Ano 2015 - Nº 40 - Publicação Semestral Distribuição Gratuita
Medalha de Honra - Grau Ouro CMPVL - 19/03/1985
Director: Dr. Humberto Carneiro Coordenação: Mesa Administrativa Impressão: Grafipóvoa Tiragem: 8000 Design Editorial: Bsolus - Business Solutions Propriedade: Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso, Rua da Misericórdia, 141 - Apart. 143 4830 Póvoa de Lanhoso Tel.: (+351) 253 639 030 Fax: (+351) 253 639 036 Depósito Legal: 296364/09
Maio de 2015 Geral História do Hospital António Lopes (continuação)
Pág. 03
SCMPL aprova relatório de atividades e contas de 2014
Pág. 11
Saúde Farmácia: Diabetes - Como detetar e como prevenir?
Pág. 02 Terapia ocupacional: Qual o papel do terapeuta na recuperação do utente?
Pág. 04 Especialidades no HAL: Consulta de doenças da tiroide e de Coloproctologia, em destaque
Pág. 05
Social Terceira idade: Quais os benefícios sociai que o utente pode usufruir?
Pág. 08 ERPI: O papel do enfermeiros nestas estruturas
Pág. 09
Apoio Domiciliário: O que fazemos?
Pág. 10
Creche: Crescer na creche – o papel do educador
Pág. 11
Jornal da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso
Especialidades em destaque O Hospital António Lopes disponibiliza consultas de diversas especialidades. Conheça mais sobre duas vertentes da Cirurgia Geral, que pode encontrar neste hospital.
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Maio de 2015 Santa Causa
Farmácia
Diabetes mellitus: Como detetar e como prevenir?
O
diabetes melito também conhecido como diabetes sacarina ou diabetes açucarado e diabete, é uma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal do açúcar ou glicose no sangue.
Se quiser fazer a sua medição da glicémia dirija-se à Farmácia da Misericórdia e faça-o gratuitamente. Esperamos por si para uma saúde melhor!
A glicose é a principal fonte de energia do organismo porém, quando em excesso, pode trazer várias complicações à saúde como por exemplo o excesso de sono no estágio inicial, problemas de cansaço e problemas físicos em efetuar as tarefas desejadas. Quando não tratada adequadamente, podem ocorrer complicações como ataque cardíaco, derrame cerebral, insuficiência renal, problemas na visão, amputação do pé e lesões de difícil cicatrização, entre outras complicações. Embora ainda não haja uma cura definitiva para a diabetes, há vários tratamentos disponíveis que, quando seguidos de forma regular, proporcionam saúde e qualidade de vida para o paciente portador.
DEPENDENDO DA CAUSA, A DIABETES PODE SER CLASSIFICADA COMO: Classificações
Fatores de risco
I. Diabetes mellitus tipo 1 • Destruição das células beta do pâncreas (mais especificamente, das ilhotas pancreáticas), usualmente levando à deficiência completa de insulina, já que sua produção ocorre nesse órgão. 1. Autoimune 2. Idiopático (causa desconhecida)
Os principais fatores de risco para o diabetes mellitus são: • Idade acima de 45 anos; • Obesidade • História familiar de diabetes em parentes de 1° grau • Diabetes gestacional • Hipertensão arterial sistêmica • Alterações prévias da regulação da glicose
II. Diabetes mellitus tipo 2 • Graus variados de diminuição de secreção e resistência à insulina
Diagnóstico O diagnóstico do diabetes normalmente é feito com base na verificação das alterações da glicose no sangue em jejum e após ingestão de grandes doses de açúcar em dois dias diferentes. Para realizar o teste confirmatório da diabetes, o paciente deve permanecer em jejum de 8h (é permitido beber água) antes da primeira coleta de sangue. A diabetes mellitus é caracterizada pela hiperglicemia recorrente ou persistente, e é diagnosticada ao se demonstrar qualquer um dos itens seguintes : • Nível plasmático de glicose em jejum de 8h maior ou igual a 126 mg/dL (7,0 mmol/l)em duas ocasiões. • Nível plasmático de glicose maior ou igual a 200 mg/dL ou 11,1 mmol/l duas horas após ingerir uma dose de 75g de glicose anidra em duas ocasiões. • Nível plasmático de glicose aleatória em ou acima de 200 mg/dL ou 11,1 mmol/l associados a sinais e sintomas típicos de diabetes. Não é necessário repetir o teste caso o paciente já possua os sintomas característicos. Caso o nível de glicose esteja entre 140 e 200 após a ingestão da glicose anidra, é diagnosticada uma tolerância à glicose diminuída conhecida como pré-diabetes e que exige que o paciente faça atividade física regular, perca peso e reduza muito seu consumo de carbohidratos, para não desenvolver diabetes. O mesmo aplica-se a pessoas com nível de glicose no sangue em jejum entre 110 e 126 mg/dL, sendo assim diagnosticados com glicose plasmática de jejum alterada.
Ana Rita Oliveira Farmacêutica, Farmácia da Misericórdia
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Maio de 2015 Santa Causa
Hospital António Lopes
HISTÓRIA DO HOSPITAL ANTÓNIO LOPES
Editorial
Dr. Humberto Carneiro
| (3) | Por José Abílio Coelho*
Amigas e amigos povoenses, No final de 2014, foi revista a Circular que regulamenta o cálculo das comparticipações familiares relativas às valências sociais de Infância e Séniores. A legislação, até então em vigor, reportava ao ano de 1997, mostrandose desadequada face à actual realidade, nomeadamente no constitui rendimentos e despesas das famílias e que determina o seu rendimento per capita. Neste desfasamento de 18 anos, as exigências e a realidade das famílias sofreram profundas alterações. Assim, é necessário que haja uma adequação dos recursos para que o processo seja mais transparente e justo para todas as partes. Foi neste sentido que, face aos normativos definidos na nova Circular (Circular nº4/2014), procedemos à revisão dos regulamentos internos (RI) de todas as valências sociais, para os adequar à legislação actualmente em vigor.
Os contextos da obra 1. As obras e os custos
A
construção do edifício do hospital António Lopes iniciou-se em janeiro de 1913, tendo como gestor da obra João Albino Bastos, sobrinho por afinidade do grande benemérito. Em novembro do ano anterior tinham já sido feitos parte dos desaterros necessários à uniformização dos terrenos a ele destinados pois, tratando-se de matas e alguns quintais, tornou-se necessário prepará-los para receber tão grandiosa iniciativa. A Póvoa de Lanhoso era então uma pequeníssima vila do interior minhoto onde a esmagadora maioria da população vivia na pobreza absoluta, quando não na miséria extrema. Por isso, a disponibilidade de António Lopes para construir um hospital foi recebida como uma dádiva de Deus. Naquela altura ninguém reclamava o que quer que fosse. O povo (tal como as elites, que pouco podiam fazer para melhorar as condições de vida dos cidadãos já que o dinheiro não abundava e o Estado limitava-se a fiscalizar a assistência privada, pouco ou nada investindo na criação de infraestruturas, e muito menos na província) limitava-se a sonhar, a desejar: e o desejo, o sonho de poderem ter um hospital, inteiramente pago por um cidadão, transformouse, quando a obra se iniciou, em motivo de enorme alegria. O benemérito das Casas Novas, que tinha partido para o Rio de Janeiro e ali residido durante quase trinta anos, com a subida progressiva numa carreira comercial que o levou de simples marçano a sócio de uma das maiores casas comerciais da cidade, a Câmara & Gomes, comercializadora de cereais, couros, empréstimo de dinheiro e juros mas, sobretudo, nos negócios do café, integrara-se, pelo estatuto profissional e pelo seu casamento com D. Elvira Câmara Lopes, filha de outro emigrante e grande comerciante na praça do Rio (sócio maioritário na Câmara & Gomes), na melhor sociedade carioca de então. Não podemos esquecer, apenas para exemplificar o alto estatuto que ali havia atingido, que o seu casamento fora presidido pelo representante do Vaticano na cidade maravilhosa, o bispo D. Ferrini. A integração na sociedade da capital brasileira levara-o a assimilar conhecimentos, a cultivar-se, a adquirir gostos estéticos e artísticos que não levava quando daqui partiu, aos 12 anos de idade, em 1857. Quando regressou a Portugal, riquíssimo, o patamar cultural por si atingido ficou desde logo expresso na qualidade e bom gosto colocados na construção da sua residência, do teatro clube e de muitas outras casas que edificou para arrendar, mas também nas melhorias que introduziu na vila, nomeadamente com a construção, a expensas próprias de ruas, largos e jardins. O modelo escolhido para o seu hospital, ou melhor dizendo, para o hospital que quis construir para os seus concidadãos, era, também ele, reflexo de muito saber e bom gosto. Tratava-se de um edifício “pavilhonar” à moda do que, de mais moderno, se edificava nos países mais avançados na medicina daquele tempo. Desdobrado em secções, com um corpo central e duas enfermarias laterais, ligadas por simples corredores abertos de forma a privilegiar o arejamento, notavam-se no edifício outras preocupações que a medicina de então recomendava. A ventilação, através de enormíssimas janelas em todo o edifício, a separação dos doentes por patologias, a construção de uma maternidade, a instalação de um balneário público como a de um bloco operatório do mais moderno que então havia em Portugal, foram alguns dos requintes em que António Lopes gastou muitos dos seus cabedais. Para além disso, rodeou o hospital de jardins e áreas de passeio, imprescindíveis a uma medicina de recuperação, já que grande parte dos doentes que ali iam parar sofriam de doenças provocadas pelas fracas casas em que habitavam, e muitos outros de fome. Destaque-se o hall de entrada, uma área de extremo bom gosto e requinte, forrado por belíssimos, e caros, painéis de azulejos encomendados ao grande artista que foi Jorge Colaço, bem como muitos móveis e outras peças decorativas que para ali comprou e das quais restam ainda hoje bons e bem conservados exemplares. Foi também o primeiro edifício da terra a ter luz elétrica, fornecida por um gerador privado, já que a Póvoa não dispunha de eletricidade, o que só viria a acontecer quase década e meia depois. Outro dos mimos que António Lopes quis instalar na sua unidade de saúde foi um aparelho de raios-x. Era à época uma aparelhagem tão sofisticada e rara que, tendo-a comprado em Paris durante uma das viagens que ali efetuou e despachando-a via caminhos-de-ferro, o ministério das finanças de então, à chegada, não sabia como a taxar nos impostos devidos. António Lopes teve que se empenhar para que o aparelho não apodrecesse na alfândega, tendo apelado ao presidente da República e seu amigo Dr. António José de Almeida, que conseguiu junto do ministério resolver a situação. No seu conjunto, a obra custou mais de 150 contos de réis. Uma verdadeira
António Ferreira Lopes ao tempo em que deu início à construção do hospital
2. A obra e as circunstâncias A obra iniciou-se num período de paz. A República tinha sido implantada em Portugal dois anos antes e o governo esforçavase por equilibrar a balança financeira, sempre tão deficitária. Em verdade se diga que António Lopes não dependia da economia nacional. Quando regressou do Brasil, nos finais da década de 1880, trouxera consigo muito dinheiro. Para investir, para dar de empréstimo a juros, para aplicar nco, eram de poucas dezenas de escudos. A primeira doação foi de apenas 50$00. As últimas, em 1918, chegavam aos vários contos de réis. Refira-se, porque esse é outro dos benefícios que a Póvoa deve a António Lopes e dele raramente se fala, os empregos que criou. Pedreiros, carpinteiros, trolhas, pintores, canalizadores, jornaleiros, recadeiros ou guardas noturnos são apenas alguns dos profissionais (em alguns casos às muitas dezenas, como no dos jornaleiros e dos pedreiros), que os livros de contas do hospital registam como estando a trabalhar na obra nos anos de 1912 a 1917. Para uma terra em que quase 90% da população vivia da agricultura e afins, a obra do hospital – como aliás muitas outras que antes e depois António Lopes custeou – vieram trazer ao pequeno concelho do interior minhoto uma outra dinâmica e uma outra procura. Porque, se as atividades de que falámos são as que mais diretamente se envolveram na construção do edifício, não devemos esquecer as que indiretamente lucraram com a obra. Do comércio local aos profissionais liberais como notários e advogados, todos por ela foram beneficiados. E nem sequer vamos abordar hoje, deixando-a para um próximo número, toda outra classe de profissionais, os ligados à saúde, os administrativos e o “pessoal menor” que, a partir de 1917, encontrou emprego no hospital. Todo este esforço de António Lopes decorreu num período muito difícil, pois, se como dissemos, em finais de 1912, quando a obra se iniciou, Portugal se encontrava em paz, apesar das grandes dificuldades de instalação de um novo regime político que tentava impor-se e recuperar o mau estado das finanças públicas das últimas décadas, em 1914, com a obra a meio, o mundo envolveuse na I Grande Guerra, na qual Portugal viria a entrar a partir de 1916. E da qual, para além das muitas mortes, adveio um período de dificuldade extrema. Foi neste contexto difícil, do qual continuaremos a falar no próximo número, que a obra do hospital António Lopes se desenvolveu. Mas, ontem como hoje, é nos momentos difíceis que se avalia a pujança dos homens que estão à cabeça das realizações e das instituições. *Historiador. Coordenador do Arquivo Histórico da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso
Algo que vai marcar o funcionamento da Misericórdia nos próximos anos é, seguramente, a revisão do Compromisso. A última revisão do Compromisso da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso data de 04 de dezembro de 1985, pelo que este ano completaria 30 anos, no entanto, fruto da entrada em vigor do Decreto-lei 172-A/2014, diploma que altera os estatutos das Instituições Particulares de Solidariedade Social, as Santas Casas ficam obrigadas a alterar os seus estatutos (Compromissos) até ao dia 16 de novembro de 2015, sob pena de perderem a sua qualificação como IPSS’s e de verem o seu registo cancelado. Assim, a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) e os canonistas da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) procederam à consensualização de um modelo de Compromisso que deverá ser analisado e adequado, por cada Misericórdia, à sua realidade. É este trabalho que agora vamos iniciar. Em sede de Mesa Administrativa e em articulação com os Presidentes dos restantes Órgãos Sociais, foi nomeado um grupo de trabalho, que tem como tarefa proceder à elaboração de uma proposta de Compromisso, que será submetido para apreciação e votação dos Irmãos, numa Assembleia Geral Extraordinária, a convocar para o próximo mês de junho. Recuando ao editorial da última edição, é de todo previsível que em setembro, um ano após o lançamento da primeira pedra, esteja pronta a primeira fase (ampliação) das obras do Hospital António Lopes, constituída pela Unidade Médico-Cirúrgica. Nesta edição destacamos duas especialidades médicas que dispomos para os nossos utentes. Uma já está em funcionamento há algum tempo, a consulta das doenças da tiroide, a outra é divulgada em primeira mão, a consulta da coloproctologia. Com isto pretendemos aliar a inovação a um serviço de qualidade que façam com que os utentes nos procurem e regressem, com a mesma satisfação com que os recebemos. Também no último editorial desta publicação, e no seguimento da estreia do Coro da Misericórdia que ocorreu no dia 05 de setembro de 2014, dia da Misericórdia, foi lançado o repto para que se promovesse um encontro de Coros no âmbito das Misericórdias pertencentes ao Secretariado Regional de Braga. Em resposta, no dia 23 de maio, no Theatro Circo, em Braga, o nosso Coro irá participar no referido encontro junto com as Misericórdias de Braga e Vila Verde. É com orgulho que em tão pouco tempo os vejo subir ao palco daquela que é, seguramente, a mais bela sala de espetáculos do distrito. Assim, a todos os que o possam fazer, convido a estarem presentes para, connosco, presenciarem este momento. Até breve O provedor, Humberto Carneiro
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Maio de 2015 Santa Causa
Unidade de Convalescença
Terapia Ocupacional na Unidade de Convalescença
O que é a Terapia Ocupacional?
A Terapia Ocupacional é uma profissão da área da saúde que atua na prevenção, avaliação e tratamento de problemas do desempenho ocupacional, habilitando a pessoa em risco de ou com disfunção ocupacional, para a realização das ocupações do dia-a-dia. Estas ocupações consistem no conjunto de atividades que a pessoa considera importantes para dar sentido e significado à sua vida e podem ter como objetivo cuidar de si própria, desfrutar os seus tempos de lazer, trabalhar ou a participação na sociedade. O objetivo principal, após avaliação e identificação dos componentes de desempenho afetados, é elaborar um plano de tratamento que estimulará o utente, de forma a promover a sua autonomia e independência. Na unidade de convalescença do Hospital António Lopes, que tem por finalidade a reabilitação da pessoa com perda transitória de autonomia potencialmente recuperável em 30 dias, os utentes apresentam perda de autonomia nas Atividades da Vida Diária (AVD’s), ou dificuldades no desempenho das Atividades da Vida Diária Instrumentais (AVDI’s), tais como preparação de comida, compras, administração das finanças, a Participação Social, como as nossas relações com os familiares e com o meio social, o Trabalho e o Lazer. Mas na unidade de convalescença, a avaliação da Terapia Ocupacional centra-se principalmente nas AVD’s. Estas são compostas pela alimentação, vestir, banho, controlo dos esfíncteres, idas ao WC, transferências e mobilidade. São tarefas básicas que fazem parte da nossa rotina diária, mas que ficam dificultadas para utentes com dificuldades de movimentos, ou de coordenação ou com problemas de memória, por exemplo. Para conseguirmos realizar todas essas atividades precisamos que todos os sistemas motor, cognitivo, sensorial e percetual funcionem corretamente. Cada um desses sistemas é formado por diversos componentes de desempenho. O sistema motor, por exemplo, é formado pela amplitude de movimento, a força muscular, a coordenação motora, o padrão postural, equilíbrio de tronco, tónus, entre outro. Já o sistema cognitivo pela atenção, memória, orientação espácio-temporal, sequência lógica, raciocínio, lateralidade. Na avaliação de Terapia Ocupacional, os componentes desses quatro sistemas serão avaliados para que se consiga identificar e traçar um plano de tratamento adequado. E como é realizado o tratamento em Terapia Ocupacional? Através de atividades, através do treino das AVD’s, e avaliando-se a necessidade de supervisão ou ajuda de outra pessoa, o tempo gasto para realizar cada tarefa e a necessidade de adaptações e modificações no ambiente. Por exemplo: • No treino de alimentação, para utentes com alterações de motricidade ou de coordenação, podem-se utilizar algumas adaptações como o engrossador de cabo dos talheres, copo com tampa e com asas; • No treino de banho e higiene pessoal pode incluir a indicação do uso de cadeira de banho, ou treino específico de fazer a barba ou indicações de como organizar a tarefa do banho; • No vestir, o treino pode ser facilitado pela recomendação do uso de roupas um pouco maiores e calçado de elástico ou velcro, uso de calçadeira de cabo comprido ou um calçador de meias; • Sendo necessário alguma modificação ou adaptação no ambiente pode-se indicar a alteração de banheira para polibã, colocação de barras lateras de segurança na casa-debanho, retirar os tapetes de casa. O objetivo da terapia ocupacional é favorecer a independência do utente nas suas tarefas diárias, motivando-o e tornando-o participativo, alcançando os objetivos por si propostos em colaboração com o terapeuta ocupacional.
Sofia Guimas Terapeuta Ocupacional da Unidade de Convalescença
Bibliografia http://www.associacaoavc.pt/Informacao/Menu5/Page4.php https://reabilitandocomto.wordpress.com/ http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-76542009000500026&lng=pt&nrm=iso
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Hospital António Lopes
25 de Maio
Dia internacional da tiroide
A
proximando-se o dia internacional da tiroide que se celebra a 25 de maio, e sensíveis à visão preventiva que devemos ter sobre estas situações, falamos com Virgínia Soares, Médica e Cirurgiã Geral que se dedica à patologia da Tiroide no Hospital António Lopes (HAL). “O cancro da tiroide está a aumentar em Portugal, surgindo cerca de 400 novos casos por ano. Este aumento deve-se sobretudo à descoberta precoce de tumores mais pequenos resultantes da maior acuidade dos meios auxiliares de diagnóstico” diz Virgínia Soares, Cirurgiã Geral que se dedica à tiroide e que trabalhou durante vários anos no Hospital de São Marcos, depois no Hospital de Braga e agora, no Hospital de Matosinhos. Tem uma consulta de Tiroide a funcionar no HAL, onde são observados todos os doentes com doença da tiroide e onde também se realizam biopsias de nódulos da tiroide com ecografia, sempre que necessário. “A maioria dos nódulos é assintomática, sendo geralmente descobertos em exame de rotina. Outras vezes são notados pelo doente, como um nódulo no pescoço. A maior parte destes cancros têm um bom prognóstico desde que detetados a tempo e desde que sejam cumpridas as indicações médicas” continua a Dra. Virgínia Soares. ”O diagnóstico
precoce é fundamental para esta taxa de sucesso”. A especialista explicou ainda que as doenças tiroideias são bastante comuns e afetam mais as mulheres do que os homens. A tiroide é uma glândula que todos temos no pescoço, e que produz hormonas, que são essenciais ao bom funcionamento do organismo: regulam o funcionamento intestinal, o controlo do peso, a tensão arterial, o controlo do humor, entre outros. Se a tiroide funciona pouco o organismo diminui de atividade, enquanto se funciona demais a atividade do organismo aumenta. A tiroide pode estar doente porque funciona bem ou mal, ou então porque tem nódulos. Para terminar refere que a biopsia dos nódulos da tiroide é um exame muito importante. Recolhe células do nodulo que depois vão ser analisadas e é este exame que nos vai dizer se o nodulo é benigo ou, maligno.
Exames de diagnóstico que pode realizar no HAL: Análises de sangue; Ecografia; Biopsia de nódulos da tiroide com ecografia. Acesso à consulta: Pode aceder a esta consulta por referenciação pelo SNS – Serviço Nacional de Saúde através do P1, subsistemas de saúde ou através de marcação direta em regime particular. Consulta Doenças de Tiroide Médica Dr.ª Virgínia Soares, Assistente Graduada de Cirurgia Geral, Consulta da Tiroide
Consulta de Coloproctologia do Hospital do Hospital António Lopes
O
s avanços científicos e tecnológicos atualmente utilizados no diagnóstico e tratamento das doenças colo-rectais tornam imprescindível o aparecimento de uma consulta especializada que se dedica a esta patologia. Desta forma o Hospital António Lopes oferece à comunidade a oportunidade de recorrer à Consulta especializada de Coloproctologia, com o objetivo de oferecer ao doente standards de qualidade, nesta área. O que é a Consulta de Coloproctologia? A consulta de Coloproctologia é uma consulta especializada no diagnóstico, tratamento e acompanhamento das doenças do colon, recto e ânus. Que patologias podem ser referenciadas para a Consulta de Coloproctologia? • Distúrbios da defecação; • Rectocelo; • Doença hemorroidária; • Incontinência fecal; • Cancro colorectal; • Fissura anal; • Obstipação crónica; • Doença diverticular do colon. • Abcesso/Fístula perianal; • Prolapso rectal; • Proctalgia; • Prurido; Que sinais/sintomas alertam para a necessidade de uma Consulta de Coloproctologia? • Hemorragia anal; • Alterações dos hábitos intestinais; • Dor anal; • Dificuldade em evacuar; • Dor e cólica abdominal frequentes; • Emagrecimento; • Obstipação; • Prurido anal; • História familiar de cancro colorectal. • Diarreia; • Incontinência fecal; Como aceder à Consulta de Coloproctologia? Pode aceder a esta consulta através de: referenciação pelo SNS – Serviço Nacional de Saúde através do P1, subsistemas de saúde ou regime particular. Posteriormente será orientado para os exames e tratamentos necessários.
Prof. Dr.ª Sandra Martins Assistente Hospitalar de Cirurgia Geral Formação em Coloproctologia em Vercelli, Itália e Fortaleza, Brasil
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Maio de 2015 Santa Causa
Em destaque SCMPL
SANTA CASA EM FESTA A
Misericórdia da Póvoa de Lanhoso, na sua diversidade valencial, vai proporcionando inúmeras atividades de animação e lazer aos seus utentes. As atividades de animação são na sua essência, vida e ação. Com estas atividades consegue-se estimular a participação em atividades culturais, despertando a capacidade criadora de cada indivíduo. É uma forma de enriquecimento pessoal e coletivo, é um modo de desenvolvimento comunitário, tendo em vista a felicidade e qualidade de vida.
Concerto de Natal do Coro da Misericórdia
Missa de Natal dos utentes séniores e da saúde
Atuação do Coro da Misericórdia em Mondim de Basto
Utentes sénior preparam o Arco da Páscoa
Convívio de utentes de todas as valências, no levantar do arco da Páscoa
Exposição de trabalhos de Páscoa
Experiência “Trabalhar as cores”
Experiência “Trabalhar as cores”
Utentes da Unidade de Convalescença em atividades
Atividades conjuntas das valências sénior e de infância
Atividades conjuntas das valências sénior e de infância
Atividades conjuntas das valências sénior e de infância
Atividades conjuntas das valências sénior e de infância
Utentes infância na horta
Visita à escola de primeiro ciclo pelos utentes da sala de 5 anos
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Desfile de Carnaval
Desfile de Carnaval
Desfile de Carnaval
Desfile de Carnaval
Desfile de Carnaval
Desfile de Carnaval
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Benefícios Sociais na Terceira Idade O fenómeno do envelhecimento populacional é uma das caraterísticas mais evidentes das transformações que atualmente ocorrem no nosso país. Este fenómeno, cujos efeitos são visíveis a vários níveis, traz consequências para a sociedade em geral e para os Governos em particular, pois exige respostas em termos de Políticas Públicas que, por um lado, sejam capazes de minimizar as consequências deste acontecimento e, por outro lado, contribuam para a melhoria da qualidade de vida dos mais velhos. As respostas específicas para a Terceira Idade enquadramse tanto no âmbito da Segurança Social, como nas políticas de outros sectores. Nos outros sectores, podemos destacar
Pensão Velhice
Pensão Social Velhice
Complemento por Dependência
Complemento Solidário Idoso
Pensão Sobrevivência
a discriminação positiva no acesso a determinados bens e serviços essenciais, como os transportes e telecomunicações, energia, os passes sociais para a Terceira Idade, entre outros. Noutros casos, os idosos têm apoios no acesso à saúde como isenção de taxas moderadoras e transportes. A Constituição da Republica Portuguesa, no Capítulo II Direitos e Deveres Sociais, artigo 63 (Segurança Social e Solidariedade) revela que todos têm direito à Segurança Social “o sistema de Segurança Social protege cidadãos na doença, velhice, invalidez e viuvez…”. Neste âmbito, as soluções dependem da situação do idoso uma vez que o sistema compreende vários níveis, em função do sistema contributivo
em causa. A tabela seguinte informa acerca dos benefícios mais frequentes a atribuir na terceira idade.
Drª Tânia Silva Assistente Social da ULDM D. Elvira Câmara Lopes
O QUE É?
QUEM TEM DIREITO?
COMO POSSO PEDIR?
É um apoio em dinheiro pago às pessoas com idade igual ou superior a 66 anos (2015) que tenham descontado durante pelo menos 15 anos para a Segurança Social.
- Trabalhadores por conta de outrem (a contrato) - Membros de Órgãos Estatutários de pessoas coletivas (diretores, gerentes e administradores) - Trabalhadores independentes (a recibo verde) Beneficiários do Seguro Social Voluntário
Na Segurança Social em formulário próprio.
É um apoio em dinheiro pago mensalmente às pessoas de idade igual ou superior à idade normal de acesso à pensão de velhice do regime geral de segurança social. É diferente da pensão de velhice porque apoia os beneficiários não abrangidos por qualquer sistema de proteção social obrigatória ou que não têm descontos suficientes para a Segurança Social para ter direito à pensão de velhice.
- Cidadão português residente em Portugal e não estando abrangido por qualquer sistema de proteção social obrigatório; - Cidadão dos Países da União Europeia, Cabo Verde, Canadá, Austrália e Cidadãos Brasileiros que residam em Portugal e que não estejam abrangidos por qualquer sistema de proteção social obrigatório;
Na Segurança Social em formulário próprio.
- Sendo abrangido por um sistema de proteção social obrigatória, não completou o período mínimo de contribuições exigido para a concessão de uma pensão ou esta for de valor mensal inferior ao da pensão social.
Apoio mensal em dinheiro dado aos pensionistas que se encontram numa situação de dependência e que precisam da ajuda de outra pessoa para satisfazer as necessidades básicas da vida quotidiana (porque não conseguem fazer a sua higiene pessoal, alimentar-se ou deslocar-se sozinhos).
As pessoas que estejam a receber pelo: regime geral, regime especial das atividades agrícolas, regime não contributivo ou equiparado. O complemento por dependência é atribuído também aos beneficiários não pensionistas, nas situações de incapacidade de locomoção originadas por doenças específicas. Condição de atribuição do complemento: o pensionista não receber uma pensão mensal de valor superior a € 600,00, considerandose para esse efeito a soma de todas as pensões recebidas com a mesma natureza.
Na Segurança Social em formulário próprio.
É um apoio em dinheiro pago mensalmente aos idosos com baixos recursos.
Idosos de baixos recursos residentes em Portugal, com idade igual ou superior à idade normal de acesso à pensão de velhice do regime geral de segurança social, ou seja 66 anos. - Se for casado ou viver em união de facto há mais de 2 anos. Os recursos do casal têm de ser inferiores a 8.590,75€ por ano e os recursos da pessoa que pede o CSI inferiores a 4.909,00€. - Se não for casado nem viver em união de facto há mais de 2 anos. Os seus recursos têm de ser inferiores a 4.909,00€ por ano.
Na Segurança Social em formulário próprio.
É uma pensão paga aos familiares do falecido (beneficiário do regime geral da Segurança Social) e destinada a compensálos pela perda de rendimentos que resulta do seu falecimento.
- Pessoa com quem o beneficiário estava casado; - Pessoa com quem o beneficiário vivia em união de facto há mais de 2 anos; - Pessoas de quem estivesse divorciado ou judicialmente separado de pessoas e bens; - Descendentes-filhos (mesmo que ainda não tenham nascido) e adotados plenamente que tenham: Menos de 18 anos; Mais de 18 anos, se não tiverem uma atividade profissional que os obrigue a descontar para a Segurança Social ou outro sistema semelhante - Enteado (até aos 18 anos) - desde que o falecido estivesse obrigado a pagar-lhe pensão de alimentos. - Ascendentes (pais, avós, etc.) que se encontrassem a cargo do beneficiário à data da sua morte - se não houverem viúvo/viúva, ex-marido/ex-mulher ou descendentes com direito à pensão de sobrevivência
Na Segurança Social em formulário próprio.
Bibliografia DIÁRIO DA RÉPUBLICA ELÉTRONICO: Constituição da República Portuguesa;
SEGURANÇA SOCIAL: Guias Práticos 2015
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Maio de 2015 Santa Causa
Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso
O Papel do Enfermeiro em Estruturas Residenciais Para Idosos
O
aumento da esperança média de vida e consequente aumento da longevidade confronta a sociedade atual com novos desafios no domínio da saúde e da prestação de cuidados. Da saúde porque constitui um recurso adaptativo e essencial para que o idoso tenha um envelhecimento com menor morbilidade. Da prestação de cuidados porque, englobada no conceito alargado de saúde, assume elevada importância, uma vez que, o aumento da morbilidade e o consequente aumento das dependências física e psíquica (demências) acarreta maior exigência e especialização na prestação destes cuidados, levando à institucionalização. A ausência de respostas formais adequadas leva a que a institucionalização aconteça de forma mais frequente, uma vez que as famílias da sociedade atual não se encontram estruturadas para receber no seu seio as dependências inerentes ao envelhecimento. Neste sentido, para dar resposta às dependências acima identificadas justifica-se a presença de uma equipa interdisciplinar nas estruturas residenciais para idosos, da qual faz parte o enfermeiro. A presença deste profissional numa ERPI, assume um papel fundamental na qualidade de vida do utente, uma vez que este tem responsabilidades na prevenção da doença e promoção da saúde com o objetivo de maximizar a qualidade de vida dos residentes. Numa ERPI o enfermeiro tem um papel central na equipa, pois identifica quais as necessidades de saúde expressas e técnicas dos residentes, guiando a equipa na execução do plano de intervenção interdisciplinar de cada utente. A proximidade do enfermeiro com o residente permite que este último indique quais as suas necessidades e expectativas para a sua vida, constituindo o ponto de partida para qualquer plano de cuidados. Neste sentido, o enfermeiro tem
a responsabilidade de instruir e orientar equipas de técnicos auxiliares na prestação de cuidados, assegurando a sua formação contínua para que se vá de encontro sempre ao que o utente necessita e pretende. Para além da vertente técnica, a humanização na prática de cuidados e a relação que é criada com o próprio utente, é o que mais o satisfaz profissional e pessoalmente o enfermeiro desta valência. Na ERPI de S. José verifica-se que diariamente os utentes recorrem à equipa de enfermagem pelos mais variados motivos: habitualmente para comunicar o que não vai bem com a sua saúde mas também para, simplesmente, conversar ou desejar um bom dia. As difíceis histórias de vida, as patologias e o abandono por parte dos familiares e amigos de que alguns dos idosos são alvo constituem o cenário da maior parte dos residentes nas ERPI. Desta forma, a postura empática da equipa mostra-se uma ferramenta essencial no trabalho com o utente. Não há nada mais sincero e que nos encha de alegria do que um obrigado refletido no olhar de um idoso que cuidamos.
Enfª. Sandra Gonçalves ERPI S. José, Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso
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Séniores - Misericórdia da Póvoa de Lanhoso
Serviço de apoio ao Domicilio É uma resposta social que consiste na prestação de cuidados individualizados e personalizados no domicílio. Serviços de carater pessoal, social, reabilitador, psicológico e doméstico a indivíduos e familiares quando por motivo de doença ou outro impedimento não possam assegurar temporariamente ou permanentemente a satisfação das suas necessidades básicas e/ou atividades da vida diária.
Objetivos A nossa intervenção é pautada por critérios de qualidade, valorizamos a articulação com o cliente/ utente e o seu familiar próximo. Constituem objetivos do SAD: - Colaborar para a melhoria da qualidade de vida das pessoas e famílias; - Coadjuvar para a conciliação da vida familiar e profissional do agregado familiar; - Contribuir para a permanência dos utentes no seu meio habitual de vida, retardando ou evitando o recurso a estruturas residenciais; - Promover estratégias de desenvolvimento da autonomia; - Prestar os cuidados e serviços adequados às necessidades dos utentes; - Facilitar o acesso a serviços da comunidade;
Serviços Prestados Prestamos cuidados a pessoas com diversos graus de dependência, assegurando a execução das atividades da vida diária de uma forma profissional, mas simultaneamente prestando todo o carinho e apoio psicológico de que estas pessoas tanto necessitam. •Higiene Pessoal – O período da higiene pessoal é dos momentos mais importantes do dia a dia de um idoso, todos os cuidados de higiene como: banho, tratamento do cabelo, unhas, barba, higiene oral, as nossas profissionais estão habilitadas para realizar estes serviços preservando ao máximo a dignidade e individualidade do cliente. •Alimentação – Distribuição de refeições diárias. As refeições são confecionadas na cozinha central da Santa Casa por uma equipa de profissionais, seguindo todas as normas do HACCP. As ementas são elaboradas por uma Nutricionista de acordo com os gostos pessoais e segundo as orientações médicas dos clientes. •Higiene Habitacional – O SAD realiza as tarefas de higienização da sua habitação, proporcionando um ambiente limpo e agradável. •Tratamento de Roupas – A Santa Casa da Misericórdia, possui uma lavandaria com capacidade para dar resposta a todas as solicitações dos clientes/utentes do serviço de SAD, de forma eficaz e atempadamente. •Aquisição de bens e pequenas compras – Realizamos aos nossos clientes/utentes aquisição de bens e pequenas compras de produtos. •Serviço de Animação/Socialização – Dinamizamos um conjunto de atividades, passeios e visitas de acordo com os seus interesses, proporcionando-lhes momentos de socialização e lazer. •Acompanhamento Psicológico – proporcionamos acompanhamento psicológico individual e estimulação cognitiva. A estimulação cognitiva retarda a evolução de doenças como Alzheimer e ajuda a manter a pessoa autónoma para a realização das suas tarefas da vida diária. •Acompanhamento Nutricional – Proporcionamos uma avaliação nutricional aos utentes, de modo a permitir um plano alimentar individual. Uma alimentação equilibrada e adequada às necessidades específicas de cada pessoa é a base para uma vida mais saudável. •Serviço de Teleassistência – Os cliente/utentes isolados dispõem em casa de um telefone ligado diretamente a uma central para comunicar em caso de necessidade. •Plano Individual de Intervenção – Fazemos um levantamento das necessidades junto do cliente/ utente/família para que seja possível realizar um plano de intervenção individual que potencie a qualidade de vida do cliente/utente.
Equipa Técnica Temos uma equipa multidisciplinar que acompanham todo o processo e que garantem o máximo de qualidade nos serviços prestados. - Diretor Técnico - Psicólogo - Nutricionista - Ajudantes Familiares - Trabalhador se serviços gerais
Funcionamento O SAD funciona diariamente no seguinte horário: • Segunda a sexta-feira: 08h30 – 18h00 • Sábado, Domingos e feriados: 08h30 – 17h30
Martine Ferreira Diretora Técnica de SAD – Serviço de Apoio Domiciliário
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creche da Santa Casa Misericórdia da Póvoa de Lanhoso
“Crescer na creche…” A Educação, das crianças dos 0 aos 3 anos é considerada a primeira etapa de um processo educativo de qualidade. Os profissionais nas nossas salas de creche realizam práticas educativas baseadas em interações significativas e que respondem de forma diferenciada às necessidades das crianças. Em todo este processo é importante a colaboração creche-família, essencial e fundamental durante os primeiros anos de vida. A família e os profissionais que trabalham nas nossas salas de creche devem atuar em sintonia para satisfazer as necessidades de desenvolvimento da criança. A primeira etapa de desenvolvimento até aos 3 anos de idade caracteriza-se principalmente pela satisfação imediata das indicações da criança em relação às suas necessidades básicas (alimentação, higiene e descanso), assim como a iniciação da autonomia em contraposição à total dependência do primeiro ano. Nestas idades formam-se as figuras afetivas (mãe e pai, irmãos avós, educador(a), auxiliar…) que as crianças assumem como modelos e exercem uma forte influência na sua personalidade. Nesta etapa atender-se-á ao desenvolvimento do movimento, ao controlo corporal, às primeiras manifestações de comunicação e da linguagem oral, aos padrões elementares de convivência e de relação social e à descoberta do ambiente que rodeia a criança. Os profissionais que trabalham em salas de creche têm de ter uma sensibilidade especial para perceber manifestações ou as indicações das crianças, nomeadamente saber distinguir quando balbuciam, rodam ou gritam pelo simples facto de acompanhar um brinquedo ou por alguma necessidade concreta. Depois desta perceção inicial devem interpretar a manifes-
tação corretamente, isto é, se é uma manifestação de alimentação, sono, de higiene ou de alteração de estado de humor, etc. A partir daqui, o educador seleciona a resposta mais adequada à sua manifestação e resolve-a rapidamente. Um dos aspetos mais importantes para o desenvolvimento emocional da criança é a satisfação das necessidades básicas que podem ser: fisiológicas, de segurança, de amor, de apreço, autoestima e autorrealização. Este é um processo transversal e contínuo que que manifesta em todas as idades, desde o momento do nascimento. Nas seis salas de creche da Santa Casa Misericórdia da Póvoa de Lanhoso, o objectivo primordial é corresponder às expectativas dos pais, encarregados de educação, tendo como base o desenvolvimento equilibrado em todas as áreas (desenvolvimento psicomotor, cognitiva, da linguagem, pessoal e social), dos seus educandos.
Ângela Rodrigues Diretora Pedagógica creche/jardim de infância
Santa Casa aprova, por unanimidade, Relatório de Atividades e Contas de 2014 Os Irmãos da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso aprovaram por unanimidade o Relatório de Atividades e Contas referente a 2014. De acordo com os documentos apresentados pela Mesa Administrativa liderada pelo Provedor Humberto Carneiro, a Instituição terminou o exercício do ano em análise com um resultado positivo. Em termos de atividades, o ano de 2014 foi um marco na história da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso: 1. O lançamento da primeira pedra nas obras de ampliação e remodelação do Hospital António Lopes, assinalado a 5 de setembro, afirma-se como um marco de progresso e crescimento desta valência e dos serviços por ela prestados, numa perspetiva de mais qualidade e melhores condições de trabalho. 2. Cientes da necessidade de empenho e da reafirmação de uma cultura de melhoria contínua, em 2014 continuou-se a implementar a norma de serviço social EQUASS, que para além de um reforço ao Sistema de Gestão de Qualidade já implementado e certificado pela norma ISO 9001:2008, destaca-se por um tratamento mais individualizado com a definição de um Plano Individual por utente assente nas necessidades e expectativas manifestadas pelo utente ou pelos seus familiares, objetivando a melhoria da Qualidade de Vida do mesmo. 3. A implementação de um Serviço de Higiene e Segurança no Trabalho que faz todo o acompanhamento e monitorização de situações relativas a esta área verificou-se, também como uma mais valia no reforço de uma cultura de segurança e prevenção que se quer manter. 4. A criação do Coro de funcionários e irmãos da Misericórdia, marca a promoção de um espírito de convívio e partilha entre funcionários, permitindo a interação entre diferentes valências e a fomentação de um princípio uno de Santa Casa. Este Coro conta já com mais de 70 elementos.
5. Não menos importante, assinala-se a missão e importância que esta instituição assume na nossa comunidade. A variedade de respostas que oferece e a preocupação que mantém em tentar responder àqueles que mais necessitam, é algo que nos caracteriza. Em 2014 acedemos a mais de 70% dos pedidos de redução de mensalidade nas nossas valências de infância e verificamos que mais de 30% dos utentes da ERPI – Estrutura Residencial para Idosos, não pagam “complemento familiar”. Não esquecendo os protocolos que temos mantido no âmbito do FEAC - Fundo Europeu de Auxilio às pessoas mais Carenciadas que nos permitiu distribuir alimentos a mais de 700 pessoas e a Cantina Social que em 2014 distribuiu mais de 33.000 refeições aos nossos concidadãos mais carenciados. Isto reflete-se no resultado do Inquérito à Comunidade, medida avançada em 2014, onde 82% dos inquiridos considera que a Santa Casa é uma instituição importante no concelho e 96% recomendaria os nossos serviços a outras pessoas. Em suma, pode-se afirmar, que com o espírito de missão que norteia a gestão desta instituição quase secular, vamos conseguindo levar a bom porto o nosso barco cumprindo com a nossa missão e dando resposta aquilo que são as debilidades da comunidade que nos envolve e para a qual existimos. Nesta Assembleia Geral foi também aprovada a proposta de aquisição de um prédio rústico denominado “Veigas” sito na Rua da Misericórdia, Freguesia N.ª Sr.ª do Amparo, Póvoa de Lanhoso, com a área de 3.500 m2. Tendo em consideração a proximidade com a instituição esta aquisição verifica-se como uma mais-valia para a futura expansão da área de ação da Santa Casa da Misericórdia. Esta Assembleia Geral realizou-se no dia 27 de março, pelas 21h00 horas, no Salão Nobre do Lar de São José.