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Sumário Sumário _____________________________________________ 2 Apresentação ________________________________________ 3 Justificativa __________________________________________ 8 Objetivo Geral _______________________________________ 19 Objetivos Específicos _________________________________ 19 Ações ______________________________________________ 20 AÇÃO 01 _________________________________________________20 AÇÃO 02 _________________________________________________20 AÇÃO 03 _________________________________________________21 AÇÃO 04 _________________________________________________21 AÇÃO 05 _________________________________________________22 AÇÃO 06 _________________________________________________22 AÇÃO 07 _________________________________________________22
Metodologia ________________________________________ 23 Bibliotecas _______________________________________________24 Realizadores ______________________________________________24 Etapas ___________________________________________________25
Projetos da Ação 04 __________________________________ 30 Cronograma Físico ___________________________________ 37 Equipe Técnica ______________________________________ 39 Referências _________________________________________ 40
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Apresentação “A biblioteca popular como centro cultural e não como um depósito silencioso de livros, é vista como um fator fundamental para o aperfeiçoamento e a intensificação de uma forma correta de ler o texto em relação com o contexto.” Paulo Freire
Visto como o “primo pobre” dos biomas brasileiros, estendido sobre terra avermelhada e de escassos nutrientes, com suas árvores retorcidas de aparência seca, o Cerrado é, na verdade, a savana mais rica do mundo em biodiversidade, apresentando extrema abundância de diferentes espécies. Em extensão, o Cerrado é um bioma abrangente, a segunda maior região biogeográfica da América do Sul, ocupando mais de 22% do território brasileiro1. Localizado em sua maior parte no Brasil Central, o Cerrado também apresenta duas estações bem definidas: o verão chuvoso e o inverno seco. Talvez, a impressão de ser um bioma sem muitas riquezas venha também do aspecto que ele assume no seu período de seca: as árvores perdem suas folhas, as plantas que resistem deixam de ser verdes ficando marrons e amareladas, as queimadas se espalham deixando as matas em cinzas e carvão, e toda a vegetação, que antes era viva, parece irreversivelmente morta. No Distrito Federal, conseguimos observar bem a dinâmica da “morte” do Cerrado, fazemos coletivamente a experiência da seca nessa região ano após ano. Por isso, também sabemos que o Cerrado sempre renasce, sempre ressurge, sempre vence. A cada ano, ficamos maravilhados, em meio ao alívio que nos trazem as primeiras chuvas, com a força vital que possui esse bioma, pois basta uma pequena e inicial investida das águas em seu solo para que a vegetação revele que está viva, recobrando as suas cores em todos os seus tons, folhas e flores. Basta que a primeira
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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. O Bioma Cerrado. Disponível em: < http://www.mma.gov.br/biomas/cerrado > Acesso em 27 de junho de 2013.
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chuva toque a terra seca e exale seu úmido perfume para que o Cerrado ressurja das cinzas e da palidez, espalhando seu verde pelos canteiros da cidade. É neste contexto que nos valemos do Cerrado, este símbolo tão eloquente e profundamente participante do imaginário dos brasilienses, para dar nome às bibliotecas públicas que serão incursas no presente Projeto. Sabemos da frágil situação em que se encontra a maioria das bibliotecas públicas do Distrito Federal. Há décadas que algumas são espaços físicos pouco atraentes, em alguns casos até improvisados, inadequados, com instalações necessitando de reformas. Dentre essas bibliotecas, encontramos aquelas com acervos desatualizados, realizando empréstimo ainda manual, e com dinâmica frágil do ciclo informacional. É possível também observar a falta de continuidade das ações e serviços em algumas bibliotecas por conta da alta rotatividade dos servidores que nelas trabalham. Apesar de não serem todas, existem bibliotecas que parecem estar adormecidas quanto às suas potencialidades, quando as vemos utilizadas exclusivamente como salas de leitura em detrimento do atendimento e da prestação de serviços a toda uma comunidade. O Cerrado também se encontra em frágil situação. Por ser concebido erroneamente como um bioma de segunda classe, uma formação de pouco valor e pequena importância para a vida humana, é o bioma brasileiro atualmente mais ignorado e devastado pela ação e pelos interesses humanos. O desconhecimento de sua importância e de suas riquezas, aliado aos interesses por utilização de terras, é o grande responsável pelo prejuízo à natureza e, consequentemente, à própria vida humana. Pode-se dizer que, em grande parte, a atual situação de nossas bibliotecas se deve a uma concepção distorcida de sua função na sociedade, uma ideia equivocada que está profundamente arraigada em nossa cultura, presente entre nós cidadãos das várias esferas da sociedade. Biblioteca Pública não é uma sala de leitura e um depósito de livros. É certamente composta por um espaço adequado à prática da leitura e um local onde fica o acervo, mas não pode ser reduzida a somente isto. Biblioteca Pública também não é lugar onde se submete pessoas à lei rígida e suprema do mais absoluto
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silêncio, fazendo do bibliotecário um bravo guardião de livros e espalhando quadros com fotos suas fazendo sinal de silêncio como os de enfermeiras em um hospital. Biblioteca Pública é antes de tudo, um local de referência para a sua comunidade no que diz respeito ao acesso à cultura e à informação. Luís Milanesi, em seu livro O que é biblioteca pública, assim apresenta a vocação destes espaços comunitários: a biblioteca poderá ser a ampliação do acervo cultural que se abre ao público. Por isso, em certo sentido, ela é uma alternativa a todas as formas impositivas de saber, inclusive a da escola quando assim ela se manifesta. Essa dimensão dada à biblioteca só será efetiva na medida em que forem atendidos dois requisitos básicos: a não existência de qualquer forma de censura e a possibilidade de recursos para se organizar um serviço compatível às expectativas da coletividade para a qual ela se destina (MILANESI, 1983, p. 99).
É, portanto, o lugar, por excelência, do encontro das pessoas com o conhecimento humano organizado e disponível. E o conhecimento, nós o encontramos no nosso relacionamento com os mais diversos suportes da informação: livros, computadores, exposições, músicas, apresentações artísticas, narração de histórias, pessoas, enfim, os outros. E os outros são aquilo e aqueles que são diferentes de mim e com os quais eu me relaciono; são justamente aqueles que me auxiliam a transformar as diversas informações em real conhecimento. Ao conceito de biblioteca soma-se não apenas o acesso à informação, mas também o pertencimento a uma coletividade, à sua cultura e possibilidades de transformação. Neste sentido, Vanda Angélica da Cunha, ao traçar o panorama da biblioteca pública na sociedade da informação, apresenta-a como sendo, desde sempre, o lugar privilegiado do desenvolvimento humano: percebe-se assim a amplitude do raio de ação da biblioteca pública e a importância do seu papel comprovado ao longo dos séculos, oferecendo suporte através do hábito de leitura, acesso à informações gerais e utilitárias, preservação das identidades locais e nacionais, apoio à educação formal e desenvolvimento da educação permanente, estímulo às atividades do lazer produtivo. Esse fato que foi verdadeiro no passado se amplia no presente, com a expansão demográfica e as facilidades de compartilhamento de conhecimentos e experiências que podem ser partilhadas através de redes de informação como a internet (CUNHA, 2003, p. 70).
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É partindo dessa perspectiva de biblioteca pública que o Projeto Bibliotecas do Cerrado surge, figurando como a desejada chuva de ações e atividades, para trazer aos olhos de todos a exuberante potencialidade e vitalidade das nossas bibliotecas. O Projeto é proposto com a intenção de ser a investida das águas da reestruturação e da dinamização nos espaços dessas bibliotecas, para que elas recobrem a sua mais deslumbrante vida, tornando-se reconhecidos espaços de cultura, lazer e conhecimento; espaços onde a informação, o questionamento, a discussão e o aprendizado ensejem também o fazer criativo, sendo também acessíveis e completamente pertencentes às comunidades nas quais estão inseridas: na medida em que a biblioteca assume a função de casa da cultura, que mantém uma infraestrutura que permite o exercício de uma série de atividades no campo das artes, torna-se claro que a biblioteca abrigue também o fazer. Isso significa uma transformação radical, uma vez que ela sempre se caracterizou como a instituição que organiza a informação, colocando-a à disposição do público. Agora o que se propõe é a transformação da biblioteca em um espaço também do fazer criativo (MILANESI, 2003, p. 103).
Há inúmeras provas de que as bibliotecas públicas não estão mortas, mas apenas sofrem com a longa estiagem do reconhecimento de sua importância. As relevantes, porém fragmentadas e pontuais, ações desenvolvidas ao longo dos anos por Governo e sociedade nas bibliotecas públicas revelam, como água quando cai sobre o cerrado seco, que basta realizar algo simples para que elas demonstrem as suas potencialidades. O presente projeto, sob a coordenação da Secretaria de Cultura do Distrito Federal, pretende reunir esforços de diferentes órgãos do Governo do Distrito Federal, dentre Secretarias e Administrações, para proporcionar efetiva sinergia capaz de transformar e dinamizar as nossas bibliotecas em verdadeiros centros de cultura e informação. As ações e atividades a serem implantadas nas bibliotecas são aquelas propostas pelos próprios órgãos do Governo participantes, de acordo com as suas possibilidades, e que contemplam tanto as suas finalidades na condição de órgãos públicos como as finalidades de dar acesso à cultura e à informação. Ou seja, são ações e atividades já desenvolvidas ou que têm sua execução desejada pelo órgão proponente.
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O Projeto Bibliotecas do Cerrado está referenciado na experiência dos sistemas de bibliotecas colombianos, de Medellín e Bogotá. A experiência colombiana é a atual referência internacional no que diz respeito ao conceito de bibliotecas exposto no Manifesto IFLA/UNESCO (Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias/Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) sobre bibliotecas públicas, conceito que este Projeto busca concretizar no Distrito Federal. A experiência atual da Colômbia com bibliotecas é algo que se desenvolve há mais de 10 anos e está intimamente relacionada à transformação social que a Colômbia sofreu após anos marcados por um aparentemente irreversível cenário de violência, luta contra poderes paralelos, corrupção e deflagrada situação de miséria. O permanente intercâmbio de informações e experiências com os gestores dos sistemas de bibliotecas colombianos é de suma importância para as Bibliotecas do Cerrado. É mais de uma década de um processo de transformação social, que passo após passo veio se consolidando, ampliando e sendo reconhecido mundialmente. Entende-se que o Projeto Bibliotecas do Cerrado entrará igualmente no curso de um processo de longo prazo de consolidação e ampliação dentro da específica realidade do Distrito Federal. Pretendemos iniciar a implantação do Projeto com o foco em três bibliotecas: Biblioteca Nacional de Brasília Leonel de Moura Brizola, Biblioteca Pública do Núcleo Bandeirante Vó Philomena, e Biblioteca Pública do Cruzeiro. O Projeto deverá ser implantado e apresentar resultados durante os 03 semestres de seu período de execução, podendo, dentro de sua metodologia, ser avaliado e replicado por gestões futuras, possibilitando a continuidade das políticas públicas. Nos capítulos que se seguem, serão descritas as etapas, as ações, a metodologia e o cronograma de atividades já elaborado para o início da realização do Projeto. Em plena “Era da Informação”, é de fundamental importância consolidar o uso de ambientes que propiciem o acesso ao conhecimento, à cultura e organizem a imensa quantidade de informações diariamente produzidas pela humanidade. As bibliotecas públicas são esses ambientes que, vivos como o Cerrado, podem ser rico e fecundo habitat para a promoção do desenvolvimento humano no Distrito Federal.
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Justificativa Scientia potentia est. Conhecimento é poder, ou mesmo, saber é poder. A frase é amplamente conhecida e sua autoria é atribuída a Francis Bacon, filósofo inglês nascido no século XVI, reconhecido por muitos como o “pai da ciência moderna”. Essa famosa sentença tem sido reformulada e relançada em grande variedade de contextos por diversos outros importantes filósofos, de Thomas Hobbes a Michel Foucault. Contudo, a noção da existência de uma relação entre saber e poder parece existir na humanidade, há tempos mais distantes, mesmo que intuitivamente. No livro bíblico de Provérbios, por exemplo, o que nos leva a mais de 2.500 anos atrás, já era dito que “o homem sábio é poderoso, e o homem de conhecimento consolida a força” 2. A ideia de que possuir o conhecimento sobre as coisas torna possível o domínio sobre as mesmas; ou que, o conhecimento aumenta as capacidades e possibilidades do indivíduo diante da vida e dos outros que o rodeiam; ou ainda, que o conhecimento é um capital que distingue aqueles que o possuem daqueles que o não possuem, podendo gerar a relação entre dominantes e dominados, é uma noção bastante difundida e há muito tempo conhecida. Atualmente, vivendo em tempos de uma chamada Era da Informação, a máxima referida ganha maior relevância e amplitude. Com as tecnologias popularizadas nas últimas décadas, vivenciamos a sensação do encurtamento das distâncias,
experimentamos
a
praticidade
da
comunicação
instantânea,
independentemente da localização, e observamos a democratização e a facilidade do acesso a todo tipo de informação. As informações, realmente de todos os tipos, são disparadas massivamente, a cada instante, por todos os lados, e se dispersam velozmente, sem grandes controles ou respeito por uma ordem de importância e necessidade. Assim, estabelece-se o cenário atual da desmedida quantidade de informação e sua caótica e desorganizada disponibilização. As informações estão aí,
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Em Bíblia. Livro de Provérbios, capítulo 24, versículo 5. Subsecretaria de Políticas do Livro e da Leitura
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por todos os lados, disponíveis, porém, dispersas e soltas, sem contextualização e orientação de importância. As informações estão, de certo modo, dissipadas indistintamente e faltam orientações para apontar para o que é informação confiável, relevante, fundamental, ou superficial, desnecessária. Apesar da ampla disponibilidade de informação, ainda são poucos os que conseguem saber o que é interessante saber, poucos os que sabem transformar as informações em conhecimento, e consequentemente, menos ainda aqueles que experimentam o seu empoderamento por meio das informações que adquirem. Em síntese, saber ainda é poder, mas não é qualquer tipo de saber que aufere poder e confere cidadania. O massivo e diário bombardeio de informações e a falta de orientação para a sua seleção, utilização e compreensão, mantém a disparidade entre os que sabem o que é importante saber e os que sabem variedades e coisas. Apesar do generalizado acesso à informação, existe a distinção entre os que possuem domínio sobre o conhecimento e os que não o possuem, os incluídos e os excluídos dos processos, os que podem mais e os que podem menos. A intervenção do Poder Público para harmonizar esse cenário é fundamental. O Estado possui em mãos os instrumentos próprios para tornar disponíveis e organizados os saberes e os conhecimentos dispersos, selecionando-os de acordo com a relevância e necessidade apresentadas pelas demandas da própria sociedade. O instrumento principal para tornar disponível e promover o acesso aos conhecimentos acumulados e organizados pela humanidade, para a inclusão da maior parcela possível da sociedade, possui um nome: biblioteca pública. Portanto, há que se contextualizar a função da biblioteca pública relativamente a esse momento em que o acesso à informação torna-se não apenas basilar, mas já amplamente difundido. Os novos desafios incluem, desse modo, a seleção da informação, sua organização, como também a sua mediação. A biblioteca pública surge como o espaço de acesso às informações organizadas, o lugar da aprendizagem e da ampliação das visões de mundo para os tempos: a sociedade da informação, nos diferentes espaços geográficos em que vem sendo concebida, atribui à biblioteca pública a missão especial de assegurar a democratização do acesso em rede, a oferta de produtos e serviços de qualidade que contribuam para diminuir as desigualdades sociais e estimular
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os usuários a utilizar a Internet como instrumento de ampliação do conhecimento e convivência (CUNHA, 2003, p.72) .
Assim, entende-se que a medida de importância e necessidade da realização do Projeto Bibliotecas do Cerrado está na centralidade e no tamanho da demanda da sociedade contemporânea por acesso à informação e cultura. Para que se compreenda a dimensão real da importância das bibliotecas públicas em nossa sociedade, é preciso aprofundar-se o entendimento sobre o que vem a ser esse equipamento cultural. A palavra biblioteca é proveniente do grego βιβλιοϑήκη (βιβλίον “livro", e ϑήκη, "depósito"), o que sugere que a biblioteca, em sua concepção mais primitiva, seria entendida como o “espaço para guardar os livros”3. Mas, antes que se aceite de modo tão instantâneo e simplista a definição de biblioteca sugerida, cabe ainda um aprofundamento sobre estudo dessa palavra com uma necessária pergunta: mas, afinal, o que seriam então os livros? A etimologia do vocábulo livro é igualmente interessante. Derivado do latim liber (libere, librum, libro), que originalmente queria dizer “parte interna da casca das árvores”, e do Indo-Europeu leubh-, “descascar, retirar uma camada”, o termo livro foi usado para designar o material feito de partes liberadas do resto de determinada planta (papiro) com a finalidade de ser o suporte para o registro de informações4. Em grego, como já mencionado, βιβλίον (livro) provém de βιβλος, que significa justamente “papiro”. Em inglês, book, ou em alemão, buch, o termo também remete originalmente à ideia de “pedaço de madeira”. Enfim, pode-se concluir que o sentido essencial da palavra livro, em suas diversas formas de expressão, é o de material retirado da natureza para ser o suporte da informação. Compreendendo o sentido dos termos, conclui-se que o original significado da palavra biblioteca, aquilo que os antigos realmente queriam dizer com o termo, é mais que um mero armário de livros, mas antes, e necessariamente, um espaço que contém e guarda os suportes da informação e, ao mesmo tempo, torna acessíveis as fontes de conhecimento construídas pela humanidade.
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CUNHA, Antônio Geraldo da. Dicionário etimológico da língua portuguesa. 3 ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2007.
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LIVRO. In: WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre. Wikimedia, 2006. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Livro >. Acesso em: 27 de junho de 2013.
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Desde a revolucionária invenção do livro e sua difusão pelo mundo como um dos pilares da civilização, passaram-se os séculos, e a humanidade fez suas milhares de descobertas e invenções, até que o livro começou a ser entendido como mais um entre os vários outros tipos de suporte da informação. Ainda sendo o suporte da informação por excelência, o livro passou a dividir sua função com novas formas de armazenar a informação e o conhecimento. Assim sendo, a biblioteca é entendida, em sua essência originária, como o lugar que abriga os suportes de informação. Em outras palavras, a biblioteca é o lugar do conhecimento, da cultura e da informação, por excelência. E qual outro equipamento, senão a biblioteca pública, seria tão completo e apropriado para a promoção do acesso democrático à leitura, à cultura e à informação? A concepção contemporânea de biblioteca pública é a de um espaço onde conteúdos culturais, em todos os seus diversos suportes, estão disponíveis aos mais diversos públicos, auxiliando-os em suas perspectivas de conhecimento, lazer, produção intelectual e ingresso aos direitos de cidadania. Ou seja, “a biblioteca é uma pausa, é um espaço que se abre para o conflito e a reflexão. Ela não é o consumo fácil da informação, pois exige de seu público uma participação mais reflexiva, transformando-o num agente ativo no acesso aos dados” (MILANESI, 1983, p 98/99). Neste sentido, a biblioteca clama hoje por ser o equipamento cultural onde o saber e o fazer criativo estão comungados em um mesmo espaço:
é impossível pensar biblioteca hoje sem que se considere a liberdade de acesso à informação como um direito humano. E ainda: que essa liberdade seja uma das condições básicas para o exercício do pensamento criador. Há um círculo perpétuo: a informação produzida é organizada e colocada à disposição de um determinado público. Este tem acesso aos dados, combinando-os, fazendo análise crítica. Esta ação pode gerar um novo produto informativo que, por sua vez, deve ser integrado num serviço que permite o acesso do público (MILANESI, 1983, p 97).
O Manifesto IFLA/UNESCO5 sobre bibliotecas públicas (1994), elenca 12 missões para as bibliotecas públicas dos nossos tempos:
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Este manifesto é um marco importante para a concepção contemporânea de bibliotecas públicas. Estabelece o conceito de biblioteca e as suas missões-chave. Proclama que o desenvolvimento da sociedade e dos indivíduos e
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1. Criar e fortalecer hábitos de leitura nas crianças desde a mais tenra idade; 2. Apoiar tanto a educação individual e autodidata como a educação formal em todos os níveis; 3. Proporcionar oportunidades para o desenvolvimento criativo pessoal; 4. Estimular a imaginação e a criatividade da criança e dos jovens; 5. Promover o conhecimento da herança cultural, apreciação das artes, realizações e inovações científicas; 6. Propiciar acesso às expressões culturais das artes em geral; 7. Fomentar o diálogo intercultural e favorecer a diversidade cultural; 8. Apoiar a tradição oral; 9. Garantir acesso aos cidadãos a todo tipo de informação comunitária; 10. Proporcionar serviços de informação adequados a empresas locais, associações e grupos de interesse; 11. Facilitar o desenvolvimento da habilidade no uso do computador; 12. Apoiar e participar de atividades e programas de alfabetização para todos os grupos de idade e implantar tais atividades se necessário.
O mesmo documento, que é um marco fundamental e embasa as posteriores discussões sobre bibliotecas públicas, evidencia a natureza da biblioteca pública afirmando que: A biblioteca pública - porta de acesso local ao conhecimento - fornece as condições básicas para uma aprendizagem contínua, para uma tomada de decisão independente e para o desenvolvimento cultural dos indivíduos e dos grupos sociais [...] A biblioteca pública é o centro local de informação, tornando prontamente acessíveis aos seus utilizadores o conhecimento e a informação de todos os
outros valores fundamentais só serão atingidos quando os cidadãos estiverem na posse da informação que lhes permita exercer os seus direitos democráticos e ter um papel ativo na sociedade. Registra igualmente a confiança que a UNESCO deposita na biblioteca pública como fator de promoção da educação, cultura e informação dos cidadãos. Foi elaborado pela seção de bibliotecas públicas da IFLA e aprovado pela UNESCO em 1994.
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gêneros. Os serviços da biblioteca pública devem ser oferecidos com base na igualdade de acesso a todos, sem distinção de idade, raça, sexo, religião, nacionalidade, língua ou condição social (IFLA/UNESCO, 1994).
A União Europeia publicou, em 1998, um Relatório sobre o papel das bibliotecas na sociedade moderna. O referido documento tomou por fundamento as discussões teóricas acerca do tema e os relatórios de peritos de alto nível na área, contribuindo com uma variedade de pressupostos:
1. A importância do domínio da informação como fator de integração econômica das pessoas; 2. A importância da cultura no desejo e aquisição de novos conhecimentos e de enriquecimento linguístico, sobretudo através da literatura; 3. A relevância das dimensões democrática, social e cultural na evolução da sociedade, e não apenas as dimensões econômicas e tecnológicas; 4. A necessidade de manutenção do adequado equilíbrio entre os direitos e interesses em jogo na Sociedade da Informação; 5. A importância de se garantir o acesso à crescente quantidade de informação disponível em rede; 6. O papel insubstituível das bibliotecas na organização do acesso ao conhecimento e na mediação entre os meios informacionais tradicionais e os novos; 7. O lugar que as bibliotecas podem ocupar formando uma rede de transmissão de conhecimento e cultura comparável às escolas; e 8. A contribuição única das bibliotecas como instituição de apoio à aprendizagem ao longo da vida. O Relatório também salientou a importância das bibliotecas do ponto de vista cultural, para manter um nível geral de competência na leitura; manter vivas a língua, a literatura e a cultura do país (em cooperação com museus, arquivos e outros agentes culturais); transferir os dados relativos ao patrimônio cultural para um formato digital; e proporcionar uma “janela única” e intelectualmente enriquecedora “em relação a
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outras culturas e modos de vida”. Esse último tópico, relacionado ao reconhecimento de diversas culturas, é um fator especialmente caro à União Europeia, devido à diversidade e aos conflitos étnicos e culturais entre os países-membros e até mesmo dentro deles. Uma conclusão a que o relatório também chega é que as bibliotecas são um elemento crucial dentro do processo relacionado ao fenômeno da Sociedade da Informação, embora atualmente ainda sejam subestimadas, entende-se que elas ocuparão uma posição mais importante na Sociedade da Informação do que tinham na Sociedade Industrial. Aqui no Brasil, a Fundação Biblioteca Nacional, publicou um documento que define, em conformidade com o Manifesto IFLA/UNESCO, as características básicas das bibliotecas públicas:
1. Destinar-se a toda coletividade (ao contrário de outros tipos de bibliotecas, que têm funções mais específicas); 2. Possuir todo tipo de material (sem restrições de assuntos ou de materiais); 3. Ser subvencionada pelo poder público federal, estadual ou municipal.
Destacando-se ainda, dentre outros pontos, o papel de ser:
Agente essencial na promoção e salvaguarda da democracia, através do livre acesso a todo tipo de informação, proporcionando, desta forma, matéria de reflexão para a geração do verdadeiro conhecimento; Instituição de apoio à educação e formação do cidadão em todos os níveis, através da promoção e incentivo à leitura e à formação do leitor crítico e seletivo capaz de usar a informação como instrumento de crescimento pessoal e transformação social;
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Centro local de tecnologias da informação, através do acesso às novas tecnologias da informação e da comunicação, familiarizando os cidadãos com o seu uso; e Instituição cultural, através da promoção do acesso à cultura e do fortalecimento da identidade cultural da comunidade local e nacional.
O Projeto Bibliotecas do Cerrado surge no cenário brasiliense para tornar realidade esses pontos. Entende-se que a biblioteca pública contemporânea não pode ser concebida em isolamento. Como modelo de equipamento cultural, deve procurar ser representativa da comunidade que a circunda, permanecendo atenta aos imperativos daqueles que mais necessitam de seus serviços:
O panorama internacional nos mostra que há um movimento das bibliotecas públicas no sentido de fortalecer os laços com a comunidade. Grandes bibliotecas surgem com ofertas variadas de acervos, oferecendo diversas possibilidades de pesquisa e de lazer, possibilitando o acesso às mais diversificadas atividades culturais e educacionais e incorporando e explorando o que as TICs possuem de melhor. Concomitantemente, as bibliotecas se voltam para um recorte pequeno territorial através do atendimento de suas comunidades locais, ao mesmo tempo em que se descortina para o mundo através da internet. Voltam-se, também, para o atendimento das populações menos privilegiadas, que encontram dificuldades para se incluir no mundo do conhecimento. Para estes grupos são dirigidas diversas atividades com a finalidade de sua inclusão tanto digital quanto social. Dentre estas atividades ressalte-se o acesso aos equipamentos e as redes de informação, através de telecentros ou similares, bem como capacitar o indivíduo através dos serviços voltados para a competência em informação (MEDEIROS, 2012, p. 50).
Não é de outro modo que a Fundação Biblioteca Nacional, ao traçar os princípios e diretrizes da biblioteca pública no Brasil, apresenta-a também como um espaço de construção de identidades culturais: O estreitamento da relação com a comunidade é fator essencial para o desempenho das funções da biblioteca pública. É, pois, necessário que os indivíduos reconheçam na biblioteca um lugar de encontro da comunidade com seus valores, tradições, história etc. Também, devem reconhecer que oportunidades regulares e constantes de ler e de conviver com livros ampliam as possibilidades de acesso à informação e de geração e transmissão do conhecimento – ingredientes essenciais para a inserção do indivíduo na sociedade atual. Por outro lado, além de meio para aquisição e transmissão de conhecimento, a leitura é fonte de lazer e de prazer e deve fazer parte do
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cotidiano de todos os indivíduos, inclusive dos profissionais que atuam nas bibliotecas, para que possam melhor desempenhar o papel de mediadores da leitura (FBN, 2000, p. 93).
No entanto, ao observar a situação em que se encontram as bibliotecas públicas brasileiras, percebe-se que a maioria delas ainda não conseguiu promover o seu caráter público. A biblioteca, para ser efetivamente pública, deve não somente permitir a entrada de todos os tipos de público em seu ambiente, mas deve impreterivelmente oferecer serviços específicos para atrair cada tipo de público que percebe existir em sua comunidade. O Projeto Bibliotecas do Cerrado se instala no âmbito dessa dinâmica de fazer com que as bibliotecas públicas do Distrito Federal se constituam como bibliotecas efetivamente públicas, atendendo a mais ampla variedade de pessoas, de acordo com as demandas de cada comunidade local, para além do atendimento praticamente exclusivo ao seu atual e tradicional público. É importante também ressaltar que a oralidade ainda é o veículo informativo da maioria esmagadora da população brasileira. Portanto, as bibliotecas públicas devem, enquanto executam projetos de promoção à leitura, oferecer ao público serviços de informação sob os mais diversos suportes: os estudos realizados demonstram que, para as populações carentes, a informação oral é até mais importante que a informação bibliográfica. À medida que a biblioteca pública decida implantar um serviço de informação utilitária, dará um grande passo, contribuindo para a formação da cidadania, e poderá se tornar um real centro disseminador da informação (SUAIDEN, 2000, p. 58).
Diante das concepções e dos princípios expostos, é necessário ainda sintetizar os argumentos em uma ideia central que ainda não ficou completamente explicitada. Resta ainda afirmar que a biblioteca pública, para que seja um real centro disseminador da informação e da cultura, deve estabelecer-se como um lugar de encontro. Proporcionar o encontro das pessoas com a informação, com o conhecimento e com a cultura, é a verdadeira missão desse equipamento público. Esse encontro pode se dar no contato com o livro, com o computador, com a música, com a pintura, com o panfleto, com a dramatização, com o mural, enfim, com toda a diversidade de suportes da informação possíveis. Mas é preciso colocar em evidência
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que o encontro mais importante, que precisa necessariamente acontecer na biblioteca, é o encontro entre as pessoas. Os suportes da informação, por melhores que sejam, podem se tornar meros objetos, quase inúteis para a finalidade de informar, se não houver pessoas que façam a sua mediação. Cada pessoa traz consigo sua bagagem de conhecimento em uma mão e sua sede de saber na outra. É no relacionamento que surge a partir do encontro que as pessoas podem dar daquilo que possuem e receber daquilo que ainda lhes falta. A biblioteca precisa ter espaços próprios para o encontro com a leitura, com a música, com as histórias, e, principalmente, entre as pessoas, pois é no relacionamento que a informação é transmitida e o conhecimento é realmente conquistado. Nessa concepção, a figura do bibliotecário se torna fundamental, pois ele é o dinamizador e propiciador dos encontros com a informação. Parece óbvio, mas é preciso deixar sempre claro, que o motivo de uma biblioteca pública existir é as pessoas que podem vir a frequentá-la. Tudo deve funcionar na direção de atender da melhor forma o cidadão que entra na biblioteca, pois a razão da biblioteca possuir equipamentos e suportes da informação é o de dar acesso a eles. Ao centro de todo o trabalho realizado em uma biblioteca não estão os suportes da informação, ou as atividades a serem executadas, mas as pessoas as quais eles devem alcançar. A biblioteca possui suportes de informação e equipamentos, realiza atividades, porque existe uma comunidade a qual ela deve servir. Pensar o contrário é um engano. Em outras palavras, a biblioteca não deve existir para armazenar livros ou realizar atividades, mas antes, para ser um espaço que contém e disponibiliza livros para as pessoas, que oferece atividades que interessem e sirvam para as pessoas. Certamente, não há biblioteca sem suportes de informação, mas ainda mais certo é que não há biblioteca sem pessoas que encontrem a informação. Uma biblioteca que não se importar com as pessoas em primeiro lugar será um mero depósito de suportes da informação, uma casa de cultura vazia e fracassada. Tendo em vista a concepção e os princípios apresentados até aqui, pode-se perguntar se é possível realizar esses ideais de bibliotecas públicas. É justamente diante deste questionamento que se encontra a justificativa para a cooperação técnica entre os sistemas de bibliotecas públicas do Distrito Federal e de Bogotá e Medellín. A
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experiência dos sistemas de bibliotecas públicas colombianos é uma prova prática e concreta de que é possível realizar amplamente os princípios e conceitos aqui apresentados. O Caso Colômbia6, apresenta-se como referência para a implementação de um sistema de bibliotecas que tenha em primeiro plano o serviço de acesso à informação e cultura às pessoas das comunidades, um sistema de bibliotecas que vise contribuir para a formação de cidadãos, a diminuição das desigualdades sociais e o desenvolvimento humano. Na Colômbia, como se pretende também para o Distrito Federal, toda ação nas bibliotecas, em cada particularidade, é voltada à construção de um leitor autônomo. Em Medellín e Bogotá, cidades que durante muitos anos foram dominadas pelo narcotráfico e pela violência, as bibliotecas públicas e os bibliotecários desempenham atualmente um papel fundamental na renovação e desenvolvimento da cidade7. As bibliotecas públicas que compõem os sistemas dessas cidades oferecem uma gama de serviços culturais e sociais, compondo-se, no mais das vezes, em oficinas e espaços informativos completamente pertencentes às pessoas que ali vivem. A biblioteca é e sempre poderá ser, portanto, um espaço encorajador para que cada um siga seu próprio caminho e para que todos, juntos, sintam-se comprometidos com a melhoria social e ampliação cultural de sua comunidade. Ela é um espaço onde a expressão das diferenças é possível, desejável e encorajada. A biblioteca pública ainda pode encontrar a sua verdadeira identidade como uma instituição eficiente na formação da cidadania e na melhoria da qualidade de vida da sociedade.
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Refere-se ao processo de transformação social, cultural e urbana que, desde o início do século, a Colômbia vem atravessando. O cenário que antes era de irreversível violência e deflagrada miséria, hoje revela significativos avanços em diversas áreas, servindo de referência para vários países. De modo particular, pensa-se aqui a importância da implementação das chamadas bibliotecas parques e a consolidação dos sistemas de bibliotecas públicas de Medellín e Bogotá. 7 BETANCUR BETANCUR, Adriana Maria. La promocion de la lectura em Medellín y su área metropolitana: algo em broma, muy em serio. Colômbia, COMFENALCO, 2005.
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Objetivo Geral Proporcionar, com excelência, o acesso democrático à informação, aos serviços e aos bens culturais, tornando a biblioteca pública um espaço estratégico para a promoção da cidadania e o desenvolvimento humano no Distrito Federal.
Objetivos Específicos Firmar parcerias com entes internacionais, nacionais e órgãos do Governo do Distrito Federal, captando recursos e articulando diferentes forças e competências de modo a garantir a sinergia necessária para a prestação excelente, ampla e democrática dos serviços oferecidos pelas bibliotecas públicas;
Implementar atividades culturais e serviços de informação inicialmente em 3 (três) bibliotecas públicas do Distrito Federal, as chamadas Bibliotecas do Cerrado, dinamizando os espaços dessas bibliotecas para que se tornem centros de referência em informação para os cidadãos e polos culturais atrativos à comunidade;
Ampliar gradativamente a realização do projeto em todas as bibliotecas integrantes do Sistema de Bibliotecas Públicas do Distrito Federal.
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Ações Para firmar parcerias e garantir a sinergia necessária à prestação dos serviços e realização das atividades, apontam-se as seguintes ações:
AÇÃO 01 Sensibilização das 02 (duas) Administrações Regionais onde serão inicialmente implementadas as Bibliotecas do Cerrado, mais 08 (oito) Secretarias e 03 (três) órgãos do Governo do Distrito Federal que desenvolvem atividades pertinentes, procurando articular as atividades e os serviços das secretarias aos espaços das bibliotecas. A adesão integral ao Projeto por parte dos Administradores Regionais é imprescindível, pois a responsabilidade sobre a estrutura física das bibliotecas e os servidores que ali atuam é da Administração Regional a qual elas pertencem. Visto que faz parte do Projeto a adaptação e a melhoria dos espaços das bibliotecas, bem como a seleção de seu pessoal e a readequação de horários de atendimento à comunidade, o primeiro passo a ser dado é sensibilizar os gestores dessas Administrações Regionais quanto à importância de uma biblioteca funcionando em seu pleno potencial no seio da comunidade. Entre as Secretarias que compõem o Governo do Distrito Federal, diversas possuem real interesse, de acordo com suas específicas áreas e finalidades, na prestação de serviços de informação e conhecimento às comunidades. Mostrar aos Secretários e Secretárias que a biblioteca pública é o espaço óbvio e ideal para determinadas atividades de suas respectivas Secretarias é um passo inicial a ser dado.
AÇÃO 02 Análise do orçamento anual da União e da disponibilidade de Convênios, buscando mapear oportunidades de captação de recursos para as bibliotecas públicas do Distrito Federal. Os Planos Nacionais e Setoriais de Livro e Leitura, bem como os relacionados às áreas de cultura, bibliotecas, democratização da informação e alfabetização digital vêm possibilitando um grande aporte aos recursos federais com o fim de estabelecimento e Subsecretaria de Políticas do Livro e da Leitura
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acesso às Políticas Públicas da União também para os Estados e municípios. É, portanto, necessário que os gestores locais conheçam as fontes de recursos de convênios e acordos de cooperação, saibam como e quando estarão disponíveis, bem como tenham capacidade técnica para utilizá-los.
AÇÃO 03 Aprofundamento do diálogo com os entes envolvidos na experiência das bibliotecas públicas da Colômbia, encontrando apoio, soluções e possibilidades para o aprimoramento das atividades e serviços implementados nas bibliotecas públicas do Distrito Federal. Com mais de 10 (dez) anos desenvolvendo e ampliando os seus sistemas de bibliotecas, que hoje são referência internacional na área, a experiência colombiana se apresenta, em todas as suas dimensões, como elemento fundamental e precioso para o processo de implementação deste Projeto.
Para implementar as atividades culturais e os serviços de informação nas 03 (três) bibliotecas públicas do Distrito Federal, apresenta-se as seguintes ações:
AÇÃO 04 Sistematização, implementação e promoção da agenda de atividades culturais e de incentivo à leitura, bem como do quadro de serviços de informação, a serem oferecidos pelas bibliotecas. O principal produto oferecido pelo projeto em questão é uma ampla gama de serviços de informação, educação, cultura e cidadania às populações das Administrações Regionais onde se localizam as bibliotecas públicas e seu entorno. Para que os usuários desses serviços possam contar com a sua implementação e regularidade, faz-se necessário que os mesmos sejam bem formulados, exequíveis e estejam sistematizados em agenda a fim de se tornarem de conhecimento público, ou seja, passíveis de serem acompanhados pelos cidadãos e cidadãs. É por meio do acesso ao que está sendo ofertado como cultura e lazer que a política pública é reconhecida; e ao se fortalecer, estabelece-se como serviço essencial à comunidade. É, pois, com esse intuito, que a promoção de uma agenda de atividades, sua implementação e acompanhamento, é reconhecida como suporte essencial à promoção da cidadania e do acesso à informação.
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AÇÃO 05 Modernização e unificação dos processos biblioteconômicos. Proporcionar a utilização de meios atuais e modernos para dar acessibilidade aos serviços da biblioteca é ação fundamental do Projeto. A biblioteca pública precisa disponibilizar as informações sobre todos os seus serviços, desde as suas atividades culturais aos livros que estão disponíveis em seu acervo, fazendo isso de forma organizada também na rede mundial de computadores. É por meio da padronização, centralização e informatização do ciclo informacional das bibliotecas que se pode prestar um serviço de excelência e acessível à comunidade.
AÇÃO 06 Readequação dos espaços físicos, dos horários de funcionamento e do quadro de servidores das bibliotecas. Embora as bibliotecas públicas do Distrito Federal sejam consideradas o equipamento cultural por excelência, elas não receberam, nos últimos anos, a atenção que mereciam do poder público. O nome do projeto em questão, Bibliotecas do Cerrado, assim se apresenta pela certeza de que com os investimentos adequados, tanto em infraestrutura, quanto em consultoria técnica, possam passar de espaços subaproveitados para áreas de lazer, cultura e acolhimento à comunidade. Para tanto, é necessário que as nossas bibliotecas se adequem às normas mínimas de segurança, conforto e luminosidade; onde espaços para leitura e estudos, bem como diversão e aprendizado sejam assegurados e preservados. É imprescindível também que os servidores estejam bem preparados para os novos desafios que se apresentam, por meio de cursos de gestão administrativa e cultural, como também ampla formação em promoção de livro e leitura, e que o quadro de servidores seja compatível para que fiquem assegurados os horários de funcionamento mais interessantes para a população estudante e trabalhadora.
AÇÃO 07 Realização de acompanhamento técnico de todas as atividades e serviços implantados nas bibliotecas, visando o aprimoramento e a ampliação do Projeto. Sem o acompanhamento da realização do Projeto por meio das avaliações e análises de seu processo colocado em curso, ele fica fragilizado e pode perder a sua efetividade. Para garantir o aprimoramento do Projeto e a real implementação dos serviços e atividades, é necessário o contínuo e sistemático acompanhamento de cada ação e proposta.
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Metodologia É definido aqui, por meio da explicação detalhada de cada ação a ser desenvolvida, o caminho necessário para realizar o Projeto Bibliotecas do Cerrado. Os métodos para a execução do Projeto e a sua forma de ser conduzido são minuciosamente descritos, passo a passo, com a finalidade de tornar a forma operacional do Projeto integralmente compreensível, e possibilitar a sua replicação e continuidade em gestões futuras. Em primeiro lugar, é fundamental entender que o Projeto Bibliotecas do Cerrado se configura como o que podemos chamar de metaprojeto (prefixo meta, do grego μετα, “além de”), ou seja, um projeto que transcende a lógica de um único projeto, que vai além, abarcando em sua sistematização, diversos outros projetos que o transpassam, integram e consolidam.
Imagem: Metaprojeto Bibliotecas do Cerrado, onde é possível visualizar os projetos e ações que o integram.
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Bibliotecas A implementação de programas e serviços acontecerá inicialmente nas seguintes bibliotecas públicas: •
Biblioteca Nacional de Brasília Leonel de Moura Brizola;
•
Biblioteca Pública Vó Philomena do Núcleo Bandeirante;
•
Biblioteca Pública do Cruzeiro.
Coordenação •
Secretaria de Estado de Cultura
Realizadores •
Administração do Cruzeiro
•
Administração do Núcleo Bandeirante
•
Arquivo Público
•
Coordenadoria da Juventude
•
Instituto Brasília Ambiental
•
Secretaria de Estado da Criança
•
Secretaria de Estado da Mulher
•
Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação
•
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda
•
Secretaria de Estado de Educação
•
Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial
•
Secretaria Especial do Idoso
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Etapas O Projeto Bibliotecas do Cerrado é sistematizado em 07 (sete) distintas frentes de Ação, que são entendidas como engrenagens basilares do Projeto, ou, de outra forma, camadas que o consolidam em diferentes níveis, onde umas são mais complexas e amplas que outras. Cumprindo cada Ação proposta, por meio das Etapas que as constituem, concretiza-se o Projeto Bibliotecas do Cerrado. Das 07 (sete) frentes de ação, pode-se dizer que 03 (três) frentes estão voltadas para formar a base do Projeto, sua estruturação e sua articulação, e as outras 04 (quatro) se direcionam para o que se deseja ver realizado, ou seja, a concretização e o acompanhamento das atividades e serviços. A seguir, explicitamos, Ação por Ação, o modo como se pretende realizar e consolidar o Projeto Bibliotecas do Cerrado.
Etapa 1.1 – Realização de reunião com a Primeira Dama do Distrito Federal para apresentar o Projeto. Etapa 1.2 – Realização de reunião convocada pela Primeira Dama para apresentar o Projeto aos Secretários e Administradores. Etapa
AÇÃO 01
1.3
–
Realização
de
reuniões
individualizadas com cada Secretaria para concluir as propostas de atividades. Etapa
1.4
–
Realização
de
reuniões
individualizadas com cada Administrador para apresentar as propostas de atividades e sensibilizá-los
para
as
necessidades
da
biblioteca. Etapa 1.5 – Assinatura de um Acordo de Cooperação Técnica entre todos os entes envolvidos.
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Etapa 2.1 – Realização do mapeamento de oportunidades,
identificando
possibilidades,
riscos e fontes para captação de recursos e participação em programas. Etapa 2.2 – Acompanhamento e controle, por meio do Siconv (Sistema de Convênios do Governo Federal), de todos os convênios disponíveis por meio dos Ministérios de Estado, nas áres de livro, leitura, literatura, educação e acesso à informação.
AÇÃO 02
Etapa 2.3 – Elaboração de propostas e projetos que viabilizem a participação nos programas e a captação dos recursos. Etapa 2.4 – Treinamento em Siconv, oferecido aos gestores da administração, bibliotecas e Secretaria de Estado de Cultura, pela Escola de Governo. Etapa 2.5 – Treinamento em Execução de Convênios,
oferecidos
aos
gestores
da
Administração Regional, bibliotecas e Secretaria de Estado de Cultura, pela Escola de Governo.
Etapa 3.1 – Realização de visita técnica ao Sistema de Bibliotecas Públicas do Distrito
AÇÃO 03
Federal por uma equipe gestora de um sistema de bibliotecas públicas na Colômbia. Etapa 3.2 – Realização de visita técnica aos sistemas de bibliotecas públicas da Colômbia por equipe da Subsecretaria de Políticas do Subsecretaria de Políticas do Livro e da Leitura
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Livro e da Leitura.
Etapa 3.3 – Elaboração e firmação do Termo de Cooperação Técnica, na área de Bibliotecas Públicas, entre o Governo do Distrito Federal e os governos de Bogotá e Medellín.
Etapa 4.1 – Sistematização de agenda por meio do elenco de todas as atividades a serem promovidas nas bibliotecas do projeto.
AÇÃO 04
Etapa 4.2 – Sistematização do quadro de serviços
de
informação
a
serem
disponibilizados pelas bibliotecas através do elenco desses serviços. Etapa 4.3 – Promoção e divulgação das atividades e serviços propostos.
Etapa 5.1 – Implantação de software automatizado para a gestão centralizada do
AÇÃO 05
ciclo informacional das bibliotecas. Etapa 5.2 – Implantação do processo centralizado
de
gestão
do
ciclo
informacional das bibliotecas na Biblioteca Nacional de Brasília.
AÇÃO 06
Etapa 6.1 – Realização de reparos e adaptações
dos
espaços
físicos
das
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bibliotecas.
Etapa
6.2
–
funcionamento
Garantir adequado
horário
de
para
o
atendimento à população trabalhadora. Etapa 6.3 – Garantir quadro mínimo de 03 servidores por biblioteca (1 responsável formal pela biblioteca, 1 promotor de leitura e 1 promotor de cultura), por meio de concurso público para bibliotecário, bem como formação em promoção de leitura e promoção de cultura aos servidores das Administrações Regionais e Secretaria de Cultura.
Etapa
7.1
–
Realização
de
acompanhamento e avaliação do Projeto, por meio da formação de uma Comissão composta por um representante de cada ente envolvido (Biblioteca Pública do
AÇÃO 07
Cruzeiro, Biblioteca Pública do Núcleo Bandeirante,
Biblioteca
Nacional
de
Brasília, Secretaria de Estado de Cultura do Distrito Federal, Secretaria de Estado Educação do Distrito Federal – esta última representando
as
demais
entidades
envolvidas).
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Etapa 7.2 – Confecção e envio de Relatório Semestral da Atividade proposta, a ser formulado pela entidade proponente, e enviado à Comissão de acompanhamento e avaliação do projeto. Etapa 7.3 – Confecção e envio de Relatório Geral, a ser realizado a cada semestre, pela Comissão de acompanhamento e avaliação do projeto, para divulgação dos resultados auferidos e análise dos dados com o fim de aprimoramento e ampliação do projeto. Etapa
7.4
–
Formular
diretrizes
de
ampliação do projeto, com base nos Relatórios Gerais.
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Projetos da Ação 04 Atividade
Descrição
Objetivo
Público Alvo
Casas da Memória
Instalação de terminais que permitem acesso a documentos digitalizados ou cópias (material textual, plantas arquitetônicas, fotografias, filmes, folhetos, periódicos, etc.) contendo memória e história do DF.
Possibilitar um acesso ampliado ao conteúdo histórico do Distrito Federal, estimulando a produção de pesquisas, a apropriação da memória pela comunidade, o sentimento de pertencimento ao lugar em que se vive e o exercício da cidadania.
Estudantes, professores, pesquisadores e demais cidadãos.
Oficina de Produção Literária
Realização de concurso de redação para jovens com variados temas relacionados à comunidade onde o jovem vive.
Estimular a leitura e a produção escrita do jovem, promovendo reflexões suas sobre a vida na comunidade em que está inserido; Reconhecer a biblioteca como um
Jovens da comunidade e alunos de escolas públicas (16 – 29 anos)
Periodicidade
Responsável
Bibliotecas
Arquivo Público Serviço Permanente
1 (uma) biblioteca por mês
-
Em todas
Cristiane de A. Portela
Coordenadoria da Juventude Marília Sampaio
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Biblioteca Nacional de Brasília e Cruzeiro
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espaço de criação convívio da juventude.
Sarau Cultural
Biblioteca para os direitos Infanto-Juvenis
e
Realização de evento artístico por meio de encontros de movimentos culturais diversos.
Promover a cultura e os seus agentes locais, incentivando o intercâmbio entre diferentes segmentos culturais por meio de encontros artísticos gratuitos, valorizando o espaço das bibliotecas públicas.
Realização de encontros, palestras, rodas de conversa e atividades referentes ao tema dos direitos infanto-juvenis com Conselheiros Tutelares e comunidade
Integrar a comunidade ao Conselho Tutelar, por meio da utilização da biblioteca como espaço de diálogo, promovendo atividades de instrução, formação e atualização dos Conselheiros Tutelares e da comunidade em questões referentes à garantia dos direitos infanto-juvenis.
Juventude e comunidade
Coordenadoria da Juventude Bimestral
-
Em todas
Marília Sampaio
Conselheiros Tutelares e Comunidade
1 (uma) biblioteca por mês
Secretaria da Criança -
Em todas
Tatiana de Oliveira
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Espaços de Referência para enfrentamento da exploração infantil
Composição de uma grade de atividades (palestras, cursos, rodas de leitura, debates sobre filmes, etc.) que tratem dos temas trabalho infantil e violência sexual.
Proporcionar às crianças e adolescentes retirados das situações de trabalho e de violência sexual um espaço propício e motivador de construção de aprendizagem, saberes, oportunidades e troca de experiências, que promovam o seu desenvolvimento e protagonismo; Promover a integração entre a comunidade, a rede de proteção, as crianças e os adolescentes retirados do trabalho infantil da violência sexual e de suas famílias;
Crianças, adolescentes e famílias em situação de trabalho infantil e/ou violência sexual
Secretaria da Criança 4 encontros mensais
Tatiana de Oliveira
Biblioteca Nacional de Brasília e Cruzeiro
Disponibilizar cursos, palestras e círculos de debates sobre temas relacionados à promoção, efetivação e garantia dos direitos de crianças e adolescentes, principalmente voltados Subsecretaria de Políticas do Livro e da Leitura
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ao enfrentamento trabalho infantil violência sexual.
Fórum Permanente do Sistema Socioeducativo do Distrito Federal
Apresentação de trabalhos acadêmicos com a temática da socioeducação, palestras de especialistas da área, discussão sobre metodologias de atendimento ao adolescente em cumprimento de medidas socioeducativas, exposição de práticas exitosas, oficinas, debates, exibição de filmes, e outros.
As Mulheres dão as Cartas
Realização de palestras sobre desigualdade e violência de gênero, machismo, e formas de conseguir apoio do Estado para enfrentar a violência. Isso em combinação com dinâmicas de grupo onde as mulheres podem se expressar
do e
Promover o debate e incentivar a pesquisa na área da socioeducação; Dar visibilidade às atividades exitosas implementadas pelas unidades socioeducativas; Promover a integração dos servidores do sistema socioeducativo, sensibilizando-os para a importância do trabalho socioeducativo. Contribuir para uma mudança cultural, com vistas à equidade de gênero e emancipação das mulheres, por meio da conscientização da comunidade no que se refere ao tema da
Socioeducadores, socioeducandos, seus familiares, acadêmicos e profissionais interessados em socioeducação
Servidoras das regiões administrativas, professoras e mães de alunas (os) de escolas ou creches vizinhas
Secretaria da Criança Mensal
Miriam Caetana de Souza Ferreira
Biblioteca Nacional de Brasília e Cruzeiro
Secretaria da Mulher Semestral
-
Em todas
Rita de Cássia Polli Rebelo
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por diversas maneiras, criando ao fim uma carta que resume o aprendido com a experiência e o ganho das oportunidades concretas de empoderamento.
Informatização de Bibliotecas
Leituras para a Cidadania
Instalação de equipamentos (computadores, impressoras, conectividade, rede wi-fi e outras ferramentas multimídia e audiovisuais) e manutenção dos mesmos.
Realização de leituras com temáticas acerca da cidadania. Promoção e orientação do
violência contra a mulher, informando e orientando a todos sobre o melhor modo de enfrentar o problema;
Inserir o cidadão na sociedade da informação por meio da utilização de ferramentas tecnológicas de informação e comunicação, visando a redução da exclusão digital e social;
às bibliotecas.
Comunidade em geral
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação Permanente
Fazer da biblioteca pública a porta de entrada das comunidades para a rede mundial de computadores e demais serviços de informação. Promover, por meio da leitura e do acesso à internet e recursos digitais, a formação para a
-
Em todas
Delonise de Sousa Lima Domingues
Comunidade em geral
Mensal
Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de
Subsecretaria de Políticas do Livro e da Leitura
Em todas
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acesso virtual a sites com temáticas promotoras de cidadania.
prática cidadã.
Renda Patrícia Kopp
Atividades Literárias
Roda de Leitura Griô
Realização de rodas de conversas educativas com utilização de material lúdico para promover aprendizados sobre o uso do espaço.
Motivar para desenvolvimento hábito de leitura;
Contação de histórias por meio de leitura e/ou encenação, feitas por educadores, por idosos, por crianças, por escritores.
Promover experiências de uso do espaço e recursos da biblioteca para estimular o hábito dos estudos;
Utilização dos diversos tipos textuais para releitura das histórias vivenciadas e para comunicação com outras bibliotecas.
Contribuir para um melhor uso da linguagem oral e escrita.
A Roda de Conversa étnicoracial convidará as matriarcas das comunidades tradicionais: cigana, indígena, quilombola e de matriz africana, para ministrarem sobre a tradição
Fomentar a divulgação da tradição oral das comunidades tradicionais: cigana, indígena, quilombola e de matriz africana nos órgãos
o do
Crianças e Idosos
Mensal
Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda
Em todas
Patrícia Kopp
Professores, estudantes e comunidade em geral
Mensal
Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial
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Em Todas
-
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oral de suas respectivas comunidades, com a dinâmica de uma matriarca para cada Roda de Conversa e a participação das demais matriarcas e mulheres, em todas as Rodas de Conversa com o objetivo de transversalizar o conhecimento de cada tradição oral em todas as comunidades tradicionais.
Contadores de História
Realização de eventos de contação de histórias reais ou fictícias por idosos.
públicos e privados do Distrito Federal.
Promover a interação intergeracional, proporcionando a formação de crianças e jovens, como também, o reconhecimento social do idoso.
Waldicéia da Silva
Crianças e comunidade em geral
Secretaria Especial do Idoso Mensal
-
Em Todas
Rodrigo Simões
Subsecretaria de Políticas do Livro e da Leitura
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Cronograma Físico Ações 1. Instalação de Terminais de Atendimento (Casa da Memória)
2. Lançamento de Exposição com Temática
AGOSTO
SETEMBRO
OUTUBRO
Cruzeiro: 15/08
Núcleo Bandeirante: 12/09
BNB: 10/10
Cruzeiro: 15/08
Núcleo Bandeirante: 12/09
BNB: 10/10
Cruzeiro: 15/11 Núcleo Bandeirante: 22/11 BNB: 29/11
4. Lançamento de Documentário com Temática Local, com atividades do Programa de História Oral (Casa da Memória)
Cruzeiro: 05 a 08/12 Núcleo Bandeirante: 05 a 08/12 BNB: 05 a 08/12
5. Mostra Paralela de Cinema de Arquivo de Brasília (Casa da Memória) 6. Oficina de Produção Literária
DEZEMBRO
Cruzeiro: 15/08 Núcleo Bandeirante: 22/08 BNB: 29/08
Local (Casa da Memória) 3. Realização Chá da Memória (Casa da Memória)
NOVEMBRO
BNB: 19/09.
Cruzeiro: 31/10.
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7. Sarau Cultural
8. Bibliotecas Direitos Infanto-juvenis
9. Espaços de referência
Cruzeiro: 08/08.
Núcleo Bandeirante: 05/09. BNB: 26/09.
Cruzeiro: 06/08 Núcleo Bandeirante: 08/08.
BNB: 18/09.
Cruzeiro: 06/08.
Cruzeiro: 05/09.
12. Atividades Literárias
Cruzeiro: 07/11.
Cruzeiro: 19/08.
BNB: 03/10.
Núcleo Bandeirante: 21/11.
Cruzeiro: 13/08.
Cruzeiro: 10/09.
Cruzeiro: 08/10. Núcleo Bandeirante: 17/10. BNB: 24/10.
Cruzeiro: 12/11.
Cruzeiro: 10/12.
Núcleo Bandeirante: 26/09. Cruzeiro: 12/09.
Cruzeiro: 23/10.
Cruzeiro: 13/11. BNB: 28/11.
Cruzeiro: 04/12.
Cruzeiro: 17/09.
Cruzeiro: 22/10. BNB: 23/10.
Cruzeiro: 19/11.
Cruzeiro: 03/12.
Cruzeiro: 06/08. BNB: 25/09.
13. Rodas de Conversa Griô
14. Contadores de História
Cruzeiro: 12/12.
Cruzeiro: 03/10. BNB: 16/10.
10. Fórum do sistema socioeducativo 11. As Mulheres dão as cartas
Cruzeiro: 10/10.
Cruzeiro: 20/08. Núcleo Bandeirante: 08/08.
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Equipe Técnica Secretaria de Estado de Cultura
Secretaria de Estado da Criança
Telefone: 3325-1051 / 8117-0806 E-mail: andre@bnb.df.gov.br Responsável: André Rodrigues Pereira
Telefone: 3234-8801 E-mail: tatiana.secrianca@gmail.com Responsável: Tatiana de Oliveira Coordenadoria da Juventude
Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial Telefone: 3961-4644 / 3425-4705 E-mail: pastorawal.sepir.df@gmail.com Responsável: Waldicéia da Silva
Telefone: 3961-4475 / 7812-9464 E-mail: mariliasampaiot@gmail.com Responsável: Marília Sampaio
Arquivo Público Secretaria de Estado da Mulher Telefone: 8150-0755 E-mail: ritapolli@uol.com.br Responsável: Rita Rebelo
Telefone: 8178-5571 E-mail: arpdfcristiane@gmail.com Responsável: Cristiane de A. Portela
Secretaria de Estado de Educação
Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação
Telefone: 3901-7567 / 9176-1234 E-mail: gtec.cbl@gmail.com Responsável: Sônia Soares dos Reis
Telefone: 8122-1971 E-mail: delonise.cerimonial@gmail.com Responsável: Delonise Domingues
Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda
Administração do Cruzeiro
Telefone: 3961-1710 E-mail: dicon@sedest.df.gov.br Responsável: Patrícia Kopp
Telefone: 8484-7067 E-mail: cultcruzeiro@gmail.com Responsável: Rafael Fernandes Souza
Secretaria Especial do Idoso
Administração do Núcleo Bandeirante
Telefone: 8265-1459 E-mail: politicanodf@gmail.com Responsável: Rodrigo Simões
Telefone: 9328-0012 E-mail: naidemaia@yahoo.com.br Responsável: Naide Maia
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Subsecretaria de Políticas do Livro e da Leitura
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