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Foto de capa: INDO E VINDO da sテゥrie SOU, Nテグ SOU ツゥ 2013 Scott MacLeay
I N T E R F E R Ê N C I A S Não há novos assuntos, apenas maneiras pessoais inovadoras de percebê-los conceitualmente. A única coisa que posso dizer com alguma confiança sobre a minha percepção é que ela está enraizada na coexistência de minha absoluta insignificância e relativa significância em relação aos outros e ao meio ambiente em que evoluo. Todo meu trabalho fotográfico lida com esta dualidade e a incerteza que gera sobre quem sou e o que eu penso e sinto. Esta necessidade não constitui uma razão para a inércia, pode ser crivada de dúvidas de todos os tipos e, de uma forma estranha, podemos estar confiantes em confrontá-las no trabalho. Para mim, a vida, como a arte, é um longo ato de equilíbrio quer reconhecemos ou não, e quanto mais curiosos formos e mais riscos corrermos, mais somos capazes de perceber os múltiplos vetores de interferência que perturbam a nossa existência como fontes de crescimento e desenvolvimento, trazendo uma aparência muito necessária de equilíbrio para o que é, na realidade, um permanente estado de desequilíbrio. O cientista social em mim poderia dizer que a vida é um conjunto de equações simultâneas insolúveis.
I N T E R F E R Ê N C I A S Interferência e as dúvidas que gera são fundamentais para o nosso desenvolvimento e o do trabalho que resulta. Elas nos obrigam a labutar afim de manter um estado dinâmico necessário de confiança lúcida. A direção tomada por nossas vidas é muitas vezes ditada em grande parte por algum tipo de interferência, que seja auto-imposta ou originada externamente, por vezes esperada, outras vezes surpreendente, muitas vezes de natureza positiva mas, às vezes, desastrosamente negativa em consequências. Interferência de diversas formas afeta não somente nossa vida pessoal, mas nossa vida profissional também, levandonos por águas desconhecidas e obrigando-nos a escavar profundamente em nossa capacidade latente de sobrevivência em condições que nos permitem continuar evoluindo. Interferência é o que separa os nossos sonhos do que realmente acontece conosco. Ela é onipresente. É também uma das únicas maneiras que temos de provocar mudanças em nós mesmos, desafiando-nos a ser brutalmente honestos sobre o que sentimos e o que pensamos e questionar a verdadeira natureza dos nossos motivos. A capacidade de auto-interferir é, na minha opinião, um pré-requisito para ser um artista. Mas às vezes precisamos de um empurrão, alguma interferência externa que seja poderosa o suficiente para iniciar um processo de evolução a longo prazo. Em Janeiro de 1975, em Vancouver, Canadá, eu era um entediado estudante de PhD na University of British Columbia e me matriculei em um curso semanal noturno de fotografia ministrado pelo fotógrafo/arquiteto/designer gráfico americano Ted Scott. Escolhi o curso simplesmente porque eu tinha recebido como presente, vários meses antes, uma câmera 35 mm, e decidi que aprender técnicas fotográficas PB seria uma boa maneira de relaxar e tirar um pouco minha mente dos estudos. No dia seguinte à última aula do meu curso de oito semanas, decidi parar meus estudos de doutorado – estava determinado a ser fotógrafo. Dizer que tanto o fato de ganhar a câmera como o encontro com Ted Scott interferiram na direção de minha vida certamente se qualificaria como um eufemismo. No prazo de 3 anos, eu também estava ensinando no departamento de educação continua do Langara College, em Vancouver, seguindo uma bem sucedida carreira fotográfica comercial em moda e em retratos editoriais e tentando desesperadamente encontrar tempo suficiente para realizar minha pesquisa fotográfica autoral. O compartilhamento aberto de informações e experiências, livres de qualquer agenda oculta sempre foi uma prioridade para mim como foi para Ted Scott. Enquanto Ted Scott passou a lecionar em universidades e faculdades em Vancouver e Toronto, mudei para Paris, em 1979, dedicando-me em tempo integral ao meu trabalho autoral e fundei o Departamento de Fotografia do American Center for Artists in Paris, tornando-me posteriormente o diretor de seu prestigioso Center for Media Art and Photography.
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Desde o início eu estava interessado em tentar representar visualmente o que eu sentia e pensava e não aquilo que eu via. Esta preocupação requer imagens não representacionais simbólicas do mundo ao meu redor, algo considerado bastante excêntrico na época. Comecei por estudar o relacionamento de uma forma específica de iluminação high key com vários tipos de tecido, empregando diferentes combinações inovadoras exposição/desenvolvimento para diapositivo em cor afim de gerar formas planas, livres de detalhes que eram de uma natureza muito mais abstrata do que os propostos por técnicas tradicionais concebidas para produzir reproduções fotográficas supostamente fiéis da realidade. Isto conduziu a investigação sobre o uso de imagens múltiplas, várias camadas e uma infinidade de formas de movimento tudo ao serviço de representar o assunto cada vez mais intangível. Em retrospecto, quase tudo que me interessava era explorar alguma forma de interferência com a forma como as coisas pareciam normalmente. Eu estava focado no desenvolvimento de processos a serviço de conceitos em vez de técnicas a serviço de conteúdo. No final da década de 1980 senti que tinha esgotado o que o trabalho analógico em cor poderia me oferecer e me dediquei em tempo integral para compor música contemporânea para vídeo-arte, dança contemporânea e para o meu grupo de pesquisa musical Private Circus. A revolução digital já estava bem encaminhada no domínio de áudio e me sentia em casa, em um universo onde eu poderia interferir em uma grande quantidade de níveis. Por volta de 2004, voltei a fazer fotografia porque a revolução digital parecia oferecer a possibilidade de continuar a seguir em frente de onde eu havia parado em 1990. Após fixar residência no Brasil em 2010, dediquei-me em tempo integral à fotografia digital, novas mídias e pesquisa de áudio digital. Em 2011 fundei o movimento informal “Processo Criativo”, dedicado ao desenvolvimento de Santa Catarina como um hub para trabalhos em novas mídias, incluindo pesquisa em transmídia. A idéia era apresentar um programa de residências/workshops para talentosos jovens artistas brasileiros interessados em desenvolver novas perspectivas na fotografia, vídeo e artemídia baseada na web. Ao longo dos últimos três anos foram organizados workshops em festivais de fotografia como Floripa na Foto e Foto em Pauta, como também em Instituições/Associações em Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Florianópolis, sem mencionar aqueles organizados online e disponíveis também na Europa e América do Norte. Jovens artistas começaram a vir para Florianópolis para frequentar as residências, personalizadas, de até quatro semanas de cada vez. Em 2012, o Processo Criativo participou na organização do primeiro workshop internacional transmídia do ICP com a New School de Atenas, na Grécia, além do próprio ICP. Em 2013 a perspectiva do movimento foi ampliada, visando incluir a descoberta e o desenvolvimento de oportunidades dentro e fora do Brasil para os alunos desenvolverem sua arte.
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I N T E R F E R Ê N C I A S No final de 2012, a cidade de Florianópolis, através da Fundação Cultural Franklin Cascaes, aprovou um projeto de exposição fotográfica no contexto da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. O resultado é a exposição “INTERFERÊNCIAS - Scott MacLeay e Convidados: O Caminho para Florianópolis” - uma exposição de 70 imagens de fotografias contemporâneas dedicadas à noção de interferência e ao importante papel que desempenha em nossas vidas e em nossos trabalhos a partir de pontos de vista práticos e conceituais. Acho que é interessante notar, de passagem, que, se Ted Scott não tivesse interferido em meus planos, em 1975, esta exposição certamente nunca iria existir. É a primeira grande exposição de trabalhos realizados por artistas que participam das atividades do Processo Criativo no Brasil e no exterior. Diz respeito à importância da interferência voluntária em uma ampla variedade de maneiras com representações visuais simples do que pensamos que vemos, no intuito de obter uma imagem mais relevante para o que sentimos e pensamos sobre aquilo que acreditamos que vemos. Um desejo de explorar conceitos intangíveis, como a ambiguidade, dúvida e tempo em vez de um assunto mais material tem um papel importante a desempenhar em tal esquema, assim como a capacidade de gerenciar a incerteza, a assunção de riscos e as falhas, aliados mais fiéis do progresso. No entanto, restringir a este tema por si só seria ignorar um outro aspecto importante do evento, aquele que diz respeito a obrigação de todos os artistas em compartilhar generosamente suas experiências e conhecimentos com a próxima geração de artistas, sabendo que tais esforços melhoram a qualidade geral da vida das pessoas envolvidas, bem como de todos aqueles que têm a oportunidade de compartilhar sua jornada por um tempo. Tais intercâmbios e o diálogo que gera são simplesmente essenciais para o crescimento e manutenção de um ambiente criativo dinâmico e inovador. A vida é um pouco como uma corrida de revezamento. Há um momento ideal para passar o bastão, no nosso caso particular, a batuta de conhecimento e experiência. Assim, a exposição presta homenagem à noção de interferência e seu foco inerente em pesquisar novos processos conceituais, tão bem quanto a multiplicidade de formas de interferência gerada pela transmissão livre e aberta de informações. As noções de criar obra de arte e de ensinar andam de mãos dadas. Confesso que nunca entendi o que um professor que não é e nunca foi um artista praticante pode ter a ensinar que seja utilidade prática a longo prazo para jovens artistas e que não pode ser encontrado em livros de referência existentes, como eu nunca entendi artistas que não têm tempo para ensinar e negligenciam este nobre passatempo perdendo a oportunidade de ser desafiado e estimulado por mentes jovens quase sempre mais ágeis e mais em sintonia com a sociedade contemporânea do que a sua própria.
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A exposição inclui o trabalho de três gerações de artistas-professores: o do meu único professor, Ted Scott, o meu trabalho dos últimos três anos e o de uma nova geração de artistas que participaram de residências e workshops do Processo Criativo que criei em Florianópolis desde 2011. A condição para participar destes programas é a sede de exploração, uma paixão em correr riscos e uma promessa solene de assumir a responsabilidade de compartilhar todo o seu conhecimento e experiência, sem restrições, com a próxima geração. É uma responsabilidade séria e que não deve ser tomada de forma leviana. Como meu professor, Ted Scott, sempre considerei a estratificação de camadas de informação como uma forma fundamental de interferência. Enquanto os interesses de Ted estão ligados ao potencial deste processo em design gráfico, os meus são mais focados em seu potencial para enriquecer o poder do movimento e considerações de textura a serviço de temas psicológicos. A justaposição de vários tipos de informação em múltiplas camadas, combinada com o incrível controle de cores oferecidas no domínio digital, abriram novas vias de pesquisa sobre a representação visual de conceitos intangíveis. Isto reduziu a dependência da fotografia sobre como representar a realidade tal como a vemos e muitas vezes pensamos erroneamente que é universalmente percebida da mesma maneira. O mundo digital é nada mais nada menos do que o complemento perfeito para o mundo analógico e não há nenhuma razão para uma tensão que existe entre eles. A capacidade de múltiplas camadas e múltiplas imagens simultaneamente para gerar perspectivas harmoniosas e conflitantes alterou permanentemente o potencial da fotografia como um meio de auto-expressão. Abriu portas para explorar o imaterial, investigando maneiras nas quais a sinergia destes desenvolvimentos com outras mídias como vídeo, pintura, desenho e arte performática fizeram os últimos dois anos particularmente ricos em experiências, para mim e para os artistas com os quais tive o prazer de trabalhar em workshops e residências, no âmbito do Processo Criativo. Esta exposição testemunha os traços indeléveis deixados por essas experiências e a riqueza de perspectivas variadas que resultam quando nosso foco é transferido do conteúdo de nossas imagens em direção às questões que tratam a conceitualização deste conteúdo assim como o por que da abordagem escolhida ser pertinente para nossa percepção intelectual, emocional e psicológica de realidade. Não existe nenhum motor mais poderoso para a inovação, em matéria de perspectiva, que a priorização do processo. Florianópolis, março de 2014 Scott MacLeay Curador da exposição INTERFERÊNCIAS - Scott MacLeay e Convidados: O Caminho para Florianópolis 5
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I N T E R F E R Ê N C I A S S C OT T M AC L E AY: a r t i s t a e m n o va s m í d i a s , c o m p o s i t o r, e s c r i t o r MacLeay começou sua carreira em Vancouver, Canadá, em meados dos anos 70. Viveu na França e trabalhou em Paris e Nova York por trinta anos antes de mudar para Florianópolis, em 2010. A primeira fase de seus trabalhos fotográficos autorais foi realizada no final dos anos 70 e na década de 80, antes que se dedicasse em tempo integral, por mais de 15 anos, em composição musical contemporênea e como consultor em projetos audiovisuais. Seu trabalho fotográfico autoral foi representado pela Marcuse Pfeifer Gallery (NYC) e pela Galérie Créatis (Paris), e exposto em diversas outras galerias privadas e museus na Europa, América do Norte e Japão: Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris, Museu de Arte e História de Friburgo (Suiça), Münchner Stadt Museum (Munique), Rencontres Photographiques d’Arles (France), The Space Gallery (NYC), Ao Gallery (Tóquio), The American Center for Artists (Paris), Ton Peek Gallery (Amsterdam), Fundação Badesc e MASC (Florianópolis) e muitos outros. Sua obra fotográfica tem sido amplamente publicada e acompanhada na França e nos EUA: Art Magazine, Art in America, Clichés, Zoom, Camera Arts, Empreintes. Ele foi designado artista em residência da Rockfeller Foundation no American Center for Artists para a criação da exposição multimídia “Fragments, Cycles, Sounds” em 1982, para o Mois de La Photo de Paris. No mesmo ano, sua obra foi incluída na Time-Life História da Fotografia, no volume dedicado à “Arte da Fotografia”. Seu trabalho está presente nas coleções permanentes de museus como o Brooklyn Museum, New York e o Museum of Fine Art, Houston, Texas, EUA. Além de seu trabalho autoral, fundou o Departamento de Fotografia do American Center for Artists in Paris e tornou-se Diretor do Center for Media Art e Photography (CMAP) em meados dos anos 80, criando um carrefour para exposições, festivais, co-produções, seminários e programas pedagógicos em Artes Tecnológicas. O CMAP foi o pólo de atividades criativas e produções audiovisuais interagindo com as mais importantes instituições francesas (Centre Pompipou, Musée d’Orsay, Canal +, Arte) no âmbito das artes tecnológicas. Desde que mudou para Florianópolis em 2010, ele voltou à fotografia autoral, vídeo-arte e criações de novas mídias, em tempo integral, além de continuar sua paixão em compartilhar suas experiências através do ensino. Em 2011, fundou o Processo Criativo, um movimento dedicado à promoção e desenvolvimento de trabalhos inovadores nas Artes Tecnológicas. Em setembro/2011 reuniu-se à equipe da revista brasileira Photo Magazine, como encarregado em escrever artigos sobre a arte e a filosofia da Fotografia. Atualmente está preparando um livro de ensaios sobre o mesmo tema para publicação pela Editora Photo em meados de 2014. Desde que se mudou para o Brasil, grande parte de seu trabalho de novas mídias no domínio fotográfico tem se preocupado com a noção de traços e distorções, qualidades efêmeras de nossas lembranças de eventos e tanto de situações marcantes como aquelas mais banais. Um aspecto particularmente interessante deste trabalho envolve o desenvolvimento de vias as quais fornecem ao espectador uma variante alternativa de uma peça de trabalho, dependendo da sua distância de visão a partir da obra, ligando assim a noção de proximidade física com perspectiva emocional e psicológica. Vários exemplos disto podem ser encontrados nas imagens aqui apresentadas. 6
www.scottmacleay.com
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WHY Panel (of IV) from the series Provocative Barcodes © Scott MacLeay INSPIRANDO daIIsérie CÓDIGOS DE BARRAS PROVOCATIVOS © 2013 Scott2013 MacLeay
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RAZÃO FUGAZ (Painel II) da série CÓDIGOS DE BARRAS PROVOCATIVOS © 2013 Scott MacLeay
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A ESTÓRIA : VERSÃO I & VERSÃO II da série SOU, NÃO SOU © 2013 Scott MacLeay
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CIÊNCIAS SOCIAIS (painel tríptico) da série SOU, NÃO SOU © 2013 Scott MacLeay
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GRAFITE TRIBAL da sテゥrie SOU, Nテグ SOU ツゥ 2013 Scott MacLeay
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SINAIS (Painテゥis II & IV) da sテゥrie SOU, Nテグ SOU ツゥ 2013 Scott MacLeay
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CICLOS (EVOLUÇÃO DA DISTÂNCIA III) da série SOU, NÃO SOU © 2013 Scott MacLeay
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>1 MONANA da série INSINUAÇÃO © 2014 Scott MacLeay
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TOCADA da série INSINUAÇÃO © 2013 Scott MacLeay
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QUASE da série EXPERIÊNCIAS MOVIMENTADAS © 2013 Scott MacLeay
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O PESO da série EXPERIÊNCIAS MOVIMENTADAS © 2013 Scott MacLeay
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DEVANEIO da sテゥrie CONFUSテグ TRIBAL ツゥ 2012 Scott MacLeay
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TUDO EVOLUI & A NOITE ESTÁ CAINDO da série CONFUSÃO TRIBAL © 2013 Scott MacLeay
I N T E R F E R Ê N C I A S T E D S C OT T: Fo t ó g r a f o , a r q u i t e t o , d e s i g n e r g r á f i c o Além de suas explorações arquitetônicas e trabalho autoral nas artes visuais, Ted Scott é um professor dedicado e um viajante apaixonado. No início de suas aventuras, ele foi extremamente atraído por todas as coisas japonesas que conheceu durante seu mestrado em história da arquitetura japonesa na Waseda University de Tóquio, tornando-se fluente em japonês falado ao longo do tempo. Após a conclusão de seus estudos, ele passou vários anos fotografando a vida cotidiana e cultura no Japão contemporâneo. De lá mudou-se para Vancouver, no Canadá e continuou a estudar e a ministrar palestras extensamente sobre jardins japoneses e arquitetura. Ted Scott tem fotografado por mais de quatro décadas, e ensinado sobre fotografia há mais de duas no Vancouver Community College, University of British Columbia, Ontario College of Art e Design, Ryerson University, The Art Gallery of Ontario e University of Toronto. Atualmente vive e trabalha em Toronto, Canadá. Já expôs amplamente em galerias, universidades e instituições culturais em todo o Canadá: a Ryerson Gallery, a Bau Xi Gallery (Vancouver e Toronto), a University of Toronto, a Art Gallery of Victoria, a Burnaby Art Gallery, a University of British Columbia e os outros. Publicou dois livros de sua obra: Fotografias de Provence e Jardins Imperiais Japoneses. Falando sobre o seu trabalho autoral, recentemente observou: “A maioria das minhas imagens consistem de elementos que isolo e, em seguida, extraio de cenas ordinárias. A identidade do assunto original, por vezes, se perde na transposição da cena para a impressão, de três para duas dimensões; sua escala muitas vezes torna-se ambígua. Às vezes, ao fazer uma imagem, as técnicas de mais alto nível são de valor inestimável, em outros momentos são irrelevantes. Em alguns casos, a imagem impressa nunca existiu, foi criada camada por camada em filme ou digitalmente, uma exposição após a outra, um fragmento após o outro, então a imagem final é um mistura acumulada de elementos selecionados, uma re-montagem, dando à luz a uma imagem totalmente nova.”
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www.ecm2art.com/#!__ted-scott
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49-SQUARES da série SAILS REVISITED © 2012 Ted Scott
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MOAB da série RAGS © 1983 Ted Scott
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SKYWALK da série RAGS © 1983 Ted Scott
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SEM TITULO (Ref: 3833AA) & SEM TITULO (Ref: 3812AA) da série PALETTE © 2010 Ted Scott
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SEM TITULO (Ref: 7309A) da série WALL © 2012 Ted Scott
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SEM TITULO (Ref: 6468AAAA) da série SUMI-E © 2011 Ted Scott
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SEM TITULO (Ref: 6479) da série SUMI-E © 2011 Ted Scott
I N T E R F E R Ê N C I A S NOVAS
PERSPECTIVAS
DO
PROCESSO
C R I AT I VO
O programa pedagógico Processo Criativo é composto de uma série de workshops, palestras e leitura de portfólios realizados em festivais de fotografia e em outros eventos organizados no Brasil, bem como residências particulares e semi-privadas projetadas para as necessidades específicas de cada artista que procura desafiar o seu know-how, explorando novos processos nas artes visuais tecnológicas (fotografia/vídeo/cinema), incluindo aqueles específicos para o universo baseado na Web do trabalho interativo transmídia. Durante o ano passado, o programa de atividades foi ampliado para incluir a promoção do trabalho desenvolvido pelos participantes do Processo Criativo no Brasil e no exterior por meio de serviços de curadoria e direção de arte concebidos para promover e apresentar seu trabalho. Recentemente, temos expandido para incluir serviços de aconselhamento para os artistas que desejam estudar em programas de mídia ou participar em residências, oficinas e hackathons na Europa e nos Estados Unidos. Este programa é uma celebração das múltiplas perspectivas abertas pelo desenvolvimento contínuo de formatos de novas mídias, plataformas e programas ao longo da última década, misturando formatos analógicos e digitais e integração de conceitos e práticas de outras formas de expressão, incluindo arte performática, pintura, design, música, teatro e dança. Desde o início dos cursos em 2012, além dos residentes em Florianópolis, mais de uma dúzia de artistas brasileiros vindos de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Santos participaram de residências/workshops. Outros, em Nova York, Londres, Paris e Grenoble, participaram de programas on-line e diversos serviços de desenvolvimento de projetos. A exposição “Interferências - Scott MacLeay e Convidados: O Caminho para Florianópolis” é uma homenagem ao trabalho desses novos artistas, e sublinha a sua obrigação de manter a chama da interferência e o desafio do status quo bem vivos para as futuras gerações. Em ordem de aparição nas páginas a seguir, os artistas que participam da exposição são: • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Suelen Pessoa: novas mídias (fotografia, vídeo, performance) - Belo Horizonte, Brasil - www.suelenpessoa.com Marilda v.r.: fotografia - Santos, Brasil Lauro Andrade: mixed media (mídia mista) / fotografia - Curitiba, Brasil - www.lauroandrade.com Patout: fotografia - Rio de Janeiro, Brasil - www.patoutphotography.co.uk Marco Giacomelli: fotografia - Florianópolis, Brasil - www.marcogiacomelli.com Otávio Nogueira: fotografia - Florianópolis, Brasil - www.flickr.com/people/55953988@N00 Gela Borges: mixed media (mídia mista) / fotografia - New York, USA - www.gelaborges.com Fátima Lourenço: fotografia - Rio de Janeiro, Brasil - www.fatimamlourenco.com Laura de Avelar Fonseca: fotografia - Belo Horizonte, Brasil - www.lauradeavelar.com Sandra Arruda: novas mídias (fotografia, vídeo, performance) - Belo Horizonte, Brasil - www.sandraarruda.com Luma Jochims: fotografia - Londres, Inglaterra - www.lumajochims.wix.com/en Guilherme Ternes: fotografia - Florianópolis, Brasil - www.guilhermeternes.com Ana Carolina von Hertwig: transmídia, fotografia, cinema - Florianópolis, Brasil - www.anacarolinavonhertwig.com Fabrício Sousa: fotografia - Florianópolis, Brazil - www.fabricio.fot.br Rodrigo Ormond: fotografia - Florianópolis, Brasil - www. ormondart.com.br Antonio Carlos Lima: fotografia - São Paulo, Brasil - www.flickr.com/photos/antoniocarloslima) Luiza Christ: cerâmica, fotografia - Florianópolis, Brasil - www.luizachrist.com Helena Leão: fotografia - Belo Horizonte, Brasil - www.helenaleaoarts.wordpress.com Cris Sales: fotografia - Rio de Janeiro, Brasil - www.cris-sales.com Kris Moisson: fotografia - Paris, France - www.ecm2art.com/#!__kris-moisson---port
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Pテグ ツゥ 2012 Suelen Pessoa
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BROYER DU NOIR 1 da série BROYER DU NOIR © 2013 marilda v. r.
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CORTINA I da série DIAS VERMELHOS © 2013 Lauro Andrade
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HOMEM NA PRAIA da série COPIA E PASSA © 2013 Patout
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DÍPTICO HORIZONTAL 1 - SÉRIE 2 da série SOBRE ÁGUAS INCERTAS © 2013 Marco Giacomelli
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BRAVE NEW WORLD (Díptico 1) © 2009 Otávio Nogueira
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LENÇOL DE PEDRA © 2013 Gela Borges
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DUPLO DE MIM da série AUTORRETRATO © 2013 Fátima Lourenço
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MESA N° 1 da série MESA DE ESTAR © 2013 Laura de Avelar Fonseca
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SERENA IN WONDERLAND 1 da série SERENA IN WONDERLAND © 2013 Sandra Arruda
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A LIBERDADE É APENAS POEIRA da série O VENTO DO SUL © 2012 Luma Jochims
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DÍPTICO 01 © 2011 Guilherme Ternes
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GHOSTLY CONFUSION © 2013 Ana Carolina von Hertwig
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MERGULHO © 2014 Fabricio Sousa
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CHOSEN PATHS © 2013 Rodrigo Ormond
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SILÊNCIO © 2014 Antônio Carlos Lima
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VIDA AOS PEDAÇOS © 2013 Luiza Christ
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ÂNIMA da série DO CORPO VERDADEIRO © 2013 Helena Leão
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VALQUÍRIA da série AUTORETRATOS © 2014 Cris Sales
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N° 3 da série ALTER EGO © 2012 Kris Moisson
A realização deste documento foi possível graças ao generoso apoio dos seguintes patrocinadores: CANSON, EDITORA PHOTO, EPSON e IMPRESSUL
O projeto de exposição “INTERFERÊNCIAS - Scott MacLeay e Convidados: O Caminho para Florianópolis” foi aprovado no âmbito de Edital da Fundação Cultural Franklin Cascaes, inserindo-se assim na Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Florianópolis.
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