DIVEMAG | Edição 33 | International Dive Magazine

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Novidades EDITORA

DIVE paixão pelo mar

Edição 33 - 2014

international dive magazine Feita por quem mergulha !!

Entrevista com o mestre Luis Oliveira: O primeiro instrutor de mergulho do Brasil

Flórida Total

Mirrorless, MOrte das DSLRs? Teste completo da Olympus OMD-EM1

Semana Macro em Cabo Frio +

Naufrágios, Manatees e Cavernas 8 fotógrafos e diferentes olhares


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Fotos: Kadu Pinheiro


Participe, as melhores fotos serão publicadas na revista, é fácil e grátis!

TOP 05 Crie uma conta no flickr.com, faça o upload de suas fotos preferidas, busque nosso grupo divemag.org e solicite participar, o grupo é público e aberto, você pode subir 5 fotos por dia, depois é só torcer para sua foto ser selecionada, boa sorte !!!



TOP 05

SETEMBRO DE 2014

Tuna_Hästberg_4 por Peter Stenberg

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eyes in the sand -‌ por Sergi Garcia


SETEMBRO DE 2014

Scalefin anthia (13) por Paul Flandinette

IMG_2804 por Montse Grillo

TOP 05

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Juvenile Star Puffer‌ por mve_Bob


002_adj_DSC5153 fish blender por edpdiver

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TOP 05

SETEMBRO DE 2014



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A DIVEMAG está disponível para ser visualizada em qualquer tablet ou smartphone com capacidade de ler arquivos em PDF, iPad, Android e outros. É simples e grátis: baixe a revista no seu device, entre no site da DIVEMAG selecione a edição e faça o donwload, assim que terminar, a revista será exibida no seu navegador e você poderá optar por gravá-la em sua biblioteca de arquivos. Ex: iBooks ou similar dependendo da plataforma que você utiliza. Agora é só aproveitar a sua edição da revista, colecionar ou enviar para os amigos, e o melhor: sem custo e sem limites. Aproveite e baixe agora o seu exemplar:

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SOCIAL

>> Nesta edição <<

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Feita por quem mergulha !!

EDITOR KADU PINHEIRO

14. Cabo Frio

Flórida total, fizemos um pequeno resumo das maravilhas submersas que esse estado americano esconde, aqui existem muito mais coisas que apenas compras e o Mickey, aproveite que o fim do ano está chegando e venha conhecer os naufrágios de Key Largo e Key West, mergulhe com os manattes em Crystal River ou aventure-se nas cavernas de Ginnie Springs e Mariana.

42. Flórida

CONTEÚDO

14 :: Cabo Frio RJ >> Encontro Fotográfico 42 :: Flórida >> Naufrágios, Cavernas e Manattes 63 :: Novidades >> Teste OMD-EM1 73 :: Lançamentos >> Novas câmeras e caixas 81 :: MIlitar >> Entrevista Mestre Luis Oliveira 85 :: Sea Shepherd

O que acontece quando você reúne 8 fotógrafos completamente tarados, em um lugar recheado de vida, todos juntos dividindo o mesmo barco e os mesmos pontos de mergulho? A resposta você vai ver nessa edição, onde tive o prazer de dividir uma matéria especial sobre Cabo Frio e suas miudezas submarinas.

Vamos dar boas vindas ao nosso mais novo conselheiro editorial Rodrigo Coluccini que traz toda sua experiência para nossa redação, fortalecendo ainda mais a parceria da Decostop e Divemag. Finalmente o teste completo da OMD EM-1 da Olympus e da Caixa Estanque da Aquatica AE-M1, saiba tudo sobre a Mirrorless que está matando as DSLRs, ainda nessa edição uma entrevista exclusiva com um dos primeiros instrutores de mergulho do Brasil mestre Luis Oliveira, que dividiu sua instrução com ninguém menos que Carl Brashear, tudo isso e muito mais na Divemag de Outubro!!

Águas claras e boa leitura.

Kadu Pinheiro >> Editor <<


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Conselho Editorial

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EXPEDIENTE

Carolina Schrappe

PRESIDENTE: Flávio Lara flavio@divemag.org

Cristian Dimitrius

Redação Diretor de Produto E EDITOR: Kadu Pinheiro kadu@divemag.org JORNALISTA RESPONSÁVEL: Kadu Pinheiro

Gabriel Ganme

Colaboraram nesta Edição: Alexandre Vasconcelos, Carlos Montechi, Marcelo Prim, Athila Bertoncini Alvaro Veloso, Mauricio Algaba, Ulisses Turati, Fábio Freitas e Kadu Pinheiro

Lawrence Wahba

REVISÃO FINAL: Carolina Fukuda Pinheiro Publicidade gerente: Rodrigo “Carioca” publicidade@divemag.org

Reinaldo Alberti

Atendimento ao leitor SAC: sac@divemag.org DIVEMAG é uma publicação on-line mensal e gratuita da Editora Dive Ltda. Outubro de 2014. Ar­ti­gos as­si­na­dos não re­pre­sen­tam ne­ces­sa­ri­a­men­te a opi­ni­ão da re­vis­ta.

Alexandre Vasconcelos

ED.33 OUTUBRO 2014

Rodrigo Coluccini

ATENDIMENTO

Foto capa: Kadu Pinheiro

O conselho editorial foi formado com o intuito de manter a revista alinhada com as melhores publicações de mergulho mundiais. Os membros do nosso conselho são referências junto ao mercado de mergulho, figuras publicamente conhecidas que representam nossa atividade perante a mídia e o trade.

sac@divemag.org


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CABO FRIO

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Encontro fotográfico Texto e fotos: Kadu Pinheiro

Cabo Frio é notadamente um dos melhores pontos de mergulho do litoral carioca, e um verdadeiro paraíso para os amantes da macro fotografia devido a sua abundante fauna marinha, com dezenas de espécies de nudibrânquios que podem ser vistas em suas águas, além de outras incríveis criaturas.

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DESTINO | CABO FRIO RJ | Por: KADU PINHEIRO

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Branquias de um nudibrânquio Roboastra ernsti, um raro registro

Com o intuito de promover uma confraternização e troca de experiências entre alguns dos melhores fotógrafos submarinos do país fomos à Cabo Frio em Julho de 2014 passar alguns dias registrando as belezas submersas da região. Ainda nessa mesma viagem tive a oportunidade de testar para valer as capacidades da minha nova OMD-EM1 da Olympus, com o uso de lentes para super macro, modalidade da fotografia submarina que registra detalhes minúsculos das pequenas criaturas que habitam os oceanos.

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DESTINO | CABO FRIO RJ | Por: KADU PINHEIRO

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Nossa trip começou a ser organizada pelo nosso fotógrafo Ulisses Turati, que ficou responsável por estender o convite aos amigos paulistas e cariocas, resultando no final com a presença dos amigos: Alvaro Veloso, Marcelo Prim, Áthila Bertoncini, Fabio Freitas, Carlos Montechi, Maurício Algaba, Ulisses Turati e Kadu Pinheiro.

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Pela quantidade de câmeras e equipamentos a bordo da embarcação da Porto Canal, nos sentimos quase em um CB (Campeonato Brasileiro de Fotosub) com a vantagem de estarmos ali todos apenas com o intuito de treinar e testar novas técnicas e equipamentos.

DESTINO | CABO FRIO RJ | Por: KADU PINHEIRO

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DESTINO | CABO FRIO RJ | Por: KADU PINHEIRO

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Após uma viagem de quase 9 horas de São Paulo até Cabo Frio chegamos finalmente a pousada Porto Canal do amigo Eduardo Rezende. A pousada acabou tornando-se o ponto de encontro dos fotógrafos submarinos do eixo Rio São Paulo, além de ser a escolhida para hospedar os campeonatos Carioca e Brasileiro, sua estrutura e serviços são perfeitos para atender as necessidades dessa tribo complicada de fotógrafos e modelos!!

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Uma semana com direito a 10 espécies de nudibrânquios registrados, incluindo uma espécie nova e o registro de um comportamento inédito, um nudi Roboastra ernsti devorando um Tambja stegosauriformis.

DESTINO | CABO FRIO RJ | Por: KADU PINHEIRO

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Branquias de um nudibr창nquio Felimare marci

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DESTINO | CABO FRIO RJ | Por: KADU PINHEIRO

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DESTINO | CABO FRIO RJ | Por: KADU PINHEIRO

O resgate de uma âncora perdida rendeu boas gargalhadas no fim da viagem, largamos as câmeras e fomos exercitar nossas habilidades na busca e recuperação na enseada 2, recuperando uma âncora novinha que foi doada para a tripulação da Porto Canal.

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DESTINO | CABO FRIO RJ | Por: KADU PINHEIRO

Um pouco de história: Cerca de 1.500 anos AC, Índios Tamoios se estabeleceram nesta região onde viveram até cerca do ano 1500 DC. Após o desaparecimento dos Tamoios, a região foi sendo ocupada pelos Goitacas, que não se opuseram à colonização.

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DESTINO | CABO FRIO RJ | Por: KADU PINHEIRO

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No ano 1503 é inaugurada a primeira feitoria, pelo navegador Florentino Amérrico Vespucio, em expedição comandada por Gonçalo Coelho.

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Constantino Menelau, nono governador do Rio de Janeiro, viajou para “Cabo Frio”, no dia 10 de Outubro de 1615, a fim de expulsar definitivamente os Franceses por ordem de Felipe II, da Espanha, então rei de Portugal.

DESTINO | CABO FRIO RJ | Por: KADU PINHEIRO

Nova espécie registrada e descrita em Setembro de 2014: Tambja brasiliensis. Carinhosamente apelidado de Pokemon

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DESTINO | CABO FRIO RJ | Por: KADU PINHEIRO

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DESTINO | CABO FRIO RJ | Por: KADU PINHEIRO Fundar o povoado de Cabo Frio era sua missão, na qual aos 13 de Novembro de 1615 foi dado o nome de Santa Helena, onde foi construída uma capela em nome da Santa. Em 1616, para consolidar a ocupação militar de Cabo Frio, o governador Estevão Gomes, mandou construir o Forte São Mateus, ficando este pronto em 1620.

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DESTINO | CABO FRIO RJ | Por: KADU PINHEIRO

Até os anos 50 vivia-se da agricultura e da pesca. Desde então a cidade foi se transformando e sua principal atividade econômica hoje em dia é a indústria do turismo, tanto nacional como internacional. Hoje, Cabo Frio é um dos pontos mais visitados do Brasil.

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Tivemos o prazer de fazer o registro de uma nova éspecie na região: Doris verrucosa, que está sendo descrita e estudada ainda, pelo pesquisador Vinicius de Padula esse nudibrânquio é encontrado apenas no canal, em profundidade de 0,5 metro e perto do costão.

DESTINO | CABO FRIO RJ | Por: KADU PINHEIRO

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DESTINO | CABO FRIO RJ | Por: KADU PINHEIRO

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DESTINO | CABO FRIO RJ | Por: KADU PINHEIRO

Pesquisas na Região Segundo o Biólogo marinho Vinicius Padula, mestre em zoologia pela UFRJ e doutorado da Universidade de Munique, na Alemanha, foram encontradas na Praia das Conchas, além dos moluscos, espécies nunca vistas de esponjas e planárias marinhas. Entre 16 tipos de esponjas encontradas pelo grupo de especialistas, cinco não eram conhecidas. Em cerca de nove anos de pesquisas, apenas na Praia das Conchas, 55 espécies de nudibrânquios foram encontradas, das quais dez nunca haviam sido vistas antes. Colegas fotógrafos submarinos e biólogos não acreditavam que algumas das espécies fotografadas haviam sido achadas no Brasil. Padula teve que ir para a água com eles para mostrar pessoalmente esses exemplares.

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DESTINO | CABO FRIO RJ | Por: KADU PINHEIRO

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DESTINO | CABO FRIO RJ | Por: KADU PINHEIRO Padula lembra que a região de Cabo Frio e Arraial do Cabo é favorecida pela ressurgência, fenômeno que leva à costa águas frias e ricas em nutrientes, possibilitando grande biodiversidade. Dentro da água, problemas com pesca predatória, embarcações velozes e o aumento da quantidade de dejetos, principalmente esgoto, são os maiores inimigos da fauna marinha.

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DESTINO | CABO FRIO RJ | Por: KADU PINHEIRO

O biólogo lamenta o número reduzido de estudos sobre a fauna marinha da região e garante que até mesmo os pesquisadores se surpreendem com a diversidade de espécies encontradas. Depois de conhecer o estudo sobre as espécies encontradas na Praia das Conchas, o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, disse que ele servirá como base para a ampliação da área marinha protegida no âmbito do plano de manejo do Parque da Costa do Sol.

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Abaixo uma visão de cada um dos fotógrafos presentes sobre esses dias tão especiais que compartilhamos juntos.

Mauricio Algaba Moya Mergulhei em Cabo Frio pela primeira vez em 2012, já em 2013 e 2014 foram três vezes cada ano e em cada uma dessas vezes, sempre fui surpreendido por algo inusitado e marcante, a diversidade da vida marinha é intensa, o mergulho noturno é fantástico, o conjunto da operação da Litoral Sub e da pousada Porto Canal é: MERGULHAR, COMER BEM e RELAXAR, E no início de Julho tive o privilégio de mergulhar com uma parte da elite da foto sub no Brasil, os quais ilustram essa matéria, por isso quantas vezes forem possíveis mergulho em Cabo Frio.

DESTINO | CABO FRIO RJ | Por: MAURICIO ALGABA

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Alvaro Veloso Cabo Frio é o quintal da nossa casa, um verdadeiro ponto de encontro entre amigos. Sempre mergulhando por lá, aproveitando o ambiente praiano e fugindo do barulho da cidade. Dormimos cedo, exaustos e profundamente, mas com o sorriso no rosto de quem teve a satisfação de um mergulho maravilhoso. Em Cabo Frio temos todo apoio que precisamos para fotografar, tempo de fundo extra, mergulhos noturnos, mergulhos especiais fotográficos, e um time sempre pronto para nos socorrer com os equipamentos. Receber os amigos de outras cidades é sempre especial. Alguns deles trazem muita sorte para os mergulhos J, e saem fascinados com o que encontram. A variedade é muito grande, e as novidades são diárias.

DESTINO | CABO FRIO RJ | Por: ALVARO VELOSO

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DESTINO | CABO FRIO RJ | Por: FABIO FREITAS

Fábio freitas Imaginem no mesmo fim de semana, amigos, fotosub, água roxa, cerveja, troca de experiências e conhecimentos com os melhores fotógrafos sub do Brasil, um fim de semana assim nos deixa com a certeza de que os prazeres da vida são bem mais simples do que imaginamos, amigos é tudo que precisamos.......

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Mergulhar em Cabo Frio com a Litoral Sub é muito bom, e com a companhia de alguns dos melhores fotógrafos do Brasil, foi uma experiência melhor ainda. Experimentamos um clima de total descontração, voltado ao reconhecimento dos sites e experimentos fotográficos, visando ao próximo Campeonato Brasileiro de Fotosub, que será realizado lá no próximo ano. Bem distantes da tensão dos campeonatos, onde somos obrigados a fazer determinados tipos de fotos, contamos com a ajuda vital do Eduardo, da operadora, que nos ajudou a localizar uma grande diversidade da vida marinha, com destaque para inúmeros nudibrânquios. Mesmo com assunto para todos, porém, em alguns momentos tivemos uma fila de fotógrafos aguardando a sua vez, como na inusitada cena de um canibalismo entre nudis. No final, o contentamento de todos com material obtido era evidente, estampado abertamente nos sorrisos de satisfação.

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DESTINO | CABO FRIO RJ | Por: CARLOS MONTECHI

Carlos Montechi


DESTINO | CABO FRIO RJ | Por: MARCELO PRIM

Marcelo Prim Mergulhos com visibilidade fenomenal em Cabo Frio. Testamos algumas técnicas novas, como: “Reverse Ring Macro - RRM” e aprimorando o uso de teleconverter. Mas o melhor foi reencontrar os amigos, além da troca de experiências, muitas risadas e brincadeiras entre um mergulho e outro.

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DESTINO | CABO FRIO RJ | Por: ATHILA BERTONCINI

Athila Bertoncini Compartilhando bons momentos com amigos e trocando técnicas, um ambiente de descontração onde pudemos testar e experimentar, dias com vizibilidade fora do normal, Cabo Frio sempre surpreende.

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Ulisses Turati Mergulhar em Cabo Frio é desvendar, conhecer e se realizar com o melhor local do Brasil para Macrofotografia. Animais multicoloridos que encantam os mergulhadores e fotógrafos subaquáticos. DESTINO | CABO FRIO RJ | Por: ULISSES TURATI

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FLÓRIDA TOTAL Naufrágios, Cavernas e Manatees| Texto e Fotos: Kadu Pinheiro

A Flórida tem se tornado cada vez mais o destino de férias de muitos Brasileiros. Disney, Miami, compras, toda a agitação das terrinhas do tio Sam, no geral viagens em família, ou com objetivos únicos de compras, mas o que a maioria não sabe é que a Flórida esconde mergulhos fantásticos para todos os níveis de certificação, desde o simples snorkeling até mergulhos em cavernas. Separamos nessa edição 3 tipos de mergulhos que você pode fazer por lá enquanto a familia está fazendo compras !!

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Mergulhos em Key West e Key Largo

O naufrágio do LSD 32 - USS Spiegel Grove

DESTINO | Flórida total | Por: Kadu Pinheiro

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O Spiegel Grove foi construído nos Estados Unidos e lançado ao mar em Novembro de 1955, sob o comando do capitão S. Filippone. O navio atuou em missões humanitárias na África e transporte de tropas pelas Américas e Europa, sofreu várias reformas, operando embarque e desembarque de overcrafts – Embarcações que usam colchão de ar para locomoção e podem atuar tanto em terra como no mar.


DESTINO | Flórida total | Por: Kadu Pinheiro

O Spiegel Grove foi descomissionado em 2 de Outubro de 1989, e com a baixa do serviço militar, foi doado para a administração marítima americana. Em 1998, sua propriedade foi transferida para o estado da Flórida, que já havia realizado um levantamento para transformá-lo em um recife artificial na região de Key Largo. Uma informação bem interessante, a costa da Flórida é um dos locais com maior número de naufrágios artificiais do mundo. São dezenas de navios, aviões, torres de petróleo, e até tanques de guerra afundados com o objetivo de criar atrativos submarinos para a região.

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DESTINO | Flórida total | Por: Kadu Pinheiro

Após vários problemas no processo de afundamento, o navio finalmente foi rebocado para o estado da Flórida e afundado em 17 de Maio de 2002, sendo aberto ao mergulho recreacional em 26 de Junho de 2002. Durante o afundamento, rolou sobre estibordo e naufragou antes da hora, parando no fundo de cabeça para baixo. No ano de 2005, com a passagem do furacão Dennis pela Flórida, o Spiegel Grove acabou virando, deixando-o em posição perfeita de navegação, um pequeno toque da natureza para deixar esse naufrágio mais perfeito ainda. O navio encontra-se apoiado sobre sua quilha a uma profundidade de 40 metros, atingindo 18 metros na parte mais rasa.

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Fotos: George Almeida

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Contamos com o apoio da operadora local Ocean Divers que possui uma excelente infra-estrutura, com embarcação própria e estação de recarga, além de loja e aluguel de equipamentos. Mergulhar em Key Largo é fácil e descomplicado, para quem está em Miami, é um bate e volta de 1 hora e meia mais ou menos, para quem preferir ficar em Key Largo existem ótimas opções de hospedagem próximas à operadora de mergulho.

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O naufrágio é grande e largo e, mesmo com água clara é difícil ter uma noção do seu tamanho. A proa é interessante e possui uma série de compartimentos, pude explorar alguns deles e um bom pedaço do casario, incursões mais profundas devem ser feitas com equipamento mais adequado, e com mais tempo de fundo, é um naufrágio que merece vários mergulhos, enormes barracudas são comuns patrulhando o deck superior e as áreas externas da embarcação.

DESTINO | Flórida total | Por: Kadu Pinheiro

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Foi considerado a pouco tempo em uma revista americana especializada como sendo um navio fantasma, pois infelizmente vários mergulhadores já perderam a vida em seu interior por falta de treinamento ou descuido e muitos são os relatos de fenômenos paranormais presenciados por outros mergulhadores em seu interior.

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Sendo assim, seja cauteloso seguindo todas as recomendações do staff e evitando penetrações se não estiver habilitado ou seguro para tal, uma característica dos mergulhos na região é que no geral não são guiados por um dive master local, a equipe de apoio fica no barco e os mergulhos são realizados em duplas cada uma fazendo seu próprio planejamento.

DESTINO | Flórida total | Por: Kadu Pinheiro

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DESTINO | Flรณrida total | Por: Kadu Pinheiro

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Prรณximo ao naufrรกgio geralmente como segundo mergulho do dia temos vรกrios recifes, com ambundante vida marinha, barracudas, meros e garoupas bem alimentadas, com รกgua clara e morna, perfeito para fotografia.

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Aplysia dactilomela

DESTINO | Flórida total | Por: Kadu Pinheiro

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DESTINO | Flórida total | Por: Kadu Pinheiro

Crystal River, Manatees Mergulhar com os Manatees na Flórida é uma experiência memorável, por diversas razões, pelo próprio mergulho, e para mim em especial por ter a oportunidade de ter apresentado aos meus filhos essa fantástica criatura que interagiu com eles de forma intensa, e descontraída.

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DESTINO | Flórida total | Por: Kadu Pinheiro

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Uma breve apresentação: O West Indian Manatee (Trichechus Manatus Latirostrus) é parente próximo do nosso peixe-boi da Amazônia, do manatee da África e do Dugong encontrado no Mar Vermelho e na India. Mamífero, vive tanto em água salgada quanto nas águas doces dos rios do sul dos Estados Unidos. Quando adulto chega a pesar cerca de 500 kg e mede por volta de 3 metros de comprimento, ouvi relatos de exemplares com mais de 4m e 1000 kg, é um animal de hábito vegetariano passa de 6 a 8 horas por dia se alimentando de qualquer tipo de planta aquática - o consumo diário chega a 15% do seu próprio peso, um verdadeiro glutão.

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DESTINO | Flórida total | Por: Kadu Pinheiro

Machos e fêmeas tem o mesmo tamanho e aparência, possui uma cauda horizontal, usada para propulsão. Na parte dianteira, encontramos nadadeiras que são usadas na propulsão e também podem agarrar objetos como se fossem mãos e por baixo delas, as mamas. No focinho, narinas pequenas são fechadas por válvulas quando o animal submerge, evitando a entrada de água e reabertas quando o animal volta à superfície para respirar, a cada 3 minutos, embora este intervalo possa chegar a mais de 15 minutos quando em repouso.

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Os olhos são muito pequenos e atrás deles encontramos os ouvidos, sem nenhum tipo de orelha, que são usados para ouvir a sua própria “linguagem”: uma série de apitos usados para manter mãe e filho unidos em águas com pouca visibilidade. Só possuem dentes na parte posterior da boca e utilizam os lábios para colher as plantas do fundo.

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DESTINO | Flórida total | Por: Kadu Pinheiro

São animais pacíficos e tímidos, vivendo cerca de 50 anos quando em liberdade. Parecem lentos à primeira vista, mas podem percorrer grandes distâncias em um único dia. As fêmeas são férteis desde os 5 anos de idade e dão cria a um filhote de cerca de 40 kg em intervalos que variam de dois a cinco anos, após gestações de 11 a 13 meses. A copulação é um evento de grupo, com uma fêmea e vários machos. Essencialmente solitários, as famílias dos manatees são formadas por mãe e filho, pois embora no final do primeiro mês os filhotes já possam se alimentar por conta própria, eles são amamentados por mais de dois anos.

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O Mergulho

DESTINO | Flórida total | Por: Kadu Pinheiro

Recomendamos o Capt. Chris Ward da www.RiverVentures.com, um excelente operador local que me foi altamente recomendado pela USFWS A época escolhida foi uma das melhores do ano em termos de visibilidade com a intenção de conseguir melhores imagens, entre Janeiro e Fevereiro, meses bem frios onde os manatees sobem para as nascentes cristalinas em busca de aguas mais quentes. Chegar em Crystal River é muito fácil a partir de Orlando. Aproximadamente 2 horas de carro, se você planeja ir à Disney com a Família não deixe de adicionar mais um dia para fazer esse mergulho. Não é necessário nenhum treinamento, qualquer pessoa de qualquer idade pode mergulhar, a água é relativamente quente, mas mesmo em um dia ensolarado a temperatura externa pode chegar a 5 graus, portanto leve agasalho, uma roupa de neoprene é recomendada e pode ser alugada junto com máscara e snorkel. Algumas recomendações precisam ser seguidas para mergulhar com os manatees, não se aproximar por cima, impedindo o seu acesso imediato a superfície para respirar, não persegui-los, deixar que eles procurem o contato e se aproximem, eles são bem curiosos, fique por perto e logo eles virão dar aquela olhada em você.

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DESTINO | Flórida total | Por: Kadu Pinheiro

Após um breve briefing e vídeo explicativo na base da River Ventures, fomos levados até o pier para embarque no barco que nos conduziria à nascente onde realizamos os mergulhos, todos devidamente paramentados, as crianças ansiosas pela oportunidade de mergulhar com o manatee (foi o assunto dos últimos dias que antecederam nossa viagem, mais aguardado que a própria Disney!!) Como já conheço o capt Chris Ward de outras viagens, fui surpreendido com um private boat apenas para minha família (opção que você pode contratar também). Uma mordomia e tanto, barco com cabine fechada quentinho e muito confortável.

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Na água foi uma festa, os animais vieram ao nosso encontro e pareciam se deliciar com nossa presença, buscaram contato e ficaram próximos durante mais de 2 horas em que estivemos na água, possibilitando imagens incríveis apesar de a visibilidade nos pontos escolhidos não estarem muito boas.

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DESTINO | Flórida total | Por: Kadu Pinheiro

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Cavernas e nascentes Para os avançados e aventureiros mais ousados, a Flórida ainda esconde alguns dos mais intensos mergulhos em cavernas do mundo, considerada o berço da modalidade, onde foram desenvolvidas e criadas a maioria das técnicas modernas aplicadas em mergulho em caverna. A região de Ginnie Springs e de Mariana, são infestadas de buracos, onde se pode mergulhar, desde que com o devido treinamento e responsabilidade, para quem quer apenas desfrutar das nascentes da região, o mergulho recreativo e snorkeling também é permitido em muitas nascentes, que contam com água cristalina calma e cheia de peixes, formando cenários maravilhosos dentro e fora da água.

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DESTINO | Flórida total | Por: Kadu Pinheiro

Para os mergulhadores técnicos e caverneiros de plantão: as cavernas da Flórida são constantemente abordadas nas edições da Divemag, fique ligado nas edições anteriores e nas próximas e se informe. Fonte: http://www.navsource.org http://www.spiegelgrove.com/ Apoio: http://www.oceandivers.com/ 522 Caribbean Drive Key Largo, FL 33037 Capt. Chris Ward, www.RiverVentures.com Crystal River

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DESTINO | Fl贸rida total | Por: Kadu Pinheiro

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OLYMPUS OMD-EM1

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O Reinado das DSLRS chegou ao fim ? Teste completo da câmera que veio para mudar o mundo dos fotógraofs submarinos profissionais, poder e qualidade em um corpo reduzido e com extrema portabilidade.

Na primeira semana de Agosto foi realizado o BORBULHANDO – a maior feira de mergulho organizada por um Centro de Mergulho no Brasil. Com apoio de DIVEMAG o evento recebeu mais de 280 visitantes nos dias abertos ao público em geral. De acordo com Joe Botero – proprietário do Centro de Mergulho Amigos do Joe – realizador do evento - nesta sua terceira edição o BORBULHANDO teve que ser ampliado e repaginado para atender a demanda de todas as solicitações de mergulhadores e profissionais da área. Foram 5 dias de atividades ininterruptas nas dependências da escola que fica situada no bairro do Paraíso em São Paulo. As atividades se iniciaram no dia 30 de julho com a realização do MEMBER FORUM PADI 2014 ministrado pelo Gerente Regional PADI Fernando Martins. O número de profissionais (Instrutores e Divemasters) que compareceram ao fórum impressionaram Fernando que mencionou não encontrar tantos profissionais em um único MEMBER FORUM com exceção ao PADI FESTIVAL que recebe pessoas de todo Brasil.

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FOTO SUB TESTE: CÂMERA OLYMPUS OMD-EM1 | Por: Kadu Pinheiro

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A Olympus apresentou há alguns anos atrás uma câmera mirrorless pequena e estilosa com um pequeno sensor que podia brigar com as grandes DSLRs do mercado. Muitos fotógrafos submarinos como o Dr. Alex Mustard se apaixonaram instantaneamente pela OM-D E-M5, e acabaram adotando elas como câmeras secundárias ou reservas, mas agora, com a E-M1, a Olympus vem conquistando até os mais exigentes fotógrafos. Hoje até um dos mais renomados fotógrafos submarinos do mundo; Eric Cheng criador da Wetpixel, usa essa câmera como set principal, além de mim é claro, que depois de ler e conversar com essa galera não perdi tempo e migrei para a OMD-EM1, ainda mais depois de conversar com a Norma Alonso da Aquatica, um dos mais renomados fabricantes de caixas estanques do mundo, e saber que eles estavam produzindo uma caixa para esse modelo, aí sim tive a certeza da qualidade dessa pequena para a fotografia submarina.

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FOTO SUB TESTE: CÂMERA OLYMPUS OMD-EM1 | Por: Kadu Pinheiro

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Uma câmera mirrorless profissional, com sensor micro 4/3 de 16 megapixels, corpo resistente à água e poeira, altamente customizável e que custa US$ 1400 (apenas o corpo).

Para quem foi feita Para quem conhece câmeras, exige controles rápidos, responsivos e com ótima qualidade de imagem em um pacote pequeno, bem menor e mais leve do que uma DSLR tradicional, essa câmera é perfeita para viajar, você vai consegui reduzir o volume e o peso do seu equipamento de viagem em mais de 30%. Hoje com todas as restrições de bagagens das cia aéreas isso faz uma diferença tremenda.

Por que ? Câmeras mirrorless começaram como uma tentativa de imitar as DSLRs, mas em um pacote mais compacto. Muitas delas evoluíram bastante em termos de imagem, mas a OM-D E-M1 representa uma nova geração que pode competir até mesmo em termos de usabilidade e recursos profissionais, com a maioria das câmeras DSLRs em produção hoje.

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Design A E-M1 mantém o visual retrô das suas antecessoras da linha OMD, ao mesmo tempo que coloca mais controles e melhora a ergonomia. O novo grip é a maior mudança de design em relação à E-M5, além da adição de mais botões e dials, que estão mais bem posicionados. Em qualquer parte da câmera que seus dedos ficarem eles estarão próximos a algo para pressionar. Pode ser meio intimidador para um iniciante, mas fotógrafos experientes vão amar. Isso tem como custo uma estética menos polida ou minimalista, mas o design ainda é belíssimo.

Usando Esta câmera consegue fazer parte de você. Todos os mecanismos de controle são personalizáveis e isso exige uma certa curva de aprendizado, mas o resultado é nunca mais ter que entrar em um menu enquanto você sai para fotografar. Velocidade é fundamental quando você precisa fotografar, principalmente abaixo dá água. A EM-5 era conhecida por ter o foco automático mais rápido entre todas as câmeras mirrorless, e a EM-1 conseguiu melhorar isso. Ela também tem a vantagem de ganhar um pouco mais de velocidade quando você usa lentes 4/3 antigas, graças ao sistema de “fase detection” no sensor. O foco automático contínuo também foi melhorado, mas ainda perdem para as DSLRs mais avançadas, principalmente em se tratando de ação ou esportes ou cenas com muito movimento. Outra inovação que os fotógrafos submarinos vão amar: sair da água e poder transferir as imagens para seu smartphone ou tablet via Wi-Fi, e não vai precisar nem abrir a caixa estanque para isso. Outros recursos característicos da Olympus se mantêm intactos e ainda se destacam. A estabilização de imagem em cinco eixos funciona muito bem, e aumenta efetivamente o desempenho em situação de pouca luz, porque você pode disparar com velocidades do obturador muito menores sem se preocupar com borrões de movimento. Por exemplo, conseguir capturas com uma lente 75mm a 1/20 de segundo sem nenhum borrão.

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Ela também agora conta com resistência ao frio extremo, além de ser à prova d’água e de poeira, igual às cameras DSLRs mais profissionais. Os modos tradicionais de software estão todos presentes. Alguns são incrivelmente úteis, como trocar para foco manual mais preciso, assim como controle de cor e ajuste de curvas. Também estão presentes os modos criativos que inexplicavelmente encontraram espaço em uma câmera estilo profissional. Mosaico de imagens e filtros podres – ugh. Nenhum deles é gravado em RAW, obviamente. Apenas JPEG (mas você vai fotografar em RAW). Falando em JPEG, para aqueles que preferem capturar neste formato em vez de RAW, o novo motor TruePic VII da Olympus faz um excelente trabalho ao melhorar o que já é considerado um dos melhores processamentos de JPEG disponíveis. O motor vai automaticamente corrigir distorções com perfis incorporados de lentes, e também oferecerá algumas ferramentas bacanas na câmera para ajustar controle do branco e curvas de forma precisa e intuitiva. Então que tipo de fotos essa belezinha captura? Se você está acostumado ao estilo da E-M5 ou das recentes câmeras PEN, você verá a mesma qualidade de imagem. O novo sensor da E-M1 não conta com um filtro ótico “Low-Pass”. Isso contribui para as imagens ficarem um pouco mais nítidas, mas há um risco de uma distorção maior em fotos mais detalhadas. Níveis de ruído em ISO alto em comparação com a E-M5 são bem superiores. O pequeno sensor micro 4/3 nunca vai competir com sensores completos em ISO alta, mas a E-M1 consegue competir com alguns APS-C rivais como as Canon Rebels e as Sony NEX. Comparamos uma E-M1 com uma Sony NEX-7 e uma Canon Rebel T4i em ISO 3200, e os níveis de ruído são praticamente idênticos, para ser mais sincero ainda comparei ela com a minha antiga 7D e a qualidade de imagem é na minha opinião até superior. Talvez um dos principais sinais de que as câmeras mirrorless estão atingindo a maturidade com a E-M1 é o visor ótico eletrônico, que é maravilhoso e vai acabar com uma das principais características das DSLRs.

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GRANDE ANGULAR

SUPER MACRO

Especificamente para o uso submarino, a EM-1 em conjunto com a caixa estanque da Aquatica, forma um par destruidor, a caixa AE-M1 segue a linha robusta e bem acabada das outras caixas da marca, mas com um tamanho e pesos bem reduzidos, tornando ela muito mais fácil e confortável de manusear. A caixa conta com entradas para conectores de fibra ótica e opcionalmente aceita um bulk head elétrico para quem ainda quer usar cabos padrão nikonos, confesso que estava meio “bolado” em usar cabo ótico, por conta do tempo de reciclagem do flash interno da câmera, mas fiquei gratamente surpreendido por descobrir que configurando a câmera para disparar a unidade de flash em 1/64 (potência mínima) o tempo de resposta e disparo contínuo do flash é imediato, não senti nenhuma diferença, é até mais rápido quando comparado com minha Canon 7D. A Aquatica lançou junto com a caixa uma linha especial de domos e portas para as principais lentes 4/3. Eu recomendo a Panasonic 8mm para grande angular e a Olympus 60mm para macro, existem outras opções, mas essas são as que mais agradam aos profissionais e trazem um ótimo resultado. A porta plana para usar com a lente 60mm já vem com uma rosca para adaptar uma lente de super macro externa, (subsea ou equivalente) padrão rosca 67mm, economizando em adaptadores e afins, testei as 2 lentes da Aquatica +5 e +10 além de uma Dryon +7 sobrepondo as mesmas em diversas combinações, o resultado você pode ver nas imagens da matéria de Cabo Frio dessa edição.

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A Aquatica disponibiliza um completo manual para que o ajuste da câmera para uso na caixa estanque seja perfeito, esse primeiro setup pode ser traumático, sem uma lida detalhada no manual, como peguei um dos primeiros modelos da caixa o manual não estava pronto e contei com a ajuda do pessoal da Aquatica para colocar a câmera e a caixa funcionando perfeitamente. Mesmo que os micro 4/3 consigam rivalizar com APS-C em termos de qualidade de imagem, o tamanho do sensor ainda é um obstáculo para fotógrafos que anseiam por profundidade de campo. Quando você está buscando uma câmera, é difícil você não querer o maior sensor que puder comprar. Claro, existem diversos motivos para você deixar essa questão de lado, mas é possível que isso seja um ponto negativo. Existem algumas outras pequenas limitações na EM-1, como qualidade de vídeo medíocre, modos de “arte” inúteis e algumas funções desnecessárias.

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• Todas as imagens da matéria foram capturadas em RAW e convertidas em JPG com pequeno tratamento de imagem no Adobe Ligthroom 5 • Também testei a nova lente 12-40mm f/2.8 PRO da Olympus. É uma lente fantástica em termos de qualidade de imagem e de construção. • Uma caractéristica frequentemente deixada de lado em câmeras é como os arquivos RAW reagem a manipulação. A E-M1 se sobressai a este respeito. Em comparação com arquivos RAW de uma Canon 7D e uma Sony RX100, as imagens da E-M1 produzem menos ruído e distorção de cores quando submetidas a ajustes extremos de exposição. • É estranho que você não consiga acessar mais configurações via touchscreen. Você é limitado ao disparador, ponto de foco e alguns modos criativos. Existem tantos controles físicos que isso não deve ser necessário, mas não custaria nada oferecer a opção. • Vídeo é um problema, ele não é muito bom e não tem muitas opções de gravação (30fps apenas). Chato, mas você precisa respeitar a Olympus por se concentrar no que ela sabe fazer melhor – fotografias excelentes.

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Devo comprar ? A OM-D E-M1 é um investimento sério, mas se você quer a experiência de uma câmera profissional sem o tamanho e peso de uma DSLR, então você deve comprar uma. Nada mais oferece o mesmo nível de ergonomia, personalização e durabilidade. existem outras opções de qualidade hoje no mercado, mas nenhuma delas oferece a velocidade e usabilidade da E-M1.

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SMS 75

Harness Sidemount O SMS75 é a evolução de anos de desenvolvimento do sistema sidemount que começou com o SMS100. Um produto copiado e modificado por anos para o uso de sidemount técnico, e que se tornou mais popular ainda com o leve SMS50. Esses dois modelos tem sido usados por mergulhadores extremos de caverna, e o novo SMS75 foi direcionado para todos os tipos de mergulho, do técnico ao recreativo. O correto trim é a chave para um bom mergulho, esse colete foi projetado para entregar o posicionamento perfeito tanto no uso com sidemount ou uso de duplas e cilindros simples de montagem convencional, permite ainda a montagem da traquéia invertida para uso mais avançado com side.

Características: Formato trapezóide para otimizar o trim Acompanha elásticos e cintas Permite montagem de traquéia invertida Perfeito para qualquer tipo de mergulho

Especificação: • • • •

Feito em cordura 1000D 40 lbs. / 18 kgs de inflagem Tamanhos: SM/MD, LG/XL and XXL Sistema de lastro

Consulte seu dive center

Distribuidor oficial: www.infinitysports.com.br Comercial: 55 (11) 95578-2457


Poderosa compacta Olympus TG-3

Fotografia | Novidades

Uma câmera a prova de tudo

A nova versão da Stylus Tough que a Olympus anunciou recentemente pode ser descrita com tantos “à prova de…” que é difícil evitar repetições. Ela é à prova de água a até 15 m de profundidade, ignora temperaturas de até -10°C, foi testada contra impactos de até 2 m de altura e poderia suportar um peso de até 100 quilos. Mas o que impressiona mesmo é que ela faz tudo isso com uma lente capaz de tirar fotos macro reais, com 1:1 de magnificação ou mais. As especificações da câmera em si não chegam a ser extraordinárias: ela usa um sensor típico de câmeras compactas com 16 MP amparado por uma tela traseira de 3 polegadas e 460 mil pontos de resolução. A descrição começa a ficar mais interessante quando olhamos para os extras: ela também oferece Wi-Fi, GPS, altímetro e compasso digital para quem quiser se perder em uma selva.

Mas a objetiva é a principal estrela do show. A Olympus escolheu uma lente zoom bem versátil (entre 25 mm e 100 mm de distância focal equivalente) com uma das maiores aberturas da categoria (entre f/2 e f/4,9). Além de ser mais clara que a média, essa objetiva é capaz de focar em objetos a apenas 10 mm de distância. Ela também promete uma magnificação de 6.9x em 100 mm ou de 13.8x no modo Super Resolution Zoom. Em outras palavras, elas é capaz de preencher o frame com objetos que medem apenas 0,3 mm ou 0,7 mm no modo de captura normal.

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Naturalmente, a profundidade de campo se estenderia por algo em torno de 7 micrômetros com esse nível de magnificação. Esse fato motivou a Olympus a implementar um sistema de focus stacking automático para poupar o fotógrafo de fazer o mesmo manualmente. Essencialmente, a câmera tira oito fotos em rápida sucessão variando sutilmente o foco. Esses frames são combinados em uma única imagem final que tem uma profundidade de campo mais extensa.

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A fotografia macro já é uma atividade que demanda muita luz e velocidades altas. O focus stacking particular da Tough deve limitar ainda mais o tempo de exposição de cada foto. Portanto, não surpreende o fato de que a Olympus anunciou um flash em anel que pode ser acoplado em volta da lente. A câmera também ganhar dois conversores, um para grande angular e outro para teleobjetiva. A máquina em si chegará ao mercado por 350 dólares em junho. Se você é biólogo, ou mergulhador ou simplesmente gosta de fotografar a natureza, a Tough pode ser uma adição interessante para o seu arsenal.

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Suas sonhadas férias viram realidade em um lugar maravilhoso.

Para os mergulhadores ainda existe a opção de caixa estanque da própria Olympus a PT056 que aumenta sua profundidade operacional para 45 metros.

Conclusão As câmaras compactas todo-o-terreno têm visto aumentar a sua funcionalidade e robustez, e a nova Olympus Stylus TG-3 possui características consistentes com as ofertas de topo no segmento das câmaras ultra resistentes atualmente disponíveis. Como segunda câmera para levar no barco é perfeita!!!

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A maior Barreira de Corais do Caribe, praias paradisíacas e um resort exótico. Centro PADI 5 Estrelas, centro de fotografia, câmara hiperbárica própria. Mergulhos com golfinhos, tubarões, tartarugas, naufrágios e milhares de peixes. Passeios a cavalo, caiaque, passeios pela selva, canopy ou simplesmente relaxar embaixo das palmeiras. No AKR, as aventuras Roatan • Bay Islands surgem naturalmente. Honduras

info@anthonyskey.com | anthonyskey.com/divemag | 954.929.0090



Fotos: Kadu Pinheiro

GoPro lança a HERO 4 As câmeras da série GoPro são algumas das mais bem conceituadas máquinas destinadas ao registro de cenas de ação. E nesta semana, três novos modelos foram anunciados. Sob os nomes de HERO 4 Black, HERO4 Silver e HERO, os dispositivos prometem atender as demandas de diversas fatias de consumidores. O destaque da vez vai para a qualidade máxima de gravação da HERO4 Black: o aparelho pode gravar em 4K e a 30 fps. Além destas especificações de gravação, o modelo de ponta anunciado admite também as seguintes configurações: gravação sob a resolução de 2,7 K a 50 fps e ainda sob a qualidade Full HD a 120 fps – fotos de 8,3 MP podem ser capturadas dos vídeos registrados; se somente o modo “burst” for ativado, até 30 fotos por segundo de 12 MP pode ser tiradas. A HERO4 Black, juntamente com ambos os demais modelos, deverá ser lançada no próximo mês por US$ 499. A HERO4 Silver é uma opção a quem deseja gastar um pouco menos para conseguir registrar imagens maiores que as abarcadas pela resolução Full HD: com a câmera prata, os seguintes tamanhos de vídeos podem ser escolhidos: 2,7 K a 30 fps, 1080p a 60 fps e 720p a 120 fps. Esta variação vai estar disponível pelo preço de US$ 399. Por fim, e destinada a aventureiros casuais, a HERO é o modelo que grava a também belos 1080 pixels a 30 fps e a 720p a 60 fps. Este aparelho, mais modesto, naturalmente, poderá ser comprado por US$ 129. Importante destacar que os modelos HERO4 Black e HERO4 Silver admitem pela primeira vez controles via touchscreen. Conexão WiFi e corpo á prova d’água são também aspectos das máquinas anunciadas.

“Surpreenda-se com os mergulhos da Patagônia!!!”

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Aquatica lança caixa estanque para Nikon D810 Aquatica acaba de anunciar sua mais nova caixa estanque para a nikon D810, a full frame top da Nikon, a caixa vem com acesso a todos os controles da câmera, com opção de sensor de vácuo e alarme de alagamento, a caixa é compatível com toda a linha de ports e domos da marca e deve chegar ao mercado agora em Outubro ao preço sugerido de U$ 3.529,00 nos Estados Unidos. Para mais informações contate a Aquatica Brasil Sea Worker: Av. FRANCISCO GLICERIO, 485 | Santos – SP – Brasil | CEP 11065-403 Tel (13) 32513264 | Cel: (13) 78095447 seaworker@seaworker.com.br www.seaworker.com.br


Uma sala de aula de 6 x 5m, com carteiras data show e note, com capacidade para trabalhar com 12 alunos ao mesmo tempo com bastante folga. Recepção com mesa, cadeiras e internet. Essas são as instalações externas, tudo isso descrito acima tem acesso separado da escola, ou seja um instrutor poderá locar todas as instalações descritas, sem passar com seus alunos e clientes por nenhuma dependência da Immersioni.

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Immersioni inaugura nova piscina de treinamento Mercado | Novidades A piscina tem 6 x 8m de dimensões externas, com dois níveis de profundidade, com dimensões de 6 x 6m temos a maior profundidade da piscina, 4,8m. com dimensões de 2 x 6m a profundidade menor com 1,2m. Casa de maquina com anéis de circulação separados em filtragem e aquecimento, analise da água totalmente eletrônica, dosagens de cloro, ácidos e regulagem de temperatura são feitas automaticamente. A cobertura e laterais da piscina foram construídas com matérias isolantes termo acústicos, chapas de aço inox perfuradas no alto da estrutura garantem ventilação e eliminação do vapor gerado pelo aquecimento da água, evitando a condensação no teto da cobertura. Sistema de captação de água para o aproveitamento da água da chuva, e sistema de aquecimento solar foram projetados para minimizar o impacto ambiental, tornando a piscina praticamente auto sustentável. Foram construídos dois vestiários, masculino e feminino, com espaço amplo e bastante conforto.

Toda estrutura poderá ser usada de segunda a segunda nos horários e endereço abaixo: Immersioni: Rua Artur Sabóia, 167 - Paraíso - São Paulo De segunda a sexta – das 8h às 22h Sábado – das 8h às 18h Domingo – das 8h às 16h Tel: 55 (11) 2307 0167

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Mergulhe no fantástico mundo subaquático de Curaçao Curaçao é uma ilha formada originalmente por pedras vulcânicas onde os corais se formaram ao longo dos séculos. Isto pode ser visto imediatamente no primeiro mergulho. Na costa do lado direito da ilha os mergulhadores poderão observar belos recifes de corais. Essa é uma das razões que tornou Curaçao um dos destinos mais populares de mergulho do mundo. Fauna e flora subaquática de rara beleza formada ao longo de milhões de anos. INFORME PUBLICITÁRIO | DIVEMAG.org | Curaçao

• Destino top para mergulhadores – você não achará no mundo um local de tamanha beleza e variedades para prática de mergulho. • Seleção de três grandes áreas para mergulho – Curaçao é cercada por fantásticas áreas para mergulho. • Curaçao também é um fantástico destino para a prática de snorkel – até mesmo da superfície pode-se observar as belezas do mundo subaquático de Curação. • Um destino para todos – Além do fantástico mundo subaquático, Curaçao oferece muita diversidade para os que preferem ficar em terra – compras, lazer, esportes, praias, cultura e gastronomia.

www.curacao.com


UM HOMEM DE HONRA Entrevista com o mergulhador militar LUIS OLIVEIRA | Texto e Fotos: Alexandre Vasconcelos e Jone Tilli.

Em meados de 2000, foi lançado nos EUA o filme Homens de Honra que é baseado na trajetória de vida de Carl Brashear. Primeiro Afro-americano a se formar mergulhador pela U.S Navy. O filme entusiasmou muitos mergulhadores Americanos e Brasileiros, assim como contribuiu para que muitas pessoas buscassem a atividade. O que até então eu não imaginava é que na turma de mergulho de 1954, (a turma de Carl Brashear) contava com dois Brasileiros que realizaram o curso na forma de intercâmbio entre a U.S Navy e a Marinha do Brasil. Eram na época os Sargentos Luis Oliveira (Mestre Lula) e o Sargento Alberto. Pois é, infelizmente Carl Brashear faleceu em 25 de Julho de 2006, deixando como legado a seu país sua trajetória e façanhas. No entanto nós Brasileiros temos o Mestre Luis, que pode ser considerado o Primeiro Instrutor de Mergulho do Brasil. A importância desse homem no cenário do mergulho nacional não se dá meramente por ter cursado junto à uma celebridade internacional, mas por estar em pé de igualdade. O Mestre Luis pode ser considerado por muitos como o Pai de todos os mergulhadores militares no Brasil. Tendo ministrado seu primeiro curso no Brasil menos de um ano após ter regressado dos EUA.

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Mergulho militar | Por: Alexandre Vasconcelos DIVEMAG - Como foi sua seleção para cursar mergulho nos EUA? LUIS OLIVEIRA - Nessa época eu servia no CAAML. Uma unidade responsável por doutrina de controle de avarias, quando a Marinha abriu o processo seletivo com duas vagas para o curso de mergulho nos EUA. Inicialmente haviam mais de 50 voluntários, que ao longo do processo seletivo formam sendo eliminados até que restassem apenas o Sargento Alberto e eu. DIVEMAG - Durante o curso qual foi sua maior dificuldade? LUIS OLIVEIRA - Os Norte-Americanos são muito bons no que fazem e da mesma forma ministram o curso com muito profissionalismo e segurança, de tal forma que a maior dificuldade foi o idioma. Para acompanhar o que os instrutores diziam em sala de aula, tive de pegar os planos de aula que ficavam na secretaria, de forma que pudesse confrontar o que ouvia com o que lia para melhor entender o que nos era ensinado. DIVEMAG - Como foi seu relacionamento com Carl Brashear ? LUIS OLIVEIRA – Mesmo apesar de tanto tempo não dá para esquecer do Brashear. Nosso primeiro contato foi tomado por iniciativa dele. Na época eu era Terceiro-Sargento e ele marinheiro, quando ele me perguntou: Do you have $5.00? Eu lhe emprestei os 5 dólares mesmo sem esperar que ele me devolvesse, porém no dia em que ele recebeu seu pagamento pela US Navy, fez questão de me devolver os cinco dólares. DIVEMAG – Qual foi o teste mais difícil realizado durante o curso nos EUA?

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LUIS OLIVEIRA – A única ocasião durante o curso em que fiquei receoso, foi por ocasião de um exercício de subida livre a 100 Pés de profundidade. Porém ao final do exercício tudo terminou bem. Haviam instrutores no percurso da subida que nos ajudavam exalar o ar caso não fizessemos isso.


Mergulho militar | Por: Alexandre Vasconcelos

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DIVEMAG – Como foram ministrados os primeiros cursos de mergulho na Marinha do Brasil? LUIS OLIVEIRA – Após chegar ao Brasil, ministrei cursos para alunos da Marinha que iam desde Capitães-Tenentes até Cabos recém especializados. Nesses cursos, busquei trazer ao máximo da realidade aprendida com os americanos, de modo que o curso ministrado no Brasil foi aplicado na medida do possível da mesma forma como era ministrado nos EUA. DIVEMAG – Quais os equipamentos utilizados para qualificar os primeiros mergulhadores Brasileiros? LUIS OLIVEIRA – O Escafandro Pesado e a máscara Desco. Ambos equipamentos de mergulho dependente. Os equipamentos autônomos embora já tivessem sido inventados vieram a ser empregados algum tempo mais tarde. DIVEMAG – Como foi seu primeiro contato com o Aqualung de Cousteau? LUIS OLIVEIRA – Não lembro ao certo a data, mas creio que por volta de 1958, a Marinha havia adquirido o Aqualung de Cousteau, porém não havia ninguém qualificado no equipamento. Foi quando me convidaram para testar o aparelho na piscina da Escola Naval localizada no Rio de Janeiro. A sensação de liberdade que o aqualung dava era algo novo e muito agradável. Passei bons momentos respirando com ele e nadando de um lado a outro na piscina, era um conceito novo para o mergulho. DIVEMAG – O que o Sr. sente nos dias atuais quando liga a TV e assiste algum documentário de mergulho como os produzidos por Lawrence Wahba e Cristian Dimitrius? LUIS OLIVEIRA – Eu fico emocionado quando vejo imagens do fundo do mar na televisão e é sempre um prazer assistir a esse tipo de vídeo. DIVEMAG – Qual o conselho que daria para os novos mergulhadores? LUIS OLIVEIRA – Nunca planejem mergulhos para os quais não estejam qualificados. Mergulhem sempre dentro do limite do seu treinamento.

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Chegar até eles não foi fácil. Não é exagero dizer que esta matéria levou mais de um ano para que fosse concluída. Embora hajam registros de mergulhadores Brasileiros anteriores a 1954, foi a partir do treinamento adquirido nos EUA pelo Mestre Luis, que o Brasil passou a contar com turmas regulares de mergulhadores formados nos mesmos moldes de “padrão” que os Americanos. Conversar com o Mestre Luis por quase quatro horas, nos proporcionou uma emoção próxima a de colocar o regulador na boca olhar para frente e dar o passo de gigante. Foi um verdadeiro mergulho na história, mas acima de tudo foi uma Honra. Mergulho militar | Por: Alexandre Vasconcelos

Foto Detalhe: Oliveira ao lado de Carl Brashear

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O Instituto Sea Shepherd Brasil (ISSB), representando pelo Núcleo Santa Catarina, esteve presente ao evento “A nossa Pátria é a Natureza”, organizado pelo Coletivo SOMA, com a proposta de comemorar o dia 07 de Setembro, educando e mobilizando as comunidades locais para a preservação socioambiental do sul da ilha de Florianópolis/SC.

A DecoStop aumentou seu tempo de fundo. A melhor revista brasileira de mergulho, agora no seu tablet.

Com a exposição de imagens dos fatores de ameaça ao berçário das Baleias Franca no litoral catarinense e das causas de redução da população de Botos Pescadores de Laguna, o ISSB informou os participantes acerca da necessidade de ações eficazes para a proteção destes cetáceos na região. O público presente se mostrou interessado participando do abaixo-assinado em que se requer mais ações da APA da Baleia Franca em prol dos cetáceos, a ser encaminhado aos órgãos competentes, e protocolado nas ações judiciais movidas pelo ISSB na Justiça Federal em defesa do berçário e dos botos.

Por: ISSB Redação

A revista DecoStop já está disponível no Android Market, e a partir de março na Apple Store.

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Esta ação faz com que o alcance da revista seja potencializado, atingindo leitores além de nosso alcance físico. A tecnologia digital permite que as edições da DecoStop sejam armazenadas, possibilitando acesso rápido as informações contidas na revista. A edição impressa continuará a ser produzida normalmente. Para download no Android Market acesse:

https://market.android.com/details?id=com.magtab.DecoStop

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Para assinar www.decostop.com.br Para anunciar rodrigo@decostop.com.br

www.clovix.com.br

Núcleo SC do Instituto Sea Shepherd desenvolve atividades de educação e conscientização ambiental


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No dia 13 de Setembro, os voluntários da Sea Shepherd de SC realizaram um Jantar Vegano na Cidade de Laguna, para arrecadar fundos visando financiar as ações educativas e de proteção aos botos pescadores de Laguna. O prato principal era um Strogonoff de proteína de soja, e quem experimentou, aprovou. Todos os ingredientes foram selecionados com cuidado máximo para que nada de origem animal fosse utilizado. Os vegetais e as frutas também foram selecionados, preferindo-se os orgânicos.

Por: ISSB Redação

O jantar foi um sucesso e o Núcleo SC agradece a todos que ajudaram na realização desse evento.

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INFORMATIVO MENSAL | DAN |


Apoio:

diVemag www.divemag.org

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