA......................................................................................... 19 3787-3700
PWM SERVICE TEC. COMERCIAL LTDA.................................................... 19 3243-2462
VECTUS IMPORTATUM INSTR. DE PRECISÃO LTDA............................... 11 5096-4654
QUALITRONIC MANUTENÇÕES - ME ........................................................ 11 3481-2539
Veranum Tempus Engenharia e Soluções Ltda.......................... 11
QUALYLAB CONSULTORIA FARMACÊUTICA ............................................ 62 3099-6636
WEG Equipamentos Elétricos............................................................ 47 3276-6558
Quimis Aparelhos Científicos Ltda.................................................. 11 4055-9900
Para associar-se ligue: (12) 3922-9976 ou acesse sbcc@sbcc.com.br Listagem atualizada em 10 de setembro de 2010
5561-2111
COMISSIONAMENTO E QUALIFICAÇÃO EM INSTALAÇÕES DE HVAC, INCLUINDO TAB, CONTAGEM DE PARTÍCULAS, TESTES EM FILTROS, CASCATA DE PRESSÃO, ENTRE OUTROS. COMISSIONAMENTO EM INSTALAÇÕES DE BMS CONFORME GAMP 4. SOMAR ENGENHARIA LTDA. Rua São Fidelis, 366 – sala 02 Jaguaré – São Paulo SP 05335-100 Fone: 11-3763-6964 • Fax: 11-3719-0932 e-mail: somar@somar-eng.com.br Site: www.somar-eng.com.br
25
notícias da SBCC
Investindo no conhecimento A SBCC organizou, entre os meses de agosto e setembro, três seminários técnicos. A excelente participação de público mostra a importância de investir continuamente na disseminação do conhecimento. Acompanhem resumos dos eventos
Seminário em Curitiba
ma); Ensaios de fluxo de ar (Célio
a realização do evento: Bardusch,
S. Martin, da Análise Consultoria);
CACR, Masstin, Reintech e Vectus.
No dia 19 de agosto, cerca de
Ensaio de medição da diferença de
A SBCC contou com o apoio insti-
60 profissionais participaram do Se-
pressão do ar (Luiz Antônio Rocha);
tucional da Abrava, Sindratar-SP e
minário “Ensaios de Áreas Limpas”,
Ensaio de temperatura e de umidade
Tecpar para a divulgação do Semi-
organizado pela SBCC no Auditório
(Luiz Antônio Rocha); Ensaio para
nário “Ensaios de Áreas Limpas”.
do Centro de Treinamento do Tecpar
detecção de pontos de vazamento
A SBCC fechou uma parceria
– Instituto de Tecnologia do Paraná.
em sistema de filtragem instalado
inédita com a Krieger para a realiza-
A iniciativa faz parte dos objetivos
(Maurício Salomão Rodrigues, da
ção do Seminário “Ensaios de Áreas
da entidade de levar informações
Somar Engenharia); Ensaio de con-
Limpas”. O patrocínio master possi-
para todas as regiões onde seg-
tagem de partículas em suspensão
bilitou a empresa ações diferencia-
mentos econômicos se utilizem do
no ar (Elisa Krippner, da SPL En-
das, além da exposição da marca e
conceito de “áreas limpas” em suas
genharia); Ensaio de Recuperação
presença na área de exposição. A
áreas de produção, tais como as
(Elisa Krippner); Ensaio de sentido
Krieger teve em contrapartida a pu-
indústria farmacêutica, veterinária
e visualização do fluxo de ar (Célio
blicação de anúncio e logomarca na
e de alimentos, além de hospitais e
Martin) e Escolha dos ensaios e
Revista da SBCC e a apresentação
farmácias de manipulação.
definição dos critérios de aceitação
de uma palestra comercial sobre
“Ensaios de Áreas Limpas”, em
(Maurício Salomão Rodrigues). A
Unidades de Tratamento de Ar para
linhas gerais, apresentou os tipos
coordenação do evento ficou a car-
Hospitais, ministrada pelo gestor de
de ensaios conforme a norma NBR
go de Elisa Krippner e foi secretaria-
projetos da empresa, Dimitri de Reis
ISO 14644-3 e os métodos e instru-
do por Luiz Antônio Rocha.
Vitorino.
mentos utilizados para os principais
Além de possibilitar o aperfeiçoa-
Segundo Ciandro R. do Prado,
ensaios aplicáveis em áreas limpas.
mento profissional, o seminário teve
da área de Vendas da Krieger, o
A apresentação incentivou também
uma área de exposição, com estan-
objetivo dessa ação foi reforçar a di-
o debate em torno de como e quem
des das empresas Alsco, CCL, Iso-
vulgação dos produtos da empresa.
deve definir a escolha dos ensaios,
dur, Sterilex e Krieger que puderam
“Foi uma excelente oportunidade
assim como os critérios de aceita-
apresentar seus produtos e serviços
de estarmos próximos de um pú-
ção sob o ponto de vista do cliente,
diretamente para um público qua-
blico altamente qualificado e muito
do certificador e do instalador do
lificado. Outras empresas também
interessado em desenvolvimento e
sistema de HVAC,
contribuíram com patrocínios para
novidades tecnológicas.”
O programa do seminário contou com nove palestras, proferidas por quatro profissionais. São elas: Introdução – estrutura da norma NBR ISO 14644-3 (ministrada por Luiz
26
Antônio Rocha, da Nycomed Phar-
Patrocínio master Seminário “Ensaios de Áreas Limpas”
Wolf KG Top agora no Brasil SBCC quer levar conhecimento atualizado e promover debates tecnológicos em todas as regiões que demandam
essas
necessidades
no Brasil. E, para tanto, a entidade precisa do apoio mais intenso das empresas para levar seminários a
Redefinindo a tecnologia de condicionamento do ar. Experimente uma nova dimensão em tecnologia de ar condicionado: o novo Wolf KG Top. Para aplicações que exijam flexibilidade, fácil manuseio e máxima eficiência.
custos acessíveis aos profissionais”, comenta. Outro destaque apontado por Elisa é a participação de órgãos reguladores do setor, possibilitando atualização técnica em situações de autoria. “Em Curitiba, por exemplo, tivemos uma profissional da Vigilância Sanitária no evento.” Célio Martin, diretor técnico da Célio S. Martin abordou o tema ensaios de fluxo de ar
16 tamanhos para soluções customizadas e a máxima flexibilidade de planejamento.
SBCC, reforçou que esse posicionamento contribui com as diretrizes da SBCC. “Queremos disseminar o conhecimento da melhor forma possível, e estar em cidades como Curitiba e Recife auxilia o aperfeiçoamento tecnológica de toda a cadeia de valor envolvida no negócio de áreas limpas”. Célio lembrou ainda que o seminário contou com a
Montagem modular de baixo custo, com componentes internos removíveis pela lateral para facilitar a manutenção.
participação dos membros do Grupo de Trabalho 3 (GT-3), que traduziu a norma ISO e agora está trabalhando na elaboração de um guia para detalhar a aplicação da norma NBR ISO 14644-3. “Nesses eventos também incentivamos os profissionais a parFotos: SBCC
ticipar dos GT da SBCC.”
Opção de design resistente às intempéries.
Pesquisa realizada ao final do evento é claro indicador da imporCoordenadora do evento, Elisa Krippner reforçou a importância da participação de profissionais de órgãos reguladores
tância de ações como essa para o desenvolvimento técnico do setor. Segundo informaram Elisa Krippner e Célio Martin: 95% dos participantes avaliaram como ótimo / bom o
Já a coordenadora do evento,
conteúdo
programático,
recursos
Elisa Krippner, comentou a impor-
apresentados aos participantes e a
tância de parcerias como essas
qualidade do atendimento, ou seja,
para
as expectativas foram plenamente
disseminar
continuamente
a tecnologia de áreas limpas. “A
atendidas.
27
Tel.: +55 3231-1311 / Fax: +55 47 3231-1300 krieger@krieger.com.br www.krieger.com.br
notícias da SBCC bientes hospitalares críticos (José Napoleão de Bem, da Servtec), Saneantes e esterilizantes para área hospitalar (Mariana Scaboro, da Johnson&Johnson); e Contaminação do sistema de ar-condicionado em situações de obra – impacto no controle de infecção (Luciene Xavier Santos, do Centro de Controle de Infecção Hospitalar – CCIH do HosFotos: Edu Garcia
pital Sírio-Libanês). Para a realização e divulgação do evento, a SBCC contou com o apoio da Isodur, Masstin, Microblau, Powermatic, Reintech, Servtec, Sterilex Célio S. Martin, Luciene Xavier, Silvia Yuko Eguchi, José Napoleão de Bem, Milton Shimada e Maurício Salomão Rodrigues
Seminário aborda tema inédito
28
e Testo. A Sterilex ainda contou com um estande promocional na área do
“Ações como essa promovem
evento. A SBCC, nesse evento, teve
uma salutar aproximação de conhe-
o apoio institucional da APECIH – As-
cimento entre as áreas de controle
sociação Paulista de Epidemiologia e
de infecção hospitalar e de projeto e
Controle de Infecção Relacionada a
Em evento organizado no Insti-
instalação de ambientes controlados
Assistência à Saúde, Instituto Butan-
tuto Butantan, no dia 26 de agosto,
em unidades de saúde. O resultado
tan, Abrava e Sindratar-SP.
a entidade inovou e abordou pela
é a melhoria contínua dos cuidados
primeira vez um tema que merece
no controle hospitalar em benefício
grande atenção do setor de saúde
de todos os usuários dos estabeleci-
pública. O Seminário “Controle de
mentos de saúde”, complementa Sil-
Infecção em Áreas Limpas Hospi-
via Eguchi, secretária do seminário.
Com o objetivo de discutir os di-
talares e Unidades de Saúde” foi
O conteúdo programático apre-
ferentes aspectos da contaminação
acompanhado com especial aten-
sentou os seguintes temas: Aspec-
microbiana, a SBCC promoveu, en-
ção por cerca de 60 profissionais.
Microbiologia
tos ecológicos da infecção hospi-
tre os dias 22 e 23 de setembro, no
Segundo o coordenador do se-
talar (Silvia Eguchi, da Dosage);
auditório do Instituto Butantan, o Se-
minário, Maurício Salomão Rodri-
Contribuição dos sistemas de filtra-
minário “Microbiologia: Aspectos da
gues, da Somar Engenharia, o ob-
gem e distribuição de ar no controle
Contaminação Microbiana e a Vali-
jetivo principal ao trazer esse tema
de infecção hospitalar – fluxo unidi-
dação de Limpeza e Sanitização”.
é apresentar os diferentes aspectos
recional X fluxo turbulento em salas
O interesse pelo tema atraiu
de infecção hospitalar aos profissio-
de cirurgia (Milton Shimada, da Trox
cerca de 80 participantes. “Foram
nais de gestão e àqueles que parti-
do Brasil); Ensaios para a certifica-
apresentados os conceitos envolvi-
cipam das atividades de construção,
ção dos requisitos do sistema de
dos na sanitização de áreas limpas,
comissionamento e definição de
HVAC em ambientes hospitalares
focando metodologias e validação,
estratégias de controle de infecção
críticos – salas de cirurgia, CME –
bem como os conceitos de estatís-
hospitalar. “As palestras discutiram
Central de Materiais Esterilizados
tica aplicáveis à análise dos resulta-
os cuidados na elaboração de áreas
e salas de isolamento (Maurício
dos de validação. Destaque também
limpas, controles dos sistemas de fil-
Salomão Rodrigues, da Somar En-
para os debates sobre a dificuldade
tração, saneantes e antimicrobianos
genharia); Operação e manutenção
de erradicação de alguns micro-
para uso hospitalar”, observa.
de sistemas de HVAC para am-
organismos”, conta Silvia Eguchi,
coordenadora do evento.
to Físico-Químico e Microbiológico
O conteúdo programático contou
(Alessandra Ferreira, da Pfizer);
com os seguintes temas: Normas,
Tipos, características e rodízio de
regulamentos e classificação de
saneantes (Gizele Silva Cruvinel, da
áreas limpas (Jean-Pierre Herlin, da
Pfizer); Testes de Agentes antimicro-
Análise Consultoria); Microbiologia
bianos (Silvia Eguchi, da Dosage);
em salas limpas e áreas contro-
Surtos de infecções por micobacté-
ladas (Silvia Eguchi, da Dosage);
rias de crescimento rápido no Brasil
Técnicas para o monitoramento de
(Rafael Silva Duarte (Universidade
partículas viáveis (Déa de Aguirra,
Federal do Rio de Janeiro – UFRJ);
consultora associada da HSV e da
e Análises estatísticas aplicadas a
Yugue),;Validação de limpeza em
dados microbiológicos (José Marcos
processos e ambientes com aspec-
Vendramini, da EasyStat).
Petronas Berregas, Áurea Alice Oliveira da Silva, Selma Veronica Vieira Ramos, Vivian do Nascimento Pereira, Eva Braz, Silvia Eguchi, Regiane Aparecida Szargik e Flavio Cini Júnior, atualização em Microbiologia atraiu profissionais de diversos pontos do Brasil e até do Paraguai
29
notícias da SBCC O seminário atraiu profissionais de diversos pontos do Brasil (Paraná, Pernambuco, Amazonas, entre
International Symposium on Contamination Control
outros), e até uma participante do Paraguai, da La Química Farmacêu-
Contando com o apoio da Camfil
Contamination Control 2010, organi-
tica. “Participei pela primeira vez de
Farr e da Trox, a SBCC marca presen-
zado pela JACA – Japan Air Cleaning
um evento técnico da SBCC e fiquei
ça no Simpósio do ICCCS, que neste
Association e pela ICCCS – Interna-
muito satisfeita com o conteúdo
ano acontece entre os dias 5 e 9 de
tional Confederation of Contamina-
apresentado, organização e local
outubro, em Tóquio, no Japão. Elisa
tion Control Societies. O simpósio
do evento. Trabalho diretamente na
Krippner, Diretora do Núcleo Cien-
abordará temas em suas plenárias
área de controle de contaminação e
tífico da SBCC, participa da reunião
e sessões técnicas relacionados aos
o conhecimento adquirido será apro-
do WG-3 (Ensaios); Silvia Eguchi, do
mais importantes aspectos relacio-
veitado em minha rotina atual de
Conselho Consultivo e coordenadora
nados ao controle de contaminação
trabalho”, comentou Áurea Alice Oli-
do GT-2, marca presença nos deba-
em ambientes internos e áreas lim-
veira e Silva, bióloga e pesquisadora
tes do WG-2 (Microbiologia); e Heloi-
pas, tais como engenharia, monito-
do Centro de Tecnologia Estratégica
sa Meirelles, Delegada Internacional
ramento, contaminação molecular,
do Nordeste (CETENE).
da SBCC, participa da reunião da ISO
filtragem, GMP, HACCP, consumo de
Também estiveram presentes
TC209. A delegação brasileira ainda
energia e sustentabilidade. Na próxi-
pesquisadores do Centro de Produ-
participa da reunião geral do ICCCS.
ma edição, acompanhe a cobertura
ção e Pesquisa de Imunobiológicos
O International Symposium on
da participação da SBCC no evento.
(CPPI), unidade da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná. “Comecei a participar dos eventos da SBCC há cerca de cinco anos, para
Biocontaminação é tema principal da 2ª Reunião do ISO TC-209 WG2
ampliar o conhecimento sobre áreas limpas, visto que precisávamos ade-
Sob a coordenação de Tony
of Contamination Control Societies),
quar a produção do soro antiloxos-
Harrison, do Reino Unido, e com um
e representante da ABNT na ISO,
célico, usado no tratamento de pes-
time de microbiólogos composto por
enviou Dra. Silvia Yuko Eguchi,
soas picadas por aranhas-marrom,
especialistas de 14 países, incluin-
especialista nesta área e coorde-
aos conceitos de boas práticas de
do o Brasil, a 2ª. reunião do ISO
nadora do GT-2, para representar a
fabricação. Participar do evento de
TC-209, WG2 – Biocontamination,
entidade neste Grupo de Trabalho.
microbiologia teve como objetivo o
ocorreu em Londres, na sede da BSI
Importantes tópicos foram discuti-
aperfeiçoamento profissional”, afir-
(British Standards Institute), nos dias
dos nesta reunião como: tipos de
mou Flavio Cini Júnior, engenheiro
23 e 24 de junho de 2010.
classificação e limites, métodos de
civil da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná.
amostragem e monitoramento, microrganismos
indicadores/indese-
O evento contou com o patrocínio
ISO 14698-2, e também criar uma
jáveis, análise de riscos, métodos
da Alsco, CCL Farma, Isodur, Mass-
nova norma que envolva limites
microbiológicos rápidos.
tin, Reintech, Sterilex e Triporvac, e
microbiológicos em áreas limpas
O resultado da reunião de Lon-
teve o apoio da Abrava, Sindratar-
e controladas, e possivelmente a
dres direcionou para a criação de
SP, além do Instituto Butantan que
classificação da biocontaminação
uma nova norma, ou por uma modi-
gentilmente cedeu o espaço para o
em áreas limpas, a exemplo do que
ficação significativa nas normas ISO
evento.
ocorre com partículas (Normas da
14698-1 e -2. Também fornecerá
série ISO 14644).
as diretrizes para a 3ª Reunião no
Consulte o Ciclo de Seminários da SBCC 2010 no site da entidade,
30
A reunião teve como objetivo revisar as normas ISO 14698-1 e
acessando www.sbcc.com.br.
A SBCC como membro da ICCCS (International Confederation
Japão, que ocorrerá concomitantemente à reunião do TC-209.
Participe da ABNT CEE-138
Internacional da ISO (TC-142) que
Errata
trata da elaboração de normas relativas à filtragem do ar.
No artigo técnico “Considera-
As reuniões são abertas ao
ções sobre psicrometria”, publicado
A ABNT CEE-138 - Comissão de
público e, os interessados devem
na revista SBCC n° 45, as equações
Estudo Especial – “Equipamentos
entrar em contato com a secretaria
de mistura [7.2] e [7.3] apresentadas
de limpeza de ar e outros gases”, foi
do CB/55 (ABNT) para maiores in-
na página 41 estavam incorretas. As
criada pela ABNT no final de 2009 e
formações.
equações corretas são:.
tem como missão a elaboração de normas técnicas referentes a equipamentos de limpeza de ar e outros gases. O grupo é composto por fabri-
CEE-138 “Equipamentos de limpeza de ar e outros gases”
cantes, neutros e usuários e, em
Reuniões:
reuniões mensais, atualmente traba-
Mensais – 1ª terças-feiras de
lha na elaboração da primeira norma brasileira de ensaios e classificação
cada mês às 9h00.
(7.1)
(7.2)
(7.3)
Local: Sede da Abrava - SP
de filtros para ar (grossos e finos). Além dos trabalhos de elaboração
Interessados entrar em
das normas brasileiras, o CEE-138 é
contato: cb55@abnt.org.br
a interface da ABNT junto ao Comitê
(7.4)
notícias da SBCC
Abrava elege novo presidente
Valorização profissional e empresarial, C
M
Descontos em seminários,
Y
CM
MY
CY
Seminários e eventos, Utilização de selo profissional e empresarial,
CMY
Networking
De acordo com o novo presidente da Abrava, Samoel Vieira de Sou-
lação e Aquecimento (Abrava) tem
za, “espero poder ajudar a ABRAVA
novo presidente, o engº Samoel
a crescer ainda mais, contribuir para
Vieira de Souza, que estará à frente
que nosso setor possa tirar proveito
da associação nos próximos três
deste bom momento que vive o nos-
anos (2010 a 2013). No escopo da
so país. Somos hoje uma economia
associação está a busca pela sus-
mais previsível, mais disciplinada,
tentabilidade, eficiência energética,
destaque dentro dos emergentes.
capacitação profissional,
Somos confiáveis e seguros para
normali-
zação, entre outros. O principal ob-
www.sbcc.com.br
investimentos de longo prazo”.
jetivo da Abrava é ser o canal direto
“A Abrava tem pela frente muito
de representatividade dos setores
trabalho, e apresenta grandes dife-
que representa como fabricantes,
renciais do setor HVAC-R, como o
distribuidores, empresas de serviço,
valor agregado de seus produtos e
comércio, entidades congêneres,
sistemas, treinamento de mão de
órgãos federais e governamentais
obra, participação na elaboração
nacionais e internacionais, entre
das
outros. Os quatros setores que a
como as que restringem o uso de
entidade representa faturaram, em
substâncias que agridem a camada
2009, R$19,1 bilhões.
de ozônio, as que estabelecem o
regulamentações
do
setor,
Foi eleita também a nova dire-
nível máximo de consumo e a eti-
toria que atuará durante este man-
quetagem de equipamentos para a
dato, e está dividida em três frentes
melhoria da eficiência energética,
de trabalho: conselho administrativo
resume o novo presidente. A entida-
composta por 27 conselheiros, con-
de também patrocina o Comite Bra-
selho fiscal com 06 participantes e a
sileiro de Normas Técnicas (CB55),
diretoria executiva.
com sede na Abrava.
Foto: Divulgação / Abava
K
A Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Venti-
José Rogelio Medella – presidente do Sindratar – SP, Samoel Vieira de Souza – Presidente Abrava, Sergio Helfensteller – presidente da Asbrav, João Roberto Minozzo – ex-presidente Abrava e José Pigatti Filho – presidente Sindratar RJ
32
mercado
Trox Brasil inicia o processo sucessório Celso Simões Alexandre, diretor Superintendente da Trox, cargo que ele acumula juntamente com o de diretor Comercial, começa a conduzir Foto: Divulgação / Millipore
sua sucessão. No dia 16 de agosto assumiu, na condição de diretor Comercial, o engenheiro Arnaldo Basile. A previsão é de que em seis meses, no máximo, Basile assuma, também, o cargo de diretor Superin-
Merck Millipore inaugura novo centro tecnológico em São Paulo
tendente. A mudança já era esperada. Pelas regras internas da empresa, os executivos têm aposentadoria com-
A Merck Millipore, divisão Life
que são executados através de pro-
pulsória entre os 63 e 65 anos de
Science da alemã Merck KGaA,
cedimentos específicos e ensaios
idade. Celso Simões já ultrapassou
inaugurou, em agosto,o Centro Tec-
laboratoriais.
processos
em dois anos este prazo. Na história
nológico Latino Americano (LATC)
asseguram que líquidos injetáveis
da Trox apenas dois executivos ultra-
em Alphaville, na região da Grande
estejam livres de bactérias e impu-
passaram a idade limite: Heinz Trox
São Paulo. O novo centro, que inte-
rezas e certificam a integridade quí-
proprietário da companhia e Celso
gra laboratórios com tecnologia de
mica e compatibilidade do filtro com
Simões. A sucessão só deixou de
ponta e instalações de treinamento,
o produto filtrado”, explicou Roberto
acontecer em 2008 devido à crise
atenderá os laboratórios produtores
Takashi Uchimura, Gerente de Tec-
financeira mundial e à inauguração
de vacinas e as indústrias farmacêu-
nologia de Soluções para Processos
da fábrica argentina.
ticas da região, ajudando a garantir
da Merck Millipore.
“Esses
Simões continuará ligado à Trox,
a segurança e eficácia dos seus
O Centro Tecnológico Latino
voltado a consolidar a empresa no
processos. “O LATC possibilitará que
Americano recebeu US$ 500 mil em
mercado latino-americano, com a
nossos clientes validem seus proces-
investimentos para sua infra-estrutu-
previsão de entrada de operação,
sos de esterilização por filtração de
ra e aquisição de equipamentos. Os
em 2012, da fábrica no México.
acordo com normas e exigências go-
laboratórios realizarão testes com o
vernamentais e regulatórias”, disse
propósito de validar a esterilização
João Luiz Buitron, Gerente Regional,
por filtração, farão estudos para
América Latina, da Merck Millipore.
dimensionar e otimizar sistemas de filtração, qualificarão metodologias
Sanitária (ANVISA) exigiu que os
de monitoramento microbiológico e
laboratórios sejam inspecionados
fornecerão treinamento na utilização
anualmente e comprovem a eficácia
de sistemas de citometria de fluxo
e segurança de seus processos de
para análise celular e ainda, para
filtração. Essas exigências aumen-
a análise “Multiplex” de proteínas.
taram as preocupações da indústria
As instalações incluem ainda um
em relação à validação dos proces-
auditório com capacidade para 60
sos de filtração de seus produtos,
pessoas.
Acima, Arnaldo Basile. Ao lado, Celso Simões
Fotos: Divulgação / Trox
A Agência Nacional de Vigilância
33
mercado
Seminário Camfil Farr no IPEN
Monitoramento remoto da QAI Entrou em operação em setembro, na Escola Politécnica da Uni-
Foto: Divulgação / Camfil Farr
versidade de São Paulo – USP, um sistema para o monitoramento das variáveis ligadas à qualidade do ar interno climatizado, com ênfase na qualidade do ar interior, utilizandose da internet para o transporte de dados a um servidor remoto. A “Novas Soluções Camfil Farr:
instalações mais confiáveis por meio
inovação do projeto, desenvolvido
Alta tecnologia e redução de cus-
de melhores soluções em ar limpo e
pela Abili Assessoria com o apoio da
tos para áreas limpas”, esse foi o
as novas recomendações dispostas
Fapesp, tem como inovação a utili-
tema do seminário organizado pela
no Guideline nº. 11 da União Euro-
zação de uma rede pública, como a
Camfil Farr no IPEN – Instituto de
peia sobre ar limpo. Também foram
internet, e levanta questões como a
Pesquisas Energéticas e Nucleares,
apresentadas as novas soluções
segurança à preservação dos dados
em São Paulo, no dia 21 de julho.
Camfil Farr, com destaque para a
registrados.
A exposição técnica, conduzida
caixa de filtragem para dutos FCBS,
A rede piloto de monitoramento
pelo
Técnico-Comercial
a caixa terminal Sofdistri e a caixa
está instalada em duas salas da Es-
Edmilson Alves, abordou assuntos
gerente
terminal Pharmaseal. O seminário
cola Politécnica da USP – Departa-
importantes, entre eles, como as
contou com a presença de profissio-
mento de Engenharia da Construção
empresas podem alcançar a redu-
nais da área de projetos, engenharia
Civil, e pode ser agendada visitas
ção de custos operacionais e obter
e manutenção de salas limpas.
técnicas ao local.
Novo site do Grupo Veco
Mudança na Alsco Em outubro, Moisés Machado de
assume em seu lugar o cargo de
Com os objetivos de levar mais
Oliveira assumiu a gerência de Ven-
supervisor de vendas dos materiais
informações e propiciar maior inte-
das da Filial Atibaia da Alsco, e Erick
de áreas limpas.
ração com clientes, fornecedores e toda a sociedade, o Grupo Veco colocou no ar seu novo site. Dinâmi-
Evento de Empreendedorismo
co e centrado em conteúdo de inte-
34
resse do seu público-alvo, o site foi
Entre os dias 17 e 20 de novem-
quando 90 países realizam ativida-
feito em cima da plataforma web 2.0,
bro, o Sebrae-SP realiza a Feira
des simultâneas com objetivo de
onde, entre outras vantagens, são
do Empreendedor no Expo Center
despertar a atitude empreendedora.
desenvolvidos aplicativos que pos-
Norte, em São Paulo, que vai reunir
Ainda durante o evento, será rea-
sam aproveitar os efeitos de rede,
as principais informações, produtos
lizado um Congresso Empresarial e
o que torna o site mais interativo e
e serviços voltados para quem quer
serão ministradas 36 palestras gra-
faz com que cada vez mais pesso-
abrir ou melhorar o seu negócio. A
tuitas sobre temas como empreen-
as possam participar dele. Acesse:
feira será realizada durante a Sema-
dedorismo e competitividade. Saiba
www.veco.com.br
na Global de Empreendedorismo,
mais no site www.sebraesp.com.br.
artigo técnico
Tendências e desafios na indústria de plásticos em relação a salas limpas Autor: Eng° Gernod Dittel DITELL Cleanroom Engineering,Germany Executive Director Trabalho apresentado no “Symposium Efficient and Cost Effective Plastics Processing Techniques”
Gernod Dittel
Mumbai, India Tradução e adaptação: Eng° Martin Lazar SPL Engenharia Ltda Gerente de Engenharia - HVAC Contato: sbcc@sbcc.com.br
A sala limpa: sob as regras de limpeza
pamentos também. Elas são projetadas especificamente para o trabalho livre de emissões. As fontes de calor e emissões de partículas são confinadas, as estruturas das máquinas são feitas de aço inoxidável e vidro, em vez de
Poucas pessoas já estiveram em uma fábrica de semicondutores. Notariam logo que na realidade elas
outros metais, para evitar a limpeza com produtos químicos agressivos.
processam plásticos, e não silício. No entanto, muitos de
Mesmo assim, resta uma pequena quantidade de
vocês não podem imaginar como parecem os locais de
partículas, apesar de todas as precauções. Para eliminar
trabalho nestas áreas, os mais limpos, mais caros e mais
este risco, fábricas de microchips investem bilhões de
controlados.
dólares que resultam em projetos especiais de arquitetura
Protegido do mundo exterior por várias antecâmaras
que, por exemplo, evitam “zonas mortas”, onde a poeira
pressurizadas, envolto em trajes especiais, rostos escon-
pode se acumular, superfiltros, engenharia, limpeza de
didos atrás de óculos, máscaras, trabalham inúmeros
superfícies e sistemas de garantia de qualidade.
técnicos qualificados em condições limpas para a produ-
Não obstante os riscos permanecem. Apenas um
ção de microchips, para não comprometer a qualidade.
espirro significa produzir rejeitos, pois 98% dos chips de-
As estruturas minúsculas dos semicondutores são extre-
vem estar perfeitos, caso contrário a rentabilidade será
mamente sensíveis à poeira, gotas de suor, escamação
comprometida. É cada vez mais difícil atingir este objetivo,
de pele, cabelos, em outras palavras, a qualquer tipo de
pois a miniaturização das estruturas está avançando ra-
partículas.
pidamente e, quanto menores são, mais ameaçador é um
Não é apenas a aparência que dá a impressão de que as regras de limpeza rigorosas regem a cena. Tal trabalho
único fio de cabelo, um grão de poeira ou outras partículas de contaminação.
exige uma rígida disciplina a fim de que as partículas não sejam emitidas nem dispersas. Alimentos, bebidas e batom são tão proibidos assim como movimentos bruscos. A política de não fumar aplica-se horas antes do início de
A tendência para a produção de plásticos em salas limpas
um turno, caso contrário a poeira fina entra na sala limpa através da respiração.
Empresas e engenheiros do ramo de plásticos de
Mesmo que o ser humano seja o maior emissor de
engenharia e borracha poderiam simplesmente não estar
partículas contaminantes em uma sala limpa, via de regra
preocupados, afinal seu mercado alvo não é a indústria
aplica-se a necessidade de limpeza de máquinas e equi-
de chips. Em vez disso, fabricam máquinas customizadas
35
artigo técnico para injeção, sopro, moldagem, extrusão e máquinas de espuma para clientes na transformação do plástico na indústria automobilística, de embalagens, equipamentos
e dos sistemas de diálise; recipientes de infusão, equipos, lentes de contato, etc. Farmácia / Cosméticos
médicos e indústria de gêneros alimentícios, para men-
Os recipientes para cremes, bolsas de plasma, am-
cionar apenas algumas áreas tradicionais de aplicação.
polas para orais, inaladores, luvas descartáveis, em-
Durante muitas décadas, estes setores têm sido simples-
balagens primárias para parenterais /oftalmológicos
mente fiéis compradores de máquinas de transformação de plástico. No entanto, agora eles têm necessidades
etc. Indústria automobilística Lentes refletoras de faróis, partes do corpo para ABS,
especiais. Mais frequentemente se aproximam do seu fornecedor de equipamentos para uma procura não só de máqui-
componentes do rádio, airbags, cabines de pintura, etc.
nas de processamento de plásticos eficientes, de baixa
Tecnologia da comunicação / Eletrônica /
manutenção, alta velocidade, mas devem fazer tudo isto
Entretenimento
sem emissão de partículas. Por muitas razões, que serão descritas adiante, os transformadores de plásticos estão investindo na produção em condições de sala limpa. Apenas alguns fabricantes reconheceram o potencial de mercado para processamento de plásticos sob con-
Telas de celulares, telas com diodos emissores de luz, telas de LCD, lentes ópticas inteligentes, etc. Indústria alimentícia Embalagem de leite, pão, embutidos, peixe, alface fresca e alimento de conveniência. Microeletrônica / Engenharia de micro sistemas
dições ambientais especiais. Mas, entretanto, é bastante
Placas de circuitos impressos, sensores, engrena-
óbvio que a aplicação da tecnologia de salas limpas é
gens miniatura e outros micro componentes, micro
essencial para conquistar novas áreas de aplicação nos
sistemas, superfícies, revestimentos, células solares.
principais setores industriais. O número de usuários vem aumentando ano a ano. Esse fenômeno de transformação de plásticos em salas limpas é especialmente evidente no setor médico. No entanto, ambientes de sala limpa para
Razões para a tendência do uso de salas limpas na produção
produção de peças plásticas não podem apenas ser encontradas em empresas do setor de engenharia médica, de medicina propriamente dita, farmacêutica, cosmética
A introdução da tecnologia de salas limpas nos setores industriais tradicionais tem várias razões:
ou bioengenharia. Essa aplicação está em muitos outros setores técnicos tanto tradicionais como especiais.
Aumento das exigências de qualidade dos produtos. Eles forçam os fabricantes a melhorar e aperfeiçoar
Exemplos de produtos
a engenharia do produto e, portanto, o ambiente de produção, se quiserem permanecer competitivas; Requisitos Legais. As condições de produção em
Vamos ter que olhar para uma gama de produtos que
áreas limpas muitas vezes não são um ato voluntário,
as máquinas de processamento de plásticos fabricam em
mas uma regulamentação legal estabelecidas em vá-
condições de sala limpa para vários setores. A variedade
rias normas nacionais e internacionais como as orien-
destes produtos plásticos revela porque as máquinas para
tações da UE para a fabricação de medicamentos,
produção em salas limpas são mais e mais, procuradas.
Boas Práticas de Fabricação, regulamentos da FDA
A seção seguinte explica porque esses produtos estão
(Food and Drug Administration), etc.;
sendo cada vez mais fabricados em ambientes limpos.
Confiabilidade do produto. Produtos farmacêuticos e de engenharia médica estão sujeitos a fiscalização.
Engenharia médica Implantes, seringas descartáveis, tubos de secreção,
36
partes do marca passo, conjunto coração-pulmão
Portanto, a contaminação durante a produção pode custar aos fabricantes, milhões médicos e arruinar a empresa;
Substituição de materiais. Em muitos produtos, os
tisfeito e o produto perde a aceitação do mercado.
materiais tradicionalmente utilizados, seja vidro, ma-
Por isso, pão, iogurte, salsichas, queijos, saladas e
deira ou metal estão sendo substituídos por plástico.
bebidas são cada vez mais produzidos e embalados
Muitos destes produtos já são fabricados em salas
automaticamente sob condições ambientais limpas.
limpas, mas não com máquinas de plásticos. Assim,
Uma vez que os fabricantes de alimentos evitam
sua aplicação em um ambiente limpo é para muitos
cada vez mais utilizar conservantes, devem evitar
fabricantes de um novo campo;
contaminantes microbiológicos no produto a fim de
Miniaturização. Em muitos setores industriais, há uma
alcançar durabilidade. Quanto mais limpo o ambiente
tendência na direção de estruturas cada vez menores.
da produção, menos conservantes são necessários
A partir de certo grau de miniaturização, partículas no
para garantir a durabilidade do produto. Outros mé-
ambiente são o maior problema na taxa de rejeitos
todos de desinfecção, por exemplo, a radiação com
na produção. Assim, as influências ambientais devem
cobalto 60 ou a fumigação com óxido de etileno,
ser eliminadas de tal forma a possibilitar um custo de
podem tornar-se em grande parte redundantes se a
produção otimizada.
contaminação for evitada através de cuidados automáticos e higiene no processo de produção.
Com a seleção de alguns exemplos, gostaria de ex-
No caso das telas de telefones celulares, elas são nanoestruturas montadas em ambientes de sala
plicar o contexto dessas tendências: Embalagens de comprimidos, seringas e frascos: de
limpa aplicadas com um revestimento antirreflexo.
acordo com um estudo sobre a indústria de plásti-
Funções como, por exemplo, o uso da tela para ma-
cos são mais de 45 por cento do grupo de material
nipulação ou para fins de reconhecimento biométrico
utilizado na indústria biomédica. Salas limpas são necessárias para a fabricação de praticamente todas as embalagens primárias no setor farmacêutico e médico, inovações da engenharia médica, tais como implantes bioabsorvíveis e lentes para cirurgia minimamente invasivas; Há outra razão a exemplo da ”Mapa GmbH” em Zeven, a maior fabricante mundial de chupetas e mamadeiras fabricar em condições de sala limpa: a fabricação em área limpa torna a desinfecção redundante, pois era uma etapa de trabalho adicional que costumava ser necessária para atingir a esterilidade. Enquanto anteriormente as mamadeiras tinham que ser desinfetadas adicionalmente em um banho de peróxido de hidrogênio, a nova tecnologia de produção impede que poeira e germes entrem em contato com o produto. Uma vez embalado em um ambiente limpo o objetivo é alcançado; A situação é bastante similar na indústria de alimentos onde a higiene deve ser da mais alta prioridade. Partículas não são, todavia, um grande risco, a menos que os germes estejam nelas. Se as bactérias ou esporos com sua tendência de proliferação entrar em contato com um produto alimentar, então elas irão destruir mais do que apenas o produto final. A qualidade será degradada, o cliente estará insa-
37
artigo técnico (impressão digital) requerem estruturas condutoras,
apenas a unidade de fechamento em que as peças são
que também devem ser à prova de riscos. Essa sofis-
fabricadas fica localizada dentro da sala limpa. Ficando
ticada produção e processos de revestimento deman-
o restante da instalação fora da sala limpa para troca de
dam um ambiente livre de partículas.
ferramentas e manutenção da unidade é movida para fora da sala limpa.
Desafios para os fabricantes de equipamentos
É relativamente fácil integrar as injetoras, superfícies lisas e limpas são obrigatórias, as superfícies de revestimento antiderrapantes e compartimentos acessíveis devem ser eliminadas, pois aderem sujeira, as ligações
De um modo geral, o objetivo de uma sala limpa é
para as linhas de utilidades e de fornecimento de ener-
proteger os diversos processos vulneráveis de fabrica-
gia devem ser feitas pelo piso e o lubrificante não pode
ção, bem como os produtos ali produzidos a partir da
de maneira nenhuma entrar em contato com a área de
menor contaminação, sejam de partículas orgânicas ou
trabalho.
inorgânicas. Por um lado, isso significa a redução da
Em princípio, todas as exigências de instalações de
contaminação durante a produção e, por outro lado, eli-
produção para itens de fabricação para, medicina, biotec-
minando-a imediatamente. O que parece ser tão simples
nologia e farma são consideravelmente mais rigorosas
no papel, na prática, no entanto, é um amplo espectro de
do que para outros produtos. Em injetoras, por exemplo,
sofisticação tecnológica e medidas de organização.
em sala limpa classe 5 um fluxo de ar quase laminar é
O processamento de plásticos em uma sala limpa
levado através de divisórias, até ferramenta. Quanto mais
é especialmente complicado. Resumindo, a moldagem
livre de interferências o fluxo de ar através da máquina,
por injeção é um desafio para os especialistas em salas
melhor o nível de qualidade.
limpas, e um pesadelo em termos de dinâmica de fluxo.
No caso de um ambiente ser projetado inteiramente
O processo térmico tal como extrusão provoca variações
para classe menor ou igual a 5, vale a pena procurar al-
extremas de temperatura no ambiente, que deve ser
ternativas desde o início. Uma solução de sala modular
mantido calmo e tranquilo, tanto quanto possível.
é mais rentável. Para este propósito, uma parte da sala
Além disso, as emissões de partículas em processamento de plásticos normalmente é maior do que em
por exemplo, classe ISO 8.
outras aplicações. Assim, salas limpas para processa-
A unidade de injeção é confinada em uma cabine con-
mento de plásticos são mais caras que outras de igual
tendo um forro filtrante configurando um “mini ambiente”.
classificação em outras aplicações.
O trabalho nestes “mini ambientes” ou “isoladores” para
Com a crescente demanda por peças de plástico,
certos aplicações são a última palavra em custo bene-
que devem ser fabricadas em condições de sala limpa,
fício. Neste caso os produtos e substâncias dificilmente
é para muitos uma tendência inesperada. Isto é devido
são expostos aos seres humanos.
à questão dos custos envolvidos na compra de máqui-
Depois que a máquina está alimentada com as ma-
nas apropriadas para salas limpas. Especialmente salas
térias-primas é seguro que a produção possa começar.
de classes maiores sempre exigem altos investimentos.
É uma questão que, obviamente, o procedimento não
Portanto, não é uma coincidência que a injeção sob con-
termina com o início da produção. Assim, por exemplo,
dições de sala limpa fica a cargo de poucas empresas,
as peças produzidas não podem simplesmente serem
grandes e especializadas em moldagem por injeção. Os
deixadas em uma caixa ou em uma correia transporta-
custos elevados dependem realmente das especifica-
dora. Pelo contrário, os produtos são transportados em
ções do produto.
recipientes especiais selados, sacos ou através de sis-
Para cumprir as altas exigências de limpeza, sob
38
pode ser projetada para uma sala limpa de classe inferior,
temas de tubulação para a próxima etapa do processo.
as condições de produção, o fabricante das máquinas
A manutenção de máquinas em salas limpas é de
para processamento de plásticos de engenharia Krauss-
grande importância, uma vez que quase todos os defeitos
Maffeei utiliza o seguinte artifício, onde máquinas de
podem levar a uma contaminação da máquina, da ferra-
moldagem por injeção são construídos de tal forma que
menta e do ambiente. Sendo um complexo procedimento
de limpeza geral necessário, a paralisação da máquina
lenta, a fim de não agitar as partículas. Na sala limpa
leva mais tempo do que para a manutenção regular. Além
somente as pessoas autorizadas com vestuário especial
disso, as máquinas e equipamentos devem passar por
de proteção são permitidas. Antes da entrada, estas pe-
um processo de limpeza semanal para remover os de-
ças devem ser colocadas e retiradas novamente na zona
pósitos, as partículas de poeira e outros contaminantes.
de bloqueio, e não devem ser usadas fora da sala limpa.
Dependendo do produto, este intervalo pode ser ainda
A atitude pessoal é de grande importância. Eles não
menor.
só devem estar dispostos a usar os trajes obrigatórios, mas devem também respeitar muitas outras regras, por
Desafios para os usuários
exemplo, não usar cosméticos, não fumar, não comer ou beber na área. Uma vez que, apesar de todas as precauções e dis-
Se você quiser produzir produtos plásticos em sala
ciplina o fator humano continuará a ser a principal causa
limpa, máquinas de baixa emissão por si só não irão
de contaminação, deve-se procurar automatizar grande
ajudá-lo. Para satisfazer a alta demanda em constante
parte de processos, pois processos podem ser mais
estado de limpeza, os processadores de plásticos são
facilmente documentados e controlados do que o com-
forçados a assumir uma abordagem holística.
portamento humano.
Partículas contaminantes podem aparecer a partir
Existem diferenças no nível exigido para limpeza. Isso
de muitas fontes, máquinas, pessoal, o sistema de ven-
depende do produto. Para alguns produtos, por exemplo,
tilação e ar condicionado, das instalações de produção,
medicamentos, há rigorosas normas legais sobre as res-
projeto deficiente de arquitetura, etc. Há uma lista inter-
pectivas classes a serem cumpridas, ou seja, o máximo
minável de fontes de deficiências. Desta forma, esta lista
aceitável de partículas e contaminação microbiana do ar
deve ser trabalhada completamente.
ambiente. Por outro lado, para a fabricação de produtos
Por exemplo, todos os esforços serão em vão se
plásticos cujas superfícies devem estar absolutamente
a melhor tecnologia disponível estiver instalada, mas o
limpas e livres de partículas de sujeira, por razões técni-
pessoal mal treinado. Da mesma forma, a equipe bem
cas, a esterilidade não é de todo necessário.
treinada não ajuda muito se houverem erros na fase de concepção da linha de produção. Em outras palavras, o produto determina a sala limpa e os piores parâmetros determinam o resultado.
Seja qual for a classe de limpeza uma estratégia errada repercutirá rapidamente. Assim como em todos os processos de planejamento, o objetivo é encontrar a melhor combinação de esforços e
Primeiramente o maior produtor de contaminantes
benefícios. Ao planejar um processo tão complexo como
em salas limpas com cerca de 30 a 40 por cento é o ser
a produção em salas limpas, é necessário evitar a expec-
humano. As partículas emitidas pelos seres humanos são
tativa dominante que, depois de ter tomada a decisão,
na sua maioria menores que 0,5μm como caspa, suor,
tudo vai acontecer muito rápido. Em vez de seis semanas
gordura, pêlos, partículas de pele, cosméticos, partículas
um empreendimento ambicioso pode levar seis meses.
como o pó facial, rímel e batom. O seu número depende
A complexidade dos projetos interdisciplinares torna-
do tipo e velocidade dos movimentos. Quem está senta-
se evidente quando se olha para os especialistas en-
do emite cerca 100 mil partículas por minuto de dimensão
volvidos no planejamento. Além dos representantes do
inferior a 0,3 μm. Um leve movimento das mãos aumenta
fabricante, a equipe inclui especialistas em salas limpas,
a emissão de partículas cinco vezes. Alternando em pé
os especialistas da máquina, fabricantes de ferramentas,
e sentado, emite um fluxo de 2,5 milhões de partículas
de material de abastecimento, peritos da produção e de
por minuto; andar ou subir escadas emite tanto quanto
matérias-primas, processamento, embalagem e manipu-
10 milhões de partículas. Isso exige medidas drásticas
lação.
corretivas.
Enfim, a manufatura em áreas limpas demonstra uma
As regras de comportamento em uma sala limpa não
filosofia dedicada à qualidade, criando uma vantagem
podem ser comparadas com as de um trabalho normal.
competitiva, dando uma boa impressão, sendo um critério
Na sala limpa você deve se mover como em câmera
a mais para um cliente dar um pedido à sua empresa.
39
artigo técnico
Manutenção de ar condicionado: por trás dos filtros Autor: Itamar Rosa de Lima – Supervisor de Contratos de Manutenção, Rogerio Azevedo de
Por: Itamar Rosa de Lima e Rogerio Azevedo de Souza
Souza – Gerente de Contratos de Manutenção Masstin Engenharia e Instalações Contato: razevedo@masstin.com.br ilima@masstin.com.br
Ao se abordar o assunto da manutenção de insta-
ção com necessidades cada vez maiores e de respostas
lações de ar condicionado para ambientes que exigem
cada vez mais rápidas, e com a demanda de se manter
uma condição específica de qualidade de ar e que deve
os ambientes dentro de suas condições de controle, fica
ser mantida independentemente das condições exter-
evidente a necessidade de adoção de estratégias de ma-
nas, percebe-se que a manutenção não pode ser feita de
nutenção focadas em produtividade, qualidade, custos e
qualquer forma.
prazos.
Para se atingir as adequadas condições de tempe-
Para o alcance com sucesso destas estratégias de
ratura, umidade, particulado em suspensão, velocidade
manutenção são necessários dois pontos chaves: o binô-
do ar, controle de fungos, entre outros aspectos, a pri-
mio planejamento-controle e a proatividade das pessoas
meira preocupação está na escolha e definição dos
responsáveis pelas manutenções dos sistemas.
equipamentos e sua forma de instalação adequada. Esta decisão deve ser analisada não somente pelas áreas de projetos, qualidade, operação e compras, mas também
Planejamento-controle
pela área de manutenção de cada empresa. Esta prática é cada vez mais necessária, pois com a
É um conceito importante, pois cada vez menos se
diversificação da tecnologia e a constante revisão de nor-
toleram as paradas não planejadas dos equipamentos,
mas, um ambiente projetado para determinada condição
salas e ambientes controlados, uma vez que o processo
pode se mostrar inviável quando a forma de se executar a
para restabelecer as condições destes ambientes, o tem-
manutenção não é concebida juntamente com o projeto.
po dispendido e a perda de produção tornam a empresa
Desta forma, fatores como acesso à sala climatizada e
menos competitiva.
controlada para manutenção de equipamentos devem ser cada vez mais facilitados e reduzidos.
de procedimentos preventivos, listas de verificação que
Os cuidados da equipe de manutenção ao atuar nesta
indicam os padrões normais de operação (check list),
área devem acompanhar os procedimentos do pessoal
adoção e implantação de cronogramas baseados em
de operação, quanto à limpeza, movimentação e uso
intervalos predefinidos, conforme determinação da Por-
de ferramentas e materiais dentro das áreas. Todos os
taria 3523 do Ministério da Saúde e necessidade de cada
procedimentos da manutenção devem seguir as boas
aplicação.
práticas de fabricação.
40
Planeja-se, então, a atuação da manutenção através
No entanto, as modernas práticas de manutenção
Com o aumento e diversificação de equipamentos e
centradas em confiabilidade precisam ser consideradas.
instalações de ar condicionado, o surgimento de novas
Para uma boa estratégia de manutenção, deve ser feita
técnicas e enfoques sobre a organização da manuten-
a análise de criticidade dos equipamentos e instalações,
definindo-se estratégias específicas, especialmente por
devido à deterioração forçada dos equipamentos. Estes
meio de atividades e técnicas de manutenção preditiva,
improvisos são uma realidade na atuação de muitas em-
cujo monitoramento intenso da condição de operação
presas e contribuem para o descrédito das atividades de
dos equipamentos é a principal base.
manutenção.
Vale ressaltar que as principais técnicas de manuten-
Para a adequada aplicação desta ferramenta, o man-
ção preditiva são: análise de vibração, análise de ruídos,
tenedor deve ser capaz de identificar e distinguir o que é
análise termográfica para identificação de pontos com
normal do que não é normal. A identificação do que não
aquecimentos elevados, ferrografia para o controle de
é normal necessariamente precisa ser constatada em um
corrosão, identificação de trincas e desgastes e utiliza-
estágio inicial, evitando-se assim a deterioração e a falha
ção de ultrassom para identificação de vazamentos.
do equipamento. Esta detecção precoce só irá ocorrer
Estas técnicas não dispensam o acompanhamento
se o mantenedor se preocupar com a permanente lim-
e a sensibilidade das pessoas, tanto de operação como
peza e praticar inspeções constantes dos equipamen-
de manutenção, na observação e registro das condições
tos. Durante a limpeza é possível se perceber fontes de
encontradas.
contaminação, como vazamentos, ou inícios de falhas,
Por exemplo, quando se estabelecem as estratégias
como parafusos soltos, que ocasionam falha nos equipa-
de manutenção para uma sala de enchimento de produ-
mentos. É imprescindível a aplicação do programa de 5S
tos estéreis da principal linha de uma empresa, devem
para facilitar as inspeções que detectam anomalias de
ser considerados: a importância do produto, a disponibili-
diversas origens (aquecimento exagerado de componen-
dade do sistema de HVAC, o nível de impacto caso ocorra
tes, vibrações, barulhos etc).
uma falha nos equipamentos, as alternativas existentes para produção e a facilidade de reparos, entre outros as-
Como reconhecer o que é normal do que não é normal? Experiência e muito treinamento.
pectos. Ao se atribuir pesos de acordo com a importância
O treinamento deve focar em: conhecimento do sis-
destes fatores, verifica-se que esta área é fundamental
tema, importância do sistema, aspectos técnicos e pro-
para a empresa. Assim, a estratégia de manutenção des-
cedimentos de como os reparos devem ser executados.
ta área deve adotar entre as várias ferramentas existen-
Quem executa a manutenção deve estar consciente
tes as mais adequadas para esta realidade. Entre estas
do objetivo final de sua atividade, que é a permanência
ferramentas, citam-se: FMEA (Failure Mode and Effect
em condições normais de funcionamento pelo maior
Analisys), plano de confiabilidade, manutenção preven-
tempo possível de todo o processo. A avaliação dos equi-
tiva, treinamentos específicos de mantenedores, compra
pamentos e de todas as informações disponíveis ainda
de estoque de peças sobressalentes, entre outros.
está relacionada com o conhecimento e comportamento
Já em outro exemplo, para um exaustor do banheiro
do mantenedor. Por isso, o treinamento constante dos
do escritório, após a análise de criticidade, talvez seja o
mantenedores constitui a diferença da boa aplicação da
caso de adoção de uma estratégia de quebra-conserta,
manutenção no trabalho de campo. O investimento no
sem compra de sobressalentes.
conhecimento do mantenedor passa a ser um investi-
O binômio planejamento-controle faz parte da ferramenta PDCA (Plan, Do, Check, Action), longamente
mento direto na permanência do funcionamento do equipamento.
aplicada em processos de qualidade, mas infelizmente
Como verificado nesta exposição, a constante avalia-
não aproveitada pelas áreas de manutenção com a inten-
ção dos critérios de manutenção preventiva e preditiva,
sidade necessária.
associada ao monitoramento da manutenção corretiva não programada é essencial para a reciclagem dos co-
Proatividade
nhecimentos do mantenedor. Concluindo, considerando os pontos abordados de estratégias e técnicas de manutenção, podemos afirmar
Trata-se de uma proatividade embasada em um
que a manutenção de ambientes climatizados está muito
trabalho com metodologia e não em improvisos que só
alem da simples troca periódica de filtros, não devendo
resultam, a longo prazo, em problemas ainda piores
assim ser realizada sem uma estratégia adequada.
41
Opinião
Foto: Divulgaçãp
Marketing industrial Uma missão para poucos no Brasil Marcos Ferreira
Ainda é pequeno o número de profissionais especiali-
De posse de uma boa estrutura de comunicação,
zados em marketing industrial no país, mas quem trabalha
a empresa pode alçar voos mais altos. Para alcançar
com ele já sabe que a base do seu sucesso é o relacio-
resultados, a equipe tem que ter em mente que con-
namento pessoal, duradouro e significativo em contextos
quistar clientes nesse mercado é um processo muito
únicos ou singulares. Esse tipo de marketing começa com
mais complexo. Aqui, o trabalho não fala apenas de um
pesquisa sobre a viabilidade de um determinado produto,
consumidor, mas de toda uma estrutura organizacional
passando pela sua comercialização e seu pós-venda, isso
composta por indivíduos e elementos que precisam ser
tudo sem abrir mão de um relacionamento comprometido
levados em conta na hora de se montar um planejamento
e presente no dia a dia com a empresa-cliente. Por saber
estratégico. É de fundamental importância que se analise
da importância desse relacionamento, não falamos aqui
a empresa-cliente e seus critérios de escolha. Somente
apenas de se criar um produto, colocar à venda e buscar a
a partir daí, é que se terá a ideia dos principais atributos
fidelização do cliente. Falamos da utilização de meios que
que poderão ser usados como diferenciais.
objetivam criar um elo mais forte com a empresa-cliente,
Outro ponto que deve ser levado em conta é que no
funcionários e seus consumidores para que o resultado
mercado industrial o preço não é fator decisório. O produ-
seja o mais positivo e sustentável possível.
to, em si, não representa um elemento de destaque, até
Para facilitar essa integração, a comunicação deve
porque seu valor e qualidade podem ser semelhantes. O
utilizar várias ferramentas ao mesmo tempo. A princi-
que vale é a diferenciação na oferta de produtos+serviços
pal delas é o marketing de relacionamento. Com ele, a
e a forma como ela é passada para o cliente.
empresa-cliente ganha a confiança, a credibilidade e a
No Brasil, apesar de poucas empresas investirem em
sensação de segurança por parte do seu cliente. É preci-
marketing industrial, há um grande interesse pela área.
so ficar claro que um relacionamento sólido não nasce da
Depois de anos de atuação nesse mercado, continuo a di-
noite para o dia, mas, depois de consolidado, é ele quem
zer que fazer marketing industrial é um desafio, que deve
vai gerar maior vantagem competitiva à empresa-cliente.
ser aceito por quem está preparado para a missão de
Embora essencial, é necessário ir além do marketing
fazer uma comunicação personalizada e específica para
de relacionamento. Hoje, é possível afirmar que aquela
a indústria. Para isso, é preciso dominar as técnicas do
empresa que não faz conjugação de serviços na área e
marketing, do relacionamento, da publicidade, do jornalis-
usa apenas um veículo de divulgação tem pouca chance
mo, de relações públicas e da força de venda. Torna-se,
de se sobressair. Abrir mão de uma comunicação abran-
também, imprescindível conhecer bem a empresa-cliente
gente pode levar a empresa-cliente a deixar escapar
e integrar-se a sua cultura. Tudo em prol de uma relação
resultados para ela e seus clientes. Vale a pena explorar
mais próxima, duradoura e que garanta resultados para
as estratégias de participação em eventos, especialmente
todos os envolvidos no processo.
os segmentados, a criação de uma boa identidade visual
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- que transmita profissionalismo e credibilidade, web sites
Marcos Ferreira
atualizados com estratégias de otimização, presença nas
Publicitário, diretor da C!A da Criatividade, especializada
mídias sociais (blog, orkut, twitter, facebook), entre outros.
em marketing industrial. www.ciadacriatividade.com.br
Alsco: 120 anos de qualidade, excelência e segurança em Higienização Têxtil. Inovando sempre e oferecendo soluções de alta tecnologia a seus clientes, a ALSCO completa 120 anos neste mercado, em que é líder e pioneira.
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