Informativo da Associação Brasileira de Brangus
Ano II – Nº 14 – Novembro 2013 Distribuição Gratuita
repórter
Eu também estive lá !
Primavera de recordes na raça Brangus
Branguito
BRANGUS ESCOLHE OS
BRANGUS INSPIRA
EMBRAPA FAZ MELHORAMENTO
NA 36a EXPOINTER
DE REVISTA INFANTIL
DA RAÇA BRANGUS
CAMPEÕES
Página 03 /////////////////////////////////
PERSONAGEM Página 14 //////////////////////////////////
GENÉTICO
Página 46 //////////////////////////////////
Palavra do Presidente
Expediente
Faz alguns dias terminava uma entrevista dizendo: O FUTURO PERTENCE A BRANGUS. Começarei estas palavras com a mesma frase, por que os motivos não são pura paixão, também não são caprichosos, muito menos se trata de palavras sem fundamento.
Editor: Gustavo Paes Revisão: Gustavo Paes Fotos: Alexandre Teixeira e Elder Oliveira Filho
Projeto Gráfico: Adelino Bilhalva
Raul Victor Torrent
Diagramação: Silvio Oliveira
Presidente Associação Brasileira de Brangus
Perguntarão: o que tem que ver isto com a Brangus? TUDO. O gado vem sendo empurrado para lugares cada vez mais marginais, a lugares cada vez mais pobres de solo, por conseguinte com pastos de menor qualidade. Nestes ambientes devem seguir cumprindo sua função: REPRODUZIR - CRIAR – ENGORDAR, e justamente neste contexto que o Brangus mostra todo seu potencial. Só temos que olhar o Pantanal, o Serrado ... onde nossa raça já demonstrou e segue demonstrando do que é capaz. EM SOLO BOM TODO GADO É BOM !!!!!
REALIZAÇÃO
+55 (51) 3084-4717
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE BRANGUS Rua Tropeiro 192 Caranda - Bosque II Campo Grande - Mato Grosso do Sul CEP: 79032-411 Fone: (67) 3026.8300 www.brangus.org.br DIRETORIA EXECUTIVA Presidente: Raul Victor Torrent Vice-Presidente: Augusto Barbosa Caldeirão Diretor Secretário: Fernando Antônio Franco Azambuja Diretor Administrativo/Financeiro: Grey de Souza Poli Diretor de Marketing: Pedro Surreaux Ribeiro Tellechea Representante junto ao Frigorífico Silva: Carlos Waihrich Filho
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O futuro nos pertence porque temos um aliado incondicional, a AGRICULTURA. Onde até pouco tempo atrás não se pensava em incursionar com alguma semente, hoje são lavouras muito bem sucedidas, dando resultados de colheitas jamais imaginados.
Os remates de primavera indicaram de outra forma
NovOS SóCIOS 2013
Nome Marcelo Perondi Anchão João Francisco Bade Wolf Nery Machado Silveira Nelson Luiz Vasconcelos Junior Normelio Zanoto
Estado Data SP Junho RS Julho RS Julho MS Agosto MS Setembro
como o Brangus esta sendo procurado. Os leiloes foram melhor sucedidos que os do ano passado em seu faturamento, com acréscimos de até 20 %. A procura de fêmeas mostra o interesse dos criadores de começar novos planteis ou acrescentar os próprios. Da ABB estamos traçando planos de ação para tomar posição neste novo momento. Estamos tentando nos adaptar ao futuro, com solidez, critério, responsabilidade e seriedade. Para isto, foram tomadas algumas medidas como a criação do novo sócio ( SÓCIO AMIGO), a qual nos permitira chegar a estudantes, estagiários, profissionais recém formados que serão parte do futuro, e que, com certeza, começarão a falar em Brangus. Assinamos uma parceria com a revista A GRANJA KID, onde um dos personagens é o touro BRANGUITO, que vem a ser o animal de estimação das crianças em esta historinha. Estes pequenos leitores começarão a falar em BRANGUITO, reafirmando que o FUTURO NOS PERTENCE. Até a próxima.
Brangus é destaque na Expointer A
Principal mostra agropecuária da América Latina contou com a participação de 76 animais de argola
Cabanha Brangus Juquiry, de Uruguaiana (RS), foi um dos destaques da raça Brangus durante a 36ª edição da Expointer, realizada de 24 de agosto a 1º de setembro, no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), na Região Metropolitana de Porto Alegre. O criatório, de propriedade do pecuarista Ricardo Bastos Tellechea, o Ringo, voltou para o município da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul com as faixas
de Grande Campeã e Reservada Grande Campeã, nas fêmeas, e de Terceiro Melhor Macho, entre os reprodutores. O julgamento da chamada “raça sem fronteiras” ocorreu em 26 de agosto e contou com a participação de 56 exemplares Brangus de criatórios do Rio Grande do Sul e de São Paulo. A avaliação dos animais ficou a cargo do jurado norte-americano Patrick Simmons, do Estado da Carolina do Norte (Estados Unidos), proprietário da Genetic Leaders Internacional Inc.
A Grande Campeã foi o animal box 1515, que é filha de Ebano 4045 Gladiador TE e Rediba Naranjo 3396. A fêmea, de 650 quilos e dois anos, também conquistou o título de Campeã Novilha Maior. “Ela é um animal excepcional e já tinha sido Grande Campeã durante a última Expoutono de Uruguaiana”, lembrou Ringo. O tradicional criatório de Uruguaiana também levou para Esteio a Reservada Grande Campeã, a box 1505. A terneira, que é filha de
CX Tanque 23/T e Juquiry Figura 6071, também ficou com a faixa de Campeã Terneira Menor. O animal tem 410 quilos e 14 meses. O feito surpreendeu Ringo. “Sabemos da qualidade dessa fêmea, mas era a primeira saída dela, a estreia nas pistas”, ressaltou o branguista. O título de Terceira Melhor Fêmea ficou com a novilha box 1521, da JMT Agropecuária, de Santa Maria (RS). Ela é filha de JMT Cimarron 6745 e JMT 6738 TE.
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Expointer Entre os machos, o Grande Campeão foi o touro box 1491, de propriedade de Beatriz e Fernanda da Rocha, da Estância São Rafael, de São Borja (RS). O animal, que também conquistou o título de Campeão Touro Sênior, é filho de Três Cruces Cardenal 4312 TE e MR 5952. O reprodutor possui dois anos e pesou exatos 1.015 quilos. O Reservado Grande Campeão foi o box 1485. O animal pertence ao criador Antonino Souza Dorneles, da Cabanha Olhos d’Água, de Alegrete (RS), e Luiz Fernando Cezar da Silva, da Fazenda São Manoel, também de Alegrete. O macho, de 882 quilos e dois anos, é filho de CX Tanque 23T e Olhos d’Água Prince 6064. “É um touro que vem fazendo uma campanha muito boa”, destacou Antonino Souza Dorneles. O animal box 1480, da Cabanha Brangus Juquiry, ficou com a faixa de Terceiro Melhor Macho. Filho de CX Tanque 23T e Juquiry Figura 6071, tem 13 meses e pesa 487 quilos. “Para um terneiro, o resultado foi muito bom”, disse Ringo. “Ele é um animal de grande futuro e vai seguir em preparação para o ano que vem”, adiantou o criador, apostando na qualidade genética da Juquiry. A qualidade dos exemplares Brangus em pista foi bastante elogiada pelo jurado Patrick Simmons. O especialista destacou a uniformidade dos animais e disse ter encontrado dificuldade em eleger os melhores em cada categoria. Mas ficou particularmente impressionado com a fêmea que escolheu como Grande Campeã
da feira de Esteio. “Em qualquer lugar do mundo ela pode concorrer com chances de levar o grande campeonato”, destacou Simmons. O presidente da Associação Brasileira de Brangus (ABB), Raul Victor Torrent, reconheceu que, neste ano, a entidade levou um número menor de animais para a feira de Esteio. “Assim como as demais raças, tivemos uma redução de 15% a 20% no número de inscritos”, admitiu o dirigente, que atribui a queda ao alto custo para expor os animais na Expointer. “Em vez de levar dois ou três animais da mesma categoria, os criadores estão escolhendo, a seu critério, um só exemplar para a exposição”, explicou. Torrent ressaltou, no entanto, que os criadores da raça Brangus priorizaram qualidade a quantidade. “O jurado salientou que os nossos animais podem fazer bom papel em qualquer parte do mundo”, observou Torrent.
Grande Campeã da Expointer 2013, o animal box 1515, da Cabanha Brangus Juquiry, de Ricardo Bastos Tellechea, de Uruguaiana (RS).
Grande Campeão da Expointer foi o touro box 1491, de propriedade de Beatriz e Fernanda da Rocha, da Estância São Rafael, de São Borja (RS).
Patrick Simmons Em qualquer lugar do mundo ela pode concorrer com chances de levar o grande campeonato
Norte-americano Patrick Simmons, do Estado da Carolina do Norte (Estados Unidos), proprietário da Genetic Leaders Internacional Inc, julgou a raça Brangus na última Expointer, em Esteio (RS).
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Expointer
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Expointer
A homenagem dos criadores de outros países Branguistas dos Estados Unidos, Argentina e Uruguai visitaram a Expointer e elogiaram a qualidade dos animais inscritos na feira A 36ª edição da Expointer foi marcada pela participação de criadores da raça Brangus dos Estados Unidos, Uruguai e Argentina, que vieram até Esteio para homenagear a Associação Brasileira de Brangus (ABB). Além de Patrick Simmons, proprietário da Genetic Leaders Internacional Inc., dos Estados Unidos, que foi o jurado da raça Brangus, a mostra foi prestigiada pelo presidente da Associação Argentina de Brangus (AAB), Santiago Gilotaux. À frente da associação argentina desde dezembro passado, Gilotaux visitou a Expointer pela primeira vez e ficou impressionado com a qualidade dos exemplares que desfilaram pela pista central do parque Assis Brasil. “São animais de uma qualidade genética muito grande”, destacou o dirigente argentino. “Entre as fêmeas, duas ou três poderiam tranquilamente ter sido escolhida a Grande Campeã”, acrescentou. Gilotaux disse que a Associação Argentina de Brangus, fundada em abril de 1978, conta atualmente com 600 produtores associados e 200 criadores ativos distribuídos em 15 Províncias (Estados), que inscrevem, a cada ano, uma média de 25 mil animais. A entidade, segundo ele, apoia a realização de 46 remates e 21 exposições. “A raça Brangus, devido às suas características como ferti-
lidade e grande adaptação ao meio, vem crescendo muito na Argentina. Calculamos que 20% do rebanho de cerca de 10 milhões de cabeças seja da raça Brangus”, destacou. Um dos 60 criadores que, há 35 anos fundaram a Associação Argentina de Brangus, esteve na Expointer. Juan Ezcurra Sauze, de 74 anos, não se importou com a chuva e o frio e acompanhou o julgamento da raça na mostra de Esteio. Sem se intimidar com o mau humor do clima gaúcho, o branguista ainda entrou na pista encharcada para entregar um dos prêmios. “Os animais são de excelente qualidade, a Grande Campeã e as outras fêmeas são todas muito boas”, observou. “A avaliação do jurado foi impecável”, elogiou Sauze. O pecuarista, cujo bisavô foi o fundador da Associação Argentina de Angus, está habituado a visitar as exposições agropecuárias no Brasil. A Expointer, então, é uma velha conhecida. “Venho na feira desde 1968, quando ela ainda era realizada no Parque de Exposições do Menino Deus, no bairro Menino Deus, em Porto Alegre”, recordou. Sauze contou que foi o primeiro jurado da raça Angus na primeira Expointer promovida em Esteio, ainda nas instalações da antiga Fazenda Kroeff, em 1970. “Depois, disso, em outras cinco vezes fui o jurado da
Da esquerda para a direita, o casal Santiago e Magdalena Urioste, da Cabanha Aiguambaé, de Aiguá, no Departamento (Estado) de Maldonado, e Santiago Pereira, de Montevidéu, no Uruguai.
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Angus e, em duas oportunidades, da raça Brangus”, afirmou o criador. URUGUAI - Um grupo de cabanheiros uruguaios também visitou a mostra. A família de Santiago Pereira, de Montevidéu, cria bovinos Angus e Hereford há 75 anos, mas há cerca de um ano ele também começou a criar a raça Brangus. A propriedade, de 1,2 mil hectares, fica em Paysandu, cidade localizada a 368 quilômetros da capital do país. “O projeto recém começou e estamos colhendo embriões e implantando nas receptoras”, explicou. O pecuarista uruguaio pretende transformar a fazenda em um núcleo genético de alta qualidade e projeta comercializar touros e fêmeas com os países vizinhos. “A ideia é exportar para a Argentina, Brasil e Paraguai”, disse. Pereira contou que escolheu a raça sintética pela grande adaptação ao meio. “O Brangus é um animal muito rústico que se adapta bem a campos com menor qualidade de pastagens e a temperaturas mais altas”, salientou. O casal Santiago e Magdalena Urioste, da Cabanha Aiguambaé, de Aiguá, no Departamento (Estado) de Maldonado, cria Angus, mas recentemente adquiriu 14 ventres Brangus e está iniciando a criação. “O Brangus é uma raça mais rústica e resistente e se adapta melhor aos
campos mais duros, de menor qualidade”, destacou. Os pecuaristas vieram ao Brasil para observar os exemplares Red Brangus. “Só queremos os touros colorados para pai de cabanha”, frisou Santiago. O projeto do casal é no futuro vender reprodutores, ventres e gado comercial. Eles destacaram que o Brangus vem crescendo muito no Uruguai, mas a qualidade ainda é inferior à do Brasil e Argentina. “Teremos de fazer um esforço para nos igualarmos em qualidade aos criadores argentinos e brasileiros e depois suplantá-los”, ponderou.
Santiago Gilotaux São animais de uma qualidade genética muito grande. Entre as fêmeas, duas ou três poderiam tranquilamente ter sido escolhida a Grande Campeã
Presidente da Associação Argentina de Brangus (AAB), Santiago Gilotaux, ao lado das proprietárias da Estância São Rafael, de São Borja (RS).
Expointer
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Expointer
Leilão de doses de sêmen e embriões Antes da entrega de prêmios aos proprietários dos animais que se destacaram durante o julgamento da raça Brangus na Expointer, a Associação Brasileira de Brangus realizou um leilão de doses de sêmen e embriões. O objetivo do evento, realizado na Casa do Brangus, no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio, foi arrecadar fundos para custear as despesas da entidade durante a mostra agropecuária. As agências ABS Pecplan, Lagoa da Serra Ltda., Cort Genética Brasil, Select Sires, Progen, Solução Genética e Alta Genetics, doaram 450 doses de sêmen dos touros Advantage, Dis-
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tinction, Minister, Pinhão, GAP Ninja, Tornado, GAP Truco, Bagual, Igapó, Hooligan, Red Bull, Guarani, Spartacus, Capitão Nascimento, Dakota, Homerun, Lotus e Don Ciríaco. Com o diretor de Marketing da ABB, Pedro Surreaux Ribeiro Tellechea, e os funcionários do escritório Tellechea & Bastos fazendo às vezes de pisteiros, o leilão movimentou os associados, que lotaram a Casa do Brangus, apesar do frio e da forte chuva que castigou Esteio durante todo o dia. As doses de sêmen – avaliadas em R$ 9,6 mil – foram disputadas lance a lance, o que atraiu a atenção e quem passava pelo boulevard do parque Assis Brasil.
JOÃO PAULO SCHNEIDER DA SILVA Foi um bom resultado
ADEQUAÇÕES - O pecuarista Antonino Souza Dorneles, da Cabanha Olhos d’Água, de Alegrete (RS), saiu na frente e comprou as primeiras doses do leilão. Ele escolheu o touro Spartacus, da Progen. No final do trabalho, o leilão faturou cerca de R$ 27 mil. “Foi um bom resultado”, comemorou o diretor comercial da GAP Genética, de Uruguaiana (RS), João Paulo Schneider da Silva. Os recursos serão usados para cobrir os custos das adequações exigidas pelo Corpo de Bombeiros para autorizar o funcionamento da Casa do Brangus. “Tivemos de trocar a escada, que era de madeira, por uma de concreto, e instalamos novos corrimãos, extintores de incêndio e luzes de emergência”, enumerou o presidente da Associação Brasileira de Brangus (ABB), Raul Victor Torrent.
LEILAO EXPOINTER 2013 LOTE
CENTRAL
TOURO
Nº DOSES
COMPRADOR
1
ABS
ADVANTAGE
P 20
CAB.POSTO
2
ABS
DISTINCTION
P 20
JUQUIRY
3
ABS
MINISTER
V 30
CAB. SÃO BIBIANO
4
ABS
PINHÃO
V 30
FAZ. SERENO (GAP)
5
CORT
GAP NINJA
P 25
FAZ. SERENO (GAP)
6
CORT
TORNADO
P 25
LUCIANO ZAMBONI
7
CORT
GAP TRUCO
V 25
EST.SÃO RAFAEL
8
CORT
BAGUAL
V 25
BRANGUS BRASIL
9
CRV (LAGOA)
IGAPÓ
P 25
SIGMA BRANGUS
10
CRV
IGAPÓ
P 25
BRANGUS BRASIL
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CRV
HOOLIGAN
P 25
CAB. SANTA INÊS
12
CRV
RED BULL
V 15
CAB.BT JUNCO
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PROGEN
GUARANI
P 25
EST. SÃO ROBERTO
14
PROGEN
SPARTACUS
P 25
CAB.OLHOS D’AGUA
15
PROGEN
CAP. NASCIMENTO
V 25
GAP GENÉTICA
16
PROGEN
DAKOTA
V 25
EST.SÃO RAFAEL
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SELECT SIRES
HOMERUN
V 25
JMT AGROPECUÁRIA
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SOLUÇÃO GENÉTICA
LOTUS
P 15
CAB. BT JUNCO
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CRV
RED BULL
V 10
COND.RURAL WEILER
20
SOLUÇÃO
LOTUS
P 10
ANGELA L. DA SILVA (GAP)
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ALTA
DON CIRIACO
V 25
EST. SÃO ROBERTO
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Antonino Dorneles recebe distinção na Expointer O pecuarista Antonino de Souza Dorneles, da Estância Olhos d’Água, de Alegrete (RS), foi homenageado pela Associação Brasileira de Brangus (ABB), durante a 36ª edição da Expointer, em Esteio. Ele ganhou uma placa no coquetel para a entrega de prêmios aos melhores criadores da raça Brangus, na Casa do Brangus, em 26 de agosto. O criador foi surpreendido com a distinção e ficou bastante emocionado. A cerimônia de premiação ocorreu na sede da ABB, localizada no boulevard do Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, e reunia mais de uma centena dos mais influentes produtores de bovinos. Acompanhado da família, Antonino escolheu uma mesa em dos cantos, mas os filhos insistiram para que ele ocupasse outra, bem no centro, em um lugar privilegiado. Atento, o pecuarista alegretense comprou as primeiras doses do leilão de 450 doses de sêmen de 18 de alguns dos melhores touros Brangus, e escolheu o reprodutor Spartacus, da Progen. O remate, condu-
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zido pelo leiloeiro Pedro Sanchotene Martins Bastos, da Telllechea e Bastos, de Uruguaiana, durou pouco mais de uma hora e arrecadou R$ 25 mil para a associação de criadores. No final da entrega de prêmios, o presidente da ABB, Raul Victor Torrent, pediu a palavra para fazer a já tradicional homenagem a um dos criadores da “raça sem fronteiras” e surpreendeu o proprietário da Estância Olhos d’Água, um dos mais renomados criatórios de bovinos Brangus do país. “O Raul começou a falar e elogiou uma pessoa que sempre se doou pela raça e disse que o reconhecimento teria que ser feito em vida. Eu até olhei em volta para ver quem poderia ser, já que me considero um criador normal”, disse Antonino. “Fui pego de surpresa e o pior foi que meus filhos sabiam da homenagem e não me falaram nada”, se diverte o pecuarista, que seleciona a raça Brangus desde a década de 1970. “Fiquei muito emocionado com o belo troféu e as palavras carinhosas”, completou.
ANTONINO DE SOUZA DORNELES Fiquei muito emocionado com a bela placa e as palavras carinhosas
A Expointer 2013 em números Considerada a maior exposição agropecuária da América Latina e uma das mais importantes do mundo, a Expointer foi realizada de 24 de agosto a 1º de setembro no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, uma área de 134,09 hectares localizada no município de Esteio. Neste ano, participaram da feira 5.622 animais de galpão, representando 183 raças. Houve uma redução de 10% em relação a 2012, quando foram contabilizados 6,2 mil animais. Considerando os rústicos, o número passou para 7,9 mil animais. Cerca de 3 mil expositores prestigiaram o evento com seus produtos. Foram apresentados mais de 390 eventos, entre palestras e seminários. Durante os nove dias da feira, o local foi visitado por 384.527 visitantes.
O comércio de animais aumentou 16,5% em relação à edição anterior da feira, chegando aos R$ 16,063 milhões. A área da agricultura familiar comercializou R$ 1,505 milhão, com um aumento de 18,55% na comparação com o ano passado. O setor de artesanato foi o único que caiu 2,49% em relação a 2012, com um faturamento de R$ 980 mil. Mesmo com o alagamento do setor de máquinas e implementos agrícolas, que prejudicou os negócios, as vendas do segmento puxaram, mais uma vez, os negócios, totalizando R$ 3,274 bilhões, 62% superiores às do ano passado. No total, a feira teve um faturamento de R$ 3,29 bilhões, conforme números do governo estadual. As vendas cresceram 61,69 % em relação à 35ª edição.
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Institucional
Brangus estreia na Vitrine da Carne Especialista em cortes e chefe de cozinha prepararam deliciosos pratos à base de carne Brangus durante a 36ª Expointer
A
raça Bra ngus pa r t ic ipou pela pr imeira vez da Vitr i ne da Ca r ne Gaúcha dura nte a últ ima ed ição da Expoi nter, real izada de 24 de agosto a 1º de setembro, no Pa rque Estadual de Exposições A ssi s Bra sil, em Esteio (R S). Neste a no, a programação da ma ior fei ra de agronegóc io da A mér ica L at i na inclu iu
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dua s demonstrações de f rac iona mento e elaboração de receita s com a ca r ne de a n ima is da cha mada “raça sem f ronteira s”. A atividade ocorreu nos dias 28 e 29 de agosto, no Pavilhão Internacional, junto ao Estande do Programa Juntos Para Competir, uma parceria de entidades ligadas ao campo – Federação da Agricultura do Estado do Rio
Grande do Sul (Farsul) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS) e à cidade – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/RS) e as associações de raça. As sessões de desossa foram realizadas às 10h e às 16h30min. No segundo dia, a atividade foi prestigiada pelo presidente da Farsul, Carlos Rivacci Sperotto
e pelo presidente da Associação Brasileira de Brangus (ABB), Raul Victor Torrent. A ação foi comandada pelo consultor em cortes e manipulação de carnes Marcelo Conceição, o Bolinha, do Açougue do Bola, de Porto Alegre (RS), e pela chefe de cozinha Fernanda Moreira. Os dois foram auxiliados pelo zootecnista e técnico da Associação
Institucional Brasileira de Brangus (ABB) Gil Tozatti Fernandes, que falou sobre a origem e as características da raça Brangus. “A raça Brangus é uma raça que existe há 30 anos no Brasil é criada em todo o Brasil e países como Argentina, Uruguai, Paraguai e Austrália”, salientou o especialista. “A carne é de altíssima qualidade e se destaca pelo sabor e maciez”, acrescentou Fernandes. Instalados em uma área envidraçada e refrigerada – onde a temperatura máxima é de 15 graus para garantir a qualidade da carne – cercada por arquibancadas, Bolinha e a chefe Fernanda magnetizavam a plateia, formada quase que exclusivamente por produtores rurais. Com o auxílio de uma afiada faca e do inseparável microfone, Bolinha cortou meia carcaça de um bovino Brangus. O animal, produzido a campo em Santana do Livramento (RS), tinha menos de 18 meses e pesava 125 quilos ao ser abatido, no Frigorífico Silva, em Santa Maria (RS). A qualidade inigualável da carne Brangus agradou Bolinha. Em meia hora de apresentação, ele desossou um dianteiro e surpreendeu as pessoas ao mostrar novos cortes para serem preparados na panela, grelha ou espeto. “Se o boi é de primeira não existe carne de segunda, mas a carne Brangus é um show de qualidade”, destacou o especialista, mostrando que mesmo cortes menos nobres como o acém (ou agulha) são tão saborosos em um espeto como a picanha, maminha, alcatra ou costela. “Em São Paulo, o acém alcança preços exorbitantes, semelhantes ao da picanha”, revelou Bolinha, que trabalha no ramo de carnes há 27 anos. Degustação - Na sequência, a chefe Fernanda recolhia os cortes e preparava os pratos com as carnes desossadas em uma chapa bem quente. Tudo ao vivo. O ob-
Degustação de carne Brangus na Feicorte
jetivo era confeccionar receitas rápidas e fáceis e que podem estar presentes no dia-a-dia da população e diversificar pratos com as carnes bovina, ovina e suína. Em questão de poucos minutos, a plateia pôde degustar pequenos cubos de acém com pene ao molho vermelho ou iscas temperadas com coentro. Sentado bem na frente da arquibancada e atento à demonstração, o criador de gado da raça Jersey e presidente do Sindicato Rural de Pelotas (RS), Fernando Müller, aprovou as receitas preparadas com a carne Brangus. “Ficou realmente uma delícia, muito boa”, elogiou o pecuarista, enquanto aguardava a saída de Bolinha. “Sou um fã e quero que ele vá se apresentar lá na Zona Sul do Estado”, afirmou o dirigente. Luiz Alberto Pitta Pinheiro, consultor da Farsul e coordenador da Vitrine Gaúcha, ressaltou que o objetivo da mostra – desde 2009 na Expointer – é expor o trabalho de certificação das marcas. “Essas certificações são critérios que estabelecemos para o abate. Aqui na vitrine, o limite de peso de um bovino deve ser até 240 quilos”, explicou Pinheiro. Em 2012, seis mil pessoas circularam na Vitrine Gaúcha, de acordo com a organização. Neste ano, 16 ovinos, oito bovinos e quatro suínos foram expostos no local. O projeto tem o apoio das associações de raças, que a cada dia serão responsáveis pelo produto trabalhado, fazendo a apresentação da raça e/ou espécie e seus atributos. Participaram da ação as raças Angus, Braford, Brangus, Devon e Hereford, os programas de produção de bovinos, Aproccima e Apropampa, Cooperbúfalo, ovinos, por meio da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), e suínos, por meio da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs).
Um dos destaques da 19ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne (Feicorte), que ocorreu no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, (SP) de 17 a 21 de junho, foi o Espaço da Carne, que envolveu, entre outras atividades, o Espaço Degustação, com degustação diária de carnes das raças Brangus, Nelore CV, Braford e Hereford e Simental (bovinas) e Dorper (ovina).
Além disso, a Nutron promoveu uma degustação de carne Brangus para os clientes. O evento, que foi realizado no dia 19 de junho, no estande da empresa, reuniu cerca de 200 pessoas. “A degustação foi um enorme sucesso, todos gostaram muito e queriam saber onde poderiam encontrar a carne Brangus”, lembra o diretor da Igen – Consultoria Agropecuária, Juan Pablo Sanchez, que coordenou a atividade.
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Brangus inspira personagem de revista infantil
Editora Centaurus lançou em abril o gibi “A Granja Kids – Turma do Dadico”, na qual o touro Branguito é um dos destaques da trama
A
raça Brangus chegou às páginas das revistas em quadrinhos. Em abril, a Editora Centaurus, de Porto Alegre (RS), lançou a revista “A Granja Kids – Turma do Dadico”, que vem encartada na “A Granja”, a revista comercial mais antiga do Brasil. Na publicação voltada para os baixinhos, Dadico e os amiguinhos Huguinho, Belinha, Sasaki, Reinaldo, Andefino, Tio Gusta, Seu Martins, Itu (cãozinho) e Branguito (touro), Naná e Douradilha (égua) vivenciam histórias cotidianas da agricultura e mostram – de maneira lúdica – o que o agronegócio brasileiro oferece ao mundo de melhor: a produção sustentável de alimentos por meio de técnicas de ponta, usufruindo insumos, máquinas e equipamentos com altíssima tecnologia embarcada. O Branguito é um reprodutor da raça Brangus que foi para a fazenda para melhorar a qualidade da carne e do rebanho. Ele é o touro de estimação de Huguinho, o irmão mais novo de Dadico, que está sempre aprontando as maiores travessuras na propriedade, situada no interior do Brasil. Além de historinhas vivenciadas no meio agrícola, “A Granja Kids – Turma do Dadico” também terá espaços de passatempos, como o “colhe-palavras”, uma derivação do caça-palavras, ache os 7 erros e figuras para colorir. Todas em um contexto de agricultura e agronegócio. Mas sempre com o princípio de expor a agricultura brasileira moderna, a que dá suporte ao superávit da balança comercial, a que exporta alimento para o mundo. “As histórias se passam em uma fazenda no interior do país, mas a propriedade conta com um engenheiro agrônomo, colheitadeira e
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trator modernos e os personagens não são caipiras”, destaca o diretor-executivo da Edtora Centaurus, Eduardo Hoffmann. A revista “A Granja” foi pioneira ao lançar a “A Granja Kids – Turma do Dadico”. Hoffmann afirma que este perfil de publicação já circula há algum tempo no meio agrícola, mas sempre como iniciativa de empresas de máquinas e equipamentos, que buscam fidelizar clientes desde muito cedo com revistas, miniaturas de produtos, brindes, roupas personalizadas e assim por diante. Mas nenhuma outra publicação jornalística agrícola mantém uma versão kids, ressalta o diretor. Além da Associação Brasileira de Brangus (ABB), a revistinha também tem o patrocínio da John Deere, Jacto, Andef, Pioneer, Semeato e Kepler Weber. “A Associação Brasileira de Brangus teve a visão de perceber este público infanto-juvenil e é parceira do projeto”, completa.
EDUARDO HOFFMANN A Associação Brasileira de Brangus teve a visão de perceber este público infanto-juvenil e é parceira do projeto
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Brangus mostrou seu potencial em Palermo Raça sem fronteiras foi um dos destaques da 127ª Exposição de Gado, Agricultura e Indústria Internacional
C
om o ingresso de 113 reprodutores de 37 expositores provenientes de seis províncias argentinas (Córdoba, Buenos Aires, Corrientes, Formosa, Entre Ríos e Santa Fé) a raça Brangus ratificou sua qualidade nas pistas de Palermo, durante a 127ª Exposição de Gado, Agricultura e Indústria Internacional de Palermo, em Buenos Aires. O evento foi realizado de 18 a 30 de julho. O presidente da Associação Brasileira de Brangus (ABB), Raul Victor Torrent, esteve presente na feira, que é considerada a maior
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exposição rural da Argentina, com expressiva mostra de gado, soluções para agricultura e pecuária e máquinas e implementos agrícolas. Este ano, a exposição contou com mais de 4,5 mil animais inscritos, de mais de 400 expositores, palestras e estandes das províncias da Argentina: Chaco, Córdoba, Salta, San Juan, Santiago del Estero, Tucumán e Rio Negro. O evento, que bateu o recorde de visitantes, com mais de 800 mil pessoas, ocorreu em La Rural, o principal centro de eventos do país vizinho e do Cone Sul. Em 2012, a mostra gerou negócios
de quase 5 milhões de pesos com a venda de animais, e perto de 20 milhões de dólares com a comercialização de máquinas e implementos agrícolas. O local, com mais de 135 anos de história, possui pavilhões, salas de convenções e um auditório principal, totalmente equipados com tecnologias de primeiro nível, em uma extensão de 45 mil metros quadrados cobertos. Além disso, conta com mais de 10 mil metros quadrados descobertos, espaços verdes e estacionamento subterrâneo com capacidade para 1 mil veículos.
julgamento No dia 23 de julho, a pista central de La Rural presenciou o julgamento de 62 fêmeas e 43 machos, que foram julgados pelo Dr. Diego Grané, em um dia de intenso frio, mas com as tribunas totalmente tomadas pelo público. Entre as fêmeas, o jurado decidiu que a Grande Campeã de Palermo 2013 foi a Box 746, RP 9654, apelidada de “Elena”, que foi escolhida Campeã na difícil categoría Vaquilhona Média. A fêmea, que é filha de Lonquimay, possui dois dentes e 660 quilos. Ela nasceu em 10/9/2011 e pertence à Corral de Guardia de Bellamar Estâncias S.A.. A Reservada Grande Campeã, Box 738, RP 1263, saiu da mesma categoria da Grande Campeã. A fêmea, dente de leite, é filha de Relevante. Ela possui 615 quilos, está prenha e nasceu em 2/10/2011. O animal pertence à cabanha Quilpo Norte de Quilpo Norte SRL. A Terceira Melhor Fêmea da exposição foi a Campeã Vaca, RP 270 do Box 784, uma filha de Apipo, de quatro dentes, 755 quilos, com cria ao pé e prenha. O exemplar é propriedade de Don Pedro de Raúl F. Gallo.
O julgamento dos machos foi realizado à tarde. Diante da expectativa do público, o jurado decidiu que o Grande Campeão foi “Cafrune”, o Box 646, RP 2353, Campeão Dois Anos Maior, um expressivo e correto Dois Anos Maior de pelagem preta, de Quilpo Norte. O animal nasceu em 28/8/2011, possui dois dentes, pesa 887 quilos e apresenta 42,5 centímetros de circunferência escrotal. O reprodutor é filho de Mr. Classic. O título de Reservado Grande Campeão foi entregue ao Box 659, RP 149, apelidado de “Turbo”, de Río Bermejo de Shonko S.A., um excelente exemplar Campeão Sênior Menor, filho de Máximo, com 893 quilos, quatro dentes e 44,5 centímetros de circunferência escrotal, nascido em 26/3/2011. O Terceiro Melhor Macho foi o Box 655, RP 1256, de Rancho Grande de Fideicomiso Agropecuário Peyrano, apelidado de “Francesco I”, um filho de New Brightside, de 795 quilos, dente de leite e 43,5 centímetros de circunferência escrotal, que foi Reservado Campeão da categoria Dois Anos Maior.
Foto: Alexandre Teixeira
Tradição na pecuária há mais de um século
CORINGA - Grande Campeão Expointer 2013 www.estanciasaorafael.com.br • contato@estanciasaorafael.com.br • +55 51 9919 3654 Propriedade: Nelson e Beatriz Mariano da Rocha • São Borja/RS
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brangus show Quando ainda não havia encerrado a repercussão sobre a homogeneidade e qualidade apresentada na pista de julgamento, no dia seguinte chegou o momento das vendas, verdadeira prova de fogo para qualquer raça e evento. No dia 24 de julho, um número surpreendente de pessoas lotou o pavilhão vermelho do prédio de Palermo. A estimativa dos organizadores da feira é de que mais de 650 pessoas assistiram ao já famoso “Brangus Show”. O presidente da Associação Argentina de Brangus (AAB), Santiago Gilotaux, deu as boas vindas ao público, a qual convocou para seguir trabalhando em prol da pecuária do futuro e agradeceu a presença do dono da casa, o presidente da Sociedade Rural Argentina, Luis Miguel Etchevehere, dos criadores, autoridades, e a todos os presentes. Após a convocação feita pelo Dr. Martín
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García Fernández, vice-presidente da AAB para a ratificação da união com as associações latino-americanas de Brangus, convidou para o próximo Congresso Mundial de Brangus, que será realizado no México, em 2014. As sempre aguardadas palavras do primeiro presidente da AAB, Carlos Dowdall, cheias de lembranças e anedotas, recordaram os passos seguidos pelos pioneiros desde o ano de 1978 até o 35º aniversário de fundação da associação. Seu discurso serviu de introdução para uma justa homenagem a um reconhecido geneticista, Fernando Lagos, cujos trabalhos técnicos foram a semente para o crescimento da AAB. Os ex-presidentes da entidade, que participaram da solenidade, entregaram um “tourinho Brangus” a Lagos como reconhecimento por seu trabalho pelo Brangus. O Grande Campeão Macho de Quil-
po Norte, “Cafrune”, foi o primeiro dos 12 machos que foram vendidos no leilão “Brangus Show” a ingressar a ingressar na pista. O reprodutor foi arrematado pela CIAVT- Viradolce, do Paraguai. O preço máximo do remate foi alcançado pelo Terceiro Melhor Touro, “Francesco I” de Rancho Grande. A Semex foi quem comprou o animal. Entre as fêmeas, a Grande Campeã, “Elena”, alcançou o preço máximo. A Cabanha Shonko S.A. foi quem arrematou a fêmea. O comentário geral nas despedidas e rodas de conversa na Exposição Agropecuária de Palermo teve como tema predominante a evolução da raça Brangus em seus primeiros 35 anos, constituindo um sucesso para aqueles fundadores que olharam para a frente e enxergaram longe, possibilitando que os branguistas argentinos sigam “Criando Futuro”.
A Grande Campeã de Palermo 2013 foi a Box 746, RP 9654. A fêmea, de 660 quilos, O Grande Campeão foi “Cafrune”, Box 646, RP 2353, Campeão Dois Anos Maior, um pertence Corral de Guardia de Bellamar Estâncias S.A. (Córdoba) expressivo e correto Dois Anos Maior de pelagem preta, de Quilpo Norte (Córdoba)
fêmeas
machos
Grande Campeã Box 746, RP 9654, de Corral de Guardia de Bellamar Estâncias S.A. (Córdoba)
Grande Campeão Box 646, RP 2353, de Quilpo Norte (Córdoba)
Reservada Grande Campeã Box 738, RP 1263, de Quilpo Norte de Quilpo Norte SRL (Córdoba) Terceira Melhor Fêmea RP 270 do Box 784, de de Don Pedro de Raúl F. Gallo (Santa Fé) Campeã Terneira Menor: Box 681, RP10490, Corralera Lonquimay Agost. T/E, de Corral de Guardia de Bellamar Estancias S.A. (Córdoba)
Reservado Grande Campeão Box 659, RP 149, de Río Bermejo de Shonko S.A. (Formosa) Terceiro Melhor Macho Box 655, RP 1256, de Rancho Grande de Fideicomiso Agropecuário Peyrano (Córdoba) Campeaço Terneiro Menor Box 601, RP16, Rosea 16 Fundador T/E, de Rosea SRL (Buenos Aires)
Campeão Terneiro Maior Box 626, RP 522, L‘Avenir 522 Sundance, de El Porvenir de Campeã Terneira Mayor: Box 713, RP 1514, Rancho 1514 T/E, de Rancho Grande de fideicomiso Agropecuario Peyrano. Walter E. Orodá (Córdoba) (Córdoba) Campeão Junior Campeã Vaquilhona Menor: Box 724, RP 67, Gall 67 Fiama Box 631, RP 10281, Corralero 10281 Tsunami Paula T/E, de Corral de Guardia de Bellamar Estancias S.A. (Córdoba) Cerezo T/E de Don Pedro, de Raúl F. Gallo (Santa Fé) Campeã Vaquilhona Média: Box 746, RP 9654, Corralera 9654 Lonquimay Candelaria, de Corral de Guardia, de Bellamar Estancias S.A. (Córdoba)
Campeão Dois Anos Menor Box 636, RP442, Morris Gladiador 442 Sanador T/E, de La Sultana de La Sultana S.A. (Córdoba)
Campeã Vaquilhona Maior: Box 768, RP 1245, Quilpo 1245 Charly T/E, de Quilpo Norte de Quilpo Norte SRL (Córdoba)
Campeão Dois Anos Maior Box 646, RP 2353, Quilpo 2353 Mr. Classic T/E, de Quilpo Norte de Quilpo Norte SRL (Córdoba)
Campeã Vaca Menor: Box 777, RP 1203, Rancho 1203 T/E, de Rancho Grande de Fideicomiso Agropecuário Peyrano (Córdoba) Campeã Vaca Box 784, RP 270, Gall Rosalía Classic, de Raúl F. Gallo (Santa Fé) Campeã Vaca Maior Box 793, RP L1880, Orígenes Gladiador L1880, de Los Orígenes de Agrodec S.A. (Corrientes)
Campeão Sênior Menor Box 659, RP 149, Bermejo 149 Max-Gim T/E de Río Bermejo de Shonko S.A. (Formosa) Campeão Sênior Box 663, RP 8194, Rancho 8194 Caburé T/E de Rancho Grande, de Fideicomiso Agropecuário Peyrano (Córdoba)
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Primavera de recordes para a Brangus Temporada de remates no Rio Grande do Sul iniciou com preços acima da média e anima os criadores da “raça sem fronteiras”
O
s primeiros remates do Brangus durante a temporada de primavera no Rio Grande do Sul estão surpreendendo os criadores, que apostavam na manutenção dos valores dos reprodutores e ventres. Os recordes obtidos pelos leilões da GAP Genética, de Uruguaiana (RS), JMT Agropecuária, de São Gabriel (RS), e Selo Racial Produção, promovido pela Cabanha da Corticeira, de São Borja (RS), a Estância Olhos D’
Água, de Alegrete (RS), Cia. Azul Agropecuária e a Cabanha Rincon del Sarandy, ambas de Uruguaiana, porém, confirmam a expectativa dos leiloeiros, que garantiam que o mercado gaúcho estava aquecido e estimavam uma valorização de até 20% sobre os preços praticados no ano passado. O Brangus, a raça sintética que mais cresce no Brasil e é considerada a melhor escolha para quem busca produzir carne de qualidade
no país, terá uma vasta agenda de oferta de touros e ventres oriundos de consagradas e tradicionais seleções, além dos leilões que fazem parte das exposições. O circuito começou no dia 24 de setembro, com o remate da Cabanha São Xavier, de Tupanciretã (RS), e encerrará em 1º de novembro, com o 53º Remate Anual da Cabanha São Bibiano, em Uruguaiana (RS), na Fronteira Oeste do Estado.
Touro Tatuagem G1669, da raça Red Brangus, saiu por R$ 112,5 mil no leilão da GAP, um recorde na atual temporada de primavera
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Institucional
Cabanha São Xavier Neste ano, a primavera gaúcha foi aberta pela Cabanha São Xavier, de Tupanciretã; O leilão ocorreu no dia 24 de setembro, no Parque de Exposições da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Foram ofertados 120 animais, sendo 23 reprodutores da raça Brangus. Os 18 touros Brangus saíram por uma média de R$ 5,1 mil. Ainda foram comercializados 49 touros e 30 fêmeas Angus. A expectativa do proprietário da São Xavier, Caio Vianna, era repetir os valores do ano passado, quando o leilão da cabanha do Planalto Médio do Estado registrou um faturamento de R$ 480 mil. O remate deste ano, no entanto, superou
as projeções, com um faturamento de R$ 507,800,00. “Estávamos de ‘sangue doce’ até por ser o primeiro leilão e não tínhamos nenhum parâmetro, mas tanto as médias como o faturamento ficaram acima das do ano passado e são um bom indicativo para a temporada de primavera”, comemorou o diretor técnico da cabanha, Camilo Vianna. Além de Brangus, a São Xavier também se dedica à criação de bovinos das raças Angus e Limousin, cavalos da raça Crioula e ovinos Ile de France. A propriedade desenvolve pecuária em integração com cultivos de soja, milho, trigo, aveia e azevém.
CAMILO VIANNA Estávamos de ‘sangue doce’ até por ser o primeiro leilão e não tínhamos nenhum parâmetro, mas tanto as médias como o faturamento ficaram acima das do ano passado e são um bom indicativo para a temporada de primavera
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Cabanha Umbu A Cabanha Umbu, de Uruguaiana (RS), na Fronteira Oeste do Estado, promoveu seu tradicional remate no dia 26 de setembro. O pregão, que ocorreu na sede da propriedade, a partir das 14h, ofertou 363 animais, entre machos e fêmeas das raças Angus e Brangus. Da raça sem fronteiras entraram em pista 40 touros e 170 ventres. A raça Angus teve uma representação menor, 60 touros e 70 ventres. As vendas somaram R$ 929,47 mil, com média de R$ 5,96 mil para os machos e R$ 2,42 mil para as fêmeas. O lote mais valorizado foi de um reprodutor, que saiu pro R$ 9,75 mil. “Consideramos o resultado muito positivo. É natural uma certa retração no início da temporada”, avaliou o proprietário da cabanha, Ângelo Bastos Tellechea. O valor da venda do primeiro lote foi dado à Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Em 2012, o remate da Umbu teve um fa-
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turamento de aproximadamente R$ 600 mil, conforme o criador. Neste ano, a Cabanha Umbu antecipou a data de seu remate, que tradicionalmente era realizado na primeira quinzena de outubro. Em 2012, foi dia 18. Agora, resolveu antecipar para setembro. “Noto a preferência dos clientes por receber os touros antes. Assim, há mais tempo de aclimatação nas propriedades”, salienta Tellechea, referindo-se ao tempo que os reprodutores têm para se adaptar à nova morada até o início da temporada de acasalamento. Outro motivo elencado pelo pecuarista uruguaianense para adiantar a data do remate é o transporte dos animais. “Inserido no meio dos outros leilões fica mais complicado, porque todos querem os mesmos caminhões ao mesmo tempo”, explica Tellechea. A cabanha possui clientes nos Estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul,
conforme o branguista. Os criatórios da Cabanha Umbu estão basicamente voltados à produção de reprodutores bovinos, fêmeas e machos, das raças Aberdeen Angus e Brangus, ambas direcionadas para a variedade vermelha (Red). São completados com a criação de ovinos das raças Corriedale e Ideal e eventualmente seus cruzamentos com animais tipo carne.
Ângelo Bastos Tellechea Consideramos o resultado muito positivo. É natural uma certa retração no início da temporada
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Leilão Brangus JMT Com uma das maiores ofertas de Brangus do Brasil, o 13º leilão Brangus JMT, da JMT Agropecuária, foi realizado no dia 25 de setembro, no Parque de Exposições da UFSM. A tradicional cabanha de São Gabriel (RS) levou à pista do Centro de Eventos da UFSM 120 touros e 100 matrizes Brangus. “O remate teve pista limpa, foi um sucesso”, comemorou o administrador da JMT, o médico veterinário Carlos Waihrich Filho. A média geral ficou em R$ 7.230,00 para os machos e R$ 2.460,00 para as fêmeas. O anima mais valorizado foi o touro JMT 8031, comercializado por R$ 13,5 mil. O faturamento do leilão foi de R$ 1,1 milhão. A expectativa com o pregão era muito boa, em função da boa valorização dos terneiros no mercado de reposição e, principalmente, os cruza Brangus, conforme Carlos Waihrich. “Estávamos otimistas, porque o mercado de bezerro cruza industrial no Centro-Oeste está
bem aquecido”, declarou. Em 2012, o pregão da JMT teve um faturamento de R$ 560 mil, com a comercialização de 142 animais da seleção de Jose Moacir Teixeira. Produtores da raça de diversos Estados acompanharam o remate, já que a JMT Agropecuária, com sede em São Gabriel (RS), é considerada uma das principais criadoras de Brangus do país, desenvolvendo seu programa genético há 25 anos. “Produtores de seis Estados participaram de nosso remate”, observa Waihrich, acrescentando que, além do Rio Grande do Sul, a propriedade possui clientes no Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Pará. Este ano, animais da propriedade conquistaram títulos de expressão nos dois principais julgamentos da raça. Em abril, JMT Netto 9011Y9 TE foi o principal destaque da cabanha na 12ª Exposição Nacional da Raça Brangus, durante
a ExpoLondrina, em Londrina (PR), recebendo os títulos de Campeão Junior e Grande Campeão Nacional. Já na 36ª Expointer, em Esteio, JMT 8114 levou os títulos de Reservada de Campeã Novilha Maior e 3ª Melhor Fêmea da maior exposição agropecuária da América Latina. O sucesso obtido nas Exposições pode ser explicado pelo trabalho de seleção realizado na cabanha e também pelo investimento em genética por meio da parceria com a Cow Creek Ranch, tradicional produtora de Brangus nos Estados Unidos. Exemplo disto é JMT Netto 9011Y9 TE, que foi Grande Campeão Nacional 2013 e é oriundo da primeira importação desta genética. “Possuímos uma genética inédita no Brasil, extremamente eficiente para a produção de reprodutores rústicos. Nossos touros são muito procurados para a cruza, o que traz uma expectativa positiva para o leilão”, diz o administrador da JMT.
Carlos Waihrich filho O remate teve pista limpa, foi um sucesso. vendemos 120 touros e 100 matrizes brangus
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Selo Racial Produção A Cabanha da Corticeira, de São Borja/RS, a Estância Olhos D’ Água, de Alegrete/RS, a Cia. Azul Agropecuária e a Cabanha Rincon del Sarandy, ambas de Uruguaiana/RS, promoveram o remate Selo Racial Produção. A 10ª edição do leilão ocorreu no dia 27 de setembro, na sede da Cia Azul, em Quaraí (RS), na Fronteira Oeste do Estado. Foram ofertados 450 exemplares – 200 machos e 250 fêmeas – das raças Brangus, Angus, Hereford e Braford. O faturamento do leilão foi de R$ 2,34 milhões, alta de 19,38% em relação às vendas do ano passado. A média dos animais, entre machos e fêmeas, ficou em R$ 5,4 mil. “Esse aumento nas vendas representa um reconhecimento do mercado ao trabalho desenvolvido pela marca nos últimos dez anos”, disse Reynaldo Titoff Salvador, da Cia. Azul. O leiloeiro Marcelo Silva, da Trajano Silva Remates, observou que o resultado do pregão ficou acima da
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projeção inicial. “O leilão superou nossas expectativas, principalmente nas fêmeas. Nos machos, ficou dentro do esperado. Tivemos o recorde nacional na venda de terneiras e ótimos preços em outras fêmeas”, destacou. Em 2012, o Selo Racial Produção faturou R$ 1,95 milhão, com a comercialização de 197 machos e 218 fêmeas das raças Brangus, Angus, Braford e Hereford. A média geral foi de R$ 4,7 mil por animal. A média do Brangus foi a maior entre as quatro raças bovinas e fechou em R$ 5,3 mil. Neste ano, entre 25% e 30% das vendas do leilão foram para compradores dos Estados de São Paulo e Paraná, que vêm ao Rio Grande do Sul em busca de genética de qualidade. Em 2012, o Selo Racial Produção atraiu compradores de oito Estados – Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia, Minas Gerais e Pará.
Reynaldo Titoff Salvador Esse aumento nas vendas representa um reconhecimento do mercado ao trabalho desenvolvido pela marca nos últimos dez anos
GAP Genética O tradicional leilão da GAP Genética foi realizado no dia 29 de setembro, na Estância São Pedro, em Uruguaiana, com a oferta de 600 animais, incluindo bovinos das raças Brangus, Angus, Hereford e Braford, além de cavalos Crioulos. A maior oferta foi da “raça sem fronteiras”, com 240 exemplares, sendo 130 machos e 110 fêmeas. O remate faturou mais de R$ 4,04 milhões, com a venda de 552 bovinos. A média ficou em R$ 7,3 mil, acima da previsão inicial dos organizadores. “Essa é a prova de que o trabalho pelo melhoramento genético traz resultado. Nossos animais são disputados por compradores de todo o país”, ressaltou o diretor comercial da GAP, João Paulo Schneider da Silva, o Kaju. “A qualidade e a apresentação dos animais fez com que média ficasse acima do esperado”, completou o diretor da Tra-
jano Silva Remates, Marcelo Silva. Entre os machos, o lote de maior valor foi o animal da raça Red Brangus do lote 52, Tatuagem G1669, que saiu por R$ 112,5 mil, um recorde na atual temporada de primavera. Com quase três anos de idade e batizado de Russo, o reprodutor foi comprado pela Agropecuária Casagrande, de Lavras do Sul (RS). A mesma cabanha arrematou o lote de maior valor entre as fêmeas – lote 30, da raça Red Brangus, tatuagens H006, H762 e H782 –, que foi comercializado por R$ 63 mil. Empresário do ramo de transporte de veículos em Gravataí (RS), há cerca de seis meses Jeferson Casagrande passou a investir em genética bovina. “Resolvemos diminuir o volume de gado geral e aumentar a qualidade dos animais por ser mais rentável para o futuro”, salientou o agropecuarista, sócio de Alceu Scheifer.
Com grande rusticidade e capacidade de se adaptar em ambientes com temperaturas mais altas, o touro Red Brangus despertou interesse de pelo menos quatro centrais de inseminação localizadas no Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo. “A difusão da genética de touros faz com que raças bovinas tenham maior valorização no mercado brasileiro”, frisou o diretor da Trajano Silva. O grande número de consultas era o prenúncio de grandes negócios, segundo Kaju. “O pessoal está buscando animais de geração avançada e com dados de desempenho. E o Brangus voltou a ocupar o lugar de destaque de alguns anos há trás e hoje os reprodutores da raça são os mais procurados pelos criadores, atrás apenas dos da raça Nelore”, completa. Para Marcelo Silva, que conduziu parte do leilão - em outra parte o leiloeiro foi
Gonçalo Silva - comemorou os resultados obtidos no evento. “Foi um leilão incomparável, tivemos recordes sobre recordes. Foi a maior média de todos os tempos, tanto em machos quanto em fêmeas”, destacou. No final, o faturamento do leilão da GAP Genética chegou a R$ 5,2 milhões na venda de bovinos e equinos. Nos cavalos da raça Crioula, o faturamento chegou a R$ 1,16 milhão e média de R$ 24,9 mil. Em 2012, o remate teve um faturamento de R$ 3,06 milhões, com a comercialização de 475 animais – 308 touros e 167 fêmeas prenhes das raças Brangus, Angus, Hereford e Braford. A média geral ficou em R$ 6.370,00 por animal. Da raça Brangus foram ofertados 54 ventres e 120 touros avaliados pelo programa Natura. A média da raça foi de R$ 3,99 mil para as fêmeas e R$ 7,56 mil para os machos.
João Paulo Schneider da Silva Essa é a prova de que o trabalho pelo melhoramento genético traz resultado. Nossos animais são disputados por compradores de todo o país
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Novidade
5º Leilão Capanegra O bom momento dos touros da raça Brangus foi comprovado na quinta edição do leilão da Cabanha Capanegra, realizado no dia 8 de outubro, na pista da Associação Rural de Bagé, na Campanha gaúcha. O evento, que integrou a programação da 101ª Expofeira de Bagé, superou as expectativas dos organizadores e alcançou um faturamento de R$ 510,75 mil, com a venda de 123 animais das raças Angus e Brangus. A média geral foi de R$ 4,15 mil, com os machos fechando em R$ 7,37 mil e, as fêmeas, em R$ 2,54 mil. A procura foi tão grande que foi preciso continuar as vendas após o encerramento do evento, conforme o diretor da Trajano Silva Remates, Marcelo Silva. “Foi um leilão extraordinário, acima das expectativas. Para se ter uma idéia, nós tivemos que nos deslocar até a propriedade continuar a venda de touros de tanta gente interessada no material da
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Capanegra”, salientou o leiloeiro. A Capanegra ofertou 123 animais das raças Angus, Aberdeen Angus e Brangus. O destaque das médias ficou por conta dos touros Brangus, que terminaram em R$ 8,16 mil. As fêmeas da “raça sem fronteiras” saíram por uma média de R$ 2.172,22. Os touros Red Angus fecharam em R$ 7,61 mil de média e as fêmeas por R$ 2,62 mil. Já a média dos touros três anos da raça Aberdeen Angus ficou em torno de R$ 6,99 mil por animal, enquanto a das fêmeas em R$ 2,73 mil. A meta da Capanegra era superar o resultado do ano passado, conforme o médico veterinário da propriedade, José Francisco Moura. “Estávamos bem otimistas, porque recebemos várias consultas da nossa clientela e iríamos oferecer ventres e reprodutores de qualidade diferenciada”, declarou o profissional.
Em 2012, a Capanegra comercializou 39 touros e 110 fêmeas das raças Angus e Brangus. O faturamento fechou em R$ 459,1 mil, para a média geral de R$ 3.081,00. A Angus formou o maior grupo: 110 lotes vendidos por R$ 348 mil. Da raça Brangus saíram 39 lotes por R$ 111,1 mil. Foram negociadas 19 fêmeas pela média de R$ 1,9 mil e dez tourinhos a R$ 5,4 mil. A Capanegra, que realizou seu primeiro remate de produção em outubro de 2009, é uma empresa familiar que trabalha na produção de carne, lã e cereais e está situada nos municípios de Dom Pedrito, Santana do Livramento, Quaraí e Uruguaiana, na Fronteira Oeste do Estado. Além de bovinos Brangus, Angus e Aberdeen Angus, a propriedade desenvolve uma pecuária de ciclo completo com a raça Hereford, e também investe na criação de ovinos das raças Merino Australiano e Corriedale.
José Francisco Moura Estávamos bem otimistas, porque recebemos várias consultas da nossa clientela e iríamos oferecer ventres e reprodutores de qualidade diferenciada
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12º Leilão Touros da Fronteira O 12º Leilão Touros da Fronteira, do Grupo Touros da Fronteira, reuniu sete destacados criatórios da raça Brangus, no dia 18 de outubro, no Parque do Sindicato Rural de Santana do Livramento, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. O pregão, que ofertou 238 animais das raças Angus e Brangus, registrou um faturamento de R$ 1,02 milhão. A média dos reprodutores Brangus ficou em R$ 7,4 mil e, a das fêmeas, em R$ 2,5 mil. O destaque do leilão foi a venda de um touro integrante do Trio Grande Campeão Rústico da 75ª Expofeira de Santana do Livramento, da Cabanha Santa Inês, que foi vendido por
R$ 15 mil. “O resultado do remate foi muito bom, com um faturamento superior ao do ano passado”, destacou o branguista Grey de Souza Poli, proprietário da Cabanha Santa Inês, de Santana do Livramento. Em 2012, o leilão Touros da Fronteira ofertou 88 touros e 150 ventres das raças Angus e Brangus, com um faturamento de mais de R$ 800 mil. Foram comercializados 86 exemplares Brangus, sendo 36 touros, cotados ao preço médio de R$ 6.356,00 , e 50 fêmeas, vendidas a R$ 1.840,00. “De uns três anos para cá, a procura pelo Brangus teve um aumento significativo, pois os animais são muito usados para
cruza”, ressalta Poli. “Além do Brasil, a raça se adapta perfeitamente desde o Sul da Argentina ao Norte da América do Sul, com grandes criações em países como Paraguai, Venezuela e Uruguai”, acrescentou o titular da Santa Inês. Formado em 2001, o Touros da Fronteira nasceu da união de criadores das raças Angus e Brangus, com o objetivo em comum de buscar o aperfeiçoamento e qualidade genética de seus animais. O grupo é integrado pela AML Agropecuária, Cabanha Cantagalo, Cabanha Santa Inês, Cabanha Sigma Brangus, Cabanha Santa Rita/Diamante e Estância São Miguel do Sarandy, além da convidada Estância São Izabelino.
Grey de Souza Poli O resultado do remate foi muito bom, com um faturamento superior ao do ano passado
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ExpoLondrina
28º Remate Tellechea Associados e Convidados A 28ª edição do Remate Tellechea Associados e Convidados, que ocorreu no dia 20 de outubro, no Local Umbu, em Uruguaiana, registrou uma alta de 4,5% na média geral, que fechou em R$ 4.519, 27. Apesar da elevação, houve uma queda de 7,9% no faturamento, provocado pela redução de 36,3% na oferta de animais em relação ao leilão do ano passado. A receita do leilão ficou em R$ 1.477.800,00, para 327 bovinos e equinos. O pecuarista Sérgio Bastos Tellechea, da Cabanha do Posto, justificou que houve uma participação menos expressiva de um dos parceiros do leilão, a Cabanha BT Junco Agricultura e Pecuária, que geralmente oferece
de 250 a 30 0 exemplares, e nesta edição ofertou menos de 100. A expectativa, no entanto, era que o leilão arrecadasse em torno de R$ 1,6 milhão. “O pessoal ficou analisando os animais após o término do remate e acreditamos que ainda serão feitas muitas vendas”, disse o proprietário da Cabanha do Posto, que promoveu o remate junto com as cabanhas Brangus Juquiry, de Ricardo Bastos Tellechea, e BT Junco Agricultura e Pecuária, de Pedro Ribeiro Surreaux Tellechea. A Brangus Brasil, de Washington Umberto Cinel, participou como convidada. “Apesar do recuo nos preços, o remate manteve liquidez, com boa participação
de criadores de fora”, comemorou o titular da BT Junco, Pedro Ribeiro Surreaux Tellechea. O remate ofertou leilão de 96 fêmeas Angus e Red Angus, 98 fêmeas Brangus, 47 touros Red Angus, 38 touros Aberdeen Angus, 42 touros Brangus e seis equinos. A média geral dos bovinos foi de R$ 4.435,51, com destaque para os dois reprodutores 3/4 Brangus, que foram comercializados com média de R$ 8.250,00 cada um. A média dos touros ficou em R$ 8 mil, enquanto as fêmeas saíram por R$ 2,4 mil. O segundo maior preço do leilão chegou a R$ 14.250 para o touro Brangus tatuagem TE 5300,
PEDRO SURREAUX RIBEIRO TELLECHEA Apesar do recuo nos preços, o remate manteve liquidez, com boa participação de criadores de fora
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de Ricardo Bastos Tellechea. O animal foi adquirido pro Luiz Fernando Cezar Silva. “O leilão foi um sucesso e reuniu compradores dos Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e até do Maranhão”, comemorou o criador. No ano passado, o leilão registrou um faturamento de R$ 1,5 milhão, com a venda de 512 animais das raças Brangus e Angus, uma das maiores faturas do circuito de primavera de 2012. A Brangus comercializou 293 exemplares. As fêmeas somaram 234 ofertas, pela média de R$ 1.862. O preço médio dos touros ficou em R$ 7.894 por 59 lotes.
ExpoLondrina
Foto: Alexandre Teixeira
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Mercado
53º Remate Anual Cabanha São Bibiano Um dos últimos remates do circuito de primavera na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, o leilão da Cabanha São Bibiano, de Uruguaiana (RS), faturou R$ 1,29 milhão em sua 53ª edição, com a comercialização de 341 dos 373 animais levados à pista. O resultado superou em 17% o do ano passado, quando foram vendidos 363 exemplares, por R$ 1,07 milhão. Foram ofertados 60 touros Brangus e 80 Angus. Entre as fêmeas, a oferta foi de 100 ventres Brangus e outras 100 da raça Angus. Além dos ventres e touros, o catálogo de vendas do leilão,
que teve como convidados as cabanhas Santa Ângela, Rancho Agricultura e Estância Tapera, incluía 15 potrancas e dois reprodutores da raça Crioula. O resultado do tradicional leilão não chegou a empolgar o proprietário da São Bibiano, Antônio Martins Bastos Filho, que esperava médias maiores. “Mas considerando que vendemos quase 90% da oferta e que o nosso é um dos últimos leilões, já considero que valeu a pena”, disse o pecuarista. A média dos touros Brangus foi de R$ 6.143,18, enquanto a dos Red Brangus ficou em R$ 6.630,00. As fê-
meas Brangus saíram por R$ 2.166,67 e as Brangus “B”, por R$ 1,5 mil. As fêmeas Red Brangus tiveram uma média de R$ 2.169,23, enquanto os ventres Red Brangus “B” registaram média de R$ 2,1 mil. O criador Fábio Guedes, da fazenda Ipê, foi o maior comprador do leilão, que adquiriu 60 vacas Brangus por R$ 114 mil. Ele utilizará os animais para melhorar o rebanho em Alegrete (RS). Em 2012, foram colocados à venda 80 touros (35 PO e 45 PC) e 140 fêmeas Angus e Red Angus, além de 180 animais da raça Brangus, sendo
130 fêmeas e 50 touros, além de 15 cavalos Crioulos (12 fêmeas e três machos). O faturamento ficou em R$ 1,07 milhão, com uma média geral de R$ 3.019,00. Na raça Brangus, foram comercializadas 75 ventres, em um total de R$ 125,2 mil. A média foi de R$ 1.670,00. Os dez touros acabaram sendo arrematados por R$ R$ 51,9 mil, com uma média de R$ 5,1 mil. Ainda foram vendidas 32 fêmeas Red Brangus, por R$ 57,3 mil, com média de R$ 1.790,63. Os 21 touros Red Brangus saíram por R$ 133,5 mil, com média de R$ 6.357,14.
Antônio Martins Bastos filho A temporada de primavera começou com preços recordes e nós esperamos que essa liquidez se mantenha até novembro
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Mercado
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13º Leilão Brangus MS Ainda que realizado fora da temporada de primavera, o Leilão Brangus MS foi o primeiro indicativo de que o mercado para bovinos da raça Brangus estava aquecido. A 13ª edição do remate, que ocorreu no dia 5 de agosto, no Tatersal da Associação dos Criadores do Mato Grosso do Sul (Acrissul), localizado no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande (MS), teve 100% de liquidez, com média de R$ 3,3 mil para as fêmeas, e R$ 6.314,00 para os machos. O evento ofertou 12 matrizes e 65 reprodutores entre 24 e 36 meses. Ao todo, o leilão registrou mais de 20 compradores diferentes, o que agradou aos organizadores. “O resultado consolida o trabalho do Leilão Brangus MS e também a raça Brangus no Brasil Central”, afirmou o criador Luciano Zamboni, da Fazenda Tradição/Hábil Brangus – Pura Raça. “Estamos há 25 anos selecionando a raça Brangus e, graças aos resultados, nós não deixamos de acreditar e investir, a cada ano que passa, em melhoria genética, em oferecer os melhores reprodutores nascidos nas nossas propriedades”, observou Zamboni. O titular da Fazenda Tradição destacou que características do Brangus, como a rusticidade e a boa adaptação, contribuíram para o crescimento da raça no Brasil Central. “Os nossos animais têm aproximadamente 32% de sangue zebu, o que faz com que ele consiga sobreviver em qualquer adversidade
16º Leilão Brangus Presidente Prudente
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climática. E, além disso, eles levam a carga genética da raça Angus por trás disso, proporcionando uma melhoria na qualidade da carne, da precocidade sexual, o que faz com que os animais tenham um valor de mercado agregado muito bom”, destacou. Além dele, Eduardo Riedel, da Sapé Agropastoril, e Mauro Marcos Moraes, da Fazenda São Geraldo, também ofer-
taram reprodutores no evento. “O Brangus é uma raça que vem se destacando pela precocidade e produtividade. Hoje, os sistemas de produção estão cada vez mais demandando produtividade por hectare, exigindo eficiência não só reprodutiva, mas também e ganho de peso, de terminação cedo, e isso que a raça Brangus oferece”, salientou Ridel. O ex-presidente da Associação
O calendário da raça Brangus no segundo semestre ainda contou com a 16ª edição do Leilão Brangus Presidente Prudente, que foi realizada no dia 15 de setembro, no Recinto de Exposições Jacob Tosello, em Presidente Prudente (SP), durante a 50ª edição da ExpoPrudente. Promovido pela Prata Agropecuária, de Presidente Prudente (SP), e Agropecuária Anamélia, de Martinópolis (SP), o remate registrou um faturamento de R$ 681 mil, com a comercialização de 101 animais das duas raças. O preço médio dos touros Brangus fechou em R$ 6,8 mil, valor equivalente a 63 arrobas, segundo a cotação na praça de R$ 107 por arroba. Os reprodutores saíram para
o mercado com peso médio de 550 quilos e perímetro escrotal de 35 centímetros. No grupo da raça Brangus, também estavam matrizes prenhes cotadas à média de R$ 6,2 mil e uma com cria ao pé vendida por exatos R$ 7 mil.
Brasileira de Brangus (ABB), Marcos Meirelles, foi convidado especial do pregão. “Este leilão não precisa comentar muito, fechou com chave de ouro. Isso é resultado de muito trabalho. Participei das vendas e fiquei muito satisfeito. Tivemos aqui hoje uma amostra, um exemplo muito claro do que há de melhor na raça”, concluiu.
Com a palavra, os leiloeiros A pecuária gaúcha deve ter uma temporada aquecida com bons negócios nesta primavera. A avaliação é do diretor da Trajano Silva Remates, Marcelo Silva. Um dos motivos para o otimismo está na alta dos preços do boi gordo em relação ao ano passado, conforme Silva. Por isso, o leiloeiro acredita em uma elevação entre 5% e 10% no valor das ofertas dos animais nesta temporada sobre os valores médios do ano passado. “O preço do boi gordo está melhor em relação ao ano passado. O valor do terneiro também se mostra em alta. Mas o que indiscutivelmente deve determinar o sucesso nas pistas será a qualidade da oferta e a apresentação dos produtos”, declarou. A valorização seria puxada principalmente pelos reprodutores de maior qualidade, segundo ele. “Touros que foram vendidos por R$ 8 mil, R$ 9 mil ano passado, sairão por até R$ 12 mil. Mas outros vão sair por R$ 5 mil”, salientou Silva. Para as fêmeas, o diretor da Trajano Silva Remates prevê grande liquidez, mas estabilidade de preços, que não devem ter alta superior a 5%. “Este é um bom ano para quem está à procura de fêmeas, porque a oferta será grande”, acrescentou o também diretor Gonçalo Silva. Ainda mais otimista, o presidente do Sindicato dos Leiloeiros Rurais do Estado (Sindler), Jarbas Knorr, aposta que, ao final da temporada, os preços devem fechar entre 15% e 20% acima de 2012, quando a média dos touros nos leilões
MARCELO Silva Este é um bom ano para quem está à procura de fêmeas, porque a oferta será grande
ficou em R$ 6,67 mil. O principal ponto a influenciar os valores, afirma, será a redução da oferta de reprodutores, reflexo do avanço da agricultura sobre as áreas da pecuária. O filho de presidente do Sindler, Eduardo Knorr, vai ainda mais longe. “As médias se manterão em 20% acima do que era esperado, com valores entre R$ 7,5 mil e R$ 8 mil para os touros e R$ 2,5 mil para as fêmeas”, projetou. Fábio Crespo, da Crioulo Remates, de Porto Alegre, mostrou-se entusiasmado com o resultados dos primeiros leilões da temporada de primavera. “A raça Brangus está tendo um desempenho excelente, atraindo compradores do Brasil Central”, destacou o profissional. Ele aposta que as médias irão se manter até o término do circuito. “A média dos machos deve ficar em cerca de R$ 8 mil e a das fêmeas em R$ 2,5 mil”, estimou. O leiloeiro Pedro Sanchotene Martins Bastos, da Tellechea e Bastos, de Uruguaiana, acredita em valorização recorde dos bovinos Brangus, devido à grande procura de criadores das regiões Sudeste e Centro-Oeste por exemplares da raça composta. “A média do Brangus tem ficado acima de R$ 8 mil para os machos e cerca de R$ 2,5 mil para as fêmeas nos leilões da primavera gaúcha”, observou. “O mercado está aquecido e tem saído muito gado para os Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo”, completou Bastos, que fez sua estreia como leiloeiro durante a Expointer 2013, ofertando sêmen e embriões da raça Brangus.
fábio crespo A raça Brangus está tendo um desempenho excelente, atraindo compradores do Brasil Central
Calendário de remates de primavera 24/9 Cabanha São Xavier, em Santa Maria 25/9 13º Leilão Brangus JMT, em Santa Maria 26/9 Cabanha Umbu, em Uruguaiana 27/9 Selo Racial Produção, em Quaraí 29/9 GAP Genética, em Uruguaiana 8/10 Cabanha Capanegra, em Bagé 18/10 12º Leilão Touros da Fronteira, em Santana do Livramento 20/10 Tellechea & Associados, em Uruguaiana 1º/11 Remate Anual Cabanha São Bibiano, em Uruguaiana 2/11 Remate Anual Cabanha Santo Ângelo, em Barra do Quaraí
pedro bastos O mercado está aquecido e tem saído muito gado para os Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo
EDUARDO KNORR As médias se manterão em 20% acima do que era esperado, com valores entre R$ 7,5 mil e R$ 8 mil para os touros e R$ 2,5 mil para as fêmeas 39
Mercado
Brangus Primavera, 30 anos de seleção Condomínio Rural Weiler ofertou exemplares Brangus e Red Brangus em leilão no Parque do Sindicato Rural de Lavras do Sul
O
Condomínio Rural Weiler (CRW), de Lavras do Sul (RS), município situado na Região da Campanha gaúcha, promoveu um leilão para comemorar os 30 anos de seleção da raça Brangus. O evento, que ocorreu no dia 31 de outubro, no Parque do Sindicato Rural de Lavras do Sul, durante a 69ª edição da Expolavras, registrou um faturamento de R$ 942,7 mil, com a
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venda de 336 animais Brangus e Red Brangus. Entraram em pista 30 reprodutores Brangus e Red Brangus, todos de origem conhecida e geração avançada, do rebanho 25 do CRW, e 301 ventres, sendo 200 Brangus e Red Brangus PS e 38B do rebanho do CRW e da GAP Genética, de Uruguaiana (RS), que participou do remate como convidada. A média geral foi de R$ 8.228,00 para os touros, en-
quanto a das vacas com cria foi de R$ 3.862,00. As vacas prenhes saíram por uma média de R$ 3.117,00, enquanto as vaquilhonas registram media de R$ 3.695,00. A média das terneiras foi de R$ 1.720,00. Os negócios agradaram o diretor do Condomínio Rural Weiler, o engenheiro agrônomo Ricardo Weiler. “O resultado do leilão ficou dentro do esperado, com médias boas”, observou. O pecuarista destacou que,
alem de clientes do Rio Grande do Sul, o remate atraiu compradores da Região Sudeste. O criador Reno Paulo Kunz, da Brangus RPK, adquiriu o maior numero de animais e levou para Cascavel (PR) 52 exemplares. O animal mais valorizado no leilão foi o touro K28, de três anos, vendido por R$ 12,2 mil. O comprador foi o branguista Grey de Souza Poli, da Cabanha Santa Inês, de Santana do Livramento. “A Casa-
Mercado grande Agropecuária, de Lavras do Sul, também investiu na aquisição de fêmeas”, destacou Weiler. O engenheiro agrônomo diz que a raça Brangus está em franca retomada e com recuperação conceitual e destaca que os criadores e selecionadores têm evoluído bastante no melhoramento e condução de seus rebanhos. “A raça encontra-se em ascensão, com maior reconhecimento de mercados de carne de qualidade e maior interesse de usuários de touros comerciais novilheiros melhoradores, para consolidar oferta de produtos com qualidade superior”, frisou. Weiler observou ainda que o Brangus tem se mostrado eficiente, tanto em rebanhos puros controlados, como também em cruzamentos absorventes em rebanhos comerciais, visando produtos de qualidade, com boa adaptação e grande tolerância a situações climáticas adversas. Na avaliação do pecuarista, a raça Brangus ainda apresenta habilidade materna, facilidade de parto e rebanhos com consistência genética. “Percebo também, após 30 anos de seleção, melhoramento e fixação de características desejáveis. As sintéticas atingiram seu
reconhecimento pelos criadores, indústria, pesquisa, consultores e pelo mercado, como raça de qualidade, e não apenas como um animal cruzado”, ressaltou o branguista. O rebanho do Condomínio Rural Weiler está sediado na Fazenda Primavera, em Lavras do Sul-RS, mas um núcleo de ventres em cria é mantido na Fazenda São Manoel, em Dom Pedrito (RS). A propriedade trabalha em sistema de ciclo completo com seleção de reprodutores. A base da criação é formada por 1.320 ventres em cria, onde são controladas anualmente em torno de 780 exemplares da raça Brangus. O sistema de produção é a pasto, em campos nativos e melhorados, no Pampa Gaúcho da Campanha Meridional, com ajuste de carga nos potreiros e muito manejo para atender às diferentes demandas das diferentes categorias que compõe o rebanho e seu sistema produtivo. Os novilhos são terminados a pasto e vendidos para frigoríficos que classificam, identificam e remuneram os animais da raça Brangus. “Integramos o grupo de produtores de Alianza del Pastizal, que promove a conservação da biodiversidade do Pampa. Portan-
do, desenvolvemos um sistema de produção que privilegia a conservação do ambiente e sua sustentabilidade”, destacou. A principal atividade do condomínio é a produção de reprodutores e fêmeas para abate. A oferta de touros é anual e a de ventres é feita em alguns eventos e negócios diretos. “Temos uma variada clientela para reprodutores comerciais no mercado regional, e de alguns criadores da raça, que buscam por animais de excelência, como a Agropecuária Guapiara, de Castro (PR), e os criadores Antônio Celso Figueiredo, Francisco Abascal, José Laury Lucena, só para citar clientes da última temporada”, disse Weiler. O engenheiro agrônomo salienta que, nas últimas três décadas, o Condomínio Rural Weiler teve uma trajetória de desenvolvimento e melhoramento da raça Brangus. “Nós nos orgulhamos de fazer parte do grupo de criadores que ajudou a difundir a raça, percorrendo o Sudeste e Centro-Oeste em diversas exposições e feiras”, afirma. “Nestes 30 anos fomos provedores de genética para a formação de vários rebanhos nacionais”, encerrou Weiler.
Ricardo Weiler Nós nos orgulhamos de fazer parte do grupo de criadores que ajudou a difundir a raça, percorrendo o Sudeste e CentroOeste em diversas exposições e feiras
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Uruguaiana sediou a 4ª Exposição de Rústicos Brangus Sul Mostra integrou a programação da 77ª Expofeira de Uruguaiana e reuniu alguns dos principais criatórios gaúchos da “raça sem fronteiras”
O
município de Uruguaiana, situado na fronteira do Brasil com a Argentina, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, sediou, em outubro, a 4ª edição da Exposição Estadual de Rústicos Brangus. O evento, que foi promovido pelo Núcleo Brangus Sul, ocorreu no Parque Agrícola e Pastoril e integrou a programação da 77ª Expofeira de Uruguaiana. A exposição contou com a presença de importantes criatórios da
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raça Brangus da Fronteira Oeste e do Centro do Estado, como a PAP Rolim Acauan (Sigma Brangus), a Agropecuária Correa Osório (Paipasso Red) e a Cabanha Santa Inês, de Santana do Livramento, a JMT Agropecuária, de São Gabriel, e a Cabanha Sina Sina, de Alegrete. A GAP Genética e as cabanhas Brangus Juquiry, Basca e São Bibiano, todas de Uruguaiana, também estiveram presentes. Os branguistas levaram 16 trios
de rústicos - cinco trios de fêmeas e 11 trios de machos. De argola, participaram 17 exemplares - cinco machos e 12 fêmeas -, das cabanhas GAP Genética, Juquiry, Basca e São Bibiano. Os animais - rústicos e de argola - chegaram ao parque de exposições em 3 de outubro e a admissão ocorreu no dia seguinte, a partir das 8h. O julgamento dos exemplares rústicos ocorreu à tarde, na pista de julgamento Antônio Martins
Bastos Filho. A avaliação foi feita pelo pecuarista Antônio Martins Bastos Filho, proprietário da Cabanha São Bibiano, um dos mais antigos criatórios de bovinos da raça Brangus do país. Já o julgamento dos animais de argola foi realizado no sábado à tarde, na Pista Central do Parque Agrícola e Pastoril, e teve como jurado Luiz Rafael Zaccaro Lagreca, que é técnico da Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB).
rústicos Nos rústicos, entre as fêmeas, o Trio Grande Campeão foi o lote 2 (Juquiry TE 7423 Tanque, Juquiry 7441 Tanque e Juquiry 7523), da Cabanha Brangus Juquiry, de Ricardo Bastos Tellechea, de Uruguaiana, o Ringo. O Trio Reservado de Grande Campeão foi o lote 4 (Paipasso V11, Paipasso V78 e Paipasso V2120), da Estância Pai Passo, de Antônio Carlos Correa Osório, de Santana do Livramento. O Terceiro Melhor Trio foi o lote 1 (GAP J086/12, GAP J364/12 e GAP J1178/12), da GAP Genética, de Uruguaiana, de Eduardo Macedo Linhares. A Melhor Fêmea da Exposição foi a terneira Juquiry 7423 Tanque (integrante do lote 2), da Brangus Juquiry. A qualidade da fêmea, que também integrou o Trio Grande Campeão, foi elogiada pelo jurado. “É um animal muito interessante, de grande futuro e arrisco a dizer que ela até poderia ser de argola”, ressaltou Antônio Martins Bastos Filho. “Trata-se de um animal destacado, de grande futuro”, observou o administrador da Juquiry, o médico veterinário João Carlos Pinheiro, o Toco. Entre os machos, o Trio Grande
Campeão foi o lote 8 (JMT 8657, JMT 8599 e JMT 8655), da JMT Agropecuária, de São Gabriel. “A minha escolha foi pelo lote vermelho, animais que muito contribuirão para a raça”, frisou o jurado. O Trio Reservado de Grande Campeão ficou com o lote 7 (Sigma H519, Sigma H556 e Sigma H992), da PAP Rolim Acauan, de Santana do Livramento. O Terceiro Melhor Trio foi o lote 9 (Sigma H605, Sigma H517 e Sigma H535), da PAP Rolim Acauan. O Melhor Macho da Exposição foi o touro JMT 8657, da JMT Agropecuária. “É um animal muito correto, muito destacado”, disse o jurado. O administrador da cabanha de São Gabriel, o médico veterinário Carlos Waihrich Filho, também não poupou elogios ao reprodutor. “Ele faz parte do Trio Grande Campeão e é um touro que apostamos muito no futuro. Ele tem um potencial muito grande”, afirmou o profissional, salientando que o animal estava estreando nas pistas de julgamento e que deverá ser oferecido no próximo leilão da cabanha, em 2014. “Ele deverá fazer parte da ponta do leilão da JMT”, adiantou Carlos Waihrich Filho.
Carlos Waihrich Filho o touro JMT 8657 É um animal muito correto, muito destacado. ele faz parte do Trio Grande Campeão e é um touro que apostamos muito no futuro
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argola Entre os animais de argola, a Grande Campeã foi a box 11 (tatuagem 7181), da Brangus Juquiry. “No ano passado, ela já tinha sido escolhida como Campeã Terneira durante a Expointer, em Esteio”, lembrou o administrador da Juquiry. “É um animal diferenciado, meia-irmã da box 1, que foi escolhida como Terceira Melhor Fêmea”, acrescentou Toco. A Reservada Grande Campeã foi a box 12 (tatuagem 6507), da Brangus Juquiry. A Terceira Melhor Fêmea foi a box 1 (tatuagem 7601), também da cabanha de Ricardo Bastos Tellechea. Entre os machos, o Grande Campeão
foi o box 15 (tatuagem J1247/12), da GAP Genética. “É um animal muito equilibrado, bem comprido e com boa musculatura, que caminha bem e tem prepúcio muito corrigido”, destacou a médica veterinária Ângela Linhares, uma das titulares da GAP. “Ele é filho de um dos touros destaque do Programa Natura, de bons DEPs, o que mostra a importância dos dados de performance”, sublinhou a profissional. O Reservado Grande Campeão foi o box 16 (tatuagem 05702), da Brangus Juquiry, enquanto o Terceiro melhor Macho da mostra foi o box 17 (tatuagem 4389), da Cabanha São Bibiano.
padronização O jurado Luiz Rafael Zaccaro Lagreca admitiu que encontrou dificuldades para apontar os melhores machos e fêmeas durante o julgamento de argola. “Encontrei machos com boa produção de carne, animais de muito músculo e de selo racial. Já entre as fêmeas, todas eram muito parecidas, o que é uma virtude da raça, de padronizar os animais”, disse Lagreca. O presidente do Núcleo Brangus Sul, Raul Victor Torrent, admitiu
que, a exemplo do que já havia ocorrido na 36ª Expointer, em Esteio, o número de animais inscritos na mostra foi reduzido, mas ressaltou a qualidade dos exemplares que participaram da Expofeira de Uruguaiana. “Todos os jurados ressaltaram a padronização do Brangus, o que é muito bom para a raça e significa que os criadores estão realizando um bom trabalho”, destacou o dirigente, que também preside a Associação Brasileira de Brangus (ABB).
ARGOLA fêmeas
machos
Grande Campeã Tatuagem 7089, da Cabanha Juquiry, de Ricardo Bastos Tellechea, de Uruguaiana;
Grande Campeão Tatuagem 006, da Estância Olhos d’Água, de Antonino Souza Dorneles e Luiz Fernando Cezar da Silva, de Alegrete (RS);
Reservada Grande Campeã Tatuagem 65401, da Cabanha Juquiry, de Ricardo Bastos Tellechea, de Uruguaiana; Terceira Melhor Fêmea tatuagem 1017, da Cabanha Basca, de Mariana Franco Tellechea, de Uruguaiana. O Grande Campeão Brangus de Argola na Expofeira foi o box 15 (Tatuagem J1247/12), da GAP Genética, de Uruguaiana
Reservado de Grande Campeão Tatuagem 1164, da Estância Santa Inês, de Grey de Souza Poli, de Santana do Livramento; Terceiro Melhor Macho Tatuagem J1247/12, da GAP Genética Agropecuária, de Eduardo Macedo Linhares, de Uruguaiana.
RÚSTICOS fêmeas
machos
Trio Grande Campeão Lote 2 (Juquiry TE 7423 Tanque, Juquiry 7441 Tanque e Juquiry 7523), da Cabanha Brangus Juquiry, de Ricardo Bastos Tellechea, de Uruguaiana;
Trio Grande Campeão Lote 8 (JMT 8657, JMT 8599 e JMT 8655), da JMT Agropecuária, de São Gabriel;
Trio Reservado de Grande Campeão Lote 4 (Paipasso V11, Paipasso V78 e Paipasso V2120), da Estância Pai Passo, de Antônio Carlos Correa Osório, de Santana do Livramento;
A Grande Campeã Brangus de argola na Expofeira foi a box 11, da Cabanha Brangus Juquiry, de Ricardo Bastos Tellechea
Terceiro Melhor Trio Lote 1 (GAP J086/12, GAP J364/12 e GAP J1178/12), da GAP Genética, de Eduardo Macedo Linhares, de Uruguaiana; Melhor Fêmea da Exposição Juquiry 7423 Tanque (integrante do lote 2), da Brangus Juquiry, de Ricardo Bastos Tellechea, de Uruguaiana.
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Trio Reservado de Grande Campeão Lote 7 (Sigma H519, Sigma H556 e Sigma H992), da PAP Rolim Acauan (Sigma Brangus), de Santana do Livramento; Terceiro Melhor Trio Lote 9 (Sigma H605, Sigma H517 e Sigma H535), da PAP Rolim Acauan (Sigma Brangus), de Santana do Livramento ; Melhor Macho da Exposição JMT 8657, da JMT Agropecuária, de São Gabriel.
A Expofeira em números A 77ª edição da Expofeira de Uruguaiana, que ocorreu de 2 a 6 de outubro, nas instalações do Parque Agrícola e Pastoril, contou com 439 animais, incluindo ovinos das raças Corriedale, Ideal e Ile de France, equinos da raça Crioula e bovinos Angus, Brangus, Hereford e Braford. Além dos julgamentos, a Expofeira teve várias atrações para o público, como o Projeto Recreação e Vida no Campo, a Mostra Riquezas da Terra, Feira Comercial, além de Praça de Alimentação e brinquedos. No sábado, os destaques foram a prova hípica e a gineteada. No domingo, Gineteada e show musical com Joca Martins. Os concorridos remates de primavera também foram atrações da programação da Expofeira de Uruguaiana. Neste ano, a previsão é de que o faturamento supere os números da edição anterior,
quando os negócios alcançaram R$ 11.35 milhões. “Ainda não chegamos a 50% do total de leilões e o faturamento está em cerca de R$ 6 milhões, já que estamos tendo médias mais altas e faturamentos maiores”, observou o presidente do Sindicato Rural de Uruguaiana, Paulo Schneider da Silva, o Kaju. Ele também estima um aumento do público. “Esta edição será marcada pela superação. Tivemos 3 mil crianças visitando o parque”, declarou. O Parque Agrícola Pastoril recebeu melhorias para esta edição da Expofeira, como a inauguração de novas baias para os equinos e o galpão dos ovinos. As obras exigiram um investimento de aproximadamente R$ 200 mil, em uma parceria entre o Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos, Sindicato Rural e Casa da Ovelha, conforme o diretor comercial da GAP Genética.
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Geral
Embrapa inicia projeto de melhoramento genético Pesquisa busca animais com maior resistência a parasitas e docilidade
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elhorar geneticamente as características da raça sintética Brangus é o objetivo de um dos projetos da Embrapa Pecuária Sul, de Bagé (RS). Este trabalho, iniciado em março, está sendo desenvolvido em parceria com outras três unidades de pesquisa – Embrapa Pecuária
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Sudeste, de São Carlos (SP), Embrapa Gado de Corte, de Campo Grande (MS), e Embrapa Clima Temperado, de Pelotas (RS) –, além de outros parceiros. O estudo também inclui a raça Canchim. Existem demandas do setor produtivo por melhorias em algumas das características da raça, de acor-
do com o coordenador do projeto da raça Brangus, o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul Marcos Jun-Iti Yokoo. As duas raças foram desenvolvidas no Brasil em fazendas governamentais e, no caso do Brangus, buscou-se unir a rusticidade do zebuíno (resistência a parasitas, tolerância ao calor, habilidade materna)
Geral com as vantagens dos bovinos da raça Angus (qualidade da carne, precocidade sexual e elevado potencial materno). Já no caso do Canchim, o cruzamento foi entre o zebuíno e o Charolês. Yokoo ressalta que a pesquisa tem como objetivo ampliar a base de fenótipos, de genótipos e os estudos de características não convencionais para a aplicação futura no desenvolvimento de três linhagens das duas raças. “A primeira linhagem de Brangus que se objetiva alcançar é uma que seja resistente a parasitas, principalmente ao carrapato. A segunda é a linhagem com temperamento mais dócil. “Os produtores reclamam do temperamento mais agressivo do Brangus do que as outras raças taurinas”, observa Yokoo. A terceira linhagem será uma linhagem testemunha das duas primeiras e melhorada para as características tradicionais, como peso, características de carcaça e reprodutivas”, explica o pesquisador. Cerca de 300 matrizes Brangus estão sendo utilizadas no estudo. As primeiras avaliações começaram no momento da desmama, aos sete meses de idade. Os animais receberam marca, brinco de identi-
ficação, vermífugo e os carrapatos foram contados. Também foi feita a medição de peso e a velocidade de fuga do brete. Essa última atividade, por exemplo, pretende inferir sobre o temperamento do animal, uma das características visadas no programa de melhoramento. As duas próximas avaliações serão ao ano e ao sobreano dos animais, conforme Yokoo. “Vamos reunir essas três avaliações e selecionar os pais para a próxima geração”, adianta o pesquisador da Embrapa. Além dessas medidas, também foram feitos exame de ultrassom nos animais da safra de sobreano. Para observar o melhoramento genético de gado de corte é necessário cerca de dez anos, ou seja, duas ou três gerações. “Cada geração leva entre quatro e cinco anos para ter a genética atestada, pois os animais precisam crescer e se reproduzir e seus filhos serem provados e selecionados. E nós precisaremos de pelo menos duas gerações para definirmos bem as linhagens com as características perceptíveis e asseguradas do Brangus”, explica o especialista. Aprovado em março passado para quatro anos, o projeto da Embrapa poderá ser renovado por mais oito anos.
brangus Facilmente adaptável, a raça Brangus é resultado do cruzamento entre a Angus e o zebu. As primeiras experiências foram realizadas em 1912, no Estado norte-americano de Louisiana. O objetivo era a criação de um animal que apresentasse altos índices de produtividade mesmo criado em condições de clima e meio ambiente adversas, típicas das regiões tropicais e subtropicais. Formada para unir a rusticidade das raças zebuínas com as vantagens da Angus, a Brangus apresenta-se como uma raça completa. Entre as vantagens do animal estão os partos facilitados; altos pesos na des-
mama e no sobreano; grande ganho de peso, tanto em pasto como em confinamento; fêmeas de reposição com puberdade precoce, enxertando aos 15 meses; além de carne suculenta e macia. No Brasil, os cruzamentos começaram a ser realizados por técnicos do Ministério da Agricultura, em Bagé, na década de 1940. O resultado do cruzamento resultou na raça Ibagé, batizada assim pelos técnicos na época. Alguns anos depois, em função do cruzamento ser o mesmo alcançado nos Estados Unidos, o nome da raça passou a ser Brangus Ibagé, até que tornou-se apenas Brangus.
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Exposições
Ranking Nacional 2013 Pontuação Criador e Expositor Criador Ricardo Bastos Tellechea JMT Agropecuária Ltda Agropecuária Guapiara Ltda Erik Evandro Donatto P.A.P. Rolim Acauan Gap Genética Agropecuária Ltda Agrícola Anamélia Ltda Luiz Fernando Cezar de Oliveira Nelson e Beatriz Mariano da Rocha Grey de Souza Poli Antonio Martins Bastos Filho André de Souza Amaducci José Luiz Niemeyer dos Santos e Outros Antônio Carlos Corrêa Osório Antonino de Souza Dornelles Carlos Alberto Viviani e outros Cond. Luiz Anselmo Cassol Agropecuária Laffranchi Com. e Ind. Ltda Cláudio A. B. Caldas e Cláudio S. Caldas Mariana Franco Tellechea Alfeu de Medeiros Fleck 21 Cabanha Rincon Del Sarandy 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Pontuação 354 296 148 124 121 107 103 75 61 55 53 51 32 31 26 20 16 13 10 09 09 07
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
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Expositor / Afixo Ricardo Bastos Tellechea - Cabanha Juquiry JMT Agropecuária Ltda - JMT Agropecuária Guapiara Ltda - Brangus da Guapiara Erik Evandro Donatto - Brangus Santa Helena P.A.P. Rolim Acauan - SIGMA Gap Genética Agropecuária Ltda - GAP Agrícola Anamélia Ltda - Brangus HP Parc. Antonino de Souza Dornelles ( Est. Olhos D’ Agua) e Luiz Fernando C. de Oliveira ( Brangus FSM) Nelson e Beatiz Mariano da Rocha - Brangus MR Grey de Souza Poli - Brangus Poli Antonio Martins Bastos Filho - Cabanha São Bibiano José Luiz Niemeyer dos Santos e outros - Brangus JT Antônio Carlos Corrêa Osório - PAIPASSO Luiz Anselmo Cassol - Brangus da Corticeira Agropecuária Laffranchi Com. e Ind. Ltda - Brangus Unopar Antonino de Souza Dornelles - Estância Olhos D’Agua André Veiga Barbanti - Brangus Santo André Cláudio A. B. Caldas e Cláudio S. Caldas Brangus Santa Rita Mariana Franco Tellechea - Cabanha Basca Alfeu de Medeiros Fleck - Brangus Sina Sina Cabanha Rincón Del Sarandy - RINCON DEL SARANDY
Pontuação 354 296 199 150 121 107 103 75 61 55 53 32 31 16 13 10 10 10 10 09 09 07
Exposições
Pontuação EXemplares Fêmeas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
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Exemplar JUQUIRY TE 7089 GLD GARANTIDA ARCANJO 9487 ANAMÉLIA E350 JUQUIRY TE 7425 JUQUIRY CHALTEN TE 6507 J.M.T 343Y6 TE J.M.T 8114 JUQUIRY TE 7423 TANQUE JUQUIRY TE 6541 GLAD LA MARCA BRANGUS CSH125 LUA TE BRANGUS JT 1280 BRANGUS JT 1202 GUAPIARA BR2232 HIPOTECA FIV LC VITORIA V269 NEW BRACSIDI ANAMÉLIA E348 ANAMÉLIA FIV E054 BRANGUS CSH 153 MINE GUAPIARA BE0233 JAMANTA FIV GUAPIARA BR2700 JAMAICA TE J.M.T 015YTE SAO BIBIANO BIBIANA 4118 UNOPAR TE 9183 CABOCLA GAP H006/11 POLI LOLA 1320 SAO BIBIANO IBA S ANTONIO 4090 ANAMÉLIA F018 BR TEXAS 1102 TE BR TEXAS 234 TE GAP TE H762 GUAPIARA BE0239 JAVA FIV GUAPIARA BR1922 HAVANA JUQUIRY 7601 BASCA NAMORADA D. CIRIACO 1017 GAP J704/12 JUQUIRY RED MR IDEAL 7175 JUQUIRY TE 6537 GLAD LA MANCHA SAO BIBIANO BIBIANA 4118 GAP J776/12 JUQUIRY OSCAR ODISSEIA 7051 RINCON FIONA 1029 DEL SARANDY
Pontuação 82 51 44 44 40 36 33 30 28 20 16
MACHOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9
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1
2 07
FÊMEAS - RÚSTICAS 1
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Pontuação 75 66 64 52 51 41 37 36 16
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FÊMEAS - RÚSTICAS
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Exemplar JUQUIRY TE 7423 TANQUE JUQUIRY 7441 TANQUE JUQUIRY 7523 PAIPASSO V11 PAIPASSO V78 PAIPASSO V212 GAP J086/12 GAPJ1364/12 GAP J1178/12 SIGMA H534 SIGMA H561 SIGMA H569 JUQUIRY DUQUESA GLD TE 7057 JUQUIRY TE 7111 GLD GRACIOSA JUQUIRY BLACK CLASSIC 7429
Exemplar FSM 006 PANZER 4G TE J.M.T 8657 J.M.T 9011Y9TE BRANGUS CSH124 FOLIÃO TE MR 0/672 GUAPIARA BE0114 IMPERIO FIV POLI JATOBÁ 1164 GAP J1247/12 JUQUIRY TE 05702 BRANGUS CSH 172 NERON GUAPIARA BE0259 JUMBO FIV GUAPIARA BR2326 ITAÍ FIV OLHOS DAGUA 5G 7208 “TOCO” ANAMÉLIA FIV E071 BRANGUS CSH132 DUKE TE GUAPIARA BR2783 JAZZ SAO BIBIANO MAXIMUS 4389 JUQUIRY HOME HUN INTENSO 5292 ANAMÉLIA F063 BRANGUS CSH140 GREGO TE MR 1/235 OLHOS DAGUA 5G 8004 ‘’RUBRO’’ TIRIRICA DE SANTA RITA 15013 GAP J873/12 SAO BIBIANO 4475 MAXIMUS
5 Pontuação 36
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Exemplar J.M.T 8657 J.M.T 8599 J.M.T 8655 SIGMA H519 SIGMA H556 SIGMA H992 SIGMA H605 SIGMA H517 SIGMA H535 SINA SINA J292 SINA SINA J214 SINA SINA J227 JUQUIRY BLACK BRIGHT SIDE 4920 JUQUIRY BLACK CLEMENTINO 5110 JUQUIRY BLACK D. CIRIACO 5122 JUQUIRY RED TE 5710 TANQUE JUQUIRY 5802 TANQUE JUQUIRY 5806 MINISTER POLI JACARÉ 1154 POLI 1166 / COMPADRE POLI 1173 / GLADIADOR
Pontuação 84
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3
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Prosa da Estação POR ROBERTO MACIEL, INSPETOR TÉCNICO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE BRANGUS
É
um grande desafio tratar de assuntos técnicos básicos para “gente do ramo”, gente que certamente poderia estar ensinando até em universidades. As coisas já foram ditas e repetidas de diversas formas inúmeras vezes. Por não mais estar na ativa com as experimentações e pesquisas com a pecuária de corte, neste espaço procuro desenvolver uma prosa agradável, partindo de temas propostos pela “chefia” e assim conquistar um número de leitores maior que os de chifres na cabeça de um boi. Mais fácil sendo um Brangus... Também procuro resumir a essência do meu aprendizado em todos esses anos “vivendo de vaca e boi”, de forma simples e direta. Hoje, a prosa é sobre meu tema favorito, a cria e os aspectos das estações de monta. Dizem que o progresso só acontece enquanto questionamos por novas respostas. Então, proponho continuar esta prosa fazendo algumas perguntas, baseadas na exploração de um rebanho comercial de cria: - Como estou direcionando a seleção do meu rebanho de cria? Quais são as características que dou mais importância na seleção? - Qual a característica econômica que tem maior peso na minha atividade? - Como maximizar minhas receitas sem aumentar despesas? - É possível ser mais simples e eficiente? EFICIÊNCIA REPRODUTIVA TOTAL é o termo que considero mais apropriado para resumir as questões acima. Abrange os aspectos de taxa de prenhez, sobrevivência embrionária, intervalo entre partos, taxa de mortalidade (principalmente do nascimento a desmama) e precocidade sexual e de terminação. Uma só meta e um pacote de resultados completo. E tudo se inicia com o pragmatismo na aplicação do conceito, a correta utilização das práticas de manejo e a
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exata definição da (s) estação (ções) de monta na propriedade. Sim, pois a identificação do período ideal para o nascimento e desenvolvimento dos bezerros no ambiente de sua propriedade é a chave para a definição do melhor período de monta. Afinal, são eles a maior fonte de renda do seu negócio. Normalmente, com a correta definição da estação de mon ta e manejo adequado, também potencializamos os resultados com a segunda maior fonte de renda: a venda das matrizes de descarte. Ela deve permitir que no pós-desmame ainda existam condições naturais favoráveis para a rápida terminação e venda destas matrizes, eliminando o mais breve a presença dessa categoria tão indesejada na propriedade. A duração do período de monta é fator de grande importância. A distribuição dos nascimentos resultantes ao longo do período é ainda mais importante. Os bezerros nascidos no início são significativamente mais rentáveis do que aqueles nascidos no tarde. Existem dados mostrando que a influência do mês de nascimento pode impactar a taxa de 5% ao mês no peso ajustado a desmama. E isso FAZ TODA A DIFERENÇA e está intimamente relacionado à melhora da Eficiência Reprodutiva Total, pois as novilhas do cedo certamente serão mais econômicas e terão maior probabilidade de permanência futura no rebanho de cria. Além disso, são as matrizes paridas no final da estação que em sua grande maioria irão compor o lote das vazias após o toque no diagnóstico de prenhez da estação. A evolução deste conceito somente será possível com a utilização de genética apropriada. O plantel de seleção, que alimentará o rebanho comercial com reprodutores, deve estar o mais distante possível de práticas de manejo artificiais, garantindo genética adaptada ao sistema que aplicamos nos nossos rebanhos comerciais. Devemos conhecer profun-
damente o histórico reprodutivo das famílias dos touros a serem utilizados. Avós e mães precoces, longevas e com partos em intervalos menores de 12 meses são os melhores indicativos na escolha de genética adequada ao conceito de seleção por Eficiência Reprodutiva Total. Associadas às DEP’s individuais de precocidade e ganho de peso (compatíveis com as condições da exploração) garantem ganhos econômicos crescentes. O uso de genética não adaptada e pouco funcional, a definição equivocada das estações de monta, levando a seleção do rebanho para o caminho da “compensação” e não da eficiência de produção, são fatores que transformam a cria no segmento historicamente menos rentável e mais “difícil” do ciclo completo de produção pecuária. Ao se estabelecer um critério simples e objetivo na condução do seu rebanho de cria, os resultados irão se mostrar a cada ciclo, tornando esta atividade a mais prazerosa e rentável da sua exploração pecuária. Apesar da paixão pelo tema, serei fiel ao conceito de que aqui “tamanho é documento” e (textos) menores são melhores. Poderemos continuar na próxima. Despeço-me com mais uma pergunta: - Despertei sua atenção para a importância e profundidade que este assunto “da estação” demanda?
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Parcerias
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Técnicos
Técnicos da Associação Brasileira de Brangus
João Batista de Barros Minuzzi Júnior Rua G1, 104 - Sinop (MT) CEP: 78500-013 Fone: (67) 8425 2573 (66) 9202 3563 minuzzivet@hotmail.com
Joel Scroferneker Caixa Postal 157 Cachoeira do Sul (RS) CEP: 96508-970 Fone: (51) 9975 1985 joel.neker@gmail.com
Cristiano Leal Alves Rua Severiano Amaro dos Santos 700/41 - Ribeirão Preto (SP) CEP:14021-620 Fone: (16)9223 6650 cristiano.leal@me.com
Gerson Valmir de Lima Rua Alameda das Hortências, 265 Bairro Portal Dourados (MS) CEP: 79826-290 Fone: (67) 9971 1247 familialima5@uol.com.br
Roberto Argollo Maciel Caixa Postal 17 Pedregulho (SP) CEP: 14470-000 Fone: (16) 9223 4509 bmaciel@uol.com.br
Eduardo Salomoni Av. Marcílio Dias, 649 - Bagé (RS) CEP: 96400-420 Fone: (53) 9967 5919 (53)3242 6167 fazendafertilita@hotmail.com
Pedro Adair dos Santos Caixa Postal 156 Santo Antônio da Patrulha (RS) CEP: 95500-000 Fone: (55) 9969 1464 adairps@hotmail.com
Francisco Assis Borges Rua Nelsom Figueiredo Junior, 103 Casa 01 - Cond. Vila de Parma Bairro Vendas Campo Grande (MS) CEP: 79040-120 Fone: (67) 9984 2522 chicoaborges@ig.com.br
Eldnir de Souza Alves (Alves) Rua Major Feliciano Tarabaí, 68 Parque Maria Adelina Rancharia (SP) CEP: 19600-000 Fone: (18) 9748 8521 eldniralves1@yahoo.com.br
Renata Pereira Rua Joaquim Murtinho, 1157 Itanhangá Parque Campo Grande (MS) Fone: (67) 3026 8300 renathapereira@hotmail.com
Certificadores da carne Brangus
Gil Tozatti Fernandes Rua Uruguai, 899 Santana do Livramento (RS) CEP: 97573-541 Fone: (55) 3244 1025 (55) 9971 6103 gtfernandes.9@gmail.com
Renato Pinto Paiva Rua Quinze de novembro, 1.391 (loja) Uruguaiana (RS) CEP: 97500-510 Fone: (55) 9977 7281 rppaiva@uol.com.br
Luiz Marcos de Oliveira Penna Av. Afonso Pena, 4730/504 Ed. Solar dos Pássaros Chac.Cachoeira - Campo Grande (MS) CEP: 79040-010 Fone: (67) 9981 5625 nhuvai@uol.com.br
Joel Aquino Chagas
Cléo Severo Padilha
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Perfil
O outro lado do criador José Lemos Monteiro, o Zé Ito
O
engenheiro agrônomo e produtor pantaneiro José Lemos Monteiro, conhecido como Zé Ito, brinca que, quando não está trabalhando, está pensando em trabalho. Pode até parecer um exagero, mas esse produtor rural realmente dedica a maior parte do seu dia para os afazeres na Agropecuária São Roque, situada no município de Aquidauana (MS), que fica a 139 quilômetros da capital Campo Grande. A competência com que toca a propriedade faz com que o seu nome seja sempre lembrado para presidir entidades do setor do agronegócio sul-matogrossense. Ele já dirigiu a Sodepan (Sociedade para o Desenvolvimento do Pantanal) e o Núcleo de Criadores de Brangus de Mato Grosso do Sul e, de 2007 a 2010, esteve à frente do Sindicato Rural de Campo Grande. Também foi representante da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) e presidente da Câmara Setorial de Bovino e Bubalinocultura da Secretaria de Es-
tado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur). “Estou sempre pensando em trabalho”, reconhece o pecuarista. Selecionador da raça Brangus desde 1988, Zé Ito adora pescar nas raras horas de folga. É nestes momentos que ele consegue deixar de lado as preocupações do dia a dia e relaxar com os amigos. Era de se esperar que, morando pertinho do Pantanal Mato-Grossense, ele desse umas linhadas nos rios da região, bastante procurados por pescadores ávidos em fisgar vorazes tucunarés, surubins, pintados, pacús, jaús e dourados, mas o pantaneiro jamais pescou no local. “Em casa de ferreiro, espeto de pau”, brinca Zé Ito, que prefere as pescarias em alto mar. No final de setembro, ele embarcaria para Honolulu, a capital do Estado norte-americano do Havaí, para uma pescaria. “Vou com a minha esposa, Marcela Lemos Monteiro, e um casal de amigos para tentar pescar um peixe-espada, mas também quero visitar Pearl Harbor e região”, adianta o pecuarista, que já
visitou diversos países da Europa, Ásia e Oceania. “Costumo viajar muito, mas, mesmo durante as viagens, estou sempre buscando novas tecnologias e novidades para a pecuária”, declara Zé Ito, se revelando um workaholic de primeira. “Para mim, viajar já é um grande lazer”, justifica. Sem muita habilidade na cozinha, o pecuarista prefere manter uma distância segura das panelas. Desde que a carne seja de um bovino da raça Brangus, ele aprecia um bom churrasco, mas deixa o manejo dos espetos a cargo dos filhos Gastão, 34 anos, Artur, 32, e Lucas, 30. “Os meus três filhos são todos adeptos de churrasco e sabem o jeito que eu gosto. Eu como quando eles fazem”, elogia o pai coruja. Brincadeiras à parte, Zé Ito garante que se defende na churrasqueira preparando na grelha um famoso corte argentino. “Faço um bife de chorizo [o bife de chorizo é um corte argentino, com 6 centímetros de grossura, que é o nosso contra-filé desossado] que é muito recomendado por todos”, destaca. Admirador de cinema, Zé Ito conta que gostou do último filme que assis-
tiu na tela grande: “Jobs”, um misto de drama e biografia do fundador da Aplle, Steve Jobs, que começou a ser exibido em todo o país em 6 de setembro. “É um excelente filme, com o ator Ashton Kutcher, que está muito parecido com o personagem principal”, elogia. O produtor pantaneiro conta que também adora ouvir música e seu gênero preferido é o sertanejo. “Gosto muito do Sérgio Reis, Milionário e José Rico, Chico Mineiro e Menino da Porteira”, revela. Como o Estado de Mato Grosso do Sul não tem muita tradição no futebol, Zé Ito torce pelo São Paulo Futebol Clube, um clube que conquistou três vezes o mundial interclubes, três Libertadores da América e detém seis títulos do Brasileirão, além de uma Copa Sul-Americana. Ainda que o seu time do coração venha fazendo umas de suas piores campanhas no Campeonato Brasilo, o produtor rural não deixa de torcer pelo capitão são-paulino Rogério Ceni e seus colegas. “O ano não está sendo nada fácil, mas acredito que o técnico Muricy Ramalho conseguirá reorganizar o time para ele volte a vencer”, aposta Zé Ito.
“Costumo viajar muito, mas, mesmo durante as viagens, estou sempre buscando novas tecnologias e novidades para a pecuária. Para mim, viajar já é um grande lazer”
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social
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Social
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social
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LA CAUTIVA
(55) 3414.0264 (55) 9978.0212
SANTA INÊS
(55) 3242.2405
raul@lacautiva.com.br
poli@v-expressa.com.br
BRANGUS BRASIL
(46) 3025.1044
(14) 3841.3473
brangus@brangusbrasil.com.br www.brangusbrasil.com.br
habilbrangus@uol.com.br
CABANHA CANAÃ:
(53) 9954.0330
cabanha.canaa@yahoo.com.br
crw1983@hotmail.com
SANTA RITA
(55) 3242.1202
ccaldas@v-expressa.com.br
JUQUIRY
(55) 3402.2908 Juquiry@gmail.com
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HABIL
(67) 3327.0044
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