Março-Abril 2013
Ano 17 N. 2 Publicação oficial da Sociedade Brasileira de Dermatologia
Brasil, a bola da vez na dermatologia SBD quer expandir-se mundo a fora levando a experiência e a competência dos dermatologistas brasileiros
Sumário Sociedade Brasileira de Dermatologia A½liada à Associação Médica Brasileira www.sbd.org.br
24. Capa: Do Brasil para o mundo: o avanço da dermatologia verde-amarela
Diretoria 2013/2014 Presidente Denise Steiner Vice-presidente Gabriel Gontijo Secretária-geral Leandra D’Orsi Metsavaht Primeira secretária Flávia Addor Segundo secretário Paulo R. Cunha Tesoureira Leninha Valério do Nascimento Coordenadores médicos do Jornal da SBD Omar Lupi Aldo Toschi Conselho editorial Denise Steiner Gabriel Gontijo Leandra D’Orsi Metsavaht Flávia Addor Paulo R. Cunha Leninha Valério do Nascimento
10 SBD-Resp lança gibi A pele e o sol para alunos do Estado de São Paulo
16 Dermatologia no esporte: cuidados na prescrição dermatológica de atletas e o doping na dermatologia
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Carta do editor
23 Dia do Dermatologista
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Palavra da presidente
29 Fórum 2013
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Preste seu Depoimento
34 Tecnologia e medicina
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Ouvidoria
36 Congresso Brasileiro de Brasília
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Grape – SBD
41 Analogias em medicina
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Defesa Pro½ssional
42 Destinos
Jornalista responsável Erika Drumond - Reg. MT n. 31.383 Redação e edição Erika Drumond Editoração eletrônica Nazareno Nogueira de Souza Contato publicitário Priscila Rudge Simões A equipe editorial do Jornal da SBD e a Sociedade Brasileira de Dermatologia não garantem nem endossam os produtos ou serviços anunciados, sendo as propagandas de responsabilidade única e exclusiva dos anunciantes. As matérias e os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores. Correspondência para a redação do Jornal da SBD Av. Rio Branco, 39/17o andar Centro - Rio de Janeiro – RJ CEP: 20090-003 E-mail: imprensa@sbd.org.br Assinatura anual: R$ 120,00 Número avulso: R$ 20,00 Tiragem: 6.000 exemplares Impressão: Sol Grá½ca
14 Mídias Sociais
46 Regionais
18 Biblioteca
50 Serviços Credenciados
21 Tour de Prevenção
52 Departamentos
Jornal da SBD Ano 17 n.2 O 1
DO BRASIL PARA O MUNDO DO BRASIL PARA O MUNDO DO BRASIL PARA O MUNDO DO BRASIL PARA O MUNDO
Prezados associados,
Omar Lupi Editor médico do Jornal da SBD
Um jornal é feito pelos seus leitores! Agradecemos as inúmeras manifestações de apoio e comentários elogiosos sobre o número anterior do JSBD, que já re¾ ¾ete a postura da nova diretoria da SBD gestão 2013/2014. Teremos um jornal mais próximo do dermatologista, integrado aos acontecimentos mais atuais da nossa especialidade e ágil em sua proposta. A coluna “Preste seu Depoimento” continua a todo vapor, com atitude corajosa e clara a respeito das di½ ½culdades práticas que encontramos em nossos consultórios e sempre escritas por quem entende bem do assunto. A iniciativa Grape expande mais sua fronteiras, mostrando o trabalho da colega Enilde Borges e convidando todos a participar de sua ações nacionais. Mostramos também a atuação da SBD-Resp na rede nacional de escolas e durante o carnaval com o projeto “A pele e o sol”. Do mesmo modo, o reconhecimento de que “A dermatologia de amanhã se erguerá sobre os alicerces de hoje” confere destaque especial à coluna coordenada por Carolina Marçon sobre as mídias sociais que, de forma direta e contundente, discute a questão da defesa pro½ ½ssional. Ampliamos neste número a nova seção
2 Jornal da SBD O Ano 17 n.2
sobre dermatologia no esporte abordando a questão do doping na nossa especialidade e fazemos um balanço de cinco anos do Tour de Prevenção ao Câncer da Pele. O Dia do Dermatologista, recém-comemorado em 5 de fevereiro, e o foco da nova campanha multiplataforma organizada pela SBD estão bem explicados nas matérias das página 23 e 26. Talvez o maior destaque deste número, e que nos incentivou a conceber a bela capa desta edição, seja a matéria que incorpora o mote da nova gestão: “Do Brasil para o Mundo”. A grande participação brasileira no recém-terminado Congresso Americano de Dermatologia em Miami é amplamente destacada na matéria central deste número contando como está a aproximação o½ ½cial da SBD com a Academia Americana de Dermatologia (AAD), o lançamento da candidatura do Rio de Janeiro e do Brasil para sediar o Congresso Mundial de Dermatogia em 2019 e tudo mais que o futuro nos reserva. Não se esqueça de checar dicas sobre o congresso brasileiro de 2013 (Brasília), que já se aproxima, e também as novidades sobre Dubai e o congresso que essa cidade receberá no próximo mês. Q
Palavra da presidente
Caminho aberto
Denise Steiner Presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) (2013/2014)
DO BRASIL PARA O MUNDO DO BRASIL PARA O MUNDO DO BRASIL PARA O MUNDO DO BRASIL PARA O MUNDO Carros ass s ociado d s, A Sociedade Br Bras a ilei eira ra de De Dermatollogia (SBD D) tem o orgulho de ocupa p r um umaa po posi sição de desta t quee en ntre as sociedadess médicas lílíde dere ress mu mund n iais da esp peci cialidade. “Do Brasili p para o mu mund ndo”” é a fra rase se que traaduzz com precisão nosso co o o obj bjet etiv ivo o de iin nternaaci cion onal aliz izaç ação ã caada d vez maior da dermatologia brasiile l ira. Gos ostaariia de co omu m nicar a todos que hoje somos candida dato toss o½cia i is p ra sediar o Congresso Mundial de Derma pa mato tolo log gia em 2019 20 19, feito inédito e merecido pela qualidad 19 adee e potencial exc x epcionais dos nossos especialistas bra rasileeir iros os.. N m cl Nu clim ima de amizade e de muito respeeito to,, reeal aliz iza-moss du mo dura rant n e o Meeting, em Miami, uma reu euni n ão com Wolf Wo lfra ram m St S errry ry,, pr p esidente da Internationa nal Leag gue of Deerm mat a ol olog ogical al S Soc ocie ieti ties es (Ilds), e oss me memb m ros da Dii r to re ori riaa da SBD B , paraa a d dee½n niç ição ão d de no oss s a ca cand ndiidat atur urra no enc n on ontr tro o dee 2 2019. Somos considerados pelo presi sidente caand n id idat atos ffor orte tes, s, int n egrados e competitivos e, inde depe pend enden ente teme te ment me ntee do d s orrga gani niza zado dore res, s, é questtão de honra qu ue es este teja jamo moss un unidos o nes e sa empreit itad adaa pa para ra a valo va loriza z çãão da da S SBD BD D. A SB SBD D e a SB SBCD CD ttam CD ambém pr prom omov over eram am u um ma importante reuni nião ã com o presidentte da Acaade ão demi miaa Amer Am ericana de Derrma mato t lo to logi g a (A gi (AAD A ), Dirk Elston n, para a discus di u sã são ão de d assunto tos re rele l ant leva ntes te referente f t s às tes à ttrês ê soci so cied edades méd édic icas. A AAD AA AD te t m inteenção de paart rticip r de nos pa o so s s cong gre ressos e tam mbé bém m de intensi½ ½carr os laço la ç s em rel elaç ação a par arce cerias sociais is, ci is cien entí en tí½ ½cas e treeiname men ntos os.. Sã São o mu muito boas as pe p rspecttivvas as!!
Em m feverei e ro ro, ½zzem emos os o Fórrum SBD 2013, um en encontro intterativo e rico co eem m cont nteú eúdo do,, qu que contou ou com a paart rticcipação de todos os pre resi side dent ntes es d dee Re Region onai ais, S rv Se rviç iços o Creedenciados, Dep e arta tamentos, além m da atua u l Diretoria. Os principaais i pla l nos de tra r baalh lho e ações foram debatidos e ap fo preese s ntad ados, reeal alça çand ndo o a criação do Grupo de Apoio Perman nen ente (Gr Grap ape) e),, as ccam ampa p nhas sociais e a de prevençãão de cân ânce cerr daa pel ele, e, eesta agora com novo formato. Os D Dep e arrta tameent nto os apr o pres p esentara ta r m individualmente suas atividadess de dessenvol se lvi vida d s, da e vá vári r os questionários foram m resspondid dos, assi sim m co c mo m açõe aç õess já j iniciadas. Os Ser e vi viço ços Cr Cred eden enci ciad ados o estão send do avalliados, redim men e sionad ados ad o , e es os e tão o em comuniica c çã ção o direta com a Dir iret etor oria or iaa. A de defe fesa pro½ ½sssi s on si nal d do o dermatologistta braasi s leiro taamb tamb mbém ém m eest stevee em pau stev auta ta, ev eviden e ci cian ando do q que ue ess sse é um p ob pr oble lema ma ccrí ríti tico co em em to todo do o Bra rasi sil.l. P Par araa ta t ntto, co onttratamos um umaa as asse sess s or ss oria ia jjur uríd ídic icaa e es e ta tamo moss prrog gra ram mand do um uma ma ca camp mp paan nha h pub ublililci citá tári riaa en enca cade dead adaa co om o si sitte te e a assessoria de imprensa. Ex E presso aqu quii tod da a minha da sati sa tisf sfação ã pelos ressul ulta tado doss observados os no Fóru ru um SBD D 2013. Todos, sem exceção for oram am muito to g gra ratti½ ½ccan an ntes. s. Nosso o último recado é: con nversem con nos osco co! In Inte tegração ão é nossa palavra-chave l h e. Com respon nsabilidade, auttono nomi m a, tradição e criatividaade, vamos jjuntos contiinuar tra r balhando para uma SBD D cada vez melhor. Teemos um único ideal e muito mo os so onhos. Q
Jo ornal al d daa SB SBD D An Ano o 17 n.2 O 3
Nesta coluna, o associado poderá manifestar de forma ética e responsável suas sugestões, insatisfações e experiências com a indústria, na compra de insumos ou equipamentos.
Preste seu Alexandre Filippo Vice-presidente da SBCD e coord. de Assuntos com a Indústria da SBD
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SBD por meio dessa iniciativa proporciona aos nossos associados conhecimento de experiências que possam servir de alerta, de ajuda e até mesmo de incentivo na mudança de atitudes com relação a fatos que acontecem em nossa rotina médica. Tive uma experiência marcante em minha vida pro½ ½ssional que gostaria de compartilhar com todos. Há mais ou menos dois anos, fui convidado para participar como palestrante da Jornada Cearense de Dermatologia, evento de alto nível, que incluía na programação parte teórica e parte prática, a qual era transmitida ao vivo para o auditório. Na prática, fui apresentador das novas ponteiras fracionadas da plataforma Etherea, da Industra. Essas novas ponteiras tinham sido colocadas no mercado há pouco tempo e não havia ainda tempo hábil para total aprendizado tanto dos parâmetros quanto da técnica de aplicação. A paciente foi bem selecionada, pele tipo 1, e estava bem preparada para o procedimento. Como ainda não havia grande experiência com essas ponteiras, utilizei os parâmetros recomendados pela empresa. Na sala havia algumas pessoas da organização do evento, como também um médico querendo aprender ao vivo, que não parava de fazer perguntas. Além de ter que falar para um auditório e fazer a aplicação, esse médico tirava-me parte da atenção. Quando terminei o procedimento, percebi algumas áreas esbranquiçadas na pele da paciente, sinal de ocorrência de bulking g (queimadura de dentro para fora). No dia seguinte, a Dra. Maggy Poty, responsável pelo acompanhamento da paciente, me informou que a paciente apresentava bolhas, solicitando minha atuação. Fiz a orientação e prescrição, responsabilidade assumida pela SBD-Ceará, sob a presidência do Dr. René Diógenes, que mandou não medir esforço para reverter a complicação. A Dra Maggy ½cou acompanhando diariamente a paciente e me mantinha informado da evolução. O quadro evoluiu para infecção secundária, posteriormente cicatrizes hipertró½ ½cas e depois atró½cas. Após tratar a infecção secundária, troquei informações com diversos colegas, e chegamos ao consenso de que a paciente deveria fazer o Dye laser.
4 Jornal da SBD O Ano 17 n.2
Depoimento Contactei o Dr. Francisco Leite, de Brasília, que tem esse aparelho e prontamente abriu sua clínica e recebeu a paciente várias vezes para realizar o tratamento das ci½cas. A área tratada evoluiu com atro½a, catrizes hipertró½ e, por sugestão do Dr. Francisco, foi iniciado o laser de CO2. Durante todo esse período, tivemos o apoio total da Industra, que acompanhou junto conosco a evolução do caso e estava sempre à disposição no que precisávamos. Esse episódio foi muito estressante, por ter que acompanhar a paciente a distância, mas contei com a gentileza da Dra. Maggy, que a avaliava quase diariamente e lhe dava suporte emocional, a amizade do Dr. Francisco, que gentilmente tratou a paciente, e com a Industra, que se mostrou grande parceira, dando o suporte necessário para resolver o problema. Várias lições podem ser tiradas desse episódio. Nos workshopss, devemos nos preocupar com o ensino e utilizar parâmetros mais baixos, pois iremos embora, e os médicos locais ½cam com o paciente e às vezes acabam passando por situações bastante difíceis. Devemos preconizar mais as apresentações em vídeo, pois além de poder mostrar o antes e o depois do procedimento, evitamos o alto custo de preparar uma sala, selecionar pacientes, ter liberação da Anvisa e contar com a boa vontade da indústria de fornecer os materiais necessários para a realização do procedimento. Complicações só acontecem com quem faz procedimentos, e uma boa relação com o paciente atenua muito o estresse gerado. Devemos sempre trocar informações com outros colegas, e até mesmo solicitar um terceiro para assumir o caso, tirando um pouco do desgaste emocional do caso ocorrido. Abrace o caso e vá com ele até o ½nal, com muita paciência e mostrando ao paciente que estamos engajados em resolver o problema, chegamos quase sempre a resultado satisfatório, evitando muitas vezes transtornos jurídicos. Hoje a paciente se encontra em perfeitas condições e sem nenhuma sequela da complicação. Concluo, citando uma frase famosa de Chico Xavier: “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, podemos começar agora e fazer um novo ½m.” Q
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Ouvidoria
rezados associados, Temos um início de 2013 repleto de temas a ser tratados pela SBD e trazidos pelos associados via internet na página do grupo Defesa Pro½ssional da Dermatologia (DPD), no Facebook. Entre os debates acalorados que foram travados no espaço, a Ouvidoria destacou 14 assuntos para avaliação mais detalhada junto à Diretoria da SBD. Esses assuntos vão desde a atuação de biomédicos invadindo a área da dermatologia e de médicos não dermatologistas apresentando-se como tal até a atuação de dermatologistas em cursos para não dermatologistas. Há questionamentos dos associados também sobre a própria via de comunicação – a página da DPD no Facebook, suas premissas e a participação exclusiva de dermatologistas ou não. Essas participações têm sido ricas, entusiasmadas e demonstram a necessidade de uma visão da SBD que traduza as principais linhas de pensamento de seus associados. Esses temas foram identi½cados e encaminhados para avaliação da Presidência da SBD, que passa a considerar essas questões em suas decisões e ações. Gostaria de destacar a importância da participação dos associados no início do processo, informando, denunciando e demandando providências, e também na parte ½nal seguindo as posturas orientadas pela SBD. O Departamento Jurídico da SBD está elaborando uma cartilha para de½nir as posturas que os dermatologistas devem adotar. O livro irá uniformizar as ações cabíveis a cada um, dentro da conformidade legal de seus atos. Outras ações são de atuação centralizada da SBD e serão encaminhadas de forma diferenciada para cada caso. Há ainda questões que demandam encaminhamento para avaliação da Comissão de Ética. É sempre necessário destacar o enorme desa½o assumido pela Presidência da SBD em monitorar os debates desenvolvidos na rede social. O ritmo dos registros postados, suas inúmeras réplicas e tréplicas inviabilizam a análise e resposta no mesmo veículo. Dessa forma, as manifestações encontradas na rede são coletadas e o½cializadas junto à SBD para análise, tratamento e comunicação aos associados. Q
Maria Helena L. Sandoval Ouvidora da SBD Vice-Presidente da SBD-ES
Jovem Dermatologista
Novidades no Prêmio Fide 2013 Oportunidade única para jovens dermatologistas latino-americanos apresentarem seus trabalhos cientí½cos em importante evento internacional
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erão oferecidas este ano pela Fundação Internacional para a Educação Dermatológica (Fide) em parceria com a Sociedade Internacional de Dermatologia (ISD) quatro bolsas destinadas a jovens dermatologistas latino-americanos que queiram apresentar seus trabalhos no Congresso Internacional de Dermatologia, a ser realizado de 4 a 7 de dezembro, em Nova Déli, capital da Índia. Dermatologistas graduados com menos de cinco anos na especialidade e residentes na América Latina tiveram até o dia 15 de março para enviar um resumo em inglês de trabalhos que possam ser apresentados no Congresso, conforme o regulamento do evento dispo-
nibilizado no site (www.icddelhi2013.com). Agora eles aguardam o resultado do júri, formado por dermatologistas do Brasil, Estados Unidos, Espanha, Colômbia, responsáveis pela seleção dos melhores trabalhos de cada país. No ano passado, o Prêmio Fide foi conferido às dermatologistas paranaenses Heliane Sanae Suzuki, do Serviço do Hospital das Clínicas de Curitiba, e Luciana de Abreu, do Instituto de Dermatologia Prof. Rubem David Azulay, no Rio de Janeiro. Ambas acabaram de voltar do 71o Meeting da AAD, ocorrido em Miami, na Flórida. Na próxima edição, divulgaremos os vencedores da Bolsa Fide 2013. Q Jornal da SBD Ano 17 n.2 O 5
Educação em Saúde
pos de Apoio Permanente Grape – SBD Por Oswa wald ldoo Dell½ni Fi Filh Fil lho e Carlos A A. Silva Bastos Coordenadores de Ações Institucionais – SBD
Oswaldo Del½ni Filho (SP)
Carlos A. Silva Bastos (PR)
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Projeto Grape-SBD inicia sua caminhada. Após o informativo veiculado viia internet, recebemos muitas consultas de coleg gas interessados nesse tipo de trabalho, trabalho existindo já alguns algu grupos formados e em funcionamento, enquanto outros solicitaram mais detalhes, especi½ ½camente sobre como organizar um Grape-SBD. Queremos enfatizar aqui que qualquer sócio da SBD que estiver motivado em realizar esse tipo de ação pode constituir e coordenar um Grape-SBD, focado em alguma dermatose de interesse. As reuniões poderão ser realizadas em suas clínicas ou consultórios, não necessitando estar vinculado a nenhuma instituição pública ou privada, embora elas sejam de extrema importância na participação do Projeto. Já contamos com vários grupos cadastrados, sendo que o primeiro, AAGAP- Alopecia Areata Grupo de Apoio, de São Paulo (SP), coordenado pela Dra. Enilde Borges Costa e constituído em 2003 com apoio da SBD-Resp, na época presidida pela Profa. Alice Alchorne, pronta e gentilmente aceitou nosso convite para incorporar-se ao Projeto Grape-SBD, fato de suma relevância,
tendo em vista que AAGAP já funciona há 10 anos, e, portanto, acumula experiência para desde já, tornar-se referência maior dentro do Projeto Grape-SBD. Esperamos que outros grupos semelhantes venham, em breve, juntar-se a nós. Muito nos honrou também o interesse do estimado João Roberto Antonio, professor emérito da Faculdade Estadual de Medicina de São José do Rio Preto, em criar e coordenar, no Serviço de Dermatologia do Hospital de Base da referida Faculdade, um Grape-SBD focado em psoríase. Se consideramos o Grupo-AAGAP da Dra. Enilde como referência maior, o Grupo do Prof. João Roberto será nosso exemplo maior. Agradecemos desde já o denodo e a dedicação dos coordenadores de outros grupos formados e em funcionamento. Ressaltamos que a ação, além dos benefícios trazidos ao paciente, que é o foco maior desse trabalho, com certeza contribui para signi½ ½cativa melhora do relacionamento médico/paciente, maior adesão aos protocolos terapêuticos, bem como para o respeito e valorização do médico dermatologista. Veja as agendas e os contatos dos Grapes-SBD já constituídos no site da SBD. Q
Grape-SBD fecha parceria com a Leo Pharma
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o dia 23 de fevereiro, a presidente da SBD, Denise Steiner, e o coordenador de Ações Institucionais da SBD, Oswaldo Del½ ½ni Filho, se reuniram com representantes da indústria farmacêutica LEO Pharma para a apresentação do projeto Grape-SBD e formação de possível parceria. “O intuito desse encontro preliminar residiu no interesse dessa indústria no Projeto Grape-SBD, pois, como foi exposto, a LEO Pharma, empresa dinamarquesa centenária, pauta-se pela responsabilidade de desenvolvimento socioambiental e econômico sustentável, e o projeto vem ao encontro dessa premissa, tornando de interesse uma parceria para seu apoio”, explica Del½ ½ni. Em sua opinião, a divulgação inicial será por meio de
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mídia eletrônica e confecção de produtos, tais como, bannerss, camisetas, bonés, folderss etc. “À medida que o projeto se desenvolver, outros procedimentos de implementação e/ou patrocínio deverão ser estudados”, completa. Em nome da SBD, Denise Steiner e Oswaldo Del½ ½ni sentiram-se honrados pelo interesse demonstrado e agradeceram a iniciativa importante desse apoio, desejando que a parceria seja exemplar e de muito sucesso. Participaram da reunião os representantes da LEO Vinicius Dantas Alves (gerente de Produto), Anderson Luciano Issa Abon Ali (gerente de Marketing), Giuliana Gonçalves Silva (coordenadora de Relações com o Mercado) e Samanta Nunes (gerente médica). Q
Movimento do bem: SBD convida todos a participar do Grape Projeto visa renovar as esperanças do surgimento de novos grupos pelo Brasil
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ermatologistas da SBD têm gradativamente demonstrado interesse em desenvolver trabalhos que ofereçam suporte e apoio contínuo psicoemocional e educativo a pacientes com dermatoses excludentes, como complemento à assistência ambulatorial ou de consultório. Até o fechamento desta edição, nove grupos já se haviam formado, sendo o primeiro sob o comando de Enilde Borges (SP), recém-associada ao Grape e coordenadora do Grupo de Apoio aos Pacientes com Alopecia Areata (AAGAP), de São Paulo, que em 2013 completa 10 anos. Desde a a década de 1990, período em que a dermatologista começou a acompanhar pacientes com alopecia areata no ambulatório do Departamento de Dermatologia da Unifesp, ela tem observado a necessidade de algo mais do que uma medicação que trouxesse de volta os cabelos daquelas pessoas. “Notei que os pacientes precisavam de um espaço em que pudessem entender o que estava acontecendo com eles, trazer suas dúvidas, seus medos; encontrar outros indivíduos com problemas semelhantes; perceber que a perda dos cabelos e pelos não os impedia de continuar suas vidas. Foi então que, em 2003, a professora Alice Alchorne, então presidente da SBD-Resp, me fez o convite para criar um grupo de apoio a esses pacientes, com o respaldo da Regional de São Paulo. E assim ½zemos. Nessa época, trabalhava conosco a psicóloga Simone Godinho, que assumiu, junto comigo, a coordenação do grupo”, explica Enilde sobre como se deu o processo de criação do AAGAP. Desde então, cerca de 300 pessoas passaram pelo grupo, que se reúne mensalmente, sempre aos sábados pela manhã na sede da SBD-Resp. Cada encontro congrega de 15 a 20 pessoas, entre adultos e crianças. “Os encontros têm dinâmica bastante variada. Algumas vezes trazemos atividades lúdicas, em outros momentos compartilhamos um ½lme ou a leitura de um livro com discussão em seguida. Às vezes contamos com a colaboração de músicos. Mas o ½o condutor das reuniões é o esclarecimento, o acolhimento e o amadurecimento mútuo”, informa ao jornal.
Enilda esclarece que o papel do médico inclui tentar enxergar a verdadeira necessidade do paciente que o procura e aplicar o conhecimento adquirido em sua formação pro½ ½ssional para oferecer alternativas que possam suprir essa necessidade. “Portanto, com o recurso do grupo de apoio, conseguimos alcançar muitas pessoas que buscam esclarecimentos, acolhimento, espaços para compartilhar suas angústias, num clima de seriedade e re¾ ¾exão, mas também de leveza e descontração. E, aqui, acrescento: todos nós, pro½ ½ssionais, que participamos das reuniões do grupo, sempre saímos fortalecidos, inspirados, e com mais recursos para atuar em nossa vida pro½ ½ssional e pessoal”, frisa.
Na foto acima estão Enilde Borges e Oswaldo Del½ ½ni na primeira reunião do ano, ocorrida em fevereiro, na sede da Resp. Na seguinte, crianças participam de atividades lúdicas promovidas constantemente nos encontros. Para Enilde, o ½o condutor das reuniões é formado por esclarecimento, acolhimento e amadurecimento mútuo
COMPROMISSO COM A TRANSFORMAÇÃO – Segundo o coordenador de Ações Institucionais da SBD, Oswaldo Del½ ½ni, a experiência do AAGAP serviu de inspiração para a recente criação do Grape. Segundo Enilde Borges, que tem a seu lado na coordenação do AAGAP a dermatologista Ideli Neitzke e a psicóloga Conceição Coelho, a iniciativa deve motivar o surgimento de novos grupos de apoio a pacientes com doenças dermatológicas estigmatizantes no Brasil. “Não tenho dúvida de que o projeto Grape vai despertar outros colegas para essa atividade. Aliás, já estamos vendo outros grupos se formando. Ver a criação de outros grupos de apoio em outras cidades do país era o meu grande sonho. Aos colegas dermatologistas a½ ½rmo, sem medo de errar, que esse tempo usado para observar os pacientes, para ouvi-los, para realmente entender suas necessidades, é um tempo muito rico, que vai fornecer a nós, médicos, os elementos de que precisamos para fazer a diferença na sociedade em que estamos”, ½naliza. Q Jornal daa SB BD An no 17 n..2 O 7
Defesa Pro½ssional
Defesa pro½ssional, um debate necessário Comprometida com a defesa do médico especialista em dermatologia que possui seu título devidamente registrado o no CRM e, sobretudo, com a preservação da saúde da população, a SBD lista a seguir os procedimentos qu ue podem ser adotados pelos associados para promover a comunicação de irregularidades cometidas no exercíccio da dermatologia. São eles:
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or meio de newsletter dirigida nos dias 28 de fevereiro e 1o de abril, a SBD ressaltou os principais procedimentos a serem realizados pelos dermatologistas para tratar as questões ligadas à defesa pro½ ½ssional da especialidade. Todos sabem que só se pode intitular especialista em dermatologia o médico que possuir o registro da especialidade junto ao Conselho Federal de Medicina (CFM). Entretanto, muitos procedimentos ligados à área da dermatologia estão sendo realizados por pro½ ½ssionais não médicos, pondo a saúde do paciente em risco e comprometendo o exercício correto da pro½ ½ssão. Questão também preocupante e que vem sendo alertada continuamente pela SBD diz respeito ao boom m de médicos que se vêm intitulando dermatologistas sem possuir o título de especialidade ou, possuindo, não o ter registrado junto ao órgão competente (CRM). Para saber se o pro½ ½ssional tem registro no CFM, basta ir ao site do órgão (www.portal.cfm.org.br) e veri½ ½car no banco de dados os registros de médicos especialistas em dermatologia. “Deve-se lembrar sempre que a defesa pro½ ½ssional é trabalho de cada membro da SBD e não somente de uma comissão, e que a valorização do especialista começa no consultório de cada um, que deve atuar como médico especialista nas doenças de pele. Cabe a ele, por meio de desempenho ético e pro½ ½ssional, mostrar a seus pacientes a importância da escolha de um dermatologista para a resolução de seus problemas, sejam eles clínicos ou cosméticos”, declarou Marisa Cunha (SP), assessora de assuntos de Defesa Pro½ ½ssional da SBD.
1. As ccomunicações deverão ser dirigidas à Comissão de Ética da Regional da SBD do local em que forem constatad dos atos que podem con½gurar irregularidades. Se nãão houver Comissão de Ética na Regional, a comunicação deverá ser feita diretamente ao presidente da Regional. 2. As comunicações deverão ser feitas sempre por escrito, com minuciosa descrição dos fatos, e acompanhadas de provas (com cópia de documentos hábeis a provar os fatos narrados). 3. Recebida a comunicação, o presidente da Regional da SBD deverá encaminhá-la por escrito ao presidente do CRM do local em que ocorreram os fatos supostamente irregulares. O órgão, por sua vez, poderá apurar diretamente os fatos aplicando as sanções cabíveis ou encaminhar a comunicação ao Ministério Público Estadual para que tal instituição apure os fatos e, se necessário, instaure os procedimentos cíveis ou criminais pertinentes. 4. O modelo de comunicação por escrito pode ser encontrado no site da SBD. Se o associado preferir, é possível obter uma cópia do mencionado modelo diretamente na Regional da SBD de seu estado. “Lembro a todos que a ½scalização do bom exercício ético não é prerrogativa apenas do CRM, mas de todos nós, pois, do contrário, estaremos cometendo infração ética por omissão. No estado da Paraíba, a Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos (Codame) sob meu comando, tem sido bastante atuante em reprimir divulgações dessa ordem. Também defendo que a denuncia seja encaminhada aos demais órgãos de ½scalização (Vigilância Sanitária, Procon e Ministério Público), alertando-os do perigo da propaganda enganosa”, reforçou Otávio Lopes (PB), assessor de assuntos de Defesa Pro½ ½ssional da SBD. Q Jornal da SBD Ano 17 n.2 O 9
SBD-Resp lança gibi A pele e o soll para alunos da rede escolar nacional Ação faz parte de campanha desenvolvida na gestão 2013/2014 e tem foco social, educacional e preventivo
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ma das prioridades da Diretoria da SBD-Resp para o biênio 2013/2014 é a realização de ações que visem às “Boas Práticas sobre Educação em Exposição Solar na Infância”. Nesse sentido e a ½m de chamar a atenção da sociedade civil sobre a importância do uso do ½ltro solar desde cedo, a Regional inaugurou no ano passado, na posse da nova Diretoria, ocorrida durante a 17a Radesp, em Atibaia (SP), a campanha “Sol, Amigo da Infância”, voltada para as crianças do ensino fundamental de escolas públicas e privadas do país e composta por três pilares: o desenvolvimento de uma revista em quadrinhos, DVD desses quadrinhos e peça teatral. Intitulado A pele e o soll, o gibi já lançado em fevereiro conta com o apoio do cartunista Maurício de Sousa, criador da Turma da Mônica. “A trajetó-
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ria teve início com Meire Parada que obteve o apoio do grupo Maurício de Sousa Produções, o qual encampou nossa campanha e desenvolveu conosco o gibi A pele e o soll, da Turma da Mônica. Isso valorizou imensamente nossas ações institucionais. A campanha cumpre dois objetivos: ação social e educacional junto à sociedade civil brasileira, missão da nossa SBD e valorização do dermatologista SBD que, dessa forma, se mostra compromissado com o presente e o futuro das pessoas”, explica o idealizador do projeto e presidente da SBD-Resp, Paulo Criado. ASSOCIADOS TAMBÉM GANHAM QUADRINHOS Entre fevereiro e março, os associados da SBD-Resp e da Nacional receberam os gibis que poderão ser re-
passados a seus pacientes nas clínicas, nos hospitais e Serviços Credenciados. Nessa primeira etapa da ação foram impressos 500 mil exemplares custeados pela Regional São Paulo que, futuramente, espera apoio para tiragens de dois milhões de exemplares, para distribuição gratuita nas escolas da rede pública e privada do Estado de São Paulo. “Também distribuímos durante o carnaval nos pedágios das balsas de São Sebastião e Bertioga, e no mês de março nas praças de pedágio da EcoVias nas estradas que ligam a Baixada Santista e São Paulo”, complementa o presidente da Resp. O conteúdo dos quadrinhos foi desenvolvido por um desenhista roteirista dos estúdios Maurício de Sousa, com base em orientações sobre exposição solar segura na infância transmitidas pela diretoria da SBD-Resp, composta ainda por Walter Belda Junior (vice-presidente), Meire Brasil Parada (secretária), Nilton Di Chiacchio (tesoureiro), Aparecida Machado de Moraes (coordenadora cientí½ ½ca) e Fátima Rabay (coordenadora de Comunicações). “Atualmente, além da nossa diretoria, têm-se engajado nesse projeto o Dr. Samuel Maldenbaum, responsável pela Campanha de Câncer da Pele no Estado de São Paulo, e o Dr. Octávio Moraes Jr., de Santos, outro colaborador assíduo. O presidente da SBD-PE, Dr. Sergio Palma, também tem apoiado ativamente a campanha, incluindo ações a
implementar na educação do Estado de Pernambuco. São Paulo agradece imensamente seu apoio e a disseminação dessa campanha por sua diretoria. O Dr. Rubens Leite, do Distrito Federal, também tem-nos apoiado e trabalhado em prol da campanha na capital federal, o que agradecemos de público. A diretoria da SBD Nacional também declarou seu apoio”, salienta Paulo Criado.
As crianças aprendem com os adultos. É fundamental Servir de modelo para que os pequenos possam cooperar na hora de cuidar da pele
EDUCAÇÃO SOLAR NA INFÂNCIA Segundo o presidente, a ideia da campanha não é nova, tendo sido implementada na década de 1970 nas escolas da Austrália por meio do programa SunSafe. “Sabe-se que educação nessa faixa etária tem boas probabilidades de mudar o futuro comportamento de vida dessas crianças. Cerca de 25-50% da radiação ultravioleta que o indivíduo recebe ao longo de sua vida ocorre entre os 18 e os 21 anos de idade. Assim, nessa faixa etária instalam-se danos no DNA da epiderme que podem não ser reparados adequadamente e, ao longo de décadas, originar os cânceres cutâneos não melanoma e melanoma. As queimaduras solares na infância com formação de bolhas podem duplicar o risco de melanoma na vida adulta, e a exposição solar na infância correlaciona-se diretamente ao número de nevos melanocíticos que o indivíduo terá na vida adulta”, ressalta. Q Jornal da SBD Ano 17 n.2 O 11
Mídias sociais
“A dermatologia de amanhã se erguerá sobre os alicerces de hoje” Por Carolina Reato Marçon
A Carolina Reato Marçon (SP) Assessora para Comunicação – SBD
s discussões nos grupos do Facebook têm sido muito abrangentes, envolvendo assuntos distintos, mas todos de muita importância, tanto do ponto de vista acadêmico quanto da defesa pro½ ½ssional. Devido ao dinamismo e à rápida velocidade da captura de conhecimento, essa troca de informações tornou-se uma forma efetiva de enriquecer a bagagem pro½ ½ssional, bem como de interagir, mobilizar, quando se faz necessário, e, também, de fazer amizades. É interessante como criamos a½ ½nidades também de forma virtual. O crescimento dos grupos, com participação constante dos associados, propicia a convergência de ideias e o fortalecimento de nossa classe para implementação de ações, o que se mostra muito importante no momento atual. Nesse contexto, destaco o informativo da SBD comunicando as diretrizes para a comunicação de prática irregular da dermatologia pelos ditos especialistas e pro½ssionais não médicos, que realizam com cada vez mais frequência procedimentos ligados a nossa área de especialidade, colocando em risco os pro½ ½ssionais quali½cados/intitulados e, principalmente, a sociedade em geral. Tornam-se cada vez mais frequentes nos grupos relatos de colegas que se depararam com complicações, muitas vezes graves, de procedimentos realizados por pro½ ½ssionais não quali½cados. O crescimento exponencial dos estabelecimentos relacionados à área estética, do número de escolas médicas, e dos cursos
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de especialização na área, bem como da facilidade de pagamento gerada, por exemplo, pelos sites de compra coletiva, faz com que a questão chegue a patamar bastante preocupante, beirando um problema de saúde pública. Esses fatos estão gerando diversos problemas não só para a SBD e seus associados, como também e sobretudo para os pacientes que, ao procurar atendimento de um dermatologista, são atendidos por pro½ssional que não possui essa especialidade médica aos olhos do Conselho Federal de Medicina (CFM). Uma vez que há prejuízo social e pro½ ½ssional, faz-se necessária mobilização para que sejam efetuadas denúncias e punições aos envolvidos na má prática médica. De acordo com a legislação em vigor, só se pode intitular especialista em dermatologia o médico que possui o registro da especialidade junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM) competente e que, portanto, é reconhecido como tal pelo CFM. Engajada na defesa do médico especialista em dermatologia que possui seu título devidamente registrado no CRM e, principalmente, na preservação da saúde da população, a SBD lançou informativo contendo as diretrizes que os seus associados podem adotar para promover a comunicação de irregularidades cometidas no exercício da dermatologia (as diretrizes se encontram no site da SBD, www.sbd.org.br). É muito importante para a defesa da especialidade que todos os associados adiram
a esse movimento e que se mobilizem para efetuar as comunicações de exercício irregular da dermatologia. Temos discutido nos grupos para sedimentar ideias e promover união em prol dessas medidas que visam à defesa pro½ ½ssional. Em decorrência de todos esses acontecimentos, existe forte apelo dos associados para que seja instituída prontamente a campanha de valorização da especialidade e orientação populacional. Sugere-se que seja contínua e de abrangência maciça na mídia, com a ½nalidade de ter grande impacto. Muitas vezes são dados exemplos de campanhas de sucesso realizadas em outros países e por outras especialidades médicas no Brasil, principalmente pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), que enfrenta situação semelhante e tem sido incisiva em suas colocações e posicionamentos. Conhecem-se os custos e di½ ½culdades que envolvem medidas como essa, mas acredito que a Diretoria esteja empenhada e dedicada a essa causa. Outra questão, que também está envolvida com o assunto e que tem sido muito discutida e cobrada pelos associados, é o posicionamento da SBD em relação aos membros da Sociedade que colaboram na formação dos pro½ ½ssionais em pauta. Seja por meio de aulas ministradas em cursos oferecidos a não médicos, cursos para médicos não oriundos de Serviços Credenciados, cursos preparatórios para o Título de Especialista em Derma-
tologia (TED), participação em cursos de ½nalidades diversas etc. Os associados entendem que as mudanças estatuárias recentemente implementadas respaldam atitudes mais enérgicas contra ações de membros que vão contra os interesses da classe. As especialidades mais procuradas são as que oferecem maior ganho ½nanceiro, e, nesse contexto, a dermatologia é uma das especialidades mais requisitadas. O crescimento da visão econômica faz com que a saúde esteja cada vez mais suscetível de ser encarada como objeto de consumo. Com isso, surgem a banalização da classe e a desvalorização pro½ ½ssional, bem como a ameaça à população, que ½ca sujeita a essa situação, sem estar ciente dos fatos. A dermatologia de amanhã se erguerá sobre os alicerces de hoje. A visualização da situação atual nos faz projetar um futuro incerto. Os desa½ ½os são enormes, mas não podemos sucumbir. Temos que seguir, juntos, na luta por uma dermatologia mais digni½ ½cante, combatendo bravamente as ameaças que afetam nossa especialidade. O assunto TED, amplamente discutido nos últimos meses, será abordado detalhadamente na próxima edição. Não percam! Q Seguem os links para quem ainda não participa dos grupos: https://www.facebook.com/groups/120851898031159/ https://www.facebook.com/groups/195906550454799/ Jornal da SBD Ano 17 n.2 O 15
Dermatologia no esporte
Os cuidados na prescrição dermatológica de atletas e o doping na dermatologia Por Renato M. Bakos*
A
Renato M. Bakos Presidente da SBD-RS 2013/2014
s práticas esportivas são relacionadas à saúde e ao bem-estar, sendo cada vez mais utilizadas pela população. Estima-se que nos Estados Unidos, cerca de 75% da população seja ativa e participe de alguma atividade desportiva. Esses dados possivelmente são verdadeiros em outras partes do mundo, o Brasil incluído. No nosso país, há crescente procura de atividade esportiva por motivos relacionados à saúde dos indivíduos, por condições sociais e climáticas favoráveis e, nos últimos anos, pelo estímulo que exercem grandes competições mundiais, como a Copa do Mundo de futebol e os Jogos Olímpicos. É natural imaginar que grande parcela desses atletas amadores ou pro½ ½ssionais frequente consultórios de dermatologistas. Dessa forma, é fundamental que esse especialista, pro½ ½ssional mais capacitado para atender aos anseios desses pacientes, domine as necessidades desse grupo. Cada esporte possui suas peculiaridades, podendo ser desenvolvido em locais fechados ou ao ar livre, disputado em ambiente terrestre ou aquático e com uso de vestimentas variadas. O correto conhe-
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cimento da atividade esportiva de nossos pacientes torna-se informação importante dependendo da terapêutica dermatológica a ser instituída. Como exemplo pode ser citada a maior necessidade de emolientes para nadadores e portadores de dermatite atópica. Os cuidados com relação à prescrição dermatológica de esportistas devem ter início na anamnese, com a inserção de perguntas simples que identi½ ½quem a prática do paciente, local, frequência e, ainda, se o esporte é praticado de modo pro½ ½ssional. Em especial nos atletas pro½ ½ssionais, os cuidados com a prescrição incluem o risco de utilização de alguma medicação de uso proibido no esporte. Esses atletas são submetidos constantemente a exames de controle de dopagem durante competições, bem como durante períodos de treinamentos de forma aleatória. As sanções por uso de medicações proibidas são pesadas, podendo, aliás, acarretar o banimento do atleta do esporte. A maioria dos remédios mais utilizados na dermatologia é permitida; algumas medicações de uso comum são, entretanto, proibidas. Dos fármacos tópicos, o principal grupo a ser evitado é dos anabolizantes (testosterona, clostebol, DHEA). Os corticoides de uso tópico são permitidos. Entre as
medicações sistêmicas, além de anabolizantes e diuréticos, o uso dos corticoides, produtos que contenham efedrina, pseudoefedrina e espironolactona são os mais importantes a evitar. Em 2010, a Agência Mundial de Antidoping (Wada) retirou a ½nasterida da lista de proibidos, até então considerado um potencial agente mascarador do uso de anabolizantes. A Wada1 e o COB (Comitê Olímpico Brasileiro)2 publicam anualmente em seus sites lista atualizada das substâncias proibidas. É importante mencionar que quaisquer medicações em uso pelo paciente, independentemente de constar na lista de drogas proibidas, devem ser citadas pelo atleta no momento da coleta de amostras para controle de doping. Caso algum paciente necessite empregar por condições clínicas alguma medicação que esteja na lista, a federação esportiva do atleta e a sua equipe médica devem ser noti½ ½cados, e um formulário de Isenção de Uso Terapêutico (IUT) disponível no site do COB precisa ser encaminhado para apreciação das autoridades antes do uso da medicação. Além disso, determinados fármacos podem causar reações indesejadas em atletas. Isso ocorre em especial com medicações fotossensíveis em atletas que rea-
lizam atividades regulares ao ar livre. Ainda, o potencial sedativo de anti-histamínicos e outros agentes sedantes podem ser prejudiciais em determinados esportes. Apesar de não haver contraindicação para seu uso, pacientes que realizam atividades de alto rendimento devem ser monitorados quando do uso de isotretinoína e outros retinoides. Além da fotossensibilidade, esses agentes podem induzir, em alguns pacientes, mialgias e, até mesmo, lesões articulares.3 Em suma, a dermatologia se insere nesse contexto como importante especialidade médica no cuidado multidisciplinar de atletas. Reconhecer as necessidades desses pacientes e evitar danos clínicos, de desempenho e desclassi½ ½catórios torna-se missão adicional de nossa especialidade. Q Referências::
1. Manual de medicações proibidas da Wada. Site: http:// www.wada-ama.org /en/World-Anti-Doping-Program/ Sports-Anti-Doping-Organization/International-Standard/ Prohibited-List/; 2. (www.cob.org.br); 3. Chroni E, Monastirli A, Tsambaos D. Neuromuscular adverse effects associated with systemic retinoid dermatotherapy: monitoring and treatment algorithm for clinicians. Drug Saf 2010;33(1):25-34.
* Professor adjunto de dermatologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Especialista em medicina do esporte pela Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e Esporte Jornal da SBD Ano 17 n.2 O 17
Biblioteca BBiblioteca iblioteca
Uma análise sobre o melasma Padrões clínicos e epidemiológicos do melasma facial em mulheres brasileiras – (Estudo realizado na Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp) que aborda as características clínicas e epidemiológicas do melasma facial em mulheres brasileiras) – A. de A. Tamega, L.D.B. Miot, C. Bonfietti, T.C. Gige, M.E.A. Marques, H.A. Miot. JEADV 2013;27:151-156.
N
esse trabalho recente foram estudados 302 pacientes do sexo feminino, fototipos de I a VI de Fitzpatrick, com diagnóstico de melasma, independentemente do tempo de duração ou tratamentos realizados. Os autores analisaram dados clínicos e demográ½ ½cos por meio de um questionário, e foram medidos os valores de TSH e cortisol basal. Os resultados mostraram que a idade de início do melasma é em torno de 27,5 ± 7,8 anos, e a duração média da doença de 9 ± 11 anos. Os fototipos III, IV e V foram os mais acometidos, e mais da metade dos pacientes estudados apresentavam antecedente familiar em primeiro grau para a doença, a maioria habitando áreas rurais ou litorâneas. Esses pacientes tiveram maior tempo de duração da doença, sugerindo que a predisposição genética seria um fator de manutenção do melasma, e não mostravam características clínicas diferentes de distribuição das lesões. A baixa incidência de melasma nos fototipos extremos sugere maior estabilidade e homoge-
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neidade da reação pigmentar da pele ao estímulo da radiação ultravioleta. A distribuição das lesões na população estudada mostrou dois padrões principais: centro-facial e periférico. A maioria dos pacientes apresentava acometimento de seis ou mais regiões da face, sendo a região zigomática a de maior ocorrência (90,5%). As causas mais frequentes foram gravidez, uso de anticoncepcionais orais e exposição solar intensa. Em 244 pacientes, o melasma foi associado à gravidez; nesses casos a idade de início foi mais precoce, e a ocorrência estava diretamente relacionada a um maior número de gestações, mas sem apresentar distribuição característica das lesões. O uso de anticoncepcional oral foi relacionado ao maior acometimento da região mentoniana. Os valores de TSH foram anormais em 25,3% dos pacientes, sendo 24,1% acima, e 1,2% abaixo do normal. O nível de cortisol estava alterado em 9,6% dos pacientes, sendo 7,7% com níveis elevados, e 1,9% abaixo. Esses achados são consistentes com os
Nesta edição, a coluna disponibiliza a sugestão de leitura de dois artigos sobre o melasma, a segunda maior queixa nos consultórios dermatológicos, de acordo com os resultados do censo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) realizado em 2006. Convidamos a coordenadora da Biblioteca da SBD, Ana Paula Meski (SP), para comentar os artigos a seguir, publicados este ano no Jornal da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia (JEADV) e na Surgical & Cosmetic Dermatology.
níveis encontrados na população feminina adulta, não podendo nesse caso ser relacionado diretamente ao melasma. Estudos anteriores mostraram a relação entre exposição solar intensa e níveis anormais de TSH, e maior prevalência de melasma em pacientes com alterações autoimunes de tireoide, mas ainda não se conhece o real papel desses achados. Outros estudos apontaram que níveis elevados de cortisol também in¾ ¾uenciam o curso do melasma desencadeado pelo uso de anticoncepcionais orais, contribuindo para sua persistência mesmo após a interrupção da medicação. Os autores concluíram que apesar de a amostra estudada não ser representativa da população de mulheres brasileiras, foram levantados importantes dados sobre o melasma em nosso meio, como a idade de início, a importância de fatores genéticos, a maior incidência em fototipos intermediários e a precipitação por fatores hormonais, semelhantes aos achados em outros países. Q
Avanços no tratamento do melasma: revisão da literatura recente – (Os autores revisaram trabalhos sobre tratamento da doença, publicados no Medline entre 2006 e 2012) – Arefiev KL and Hantash BM. Dermatol Surg 2012;38:971-984. O agente clareador consagrado, tanto na prática como na literatura cientí½ca, é a hidroquinona, que atua pela inibição da tirosinase. Os cremes com a tripla combinação de tretinoína, corticoide e hidroquinona em geral são os mais recomendados como tratamento inicial, mas o risco de atro½a pelo uso prolongado do corticoide impossibilita seu uso na terapia de manutenção. Os resultados com esses cremes combinados foram melhores do que com o uso isolado de hidroquinona a 4%. O arbutim a 1% é o derivado botânico de hidroquinona com menos efeitos adversos. Estudos mostraram redução da melanina após seis meses de utilização. O ácido elágico é antioxidante encontrado em frutas e plantas que apresenta possível efeito inibitório na melanogênese. A aplicação duas vezes ao dia a 1% reduziu signi½cativamente a melanina após seis meses de uso. O rucinol é um derivado do resorcinol que inibe a tirosinase. A utilização a 0,3% em serum, aplicado duas vezes ao dia, durante 12 semanas, em 32 pacientes, mostrou redução signi½cativa da pigmentação. O ácido azelaico é ácido dicarboxílico sintetizado pela Malassezia furfur e está associado à hipopigmentação da tinea versicolor. É inibidor fraco da tirosinase, e foram demonstrados efeitos citotóxicos e antiproliferativos nos melanócitos anormais. Os oligopeptídeos constituem nova classe descrita de inibidores da tirosinase, sendo considerada alternativa bené½ca para a hidroquinona. A aplicação de emulsão com 0,01% de decapeptídeo-12, duas vezes ao dia, mostrou mais de 50% de clareamento, após 16 semanas de uso, mas o trabalho foi realizado em apenas cinco pacientes. Além dos tratamentos tópicos, foram estudados os peelings químicos com ácido glicólico (20% a 70%), oito sessões, com intervalos de duas semanas, mostrando redução em mais de 80% do Masi. Peelings com ácido salicílico a 30% realizados a cada duas semanas, durante 12 semanas, clarearam o melasma graças a sua ação queratolítica e anti-in¾amatória. Peelings com solução de Jessner mostraram resultados semelhantes aos de ácido salicílico, mas inferiores aos descritos com a realização de peelings com ATA 20%. O laser ablativo com CO2 fracionado apresentou bons resultados no clareamento do melasma em 60 pacientes (10.600nm, 11,3J/cm2, 350ns, uma passada), principalmente quando combinado à fórmula modi½cada de Kligman. O laser Nd:YAG 1064nm (quality switched neodymiun-doped yttrium aluminum garnet laser) ofereceu bons resultados para o clareamento parcial do melasma em um estudo com 22 pacientes, mas três desenvolveram hipopigmentação moteada e quatro hiperpigmentação rebote. O laser fracionado não ablativo de 1550nm (erbium glass laser) aplicado em 20 pacientes após quatro tratamentos, durante oito semanas, mostrou melhora importante do melasma. Em outro estudo, porém, foi observada piora da hiperpigmentação em mais de 30% dos pacientes tratados. Apesar de controverso, alguns autores apresentaram bons resultados no clareamento do melasma com a utilização de luz intensa pulsada associada à fórmula modi½cada de Kligman. Os autores dessa revisão concluíram que os trabalhos que abordam os tratamentos do melasma são de difícil interpretação, pois não existem ainda protocolos bem estabelecidos, e a heterogeneidade e a variação da doença são fatores que di½cultam qualquer avaliação mais precisa. Mais estudos são necessários mostrando e½cácia e segurança. Q
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Cerca de 20% dos pacientes assistidos no Tour tinham mais de 65 anos de idade, e 42% deles eram homens
Campanha
Tour de Prevenção completa 5 anos com êxito SBD já planeja as ações deste ano, que devem ser realizadas em setembro
E
m 2013 a SBD completa o quinto ano consecutivo de parceria com a La Roche-Posay para a realização do Tour de Prevenção, ação até então permanente e parte importante da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele (CNPCP). Os dados fornecidos pelo laboratório mostram que as quatro edições do Tour atenderam a mais de 12 mil pessoas, sendo registrados mil diagnósticos de câncer da pele. No ano passado, o projeto priorizou visitas em cidades interioranas das regiões Norte e Nordeste, onde o acesso à informação e ao atendimento médico ainda é pequeno. Nove cidades brasileiras estiveram na rota do Tour, que registrou 3.220 assistências com o diagnóstico de 296 lesões suspeitas da doença. Em 2011, 3.774 pessoas passaram por consultas no caminhão itinerante, e 329 apresentaram sinais de câncer da pele. Segundo o coordenador da CNPCP, Marcus Maia, “as estatísticas demonstram uma elevada percentagem de diagnóstico para câncer da pele, provavelmente pela divulgação das características do paciente de risco, bem como do aspecto clínico da doença. Hoje a estratégia na luta contra o câncer da pele é: Você é um paciente de risco? Então faça o exame preventivo para câncer da pele! As caracteríscas do paciente de risco são sempre muito divulgadas.” A diretora da La Roche-Posay, Sophie Velut, a½ ½rmou que o Tour de Prevenção, realizado conjuntamente com a SBD, é uma importante iniciativa que rea½ ½rma o caráter social da marca. “A La Roche-Posay se preocupa, acima de tudo, com o bem-estar do indivíduo, por isso consideramos tão importante essa parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Precisamos educar e conscientizar a população sobre a melhor forma de se prevenir contra os danos causados pela radiação solar. Para nossa equipe, compartilhar dessa missão é motivo de orgulho.” PROTETOR SOLAR, UM ALERTA Uma das constatações da campanha de 2012 foi a identi½cação ½ de que atualmente é grande o número de
pessoas (69%) que não utiliza o protetor solar ao se expor ao sol. Esse percentual ainda é maior em cidades como Rondonópolis (79%), Belém (79%), Araguaia (71%), Recife (68%) e Teresina (70%), que apresentaram resultados acima da média brasileira. Segundo o relatório ½nal do Tour, o carcinoma basocelular continua sendo o que apresenta maior índice de diagnósticos, principalmente nas cidades de Rondonópolis (39%), Recife (52%), Arapiraca (32%), sendo que em 65% dos casos a lesão foi encontrada na face, reforçando a necessidade da utilização de protetor solar diariamente. Após o atendimento no caminhão, 60% dos pacientes foram encaminhados para cirurgias ou realização de biópsia nos Serviços Credenciados pela SBD. “A prevenção ao câncer da pele é um processo de educação, principalmente da população, e essa ação simbolizada no Tour cumpre a sua função, ou seja, divulga a maneira como o câncer da pele pode ser evitado por meio da fotoproteção, principalmente para o paciente de risco. No entanto, o mais marcante são os diagnósticos, na maioria das vezes da doença em sua fase inicial, o que permite a cura com uma cirurgia simples. Para isso, esse atendimento é também resolutivo pois assegura tratamento imediato nos Serviços Credenciados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)”, completa Maia. De acordo com Barbara Gurgita, da Comunicação Cientí½ ½ca da La Roche-Posay, a campanha deste ano já está sendo estruturada, e o principal foco será alertar crianças e adolescentes quanto aos malefícios do sol sem proteção e a longo prazo. “Aproximadamente 80% da exposição solar de toda a nossa vida ocorre nos 18 primeiros anos, tendo efeito cumulativo. Por esee motivo, a marca estuda desenvolver materiais especí½ ½cos para esse grupo no Tour deste ano”, salienta. O roteiro sugerido para a edição de 2013 – que terá início em setembro – prevê a visitação de 12 cidades, entre elas Brasília, Goiânia, Fortaleza, Recife, Vitória da Conquista e Rio de Janeiro. Q Jornal da SBD Ano 17 n.2 O 21
Dia do Dermatologista
SBD investe em campanha multiplataforma para comemorar o Dia do Dermatologista Ação em várias mídias é bem-aceita entre público leigo. Um hotsite desenvolvido para a data registrou mais de 17 mil visitantes em um só dia
U
ma grande e inédita campanha multiplataforma promovida pela SBD para homenagear e valorizar o especialista no diagnóstico, tratamento e prevenção clinicocirúrgico de doenças do maior órgão do corpo humano, a pele, marcou o Dia do Dermatologista, celebrado em 5 de fevereiro. A ação contou com a criação de um hotsite interativo (www.diadodermatologista.com.br), no qual o público pode entrar em contato com os associados da SBD, enviando mensagens de felicitações diretamente a seu dermatologista, além de localizar os associados da SBD que atuam nas regiões brasileiras e acessar informações sobre a importância da consulta regular a um especialista da área. “Nosso desejo com essa ideia foi fazer uma homenagem ao dermatologista da SBD e também incentivar a população a conhecer melhor esse pro½ ½ssional tão importante para a medicina”, ressalta a presidente Denise Steiner, satisfeita com os resultados positivos alcançados na ação realizada em período bastante curto. Em um único dia, o hotsite registrou 17.778 acessos com 859 dermatologistas recebendo mensagens de felicitação. No Facebook, o número de seguidores da fanpagee teve aumento de 30% com 623.872 visualizações em anúncios patrocinados (Facebook Ads). Os números gerais são ainda mais expressivos: o post da campanha somou 3.328 curtidas, 799 comentários e 1.418 compartilhamentos, sendo o mais visto e compartilhado da história da SBD no Facebook. “Ficamos muito felizes com os resultados, que não poderiam ser melhores. Ver a grande participação do público leigo, que hoje está mais atento
e preocupado, indo mais ao dermatologista para checar sua saúde, é um sinal de que estamos no caminho certo”, completa a presidente. Além do hotsite, dos anúncios no Facebook e no Google AdWords, o projeto desenvolvido pela empresa Calebe Design também incluiu veiculação de propagandas em grandes portais da internet, como Globo.com, Terra, T Dermatologia.net, IG e Uol. Segundo informações contidas no relatório ½nal da empresa, a ação ultrapassou a marca de 37 milhões de views nos grandes portais e contabilizou 39.652.810 visualizações dos anúncios do Dia do Dermatologista por meio de todos os veículos utilizados (portais, links patrocinados e redes sociais). “O Dia do Dermatologista 2013 foi a primeira ação de grande visibilidade midiática da nova diretoria que, num prazo extremamente curto, conseguiu colocar muita coisa para funcionar. Além disso, foi uma ação inovadora, multiplataforma, que utilizou mídias e recursos até então não explorados pela SBD. Com o relativo sucesso, estabelecemos parâmetros a alcançar e superar nas campanhas posteriores”, disse Calebe Asafe, diretor de criação da Calebe Design. A presidente Denise Steiner salienta que ao longo de seu mandato serão realizadas ações contínuas de valorização do dermatologista, incluindo as de cunho social, por meio Grape, “a ½m de promover apoio consistente e contínuo aos pacientes com dermatoses que impliquem comprometimento na qualidade de vida ou provoquem discriminação”. Q Jornal da SBD Ano 17 n.2 O 23
Capa
Do Brasil para o mundo: o avan莽o da dermatologia verde-amarela
SBD leva as cores da dermatologia brasileira para o maior encontro dermatol贸gico do planeta, o Meeting da AAD, e estrutura novas parcerias para o crescimento internacional da especialidade 24 Jornal da SBD O Ano 17 n.2
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om o mote “Brasil para o mundo” a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) registra mais um capítulo signi½ ½cativo em sua história ao traçar uma importante estratégia visando expandir sua visibilidade na dermatologia mundial. O novo fôlego foi dado durante o 71st Meeting da Academia Americana de Dermatologia (AAD), em Miami, de 1o a 5 de março, quando a Diretoria articulou com o novo presidente da AAD, Dirk Elston, uma reunião para apresentação o½ ½cial de proposta que prevê a realização de simpósio próprio da SBD dentro do Meeting da Academia Americana de Dermatologia em 2014, seguindo o exemplo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), que este ano foi a primeira sociedade médica mundial a organizar um fórum no encontro. Centenária e formadora de dermatologistas independentes e ativos, além de ter destaque em áreas como a cosmiatria e a cirurgia dermatológica, a SBD hoje não se encontra no lugar merecido e deseja ir além. ”Nossa ideia é ativar todos os canais competentes para mudarmos esse panorama. Para isso, já tivemos uma primeira conversa com o Dirk Elston a ½m de pleitear o fórum da SBD, além de iniciar parceria para outros projetos, como a participação da Academia em nossos congressos e a possibilidade de intercâmbio de residentes brasileiros e estrangeiros. Queremos aumentar nossa representatividade no evento, já que temos força cientí½ ½ca e experiência internacional”, comenta a presidente da SBD, Denise Steiner. Coordenado por Ricardo Shiratsu, do Departamento de Imagens da SBD, o simpósio “Fórum de Procedimentos Cirúrgicos e Estéticos na América Latina” da SBCD aconteceu graças a uma série de reuniões periódicas feitas durante três anos com presidentes e ex-presidentes da AAD – em que eram expostos o potencial de nossos especialistas – e o grande número da delegação brasileira no encontro, só superada pela delegação dos Estados Unidos, sem que houvesse a
Ricardo Shiratsu, ex-presidente da SBCD 2011/2012, ao lado do atual presidente da AAD, Daniel Siegel
devida participação ou espaço na grade cientí½ ½ca do evento. Ao longo desse tempo foram feitos diversos convites pela SBCD a médicos estrangeiros para que eles pudessem participar como colaboradores de artigos no jornal institucional e também no congresso anual da SBCD. “Até que este ano fui agraciado com o convite da comissão cientí½ ½ca para participar como diretor do fórum e montei uma grade de programação contemplando colegas brasileiros e latinos que brilharam em suas apresentações, todas de muita qualidade cientí½ ½ca. Em irrepreensível inglês, eles mostraram que a dermatologia brasileira desponta no cenário mundial. Com sala cheia, público interessado e composto em sua maioria por não brasileiros, acredito que atingimos nosso objetivo. Esperamos que em 2014 venhamos a repetir esse feito”, salienta Shiratsu. Segundo ele, no discurso de abertura do fórum o fato foi citado pela AAD como marco histórico, o que possibilita a abertura da grade cientí½ ½ca do Meeting a outras sociedades de dermatologia. “Os colegas estrangeiros estão vislumbrando essa nova tendência”, complementa. O tratamento de celulite e procedimentos a laser em peles negras e hispânicas foram os temas apresentados pelos dermatologistas Valéria Campos, Joaquim Mesquita Filho, Luiz Castro, Maurício Nascimento, Gabriel Gontijo, Jorge Ocampo, Doris Hexsel, Luiz Roberto Terzian, Emerson Lima e Reinaldo Tovo. De todos os países participantes do Meeting, o Brasil é o que leva mais especialistas, e é há anos a maior delegação estrangeira no evento dermatológico. Participaram do encontro desta última edição 2.300 médicos brasileiros, tendo muitos deles ministrado aulas.
NOVAS EMPREITADAS
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urante a festa da SBD no Meeting houve o lançamento da candidatura do Rio de Janeiro para sediar o 24o Congresso Mundial de Dermatologia (WCD), em 2019. A cidade escolhida será de½ ½nida por meio de votação no próximo WCD, a ser realizado daqui a dois anos em Vancouver, no Canadá. Indicados pela SBD para ocupar os cargos de presidente e secretário-geral, respectivamente, do Comitê de Candidatura Rio 2019, os dermatologistas Omar Lupi e Paulo R. Cunha já iniciaram os trabalhos objetivando essa conquista para a dermatologia brasileira. O comitê tem a função de organizar em todos os níveis a campanha para o Congresso Mundial de Dermatologia, evento que ocorre a
Paulo R. Cunha, Sineida Berbert Ferreira, Omar Lupi e Denise Steiner no lançamento do Comitê de Candidatura Rio 2019, ocorrido no estande institucional da SBD da AAD
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cada quatro anos e é organizado pela Liga Internacional de Sociedades de Dermatologia (Ilds). Segundo a presidente da SBD, Denise Steiner, o presidente da Ilds, Wolfram Sterry, comentou que são grandes as chances de o encontro ser realizado no Brag ssil. “Não só pelas nossas belezas naturais, mas principalmente pela força e atuação do dermatologista brapa silleiro.” RETORNO PARA OS DERMATOLOGISTAS O Comitê propôs a criação de um fundo ½nanceiro para impulsionar projetos estruturantes voltados para dermatologistas – jovens e experientes – garantindo-
-lhes o apoio cientí½ ½co necessário para seu crescimento. “Estamos trabalhando no sentido de deixar um legado para o país sede. Para isso, o Comitê Rio 2019 propôs a criação de um fundo ½nanceiro para ser gerido pela SBD com o intuito de promover continuamente a internacionalização da dermatologia brasileira por meio de prêmios, bolsas e estágios no exterior”, declarou o secretário-geral, Paulo R. Cunha Na ocasião do lançamento, foram distribuídos material de divulgação do Congresso Mundial de 2019, como bottons, folderss, camisetas e outros brindes que são a cara da Cidade Maravilhosa, como as famosas sandálias Havaianas. Q
BRASIL PARA O MUNDO DO BRASIL PARA O MUNDO DO BRASIL PARA O MUNDO DO BRASIL PARA PAVILHÃO BRASILEIRO SBD/SBCD FAZ SUCESSO
Alexandre Filippo (vice-presidente da SBCD), Denise Steiner (presidente da SBD), e Francisco M. Paschoal (presidente da SBCD) no Pavilhão Brasileiro durante a AAD
A SBD e a SBCD montaram um amplo e visível estande para receber seus associados e auxiliá-los com orientações. Denominado “Brazilian Pavillion of Dermatology” também foi importante espaço para a distribuição de folhetos institucionais e divulgação de livros e congressos de ambas as sociedades médicas. “O Pavilhão Brasil foi uma bela iniciativa da SBD e SBCD que já vinha sendo amadurecida há poucos anos, mas só agora conseguimos viabilizar esse espaço dentro da área de exposição do congresso americano. Virou um ponto de encontro dos brasileiros presentes no evento, como também atraiu a curiosidade de dermatologistas de diversas
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parte do mundo. Foi uma demonstração do grande momento por que passa a dermatologia brasileira e do respeito que estamos adquirindo perante os americanos, visto que conseguimos realizar um fórum latino-americano, dentro da programação científica do congresso, e ainda fomos convidados para manter esse fórum no congresso do ano que vem. Estamos todos de parabéns e orgulhosos por essa conquista”, afirma o coordenador de negociações da SBD com a indústria e vice-presidente da SBCD, Alexandre Filippo. O Pavilhão Brasil teve o apoio de Innovapharma, PontoCom Saude, Industra e Mantecorp SkinCare.
A O MUNDO
DO BRASIL PARA O MUNDO DO BRASIL PARA O MUNDO DO BRASIL PARA O MUNDO SBD COMO INSPIRAÇÃO PARA CRESCER FORA DE CASA
A comunidade dermatológica do mundo inteiro teve acesso à programação do XX Congresso Ibero-latino-americano de Dermatologia que será realizado em novembro de 2014, no Rio de Janeiro, em parceria com a SBD. Com o tema “Brazilian Dreams” um comitê de dermatologistas brasileiros destacou para toda a comunidade latino-americana a força da dermatologia do país, os encantos da cidade, e a nova estrutura que o Rio de Janeiro dispõe para receber eventos internacionais, fazendo alusão a como poderá ser o Congresso Mundial no Rio, em 2019, caso a cidade seja escolhida na votação de 2015, em Vancouver, Canadá. “O XX Congresso do Cilad em 2014 tem o potencial de alavancar a candidatura brasileira em 2015, servindo como prévia da nossa capacidade de organização e excelência. Imaginamos que possa servir como os Jogos Olímpicos de 2007 para posterior indicação do Rio como cidade sede das Olimpíadas de 2016”, ressalta o vice-presidente do Cilad e presidente do encontro XX Cilad, Omar Lupi.
O Projeto Residentes, instituído pela SBD em 2009, serviu de modelo para a criação do projeto LatinaDerma Excellence, voltado para os residentes e idealizado pelo Colégio Ibero-latino-americano de Dermatologia (Cilad). Seu objetivo é dar oportunidades a jovens residentes da América Latina para o intercâmbio de opiniões, experiências e ideias com os professores mais destacados do continente, em evento que ocorrerá de 25 a 27 de julho, em Buenos Aires, na Argentina. Segundo o vice-presidente do Cilad, Omar Lupi, dentro do universo de 23 países que compõem o Cilad, cerca de 40% das 100 bolsas são destinadas a residentes brasileiros ou graduandos dos Serviços Credenciados da SBD, que participarão de processo seletivo baseado no critério da meritocracia (nota e desempenho). Cada país terá um comitê local, e os chefes de Serviço serão peças-chave na indicação desses jovens. Um comitê nacional que tem à frente os delegados brasileiros do Cilad (2013/2016) Alice e Maurício Alchorne, além do vice-presidente Omar Lupi, fará a escolha dos futuros bolsistas. “A base do LatinaDerma tem como DNA o Projeto Residentes da SBD e se manifesta num nível mais amplo, com o enfoque de que o residente é o futuro da dermatologia mundial”, explica Lupi, um dos mentores do projeto. Outras informações no site: http:// latinadermexcellence.com/registro-en-linea/.
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Fórum 2013
Diálogo em exercício: Diretoria realiza Fórum de Trabalho para o planejamento de ações do biênio Encontro promoveu grande troca de informações e experiências entre os associados de todo o Brasil Membros da diretoria se reúnem com dermatologistas associados para elaboração de plano de trabalho para o biênio 2013/2014
U
ma série de reuniões com o objetivo de subsidiar o planejamento das ações da atual Diretoria marcou o Fórum 2013 da SBD, realizado nos dias 1o e 2 de fevereiro, em São Paulo. Participaram das discussões os coordenadores de Departamentos, Serviços Credenciados e presidentes das Regionais. As reuniões conjuntas levaram em consideração as necessidades de cada grupo e priorizaram a troca de ideias e experiências, contribuindo para a de½ ½nição do plano de trabalho a ser desenvolvido pela atual gestão, capitaneada pela dermatologista Denise Steiner. Também estiveram presentes a diretoria executiva, os coordenadores da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele, de Psoríase e assessores dos Serviços. “Graças ao trabalho de vocês, consolidamos a nossa especialidade como uma das maiores do Brasil. E, juntos, transformaremos a SBD em uma das sociedades médicas mais atuantes e fortes do mundo”, disse Denise Steiner. A presidente falou, ainda, sobre o futuro, ressaltando que os desa½ ½os para os próximos anos já começaram a ser delineados no Fórum de Trabalho: “Nossa missão será dar o maior subsídio possível a nossos dermatologistas chefes de Serviços Credenciados, além das Regionais e dos Departamentos e, sem dúvida, dar andamento ao crescimento internacional com a força de cada dermatologista brasileiro”, ½nalizou. Acompanhe o que alguns presidentes das maiores
Regionais da SBD e coordenadores de Departamentos mais atuantes na entidade disseram sobre os resultados do encontro: “O Fórum SBD 2013 foi um importante momento de aproximação entre as Regionais da SBD e a Diretoria Executiva. O saldo foi positivo, e a discussão ampla e muito proveitosa. Foram encaminhados diversos assuntos acerca das necessidades de cada Regional, e isso contribuiu para a troca de experiência entre elas, e importantes sugestões foram feitas em diversos campos: defesa pro½ ½ssional, relacionamento com a mídia, ações sociais e institucionais, campanhas de valorização da dermatologia, incentivo aos Serviços Credenciados, entre outros. A SBD-MG levou sua experiência em relação à defesa pro½ ½ssional e valorização da dermatologia. Citamos, como exemplo, a realização pela Dra. Flávia Bittencourt (presidente 2011/2012) da Jornada de Acadêmicos, evento que ajudou os alunos de medicina a entender melhor a formação do dermatologista e a diferença existente entre residência médica, especialização e pós-graduação lato sensu. Também aproveitamos para o envio de carta às prefeituras e secretarias de saúde sugerindo-lhes que só contratem médicos dermatologistas com RQE (registro de quali½ ½cação de especialista), ação essa também realizada pela presidente anterior.” Geraldo M. Magalhães, presidente da SBD-MG Jornal da SBD Ano 17 n.2 O 29
Fórum 2013
Presidentes das Regionais da SBD trocam experiências no Fórum 2013
A presidente da SBD, Denise Steiner, sendo entrevistada na Sala de Imprensa (com base na experiência da Regional PE e apresentada no Fórum 2013) durante a 43a Jornada Catarinense de Dermatologia
“No Fórum 2013 observei a disposição da Diretoria em acatar as diversas opiniões e em desenvolver uma administração mais próxima possível dos sócios e Regionais. O saldo do encontro foi extremamente positivo, principalmente na troca de informações e conhecimentos. Para a Regional Santa Catarina, foi uma oportunidade para apresentar nossa experiência, rotina e números de encaminhamentos para o Cremesc em relação ao exercício da dermatologia por médicos não especializados. Atualmente, recebemos as respostas desses encaminhamentos com rapidez devido à proximidade das duas instituições. Considerei excelente a disponibilização por parte da SBD da assessoria jurídica para as Regionais. A SBD-SC também contratou recentemente uma assessoria jurídica que nos permitirá maior segurança nas medidas que envolvam a esfera jurídica. Ressalto a percepção da Diretoria de disponibilizar a apresentação do Dr. Rubens Leite (DF) que teve sucesso na realização dos cursos práticos com custo zero. Essa apresentação nos motivou a formatação dos cursos práticos adaptados à SBD-SC, principalmente para o interior, onde atuam dois terços dos sócios catarinenses, e que executaremos em 2014, quando completaremos 40 anos de existência como Regional. A exposição do Dr. Sérgio Palma (PE), sobre a aproximação com a mídia por meio da Sala de Imprensa, serviu de base para adaptar essa estratégia em SC. Implementamos essa experiência com custo baixo na 43a Jornada Catarinense de Dermatologia, realizada em Balneário Camboriú, nos dias 15 e 16 de março, que resultou em 25 matérias na mídia, sendo cinco impressas, cinco em rádios, sete online e oito em TV (incluída a cobertura do evento por três emissoras). Na ocasião, a atual presidente da SBD, Dra. Denise Steiner (foto), além dos palestrantes Dr. Vidal Haddad Jr. e Dr. Jesus Santamaria, participou da Sala de Imprensa coordenada pela jornalista Ana Paula Bazi, com o objetivo de destacar o dermatologista e o papel da SBD. Essa aproximação com a imprensa nos facilitará o acesso na divulgação das futuras campanhas da SBD, como a do combate à hanseníase, que se aproxima. En½ ½m, penso que o Fórum, ao menos com os presidentes das Regionais, deveria ser realizado quadrimestralmente como forma de trocarmos experiências, aproximação e fortalecimento das Regionais.” André Luiz Rossetto, presidente da SBD-SC
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“Tivemos a oportunidade de nos reunir com outros presidentes de Regionais, e observar que as di½ ½culdades são semelhantes, independentemente do estado. Foi muito positivo. A principal luta de todos é pela valorização do dermatologista, assim como a conscientização de toda a população de que a dermatologia é a única especialidade realmente reconhecida pelo CFM no tratamento de doenças da pele, incluindo aí a estética da pele. No Paraná, todos os sócios titulares receberam um totem no ½ ½m de ano com o logotipo da SBD-PR e a indicação da presença de médico especialista em dermatologia pela SBD. A Regional do Espírito Santo entrou em contato conosco para confeccionar esse totem para seus associados. A experiência de outras Regionais, como de São Paulo (gibi Turma da Mônicaa), Distrito Federal (workshop p) e Recife (estreitando os laços com a imprensa), devem ser implementadas nacionalmente. A ação da SBD Nacional, criando acesso direto para os associados com assessoria médica em assuntos ainda controversos, assim como a confecção de protocolos para denúncias junto ao CRM/Codame, é iniciativa elogiável.” José Roberto Shibue, presidente da SBD-PR “O encontro foi extremamente produtivo para a nossa Sociedade. O Departamento de Laser tenciona dar prioridades aos Serviços Credenciados para o aprendizado dos residentes. Muitas empresas de laser já se comprometeram em estar presentes nesse projeto. O associado terá a oportunidade de participar de atividades envolvendo o laser em projetos conjuntos com a SBCD. O VI Simpósio de Cosmiatria e Laser que ocorrerá em São Paulo, em outubro, já está praticamente montado e será de grande valor para nossa especialidade.” Emmanuel França e Paulo Barbosa, do Departamento de Laser da SBD “A reunião foi bastante proveitosa. Tenho como meta a realização de vários simpósios nesta gestão. O primeiro já está saindo do forno e é um simpósio conjunto com os departamentos de Doenças Infecciosas e Parasitárias, DST/Aids e Dermatologia Tropical, possivelmente no ½nal de maio, em Maceió (AL). Pretendo ainda desenvolver uma ação junto a escolas municipais de São Paulo para levar informações no âmbito dessas doenças, cuidados de higiene rotineiros etc. Para isso, aguardo uma reunião com a diretoria da Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) para estudarmos a viabilidade dessas ações junto com o Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias. O segundo simpósio do ano também será com a hanseníase, no segundo semestre, no Paraná. Tudo isso para mostrarmos as áreas de atuação abrangentes da dermatologia.” Dilhermando Calil, coordenador do Departamento de Doenças Infecciosas da SBD Q
Diretoria estendida Assessores para a Defesa Pro½ssional: Marisa Gonzaga da Cunha e Rossana R. Garcia da Veiga Assessores para Ações Sociais: Rubens Leite e Sineida Berbert Assessores para Comunicação: Carolina Marçon Assessores para Negociação com a Indústria: Omar Lupi e Alexandre Filippo
Coordenadores da Surgical & Cosmetic Dermatology: Bogdana Victória Kadunc (editora-chefe), Ediléia Bagatin, Hamilton Stolf e Mônica Manela Azulay (editores associados) Coordenadores médicos do Jornal da SBD: Omar Lupi e Aldo Toschi (associado) Coordenadora de Mídia Eletrônica: Eliandre Palermo
Assessor para Certi½cação em Lipoaspiração: Luis Fernando Tovo e Aroldo Takemi Nakamura
Coordenadora da EMC: Célia Luiza Kalil e Iphis Campbell (associado)
Coordenadora de Biblioteca: Ana Paula Gomes Meski Coordenadores dos ABD: Izelda Maria Carvalho da Costa (editora-chefe), Renan Bonamigo, Vitor Reis e Andrelou Ayres (editores associados)
Coordenadores de Ações Institucionais: Oswaldo Del½ ½ni e Carlos Augusto S. Bastos Coordenador de Relações Internacionais: Reinaldo Tovo Filho
Coordenador da CNPCP: Marcus Maia e Bruno de Santana Silva Coordenador da Campanha de Psoríase: Marcelo Arnone e André Vicente E. de Carvalho Ouvidoria: Maria Helena Sandoval Presidente do Congresso de 2013: Gilvan Alves Presidente do Congresso de 2014: Emerson de Andrade Coordenador Geral dos Departamentos: Carlos Roberto Antonio e João Roberto Antônio Assessores para Serviços Credenciados: André Piancastelli (Sudeste e Sul); Alcidarta dos Reis Gadelha (Norte, Nordeste e Centro-Oeste)
Coordenadores de Departamento Alergia e Dermatoses Ocupacionais Biologia Molecular Genética e Imunologia Cabelos e Unhas Cirurgia Dermatológica
Cirurgia Micrográ½ca
Cosmiatria
Dermatologia Interna Dermatologia Geriátrica Dermatologia Pediátrica
Alice Alchorne e Josemir Belo dos Santos Marco Andrey Secretário: Hiram Laranjeira Jr. Francisco Le Voci Secretária: Tatiana V. Boas Gabbi Francisco Paschoal Secretário: Carlos D’Apparecida Machado Filho Roberto Tarlê Secretários: Eugênio Raul de Almeida Pimentel e Selma Cernea Jayme de Oliveira Filho Secretária: Ana Maria Costa Pinheiro Vitor Reis Maurício Alchorne Secretária: Andréia Mateus Moreira Selma Maria Helene Secretária: Maria Cecília Rivitti Machado
Dermatopatologia Doenças Bolhosas Doenças Infecciosas e Parasitárias DST e Aids Fotobiologia Hanseníase
Imagem Laser Micologia Oncologia Cutânea Psicodermatologia Teledermatologia
Luiz Maurício Almeida Secretário: Cristiano Luiz Horta Jr. Everton Sivieiro do Vale Dilhermando Calil Secretária: Aldejane Gurgel Luiza Keiko Matsuka Secretário: Mauro Cunha Ramos Sérgio Schalka Secretário: Aripuanã C. Terena Joel Lastória; Secretária: Marilda Aparecida Milanez de Abreu Ricardo Shiratsu; Secretário: Sérgio Lira Palma Emmanuel Rodrigues de França; Secretário: Paulo R. Barbosa Silva Carmélia Reis Hamilton Stolff; Secretário: Luiz Guilherme M. Castro Roberto Azambuja; Secretária: Tânia Nely Rocha Maurício Pedreira Paixão Secretário: Daniel H. Nunes
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Demogra½a médica
É o que revela o segundo volume da pesquisa Demogra½a médica no Brasil realizada pelo CFM e Cremesp e que pode futuramente subsidiar a elaboração de políticas públicas e do ensino médico
Pesquisa aponta desigualdade na distribuição dos médicos no país
A
pesquisa Demogra½ ½a médica no Brasil: cenários e indicadores de distribuição o – volume 2, desenvolvida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em parceria com o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) chega a conclusões preocupantes. O trabalho mostra que o país é marcado pela desigualdade no atendimento médico devido a um conjunto de fatores, como a ausência de políticas públicas efetivas nas áreas de ensino e trabalho, além do baixo índice de investimentos realizados, o que tem contribuído para que a quantidade de médicos brasileiros – apesar de crescente – permaneça mal distribuída no território nacional e com baixa adesão ao trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS) em boa parte das regiões mais desprovidas. Coordenado pelo pesquisador Mario Scheffer, o estudo disponível no site do CFM (www.portalmedico. org.br), traça o per½ ½l da população médica, aponta os motivos da má distribuição de pro½ ½ssionais pelo país e responde a importantes perguntas como quem são e onde estão os médicos no Brasil? a presença de médicos no SUS é su½ ½ciente? a abertura de cursos de medicina no interior contribui para a ½xação em locais onde hoje faltam médicos?, entre outras questões. Em outubro de 2012, o Brasil já registrava o total de 388.015 médicos em atividade no país, sendo 180.136 (46%) deles sem título de especialista emitido por sociedade de especialidade ou obtido após conclusão de residência médica, de acordo com dados do CFM.
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Os 54% restantes têm uma ou mais especialidade. O dado insere elemento prejudicial para a assistência, levando-se em conta a má qualidade do ensino médico e a falta de vagas nas residências para todos os egressos dos cursos de graduação. O CFM, no entanto, defende a não abertura de vagas em cursos de medicina, mas sim que seja assegurada uma estrutura de pós-graduação em número e qualidade su½ ½cientes, de acordo com os resultados mostrados no estudo. “Do universo pesquisado, 107.114 médicos se graduaram em local diferente daquele em que nasceu. Desse grupo, apenas 36,8% retornou ao município de origem. As capitais dos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, juntas, são responsáveis por cerca de um terço desse percentual de retorno. Portanto, a simples abertura de mais escolas e mais vagas não basta para reduzir as desigualdades regionais em locais de baixa concentração de médicos. Uma proposta da direção atual do CFM é oferecer vagas na residência médica a todos os formandos nos cursos de medicina; isso seria o ideal. Em relação aos que estão atuando e não possuem título de especialista, a AMB poderia fazer um esforço junto às sociedades de especialidades no sentido de fornecer gratuitamente cursos de capacitação e atualização para estimular esses pro½ ½ssionais a se titular. Uma medida mais polêmica, que a sociedade precisa discutir, seria o direcionamento das especialidades médicas de acordo com a necessidade de cada região”, sugere Sandra Durães, presidente da SBD Regional Fluminense.
Foto oto o: Uo U l
PERSPECTIVAS: SETE MIL MÉDICOS A CADA ANO – O relatório indica ainda que as perspectivas são de manutenção dessa curva ascendente. Enquanto a taxa de crescimento populacional diminuiu sua velocidade, a abertura de escolas médicas e de vagas em cursos já existentes vive um novo boom m, o que sugere aumento signi½cativo no volume de médicos a cada ano. Outro fator que contribui para o crescimento do número de médicos, segundo o estudo, é a diferença entre os novos registros de pro½ ½ssionais e aqueles que saem, por aposentadoria, óbito e outros motivos, resultando em crescimento natural dessa população no país. A diferença entre saída e entrada forma um contingente de médicos de aproximadamente sete mil a cada ano. CRESCIMENTO ACELERADO – Nos últimos 40 anos, a quantidade de médicos cresceu 557,7%, e a população brasileira aumentou em 101,8%. Isso signi½ ½ca que atualmente há dois médicos para cada 1.000 habitantes.
Nas regiões em que se concentram mais médicos, há também mais especialistas. E as regiões com menor número de médicos também contam com menor quantidade de pro½ ½ssionais titulados. No Sudeste, estão 56,04% dos médicos em geral e 54,51% dos pro½ ½ssionais titulados. Já o Norte tem a menor porcentagem de médicos, 4,26%, e também de especialistas, 3,57%. No Sul, a porcentagem de médicos em geral é de 14,91%, e a dos pro½ssionais ½ titulados sobe para 18,06%. “A tendência desse cenário é se perpetuar, caso não haja uma intervenção governamental. O problema é que o governo não de½ ½ne critérios objetivos visando atrair esses médicos para os lugares em que eles são mais necessários. A ausência de políticas públicas se re¾ ¾ete na precariedade da infraestrutura hospitalar, ausência de planos de carreira e dinheiro. Uma das soluções propostas pelo CFM é criar uma carreira de estado para os médicos do SUS nos mesmos moldes do Poder Judiciário, com possibilidade de realizar educação continuada permanecendo no interior. Além da má distribuição regional, chama a atenção o número de médicos vinculados à rede pública de saúde, que atualmente corresponde a 55% dos médicos. Esse número é insu½ ½ciente para atender à demanda de 150 milhões de pessoas que dependem exclusivamente do SUS. Considerando-se apenas esses pro½ ½ssionais, há 1,11 médico para cada mil habitantes, bem abaixo da média nacional que também inclui os médicos que atendem pelo sistema privado”, completa Durães. De modo geral, os moradores das áreas com melhores indicadores socioeconômicos têm não só o maior número de médicos à disposição, como também o maior número de especialistas entre eles. O Rio Grande do Sul é o estado com maior proporção de especialistas: titulados há 66,29% dos 25.541 pro½ ½ssionais gaúchos em atividade. No Norte e Nordeste há mais generalistas que especialistas. No Maranhão, apenas 37,4% dos médicos em atividade no estado possuem algum título de especialização. “Não há uma tendência da fixação do egresso dos cursos de medicina na região em que se formou, mas de fato uma preferência pelas grandes cidades. A falta de um plano de carreira, cargos e vencimentos afasta o médico brasileiro do SUS e em especial do
interior. Em curto prazo, caso persista esse padrão, a tendência é de se instalar uma grande crise no setor médico e na saúde pública nacional. É necessária redistribuição uniforme desses profissionais no território brasileiro, além de investimento em sua capacitação para que tenhamos uma assistência digna”, observa Cipriano Ferreira da Silva Júnior, coordenador da disciplina de dermatologia da Universidade Federal de Rondônia (Unir). De acordo com o dermatologista, no Estado de Rondônia há cerca de dois mil médicos, 54% na capital e 63% atuando pelo SUS. A capital, Porto Velho, apresenta taxa de 2,36 médicos por mil habitantes, ao passo que no interior a média oscila em torno de 0,75 médico por habitantes. “Ainda dispomos de um baixo número de médicos atuando no SUS, tendo como agravante o fato de a maioria da população ser carente e usuária exclusiva do setor público. É preciso efetivar mudanças radicais, que moralizem a saúde com o combate à corrupção e garantam dignidade no atendimento ao cidadão brasileiro, pois um país doente e sem assistência médica não consegue encarar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que até o momento não se concretizou na saúde”, disse. Em Tocantins, no Norte do país, além da Universidade Federal do Tocantins (UFT), há outras três escolas, particulares, com grande número de vagas para médicos. “Em relação a nossa especialidade, estamos dialogando aqui na UFT e no Hospital Geral Público de Palmas, e faremos isso também junto à SBD oportunamente, para viabilizar a residência médica em dermatologia aqui, pois já há as residências em clínica médica, cirurgia geral, pediatria, anestesiologia, cirurgia vascular e psiquiatria”, informa o professor-assistente da Faculdade de Medicina da UFT, Nilo Fernandes da Costa. DESAFIOS FUTUROS A conclusão ½nal do estudo é que no futuro o número de especialistas poderá sofrer in¾ ¾uência da oferta de postos de trabalho e de políticas de abertura de vagas de residência médica em determinadas especialidades. A tendência revela cenário desa½ ½ador ao governo: atrair esses pro½ ½ssionais para o sistema público de saúde e as regiões de difícil provimento de pro½ ½ssionais. Q Jornal da SBD Ano 17 n.2 O 33
Tecnologia T ecnologia e m medicina edicina Medicina
Estudantes de medicina usam novas tecnologias para dinamizar aulas Aliada aos cuidados com a saúde, a tecnologia tem desempenhado signi½cativo papel na educação médica
T
ecnologia para novos tempos. Hoje em dia, faz parte da nova geração dos estudantes de medicina acessar a internet enquanto o professor está explicando, com o objetivo de obter informações para a dinâmica da aula e da medicina em si, por exemplo. O fato é observado em função dos avanços tecnológicos, que resultam em uma mudança na forma como o estudante escolhe adquirir seus conhecimentos. Os livros didáticos, método de estudo tradicional, têm aos poucos ganhado companhia dos livros eletrônicos e dos dispositivos em smartphoness, estes para muitos tidos como ferramentas educacionais adicionais na formação médica. Chamados de apps, os aplicativos de celulares representam um papel importante na assistência médica, cuidados com a saúde e também na formação de pro½ ½ssionais de medicina em todo o globo.
34 Jornal da SBD O Ano 17 n.2
De acordo com a empresa de consultoria Research2guidiance, em 2011 o mercado americano movimentou cerca de 718 milhões de dólares nessas aplicações médicas. As lojas de aplicativos móveis da Apple e Google lideram o mercado, respondendo por cerca de 80% do total de softwaree para dispositivos baixados por usuários e disponibilizando mais de 500 mil aplicativos para diferentes especialidades médicas e usos. “É importante entender os objetivos, a qualidade cientí½ ½ca agregada durante a construção desses aplicativos, os requisitos de segurança. Mas, em um mundo de smartphoness e tabletss, em que as pessoas passam cada vez mais tempo conectadas à internet, penso que são bastante atrativos. Trata-se de mercado em franca expansão”, opina o coordenador do Departamento de Teledermatologia, Maurício Paixão (SP).
TED 2013
Conheça alguns aplicativos voltados para estudantes de medicina 1. Medcalc:
Disponibiliza inúmeras fórmulas utilizadas nas aulas, além da função de calculadora e conversora de unidades.;
2. Micromedex:
593 candidatos participam do TED 2013
Oferece uma enciclopédia farmacêutica e informações sobre os remédios utilizados no Canadá e nos Estados Unidos, instruções de uso e efeitos colaterais;
3. iMCQs in Dermatology:
Especí½co para estudantes de dermatologia, disponibiliza exercícios para revisão com base em casos reais.
Segundo o estudo “Medical Students Use of and Attitudes Towards Medical Applications”, publicado na edição de dezembro do Journal of Mobile Technology in Medicinee, o aplicativo mais utilizado pelos 594 estudantes de medicina da Universidade de Monash (Melbourne, na Austrália), em 2011, é o Medscape, uma enciclopédia em inglês com vários tópicos relacionados à medicina. O dispositivo é bastante completo para pro½ ½ssionais de saúde e contém recursos como referências a drogas, calculadoras médicas, entre outros. Semelhante ao Medscape, o Epocrates possui referências a drogas e identi½ ½cador de pílulas, e foi o segundo mais utilizado, seguido do Eponyms, que conta com a descrição de 1.700 termos médicos em inglês. É de vital importância, no entanto, que os estudantes que têm acesso às novas tecnologias saibam usá-las corretamente antes de implementá-las no currículo médico. Embora para a sociedade sejam muitos os benefícios de aplicações médicas, elas também geram preocupações no sentido de não pôr em risco a assistência do paciente ou comprometer a saúde pública e a segurança. “Vemos que os jovens têm tido facilidade para o uso da tecnologia, quer pela maior exposição, quer pela maior curiosidade e tolerância necessária ao processo de aprendizagem. É importante que a SBD forneça aos dermatologistas apoio para o uso dessa tecnologia. Com relação aos aplicativos médicos é importante conhecê-los, incluindo sua procedência. Há que ser cauteloso com respeito a tudo que for relacionado ao ato médico, desde o uso de direito de imagem até informações que constituem o sigilo médico,”, conclui Paixão. Q
A
47a edição do Exame para Obtenção do Título de Especialista em Dermatologia (TED) em convênio com a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) ocorreu no dia 14 de abril, na Faculdade de Tecnologia da Informação (Fiap), em São Paulo. Sob a presidência de José Antônio Sanches (USP), o TED 2013 teve como medida pioneira a realização de ambas as avaliações, teórica e prática, pelo formato eletrônico. De acordo com Sanches, dos 667 inscritos este ano, 593 candidatos realizaram as provas pela manhã e à tarde. A prova teórica (8h às 12h) foi composta de 80 questões objetivas divididas em quatro áreas básicas de conhecimento – dermatologia clínica, cirúrgica, histopatológica e cosmiátrica. Realizada em computador, a prova teórico-prática (14h às 17h) englobou 40 questões de múltipla escolha. O gabarito o½ ½cial e a relação dos aprovados serão divulgados a partir do dia 29 de abril nos sites www. gestaodeconcursos.com.br e www.sbd.org.br. Estiveram presentes os membros da Comissão de TED, os professores Lia Candida Miranda de Castro (UFGO), Flávia Bittencourt (UFMG), Lauro Lourival Lopes Filho (UFPI) e Mauro Enokihara (Unifesp). A Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa da UFMG (Fundep) foi a responsável pelo desenvolvimento e aplicação do concurso.
Os membros da Comissão do TED, Mauro Enokihara, Lia Candida de Castro, José Antonio Sanches (presidente), Flávia Bittencourt e Lauro Lourival Lopes Filho
Jornal da SBD Ano 17 n.2 O 35
Congresso Brasileiro
Patrim么nio hist贸rico da humanidade pela Unesco, Bras铆lia volta a sediar Congresso Brasileiro de Dermatologia
36 Jornall da d SBD O A Ano no 17 n.2 n.2
Centro de Convenções Ulysses Guimarães foi o local do último encontro cientí½co ocorrido na cidade há oito anos. A edição deste ano ocupará o mesmo espaço, de 7 a 10 de setembro
C
ada Congresso Brasileiro tem suas particularidades. A ½loso½a, no entanto, é única: disponibilizar aos congressistas todos os recursos necessários para a atualização e ampliação de seus conhecimentos. É com esse pensamento que a Comissão Organizadora do 68o Congresso Brasileiro de Dermatologia tem sido desa½ ½ada em sua criatividade para manter, em Brasília, todas as virtudes dos congressos anteriores, sem perder de vista as características próprias do povo do Distrito Federal, como cordialidade, simpatia e cosmopolitismo. Para o presidente Gilvan Alves, o encontro irá rati½ ½car a representatividade da SBD-DF no cenário nacional, “além de reforçar a competência conquistada pela Regional para gerir os destinos da nossa dermatologia na capital federal”, frisa. Essa é a quarta vez na história que Brasília será sede do Congresso Brasileiro. O último encontro na cidade foi realizado em 2005, sob presidência de Gerson Penna, e reuniu aproximadamente três mil pessoas. O encontro deste ano ocorrerá de 7 a 10 de setembro, no mesmo local do anterior, o Centro de Convenções Ulysses Guimarães, situado no Eixo Monumental. A programação cientí½ ½ca já está em fase ½nal de elaboração e pode ser consultada no site o½ ½cial do congresso. A tarefa da Comissão Cientí½ ½ca, liderada por Lia Cândida de Castro, é desenvolver uma grade verdadeiramente relevante para todos os participantes, sejam jovens dermatologistas ou mais experientes. O encontro oferecerá 29 cursos pré-Congresso, no dia
6 de setembro, sendo 15 no Hospital Regional da Asa Norte (HSAN) e 14 no Hospital Universitário de Brasília (HUB), organizados por Carmélia Reis (coordenadora), Alessandro Guedes e Letícia Oba. Cursos, fóruns de debates e simpósios estão distribuídos ao longo de quatro dias tornando a programação completa e abrangente. “Teremos uma sala especial que foi selecionada para apresentar em um período especí½ ½co do dia sessões interativas diárias, como ‘Qual seu diagnóstico’, ‘Qual sua conduta’ e ‘Teste seu conhecimento’, todas com temas variados. A sessão ‘Tire suas dúvidas’ também ocorrerá durante todos os dias do evento, sempre na mesma sala, com os representantes de cada Departamento da SBD. No auditório master, de três mil lugares, ocorrerão as sessões Interfaces da dermatologia, nos dias 7 e 8 de setembro, Laser, no dia 9, e Cosmiatria, no dia 10”, detalha Lia Cândida de Castro. Além de ilustres convidados nacionais, como Ana Beatris Rossi, ex-colunista do Jornal da SBD D, dermatologista formada na Unicamp e hoje diretora médica mundial de pesquisa e desenvolvimento na divisão de produtos de prescrição dermatológicos e dermatologia estética do grupo Johnson & Johnson, em Paris, já con½rmaram presença 12 célebres estrangeiros, entre eles Bruce Thiers, editor do Jornal da Academia Americana de Dermatologia e revisor de outros jornais dos EUA e Martin Black, ex-presidente da Sociedade Britânica de Dermatologia e da Sociedade Europeia de Dermatologia. (veja abaixo quadro com a relação completa dos Jornal da SBD Ano 17 n.2 O 37
Fotos: Divulgação
Formada por diversas culturas, a região centro-oeste tem culinária variada. Galinhada, arroz com pequi e empadão goiano são alguns de seus pratos típicos
PARA CONHECER BRASÍLIA O Guia BSB (http://www.guiabs / b.com.br) disponibiliza aos turistas que vão visitar a cidade, dicas de transportes, restaurantes, locais para compras, passeios, além de outras informações, como clima, vegetação e previsão do tempo. HISTÓRIA Com quase dois milhões de habitantes, Brasília é conhecida mundialmente por ter concretizado o pensamento urbanístico dos anos 1950. Sua construção teve início em 1956, com Lucio Costa como urbanista, e Oscar Niemeyer principal arquiteto. Em abril de 1960, se transformou o½ ½cialmente na capital federal. Em 1987, foi declarada Patrimônio Histórico da Humanidade, sendo a única cidade construída no século 20 que recebeu essa honra.
estrangeiros). Entre os temas de interesse abordados estão a genética, as células-tronco, a urticária e o vitiligo. Inovação apresentada no atual formato do Congresso, os cursos práticos patrocinados serão organizados por indústrias que detêm tecnologias e produtos de venda direta aos dermatologistas, como toxinas e preenchimentos. Os simpósios sobre cada produto serão apresentados todos os dias das 17h30 às 19h. “O sócio poderá escolher qual marca de laser ele quer ver. Dentro do programa, não vamos falar de máquina, mas sim de tecnologias. Para saber como funciona tal máquina, basta entrar no simpósio patrocinado, que vai ser organizado pela indústria. Ela vai nomear um dermatologista da cidade, pagando ou não, para que ele seja responsável pelo paciente que ½zer tal procedimento. O médico vai preparar o paciente e acompanhá-lo após o procedimento. No programa, será apresentado o nome da máquina a ser tratada na aula para ciência do sócio”, explica Gilvan Alves.
INSCRIÇÕES A estimativa é que aproximadamente 3.500 pessoas participem do Congresso Brasileiro de Brasília, entre pesquisadores, pro½ ½ssionais, estudantes do Brasil e de outros países nas áreas da dermatologia. Até o fechamento desta edição, já se haviam inscrito mais de 1.500 pessoas. O prazo das inscrições segue até o dia 15 de agosto, e elas devem ser feitas exclusivamente no site do encontro (http://www.dermatobrasilia2013.com.br). O associado titular que se inscrever até o dia 15 de maio pagará 700,00; o associado aspirante, 525,00; o contribuinte, 910,00 e os residentes e/ou especializandos dos Serviços Credenciados da SBD, 350,00. Além do site, informações detalhadas também podem ser obtidas pelo telefone (61) 3322-2626. Q
RECONHECIMENTO O 68o Congresso vai dar destaque especial aos chefes de Serviço Bernardo Gontijo (MG) e Raimunda Nonata (DF), escolhidos pela Comissão Organizadora para representar os 73 chefes de Serviço do Brasil. Segundo Gilvan Alves, esses médicos são os que fazem a verdadeira dermatologia brasileira. “Faremos uma homenagem especial a eles. Valorizar um chefe de Serviço é também destinar recursos ½nanceiros para que eles possam desenvolver trabalhos cientí½ ½cos relevantes. É dessa forma que vamos crescer a dermatologia. Os trabalhos que eles fazem são brilhantes, e nada mais justo do que homenagear esses professores tão importantes para a dermatologia do nosso país”.
INGLATERRA: JOHN MACGRATH, RICHARD BARLOW, MARTIN MUNRO BLACK, ANIKO KOBZA BLACK E ANTONY R YOUNG.
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ESPECIALISTAS ESTRANGEIROS CONVIDADOS:
ESTADOS UNIDOS: BRUCE THIERS, KEYVAN NOURI, KATLEIN FRANÇA E MARIO LACOUTURE. ÍNDIA: A J KANWAR. FRANÇA: ANA BEATRIS ROSSI. POLÔNIA: LIDIA RUDNICKA.
Analogias em Medicina
A coluna “Analogias em Medicina” tem signi½cativa utilidade prática, particularmente por seu papel didático-pedagógico e por facilitar a compreensão de diversos processos patológicos que acometem o ser humano. Muitas vezes coloquial e/ou restrita ao diálogo entre médicos e outros pro½ssionais envolvidos, mantém-se dentro das normas éticas.
José de Souza Andrade Filho Patologista HFR/BH Professor de patologia da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais e membro da Academia Mineira de Medicina labjsouzandrade@terra.com.br
Vulcão na pele
S
egundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesaa, vulcão é conduto que liga a superfície da Terra com uma câmara íntima e profunda que fornece o material magmático que a¾ ¾ora à superfície; montanha ou colina cônica feita de material vulcânico, formada ao redor do orifício de vazão que expele ou já expeliu o material magmático. O ceratoacantoma (ou queratoacantoma) é tumor benigno de pele, de crescimento rápido e consiste de nódulo cupuliforme, ½rme, bem delimitado, de um a 2,5cm, cujo centro é crateriforme e repleto de material córneo. Essa con½ ½guração geométrica vulcânica é muito característica e útil ao diagnóstico clínico e histológico, permitindo diferenciá-lo do carcinoma espinocelular na maioria dos casos. Ainda no espectro comparativo geológico, o vulcão pode apresentar fase ativa, quando em erupção; inativa, quando dormente por longo período; e extinta, com cessação de toda atividade. O ciclo biológico do ceratoacantoma é similar, pois tem crescimento rápido de alguns meses, pode involuir posteriormente (regressão espontânea) e até autocurar-se, deixando apenas uma cicatriz. É digna de registro histórico e cientí½ ½co talvez a primeira menção ao ceratoacantoma. Trata-se da comunicação intitulada “A úlcera crateriforme da face: um tipo de câncer agudo” feita por Hutchinson em 1889 à Sociedade de Patologia de Londres, incluindo observação de oito casos (Hutchinson, J. Morbid growths and tumors. “The crateriform ulcer of the face”, a form of acute epithelial cancer. Trans Path Soc London, 40:275281, 1889). Em seguida um trecho de sua descrição: “a forma de doença maligna que devo descrever difere lar-
gamente do que se conhece como ulcus rodenss... [denominação antiga do carcinoma basocelular]... É uma doença de crescimento muito rápido, enquanto se sabe ser o do ulcus rodens muito lento... Há muitos anos, tenho o hábito de chamá-la úlcera crateriformee, denominação mais ou menos apropriada, graças ao fato de ela tomar a forma de um tumor grande elevado, e então romper-se no centro, formando uma escavação profunda. A neoformação começa como uma pápula indolor e no curso de alguns meses atinge a altura de um quarto, metade ou mais de uma polegada. Sua base é arredondada e usualmente, mas nem sempre, bem de½ ½nida e livre de in¾ ¾amação. Ao ½m de alguns meses, um processo de rompimento inicia-se no centro, e uma grande cavidade é escavada. Em todas as fases a substância da neoformação, embora não dura, é muito ½rme. Nunca vi os gânglios aumentados, mas não observei alguns dos meus casos por períodos prolongados. Um aspecto muito notável na doença, particularmente quando considerado em conexão com o rápido desenvolvimento inicial, é que após a excisão não há tendência à recidiva.” (in: Furtado, TA. Ceratoacantoma e processos a½ ½ns. Tese de concurso para professor catedrático. FCMMG, 1962). Como se vê, trata-se de notável descrição e caracterização clinicopatológica dessa neoplasia no século XIX/XX e que ainda apresenta pontos controversos entre alguns dermatopatologistas.. Q Jornal da SBD Ano 17 n.2 O 41
Destinos
Dubai,
entre o novo e o antigo Famosa pelo rĂĄpido crescimento, a cidade oferece rico roteiro para turistas atraĂdos pelo conforto, ambiente moderno e cultura tradicional
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M
odernidade, arquitetura futurista e destino turístico de puro luxo, essas são as principais características de Dubai, capital dos Emirados Árabes situada no sul do Golfo Pérsico, em pleno deserto. A cidade, que é governada por um xeique da família Al Maktoum e tem o islamismo como religião principal, oferece excelentes opções de entretenimento a preços acessíveis, como aventuras no deserto, passeios de barco, compras em outletss, caminhadas à beira-mar, além dos mercados tradicionais de tecidos e de especiarias (soukss), nos quais a diversidade dos temperos, ervas e condimentos é de deixar qualquer um maravilhado. Os melhores meses para conhecer Dubai vão de outubro a abril, quando as temperaturas variam entre 20o e 30o. Uma das maneiras de entrar em contato com a cidade é procurar seu centro histórico, indo até o Old Dubai ou Deira, como é conhecida a área antiga. A cultura local ganha destaque em diversos passeios, sendo um dos roteiros mais interessantes o da mesquita Jumeirah – a única das 900 de Dubai aberta à visitação de não muçulmanos –, que faz parte da ½loso½a “Open doors, open minds” (Portas abertas, mente aberta), cujo objetivo é desmiti½ ½car culturas e costumes dos povos dos Emirados Árabes. O Museu Dubai, localizado em um forte de 1787 e tido como a construção mais antiga da cidade, também é ótima pedida para conhecer rapidamente a cultura local e a história do emirado. O local é inteiramente didático e interativo e tem exposições que mostram os costumes do povo, a confecção de vestimentas e o cultivo da pérola. O Creek Dubai pode ser acessado por meio de abras, que são táxis aquáticos que funcionam em pequenos barcos de madeira com capacidade de transportar até 20 pessoas de um lado ao outro da cidade. No bairro de Bastakiah há guest houses e áreas de entretenimento, com pequenas lojas e restaurantes que funcionam em construções antigas restauradas – ponto de partida de Dubai, ali hoje já não existem mais moradias. Na praia Marina Dubai, há grandes hotéis e bares com mesas na calçada à beira-mar. Uma das grandes aventuras no emirado, entretanto, é conhecer o deserto, programa bastante aconselhado para se fazer no ½nal da tarde e que inclui um jantar de cozinha regional. O passeio é feito em jipes 4x4 pilotados em alta velocidade em meio a montanhas de areia e permite fotos do pôr do sol. Logo após, todos participam de uma festa típica árabe, com passeios de camelos, dança do ventre e comidas típicas. No maior shopping do planeta, o The Dubai Mall, o visitante se depara com 1.200 lojas, a maioria de marcas famosas. Outro passeio imperdível é a ida ao Burj Khalifa,
Mercado de especiarias (souks)
Creek Dubai
prédio mais alto do mundo com 828 metros de altura e que tem formato de Y invertido. No total, são 163 andares e o maior atrativo é o deque de observação, no 124o andar. A subida até ele leva menos de um minuto, feita por elevadores com velocidade de 64 quilômetros por hora! Em uma parada no Bastakiah Nights podem-se saborear as iguarias típicas árabes em um cardápio variado: sopa de trigo, folha de uva recheada, coalhada, tabule, tahine, cordeiro, tudo com uma apresentação caprichada. O At:mosfere é um endereço indispensável para apreciar a boa comida contemporânea com direito à vista do 122o andar do Burj Khalifa (mencionado acima). Na visão privilegiada, é possível observar a parte moderna de Dubai, com espaços e áreas ainda livres para construção, em uma cidade que não para de crescer. Q Jornal da SBD Ano 17 n.2 O 43
Entrevista
Encontro em Dubai discute o futuro da dermatologia
D
e 16 a 18 de abril, a cidade de Dubai foi sede do 13o Dubai World Dermatology & Laser Conference & Exhibition – Dubai Derma, encontro cientí½ ½co pioneiro no Golfo que apresenta anualmente as novas tendências da dermatologia e recentes tecnologias para os cuidados da pele. Voltado para médicos dermatologistas, especialistas em laser, cirurgiões plásticos e fabricantes e revendedores de equipamentos de toda parte do globo, o Dubai Derma é hoje o principal do Oriente Médio e costuma reunir aproximadamente cinco mil pessoas por ano. Esta edição teve como foco “Saúde da pele é a nossa preocupação”, explorado em diversas exposições, palestras, cursos e o½ ½cinas e contou com a presença do editor médico do JSBD, Omar Lupi, que deu aula sobre o impacto psicológico da dermatite atópica e aproveitou para divulgar a candidatura do Rio de Janeiro à cidade-sede do Congresso Mundial de 2019. Para que o congressista conheça um pouco da dermatologia de Dubai, conversamos com Hassan Galadari, um dos principais palestrantes do Dubai Derma. Formado pela Universidade de Boston e com residência em dermatologia na Universidade Tufts e cirurgia dermatológica e laser na Universidade da Califórnia, Hassan vive em Dubai e atualmente é professor de dermatologia na Universidade dos Emirados Árabes. Veja a seguir a entrevista concedida para o editor médico do Jornal da SBD D, Aldo Toschi (SP).
Jornal da SBD: Qual é sua principal área de interesse? Hassan Galadari: Meu trabalho é focado na dermatologia cosmética, especialmente em procedimentos minimamente invasivos, como preenchimentos e toxina botulínica.
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JSBD: Poderia nos falar brevemente sobre a organização do Derma Dubai? HG: O encontro é normalmente realizado pela comissão cientí½ ½ca liderada pelo Prof. presidente Ibrahim Galadari, que também é o secretário-geral da Liga dos Dermatologistas do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG). JSBD: Poderia fazer um paralelo entre o exercício da medicina nas culturas orientais e ocidentais? HG: É muito semelhante em inúmeros casos. Na prática, no entanto, é diferente quando se trata das crenças e tradições dessas práticas. Os pacientes acreditam em seus médicos, e as consultas realizadas são regulares. O médico também leva em consideração as crenças de seus pacientes ao escolher as opções de tratamento. No aspecto da dermatologia cosmética, é importante compreender a diferença da de½ ½nição de beleza entre as culturas. O que é considerado bonito no Ocidente pode não o ser no Oriente. JSBD: Quais são as principais doenças dermatológicas enfrentadas em seu país? HG: As dermatoses in¾ ¾amatórias são bastante comuns, como a dermatite atópica e psoríase. Desordem pigmentar, como melasma e vitiligo também são bem comuns e causam grande sofrimento psicológico. Felizmente, as lesões neoplásicas são raras. JSBD: Como os dermatologistas lidam com o exame dermatológico dos corpos femininos na cultura islâmica? HG: A presença de um acompanhante do sexo feminino é importante em qualquer caso, seja no oeste ou no
Arquitetura de Dubai
Curiosidades
Passeios de camelo Museu Dubai
1. O Dubai recebeu mais de seis milhões de turistas de janeiro a setembro de 2012, segundo o Departamento de Turismo da cidade. 2. O voo diário, e direto, com 15 horas de duração entre Rio e Dubai acaba de completar um ano.
e as áreas afetadas são expostas com o consentimento do paciente durante o exame. Não há nenhum obstáculo importante como a idade. No entanto, algumas mulheres podem não se sentir confortáveis e, portanto, preferem ser examinadas por médicas mulheres. JSBD: Quais são as estatísticas do câncer da pele no Oriente Médio? O senhor acha que o uso da burca, além do significado religioso também é uma boa medida de fotoproteção? HG: Não é comum. Não existem estatísticas, mas pela minha experiência prática de seis anos atuando aqui como dermatologista, tenho visto uma quantidade pequena de câncer da pele. A burca não é uma boa medida de fotoproteção, já que os raios UV podem atravessá-la facilmente. As medidas adotadas aqui são o uso de proteção solar, mesmo na sombra. JSBD: E a dermatologia cosmética? poderia nos dar uma ideia dos procedimentos médicos mais populares? O senhor acha que a vaidade é igual em todas as partes do mundo? HG: A dermatologia cosmética é extremamente popular aqui, especialmente os procedimentos minimamente invasivos, além de lasers e peelingss. Conforme a condição socioeconômica da pessoa, muitas procuram e têm acesso a esses procedimentos, e a eles se submetem. Quanto à vaidade, sinto que o desejo de ½car bonito faz parte de todas as sociedades, desde as antigas civilizações até a atualidade. Mesmo com a crise econômica de 2008, o número de procedimentos não diminuiu, nos fazendo crer que as pessoas preferem morrer de fome, mas não feias. Q
Informações e serviços Código do país: 971 Código de Dubai: 04 Moeda: Dirham. US$ 1 equivale a 3,67 dirhams Idioma: árabe e inglês
Documentos: É necessário o visto para ingressar nos Emirados Árabes Unidos, que pode ser providenciado em poucos dias. Informações no site www.dubaitourism.ae
Jornal da SBD Ano 17 n.2 O 45
Regionais
Andrea Miranda, Francisca Miléo, Regina Carneiro, Clivia Carneiro, Mônica Azulay, Renata Barros, Fernando Carneiro, Maraya Bittencourt, Bruna Crescente e Deborah Unger
Pará
Amazonas
A SBD Amazonas confraternizou com seus associados no Dia do Dermatologista, em fevereiro. A presença maciça dos sócios proporcionou um evento alegre e descontraído. No dia 22 de março, ocorreu a reunião mensal da SBD Amazonas, na Fundação Alfredo da Matta, com a participação da palestrante convidada, Lia Castro, de Goiânia.
No mês do dermatologista, os associados da Regional Pará foram brindados com a presença ilustre da dermatologista Mônica Manella Azulay (RJ), que proferiu as palestras “Dieta e pele” e “Rejuvenescimento global, como abordar”, no dia 23 de fevereiro, no Hotel Radisson. “A plateia formada por nossos sócios lotou o evento e elogiou bastante stante a qualidade das apresentações apresentações”, taçõ , disse a presidente da Regional Pará, Cliviaa Car Carneiro.
Mato Grosso
No dia 6 de abril, a SBD-MT em parceria com o Hospital Julio Müller (HUJM) promoveu o 3o Derma Mulher, projeto de ação solidária que visa incentivar os cuidados com a saúde e a beleza da pele feminina. Cerca de 100 mulheres foram bene½ ½ciadas com o tratamento de estrias, celulites, peeling g, além de pequenas cirurgias estéticas com acompanhamento no ambulatório de cosmiatria do HUJM. O evento teve a coordenação dos dermatologistas Fernanda Aguirre Botura e Igor Botura (foto). O Serviço informa ainda que no dia 1o de março recebeu com alegria duas novas residentes: Paula Celia Cordeiro e Luna Albertini.
Distrito Federal
Vários associados da SBD-DF participaram da primeira reunião prática e da jornada teórica ocorridas março, no Centro Brasileiro de Visão (CBV). Volumização com polietilenogliol foi o tema da aula prática, realizada no dia 13. Na foto, estão Samira Yarak (palestrante de São Paulo) e Lucas Nogueira (presidente SBD-DF).
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Santa Catarina
A cidadee de Balneário Camboriú sediou a 43a JJor Jo ornada Catarin nense de Dermattologia, a primeira da nova gestão 2013/ /2014, nos dias 15 e 16 de março. O eve vento foi abrilhanttado pela presen nça de grandes nomess da dermatologia nacional, com destaque para a presidente da SBD, Denise Steiner, bem como a apresentaçãão de casos clín nicos por professores convidados de quatro cursos de medicina de diferentes regiões do estad do, inaugurando o um modelo qu ue será repetido nas pró óximas jornadas. das. O coordena coordenador ador de comunicações da da SBD-SC, Maurício aurício Conti, diss disse se que o encontro abordo dou ou temas de dermatoses e cosm miatria e três pré-jornadaas. “Com mais de 140 participaantes, a jornada conseguiu levar para fo ora da capital do o estado a maioria dos associados catarinenses, tarinenses mos mostrando strando o prestígio desse dessse tipo de evento, cuja parte social também se destacou na opinião dos participantes, com a confraternização do jantar na sexta-feira”. Conti lembra que a Regional já prepara a 44a Jornada Catarinense de Dermatologia, concomitante à 10a Jornada do Hospital Universitário da UFSC, nos 21 e 22 de junho, e convida todos para vir a Florianópolis prestigiar esses dois importantes encontros.
Piauí O presidente da SBD-PI, Lauro Rodolpho, informa que no dia 28 de fevereiro foi realizada no auditório do Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI) a Rederpi, com as palestras “Efeitos não osteometabólicos da vitamina D” e “Vitamina D e a dermatologia”, ministradas pelo dermatologista André Gonçalves.
Rio Grande do Norte
No dia 22 de fevereiro, a Regional realizou sua confraternização para comemorar o Dia do Dermatologista e também o início dos trabalhos da diretoria 2013/2014. “Contamos com a presença expressiva de associados, tornando a noite muito agradável. Tivemos a presença do Dr. Jeancarlo Fernades, presidente do CRM-RN, oferecendo-nos a palestra ‘Novas demandas jurídicas no exercício da medicina’, tema muito atual e de grande interesse. Além disso, reforça os laços com as nossas entidades representativas. Saímos estimulados a realizar da melhor forma nossa participação junto à nossa Regional”, relata a tesoureira da Regional Rio Grande do Norte, Juliana Andrade, lembrando que no dia 9 de março foi realizado um treinamento para as secretárias de consultórios dermatológicos. Na ocasião, houve discussões de temas da vivência diária, desde como atender adequadamente um telefonema, como ½delizar pacientes, até a importân importância da apresentação pessoal.
Gleyse Karina (Depto. de Comunicação), Juliana Nunes (secretária), Ládia Fernandes (Comitê de Ética), Pedro Trindade (Comitê de Ética), Maria do Carmo Queiroz (presidente), Kely França (vice-presidente) e Juliana Rabelo (tesoureira)
A dermatologista ressalta que “atendendo à solicitação da SBD Nacional e do Ministério da Saúde, o Serviço Credenciado do Hospital Universitário Onofre Lopes (UFRN), disponibilizará três vagas de atendimento ambulatorial todas as quinta-feiras de abril para con½ ½rmação de diagnóstico de hanseníase de possíveis casos oriundos da rede pública após a campanha nacional que se realizará nas escolas públicas.
Bahia
A nova diretoria da Regional Bahia tomou posse no dia 2 de março, no Convento do Carmo, em Salvador. A cerimônia contou com a participação do dermatologista Gerson Penna, que apresentou palestra sobre atualização em HPV. A nova diretoria está representada por: Ariene Paixão (presidente), Anete da Silva (vice-presidente), Bianca Lorena Costa (secretária-geral), Taís Valverde (primeira secretária), Helga Seabra (segunda secretária), Vitória de Almeida (tesoureira), Ivonise Follador (coordenadora dos Serviços Credenciados), entre outros. A presidente Ariene Paixão comunica que o calendário de eventos de 2013 já está de½ ½nido e neste semestre disponibilizará para os associados o curso de terapêutica (13/4), a campanha contra hanseníase (5/5), além do tradicional Dermaforró e do curso de Cirurgia, Cosmiatria e Laser (14 e 15 de junho). Vitória Regina, Helga Abreu, Anete Olivieri, Ariene Paixão, Taís Valverde e Bianca Lorena
Minas Gerais
Foi promovida em Belo Horizonte,, no dia 16 de março, a primeira reunião cientí½ ½ca da Regional Minas Gerais da SBD, com a participação de palestrantes min neiros que abordaram e discutiram assun ntos de grande interesse cientí½ cientí½co como sí½lis, manifestações dermatológicas de doenças da tireoide e linfomas. A programação contou também com a apresentação de casos clínicos pelos Serviços Credenciados e um painel de tratamento no qual os apresentadores discorreram sobre as novidades terapêuticas de assuntos como psoríase, líquen plano ungueal e alopecia androgênica feminina. No ½nal, a advogada da SBD-MG, responsável pela assessoria jurídica da Regional, discorreu sobre “a relação médico/paciente em dermatologia e o direito do consumidor”. Para a diretoria da SBD-MG (foto), o evento cumpriu seu objetivo.
Pernambuco
O presidente da SBD-PE, Sérgio Palma, participou de processo de capacitação e aprendizado de 40 catadores de resíduos sólidos da Associação dos Recicladores de Olinda (ARO), no ½nal de janeiro, na sede do Clube de Alegoria e Crítica O Homem da Meia-Noite, que des½lou no carnaval deste ano na cidade de Olinda com o tema “Catadores, Sustentabilidade e Vida”. O curso, promovido pelo Clube, teve objetivo de orientar os catadores sobre vários aspectos, entre eles o respeito ao meio ambiente e os cuidados com a saúde dos pro½ssionais que estão diretamente envolvidos no processo de equilíbrio ambiental. A participação do dermatologista Sérgio Palma incluiu palestra sobre os cuidados com a pele, com a higienização de mãos e pés e prevenção de doenças e acidentes no ato de recolhimento dos materiais nas ladeiras da Cidade Alta. Outros temas abordados pelo especialista foram os riscos da exposição solar excessiva sem as medidas de proteção, como queimaduras, envelhecimento da pele e risco aumentado para o desenvolvimento do câncer da pele, além das medidas e boas práticas de proteção contra exposição solar excessiva, como o uso correto do protetor solar e de roupas e acessórios como chapéus e bonés.
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Serrviços Credencciado os
Hospital Cen ntral do Exércitto
O Serviço recebeu o prêmio “Destaques das Clínicas Ambulatoriais” do ano passado, pelo altruísmo, esforço e dedicação no ideal de servir a seus usuários (foto abaixo). No dia 27 de fevereiro ocorreu a formatura dos alunos do curso de pós-graduação lato sensu em Dermatologia, Residência Médica e Residência de Enfermagem do Serviço de Dermatologia Tropical do Hospital Central do Exército (HCE), coordenado por Leninha Valério do Nascimento, tesoureira da SBD. A solenidade e coquetel foram realizados no Auditório Dr. Ismael da Rocha do HCE.
Hosppitall Nav val Marcíllio Dia as
A 15 15ª Jo Jorn rnad ada dee D Der erm er mato ma olo logi gia do Hos gia ospi spital pita pita tal Na N vall Marcílílílio Ma Marc io o Dia ias o occorrre rerá ráá no di d a 18 18 de ma maio io o. “D Devido ao sucess sso daa ú últ ltim lt ima jo jorn orn rnad ada, a, sser e á ma er mant ntid tido ido o formato de aulas id inte tera rati rati tiva tiva vas. s. Teerrem rem emos mo temas as var ariaado doss e apre ap pre ressentação t de d ccaaso sos ccllín í iccos os; s; a p prrog ograamaçã maçãão se ma será r divulgada em breve. Esp peera ramo mos vvo mo ocê cêss””, convida o chef efee do o Ser ervi v ço, Claudio Lere reerrr..
Uniccinco o
O gr grup upo Unicinco (Comp Complexo Hospitalar Padre B Bento de Guarulhos, Faculdade de Medicina de Jundiaí, Instituto Lauro Souza Lima de Bauru, Universidade de Mo ogi das Cruzes e Unoeste) realizou no dia 25 de janeiro sua sua 41a reunião reunião, na Faculda Faculdade de Medicina de Jundiaí, sob coordenação de Paulo R. Cunha e Célia Antonia Xavier de Moraes Alves. Segundo os coordenadores, foram proferidas palestras sobre biologia do melanócito por José Roberto Pegas (CHPBG) e tratamento cirúrgico do melanoma por Étore Mattion (FMJ e CHPBG). Após as aulas teóricas, houve treinamento em cirurgia experimental em pata de porco para os residentes de primeiro ano desses Serviços, coordenado pelos cirurgiões Luiz Arthur de Paula Machado Bazzo (CHPBG), Victor Bastos Nassry (CHPBG) e Étore Mattion (FMJ e CHPBG).
III Jo ornad da dee Dermato ologia de Ribbeirão o Pretto (Ja aderpp)
Nos próximos dias 24 e 25 de maio será realizada a III Jornada de Dermatologia de Ribeirão Preto (Jaderp), que deve reunir aproximadamente 400 participantes do Estado de São Paulo e de outras regiões do país. Um happy hourr com o famoso chope de Ribeirão Preto animado por uma banda de samba-rock e um show de stand-up agenciarão a confraternização dos congressistas nos dois dias do evento. “Estamos preparando um evento cienti½ ½camente diferenciado, socialmente responsável, sem esquecer de propiciar momentos agradáveis para a confraternização entre os participantes”, destaca Renato Soriani Paschoal, presidente do Distrito de Ribeirão Preto e organizador da III Jaderp. Ele informa ainda que a organização solicitará de cada inscrito a doação de um livro infantil em condições de uso e promoverá um bazar bene½ ½cente para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Ribeirão Preto durante o evento. A programação cientí½ ½ca contará com grandes nomes nacionais e estrangeiros e pode ser conferida no site www.sbdresprp.org.br.
50 Jornal da SBD O Ano 17 n.2
Fu unda ação Alfredo da Mattta (Fu uam)
A Fundação Alfredo da Matta, em conjunto com a SBD Amazonas, realizou nos dias 7 e 8 de março o curso preparatório de dermatopatologia para os residentes candidatos ao Título de Especialista em Dermatologia (TED) da SBD. Ministraram as aulas os doutores Antonio Schettini, Patricia Morais, Silvana Damasceno, Luiz Carlos Ferreira e Carolina Talhari. “Desejamos sucesso a todos os candidatos”, disse a presidente da SBD-AM, Paula Rebello.
Hosspita al Un niversittário (ES)
asa de Porto Al Alegre Santta Ca
O preceptor e responsável pelo ambulatório de dermatologia oral do Serviço de Dermatologia da Santa Casa de Porto Alegre, Paulo Ricardo Martins Souza, está à frente de uma petição pela liberação criteriosa da talidomida. “Sou procurado por pessoas com aftas recorrentes graves que têm di½ ½culdades para falar, para comer e até para sorrir, pois essas simples atividades são extremamente dolorosas. A única medicação que pode ajudar de fato é a talidomida, mas seu uso é limitado a algumas doenças apenas. Somos impedidos de prescrever esse fármaco devido a um trágico histórico de uso na gestação com malformações fetais (entre 1956 e 1961). O uso criterioso desse medicamento pode ajudar muitas pessoas na melhora de sua qualidade de vida”, a½rmou ½ Paulo Ricardo Souza. Para se manifestar e assinar a petição visite o seguinte endereço eletrônico: https://secure.avaaz.org/po/petition/Permitir_o_uso_ do_farmaco_talidomida_sob_criterios_especi½cos_rigo½ rosos_para_pacientes_com_aftas_graves/
Univ versidade de Taubatté (Un nittau)
Este ano a comemoração é dupla na Unitau: a disciplina de dermatologia do Departamento de Medicina completa 30 anos, e o Serviço de Dermatologia da Unitau faz 15 anos. As comemorações que se estenderão por todo o ano, terão início no dia 24 de maio, com a 75a Reunião Cientí½ ½ca da Unitau, com o Curso de Fotogra½ ½a Aplicada à Dermatologia e o Curso Teórico-Prático: Atualização em Toxina Botulínica e Preenchedores, ministrado pelo chefe do Serviço de Dermatologia da Unifesp – Escola Paulista de Medicina, Sergio Talarico. No dia seguinte, pela manhã, será realizada a 16a Jornada Dermatológica, com a discussão de casos clínicos ao vivo, com a presença de Paulo Criado, presidente da SBD-Resp e médico da Faculdade de Medicina da USP, Nelson Guimarães Proença e Helena Miller, ambos da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Samuel Mandelbaum ressalta que ambos os eventos são exclusivos para os associados da SBD e residentes dos Serviços Credenciados. Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail dermatotaubate@gmail.com.
O Serviço de Dermatologia do Hospital Universitário, em Vitória (ES), promoveu o primeiro curso prático da atual gestão da SBD-ES, no dia 22 de março. Sob coordenação do atual presidente da Regional, Leonardo Mello Ferreira, e das doutoras Fernanda Zucoloto e Priscila Ventorim, o dermatologista Celso Sodré, convidado especial, transmitiu seus amplos conhecimentos sobre propedêutica capilar, incluindo tricoscopia e exames laboratoriais, além de discutir terapêutica, relação médico/paciente e ética médica.
Residentes e preceptores do Serviço ladeados por Samantha Talarico (a segunda da esq. p/ a dir.) e Juliana Rego (a terceira da esq. p/ a dir.)
Fund dação de Medicina Tropiccal Drr. Heittor Vieirra Do oura ado
Seguindo as novas diretrizes da SBD Nacional para a realização de intercâmbio entre os Serviços Credenciados, a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado começou o ano recebendo as estagiárias Juliana Rego e Samantha Talarico, do Instituto de Dermatologia Prof. Rubem Azulay e da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, respectivamente.
Univ verssidad de Federal a do Ama azona as (Ufa am)
No dia 3 de março, Claudia Marina Puga, residente do terceiro ano do Hospital Universitário Getúlio Vargas da Ufam, representou seu Serviço no Congresso da Academia Americana de Dermatologia (AAD), realizado em Miami, EUA. O trabalho intitulado “Hansen’s disease after etanercept treatment” foi selecionado para apresentação oral na categoria “Infection - Bacterial & Parasitic”.
Univ versidade de Mogi das Crruzes
O Serviço dá boas-vindas aos novos R1, Bruna Ferrari (a segunda da esq. para a dir.) e Fernando Tagliarini (o último da esq. para a dir), aprovados entre 84 candidatos participantes do processo seletivo. Na foto estão ainda o chefe do Serviço, Samuel Mandelbaum, e os assistentes Márcia Alvarenga, Flavia Ferreira, Fátima Rabay e Érico Di Santis
No dia 9 de abril, das 8h às 15h, a Universidade de Mogi das Cruzes realizou um mutirão para a campanha de cuidados com a pele, no Ambulatório de Dermatologia da Policlínica. “Professores e alunos do Serviço de Dermatologia da Universidade atenderam gratuitamente a população, com a realização de exames clínicos e orientações sobre os cuidados com a saúde e a beleza da pele. O saldo foi bastante positivo”, comunica Denise Steiner, chefe do Serviço de Dermatologia da Universidade de Mogi das Cruzes e presidente da SBD. Jornal da SBD Ano 17 n.2 O 51
Departamentos
Teledermatologia
Por Maurício Paixão – coordenador
É interessante observar o crescimento da teledermatologia ao longo destes últimos anos. Veri½ ½cando o número de publicações a ela relacionadas ou o número de dissertações e teses nesse tema, vemos um aumento bastante signi½ ½cativo. Uma pergunta cabível seria: o que gerou esse aumento? Podemos citar pelo menos dois grandes efeitos: o primeiro é o maior conhecimento sobre o que é a teledermatologia e suas aplicações. Aqui cabe a ressalva de que é importante entender que a teledermatologia não é apenas uma atividade assistencial de emissão de segunda opinião médica a distância. Outro ponto bastante estratégico diz respeito à teleducação. Pensemos na possibilidade de os Serviços Credenciados e os Departamentos da SBD disporem de ambiente para complementar a formação dos residentes e de seus sócios de maneira não presencial, incluindo a pontuação em atividades conforme recomendado pela Associação Médica Brasileira (AMB) e o Conselho Regional de Medicina (CRM). A diretoria e o Departamento de Teledermatologia da SBD atentos a isso estão desenvolvendo o Programa de Validação e Capacitação dos Residentes/Sócios com objetivo de prover uma perspectiva formativa, ampliada e direcionada pela demanda dos próprios Serviços Credenciados. Outro quesito se refere ao estímulo causado pela própria dermatologia. Lembro-me da época em que nem sequer havia câmera digital. A documentação fotográ½ tográ ½ca c convencional implicava revelações demora-
das e de maior dispêndio. Hoje, o Serviço Credenciado poderá ½lmar os eventos por meio de um tablet com câmeras que ½lmam em alta de½nição. Esse conteúdo poderá ser um dos recursos (objetos de aprendizagem) disponíveis via internet para os sócios e residentes. Portanto, muita coisa mudou... Atenta a essas mudanças, a SBD está criando o Ambiente Interativo Educacional (AIE), voltado para as necessidades do Serviços Credenciados, usando o Moodle na construção desse ambiente. Dessa forma, cada Serviço poderá prover conteúdo educacional interativo e dirigido a sócios e residentes. Estes últimos terão acesso disponível pela internet, mediante senha. O apoio dos Serviços Credenciados para a realização dessa iniciativa é vital e fundamental nesse processo.
Psicodermatologia
Por Rob berto Azambuja – coordenador
Um grupo de dermatoses tem sido relacionado com o ffuncionamento da mente e com as emoções, e cada vez v mais se notam os efeitos emocionais das mesmass. Muitos dermatologistas têm tido sua atenção atraaída para essas manifestações, que são reunidas com m o nome de psicodermatoses. O tratamento dessas doenças envolve lidar com o funcionamento mental do paciente, enfoque que não faz parte da formação médica. Para lidar com essas questões torna-se necessário que os dermatologistas busquem preparar-se para compreender melhor os fatores que levam os pacientes a
Errata:
desenvolver certas dermatoses e também para poder orientá-los a liberar-se de cargas emocionais negativas. O dermatologista precisará ao mesmo tempo atuar como médico e como facilitador da solução de problemas psicoemocionais do paciente, que fazem parte do quadro clínico. O Departamento de Psicodermatologia oferecerá um workshop p de técnicas de reprogramação mental para esclarecer os dermatologistas que sentirem necessidade de aprender a lidar com esse lado humano e tiverem interesse em melhor atender seus pacientes, como poder incorporar novas habilidadas à sua prática.
Um dos entrevistados da matéria “Trabalhos mostram avanços no tratamento das doenças de pele”, publicada na página 19 da edição de janeiro/fevereiro, é o dermatologista Luis Antonio Torezan, e não Luis Roberto Torezan, como consta equivocadamente na reportagem.
52 Jornal da SBD O Ano 17 n.2