Acreditação em Saúde - 1º sem. 2012

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EDITORIAL O Consórcio Brasileiro de Acreditação, representante exclusivo no Brasil da Joint Commission International (JCI), apresenta a terceira edição da revista Acreditação em Saúde. As 20 matérias da revista mostram boas práticas em instituições como hospitais, ambulatórios, programas de cuidados continuados, programas de transporte médico e programas de gerenciamento de doenças ou condições específicas. A publicação traz ainda uma matéria especial sobre acreditação para operadoras de planos de saúde, com a participação do diretor-adjunto da Diretoria de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS e do presidente da Bradesco Saúde. A matéria aborda a conjuntura atual e futura do mercado de planos de saúde. Boa leitura! Maria Manuela Alves dos Santos Superintendente do CBA

EXPEDIENTE Associação Brasileira de Acreditação – Consórcio Brasileiro de Acreditação Rua São Bento, 13 – Rio de Janeiro – RJ | Tel.: (21) 3299-8200 www.cbacred.org.br – marketing@cbacred.org.br Conselho Administrativo: Amilcar Figueira Ferrari (presidente), Omar da Rosa Santos e Hésio Cordeiro Superintendência: Maria Manuela P. C. A. dos Santos | Conselho Editorial: Maria Manuela P. C. A. dos Santos (Superintendente), Ana Tereza Miranda (Coordenadora de Acreditação), Heleno Costa Júnior (Coordenador de Educação), José de Lima Valverde Filho (Coordenador de Acreditação para Operadoras de Planos de Saúde), Rosângela Boigues (Coordenadora de Ensino) | Revisão Técnica: Carla Gouvea | Marketing: Cristiane Henriques (Analista de marketing) | Projeto Editorial e Redação: SB Comunicação – tel.: (21) 3798-4357 | Jornalista Responsável: Simone Beja | Edição: Maria Cristina Miguez | Textos: Andréa Mazilão, Igor Waltz, Maria Cristina Miguez e Silvana Caminiti | Projeto Gráfico e Diagramação: Jairo Alt e Eduardo Samaruga.

SUMÁRIO 03 06 08 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46

Acreditação de operadoras de saúde Hospital israelita Albert einstein – sp Hemorio – rj Hospital moinhos de Vento – rs Hospital samaritano – sp Amil total care – rj pronep – sp pronep – rj Hospital israelita Albert einstein – sp (centro de Atendimento ao paciente com AVc)

Hospital sírio-libanês – sp Hospital são Vicente de paulo – rj Amil resgate saúde – sp Hospital Alemão oswaldo cruz – sp Hospital totalcor – sp Hospital paulistano – sp Hospital são josé – sp Amil total care – sp Hospital memorial são josé – pe sos Vida – BA Hospital da criança santo Antônio – rs Hospital do coração – sp

(programas de cuidados clinicos para iAm e ic)

liderança em saúde


Acreditação para operadoras de saúde já é uma realidade no Brasil Bradesco Saúde é a primeira operadora acreditada pelo CBA com a metodologia da ANS

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epresentante exclusivo no Brasil da Joint Commission International (JCI) - a maior agência acreditadora do setor de saúde no mundo -, o Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), com larga expertise na área, foi a primeira instituição homologada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para acreditar operadoras de planos de saúde, em abril deste ano. No mês seguinte, a Bradesco Saúde se tornou a primeira operadora do país a conquistar tal status. A acreditação da Bradesco Saúde tão pouco tempo depois de a ANS regular esse mercado, explica-se pelo fato do CBA e a operadora manterem desde 2009 um projeto-piloto para acreditação internacional, a partir de uma metodologia criada pelo próprio CBA, em conjunto com a JCI, considerando também outros padrões internacionais. Para o médico José de Lima Valverde Filho, coordenador de Acreditação para Operadoras de Saúde do CBA, “a acreditação de planos de saúde vem ao encontro de uma necessidade oriunda de uma demanda cada vez maior dos beneficiários das operadoras por uma assistência médica de qualidade”. Embora a ANS tenha publicado em novembro do ano passado a norma regulamentadora 277, que institui o programa de acreditação para operadoras de saúde, o diretor-adjunto da Diretoria de Normas e Habilitação das Operadoras do órgão ressalta que a adesão ao programa é voluntário, cabendo ao consumidor, ao exercer sua livre escolha, valorizar a qualidade da operadora. Leandro Fonseca da Silva acredita que o nível de exigência do consumidor levará as operadoras a se submeterem espontaneamente à avaliação para acreditação. “O programa de acreditação traz uma percepção da qualidade, e isso orienta a escolha dos consumidores, contribuindo para reduzir a assimetria de informação no momento de

contratação de um plano. A produção de informação relativa à avaliação dos serviços das operadoras, com utilização de metodologia padronizada e confiável, nos moldes do programa, pode contribuir, sobremaneira, para reduzir essa assimetria”, vislumbra o diretor da ANS. Na opinião do coordenador do CBA, somente a regulamentação não é suficiente para garantir a qualidade de uma operadora de planos de saúde. “Cumprir a lei não significa, necessariamente, ter qualidade”, argumenta Valverde Filho.

“Cumprir a lei não significa, necessariamente, ter qualidade” José de Lima Valverde Filho, coordenador de Acreditação de Operadoras de Saúde do CBA

Silva aponta ainda que o processo de acreditação faz com que as operadoras conheçam melhor o seu negócio, o que possibilita a identificação e resolução de problemas com mais consistência, segurança e agilidade. Para ele, além da diferenciação de níveis de qualidade entre as operadoras, a acreditação trará mais eficiência às operadoras. “Essa melhor qualidade poderá gerar economia, evitando desperdícios e permitindo uma melhor aplicação dos recursos disponíveis”, assegura. Presidente da Bradesco Saúde, Márcio Coriolano diz que a acreditação amplia a percepção do desempenho da empresa, já que é possível compará-lo com padrões internacionais. “Como consequência, oferecemos produtos e serviços cada vez mais diferenciados que se destacam pela adequação às necessidades dos nossos segurados e maior atenção à qualidade da assistência. Sem dúvida,

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leandro Fonseca da silva, diretor-adjunto da diretoria de normas e Habilitação das operadoras da Ans “Melhor qualidade poderá gerar economia, evitando desperdícios e permitindo uma melhor aplicação dos recursos disponíveis”

josé de lima Valverde Filho, coordenador de Acreditação de operadoras de saúde do cBA “A acreditação de planos de saúde vem ao encontro de uma demanda cada vez maior dos beneficiários por uma assistência médica de qualidade”

márcio coriolano,

presidente da Bradesco saúde

“Oferecemos produtos e serviços cada vez mais diferenciados que se destacam pela adequação às necessidades dos nossos segurados e maior atenção à qualidade da assistência”

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essas características contribuem para tornar nossas ofertas mais atrativas em um mercado em que as operadoras atuam de forma semelhante em razão da padronização do sistema promovido pela regulação”, compara. Coriolano conta que a acreditação reforçou a diretriz da Bradesco Saúde em relação ao cuidado com a saúde do segurado. Ele enumera algumas ações realizadas pela organização, antes ou no decorrer do processo de preparação para a acreditação: incremento na qualidade de processos e nas informações transmitidas, o que inclui dados sobre direitos do segurado; orientações quanto à utilização do seguro e como cuidar da saúde; compromisso com a qualidade da rede referenciada de prestadores de serviços médicos; agilidade no atendimento do plano de saúde e no relacionamento, de forma ética e transparente; preocupação com a melhoria contínua, incluindo a utilização da opinião dos segurados para promover qualidade; reforço da comunicação com todos os públicos; criação de painéis de monitoramento de indicadores; investimentos no atendimento ao cliente; atualização do cadastro da rede referenciada; gestão eletrônica de documentos dos prestadores, entre outras.

“O programa de acreditação traz uma percepção da qualidade. Isso orienta a escolha dos consumidores e contribui para reduzir a assimetria de informação no momento de contratação de um plano” leandro Fonseca da silva, diretor-adjunto da diretoria de normas e Habilitação das operadoras da Ans

Os resultados de todas essas práticas já começam a aparecer. Mais de 65% dos médicos que compõem a rede referenciada possuem título de especialista enquanto a média nacional é de 55%, conforme estudo de dezembro do ano passado divulgado pelo Conselho Federal de Medicina. O nível de solicitação de autorizações respondidas em até 72 horas alcançou a marca de 92%. O presidente da Bradesco Saúde revela que aproximadamente 50 indicadores operacionais são acompanhados diariamente através de um painel de monitoramento, o que possibilita visualizar, entre outras informações, o volume de autorizações. “O gerenciamento garante a eficiência operacional, já que nos permite identificar as necessidades


de atendimento, ajustando on time o direcionamento das análises para os segmentos que estejam com maior demanda no momento”, explica. Coriolano diz ainda que as demandas dos segurados foram incorporadas ao processo de gestão, sendo avaliadas por uma comissão a conduta das partes envolvidas na relação do cuidado com a participação de representantes dos referenciados e dos beneficiários. De acordo com os indicadores da companhia, as mudanças parecem já terem sido percebidas pelos clientes da Bradesco Saúde. Pesquisa realizada pela empresa em parceria com o instituto Gerp Pesquisa Estratégica – que contou com 2 mil entrevistas – apontou que cerca de 80% dos clientes Bradesco Saúde reconhecem como elevado o padrão de qualidade de produtos e serviços prestados pela seguradora. A visão dos usuários é a de que ela é uma empresa sólida em termos financeiros (88%), moderna (82%) e cumpridora do que promete (85%).

“A acreditação é, sem dúvida, um diferencial que nos ajudará frente ao mercado de saúde suplementar” Márcio Coriolano, presidente da Bradesco Saúde

“É por isso que cerca de 80% dos usuários do seguro e dos gestores das empresas contratantes recomendam a Bradesco Saúde. Entre nossos usuários, o índice de encantamento chega a 43%, estando os maiores índices de satisfação vinculados à rede referenciada de hospitais (76%) e laboratórios (80%)”, orgulha-se o presidente da Bradesco Saúde. Ele chama atenção também para o fato de a seguradora obter a maior nota nos últimos resultados do Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS), indicador da ANS que mede a qualidade das operadoras considerando critérios como atenção à saúde, desempenho econômico-financeiro, estrutura e operação e satisfação do cliente. Mesmo comemorando todos esses resultados, detendo 45,5% do mercado entre as seguradoras especializadas em saúde e 11% de participação entre as operadoras de saúde (dados de setembro de 2011), Márcio Coriolano é categório ao afirmar: “Somos a primeira seguradora certificada nos padrões da ANS e a única operadora de saúde no mercado que possui selo com base nos parâmetros internacionais. A acreditação é, sem dúvida, um diferencial que nos ajudará frente ao mercado de saúde suplementar.” José Valverde Filho aposta que é justamente a concorrência de mercado que impulsionará as operadoras de

saúde a buscarem a acreditação. “Mais de 30 operadoras de todo o país já nos procuraram solicitando informações. Em breve, o cenário irá mudar”, afirma o coordenador de Acreditação para Operadoras de Saúde do CBA.

A Metodologia • Existem 7 dimensões de avaliação: Programa de Melhoria da Qualidade; Dinâmica da Qualidade e Desempenho da Rede Prestadora; Sistemática de Gerenciamento das Ações dos Serviços de Saúde; Satisfação dos Beneficiários; Programa de Gerenciamento de Doenças e Promoção de Saúde; Estrutura e Operação; Gestão. • As 7 dimensões são compostas de 147 itens de avaliação. • Para cada dimensão é atribuída uma nota, calculada pela média aritmética da pontuação dos itens. O mínimo exigido pela ANS para uma operadora ser acreditada é 70 pontos, em cada dimensão. • As certidões de acreditação são emitidas em três níveis, de acordo com a pontuação final obtida pela operadora de saúde: certidão nível I para as operadoras que obtiverem nota final entre 90 e 100 pontos; certidão nível II para aquelas que obtiverem nota final entre 80 e 89 pontos; ou certidão nível III para as operadoras que obtiverem nota final entre 70 e 79 pontos. • Estima-se que o tempo de preparação para que uma operadora de saúde consiga cumprir os padrões exigidos para a obtenção da acreditação seja de 18 meses. • A acreditação de uma operadora de saúde é válida por 3 anos. Após esse período, a operadora terá que se submeter a uma nova avaliação.

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Metas internacionais garantem continuidade do cuidado

Hospital israelita albert einstein investe em inovação e treinamento para aumentar a segurança dos pacientes

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o processo de cuidado, situações como a correta identificação do paciente e o uso seguro de medicamentos de alta vigilância, por exemplo, devem receber a máxima atenção dos profissionais e gestores de saúde, a fim de minimizar riscos inerentes à assistência. Com intuito de estimular melhorias em áreas críticas da assistência, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou há sete anos as chamadas Metas Internacionais de Segurança do Paciente, em parceria com a Joint Commission International (JCI). O Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), o primeiro brasileiro a receber acreditação da JCI, também foi um dos pioneiros no país a abraçar as metas em suas rotinas e hoje é referência na área. Presentes no Manual de Acreditação Hospitalar da JCI, as metas internacionais são requisitos básicos para todas as instituições de saúde, até mesmo para as não acreditadas. Na visão da farmacêutica Carla Behr, coordenadora de Qualidade, Acreditações, Auditoria e Certificações do HIAE, as metas trazem a possibilidade de analisar os processos de forma específica e implementar ações de

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melhoria. “A princípio, parece tratar-se de medidas simples, mas a aplicação não é tão fácil. Trata-se de algo que envolve o fomento de uma cultura interna da segurança, a participação de todos os colaboradores. Por se tratar de um fator comportamental, o trabalho de conscientização deve ser contínuo”, explica. A coordenadora cita como exemplo a meta nº 5, que diz respeito à redução do risco de infecção associado aos cuidados de saúde. De acordo com estimativa da OMS, pelo menos 5% dos pacientes admitidos em instituições de saúde sofrem algum tipo de infecção, que podem ser evitadas por meio de medidas simples, como a lavagem das mãos dos profissionais da assistência. Além de medidas como implantação de pias em áreas de fácil acesso e análise do consumo mensal de gel alcoólico pelas diferentes áreas do hospital, o HIAE procura adotar diferentes frentes para conscientização dos colaboradores. Além de treinamento presencial e campanhas anuais, hoje os funcionários contam ainda com ferramentas de e-learning, que podem ser acessadas de qualquer computador, a qualquer hora.


“Buscamos sempre inovar para que o tema não seja saturado. E isso tem-se revertido em bons resultados. Enquanto a maioria das instituições tem dificuldade de aumentar o índice de lavagem das mãos, com médias em torno de 40%, temos atingido 70% de adesão ao protocolo. Nosso objetivo é chegar a 90% até 2015”, comenta Behr.

“Se o profissional que conduz o paciente após sua chegada levá-lo ao local errado, pode suscitar uma cadeia de erros. Por isso, o envolvimento com o protocolo envolve toda a equipe que lida diretamente com o paciente” carla Behr, coordenadora de qualidade, Acreditações, Auditoria e Certificações do HIAE

Outra meta que depende profundamente do fator comportamental dos colaboradores é a nº 1, sobre a identificação correta de pacientes. A coordenadora de Qualidade conta que não basta simplesmente colocar uma pulseira no momento em que o paciente chega ao hospital, mas conscientizar todos os colaboradores de checar essa pulseira antes de qualquer procedimento. Esse protocolo envolve não apenas a equipe assistencial, mas também administrativa. “Se o profissional que conduz o paciente após sua chegada levá-lo ao local errado, pode suscitar uma cadeia de erros. Por isso, o envolvimento com o protocolo envolve toda a equipe que lida diretamente com o paciente. Hoje nosso indicador registra 75% de adesão, mas acreditamos que o ideal seria estarmos acima de 80%”, afirma.

“Também adotamos uma medida inovadora: um menu de soros com produção diária. Em vez de o médico prescrever a dosagem, ele escolhe numa lista de soros já prontos. Assim, eliminamos o riscos de erros de concentração de eletrólitos, que são os grandes causadores de danos aos pacientes”, assegura a representante do HIAE. Outra inovação desenvolvida pela instituição foi a criação do ‘Abraço Seguro’, para minimizar o risco de quedas de pacientes, atendendo a meta internacional nº 6. O dispositivo, semelhante às travas de segurança de carrinhos de montanha-russa, impede que o paciente se desequilibre durante o uso do vaso sanitário, evitando o risco de lesões. Está ainda em fase de testes uma tecnologia de sensores de leitos de pacientes apontados com alto risco de queda. Caso ele realize algum movimento para se levantar do leito, a enfermeira responsável é avisada e pode imediatamente dirigir-se ao local para ajudá-lo. Já para o protocolo de Cirurgia Segura, adotado pelo HIAE desde 2007, foi realizada uma série de adaptações específicas para diferentes cirurgias, incluindo a de transplante. “Por termos aqui um corpo clínico aberto, a participação dos colaboradores do Centro Cirúrgico, como enfermeiros, é fundamental para garantir a adoção desse protocolo e as especificidades de cada cirurgia”, explica Behr. “Hoje, o resultado do ti me out é de 80%. Estamos trabalhando para melhorar esse índice”, completa.

segurAnçA em medicAmentos Carla Behr aponta que hoje a meta com melhores indicadores é a nº 3, sobre segurança de medicamentos de altavigilância, com 100% de conformidade. O hospital concentrou a manipulação desses medicamentos na Farmácia Central, acabando com a presença de ampolas nas áreas assistenciais. Além disso, aumentou mecanismos de barreira de segurança no processo até a administração, com adoção de dupla checagem e identificações especiais em ampolas de eletrólitos, insulina e anticoagulantes.

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gerenciAmento de medicAmentos oBjetiVo do Hemorio é AumentAr A segurAnçA do pAciente e eVitAr esperdÍcios de medicAmentos quAndo o pAciente não Adere Ao trAtAmento

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primorar a terapêutica medicamentosa e evitar o desperdício gerado quando, por exemplo, o paciente não adere ao uso do medicamento. Esses são dois dos objetivos de projetos adotados pelo Serviço de Farmácia do Instituto Estadual de Hematologia Arthur Siqueira Cavalcanti, o Hemorio. A unidade é responsável por coordenar a hemorrede do Estado do Rio de Janeiro, além de reconhecida referência nacional na assistência nas áreas de hematologia e hemoterapia. Os projetos seguem critérios do Manual de Acreditação Hospitalar da Joint Commission International (JCI), relacionados com a melhoria da qualidade e segurança do paciente. Uma das ações é a que permite o acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes em atendimento ambulatorial. A farmacêutica Ana Paula Queiroz, chefe do Serviço de Farmácia, lembra que o ambulatório atende, em média, 7,5 mil pacientes por mês que fazem uso crônico de, no mínimo, três medicamentos diferentes por dia. Dada a grande quantidade de medicamentos dispensados, o uso racional dos insumos é tão importante quanto garantir ao usuário o acesso à medicação. “Monitoramos o uso dos medicamentos potencialmente perigosos definidos pela instituição e aqueles que são incorporados na lista de medicamentos padronizados da unidade. Fazemos o acompanhamento de eventos adversos e se o paciente aderiu ao tratamento prescrito pelo médico. Esses procedimentos aumentam a segurança do paciente, além de evitar desperdícios”, comenta a farmacêutica. Ana Paula diz que não foi possível dimensionar quanto representa em termos de economia para os cofres

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públicos o acompanhamento farmacoterapêutico, mas lembra que a ação faz parte da busca pela excelência no serviço prestado desde 2001, ocasião em que o Hemorio foi acreditado pela JCI, representada no Brasil pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA). Outro projeto implantado pelo Serviço de Farmácia e que permite a segurança na assistência é o da identificação dos medicamentos potencialmente perigosos (MPPs), que vão para os andares onde ficam os pacientes internados. “Cada grupo de fármaco recebe uma sinalização com cores padronizadas, como verde, amarelo, azul, vermelho e rosa. Assim, os citostáticos, para quimioterapia, por exemplo, recebem a cor amarela, enquanto os eletrólitos recebem a cor verde. Todas as embalagens contendo os medicamentos já saem da farmácia para o setor de internação com uma fita adesiva colorida. A ação permitiu orientar melhor o pessoal da enfermagem e tem-se mostrado altamente eficaz”, diz Ana Paula. Ela lembra que são internados em torno de 100 pacientes por mês na unidade, enquanto que cada prescrição contém, em média, 20 medicamentos. A farmacêutica ressalta ainda que são prescritos mensalmente na unidade cerca de 60 mil medicamentos, dos quais 50% são medicamentos potencialmente perigosos. “A unidade atende pacientes graves e debilitados, sendo preciso, portanto, aumentar a segurança na assistência”, avalia. Além da sinalização dos MPPs, a instituição também adotou o conceito de farmácia clínica, em que o farmacêutico, durante a visita, realiza a reconciliação medicamentosa, a partir da elaboração de uma lista contendo os nomes, as dosagens e a frequência de todos os medicamentos que


cada paciente está tomando durante a internação. Essa lista é comparada com a prescrição feita pelo médico no momento da internação, e em qualquer transferência de setor dentro da unidade, até o momento da alta. O objetivo, explica Ana Paula, é fornecer os medicamentos corretos para o paciente, em todos os pontos de transição dentro do hospital. Por esse projeto, o Hemorio recebeu um prêmio Jayme Torres, no início deste ano, do Conselho Federal de Farmácia. Outra ação do setor foi a implantação da Ferramenta de Rastreamento, adaptada do Institute Heath Improvement (IHI) para a busca ativa de eventos adversos a medicamentos. A farmacêutica explica que o objetivo desse projeto é fazer o rastreamento de possíveis eventos adversos causados por medicamentos usados por pacientes internados na unidade. Ela lembra que o uso de medicamentos pode trazer efeitos benéficos à saúde, mas também levar a ocorrências de efeitos indesejáveis, como as reações adversas. De acordo com a profissional, um estudo feito nos Estados Unidos mostrou que 6,5% dos pacientes hospitalizados em uma unidade específica sofreram um evento adverso a medicamentos (EAM). Nesse total, 28% poderiam ser evitados. “A magnitude do risco que os medicamentos podem causar à saúde e a possibilidade de prevenção dos eventos adversos evitáveis nos levaram a criar um sistema de monitoramento, visando à segurança do paciente e à otimização da terapêutica medicamentosa”, conta Ana Paula, que lembra que o rastreamento é feito por meio da busca por antídotos ou parâmetros laboratoriais, nas prescrições e nos prontuários dos pacientes internados. Segundo Ana Paula, a metodologia é usada na assistência aos pacientes onco-hematológicos e os profissionais fazem a checagem usando uma relação de medicamentos rastreadores, como o flumazenil, por exemplo, que é um antídoto para o diazepan. “Quando encontramos um rastreador, podemos fazer uma investigação mais ampla, para identificar se ocorreu ou não algum tipo de dano. O objetivo principal da metodologia consiste na quantificação, na detecção e no rastreamento do resultado dos eventos adversos a medicamentos, o que permite uma análise do evento e sua notificação à Anvisa, uma vez que o Hemorio é um hospital da rede Sentinela. O método, que tem baixo custo de implantação inicial, tem-se mostrado mais efetivo na busca por EAM. E os dados podem ser usados para criar um ambiente hospitalar mais seguro”, comenta. Vários manuais e protocolos foram criados pelo serviço de farmácia. Um deles é o Manual de Interações Medicamentosas, que fica disponível para os profissionais da instituição na intranet. O documento traz uma relação das possíveis interações medicamentosas entre todos os

medicamentos padronizados na unidade, bem com o manejo dessas interações. A farmacêutica explica que, quando dois medicamentos diferentes são administrados ao mesmo tempo para um paciente, eles podem agir de forma independente ou interagirem entre si, com o risco de ocasionar o aumento ou a diminuição de efeito terapêutico - ou tóxico - de um ou de outro. Ela lembra que o desfecho dessa interação pode ser perigoso quando há aumento da toxicidade do fármaco, principalmente quando se trata de medicamentos de baixo índice terapêutico, como digoxina, fenitoína, carbamazepina, aminoglicosídeos, varfarina, teofilina, lítio e ciclosporina. “Além de manter médicos e os profissionais da enfermagem atentos para as informações sobre interações medicamentosas, o manual orienta a descrever o possível resultado e sugerir as intervenções apropriadas. Assim, o médico deve ser informado quando há combinações potencialmente perigosas, e o paciente pode ser alertado para que observe sinais e sintomas que denotem um efeito adverso”, comenta.

Rua Frei Caneca, 8 – Centro - Rio de Janeiro - RJ Tel.: (21) 2332-8611 www.hemorio.rj.gov.br

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cuidAdos especiAis em oncologiA

HospitAl moinHos de Vento AdAptA o cHeck list pArA o setor e AumentA A segurAnçA nA AssistênciA Aos pAcientes

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m 2012, o Brasil deve registrar mais de 518 mil novos casos de câncer, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA). A doença, que já é considerada a segunda causa de mortes no país, exige cuidados diferenciados, além de recursos específicos de segurança na assistência e profissionais de saúde com qualificação especializada. Por conta desse desafio, o Hospital Moinhos de Vento (RS) adaptou um check list/ti me out, geralmente voltado para a área cirúrgica, à oncologia, buscando garantir a qualidade na assistência a esses pacientes. Criado há mais de 7 anos, o Centro de Oncologia do hospital realiza mais de 600 quimioterapias por mês, em média. Segundo a enfermeira Janice T. Kunrath Brustolin, gerente de Assistência Ambulatorial do Hospital, apesar desse volume de atendimentos, todo procedimento é adaptado para cada paciente, o que exige preocupação com a correta identificação do paciente e prescrição terapêutica. Ela explica que, após o atendimento inicial ao paciente, um segundo médico avalia clinicamente o tratamento prescrito e verifica se este atende às especificidades do paciente.

“A avaliação das prescrições por um médico rotineiro é uma inovação que adotamos a partir da acreditação da Joint Commission International (JCI). Esse profissional verifica aspectos como protocolo indicado e dose de medicamentos em relação à superfície corporal do paciente”, afirma Brustolin. De acordo com a enfermeira, o desafio de adaptar o check-list/ti me out para áreas não cirúrgicas foi abraçado por todos os setores da instituição desde a mobilização pela acreditação. Brustolin conta que, no setor de oncologia, cada protocolo de tratamento passa por uma série de checagens antes que a droga quimioterápica seja efetivamente aplicada no paciente. Quando o paciente é atendido no ambulatório, a Enfermagem confere suas condições de saúde e sinais vitais; só depois libera o preparo dos fármacos. Os cálculos dos diluentes em relação à dose são confrontados por duas farmacêuticas e, antes da administração, as doses são novamente verificadas pelas enfermeiras. Nenhum procedimento é iniciado enquanto todos esses passos não tiverem sido completados.

indicAdores especÍFicos O Moinhos de Vento desenvolveu indicadores voltados especialmente para a assistência em oncologia, principalmente no que diz respeito à segurança na aplicação de drogas quimioterápicas. No primeiro semestre de 2012, a instituição não registrou nenhuma ocorrência de extravasamento (quando a aplicação escapa do vaso sanguíneo e atinge outros tecidos) e identificou apenas um caso, em fevereiro, de erro no processo de medicação. Na área ambulatorial, o setor conta ainda com indicadores de percentual de consentimento informado para quimioterapia e preenchimento do fluxo do paciente oncológico. Ambos com meta de 100% de conformidade, o hospital tem atingido médias de 90% e 84%, respectivamente. Outro indicador é o de número de intervenções realizadas pela farmácia clínica no monitoramento do uso de medicamentos antineoplásicos no ambulatório de Quimioterapia. No mês de abril, foram realizadas 211 in-

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tervenções, sendo 89 relacionadas à diluição dos medicamentos. “Acreditamos que podemos desenvolver mais indicadores específicos para esse setor. No momento, estamos em fase de estudo para criarmos mecanismos de comparação com o desempenho das principais instituições em nível internacional”, comenta Brustolin. Uma vez por semana, representantes de todos os profissionais envolvidos na assistência ao paciente oncológico reúnem-se para discutir questões específicas para os casos que estão sendo atendidos no momento, desde dilemas vividos pelos pacientes até definições de protocolos de atendimento. Paralelamente, cada mês, são realizadas reuniões entre os supervisores para debater os indicadores assistenciais.

HumAnizAção Com o processo de fragilização física e mental que o câncer pode causar ao paciente, a humanização do cuidado é uma questão fundamental para manter a adesão ao tratamento. Além da equipe multiprofissional presente diariamente no ambulatório de Quimioterapia, outros serviços, como fonoaudiologia, fisioterapia, odontologia e tratamento da dor, estão à disposição dos pacientes conforme a necessidade. Uma das medidas concebidas pelo hospital foi a adoção de suítes individualizadas, onde o paciente e sua família podem manter a privacidade no momento da aplicação de quimioterapia. Brustolin conta ainda que a instituição mantém agenda específica para o atendimento dos pacientes em tratamento quimioterápico, diminuindo, assim, o tempo de espera para o atendimento. A satisfação do paciente em relação ao atendimento do setor é de 98%. “Na área de humanização, temos ainda o indicador de contatos telefônicos após a alta do paciente, para termos

um controle da sua evolução e das suas condições de saúde. A nossa meta é atingirmos 18 contatos por mês, mas, até o momento, temos atingido uma média de 13”, relata. A prevenção ao câncer é uma das ações também realizadas pelo Centro de Oncologia. Devido à grande incidência de câncer de mama na Região Sul, principalmente em Porto Alegre, foi criado o Núcleo Mama Moinhos. Composto por mastologistas, oncologistas, cirurgião plástico, geneticista, psiquiatra, psicóloga, fisioterapeuta, nutricionista e enfermeira, o núcleo atualmente realiza em torno de mil consultas por mês. Os casos de câncer diagnosticados em estágio inicial representam 86,6% do total dos casos atendidos pelo Núcleo Mama Moinhos. “Nesse momento, realizamos ações de educação e detecção precoce. Em outras áreas, como câncer de intestino, ainda estamos em processo de implementação de programas de prevenção”, completa a gerente de Assistência Ambulatorial do Hospital Moinhos de Vento.

Rua Ramiro Barcelos, 910 - Floresta Porto Alegre – RS Tel.: (21) 3314-3434 www.hospitalmoinhosdevento.org.br

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Gerenciando a informação Samaritano desenvolve plano de Comunicação para lançamento de seu novo complexo hospitalar

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osicionar o Hospital Samaritano (SP) como um dos principais centros de excelência no país e, ao mesmo tempo, reduzir ao máximo os impactos ambientais e sociais causados pela construção do edifício que integra seu novo complexo hospitalar. Foi com esse objetivo que a direção da instituição investiu em um projeto de comunicação integrada, que perdurou do início à finalização da obra, ou seja, de 2007 até o ano passado. Como resultado, além do reconhecimento por parte dos clientes e do público em geral, o recebimento do Prêmio da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) 2011 na categoria Comunicação Integrada, o mais importante do setor. Acreditado pela Joint Commission International (JCI) desde 2004 – por meio de seu representante no Brasil, o Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) -, a Gerência de Comunicação do Hospital elaborou um plano que também contemplasse os padrões descritos no capítulo Gerenciamento de Comunicação e Informação, do Manual de Acreditação Hospitalar JCI/CBA, que prima por assegurar o fornecimento de informações para estabelecer a comunicação aberta e transparente entre os pacientes, seus familiares e a instituição. O plano de comunicação, dividido em quatro etapas (lançamento da obra, manutenção, pré-lançamento do novo complexo e inauguração), também continha ações

visando a voluntários, fontes pagadoras, empresas clientes do hospital, profissionais da saúde, empresários, autoridades, imprensa, vizinhos e comunidade em geral.

prevenção Após a avaliação do solo e viabilidade física para a instalação da obra, já que o local da construção era muito próximo ao prédio em operação, uma equipe formada por engenheiros, arquitetos e profissionais da área de Comunicação analisou todas as possibilidades de incidentes que comprometessem a segurança dos pacientes, colaboradores, médicos, vizinhos e comunidade ao entorno. “Para cada situação, foi montado um plano de ação para combater o risco, investindo-se em prevenção”, explica Cristina Collina, gerente de Marketing do Samaritano. O plano de crise contou com ações preventivas, como: dedetização do terreno durante o período de escavações para evitar a proliferação de pragas; limpeza diária dos caminhões e de veículos de transporte de materiais para evitar que as ruas fossem sujas; controle do fluxo de caminhões da obra para evitar danos e engarrafamentos nas vias públicas; e instalação de janelas antiacústicas nos apartamentos do hospital.

Interação Buscando uma imagem institucional positiva, de credibilidade e respeito com seus públicos, o plano foi centrado inicialmente nos colaboradores e nos médicos e, em seguida, na comunidade ao redor do hospital. A gerente de Marketing revela a estratégia utilizada: “Fizemos uma comunicação formal sobre a obra aos síndicos dos prédios vizinhos e moradores, disponibilizando um contato do hospital, uma maquete eletrônica e mais informações no subsite do hospital. Posteriormente, enviamos um material informativo no formato de encarte dentro da Revista Samaritano com Você para todos os moradores de Higienópolis. Também co-

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municamos às associações de bairro, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Como uma forma de respeito, procuramos que todos soubessem da obra pelo hospital e não pela imprensa.” Foram promovidas reuniões com os diferentes grupos sociais para que todos os passos da obra fossem detalhados e as dúvidas, sanadas. Só depois disso é que o hospital comunicou o projeto à imprensa. O Samaritano disponibilizou ainda um canal com a comunidade e clientes para manifestações. Foi a partir de uma sugestão que a direção da instituição acordou com a vizinhança que o trabalho seria feito em um horário mais estendido de segunda a sexta-feira, em respeito à forte presença da comunidade judaica na região, que celebra o Shabat religiosamente. A interação com a comunidade médica também foi valorizada. Por dois anos consecutivos, uma réplica de uma das salas do centro cirúrgico do novo complexo foi montada na feira Hospitalar, em conjunto com a empresa fornecedora da tecnologia. Posteriormente, a equipe de arquitetura montou no hospital três salas do centro cirúrgico com variadas tecnologias para que os médicos avaliassem quais eram as melhores para diferentes tipos de procedimento.

comunicAção externA As segunda e terceira etapas do plano investiram em ações de comunicação para a comunidade em geral, com publicidades nos principais jornais, revistas e emissoras de rádio de São Paulo. A aposta em patrocínios foi reforçada com veiculações em canais alternativos como, no Teatro Folha e no Shopping Pátio Higienópolis, e em eventos da área de saúde. A campanha também abrangeu monitores em elevadores e mídias sociais. Cristina Collina conta que a entrada do Samaritano nas redes sociais foi cuidadosamente planejada. “A partir de junho de 2010 começamos a monitorar as redes sociais. Em setembro do mesmo ano, participamos de um seminário na Mayo Clinic (EUA) para entender como os hospitais americanos estavam atuando nessas mídias. Só depois indicamos à direção atuar nas mídias sociais como forma de realizar uma comunicação ainda mais clara e transparente com os seus clientes, colaboradores e membros do corpo clínico”, explica a gerente de Marketing.

O ponto culminante do planejamento se deu na fase de pré-lançamento do novo complexo, que tem 60 mil m², 19 andares e 313 leitos. O novo prédio contempla ainda um moderno centro de diagnóstico, centro cirúrgico, novas unidades de terapia intensiva, auditório para conferência com capacidade para 200 pessoas, serviço de gastronomia e nutrição, e um átrio com serviços e conveniência. Nesta etapa, a equipe do Samaritano criou vasta ação de comunicação e marketing: produção de vídeo institucional, que contou com um depoimento de Fernando Henrique Cardoso (presidente do Brasil de 1995 a 2002), banner de inauguração nos portais corporativo e médico do hospital, edição especial do jornal interno alusivo à inauguração, brindes comemorativos, festa inaugural, visitação guiada ao local e coletiva para a imprensa.

resultAdos O retorno do investimento foi traduzido em números pela gerente de Marketing do Samaritano: mais de 200 matérias veiculadas nas principais mídias impressas, emissoras de televisão e rádio, mais de 10 mil seguidores no Twitter e Facebook em apenas três meses, cerca de 3 milhões de pessoas atingidas com ações de patrocínio, promoção e publicidade, além do baixíssimo índice reclamações da comunidade durante os quatro anos da obra, apenas 70 manifestações.

Rua Conselheiro Brotero, 1486 – Higienópolis São Paulo – SP Tel.: (11) 3821-5300 www.samaritano.org.br

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Mais qualidade de vida para pacientes crônicos

Programa multidisciplinar do Total Care combate fatores que agravam as doenças crônicas, como o sedentarismo e a hipertensão

A

s doenças crônico-degenerativas são a principal causa de afastamento no trabalho, podendo levar à incapacidade, sendo responsáveis por mais de 63% dos casos de óbito no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirma: 31,3% da população sofre de algum tipo de doença crônica, o que significa que cerca de 60 milhões de brasileiros necessitam de tratamento contínuo. A OMS sugere três pilares de vigilância: prevenção, monitoramento e melhorias no tratamento. Em consonância com essa recomendação, a Amil Assistência Médica criou o primeiro centro de disease management da América Latina. O conceito foi adaptado às necessidades dos doentes crônicos brasileiros. No Rio de Janeiro, o Amil Total Care Botafogo surgiu em 1999 e, dois anos depois, foi inaugurado outro centro na Barra da Tijuca. Em 2005, a unidade da Barra da Tijuca foi o primeiro serviço médico a receber a acreditação da Joint Commission International (JCI) na América Latina através de seu representante no país, o Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA). No ano seguinte, a unidade Botafogo também foi acreditada pela JCI/CBA. Diretor da Amil Assistência Médica e coordenador da Amil Total Care do Rio de Janeiro, Dino Gomes, explica que a acreditação internacional teve papel fundamental no aperfeiçoamento do programa. “O processo de acreditação é importante para ratificar os protocolos e trazer mais segurança aos pacientes. O resultado final confirmou que estamos no caminho certo”, assegura. Aliado ao conceito de disease management, a Amil criou o Programa multidisciplinar de combate a fatores que agravam as doenças crônicas, como o sedentarismo, a hipertensão e o diabetes. O objetivo do serviço é oferecer, além do tratamento convencional, acompanhamento amplo aos pacientes. “O doente crônico necessita de medicação permanente, mas nem todos recebem os cuidados adicionais de prevenção para evitar novos eventos e impedir a progressão da doença. A proposta do Total Care supre essa lacuna ao oferecer acompanhamento interdisciplinar a esse tipo de paciente”, defende Dino Gomes.

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Tratamento multidisciplinar Melhorar a qualidade de vida dos pacientes crônicos através de atividades educativas foi o maior desafio desse modelo de tratamento integrado, que visa oferecer ao paciente um serviço que reduza as complicações típicas do quadro crônico, diminuindo o número de internações. O Programa de Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica (PRCM) alia a educação continuada ao treinamento físico e aos acompanhamentos clínico, nutricional e psicológico. O serviço de reabilitação da Amil Total Care conta hoje com 24 profissionais de diversas áreas: médicos especialistas em medicina do esporte e pneumologistas, fisioterapeutas, enfermeiros, educadores físicos, nutricionistas e psicólogos. Inicialmente, o paciente passa por uma etapa de consultas e avaliações com toda a equipe e recebe seu programa individualizado de atividades supervisionadas. O tempo de permanên-


cia no programa é, em média, de 6 meses. No final desse período, o paciente é reavaliado, podendo ser encaminhado para a prática de atividades não supervisionadas. Após a alta, ele recebe a orientação de retorno periódico, primeiramente mensal e, posteriormente, trimestral.

“O processo de acreditação é importante para ratificar os protocolos e trazer mais segurança aos pacientes. O resultado final confirmou que estamos no caminho certo” dino gomes, diretor da Amil Assistência médica e coordenador da Amil total care do rio de janeiro

No programa de reabilitação criado pela Amil, a família tem papel fundamental no desempenho clínico do paciente. Por isso, uma equipe de enfermagem é treinada para oferecer todas as informações e orientações necessárias aos familiares sobre o problema de saúde do paciente e sobre medidas de prevenção e cuidados à saúde, como: de que modo aplicar insulina, quais os sinais de hipoglicemia e cuidados com a anticoagulação, entre outros. Com o programa, o doente crônico aprende que é possível ter melhor qualidade de vida, mesmo tomando medicação constante. “A equipe trabalha com medidas educativas em que os pacientes aprendem a lidar melhor com a doença crônica”, pontua Cláudio Moreira, coordenador de Qualidade do Amil Total Care Rio.

resultAdos Para verificar a eficácia do programa de reabilitação foram criados parâmetros adotados a partir dos resultados de exames, como ergoespirometria, ecocardiograma e ecodoppler de carótidas e vertebrais, além dos exames de laboratório e avaliação corporal/funcional. Paula Baptista e John Berry, médicos do Serviço de Reabilitação, revelam resultados satisfatórios do PRCM: “Os pacientes do programa apresentam um quadro evolutivo muito bom. O grupo que completa o ciclo da reabilitação, que corresponde à média de 240 pacientes por ano, apresenta melhorias de 10% a 15% em sua capacidade funcional e uma redução de 20% a 25% das taxas de morbimortalidade”. A coordenadora da equipe da educação física, Luísa Meirelles, reforça outros benefícios que afetam diretamente o dia a dia dos pacientes. “Existe uma nítida melhoria da capacidade física do indivíduo, que se cansa

menos e consegue realizar com mais facilidade as atividades laborativas. Paralelamente, a pressão arterial e a frequência cardíaca diminuem no repouso e ficam mais controlados aos esforços. O treinamento físico também é capaz de melhorar a musculatura esquelética, aumentando massa muscular e resistência”, descreve. Outros resultados apontados pela equipe são: aumento do metabolismo basal, o que contribui para a perda de massa de gordura; melhoria do controle glicêmico devido ao aumento da sensibilidade à insulina; melhoria do perfil lipídico, aumentando o bom colesterol e diminuindo o mau; e redução de marcadores inflamatórios que pioram o prognóstico da doença cardiovascular. O perfil psicológico do paciente crônico também se modifica, com menor sensação de insegurança e depressão, comuns às doenças crônicas. Os hábitos nutricionais são revistos e otimizados. “Todos esses benefícios terão como consequência uma melhor qualidade de vida e aderência ao tratamento, impactando uma diminuição da morbimortalidade dessas doenças crônicas”, enfatiza o coordenador de Qualidade da Amil Total Care Rio.

Barra - Av. das Américas, 700 – sl. 307/308 – Città America Botafogo - Rua Voluntários da Pátria, 445 – sl. 210 Rio de Janeiro – RJ Tels.: (21) 3139-1000 (Barra) (21) 2579-1000 (Botafogo) www.amil.com.br/portal/institucional/planos/por-que-amil/total-care

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medicinA domiciliAr com mAis eFiciênciA pronep melHorA suA gestão com A Adoção de protocolos AssistenciAis gerenciAdos

A

adoção de protocolos assistenciais gerenciados é considerada uma das estratégias mais eficazes para garantir a qualidade e segurança de serviços de saúde. Essas diretrizes terapêuticas, baseadas em evidências científicas e consenso entre os profissionais, atenuam a variabilidade de condutas clínicas, fator que pode gerar riscos na assistência, especialmente em uma atividade descentralizada, como a de home care. A partir da acreditação da Joint Commission International (JCI), a Pronep instituiu a implantação desses protocolos, conseguindo melhorar seus indicadores, reduzindo a taxa de infecções e a ocorrência de erros de medicação. Esses protocolos também auxiliaram a tomada de decisões gerenciais. De acordo com Josier Vilar, diretor executivo da Pronep, hoje a instituição conta com um painel de indicadores, divididos em cinco grupos: Cliente, Desfechos Clínicos, Processos, Financeiro e Pessoas/Aprendizado. “Os protocolos ligados ao grupo de Processos dizem respeito à eficiência dos cuidados, dirigidos para o gerenciamento dos riscos inerentes à internação domiciliar. Já os protocolos de Desfechos Clínicos são voltados à mensuração dos resultados clínicos, através do controle de taxas de infecção, como pneumonia associada à ventilação mecânica”, explica o gestor.

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Graças à adoção de protocolos, a taxa de ocorrência de úlcera por pressão, ocorrida durante a internação domiciliar, é mínima, quando comparada à incidência hospitalar. No caso dos pacientes que já vêm com o problema da internação hospitalar, em 80% dos casos, a úlcera é fechada em dois a três meses, período de tempo considerado rápido. “Já no caso de infecções, o ambiente doméstico é menos propício à ocorrência do problema do que o hospitalar, e, com a instituição de protocolos de atendimentos domiciliares, temos conseguido taxas também baixas, aos quais incluem ações de correta higienização das mãos, das trocas de sondas, equipos etc.”, afirma Márcia Braz, assessora de Qualidade da Pronep. Segundo Vilar, o processo de acreditação estimulou a criação de uma cultura organizacional voltada para a qualidade assistencial. Com o processo de acreditação, a Pronep expandiu o número de protocolos clínicos e gerenciais. A área de Processos foi rigorosamente reestudada e readaptada, sendo necessário sistematizar uma série de procedimentos, como as avaliações pré-atendimentos, tanto clínicas, de cuidados e sócioambientais, instituiu-se carta-acordo, Termo de Consentimento Informado, avaliações por equipe multiprofissional, implantação do programa de farmacovigilância com análise farmacêutica da prescrição médica, monitoramento e controle das potenciais interações medicamentosas, monitoramento dos medicamentos de alta vigilância, monitoramento das reações adversas e erros de medicação, além da implantação de comissões, como a comissão de revisão de prontuários, e diversos outros protocolos que passaram a garantir a segurança, a continuidade e a qualidade dos serviços oferecidos à população. Uma das ações de segurança para evitar o risco de erros de medicação, por exemplo, é a reconciliação medicamentosa, realizada por profissionais da área de farmácia. No período de inter-


nação domiciliar, o paciente geralmente é atendido por variados médicos, que prescrevem diferentes condutas e medicamentos. A reconciliação busca reunir essas diversas prescrições, reunindo-as em uma única prescrição e evitando omissões ou duplicidades na administração.

“O que podemos dizer é que existia uma Pronep antes e outra depois da acreditação. Passamos a mensurar melhor nossos resultados, por meio da implantação de protocolos gerenciados e da criação de um painel de indicadores” roberto moraes rezende, diretor regional da pronep-são paulo

Diante deste desafio de gerenciar à distância processos tão complexos de atendimento, foi necessário desenvolver um painel de indicadores que muito contribui para o processo de gestão da instituição. Esse grupo inclui indicadores relacionados à ocorrência de eventos adversos, como quedas e acidentes ocupacionais, além de indicadores de interação medicamentosa, erros de medicação e revisão de prontuários. Essa prática visa à adoção de abordagens a fim de minimizar os riscos para o paciente inerentes à internação domiciliar”, conta Vilar. Estimativa da Pronep mostra que o processo de acreditação muito contribuiu para a adesão dos profissionais aos protocolos instituídos. Atualmente a adesão aos protocolos entre os funcionários internos é de aproximadamente 100%, enquanto dos profissionais da assistência que atuam nos domicílios dos pacientes gira em torno

dos 80%. Para Márcia Braz, esses números refletem a intensificação dos treinamentos da equipe multiprofissional da empresa, processo educativo muito estimulado pelas exigências dos padrões de acreditação. “Durante o processo para a conquista do selo, instituímos treinamentos rotineiros diários, o que passou a ser uma rotina na instituição. Apesar da já conhecida dificuldade de reunir a equipe, uma vez que parte dos nossos serviços é terceirizada, temos conquistado nossa meta”, comenta. A especialista explica também que foram estabelecidas, semanalmente, reuniões clínicas, reuniões de processos para discussão de casos específicos e ocorrências com a equipe assistencial, em que entram em pauta os processos e protocolos de atendimento. Roberto Moraes Rezende, diretor regional da Pronep São Paulo, explica que também houve uma mudança significativa no processo de tomada de decisão da instituição. Se antes as tomadas de decisão eram de forma intuitiva, o processo que nos levou à conquista do selo em 2007 e à reconquista em 2010 nos propiciou um novo formato de análise de nossos resultados, e as tomadas de decisão passaram a ser mais consistentes, baseadas em evidências. “O que podemos dizer é que existia uma Pronep antes e outra depois da acreditação. A disciplina, o método e o monitoramento de resultados passaram a ser uma constante em nosso modelo de gestão. Foi com esse amadurecimento gerencial que nos lançamos em mais um processo de certificação da qualidade, quando em 2013 nos submetermos a mais uma avaliação de acreditação pela JCI”, comenta Rezende.

Rua Bagé, 112 - Vila Mariana - São Paulo – SP Tel.: (11) 5904-4444 www.pronep.com.br

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Inovação tecnológica em Home Care Pronep-Rio investe em tecnologia mobile para a gestão da prática assistencial e integração com as demais áreas da empresa

O

gerenciamento das demandas de serviços de home care, integrando os dados gerados por profissionais que atuam na residência dos pacientes com setores internos, como estoque e logística, exige um investimento constante na área de Tecnologia da Informação. Primeira empresa de Home Care a receber o selo de acreditação da Joint Commission International (JCI) fora dos Estados Unidos, a Pronep Rio mais uma vez saiu na frente ao desenvolver uma nova ferramenta mobile para a gestão da prática assistencial. Com investimentos de cerca de US$ 300 mil, até o momento, o projeto tem como principal objetivo aumentar a segurança no atendimento dos pacientes. O sistema, desenvolvido em parceria com a empresa de tecnologia Quantum, permite o registro eletrônico de dados do paciente durante a visita dos profissionais à residência do paciente, o georreferenciamento em tempo real dos colaboradores em campo e o monitoramento dos casos pela web,

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entre outros. “No momento da prescrição, o médico acessa o sistema por meio de um smartphone. Antes, apenas no final do dia, quando ele acessava um computador, incluía essas informações no sistema, com maior risco de falhas e imprecisões”, explica o médico Josier Marques Vilar, diretor executivo da Pronep. Batizado de Move Care, o sistema se baseia no conceito de ‘computação em nuvem’, ou seja, no armazenamento de informações em diferentes servidores interligados pela internet. Eles permitem que dados como o histórico e os indicadores de evolução de cada paciente sejam acessados de qualquer computador, na forma de gráficos e planilhas, facilitando a tomada de decisão por parte dos profissionais da assistência e dos gestores. Será possível ainda o acompanhamento do paciente remotamente por vídeo pela equipe multiprofissional da Pronep. O projeto piloto foi iniciado na Pronep Rio em abril, e a estimativa é de que haja uma redução no tempo médio de entrega de medicamentos e materiais na residência dos pacientes, além de uma queda de incompletude da entrega — quando nem todos os materiais solicitados são entregues no local do pedido. “Esse modelo permite um aumento da agilidade entre a tomada de


“Mesmo com essa influência nos custos, o principal ponto é garantir a continuidade do tratamento do paciente e a qualidade dos serviços prestados”, comenta. O médico explica ainda que a adoção da nova plataforma foi feita em etapas, para facilitar o treinamento dos colaboradores e corrigir possíveis falhas do sistema. O projeto começou a ser implantado na área da equipe médica, quando foram avaliados o script de atendimento e a tomada de decisão do profissional, entre outras coisas. A meta é que o sistema esteja completamente instalado até o fim de 2012.

“Esse modelo permite um aumento da agilidade entre a tomada de decisão e a efetividade da ação. Quando o médico ou outro profissional adiciona as informações no sistema, setores como farmácia e logística são prontamente acionados” márcia Braz, assessora de qualidade da pronep

decisão e a efetividade da ação. Quando o médico ou outro profissional adiciona as informações no sistema, os outros setores, como farmácia e logística, por exemplo, são prontamente acionados”, afirma Márcia Braz, assessora de Qualidade da Pronep. Um dos pontos positivos do programa é que o médico poderá ver instantaneamente o histórico do paciente e analisar o seu quadro de evolução. Além disso, os profissionais que vão a campo receberam pequenas impressoras térmicas, deixando disponíveis na residência dos pacientes os relatórios de suas visitas e prescrevendo os cuidados que a equipe de enfermagem deve tomar. Esse sistema ajuda a reduzir problemas decorrentes de falhas de comunicação. Hoje, a JCI estima que mais de 60% dos erros de medicação que causam morte ou dano aos pacientes são derivados da falta de entendimento entre os profissionais da assistência.

“Nossa atividade, por ser pulverizada, é mais vulnerável à ocorrência de risco. Por isso, mantemos esse investimento na eficiência da gestão da informação, de acordo com os padrões preconizados pela acreditação internacional. A nova plataforma vai permitir que possamos monitorar e analisar nossos indicadores com mais precisão, o que resulta em um melhor gerenciamento de risco da internação domiciliar”, acredita o diretor Executivo da Pronep.

gestão de custos Josier Vilar conta que a ferramenta foi desenvolvida com base nas experiências e dificuldades operacionais enfrentadas pela empresa. Segundo o diretor, a melhoria na eficiência da entrega vai também influenciar a melhoria da gestão de custos e o fluxo operacional da Pronep, como o melhor controle da aquisição de medicamentos, por exemplo.

R. Visconde de Silva, 125 - Humaitá - Rio de Janeiro Tel.: (21) 2538-5555 www.pronep.com.br

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Trocando experiências Benchmarking internacional proporciona melhorias no programa de AVC do hospital israelita albert einstein

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edir o alcance de ações na área de qualidade na assistência é fundamental para promover melhorias no atendimento em saúde. O benchmarking é uma das principais ferramentas nesse processo de avaliação, a partir de práticas e modelos bem-sucedidos implantados em outras organizações do mesmo setor. Mas nem sempre essa comparação é simples, e fatores como porte da instituição, especialidades e metodologias para a coleta de dados podem gerar disparidades entre elas. Superar essas diferenças e estabelecer benchmark com hospitais de referência de todo o mundo é o desafio abraçado pela equipe do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), que em 2012 conquistou sua 5ª reacreditação com metodologia da Joint Commission International (JCI) e do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA). A coordenadora de Qualidade, Acreditações, Certificações e Auditoria do HIAE, Carla Behr, revela que o hospital busca estabelecer um parâmetro para cada um de seus programas, a partir dos principais centros mundiais nas respectivas áreas. No caso do Centro de Atendimento ao Paciente com Acidente Vascular Cerebral (CAP-AVC), o primeiro programa de cuidados continuados a receber a certificação da JCI no Brasil, foram adotados os mesmos indicadores preconizados pelo programa de qualidade da American Stroke Association (ASA), entre eles o ‘Tempo Porta-Agulha’ e o ‘Tempo Porta-Imagem’. De acordo com ela, por meio de um indicador numérico, é possível ver qual o desempenho do hospital em relação a outras instituições. “É a maneira mais eficaz de saber em qual frente eu preciso intervir em nome de melhorias”, explica.

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No caso do indicador ‘Tempo Porta-Agulha’, a ASA defende que, pelo menos, 50% dos pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) recebam a terapia tromboembolítica venosa em até uma hora a partir de sua chegada na unidade de saúde. Quanto menor o tempo para receber a droga capaz de dissolver o coágulo que está obstruindo a artéria cerebral, maiores são as chances de recuperação do paciente. Em 2011, o HIAE conseguiu manter-se na média de 60 minutos, um pouco acima da média de 54 minutos atingida em 2010. Outro ponto defendido pela ASA é o tempo de, no máximo, 45 minutos para a emissão do laudo da tomografia de crânio, que apontará a existência do AVC e qual o tratamento mais indicado. Em 2011, o Einstein conquistou uma média de 25 minutos no processo. “A rapidez do diagnóstico desse tipo de paciente é determinante para o sucesso do tratamento e a alta do paciente com poucas ou nenhuma sequela. Para isso, é preciso ter um atendimento bem organizado, não apenas na fase de emergência, mas durante todo o período de internação hospitalar”, comenta Behr.


de deslocamento da equipe médica. O sistema permite imagens em alta definição, proporcionando que o neurologista do Einstein acompanhe o exame clínico junto com o clínico local.

BiBliotecA internAcionAl

“Em alguns casos, a forma de análise dos dados é diferente; em outros, o entendimento que se tem do indicador dentro do hospital é diferente da JCI. O grande ganho é que, a partir de agora, poderemos estabelecer esse benchmarking com mais confiabilidade”

Também com o intuito de equiparar suas práticas com as principais instituições do exterior, o HIAE participa desde 2011 da Biblioteca Internacional de Medidas da Joint Commission International. O objetivo é formar um benchmarking mundial entre todas as instituições acreditadas pela JCI, a partir de uma metodologia única para a coleta de indicadores. A partir do lançamento da 4ª edição do Manual de Acreditação Hospitalar, todas as instituições passaram a ter a obrigação de selecionar, pelo menos, cinco dos 36 processos clínicos e administrativos da Biblioteca. “Hoje ainda não temos um banco de indicadores que permita a comparação entre todas as instituições acreditadas pela metodologia da JCI. Adotar os processos recomendados pela JCI, a princípio, parecia uma tarefa simples, mas foi surpreendente quão complexo foi colocá-los em prática aqui no hospital”, admite Carla. “Em alguns casos, a forma de análise dos dados é diferente; em outros, o entendimento que se tem do indicador dentro do hospital é diferente da JCI. O grande ganho é que, a partir de agora, poderemos estabelecer esse benchmarking com mais confiabilidade”, completa. Segundo a coordenadora da Qualidade, o hospital participa junto com a JCI do projetopiloto para a implantação da 2ª edição da Biblioteca. O objetivo é que a nova edição reflita com mais exatidão a realidade das organizações de saúde. “Buscamos discutir com a JCI um maior consenso a respeito dos indicadores entre os hospitais e a instituição acreditadora. O projeto será testado durante todo o mês de julho, junto com organizações de outras partes do mundo”, anuncia Carla Behr.

carla Behr, coordenadora de qualidade, Acreditações, Certificações e Auditoria do HIAE

Para agilizar ainda mais o atendimento, o hospital está investindo este ano na implantação de um sistema de videoconferência entre a área de neurologia da unidade do Morumbi e o prontoatendimento do Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch, cuja gestão dos serviços fica a cargo do HIAE. O projetopiloto vai permitir que os casos de AVC sejam diagnosticados prontamente sem a necessidade

Av. Albert Einstein, 627 Morumbi – São Paulo – SP Tel.: (11) 2151-1233 www.einstein.br

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mAis segurAnçA no centro cirúrgico HospitAl sÍrio-liBAnês reduz complicAções em cirurgiAs com A Adoção do protocolo de cirurgiA segurA

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egundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano são realizadas aproximadamente 235 milhões de cirurgias em todo o mundo, ou seja, uma intervenção para cada 25 pessoas. Desse total, em torno de 3% a 17% dos pacientes sofrem algum tipo de complicação, dependendo da complexidade do procedimento, do qual metade poderia ser prevenida caso todas as medidas de segurança para o paciente tivessem sido tomadas. Para combater esse problema e ajudar a reduzir a mortalidade, a OMS desenvolveu o Protocolo de Cirurgia Segura, hoje amplamente adotado em diversos hospitais do mundo e um dos critérios para obtenção da Acreditação Hospitalar com metodologia da Joint Commission International (JCI). Esse foi o caso do Hospital Sírio-Libanês (HSL), de São Paulo. A instituição estabeleceu o protocolo em 2007, ano de sua primeira acreditação, mas, antes disso, já contava com uma série de medidas para garantir a segurança de pacientes que se submetem a cirurgias. “Desde que o hospital optou pela acreditação, reavaliamos diversos processos para garantir a qualidade e segurança na nossa assistência. Não chegamos a realizar um levantamento da redução do número de complicações antes e depois da adoção do protocolo, pois optamos por implantá-lo imediatamente, mas estudos apontam que ele pode reduzir a mortalidade em até 42%”, defende o médico Sérgio Samir Arap, gerente médico do Centro Cirúrgico do HSL. O Protocolo de Cirurgia Segura é composto por três etapas: o check-in, antes da indução da anestesia, quando são confirmados a identificação do paciente e o sítio cirúrgico e são avaliados o risco de problemas respiratórios e a perda de sangue; o ti me out, realizado antes de a cirurgia começar, em que são confirmados novamente o procedimento do paciente, a administração do antibiótico profilático, materiais necessários e os exames de imagem disponíveis; e por últi-

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mo o check-out, feito antes que o paciente seja retirado do centro cirúrgico, onde são identificadas as biopsias e é feita a contagem das compressas, das agulhas e dos instrumentos. São ao todo 18 itens baseados nos problemas mais comuns decorrentes de procedimentos cirúrgicos. “Esse é um conceito que pegamos emprestado da Aeronáutica, que implementou o check list com o advento da aviação comercial, no pós-guerra. Antes, pilotar aviões era mais simples, mas, com o aumento da sofisticação dos mecanismos de navegação, foi preciso criar uma forma sistemática para avaliar possíveis erros”, explica Sérgio. “Da mesma forma, cirurgias aumentaram em complexidade. Se antes, com um tubo na garganta, um anestesista e um bisturi, era possível fazer um procedimento, hoje a realidade é outra. Atualmente há uma grande diversidade de aparelhagem e materiais dentro do centro cirúrgico, e é necessário que haja essa parada para checar se tudo está em conformidade para a realização de uma cirurgia plenamente segura”. De acordo com o cirurgião, o HSL sempre contou com uma cultura de checagem dentro da instituição, o que proporcionou um histórico pequeno de complicações cirúrgicas. Mas ele reconhece que a adoção do check list preconizado pela OMS e pelo CBA trouxe melhorias para o atendimento do hospital. “Antes, por exemplo, a demarcação do local da cirurgia não era obrigatória para todos os casos, apenas aqueles em que problemas ocorriam com maior frequência, como ortopedia, onde a prática já é comum há décadas. Com a chegada do check list, a marcação passou a ser feita para todos os casos em que há a indicação, como cirurgias de rim e pulmão”, comenta. Sérgio Arap conta que a equipe do Hospital Sírio-Libanês desenvolveu ainda uma série de adaptações do protocolo da OMS, incluindo inovações de acordo com a complexidade da cirurgia. Foram introduzidos tópicos, por exemplo, para saber se o paciente trouxe todos os exames ou se o equipamento reservado para a cirurgia está funcionando corretamente. “Mesmo com a aplicação do check list, percebemos que ainda existem lacunas. Tenho certeza de que, daqui alguns anos, esse protocolo deverá ser revisado, com o acréscimo de novos itens”, afirma o gerente médico. “O HSL criou


ainda um quadro com todos os itens do check list presos nas paredes das nossas salas de cirurgia. Algo absolutamente simples, mas que faz toda a diferença. A ideia do quadro já foi copiada literalmente por outros hospitais da capital, mas para nós isso é algo positivo, pois aponta que estamos no caminho certo. Nossa ideia é criar um recurso que possa ser adotado de forma universal.” O médico conta ainda que o protocolo foi adaptado também para outros procedimentos invasivos nãocirúrgicos, como endoscopia digestiva, tomografia com biopsia, cateterismo coronariano e arteriografia, entre outros. As complicações são acompanhadas sistematicamente como eventos sentinelas. Não foi identificado redução nas complicações, mas o especialista relata que, durante a checagem de segurança, são identificados possíveis riscos que são mitigados.

brasileiros não contam com uma cultura de ‘parada’ para a checagem de segurança antes de seguir adiante com o procedimento. “Com o passar do tempo, nós, do HSL, estamos observando agora resultados positivos. Por exemplo, no início do protocolo, registrávamos de 15% a 20% de marcação do lado correto para cirurgia; hoje estamos entre 70% a 80%”, revela. “Nossa meta é atingir 100%, mas há sempre um caso ou outro que escapa por erro de comunicação. Por exemplo, um paciente que tem apenas um lado marcado, mas, no momento da cirurgia, constata-se que os dois lados precisam ser operados; o indicador é penalizado”. Na opinião do gerente médico do Centro Cirúrgico, por se tratar de medidas de baixa complexidade, o protocolo muitas vezes é visto como algo menor pelos médicos, algo sem o mesmo apelo de equipamentos tecnológicos modernos para a segurança do paciente. “Esse é um dos pontos levantados por Artul Gawande, cirurgião da Harvard Medical School, que desenvolveu o protocolo: a dificuldade dos médicos de aderir a uma coisa simples, barata e sem muito charme”, lamenta Sérgio. “Com apenas papel e lápis, é possível pôr em prática o check list. A partir do momento em que o profissional traz uma consciência de que soluções simples trazem mais segurança para o paciente, ele vai notar cada vez mais que é preciso praticá-las.” O HSL busca contornar essa resistência por meio de reuniões clínicas mensais. Encontros que reúnem não apenas médicos, mas também enfermeiros, instrumentadores, nutricionistas e fisioterapeutas, além de pessoas de fora do hospital, para avaliar a ocorrência de eventos adversos e como o hospital se posiciona para evitar que isso venha a acontecer novamente. “Essa é uma forma de conscientizar a equipe e promover uma gestão transparente, sem esconder as nossas falhas. Além das reuniões, investimos em treinamento constante da equipe do centro cirúrgico e, principalmente, no feedback individual para os médicos. A enfermagem, engajada, também foi essencial para o sucesso”, conclui Sérgio Arap.

umA questão culturAl Sérgio Arap reconhece que, apesar dos benefícios trazidos pelo protocolo, a adesão pela equipe médica, especialmente em hospitais com corpo clínico aberto, é uma tarefa complicada. O médico cirurgião afirma que os médicos

Rua Dona Adma Jafet, 91 Bela Vista – São Paulo – SP Tel.: (11) 3155-0200 www.hospitalsiriolibanes.org.br

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Gerenciamento: informação mais eficiente Com mais de R$ 1 milhão investidos em T.i., o Hospital são vicente de paulo melhora a comunicação entre diferentes setores

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gerenciamento da informação tem-se tornado uma preocupação central para lideranças de instituições de saúde. A integração entre os dados gerados por diferentes setores, como financeiro, estoque e assistência, ainda é um desafio, principalmente com a disseminação de softwares de gestão, que muitas vezes apresentam poucas possibilidades de interface. A adoção de um sistema único que integre todas as informações geradas nessas áreas é o desafio que o Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), do Rio de Janeiro, vem encarando desde o início de 2011. Com investimentos de R$ 1,1 milhão realizados no ano passado, a expectativa é a implantação total do sistema ainda no segundo semestre de 2012. Vanderlei Timbó, coordenador da Qualidade do HSVP, lembra que a eficiência do gerenciamento da informação é um capítulo preconizado pelo Manual de Acreditação hospitalar do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), representante da Joint Commission International (JCI) no Brasil. De acordo com ele, o novo sistema de gestão vai tornar mais eficiente a comunicação entre os diferentes setores do Hospital e facilitar o monitoramento de indicadores assistenciais e administrativos. Isso se dará frente à coleta de dados mais consistentes utilizados para alimentar os indicadores que auxiliam a gestão dos processos e a reconhecer onde é necessário realizar melhorias. “Após mais de dois anos de análise das necessidades do hospital, iniciamos a adoção do sistema por módulos. Na área administrativa e no ambulatório, a migração já foi concluída, e agora estamos implementando no setor de internação”, explica Timbó. Segundo ele, a migração é um momento extremamente delicado, já que é preciso ser 24 - Acreditação em Saúde

feito sem perda ou alteração de informações. Na opinião do coordenador, sem o devido planejamento, há risco de ocorrer prejuízos financeiros e da imagem institucional. Afinal, o hospital é responsável por manter sob guarda segura todas as informações que constam nos prontuários dos pacientes. André Mallmann, gerente de Tecnologia da Informação (TI) do HSVP, assegura que o sistema auxiliou a melhoria da lucratividade do hospital. Com maior controle do estoque e maior rastreabilidade dos medicamentos, foi possível reduzir a quantidade de aquisições. “Em março de 2011, tínhamos armazenado um valor de cerca de R$ 10 milhões em medicamentos; hoje é de aproximadamente R$ 4,5 milhões. O gerenciamento permite um estoque sob medida à demanda assistencial, sem falta nem excesso”, comenta.

“Em 2011, tínhamos armazenado um valor de cerca de R$ 10 milhões em medicamentos; hoje é de R$ 4,5 milhões. O gerenciamento permite um estoque sob medida à demanda assistencial, sem falta nem excesso” André Mallmann, gerente de TI do HSVP

Outro ponto levantado por Mallmann foi a análise da produtividade. Hoje é possível conferir o tempo e o número de atendimentos de cada médico, o retorno financeiro de cada especialidade médica e o horário de pico do setor de emergência. Isso permite que o hospital aloque mais recursos nas áreas consideradas críticas e menos nas áreas mais ociosas. O sistema permite ainda melhorar a integração entre a agenda médica e o serviço de call center, além de possibilitar a marcação de consultas pela internet.


prontuário eletrônico O coordenador da Qualidade do HSVP lembra que outro grande impacto financeiro para o hospital foi a instituição do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP). A organização investe há mais de 10 anos nesse tipo de plataforma tecnológica e conseguiu reduzir, em mais de 90%, o consumo de papel, com a diminuição do uso dos formulários do prontuário físico, da impressão de pedidos de exames e prescrições e do desperdício com rasuras. Também foram praticamente extintos os gastos para ampliação do espaço do arquivo médico. “Mesmo com uma média de 600 internações por mês, o arquivo médico ocupa uma área reduzida, de apenas 91m². Esse espaço tem capacidade de continuar nos atendendo pelos próximos anos”, estima Timbó. Hoje apenas documentos que exigem assinatura do paciente ou responsável e ficha de anestesia são impressos e posteriormente digitalizados. Todo o resto, como prescrições, fichas de exames, laudos médicos e evolução dos profissionais, permanece em meio digital e é impresso somente mediante solicitação do paciente ou seu responsável legal. O sistema é vantajoso principalmente em casos de pacientes crônicos que passam por seguidas internações prolongadas. O coordenador da Qualidade lembra o caso de um paciente neurológico, cujo prontuário reuniu mais de 3 mil páginas com laudos e exames que pesavam cerca de 16,5 kg. “Além da dificuldade de alocação, há ainda o risco de esse material se deteriorar com a ação do tempo”, comenta. O prontuário eletrônico permite ainda o acesso de qualquer parte do hospital a partir de um terminal e, de forma simultâneas por dois ou mais usuários no mesmo PEP. Todos os acessos são registrados, atestando a identidade do profissional, horário, local de onde foi efetuado o acesso e, se for o caso, a alteração realizada no documento. O HSVP aboliu os carrinhos de prontuário, que percorriam a instituição distribuindo e recolhendo os prontuários em meio físico, que precisavam ser conferidos um a um, para garantir que não houve extravio de nenhum documento. Eram designados quatro funcionários para executar essa atividade e uma escala de telefone no Arquivo Médico para atender aos pedidos extraordinários. Dos dez funcionários do período do prontuário físico, atualmente o setor de Arquivo Médico conta com seis colaboradores, sendo os demais direcionados para outras atividades. “Além de aumentar a segurança para o paciente e para a instituição em relação à preservação e ao manuseio de documentos e exames, o prontuário eletrônico também representa um ganho na relação com as operadoras de saúde, que podem acompanhar de forma dinâmica e transparente os lançamentos realizados, anulando as ocorrências de falhas por rasuras, ilegibilidade e proporcionando melhor rastreabilidade das informações”, analisa o coordenador da Qualidade.

A adoção eletrônica do prontuário facilitou também o trabalho de auditagem da Comissão de Revisão de Prontuários, que pode verificar em tempo real se médicos e profissionais da assistência estão preenchendo corretamente os campos dos prontuários dos pacientes. Outra vantagem é o maior controle de acesso ao documento. “Em função de um dispositivo de auditoria interna do programa, é possível empregar um controle rígido de acessos nãoautorizados aos prontuários. A adoção do PEP dificulta esses acessos indesejáveis, pois é possível identificar de qual máquina e quais as informações foram acessadas, mesmo que seja apenas para leituta. Periodicamente, realizamos auditorias internas de acesso, como forma de garantir o sigilo da informação de nossos pacientes”, comenta Vanderlei Timbó.

Rua Dr. Satamini, 333 Tijuca – Rio de Janeiro – RJ Tel.: (21) 2563-2121 www.hsvp.org.br

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Mais agilidade e assertividade

Tecnologia 3G proporciona agilidade e segurança em serviço de remoção aérea e terrestre do Amil Resgate

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magine a seguinte situação: um paciente precisa ser removido com urgência de sua residência para um hospital. O endereço é 31 de Março, rua ou avenida? Esse pequeno detalhe faz uma grande diferença. Rua 31 de Março, existem quatro: 2 no Rio de Janeiro, 1 em São Paulo e 1 no Paraná. Se avenida, são 5 as possibilidades, 1 no Rio e 4 somente em São Paulo. Uma anotação incorreta ou mal compreendida pode levar ao erro, que em saúde pode ser fatal. Situações similares a essa, levaram a direção do Amil Resgate Saúde a investir na segurança e agilidade dos seus processos para melhorar a qualidade do seu serviço de remoção, que, a partir de janeiro, passou a contar com o uso da uma nova tecnologia embarcada nas ambulâncias e aeronaves da instituição: o tablet com tecnologia 3G. O resultado foi a otimização do serviço em cerca de 15%, sem aumentar o número de equipes. Francisco Souto, gerente médico do Amil Resgate Saúde, afirma que a conquista da acreditação da Joint Commission International (JCI) foi fundamental para a implantação dessa ferramenta. “A acreditação da JCI trouxe ganhos significativos para o Amil Resgate Saúde. Começamos a implementar processos que agilizassem os transportes, de forma mais segura, e até proporcionando ganhos financeiros”, revela. Souto conta que a adoção da tecnologia permitiu enviar informações sobre o paciente, mensagens sobre a rota a ser

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seguida pela ambulância, monitorar o tempo real do transporte e até verificar a performance da equipe. As vantagens não param por aí. “Todos os colaboradores da empresa passaram a ter acesso ao Gerenciador de Documentos, o GED, ferramenta do Comitê de Qualidade da empresa que permite colocar num só aplicativo todas as normas, políticas e procedimentos adotados. Se há alguma dúvida sobre um procedimento ou rotina, é só acessar o GED através do tablet”, exemplifica. Ele recorda que, antes, apenas os documentos mais importantes eram disponibilizados de forma impressa nas viaturas. Como nem todos os documentos estavam disponíveis, era preciso fazer contato telefônico com a coordenação de transporte ou com o gestor para sanar as dúvidas. Outra mudança significativa foi a notificação de eventos relacionados à segurança do paciente, como erros de medicação, colisão ou quebra de viatura e erros de rota. “Anteriormente, essas notificações eram feitas em formulário físico e entregues na nossa base, em Alphaville (SP). Hoje, elas são feitas em tempo real, por tablet”, diz Souto. A agilidade nessa comunicação implicou também em ações de correção mais instantâneas. “Criamos um indicador de Notificação de Eventos Diversos, onde são registrados todos esses sinistros que podem impactar a segurança do nosso paciente. A partir dessas informações, investigamos esses fatos e realizamos planos de ação para a melho-


ria do processo” conta o gerente médico do Amil Resgate Saúde. Antes do tablet, o formulário físico era usado para o registro das notificações, o que gerava demora no envio da informação para o setor da Qualidade. “Agora, quando a notificação é concluída e enviada, o programa automaticamente notifica a Qualidade”, compara. O trabalho do setor de Qualidade também está mais efetivo com o uso da tecnologia, que permitiu o controle em tempo real do desempenho da equipe. “Um sistema implantando no tablet permite que sejam gerados relatórios de tempo das equipes. Periodicamente, auditamos esses relatórios, identificamos as inconsistências de tempo e notificamos os colaboradores envolvidos”, relata Francisco Souto.

“A acreditação da JCI trouxe ganhos significativos para o Amil Resgate Saúde. Começamos a implementar processos que agilizassem os transportes, de forma mais segura, e até proporcionando ganhos financeiros” Francisco souto, gerente médico do Amil resgate saúde

Segundo ele, problemas de comunicação também foram sanados com o uso da nova ferramenta. O gestor relata que orientações gerais, treinamentos básicos ou mudanças de rotina eram realizados anteriormente por e-mail, o que nem sempre significava que a mensagem chegava a todos os colaboradores, já que o acesso deles à internet era realizado em suas bases de origem. Outra forma de contato era o deslocamento das equipes até a base do Amil Resgate Saúde, em Alphaville, o que representava perda de tempo e dinheiro. Agora, esses processos são realizados de forma abrangente e sistemática através do tablet, que disponibiliza até um vídeo educativo para pacientes e acompanhantes. O equipamento também garante a efetividade da comunicação, pois, no momento em que a mensagem aparece na tela do destinatário, o equipamento recebe um aviso de recebimento. O médico revela ainda que os problemas com a comunicação verbal pouco efetiva também desapareceram. “A partir do momento em que substituímos a comunicação verbal pela escrita, a margem de erros diminui. Nossa média mensal era de 3 a 4 erros de locomoção. Depois da implantação do novo sistema, conseguimos chegar a índices próximo a zero”, comemora. O gerente médico do Amil Resgate Saúde aponta ganhos efetivos com o investimento: “Além de aumentarmos a efe-

tividade do serviço em 15%, economizamos em torno de 13% com o uso de papéis e diminuímos o nosso custo com telefone em 50%. O tablet veio para substituir a voz e o rádio numa comunicação mais efetiva, sem ruídos.” Apesar dos resultados alcançados, Souto pensa em novas melhorias para o serviço. “Ainda neste segundo semestre, implantaremos totalmente o prontuário eletrônico. Também queremos melhorar e implementar novos indicadores de qualidade”, planeja. O representante do Amil Resgate afirma que “a meta é verificarmos a performance dos veículos e fazermos manutenções mais focadas, vislumbrando a economia de combustível.” O médico diz que inicialmente eram 6 os indicadores de qualidade, que foram crescendo a partir da acreditação. Segundo ele, a partir do alcance dessas metas, novas foram criadas. “Hoje temos 29 indicadores e planejamos chegar a 33. Sem dúvida alguma, a acreditação nos proporcionou mais segurança e uma boa base de dados para que possamos melhorar o nosso negócio, torná-lo mais seguro”, afirma Francisco Souto. O Amil Resgate Saúde conta hoje com dois jatos, três helicópteros e 11 ambulâncias. Integram a equipe 330 profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, pilotos, motoristas, engenheiro, mecânicos de aeronave, controladores de transporte e pessoal administrativo.

Alameda Rio Negro, 1. 356 - Alphaville Barueri - SP Tel.: (11)4197-1001 www.aeromil.com.br

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Cirurgia Segura Hospital Alemão Oswaldo Cruz adota protocolo internacional, aumenta segurança e diminui Complicações pós-operatórias

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egundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 7 milhões de pacientes no mundo sofrem de complicações após intervenções cirúrgicas, dos quais 1 milhão deles vão a óbito. Para reverter essa estatística, a OMS, tendo a Joint Commission International (JCI) como parceira, criou o programa Cirurgia Segura Salva Vidas, em 2007. Estima-se que, com a adoção dos protocolos recomendados, haja uma redução de 37% nas complicações pós-operatórias e de 42% na taxa de mortalidade. O Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC), em São Paulo, adotou o programa desde quando foi acreditado

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pela JCI, em 2009. Jeane Aparecida Gonzalez Bronzatti, gerente do Bloco Operatório do HAOC, conta que os resultados alcançados com a adoção das recomendações para uma cirurgia segura são positivos. “Não identificamos incongruências no processo em 92% dos pacientes operados. Nosso índice de infecções em cirurgias limpas está abaixo de 0,7%”, revela. A enfermeira diz que, para adotar o programa Cirurgia Segura e chegar a esses resultados, foi preciso haver uma mudança cultural envolvendo toda a equipe assistencial. A gerente assume que enfrentou dificuldades para falar sobre os padrões de segurança a serem adotados antes da indução anestésica, antes de iniciar a cirurgia e antes de o paciente sair da sala cirúrgica. Houve resistência por parte dos profissionais, especialmente dos cirurgiões. Segundo ela, as ações da equipe de enfermagem eram tímidas, inicialmente. Com o passar do tempo, esse grupo de profissionais se conscientizou da importância em adotar os protocolos. “Os médicos já reconhecem a importância e a necessidade de adotar esses padrões. Hoje, quando a equipe de enfermagem falha na aplicação do checklist de verificação, o próprio médico adverte a equipe”, afirma Bronzatti. Para incentivar esse nível de comprometimento, a direção do hospital promoveu palestras para esclarecimentos, cursos para discutir o tema e a melhor forma de aplicação, treinamentos antes da implantação e mudanças de rotinas, além da adoção de um programa de remuneração variável para os que atingirem as metas setoriais. Para garantir a segurança nas cirurgias, o hospital adotou cinco protocolos: identificação correta do paciente; políticas de assinatura dos termos de consentimento informado dos procedimentos anestésico e cirúrgico, pelo paciente ou seu responsável; certeza de entrada no centro cirúrgico com local da cirurgia demarcado pelo cirurgião; protocolos que assegurem que os equipamentos e materiais necessários à cirurgia estão disponíveis nas salas operatórias e funcionantes; e protocolo de visita pré-anestésica antes da cirurgia. “Com essas ações, podemos assegurar que o paciente correto seja submetido ao procedimento cirúrgico correto e o local do procedimento seja correto”, enfatiza, ressaltan-


cas e sistemáticas, com a participação de anestesiologistas, cirurgiões e enfermeiros, são necessárias para acrescentar novos itens, o que torna o processo ainda mais seguro. Após cada revisão, são realizados treinamentos institucional e focal nas áreas onde os procedimentos invasivos são realizados.

“Estamos na quinta versão do checklist de verificação. Como resultado das atualizações, os itens de segurança registrados em diversos locais do prontuário do paciente estão hoje centralizados em um único local, no checklist, oferecendo mais segurança para o profissional que o aplica e mais ainda para o paciente” jeane Bronzatti, gerente do Bloco operatório do Hospital Alemão oswaldo cruz

do que o processo adotado é igual para 24 mil tipos de procedimento cirúrgico realizados anualmente. Apenas os mais complexos e com robótica merecem cuidado especial devido ao posicionamento do paciente. Após a checagem, realizada através do preenchimento de um instrumento de coleta, são verificadas e corrigidas as incongruências, que estão em 8% no HAOC. “Ao detectar a falta de congruência, paramos todo o processo. A enfermeira do centro cirúrgico é a responsável em esclarecer e solucionar o problema, entrando em contato direto com o cirurgião do paciente, antes mesmo que o paciente chegue ao local. Verificamos as gravações realizadas durante o agendamento das cirurgias e conferimos todas as fontes de informação”, relata a gerente do Bloco Operatório. Bronzatti garante que essas inconsistências são a mola mestra para a revisão e ampliação do protocolo, visando aumentar a segurança no processo cirúrgico. Ela relembra que, inicialmente, o checklist continha apenas alguns itens de segurança. A primeira versão, por exemplo, não contemplava a conferência de compressas, item que constava apenas nas anotações da enfermagem e que hoje faz parte do checklist. Segundo ela, revisões periódi-

“Estamos na quinta versão do checklist de verificação. Como resultado das atualizações, os itens de segurança registrados em diversos locais do prontuário do paciente estão hoje centralizados em um único local, no checklist, oferecendo mais segurança para o profissional que o aplica e mais ainda para o paciente”, afirma, orgulhosamente. Jeane Bronzatti assegura ainda que, ocorrendo tudo como planejado, a possibilidade de o paciente ter complicações é menor; consequentemente, seu tempo de internação também.

Rua João Julião, 331 Paraíso – São Paulo – SP Tel.: (11) 3549-0000 www.hospitalalemao.org.br

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Assistência de qualidade internacional ao paciente Hospital TotalCor de São Paulo torna-se a primeira instituição internacional a integrar a base de dados da STS

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om o objetivo de se tornar referência no atendimento e tratamento a pacientes com cardiopatias, o Hospital TotalCor de São Paulo é o primeiro hospital fora dos Estados Unidos e do Canadá a integrar a base de dados da Society of Thoracic Surgeons (STS) - sociedade norte-americana formada por cirurgiões cardiotorácicos e mundialmente reconhecida por seu sistema de informações, que permite aos hospitais-membros a troca de experiência com relação aos procedimentos realizados. O banco de dados da STS foi criado há 23 anos, como parte de uma iniciativa idealizada para melhorar a qualidade dos procedimentos, a fim de reforçar a segurança dos pacientes submetidos à cirurgia cardiovascular. O sistema de informações conta, hoje, com mais de mil centros americanos e canadenses participantes e mais de 4,5 milhões de registros cirúrgicos, o que representa dados de 94% de todos os serviços de cirurgia cardíaca dos EUA. “O Hospital TotalCor tem como meta a segurança de seus pacientes e a qualidade dos serviços prestados, por isso decidiu tornar-se o primeiro participante internacional a associar-se ao STS, para prestar uma assistência de qualidade internacional aos seus pacientes”, diz Valter Furlan, diretor executivo do TotalCor/SP. O médico, que é cirurgião vascular e especialista em clínica médica e medicina de urgência pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica e Associação Médica Brasileira (AMB), além de terapia intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), explica que o hospital passou a integrar o banco de dados da STS há seis meses e, nesse período, relatou um total de 150 cirurgias realizadas na unidade. “Quando enviamos o relatório, recebemos um estudo a respeito dos resultados que obtivemos. Um estudo que mostra, por exemplo, como está nossa taxa de mortalidade e de complicações pós-operatórias, em relação às taxas de outros hospitais que fazem parte da base de dados”, comenta. Furlan ressalta que o resultado desse primeiro relatório foi promissor, uma vez que mostrou que a taxa de mortalidade ficou em 1,7%, quando a taxa esperada pelo sistema de informações era de 2,4%.

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Outro resultado positivo já obtido pelo hospital a partir do uso da ferramenta é a redução do consumo de sangue e hemoderivados. “A análise prévia mostrou que estávamos usando mais sangue do que a média consumida pelos cirurgiões americanos. Adotamos um novo protocolo, sempre com a participação de todos os médicos envolvidos no cuidado ao paciente, seja no pré, intra e pós-operatório, e conseguimos reduzir significativamente a quantidade de sangue e hemoderivados consumida em nossas cirurgias”, conta o especialista.


Além de usar o banco de dados da STS como parâmetro para avaliar o processo de atendimento e tratamento dentro do hospital, o TotalCor de São Paulo também usa o sistema para ajudar a definição da melhor terapêutica que será adotada com o paciente. “Por exemplo, para o paciente portador de uma doença coronariana, colocamos no sistema alguns dados epidemiológicos e informações como idade, raça, tipo de lesão coronariana e comorbidades, entre outras. E ele nos mostra os riscos desse paciente, quanto à mortalidade esperada, complicações e outros desfechos. Essa análise é feita on-line pelo sistema, com base nos dados de procedimentos já realizados por pacientes nas mesmas condições, em diferentes hospitais norte-americanos e canadenses”, conta Furlan.

“Nosso objetivo é a segurança de nossos pacientes e, com a ajuda do sistema, que conta com mais de 4,5 milhões de registros cirúrgicos, demos mais um passo nessa direção” Valter Furlan, diretor executivo do totalcor

O diretor executivo lembra que a resposta gerada pelo sistema, mais um conjunto de evidências produzidas na literatura médica, são então discutidas por um grupo de médicos que ele chama de “heart team”, formado por especialistas – cardiologistas clínicos, hemodinamicistas e cirurgiões cardíacos que estão cuidando do paciente. Baseados nessas informações, o grupo define qual o melhor tratamento para o paciente – se clínico, angioplastia ou cirurgia. A conclusão do grupo é apresentada, então, ao paciente e seus familiares, pois a palavra final é a do paciente. “Com o uso do sistema, podemos oferecer ao paciente o tratamento mais seguro para ele, aquilo que realmente vai lhe trazer mais benefícios”, explica Furlan. De acordo com o médico, o banco de dados da STS reúne informações detalhadas da passagem de cada paciente pela unidade, incluindo os registros cirúrgicos, e resultados como mortalidade, infecção, recuperação e tempo de permanência no hospital, entre outros, o que permite ampla comparação entre os diversos grupos em termos de qualidade. A Society of Thoracic Surgeons é ligada à Duke Clinical Research Institute, uma, por sua vez, das mais prestigiadas universidades americanas, que tem ajudado cirurgiões cardiotorácicos do mundo todo com a publicação de seus resultados. Para Furlan, fazer parte do banco de dados da STS é mais um passo do hospital, com acreditação pela Joint Commission International (JCI), por meio do Consór-

cio Brasileiro de Acreditação (CBA), na busca pela qualidade total no processo de cuidado do paciente. No caso do investimento na integração ao sistema da STS, por exemplo, a unidade aposta no gerenciamento da informação como forma de melhorar ainda mais a qualidade e a segurança do cuidado aos pacientes. “Importante salientar que o hospital conta com sete equipes cirúrgicas e todos os profissionais aderiram ao uso do banco de dados”, conta o diretor. O especialista diz ainda que recentemente o TotalCor/SP passou a fazer parte de outros dois importantes sistemas de informação, ambos americanos: o Action Registry, que avalia o desempenho em casos de infarto do miocárdio, e o CATH-PCI, que analisa casos de angioplastia coronariana. “Com a entrada nesses dois sistemas, que igualmente reúnem um importante número de registros de procedimentos realizados, o TotalCor vai poder avaliar sua performance no tratamento ao paciente que sofreu um infarto agudo do miocárdio e os resultados de seu laboratório de hemodinâmica e cardiologia intervencionista. Estamos buscando novos parâmetros, tendo como objetivo o cuidado com o paciente. Queremos comparar o trabalho realizado no nosso hospital com os melhores centros hospitalares do mundo”, diz Furlan.

Alameda Santos, 764 Cerqueira César – São Paulo – SP Tel.: (11) 2177-2500 www.totalcor.com.br

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Projeto reduz taxa de óbitos por sepse Hospital Paulistano padroniza atendimento a pacientes com a doença e resultado obtido é comparável aos melhores valores mundiais

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melhora da assistência ao paciente internado em sua Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a redução da taxa de óbitos registrados no serviço por sepse grave e choque séptico. Com esses objetivos, o Hospital Paulistano, acreditado há quase dois anos pela Joint Commission International (JCI), por meio de seu representante no Brasil, o Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), adotou, há dois anos, a padronização do atendimento multidisciplinar prestado aos pacientes com esses agravos. E o resultado já pode ser medido: houve uma diminuição de 50% para 30% na taxa de óbitos, resultado que pode ser comparado aos melhores valores obtidos por hospitais de todo o mundo. O coordenador médico da UTI do Hospital Paulistano, Danilo Teixeira Noritomi, lembra que o protocolo assistencial foi adotado em parceria com o Instituto Latino-Americano de Sepse (ILAS), responsável pela coordenação da Campanha Sobrevivendo à Sepse (CSS) em toda a América Latina. A campanha, desenvolvida por um

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comitê internacional que tem à frente três sociedades médicas (Society of Critical Care Medicine, European Society of Intensive Care Medicine e International Sepsis Forum) ocorre em todo o mundo e tem como meta reduzir o risco relativo de óbito em 25%, no prazo de cinco anos. “A sepse é uma resposta inflamatória exacerbada do organismo a um quadro infeccioso no organismo. Qualquer pessoa com uma infecção pode desenvolver a doença em sua forma mais grave, a sepse grave, que resulta na piora do funcionamento de órgãos como pulmão e rins, ou o choque séptico, que gera a queda da pressão arterial associada à infecção. Ambas são as principais causas de mortalidade em UTIs do mundo todo”, explica o especialista. Noritomi observa que todos os profissionais ligados à assistência - médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e farmacêuticos – aderiram à campanha. Segundo ele, houve boa aceitação por parte dos funcionários, que passaram por treinamento antes da im-


plantação do protocolo, que, por sua vez, inclui intervenções diagnósticas e terapêuticas para o manejo da doença. “As informações são gerenciadas por uma enfermeira e um médico, e depois ocorrem reuniões semanais para discussão dos casos, e o retorno da análise do processo de atendimento e o desfecho do caso são passados para os profissionais envolvidos”, comenta. O coordenador lembra que foi nomeada uma enfermeira para atuar como case manager, e o gerenciamento dos casos é feito por meio de chamados do BIP, busca ativa e do acionamento do código amarelo. A profissional acompanha os casos no momento em que eles ocorrem, dando auxílio no atendimento ao paciente. As informações de todos os casos confirmados da doença são enviadas ao ILAS, por meio de um sistema de soft ware e posteriormente, a cada três meses, o instituto encaminha um relatório ao hospital. “Esse relatório traz os resultados obtidos e sua comparação com os dados de outras unidades da rede Amil e demais hospitais brasileiros e internacionais”, diz Noritomi.

“Os profissionais ligados à assistência - médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e farmacêuticos – aderiram à campanha e todos os funcionários foram treinados antes da implantação do protocolo” danilo teixeira noritomi, coordenador médico da uti

Ele lembra que, para o monitoramento da efetividade, foram elaborados um fluxo de atendimento, ficha de acompanhamento de casos, POP e Protocolo Clínico. Além disso, foi criado um kit de exames laboratoriais para agilizar a entrega dos resultados dos exames, como forma de garantir um atendimento rápido e seguro aos pacientes com a doença. Também foram criados estoques de antibióticos no pronto-socorro e implantada uma farmácia na UTI. “A sepse grave, quando não diagnosticada logo e tratada corretamente, pode matar. A chave para o tratamento correto é o médico saber reconhecer se determinada infecção vai evoluir para sepse grave e iniciar as intervenções necessárias para reverter o quadro”, comenta.

Segundo o médico, após a implantação da campanha, houve uma sensível melhora na adesão dos profissionais dos hospitais às medidas assistenciais recomendadas, o que permitiu que os diagnósticos fossem feitos mais rapidamente, resultando, assim, na diminuição da mortalidade dos pacientes com a doença. “A adoção desse tipo de protocolo assistencial gerenciado é mais um passo dado pelo Hospital Paulistano para a melhoria da qualidade na assistência, diminuindo a morbidade e mortalidade, como determinam os padrões de acreditação da Joint Commission International”, lembra Noritomi. Para ele, o fato de o hospital ter aderido à campanha Sobrevivendo à Sepse é importante, pois melhora o desempenho no tratamento da sepse, doença que é frequente e grave no mundo todo.

Rua Martiniano de Carvalho, 741 Bela Vista – São Paulo – SP Tel.: (11) 3016-1000 www.hospitalpaulistano.com.br

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Gestão em Farmácia

São José adota novos protocolos e trabalho integrado na farmácia hospitalar aumenta segurança e diminui erros

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edução de 94,5% nos erros de dispensação, de 50% nos erros de administração e 36,12% de redução nos erros de transcrição. Esses resultados positivos foram alcançados pela farmácia clínica do Hospital São José (SP), após a conquista da acreditação da Joint Commission International (JCI). “Os benefícios da acreditação são inúmeros tanto na parte de logística quanto na assistencial”, assegura a coordenadora da farmácia do Hospital, Erika Gonçalves Dias. A começar pela adoção de novos protocolos, o que foi fundamental para a melhoria do serviço. A coordenadora conta que, antes da acreditação internacional, conquistada em 2010, a instituição adotava somente cinco protocolos para análise de prescrição médica e interações medicamentosas. “Hoje, adotamos mais cinco protocolos: reconciliação medicamentosa, seguimento farmacoterapêutico, monitoramento do efeito de medicamentos, farmacovigilância e orientação de alta”, enumera. Ela destaca que, com a adoção dos protocolos, houve significativa redução nos erros de medicação. “Dobramos o número de notificações de eventos adversos e alcançamos a meta de 100% de análise das prescrições”, comemora. Informações de programas de instituições norte-americanas, como o MedWatch Program, do Food and Drug Administration (FDA), e o Medication Errors Reporting Errors, do Institute for Safe Medication Practices (ISMP), mostram que são multifatoriais as causas de erros em hospitais dos Estados Unidos. A falta de conhecimento sobre os medicamentos e de informação sobre os pacientes, a violação de regras, lapsos de memória, erros de transcrição, falhas na conferência das doses e na interação com outros serviços, problemas relacionados a bombas e dispositivos de infusão de medicamentos, monitoramento ina-

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dequado do paciente, problemas no armazenamento e dispensação, erros de preparo e falta de padronização dos medicamentos também são erros comuns às farmácias hospitalares de todo o mundo. Segundo o médico e pesquisador David Bates, chefe da Divisão de Medicina Geral no Brigham and Women’s Hospital, em Boston (EUA), e colaborador externo do programa de pesquisa para a Aliança Mundial de Segurança do Paciente da Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa de eventos adversos ligados à farmácia, em países desenvolvidos, gira em torno de 10% para pacientes hospitalizados. Estima-se que um evento adverso equivale ao custo de U$ 2,461.

“Com a participação dos farmacêuticos, conseguimos divulgar melhor nossa lista de medicamentos padronizados, o que reduziu a compra de medicamentos não padronizados de 3% para 1,3%” Erika Gonçalves Dias, coordenadora da farmácia do Hospital São José

Para evitar eventos adversos e aumentar a segurança de sua farmácia, o Hospital São José, além de ampliar seus processos de qualidade farmacêutica, aumentou o número de funcionários da farmácia, investiu em treinamento profissional, incentivou a integração entre os


profissionais da área de saúde e valorizou a atuação do farmacêutico. O destaque principal foi a criação da Central de Avaliação de Prescrição (CAP). Érika Dias conta que todas as prescrições passam pela avaliação do farmacêutico do CAP, que faz uma checagem da dose e posologia, via de administração, diluição correta e horário da administração, antes de efetuar a solicitação do medicamento. “Em caso de dúvida, o farmacêutico entra em contato direto com o médico em tempo real, antes de o medicamento ser administrado ao paciente”, relata a coordenadora dando uma demonstração de que a integração dos profissionais ajuda a aumentar a segurança para o paciente. Ela descreve ainda outra divisão na atuação dos farmacêuticos que também auxiliou a interação com os demais membros do time da saúde: “Hoje temos duas equipes, uma que fica no CAP 24 horas e outra que atua in loco nas unidades, o que permitiu maior aproximação e diálogo com médicos e profissionais de enfermagem.” A valorização das funções dos profissionais da farmácia fez aumentar a demanda. Se, antes da acreditação, a equipe era formada por sete membros, sendo quatro farmacêuticos clínicos, hoje a coordenadora da farmácia hospitalar conta com mais três profissionais. “Temos quatro farmacêuticos se revezando 24 horas no CAP; dois na farmácia clínica, sendo um exclusivamente para a UTI e Semi-Intensiva e outro na Unidade de Internação; um farmacêutico para fazer a gestão das farmácias satélites, na coordenação, e dois líderes de turma, que conduzem as atividades operacionais com os atendentes da farmácia”, descreve. A equipe de farmacêuticos do hospital também precisa estar afinada e em constante atenção. “Nosso ‘time de segurança’ atua com o Departamento de Qualidade. Fazemos treinamentos iniciais e contínuos com a nossa equipe”, destaca Dias.

Para Érika Dias, a nova visão da importância do trabalho do farmacêutico proporcionada pela acreditação da JCI trouxe resultados expressivos para o hospital. “Com a participação dos farmacêuticos, conseguimos divulgar melhor nossa lista de medicamentos padronizados, o que reduziu a compra de medicamentos não padronizados de 3% para 1,3%”, pondera. Os benefícios não param por aí. Como resultado, a redução das solicitações de urgência em 25% e nas devoluções de medicamentos em 19%. “Graças à nossa participação em todas as etapas da cadeia de medicamentos, conseguimos reduzir o número de erros de medicação em 50% e melhorar a integração com a equipe multidisciplinar”, comemora a coordenadora da Farmácia.

Rua Martiniano de Carvalho, 965 Bela Vista – São Paulo – SP Tel.: (11) 3505-6000 www.hospitalsjose.org.br

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cAi pelA metAde número de noVAs internAções de pAcientes crônicos resultAdo Foi oBtido pelo progrAmA de reABilitAção cArdiopulmonAr, A pArtir dA AcreditAção do totAl cAre

O

Total Care de São Paulo registrou uma redução de cerca de 50% no número de novas internações de pacientes com doenças cardiopulmonares crônicas atendidos na unidade Jardins, na capital paulista. O resultado, que representa benefício para o paciente e ainda ganho financeiro para a empresa, foi obtido a partir de sua acreditação internacional pela Joint Commission International (JCI), representada no Brasil pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), em agosto do ano passado.

A unidade de reabilitação, que atendeu, nos últimos três anos, mais de mil pacientes, desenvolve um programa especializado na reabilitação de pessoas que sofreram eventos cardíacos ou pulmonares, com a finalidade de reduzir o risco de um segundo evento. “A acreditação nos leva a investir cada vez mais no cuidado com o paciente, pois a metodologia focada em processos permite mensurar os resultados, saber o que funciona e o que pode ser melhorado, com a aplicação de novos processos. Tudo isso também gera menos gastos para a unidade”, comenta o cardiologista Enéas Antonio Rocco, coordenador do programa.

“Realizar atividades para melhorar as condições física e mental ajuda o paciente a voltar a uma vida ativa e produtiva. Isso resulta em menor risco de nova internação, o que representa menos gastos para a unidade” enéas Antonio rocco, coordenador do programa de reabilitação cardiopulmonar do total care sp

Ele explica que o foco da unidade é o acompanhamento multidisciplinar dos pacientes, para a melhoria integral da sua saúde. Além da ênfase na prática da atividade física, o programa de reabilitação cardiopulmonar também envolve outras ações, com a finalidade de orientar o paciente a adotar mudanças em seu estilo de vida. O programa conta com uma equipe formada por médicos, técnicos em enfermagem, terapeutas ocu-


pacionais, nutricionistas, educadores físicos, fisioterapeutas e fisiologistas do exercício. “O objetivo é oferecer atividades necessárias para melhorar as condições física e mental do paciente, para que ele possa, pelo seu esforço, voltar a ter uma vida ativa e produtiva”, diz Rocco. Na unidade, cada paciente conta com um programa de exercícios exclusivamente elaborado para ele, mas o objetivo do método é sempre melhorar a capacidade funcional e proporcionar uma vida mais saudável. O programa dura três meses e as sessões ocorrem duas ou três vezes por semana, com duração de uma hora cada uma. “Trabalhamos no sentido de educar o paciente e seu familiar. As doenças crônicas não são curáveis, mas pode-se aprender a conviver com elas e viver com qualidade. Por isso, é importante que o paciente identifique a sua doença, conheça os sinais de que possa estar piorando e saber quando procurar assistência médica precocemente, o que evita complicações e internações”, lembra o médico. Rocco esclarece que o paciente é informado sobre a relação da doença com a atividade física diária, sobre a importância de manter hábitos alimentares saudáveis e a reformulação de aspectos nocivos do estilo de vida, com especial ênfase na cessação do tabagismo. “À medida que o paciente conhece mais sua doença, ele se torna mais participativo no processo de reabilitação, o que melhora o resultado do tratamento”, explica o cardiologista, que ressalta que, depois de concluir o programa, o paciente continua sendo supervisionado a distância e sendo orientado a dar continuidade na prática de exercícios físicos. De acordo com o coordenador, o Total Care SP conta com indicadores clínicos para cada uma das doenças crônicas acompanhadas pelo programa e objetivos pré-definidos. “O paciente diabético apresenta um risco quase três vezes maior de sofrer um infarto do miocárdio ou um acidente vascular cerebral, em comparação a quem não tem diabetes. E se esse paciente controlar sua doença de forma

mais eficiente, controlando sua glicemia, seu colesterol e sua pressão arterial, seus riscos diminuem muito”, informa. Rocco esclarece ainda que, regularmente, todos os profissionais envolvidos no programa recebem um relatório com os resultados obtidos, e se a meta foi atingida ou não, e quais as próximas ações. “Esses indicadores nos ajudam a manter a política da qualidade do serviço”, lembra. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que as doenças cardiovasculares acometem aproximadamente 13 milhões de pessoas no mundo. Ainda segundo o órgão, a morbidade gerada pelas doenças cardiovasculares é responsável por um alto custo, tanto socioeconômico quanto humano. Atualmente, a inatividade física em portadores de patologias cardíacas não é considerada só desnecessária, mas também indesejável. Por isso, no ambiente clínico, o exercício físico se tornou uma ferramenta extremamente útil, seja para diagnóstico, seja para rotina terapêutica.

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gerenciAndo A uti

Adoção de protocolos AssistenciAis gerenciAdos reduz o tempo médio de internAção e de uso de AntiBióticos no memoriAl são josé

O

estabelecimento de protocolos gerenciados, voltados a para padronização das condutas assistenciais nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), é um dos principais pontos para garantir não apenas a qualidade do atendimento e a segurança do paciente, mas também o controle da gestão de custos da empresa. Foi graças à implantação desses protocolos que o Hospital Memorial São José (HMSJ), de Recife (PE), conseguiu reduzir o custo médio de internação por paciente. Primeiro hospital do Nordeste a conquistar a acreditação internacional da Joint Commission International (JCI), a instituição também conseguiu diminuir o uso de antibióticos e de incidência de eventos adversos após a acreditação. Fundado em 1989, o HMSJ conta hoje com 21 leitos de UTI geral, além de nove leitos de UTI coronariana, oito de UTI neonatal e três da área de Pediatria. Nos

últimos quatro anos, durante seu processo de preparação rumo à acreditação, o hospital realizou altos investimentos e estimulou a implantação de uma cultura de segurança assistencial na equipe. Foram implantados protocolos clínicos, como os de Dermatite Associada à Incontinência (DAI), Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAV) eInfecção por Cateter e Tromboembolismo Venoso (TEV), entre outros. De acordo com João Lampropulos, diretor técnico médico do HMSJ, a instituição dessa nova cultura foi o principal desafio abraçado pelo hospital. Para ele, o retorno desse investimento se reflete não apenas na racionalização do uso de medicamentos, especialmente antibióticos, mas também na segurança e no bem-estar do paciente durante a internação. Os protocolos permitiram redução de 30% a 40% no tempo de permanência

INDICE DE PNEUMONIA EM PACIENTES COM VENTILAÇÃO MECÂNICA - UTI ADULTO

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do paciente internado na UTI. “Isso permite que o giro do leito seja maior e, consequentemente, também é maior o número de pacientes que podem fazer uso dos serviços intensivos. A implantação desses protocolos é uma medida de baixo custo, de fácil adesão e altamente eficaz na redução dos riscos associados ao internamento”, afirma. Outro benefício trazido pelos protocolos na UTI foi a redução do tempo médio de uso de antibióticos pelos pacientes. De acordo com Lampropulos, através de uma análise diária das culturas, dos resultados de exames de proteína C-reativa (PCR) e leucogramas, o médico consegue instituir o uso racional desse tipo de medicamento, estabelecendo sua interrupção no momento certo ou mesmo não prescrevendo. Em média, o HMSJ reduziu em sete dias o uso dessas drogas. Lampropulos cita o aumento da adesão do corpo clínico como o exemplo mais importante da nova cultura do hospital. Antes do processo de acreditação, apenas 20% dos médicos adotavam os protocolos em suas rotinas de trabalho e hoje o índice é de 100%. O médico atribui o aumento da adesão também aos investimentos realizados pelo HMSJ na área de treinamento e educação continuada. Ele conta que o hospital já tinha um histórico de valorização da capacitação dos colaboradores, mas, a partir da acreditação, foi preciso realizar ajustes para intensificar as novas demandas.

esse impacto. “Esse mecanismo permite uma melhoria do desempenho, baseado em experiências de sucesso. Houve, por exemplo, uma redução de ocorrências de DAI e infecção urinária, que antes giravam em torno de 70% e 50%, respectivamente, e hoje estão quase zeradas”, explica. Lampropulos observa que a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e a Gestão de Risco realizam o monitoramento diário dos indicadores, além de auditorias mensais para constatar a eficácia dos protocolos e indicar prontamente quais medidas corretivas devem ser tomadas, quando necessário. A partir da acreditação, o HMSJ instituiu ainda reuniões periódicas com toda a equipe médica e multidisciplinar, nas quais os indicadores e o desempenho dos profissionais são debatidos. “O uso de protocolos garante a manutenção da UTI com o mesmo nível de atenção e atendimento durante todo o tempo de internação do paciente, fundamental para garantir a segurança e qualidade da assistência”, assegura o diretor técnico-médico do Hospital Memorial São José.

treinAmento constAnte Entre as novas ações, foram realizadas visitas a hospitais que já implantaram os protocolos assistenciais gerenciados. Foram ainda realizados testes com produtos em parceria com os fornecedores e treinamentos práticos com a equipe multidisciplinar in loco. Segundo ele, o hospital percebeu

Avenida Governador Agamenon Magalhães, 2.291 Derby - Recife (PE) Tel.: (81) 3216-2222 www.hospitalmemorial.com.br

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FArmáciA clÍnicA

práticA FArmAcêuticA melHorA processos de segurAnçA nA s.o.s. VidA

A

umentar a segurança do paciente. Foi com essa visão que a S.O.S. Vida – empresa de atenção domiciliar, suporte medicamentoso e oncologia sediada na Bahia – tornou-se o primeiro serviço de home care do Nordeste a atender aos padrões de qualidade e segurança da Joint Commission International (JCI), instituição norte-americana de maior prestígio mundial para acreditação em saúde. A aposta na acreditação internacional da JCI teve como intuito estabelecer na instituição o alto nível de exigência da acreditadora e, com isso, prestar uma assistência de excelência. Esse status de qualidade permeou também a Farmácia Clínica, que passou a obter melhores resultados nos processos de qualidade e segurança. “Com a avaliação de prescrição pelo farmacêutico na análise dos problemas relacionados a medicamentos ampliamos a segurança nos processos clínicos e ganhamos maior respaldo nos administrativos”, exemplifica Raquel Resende Dósea, responsável pela Farmácia Clínica e uma das farmacêuticas da S.O.S. Vida. Ela revela que apenas 1% das sugestões do profissional farmacêutico não foi aceito pelo médico (vide figura 1).

Essa é uma prática documentada que tem como meta dar qualidade terapêutica ao paciente com o menor risco possível. “Na atenção domiciliar, foram implantados protocolos de orientação farmacêutica, de análise de prescrição, de notificação de reação adversa, de interação medicamentosa e de educação permanente”, relata Dósea. Até mesmo os processos de controle e dispensação de medicamentos em domicílio são rastreados por uma base eletrônica de dados, alimentada pela leitura do código de barras. Segundo a farmacêutica, esse processo garante maior controle na gestão de estoque, mesmo em domicílio. Raquel Dósea garante que, a partir da implementação dos protocolos, foi possível identificar melhor qualificação e segurança nos processos de prescrição, dispensação, administração de medicamentos no domicílio, notificação de reação adversa, colaboração nas decisões clínicas e no contato direto com o paciente no domicílio. Segundo ela, o serviço de Farmácia Clínica gerou indicadores de desempenho dos processos da assistência clínico-farmacêutica, o que ajudou a gerenciar a farmacoterapia. Ela relata que as ações de melhorias, são imple-

interVenções FArmAcêuticAs Acatadas

99%

Não Acatadas 1%

Não Acatadas (2)

Fonte: Elaboração Dósea e Carvalho, 2012.

Acatadas (187) Total (189) Do total de prescrições médicas avaliadas e intervenções farmacêuticas identificadas, não foi aceita pelo médico apenas 1% das sugestões e/ou orientações.

interVenções FArmAcêuticAs • • • • • •

Alteração no aprazamento; Monitorização laboratorial; Monitorização clínica quanto a sinais e sintomas de intoxicação, reações adversas e interação medicamentosa; Monitoramento mais intensificado do quinto sinal vital, a dor; Substituição de medicamento em prescrição; Identificação de terapia que causa risco de queda.

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mentadas a partir da análise dos indicadores e enumera algumas das ações corretivas: “melhoria nos horários de aprazamento, de acordo com as características técnicas dos medicamentos e características pessoais do paciente; alertas de monitorização laboratorial, mediante alterações causadas por medicamentos; alertas de monitorização clínica quanto a sinais e sintomas de intoxicação, reações adversas, interações medicamentosas e identificação de medicamentos que causam risco de queda.” Para alcançar esses resultados positivos, a S.O.S. Vida investiu também na educação continuada de seus colaboradores da área de farmácia. “Os membros da equipe multidisciplinar são envolvidos na Farmácia Clínica, através de reuniões clínicas em que são discutidas as melhorias, voltadas ao plano terapêutico do paciente”, conta a farmacêutica. Dósea relata ainda que a Farmácia Clínica contribuiu com a Comissão de Padronização de Medicamentos e Materiais Médicos (CPMM), que tem como objetivo maior a regulamentação da padronização de medicamentos e materiais médicos na instituição. “As ações da Farmácia Clínica refletiram a gestão administrativa da Farmácia, reduzindo custos na aquisição de medicamentos não padronizados”, afirma. Segundo a farmacêutica, esse gerenciamento permitiu a reavaliação periódica da padronização de medicamentos. “Semestralmente, reavaliamos a inclusão e exclusão de medicamento, de acordo com seu impacto clínico e administrativo, tendo como última etapa, a negociação com o fornecedor”, diz, fazendo alusão ao impacto administrativo-financeiro que os processos advindos com a acreditação trouxeram para a S.O.S. Vida.

A farmacêutica responsável pela Farmácia Clínica da S.O.S. Vida assegura ainda que a aplicabilidade dos padrões internacionais de acreditação trouxe melhoria para a prescrição e qualidade de vida dos pacientes. “Através de uma abordagem médica e multidisciplinar, o farmacêutico realiza ações de prevenção na identificação de sinais e sintomas que poderiam interferir de forma negativa na farmacoterapia do paciente, além de abordar outras informações relevantes sobre o uso racional de medicamentos de forma específica para cada paciente”, sublinha Raquel Dósea, que apresentou a análise qualitativa no Simpósio Brasileiro de Assistência Domiciliar (Sibrad), realizado, em março deste ano, em São Paulo.

Av. Dom João VI - 152 - Brotas Salvador (BA) Tel.: (71) 3277-8004 www.sosvida.com.br

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AntiBioticoproFilAxiA HospitAl dA criAnçA sAnto Antônio AdotA protocolos e diminui inFecções de sÍtio cirúrgico em mAis de 50%

O

ano de 2012 é um marco para o Hospital da Criança Santo Antônio (RS). Além de celebrar os dez anos de seu novo prédio e de sua integração ao complexo da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, a instituição acaba de se tornar o primeiro hospital pediátrico do Brasil a obter a acreditação da Joint Commission International (JCI). O reconhecimento do serviço de saúde prestado com qualidade e segurança por parte da acreditadora norte-americana - representada no Brasil pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) - é fruto de longo trabalho desenvolvido pela equipe do hospital, que há mais de 15 anos adota protocolos de antibioticoprofilaxia para prevenir infecções relacionadas à cirurgia. “Nosso objetivo é garantir que os antimicrobianos sejam utilizados somente naqueles casos onde é necessário e, quando utilizados, se

inicie na hora e dose corretas”, enfatiza a médica Teresa Cristina Teixeira Sukiennik, gestora de riscos do hospital e coordenadora do serviço de Controle de Infecção da Santa Casa de Porto Alegre, instituição gestora do Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA). Segundo a coordenadora, o processo de acreditação foi fundamental para ampliar a discussão da importância da prevenção de infecção e do acompanhamento dos protocolos por todos os membros da assistência hospitalar, antes tido como prioritário apenas para a equipe de Comissão de Controle e Infecção Hospitalar. Como resultado, o HCSA, que realiza cerca de 25 cirurgias cardíacas mensais, a maioria em neonatos, reduziu sua taxa de infecção hospitalar. A médica ressalta que a redução da taxa de infecção do sítio cirúrgico é resultado de uma série de medidas, como cuidados pré e pós-operatórios, e não apenas do

HCSA: ERROS RELACIONADOS A MEDICAÇÕES Responsáveis: Swetlana Margaret Cvirkun

As ações de maior relevância para redução do erro foram a ampliação da atuação do farmacêutico clínico, que identifica os desvios antes da administração dos medicamentos, e a elaboração de FmeA, que focou as etapas de preparo e administração dos medicamentos, levando à elaboração e implantação de vários planos de ação, entre eles o acompanhamento pela enfermeira do processo de diluição dos medicamentos, a utilização de dosadores orais e a abertura de central de fracionamento.

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uso correto da profilaxia. “Adotamos um novo protocolo de prevenção de infecção em sítio cirúrgico em cirurgia cardíaca no início deste ano e, desde então, observamos uma redução significativa de mais de 50% na taxa de infecção de sítio cirúrgico quando comparada com o 2º semestre de 2011.” Segundo ela, a taxa de infecção de sítio cirúrgico (ISC) em cirurgia cardíaca é analisada trimestralmente e se mantém abaixo dos 5% nos últimos anos. Apesar de o HCSA não adotar um instrumento de medição, a coordenadora diz que a ISC tem impacto financeiro na conta hospitalar, especificamente nas cirurgias de grande porte, nas infecções ditas de órgãos ou espaço ou, ainda, nas incisionais profundas. Sukiennik conta que o hospital adota quatro protocolos de administração de antimicrobianos (ATM): tratamento de infecção urinária, uso de vancomicina, profilaxia de infecção do sítio cirúrgico e tratamento de Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemase, a KPC. A profilaxia é indicada para cirurgias potencialmente contaminadas, limpas de grande porte ou que utilizam órtese e prótese. Acompanhar o perfil epidemiológico é fundamental para rever os processos, segundo a médica. “Anualmente, redefinimos nossa estratégia de utilização de antimicrobianos, com base nos dados levantados no ano anterior. Dessa maneira, procuramos garantir a segurança dos pacientes que precisam utilizar esses medicamentos antes de conhecermos a bactéria que está causando a infecção”, assinala. Para a coordenadora do HCSA, evitar a resistência não é possível, mas é necessário reduzir o ritmo de seu aparecimento. Para isso, são três as recomendações: usar a dose correta, no intervalo correto e evitar o uso prolongado desses medicamentos. “A outra estratégia é evitar associações sempre que possível e restringir o espectro de ação, quando já identificamos o agente etiológico. Esse processo é feito diariamente, a cada nova prescrição”, revela. O hospital adota ainda, como protocolo, a justificativa on-line da prescrição de todos os ATMs (exceção para penicilina, ampicilina e oxacilina), que precisa da liberação do médico da equipe de Controle de Infecção. Este restringe o tempo de uso, caso a indicação seja profilaxia. Para a coordenadora de Infecção, os padrões internacionais de acreditação da JCI contribuem para o controle do uso de antibiótico profilático e também para a segurança em relação às interações medicamentosas. “A adoção do ti me out nos ajuda a garantir que a primeira dose do antimicrobiano seja utilizada antes da indução anestésica. Esse é, sem dúvida, o principal fator relacionado ao sucesso da intervenção. Se o antimicrobiano for utilizado após a incisão, não prevenirá a infecção”, salienta. Outro benefício apontado por ela é a prática de re-

visão de prescrição por farmacêuticos clínicos, o que diminui o risco de interações medicamentosas evitáveis e alerta para o acompanhamento dos eventos adversos (vide quadro 1). “A preocupação com a identificação e registro de eventos adversos foi, sem dúvida, uma das grandes contribuições do processo de acreditação no nosso hospital”, assegura. Para avaliar o uso da antibioticoprofilaxia cirúrgica, o HCSA tem como principal indicador o uso de cefazolina. De acordo com Sukiennik, esse é um indicador válido para análise de adesão ao protocolo devido à instituição ter um número constante de cirurgias realizadas anualmente. “Também fazemos o acompanhamento personalizado dos prescritores, com intervenção educativa toda vez que identificamos um médico que não aderiu ao protocolo. Optamos por abordagem oficial protocolada, em que identificamos a situação exata de quebra de protocolo, reforçamos as nossas recomendações e nos colocamos à disposição para discuti-las”, relata. A coordenadora adianta que o hospital pretende implantar, em breve, uma medida de bloqueio ao uso de cefazolina, caso um profissional queira usá-la, sem que esta esteja no protocolo. “É um processo para controlar o uso da primeira dose”, revela.

Av. Independência, 155, Centro - Porto Alegre (RS) Tel.: (51) 32148792 www.santacasa.org.br/santo-antonio

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pAcientes AproVAm progrAmAs de cuidAdos clÍnicos progrAmAs de inFArto Agudo do miocárdio e insuFiciênciA cArdÍAcA do Hcor são os primeiros do BrAsil certiFicAdos pelA jci

A

s doenças cardiovasculares são responsáveis por 29,4% de todas as mortes registradas no país em um ano, segundo o Ministério da Saúde. Nos últimos 3 anos, mais de 350 mil brasileiros foram internados por problema de insuficiência cardíaca, de acordo com dados do Sistema Único de Saúde. A realidade pública não é muito diferente da encontrada na rede privada brasileira. Referência em cardiologia há 35 anos, o Hospital do Coração (HCor), em São Paulo, tem mais de 40% das suas internações representadas por doenças cardiovasculares, sendo a insuficiência cardíaca responsável por cerca de 30% das internações e o infarto agudo do miocárdio por 2,5%. Considerando-se os indicadores epidemiológicos, a alta direção da instituição designou a criação de dois programas clínicos específicos para atender pacientes com insuficiência cardíaca (IC) e que sofreram infarto agudo do miocárdio (IAM). Com foco no cuidado assistencial multiprofissional especializado durante a internação e após a alta, os programas de cuidados clínicos, únicos em cardiologia no Brasil a serem certificados pela Joint Commission International (JCI), objetivam a redução da mortalidade, do tempo médio de internação e das taxas de reinternação dos pacientes. Compostas por mais de 20 profissionais das áreas de medicina, enfermagem, psicologia, fisioterapia, farmácia, nutrição e assistência social, as equipes dos programas trabalham buscando promover a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. “Acreditamos que, com um tratamento otimizado, aliado a ações educativas para os pa-

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cientes, familiares ou responsáveis, tanto durante a internação quanto após a alta hospitalar, conseguimos identificar problemas na aderência ao tratamento, prevenção de complicações e identificação precoce de descompensação”, assegura Evandro Penteado Villar Félix, Gerente de Melhores Práticas do Hcor. Para os médicos dos pacientes, o trabalho educativo realizado pelas equipes, tem trazido resultados expressivos, como exemplifica: “A taxa de cessação de tabagismo, que chegou a 100% nos indivíduos que estão no programa de IAM, e a redução da taxa de mortalidade. O aumento do tempo para reinternação dos pacientes com insuficiência cardíaca atingiu mais do que o dobro, prévio ao programa”, compara. Os protocolos adotados pelo HCor seguem os mesmos guidelines de melhores práticas adotadas em centros de referência especializados do mundo, o que leva o hospital a obter resultados expressivos. Félix descreve que, para o programa de IAM, foi atingido um tempo médio de 7 minutos para porta-ECG (TP-ECG) e para porta-balão (TPB), o tempo médio de 65 minutos. “As metas internacionais são, respectivamente, 10 e 90 minutos. Nossa taxa de mortalidade, para pacientes com IAM com Supra de ST, é de 1,8% e, para pacientes com IC grave, chega a apenas 5%”, celebra. Para melhorar o tempo de atendimento aos pacientes com IAM e IC, o gerente de Melhores Práticas do HCor conta que foram desenhados fluxos dos processos de atendimento desses pacientes, definição dos pontos


críticos e dos indicadores. Ele revela que, a partir desses levantamentos, foram tomadas ações específicas para cada situação identificada. “Houve uma compreensão e comprometimento de todo o corpo clínico com relação às necessidades de melhoria dos processos internos, fazendo com que a melhoria continuada dos processos nos estimulasse cada vez mais a atingir os resultados atuais, que culminaram com as certificações dos programas de IAM e IC. Otimizamos os nossos processos de atendimento no Pronto-Socorro e Hemodinâmica, por exemplo, onde cada colaborador sabe exatamente como agir, tendo sido treinado para a identificação e atendimento imediato a esses pacientes”, descreve Evandro Félix. O gerente de Melhores Práticas diz que o acompanhamento dos pacientes durante toda a internação pela equipe multidisciplinar, que salienta as necessidades de mudanças de hábitos de vida e a aderência ao tratamento, principalmente, impactam diretamente os resultados. “Todas as orientações são passadas também aos familiares e responsáveis para se criar um ambiente de apoio para as mudanças dos hábitos de vida não só ao paciente, mas de todos que o cercam. Dessa maneira, conseguimos atingir resultados extremamente positivos, com mais de 90% de aderência ao tratamento e de hábitos saudáveis”, revela.

restringem aos pacientes cardiológicos, mas se traduzem no atendimento aos pacientes de todas as especialidades”, assegura o gerente de Boas Práticas do HCor, que, desde 2006, é acreditado pela JCI, através de seu representante exclusivo no Brasil, o Consórcio Brasileiro de Acreditação.

“Conseguimos atingir resultados extremamente positivos, com mais de 90% de aderência ao tratamento e de hábitos saudáveis” evandro penteado Villar Félix, gerente de melhores práticas do Hcor

Félix afirma que todas as ações empreendidas pelas equipes dos programas de cuidados clínicos são reconhecidas pelos pacientes. Segundo ele, pesquisas de satisfação no pós-alta revelam mais de 95% de concordância com a maneira com que as informações e orientações sobre a segurança, conforto e acolhimento aos pacientes são dadas. Segundo ele, é devido às boas práticas implementadas que os programas de IAM e IC do HCor são os primeiros do Brasil a serem contemplados pela certificação da JCI. “Somos o primeiro hospital do Brasil a conseguir duas certificações e o terceiro do mundo, fora dos Estados Unidos, a ter as certificações conjuntas desses programas. Trata-se de um trabalho em equipe em que todos os colaboradores do HCor, em conjunto com seu corpo clínico, demonstraram toda a excelência, qualidade e segurança no atendimento aos nossos pacientes, que não se

R. Desembargador Eliseu Guilherme, 147 - Paraíso São Paulo - SP Tel.: (11)3053-6611 www.hcor.com.br

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liderAnçA em sAúde perFil do lÍder AjudA A AlcAnçAr melHores resultAdos e com menores custos

O

desempenho de uma instituição de saúde está diretamente relacionado ao ambiente de trabalho e à cultura da organização. Incentivar as potencialidades dos colaboradores internos é tarefa indispensável a qualquer líder, que cada vez mais vem assumindo o papel de gestor na instituição na qual atua. “Hoje, espera-se que o líder não seja apenas aquele que administra os conflitos no ambiente de trabalho. É fundamental que ele ajude a disseminar a política cultural da empresa, ajudando-a a atingir seus objetivos e metas”, defende a médica Maria Manuela Alves dos Santos, superintendente do Consórcio Brasileiro de Acreditação, representante exclusivo no Brasil da Joint Commission International (JCI). A temática é tão importante que é contemplada em um dos capítulos do Manual de Acreditação Hospitalar da JCI/CBA, sendo foco também do VI Seminário Nacional de Acreditação Internacional. Independentemente do cargo que ocupe (liderança administrativa, médica e de enfermagem, entre outros), a acreditação incentiva que os líderes caminhem em uma única direção: a construção de uma cultura de qualidade e segurança. “Como a acreditação pressupõe uma mudança cultural, e essa mudança se faz com pessoas, é fundamental que o líder tenha características não somente técnicas. É preciso que seja agregador, confiável, tenha habilidade de comunicação, seja respeitoso e obtenha o respeito de sua equipe”, aponta a superintendente do CBA. Segundo ela, é fundamental que líderes, conjuntamente com suas equipes, identifiquem, analisem, avaliem e implementem soluções de melhoria. Maria Manuela assinala que uma das ações primordiais de um líder é colocar em prática ações que sejam coletivas, cabendo a ele perceber as oportunidades para demonstrar melhorias.

boradores são iguais. Portanto, é preciso lançar mão de técnicas diferenciadas para lidar com cada um deles e adequar suas características às suas funções. “Um bom líder também precisa saber ouvir, tomar providências necessárias e responder às indagações dos colaboradores”, reforça. A comunicação efetiva é extremamente importante na área de saúde, já que cerca de 80% dos erros em instituições de saúde ocorrem por problemas de comunicação, segundo dados da International Society for Quality in Health Care (ISQua). Maria Manuela aponta que comunicar as falhas ou quase falhas, muitas vezes geradas por problemas de comunicação, é essencial para a melhoria da qualidade e segurança. No entanto, a notificação de erros ou possíveis erros também está ligada ao alto nível de confiança no líder e na cultura de segurança disseminada dentro da instituição. “Os profissionais precisam confiar em suas lideranças para relatarem os erros e as quase falhas, sem medo de sofrer punições. Só a partir da descrição dessas ocorrências é que as instituições de saúde vão melhorar seus processos de qualidade e segurança”, argumenta. Para a superintendente do CBA, convencer seus pares a fazer mais e melhor, no momento certo e com menos custos, é o desafio atual da liderança, ‘fórmula’ que a acreditação vem ajudando a colocar em prática, segundo Maria Manuela. Na opinião da entrevistada, o líder-gestor é o profissional desejado por toda instituição de saúde para ajudar a gerenciar processos e custos. “Hoje, a direção de um hospital discute os custos de um setor com sua liderança, que é motivada a discutir e implementar melhores soluções com sua equipe”, exemplifica Maria Manuela Alves dos Santos.

conFiAnçA e inclusão, pAlAVrAs de ordem A superintendente do CBA argumenta que as melhorias estão também ligadas ao processo participativo, que precisa ser inclusivo. Maria Manuela ressalta que é importante o líder ter consciência de que nem todos os cola-

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