Abrafarma - G1 - 07.03.2017

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Consultórios farmacêuticos: entenda como é atendimento que vem sendo oferecido por farmácias Espaços são destinados a atendimento personalizado oferecido pelo farmacêutico. Conceito foi de�nido em portaria de 2013 do Conselho Federal de Farmácia e Brasil já tem cerca de 1,4 mil unidades.

Por Mariana Lenharo, G1 07/03/2017 09h00 · Atualizado 15/03/2017 10h39

O farmacêutico Ronaldo Ribeiro, está à frente de uma farmácia que conta com consultório farmacêutico (Foto: Mariana Lenharo/G1)

Desde 2014, algumas farmácias no Brasil passaram a ter um espaço destinado ao atendimento personalizado do paciente pelo farmacêutico. Nos chamados consultórios farmacêuticos, o pro�ssional pode avaliar o conjunto dos remédios que o paciente está tomando quanto a possíveis interações, orientar sobre a melhor forma de tomar a medicação, ouvir o paciente sobre sua evolução clínica, fazer contato com o médico ou outros pro�ssionais da saúde que acompanham o paciente para discutir o tratamento e indicar medicamentos isentos de prescrição médica. O conceito de consultório farmacêutico foi de�nido em duas portarias do Conselho Federal de Farmácia (CFF) publicadas em 2013 e a existência desse espaço é também apoiada pela Lei 13.021, de agosto de 2014, que dispõe sobre o exercício das atividades farmacêuticas. Segundo dados preliminares do Censo Demográ�co Farmacêutico feito pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), já existem 1.453 consultórios farmacêuticos em todo o país.

De acordo com a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), só as redes associadas têm, juntas, quase 600 salas de assistência farmacêutica em 26 estados do país. Ainda é um percentual pequeno diante das quase 80 mil farmácias comerciais que existem no Brasil. Segundo um levantamento feito pelo CFF sobre o per�l do farmacêutico no Brasil, publicado em 2015, 60,3% dos pro�ssionais a�rmaram que não dispõem de área reservada para atendimento individualizado dos pacientes nos estabelecimentos em que trabalham. Mas, para o farmacêutico Tarcísio Palhano, assessor da presidência do CFF e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a tendência é cada vez mais farmácias aderirem ao serviço, inclusive as grandes redes. “É um espaço onde o farmacêutico pode atender as pessoas preservando a individualidade da consulta, o que não seria possível em um local onde transitam outras pessoas e se dispensam medicamentos, como no balcão”, diz Palhano.


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