A INSERÇÃO DOS CENTROS DE INFORMAÇÃO E ASSISTÊNCIA TOXICOLOGICA NO SUS Prof.ª Dr.ª Dr.ª Marlene Zannin Presidente ABRACIT
Salvador, 30 de agosto de 2010
A Organização Mundial da Saúde define a qualidade da assistência como aquela que é capaz de garantir que todo usuário receba no conjunto dos serviços: diagnósticos, terapêuticos e de cuidados os mais adequados para obter o melhor resultado com o mínimo de risco de iatrogenia e a máxima satisfação do usuário.
Os Centros de Informação e Assistência Toxicológica são unidades públicas de referência regional ou estadual em Intoxicações e Envenenamentos - Toxicologia Clínica CIAT, CIT, CCI, CCE, CIAVE, CIVITOX, SERVITOX, TOXCEN
Atendimento 24 horas Telefônico e/ou Presencial PRINCIPAIS ATIVIDADES
Suporte aos profissionais de saúde no diagnóstico e tratamento de intoxicações e envenenamentos.
Atendimento de pacientes intoxicados por profissionais com experiência em Toxicologia, com apoio laboratorial
Orientação à população sobre os riscos de exposição a substâncias químicas, reações adversas a medicamentos, primeiros socorros nas intoxicações
Missão dos CIATs
“Dar suporte aos profissionais de saúde, à população e às instituições, na atenção integral a saúde, através da informação e assistência toxicológica, visando a prevenção e a redução da morbimortalidade por intoxicações e envenenamentos.”
Reunião Técnica Nacional dos Centros de Informação e Assistência Toxicológica em Julho de 2009 em Florianópolis.
Imagens de alguns CIATs do Brasil CIAT/BH
CIT/Londrina CIT/AM
CIAVE/BA
CEATOX/Botucatu
CIT/RS
CIT-RN
CIT/SC
Distribuição Geográfica Dos CIATs Roraima Amapá
Amazonas Pará Maranhão
Rio Grande do Norte
Ceará
Paraíba
Piauí Acre Rondônia
Pernambuco Alagoas
Tocantins Mato Grosso
Bahia
Sergipe
DF
REGIÃO
CIATs
Goiás
População
NORTE
02
14.623.316
NORDESTE
09
51.534.406
SUDESTE
15
77.873.120
SUL
06
26.733.595
C.OESTE
04
13.222.854
TOTAL
36
183.987.291
Fonte: IBGE. Contagem da população 2007
Mato Grosso do Sul São Paulo
Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro
Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul
36 Centros 19 Estados e DF
CIT/CIDADE CIT/AM ‐ Manaus
1.008
CEATOX/CE ‐ Fortaleza
1.667
CIT/RN ‐ Natal CEATOX/PB ‐ João Pessoa
Total de Atendimentos realizados pelos Centros Brasileiros – 2007 Distribuição por Unidade e Região
Nº DE ATENDIMENTOS
188 2.437
CEATOX/PB ‐ Campina Grande
1.535
CEATOX/PE ‐ Recife
3.008
CIAVE/BA ‐ Salvador
7.065
Centro-Oeste
CIT/SE ‐ Aracaju
1.233
4,8%
ST/MG ‐ Belo Horizonte TOXCEN/ES ‐ Vitória
11.102 17.677
CCI/SP ‐ Campinas
4.234
CCI/SP ‐ Ribeirão Preto
1.350
CEATOX/SP ‐ Botucatu CEATOX/SP ‐ São José do Rio Preto
971
Sul
1.406
CCE/PR ‐ Curitiba
3.151
CCI/PR ‐ Londrina
1.702
CEATOX/PR ‐ Cascavel
0,9%
7.733
CCI/SP ‐ São Paulo
14,6%
Norte
10.904
CEATOX/SP ‐ São Paulo
Nordeste
Sudeste
32,5%
47,2%
229
CIT/SC ‐ Florianópolis
9.586
CIT/RS ‐ Porto Alegre
23.421
CIT/MS ‐ Campo Grande
1.709
CIT/GO ‐ Goiânia
2.568
CIAT/DF ‐ Brasília
1.397
Total de Atendimentos: 117.281
Exposições Humanas atendidos pelos Centros Brasileiros – 2007 Distribuição por Grupos de Agentes 117.281 – 87.777 = 29.504
n = 87.777
Medicamentos Animais Peçonhentos Agrotóxicos / Agrícolas e Domésticos Saneantes / Domissanitários Animais não Peçonhentos Produtos Químicos Industriais Raticidas Outros Agentes Drogas de Abuso Não Determinado Plantas Cosméticos Produtos Veterinários Metais Alimentos
0
5
10
15
X 1.000 exposições
20
25
Internações por Causas Externas, segundo região e grupo de causas (X20X29 - contato animais e plantas venenosos e X40-X49 - enven/intox acid expos a subst nocivas), 2005 e dados de atendimentos dos CIATs, 2005.
Internações
ATENDIMENTOS CIAT’s
Norte
6.310
1.516
Nordeste
3.734
14.394
Sudeste
6.828
29.475
Sul
2.139
30.281
Centro-Oeste
2.026
8.790
Total
21.037
84.456
Região
Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) e FIOCRUZ/SINITOX (2005)
Local das Intoxicações – Gravidade – Local de Atendimento 2005 a 2008 n = 34.163 exposições humanas Urbana Residencial
Hospitais
Acidental UBS
SC
82%
63%
55%
Casos Graves 3%
6%
74%
n = 78.097 exposições humanas Urbana
Residencial Acidental
Hospitais UBS
RS
83%
74%
60%
Casos Graves 2%
14%
65%
EQUIPES DE TRABALHO CIATs
Funcionários de nível superior aproximadamente 300 Funcionários de nível médio aproximadamente
Estágiários - Estudantes aproximadamente
70
700
Pontos Críticos Discutidos em 2000 e 2001 Profissionalização dos Centros – Recursos Humanos Estruturação – Fonte de Finaciamento - Antídotos Padronização da Informação – Protocolos Estruturação de Laboratórios de Toxicologia para apoio ao diagnóstico. Sistema de registro de dados de atendimentoinformatizado – harmonização dos registros RECONHECIMENTO - INSERÇÃO NO SUS
2001 Constituição da ABRACIT / Eleição da 1ª Diretoria durante o I Congresso Brasileiro de Toxicologia Clínica e I Congresso Panamericano de Centros de Informação e Controle Toxicológico Objetivos:
9 Representar os Centros e seus profissionais junto a órgãos governamentais e legislativos na busca de reconhecimento e valorização dos Centros; 9 Definição de fontes de custeio; 9 Promover o desenvolvimento científico, a pesquisa e o conhecimento na área da Toxicologia Clínica, a fim de contribuir para a prevenção de intoxicações e maior qualificação do atendimento a pacientes intoxicados; 9 Estabelecer e estimular a colaboração entre os Centros e instituições governamentais, universidades e setores produtivos de substâncias químicas, visando a promoção do uso seguro.
2004
Documento do CIT/RS – MS, endossado por todos os Centros, colocando a importância da integração da Rede de Centros a Política Nacional de Atenção às Urgências.
2005 Realização do Seminário de Toxicologia Clínica Baseada em Evidências, em conjunto com o CIT/SC. Problemas - diagnóstico e tratamento das intoxicações; Possibilidade de estudos multicêntricos; Fomento para pesquisa em Toxicologia Clínica, com representantes do MS, CNPq, FINEP e FAPESC.
2005 Agenda com o então Ministro, participação da GGTox/ANVISA reafirmação de documento entregue pelo CIT/RS em 2004 e destaque:
Impacto da atividade dos Centros no SUS; Demanda esperada para os próximos anos x estrutura; Remuneração dos serviços; Participação da ABRACIT junto ao Conselho Gestor Nacional de Urgências.
2006 Reuniões com a GGTOX e Direção/ANVISA, FIOCRUZ/SINITOX e ABRACIT: Análise da situação dos Centros; Diretrizes de Financiamento; Rediscussão da RDC-19 de 2005.
2006
No SIMBRAVISA: 9 Painel: “O papel dos Centros de Informação e Assistência Toxicológica no Sistema Único de Saúde” – MS / ANVISA / ABRACIT; 9 Elaboração de Documento Base para o MS e ANVISA Formulação de Política Nacional de Assistência Toxicológica, parte integrante da Política Nacional de Saúde, que contemple:
Estratégias de Aprimoramento e Otimização da Gestão; Adoção de Diretrizes estruturantes para os Centros; Definição de Linhas de Financiamento; Fortalecimento da interface dos Centros com a Política Nacional de Atenção às Urgências e Emergências; Definição do elenco de antídotos, no contexto da Política de Assistência Farmacêutica e Atenção à Saúde, com vistas ao suprimento regular e adequado.
2007 9 Audiência com o Diretor Presidente da ANVISA para entrega do doc produzido/durante o Simbravisa e solicitação de adequações da RDC-19 9 Posição ANVISA: Necessidade de > articulação com o MS (SVS, SAS, SCITE); Redefinição da organização dos Centros x SNVS; GT - Sistema informações, RDC 19, org. dos Centros. 9 Encaminhamento pela SES/SC do doc produzido durante o Simbravisa ao Ministro da Saúde e solicitação de audiência – sem resposta.
9 Realização do II Congresso Brasileiro de Toxicologia Clínica e I Congresso da ABRACIT em conjunto com o TOXCEN/ES. Assembléia geral da ABRACIT com a reafirmação de criação do grupo de trabalho para rediscussão e redefinição da RENACIAT, em outras bases, com a participação do MS e ANVISA.
2008 9 Reunião com técnicos do DECIT para elaboração de projeto de apoio aos CITs. 9 Reunião com o Departamento de Assistência Farmacêutica/SCTIE/MS para, discutir necessidade de antídotos, e solicitar representação dos CIT na Comissão de Revisão da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) e Comitê Nacional para Promoção do Uso Racional de Medicamentos. 9 Reunião da diretoria da ABRACIT em Florianópolis para avaliar o projeto de plataforma colaborativa multimídia de Toxicologia Clínica e Toxicovigilância (Sistema de registro das intoxicações), Projeto TELE-CIT, patrocinado pela FINEP e em desenvolvimento pelo Cyclops da UFSC e ABRACIT 9 Apresentação da ABRACIT na reunião do Comitê Nacional para Promoção do Uso Racional de Medicamentos. 9 Reunião com Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Dr. Reinaldo Guimarães. 9 Reunião com Dioretores da ANVISA para desenvolvimento de trabalho articulado com a agência.
2009 Reuniões com as autoridades no MS ABRACIT apresenta as atividades dos Centros no I Seminário Nacional da TELESAÚDE ABRACIT participa de apresentações do MAIS SAÚDE e da proposta de reorganização do SUS em TEIAS e REDES Em março a Diretoria da ABRACIT elabora novo Documento para o MS com histórico e foco na necessidade de: A criação e efetivação de uma Política Nacional de Informação e Assistência TóxicoFarmacológica com diretrizes claras de participação dos diferentes segmentos da rede do SUS, com a definição de mecanismos perenes e adequados para o suporte à ação dos Centros; 9 A estruturação dos Centros de Informação e Assistência Toxicológica na forma de redes horizontais, fortalecendo o novo modelo de atenção à saúde, integrando as ações de assistência e vigilância. Realização de Reuniâo Técnica dos Centros em Fpolis com a participação de 30 pessoas de 19 Centros do país.A atual Diretora da SAS ouviu os coordenadores ou diretores dos CIATs. Participação e Aprovação da Mocão na conferencia nacioanl de saúde ambiental:
ABRACIT solicita a definição de uma Política Nacional de Informação e Assistência Tóxico-Farmacológica com diretrizes claras de participação dos Centros de Informação e Assistência Toxicológica no SUS, sob a perspectiva das Redes de Atenção Integral a Saúde e a definição de mecanismos perenes e adequados para o suporte à ação destes.
2009 Discussão de integração dos CIATEs e o Programa de TELESAÚDE.
Em Dezembro: Encaminhado a SAS/MS a PROPOSTA DE INCLUSÃO NA TABELA DE PROCEDIMENTOS DO SUS AS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELOS CENTROS DE INFORMAÇÃO E ASSISTÊNCIA TOXICOLÓGICA. ( Proposta elaborada por vários Centros)
2010 Em 10 de fevereiro Publicação da portaria 298 do GM instituindo o Grupo de Trabalho para elaborar as Diretrizes para Toxicologia no âmbito do SUS.
ABRACIT pauta a discussão da portalria 298 no Conselho Nacional de Saúde – apresenta o Trabalho dos Centro e solicita encaminhamento ao Ministro da inclusão da ABRACIT no GT. Participação nas reuniões do GT.
Em 26 de agosto encaminhamento a coordenação do GT a minuta da sDiretrizes com a proposta da ABRACIT.
Os profissionais dos CIATs, nas atividades do seu dia a dia, acumularam ao longo dos anos informações, dados e conhecimento
que
podem
e
devem
contribuir,
obrigatoriamente, para a formulação dessas diretrizes.
AÇÕES INTEGRADAS DOS CIATS Atenção e Assistência
Atendimento de pacientes intoxicados por profissionais especializados
Educação
Suporte aos profissionais da saúde no diagnóstico e tratamento de intoxicações e envenenamentos
Capacitação de profissionais e formação de estudantes.
Apoio técnico aos órgãos da Vigilância em Saúde. Epidemiológica
Saúde Meio ambiente Atendimento de urgência
Apoio Laboratorial
Vigilância
Prevenção
Educação e orientação à população na prevenção de acidentes tóxicos Populações de risco
Sanitária Ambiental Saúde do Trabalhador
Campanhas educativas Uso racional
Identificação de animais peçonhentos e plantas tóxicas Segunda opinião
Educação em serviço
Controle e avaliação de risco
Diminuição de risco
Educação continuada à profissionais da saúde Cursos presenciais de Toxicologia Clínica Aspectos Emergenciais.
Imagens Webconferência – Palestra sobre Cocaína Ministrante: Dr.ª Adriana Mello Barotto
www.abracit.org.br abracit@abracit.org.br