CATÁLOGO MAIS Q MEIO 2015

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REVISTA

C AVA LO S F U N C I O N A I S

P O R T O

A L E G R E • R S


churrasco para gourmets

Av. Ramiro Barcelos, 389 51 3225 2205

Av. Nilo Peçanha, 2131 51 3333 1413

Av. Ver. José Diniz, 3864 11 5093 6006

Av. Brig. Faria Lima, 140 11 3031 1204

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RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

Estádio Beira Rio 51 3232 7622

Av. Juscelino Kubitschek, 816 11 3078 0999


Editorial

Quando um homem encontra o seu cavalo ! Me criei no final da serra do sudeste e tive, desde cedo, contato com cavalos. Aprendi a andar a cavalo no petiço Dudu, orientado pelo tio Zé ( homem do cavalo). Tive cavalos meus e muitos bons cavalos emprestados para o 20 de setembro e chama crioula. Cada um foi especial mas não era “o cavalo “ para mim. Era final de outono do ano de 2000 quando eu e meu colega e amigo Denílson rumamos à fronteira oeste com o objetivo de olharmos cavalos crioulos. Eu e minha família acabávamos de adquirir uma área de terras que serviria para nos encontrarmos de tempo em tempo depois que a vida e a trajetória profissional nos despegou de perto “uns dos outros”. Meu amigo e colega Denílson catarinense mais gaúcho que muitos Riograndenses , laçador de rodeio e apaixonado por tudo que vinha da cultura dos pampas. Rumamos numa quinta a noite para Uruguaiana apenas com referências vagas de onde iríamos olhar cavalos. No dia seguinte, procuramos um amigo de meu pai para nos dar orientações de onde ir . Primeira parada nos levou ao escritório do Sr. Antonio Martins Bastos Filho, o Antoninho, que nos recebeu de forma impecável como acontece quando encontramos essa quase extinta classe de homens “ cidadãos de primeira linha” como diz Paulo César Azevedo, outro da mesma estirpe. Rapidamente estávamos dentro do carro do Antoninho percorrendo 3 estâncias onde haviam manadas, cavalos domados e cabanha. Foi no meio da tarde que depois de mirarmos umas 4 ou 5 manadas me chamou a atenção ! O capataz entrou no meio da manada e colocou o buçal em uma cavalo que nenhum movimento fez senão o de ceder a cabeça para tal. Essa imagem está guardada até hoje na minha retina. o Pêlo negro fino e brilhante constrastava com o pêlo da eguada que compunha a manada desse criadero que existe desde a fundaçào da ABCCC no Brasil. Não precisava entender de morfologia tampouco de genética para ter a certeza de que esse seria meu cavalo. Mal sabia eu que tinha ganhado muito naquele dia: o início de uma amizade com o sócio, amigo e parceiro Antoninho e com toda sua família. Também tinha achado o cavalo que 14 anos depois não consigo imaginar termos apostado em outro, tanto do ponto de vista funcional como de temperamento, fundamento e beleza morfológica. Muita coisas aconteceram nesses 14 anos, começamos, eu , meu Pai, meu irmão, minha mãe, minha irmã , minha antes e sempre namorada e hoje esteio de minha família Viviane . Agora somos mais, Antonio e Martina estão juntos ! Fizemos e desfizemos manada até a definição que queríamos cavalos de montar bem ! E o picaço Faisão sempre melhorando a manada e produzindo cavalos que dá gosto de montar. Virou da família, carregou crianças, alegrou muitos encontros nossos apenas por podermos olhá-lo e virou atração na nossa pequena e histórica Piratini. Cada 20 de setembro que desfilei nele percebi que ele “ também “ gostava de se exibir despejando sua elegância e beleza para as milhares de pessoas que todos os anos acompanham esse tradição. Dava gosto passar pelas ruas da cidade e ouvir das pessoas que assistiam ao desfile farroupilha dizendo: “aquele é o Faisão ! “. Talvez mais importante e conhecido que personagens políticos ou empresariais. Não porque tenha ganho o Freio de Ouro , o que talvez seus filhos ou netos façam , mas por certeza graças a sua magia. Lembro de uma vez que voltávamos de um desfile e ele afirmou um tranco que deixou todo o restante da cavalhada troteando atrás dele. Para ele não existe fadiga: “missão dada é missão cumprida”Foi por influência desse cavalo Foto: Alexandre Teixeira

que fui várias vezes ao Chile, fiz amizades e parcerias por lá e me interessei tanto pelos sangues chilenos. Foi através dele que mantivemos nossa família sempre com algo em comum para falar e que conquistei tantos e tantos amigos no mundo dos cavalos. Foto dele no facebook não tem economia de clicada no curtir. Em homenagem a esse excepcional cavalo que resgatamos , nessa revista , a história de seu Pai Santiago, provavelmente o cavalo mais longevo vivo da raça no Brasil e seu avô o espetacular “El Tira”. Que essa publicação traga a todos um pouco da magia do cavalo de sela, do cavalo bom de andar e de conviver e que todos possam acompanhar e participar de nossas provas e, como dizem os chilenos, “desfrutar “de nossos cavalos e de tudo de bom que isso nos traz! Agradecimento especial ao sócio, amigo, parceiro, Pai , exemplo e quem segura o tranco direto na cabanha Ariovaldo Goulart. Agradecimento especial ao Binho, Ismael, Pitico, Marta e toda a equipe do Veio D’Água. Nossos fiéis escudeiros. Agradecimento especial, também as cabanhas parceiras , São Bibiano, Cerro Frio, Itapororó, Monte Claro, Figueira e Costinha. Que desfrutem ! Gustavo Goulart

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Por que domar a

liberdade? O cavalo funcional reacende mitos e universaliza o sentido mais fundamental da equitação : a sedução, o fascínio e a beleza que se expressam no conjunto cavalo-cavaleiro

Foto: La Rural Fotografias

Renato Dalto

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Bayard Bretanha Jacques

N

o primeiro instante que se

domador e dar a frente e se deixar

viram, um deles imaginou

embuçalar. Quem já lidou com cava-

uma fera e o outro, um

lo tem noção exata desse chorro de

predador. Um deles era livre e in-

liberdade que isso nos faz sentir.

submisso e o outro um sedentário

Bayard Bretanha Jacques, ho-

e caçador. Houve então um instante

mem do cavalo desde sempre, fala

mágico da conquista, onde os dois

dessa liberdade que pode também

se juntaram. Para ganhar a distancia

ser sintetizada noutra palavra: movi-

e conquistar a terra:

mento. O movimento que é físico e

O cavalo deu ao homem a possi-

também incita o próprio imaginário.

bilidade de sonhar que havia doma-

Bayard lembra sempre a imagem do

do a liberdade. O cavalo era livre e

deus sol num carro puxado por qua-

caracterizava o andar pelos campos

tro cavalos. E da figura mitológica

sem rei nem lei. E o homem ao domar

do centauro:

o cavalo, ao se juntar a ele, passou a

A palavra centauro traz dentro de

usufruir parte disso. Quando se vê

si, expressa com toda força possível a

alguém agarrar um cavalo, fazer dar

funcionalidade, que é o uso do cavalo

a frente faz a gente se dar conta do

e traz a quantidade de vida – e voltan-

emaranhado de coisas que levam um

do a repetir essa palavra – esse sonho

animal tão forte e livre se submeter

de grandeza e liberdade que o cavalo

à audácia, ao jeito, à categoria do

encerra em seu olhar ao homem.

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A funcionalidade é o domínio des-

Foto: Alexandre Teixeira

sa liberdade.

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Há mais de seis décadas um homem seleciona cavalos às portas do

Liberdade. Traduzida também

grande pampa, na fronteira-oeste,

em outras duas palavras: distancia

pago de Uruguaiana: Antonio Mar-

e movimento. É esse conjunto har-

tins Bastos Filho, o Antoninho, mé-

mônico – liberdade, distancia, mo-

dico veterinário, criador, que desde

vimento – o tecido da fibra que une,

1960 conduz a Cabanha São Bibiano.

umbilicalmente, homem e cavalo.

Acostumado ao cavalo que consi-

Mais alta expressão dessa cultura

derava mais um “fundista”, para os

do sul do planeta, essa figura do ho-

longos dias de campereadas ou tro-

mem a cavalo em movimento – ao

peadas, ele foi um dos que mudou

qual chamam de gaúcho, huaso e

os rumos do cavalo crioulo do sul, a

outras expressões- se plasmou, ao

partir da criação do Freio de Ouro e

longo do tempo, num tipo de cavalo

da introdução de cavalos chilenos.

surgido especialmente da lida com

Antoninho foi protagonista de um

o gado no pampa e ao pé da Cordi-

tempo de transformações, que co-

lheira dos Andes. O cavalo crioulo,

meçam a acontecer na década de 70.

descendente dos que aportaram

“Já havia sido despertado esse in-

por aqui, vindos da América Central,

teresse pela funcionalidade do cavalo

e moldados pela seleção natural no

crioulo em diferentes regiões e grupos

rigor dos invernos, nos verões abra-

de cavalos e pessoas. Começaram

sivos, nas distancias, nas guerras, no

a ser criadas as festas campeiras re-

trabalho e nas provas. Um cavalo,

gionais. Tinha aqui em Uruguaiana,

sobretudo, moldado pela força da

Bagé e Jaguarão. Começou como

natureza. E que a mão do homem

confraternização dos criadores e de

transformou.

um momento para outro começaram

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a surgir as disputas. Começou então

começou a se estampar no corpo e

a ser despertada a funcionalidade

no temperamento. Eram mais com-

do cavalo crioulo, que até então era

pridos, retangulares e, quando che-

um cavalo de trabalho para serviços

gou a hora de domar, mostraram

mais de resguardo do gado e a parte

docilidade, inteligência e facilidade

esportiva, de movimento do cavalo

de aprendizado. Começava a mu-

era deixado de lado. Então essas fes-

dar a aptidão funcional do cavalo

tas campeiras começaram assim a

crioulo brasileiro. E também o bióti-

despertar o interesse em aprimorar a

po. Antoninho Bastos acompanhou

funcionalidade.”

e selecionou cavalos a partir desse

Tudo ainda era meio embrionário, mas alguns episódios em-

movimento. Hoje, constata o que isso resultou:

blemáticos demarcam os rumos

Primeiro: uma estrutura morfoló-

transformadores do criatório de

gica muito centrada no equilíbrio dos

cavalos crioulos no Brasil. Conta-

posteriores e aprumos traseiros, isso

-se, por exemplo, que na Exposição

dá potencia ao cavalo. Segundo: um

de Palermo, em 1970, um show na

temperamento mais ativo, animais

pista foi determinante para a vinda

tinham mais disposição de trabalho,

de La Invernada Aniversário. O Dr.

com base nesse equilíbrio dos pos-

Luiz Martins Bastos estava na expo-

teriores acrescido da capacidade de

sição. Via a agilidade e a explosão

avanço e da habilidade vaqueira.

do cavalo numa prova funcional e

E a gente também observou a

se encantou. Era aquele o tempero

questão de aprumos traseiros, equi-

que estava faltando ao cavalo criou-

líbrio nos posteriores, frente leve

lo. Quando os filhos de Aniversário

(cabeça e pescoço mais leves) trans-

começaram a nascer, a diferença

ferindo o centro de gravidade de

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funcional desse cavalo se conquistou numa seleção de muitos anos na competição nos rodeios, onde corre atravessado em alta velocidade, perpendicular ao novilho, e logo pecha com força e valentia. Assim, esse esporte serve para selecionar um cavalo sensível da boca para o manejo das rédeas e o comando do ginete. César Nuñez se refere à formação do conjunto cavalo-cavaleiro, a base de qualquer equitação. E a sustenteção desse conjunto é um cavalo que une forma e função a partir de um princípio básico: é um aniCésar Nuñes

mal de sela. O primeiro tratado de equitação, escrito há 400 A.C pelo

modo diferenciado, mais pra frente.

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ateniense

Xenofonte,

chamado

À medida que isso foi aparecen-

“Manual de Cavalaria”, já estabelecia

do nas provas funcionais ficou evi-

geometricamente a figura desse ca-

dente que eram condições realmen-

valo dentro de um trapézio. Tomaz

te melhoradoras.

Marinho, que há meio século traba-

Assim, chega ao sul do Bra-

lha com cavalos de sela – do quarto-

sil uma herança funcional. César

-de- milha ao crioulo – entende que

Nuñez, proprietário do Criadero La

esse tratado permanece atual ainda

Esperanza, do Chile, define assim a

hoje. “Essa é a figura do cavalo equi-

estirpe dos cavalos chilenos:

librado, com garupa, lombo e paleta”,

É muito dócil, com facilidade de

avalia. Marinho foi um dos fundado-

aprender o que lhe ensinam. Isso é

res da Associação Nacional do Ca-

muito importante, porque pode es-

valo de Rédeas (ANCR), foi um dos

tar muito tranqüilo e rapidamente

primeiros juízes da Associação Bra-

passar à explosividade das exigências

sileira do Quarto de Milha (ABQM) e

de uma prova. E logo depois relaxar

há uma década transita no universo

quando a prova termina.

da Raça Crioula.

É um cavalo rústico, que supor-

Detalhista em termos técnicos,

ta temperaturas extremas e que

ficou impressionado com a doci-

tem um couro forte, resistente a

lidade, equilíbrio e facilidade de

espinhos e galhos quando se en-

aprendizado dos cavalos crioulos

contra em liberdade. A expressão

que conheceu. Entretanto, diz que

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busca no cavalo crioulo o mesmo

esses atributos: Santa Zulema El Huila.

principio universal do cavalo de sela.

E um de seus grandes filhos, San Da-

“Busco a melhor morfologia pensan-

niel El Tira. César Nunez recorda da

do na funcionalidade”, diz. No fundo,

explosão e coragem de El Tira:

talvez chegue no denominador co-

Potro de excepcional pegada na

mum do bom cavalo, que envolve a

pechada, de muita velocidade. Sem

objetividade da forma mas também

dúvida alguma me atrevo a dizer

a subjetividade que se plasma na

que um dos melhores cavalos fun-

alma, no carisma, no coração e no

cionais que conheci na minha vida.

temperamento.

Muito bom morfologicamente, foi campeão da Exposição de Osorno.

fez história no Chile devido a todos

Teve uma lesão numa das mãos e

Foto: Alexandre Teixeira

Falando nisso, há um cavalo que

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por isso reproduziu muito pouco e

movimento do cavalo. O relato é de

envolve. Todo criador deveria mon-

morreu muito jovem. No meu caso, é

Bayard Bretanha Jacques:

tar seus cavalos e conhece-los, pri-

tão grande a sua importância que no

A nossa preocupação era o cavalo

meiro, com a perna e o pé no estribo.

Criadero La Esperanza tem em todos

funcional. Não existia. Depois é que se

Porque nem tudo que os olhos vem

seus cavalos o sangue de San Daniel

criou uma nota morfológica porque

o sentimento confirma. Mas quan-

El Tira, através da égua Santa Verôni-

obviamente se chegou à conclusão

do um bom cavalo se mexe, essa

ca Tirana, que é avó de La Esperanza

que a funcionalidade não independe

amplitude plástica de beleza, força

Simpatia, égua símbolo do criadero.

totalmente da morfologia, mas um ca-

e explosão parecem se sobrepor

valo pode ser muito funcional e não ser

aos detalhes. Criador que gosta de

morfologicamente um grande cavalo.

montar a cavalo, Clóvis Barros, da

O cavalo em movimento. Nada parece ser mais encantador do que isso. Voltando a história, lá no final

E, nesse caso, entram subjeti-

da década de 1970, quando busca-

vidades que tem a ver com alma,

ram as provas, quando chegaram

aptidão e talento:

Cabanha Cerro Frio, depõe : Eu, particularmente, gosto de montar! Não participo de provas,

os primeiros reprodutores chilenos,

Eu acho que o cavalo supera os

de qualquer modalidade de com-

quando se discutiu o preciosismo

pequenos defeitos. Um cavalo de

petição ou de lazer a cavalo, por

morfológico excessivo, quando se

grande alma funcional supera perfei-

absoluta falta de tempo – minha

procurou tirar o cavalo daquele bi-

tamente essas limitações e se coloca à

atividade profissional, como advo-

ótipo linfático e sem brilho, parece

testa dos melhores.

gado de família, é absorvente e des-

ter acendido o estopim duma revo-

É importante não esquecer que

lução. Foi quando os olhos dos cria-

sempre há o conjunto cavalo-cava-

Eu gostaria de ver o incremento

dores se voltaram, primeiro, para o

leiro e o aspecto subjetivo que isso

(além do Freio de Ouro), de provas,

San Daniel El Tira montado por Jorge L. Lasserre

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gastante! O cavalo, minha terapia!


decisivas na seleção, onde não haja

filhos) se dedicam ao laço, working

aferição morfológica.

cow horse e rédeas. Constatou que

Sonho – e não estou sozinho –

o crioulo é um cavalo muito compe-

com disputas ferrenhas entre cavalos

titivo e também que escolheu um

extremamente funcionais, vocacio-

caminho interessante de seleção

nados para o trabalho na atividade

integral. “Existem uma série de ava-

campeira, independentemente da

liações morflógicas que se alinham à

morfologia. Imaginem a emoção de

funcionalidade”, diz. Mas alerta que

ver nossos cavalos – injustamente

o preciosismo pode acabar dividin-

(haja vista a inerente subjetividade)

do a questão e muitos criadores se

denominados “feios” – levar plateias

tornarem apenas “morfologistas”.

de aficionados ao delírio.

E à medida que alguns indivíduos

Alguém já disse que o cavalo

fogem um pouco do rigor desse pa-

é a beleza em movimento. E não é

drão, podem muitas vezes deixar de

só isso. Essa palavra singela – movi-

dar uma contribuição interessantes

mento – está por trás das grandes

em termos de função. O que Aze-

descobertas da humanidade. Desde

vedo se refere, em última análise, é

a invenção da roda, do motor, das

evitar o exagero para um lado ou

grandes descobertas da física e ou-

para outro. “Nos cavalos, o mérito

tras ciências. Não haveria de ser dife-

individual é muito grande. E é muito

rente no mundo do cavalo.

importante prestar a atenção na sin-

Paulo César Nunez Azevedo transita em duas raças, o crioulo e

Clóvis Barros

gularidade de cada animal”. E fala de uma busca que nunca cessa: Quem busca performance busca

de 70, quando começou a revolu-

sempre o melhor cavalo do mundo.

ção funcional na raça crioula, ele

E nisso a gente sempre deve questio-

via no cavalo de esporte o caminho

nar o exagero. É preciso ter um cavalo

para a ampliação de um universo

correto morfologicamente mas saber

que se restringia ao sul. E foi assim

que quando esse animal se movimen-

que fez. Ele e a família (esposa e três

ta ele se compensa. Fotos: Alexandre Teixeira

o quarto de milha. Desde a década

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Azevedo fala de um processo

único entre a natureza indoma-

de seleção dentro do que chama

da e o seu controle pela mão da

de “dinâmica evolutiva”. Ou seja,

razão: domar o cavalo, domar a

o cavalo, o homem, o meio am-

liberdade. Exagero de lingua-

biente e suas circunstancias.

gem, talvez – liberdade não se

E então se reacende a primei-

doma, porque senão ela perde

ra de todas as circunstancias, o

o sentido. E no entanto um mo-

instante em que, frente a frente,

mento único que se renova a

homem e cavalo se defrontam

cada dia. Enquanto houver um

onde se mesclam inteligência,

único humano e um único cavalo

instinto, uma relação ancestral

no mundo, eles significarão isso:

que parece perdida no tempo

a liberdade a ser conquistada na

mas se reaviva nesse instante

dinâmica do movimento.

Foto: Alexandre Teixeira

Paulo Cesar Azevedo

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A descendência de El Tira

no Brasil

U

m dos primeiros criadores brasileiros a buscar cavalos no Chile,

Antoninho Bastos estuda há mais

de tres décadas as principais linhagens de cavalos chilenos que se impuseram no

criatório brasileiro. Ele revisou manadas, palmilhou criatórios, acompanhou provas e escolheu grandes animais que vieram ao Brasil. Cavalos como Trongol Pilpilco e éguas como Santa Verônica Rosquera (filha de Las Mercedes Taco) e El Ideal Asi Guarda, mãe de BT Delantero, adquirida em sociedade com Flávio Bastos Tellechea. Neste depoimento, Antoninho fala dessas linhagens e especialmente de um cavalo que teve orgulho de produzir, Santiago de São Bibiano, trazido no ventre de Rosquera quando veio do Chile. Santiago é filho de San Daniel El Tira, que descende de Santa Zulema El Huila, cuja linhagem remete a animais de muita explosão e aptidão vaqueira. Estudioso, Antoninho pesquisou as grandes linhaFoto: Alexandre Teixeira

gens funcionais e encontrou em Taco, Estribillo e El Huila pais que fizeram vencedores a animais de extrema capacidade funcional.

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Entre as principais linhagens

O senhor viu

E o Santiago,

chilenas, o Santa Zulema El

pessoalmente o El Tira ?

que descende dessa linhagem?

menos indivíduos aqui,

Vi. Era um cavalo espetacular, com

O Santiago pra mim fez um trabalho

mas tem descendentes.

um avanço bárbaro, com muita co-

aqui na São Bibiano que dificilmente

E tem um filho dele, o San

ragem de pechar. Competiu muitos

outro cavalo vai conseguir. Ele une a

Daniel El Tira (avô materno de

anos em Rancágua. Teve grande

parte funcional, de temperamento,

Muchacho de Santa Angélica)

desempenho que depois se mostrou

de avanço ( é um cavalo que vai só

que é pai de um cavalo seu, o

aqui na descendência dele, como na

pra frente) e contribui muito na mor-

Santiago. Qual a importância

mãe do Muchacho ( La Amanecida

fologia. É um cavalo muito correto e

desse cavalo no seu criatório?

Muchachita).

deixou uma descendência de padro-

Huila é o que talvez tenha

nização do plantel da São Bibiano O que se nota na descendência do

espetacular. A genética dele passa

Em 1982, quando fui no Chile pela

Muchacho é que os filhos dele aliam

também o equilíbrio morfológico.

primeira vez, fui para comprar cava-

muito explosão e docilidade.

Ele é de um grupo reduzido de chi-

lo para mim e meus tios – tínhamos

lenos que aliou a funcionalidade à

uma parceria de cavalos na Santo

A característica do El Huila no Chile é

Ângelo, Nazareth, Itapitocai e São Bi-

que sempre foram animais com mais

biano. Fui com a função de encontrar

explosão. Embora morfologicamen-

Tenho um grupo de matrizes que me

reprodutores. E um dos cavalos que

te não fossem os melhores. Conheci

reservei e considero a elite das mi-

me chamou a atenção e eu quis com-

o Huila. De fenótipo não era atrativo,

nhas éguas.

prar foi o El Tira. Naquele momento

mas tu montava nele – era um cavalo

ele estava participando de Rancagua

pequeno – e parecia um gigante. En-

O Santiago está com 31 anos (nasceu

e tinha 11 anos. Infelizmente, naque-

trava na mangueira e levantava boi

em 15/09/1983). Tenho uns quantos

la oportunidade o regulamento da

pra tudo que era lado. Tinha muita

pais filhos dele que retive, o Havaia-

ABCCC não permitia importar cava-

capacidade funcional e coragem. E

no, o Ousado, o Faisão, que tenho

los com mais de dez anos. Por essa

isso trasmitia aos descendentes.

em parceria com o Gustavo Goulart,

morfologia.

razão o El Tira não veio para o Brasil. Mas eu comprei uma égua filha do Taco ( Santa Verônica Rosquera) e condicionei a compra com a cobertura do El Tira. Consegui isso através do meu amigo Cézar Nunez. Rosquera tinha sido várias vezes finalista em Rancagua. E dela veio o Santiago. É uma continuidade de El Huila, através do El Tira.

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San Daniel El Tira


Em termos gerais de plantel o que acrescentou o sangue do El Tira? chileno puro, filho da Aculeo Presilla.

expandiu a genética dele.

Busquei essa funcionalidade. A base

O Faisão é o que eu falo do Santiago:

O Santiago veio pra cá por causa do

do plantel da São Bibiano é de éguas

um cavalo de muito boa funciona-

pai dele. Como não consegui trazer

argentinas e eventualmente uru-

lidade e morfologia muito correta,

tive a sorte de comprar essa égua,

guaias. Havia necessidade de incor-

é o protótipo do pai dele. O Faisão

que era muito boa. A mãe dele pro-

porar esse sangue chileno. Fui nessa

prestou um serviço muito grande

duziu a Chilena 1000 de São Bibiano

busca , compramos quatro ou cinco

naquela região de Piratini, o Gustavo

que foi Grande Campeã de Esteio.

reprodutores, mas a minha preferência sempre foi o El Tira. Tive a felicidade de tirar o Santiago, filho dele, que

Foto: JG Martini

me preencheu isso.

Santiago de São Bibiano com 31 anos

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Foto: Alexandre Teixeira

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Descarado a nova aposta funcional Sangue não é água, diz a sabe-

Pichidegua Satanás (potro finalista

doria popular. Em termos de cava-

de Rancagua e de ranking nacio-

los, essa premissa vai se provando

nal), neta materna de San Daniel El

ao longo do tempo. Gerações se su-

Tira. Seu pai Santa Isabel Escorpion

cedem e, se olhar a genealogía, se

é Campeão Nacional de Rodeio

verá que nessa árvore estão raízes

com quatro filhos também campe-

e galhos que explicam o produto. O

ões nacionais.

mais novo padreador a chegar para

Descarado, antes de ir ao Brasil,

a Cabanha Veio D’Agua é La Espe-

foi campeão de exposição (Expo

ranza Descarado, descendente de

Curicó), correu em rodeio e foi pre-

um tronco familiar de grande apti-

miado além de obter o premio Selo

dão funcional. César Nuñez opina

de Raça ( no Rodeio Semana de la

sobre Descarado: É um cavalo de

Chilenidad).

excelelente morfología e função

Nuñez lembra ainda que Desca-

que reúne, na linha materna, os

rado se soma a um plantel com li-

melhores sangues do Criadero La

nhas de sangue extremamente fun-

Esperanza, Colin Que Más Da Em

cionais: A Cabanha Veio D’Agua, ao

Domingo e La Esperanza Simpa-

levar mães de comprovadas linhas

tia. Sua mãe Esquinita (finalista de

de sangue como: Santa Elba Des-

Rancagua), excelente égua funcio-

punte, Calafate Custodio, Santa Isa-

nal, filha de Puchaura Esquinazo,

bel Escorpión, Colín Que Más Da En

Campeão do Chile de Rodeio e La

Domingo, La Esperanza Esquinazo

Esperanza Querida, filha do gran-

II, deu um grande salto ao se con-

de Colin Que Más Da Em Domingo,

solidar como uma cabanha com

várias vezes finalista em Rancagua

mães de linhas muito funcionais e

e pai com vários filhos excelentes

com excelente morfología, todas

em rodeios. Sua mãe La Esperan-

provenientes de ventres altamente

za Simpatia filha de El Aromo de

exitosos de rodeios Chilenos.

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institutomartinellirs@martinelli.adv.br

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Reproductores de Pura Raza Chilena em um

livro inédito Arturo Montory G.

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T

odas as raças tem uma co-

ordenados por familias.

individuais a partir de influên-

luna vertebral que é o or-

Este livro está dividido em

denamento genético dos

duas partes. Em cada uma de-

Um bom exemplo disso é Taco,

seus exemplares. Eles são hierar-

las se estudam cerca de 1.000

não necessariamente por linha de

quizados por méritos diversos e

exemplares

e

pais diretos de Taco senão através

por suas características muito es-

éguas. Inicia-se com os primei-

de suas mães. Ou seja, em mãe

peciais que constituem uma raça.

ros reprodutores conhecidos e

Taco ou Estribillo, que através daí

Também é comum dar nome

com numeração no Stud Book,

reúna todas as caracteristicas de

e ordem à genealogia pelos ma-

o que acontece desde 1837 em

um chefe de raça com o pai sendo

chos, deixando de lado as fêmeas,

diante, onde se sucedem até

um exemplar de outra familia.

que aportam 50% em cada pro-

hoje mais de 15 gerações.

entre

cavalos

cias de uma ou outra familia.

Dessa maneira podemos bus-

duto. Neste livro, nos impomos

Há familias cuja linha pater-

car novas combinações exitosas de

a tarefa de valorizar e difundir o

na está extinta, mas continuam

exemplares que, em sua linha dire-

valor intrinseco das éguas desta-

até hoje através das mães. Não

ta, já desapareceram. Este livro ofe-

cadas da raça, seja em morfologia,

existem exemplares machos e

rece um mapa completo dos mais

rodeio ou movimento a la rienda.

femeas cujo pedigree seja exclu-

destacados exemplares machos e

São as mães que se destacaram

sivo de uma única familia, todos

fêmeas da raça, o que ajudará os

desde 1893. Também aponta-

estão mesclados entre si, mas se

criadores a formar novas combina-

mos os cavalos mais importantes,

diferenciam em caracteristicas

ções desejadas e exitosas.

Famílias em Destaque Angamos

Gacho

Chamal

Africano

Alcatraz

Guante

Com Alfil II,

Com Rin Tin Tin,

Com Gañancito,

Com Olvido,

Com Rigurosa,

Com Cristal I,

Alicanto, Corzo,

Atalaya, Guarapo,

Riguroso,

Bureo,

Flotador,

Quebrado,

Quicio, Batro,

Colibrí, Nunca

Piedraita,

Mirquen.

Salteador,

Comunista,

Hornero, No

en Domingo,

El Huila,

Reparo,

Guaraní,

Me Toques,

Papayero.

El Tira.

Picunto,

Picaporte, Taco

Aniversario,

Batelero,

e Estribillo.

Coirón III, Percala,

Morocho,

Nutria II, Rotoso.

Andrajo, Roncador, Ronquera.

Enfim se abordam todos os exemplares mais destacados. Esta publicação está a disposição dos leitores a partir de março de 2015.

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

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Em março a emoção de mais uma

Foto: JG Martini

prova funcional

22

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15


A

segunda edição da prova da Cabanha Veio D’Agua acontece no dia 18 de

março no Parque Assis Brasil, em

Esteio. É uma prova para animais adquiridos no remate, sem avaliação morfológica e sem mangueira. “Criamos cavalos com foco na performance funcional. A prova é nosso laboratório para avaliação dos cruzamentos e consistência funcional das famílias. Se houvesse morfologia talvez alguns compradores nem preparassem um cavalo extremamente funcional apenas por ter baixa morfologia nos padrões de avaliação atual. A idéia é medirmos apenas função” explica Gustavo Goulart, da Cabanha Veio D’Agua.

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

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A prova tem uma premiação to-

A égua é filha de Santa Elba Señue-

tal de R$ 50 mil. Todos os lotes cuja

lo e o proprietário é Milton Martins.

parcela de compra tenha sido de

Na verdade, essa prova se insere

no mínimo 200,00 estão automa-

no perfil de criação da Veio D’Agua.

ticamente habilitados, desde que

Cabe ressaltar que a retirada da pro-

estejam em dia com os pagamen-

va de mangueira é no sentido de

tos na data da prova , no dia 18

preservar os animais, pois a maioria

de março. O primeiro lugar levará

está por volta dos três anos de idade.

para casa uma Chevrolet Monta-

A mangueira requer mais exigência

na Zero Km, o segundo lugar uma

e amadurecimento do cavalo. “Não

moto, o terceiro lugar R$ 3.000,00

há qualquer ligação com a discussão

e o quarto lugar R$ 1.500,00. A en-

sobre o fim da prova de mangueira”,

trega de prêmios será a noite, no

ressalta Goulart. Ele também fala do

início do leilão dos lotes que con-

foco funcional da cabanha:

correm a prova do próximo ano. O

Começamos a criação em 2001 e

leilão ocorrerá no restaurante NB

desde lá procuramos conhecer , es-

Steak do Beira Rio.

tudar desenvolver genética funcio-

A primeira prova teve em torno

nal. Nos apaixonamos pela seleção

de 15 participantes e foi realizada

funcional feita no Chile e focamos

no Sindicato Rural de Guaíba. “A

no caminho de animais em fecha-

pista estava pesada pois havia cho-

dos em sangues funcionais chilenos.

vido muito mas foi possível uma

Contamos hoje com 45 éguas chile-

boa avaliação dos animais em pis-

nas importadas e adquiridas aqui

ta”, avalia Gustavo Goulart. O pri-

no Brasil. Além do gosto funcional

meiro colocado foi o lote Aquarela

de sangues chilenos fechados há

das Três Pontes (adquirida das ca-

um nucleo de tobianos na cabanha,

banhas Veio D’Água e Três Pontes).

com foco em tobianos negros.

Ariovaldo e Gustavo Goulart

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RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15


Uma paixão:

tobianos O

nome tobiano teve origem no século XVII, após a invasão de Buenos Aires na

Argentina, pelas tropas do General brasileiro Tobias de Aguiar. O grosso da cavalaria era composta por cavalos de pelagem pampa, que era praticamente

Foto: Alexandre Teixeira

desconhecida na Argentina até aquele momento.

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

25


Cecília Goulart

Posteriormente, o nome tobiano

Com passar dos anos já com os

passou a designar esta pelagem em

filhos criados, tivemos a oportuni-

uma alusão aos cavalos da tropa do

dade de adquirir o sonho de ter um

General Tobias. Nascido em Soroca-

pedaço de terra, atualmente pos-

ba em 04 de outubro de 1795, numa

suímos algumas éguas tobianas e

família de fazendeiros. O Brigadeiro

um cavalo de montaria (presente de

Rafael Tobias de Aguiar teve uma

um amigo) e potros e potras destas

vida tumultuada e com uma curiosa

éguas filhas principalmente do Fai-

relação com nosso estado, sendo até

são”, declara Cecília, a matriarca da

hoje conhecido com o homem que

família Goulart.

deu o nome aos nossos tobianos.

26

“Apesar de termos um projeto

Para Cecília Goulart esta paixão

que é o nosso foco, a busca de um

começou quando menina, criada no

cavalo de sangue chileno puro que

interior da cidade de Arroio Gran-

seja funcional e correto morfologi-

de, sempre foi encantada por este

camente, as “tobianas da mãe e da

tipo de pelagem. “Esta pelagem dos

Martina, a neta que também apre-

tobianos sempre chamou a minha

cia esta pelagem” dão um brilho

a atenção, mas só depois de adulta

especial a nossa manada de pretas,

que consegui um animal tobiano, já

picaças e zainas. Esta tendência é

no interior de Piratini, terceiro distrito,

crescente para um grande numero

na localidade Pedregal, onde residia a

de criadores, vem buscando esta pe-

família do meu marido, animal colo-

lagem, a morfologia e função, afir-

rado com manchas brancas.

ma Gustavo Goulart.

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15


Por que escolher

tobianos?

N

ão há muita discussão ou

O que se sabe é que o preconcei-

começam a aparecer. Já temos ani-

polêmica sobre a beleza

to, e mesmo a disponibilidade, fez

mais tobianos em domingos na final

da pelagem tobiana, po-

com que animais tobianos tiveram,

do Freio de Ouro (Expresso do Elebê,

demos dizer ser consenso que ani-

durante muito tempo, menos pos-

por 2 anos consecutivos), há outros

mais tobianos chamam atenção

sibilidade de cruzar com a elite da

semifinalistas e animais tobianos par-

por onde passam.

genética funcional da raça, logo, não

ticipando com sucesso de credencia-

passaram pelos mesmos critérios de

doras e outras provas funcionais. A

seleção das outras pelagens.

Baronesa, quando de minha proprie-

Quando “entrei” na raça crioula, o primeiro animal que adquiri foi uma potranca tobiana, Baronesa Mi Flor

O preconceito é tamanho que,

de Santa Rita, uma descendente da

por exemplo, na Argentina, os tobia-

Outro ponto importante tem sido

grande Konia de São Martin, linha-

nos não são registrados como cavalos

a valorização comercial da pelagem,

gem da família Pons. Foi escolhida

crioulos de raça pura. Os argumentos

tobianos tem sido muito procurados

porque era simplesmente bonita, já

são do tipo: “Vieram depois, nas ma-

e, inclusive, tem sido responsáveis

que eu nada conhecia de genética na

nadas de um tal Coronel Tobias”, e

por melhorar a média de preço em

raça crioula, muito menos das princi-

coisas desta natureza...

vários remates.

pais linhagens de sangue.

dade, foi finalista do Bocal de Ouro.

Há mais de 20 anos que vou a to-

Sem me extender, amigos, creio

Todo orgulhoso, contei para meus

dos os recantos da Patagônia e, pelo

que pude colaborar na resposta à

amigos crioulistas, e, para minha sur-

menos nos últimos 6 anos, tendo

pergunta: Porque escolher Tobianos?

presa, alguns deles me disseram: Ih,

prestado atenção nas manadas de lá.

Como muitos de nós, ado-

logo tobiano? Não sabes que são ca-

Acreditem, pelo menos 10 a 15% dos

ro desafios e não comungo com

valos funcionalmente ruins!!!

animais que vejo por lá são oveiros

preconceitos.

Procurei pesquisar a explicação

e tobianos, e é muito mais provável

científica para tal afirmação e, obvia-

que estes animais descendam das

mente, nada encontrei. Preconceito,

manadas dos Mapuches do que das

puro preconceito, baseado em em-

tropas do Coronel Tobias...Fiesta Car-

pirismo ou em “sólidas” bases científi-

dal, égua do afixo do grande Solané,

cas do tipo: “Vovô nunca gostou...”

era uma tobiana, provavelmente des-

Por favor, amigos, não há nenhu-

cendente das manadas do Chubut.

ma ligação genética ou cromossômi-

A perspectiva está mudando,

ca que associe a cor de uma pelagem

felizmente. Tobianos têm sido cru-

com desempenho funcional, habili-

zados com a melhor genética e os

dade ou inteligência.

resultados funcionais e morfológicos

Ricardo Kroef (Tita), Cabanha El Barquero

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

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O hippus

Foto: Felipe Ulbrich

o mito e os deuses em movimento

28

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15


D

esde que o planeta se mo-

imperador em cima, sincronizando

podia ir mais longe. Nas planícies do

vimenta, em eras remotas,

com o corpo o ímpeto do cavalo.

sul da América, ao pé da Cordilheira

o cavalo vem se forjando.

Assim se conquistava o mundo:

dos Andes ou nos campos da Amé-

Seus antepassados remontam a 60

cavalaria ligeira, guerreiros impe-

rica central ou do norte, foi o cavalo

milhões de anos, através do eohi-

tuosos e sede de vencer. Quando

que forjou o homem – o pastor, o

ppus, um pequeno herbívoro de 35

os mouros invadem a Penisula Ibé-

guerreiro, o andarilho, o desbrava-

centimetros de alçada e pés e mãos

rica, com seus pequenos cavalos

dor ao qual deram nomes como

de quatro dedos. As transformações

berberes, domados à gineta e com

gaucho, huaso, charro ou cowboy.

da terra, a luta pela sobrevivência

facilidade de movimentos laterais, o

Estampas da mesma matriz onde se

e a evolução foram aumentando

exército europeu e seus cavalos pe-

forjam, no horizonte, o gado, a con-

a alçada, os quatro dedos se trans-

sados acostumados só ao choque

quista, a distancia, a solidão e, sobre-

formaram num único casco e a do-

nada puderam fazer. Da realidade

tudo, a cumplicidade com o cavalo.

mesticação só foi acontecer milhões

ao imaginário, foram se escrevendo

A mesma cumplicidade de Ale-

de anos depois, em torno de 4.000

mitos como o do Deus Sol e carros

xandre e Bucéfalo, a mesma simbio-

anos A.C. Para ser, especialmente,

puxados por cavalos, a lenda de

se encarnada no centauro, a mesma

animal de trabalho e de guerra. E de-

Pégasus o cavalo alado, a simbiose

força com que os quatro cavalos

le se exigiu, desde sempre, um atri-

entre homem e cavalo do centauro

puxam o carro do sol. Toda vez que

buto básico: movimento. Um dos

– por natureza impetuoso e sensível,

um homem e um cavalo se colocam

mais impressionantes monumento

como Quiron, que ensinou a virtude

em movimento, milhões de anos

que simboliza isso é a estátua de

a um príncipe.

e de história se unem neste gesto

Alexandre Magno ( o imperador e

Do velho continente à nova

simples do pé no estribo, a mão na

grande líder militar do império gre-

América, o cavalo foi acumulando

rédea, o bater de cascos em alguma

go que viveu nos anos 326-323 A.C

essa carga de magia e realidade. Foi

direção. São deuses, mitos e histó-

) e seu cavalo Bucéfalo. Sentado so-

com ele, sempre, que se conquistou

ria que revivem. Talvez isso expli-

bre as patas, avançando em frente, o

a terra estranha, se fincou raízes ao

que um pouco o fascínio do cavalo

cavalo parece se alçar ao céu com o

mesmo tempo em que, sempre, se

montado.

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

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30

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15


Um épico no mapa do coração Renato Dalto

O

vento acalmou e nunca

nos relatos, na minúcia dos fatos

dia. O espanto do cachorro Pitoco

tinha visto tanto beija-

históricos, no contar, recontar, reler,

ao se deparar com a crueldade da

-flor assim naquelas ter-

construir a memória coletiva de um

cidade, a saga de Anaí.

ras, próximas ao arroio Velhaco, nos

estado que, para ele, poderia se re-

Moro em Porto Alegre por con-

campos de Camaquã. Alguma al-

sumir numa frase. Gostava de dizer

tingência; continuo um fronteiriço

ma pura devia estar partindo para

que o mapa do Rio Grande do Sul

desgarrado que só se acha campo

a Terra sem Males naquelas horas.

tem a forma de um coração. Insis-

afora e isso me obrigou a também

Barbosa Lessa contou assim em “Era

tia em nossa tendência para a fra-

buscar um refúgio nas proximida-

de Aré”: quando morrem as crian-

ternidade, embora não se furtasse

des de Camaquã. Tenho tendência

ças guaranis, sua alma se deposita

de descrever degolas e rivalidades

a só me encontrar quando sigo

numa flor, depois vem o beija-flor e

resolvidas a sangue. Ele nos deu o

para o sul. Conheci o Lessa nessas

a leva no bico até a Terra sem Males.

mapa e a chave para seguir viagem

lides jornalísticas de entrevistas,

Naquele Domingo de um calor in-

por este estado de imigrantes e pe-

relatos, reportagens e daí nos tor-

tenso, era a alma dele que já devia

los-duros. Nos falou de origens, do

namos próximos. Participamos, em

estar ali. Depois, o silêncio entre-

fogo ancestral capaz de nos reunir

parceria, de dois projetos. Conheci

cortado pelo galope dos potros na

em torno do mate, nas cantigas de

Água Grande, o pedaço de paraí-

coxilha, o retoço da cachorrada, as

roda, nas almas que partem carre-

so onde ele e Dona Nilza abriam a

éguas atadas na sombra das árvo-

gadas pelo beija-flor.

casa e o coração a quem chegasse.

res, pareciam compor um quadro

A palavra, a geografia e talvez

onde se misturavam ternura, lem-

essas coisas inexplicáveis do desti-

brança e dor. O Lessa já devia andar

no nos aproximaram. A descoberta

E ele passeava naquelas matas

estrivado no vento, orvalhado nas

da obra foi há muito tempo, na pri-

com pés de erva-mate, mostrava

flores, tramando alguma conversa

meira edição de Rodeio dos Ventos

o monjolo triturando as folhas mo-

com o matraquear das folhas.

(RBS/Editora Globo, 1978). Lá esta-

vido pelas águas da cachoeira, co-

Barbosa Lessa foi tudo aquilo

va Cabos Negros, o baio que só se

movia-se com os olhos mansos de

que escreveu, mas a palavra é ape-

deixou montar por João Batista, o

Apolo, o cachorro que era filho de

nas uma parte de sua obra. Porque

escravo rebelde que só pensava na

um graxaim. Dona Nilza se orgulha-

a obra não está nos livros, mas no

liberdade. A Gênesis Guarani con-

va de suas alquimias e receitas, en-

homem. Lessa foi sua própria obra,

tando que nascemos da comunhão

tre elas os bolinhos de urtiga. E dos

na casa sempre de portas abertas,

das forças que regem a noite e o

bálsamos que fazia para suavizar o

Era ali que o Lessa redemoinhava em seu próprio centro.

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

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sono das pessoas, seus travesseiros

No contanto pessoal, ele tam-

o fogo é irmão. No fulgor da chama,

de macela e outras ervas medici-

bém era um homem sempre reve-

o guri se torna homem ouvindo e

nais. E havia as indicações de ervas

lando outras facetas. Foi um esteio

entendendo a si mesmo. É a bela

redigidas pelo Lessa. E os temperos

para o Movimento Tradicionalista

descrição de Lessa sobre um ritual

e cheiros bons da cozinha conjuga-

Gaúcho, mas desde 1959 havia pa-

dos guaranis, a passagem de um

da com a grande sala. No café da

rado de tomar chimarrão. Estava fa-

jovem à maturidade. Primeiro, ele

manhã na grande varanda, se avis-

zendo uma pesquisa no Rio Grande

vem de longe até a roda do fogo

tava o paredão de mata de frente,

do Norte, a erva-mate terminou e,

onde os mais velhos falam. Depois,

os tons de verde se sucediam e o

sem o chimarrão, teve dor de cabe-

vai se aproximando aos poucos,

Lessa chuleava a bonança depois

ça e outros embaraços. Decidiu en-

até o centro, sempre ouvindo e si-

da chuva para ver o arco-íris. Em

tão eliminar o mate da rotina, para

lenciando. Ninguém saberá com

volta da casa, muitos bebedouros

não atrapalhar as pesquisas. Nessa

precisão quando este menino se

para o passaredo. E eles vinham,

época, andava pelo país pesqui-

tornará homem. Somente ele, ao

bebiam e partiam serenos.

sando o folclore, esse costume que

ouvir sua voz interior, identificará a

Ali estava a obra. Bastava silen-

nunca abandonou. Sempre tive a

plenitude da maturidade. Agora, é

ciar, observar e depois relatar. Por-

desconfiança de que tudo isso era

um homem: aprendeu a escutar.

que um texto não nasce apenas do

um pretexto para o Lessa conhecer

Era preciso ter tempo e discer-

domínio da palavra, que pode ser

mais gente, estabelecer mais laços,

nimento para escutar o Lessa falan-

apenas um disfarce. Nem na apro-

abrir mais possibilidades de encon-

do. Porque era um homem cheio

priação de um grande fato históri-

tros e afetos.

de pausas e lembranças. Não era a

co, de um ato de bravura em uma

Era comum ele conceder uma

fala a serviço do verbo. Era o verbo

batalha, em acordos de honra que

entrevista e depois pedir telefone

sorvido pelo relato no seu tempo

vivem nos ludibriando numa sau-

e endereço do entrevistador. E não

certo, essa medida entre falar e si-

dade sem sentido de uma glória

era raro que telefonasse depois.

lenciar. Atahualpa Yupanqui cons-

perdida. Pelas mãos do Lessa, be-

Gostava de fazer visitas e receber

tumava contar a história de um

bemos em outras fontes. Ele nos

pessoas. Mantinha sempre um pé

camponês. Parado, campo ermo

ensinou: não somos heróicos por

no paraíso de Água Grande e outro

à frente, de costas para a monta-

nossas hipérboles; somos do tama-

no mundo. E fazia questão de man-

nha, ele canta. Chega então um

nho das coisas que o nosso coração

ter uma espécie de convite perma-

viajante e, ao perceber o forasteiro,

consegue tocar.

nente para que os visitassem (ele

o camponês silencia. Houve então

e Dona Nilza) no refugio ao pé da

o pedido do recém chegado para

Serra do Herval.

continuar cantando. Então respon-

Seguiremos neste “mundo véio sem porteiras”, como dizia o capi-

32

tão Rodrigo Cambará, folheando,

Na obra também está esse fascí-

de: “O senhor não deve escutar o

revendo, redescobrindo a obra do

nio pelos encontros. Nos relatos, há

meu canto, mas o canto da mon-

Barbosa Lessa. E vamos encontrar

sempre a figura humana no centro

tanha, que é muito mais bonito do

sempre novidades. Uma história

da ação. Os fatos têm nome, sobre-

que o meu”.

em quadrinhos, um caso policial

nome, origem e sentimento. O fogo

As melhores canções e relatos

ligado ao marketing, um relato in-

não é apenas o crepitar da labare-

são aqueles que levamos pelo res-

fantil, uma recontagem da forma-

da no cerne da lenha. Como Fran-

to da vida. Jamais esquecerei Ca-

ção do Rio Grande.

cisco, santificado na simplicidade,

bos Negros. Não propriamente a

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15


ficção, mas o que ela suscita. Sou

desde que se descobriu, neste pla-

casa. As almas puras estavam par-

um homem dos cavalos e as duas

neta, que um ser pode dominar o

tindo naquele momento, deixando

primeiras éguas crioulas que tive,

outro, embora o Lessa insista na

um rastro de ternura, um incômo-

têm uma pelagem: são baias cabos

contramão. Para ele, nascemos

do na memória, uma saudade que

negros. São dóceis, mas de tem-

para a fraternidade e a liberdade. E

só vai aplacar quando enxergarmos

peramento brioso. Há algo ances-

um dia saberemos a hora de partir

as coisas com outros olhos. Uma

tral nelas, como se avisassem que

e nos encontrar.

criatura vai embora mas deixa sua

nasceram para a liberdade. A ré-

O vento que soprava naquele

obra, as palavras transmutadas nos

dea e o arreio são concessões, não

Domingo é agora brisa da lembran-

cantos, nas matas, nos cavalos, nas

submissão.

ça. Mas ainda guardo seus sinais. O

vozes de quem fica. Lessa nos dei-

Todo o cavalo é como Cabos

galpão rescende a cheiro de couro,

xa uma obra aberta. A obra que ele

Negros e todos nós somos um pou-

arreios, suor de cavalos e o azul em-

mesmo foi muito além da palavra. E

co como o escravo João Batista: o

pina serenidade no céu. Guardei o

o coração agradece por isso.

ferro do feitor nos faz muitas vezes

trajeto de cada beija-flor. Um deles

trabalhar contrariados, mas um dia

foi nas flores perto do cocho onde

vamos espatifar essas correntes e

os cavalos bebem água. Outros vo-

partir. É o velho sonho da liberda-

aram próximos a umas pitangueiras

de guardada em segredo. E disso

e teve um deles que chegou muito

tem se ocupado a espécie humana

perto na hora do mate em frente à

Foto: JG Martini

Texto publicado no jornal Zero Hora, Caderno de Cultura, em 16/03/2002)

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

33


Foto: Bruno Estrela

O cancioneiro Lessa em DVD

34

Um show histórico, com as

da cidade, ou em setembro. A Veio

trabalho muito tonal, simples, in-

composições de Barbosa Lessa, o

D’Agua também já patrocinou um

teressante, que retrata o cerne do

mais ilustre filho de Piratini, será

DVD de Cristiano Quevedo, tam-

cancioneiro gaúcho”, opina Rojas.

lançado em DVD. Aconteceu numa

bém nascido em Piratini, gravado

Foi então que essa simplicidade

noite antológica, no dia 5 de de-

na cidade em frente à igreja Nossa

ganhou arranjos requintados com

zembro de 2013, com um show a

Senhora da Conceição.

piano e naipe de cordas.

céu aberto em frente ao Ministério

O show que gerou este novo

São canções conhecidas popu-

da Guerra, atual Museu Farroupilha,

foi um resgate deste escritor, com-

larmente, como “Quero Quero” e

em Piratini. Com direção musical,

positor, folclorista e artista de

“Negrinho do Pastoreio”, mas tam-

pesquisa e arranjos de Sergio Rojas,

inúmeras habilidades chamado

bém descobertas interessantes,

voz de Cristiano Quevedo e produ-

Barbosa Lessa - um homem que

como um xote gravado por Luiz

ção da Faz Eventos, o evento teve o

tocou a fundo a alma e o coração

Gonzaga. Fica registrada, assim,

patrocínio da Cabanha Veio D’Agua.

da gente do sul.

mais uma face da obra múltipla de

A edição e finalização do material

Sérgio Rojas pesquisou e en-

Lessa – um legado que identifica,

está sendo realizado pela Panda Fil-

controu uma obra de Lessa em vá-

resgata e constrói a memória afe-

mes. O lançamento deve ser no pró-

rios ritmos e tons. Mas lhe chamou

tiva deste lugar onde, ele dizia, o

ximo mês de julho, no aniversário

a atenção uma coisa: “Ele tem um

mapa tem a forma de um coração.

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15


UM PEDAÇO DO CHILE NO SUL DO BRASIL

Há mais de quatro décadas os sangues chilenos fizeram uma revolução funcional no Brasil. Esse sangue segue nas veias de nossos cavalos, correndo provas e multiplicando virtudes. Os chilenos nos deram temperamento, coragem e bondade. E fizemos assim um cavalo que orgulha o sul da América.

FAISÃO DE SÃO BIBIANO Santiago de São Bibiano x Aculeo Presilha

www.veiodagua.com.br

veiodagua@veiodagua.com


LEILÃO

18 DE MARÇO - 21HS - PORTO ALEGRE/RS

42 lotes

Ao vivo:

50

BEIRA RIO

Leiloeiras:

(51) 3076 5710 www.parcerialeiloes.com.br

parcelas Edição e arte


PROVA Regulamento

Habilitados Leilão 2015

2016 O presente regulamento dispõe sobre as regras aplicáveis aos lotes habilitados à prova “+ Q ½ 2016” arrematados no leilão de 18/03/15, que se realizará entre março e abril de 2016. 1. Todos os lotes vendidos no leilão “+ Q ½ “ de 2015, identificados como habilitados no catálogo oficial, poderão competir na prova “+ Q ½”de 2016, desde que adquiridos por parcela mensal não inferior a R$ 200,00. 2. Para tal deverão ser inscritos, sem qualquer custo, através de envio de email confirmando a participação até 15 dias antes da prova para o seguinte endereço: veiodagua@veiodagua.com;

5. A premiação mínima para as provas de 2016 será: 1o lugar – 1 Chevrolet Montana 0 km; 2o lugar – 1 Motocicleta de 125 cc; 3o lugar – R$ 3.000,00 ( três mil reais ); 4o lugar – R$ 1.500,00 ( hum mil e quinhentos reais) 6. A prova: O regulamento aplicável a prova “+ q ½ 2016” será o regulamento oficial aplicável as provas do Freio de Ouro da ABCCC vigente na data das respectivas provas, excluídas as etapas de morfologia e mangueira.

*Imagens meramente ilustrativas

3. A prova ocorrerá entre março e abril de 2016, cabendo a cada participante buscar informações sobre a data e horário. Poderão fazê-lo através de informações pelo email:veiodagua@veiodagua.com;

4. Para a participação na prova é indispensável que o lote esteja com seus pagamentos em dia na data da prova;

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

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Lotes

Venda de 50% de um dos dois potros

01/02

Fotos: Alexandre Teixeira

Lago Negro do Veio D’Água SBB B402889 • RP 142 • Picaça • Macho • 21/08/2012

PUCHAURA ESQUINAZO SANTA ELBA COMEDIANTE SANTA ELBA ZARCA FAISÃO DE SÃO BIBIANO GRAN RESERVA DO VEIO D’ÁGUA MANDARINA DO ITAPORORÓ

38

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

CASAS DE POLPAICO ESTRIBILLO AYMARA TALAVERA II LAS MERCEDES TACO ACULEO PERCALA SANTIAGO DE SÃO BIBIANO ACULEO PRESILHA LA FRONTERA TORMENTO CAMPINA DO ITAPORORÓ


Esses potrancos resumem o que de melhor produzimos em termos de genética funcional. A docilidade e extrema capacidade do cavalo motor em sua última geração que se traduz em habilidade lateral e muita coragem sobre a linha baixa do chileno FAISÃO onde mais uma vez temos docilidade aliando velocidade. Coragem , velocidade instinto vaquero, habilidade e docilidade é o resumo. Em cada um dele podemos vislumbrar um complemento distinto na linha materna. LOCO traz Rigolemu chegando nas melhores linhagens ITAPORORÓ por Buenas Noches. LAGO NEGRO traz o campeão do FREIO DE OURO LA FRONTERA TORMENTO em LA INVERNADA LINGANO. Não há como abrir mão de nenhum dos dois mas podemos dividir um deles com outra criação. Oferecer o que temos de melhor ! Essa é a intenção.

Loco do Veio D’Água SBB B402892 • RP 144 • Zaina Negra • Macho • 10/09/2012

PUCHAURA ESQUINAZO SANTA ELBA COMEDIANTE SANTA ELBA ZARCA FAISÃO DE SÃO BIBIANO HORTÊNCIA DO VEIO D”ÁGUA PICA-FLOR DO ITAPORORÓ

CASAS DE POLPAICO ESTRIBILLO AYMARA TALAVERA II LAS MERCEDES TACO ACULEO PERCALA SANTIAGO DE SÃO BIBIANO ACULEO PRESILHA LAS HORTENSIAS RIGOLEMU LA INVERNADA BUENAS NOCHES III RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

39


03

A cabanha se reserva de 05 coberturas anuais.

Litigioso do Veio D’Água SBB B402890 • RP 143 • Tostada • Macho • 05/09/2012

PUCHAURA ESQUINAZO SANTA ELBA COMEDIANTE SANTA ELBA ZARCA LA FRONTERA TORMENTO MANDARINA DO ITAPORORÓ CAMPINA DO ITAPORORÓ

40

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

CASAS DE POLPAICO ESTRIBILLO AYMARA TALAVERA II LAS MERCEDES TACO ACULEO PERCALA CODINHUE TANIO LIGUENO LENTEJA LA INVERNADA LINGANO TRAPALHONA DO ITAPORORÓ


04

A cabanha se reserva de 05 coberturas anuais.

Lampião do Veio D’água SBB B447900 • RP 161 • Tobiana Negra • Macho • 12/01/2013

SANTIAGO DE SÃO BIBIANO FAISÃO DE SÃO BIBIANO ACULEO PRESILHA DESCONFIADO DE ENTRE RIOS TLT JARARACA PAPALÉGUA GAROA 76

SAN DANIEL EL TIRA SANTA VERÔNICA ROSQUERA ACULEO JORNALERO ACULEO HUAINITA BT UTRILLO SALMOURA DESTES PAGOS TEMPORAL DE PEDRAS ALTAS BT GARUA

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

41


05

Lamúria do Veio D’Água SBB B419236 • RP 140 • Zaina Rabicana • Fêmea • 08/07/2012

SANTIAGO DE SÃO BIBIANO FAISÃO DE SÃO BIBIANO ACULEO PRESILHA MACKENNA GUINDO GUINDA DO VEIO D”ÁGUA CAROLA DO ITAPORORÓ

42

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

SAN DANIEL EL TIRA SANTA VERÔNICA ROSQUERA ACULEO JORNALERO ACULEO HUAINITA LA AMANECIDA ESPERANDO MARIA PINTO GUINDA EL TRAPICHE T MAQUI INDIRECTA DO ITAPORORÓ


06

La Esperanza do Veio D’Água SBB B402899 • RP 155 • Tostada Salina Rabicana • Fêmea • 26/11/2012

SANTA ISABEL ESCORPION LA ESPERANZA DESCARADO LA ESPERANZA ESQUINITA

SANTA ISABEL CORTESIA

CASAS DE POLPAICO ESTRIBILLO MUTICURA LISTA PUCHAURA ESQUINAZO LA ESPERANZA QUERIDA

EL AROMO DE

SANTA ELBA BELLACO

PICHIDEGUA SATANAS

TREN TREN AMARGURA

SANTA ISABEL ESCORIA

CASAS DE POLPAICO ESTRIBILLO LOS MAQUIS VENGANZA

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

43


07

A cabanha se reserva de 05 coberturas anuais.

Levante do Veio D’Água SBB - - - - • RP 149 • Zaina • Macho • 18/11/2012

TINAJERA BUEN ABRIGO FOGUETE DE SANTA EDWIGES PÓLVORA DE SANTA EDWIGES COLIN ESTALLERO EN DOMINGO EL HUINGANAL CALANDRIA EL HUINGANAL COCA

44

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

CURITORO FACÓN SAN PEDRO VIGOROSA HOSPEDEIRO DE SANTA EDWIGES HUIFQUENCO MORENA COLIN NUNCA EN DOMINGO PERALILLO ESTERILLA YUNGAY BROCHA GARNICA MAPOLA


A cabanha se reserva de 05 coberturas anuais.

08

Lunático do Veio D’Água SBB B402902 • RP 158 • Lobuna • Macho • 12/12/2012

SANTIAGO DE SÃO BIBIANO FAISÃO DE SÃO BIBIANO ACULEO PRESILHA CALAFATE CUSTÓDIO LA ESPERANZA COIPINA LA ESPERANZA PINCHADA

SAN DANIEL EL TIRA SANTA VERÔNICA ROSQUERA ACULEO JORNALERO ACULEO HUAINITA SANTA ISABEL ESCRUPULOSO SANTA ISABEL CAMARERA AGUA DE LOS CAMPOS PINCHAZO LA ESPERANZA CARAJADA

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

45


09

Jasmin do Veio D’Água SBB B376676 • RP 119 • Zaina • Fêmea • 20/11/2010

SANTIAGO DE SÃO BIBIANO FAISÃO DE SÃO BIBIANO ACULEO PRESILHA BT FIADOR BANDEIRA DO MANOTAÇO GAJETA DO BOM PRAZER

46

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

SAN DANIEL EL TIRA SANTA VERÔNICA ROSQUERA ACULEO JORNALERO ACULEO HUAINITA BT APACHE BT BAIONETA BT TUTANO CABOCLA MAZANGANO


10

Légua e Meia Do Veio D’Água SBB B447898 • RP 160 • Lobuna • Fêmea • 29/12/2012

SANTA ISABEL ESCORPION LA ESPERANZA DESCARADO LA ESPERANZA ESQUINITA TINAJERA BUEN ABRIGO SJ XIBEIRA OPALA DE SANTA EDWIGES

CASAS DE POLPAICO ESTRIBILLO MUTICURA LISTA PUCHAURA ESQUINAZO LA ESPERANZA QUERIDA CURITORO FACÓN SAN PEDRO VIGOROSA MUTICURA SIN SUERTE KALIFA CANDILEJA DA SANTA EDWIGES

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

47


11

A cabanha se reserva de 05 coberturas anuais.

Lacaio do Veio D’Água SBB B402900 • RP 156 • Zaina • Macho • 04/12/2012

SANTA ISABEL ESCORPION LA ESPERANZA DESCARADO LA ESPERANZA ESQUINITA

EL ROZAL DE CHACARILLA NUNCA ESTA

48

PIGUCHEN CAPUCHINO

CASAS DE POLPAICO ESTRIBILLO MUTICURA LISTA PUCHAURA ESQUINAZO LA ESPERANZA QUERIDA SANTA ELBA RETOQUE PIGUCHEN QUE CHICA

EL ROSAL DE CHACARILLA

SANTA ELBA CONTAGIO

NUNCA EN CASA

SANTA VERONICA SOLEDAD

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15


12

Komka do Veio D’Água SBB B416922 • RP 126 • Zaina Negra • Fêmea • 02/10/2011

CALAFATE CUSTODIO LA ESPERANZA TANDIL LA ESPERANZA QUERIDA

EL ROZAL DE CHACARILLA NUNCA ESTA

PIGUCHEN CAPUCHINO

SANTA ISABEL ESCRUPULOSO SANTA ISABEL CAMARERA COLIN QUE MAS DA EN DOMINGO LA ESPERANZA SIMPATIA SANTA ELBA RETOQUE PIGUCHEN QUE CHICA

EL ROSAL DE CHACARILLA

SANTA ELBA CONTAGIO

NUNCA EN CASA

SANTA VERONICA SOLEDAD

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

49


13

Liguria do Veio D’Água SBB B427630 • RP 141 • Tordilha • Fêmea • 07/08/2012

BURGUÊS DE SANTO ÂNGELO ATRAÇÃO DO RECANTO CRIOULO BT CLAREIRA DO JUNCO MAÑANERO ZAPATAZO PLUMA DO ITAPORORÓ CUIA BUENA DO ITAPORORÓ

50

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

LA AMANECIDA ESPANTO CORONILHA 248 DE SANTO ÂNGELO LA INVERNADA HORNERO BT PELEIA DORMIDO ZAPATEADO MAÑANERO QUE LOLA LAS HORTENSIAS RIGOLEMU LA INVERNADA ESTANCIERA


14

Katia do Veio D’Água SBB - - - - • RP 130 • Tostada • Fêmea • 05/09/2012

PALMAS DE PEÑAFLOR QUE FORTACHO

COLIN QUE MAS DA EN DOMINGO LO GALLO CHUPILCA II SANTA ELBA SEÑUELO

AMEAÇA DAS TRÊS PONTES BANDEIRA DO MANOTAÇO

COLIN NUNCA EN DOMINGO EL SAUZAL QUERENCIA LAS QUILAS CAICAVILEN LO GALLO LA TEQUILA LAS MERCEDES TACO SANTA ELBA PRESUMIDA BT FIADOR GAJETA DO BOM PRAZER

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

51


15

Luminosa do Veio D’Água SBB - - - - • RP 147 • Zaina • Fêmea • 05/10/2012

FARANDOLA DO ITAPORORÓ JOTA DO ITAPORORÓ CRIOULA DO ITAPORORÓ SINUELO TUPAMBAÉ COLORES TUPAMBAÉ SANTA MARGARIDA RISCADA

52

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

LAS HORTENSIAS RIGOLEMU SERPENTINA DE ITAPORORÓ EL TRAPICHE T MAQUI LA INVERNADA PAMA MUCHACHO DE SANTA ANGÉLICA LUNA TUPAMBAÉ SANTA CRUZ INSÓLITO KONIA DE SÃO MARTIM


16

Lastima do Veio D’Água SBB - - - - • RP 148 • Lobuna • Fêmea • 02/11/2012

BT CABARET CHARQUE JUSTO JOSE CHARQUE DUNA SERESTEIRO DA TRADIÇÃO JOANA 3265 DA TRADIÇÃO JOANA 2274 DA TRADIÇÃO

LA INVERNADA DESPEJADO BT PAMPEANA CHARQUE LINDO NENE CHARQUE CIGÜEÑA JURADO DA TRADIÇÃO LA CAPILLA ROQUERIA TRONGOL PILPILCO JOANA 870 DA TRADIÇÃO

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

53


17

La Noche Do Veio D’Água SBB B402896 • RP 151 • Preta • Fêmea • 18/11/2012

SANTIAGO DE SÃO BIBIANO FAISÃO DE SÃO BIBIANO ACULEO PRESILHA SANTA ISABEL ESCRUPULOSO PO VENENOSA PUCHAURA TRENZA

54

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

SAN DANIEL EL TIRA SANTA VERÔNICA ROSQUERA ACULEO JORNALERO ACULEO HUAINITA CASAS DE POLPAICO ESTRIBILLO SANTA ISABEL SANCION RIO CLARO ENTUSIASMO AYMARA TALAVERA II


18

Kaka do Veio D’Água SBB B416921 • RP 135 • Zaina • Macho • 15/11/2011 Castrado • Domado • Não habilitado à prova CALAFATE CUSTODIO LA ESPERANZA TANDIL LA ESPERANZA QUERIDA

SANTA ISABEL CORTESIA

SANTA ISABEL ESCRUPULOSO SANTA ISABEL CAMARERA COLIN QUE MAS DA EN DOMINGO LA ESPERANZA SIMPATIA

EL AROMO DE PICHIDEGUA

SANTA ELBA BELLACO

SATANAS

TREN TREN AMARGURA

SANTA ISABEL ESCORIA

CASAS DE POLPAICO ESTRIBILLO LOS MAQUIS VENGANZA

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

55


TRADIÇÃO E QUALIDADE VARIEDADES DE SOJA CD 219 RR CD 2585 RR CD 2590 IPRO TMG 1067 RR TMG 2158 IPRO FPS URANO RR FPS JUPITER RR

FPS ANTARES RR TEC 6070 RR TEC 5936 IPRO TEC 7849 IPRO IGRA 626 IGRA 818

PROTEJA-SE CONTRA A FERRUGEM Conheça variedades Inox! TMG 7161 RR TMG 7262 RR

(54) 3330.2206 - Carazinho/RS

w w w. s e m e n t e s e c a b a n h a t o m b i n i . c o m . b r


Foto: JAlexandre Teixeira

“A base do plantel da São Bibiano é de éguas argentinas e eventualmente uruguaias. Havia necessidade de incorporar esse sangue chileno. Fui nessa busca , compramos quatro ou cinco reprodutores, mas a minha preferência sempre foi o El Tira. Tive a felicidade de tirar o Santiago, filho dele, que me preencheu isso.”

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

57


19

Fotos: Alexandre Teixeira

GB Malala SBB B397483 • RP 72 • Baia • Fêmea • 11/12/2012

SANTA ISABEL CARAMBOLERO TORPEDO DE SÃO BIBIANO ESTAMPA DE SÃO BIBIANO SANTIAGO DE SÃO BIBIANO GB ESMERALDA GB BAMBINA

58

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

SANTA ISABEL RIO NEGRO SANTA ISABEL TACAÑA SANTIAGO DE SÃO BIBIANO EL IDEAL ASI GUARDA SAN DANIEL EL TIRA SANTA VERÔNICA ROSQUERA LA MANANA FACUNDO TALEIRA 722 DE SÃO BIBIANO


20

Donalda 2336 de São Bibiano SBB B411356 • RP 2336 • Gateada Bragada • Fêmea • 01/12/2012 CAMB TONCHO

ÍNDIO DO BOEIRO

ADEGA DO BOEIRO

LUZEIRO DO CARUMBÉ

BT ANGICO DO JUNCO

IGUAPÉ 364 DO CARUMBÉ

IGUAPÉ 01 SANTIAGO DE SÃO BIBIANO

FAISÃO DE SÃO BIBIANO

ACULEO PRESILHA

DONALDA 1668 DE SÃO BIBIANO DONALDA 1276 DE SÃO BIBIANO

ZANAGO DE SÃO BIBIANO DONALDA 778 DE SÃO BIBIANO

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

59


21

Encarnación 2318 de São Bibiano SBB B397209 • RP 2318 • Baia Encerada • Fêmea • 14/11/2012

LA INVERNADA HORNERO BT OLIMPO DO JUNCO BT NAVALHA

ENCARNACIÓN 1509 DE SÃO BIBIANO

60

SANTIAGO DE SÃO BIBIANO

TREN TREN ARREBOL ACULEO NUTRIA II LA INVERNADA ANIVERSÁRIO BT GUAJUVIRA SAN DANIEL EL TIRA SANTA VERÔNICA ROSQUERA

ENCARNACION 891

TRONGOL PILPILCO

DE SÃO BIBIANO

ENCARNACION 647 DE SÃO BIBIANO

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15


22

NH Eleonore D’Aquitania SBB B416146 • RP 98 • Gateada • Fêmea • 10/12/2012

SANTA ISABEL RIO NEGRO SANTA ISABEL CARAMBOLERO SANTA ISABEL TACAÑA DEFENSOR DE LAS FLECHAS ZAFIRA DA ASA BRANCA

LAS AGATAS RIGUROSO TRONGOL GUADABA LAS MERCEDES TACO SANTA ISABEL ESCONDIDA LA INVERNADA HORNERO BT HORMIGA

RAMA NEGRA 1540

SANTIAGO DE SÃO BIBIANO

DE SÃO BIBIANO

RAMA NEGRA 1065 DE SÃO BIBIANO

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

61


23

Pitangueira 2305 de São Bibiano SBB B397188 • RP 2305 • Douradilha • Fêmea • 01/11/2012

AS MALKE IMPULSO AS MALKE PROGRESSO AS MALKE IBÉRICA

PITANGUEIRA 1518 DE SÃO BIBIANO

62

SANTIAGO DE SÃO BIBIANO

SANTA ELBA JUGUETON BT DENGOSA DO JUNCO BT JURADO ZARAGATA DE PINDAYASSU SAN DANIEL EL TIRA SANTA VERÔNICA ROSQUERA

PITANGUEIRA 1109

TRONGOL PILPILCO

DE SÃO BIBIANO

PITANGUEIRA 888 DE SÃO BIBIANO

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15


24

Rama Negra 2343 de São Bibiano SBB B401551 • RP 2343 • Douradilha • Fêmea • 09/12/2012

LA INVERNADA HORNERO BT OLIMPO DO JUNCO BT NAVALHA

RAMA NEGRA 1812 DE SÃO BIBIANO

MAÑANERO COPUCHENTO

TREN TREN ARREBOL ACULEO NUTRIA II LA INVERNADA ANIVERSÁRIO BT GUAJUVIRA LA INVERNADA ENCOMENDERO MANANERO COTORRA

RAMA NEGRA 1463

MAÑANERO PICAFLOR

DE SÃO BIBIANO

RAMA NEGRA 1094 DE SÃO BIBIANO

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

63


25

Xantipa de São Bibiano SBB B419954 • RP 2281 • Zaina Negra Bragada • Fêmea • 30/12/2011

FESTEIRO DO ITAPORORÓ ÍNDIO DA ESCONDIDA CANCOROSA DA ESCONDIDA MAÑANERO COPUCHENTO MALU 1413 DE SANTO ANGELO ESCRAVA 734 DE SANTO ÂNGELO

64

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

LAS HORTENSIAS RIGOLEMU LAVANDA DE ITAPORORÓ TALUDO DA ESCONDIDA ODISSÉIA DA ESCONDIDA LA INVERNADA ENCOMENDERO MANANERO COTORRA TREN TREN 187 DE SANTO ÂNGELO ÍNDIA 308 DE SANTO ÂNGELO


26

Zeferina de São Bibiano SBB B397227 • RP 2334 • Douradilha • Fêmea • 30/11/2012

BT NERUDA SOLUÇO DE PAI PASSO MORENA DE PAI PASSO DITADOR DE ENTRE RIOS MARTINICA DE SÃO PEDRO TINICA DE SÃO PEDRO

BT GUZMAN BT DORIANA TRONGOL PILPILCO DALVA DE PAI PASSO BT UTRILLO PALHA BRABA SOMBRA ITAI TUPAMBAÉ CPO ÂNGELA 27

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

65


Uma loja diferenciada, com vestuário, artesanato, artigos campeiros, acessórios e objetos de decoração.

(51) 3508.9596

9501.9595

facebook.com/laestanciapoa contato.laestancia@gmail.com www.laestancia.com.br

BR 116 - Km 348 facebook.com/cutelaria.davila


Eu, particularmente, gosto de montar! Não participo de provas, de qualquer modalidade de competição ou de lazer a cavalo, por absoluta falta de tempo – minha atividade profissional, como advogado de família, é absorvente e desgastante! O cavalo, minha terapia! Eu gostaria de ver o incremento (além do Freio de Ouro), de provas, decisivas na seleção, onde não haja aferição morfológica. Sonho – e não estou sozinho – com disputas ferrenhas entre cavalos

extremamente

funcionais,

vocacionados para o trabalho na atividade campeira, independentemente da morfologia. Imaginem a emoção de ver nossos cavalos – injustamente (haja vista a inerente subjetividade) denominados “feios” – levar plateias de aficionados ao delírio.

Clóvis Barros

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

67


27

Fotos: Felipe Ulbrich

Quadrilha do Cerro Frio SBB B401566 • RP 247 • Zaina Negra • Fêmea • 03/10/2012

CHICÃO DE SANTA ODESSA TRÊS PONTAS OITÃO POZO AZUL ACEITUNA ENIGMA DO AGABÊ GANDAIA DO CERRO FRIO INTRUSA DO AGABE

68

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

LA INVERNADA HORNERO T RAPOSA LAS AGATAS RIGUROSO SANTA ISABEL ESFINGE NOBRE TUPAMBAÉ CAMPEIRA DE SANTA ANGÉLICA ESTAMPIDO DO AGABÊ FANTÁSTICA DO AGABÊ


28

Parceira do Cerro Frio SBB B367485 • RP 205 • Tobiana Zaina • Fêmea • 01/10/2011

LA INVERNADA HORNERO CHIMARRÃO 09 DO HV IDAHUE OPORTUNA LANCEIRO DA RECONQUISTA ALEGRIA DO BOM FIM FACEIRA DE PEDRAS ALTAS

TREN TREN ARREBOL ACULEO NUTRIA II SANTA ELBA COBRE IDAHUE ENTONADA SANTA ELBA TACANO HORTÊNCIA DA RECONQUISTA CERRAÇÃO DA TRADIÇÃO PIPOCA DE PEDRAS ALTAS

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

69


29

Olada do Cerro Frio SBB B348314 • RP 184 • Tostada Salina • Fêmea • 02/12/2010

PIGUCHEN MISIONERO PIGUCHEN SECRETO LAS VIOLETAS LA SECRETADA CACHIMBO SOMBRA DIVISA SOMBRA ANAHY SOMBRA

70

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

PIGUCHEN CAPUCHINO PIGUCHEN NARANJERITA II BRAMADERO CHAMANTO MUTICURA ENDEMONIA CHERAPÊ CALCADO BOLEADORA SOMBRA SAN BALDOMERO PUESTERO ÁGUA CLARA SOMBRA


30

Querida do Cerro Frio SBB B401550 • RP 240 • Gateada • Fêmea • 01/09/2012

ÍNDIO DA ESCONDIDA ÍNDIO DO CERRO FRIO TALAVERA DA ESCONDIDA SINUELO TUPAMBAÉ FAÍSCA DO KAVAJU PORÃ VITÓRIA DO ZÉ

FESTEIRO DO ITAPORORÓ CANCOROSA DA ESCONDIDA SANTA CRUZ INSÓLITO NASCA DA ESCONDIDA MUCHACHO DE SANTA ANGÉLICA LUNA TUPAMBAÉ NOBRE TUPAMBAÉ JOCA DA GUAJUVIRA

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

71


Foto: Felipe Ulbrich

Oraca do Itapororó Freio de Ouro

72

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15


Linhagens de ouro, prata e bronze. Afixo Itapororó contabiliza 29 finalistas da prova máxima da raça Crioula, com duas vitórias, dois segundos lugares e uma terceira colocação, além de um primeiro lugar no Freio de Ouro da FICCC.

Foto: Arquivo Divulgacão ABCCC

Abertura Itapororó

DESCOBERTA DO ITAPORORÓ, Freio de Bronze 2002, Freio de Prata 2003 e Freio de Ouro FICCC 2003

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

73


31

Fotos: Alexandre Teixeira

Aroeira do Itapororó SBB B397134 • RP 1538 • Tostada • Fêmea • 26/11/2012

TINAJERA CHAMBERGO GALO DE SANTA EDWIGES BAIONETA DO TAMBORÉ LUTADOR DO PURUNÃ URTIGA DO INHANDUVÁ MELINCUE AGUA FLORIDA

74

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

CURITORO FACÓN SEPULTURAS GAMA TAÑIDO REDOBLADO BALISA SANTA ELBA COMEDIANTE BT BARONESA SAN PEDRO MAITEN MELINCUE AGUITA


32

Adaga do Itapororó SBB B397161 • RP 1519 • Colorada • Fêmea • 30/10/2012

TINAJERA CHAMBERGO GALO DE SANTA EDWIGES BAIONETA DO TAMBORÉ SANTA ELBA FUGITIVO TEODORA DO ITAPORORÓ BARTIRA DO ITAPORORÓ

CURITORO FACÓN SEPULTURAS GAMA TAÑIDO REDOBLADO BALISA PUCHAURA ESQUINAZO SANTA ELBA CANTERA LA INVERNADA TILO II LA INVERNADA ENCHUFADA

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

75


33

Aguardente do Itapororó SBB B397120 • RP 1530 • Colorada • Fêmea • 17/11/2012

TINAJERA CHAMBERGO GALO DE SANTA EDWIGES BAIONETA DO TAMBORÉ LA INVERNADA PASCUERO JANAINA DO ITAPORORÓ DISPUTA DO ITAPORORÓ

76

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

CURITORO FACÓN SEPULTURAS GAMA TAÑIDO REDOBLADO BALISA SANTA ELBA PUELCHE LA INVERNADA TORTOLITA IV EL TRAPICHE T MAQUI ESMERALDA DO ITAPORORÓ 23


34

Abartira do Itapororó SBB B397100 • RP 1481 • Colorada • Fêmea • 03/08/2012

LAS HORTENSIAS RIGOLEMU FARANDOLA DO ITAPORORÓ SERPENTINA DE ITAPORORÓ MACANUDO DO ITAPORORÓ QUARUBA DO ITAPORORÓ BARTIRA DO ITAPORORÓ

LOS TILOS CACHUPIN EL HUACHAN HUASAMACA LOS TORUNOS CHAGUAL LA INVERNADA PAMA LAS HORTENSIAS RIGOLEMU DEMAJADA DO ITAPORORÓ LA INVERNADA TILO II LA INVERNADA ENCHUFADA

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

77


35

Fotos: Gabriel Oliveira

Ufana do Monte Claro SBB B411866 • RP 296 • Preta • Fêmea • 27/10/2012

BT LAMBORGUINE

EL AROMO DE PICHIDÉGUA CAMPERO

BT FARROUPILHA

BT UBALDINA

BT CANHADA

GAROA COM VENTO DO MONTE CLAR

78

HARAGANO DO MATA OLHO MUTUCA DA QUINTA

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

LA INVERNADA ANIVERSÁRIO BT LAMBISGÓIA LOS PATACONES CHANGO CATITA DO MATA-OLHO BAIÃO DO ESPINILHO CHIQUITA MINUANO


36

Ungida do Monte Claro SBB B411874 • RP 299 • Colorada • Fêmea • 29/10/2012

BT FARROUPILHA BT LAMBORGUINE BT CANHADA GUANACO DA TRADIÇÃO JUSTICEIRA DO BREJO DENISE DA BRETANHA

EL AROMO DE PICHIDÉGUA CAMPERO BT UBALDINA LA INVERNADA ANIVERSÁRIO BT LAMBISGÓIA TREN TREN ARREBOL CAMPANA 428 DA TRADIÇÃO AMARGO DA BRETANHA BRETANHAS 33

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

79


37

Urgenza do Monte Claro SBB B411883 • RP 305 • Rosilha • Fêmea • 05/11/2012

ENTREVERO CHARRUA PIRAÍ FACHUDO SANTA THEREZA 459 DO PIRAÍ BT LAMBORGUINE ORIENTAL DO MONTE CLARO FUMAÇA NEGRA DO PIÁ

80

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

LA INVERNADA HORNERO CHINOCA GOLIAS LA INVERNADA SANTA THEREZA 153 DO PIRAÍ BT FARROUPILHA BT CANHADA SOBRADOR FORTIN PIMENTINHA DO CINCO SALSOS


38

Fotos: Gabriel Oliveira

Alamaula da Cascata SBB B382680 • RP 615 • Colorada • Fêmea • 17/10/2011

GENERAL DE SANTA ANGÉLICA LAMENTO DE SANTA ANGÉLICA FORTUNA DE SANTA ANGÉLICA

LA INVERNADA HORNERO TALA DE SANTA ANGÉLICA SANTA ELBA SEÑUELO CALUCA DE SANTA ANGÉLICA CLEMENTINA VENCEDOR

CAPANEGRA PINOCHET

GAZUA CAPANEGRA

PROVINCIA DA CASCATA PRESILHA DE SANTA LUCINDA

BT LINDAÇO MADRUGADA DA FELICIDADE

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

81


39

Alteza da Cascata SBB B382601 • RP 638 • Colorada Douradilha • Fêmea • 10/01/2012

GENERAL DE SANTA ANGÉLICA LAMENTO DE SANTA ANGÉLICA FORTUNA DE SANTA ANGÉLICA JAGUAR DA SANTA MARIA BALALAICA DA CASCATA BAGUNCEIRA DA CASCATA

82

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

LA INVERNADA HORNERO TALA DE SANTA ANGÉLICA SANTA ELBA SEÑUELO CALUCA DE SANTA ANGÉLICA ENTREVERO CHARRUA FUZARCA DA SANTA MARIA PALANQUERO ESTRELLERO BATINGA


40

Fotos: Faby Mattos

PG Paloma SBB B401281 • RP 186 • Preta • Fêmea • 05/11/2012

BT HARAGANO TRÊS PONTAS MATA OLHO BT DEMÔNICA BT FACEIRO DO JUNCO FADA MADRINHA VENCEDO LAGUNA DO JAREDO

EL AROMO DE PICHIDÉGUA CAMPERO BT VINAGRETE LA INVERNADA HORNERO BT MARAVILHA LA INVERNADA HORNERO BT QUERELA TIJERAL EL MOTA PRINCESA DO JAREDO

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

83


41

PG Paraguaya SBB B401300 • RP 195 • Moura • Fêmea • 26/11/2012

LA INVERNADA HORNERO BT JUSTICEIRO CHARQUE ANTIMISIL BRILHANTE CIGANO JAVA CIGANA CHINOCA CIGANA

84

RE VISTA MAIS Q MEIO • MARÇO/15

TREN TREN ARREBOL ACULEO NUTRIA II SENDERO IMPRUDENTE CHARQUE ÁGUA NAIPE DO ACEGUÁ MILONGA CIGANA TRUCO DO ACEGUÁ ÁGUA-MARINHA CIGANA


42

PG Promessa SBB B401288 • RP 189 • Colorada • Fêmea • 07/11/2012

BT HARAGANO TRÊS PONTAS MATA OLHO BT DEMÔNICA BT DITADOR DO JUNCO BT LANTERNA DO JUNCO BT FIRMEZA DO JUNCO

EL AROMO DE PICHIDÉGUA CAMPERO BT VINAGRETE LA INVERNADA HORNERO BT MARAVILHA LA INVERNADA ANIVERSÁRIO BT NICOTINA LA INVERNADA HORNERO SEPULTURAS LA JUANITA

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Programação 8h30 Início da Prova Veio D’Água Parque Assis Brasil - Esteio/RS 12h

Almoço

13h30 Reinício da Prova 20h

Entrega de prêmios Prova Veio D’Água Churrascaria NB Steaks - Beira Rio

21h

Leilão Mais Q Meio 2015

Ao vivo:

Leiloeiras:

(51) 3076 5710 www.parcerialeiloes.com.br

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É preciso muito mais que “plantel para chegar até aqui.

Grupo Futura.rs - (51) 3084.4717 U m a H i s t ó r i a d e C o m p r o m i s Rs Eo VeI SQTuAa l Mi dAa IdSe

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Fotos: Bruno Estrela

Trajetória

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Regulamento 1. O leilão será realizado no dia 18 de março de 2015,

efetuadas, deve passar no escritório da firma leiloeira

para regularizar o acerto de suas compras, assinando

o Contrato de Compra e Venda e suas Notas

2. Todos os produtos entrarão em licitação sem

Promissórias referentes ao valor dos animais

adquiridos.

quarta-feira, às 21h, em Porto Alegre/RS.

preço-base.

3. Assiste ao vendedor o direito de solicitar avalista

9. O acerto das compras deverá ser

de seu conhecimento, desde que manifeste esta

exigência à Programa Leilões e Parceria Leilões e

antes que o comprador faça seu acerto de contas.

efetuado no dia do leilão.

10. O comprador, no ato de sua primeira compra,

deverá preencher a ficha de dados para faturamento

4. A comissão de compra será de 8% (oito por cento)

e entregá-la ao funcionário encarregado.

Por consequente, a nota de leilão e demais

documentos serão emitidos em nome indicado

na citada ficha.

sobre o valor da batida do martelo, paga no ato.

5 O leilão será realizado em 50 parcelas, sem juros

e sem correção, com as duas primeiras parcelas

no ato da compra, duas em trinta dias, duas

11. Qualquer incidência de ICMS (ou outros impostos

em sessenta dias e as demais com vencimento

sempre no dia 18 de cada mês (2+2+2+44).

sobre a transação) correrão por conta do comprador.

12. Após efetuada a venda, os animais ficarão por conta 6. A licitação será feita pelo valor da parcela, ou seja,

do comprador, devendo o mesmo retirá-los no

o valor apregoado pelo leiloeiro deverá ser

prazo máximo de 24 horas após o término do leilão.

multiplicado por 50 para chegar ao valor

São de exclusiva responsabilidade do vendedor a

final do animal em pista.

guarda, manutenção e segurança dos animais

leiloados durante o tempo em que se mantiverem

7. O não pagamento de quaisquer parcelas em seu

no local do leilão, seja no estábulo, em trânsito

exato vencimento, implicará na cobrança antecipada

ou enquanto estiverem sendo apregoados, até

de todo o saldo devedor, conforme disposição que

o momento da batida do martelo, passando então

consta no Instrumento Particular de Compra e Venda.

a responsabilidade exclusivamente ao comprador,

não restando à Programa Leilões e Parceria Leilões

8. Imediatamente após a batida do martelo,

nenhum ônus em caso de acidente e danos que

o comprador assinará a Nota de Leilão, dando

eventualmente venham ocorrer com os animais.

aceite aos negócios efetuados. Após suas compras

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13. Os compradores deverão ser cadastrados

19. É facultado aos compradores examinarem,

junto à empresa leiloeira. Os lances de pesso

ou mandar examinar por veterinário ou técnico

as não cadastradas serão considerados à vista.

de sua confiança, os animais antes do remate,

após o que não serão aceitas reclamações.

14. A transferência dos animais será feita após o

pagamento da vigésima parcela e vinculada

20. Os participantes do leilão obrigam-se a acatar,

ao contrato de compra e venda, ou seja,

de forma definitiva e irrevogável, as disposições aqui

alienando o(s) animal(ais), junto à ABCCC,

consignadas, as quais são consideradas como

até o completo pagamento das parcelas.

conhecidas por todos, não podendo os mesmos

recusarem-se a aceitá-las ou cumpri-las

alegando desconhecimento.

15. O comprador dá ao vendedor, em penhor pecuniário,

a mercadoria até a liquidação total da dívida,

ficando o comprador de posse da mercadoria na

21. A Programa Leilões e Parceria Leilões não se

qualidade de fiel depositário.

responsabilizam por erros que possam ocorrer

no catálogo. Eventuais correções que sejam feitas

16. As vendas no leilão serão irrevogáveis, não podendo

pelo leiloeiro prevalecem sobre o catálogo. Todas

o comprador recusar o animal ou solicitar redução

as informações inerentes ao catálogo são fornecidas

de seu preço, uma vez que é garantido ao comprador

e de responsabilidade dos senhores vendedores.

o direito a revisão dos animais antes do leilão ou por

pessoa autorizada por ele, conforme disposto

22. A palavra do leiloeiro, no decorrer do leilão,

no Artigo 19.

é credenciada a alterar ou complementar

estas condições.

17. O leiloeiro se reserva o direito de não aceitar lances

de pessoas que, a seu critério, considera não

merecedoras de crédito.

18. É facultado aos vendedores, como aos licitantes,

fazerem-se representar por procuradores

legalmente constituídos.

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(51) 8181 6996 www.facebook.com/cabanhaveiodagua


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