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As bibliotecas se reinventam como meio de difusão da informação Carolyna Paiva
De acordo com Cesarino, na obra Bibliotecas públicas municipais: orientações básicas, as bibliotecas são instituições muito antigas que se reinventam há anos, adaptando-se às mudanças políticas, sociais e tecnológicas. Essa sobrevivência, por si, já é suficiente para provar que cabe à biblioteca uma função muito importante na difusão da informação. Carolyna Paiva
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As bibliotecas públicas, como a Biblioteca de Taguatinga, são fundamentais para democratizar o acesso à informação.
Diante disso, a UNESCO, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, desenvolveu um Manifesto sobre as Bibliotecas Públicas. Esse documento garante que “a liberdade, a prosperidade e o desenvolvimento da sociedade e dos indivíduos são valores humanos fundamentais” e que a “biblioteca pública, porta de acesso ao conhecimento, fornece as condições básicas para uma aprendizagem contínua, para uma tomada de decisão independente e para o desenvolvimento cultural dos indivíduos e dos grupos sociais.”. A UNESCO determina também que os serviços da Biblioteca Pública devem ser oferecidos com base na igualdade de acesso para todos, sem distinção de idade, raça, sexo, religião, open in browser PRO version
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nacionalidade, língua ou condição social. Além disso, esse espaço deve fornecer estrutura para se encontrar documentos desejados e incluir todos os tipos de suporte e tecnologias modernas apropriados. Ainda com base no Manifesto sobre as Bibliotecas Públicas, definem-se as missões-chave desse espaço: ela deve atuar em prol da informação, alfabetização, educação e cultura. O Distrito Federal, primeira região do Brasil a receber do Ministério da Educação o selo Território Livre do Analfabetismo, deve, portanto, ser referência ao desenvolver práticas e aprimorar o sistema relacionado às Bibliotecas Públicas. No entanto, essa ainda não é uma realidade de todo o DF. Das 26 bibliotecas públicas distribuídas nas regiões administrativas do distrito, apenas uma tem estrutura necessária para atender e ensinar deficientes visuais, enquanto, a grande maioria não possibilita o acesso à comunicação digital, por meio da internet e dos computadores. Dados fornecidos pelo Ministério da Cultura do Distrito Federal sobre o Balanço de Atividades referente ao ano de 2013/2014 sobre as Bibliotecas Públicas do DF revela que, ao total, 600 mil pessoas, por ano, frequentam as bibliotecas. Um dado que chama atenção é que, dessas 600 mil pessoas, quase um sexto (aproximadamente 98 mil pessoas) utilizam a Biblioteca Nacional de Brasília. Isso significa que o público que vai a esse espaço está concentrado no Plano Piloto. Para multiplicar o acesso às bibliotecas e aumentar o número de visitantes, o governo adotou uma série de medidas, desde o ano passado, nas diferentes Regiões Administrativas. No Cruzeiro, foram investidos 130 mil reais na reforma da Biblioteca Pública do Cruzeiro. Já no Núcleo Bandeirante a Biblioteca Pública Vó Philomena recebeu 300 mil reais para reforma e ampliação. Entre as reformas em andamento, estão a reestruturação das Bibliotecas Públicas do Gama e de Sobradinho, a revitalização da Gibiteca e da Biblioteca de Artes Ethel de Oliveira Dornas no Espaço Cultural Renato Russo (SQS 508) e a Reforma da Biblioteca do Museu Vivo da Memória Candanga. Além de reformas, estão previstas a criação da Casa da Memória nas Bibliotecas Públicas do Cruzeiro e do Núcleo Bandeirante, bem como a distribuição de mais de onze mil livros pelo Sistema de Bibliotecas Públicas. Programas que fazem a diferença open in browser PRO version
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A Secretaria de Cultura também investe em ações e programas para incentivar a leitura no Distrito Federal e garantir que o maior número de brasilienses tenha acesso à informação de uma forma lúdica e interativa. Contadores de Histórias: Biblioteca Viva A iniciativa faz parte do Circuito de Contação de Histórias, organizada pela Diretoria do Sistema de Bibliotecas Públicas da Secretaria de Cultura, com o objetivo de estimular o contato do público infanto-juvenil com o livro, a leitura e a oralidade, em apresentações gratuitas. E o saldo desse trabalho é positivo. Em 2013, 35 Bibliotecas Públicas no Distrito Federal foram visitadas, atendendo um público com mais de oito mil pessoas. Já este ano, até maio, 80 sessões de Contação de Histórias já foram realizadas em 22 bibliotecas públicas. Rodas de Leitura nas Bibliotecas Públicas do DF A ação é fruto da parceria entre o projeto de extensão universitária – Escola Livre de Filosofia –, a Secretaria de Educação e as Administrações Regionais. A ideia é criar e realizar atividades que visem ampliar as possibilidades de acesso a temas, questões e problemas filosóficos por meio e palestras, debates, minicursos e oficinas. Em 2013, três bibliotecas foram atendidas e 600 alunos participaram no primeiro semestre. Carolyna Paiva
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O programa Rodas de Leitura busca aproximar os brasilienses da Filosofia
Programa Mala do Livro – Bibliotecas Domiciliares Tratam-se de mini-bibliotecas instaladas em residências que facilitam o contato de comunidades carentes com os livros. O projeto objetiva formar o hábito de leitura, democratizar o acesso ao livro e à informação e apoiar o exercício da cidadania. Além das residências, existem também Malas do Livro instaladas em presídios, casas de abrigos, hospitais, associações, metrô e diversos outros locais. O programa já alcançou mais de 60 mil pessoas e auxiliou a formação de três Bibliotecas Comunitárias (Samambaia, Ceilândia e Vila Planalto). Carolyna Paiva
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O programa Mala do Livro capilariza o acesso à leitura
O UNIVERSO DAS BIBLIOTECAS PÚBLICAS O Campus Online teve acesso a algumas Biliotecas do DF que disponibilizam mecanismos especiais para seus leitores. Destacamos as atividades em três delas que apresentam papel importante no cenário distrital. Ponto turístico imerso em livros – Biblioteca Nacional de Brasília (BNB) A Biblioteca Nacional de Brasília é a mais frequentada do Distrito Federal, com um saldo de 830.440 mil frequentadores até 2014. O espaço conta com uma infraestrutura invejável: salões de estudos e leitura com 218 lugares, auditório que possibilita apresentações, videoconferências e projeções com 95 lugares, hall de exposições (atualmente com as capas open in browser PRO version
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do Correio Braziliense referentes ao dia do aniversário da Capital, desde a primeira edição do jornal) e espaços digitais para adultos e crianças. Além disso, a BNB possui acervo digital desenvolvido para lidar com o aumento do fluxo informacional. Carolyna Paiva
Na BNB, realiza-se a exposição das capas do Correio Braziliense em comemoração ao aniversário de Brasília
O resgate da vida e de sonhos pela leitura - Biblioteca Braille “Dorina Nowill” A Biblioteca Braille Dorina Nowill é a única biblioteca pública do DF que oferece atendimento completo a deficientes visuais. Ela contém um acervo com mais de duas mil obras catalogadas em braille, além de quinhentas em áudio. O local ainda oferece livros tradicionais (impressos em tinta) que podem ser adaptados para o público da biblioteca com a ajuda dos open in browser PRO version
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voluntários, assim que solicitados. Um telecentro com nove computadores adaptados estão disponíveis para os usuários. Noême Rocha está à frente das atividades da instituição e conta de sua alegria em poder falar alto na Biblioteca: “Aqui temos a chance de resgatar a vida que muitos de nós tínhamos deixado de viver. Voltamos a trabalhar, ler e interagir. Os sonhos são ressuscitados!”. Carolyna Paiva
O braille impede que a cegueira de Noême a atrapalhe. Com a leitura, seus sonhos são "ressucitados".
Diversidade no acesso à informação – Biblioteca Central da UnB (BCE) A Biblioteca Central da UnB é a maior biblioteca de Brasília e recebe, em média, quatro mil open in browser PRO version
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pessoas todos os dias. Localizada no campus Darcy Ribeiro, a BCE conta com um acervo de mais de um milhão de publicações, entre periódicos, livros, microfilmes, discos e fotografias. O espaço apresenta salas de estudo, de referência, estúdio para gravação de audiobooks e cabines de vídeo, de som e para deficientes visuais. Além do estabelecimento localizado no plano piloto, a Biblioteca Central da UnB possui Bibliotecas Setoriais com acervos especializados no Hospital Universitário (HUB), nos campi de Planaltina, Ceilância e Gama e no Centro de Excelência em Turismo (CET). O acesso às bibliotecas é livre, embora o empréstimo de livros seja restrito a alunos, ex-alunos, funcionários e professores da Universidade de Brasília. Carolyna Paiva
A Biblioteca Central da UnB oferece publicações, salas de estudo e até estúdio para gravação de audiobooks
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As cidades sem leitores? Das 31 regiões administrativas do DF, apenas 21 possuem Bibliotecas públicas. Em uma matéria do Campus Online, no início deste mês, e equipe entrevistou Abadia Teixeira, moradora da Estrutural, que está construindo, por conta própria, uma biblioteca comunitária. A região não contém nenhuma biblioteca para os moradores, no entanto, essa não é uma realidade exclusiva do SCIA. Lago Sul, Lago Norte, Varjao, SIA, ParkWay, Sudoeste, Jardim Botânico, Vicente Pires e Fercal enfrentam a mesma situação.
Confira a localização das bibliotecas públicas no Distrito Federal
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Segundo Wander Filho, Diretor do Sistema de Bibliotecas Públicas do GDF, a Secretaria de Cultura estabelece relação direta para sensibilizar os administradores quanto à importância das bibliotecas. De acordo com ele, os administradores regionais já percebem a necessidade de atrair esse tipo de estabelecimento, a fim de veicular conhecimento. Um exemplo é o ParkWay, que já prevê a inauguração de uma biblioteca pública até o final deste ano. Enquanto o apoio não se firma em todas as regiões, o incentivo a bibliotecas comunitárias (como a de Abadia) tem sido a alternativa da Secretaria de Cultura para que nenhuma dessas regiões tenha deficiência em acesso à informação. Nesta série de reportagens, o Campus Online traz a ideia de Emir Suaiden, contemplada no livro Biblioteca pública e informação à comunidade: ao assumir seu papel perante sua comunidade, a biblioteca pública reconhece sua função social e incorpora, além do seu objetivo de preservar e difundir o conhecimento, a própria comunidade do seu entorno, as suas funções e atribuições, sendo reconhecida e legitimada pela sociedade. A biblioteca pública, dentre todos os tipos de bibliotecas, é a única que possui realmente características de uma instituição social, tanto pela amplitude de seu campo de ação quanto pela diversificação de seus usuários. Like 76 people like this. Sign Up to see w hat your friends like.
Quarta, 21 Maio 2014 Lido 119 vezes
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