SBD-RESP JORNAL DERMATOLÓGICO
PUBLICAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA – REGIONAL SÃO PAULO ANO 36 / Nº 205 - OUTUBRO/NOVEBRO/DEZEMBRO 2019
24ª RADESP & I DermatoAGE + de 1.500 inscritos e 113 palestrantes
DESTAQUE Aprendizados que marcaram os encontros dos grupos de discussão
24ª RADESP & I DermatoAGE + de 1.500 inscritos e 113 palestrantes
IV JORNADA MULTISSERVIÇOS Os melhores trabalhos científicos dos Serviços Credenciados
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RESP NEWS
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CAPA | 24ª RADESP & I DermatoAGE:
HOMENAGEADOS
18 A trajetória de seis colegas que
fazem a diferença na Dermatologia
Por uma Dermatologia mais humanizada e eficiente
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EDITORIAL Muitos motivos para comemorar
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RESP NEWS Notícias e eventos para ficar de olho
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COSMIATRIA EM FOCO Os destaques do
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MELHORES MOMENTOS III Simpósio de Cabelos & Unhas: os pontos altos do primeiro evento de 2019
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EDUCAÇÃO CONTINUADA Os aprendizados mais importantes dos grupos de discussão
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FUNADERSP
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HUMOR
5º Simpósio de Cosmiatria & Tecnologias
PESQUISA CIENTÍFICA Confira os trabalhos
premiados na IV Jornada Multisserviços
COMISSÃO CIENTÍFICA 2019/2020 Adriana Porro PRESIDENTE Bogdana Victoria Kadunc Eliandre Costa Palermo Cristiano Luiz Horta de Lima VICE-PRESIDENTE Helio Miot Nobuo Matsunaga Jayme de Oliveira Filho TESOUREIRA Carolina Oliveira Costa Fechine John Veasey Luiz Roberto Terzian SECRETÁRIO Ricardo Romiti Beni Moreinas Grinblat DIRETORIA 2019/2020
Publicação trimestral da Sociedade Brasileira de Dermatologia - Regional do Estado de São Paulo Rua Machado Bittencourt, 361 - cj. 1307, Vila Clementino - São Paulo - SP. Tel.: (11) 5573-8735 / 5573-5528 / 5083-34, SBD-SP.ORG.BR
COORDENADORA DE PROMOÇÕES CIENTÍFICAS
Karime Marques Hassun COORDENADOR DE COMUNICAÇÕES
Moyses Costa Lemos
JD I SBD-SP.ORG.BR I Nº 205
CAMPANHAS 2019/2020 PRESIDENTE Gustavo Alonso Silvio Alencar Marques (Projeto Sol, Amigo 1º SECRETÁRIO da Infância) José Roberto Pereira Pegas Maurício Mendonça 2º SECRETÁRIO do Nascimento Hélio Amante Miot (Campanha de COORDENADORA Prevenção ao DE ÉTICA EM PESQUISA Câncer da Pele) Adriana Maria Porro DIRETORIA FUNADERSP 2019/2020
REPORTAGEM E EDIÇÃO Márcia Rocha – Sophia Comunicação Jornalista responsável Márcia Rocha – MTB 20.774 - SP PROJETO GRÁFICO Jarbas Oliveira, jarbasarte@gmail.com IMPRESSÃO YM Estúdio Gráfico e Fotolito Ltda.- (11) 3283-5040
SBD-SP.ORG.BR EDITORIAL
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Muitos Motivos para Comemorar
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assim completamos nosso primeiro ano à frente da SBD-RESP – esta edição do JD traz alguns dos melhores momentos dos
eventos de 2019. Recebemos muitos feedbacks
Dra Eliandre Costa Palermo PRESIDENTE SBD-RESP
2019/2020
positivos sobre a programação, pela diversidade de conteúdos e porque trouxemos novos nomes para ministrar as aulas, o que fez a diferença em nossos eventos. Os associados também aprovaram as várias novidades que implementamos
Além disso, a versão online do JD ficou muito mais interativa e fácil de ler, e renovamos o site com mais conteúdo – principalmente para os associados.
este ano. É o caso do I DermatoAGE, por exemplo, que abordou alterações cutâneas e capilares em várias fases da vida e passa a fazer parte do calendário científico da Regional São Paulo. Em 2019, a RADESP voltou a ser organizada única e exclusivamente pela RESP. Com foco na humanização da Medicina, a 24a edição contou com mais 1.500 dermatologistas inscritos. A Sessão Especial Dermarte sobre os impactos da Arte na Dermatologia foi uma das mais aplaudidas, assim como o bloco Dermatologia no Paciente LGBT, do DermatoAGE. E da mesma maneira que acreditamos que a Medicina deve se tornar cada dia mais humanizada, não deixamos de lado o que a tecnologia nos oferece de melhor. Ao contrário! Este ano marcou a consolidação da transmissão online do ReciclaWeb, o lançamento da Dermatoflix, plataforma de conteúdos exclusivos, e de nosso aplicativo.
Mas o trabalho continua e estamos preparando muito mais novidades para 2020, ano em que nossa Regional completa 50 anos e a RADESP chega à 25a edição. A organização de nosso calendário de eventos está quase finalizada e vem com uma programação para lá de especial. Também prometemos muitas comemorações, porque chegar aos 50 anos é um feito e tanto – preparem-se, porque a 25a RADESP vai acontecer em Campos do Jordão. Como diz o slogan de nosso selo comemorativo: a Regional São Paulo está completando meio século de uma paixão inteira pela Dermatologia. Nº 205 I SBD-SP.ORG.BR I JD
RESP NEWS
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m comemoração aos 50 anos da SBD-RESP e aos 25 anos da RADESP, a programação científica de 2020 está para lá de especial! Não perca os eventos que a Diretoria da Regional São Paulo está preparando para você, associado.
Agenda da SBD-RESP
MAR JUN AGO OUT NOV 6e7
6º SIMPÓSIO DE COSMIATRIA & TECNOLOGIAS DA SBD-RESP e 13º SIMPÓSIO DE COSMIATRIA, LASER E TECNOLOGIAS DA SBD ONDE: São Paulo
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IV SIMPÓSIO DE CABELOS & UNHAS ONDE: São Paulo
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155 JORNADA PAULISTA DE DERMATOLOGIA DA SBD-RESP ONDE: Santa Casa de
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V JORNADA MULTISSERVIÇOS e V COPID
São José dos Campos
Acompanhe a agenda de eventos no site: sbd-sp.org.br
São Paulo sediará o 75º Congresso da SBD
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onhecida pela enorme população (12 milhões de habitantes), por figurar como centro financeiro do país e pelo rico cenário cultural e gastronômico, a cidade de São Paulo será palco do 75º Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia (CSBD), em 2020, transformando-se no epicento da especialidade ao longo de quatro dias. Entre 5 e 8 de setembro, especialistas nacionais e internacionais se reunirão no Transamerica Expo Center para discutir a Dermatologia em profundidade e trocar experiências. Entre os convidados estrangeiros, confirmaram presença: Drª Antonella Tosti (Itália), Dr. Gustavo Camino (Peru), Dr. Johannes Ring (Alemanha), Drª Margarida Gonçalo (Portugal), Dr. Oscar Colegio (EUA) e Dr. Rolf Markus Szeimes (Alemanha). Programação e mais detalhes no site sbd.org.br/dermato2020 JD I SBD-SP.ORG.BR I Nº 205
19 a 21 ª
25 RADESP ONDE: Campos do Jordão
Atualização científica sempre à mão
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ucesso entre os cursos-pré RADESP, o conteúdo de Como Conceber, Escrever e Publicar um Trabalho Científico, ministrado pela Drª Bogdana Victoria Kadunc e pelo Dr. Maurício M. A. Alchorne já está disponível na Dermatoflix. Os 7 módulos do ReciclaWeb e os 8 módulos do II Dermagistral também estão alocados na plataforma. Para ver o conteúdo dos cursos, o associado da SBD-RESP deve acessar o link dermatoflix.com.br e seguir as instruções da tela.
Um grande ano para o Serviço de Dermatologia da PUC-Campinas 1º Simpósio de Terapias Imunobiológicas Realizado no dia 29 de junho, o simpósio discutiu o uso de imunobiológicos não só na psoríase, mas também em outras doenças. Com a coordenação da Drª Ana Carolina Bazan Arruda e da Drª Elisa Torino de Moraes, o programa foi totalmente prático e abordou medicamentos indicados para cada caso, respectivas posologias e como ter acesso a eles.
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FOTOS: DIVULGAÇÃO
m 2019, o Serviço completou 40 anos e organizou eventos memoráveis que contaram com a presença de dermatologistas da região de Campinas e de cidades próximas.
154ª Jornada Paulista de Dermatologia Coordenado pela Profa Drª Bogdana Victoria Kadunc e pela Drª Eliana Pegas e realizado em 25 de maio, o encontro seguiu os moldes das jornadas tradicionais, em que os médicos têm oportunidade de examinar os pacientes. Sete especialistas convidados discutiram 20 casos clínicos desafiadores. Oportunidade única de aprendizado para os dermatologistas e para os pacientes que tiveram seu caso analisado por alguns dos maiores especialistas do país.
1º Simpósio de Tricologia A Drª Carolina Romanelli, Coordenadora do Ambulatório de Tricologia da PUC-Campinas, liderou o encontro, que aconteceu dia 17 de agosto. Oito experts, além da própria Drª Carolina, se revezaram em apresentações relacionadas a dois blocos temáticos: Atualizações e Cirurgia e Cosmiatria Baseada em Evidências. Em 2020 tem mais. Anote: 23 de maio | 20 Simpósio de Terapias Imunobiológicas 27 de junho | 10 Simpósio de Cosmiatria 15 de agosto | 20 Simpósio de Tricologia
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24 Radesp & I DermatoAGE a
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último encontro da SBD-RESP em 2019 trouxe três dias de intenso aprendizado e muita troca de experiências no PRO MAGNO Centro de Eventos, em São Paulo. A quinta-feira, 10 de outubro, foi dedicada aos cursos pré-RADESP. Na sexta e no sábado, 11 e 12 de outubro, foi a vez da 24ª RADESP & I DermatoAge que tiveram blocos alternados durante os dois dias. A programação científica chamou
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a atenção pela diversidade dos temas e a abordagem, que incluiu não só a parte científica, mas também a humanização da Dermatologia. O DermatoAge, que teve sua primeira edição este ano, foi mais do que aprovado pelo público ao debater tópicos relacionados a várias faixas etárias, abordando também suas peculiaridades. Nas próximas páginas, alguns dos melhores momentos do evento.
FOTO: INFOCUS MÍDIA
Por uma Dermatologia mais humanizada e eficiente
Os números da 24a Radesp & I DermatoAGE + de
1500 inscritos
113
palestrantes
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cursos pré-congresso com 60 aulas ao todo
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apresentações divididas em 7 blocos (RADESP)
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sessões interativas (RADESP)
1
mesa-redonda (RADESP)
1
sessão especial (RADESP)
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apresentações divididas em 7 blocos (DermatoAGE)
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horas de conteúdo (cursos pré-congresso, RADESP e DermatoAGE) Nº 205 I SBD-SP.ORG.BR I JD
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, IRA O E F TA UBR SEX OUT E 11 D
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FOTOS: INFOCUS MÍDIA
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sexta contou com três blocos do I DermatoAge: Alterações Capilares nas Diferentes Idades, Neonato e Infância. Tendo as Drªs Aline Donati e Neusa Valente como moderadoras, o primeiro bloco explorou, em cinco aulas, as mudanças do cabelo ao longo da vida. Logo em seguida, o bloco Neonato discutiu questões relacionadas aos recém-nascidos: Avaliação da Pele do Recém-Nascido Pré-Termo, Lesões Congênitas e Dermatite das Fraldas. O terceiro e último bloco do DermatoAGE, Infância, aconteceu no meio da tarde. Com moderação da Drª Eliandre Costa Palermo, Presidente da SBD-RESP, e do Dr. Ricardo Romitti, o bloco trouxe seis apresentações com temas como câncer, psoríase e hemangioma infantil, assim como tratamento de dermatoviroses, exantemas e uma aula sobre dermatite atópica e microbioma. O Dr. Beni Grinblat, Secretário da SBD-RESP, e o Dr. Luiz Roberto Terzian foram os moderadores do primeiro bloco da RADESP, Oncologia do Dia a Dia, que teve início às 10h35. De maneira geral, a tônica do bloco foi a importância de ser o mais acadêmico possível para esclarecer sobre a doença não só para o paciente, mas também para a família, falando sobre a condição clínica e social, além de discutir as opções de tratamento. “No
caso de achados de câncer no paciente de tratamentos estéticos, o dermatologista tende a minimizar o problema, o que é um risco”, alertou o Dr. José Jabur da Cunha, que falou sobre Abordagens Inadequadas no Câncer da Pele. Segurança do paciente em primeiro lugar No período da tarde vieram mais três blocos da RADESP. Em uma das aulas do bloco Abordagem dos Lábios, que contou com moderação da Drª Lilian Estefan Lage e do Dr. Jayme de Oliveira Filho, a Drª Eliandre Costa Palermo discorreu sobre como garantir bons resultados e, principalmente, segurança nos preenchimentos labiais, reforçando a importância de conhecer profundamente a anatomia da região perioral para evitar problemas. Coube à Drª Adriana Porro e ao Dr. Moyses Lemos, Coordenador de Comunicações da SBD-RESP, a moderação do penúltimo bloco da RADESP, Interface da Dermatologia com Outras Especialidades. O bloco
Alopecia: mais do que perder cabelo Quem fechou o primeiro bloco do DermatoAGE foi a Drª Enilde Borges Costa, coordenadora do Grupo de Apoio aos Pacientes com Alopecia Areata (AAGAP), que existe há 16 anos e é ligado à SBD-RESP. Ela falou sobre o impacto da alopecia para a autoestima e para a vida. “A pessoa se defronta não só com a perda do cabelo, mas também com a maneira como reage às perdas e à falta de controle sobre elas”, disse. E o que o médico pode oferecer para esses pacientes? “Clareza, sensibilidade, doação de seu tempo e a capacidade de ler nas entrelinhas”, respondeu a Drª Enilde.
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O que a Arte tem a ver com a Dermatologia?
A sessão especial DermArte: O Impacto da Arte na Dermatologia prendeu a atenção da plateia, logo depois do almoço de sextafeira. Com moderação do Dr. John Veasey, a sessão foi pensada para trazer ao calendário científico da RESP um assunto muito discutido na Europa e nos Estados Unidos. “Nesse paralelo entre Arte e Dermatologia há aprendizados para a abordagem profissional dermatológica e para o crescimento pessoal”, explicou o Dr. Veasey. O Dr. Marcos Moura Campos iniciou a apresentação mostrando a semelhança entre lesões cutâneas provocadas por dermatoses e trabalhos de grandes mestres da arte. Em seguida, analisou possíveis diagnósticos dermatológicos de personagens
representados em quadros famosos, alguns retratados antes das doenças terem sido descritas na literatura científica. Por fim, falou sobre como a observação e a interpretação de obras de arte estão se tornando aliadas dos médicos, pois contribuem para melhorar a capacidade descritiva, aumentando a percepção de lesões dermatológicas elementares e a empatia em relação ao paciente. “E isso, por consequência, leva o médico a fazer diagnósticos mais precisos”, disse o Dr. Marcos. A prática de promover visitas de estudantes a museus sob a orientação de um historiador da arte já faz parte da rotina de algumas escolas de Medicina do mundo, como Yale e Harvard. Yale tem, inclusive, um programa chamado Humanidades na Medicina. Pelo ineditismo do tema, a sessão foi uma das mais aplaudidas do dia.
FOTOS: INFOCUS MÍDIA
trouxe, entre outros especialistas, o infectologista Gilberto Turcato, que atualizou a plateia sobre a antibioticoterapia na Dermatologia. O bloco foi finalizado com uma apresentação do Grupo de Apoio aos Pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES). No último bloco do dia, Cosmiatria e Laser, a Drª Samira Yarak listou o que se deve considerar antes de realizar um procedimento cosmiátrico em um paciente. Segundo ela, é preciso analisar com cuidado o histórico e as expectativas do paciente, levando em consideração a presença de alergias ou a tendência para a formação de queloides, por exemplo. A médica falou também sobre a importância de conhecer o Transtorno Dismórfico Corporal (TDC), distúrbio psiquiátrico que pode levar a expectativas irreais em relação à aparência. Para fechar o bloco, Drª Eliandre Costa Palermo, Drª Luciana Conrado, Drª Meire Parada e Dr. Sérgio Palma, Presidente da SBD nacional, participaram da Mesa-Redonda: Complicações para discutir intercorrências de alguns procedimentos, principalmente os injetáveis. Na pauta, a importância de padronizar algumas condutas e de agir rapidamente – e agir da maneira correta – quando o procedimento não evolui como esperado, conhecimento que só os médicos possuem. Na ocasião, foi citada também a atuação da SBDRESP em prol da defesa profissional.
Dermacamp: crianças sendo crianças No final do último bloco do DermatoAGE, Infância, foi a vez Dr. Samuel Henrique Mandelbaum fazer uma apresentação sobre o Dermacamp, acampamento para crianças com problemas de pele que é realizado desde 2001. O objetivo do Dermacamp é fazer as crianças conviverem com outras crianças com problemas semelhantes e promover atividades lúdicas ligadas ao autoconhecimento e à diversidade, o que contribui para aumentar a autoestima e a melhorar a maneira como elas lidam com sua condição. “É muito gratificante ver as crianças sendo crianças e compreenderem que elas são muito mais e muito maiores do que qualquer doença.” Nº 205 I SBD-SP.ORG.BR I JD
Em destaque
INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
CATEGORIA DERMATOLOGIA CLÍNICA
Prêmio Prof. Raymundo Martins Castro
Qualidade de Sono, Ansiedade e Depressão em Pacientes Femininas com Melasma Facial: Um Estudo Caso-Controle AUTORES Karina Nacano Guariento, Luiza Vasconcelos Schaefer, Luiza Ribeiro Pivaro, Juliana D'Andrea Molina , Hélio Amante Miot SERVIÇO UNOESTE / HRPP / UNESP
INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
CATEGORIA DERMATOLOGIA PEDIÁTRICA
Prêmio Prof. Fausto João Forin Alonso
Vitiligo na Infância: Prevalência, Formas Clínicas e Níveis de Vitamina D AUTORES Mariana Galhardo Tressino, Flávia Regina Ferreira, Samuel Hentique Mandelbaum SERVIÇO Hospital Universitário de Taubaté, UNITAU INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
CATEGORIA DERMATOLOGIA CIRÚRGICA
Prêmio Prof. Yassunobu Utiyama
Tratamento da Queilite Actínica com Terapia Fotodinâmica com Luz do Dia – Avaliação Clínica e Histopatológica AUTORES Isabella Lemos Baltazar, Flávia Regina Ferreira, Luiz Fernando Costa Nascimento, Samuel Henrique Mandelbaum SERVIÇO Hospital Universitário de Taubaté, UNITAU INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
CATEGORIA DERMATOLOGIA SANITÁRIA
Prêmio Dr. Diltor Vladimir Araujo Opromolla
Câncer da Pele e Saúde Pública: Relações entre Parâmetros Clínicos e Epidemiológicos AUTORES Adriana Pessoa Mendes, Caroline Andrade Rocha, Flavia Nunes Maruyama, Marina Akiti Rodrigues, Silvia Assumpção Soutto Mayor, Marcus Maia SERVIÇO Irmandade Santa Casa da Misericórdia de São Paulo, SCMSP MINI COMUNICAÇÃO Prêmio Profª Neusa Lima Dillon 1° LUGAR
Sarcoidose de Darier Roussy: Relato de Caso AUTORES Leticia Logullo, Karla Calaça Kabbach Prigenzi, Valéria Favacho Galvão, José Roberto Paes de Almeida, Sandra Lopes Mattos e Dinato SERVIÇO Centro Universitário Lusíadas, UNILUS 2° LUGAR
Radiodermite Crônica Após Cateterismo Cardíaco: Relato de Caso AUTORES Ayres Cavalcanti da Cunha, Juliana Macchione Marujo, Aretha Brito Nobre, Luis Fenando Nunes, Jaquelyne Cruz Ibiapina, Gabriellla Campos-do-Carmo SERVIÇO Instituto Nacional de Câncer, INCA 3° LUGAR
Moniletrix do Couro Cabeludo Quase Normal à Alopecia Total: Expressividade Variável em Membros de uma Família AUTORES Daniela Antoniali Silva, Andrezza Telles Westin, Ana Beatriz Silva Lima, Marcela Rosa de Almeida Farid, Fernanda André Martins Cruz, Marco Andrey Cipriani Frade SERVIÇO Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, FMRP- USP TESE DE DOUTORADO / MESTRADO Prêmio Prof. Sebastião de Almeida Prado Sampaio
Características Clínicas das Queratoses Actínicas e suas Correlações Histológicas: Sugestão de uma Escala de Gravidade Clínica AUTORES Guilherme de Oliveira Arruda, Juliano Vilaverde Schmitt, Hélio Amante Miot SERVIÇO Faculdade de Medicina de Botucatu, FMB- UNESP CONCURSO DE FOTOGRAFIA 1° LUGAR
Pseudônimo Cartografia Dra Isabella Lemos Baltazar – São Paulo (SP) 2° LUGAR
Pseudônimo Chris – 01 Dr.JD Ademar Schultz Junior – Vitória (ES) I SBD-SP.ORG.BR I Nº 205
O, AD BRO B SÁ UTU O DE 12
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DermatoAGE abriu os trabalhos de sábado com um dos quatro blocos do dia: Adolescentes, que contou com a Drª Karime Hassun, Coordenadora de Promoções Científicas da SBDRESP, e a Drª Ediléia Bagatin como moderadoras. Nas três primeiras aulas, a relação da acne com o microbioma e com a dieta, além de atualização sobre a terapêutica. Na apresentação sobre complicações de piercings e tatuagens, a Drª Rosana Lazzarini discorreu sobre a composição de alguns corantes utilizados em tatuagens, que podem provocar reações alérgicas, e falou também sobre as doenças relacionadas à tatuagem e à colocação de piercings. Logo em seguida, veio o primeiro bloco da RADESP, Diagnóstico em Dermatologia, que foi moderado pelos Drs. Cristiano Horta e Mauricio Mendonça. Entre as aulas, Exames Complementares Realizados no Consultório (Drª Natália Cymrot); Exame Anatopatológico de Congelação em Consultório (Dr. Vitor Leão da Silva Antunes, patologista); e Discorrelação Anatomoclínica: O que Fazer? (Dr. Cristiano Horta). O pano de fundo das apresentações foi a importância da interação entre dermatologista e patologista para garantir a precisão do diagnóstico. Para fechar o bloco, a primeira sessão interativa da RADESP, Dermatoscopia, em formato de quiz e com votação online da plateia. Na metade da manhã, a Drª Karime Hassun subiu novamente ao palco – dessa vez, acompanhada pelo Dr. Jayme de Oliveira Filho – para moderar o segundo bloco do DermatoAGE, Dermatologia no Adulto do Século XXI, que trouxe temas como efeitos do
FOTOS: INFOCUS MÍDIA
No final da sexta, os Drs. Silvio Machado Alencar e Dilhermando Calil subiram ao palco para conduzir a premiação dos trabalhos científicos da RADESP. Estes foram os vencedores:
CAPA
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climatério e da poluição sobre a pele, o que o dermatologista deve saber sobre DIU, ACO e implantes cutâneos hormonais. A Drª Leandra Metsavaht finalizou o bloco, falando sobre os problemas que levam atletas profissionais e amadores ao consultório do dermatologista. Moderado pela Drª Victoria Bogdana Kadunc e pelo Dr. Beni Grinblat, o segundo bloco da RADESP, Pérolas Cirúrgicas, reuniu oito especialistas que falaram sobre sua experiência e deram dicas sobre cirurgia de unha, cirurgia de hiperidrose, colas cirúrgicas e curativos cirúrgicos, entre outros assuntos. Com moderação do Dr. Nobuo Matsunaga, Vice-Presidente da SBD-RESP, e do Dr. Cyro Festa Neto, o quarto e último bloco do DermatoAGE, Idosos, trouxe temas, como Uso de Suplementos na Prevenção do Envelhecimento Cutâneo, Cuidados Específicos com a Pele do Idoso e Prurido no Idoso, para citar três. A segunda sessão interativa da RADESP, Controvérsias, teve como moderadores a Drª Eliandre Costa Palermo e o Dr. Beni Grinblat. Os seis especialistas convidados propuseram questões relacionadas à aplicação de laser em nevos, absorção sistêmica do fotoprotetor, e seguimento laboratorial do uso de antifúngicos, além de outros tópicos.
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Precisamos falar sobre os pacientes LGBT Com os Drs. John Veasey e Luiz Jorge Fagundes como moderadores, o terceiro bloco do DermatoAGE, Dermatologia no Paciente LGBT, foi acompanhado atentamente pelos presentes. O Dr. Felipe Aguinaga iniciou o bloco com uma aula sobre Como Abordar Pacientes Transgêneros. Muito didático, ele explicou conceitos de gênero, sexo biológico e intersexo. Entre outras coisas, disse que deve haver mais naturalidade na interação entre médico e paciente para que tanto um como outro se sintam mais à vontade. “Não se deve pressupor o gênero do paciente. Pergunte quando não souber, por exemplo, que pronome usar, e desculpe-se quando cometer algum engano, exatamente como faria com qualquer outro paciente”, disse ele. Na sequência, a Drª Samira Yarak falou sobre os efeitos da terapia hormonal em pacientes trans e comentou sobre o que o dermatologista representa para esses pacientes. “Muitas vezes, nós somos a única pessoa que lhes dá atenção e respeito”, disse. Ideia reforçada pelo Dr. John Veasey, que fez a apresentação seguinte, Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) em Pacientes LBGT, e focou na importância do atendimento humanizado para esses pacientes, população que é historicamente hostilizada socialmente e que, como consequência, apresenta índices elevados de distúrbios psicológicos, uso de drogas e sexualização, facilitando a transmissão de ISTs. “É um assunto novo para todo mundo, mas não podemos fechar os olhos para essas questões”, finalizou Dr. Veasey.
Cursos pré-congresso incrementam a programação científica da 24ª Radesp Realizados em três salas do PRO MAGNO, no dia 10 de outubro, véspera da RADESP, cinco cursos pré-congresso atraíram centenas de dermatologistas de São Paulo e do interior paulista. Esse formato já se consagrou, especialmente para os associados que vêm de outras cidades e querem aproveitar a passagem pela capital para absorver o máximo de conhecimento possível. Nos cursos précongresso as sessões tratam os temas em JD JD II SBD-SP.ORG.BR SBD-SP.ORG.BR II NNºº205 205
profundidade e o participante consegue um contato mais próximo com o expert. Anatomia em foco Com a presença do Prof. Alfredo Luiz Jácomo, responsável pela disciplina de anatomia do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o curso Anatomia Aplicada para Procedimentos Dermatológicos foi um dos mais concorridos. O Prof. Jácomo,
que é um dos coordenadores do curso homônimo realizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), em Barretos, interior de São Paulo, com aulas práticas em cadáveres frescos, compartilhou seus conhecimentos em detalhes, amparado por imagens reais e em 3D de estruturas da face. Questionado sobre o evento, respondeu: “É espetacular. Eu dou aula todos os dias, há 35 anos – então,
estou acostumado. Mas lecionar para dermatologistas é o grande prazer da minha vida.” Para a Drª Eliandre Costa Palermo, que liderou a segunda aula do bloco, Entendendo o Envelhecimento e Coxins de Gordura da Face, o conhecimento da anatomia da face garante menos risco para o paciente e um resultado estético melhor. “Precisamos trazer esse conteúdo para nossos congressos porque nem todo mundo tem condições de participar do curso em Barretos ou nos Estados Unidos”, explicou a especialista.
FOTOS: INFOCUS MÍDIA
Tricologia de ponta Outro curso concorrido foi o Terapêutica das Alopecias. “Trouxemos uma visão geral da tricologia para apoiar o dermatologista no consultório”, disse a Drª Priscila Kakizaki, uma das coordenadoras. “Foi incrível. Tivemos um bloco de cabelos abrangente que abordou de doenças à parte cosmiátrica”, contou a Drª Bel Takemoto, que conduziu uma aula sobre terapias emergentes. Encerrando esse curso, a Drª Caroline Romanelli apresentou três casos de alopecia areata grave, revelando condutas adotadas e resultados. Por mais investigação dermatológica Uma das grandes surpresas da tarde foi o curso Como Conceber, Escrever e Publicar um Trabalho Científico, encabeçado pelos mestres Dr. Maurício M. A. Alchorne e Drª Bogdana Victoria Kadunc. Foi a quinta edição do curso, tradicionalmente realizado na sede da RESP e que busca entusiasmar a comunidade dermatológica para a
pesquisa científica. “A oportunidade de levar esse curso para um evento como a RADESP foi maravilhosa. Os 100 lugares da sala estavam ocupados, o que mostra que esse é um assunto que deve ser divulgado”, avaliou a Drª Bogdana, que exerce a função de editora-chefe da revista brasileira Surgical & Cosmetic Dermatology. Em sua apresentação, a especialista citou várias vantagens de se dedicar à pesquisa: “Você tem suas Nº 205 I SBD-SP.ORG.BR I JD
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ideias eternizadas e deixa seu carimbo na história da Dermatologia; ganha o respeito de seus pares e dos pacientes, além de maior visibilidade na sociedade como um todo.” Dermatoscopia em profundidade A dermatoscopia também ganhou um curso específico na tarde de quinta-feira, com aulas abordando diferentes tipos de dermatoscópio; diagnósticos de nevos, lesões, carcinoma basocelular e melanoma, além de tricodermatoscopia. Na aula Melanoma em Fototipo Alto, a Drª Bruna
Tuma lembrou o caso do cantor jamaicano de reggae Bob Marley, que faleceu em 1981, aos 36 anos de idade, vítima de melanoma. A especialista apresentou uma aula repleta de informações sobre como a doença afeta a população negra, com estatísticas sobre gênero, faixas etárias e áreas acometidas. Overview da cosmiatria Cosmiatria e Laser – Tratamentos Associados completou a grade dos
cursos pré-congresso realizados na parte da tarde, sendo composto por aulas sobre injetáveis, fios de sustentação, além das tecnologias cada vez mais presentes no dia a dia do dermatologista. “Uma das coisas muito boas é a atualização que obtemos nestes eventos da SBD-RESP, pois no meu dia a dia, eu também faço cosmiatria”, disse o Dr. Mauricio Mendonça, que é conhecido, especialmente, por sua expertise em oncologia cutânea.
Gran finale
FOTOS: INFOCUS MÍDIA
A cantora Preta Gil comandou a festa de encerramento do último evento do ano.
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Eles fazem a diferença na Dermatologia
No meio da tarde de sexta, 11 de outubro, a Dra Eliandre Costa Palermo subiu ao palco com a diretoria da SBD-RESP para homenagear seis colegas por sua trajetória profissional, não só no consultório, mas também na academia, ressaltando sua dedicação à prática e ao ensino da especialidade. Conheça alguns detalhes da carreira desses médicos e como eles encaram a Dermatologia.
Dr. Carlos Machado O DERMATOLOGISTA DEVE TRABALHAR COM MÉDICOS DE OUTRAS ESPECIALIDADES Quando recebeu a equipe de reportagem da SBD-RESP em seu consultório, no bairro do Campo Belo, em São Paulo, a primeira coisa que o Dr. Carlos Machado fez foi agradecer a diretoria da SBD-RESP pela homenagem. “Fiquei muito sensibilizado”, disse. Depois, como todo bom professor, ele é o titular da cadeira de Dermatologia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), deu algumas dicas para os colegas mais jovens. “Eu não creio que o futuro da Dermatologia esteja apenas na Cosmiatria, na Cirurgia ou na aparatologia. O futuro da profissão está em um bom clínico, ou seja, um bom médico apto a fazer o uso adequado desses três pilares”, disse. Dr.
Carlos também considera fundamental que o dermatologista trabalhe em um serviço universitário para ter proximidade com médicos de outras especialidades. “Grande parte dos dermatologistas costuma se isolar em seus consultórios, o que é um equívoco, pois a Dermatologia tem muito a contribuir com a Medicina de maneira geral. Existem vários aspectos de nossa especialidade que as outras desconhecem. Por isso, essa integração deve ser estimulada.”
“
Grande parte dos dermatologistas costuma se isolar em seus consultórios. Isso é um equívoco, pois a Dermatologia tem muito a contribuir com a Medicina.
”
Nesse sentido, Dr. Carlos ressalta a importância da RADESP na educação continuada dos dermatologistas, uma vez que atrai médicos não só do estado de São Paulo, mas também de outras localidades do país. “Como nem todos os médicos se mantêm ligados a serviços universitários, a RADESP e os outros eventos promovidos pela SBD-RESP são fundamentais como fonte de atualização”, disse ele, parabenizando a diretoria da Regional São Paulo pela excelência de seus congressos.
Dr. Nílceo Michalany MAIS DE 1,3 MILHÃO DE DIAGNÓSTICOS DE PELE São 120 biópsias por dia, 3 mil por mês, 36 mil por ano, desde 1982, quando inaugurou o Laboratório Paulista de Dermatopatologia, o primeiro no Brasil com foco exclusivo em exames anatomopatológicos de pele e mucosas visíveis. Fazendo as contas, dá mais de 1,3 milhão de diagnósticos. Dr. Nílceo Michalany conta que se apaixonou pela Dermatologia por “intimação” do pai – o Prof. Dr. Jorge Michalany, então chefe do Departamento de Patologia da Escola Paulista de Medicina (atual Universidade Federal de São Paulo - Unifesp), que o convocou para atuar como dermatopatologista no serviço dessa universidade. Graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e Mestre em Patologia pela Universidade Federal de São Paulo, o Dr. Nílceo Michalany é uma das maiores referências em Dermatopatologia do país, figurando, frequentemente, como expert nos cursos e congressos realizados pela Regional São Paulo. Além disso, atuou durante 32 anos como professor do Departamento Nº 205 I SBD-SP.ORG.BR I JD
CAPA
de Anatomia Patológica da Unifesp e, há 37 anos, comanda um curso gratuito, realizado anualmente para os dermatologistas que prestarão a prova de Título.
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Eu trabalho com dermatologistas e dermatopatologistas desde 1980 e essa homenagem da SBD-RESP me deixa muito emocionado.
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Também recebe alunos em seu laboratório para treinamento, utilizando seu riquíssimo acervo de lâminas. “A Dermatologia não vive sem a Dermatopatologia. É como uma simbiose, uma depende da outra”, disse. Ele acredita que o bom dermatologista precisa conhecer Dermatopatologia. “O patologista redige os laudos histopatológicos e dá a opção diagnóstica e o dermatologista pode discutir outras possibilidades com o patologista.” Dr. Nílceo se apaixonou não apenas pela Dermatologia, mas também por uma dermatologista a Drª Meire Parada é sua esposa. Seu filho, Alexandre Michalany, é mais um patologista na família que uniu os dois conhecimentos, tornando-se dermatopatologista e braço-direito do pai. Com isso, o clã Michalany soma 114 anos ininterruptos de dedicação à Medicina.
Prof. Dr. Luiz Jorge Fagundes UM DERMATOLOGISTA QUE SE APOIA NO PODER DO OLHAR Quando a equipe de reportagem da SBD-RESP chegou ao Centro de Saúde Escola
Dedicado à Causa
Geraldo de Paula Souza da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (CSEGPS/FSP/USP), em São Paulo, o Dr. Luiz Jorge Fagundes já estava a postos com o seu típico bom humor. E fez questão de realizar um tour pelos diversos edifícios e salas, orgulhoso do trabalho desenvolvido pela entidade, à qual está ligado há 45 anos, sendo, atualmente, seu responsável clínico e também líder da área de Dermatologia Sanitária. O CSEGPS é referência da Organização Mundial da Saúde em hanseníase e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), recebendo tanto residentes nacionais como estrangeiros. “A RESP tem nos ajudado com suporte financeiro e, em contrapartida, oferecemos estágio a todos os serviços credenciados da sociedade. Este ano, completamos 4 mil residentes”, revelou. Formado pela Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu e Mestre e Doutor em Dermatologia pela Faculdade de Medicina da USP, o Prof. Dr. Luiz Jorge, desde o início, assumiu a missão de trabalhar pelo coletivo, dedicando sua vida à Saúde Pública. “Quem me motivou foi o Prof. Dr. Sebastião de Almeida Prado Sampaio, que dizia: ‘Se você conhecer hanseníase e sífilis, você dominará 110% da Medicina, porque você saberá 100% e mais 10% que os outros não sabem.’
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Eu devo bastante à RESP, porque a entidade sempre apoiou muito o meu trabalho.
O Prof. Dr. Luiz Jorge Fagundes teve mais uma alegria no dia 11 de outubro: o lançamento de seu livro Quem São Eles? no estande da SBD-RESP. A obra, que tem apoio do Centro de Estudos de Apoio à Dermatologia Sanitária (CEADS), traz um relato histórico da hanseníase, falando sobre aspectos epidemiológicos, sociais e legais. Tudo pontuado por depoimentos de pacientes sobre as internações, que foram compulsórias no Brasil de 1924 a 1962. º 205 JD JD I SBD-SP.ORG.BR I SBD-SP.ORG.BR I NIºN 205
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Disposto a cursar Medicina Esportiva ou Ortopedia, mudou de ideia no dia em que visitou o leprosário de Bauru a convite do Prof. Dr. Diltor Opromolla. “O que me chamou a atenção foi o olhar meigo daquelas pessoas para o professor. Muitos dos portadores de hanseníase têm em você o único amigo, você é quem restou.” Ao longo de sua trajetória, o Dr. Luiz Jorge sentiu essa emoção na própria pele. “A maior satisfação é ver que os pacientes me olham como olhavam para o Prof. Opromolla.”
Drª Régia Patriota DEDICAÇÃO À COSMIATRIA E ÀS GENODERMATOSES Se de um lado a Drª Régia Patriota é a responsável pelo Ambulatório de Cosmiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), de outro, ela se dedica a cuidar de pacientes com doenças congênitas da pele. Em 2013, a especialista liderou a fundação do Instituto Brasileiro de Apoio aos Portadores de Genodermatoses - Ibagen, também chamado de Casa Santa Teresinha de Lisieux, da qual é devota. Na semana seguinte a esta entrevista ao Jornal Dermatológico, seria inaugurada a nova sede da instituição e a Drª Régia esbanjava alegria. O andar de um edifício no bairro de Higienópolis, em São Paulo, onde antes funcionava o Instituto Moreira Salles, passou por uma reforma para receber,
FOTO: ARQUIVO DR. MOYSES LEMOS
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desde 1 de outubro, crianças, adolescentes e seus familiares em busca de assistência psicológica e orientação nutricional e de enfermagem com treinamento para realizar os curativos da pele. Além disso, a entidade promove atividades recreativas, artísticas, intelectuais, de capacitação profissional e integração social com o objetivo de empoderar essa população e ajudá-la a construir um destino digno. “Queremos dar oportunidade a essas pessoas que são invisíveis para a sociedade. Elas não saem de casa, não vão para a escola porque sofrem bullying. Não têm vida social”, contou Régia.
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O papel da RESP é muito importante para a educação continuada do dermatologista. Todos os eventos são de alto nível, desde os encontros, as jornadas e os congressos, especialmente, a RADESP.
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Formada pela Faculdade Federal de Alagoas, com residência no Serviço do Hospital Heliópolis e Mestrado e Doutorado na FMUSP, ela considera o Dr. Luiz Jorge Fagundes seu “pai na Dermatologia”. “Foi a primeira pessoa que me estendeu a mão e me ajudou”, revelou. A SBD-RESP também foi essencial para a sua formação: “Eu frequentava todos os cursos e eventos para me preparar para a prova do Título. Então, só tenho a agradecer à entidade.”
Drª Bogdana Victoria Kadunc A RESP GARANTE APRENDIZADO CONTÍNUO PARA SEUS ASSOCIADOS Presidente de honra da 24ª RADESP, a Drª Bogdana ficou muito emocionada e feliz com a homenagem que recebeu. “A Drª Eliandre é uma grande amiga. Trabalhamos juntas na minha gestão na SBD e, na ocasião, ela prestou uma colaboração inestimável
como Secretária Geral da entidade”, contou. Drª Bogdana citou também a Drª Alice Alchorne, outra grande amiga e, segundo ela, sua “mãe dermatológica”. “Foi pelas mãos da Drª Alice, que me convidou para ser tesoureira em sua gestão na RESP, em 2003, que me interessei pela vida institucional”, contou. Drª Bogdana, aliás, coleciona uma lista de funções em algumas entidades de classe: foi presidente da RESP; presidente da SBD; e presidente, tesoureira (em duas gestões) e secretária-adjunta da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). “A RESP tem um papel muito importante no ensino da Dermatologia. São muitos eventos e informações disponibilizadas na internet, sem falar que os dermatologistas podem se atualizar por meio de aulas magistrais excelentes. Também gosto muito dos cursos na sede. Permanentemente, a entidade promove cursos, discussões de caso e simpósios. Com isso, o associado recicla seus conhecimentos o tempo todo”, disse. Dra Bogdana ressalta a atuação da RESP em prol da defesa profissional. “Dra Eliandre e sua diretoria têm trabalhando incansavelmente nessa questão, que se tornou um problema muito sério para os dermatologistas em geral.
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O associado da Regional São Paulo tem oportunidade de reciclar seus conhecimentos o tempo todo.
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Como presidente da honra da RADESP, ela comentou que a primeira pessoa que lhe vem à lembrança quando pensa no congresso mais importante da Regional São Paulo é o Prof. Sebastião de Almeida Prado Sampaio, que considera como seu “pai dermatológico”. O Prof. Sampaio, como era mais conhecido, fundou a Regional São Paulo, em 1970.
Drª Ediléia Bagatin DEVEMOS VALORIZAR JOVENS TALENTOS Professora associada e livre-docente do Departamento de Dermatologia da Unifesp, a Drª Ediléia Bagatin conta que não esperava a homenagem que recebeu na 24ª RADESP. “Agradeço muito à Drª Eliandre e a toda a diretoria da RESP por isso”. Sobre a atuação da Regional São Paulo, aliás, a Drª Ediléia não economiza elogios. Ela, que sempre marca presença nos eventos da RESP, e também nos cursos na sede, considera a entidade um braço muito atuante da SBD nacional.
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Temos que abrir espaço para jovens colegas. Nesse sentido, acho muito positiva a preocupação da Diretoria atual da RESP em convidar jovens médicos para dar aulas nos eventos.
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Sobre a RADESP, além de destacar a variedade de temas da programação científica, ela elogiou o fato de o evento ser realizado em uma única sala. “Assim, os participantes não correm o risco de perder algum conteúdo por conta da necessidade de trocar de sala, como costuma acontecer em alguns congressos desse porte”, diz. Outro aspecto da última RADESP que a Drª Ediléia faz questão de citar é o aumento da presença de jovens médicos dando aulas nos eventos, tendência que ela vem notando, principalmente depois que a diretoria da gestão 2019/2020 assumiu. “Isso é algo em que acredito muito. É a minha filosofia na vida acadêmica, aliás. Acho muito positiva a preocupação dessa diretoria em trazer jovens médicos para dar aulas nos eventos”, elogia. E continua: “Ninguém é eterno, temos que abrir espaço para os colegas que estão iniciando sua carreira na especialidade”, finaliza. Nº 205 I SBD-SP.ORG.BR I JD
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COSMIATRIA EM FOCO
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CONFIRA OS DESTAQUES DO 5º SIMPÓSIO DE COSMIATRIA & TECNOLOGIAS
om uma programação científica intensa – 49 aulas, duas mesas-redondas e duas conferências disbribuídas em 13 blocos, o 5º Simpósio de Cosmiatria & Tecnologias foi um sucesso, com mais de 900 inscritos. Um dos pontos altos do congresso, realizado nos dias 22 a 23 de agosto no PRO MAGNO Centro de Eventos, em São Paulo, foram as aulas ao vivo. Em duas salas reservadas, a SBD-RESP montou uma verdadeira estrutura de consultório e, enquanto os experts faziam procedimentos em pacientes reais, as cenas eram transmitidas para os telões do auditório, onde a plateia assisita às manobras com
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as explicações do especialista. Ao todo, aconteceram quatro painéis ao vivo: Tratamento Global da Face, com o Dr. André Braz e a Drª Valéria Pinheiro; Procedimentos Cosmiátricos: Como Abordar, sob a batuta da Drª Carla Pecora; Preenchimento, pelas mãos da Dra Eliandre Costa Palermo, Presidente da SBD-RESP, e Ácido Poli-Lático, com a Drª Sylvia Ypiranga. As mesas-redondas também tiveram grande adesão do público, especialmente a de Discussão Interdisciplinar: Acidente Vascular com Preenchedores, tema quente da atualidade, sob a coordenação da Drª Eliandre Costa Palermo ao lado do cirugião plástico Dênis Calazans,
FOTOS: INFOCUS MULTIMÍDIA
Secretário Geral da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), e com a presença do neurologista Gilmar Fernandes do Prado, do cirurgião vascular Marco Antonio Munia, do oftalmologista Alexandre Williams de Aragão Orlandi e da dermatologista Samira Yarak, entre os debatedores. “O portfólio inteiro do simpósio me interessou, mas a sessão sobre complicações com preenchedores chamou minha atenção porque temos recebido no consultório pacientes vítimas de acidentes com profissionais não médicos e, então, precisamos estar muito atualizados”, contou a Drª Vivian Zulian ao Jornal Dermatológico. Como reconhecer um acidente
vascular, o manejo das complicações e os itens do kit de emergência, além de esclarecimentos sobre os cuidados que se deve ter ao receber pacientes de terceiros foram alguns assuntos abordados nessa mesa-redonda. O tema foi reforçado no dia seguinte, no bloco 11 sobre Complicações com Injetáveis, que abrigou duas aulas: Protocolo de Tratamento de Complicações de Preenchedores, com a Drª Samira Yarak, e Tudo o que Você Precisa Saber sobre Hialuronidase, com a Drª Patrícia Ormiga. Tema prático para o dia a dia do dermatologista, Dicas na Administração do Consultório, gerou um
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COSMIATRIA EM FOCO
“Cada paciente é único Entre 2014 e 2017, e envelhece de cassados um jeito, 22 médicos foram de acordo com pelosua anatomia. Conselho de Medicina TemosFederal de buscar nele porde bonito, o que tem infrações à publicidade médica e valorizando esses pontos, tentar melhorar os outros” Drª Meire Parada
outra interessante mesa-redonda. Já as conferências repercutiram em ricas discussões científicas, como Peelings do Século XXI e Otimizando o Uso da Toxina Botulínica no Tratamento da Face.
Temas variados A pauta do simpósio mesclou conhecimentos fundamentais, como de anatomia do envelhecimento e avaliação facial; com atualização e inovações e foi enriquecida com a experiência de especialistas na condução de casos específicos por meio de painéis em vídeo. Entre os temas recorrentes, fizeram parte da JD I SBD-SP.ORG.BR I Nº 205
FOTOS: INFOCUS MULTIMÍDIA
grade: as tecnologias (radiofrequência microagulhada, laser fracionado ablativo, laser não ablativo e ultrassom microfocado), bioestimuladores, ácido hialurônico, toxina botulínica, fios de sustentação e microagulhamento. A programação também contemplou blocos sobre tratamentos de olheiras e melasma, e temas que estão ganhando cada vez mais atenção nos consultórios, como a aula da Drª Renata Valente sobre Particularidades no Tratamento Masculino. “Alguns pacientes não querem parecer 100% homens, precisamos estar abertos e deixá-los à vontade para se expor”. Outra aula de grande interesse foi a da
Drª Adriana Leite, que há sete anos é vegetariana e falou com propriedade sobre as orientações para esse público. A plateia manteve-se firme até o final dos dois dias de congresso, que encerrou com o importante bloco Avaliação Crítica de Novas Modalidades Terapêuticas, composto de palestras sobre plasma rico em plaquetas, tratamento da região genital feminina e drug delivery, ou seja, conhecimentos ainda em construção e que vale a pena acompanhar. Em relação ao drug delivery, a Drª Luciana Conrado, que comandou a aula, comentou: “Estamos ainda na Idade da Pedra, temos muito o que estudar, mas hoje já há mais evidências.
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PESQUISA CIENTÍFICA
OS MELHORES TRABALHOS DA IV JORNADA MULTISSERVIÇOS
OS 25 SERVIÇOS CREDENCIADOS DO ESTADO DE SÃOPAULO
O sábado, 24 de agosto, foi o dia da IV Jornada Multisserviços. Todos os 25 Serviços Credenciados do estado de São Paulo participaram. Foram seis blocos e 40 trabalhos no total. Os trabalhos vencedores foram anunciados ao final de cada bloco, sendo que o bloco 6 teve dois vencedores. “Foi uma jornada de altíssimo nível científico com trabalhos bem documentados que se destacaram pela exuberância e pelo ineditismo do caso”, disse a Dra Karime Hassun, Coordenadora de Promoções Científicas da SBD-RESP. Aqui, os sete vencedores. JD I SBD-SP.ORG.BR I Nº 205
1.Complexo Hospitalar Heliópolis – INAMPS/SUS 2.Complexo Hospitalar Padre Bento de Guarulhos 3.Escola Paulista de Medicina (Unifesp) 4.Faculdade de Ciências Médicas da Saúde – PUC Sorocaba 5.Faculdade de Medicina de Jundiaí 6.Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA) 7.Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) 8.Faculdade Estadual de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP) 9.Fundação Lusíada – Centro Universitário Lusíada 10.Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) 11.Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP USP) 12.Hospital do Servidor Público Estadual 13.Hospital do Servidor Público Municipal 14.Hospital e Maternidade Celso Pierro – PUC Campinas 15.Hospital Ipiranga 16.Hospital Universitário de Taubaté 17.Hospital Universitário Wladimir Arruda, Universidade Santo Amaro (UNISA) 18.Instituto Lauro de Souza Lima (ILSL) 19.Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês 20.Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo 21.Santa Casa de Misericórdia de São José dos Campos 22.Universidade de Mogi das Cruzes 23.Universidade do Oeste Paulista (Unioeste) 24.Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) 25.Universidade Estadual Paulista (Unesp) – campus Botucatu.
VENCEDOR BLOCO I HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE TAUBATÉ NEVO MELANOCÍTICO CONGÊNITO, TRATAMENTO COM EXÉRESES PARCELADAS AUTORES Mariana Patriota Naville, Elisangela Manfredini Andraus De Lima, Márcia Lanzoni de Alvarenga Lira, Samuel Henrique Mandelbaum (chefe) Serviço de Dermatologia do Hospital Universitário de Taubaté, SP
FOTO: INFOCUS MULTIMÍDIA
Paciente do gênero feminino, 44 anos, fototipo III, funcionária pública, natural e procedente de Campos do Jordão (SP), relatando “verruga no rosto” desde o nascimento com crescimento progressivo há dois anos. Negava abordagens cirúrgicas prévias, queixas neurológicas, alterações do desenvolvimento neuropsicomotor ou restrição de crescimento pôndero-estatural. Apresentava como antecedentes patológicos, obesidade e hipotireoidismo em uso de levotiroxina 100 mcg/dia. O exame clínico mostrou uma placa castanho-acinzentada de aproximadamente 10 cm de diâmetro (em seu maior eixo), estendendo-se da borda interna da sobrancelha esquerda até a asa nasal esquerda. Foi observada também tumoração verrucosa, mamelonada e enegrecida com aproximadamente 4 cm de diâmetro, levando à ptose palpebral ipsilateral. O exame anatomopatológico indicou proliferação de células névicas, tanto na junção dermoepidérmica, como na derme, formando blocos irregulares, algumas com melanina entremeadas por tecido conjuntivo dérmico. Na superfície, há delgada faixa de epiderme. Diante da clínica. foi aventada a hipótese de nevo melanocítico congênito médio e realizada biópsia incisional com retirada em bloco da lesão tumoral. DISCUSSÃO Nevos melanocíticos congênitos são um grupo heterogêneo das desordens de proliferação benigna clonal dos melanócitos sob influência genética. Desenvolvem-se entre a nona e a vigésima semana de gestação em localizações variadas sob forma de máculas, pápulas ou nódulos pilificados escurecidos de superfície mamelonada ou verrucosa. Sua classificação por tamanho baseia-se no maior diâmetro a ser antecipado na idade adulta e, em geral, os considerados pequenos apresentam tamanho menor que 1,5 cm; os gigantes têm mais de 20 cm; e os médios se incluem no intervalo citado. O tamanho do nevo reflete a profundidade de penetração de células névicas na derme reticular ou nas estruturas inferiores a ela. Histologicamente, são compostos por ninhos de células névicas (ou melanócitos anômalos) que se encontram, geralmente, entre feixes de colágeno na derme reticular inferior
e podem ser encontrados envolvendo anexos, nervos ou vasos na derme reticular ou nas estruturas anatômicas abaixo dela. Dentre as características importantes, descreve-se a associação com melanoma cutâneo – sendo que tal risco é maior nos nevos congênitos gigantes. Lesões localizadas em cabeça e pescoço, na linha média posterior e que apresentam satelitose são as que detêm maior risco de acometimento neural, tipicamente a melanose neurocutânea. A opção terapêutica é individualizada e, quando indicado, o tratamento cirúrgico é a opção preferencial. Entre as opções dá-se destaque à ressecção seguida de enxertia de pele, ressecções parceladas, uso de expansores teciduais nas áreas sãs adjacentes, retalhos de avanço ou rotação. No presente caso, o comprometimento estético, a dimensão e a localização da lesão associados ao risco de evolução para melanoma cutâneo nortearam a conduta adotada. A técnica escolhida foi a de ressecções parceladas. Durante dois anos, a paciente foi submetida a um total de seis exéreses parciais, apresentando boa evolução e resposta terapêutica, com melhora significativa no comprometimento estético e, concomitantemente, na qualidade de vida.
VENCEDOR BLOCO I I COMPLEXO HOSPITALAR PADRE BENTO DE GUARULHOS (CHPBG) LINFOMA EXTRANODAL DE CÉLULA T/NK, TIPO NASAL AUTORES Carolyne Mendes dos Santos, Maíra Marcon Bortoncello, André Luís Digiere, José Roberto Pereira Pegas (orientador e preceptor do Serviço de Dermatologia do CHPBG), Maria do Rosário Vidigal (chefe), Ana Maria Yoshino Bonifacio (patologista colaboradora do Serviço de Dermatologia do CHPBG) Serviço de Dermatologia do Complexo Hospitalar Padre Bento de Guarulhos (CHPBG), São Paulo, SP Paciente do gênero masculino, 53 anos, natural e procedente de São Paulo, com quadro de obstrução nasal, secreção espessa amarelada, edema e dor centro-facial de início há 6 meses, associados a episódios febris recorrentes. Procurou serviço de Otorrinolaringologia onde foi internado para elucidação diagnóstica. Solicitado RNM de seios da face que evidenciou alterações como: espessamento de mucosas e redução da coluna aérea; extensa densificação de planos superficiais maxilares e espessamento de todas as cavidades paranasais com formação de cistos de retenção/pólipos com preenchimento completo do seio maxilar esquerdo por material hidratado. Após avaliação criteriosa, foi solicitada fibronasolaringoscopia seguida de antrostomia e etmoidectomia anterior e posterior com turbinectomia média. A biópsia nasal sugeriu processo inflamatório necrotizante de etiologia não identificada, com cultura de secreção positiva para Enterococcus sp. e Pseudomonas aeruginosa. Nº 205 I SBD-SP.ORG.BR I JD
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PESQUISA CIENTÍFICA
Realizada internação hospitalar, nova biópsia e culturas para microorganismos. Introduzida antibioticoterapia sistêmica de amplo espectro e solicitados exames bioquímicos e sorologias. Após 16 dias de internação sem alterações significativas de exames laboratoriais e sorologias negativas, o paciente recebeu alta em boas condições clínicas com consulta programada para avaliação de exame anátomopatológico. Retornou após três semanas com agravamento importante do quadro clínico, associado a sinais e sintomas sistêmicos. O paciente foi internado novamente e transferido para referência, nas especialidades de Oncologia Cutânea/Hematologia. As hipóteses diagnósticas eram: linfoma extranodal de células NK; mucormicose rinocerebral (antecedente pessoal de DM2); granulomatose de Wegener e leishmaniose cutâneo mucosa. Estudo imunohistoquímico que permitiu o diagnóstico de linfoma extranodal de célula T/NK, tipo nasal: CD 45 +;CD 3 + (PAN T); CD 2 +; CD5 +; CD 7 +; CD 4 +; CD56 +, granzima B + e TIA 1 +; CD 20 - e PAX 5; Ki 67 + 80% células neoplásicas. DISCUSSÃO O linfoma extranodal de células T/NK, tipo nasal, é quase sempre um linfoma EBV positivo com fenótipo de célula NK ou, mais raramente, de linfócitos T citotóxicos. A pele é o segundo local de acometimento mais comum depois da cavidade nasal/ orofaringe. O acometimento cutâneo pode ser manifestação primária ou secundária da doença. É uma doença rara, sendo mais comum na América Central e América do Sul. Os pacientes são adultos e predominantemente do gênero masculino. Esses linfomas são caracterizados por infiltrados densos envolvendo a derme e, muitas vezes o tecido subcutâneo. A angiocentricidade e a angiodestruição proeminentes são acompanhadas, na maioria das vezes, por necrose extensa. Amplo espectro histológico, com células de tamanho pequeno a grande; possuem núcleos irregulares ou ovais, cromatina moderadamente densa e citoplasma pálido. Em alguns casos, acompanha-se de infiltrado inflamatório intenso composto por histiócitos, plasmócitos e granulócitos, principalmente eosinófilos. As células neoplásicas expressam CD2; CD 56; CD3 & citoplasmático e proteínas citotóxicas (TIA-1, granzima B e perforina), mas não possuem CD3 de superfície. Nos raros casos CD 56-, a detecção de EBV por hibridização in situ e a expressão de proteínas citotóxicas são necessárias para o estabelecimento do diagnóstico. Geralmente, a doença tem curso rápido e agressivo com alta taxa de mortalidade a despeito do tratamento. As sobrevidas médias reportadas situam-se entre cinco e 27 meses, com os melhores índices para casos com lesões exclusivamente cutâneas. O tratamento indicado é a quimioterapia sistêmica. Em pacientes com doença localizada, a radioterapia é o tratamento preferido. Por isso, reforçamos a importância do diagnóstico precoce para adequada introdução terapêutica, visto que se trata de uma doença rara e com alta taxa de mortalidade. JD I SBD-SP.ORG.BR I Nº 205
VENCEDOR BLOCO III UNESP BOTUCATU ERITEMA GYRATUM REPENS: ASSOCIAÇÃO COM CARCINOMA UROTELIAL AUTORES Maira Renata Merlotto, Luan Moura Hortêncio Bastos, Joana Alexandria Ferreira Dias, Giovana Piteri Alcântara, Mariângela Esther Alencar Marques, Silvio Alencar Marques Serviço de Dermatologia da UNESP Botucatu, SP Paciente do gênero masculino, 65 anos, ex-tabagista e ex-etilista. Há seis meses apresenta história de prurido difuso, associado a eritema progressivo no tronco, abdome, membros superiores e hiperqueratose palmar bilateral. Procurou diversas vezes o prontoatendimento na cidade de origem, onde foram prescritos antihistamínicos, hidratantes e corticoide tópico, sem melhora. Queixouse de episódio de hematúria há cinco meses, com seguimento ambulatorial programado. Foi encaminhado para avaliação dermatológica em nosso serviço, apresentando eritrodermia, lesões eritematosas lineares, por vezes, discretamente infiltradas, giradas, confluentes, concentradas no tronco, membros superiores e dorso, com descamação central, caráter centrípeto e hiperqueratose palmar. A partir da hipótese diagnóstica de Erythema Gyratum Repens (EGR) como manifestação paraneoplásica, o paciente foi internado para investigação. Foram realizados tomografia computadorizada de abdome e cistoscopia que revelaram lesão vegetante na parede lateral esquerda da bexiga, cujo exame histopatológico confirmou carcinoma urotelial de alto grau com diferenciação glandular, presença de extensa invasão da camada muscular própria e invasão angiolinfática. O histopatológico da biópsia de pele foi compatível com a hipótese diagnóstica de Erythema Gyratum Repens ao revelar hiperparaqueratose e focos de espongiose; infiltrado inflamatório linfo-histiocitário perivascular superficial associado a derrame pigmentar. O paciente evoluiu com melhora do quadro cutâneo após tumorectomia e quimioterapia adjuvante. DISCUSSÃO Descrito inicialmente por J.A. Gammel, em 1952, o Erythema Gyratum Repens é uma dermatose rara caracterizada como rash paraneoplásico associado com diversas neoplasias. Dentre as mais comuns, destacam-se carcinoma brônquico, esofágico e de mama. Menos comum em neoplasias do trato gastrointestinal, geniturinário e doenças hematológicas. Em ampla revisão de literatura, há apenas dois relatos de EGR associado à neoplasia vesical. Quando associado a neoplasias, pode preceder o diagnóstico da mesma por meses, geralmente entre 4 a 9 meses. Raramente, também pode haver relação com condições não neoplásicas. O pico de incidência se dá
na sétima década de vida, com taxa de homens para mulheres 2:1. Clinicamente, apresenta lesões eritematosas anulares, serpinginosas, múltiplas, com descamação fina nas margens, caracterizando um padrão de “tronco de madeira”, devido ao desenvolvimento de “circunferências dentro de circunferências”. Prurido é o sintoma associado mais comum. Dentre outras manifestações cutâneas, pode-se incluir hiperqueratose palmo-plantar, distrofia ungueal, vesículas não específicas. Dentre os diagnósticos diferenciais, tem-se eritema anular centrífugo e eritema crônico migratório. O quadro histopatológico é inespecífico, sendo encontrado paraqueratose, acantose, espongiose focal. Pode ser visto um infiltrado linfomonocitico superficial e perivascular, e presença de histiócitos. Ressaltamos a importância do reconhecimento e diagnóstico precoce, uma vez que o tratamento consiste em tratar a neoplasia associada, com indicação apropriada de cirurgia, quimioterapia e/ou radioterapia. Após o início do tratamento, espera-se rápida melhora do eritema e diminuição do prurido. O reconhecimento precoce da doença permite referenciar com urgência para tratamento da neoplasia associada, a fim de diminuir morbidade e mortalidade.
VENCEDOR BLOCO IV HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL ALOPECIA POR LUES SECUNDÁRIA AUTORES Karen Fernandes de Oliveira (preceptora do Serviço de Tricologia do Departamento de Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo), Aline Donati, Letícia Contin e Priscila Kakizaki (orientadoras), Nilton Di Chiacchio (chefe) Serviço de Dermatologia do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo, SP Paciente do gênero feminino, 18 anos, compareceu ao serviço com queixa de queda de cabelo há um mês. Ao exame, foram identificadas presença de queda difusa, rarefação bitemporal e de linfonodomegalia occipital. Ao realizar a tricoscopia, observaram-se pontos pretos, pontos amarelos, fios quebrados e circle hairs em todo o couro cabeludo. O pull test resultou em fio anágeno distrófico. Com base nesses achados, aventaram-se hipóteses diagnósticas de alopecia areata, lúpus e alopecia por sífilis. Foi proposta a realização de biópsia. Porém, no momento da anestesia do couro cabeludo, a paciente relatou alergia na pele, um exantema maculopapular no tórax, abdome, dorso, membros superiores e inferiores que poupava superfícies volares. Os exames laboratoriais resultaram em VDRL 1/256; FTA ABS IgM; e FTA ABS IgG +. Na análise histopatológica havia densidade folicular preservada com aumento da porcentagem
de telógenos (42%), infiltrado perifolicular localizado no istmo e bulbo composto por linfócitos, histiócitos e plasmócitos. Diante da correlação entre história clínica, exame físico e análise histopatológica, o diagnóstico foi de alopecia sifilítica sintomática e difusa. A paciente foi tratada com três doses de penicilina benzatina 2.400.000 UI com decaimento progressivo dos títulos de VDRL, clareamento das lesões cutâneas e repilação completa do couro cabeludo. DISCUSSÃO A alopecia na sífilis secundária ocorre em 4 a 11% dos casos. É classicamente uma alopecia não cicatricial. São quatro os padrões clínicos principais: alopecia em clareira, alopecia difusa, alopecia de padrão misto e alopecia de sobrancelhas. A alopecia em clareira é o subtipo mais comum e se caracteriza por múltiplas placas de alopecia de bordas irregulares e de predominância parieto-occipital. A alopecia difusa, que é o caso da paciente deste relato, simula um eflúvio telógeno agudo. O terceiro padrão clínico é o misto, que envolve o subtipo em clareira e o difuso em um mesmo paciente, e o quarto padrão é rarefação de sobrancelhas, que acomete principalmente o terço distal das mesmas. A transmissão da sífilis ocorre por via sexual e vertical. Para confirmação diagnóstica da alopecia sifilítica é fundamental a realização de testes sanguíneos treponêmicos e não treponêmicos aliada à história clínica e ao exame físico completo. Outros exames auxiliares são a tricoscopia e a biópsia. Quanto à tricoscopia, se houver sinais de eflúvio anágeno e a clínica assemelhar-se a um quadro de eflúvio telógeno é necessário pensar em descartar sífilis. A biópsia é inespecífica, mas pode auxiliar na exclusão de outros diagnósticos, caso do lúpus, por exemplo. O tratamento é com penicilina benzatina 2.400.000 UI no total de três doses. O prognóstico é excelente com repilação completa em torno de três meses após o tratamento. Portanto, é fundamental rastrear sífilis com a solicitação de sorologias em todos os pacientes com clínica de eflúvio telógeno.
VENCEDOR BLOCO V INSTITUTO LAURO DE SOUZA LIMA (ILSL) HANSENÍASE COM MANIFESTAÇÃO NEUROLÓGICA ATÍPICA AUTORES Mariana Claudino, Anna Vitória Alves Pedrini, Anna Carolina Miola (orientadora), Jaison Antônio Barreto (chefe) Serviço de Dermatologia do Instituto Lauro de Souza Lima (ILSL), Bauru, SP Paciente do gênero masculino, 75 anos, morador de rua, encaminhado ao atendimento dermatológico para avaliação de lesões na forma de nódulos pruriginosos que surgiram nos MMSS e nos MMII há cerca de 2 anos. Paciente negava surgimento de outras manchas Nº 205 I SBD-SP.ORG.BR I JD
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PESQUISA CIENTÍFICA
pelo corpo ou perda de sensibilidade. De antecedentes mórbidos pregressos, relatava ser hipertenso, dislipidêmico, tinha história de glaucoma sem acompanhamento oftalmológico e história de sífilis tratada com três doses de penicilina benzatina. Ao exame físico chamava atenção a paralisia da hemiface direita e a alteração cutânea, que tinha sido o motivo do encaminhamento, na forma de nódulos normocrômicos em MMSS e em MMII. Frente a esse caso optou-se pela internação do paciente em leito de enfermaria e iniciou-se investigação para suspeita de hanseníase virchowiana com acometimento neural extenso. Dos exames realizados no momento da admissão, o paciente apresentava PGL-1 reagente. Prosseguiu-se a investigação com realização de biópsia de nódulo normocrômico do MMII, que veio com laudo de hanseníase na faixa virchowiana (bl-ll) ativa e em progressão e baciloscopia de pontos-índices positiva variando de 3+ a 5+. Completouse o estudo com realização de ENMG dos MMSS, dos MMII e da face que mostrou neuropatia pronunciada tanto dos nervos ulnares e medianos em MMSS quanto dos peroneiros em MMII e neuropatia leve a moderada do nervo facial com sinais de reinervação. Dessa forma, com diagnóstico clínico e anatomopatológico para hanseníase, iniciou-se tratamento com poliquimioterapia multibacilar. Após quinze dias de PQT-MB, o paciente evoluiu com aparecimento de pequenas pápulas puntiformes na planta dos pés e pequenas áreas de necrose no primeiro pododáctilo direito e primeiro e quinto pododáctilos esquerdos, associadas à parestesia e dor nos MMII. Foi, então, realizada nova biópsia de lesão papulosa na planta do pé esquerdo que veio com laudo de hanseníase na faixa virchowiana com reação do tipo 2 e vasculite secundária. Frente agora a uma reação aguda da hanseníase, optou-se por manter o esquema PQT-MB, foi introduzida a prednisona na dose de 1mg/ kg/dia e pentoxifilina 400mg na dose de 1 cp VO de 8/8 horas. Para o quadro de neuropatia hansênica, optou-se por iniciar administração de amitriptilina na dose de 25mg ao dia, e de clorpromazina 10 gotas ao dia. O paciente evoluiu bem e, com cerca de noventa dias de PQTMB, apresentou melhora importante do quadro cutâneo e quase que uma reversão completa do quadro de paralisia facial periférica. DISCUSSÃO A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium leprae, também chamado bacilo de Hansen. Pode provocar comprometimento cutâneo e neural. Muitos pacientes podem apresentar inicialmente apenas sintomas neurológicos e, depois, vir a ter alterações cutâneas. Nesse relato de caso em especial, chama a atenção a neuropatia com acometimento do nervo facial, uma apresentação neurológica atípica provocada pelo bacilo de Hansen. O relato serve como exemplo para demonstrar que hanseníase não cursa apenas com comprometimento cutâneo. Ao contrário: existem pacientes que desenvolvem apenas comprometimento neurológico. Além disso, mostra a importância do diagnóstico precoce da doença para evitar o surgimento de sequelas neurológicas. Apesar de ser uma doença crônica, a hanseníase também pode exibir estados reacionais que nada mais são que uma espécie de agudização da doença. Diagnosticar precocemente esses estados reacionais e tratar de forma correta faz toda diferença no manejo desses pacientes. JD I SBD-SP.ORG.BR I Nº 205
VENCEDOR BLOCO VI UNIVERSIDADE MOGI DAS CRUZES (UMC) LÚPUS NEONATAL SIMULANDO ESCLERODERMIA AUTORAS Larissa Ethel Soriano Freire, Dra Denise Steiner (chefe) Serviço de Dermatologia da Universidade Mogi das Cruzes (UMC), São Paulo, SP Paciente do gênero feminino, cinco meses de idade, apresentou placas hipocrômicas, bem delimitadas, escleróticas na face e na região genital há um mês. A criança era filha de mãe com doença mista do tecido conjuntivo e nasceu a termo, de parto vaginal. Não foram observadas outras alterações no exame clínico. Foram solicitados exames laboratoriais para a mãe, que evidenciaram anemia normocítica e normocrômica (Hb 10,7 Ht:33,9), fator reumatóide: 87,5; anti-Ro 38,7; anti-La negativo, anti-RNP: 103, C3: 77,3; C4: 10,7; CH50: 226; FAN nuclear pontilhado grosso de 1 /5120, sem outras alterações nos exames. Os exames iniciais da criança evidenciaram anti-RNP de 137,2; anti-Ro e anti-La negativos e FAN nuclear pontilhado grosso de 1 /640. O ecocardiograma e o eletrocardiograma foram normais. Com dois meses de evolução, as lesões haviam sumido parcialmente e o anti-RNP era de 37,9. Com cinco meses de evolução, as lesões haviam sumido por completo e o anti-RNP era não reagente. DISCUSSÃO O lúpus neonatal é uma condição rara, caracterizada pela transferência transplacentária para o feto de autoanticorpos IgG maternos, anti-Ro, anti-La e, menos frequentemente, anti-RNP. Cerca de 50% das mulheres com autoanticorpos circulantes que possuem filhos com lúpus neonatal são assintomáticas e, algumas delas, irão desenvolver algum tipo de doença reumática, particularmente a Síndrome de Sjögren, o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) e, menos frequentemente, a doença mista do tecido conjuntivo, como no caso apresentado. As alterações cutâneas iniciam-se nas primeiras semanas de vida ou podem estar presentes já ao nascimento e caracterizam-se principalmente como placas anulares, descamativas, fotossensíveis, acometendo todo corpo, principalmente face e couro cabeludo. Pode se apresentar com bloqueio cardíaco congênito, sendo esse último mais provável quando há circulação de anti-Ro. O diagnóstico do Lúpus Eritematoso Neonatal (LEN) pode ser confirmado pela história, pelo exame físico e pela presença de anticorpos específicos na circulação materna e fetal. A biópsia de pele é útil, apesar de não ser essencial para estabelecer o diagnóstico. Apesar do lúpus neonatal se manifestar com lesões típicas do lúpus subagudo, principalmente na face e no couro cabeludo, no caso exposto, a exceção da topografia acometida se apresentou com lesões escleróticas típicas de esclerodermia, sem relatos anteriores na literatura. O prognóstico de crianças com lesões
cutâneas é excelente e a maioria dessas lesões desaparece durante o primeiro semestre de vida, mesmo sem tratamento. Porém, é aconselhável orientar medidas de fotoproteção.
VENCEDOR BLOCO VI FACULDADE DE MEDICINA DO ABC (FMABC) ACRODERMATITE ENTERIOPÁTICA AUTORES Beatrice Martinez Zugaib Abdalla, Carlos D’Apparecida Machado Filho (chefe) Serviço de Dermatologia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Santo André, SP Paciente do gênero masculino, dois meses de idade, nascido de parto cesárea com 42 semanas, de pais não consanguíneos, sem intercorrências e em aleitamento materno exclusivo. Iniciou quadro cutâneo há 20 dias com múltiplas pápulas eritematosas em face, com rápida progressão para membros, não pruriginosas e confluentes. Mãe negou sintomas gerais e queda do estado geral. Na primeira consulta ambulatorial, o paciente apresentouse em bom estado geral e pouco descorado. Em áreas flexoras de membros superiores e inferiores, havia múltiplas placas ovaladas, eritematodescamativas. E em todo abdome e membros havia múltiplas pápulas diminutas normocrômicas e livedo reticular. Exames indicaram anemia, leucocitose e aumento das transaminases. Foi realizada biópsia para investigação. Após 15 dias, paciente retornou com melhora parcial das lesões e com dificuldade na amamentação. Os exames coletados da mãe estavam normais e os do paciente mantinham as alterações prévias. O exame anatomopatológico apresentou achados de dermatite perivascular com espongiose e necrose queratinocítica superficial, que são compatíveis com o espectro de acrodermatite enteropática. No dia subsequente, o paciente retornou com queda do estado geral, desidratado, prostrado e com diarreia aquosa. Foi encaminhado para internação com urgência. No mesmo dia, o resultado de zinco sérico informado pelo laboratório foi de 27 µg/ dL (VR 70-120 µg/dL). O paciente foi internado na UTI. Apresentava febre, evacuações líquidas, estava descorado, desidratado e ictérico. Foi necessária transfusão sanguínea com concentrado de hemácias e antibioticoterapia de amplo espectro. Paciente evoluiu com piora da função hepática, hipoalbulinemia, acidose metabólica e insuficiência renal com necessidade de diálise peritoneal. Devido à piora e à gravidade do quadro, optou-se por escalonamento de antibioticoterapia e suspensão do aleitamento materno. Após introdução de zinco, paciente apresentou melhora significativa do quadro cutâneo. Porém, após alguns dias, com a reintrodução do aleitamento, as lesões retornaram. Com nova suspensão do aleitamento materno houve melhora significativa das lesões. Avaliado pela equipe de Pediatria, foram investigados erros
inatos do metabolismo e, assim, diagnosticada a galactosemia. O paciente foi mantido com fórmula de aminoácidos e reposição de zinco com melhora completa das lesões. Houve melhora do estado geral e também resultados laboratoriais com eventual retirada de antibioticoterapia e suspensão da diálise peritoneal. Evoluiu clinicamente bem, recebendo alta após dois meses de internação. DISCUSSÃO O zinco é essencial para o crescimento e para o desenvolvimento do sistema imunológico, do sistema nervoso e da função endócrina. Está envolvido em muitas vias biológicas, já que cerca de 10% das proteínas possuem ligações potenciais ao zinco. .A deficiência desse micronutriente eleva a morbidade e a mortalidade de crianças e é mais prevalente em países em desenvolvimento. É estimado que afete 20% de indivíduos no mundo. Sabe-se que pode levar a manifestações severas, incluindo diarreia, infecção de vias aéreas inferiores, infeções fúngicas e por gram positivos, e doenças cutâneas adquiridas, como acrodermatite enteropática secundária. As manifestações cutâneas características são uma dermatite eczematosa e erosiva com distribuição acral e periorificial simétrica, associada à alopecia. As deficiências de zinco podem ser classificadas entre tipo I (consumo inadequado), tipo II (perda excessiva), tipo III (má-absorção), tipo IV (aumento de demanda). A acrodermatite enteropática é causada por uma mutação do gene ZIP4/SLC39A4 que leva à redução da absorção intestinal do zinco. As deficiências adquiridas de zinco possuem múltiplas causas, como má-nutrição, dieta parenteral com suplementação insuficiente de zinco, diarreia crônica, diabetes, doenças intestinais inflamatórias e doença celíaca. A diferenciação entre formas genéticas e adquiridas é importante, pois determina o tempo de tratamento. Nas formas adquiridas não há recorrência quando a suplementação oral é descontinuada depois da abordagem da causa primária. A suplementação de zinco não tem um consenso. Porém, autores indicam que crianças com deficiências adquiridas devem receber 0.5–1mg/kg/dia de zinco elementar por até 6 meses; enquanto crianças com acrodermatite enteropática necessitam de zinco elementar por toda a vida, sendo indicado 3mg/kg/dia, ou reposição de acordo com zinco sérico. A galactosemia é uma desordem metabólica genética rara causada pela deficiência da atividade da enzima galactose1-fosfato uridilil-transferase (GALT), que leva ao acúmulo de metabólitos tóxicos. Os sintomas se iniciam nos primeiros dias de vida com baixo ganho de peso, dificuldade de amamentação, diarreia, vômito, hipotonia, letargia e dano hepatocelular. Este relato de caso apresenta um paciente com evolução grave cujas lesões cutâneas levaram à suspeita de acrodermatite enteropática, confirmada pela deficiência de zinco sérico e com melhora importante após sua suplementação. Investigações subsequentes produziram o diagnóstico de galactosemia, que nos leva a crer que a intensa diarreia e o estado inflamatório resultaram em uma má-absorção e consequente prejuízo na absorção de zinco, resultando nos diagnósticos de galactosemia primária e acrodermatite enteropática secundária. Nº 205 I SBD-SP.ORG.BR I JD
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MELHORES MOMENTOS
III SIMPÓSIO DE CABELOS & UNHAS GRANDE ESTREIA
As vagas dos cursos teóricos de Tricoscopia e Atualização em Cosmiatria se esgotaram rapidamente, reunindo 250 especialistas em cada sala
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Os cursos em vídeo de Cirurgia de Unhas e Transplante Capilar trouxeram dicas dos experts
FOTOS: VANESSA SALLESARO
ode-se dizer que o primeiro grande evento de 2019 da Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional São Paulo representou uma estreia marcante da nova diretoria, que tem a Drª Eliandre Costa Palermo como presidente. Quatro cursos pré-congresso preencheram a programação da véspera do simpósio, 4 de abril, preparando os presentes para os dois dias seguintes, que foram de intenso aprendizado. O III Simpósio de Cabelos & Unhas, realizado na sexta e sábado, 5 e 6 de abril, contou com uma plateia expressiva: cerca de 1.200 especialistas da capital e do interior do estado e também de outros estados do país lotaram o auditório do PRO MAGNO Centro de Eventos, o novo endereço dos congressos da RESP. Veja, a seguir, alguns destaques dos dois dias de programação. Foram 21 horas, 47 aulas cinco conferências e duas mesas de discussão.
“Fiquei muito tocada com a homenagem. É, sem dúvida, um marco importante para mim. Mas o que me emociona ainda mais é ver tantos jovens reunidos em busca de conhecimento sobre cabelos e unhas”
“Este evento trouxe apresentações de alto nível e muito didáticas. Com certeza, será um marco para a Regional São Paulo” Dr. Mauro Enokihara
Drª Enilde Borges Costa, homenageada no III Simpósio de Cabelos & Unhas
“Eu viajo o mundo todo para falar sobre cabelos e unhas, mas nunca estive em um lugar com mil médicos reunidos para me ouvir. Adoro vir ao Brasil, pois há muitos experts com vontade de aprender”
“Completei 30 anos de formado e não deixo de frequentar os congressos da RESP. Você sempre se recicla, rememora técnicas e aprende coisas novas” Dr. Nelson Ferrari
Drª Antonella Tosti, que liderou uma aula sobre alopecia androgenética
Atualizações, doenças do dia a dia, rotinas do consultório, diagnóstico e terapêutica, painéis de procedimentos em vídeo para discussão de casos e novos procedimentos foram os macroconteúdos na pauta do III Simpósio de Cabelos & Unhas
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EDUCAÇÃO CONTINUADA
GRUPOS DE DISCUSSÃO DA RESP
ATRAÍRAM 1.500 ASSOCIADOS AO TODO E GERARAM APRENDIZADO DE PONTA, EM 2019
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entra e sai na sede da Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional São Paulo foi constante em 2019 com a realização de cinco grupos de discussão (Dermatoscopia, Oncologia, Laser e Outras Tecnologias, Cabelos e Cosmiatria). Eles rechearam o calendário da entidade com um total de vinte encontros, entre abril e novembro, e foram capazes de reunir uma plateia de cerca de 1.500 associados ao longo do ano. As aulas com experts e apresentação de casos seguida de discussão foram extremamente ricas em aprendizado específico. “Os grupos de discussão da RESP têm uma maneira vertical de abordar os
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temas, com grande profundidade. É um serviço gratuito que a Regional presta para os associados, sendo uma ótima oportunidade de se reciclar", avisou o Dr. Mauricio Mendonça, um dos coordenadores do grupo de discussão de Dermatoscopia em parceria com as doutoras Juliana Casagrande e Paula Ferreira. O Dr. Luiz Roberto Terzian, que comandou o grupo de Oncologia ao lado da Drª Mariana Dias Batista e do Dr. Elimar Elias Gomes, também ressaltou como ponto forte a dinâmica desses grupos. “Temos discussões aprofundadas, que dificilmente conseguimos fazer em um congresso”, disse.
Fique de olho no calendário de 2020 para garantir sua vaga nos grupos de discussão. a participação dos associados é gratuita!
FOTOS: INFOCUS MULTIMÍDIA
Público engajado Outro fator positivo desses encontros é a plateia eclética, formada por dermatologistas tarimbados e colegas em início de carreira, o que repercute em muita troca de experiências. “A primeira sessão do grupo de Cabelos foi sobre alopecia androgenética com especialistas nessa área para levantar as particularidades tanto clínicas como cirúrgicas”, contou a Drª Priscila Kakizaki, coordenadora desse grupo juntamente com as doutoras Carolina Fechine e Flávia Sternberg. “Tivemos também uma reunião sobre alopecia areata, na qual abordamos terapias novas que ainda não existem no
Brasil, mas que no futuro poderão entrar no nosso arsenal terapêutico. Na sessão de frontal fibrosante, contamos com a participação de especialistas que estão estudando essa doença que é nova e muito prevalente. Para terminar, fizemos um bloco de cosmiatria com experts de outras áreas, como a Drª Solange Garcia, que é química dedicada à cosmiatria capilar”, revelou a Drª Priscila. Em relação ao grupo de Laser e Outras Tecnologias, a Drª Rossana Vasconcelos, que liderou os encontros com a ajuda dos colegas Drª Lilian Estefan Lage e Dr. Renato Soriani Paschoal, contou que a sessão sobre tratamento de micropigmentações gerou grande engajamento da plateia. “Os participantes trouxeram casos reais porque não é fácil remover tatuagem. Dependendo do pigmento, o laser pode causar alteração da cor, o que cosmeticamente é desagradável”, explicou a especialista. Já no grupo de Dermatoscopia, a primeira reunião teve a participação da Profª Neusa Sakai Valente, dermatologista e patologista cutânea, que enriqueceu a correlação clínico-dermatoscópicahistopatológica. “Foram apresentados diversos casos clínicos onde a dermatoscopia foi essencial, possibilitando um diagnóstico precoce e tratamento efetivo da patologia”, revelou a Drª Paula Ferreira. Nº 205 I SBD-SP.ORG.BR I JD
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FUNADERSP
O que é o FUNADERSP
Sobre projetos aprovados e ideias para o futuro
Completamos mais um período de submissões, análises e aprovação de Projetos de Pesquisa enviados ao Fundo de Apoio à Dermatologia de São Paulo – Sebastião Sampaio (FUNADERSP). O fundo foi criado em 2008 para financiar projetos de dermatologistas do estado de São Paulo, em particular àqueles que, por uma razão ou outra, não têm ou não tiveram oportunidade de obter apoio da FAPESP. Pois bem, em 2019, recebemos 17 submissões; dessas, 7 trabalhos foram aprovados e cumpriram os trâmites: um está em fase de encaminhamento de pendências e dois estão em análise. Os restantes terão chance de serem submetidos novamente no próximo ano. Vale informar também que, na última Reunião Ordinária do Conselho de Curadores, várias ideias foram discutidas e serão levadas à votação no Conselho de Curadores ou Conselho da RESP, no início de 2020. Alguns exemplos: definir a classificação do projetos submetidos segundo o mérito de cada um e não JD I SBD-SP.ORG.BR I Nº 205
mais por ordem cronológica de entrada; informar no Edital o limite máximo financeiro estabelecido para cada projeto para que cada pesquisador tenha claros os limites e, assim, possa se programar; dividir equitativamente o valor global financeiro disponível entre projetos submetidos no primeiro e no segundo semestre; criar um programa de reciclagem de 8 horas presenciais nos Serviços Credenciados. E, talvez, a mudança mais crucial para a vida futura do Fundo: levar ao Conselho da RESP uma proposta para que o percentual do líquido realizado pela RESP destinado ao Fundo, que hoje não tem um valor mínimo, seja designado e colocado no Estatuto como sendo de 10%, no mínimo, a 20%, no máximo, do líquido realizado no ano imediatamente anterior ao repasse. Vamos todos trabalhar para que essa ideia seja aprovada, pois ela é essencial ao Fundo. Abraços e conclamamos todos para que submetam suas ideias sob a forma de projetos ao Fundo.
j Mais informações no site sbd-sp.org.br/associados/funadersp
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onstituído por uma Diretoria e por um Conselho Curador formado pela Diretoria da SBD-RESP, os dez últimos ex-presidentes da SBD-RESP e dez membros eleitos pelo Conselho Decisório da SBD-RESP, o FUNADERSP apoia o aprimoramento científico e técnico da Dermatologia e o aperfeiçoamento da formação dos associados da SBD-RESP.
Dr. Silvio Alencar Marques Presidente do FUNADERSP
DIRETORIA FUNADERSP 2019/2020 PRESIDENTE Silvio Alencar Marques
1º SECRETÁRIO
José Roberto Pereira Pegas
2º SECRETÁRIO
Hélio Amante Miot
COORDENADORA DE ÉTICA EM PESQUISA Adriana Maria Porro
MEMBROS CURADORES DO FUNADERSP 2019/2020
jAdriana Maria Porro jAlice de Oliveira Avelar Alchorne jArtur Antonio Duarte jBeni Moreinas Grinblat jBogdana Victoria Kadunc jCarolina Oliveira Costa Fechine jDilhermando Augusto Calil jEliandre Costa Palermo jHamilton Ometto Stolf jHélio Amante Miot jJoão Roberto Antonio jJoel Carlos Lastória jJosé Roberto Pereira Pegas jKarime Marques Hassun jLeila David Bloch jLuiza Keiko Matsuka Oyafuso jMaurício Mota de Avelar Alchorne jMauro Enokihara jMoyses Costa Lemos jNobuo Matsunaga jPaulo Ricardo Criado jReinaldo Tovo Filho jRicardo Shiratsu jSilmara da Costa Cestari jSilvio Alencar Marques jVitor Manoel Silva dos Reis
Essa é dermais
HUMOR
Ter ou não ter?
Aparência muito jovem!
Paciente mostrando a área afetada pela micose, diz: - Doutor, eu já estou usando TERebentina! (Terbinafina).
Doutor percebe que o indivíduo de 75 anos aparenta 50! E fala para o senhor: - Não é possível, o que você faz para ter esta aparência? - Simples, respondeu o paciente, não discuto com ninguém! - Não acredito nisso, diz o médico. E o senhor responde: - Tem razão!
É uma santa! (Enviado por Tony Wendell - São Paulo) - Doutor, eu tenho até um parente que faleceu de febre imaculada (maculosa).
Fácil de convencer! Durante a conulta de acompanhamento de tratamento da acne com isotretinoína, o garoto faz alguns questionamentos. Em determinado momento, o pai do rapaz, portador de várias cicatrizes de acne, vira para mim e observa: - É doutor, agora, toda essa frescura, cheio de mimimi. E eu, olhando para o filho, concluo: - Tá vendo? - e aponto para a face marcada do progenitor. Viu como você pode ficar? E até o pai, ruborizado, riu com a observação!
FOTOS: ISTOCKPHOTO-CONTRIBUTOR-MONTAGEM / DIVULGAÇÃO
Como ficou bom! (Enviado por Andrea Frange - São Paulo) A médica é jovem e bonita, mas tem o forte argumento de que quanto mais fizer, melhor ficará. Então, pratica um novo peeling! Poucos dias após, ainda descamando, retoma sua rotina de trabalho e, no caminho para seu consultório, para em um posto para abastecer o carro. O frentista aproxima-se da janela, percebe a pele escamando e diz: - Moça, sua maquiagem tá derretendo!
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Dr. Jayme de Oliveira Filho
Abuso no whatsapp! Paciente manda fotos de dermatose do filho de 8 anos e, junto, uma receita. Comenta embaixo: - Doutor, meu filho passou em consulta hoje com um médico do convênio. Esta receita está certa?
É ou nã é Derm o ais?
Boas F estas p a ra t od e até 2 os 020!
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