Jornal Especial SBHCI

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especial

31• Julho •2014 - Quinta-feira

Discussões proeminentes em Cardiologia Intervencionista O SBHCI 2014 registrou 1.185 inscritos; evento debate os desafios e inovações da área e tem a interatividade como diferencial Casos ao Vivo Nada melhor do que levar a prática para a sala de aula: a sessão da foto foi a primeira de duas conduzidas pelo Dr. Ron Waskman no MedStar Heart Institute, em Washington, EUA. Elas tiveram como tema TAVI e Coronária e foram transmitidas em tempo real.

O primeiro dia do Congresso da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI) foi intenso. Conteúdo diferenciado, contendo inovação e perspectivas, foi oferecido por renomados professores que atuam no Brasil e internacionalmente. Houve, ainda, a apresentação de quatro Casos ao Vivo, a exposi-

ção de Temas Livres em pôsteres, os Simpósios-Satélite promovidos pelas empresas parceiras na hora do almoço, o Simpósio conjunto da SBHCI e da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio Grande do Sul (SOCERGS) e muita, muita interatividade. Pela primeira vez, os participantes puderam estar em uma sala e acessar a aula de outra usando o

celular ou o tablet. Foi possível, ainda, enviar perguntas a professores e debatedores de qualquer uma delas. À noite, houve a Cerimônia e o Coquetel de Abertura, animado pelo show da banda gaúcha Os Fagundes. Mais do que a atualização científica, o evento cumpriu, assim, sua função social e de integração. Confira os destaques de ontem.

Sessão de Abertura Na primeira sessão do dia, as lideranças da organização deram as boas-vindas aos participantes e ressaltaram os diferenciais do Congresso Temas Livres em Pôsteres Os 85 trabalhos aprovados da área médica e os 43 de enfermagem são exibidos na área de exposição até às 12h da sexta-feira. Acima, a comissão julgadora visita os trabalhos de enfermagem.

Professores internacionais O Congresso recebe este ano 16 convidados do exterior. Ontem, sete deles deram aula ou participaram de debates; entre eles, o Dr. Mario Carminati, da Itália, na foto durante palestra intitulada Stents Revestidos: Segurança Maior Compensa os Riscos e Custos?

“Desenvolvemos um programa científico que aborda todos os temas importantes do momento e haverá, também, os Casos ao Vivo, sempre relevantes. A particularidade deste ano é a interatividade, possível pelo nosso aplicativo. Espero que todos levem lembranças positivas não apenas de nosso Congresso, mas de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul!”

“Nosso objetivo foi inovar: o participante pode estar em uma sala e assistir a aula de outra, além de enviar perguntas aos professores. Estamos derrubando a informação unilateral! Não percam também a premiação dos melhores casos, que favorecem o crescimento da nossa revista e contribuem para o desenvolvimento da cardiologia intervencionista no Brasil.”

“Esta diretoria não poupou esforços para realizar um grande congresso. Tivemos muita preocupação em trazer mais profissionais da cardiologia clínica, propiciando integração. Também enfatizo a importância do convívio social – é um prazer estar entre amigos! Agradeço o apoio das indústrias de equipamentos, dispositivos e farmacêutica!”

Dr. Gilberto Lahorgue Nunes, presidente do Congresso

Dr. Alexandre Abizaid, diretor da Comissão Científica

Dr. Hélio Roque Figueira, presidente da SBHCI

Veja na página 2 os destaques da programação de hoje e amanhã e agende-se para tirar o melhor proveito do Congresso!


31•Julho•2014 - Quinta-feira AGENDA

Destaques de hoje e de amanhã Confira as atividades agendadas para os dois últimos dias de Congresso e garanta sua participação em eventos diferenciados oferecidos pela SBHCI! Casos ao Vivo

Temas Livres em Pôsteres

Discussão prática, com transmissão direta dos serviços participantes. Usufrua da novidade desta edição: o aplicativo do evento permite ao público questionar os debatedores e oferecer sugestões, via celular ou tablet.

Serão exibidos até às 12h de amanhã, na área de exposição do centro.

HOJE

Sessão interativa, com apresentação dos cinco casos clínicos finalistas e premiação do melhor do ano. Sala Gasômetro, hoje, das 10h30 às 12h.

Horário

Sala

8h30 às 10h

Pôr do Sol

14h às 14h45

Pôr do Sol

14h às 14h40

Piratini

Tema

Centro Centro Cuore Columbus (Milão, Itália)

Intervenção Coronária Complexa

Hospital Divina Providência (Rio Grande do Sul) Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul

16h30 às 17h15

Pôr do Sol

Tratamento de Lesão em Bifurcação

Hospital Divina Providência (Rio Grande do Sul)

16h30 às 17h10

Piratini

Fenestração de Fontan

Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul

Pôr do Sol

8h30 às 9h15

Piratini

Tratamento de Lesão Calcificada com Aterectomia Rotacional (Retablator)

Premiações Amanhã, na Sala Pôr do Sol:

AMANHÃ 8h30 às 9h15

Melhor Caso do Ano

Hospital de Clínicas de Porto Alegre Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul

10h30 às 11h15

Pôr do Sol

Tronco de Coronária Esquerda

Hospital de Clínicas de Porto Alegre

10h30 às 11h10

Piratini

Cardia

Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul

12h – 12h30

remiação Melhores Temas Livres – Julgamento P Eletrônico

12h30 – 13h30 Premiação Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (RBCI)

13h30 – 14h

Premiação Melhor Caso do Ano


ENTREVISTA

O próximo passo do tratamento da doença arterial coronariana Convidado internacional, Dr. Robert Byrne, médico no Deutsches Herzzentrum em Munique, Alemanha, lida com o desafio de mesclar o trabalho clínico como cardiologista intervencionista com o de pesquisador clínico. É o principal investigador de uma série de ensaios clínicos randomizados, incluindo ISAR-DESIRE 4 e ISAR-Absorb-MI e, com o colega Michael Joner, concluiu um projeto de translação usando uma nova aplicação de análise da intensidade de sinal derivado de tomografia de coerência óptica para caracterizar a cicatrização do tecido após implante de stent com eluição de fármaco. O principal foco de suas palestras é o tratamento da doença arterial coronariana. Quais são os destaques e preocupações? Grande progresso foi feito na intervenção coronária percutânea nos últimos 10 a 15 anos com a introdução dos stents farmacológicos (DES), e o Brasil desempenhou um papel de liderança na condução dos primeiros testes em humanos. A principal desvantagem desta tecnologia tem sido o reconhecimento de que as artérias com stent com DES cicatrizam-se mais lentamente do que depois dos stents metálicos. Há uma série de efeitos colaterais, incluindo trombose de stent muito tardia, restenose tardia e desenvolvimento de neoaterosclerose no interior do stent implantado.

tav i atuação da sbHci na incorporação do iMplante por cateter de bioprótese valvar aórtica no brasil

M arcelo a ntônio c artaxo Q ueiroga l opes p edro a lves l eMos n eto F ábio s ândoli de b rito J únior

Novas tecnologias estão em desenvolvimento, como os stents revestidos com polímero biodegradável ou stents com espinhas dorsais biodegradáveis, que combinam alta eficácia clínica com um mínimo de toxicidade da parede do vaso. Poderia falar um pouco sobre suas aulas? a. ‘Balão farmacológico: uma terapia de nicho?’: tem representado um importante desenvolvimento na prática clínica. Em pacientes com restenose intra-stent, os resultados são excelentes e a maioria pode evitar a necessidade de mais implantes de stent. Há um interesse considerável na utilização de tais dispositivos para a doença coronária, mas precisamos esperar por mais dados

de ensaios clínicos antes de fazer qualquer recomendação. b. ‘ISR de stents farmacológicos: Como eu faria?’: felizmente, a introdução de DES significa que estamos vendo menores taxas de restenose intra-stent em nossa prática. No entanto, à medida que mais pacientes com mais e complexos padrões de doença são tratados com stents, os números absolutos de pacientes com restenose do stent não é desprezível. Além disso, o tratamento da restenose de DES parece estar associado a piores resultados em comparação com o tratamento de recidiva após stents metálicos. As razões não estão claras e precisamos de mais estudos. c. ‘Dispositivos de oclusão arterial vs. compressão manual: avaliação crítica da evidência disponível e estudos futuros’: apesar de mais procedimentos já serem realizados através da abordagem radial, angiografia coronária e intervenção ainda são mais comumente feitas através da artéria femoral. No entanto, após a remoção da bainha, a compressão cega da artéria femoral comum é realizada sem a visualização direta da parede do vaso. Isto é desconfortável para o

paciente e geralmente seguido por um período longo de repouso. Os dispositivos de oclusão vascular podem aumentar a eficiência do fechamento da arteriotomia no fim do procedimento, mas a segurança destes dispositivos ainda necessita comprovação. Acabamos de completar o maior estudo já feito de dispositivos de oclusão vascular (ISAR-CLOSURE) e estamos ansiosos para apresentar os resultados preliminares de TCT em setembro. Você também dará palestra sobre como escrever e ter um trabalho científico publicado. Qual a importância disso para os cardiologistas e como você vê seu desenvolvimento no Brasil? Como o Brasil tem sido centralmente colocado na pesquisa de cardiologia intervencionista, seus manuscritos desempenham um papel importante na orientação prática médica em todo o mundo. Publicar artigos na literatura científica continua a ser o objetivo mais importante da pesquisa clínica. No entanto, a maioria dos programas de treinamento negligencia o ensino formal de métodos de escrita científica.

Assembleias Extraordinária e Ordinária Começam hoje, às 18h30, na sala Pôr do Sol, para discutir mudanças no estatuto da sociedade. Haverá o lançamento do livro Atuação da SBHCI na incorporação do implante por cateter de bioprótese valvar aórtica no Brasil, editado pela sociedade, que descreve todo o proces-

so de solicitação da aprovação do implante percutâneo de válvula aórtica (TAVI) pelo SUS. Associados à SBHCI, presentes na sessão, receberão um exemplar. Também será entregue o título de Sócio Honorário aos Drs. Roberto Luiz D’Avila, presidente do

Conselho Federal de Medicina, e Eitel Santiago de Brito Pereira, Subprocurador Geral da República – Ministério Público Federal, pelo auxílio na luta para a implementação do TAVI para o tratamento da estenose aórtica grave do idoso na Saúde Pública e Suplementar.

Jornal especial do Congresso SBHCI 2014 – Coordenação editorial: Dr. Gilberto Nunes. Apoio: Norma Cabral. Reportagem e edição: Lilian Mallagoli (MTb. 30.443-SP). Editoração: Marco Murta – Farol Editora. Fotos: Diego Garcia. Impressão: Ideograf – Porto Alegre, RS. Distribuição gratuita aos participantes do Congresso.

Quinta-feira, 31 de julho de 2014 •

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