CapaJornalAno18N4-2014.ai AnúncioISimpósio.ai
1
1
11/09/14
08/09/14
12:33
13:33
Julho-Agosto 2014
Ano 18 N. 4 Publicação oficial da Sociedade Brasileira de Dermatologia
C
C
M
M
Y
Y
CM
CM
MY
MY
CY
CY
CMY
MY
K
K
Fórum Os Rumos da Dermatologia no Brasil: Reflexões, Desafios, Perspectivas e Recomendações, um caminho seguro para o futuro da SBD
I SIMPÓSIO DE O N CO LO G I A CUTÂNEA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA
Realização:
28 a 31 d de maio de 2015 Belo Horizonte e Inscrições: www.sbd.org.br
Inhotim - MG
Cerca de 3.500 especialistas já estão inscritos para o XX Cilad Rio, em novembro, no Riocentro
Esclarecimentos sobre as vantagens e desvantagens da Área de atuação em dermatologia
Sumário Sociedade Brasileira de Dermatologia Afiliada à Associação Médica Brasileira www.sbd.org.br Diretoria 2013/2014
20. Capa: Fórum Mundial de Dermatologia: reunião que promete ser inesquecível para o segmento brasileiro da especialidade
Presidente Denise Steiner Vice-presidente Gabriel Gontijo Secretária-geral Leandra D’Orsi Metsavaht Primeira secretária Flávia Addor Segundo secretário Paulo R. Cunha Tesoureira Leninha Valério do Nascimento
Jornal da SBD
Esta é uma publicação da Sociedade Brasileira de Dermatologia dirigida a seus associados e órgãos de imprensa. Publicação bimestral Ano 18 - n.4 - julho-agosto-2014 Coordenador médico do Jornal da SBD Omar Lupi
12. Pele Solidária: Dia de Combate ao Piolho tem ação de conscientização em escolas municipais do Rio
14. Dermatologia no Esporte: Esporte e câncer da pele
Conselho editorial Denise Steiner Gabriel Gontijo Leandra D’Orsi Metsavaht Flávia Addor Paulo R. Cunha Leninha Valério do Nascimento Jornalista responsável Erika Drumond - Reg. MT n. 31.383 Redação e edição Erika Drumond Editoração eletrônica Nazareno Nogueira de Souza Contato publicitário Priscila Rudge Simões A equipe editorial do Jornal da SBD e a Sociedade Brasileira de Dermatologia não garantem nem endossam os produtos ou serviços anunciados, sendo as propagandas de responsabilidade única e exclusiva dos anunciantes. As matérias e os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores. Correspondência para a redação do Jornal da SBD Av. Rio Branco, 39/17o andar Centro - Rio de Janeiro – RJ CEP: 20090-003 E-mail: imprensa@sbd.org.br Tiragem: 6.000 exemplares Impressão: Graphitto
2 3 4 5 6 11 18 26 28 30 32
Carta do Editor Palavra da Presidente Ouvidoria 6o Simpósio Nacional de Psoríase Grape SBD Dia dos Pais no Parque Real time marketing da candidatura brasileira no WCD 2019 XX Cilad Rio 2014 SBD e a biomedicina Marketing como parte do tratamento SBD participa de encontro em SP para debater a psoríase
37 Analogias em Medicina: bola de Biachet 40 Arte & Saúde: exposição de fotomicrografias em Curitiba 42 Área de atuação na dermatologia: vale a pena? 44 Destinos: Amsterdã 46 9a DermaNatal 47 Gederma: Grupo de Estudos de Espiritualidade em Dermatologia 48 Regionais 51 Serviços Credenciados 52 Departamentos Jornal da SBD Ano 18 n.4 ● 1
Carta do Editor
Palavra da Presidente
Os números não mentem Prezados amigos,
Omar Lupi Editor do Jornal da SBD
Esta edição do JSBD traz um resumo completo do fórum Rumos da Dermatologia, promovido pela SBD ainda no mês de abril de 2014 e que irá influenciar a área pelos próximos anos. Reservamos amplo espaço para divulgar as diretrizes mais importantes desse encontro. Essa ação institutional ganha ainda mais corpo e envergadura e se estende agora ao novo fórum internacional “Rumos da Dermatologia: a SBD no contexto dos 5 continentes”. Além de já ter cuidado das lições mais caras ao dermatologista brasileiro, vamos, durante esse evento histórico, que ocorrerá durante o XX Congresso do Colégio Ibero-latino-americano de Dermatologia (Cilad) no Rio de Janeiro, inserir a SBD num contexto mais amplo e internacional. A melhor oportunidade possível será justamente durante esse grande evento ibero-latino-americano que volta ao Brasil depois de três decadas. Já atingindo cerca de 3.500 pré-inscritos, contando com mais de 350 palestrantes internacionais e 750 temas livres para apresentação, será um marco na história da dermatologia brasileira e latino-americana. Pela primeira vez, todas as aulas de um evento latino-americano serão bilíngues, em português e espanhol, garantindo o pleno aproveitamento de todos os congressistas. Pre-
sidentes de todas as sociedades dermatológicas mundiais associadas à Ilds (International League of Dermatological Societies) já foram convidados a vir ao Rio de Janeiro discutir os principais assuntos de nossa especialidade, e o papel de liderança da SBD nesse contexto está agora muito claro. Essa discussão estará aberta ao público no dia 16 de novembro e será absolutamente imperdível. Mais de 25 presidentes de sociedades dermatológicas já confirmaram presence, e muitos mais estarão no Brasil para esse debate histórico. Nada similar jamais foi feito nos 102 anos de história de nossa sociedade, e a iniciativa mostra bem o caráter empreendedor e visionário da atual gestão da SBD. Toda essa ação auxilia muito a candidatura brasileira a sede do Congresso Mundial de Dermatologia de 2019, que continua demandando enorme esforço logístico, em que se inclui a presença do comitê organizador em todos os congressos latino-americanos e mundiais de maior envergadura. A matéria sobre Amsterdã destaca, aliás, o coquetel de divulgação da candidatura brasileira que será feito no hotel Hilton Amsterdam durante o próximo Congresso Europeu de Dermatologia em outubro próximo. Veja mais detalhes na webpage www.wcdrio2019.org e torça muito, pois a dermatologia brasileira não será mais a mesma depois de todas essas ações arrojadas. ■
Obituário
SBD lamenta morte de grande dermatologista brasileiro
É
com imenso pesar que comunicamos o falecimento do Prof. Tancredo Alves Furtado, aos 91 anos, no dia 25 de julho. Ícone da dermatologia em Minas Gerais e no Brasil, o Prof. Tancredo Furtado assumiu importantes cargos, como presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e do Congresso de Dermatologia da SBD, chefe do Serviço de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Serviço de Dermatologia da Santa Casa de Misericórdia de Minas Gerais. Também foi membro da Academia Mineira de Medicina, onde ocupou a cadeira n. 24. Juntamente com os professores Sebastião Sampaio, Antar Padilha e Rubem David Azulay, foi um dos mentores da Reunião Triangular de Dermatologia, promovendo anualmente, e até os dias de hoje, encontro
2 Jornal da SBD ● Ano 18 n.4
de dermatologistas de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Apaixonado pela dermatologia, dirigiu a Faculdade de Medicina da UFMG e publicou vários trabalhos científicos em periódicos nacionais e estrangeiros. Quem o conheceu sabe de sua cultura dermatológica e dedicação à dermatologia brasileira. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) homenageia e agradece ao Prof. Tancredo Furtado e a todos os seus familiares e se despede com saudade, na certeza de que sua trajetória na medicina será sempre motivo de inspiração e orgulho para todos nós. Ao mestre, nossas reverências, nossos agradecimentos, homenagens e o profundo reconhecimento por sua contribuição à nossa especialidade. ■
Olhos voltados para o futuro da saúde brasileira A
população brasileira está próxima de mais uma eleição para escolha de seus principais representantes. Para nós, dermatologistas, as eleições trazem a oportunidade de fazermos uma reflexão sobre a medicina brasileira e, em especial, acerca do destino de nossa especialidade. Infelizmente, neste momento, há uma ruptura entre governo e entidades médicas. Tanto a Associação Médica Brasileira (AMB) como o Conselho Federal de Medicina (CFM) não estão participando das discussões e das decisões sobre a saúde. Essa situação é preocupante, e ações como os vetos ao Ato Médico, o Programa Mais Médicos, Provab e tantos outros são decididas e implementados de forma unilateral. Certamente é um grande equívoco e uma falácia atribuir ao “Mais Médicos” a solução para todos os problemas de saúde da população. Agora, estão organizando o programa “Mais Especialidades”, que também será milagroso em disponibilizar especialistas para toda a população. Novamente, o governo decide sozinho, sem chamar as sociedades de especialidades. Há pouco, o recém-empossado ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que os médicos dermatologistas brasileiros não têm interesse em attender a doença, mais especificamente os casos de hanseníase, pois estão preocupados em realizar procedimentos estéticos. O Sr. Ministro mostra que desconhece o que ocorre dentro de sua área de competência, pois a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) tem procurado estar disponível e atenta às demandas especificas na área de dermatologia sanitária, principalmente de hanseníase. É lamentável observar que na área da hanseníase estão destruindo aquilo que dermatologistas hansenólogos idealistas vinham estoicamente desenvolvendo
ao longo dos anos para atingir a tão propalada extinção dessa doença, e o que vemos é a remoção desses especialistas de seus postos, que, em boa parte, são substituídos por não médicos, com prejuízo da população, no que se refere ao diagnóstico precoce. Além disso, dentro do serviço público de saúde não existe um plano de carreira como ocorre em outras áreas, com proventos que permitam enfrentar uma “velhice digna”. Na realidade, o profissional fica impotente e decepcionado, devido a baixos salários, falta de carreira e de estrutura básica para atendimentos. Também vemos uma campanha de desvalorização do profissional médico, com manipulação da imprensa, jogando a opinião pública contra essa categoria ao taxá-lo, quase sempre, de mercenário, uma verdadeira estratégia de “guerra de classes”, muito negativa para todos. A SBD, preocupa-se especialmente com a população que não sabe distinguir as nuanças dessa disputa política e fica sujeita à demora do diagnóstico, a tratamentos não especializados e riscos desnecessários. Por esse motivo, temos sido muito participativos, levando o dossiê com complicações de procedimentos realizados por não médicos, participando das manifestações por uma saúde melhor e também da Campanha Caixa Preta da Saúde – um grande projeto colaborativo que une as sociedades médicas brasileiras com a finalidade de receber e compilar denúncias do caos em que se encontra a saúde no Brasil. É hora de mostrarmos nosso descontentamento, votando naqueles cuja proposta seja mais coerente, adequada e justa. Nunca tivemos tão envolvidos com o processo eleitoral e, portanto, nunca tivemos tão aptos para escolher o melhor para SBD. ■
Denise Steiner Presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) (2013/2014)
ABD
ABD Volume 89 N. 5 antecipa publicação
A
equipe editorial dos ABD conseguiu antecipar a versão em inglês da edição de setembro/outubro, que já está disponível para leitura no site desde o dia 22 de agosto. A intenção para as próximas edições é continuar adiantando suas publicações, principalmente as online, assim como fazem as revistas internacionais (ahead of print).
A revista também foi encaminhada para as bases indexadoras, e sua versão em português poderá ser acessada a partir do dia 10 de setembro. Leia a edição mais recente em www.anaisdedermatologia.org.br. ■
Jornal da SBD Ano 18 n.4 ● 4
Ouvidoria
Pele 100%
Maria Helena Sandoval Ouvidora da SBD CRM 3238/ES RQE 1752 Vice-Presidente da SBD-ES
Prezados colegas dermatologistas, Quero usar este espaço do Jornal da SBD para destacar o trabalho “Rumos da Dermatologia”, pela importância estratégica da iniciativa. No documento final do encontro ficaram estabelecidos seis compromissos, listados abaixo: 1.
Recomendações aos acadêmicos de medicina
2. Recomendações aos residentes 3. Recomendações aos chefes de Serviços Credenciados 4. Recomendações aos presidentes das Regionais 5. Recomendações aos associados já inseridos no mercado de trabalho 6. Recomendações à SBD e quanto ao futuro da especialidade no Brasil A importância desse documento é muito grande uma vez que ele é um elemento aglutinador e direcionador dos esforços individuais na atuação robusta da SBD para bloquear as “ameaças” presentes no cenário brasileiro. Lembro que o atual quadro não é favorável aos médicos em geral em decorrência das inúmeras atitudes governamentais que afetam diretamente a qualidade do atendimento à população e desmerecem todo o esforço histórico da classe médica brasileira. Do ponto de vista da especialização em dermatologia, convivemos com ameaças adicionais de invasão de área com atuação de muitos profissionais não médicos em procedimentos que devem ter o domínio dos dermatologistas. Esses cenários foram exaustivamente debatidos para a elaboração das recomendações acima, que cada dermatologista precisa conhecer detalhadamente e analisar visando sua contribuição nesse esforço conjunto. Em relação aos acadêmicos de medicina, constam ações de divulgação da especialidade e incentivos para
4 Jornal da SBD ● Ano 18 n.4
que desde essa fase, eles já se aproximem da dermatologia via encontros científicos, jornadas e congressos da SBD. Junto aos residentes, o documento busca estimular sua associação à SBD e mostra o valor da formação completa em dermatologia para alcançar o sucesso profissional. Grande responsabilidade recai sobre os chefes de Serviços Credenciados, que devem transmitir os valores morais e éticos da medicina e tratar os residentes como o futuro da especialidade. Incentivar o aumento de número de vagas para residentes de forma a aproximar a oferta da demanda pela especialidade. Aos presidentes das Regionais, cabe alinhar sua atuação com as finalidades maiores da SBD, equilibrando o número de eventos científicos e seguindo as recomendações da Comissão de Ética e Defesa Profissional da SBD Nacional a respeito das denúncias feitas pelos associados, com relação ao exercício ilegal da profissão. As Regionais devem ainda atuar juntos a seus associados para garantir que todos possuam o RQE junto ao CRM e também para acolher os novos entrantes que se submeteram com sucesso ao TED. Aos associados em geral, pede-se que se aproximem da gestão da SBD por meio dos eventos patrocinados pelas Regionais e pela nacional. Finalmente, o documento lista uma série de ações de responsabilidade da SBD com o objetivo de promover a sinergia de todos os esforços individuais. Reiterando, esse é um importante documento da nossa Sociedade, realizado pela gestão da Dra. Denise Steiner e que contou com o trabalho incansável e competente do Dr. Gabriel Gontijo, presidente eleito da gestão 2015/2016. Dessa forma, lembro a todos vocês a importância de conhecer a íntegra desse trabalho. Vejo-os no Congresso Brasileiro de Dermatologia de Recife, que promete ser inovador! Um grande abraço a todos. ■
Pele 100% aponta impacto positivo junto à população
N
o ar desde julho, a nova etapa da campanha Pele 100% Dermatologista da SBD já mostra resultados positivos ao enfocar os perigos da realização de procedimentos estéticos sem a devida orientação de um profissional especializado, o médico dermatologista da SBD. Como estratégia de divulgação, a Triunfo Sudler Brasil, agência de publicidade que desde 2013 está à frente da campanha de valorização do dermatologista da SBD, veiculou banners em mais de 150 portais com mensagens de alerta à população sobre a importância de se optar por um profissional abalizado, treinado e capacitado para conduzir, orientar o pós-procedimento e minimizar os riscos dos tratamentos de “toxina botulínica”, “laser facial”, “peeling” e “preenchimento facial”.
Em apenas um mês de campanha, os anúncios atingiram a marca de quase 21 milhões de impressões (número de vezes em que um anúncio foi mostrado) e mais de 53 mil cliques que direcionaram o usuário ao site www.pelecemporcento.com.br para conhecer a ação em sua íntegra. Os usuários que mais clicaram nos anúncios são provenientes das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Campinas. Os resultados positivos mostram que a ação de mídia continuada tem conseguido esclarecer, conscientizar e enfatizar a relevância da formação de excelência, lembrando que tratar 100% da pele é ser dermatologista da SBD. ■
Psoríase 2014
Organizadores preparam o 6o Simpósio Nacional de Psoríase Evento ocorrerá no dia 17 de outubro, em São Paulo
G
randes dermatologistas brasileiros experts em psoríase vão ministrar aulas na sexta edição do Simpósio Nacional de Psoríase, em 17 de outubro, na capital paulista. O evento será composto de quatro blocos com apresentações eminentemente práticas e dinâmicas sobre o manejo das variantes clínicas da psoríase. O coordenador científico, Marcelo Arnone, destacou a experiência pessoal dos colegas dermatologistas, especialistas em psoríase, relatando suas mais diversas experiências com seus pacientes. “O conteúdo científico estará baseado tanto em orientações de ordem prática sobre o manejo das variantes clínicas da psoríase, quanto na apresentação de diferentes casos clínicos. Os especialistas convidados vão agregar bastante ao evento”, declarou o médico, que também coordena a Campanha Nacional de Psoríase da SBD. No fim de outubro, a SBD realizará mais uma Campanha Nacional de Conscientização de Psoríase,
que faz parte do Dia Mundial da Psoríase (29/10). O objetivo é expandir o conhecimento da população sobre a doença, salientando que é possível controlá-la, além de estimular o paciente a procurar um dermatologista. CURSO DE ATUALIZAÇÃO – O curso de atualização em Psoríase – Módulo Curitiba, foi realizado em conjunto com a 63ª Jornada Paranaense de Dermatologia, no dia 22 de agosto. Experientes médicos dermatologistas da região e Marcelo Arnone, de São Paulo, abordaram os seguintes temas: “Tratamento de áreas de difícil controle: Palmoplantar, psoríase invertida e psoríase do couro cabeludo”; “Tratamento clássico: o que há de novo”; “Manejo da psoríase com imunobiológicos” e “Casos clínicos para discussão”. “Parabenizamos todos pelo empenho e a SBD Nacional pela prática que muito nos enriquece”, salientam os coordenadores Marcelo Arnone e José Roberto Toshio Shibue. ■
Jornal da SBD Ano 18 n.4 ● 5
Educação em Saúde
Enquete
Novidades do Grape em agosto
Prazo para envio de pesquisa Acne em Adultos do Gilea/Cilad é estendido
N
o dia 16 de agosto, a Câmara Municipal de São Paulo recebeu a reunião mensal do Grape-SBD Psoríase, sob coordenação da dermatologista Sarah Freua. No encontro, realizado durante toda a manhã, médicos da SBD ministraram palestras sobre a doença e de divulgação do Grape-SBD. Na primeira parte, Sarah Freua falou sobre os tabus que a doença impõe, explanando de forma simples sobre o significado da psoríase, como é desencadeada e o conceito de doença inflamatória. Também abordou a importância da conscientização por meio da informação para vencermos as adversidades. A seguir, a psicóloga Rosana Augusto tratou da forma de lidar com a doença de maneira positiva por meio da conscientização e de técnicas psicológicas. “Tivemos também a presença do pastor Wagner Esposito, assessor parlamentar do gabinete do vereador Eduardo Tuma, que enriqueceu nossa reunião ao dizer que não ficou tão preocupado após descobrir ter um câncer da pele. A conscientização veio por meio das informações adquiridas num evento da SBD na Câmara em que ele esteve presente e cujo tema era câncer da pele”, disse Vânia Manso, coordenadora do Grape-SBD nas Redes Sociais, que na ocasião falou sobre o Grupo nas suas mais diversas patologias, objetivos e funcionamento e que a proposta é levar para esse espaço as outras doenças também. “Agradecemos a Vera Lucia Catani Dutra Rodrigues, assessora parlamentar do gabinete do vereador Eduardo Tuma por ter-nos cedido o espaço, e a todos o total apoio”, assinala Vânia. “Parabenizamos também a competente organização da Dra. Sarah Freua, coordenadora do Grape-SBD: Psoríase-São Paulo”, completa Oswaldo Delfini, coordenador do Grape-SBD. Já no fim do mês, o coordenador do Grape-SBD, Oswaldo Delfini, e a coordenadora do Grape-SBD nas Redes Sociais, Vânia Lucia Siervi Manso, realizaram palestras sobre os projetos na Câmara Municipal de São Paulo, mostrando seu objetivo e importância na vida dos pacientes, bem como apresentando a SBD para o público em geral. “Os Projetos Grape-SBD e Grape-SBD nas Redes Sociais já convidam todos a participar do próximo Bazar do Bem Possível-EC Pinheiros, em novembro, ocasião em que deveremos introduzir inovações nas ações participativas de educação em saúde relativas às doenças cutâneas então abordadas”, comunica Oswaldo Delfini.
6 Jornal da SBD ● Ano 18 n.3
A A coordenadora do projeto Grape-SBD Psoríase São Paulo (SP), Sarah Godoy Freua, a psicoterapeuta Rosana Augusto, a coordenadora do Projeto Grape-SBD nas redes socias, Vânia Lúcia Siervi Manso, e o assessor parlamentar do Gabinete do Vereador Eduardo Tuma, Wagner Esporto
pesquisa Acne em Adultos, idealizada pelo Grupo Ibero-latino-americano de Estudos da Acne, Gilea/Cilad, teve seu prazo prorrogado até o dia 30 de outubro. Sua finalidade é coletar dados na América Latina para a análise das características prevalentes no adulto com acne. A Diretoria da SBD reforça a importância da colaboração de todos os associados para o desenvolvimento desse trabalho, que fornecerá dados precisos sobre a situação da América Latina. “O valor de uma pesquisa desse porte é imenso, já que não temos muitos dados
na literatura mundial. O processo é rápido, em poucos minutos o associado preenche o questionário e ajuda na formulação desses dados”, assinala a presidente da SBD, Denise Steiner. É importante que a pesquisa seja respondido na presença de um paciente de 25 a 60 anos, do sexo feminino ou masculino, com acne de qualquer localização, mesmo que o motivo da consulta não seja a acne. Para ter acesso ao formulário, basta acessar o link: disponível no site da SBD. ■
Concurso
O Grape-SBD Psoríase São Paulo (SP) passará a realizar suas reuniões mensais no prédio da Câmara Municipal
EVENTOS REALIZADOS – O Grape-SBD Psoríase de Maringá obteve grandes feitos este ano, como, por exemplo, a criação da Psorisul-Associação de Pacientes Portadores de Psoríase do Paraná que já está em pleno funcionamento e tem sua sede e diretoria em Maringá. “Não podemos nos esquecer de que no ano passado, em uma de nossas reuniões, fomos convidados a dar palestra na Câmara de Vereadores de Maringá, por ocasião do Dia Mundial da Psoríase, o que resultou na criação de uma lei municipal, que instituiu a semana municipal de orientação sobre psoríase. A partir dessa lei, fomos chamados à Secretaria Municipal de Saúde para criar um projeto relativo às doenças crônicas (como diabetes e hipertensão arterial) e vamos então dar aulas para os médicos da rede básica municipal de saúde sobre o que é psoríase. Estamos planejando uma grande campanha este ano na semana mundial da doença, a última do mês de outubro. Os pacientes estão motivados e participativos”, conta Sineida Ferreira, coordenadora do Grape Psoríase de Maringá. ■
LatinaDerm Excellence premia 15 estudantes brasileiros Residentes premiados no encontro e os professores brasileiros Omar Lupi (RJ), Carlos Machado (SP) e a presidente da SBD, Denise Steiner (SP)
O
rganizado no final de maio, em Cancún, México, pelo Colégio Ibero-latino-americano de Dermatologia (Cilad), com patrocínio da Galderma, o LatinaDerm Excellence, programa de formação para médicos residentes latino-americanos em dermatologia, avaliou cerca de 300 inscritos, entre os quais 54 alunos residentes cursando o terceiro ano, selecionados com base na análise do currículo. Quinze brasileiros foram selecionados.
Beatriz Lopes Ferras Elias Renata Elise Tonoli Rafael Rodriguez Glufke Ritha de Cássia Capelato Rocha Marcelle Almeida de Sousa Nogueira Priscilla Guedes Pecoroni Tania Munhoz Lívia Mendes Sabia Acedo Claudia Fernanda Dias Souza Flavia Boff Fabiana Caetano Gerbi Ellem Tatiani de Souza Weimann Fernanda Oliveira Camozzato Danielle Cristine Westphal Daniel Holanda Barroso
O LatinaDerm Excellence foi criado em 2013 como uma iniciativa para melhorar a assistência ao paciente, a pesquisa dermatológica e a educação na América Latina. Com os notáveis acadêmicos do Cilad, é um capítulo inovador que visa unir o melhores e mais brilhantes jovens da região que, além de conhecer e trocar pontos de vista e experiências, são vinculados a profissionais destacados. Veja acima a relação dos vencedores ■ Jornal da SBD Ano 18 n.4 ● 7
Conscientização solar
A presidente da SBD, Denise Steiner, e dermatologistas paulistanos participaram ativamente da campanha que orientou centenas de pessoas num dos parques mais movimentados da capital paulista
Bem-estar Global em Fortaleza Conscientização contra o câncer da pele no em parque em São Paulo
N
o domingo 10 de agosto, cerca de 20 dermatologistas participaram da ação “Dia dos Pais no Parque”, evento realizado pela TV Globo em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), no Parque Villa-Lobos, Zona Oeste de São Paulo. Durante o dia inteiro especialistas orientaram centenas de pessoas sobre a prevenção ao câncer da pele. No espaço dedicado à saúde, também houve distribuição de amostras de protetor solar e de folders com informações sobre o ABCD das pintas. Para facilitar a observação e tornar o diagnóstico mais correto e preciso, os dermatologistas estiveram equipados com o dermatoscópio – microscópio que aumenta a chance de diagnóstico do melanoma para 95%. “O câncer da pele está em crescimento no Brasil, e nós, dermatologistas, estamos preocupados com esse índice. Nossa participação foi mostrar as medidas preventivas necessárias para manter a saúde da pele”, disse o coordenador do Programa
10 Jornal da SBD ● Ano 18 n.4
Nacional de Controle do Câncer de Pele (PNCCP), Marcus Maia. Quem visitou a tenda da SBD no evento conseguiu entender a importância de usar o protetor solar diariamente e os perigos de se expor ao sol entre 10h e 14h, por exemplo. A orientação teve como base a aplicação da calculadora de risco ao câncer da pele da SBD, que, por meio de um questionário, fornece informações aos usuários sobre as chances de vir a desenvolver a doença no futuro. “Conseguimos cumprir a principal função de um médico, que é atender a população. As pessoas estavam muito interessadas em aprender como se prevenir do câncer de pele. Elas chegavam cheias de dúvidas e saíam da orientação sabendo qual o risco que tinham de desenvolver a doença e o que poderiam fazer para preveni-la. A participação da população foi ótima, e ficamos contentes de conseguir fazer esse alerta”, observou a presidente da SBD, Denise Steiner. ■
Médicos da SBD prestam atendimento à população e distribuem amostras de protetores solares e folhetos sobre como prevenir doenças de pele ocasionadas pela exposição solar sem a devida proteção
A
Praia do Futuro, em Fortaleza, recebeu na sexta-feira 25 de julho mais uma edição do Bem-Estar Global, projeto que desde 1995 oferece serviços de saúde e gratuitos, relevantes à população brasileira. Na ocasião, foram montadas diversas tendas temáticas e uma tenda especial com o tema “Proteção Solar”, promovida pela SBD e apoiada pela Regional Ceará, com a presença de médicos dermatologistas que realizaram consultas e deram esclarecimentos à população
sobre a doenças causadas pelo sol e a forma correta de preveni-las. Também houve distribuição de amostras de protetor solar aos participantes. Um dos médicos que atuaram na ação foi o cordenador do Programa Nacional de Controle do Câncer de Pele (PNCCP), Marcus Maia, que no dia 3 de setembro representou a SBD no Congresso Mundial de Câncer da Pele em Edimburgo (Escócia), ministrando a conferência Prevenção do Câncer da Pele no Brasil. ■ Jornal da SBD Ano 18 n.4 ● 11
Voluntários examinam crianças em busca de lêndeas e piolhos adultos. A ação teve caráter educativo e terapêutico
O PARASITA É UM INSETO VISÍVEL A OLHO NU, QUE NÃO VOA, NÃO PULA E SE ALIMENTA DO SANGUE HUMANO.
CONHECENDO OS VILÕES
E APRENDENDO COMO SE PRECAVER, AS CRIANÇAS E OS PAIS TÊM O PODER DE ERRADICAR ESSE TIPO DE PROBLEMA.
Dia de Combate ao Piolho tem ação de conscientização em escolas municipais do Rio de Janeiro Além da ação de campo examinando as crianças, dermatologistas fizeram diversas apresentações sobre como evitar e reconhecer o piolho, problema ainda muito presente nas escolas do Rio e do Brasil 12 Jornal da SBD ● Ano 18 n.4
E
m projeto conjunto com a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro e com o apoio institucional da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o Instituto Protetores da Pele realizou em agosto nova ação de orientação à população sobre a saúde da pele. No Dia de Combate ao Piolho, celebrado em 4 de agosto, médicos e voluntários da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e da Policlínica Geral do Rio de Janeiro (PGRJ) levaram atendimento e informação a alunos de três escolas municipais do Zona Norte do Rio (Escola Municipal Samuel Weiner, Escola Municipal Francisco Cabritta e Escola Municipal Mário da Veiga Cabral).
Professores e voluntários dos Serviços de dermatologia da Unirio e da Policlínica
Projeto tem apoio oficial da Sociedade Brasileira de Medicina (SBD) e da Academia Nacional de Medicina (ANM)
Nas escolas visitadas, alunos e professores assistiram a palestras e receberam exemplares do livro Doutor, eu tenho piolho para que as crianças pulverizem informação de qualidade, o que torna a ação perene, efetiva e muito mais ampla. Os alunos também foram examinados. “Foi um trabalho muito gratificante com muitos voluntários participando. As crianças das escolas públicas ainda são muito carentes de informação. A entrega dos livros Doutor, eu tenho piolho visa levar a informação às residências por intermédio das crianças. Gostaria de agradecer muito o apoio dos voluntários da PGRJ e da Unirio que doaram seu tempo em prol dessa causa,” si-
nalizou Omar Lupi, diretor científico do IPP. O Dia de Combate ao Piolho é uma parceria oficial do IPP com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e com a Academia Nacional de Medicina (ANM). Recebe financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj) e conta com a participação de voluntários da Unirio e da PGRJ. Todo o centro de estudos da Unirio será revitalizado graças aos recursos da Faperj destinados a esse projeto. Há alguns anos, a Fundação contempla projetos que demonstrem aplicabilidade clínica e possam vir a ser objeto de ações públicas para a melhoria da qualidade de vida da população. ■ Jornal da SBD Ano 18 n.4 ● 13
Dermatologia no esporte
Por Renato M Bakos*
Esporte e câncer da pele
A Presidente da SBD-RS 2013/2014
tualmente, o reconhecimento de que há benefícios inequívocos para a saúde dos indivíduos a partir de atividades esportivas faz com que a procura de uma prática regular seja efetuada por parcela significativa da população. Muitas dessas atividades ocorrem ao ar livre, deixando os indivíduos em contato com carcinógenos ambientais, em especial a radiação ultravioleta, por períodos prolongados. Sabe-se que a radiação ultravioleta, especialmente na forma de queimaduras solares, é o principal fator de risco ambiental para o desenvolvimento do câncer cutâneo. Exposições extremas a essa radiação já foram documentadas por meio de estudos dosimétricos, em especial na prática de esportes como esqui, montanhismo, triatlo e ciclismo. A utilização desses dosímetros de UV em praticantes de outros esportes, como vela, tênis ou golfe, também demonstrou acúmulos excessivos de ultravioleta por hora. De uma forma geral, esportes de enduro levam a exposição mais intensa e prolongada. A fotoproteção adequada pode ser adquirida evitando horários de maior incidência de ultravioleta, protegendo-se por sombras e uso de filtros solares e proteção física como roupas, chapéus e outras vestimentas. Esportes ao ar livre dificilmente são realizados em locais
14 Jornal da SBD ● Ano 18 n.4
com sombra, e os hábitos de fotoproteção muitas vezes tornam-se um desafio. Por isso, o índice de queimaduras solares nos desportistas profissionais é alto. Além de estar associado à prática desportiva, observa-se também que no seu momento de lazer, esses indivíduos podem apresentar comportamento de risco. Isso faz com que se acumulem doses de ultravioleta e reforça a necessidade de orientações quanto à fotoproteção aos atletas profissionais tanto no seu desempenho esportivo quanto no seu momento de descanso. Mesmo não havendo estudos dosimétricos de ultravioleta delineados especificamente para os amadores praticantes de desportos ao ar livre, eles também devem estar atentos à proteção. Diversos estudos epidemiológicos apontam a prática desportiva em locais abertos como um fator de risco independente para o desenvolvimento do câncer cutâneo. Apesar de serem estudos limitados e que não avaliam relações da prática desportiva com desfechos de morbidade/mortalidade, demonstram a associação de risco em neoplasias queratinocíticas e melanocíticas. Estudo caso-controle com maratonistas na Áustria observou que esse grupo, em comparação com membros da população, possuía mais lesões lentiginosas, nevos melanocíticos atípicos e lesões sugestivas de neoplasias de origem queratinocíticas. Nesse mesmo
estudo, casos de melanoma em ultramaratonistas foram apresentados, e é destacada a associação de sua ocorrência especialmente no tórax posterior e ombros, sobretudo em pacientes que possuíam mais de 50 nevos ou nevos atípicos. Observa-se que os atletas que manifestam os melanomas são aqueles indivíduos que justamente apresentam outros fatores de risco para desenvolver a neoplasia. Com isso, conclui-se que o esporte de enduro, especialmente em local aberto, deixa pacientes já em maior risco de melanoma em situações ainda mais perigosas. Finalmente, reforça a necessidade de cuidados adicionais principalmente quando esses indivíduos participam dessas atividades esportivas associadas a cargas elevadas de radiação ultravioleta. Em suma, a atividade esportiva é benéfica à saúde da população, entretanto os esportes com cargas cumulativas altas e queimaduras solares estão associados ao desenvolvimento de neoplasias cutâneas. Todos os indivíduos nessas condições, em especial aqueles que possuem outros fatores constitucionais de risco, como fototipos baixos, presença de múltiplos nevos ou nevos atípicos, devem adaptar seus treinamentos de modo a diminuir a exposição ultravioleta. ■
Bibliografia ■
Ambros-Rudolph CM, Hofmann-Wellenhof R, Richtig E, Müller-Fürstner M, Soyer HP, Kerl H. Malignant melanoma in marathon runners. Arch Dermatol 2006;142(11):1471-4.
■
Moehrle M. Outdoor sports and skin câncer. Clinics in Dermatology 2008; 26,12–15.
■
Harrison SC, Bergfeld WF. Ultraviolet light and skin cancer in athletes. Sports Health 2009;1(4):335-40.
■
Bakos RM, Wagner MB, Bakos L, De Rose E, Grangeiro Neto JA. Queimaduras e hábitos solares em um grupo de atletas brasileiros. Rev Bras Med Esporte 2006;12 (5):275-8.
* Professor adjunto de dermatologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Especialista em medicina do esporte pela Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e Esporte
Jornal da SBD Ano 18 n.4 ● 15
WCD Rio 2019
Internacional
Real time marketing da candidatura do Rio ao WCD 2019
“O chamado real time marketing (marketing em tempo real) é uma das ferramentas mais poderosas atualmente. A Copa do Mundo de Futebol representou uma oportunidade fantástica de reforçar a candidatura brasileira ao WCD 2019 pela visibilidade que deu ao nosso país. Quase um bilhão de pessoas assistiu ao jogo final e viu as imagens inesquecíveis do Maracanã em festa com o Cristo Redentor iluminado em verde e amarelo ao fundo”, ponderou Omar Lupi, presidente do Comitê de Candidatura do WCD Rio 2019. Uma equipe entrosada, ágil, com presença de espírito e que conheça bem os meandros da notícia é o principal ingrediente para desenvolver um real marketing atraente. “Não podemos esquecer a sorte, que é importante para que tudo corra bem com o evento a ser destacado. A chegada dos Jogos Olímpicos, a simpatia do brasileiro, o apelo inegável do Rio de Janeiro são fortes trunfos na batalha pela indicação à sede do mundial. Vamos continuar atentos e efetivos até a votação final que ocorre daqui a 10 meses”, completou. ■
Summer Meeting da AAD, em Chicago
Dermatologistas
brasileiros par-
ticiparam do Summer Meeting da Academia Americana de Dermato-
Durante a Copa do Mundo de futebol, a comissão de candidatura embarcou na temática e aproveitou a exposição do país para reforçar a candidatura e convencer ainda mais pessoas de nossa capacidade em sediar o evento 18 Jornal da SBD ● Ano 18 n.4
logia, ocorrido de 6 a 10 de agos-
O
Rio de Janeiro é candidato a sediar a 24 edição do maior evento de dermatologia do mundo, o Congresso Mundial de Dermatologia (World Congress of Dermatology). A candidatura tem apoio oficial da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que tem divulgado e organizado ações de marketing em prol da escolha do país. As outras cidades candidatas para sediar o encontro que ocorrerá dentro de cinco anos são Praga, Milão, Dubai, Istambul e Pequim. Durante a Copa, a comissão de candidatura embarcou na temática e aproveitou a exposição do país para reforçar a candidatura e convencer ainda mais pessoas da capacidade brasileira de sediar o evento.
to, em Chicago, conhecida como
a
Terra do Alcapone. Na foto, o futu-
Coquetel do WCD 2019 Assim como ocorreu no ano passado, em Nova Délhi, na Índia, no último Congresso Internacional de Dermatologia, o Comitê Organizador vai promover um novo coquetel, dessa vez em outubro, em Amsterdã, durante a EADV, fechando com chave de ouro as ações de divulgação da candidatura brasileira realizadas em 2014.
ro vice-presidente da SBD, gestão 2015/2016, Jayme de Oliveira Filho (SP), Nuno Osório (SP), Leandro Ourives (AM), Paulo Barbosa (BA) e Ricardo Shiratsu (SP). Os médicos trouxeram para o Brasil as principais novidades em diagnóstico e tratamento das doenças de pele. ■
Jornal da SBD Ano 18 n.4 ● 19
Capa RECOMENDAÇÃO AOS ACADÊMICOS DE MEDICINA Promover sessões científicas específicas para os acadêmicos de medicina no Congresso Brasileiro da SBD. RECOMENDAÇÃO AOS RESIDENTES Enfatizar sua participação apenas em atividades científicas promovidas ou apoiadas pela SBD.
RECOMENDAÇÃO AOS CHEFES DE SERVIÇOS CREDENCIADOS
RECOMENDAÇÃO AOS PRESIDENTES DAS REGIONAIS
Acompanhar de perto o aprendizado dos residentes, que deverão participar de todas as ações da SBD, na Educação Médica Continuada (EMC).
SBD envia a associados relatório final do Fórum Os Rumos da Dermatologia no Brasil
Enviar comunicados para que os sócios não participem de eventos em que haja participação de não associados da SBD, seja como palestrantes, seja como ouvintes. RECOMENDAÇÃO AOS ASSOCIADOS JÁ INSERIDOS NO MERCADO DE TRABALHO Não aceitar convites para participar de eventos promovidos pela indústria farmacêutica que permitam a participação de não associados. RECOMENDAÇÕES À SBD E QUANTO AO FUTURO DA ESPECIALIDADE NO BRASIL o Promover cursos de gestão e Educação Médica Continuada (EMC-D) para os associados da SBD. 20 Jornal da SBD ● Ano 18 n.4
Documento norteia ações da SBD para o futuro da especialidade
E
m iniciativa histórica, a Diretoria da SBD reservou um importante momento para refletir sobre seu futuro, por meio de debate a respeito da formação do dermatologista, do cenário atual, do futuro da dermatologia, das políticas institucionais, da publicidade médica, do combate à invasão da especialidade, entre outros temas de interesse, no Fórum “Os Rumos da Dermatologia no Brasil: reflexões, desafios, perspectivas e recomendações”. Ocorrido em abril, em São Paulo, encontro reuniu cerca de 150 pessoas, entre presidentes das Comissões, chefes de Serviços Credenciados, presidentes das Regionais, associados representantes das redes sociais e da SBD e principais órgãos de saúde a discussão sobre temas que envolvem os rumos da dermatologia do país. Com formato dinâmico, o Fórum foi dividido em duas partes. No período da manhã, dermatologistas e convidados participaram de um ciclo de palestras abordando desde o início da dermatologia clínica, cirúrgica e cosmiátrica até a formação do acadêmico de medicina, de-
fesa profissional, aspectos éticos legais no exercício da profissão e o futuro da dermatologia. Ainda pela manhã, o corregedor do Conselho Federal de Medicina (CFM) e coordenador da Câmara Técnica de Dermatologia, José Fernando Maia Vinagre, e o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Florentino de Araújo Cardoso Filho, responderam às perguntas feitas por escrito pelos dermatologistas presentes. Na parte da tarde, dez grupos de 13 participantes se reuniram em mesas de discussões e compartilharam com a plenária as recomendações apresentadas a seguir, aos acadêmicos de medicina, aos residentes e chefes de Serviços Credenciados, aos presidentes das Regionais, aos associados já inseridos no mercado, à SBD e referentes ao futuro da especialidade. Importante ferramenta para nortear as ações da entidade no futuro, o relatório foi encaminhado por e-mail a todos os associados e também será apresentado e discutido na Reunião do Conselho Deliberativo, no dia 26 de setembro, em Recife. ■ Jornal da SBD Ano 18 n.4 ● 21
Capa
RECOMENDAÇÕES AOS CHEFES DE SERVIÇOS CREDENCIADOS Ressaltar a importância de transmitir valores morais, éticos, de postura, de relação interpessoal, de relação médico/paciente e não considerar o residente simples executor de tarefas e deveres.
RECOMENDAÇÕES AOS PRESIDENTES DAS REGIONAIS
associados da SBD, seja como palestrantes, seja como ouvintes.
Esclarecer a importância de alinhar as finalidades das Regionais com as da SBD Nacional, observando o estatuto, não programando eventos científicos que coincidam com aqueles promovidos pela SBD Nacional.
Aproveitar os materiais de campanhas de Defesa e Valorização Profissional desenvolvidas realizadas pela SBD Nacional, divulgando-as nas regionais.
Seguir as recomendações da Comissão de Ética e Defesa Profissional da SBD Nacional a respeito das denúncias feitas pelos associados, com relação ao exercício ilegal da profissão.
Empenhar-se para que todas as Regionais tenham sua assessoria jurídica, agindo de forma pontuada ou continuada, conforme seus recursos financeiros.
Participar de fóruns promovidos pela SBD para p discutir e alinhar os interesses mútuos da Sociedade e dos Serviços Credenciados. Avaliar em seu Serviço a possibilidade de abrir mais vagas para residentes ou especializandos, sem comprometer a qualidade do ensino, na tentativa de diminuir a demanda reprimida de médicos com intenção de se especializar em dermatologia e que acabam procurando entidades não reconhecidas pela AMB.
Evitar o excesso de eventos e alinhar seu calendário ao da SBD Nacional, evitando a pulverização dos investimentos da indústria farmacêutica.
Acolher os novos aprovados no TED nas reuniões das Regionais, reforçando a importância da obtenção do RQE. Os presidentes das Regionais podem auxiliar na coleta dos documentos e em seu envio ao CRM local, facilitando o registro do TED nesse órgão.
Mostrar a diferença entre a formação em Serviços Credenciados e em serviços não credenciados ou em entidades não reconhecidas pela AMB que oferecem “graduação lato sensu”. Contratar empresa de comunicação, para divulgação, utilizando linguagem apropriada a esses jovens.
Aprofundar a discussão com os chefes de Serviços e a SBD, a respeito do relacionamento com a indústria farmacêutica. Lembrar que fiquem atentos às atitudes que possam ser consideradas antiéticas e antipáticas, comprometendo a formação dos residentes, como, por exemplo, a cobrança de honorários para a visita de representantes de laboratórios.
Enviar comunicados para que os sócios não participem de eventos em que haja participação de não
Atuar nas ligas acadêmicas e incentivá-las a participar de congressos e reuniões científicas promovidos pela SBD.
Cumprir o currículo mínimo para a formação dos residentes em dermatologia, observando na íntegra todo o seu conteúdo programático.
Promover sessões científicas específicas para os acadêmicos de medicina no Congresso Brasileiro da SBD.
Acompanhar de perto o aprendizado dos residentes, que deverão participar de todas as ações da SBD, na Educação Médica Continuada (EMC).
Colaborar e ter compromisso nas relações com a SBD, respondendo às solicitações da Sociedade. c
RECOMENDAÇÕES AOS ACADÊMICOS DÊMICOS DE MEDICINA Promover ações junto às faculdades de medicina informando aos acadêmicos o que é a dermatologia. Entregar a todos pendrive com uma apresentação institucional, propiciandolhes o acesso à informação da especialidade, bem como sobre suas doenças mais importantes.
RECOMENDAÇÕES AOS RESIDENTES Estimular os residentes, já no 1o ano, a se tornar sócio aspirante, com todas as vantagens que a SBD oferece. Mostrar-lhes o que é a instituição e o que lhe é possível fazer por eles. Contribuir para a formação ética do residente, enfatizando que o êxito profissional depende de sua formação como dermatologista completo, da relação médico/paciente, preocupando-se também com a etiqueta médica, sua imagem, sua postura profissional e sua forma de atendimento. Enfatizar sua participação apenas em atividades científicas promovidas ou apoiadas pela SBD.
22 Jornal da SBD ● Ano 18 n.4
Promover programação científica bastante atrativa nos eventos das Regionais, com a participação dos Serviços Credenciados e de seus residentes, apresentando casos clínicos, se possível ao vivo, aumentando a participação dos associados e, consequentemente, o patrocínio da indústria farmacêutica.
Verificar se todos os associados de seu estado já possuem RQE. Fazer o confronto com o cadastro da SBD Nacional. E enviar comunicado aos que ainda não possuem o RQE, salientando a importância da obtenção desse registro.
RECOMENDAÇÕES AOS ASSOCIADOS JÁ INSERIDOS
RECOMENDAÇÕES À SBD E QUANTO AO FUTURO DA ESPECIALIDADE NO BRASIL E
Aumentar a aproximação do associado com a SBD, por meio de eventos científicos e culturais realizados pelas Regionais. Estimular o máximo possível a interação com a SBD e participação dos associados nos eventos promovidos pela Sociedade. Não aceitar convites para participar de eventos promovidos pela indústria farmacêutica que permitam a participação de não associados.
A especialidade deve ser desenvolvida de forma completa, integrando suas principais vertentes: clínica, cirurgia e cosmiatria. Investir na formação de dermatologistas completos, cuidando de todas as áreas abrangentes da dermatologia, considerando uma especialidade clínica e cirúrgica. Deve existir o dermatologista que atua em todas as áreas, visando não somente ao retorno financeiro. Não se pode mais ter o profissional só cirúrgico ou que atue apenas em cosmiatria, ou seja somente clínico.
Incentivar que os associados recebam em seus consultórios a visita apenas dos laboratórios que incentivam os eventos de suas Regionais.
Adequar o Programa de Residência Médica à proposta de unificação dos currículos para formação dos residentes, que deverão ser implementados em todos os Serviços Credenciados.
Estar constantemente informado sobre ética e etiqueta médica, além dos direitos e deveres perante a SBD.
Promover ações sociais junto à população, gerando marketing indireto e valorizando o dermatologista da SBD. Promover ações sociais para detecção precoce e prevenção do câncer da pele (fotoproteção, Sol Amigo da Infância, projeto Pró-albino), DST, hansení-
NO MERCADO DE TRABALHO
Jornal da SBD Ano 18 n.4 ● 23
Capa
Estimular a inserção e a atuação da dermatologia na saúde pública (atenção básica). Promover ações políticas, com presença atuante junto aos formadores de opinião nos segmentos da sociedade e perante os órgãos governamentais. Participar mais próxima e ativamente das entidades e associações de classe: AMB, CFM, Anvisa (Câmara Técnica), entre outras. Promover maior aproximação e integração da dermatologia com outras especialidades, nos hospitais e faculdades dos Serviços Credenciados.
ase, vitiligo ase, as viittillig igoo e dermatoses derrrm de rmat atoos at oses ggeriátricas. Incentivar o crescimento ment ntoo de aações nt ções çõ es nnoo Gr G Grupo de Apoio Permanente (Grape) aos pacientes paacientes ccom om dermatoses d estigmatizantes. Rever a campanha mpanhha de combate comb ao câncer da pele promovida pela SBD, SBD que q não nãão deverá devverá ser realizada realizad apenas enas como um mutirão de atendimento, atenddimennto, mas sim um uma campanha mpanha de detecção precoce e prev prevenção, venção, de formaa continuada. Divulgar junto à mídia as finalida nalidades des e a importância da SBD. Criar mecanismos para tornar a SBD independente financeiramente da indústria farmacêutica. Os eventos sociais poderiam ser custeados pelos associados. A SBD poderia desenvolver e comercializar produtos, como material didático, palestras e orientações aos pacientes. Manter o Projeto “Novos Aprovados no TED”, acolhendo-os numa cerimônia de boas-vindas durante o Congresso Brasileiro de Dermatologia. Criar esse tipo de categoria nas inscrições dos eventos promovidos pela SBD, respeitando os valores previstos no Estatuto. Promover cursos de gestão e Educação Médica Continuada para os associados da SBD. Enviar boletins informativos aos associados, orientando-os a respeito dos direitos e deveres com a SBD. Recomendar-lhes que só participem, como ouvintes e/ ou palestrantes, dos cursos promovidos ou apoiados pela SBD, incentivando-os à permanente reciclagem. Definir e acompanhar o currículo da residência em dermatologia. Aumentar a proximidade com a Comissão do TED, avaliando o momento oportuno de aplicar o exame aos associados contribuintes.
Promover campanhas de esclarecimento à população enfatizando que o dermatologista é quem cuida da saúde da pele, desde a infância até a idade avançada, não apenas tratando, mas preservando-a também. Campanhas para orientar a população sobre os riscos e complicações de tratamentos realizados por não médicos, principalmente os cosmiátricos, co e campanhas educativas de cunho social para grupos específicos de pacientes. No relacionamento com a indústria, esclarecer a importância da participação dos associados apenas em eventos exclusivos aos sócios da SBD. Promover, por meio dos Departamentos Especializados, cursos de Educação Médica Continuada – não apenas com presença física, mas também aproveitando a teledermatologia e a plataforma Moodle – voltados para os residentes do 3o ano de Serviços Credenciados que se tornarem associados aspirantes, para os residentes que não foram aprovados no TED mas continuam sócios aspirantes e também para os dermatologistas associados já inseridos no mercado. Promover maior intercâmbio entre os Serviços Credenciados de cada Regional. Investir nos Serviços Credenciados, promovendo a capacitação e valorização de seus chefes. Incentivar o uso e aproveitamento das palestras que deverão estar disponíveis online, na plataforma Moodle, apenas aos associados, com possibilidade de discussão com os palestrantes (webmeeting). Estimular e valorizar o palestrante que autorizar a filmagem de suas palestras. Manter assessoria jurídica atuante para coibir a invasão da especialidade por profissionais não dermatologistas.
A SBD perguntou, a AMB e o CFM responderam
SBD: QUAIS SÃO AS ORIENTAÇÕES COM RELAÇÃO AO TÍTULO DE ESPECIALISTA, NO SENTIDO DE RESTRINGIR AO MÁXIMO SUA REALIZAÇÃO POR MÉDICOS NÃO ORIUNDOS DE SERVIÇO CREDENCIADOS E EVITAR DEFERIMENTO DE INSCRIÇÕES COM DOCUMENTAÇÃO DE VERACIDADE QUESTIONÁVEL?
A AMB apoia as decisões da SBD de tentar restringir a realização do TED a apenas residentes dos Serviços Credenciados. No entanto, isso não é possível do ponto de vista jurídico. Pela constituição, isso é considerado “cerceamento ao direito tácito”. Assim, no edital do TED, a SBD deve dificultar ao máximo, porém não pode restringir totalmente a possibilidade de sua realização apenas aos residentes dos Serviços Credenciados. SBD: QUAL É A OPINIÃO A RESPEITO DO AUMENTO DE VAGAS PARA RESIDENTES EM SERVIÇOS CREDENCIADOS? A SBD deve preocupar-se em absorver, na medida do possível, a demanda reprimida de médicos que poderiam ser bem formados e prestar o exame do Título da Especialidade. SBD: COMO AGIR QUANDO O CRM NÃO CUMPRE SEU ESTATUTO DEFESA PROFISSIONAL?
As ações do CFM contra esses Conselhos estão em andamento. O CFM recomenda que a SBD também entre com ações conjuntas para reforçar as ações já iniciadas por esse Conselho e pela AMB. SBD:QUAIS SÃO AS RECOMENDAÇÕES A RESPEITO DA TABELA DE HONORÁRIOS MÉDICOS (CBHPM)? A AMB PODE ATUAR JUNTO À ANS (AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE), NO SENTIDO DE EQUIPARAR AS TABELAS DESSAS ENTIDADES? COMO A SBD PODE ATUAR NO SENTIDO DE MELHORAR A REMUNERAÇÃO DOS DERMATOLOGISTAS JUNTO AOS PLANOS DE SAÚDE? A ANS adotou a nomenclatura, mas não adotou a valoração. A ANS está na mão do governo. Precisamos pressionar. SBD: O QUE SERÁ DAS SOCIEDADES DE ESPECIALIDADES MÉDICAS NO BRASIL? As notícias não são boas. O que irá sobrar para os Conselhos Federais e Regionais deverá ser apenas a “judicância”. O resto deverá ficar na mão do governo. SBD: QUAIS SÃO AS RECOMENDAÇÕES PARA O FUTURO DAS SOESPECIALIDADES NO BRASIL?
E NÃO ATUA NA
CIEDADES DE
Orientar os presidentes dos congressos nacionais a planejar, organizar e limitar os gastos com atividades sociais.
Em função de ser unânime a opinião de que há excesso de eventos científicos repetitivos, pulverizando o investimento da indústria farmacêutica, realizar reunião com os presidentes das Regionais, elaborando calendário unificado para elas e a SBD, racionalizando a programação dos eventos.
Realmente falta padronização, agilidade e fiscalização nas condutas dos CRMs. O CFM irá atuar de maneira mais rígida para que isso aconteça.
Fazer pesquisa para conhecer o Perfil do Dermatologista da SBD e censo da nosologia prevalente no exercício da especialidade, traçando, a partir daí, um planejamento estratégico para nossa Sociedade.
Avaliar e inovar o formato da reunião com os presidentes das Regionais, com oficinas pela manhã, deixando todo o período da tarde para discussões e elaboração das decisões.
SBD: E SOBRE AS AÇÕES JUDICIAIS CONTRA AS RESOLUÇÕES DOS CONSELHOS DE OUTRAS PROFISSÕES, COMO A BIOMEDICINA E FISIOTERAPIA?
A união. Se não estivermos unidos, a partir de 2016, o exame do Título de Especialista poderá ser aplicado pelo Ministério da Saúde ou pelo Ministério da Educação e não mais pelas Sociedades de Especialidades Médicas. A união da classe médica é fundamental também para tentar reverter as excrescências cometidas pelo governo (Mais Faculdades de Medicina, Provab, Mais Médicos, entre outras). ■
24 Jornal da SBD ● Ano 18 n.4
Jornal da SBD Ano 18 n.4 ● 25
XX Cilad Rio 2014
e de dermatologistas de renome dos Estados Unidos e Europa”, atesta Carlos Fernando Gatti (Argentina). “O Brasil é uma das maiores potências dermatológicas do mundo não só pela quantidade de dermatologistas que tem, mas também pela qualidade deles. São pessoas com influência no mundo inteiro. É uma dermatologia de primeiro nível. A certeza é de que teremos um evento memorável”, completa. O atual presidente do Cilad, Jorge Ocampo, ressalta que estarão presentes apenas membros do Cilad e da
SBD (sendo aceita a presença de apenas 5% de não sócios) e celebra a volta do Congresso ao Brasil – o último encontro ocorreu em 1983, sob a organização do professor Rubem David Azulay. “É muita satisfação para o Cilad estar novamente no país. Temos certeza de que os dermatologistas brasileiros encontrarão grandes oportunidades de amizade e de adquirir conhecimentos que dividimos sobre diversas patologias em toda a Ibero-latino-américa”, salienta. ■
Números mostram que o XX Cilad Rio 2014 já é realidade FÓRUM MUNDIAL “RUMOS DA DERMATOLOGIA: A SBD NO CONTEXTO DOS 5 CONTINENTES”
Milhares de dermatologistas que se inscreveram para a 20a edição do XX Congresso do Colégio Ibero-latino-americano de Dermatologia (Cilad) agregarão toda a ciência que um médico deve ter para tratar bem seus pacientes
T
rinta e um anos se passaram sem que a cidade do Rio de Janeiro recebesse o Congresso do Cilad. A espera parece ter valido a pena. A 20a edição do encontro ainda não começou, mas já bate a marca de 3.500 dermatologistas inscritos, 800 trabalhos enviados, e 350 coordenadores estrangeiros, mostrando a consolidação da estratégia da internacionalização brasileira, com o apoio irrestrito da América Latina. Com o respaldo institucional da SBD e da SBCD, o encontro vai reunir dermatologistas de 23 países e ocorrerá de 15 a 18 de novembro, no Riocentro. “Os números mostram que este promete ser um ano mágico para a dermatologia brasileira e latinoamericana. Estamos certos de que a grande amizade entre médicos dermatologistas de toda a América Latina misturada com a alegria do povo brasileiro fará do evento algo muito especial”, disse o presidente do XX Cilad Rio, Omar Lupi, ressaltando o principal objetivo
26 Jornal da SBD ● Ano 18 n.4
do encontro, que é a aproximação intelectual, o intercâmbio científico e o estreitamento dos laços fraternos entre todos os dermatologistas ibero-latino-americanos. Os convidados internacionais vêm de todos os continentes, incluindo países como a Polônia e a Letônia, que terão acesso a uma programação que cobrirá todas as áreas da dermatologia. “Contaremos ainda com os melhores expositores da área, além de expositores internacionais
O futuro da dermatologia mundial e a busca da saúde de alto nível visando ao bem-estar da população serão debatidos no dia 16 de novembro, durante o Fórum Mundial “Rumos da Dermatologia: a SBD no contexto dos 5 continentes”. O encontro será aberto ao público na parte da manhã, e à tarde 25 presidentes das sociedades internacionais de dermatologia se reunirão para discutir as recomendações para o fortalecimento da especialidade no mundo todo. “Práticas processuais em dermatologia nos diferentes países, assim como características, problemas e soluções comuns, estão na pauta desse fórum, que marca a liderança mundial da nossa Sociedade junto às entidades dermatológicas estrangeiras”, salienta o idealizador do encontro e segundo secretário da SBD, Paulo R. Cunha. Participará do Fórum como conferencista o ex-presidente da Associação Médica Brasileira (AMB) e eleito presidente da World Medical Association (WMA), em 2012, José Luiz Gomes do Amaral. O médico é o terceiro brasileiro que assume o cargo na entidade, que congrega representantes de 96 países. O primeiro deles foi o cirurgião Antônio Moniz Aragão, em 1961, seguido do dermatologista Pedro Kassab, em 1976, para a honra da dermatologia do nosso país. Além de Amaral, estarão presentes representantes do CFM e da AMB.
SIMPÓSIO “DESVENDANDO A HIPODERME: DE A A Z” OCORRE NA VÉSPERA DO CILAD A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) vai realizar o inédito Simpósio “Desvendando a Hipoderme: de A a Z”, no dia 14 de novembro próximo, no Rio de Janeiro. Na ocasião, dermatologistas experts vão abordar variados temas que englobam o tecido celular subcutâneo, num programa científico inovador, dividido em quatro blocos. Do bloco I constarão temas sobre as afecções da hipoderme, com atualização prática em erisipela, paniculites e eritema nodoso. No bloco II haverá abordagem multidisciplinar sobre a anatomia e fisiologia do tecido subcutâneo. No bloco III o enfoque será a questão cirúrgica, e o bloco IV vai mostrar os tratamentos minimamente invasivos do tecido subcutâneo. O encontro contará com a participação do renomado dermatologista Dr. Gerhard Sattler, da Alemanha, que falará sobre a “Anatomia do tecido subcutâneo aplicada à lipoaspiração” e “Lipospiração, como eu faço?”. Será prestada homenagem especial ao saudoso colega dermatologista, Dr. Yassunobu Utiyama (in memoriam), um dos mestres da cirurgia dermatológica no Brasil. “A programação científica está altamente embasada em evidências da literatura médica, com palestras de experientes colegas que vão compartilhar relevantes conhecimentos com os presentes”, apontaram o coordenador geral do evento e vice-presidente da SBD, Gabriel Gontijo, e o coordenador do Grupo de Estudos sobre Hipoderme da SBD, Luis Fernando Tovo. Promovido pela atual diretoria, o evento é exclusivo para associados da SBD. ■ Jornal da SBD Ano 18 n.4 ● 27
Defesa Profissional
Entrevista
Sobre as Resoluções do Conselho Federal de Biomedicina
A
s denúncias enviadas pela SBD contra a invasão da dermatologia por profissionais não médicos foram acatadas pelo Departamento Jurídico do CFM, que tem tomado medidas institucionais, políticas e jurídicas cabíveis a favor da defesa profissional do exercício da medicina e da dermatologia. Os dossiês técnicos são ferramentas de apoio fundamental nesse processo de mudança, que ainda é lento. Sobre o assunto, o Jornal da SBD conversou com Marcelo Molinaro, professor do curso de dermatologia do Instituto de Pós-graduação Médica Carlos Chagas e coordenador do Núcleo de Dermatologia Cosmiátrica da Policlínica Geral do Rio de Janeiro.
T
endo em vista os diversos questionamentos a respeito das ações da SBD perante as resoluções do Conselho Federal de Biomedicina, esclarece-se:
1. Em 2012, o Conselho Federal de Medicina, provo-
cado pela SBD, ingressou com um processo contra o Conselho Federal de Biomedicina, questionando suas resoluções, principalmente a capacidade técnica de os biomédicos realizarem aqueles procedimentos mencionados. Pleiteou-se que fosse concedida uma liminar suspendendo imediatamente a vigência de tais resoluções (3a Vara Federal de Brasília - Processo 004202006.2012.4.01.3400).
2. Infelizmente a liminar foi concedida parcialmente. O juiz determinou que os biomédicos poderiam realizar os procedimentos, apenas com o acompanhamento ou supervisão de um médico. 3. Em abril de 2014, a SBD pleiteou sua participação no
processo do CFM contra o Conselho Federal de Biome-
28 Jornal da SBD ● Ano 18 n.4
5. A SBD comunicou ao CFM tais irregularidades, enviou cópia ao juiz da causa e também comunicou tais fatos ao Ministério Público do Estado de São Paulo, solicitando que fossem tomadas as providências cabíveis, apurando a eventual ocorrência de crime por desobediência à liminar.
Jornal da SBD: O que o senhor pensa sobre os os abusos das resoluções do Conselho Federal de Biomedicina, que autorizam biomédicos a fazer inúmeros procedimentos invasivos, entre eles a aplicação de toxina botulínica, cuja bula restringe o medicamento ao uso médico? Marcelo Molinaro: Tais procedimentos, em especial aqueles em que são utilizados materiais injetáveis, como toxina botulínica e preenchedores cutâneos, necessitam para sua plena realização, de conhecimento profundo da anatomia da região a ser tratada. Muitas complicações podem advir, caso esses procedimentos sejam realizados de forma errônea. O único profissional que domina os planos anatômicos de aplicação de tais medicamentos é o profissional médico. Esses conhecimentos são adquiridos ao longo de seis anos de graduação em medicina e, a seguir, complementados, em mais três anos de especialização em dermatologia, em que esses profissionais são treinados como futuros injetores desses medicamentos. Acompanhar ou simplesmente supervisionar não nos parece o suficiente para evitar as complicações.
A SBD vem respeitosamente declarar que está aqui, sempre esteve e estará vigilante, tomando todas as providências legais ao seu alcance, para defesa profissional de seus associados e da saúde da população. ■
JSBD: Como esses biomédicos conseguem esses produtos para a realização desses procedimentos? MM: Esses medicamentos são vendidos pela indústria farmacêutica somente mediante a realização de um
dicina, produzindo provas sobre os riscos à população, acobertados por tais resoluções.
4. Em maio de 2014, tendo em vista a notícia das atuações de biomédicos no interior do estado de São Paulo, a SBD voltou ao processo, informando tais fatos ao Juiz e reiterou a necessidade da liminar integral, na tentativa de impedir as reincidentes ações desses profissionais, permitidas pelas resoluções do Conselho deles.
cadastro que inclui o fornecimento de um número de registro junto ao Conselho Regional de Medicina do estado em que o procedimento será realizado, bem como de um endereço de profissional médico, pessoa física ou jurídica. JSBD: O senhor trata/tratou muitas complicações? Gostaria de citar algum caso? MM: Já tivemos a infelicidade de receber em nossa clínica alguns pacientes que sofreram queimaduras cutâneas, devido ao mal uso de tecnologias, por exemplo a luz intensa pulsada. Nesses casos de queimaduras, esses profissionais não médicos solicitam a esses pacientes que procurem um dermatologista para tratar essas complicações. Eles estão, segundo a lei, habilitados ao uso desses equipamentos tecnológicos, mas, no entanto, “esqueceram” de treiná-los para tratar as complicações provocadas por esses mesmos aparelhos ou decorrentes de seu mal uso. JSBD: Há esperança de que esse quadro se modifique no futuro? MM: Somente mediante dossiês bem completos, que incluam vasta documentação fotográfica, mostrando as muitas possíveis complicações capazes de advir desses procedimentos, é que poderemos obter credibilidade junto à classe política. A esperança é que esse posicionamento se modifique, o mais breve possível, evitando-se dessa forma maiores transtornos aos nossos pacientes. ■ Jornal da SBD Ano 18 n.4 ● 29
Apoio profissional
Marketing como parte do tratamento Por Kenji Takemoto*
E
ste texto é dirigido aos dermatologistas que desgostam de ideias como fazer propaganda para autopromoção, ter seus serviços médicos como produtos a vender ou considerar os pacientes clientes. Para vocês o marketing é ainda mais importante. A American Marketing Association define marketing como função organizacional e um conjunto de processos que envolvem a criação, a comunicação e a entrega de valor aos clientes, bem como a administração do relacionamento com eles, de modo que beneficiem a organização e seu público interessado. Kotler e Armstrong definem marketing como processo administrativo e social pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam, por meio da criação, oferta e troca de produtos e valor com os outros. Marketing é preocupar-se em fazer chegar a quem demanda aquilo que outros ofertam. Os pacientes passam por múltiplas etapas, desde se enxergar como tal até ter seu problema resolvido e deixar de se ver assim. A formação da hipótese diagnóstica, busca da sua confirmação e o estabelecimento
30 Jornal da SBD ● Ano 18 n.4
do tratamento são apenas partes desse processo, embora sejam aquelas em que se concentra a maior parte de nosso treinamento médico. Caso uma paciente não saiba ou aceite a importância do rastreamento de câncer de mama ou do colo de útero, ou das características de uma alteração na pele que necessite de avaliação, ela não chegará ao médico, muito menos receberá algum tratamento. Quando uma pessoa percebe um problema médico e quer um atendimento, surge, então, o problema da busca do melhor profissional. Os serviços, diferentemente das commodities, têm como característica a baixa propriedade de busca e alta propriedade de experimentação e credibilidade. Propriedades de busca são as características de um produto que permitem sua avaliação antes da aquisição ou do consumo (por exemplo, tamanho, cor e preço).1 No serviço médico brasileiro, muitas vezes essas características se limitam ao caderno de convênio, localização do posto de saúde, consultório ou hospital e a especialidade do médico. Existem características que são avaliadas durante e após o consumo ou utilização
do produto (por exemplo, gosto, saciedade e dor).1 Especificamente para a área da saúde, incluem-se tempo de espera, contato com a secretária e a própria experiência da consulta. Por último, temos a propriedade de credibilidade,1 que resulta na avaliação mais geral após a experimentação, dependente de características como constância, histórico, resultados obtidos, credenciais e avaliações de outros usuários. Nos serviços de saúde, embora o peso da propriedade de credibilidade seja maior, ela pode ser de impossível avaliação, como quanto aos resultados de uma cirurgia. Todas essas dificuldades por parte dos pacientes e sua falta de conhecimento técnico fazem com que as avaliações e a satisfação com os serviços de saúde sejam baseadas em informações como limpeza da sala de espera, tempo de espera, educação dos funcionários e aparência da enfermagem ou do médico.1 Entender como os pacientes avaliam seus médicos e os serviços de saúde tem importância direta sobre o raciocínio diagnóstico, sobre o tratamento e seus resultados, pois é segundo essa avaliação subjetiva que os pacientes estabelecem o grau de confiança e aliança com seus profissionais da saúde. Problemas na relação médico/paciente fazem com que os médicos não investiguem as preocupações dos pacientes e que estes não as levem a seus médicos. 2 Pacientes que confiam em seu médico estabelecem aliança e concordam com ele sobre qual o principal problema, têm maior taxa de aderência ao tratamento e melhores resultados finais. 2,3 Para medicações psiquiátricas, por exemplo, o principal fator de risco percebido pelos pacientes para a não aderência à medicação foi o perfil dos efeitos colaterais. Já em segundo lugar, os pacientes consideraram a experiência do médico e as precauções necessárias para o uso da medicação. Enquanto os médicos consideraram o preço o segundo mais importante fator de risco, este foi considerado apenas em nono lugar pelos pacientes. 3 Além disso, a confiança na competência do médico e no atendimento prestado, habilidades de comunicação, como empatia e gentileza, aumentam o estabelecimento de aliança com os pacientes, o que tem, por sua vez, efeitos positivos nos resultados (por exemplo, redução de sintomas), como se fosse um efeito placebo, porém, diferente deste último; a expectativa positiva provocada pela aliança estabelecida com o médico competente baseia-se em evidências e no melhor conhecimento disponível.4 Um dos conceitos de commodity é um bem equivalente e trocável por outro igual, independente de quem o produz. Se um médico escolher não se diferenciar dos outros, seu serviço vira uma commodity,5 e diferenciar-se implica conhecer bem as próprias características de
atendimento e de sua medicina, e encontrar o público de pacientes que delas mais gostaria e se beneficiaria. Uma vez definido o público, podemos estabelecer estratégias para melhorar as propriedades de busca, experimentação e credibilidade de um serviço de saúde, com a produção de textos, divulgação na mídia e apresentação de palestras focadas em aumentar o conhecimento das possibilidades disponíveis na dermatologia e a capacidade dos pacientes de encontrar e avaliar melhor seus profissionais. É possível trabalhar para que cada item de seu consultório, do atendimento oferecido por seus funcionários e de sua própria forma de apresentação reflitam os valores, como cuidado, atenção e profissionalismo, e os diferenciais de sua medicina, o que ajuda seu público a perceber que encontrou um serviço único, aumentando as chances do estabelecimento da confiança e aliança, que diminuirão a procura de novos médicos, poupando tempo e outros recursos. Faz parte do marketing cuidar para que os pacientes entendam sua doença, o tratamento proposto, as possíveis complicações e limitações, ajustando as expectativas com o melhor conhecimento disponível, que melhora a propriedade de credibilidade e aumenta a satisfação percebida. A estratégia de marketing, se bem planejada, reflete corretamente o perfil do médico, permitindo que os pacientes encontrem os profissionais que demandam, transformando as diversas partes da busca de saúde em peças conectadas e coesas, influenciando positivamente o resultado da prática médica. ■ Referências Bibliográficas Corbin, Christopher L., Scott W. Kelley, and Richard W. Schwartz. “Concepts in service marketing for healthcare professionals.” The American Journal of Surgery 181.1 (2001): 1-7. 2. Stewart, Moira A. “Effective physician-patient communication and health outcomes: a review.” CMAJ: Canadian Medical Association Journal 152.9 (1995): 1423. 3. Julius, Rose J., Mark A. Novitsky Jr, and William R. Dubin. “Medication adherence: a review of the literature and implications for clinical practice.” Journal of Psychiatric Practice® 15.1 (2009): 34-44. 4. Verhulst, Johan, et al. “The medical alliance: from placebo response to alliance effect.” The Journal of nervous and mental disease 201.7 (2013): 546-552. 5. Lexa, Frank James, and Jonathan Berlin. “Strategic marketing, part 2: the 4 P’s of marketing.” Journal of the American College of Radiology 3.4 (2006): 274-277. 1.
* Médico radiologista (cabeça e pescoço) pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e Unifesp. Coach Executivo e Life Coach Jornal da SBD Ano 18 n.4 ● 31
Psoríase
SBD participa de encontro no Hospital Israelita Albert Einstein para debate da Resolução da OMS sobre psoríase Mediada pelo dermatologista Lincoln Fabrício, o encontro reuniu representantes, da área da saúde para o debate de importantes tópicos da psoríase
N
o dia 2 de setembro, a presidente da SBD, Denise Steiner, esteve presente em um encontro promovido pelo Consulado Geral da Dinamarca, em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein, que discutiu a resolução histórica aprovada no final de maio pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o combate do estigma sofrido pelas pessoas com psoríase, uma doença cutânea crônica que afeta mais de 125 milhões de pessoas em todo o mundo. A resolução reconhece que a psoríase pode apresentar graves complicações físicas e psicossociais para o paciente. Além da presidente, integraram à mesa redonda “Inovação em Doenças Crônicas – Implementação da Resolução da OMS no tratamento da psoríase no Brasil”, os dermatologistas Marcelo Arnone, Luis Fernando Tovo, Sarah Freua e Lincoln Fabrício, este mediador do debate, além de diversas autoridades da área de saúde, entre elas, a presidente da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias em Saúde (Conitec), Clarice Petramale, a representante da Anvisa, Ludimyla Sperandio, a presidente da Associação Nacional de Portadores de Psoríase (PsoriSul), Gladis Lima, e o presidente da Associação Cearense de Portadores de Psoríase (Acepp), José Célio Peixoto Silveira. Durante o encontro, que durou uma manhã inteira, os representantes da SBD elencaram as seguintes ações futuras: encaminhar as diretrizes da psoríase e também o estudo farmacoeconômico para o Ministério da Saúde (MS); trabalhar na educação médica em saúde primária em parceria com a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES); desenvolver site nacional específico sobre a doença com pro-
32 Jornal da SBD ● Ano 18 n.4
grama de atenção direta ao paciente; solicitar revisão dos protocolos (PCDT) já estabelecidos corroborando decisões conjuntas sobre a doença e suas particularidades; incluir a psoríase – por meio da Secretaria de Vigilância e Saúde (SVS) – nas doenças crônicas com grande impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes; registrar a Resolução da OMS perante o MS e manter o fórum de discussão sobre psoríase por meio do modelo de debate realizado hoje. “Tivemos uma discussão altamente produtiva e mostramos que evoluímos bastante em relação ao paciente com psoríase e ao uso de biológicos nos casos moderados a graves onde não há comprometimento das articulações. Um ponto importante foi a Dra. Clarice, presidente da Conitec, se mostrar bastante sensível às nossas reivindicações e abrir as portas para nova reunião com a SBD”, resume a presidente Denise Steiner, destacando o trabalho estreito desenvolvido pela entidade junto ao MS, além da elaboração das “Diretrizes de Tratamento da Psoríase” em parceria com Associação Médica Brasileira (AMB), e de um dossiê abrangendo o tratamento da doença, contendo análise dos níveis de evidencia cientifica dos tratamentos disponíveis, como também informações sobre fármaco-economia.
Resolução de 23 de maio de 2014
O objetivo da OMS com essa ação é promover a desestigmatização da doença por meio do aumento do conhecimento sobre ela para a população. O documento contém uma série de pontos que visam melhorar a qualidade de vida das pessoas que sofrem com a psoríase em todo o mundo. ■ Jornal da SBD Ano 18 n.4 ● 33
Analogias em Medicina
A coluna “Analogias em Medicina” tem significativa utilidade prática, particularmente por seu papel didático-pedagógico e por facilitar a compreensão de diversos processos patológicos que acometem o ser humano. Muitas vezes coloquial e/ou restrita ao diálogo entre médicos e outros profissionais envolvidos, mantém-se dentro das normas éticas.
José de Souza Andrade-Filho Patologista do Hospital Felício Rocho, Belo Horizonte Professor de patologia da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais membro da Academia Mineira de Medicina labjsouzandrade@terra.com.br
Bola de Bichat e bichectomia
M
arie-François-Xavier Bichat (1771-1802) nasceu em Thoirette-en-Bas, departamento de Jura, França. A Revolução Francesa estava em franca expansão em sua época de estudante, mas Bichat fez um bom tirocínio no Hôtel Dieu de Paris. Morreu cedo, aos 31 anos, vítima de tuberculose miliar (segundo a versão mais aceita) e dez dias depois de Napoleão ter ordenado a escultura de um busto em sua memória. Em seu curto período de vida, dedicou-se em tempo integral à medicina. As importantes obras de Bichat são: Tratado das membranas e Tratado de anatomia descritiva. Seu nome é também vinculado ao estudo da estrutura dos vasos sanguíneos. Registrou ainda o corpo adiposo da boca (corpus adiposum buccae), denominado, na terminologia antiga, bola gordurosa de Bichat (em francês boule graisseuse de Bichat; em espanhol bola de grasa de Bichat; em inglês fatty ball of Bichat ou Bichat’s fat-ball). Trata-se de massa adiposa entre os músculos masseter e bucinador. É bem mais proeminente no recém-nascido, presumivelmente para reforçar as bochechas e impedir que elas entrem em colapso durante a amamentação. O corpo humano possui algumas estruturas em forma de bola ou aproximadamente esféricas, como os globos oculares, os testículos, a cabeça do fêmur, as tonsilas palatinas, entre outras. A bola de Bichat – estrutura anatômica presente na região das bochechas de todas as pessoas – está envolvida em áreas médicas algo conflitantes/opostas. Alguns indivíduos apresentam uma quantidade maior dessa bola adiposa, seja de natureza genética ou por excesso de peso global, provocando um formato arredondado da face. Por isso, muitas pessoas se sentem insatisfeitas e recorrem à cirurgia de remoção da bola de Bichat, denominada bichectomia, objetivando melhorar a estética do rosto. Segundo
os cirurgiões plásticos, a operação é relativamente simples, feita com anestesia local e através de incisões na cavidade oral. A gordura é removida, e o fechamento é feito com fios absorvíveis. Não há complicações na maioria dos casos. A desnutrição constitui um problema grave de saúde pública, especialmente em países subdesenvolvidos. Sua forma primária resulta da pobreza, das más condições ambientais e da marginalização social em que vivem certas populações de áreas urbanas periféricas e/ou rurais, afetando sobretudo crianças com idade inferior a cinco anos. Há duas formas de desnutrição grave bem estabelecidas: o marasmo (em grego definhamento, consumação), deficiência proteico-energética e o kwashiorkor, deficiência proteica com ingestão energética adequada. O aspecto físico da criança marasmática é de total consumo de todas as suas reservas de gordura e de massa muscular, com membros delgados devido à atrofia dos músculos e do panículo adiposo. Apresenta aspecto caquético e envelhecido; as costelas são proeminentes, e a pele mostra-se frouxa e enrugada na região da nádega, que está plana e vazia. O rosto se mostra encovado e com desaparecimento da bola de Bichat, último depósito de gordura a ser consumido. Portanto, essa estrutura identificada pela primeira vez pelo genial anatomista e fisiologista francês François Bichat, ainda no período da Revolução Francesa, oscila entre um presumível exagero estético e um efeito do capitalismo selvagem. ■
* Texto baseado, em parte, em Carvalho, LG. História da anatomia humana. Coopmed, BH-2000 e Projeto Diretrizes da AMB e do CFM, julho 2001. Jornal da SBD Ano 18 n.4 ● 37
PRATA GELATINA FOTOGRAFIA & ATELIÊ
Arte & saúde
não ser em sua composição, ou seja, sua tarefa foi decidir o que e como enquadrar. Outro fator que é necessário para a qualidade das imagens é uma técnica perfeita dos cortes histológicos realizados pelo biotecnólogo e histotécnico André Alex Antunes, com quem trabalha. Por serem finíssimos, os tecidos são corados para permitir sua observação ao microscópio, por isso as imagens apresentadas estão nos tons azul, púrpura, vermelho e rosa. A partir dessas cores é que se torna possível distinguir os diversos componentes das células. Hematoxilina e
Muito Além da Pele Exposição de fotomicrografias em Curitiba revela a beleza e a complexidade da vida vista através de um microscópio
U
m olhar privilegiado que permite observar com detalhes estruturas não visíveis a olho nu do maior órgão do corpo humano, a pele, é o que chama a atenção para a exposição denominada “Muito Além da Pele”, aberta ao público, em Curitiba, até o dia 13 de novembro (às terças e quintas), no Centro de Patologia Dapele, em Ahú. São mais de 30 imagens fotografadas pela dermatopatologista e colaboradora da SBD Betina Werner. A obtenção dessas imagens ampliadas em até 400 vezes se deu por meio de uma máquina fotográfica especial acoplada a um microscópio. “Embora os meus olhos detectem algum tipo de doença de pele como carcinoma, melanoma, ceratose seborreica, molusco contagioso, dermatofibroma e tantos outros, ao examinar as lâminas, consigo ver beleza na disfunção a ponto de propor esta exposição”, explica Betina, que há 13 anos é especialista na análise microscópica de biópsias de pele. A seleção das imagens foi feita durante o último ano de trabalho e teve como principal critério eleger o que fosse agradável aos olhos. De acordo com a médica não houve nenhum tipo de interferência nas fotos, a
40 Jornal da SBD ● Ano 18 n.4
eosina são os corantes usados para esse fim, abreviadamente denominados H&E. Além da reprodução fotográfica ampliada de objetos microscópicos, a exposição conta com a interferência artística do médico patologista iraniano radicado nos Estados Unidos Mehdi Nassiri. Inspirado nas fotomicrografias da colega, Nassiri criou imagens gráficas sobre o tema. Suas obras trouxeram como resultado para a exposição um universo colorido e dinâmico. ■ * Com Glaucia Domingos
Imagens produzidas por pesquisadores fazem parte de inédita exposição virtual
F
ascinantes imagens produzidas por pesquisadores brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil e que raramente são contempladas fora dos seus ambientes de produção fazem parte da 1a Mostra de Arte Científica Brasileira (ArtBio 2014), exposição virtual inédita inaugurada no dia 10 de setembro. De grande importância para o desenvolvimento da ciência, os documentos técnicos são considerados autênticas expressões artísticas contemporâneas. A exposição reúne imagens de pesquisas em diversas áreas do conhecimento e em formatos variados, entre fotografias, micrografias, imagens de sensores,
instrumentos ópticos, eletromagnéticos e eletrônicos, microscópios, telescópios, satélites, ultrassom, ressonância magnética e instrumentos similares. Seu objetivo é tornar o conhecimento científico mais acessível às pessoas, estimulando o diálogo entre a comunidade científica e a sociedade ao apresentar uma perspectiva artística sobre a área. A mostra será seguida por circuito de exposições presenciais e ações educativas ainda a programar. Os trabalhos serão expostos primeiro na plataforma online Google Open Gallery. Mais detalhes em www.artbiobrasil.org. ■ Jornal da SBD Ano 18 n.4 ● 41
Defesa Profissional
COM A EVENTUAL CRIAÇÃO DE UMA ÁREA DE ATUAÇÃO, COMO, POR EXEMPLO, A CIRURGIA DERMATOLÓGICA, O MÉDICO QUE NÃO POSSUIR O CERTIFICADO DESSA ÁREA PODERÁ CONTINUAR PRATICANDO A CIRURGIA DERMATOLÓGICA, SEM NECESSIDADE DO CERTIFICADO RESPECTIVO.
NO
ENTANTO, NÃO PODERÁ EM HIPÓTESE
Área de atuação na Dermatologia: vale a pena? O que devemos saber? A atual Diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) enviou recentemente a seus associados um comunicado com esclarecimentos sobre a criação da Área de atuação e suas consequências: vantagens e desvantagens. Veja a seguir os pontos abordados no texto
P
ara ser criada uma Área de Atuação no âmbito das especialidades, particularmente na dermatologia, o pedido deverá ser encaminhado da SBD à AMB, com a devida justificativa. Após apreciação da Diretoria da AMB, a SBD deverá encaminhar o pedido à Comissão Mista de Especialidades, responsável por por aprovar, ou não, a criação de novas áreas de atuação. Essa Comissão é formada por seis membros, dois da AMB, dois do CFM e dois da Comissão Nacional de Residência Médica – CNRM. É importante salientar que a Comissão Mista de Especialidades não analisa pedidos de criação de área de atuação com programa inferior a um ano e carga horária inferior a 2.880 horas (Anexo III da Resolução CFM n. 2.068/2013). A Resolução CFM n. 1634/2002 dispõe com clareza no Art. 4º que “o médico só pode declarar vinculação com especialidade ou Área de Atuação quando for
42 Jornal da SBD ● Ano 18 n.4
possuidor do título ou certificado a ele correspondente, devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina”. Para obtenção do Certificado de Área de Atuação, o médico deverá submeter-se a um exame nos mesmos moldes do que ocorre para a obtenção do Título de Especialista. Ao prestar o exame para obtenção do Certificado de Área de Atuação, o médico deverá ter obrigatoriamente o Título de Especialista na especialidade pertinente à área de atuação de interesse. Deverá também comprovar a formação na Área de Atuação, tendo cumprido o Programa Específico (com duração mínima de um ano, carga horária mínima de 2.880 horas) ou comprovar a atuação profissional na área de atuação, pelo dobro do tempo exigido pelo Programa Específico. Com a eventual criação de uma Área de Atuação, como, por exemplo, a cirurgia dermatológica, o médico que não possuir o certificado dessa área poderá conti-
ALGUMA ANUNCIAR EM ALGUM LOCAL ESSA ÁREA DE ATUAÇÃO, NEM EM CONVÊNIOS MÉDICOS
nuar praticando a cirurgia dermatológica, sem necessidade do certificado respectivo. No entanto, não poderá em hipótese alguma anunciar em algum local essa área de atuação, nem em convênios médicos. Outra importante consequência é que, criando a Área de Atuação, os convênios podem passar a exigir tal certificado para credenciamento na respectiva área de cirurgia dermatológica, da mesma forma que exigem o Certificado do Título de Especialista. Além do que foi explicado, no momento em que existir a Área de Atuação e houver a primeira certificação, teremos duas categorias de dermatologistas, os que têm e os não têm a Área de Atuação (em cirurgia dermatológica citada como exemplo). Isso pode prejudicar aqueles que já praticam a cirurgia nos convênios, empresas públicas e hospitais. Os médicos certificados poderão reivindicar somente para eles a realização da cirurgia e/ou as próprias instituições poderão fazer tal exigência. Do ponto de vista jurídico, havendo um processo judicial envolvendo a cirurgia dermatológica, o médico réu (dermatologista) que não tiver o certificado em cirurgia dermatológica ficará em posição vulnerável, pois não terá a formação específica na área e/ou o Certificado de Área de Atuação. Nesse caso, para obter o Certificado de Área de Atuação, após os três anos de formação em dermatolo-
gia (um ano de clínica médica e dois de dermatologia), o associado deverá realizar a especialização ou residência em cirurgia dermatológica, que terá a duração mínima de um ano, ou atuar na área por pelo menos dois anos, além de possuir o Título de Especialista em Dermatologia (TED) para prestar o Exame da Área de Atuação. Hoje, quando terminamos os três anos do programa de residência/especialização e após conseguirmos o Título de Especialista, já podemos praticar a cirurgia dermatológica e também não precisamos compartilhá-la oficialmente com outra especialidade, já que, existindo a Área de Atuação, outras especialidades afins podem compartilhar e prestar o mesmo exame da Área de Atuação. Isso significa que outras especialidades podem solicitar e conseguir a área de atuação em cirurgia dermatológica, o que abre mais um flanco de invasão em nossa especialidade. Nada impede que esse assunto seja debatido novamente, mas é importante o entendimento completo sobre o que é Área de Atuação para avaliarmos se ela interessa a nossa especialidade e à maioria dos associados. Esse é um resumo do que significa a Área de atuação em uma especialidade, usando como exemplo a cirurgia dermatológica. Mais informações e detalhamento podem ser obtidos na AMB. ■ Jornal da SBD Ano 18 n.4 ● 43
Destinos
A moderna vanguardista e diversificada Tudo colorido: vista clássica da cidade
EADV 2014 Centenas de dermatologistas brasileiros estarão presentes em mais um Congresso da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia (EADV), de 8 a 12 de outubro, para dar aulas e divulgar a candidatura brasileira ao Congresso Mundial de Dermatologia, em 2019. O Comitê Organizador do WCD Rio de Janeiro 2019 convida a todos os dermatologistas que estiverem assistindo ao congresso para participar do coquetel de divulgação da candidatura brasileira no Hotel Hilton. Veja mais detalhes em www. wcdrio2019.org
O clima de festa que parece permanente na capital atrai viajantes do mundo inteiro, desde os mais jovens aos que já conheceram um pouco de tudo neste mundo
O incrível Rijksmuseum
S
uba numa bicicleta, e todos os destinos estarão ao seu alcance. Com cerca de 800 mil habitantes, Amsterdã, capital da Holanda, é uma cidade compacta e pode ser conhecida quase toda pedalando, seja para apreciar belezas arquitetônicas – que vão do estilo gótico da Oude Kerk (Igreja Velha) às linhas modernas do Museu Van Gogh, em cujo acervo estão as principais telas produzidas pelas entusiasmadas pinceladas do pintor – ou para fazer um passeio agradável. São mais de cinquenta museus sobre os mais variados temas, entre eles o imperdível Rijksmuseum, que guarda obras de Jan Steen, Rembrandt e Frans Hals. Conhecer a casa em que a jovem Anne Frank escreveu seu famoso diário com os relatos das angústias de viver escondida durante a ocupação nazista é uma experiência inigualável para entrar no universo do sombrio período da Segunda Guerra Mundial. Para evitar filas na visita ao Museu Anne Frank, a dica é comprar o bilhete pela internet. Não podem faltar no roteiro passagens pelas feiras que vendem objetos típicos, artesanato e coisas antigas, e pelo mercado das flo-
44 Jornal da SBD ● Ano 18 n.4
res nem os passeios de barco pelos canais – a enorme quantidade, que alcança cerca de 100 quilômetros, com suas 1.500 pontes, levou Amsterdã a ser conhecida como “Veneza do Norte”. Símbolos da cidade e de grande valor cultural e histórico, as áreas ao redor dos canais Prinsengracht, Herengracht, Keizersgracht e Jordaan, todas datadas do século 17, foram incluídas na lista de Patrimônio Mundial da Humanidade Unesco em 2010. Atrações à parte, os queijos holandeses – um dos mais espetaculares é o Old Amsterdam – podem ser encontrados até nos museus. O bairro mais central para “turistar” e para aproveitar a noite fica nos arredores de Rembrantplein (apesar de barulhento). As imediações da estação central (incluindo a grande avenida Damrak) são um pouco perigosas. Se puder, evite. PELOS ARREDORES Os moinhos de vento de Zaanse Schans estão a 20 minutos de trem de Amsterdã; já a pitoresca cidadezinha de Delft, fica a uma hora. Para ir ao Keukenhof, o parque das tulipas, pega-se um ônibus especial (cerca
Em Amsterdã as bicicletas estão por toda a parte
de uma hora e meia de viagem). Na Bélgica, Antuérpia está a uma hora e meia, e Bruxelas, a duas horas e meia. Bruges, no entanto, continua distante demais para um bate-volta: são três horas e quarenta de viagem, com baldeação em Bruxelas. Já Colônia, a duas horas e quarenta, é a porta de entrada para uma viagem pela Alemanha. ONDE COMER Você pode optar pelos excelentes restaurantes indonésios na cidade – fruto da colonização holandesa na Indonésia. Experimente o rijstaffle, a mesa de arroz, uma espécie de menu-degustação do que há de melhor na Indonésia. Restaurantes especializados em comida tailandesa (ótimos pad thais), vietnamita (os goi cuon constituem a boa pedida), indiana e marroquina são encontrados com certa facilidade. Para quem quiser fazer uma boquinha, há muitas barraquinhas de ruas que oferecem um bolachão recheado de caramelo, o stroopwaffle, e o broodje, o sanduíche que pode vir recheado de salmão defumado, rosbife e os incríveis queijos da terra. ■
Serviços e curiosidades POPULAÇÃO: 8 MILHÕES DE HABITANTES COMO LIGAR PARA O BRASIL: 0800-022-06-55 (EMBRATEL)
FUSO HORÁRIO: MENOS DUAS HORAS EM RELAÇÃO AO HORÁRIO DE BRASÍLIA MOEDA:EURO
VISTO: NÃO É NECESSÁRIO SAÚDE: PARA ENTRAR NA HOLANDA, NENHUMA VACINA É OBRIGATÓRIA. EMBAIXADA OFICIAL NO BRASIL: SETOR DE EMBAIXADAS SUL, QD 801, LOTE 5, BRASÍLIA – DF – (61) 39613200 – WWW.BRASIL.NLEMBAIXADA.ORG Jornal da SBD Ano 18 n.4 ● 45
Evento
DermaNatal mantém espírito participativo em sua 9a edição
R
ealizada de 14 a 16 de agosto, a 9a edição da DermaNatal surpreendeu a Comissão Organizadora pelo interesse que os dermatologistas demonstraram durante todas as apresentações. Mais uma vez o nível científico foi o ponto alto do evento, com palestras magistrais, estimulando a participação dos associados, que compareceram maciçamente prestigiando a jornada. O programa científico bem abrangente englobou a dermatologia sanitária, clínica, cirurgia dermatológica, cosmiatria, laser, defesa profissional e direito médico. A solenidade de abertura contou com a presença da presidente da SBD, Denise Steiner, da presidente da SBD-RN, Maria do Carmo Queiroz, do representante do Conselho Federal de Medicina (CFM) Abram Eksterman, que proferiu a conferência: “Humanidades Médicas”, do presidente do Cremern, Jeancarlo Cavalcanti, grande aliado da dermatologia potiguar na defesa professional, e do chefe da disciplina de dermatologia do Hospital Universitário Onofre Lopes, Pedro Trindade, homenageado da noite pelos relevantes serviços prestados à dermatologia no estado e à SBD-RN. “Foram dias intensos de troca de experiências com os 20 palestrantes que tão bem desenvolveram seus temas, experts em suas áreas de atuação. No dias 14 e 15, tivemos o Curso de Laser patrocinado pela SBD: outro momento de grande aprendizado e interação”, disse a presidente Maria do Carmo Queiroz. “Concluímos nossa jornada com muita alegria e tranquilidade pelo dever cumprido, pela excelência científica, pelo gostoso clima
46 Jornal da SBD ● Ano 18 n.4
Bastidores da Dermatologia
Gederma: grupo de estudos de espiritualidade em dermatologia Idealizado pelo vice-presidente da SBD, Gabriel Gontijo, o grupo enfoca a importância da espiritualidade na área da saúde e na dermatologia
Os coordenadores do encontro que já é tradicional na Região Nordeste
de amizade experimentado e pela injeção de ânimo na luta em defesa da nossa dermatologia que, centenária, se renova continuamente para nos trazer a certeza de que pertecemos a uma especialidade da qual devemos sempre nos orgulhar, respeitando a memória de ilustres mestres que nos precederam e construíram os alicerces da nossa história, reconhecida nacional e internacionalmente. As palavras carinhosas e incentivadoras do nosso vice-presidente e presidente eleito, o Dr. Gabriel Gontijo, no momento do encerramento, constituíram chave de ouro de mais uma DermaNatal”, completou. Houve ainda eleição para a nova Diretoria da SBD-RN, biênio 2015/2016, que transcorreu em clima de muita harmonia. “Parabenizamos os colegas eleitos, Dr. Leonardo de Andrade, próximo presidente, e Dra. Isadora Rosado, vice, desejando-lhes muito sucesso na futura gestão”, assinalou Maria do Carmo. ■
D
iversas publicações científicas nacionais e estrangeiras têm-se dedicado a explorar a relação entre religião e saúde, buscando provas científicas de que a espiritualidade é benéfica e gera bem-estar. O teólogo Leo Passini, autor de Espiritualidade e a arte de cuidar: o sentido da fé para a saúde, diz que a partir dos progressos na área da genética e das pesquisas em torno do genoma procura-se até o “gene da fé”. Envolvida com o tema, a assessora do Departamento de Psicodermatologia Tânia Nely Rocha criou no Facebook o grupo Espiritualidade e Dermatologia, a fim difundir o assunto entre os dermatologistas. Hoje são 160 membros dermatologistas titulares da SBD, e a cada dia mais colegas solicitam a entrada no grupo, agregando valores e colaborando com postagens dentro do tema, sob a forma de artigos, dicas de livros, frases, links e vídeos que focalizem o tema espiritualidade na área da saúde e de espiritualidade em dermatologia. A boa aceitação dos especialistas motivou a criação
do Gederma, Grupo de Estudos de Espiritualidade em Dermatologia, idealizado pelo atual vice-presidente da SBD, Gabriel Gontijo, apoiado pelo Departamento de Psicodermatologia, por intermédio de seu coordenador Roberto Azambuja e coordenado por Tânia Nely Rocha. Estão nos planos do Gederma a realização de encontros pessoais ou virtuais (via e-mail ou Facebook), além de outras atividades científicas, tais como simpósios, jornadas, congressos, por exemplo. No Simpósio de Psicodermatologia durante o Congresso Brasileiro de Recife, Gabriel Gontijo fará uma apresentação do Gederma, detalhando o funcionamento do grupo e convidando todos a participar. Nesse simpósio ocorrerão três palestras com o tema do Gederma. “Dentro da nossa visão, os médicos que optarem por ampliar ainda mais seus conhecimentos nesse campo poderão ajudar os pacientes, como já o fazem, respeitando a espiritualidade, religiosidade e a fé de cada um deles”, afirmam os dermatologistas Gabriel Gontijo e Tânia Nely Rocha. ■ Jornal da SBD Ano 18 n.4 ● 47
Regionais Paraíba
Mato Grosso Deborah Unger, Regina Carneiro, Francisca Mileo, Andréa Miranda, Paulo Criado (convidado), Clivia Carneiro (presidente), Fernando Carneiro, Renata Barros e Bruna Crescente
Pará Bahia
No último sábado de julho, a SBD Regional Bahia realizou, com o apoio da Associação Baiana de Medicina (ABM), o Mutirão contra o Câncer da Pele. Mais de 300 pacientes receberam atendimento na sede da ABM, em Salvador. Foram identificadas 33 suspeitas da doença, sendo 24 de carcinoma basocelular, cinco de carcinoma espinocelular e quatro de melanoma. “Todos os pacientes com lesões suspeitas foram encaminhados para tratamento e acompanhamento nos Serviços de Dermatologia do Hospital da Clínicas, do Hospital Santa Isabel e do Centro Estadual de Oncologia da Bahia (Cican)”, informou a presidente da SBD-BA, Ariene Paixão.
Distrito Federal
De 31 de julho a 2 de agosto, a Regional realizou a 16a edição da Reunião Anual dos Dermatologistas do Centro-Oeste, a Radeco. Sob a presidência de Lucas Nogueira, inscreveram-se no evento 250 dermatologistas de todo o Brasil, que aproveitaram excelentes cursos práticos e teóricos. “Vale ainda ressaltar a excelente parceria com o Grupo Brasileiro de Melanoma (GBM), que ofereceu cursos de atualização em melanoma e dermatoscopia”, ressaltou Lucas Nogueira.
48 Jornal da SBD ● Ano 18 n.4
Em março, a Regional recebeu o dermatologista de São Paulo Paulo Criado, que palestrou sobre o tema “Vasculites: abordagem e tratamento, e meus casos interessantes do consultório”. Em abril a convidada especial foi Gladys Martins (DF) que falou sobre “Psoríase na gestação e minha experiência com biológicos na psoríase”. A presidente da Regional Rio de Janeiro, Ana Mósca, proferiu em maio a palestra “Dermatoses neonatais e up to date em mastocitoses”.
A presidente, Juliana Mendonça, e a vice-presidente, Francine Perazolo, apresentaram o material da campanha “Sol, amigo da Infância”, em agosto, no Colégio Salesiano São Gonçalo, no Mato Grosso.
Em 9 de agosto, a SBD-PB realizou mais um Sábado Dermatológico, em João Pessoa, com a apresentação de casos clínicos por acadêmicos de medicina da Faculdade de Ciências Médicas e pelas residentes de dermatologia do Hospital Universitário da UFPB. A seguir, ocorreram a Assembleia Ordinária da Regional e as eleições para a Diretoria da SBD-PB biênio 2015/2016 e para delegado.
A presidente da SBD-PB, Luciana Trindade, com o vice-presidente eleito, Victor Fernandes, a presidente eleita, Sandra Lemos, e a Delegada eleita, Carla Gayoso
São Paulo
No estado de São Paulo mais de 70 mil alunos serão contemplados com o programa “Sol, Amigo da Infância”. Isso porque a SBD-Resp firmou parcerias oficiais com as prefeituras de Praia Grande, Guarujá e Diadema para o segundo semestre deste ano. Em Praia Grande o programa será desenvolvido em 57 unidades escolares municipais, com aproximadamente 20 mil alunos do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental. Por meio do material disponibilizado pela SBD-Resp, professores realizarão atividades temáticas junto com os estudantes. Em julho, foi celebrada a assinatura do Termo de Cooperação junto à Secretaria de Educação e ministrado workshop aos 80 coordenadores pedagógicos da rede. Com a criação de plataforma online, 705 professores participarão do curso de Educação a Distância (EaD) sobre os ensinamentos da campanha. Nos mesmos moldes, em Guarujá 14 mil alunos das 29 escolas municipais da rede também já aderiram ao Programa. A assinatura do Termo de Cooperação técnica foi oficializada em 4 de agosto, na Prefeitura. Em Diadema participarão 30 escolas, 13 mil alunos do ensino fundamental e 600 professores propagadores das boas práticas em fotoproteção na infância. Já a cidade precursora da campanha “Sol, Amigo da Infância”, São Vicente, realizou a partir de agosto, o terceiro curso de Educação a Distância (EaD) para os professores da rede. A iniciativa dessa cidade parceira
é tão eficiente, que as coordenadoras pedagógicas da Secretaria de Educação ministram palestras, de maneira totalmente voluntária, aos colegas educadores, nas novas cidades que adotam o programa. A exemplo de outros municípios, a cidade de Limeira aprovou projeto de lei que inclui em seu calendário oficial de eventos, a Semana de Educação sobre Exposição Solar Preventiva ao Câncer “Sol, Amigo da Infância”. Hoje o programa é lei nas cidades de São Paulo, Santos, São Vicente, Diadema, Tatuí (SP), Bambuí (MG) e Campos de Goytacazes (RJ). O município de Indaiatuba (SP), também protocolou recentemente projeto de lei e aguarda sanção do prefeito. Outras cidades que manifestaram interesse procuraram a SBD-Resp para detalhamento das ações. Em breve, a Regional divulgará novidades.
Mato Grosso do Sul
No dia 25 de julho, a SBD-MS, em parceria com Serviço de Dermatologia Gunter Hans do Hospital Universitário da UFMS, participou do evento “Busca ativa de hanseníase em crianças”, na cidade de Rio Brilhante. Durante o evento, crianças selecionadas das escolas do municípios foram encaminhadas e avaliadas pelos dermatologistas e residentes de dermatologia.
Goiás
Além das aulas de atualização voltadas para dermatologistas na 69ª edição da Jornada Goiana de Dermatologia, ocorrida no fim de maio, a SBD-GO lançou sua nova publicação: a revista Dermatologia em Goiás; que substituiu o antigo jornal da instituição. Também foi lançado o novo site que agora possui um design atual e moderno. A criação da revista e a reformulação do site visam aumentar a comunicação com os médicos e também com a sociedade goiana.
Jornal da SBD Ano 18 n.4 ● 49
Serviços Credenciados
Regionais
Ceará
No dia 25 de julho, a SBD Nacional juntamente com a SBD Regional Ceará participou do projeto Bem-Estar Global da Rede Globo, na cidade de Fortaleza. Na ocasião, dermatologistas calculavam o risco de câncer e orientavam a população sobre a prevenção do câncer da pele.
Alagoas
A Regional Alagoas comemora o resultado positivo do II Simpósio de Terapêutica Dermatológica, realizado em julho e que reuniu público significativo em número e participação nas ações programadas. A presença de profissionais da área e de estudantes superou as expectativas dos organizadores, que confirmam mais uma edição para 2015. “Efetivamente, o evento cumpriu os objetivos propostos, especialmente a atualização e troca de conhecimentos entre os participantes. Os temas foram bem selecionados e discutidos por profissionais com know-how, que contribuíram para mudar conceitos preestabelecidos em função de suas experiências no dia a dia do exercício da profissão” enfatizou a presidente da SBD em Alagoas, Socorro Ventura. O Simpósio, realizado no Hotel Radisson, trouxe para Maceió as dermatologistas Fátima Paim (BA) e Márcia Cristina Linhares (RJ), convidadas a falar sobre psoríase
Santa Catarina
Na comemoração dos 40 anos da SBD-SC a Diretoria realizou algumas atividades com o objetivo de destacar os associados da Regional. O concurso de frase em homenagem à data propiciou aos sócios participar da criação do selo comemorativo que foi utilizado durante a gestão 2013/2014. O concurso de fotografia SBD-SC 40 anos in memoriam aos colegas Dra. Andresa Cristina Coli Goes, Dr. Heimo Walter Cardoso e Dr. Ilson Ávila Dominot foi um resgate das constantes participações nos eventos científicos. A Dra. Andresa apesar do curto período de exercício profissional no estado (2007-2011) criou ótimo convívio com os associados de Joinville. Gostaria de destacar a gentileza do Dr. Heimo da cidade de Rio do Sul, que desde 1980 ao participar dos eventos elogiava e valorizava todos os colegas envolvidos com a administração. Ele tinha por hábito ligar pessoalmente para a Regional justificando as ausências nas jornadas. O Dr. Ilson, também sanitarista da cidade de Tubarão, contribuiu no combate e prevenção à hanseníase ministrando inúmeros
50 Jornal da SBD ● Ano 18 n.4
e flacidez facial, respectivamente. Os participantes também fizeram uma avaliação positiva do workshop ocorrido na véspera do simpósio com cursos na área estética. O evento revelou os segredos do tratamento com laser CO2 e técnicas de preenchimento, ministrados pelos dermatologistas Dulce Monteiro (RJ) e Marcus Henrique (BH).
cursos de capacitação e supervisão aos profissionais catarinenses da saúde. O concurso de fotografia foi uma homenagem da Regional-SC a esses três dermatologistas que faleceram em 2011 e 2012. A realização de diversos cursos práticos em seis regiões do estado foi uma atitude de valorização e maior aproximação da SBD-SC com os associados, principalmente do interior catarinense. Os cursos, além do aperfeiçoamento e atualização profissional, propiciaram melhor convívio ético, comunicação e amizade entre os colegas e a Regional. Para encerrar as comemorações, durante a Jornada SBD-SC 40 anos, ocorrida nos dias 5 e 6 de setembro, homenageamos os associados fundadores e ex-presidentes com certificados especiais. Também resgatamos historicamente, por meio do relato do Dr. Jorge José de Souza Filho, a ata da fundação da Regional, e seus fundadores foram homenageados com uma placa comemorativa colocada em nossa sede. ANDRÉ ROSSETTO - PRESIDENTE DA SBD-SC 2013/2014
Universidade de Taubaté (Unitau) – SP
No dia 16 de agosto, a Câmara Municipal de São Paulo recebeu o I Seminário Multidisciplinar sobre Epidermólises Bolhosas, reunindo cerca de 120 pessoas. O Serviço de Dermatologia da Universidade de Taubaté (Unitau) e o Dermacamp participaram da organização do evento juntamente com a Sociedade Brasileira de Enfermagem em Dermatologia (Sobende). A dermatologista assistente do Serviço, Flávia Regina Ferreira, falou sobre o estado atual das epidermolises bolhosas (EBs). Também houve palestras de enfermeiros, cirurgiões-dentistas, médicos pediatras, nutricionistas, geneticistas, educadores físicos e representantes das associações de apoio de todo o país e de Portugal, todos na busca da atenção integral às pessoas com EB. “Pacientes e suas famílias participaram desse encontro e se mostraram empenhados na luta pela implantação da Portaria 199/2014 que trata da atenção aos pacientes com doenças raras”, informou o chefe do Serviço, Samuel Mandelbaum. Na ocasião, a adolescente Monique Cristina dos Santos lançou e autografou seu livro Entre dois mundos.
Universidade de Santo Amaro - Unisa - SP
Na foto, o corpo docente chefiado pelo Luiz Carlos Cucé, Jayme de Oliveira Filho, Sergio Di Camillo Fava e Alexandre Ozores Michalany, além das residentes do Serviço, da esquerda para direita, Fabíolla Sih Moriya, Natalie S. Borelli, Bruna Bracksmann Braga, Luciana Garbelini, Karla Leonardi Azuaga, Renata Trefiglio Eid, Roberta Almada e Silva e Tatiana Gandolfi de Oliveira. O Serviço de Dermatologia da Unisa existe desde 1973 e é reconhecido pela SBD desde 1981.
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e Hospital Universitário Prof. Edgard. Santos – BA
Como ocorre em todas as últimas quartas-feiras de cada mês, a reunião dos Serviços Credenciados da Bahia contou com a presença maciça de sócios, residentes do primeiro ano e estudantes para discussão de casos clínicos. Também houve a excelente palestra sobre tratamento de lentigo maligno ministrado por Iara Trocoli. A dermatologista, formada pelo Serviço do Hospital Santa Isabel, atua hoje como coordenadora do serviço de tumores no Instituto Karolinska na Suécia.
Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-UNIFESP) – SP
No dia 1o de julho de 2014 assumiu a chefia do Departamento de Dermatologia da EPM-Unifesp, Silmara da Costa Pereira Cestari, tendo como vice-chefe Jane Tomimori.
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) – RS Hospital Universitário Lauro Wanderley da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) – PB
O Serviço de Dermatologia da UFPB em parceria com o Sesi Global participou de uma ação social no dia 5 de julho com a presença dos professores, médicos e residentes, que realizaram consultas e tratamentos em cerca de 450 pacientes na Policlínica da Prefeitura de Santa Rita, cidade situada a 15 quilômetros de João Pessoa, capital da Paraíba.
Em junho, a UFCSPA realizou sua VIII Jornada Dermatológica, com a presença de grande número de participantes, entre dermatologistas, pós-graduandos e acadêmicos de medicina. Os melhores trabalhos com autorias de acadêmicos de medicina, de investigação e casos clínicos, foram premiados com livros de dermatologia. A residente de segundo ano do Serviço Caroline Lipnharski estagia atualmente por dois meses (agosto e setembro) no Serviço de Dermatologia de Cleveland (EUA). O treinamento foi conquistado pela premiação entre os trabalhos de investigação apresentados no Congresso da SBD em 2013. Jornal da SBD Ano 18 n.4 ● 51
Departamentos
I SIMPÓSIO DE ONCOLOGIA CUTÂNEA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA
Oncologia
De 28 a 31 de maio do ano que vem, a SBD vai realizar com ineditismo o I Simpósio de Oncologia Cutânea, em Belo Horizonte (MG). O encontro promete ser inesquecível, já que a Comissão Organizadora reservou o sábado, dia 30, para uma visita singular ao Instituto Cultural Inhotim, considerado o maior acervo de arte contemporânea do mundo inserido na natureza. Esse belíssimo museu a céu aberto está situado no município de Brumadinho, a 60 quilômetros da capital mineira. Sob os auspícios do vice-presidente da SBD, Gabriel Gontijo, e do Departamento de Oncologia Cutânea da SBD, coordenado pelos dermatologistas Luis Fernando Tovo (SP), Aldo Toschi (SP), Carlos Barcaui (RJ) e Luis Antônio Torezan (SP), o encontro terá um programa diversificado com cursos práticos pré-simpósio, no dia 28, seguidos de palestras com grandes nomes da oncologia cutânea, nos dias 29 e 31, no magnífico Teatro Bradesco, em Belo Horizonte. O Simpósio contará ainda com a presença de experts estrangeiros. “Gostaria de convidar todos os associados para este evento, de altíssimo nível científico, sendo o I Simpósio de Oncologia Cutânea da SBD. Também será uma forma de incentivar a troca de experiências entre especialistas que já atuam na área há muitos anos com nossos residentes, entretendo-os cientificamente e socialmente. Soma-se a isso a possibilidade de todos poderem desfrutar de grandes momentos na indescritível Inhotim!”, disse o vice-presidente da SBD, Gabriel Gontijo. A programação científica, inscrições e detalhes do evento podem ser obtidos no site da SBD (www.sbd.org.br).
Psicodermatologia
Em psicodermatologia, além do quadro clínico, levam-se em conta os fatores mentais envolvidos na dermatose e, em razão do conceito de ser humano adotado nesse campo, consideram-se também as emoções e a consciência. As pessoas costumam referir-se à mente como algo de entendimento geral. Entretanto, não existe consenso a seu respeito. Na verdade, há uma grande discussão que questiona se a mente é produto do cérebro ou se sua existência dele independente, ainda que trabalhando em conjunto com ele, que é o órgão executor das ordens mentais. De qualquer maneira, sabemos o quanto a mente influi na vida das pessoas. E é necessário entender alguns princípios de sua atuação para poder utilizá-los em benefício da saúde e da cura. Sabemos que a mente tem pelo menos dois níveis, um consciente e outro inconsciente. O que está no inconsciente dirige a vida das pessoas sob a forma de crenças. É também óbvio que o que se pensa pode acontecer; e com mais probabilidade se o pensamento for persistente; e mais ainda se ele se acompanhar da emoção; e muito mais se proferido como palavras. Esses princípios funcionam como leis da mente. Como não existe seu ensino nos cursos médicos, é muito conveniente buscar estudá-los e conhecê-los para aplicação própria e para ajuda aos pacientes. ROBERTO AZAMBUJA COORDENADOR DO DEPTO DE PSICODERMATOLOGIA
Cirurgia Micrográfica
No início de outubro serão realizados a 1a Jornada Micrográfica de Mohs de Manaus e o 1o Encontro Paranaense de Cirurgia de Mohs, aquela na Fundação Alfredo da Matta, contando com a presença de grandes especialistas brasileiros na área, além da participação do Prof. Keneth Gross, de San Diego (EUA), autor dos livros Mohs Surgery: Fundamentals and Techniques e Mohs Surgery and Histopathology: Beyond the Fundamentals, e que também acumula vasta experiência no ensino da cirurgia micrográfica de Mohs. O Prof. Gross também será o convidado do encontro de Curitiba, no Instituto de Neurologia e apoiado pela SBD-PR; ele vai expor de forma bastante livre sua experiência na área. “Queremos com esses eventos, além de divulgar a técnica, ajudar na estruturação da prática nesses locais”, disse Roberto Tarlé, coordenador do Departamento de Cirurgia Micrográfica da SBD. Em Manaus, além de Tarlé, a jornada conta com a coordenação da dermatologista Patrícia Motta de Morais. Para ter acesso à programação e fazer sua inscrição, acesse o site da SBD (www.sbd.org.br).
52 Jornal da SBD ● Ano 18 n.4
Hanseníase
O Departamento avisa que será realizado o 13o Congresso Brasileiro de Hansenologia de 21 a 25 de novembro, em Curitiba, no Paraná. Para detalhes da programação e inscrições acesse www.oxfordeventos. com.br/hansenologia2014.