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Edição 51 - 2016
International Dive Magazine Feita por quem mergulha !!
Campeonato Nacional de FotoSub 2016 Cobertura do evento da ABISUB em Cabo Frio
ILHAS CAYMAN
Naufrágios, recifes e muita diversão
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Os 15 melhores points
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>> Nesta edição <<
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Feita por quem mergulha !!
13. Ilhas Cayman
Prezados leitores, temos muitas novidades nessa edição: duas novas colunas estreiam em nossas páginas; a primeira comendada pelo Dr. Gabriel Ganme, que já é nosso colaborador e membro do conselho desde o príncipio da revista, e que agora vai compartilhar com vocês suas aventuras através de contos divertidos e ao mesmo tempo instrutivos. A segunda coluna será encabeçada pelo mestre Alvanir Oliveira o “Jornada” da NAUI que vai falar sempre sobre dicas importantes e assuntos relacionados a segurança e técnicas de mergulho.
EDITOR KADU PINHEIRO
36. Caribe Total
CONTEÚDO
Nessa edição temos matéria sobre as ilhas Cayman do nosso colaborador estreante Pedro Paulo Cunha, que nos conta um pouco do que é mergulhar nesse pico do Caribe. E por falar em Caribe, Alcides Falanghe e Tatiana Zanardi selecionaram os 15 melhores pontos desse paraíso de ilhas, para que nossos leitores tivessem um guia completo dos melhores pontos de mergulho da região, na opinião de nossos ilustres colunistas !! Cobertura total do primeiro campeonato nacional de fotosub, realizado pela ABISUB em Cabo Frio na semana passada !! Quer ver primeiro? só aqui na Divemag !!!
13 :: Ilhas Cayman >> Naufrágios e Recifes 36 :: Caribe total >> 15 melhores pontos 56 :: Aventuras do Dr. Gabriel Ganme 61 :: Meio Ambiente >> Informe Coral Vivo 64 :: Papo de mergulho com Jornada 67 :: Foto sub >> Campeonato Nacional 2016 82 :: Notícias do mercado
Águas claras e boa leitura,
Kadu Pinheiro >> Editor <<
DIVEMAG
Conselho Editorial
International Dive Magazine
EXPEDIENTE
Carolina Schrappe
PRESIDENTE: Flávio Lara flavio@divemag.org
Gabriel Ganme
Redação Diretor de Produto E EDITOR: Kadu Pinheiro kadu@divemag.org JORNALISTA RESPONSÁVEL: Kadu Pinheiro
João Paulo Pavani Franco
Colaboraram nesta Edição: Pedro Paulo Cunha, Alcides Falanghe, Tatiana Zanardi, Fábio Freitas, Gabriel Ganme, Alvanir Oliveira, Reinaldo Alberti, Johnny REVISÃO FINAL: Carolina Fukuda
Reinaldo Alberti
Publicidade: Alcides Falanghe publicidade@divemag.org Atendimento ao leitor SAC: sac@divemag.org
Alexandre Vasconcelos
ED.51
DIVEMAG é uma publicação on-line mensal e gratuita da Editora Dive Ltda. Abril de 2016. Artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista.
Rodrigo Coluccini
ABRIL 2016
Alcides Falanghe
ATENDIMENTO
Foto capa: Pedro Paulo Cunha
O conselho editorial foi formado com o intuito de manter a revista alinhada com as melhores publicações de mergulho mundiais. Os membros do nosso conselho são referências junto ao mercado de mergulho, figuras publicamente conhecidas que representam nossa atividade perante a mídia e o trade.
sac@divemag.org
www.azulprofundo.tur.br
ASIA ÁFRICA
CARIBE
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CAYMAN Island
No final de maio estávamos buscando um destino para uma viagem de mergulho, mas com apenas 6 dias de férias, as opções foram ficando escassas. Foi aí que surgiu a ideia de irmos para as Ilhas Cayman, um destino que já foi bastante popular no Caribe mas que andou esquecido pelas operadoras nos últimos anos.
Texto e Fotos: Pedro Paulo Cunha e Thaís Dib Frias
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DESTINO | CAYMAN | Por: Pedro Paulo e Thaís frias
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O acesso à Cayman é relativamente fácil, via Miami e com pouca espera no aeroporto entre o voo noturno do Brasil e um voo direto para Grand Cayman, o que torna possível até fazer um mergulho noturno no dia em que você chega e aproveitar o último dia para mergulhos em apneia ou passeios pela ilha, já que o voo da volta só sai à tarde. Nem todos os destinos do Caribe oferecem um acesso tão conveniente e muitas vezes você acaba perdendo até 3 ou 4 dias apenas nos aviões e escalas.
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DESTINO | CAYMAN | Por: Pedro Paulo e Thaís frias
O arquipélago de Cayman é um território inglês que fica entre Cuba e Jamaica e é composto por três ilhas: (Grand Cayman, Cayman Brac e Little Cayman), que são picos de uma cadeia de montanha submersa cobertos por corais que juntos totalizam 264 km2 de área.
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As ilhas tem um clima tropical, com uma estação chuvosa que vai de maio a outubro e um período de seca que vai de novembro a abril. Nos dias em que estivemos por lá até enfrentamos alguma chuva, mas nada que atrapalhasse os passeios ou os mergulhos, embora o tempo estivesse nublado na maior parte dos dias.
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DESTINO | CAYMAN | Por: Pedro Paulo e Thaís frias Cayman oferece todos os tipos de hospedagem – as opções vão de resorts de luxo como o Ritz Carlton a “condos” (apartamentos completos com serviço de limpeza) à beira da praia. Nesta viagem, optamos pelo Aqua Bay Club, um condo “pé na areia” com apartamentos espaçosos e bem equipados a um custo relativamente baixo, principalmente se você levar em conta que pode fazer várias refeições no próprio apartamento após uma “sessão de compras” em um dos supermercados locais.
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Embora não seja essencial, é interessante alugar um carro. As operadoras de mergulho oferecem um serviço de vans para pegar os clientes nos hotéis, mas o carro lhe dá mais liberdade de horário, permite que você conheça atrações em terra, faça compras e tenha mais escolhas de restaurantes para jantar. Atenção para um detalhe: por ter sido colonizada pelos ingleses, Cayman tem as mãos de direção invertidas, o que exige atenção redobrada ao volante.
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DESTINO | CAYMAN | Por: Pedro Paulo e Thaís frias Mas o que queríamos mesmo era mergulhar e fotografar, e Cayman não nos decepcionou. As ilhas oferecem de tudo: de snorkeling com raias a naufrágios, de campeonatos de apneia a mergulho técnico, há operadoras e mergulhos para todos os gostos. Nesta viagem, por só termos 4 dias inteiros para mergulhar e por não termos visitado as ilhas antes, preferimos nos manter no básico, ou seja: os mergulhos recreativos comuns.
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Nosso pacote incluía todos os mergulhos com a operadora Divers Down. Os quatro dias seguiram mais ou menos a mesma programação: dois mergulhos embarcados durante a manhã, o primeiro em uma parede mais funda (30m a 40m por cerca de 35 minutos) e o segundo em um dos vários pontos de corais mais rasos (10m-20m com quase uma hora de duração). As tardes ficaram reservadas para as “atrações especiais”, como o mergulho com as raias em Stingray City e o naufrágio do USS Kittiwake.
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DIVEMAG A água quente, cristalina – em geral com mais de 30m de visibilidade – e a ausência de correntes significativas permitem mergulhos bastante tranquilos nos paredões de corais, que começam a cerca de 20m e se estendem até centenas ou milhares de metros de profundidade. A vida é abundante e pode-se encontrar várias espécies de peixe pequenos, raias e tartarugas. Mas o que mais impressiona nestes mergulhos é a diversidade de cores dos corais. Para aproveitar ao máximo estes mergulhos não se esqueça de levar uma boa lanterna e iluminação adequada caso você pretenda fazer vídeos.
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As paredes também estão recheadas de pequenas grutas, fendas e passagens que tornam estes mergulhos ainda mais interessantes. O mergulho na parede do Wall Street Reef foi surpreendente, pois na subida você atravessa um “desfiladeiro” e, quando menos espera, “dá de cara” com o USS Kittiwake, inteirinho, como se estivesse pronto para navegar, naufragado ali a menos de 20m. Para garantir a segurança, todos os mergulhos nas paredes são guiados por pelo menos um instrutor ou divemaster.
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O segundo mergulho de cada manhã era sempre em um ponto intermediário na navegação de volta para a base em áreas de corais relativamente rasos, onde cada dupla podia fazer o mergulho da forma que quisesse, ficando estabelecida apenas a pressão de retorno para o barco (500 psi).
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Estes eram os momentos para relaxar, observar a vida local e fotografar corais e peixes. O melhor destes que fizemos foi no naufrágio do Oro Verde, no Paradise Reef. Este é um navio desmantelado que está bastante raso (não mais que 16m) e que oferece boas oportunidades para fotografia.
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DESTINO | CAYMAN | Por: Pedro Paulo e Thaís frias Duas atrações são imperdíveis para os mergulhadores em Cayman: o USS Kittiwake e Stingray City. Stingray City é uma pequena área no North Sound, uma grande baía fechada por recifes. Há muitos anos navios de pesca entram nas águas abrigadas da baía por pequena fenda nos recifes, parando logo em seguida para jogar fora os restos de peixes que não seriam vendidos. Para as raias, isto é alimento de graça e elas agora habitam aquela região e convivem não só com os barcos de pesca mas com os diversos barcos que trazem diariamente mergulhadores para visita-las.
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Pode-se mergulhar com as raias com equipamento autônomo ou apenas de snorkel, em dois pontos diferentes. O mergulho com snorkel é em uma parte mais rasa do recife e pode ser uma alternativa caso você tenha crianças ou pessoas em seu grupo que não praticam mergulho autônomo. Nós fizemos o mergulho mais clássico, com equipamento SCUBA e demos o azar de pegar a água mais suja, esverdeada, por conta das chuvas. Ainda assim valeu a pena – fomos instruídos a formar um semicírculo no fundo de areia, ficando de joelhos no fundo enquanto um divemaster fica no centro com uma caixa de iscas que são distribuídas para os mergulhadores para atrair as raias (neste caso “atrair” significa fazer com que elas venham comer na sua mão). Este é um mergulho bastante tranquilo e que também cria boas oportunidades para os fotógrafos. Um detalhe importante: os mergulhos em Stingray City são bastante concorridos e devem ser agendados com antecedência.
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Para nós, os melhores mergulhos da viagem foram os dois que fizemos no naufrágio do USS Kittiwake (certamente teríamos feito outros se tivéssemos tempo). O USS Kittiwake foi um navio de resgate submarino da marinha americana de 2.290 toneladas de deslocamento e 76m de comprimento que permaneceu em serviço por quase 50 anos, entre 1946 e 1994.
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Em 2008 ele foi vendido para as Ilhas Cayman para ser afundado como um recife artificial, o que acabou acontecendo em 2011 após um longo processo de limpeza e preparação de segurança, onde muitas obstruções foram removidas e algumas passagens abertas para facilitar a navegação dos mergulhadores.
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O Kittiwake é um excelente navio para quem está começando no mundo dos mergulhos em naufrágio, pois está relativamente raso (19m), em posição de navegação no fundo (facilitando a orientação) e permite penetrações relativamente simples e seguras. Para os fotógrafos, ele é um verdadeiro paraíso pois a vida abundante, a ausência de sedimento no fundo e as diversas aberturas no casco fazem com que você tenha uma boa iluminação e visibilidade em todos os compartimentos. Você pode visitar todo o navio (embora dificilmente você consiga fazer isto em um único mergulho) e alguns locais como a ponte de comando, o deck de mergulho (onde ficam as câmaras de descompressão para os mergulhadores) e diversos corredores são excelentes cenários para fotos. DESTINO | CAYMAN | Por: Pedro Paulo e Thaís frias
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Como o Kittiwake está em um parque marinho, somente é possível mergulhar no local através das operadoras autorizadas e pagando um taxa de visita. O primeiro mergulho é sempre guiado por um instrutor mas a partir da segunda visita você já pode explorar o navio sozinho, desde que todos os mergulhadores de cada grupo já tenham estado lá há menos de 6 meses.
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Em resumo, Cayman pode não ser um paraíso do mergulho como o Mar Vermelho ou Truk Lagoon, mas é uma viagem relativamente simples e barata, para quando você não dispõe de muito tempo.
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Também é um local onde você pode levar toda a família, mesmo que eles não sejam mergulhadores, pois os hotéis e as praias tem atrações suficientes para todos se divertirem enquanto você faz dois ou três mergulhos por dia. Se tivéssemos a oportunidade, voltaríamos à Cayman para fotografar e explorar outros pontos de mergulho que não tivemos tempo de conhecer nesta viagem, como os outros naufrágios e os mergulhos mais profundos (técnicos).
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INFORMAÇÕES ÚTEIS Agência: Scuba Point Travel Moeda: Cayman Islands Dollar (KYD) (1 KYD equivale aproximadamente a 1.21 USD) Eletricidade: 110V, 60Hz com tomadas padrão americano
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Bonaire dá as Boas-Vindas a Fabien Cousteau
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Internacionalmente reconhecido por produzir documentários sobre explorações nos oceanos, o neto de Jacques-Yves Cousteau chega à ilha em abril para participar de atividades de conservação ambiental. Entre os dias 07 a 13 de Abril, Bonaire terá o prazer em receber Fabien Cousteau. Será uma semana com muitas atividades em diversos segmentos, entre eles, o dia da limpeza dos oceanos e da restauração de corais nos dias 9 e 10 de abril. Graças a todos esses esforços, Bonaire garante que seus preciosos recifes se permaneçam como tal, para o deleite dos mergulhadores e entusiastas marinhos que voltam ano após ano. Fabien Cousteau, aquanauta, explorador do oceano, ambientalista e cineasta, passou seus primeiros anos de vida a bordo dos famosos barcos de seu avô, Calypso e Alcyone, e aprendeu a mergulhar com apenas quatro anos de idade. Hoje, Fabien continua a cumprir o legado de sua família de proteger e preservar as extensas e ameaçadas áreas dos habitats marinhos e a vida submarina. Ele é bem conhecido por seus estudos sobre tubarões. De 2000 a 2002, foi explorador da National Geographic e colaborou com o canal na criação de um especial de TV que tinha como objetivo mudar o conceito do público sobre estes animais. A série foi chamada de “O ataque do tubarão misterioso”, baseada na série de ataques que ocorreram na costa de New Jersey no verão de 1916. Com a ajuda de uma grande equipe, criou um submarino chamado Troy, de 14 pés e 500 kg, que lhe permitiu mergulhar dentro do mundo dos tubarões, providenciando aos espectadores uma visão rara destas criaturas misteriosas e muitas vezes incompreendidas. Ele desenvolveu a ideia de um submarino em forma de tubarão baseado em uma ideia de infância: uma capa do livro francês “As aventuras de Tintin”.
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NEWS | Bonaire | Boas-Vindas a Fabien Cousteau
Em junho de 2014, com sua equipe de mergulhadores embarcaram no Mission 31, a mais longa expedição científica em Aquarius, o único laboratório subaquático no mundo que fica a poucas milhas da costa da Florida a 19 metros de profundidade. A Mission 31 chegou a um novo nível de explorações oceânicas e honrou o 50º aniversário em que seu avô chegou ao fundo dos oceanos (Conshelf Two). Foi homenageado em 2015 pelo SeaKeepers Awards pelo seu esforço na Mission 31 e uma vida dedicada ao oceano. Atualmente, está trabalhando em um documentário longa-metragem e livro que documenta as aventuras da Mission 31 e também está estabelecendo o Centro de Ensino dos Oceanos Fabien Cousteau na Florida. Este projeto ainda envolve mergulhadores, exploradores do oceano e biólogos marinhos através das mídias sociais e vídeos interativos. Cousteau discursa em palestras, conferências ambientais e hídricas de âmbito regional e global, além de contar suas experiências em conferências no mundo dos negócios, incluindo: Google Zeitgeist, Semana da Mídia Social, SXSW, PNC, DLD, TEDx , Bloomberg, Rio+20, Carbon War Room, Social Innovation Summit e Fundação das Nações Unidas, entre outras. Ele é frequentemente entrevistado e falou sobre exploração do oceano, conservação e iniciativas ambientais para grandes veículos ao redor do mundo. A semana da visita do neto de Cousteau será cheia de atividades. Faça parte você também desta oportunidade única de participar de seminários e projetos de conservação, que trarão o legado do mestre dos mares a Bonaire. (www.fabiencousteau.org) Apenas 60 milhas da costa da Venezuela, Bonaire é o paraíso dos mergulhadores avançados e amadores. A ilha é acessível saindo da Europa, América Latina, América do Norte e Caribe.
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Fotos: Kadu Pinheiro
Venha descobrir, o novo destino do Caribe para os Brasileiros  com a Undersea Tobago.
Localizada no Coco Reef Resort & Spa. FĂĄcil de chegar e pertinho dos melhores pontos de mergulho de Tobago.
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15 pontos de mergulho imperdíveis no Caribe, pelo Projeto Oceano Vivo. Texto e fotos: Alcides falanghe e Tatiana Zanardi
1. Aruba - Naufrágio Antila Aruba é famosa por seus naufrágios, principalmente por causa do Antila que é considerado um dos maiores e mais bonitos do Caribe. A história deste naufrágio é tão interessante quanto o mergulho entre suas ferragens retorcidas. Em 12 de abril de 1940, sua tripulação ficou confinada no navio pelas autoridades locais devido a ameaça de guerra na Europa.
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CARIBE TOTAL | 15 pontos imperdíveis | Por: Alcides falanghe e tatiana zanardi No dia 10 de maio, a Alemanha invadiu a a Holanda e o governo holandês ordenou que todos os navios mercantes alemães que estivessem nas Antilhas Holandesas fossem confiscados e a tripulação presa. Para não deixar que o navio caísse na mão dos aliados, a tripulação inundou a casa de máquinas fazendo as caldeiras explodirem, e atearam fogo no navio que em pouco tempo foi ao fundo em frente a Malmok Beach no norte da ilha a uma profundidade de 24 metros, mas o naufrágio é tão grande que quase aflora a superfície.
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Dicas de operadoras de mergulho: Jads – www.jadsaruba.com Happy Divers Aruba – www.happydiversaruba.com
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CARIBE TOTAL | 15 pontos imperdíveis | Por: Alcides falanghe e tatiana zanardi
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2. Bahamas - Bimini Sands, com o grande tubarão martelo de Bimini De janeiro a março é a temporada dos grandes tubarões-martelos, que passam a maior parte de suas vidas solitários e se agregam em alguns lugares específicos como em Bimini. Os mergulhos com os martelos são sempre a tarde, porque de manhã eles não aparecem. O tempo de viagem da marina até o local onde os martelos se concentram não leva mais de 10 minutos, é praticamente em frente ao Bimini Sands Resort & Marina. Neste lugar a visibilidade é estupenda, a profundidade é de cinco metros e o fundo é de areia grossa e muito branca. Para atraí-los, é colocada a meia-água uma caixa de alumínio perfurada cheia de carcaças de peixes. No primeiro dia esperamos cerca de 40 minutos antes do primeiro aparecer.
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CARIBE TOTAL | 15 pontos imperdíveis | Por: Alcides falanghe e tatiana zanardi Descemos e nos posicionamos ajoelhados na areia alinhados ao lado de um pequeno naufrágio. O Neal Watson Jr, proprietário da operadora de mergulho Bimini Scuba Center, retirou algumas iscas da caixa e as espalhou na areia. Não demorou muito para uma fêmea imponente, magnífica e nada tímida, de cerca de 2,5 a 3 metros de comprimento aparecer, passar rente a nós, fazer uma curva fechada e pegar uma das iscas poucos centímetros a nossa frente. Foi só o início do show, dominou o palco por quase uma hora, dando rasante em nossas cabeças e nos encarando de perto, quase que agradecendo os petiscos que oferecíamos. Fora da época dos tubarões-martelos, Bimini também é espetáculo, possiblitando mergulhos com raias-manteigas, tubarões-caribenhos-de recife, golfinhos pintados selvagens, naufrágios e até mesmo e uma misteriosa estrada submersa, que dizem ser vestigio de Atlântida, Dica de operadora de mergulho: Neal Watson’s Bimini Scuba Center www.biminiscubacenter.com
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3. Bahamas - Dog Rock Wall, Exuma Cays
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O Dog Rock Wall é um dos trechos mais bonitos do imenso abismo submerso ao largo das Exumas Cays, um arquipélago com mais de 300 ilhas baixas, ilhotas, bancos de areia e recifes de corais, a sudeste de Nassau, a capital do país. Descemos direto para os quarenta metros, onde o cume de um pico submerso sobe direto das profundezas bem ao lado do abismo. Lá encontramos uma gigantesca e raríssima árvore de coral-negro. Subimos por um canyon, passando por um túnel onde há uma clarabóia no teto, que lembra uma capela submersa decorada por esponjas orelha-de-elefante laranjas. Um cardume de xaréus está atacando uma nuvem de alevinos e causando o maior rebuliço. Um mergulho seria pouco para este lugar, por isto vale a pena fazer dois ou mais exatamente neste ponto. Dica de operadora de mergulho: Liveaboard Aquacat www.aquacatcruises.com
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4. Bahamas – Shark Wall, Nassau Shark Wall, um dos famosos pontos para alimentação de tubarões. No início do mergulho nada-se livremente com eles ao longo de um belíssimo abismo submerso, para depois assistir a alimentação ajoelhado no fundo de areia branca a 15 metros de profundidade, em um local conhecido como “The Arena”.
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Nestes mergulhos encontros com tubarões-caribenhos-de-recife são gararantidos. Não só com um ou dois, mas com dezenas deles, uma vez que eles estão acostumados a serem alimentados nestes lugar. Assim no primeiro mergulho, a interação com os tubarões é mais natural, enquanto que no segundo mergulho é a hora do show. Os mergulhadores descem primeiro e se posicionam em circulo no fundo, depois desce o alimentador vestido com roupa de malha de aço, capacete, um arpão e uma caixa fechada de aluminio onde estão os pedaços de peixes que serão servidos um a um espetados no arpão na boca do tubarões. Assim que o alimentador cai na água, dezenas de tubarões nadam em direção na direção dele e o seguem até o centro do circulo formado pelos mergulhadores.
O alimentador chega a sumir entre os tubarões que se aglomeram ao redor da caixa das iscas. Para abri-la ele tem que afastar os tubarões, espetar o peixe e estender o arpão para longe de seu corpo para que um tubarão venha abocanhá-la. Isto repete-se durante todo mergulho, cada vez próximo a um dos mergulhadores que está no circulo, que é fotografado e filmado pelo pessoal da operadora. A regra é permanecer na sua posição no circulo com os braços junto ao corpo para que suas mão não sejam confundidas com a isca. Isto acontece, no minimo uma vez por dia, pode chegar a quatro, durante praticamente todo o ano há mais de duas décadas. O número de incidentes é minimo e acidentes são praticamente inexistentes. Ou seja mergulhar com tubarões é estaticamente mais seguro do que atravessar uma avenida em São Paulo. Dica de operadora
de mergulho: StuartCove www.stuartcove.com
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5. Bahamas – Great Cut, San Salvador
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A visibilidade é estupenda. Uma das melhores que pegamos até agora nestes cinco anos que estamos velejando pelo Caribe. Ultrapassa fácil os 60 metros na horizontal. Para baixo, os faixos de luz riscam o azul quase roxo e se perdem nas profundezas de um impressionante abismo submerso. Uma saliência avança em direção ao mar aberto, absurdamente decorada por corais de todas as cores e formas, além de esponjas imensas. Neste ponto há dois tuneis que conectam os dois lados do paredão, um aos 25 e outro aos 32 metros de profundidade. Entramos pelo mais fundo e voltamos pelo outro. Tubarões-caribenhos-de-recife patrulham o abismo e curiosos se aproximam dos mergulhadores sem o menor receio. Um deles se irrita com o som agudo que meu flash faz ao carregar e avança sobre ele. Nada grave, apenas uma pancada. Vamos subindo devagar em um mergulho multi-nível obedecendo os limites para cada profundidade indicado pelos nossos computadores, quando vemos ao longe a silhueta de um grande tubarão-martelo se aproximando. Paramos e ficamos esperando que chegasse mais perto, mas ao notar nossa presença deu meia volta e sumiu no azul não dando a menor chance de ser fotografado. Poucos minutos depois, outro vulto vem ao encontro se tornando cada vez mais nítido. Desta vez é uma grande raia-manta que passa mais perto, mas totalmente indiferente a nossa presença segue viagem sem interagir com os mergulhadores. Terminamos o mergulho brincando com as garoupas-de-nassau que nos seguiram o mergulho todo como cachorros de estimação. Na parada de segurança somos cercados por um grande cardume de xaréus e por barracudas que descansam sob a sombra do barco. Tudo em um único mergulho! Dica de operadora de mergulho: Seafari em Club Med Columbus Island – www.clubmed.com
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6. Bonaire - Salt Pier
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As colunas que sustentam o pier e os peixes que vivem entre elas são as grandes atrações deste mergulho. Barracudas, tarpões e cardumes de xaréus estão sempre ao redor. Esponjas em forma de cesta e árvores de corais-moles decoram as colunas. A luz do sol entrando através dos pilares cria um lindo visual para fotos grande-angulares. O mergulho noturno neste local também é excelente. Recomenda-se o mergulho com guia neste local, além de checar previamente a chegada de navios no pier. Dicas de resorts de mergulho: Bonaire Ocean Front Apartments – www.sunrentalsbonaire.com Eden Beach Resort – www.edenbeach.com Harbour Village Marina & Resort – www.harbourvillage.com Plaza Resort – www.plazaresortbonaire.com
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7. Curaçao – Naufrágio Superior Producer O naufrágio do Superior Producer, um cargueiro que está praticamente intacto a 30 metros de profundidade em posição de navegação e recoberto por imensas esponjas tubulares é obrigatório. Vale a pena tanto o mergulho durante o dia como um noturno. É possivel explorar o naufrágio também por dentro, onde mora diversas espécies de peixe. Á noite o coral sol se abre e recobre de amarelo todo o navio, garantindo fotos espetaculares. Lagostas e polvos são frequentemente encontrados ao seu redor. Recomendamos ir até com uma operadora, pois é necessário prestar atenção a correnteza, e o ponto de descida não está bem demarcado. Deve-se tomar cuidado também com os navios que chegam no porto próximo ao naufrágio, o que neste caso impossibilita o mergulho. Dicas de operadoras de mergulho: Goby Divers – www.goby-divers.com Ocean Encounters – www.oceanencounters.com
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8. Dominica - Swiss Cheese Um dos mergulhos mais famosos da Dominica é o Swiss Cheese, também conhecido como Scott’s Head Pinnacle. A imersão começa em uma grande formação rochosa, o Swiss Cheese propriamente dito: um grande túnel repleto de peixes-soldados e corcorócas, que termina em um rochedo plano incrustado por corais e esponjas. Chega-se então no pináculo, que se eleva até os dez metros de profundidade e forma uma passagem estreita para o outro lado do recife, onde há um abismo que cai para dentro de uma cratera vulcânica com mais de 40 metros de fundo. Esta parede é totalmente coberta por árvores de corais e gorgônias multi-coloridas. Vale lembrar que um grupo de baleias cachalote reside ao redor da Dominica e embora não seja possivel mergulhar com elas sem ter uma permisão do governo da ilha, avistá-las do barco já é um presente e tanto. Dica de operadora de mergulho: Anchorage Hotel & Dive Center www.anchoragehotel.dm
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9. Grenada - Naufrágio Bianca C O ponto de mergulho mais famoso de Grenada certamente é o Bianca C, um imenso navio de cruzeiro com 180 metros de comprimento. É o maior naufrágio do Caribe e sua história é muito interessante. Foi construído no sul da França e foi para água em 1941 com o nome de Marechal Petain. Como ainda não estava pronto foi rebocado até um porto perto de Marselha onde foi torpedeado pelos alemães indo a pique. Foi içado, reformado como um navio de cruzeiro e entrou em serviço em 1949 com o nome de La Marseillaise . Em 1957 foi vendido para Arosa Line Sky e rebatizado como Arosa Sky. Dois anos mais tarde foi vendido para a companhia italiana Linea C, reformado novamente e passou a navegar como Bianca C, nome de uma das filhas do proprietário. Na manhã do dia 22 de outubro de 1961, depois de uma travessia de 10 dias desde Nápoles, o navio estava atracado no porto de St.George quando ocorreu uma explosão na casa de máquinas.
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Um tripulante morreu na hora e outros 8 ficaram feridos. Os 700 passageiros que havia a bordo abandonaram o navio antes que o incêndio se alastrasse e se abrigaram em um acampamento improvisado que foi armado na capital. Como na ilha não havia equipamento adequado para apagar o fogo, foi preciso esperar dois dias por um navio que veio de Porto Rico para debelar o incêndio. Quando o socorro chegou o navio estava prestes a ir a pique e poderia bloquear o porto. O que restou fazer foi rebocá-lo ainda em chamas para alto mar. Quando estava ao largo da praia de Grand Anse, pegou uma tempestade que rompeu os cabos de reboque e o levou ao fundo ficando emborcado por boreste entre os 34 e 54 metros de profundidade. Depois de 50 anos, o navio está começando a desmantelar e fazer penetrações é bastante perigoso. O mergulho turístico é feito com ar sobre o deck superior que está entre 34 e 40 metros de profundidade. O naufrágio é imenso, mas é possível percorrê-lo da popa até a proa, passando pela piscina e pela casa do guincho da âncora em um único mergulho com cilindro simples. Para parar e observar os detalhes e explorá-lo mais profundamente o ideal é mergulhar de rebreather ou com cilindros duplos com Trimix. Apesar do navio estar bem queimado, há muitas árvores de corais sobre suas estruturas e é freqüente a avistagem de raias-chitas e cardumes de xaréus e barracudas passando sobre o naufrágio. Só um mergulho é muito pouco por aqui. Dica de operadora de mergulho: Aquanauts Grenada - www.aquanautsgrenada.com
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10. Guadaloupe - Cousteau National Park Quase colada a ilha de Gualoupe está Pigeon Island, onde fica o Cousteau National Park. Passamos dois dias mergulhando por lá. Sem dúvida um dos melhores mergulhos das ilhas do leste do Caribe, com muita vida marinha no local, corais muito bem preservados e muitos cardumes de peixes pelágicos na área do parque. Um lugar muito apropriado para homenagear Jacques Cousteau com uma estátua no fundo do mar. Como em todas as ilhas francesas, os centros de mergulho são obrigados por lei a utilizarem cilindros de aço. A maioria das operadoras trabalha com lanchas pequenas ou botes infláveis que levam no máximo 10 pessoas e cada um carrega seu próprio cilindro a bordo. Lembra muito as saídas dos antigos clubes de mergulho com todo mundo se ajudando para tornar a operação possível. Dica de operadora de mergulho: Atlantis Formation Plongé www.atlantisformation-guadaloupe.com
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11. Ilhas Virgens Britânicas - Naufrágio RMS Rhone Um navio de propulsão mista – vela e vapor - que naufragou em 1867 ao colidir com o costão rochoso da ilha, quando tentava escapar de um furacão. O contato da água com as caldeiras causou uma grande explosão e o partiu em dois. A área do naufrágio é bem extensa, mas é possível em um único mergulho conhecê-lo por inteiro, mas o ideal é pelo menos dois. O primeiro explorando a proa e o segundo a popa. A proa está ainda está praticamente intacta a 24 metros de profundidade, deitada sobre o costado de boreste ainda com um dos mastros. É possível penetrar em seus compartimentos ziguezagueando até o porão, onde se abre um grande túnel com acesso ao mar aberto. Aqui foi filmado na década de 70 algumas cenas do filme “The Deep”, escrito por Peter Blenchey, o mesmo de autor de “Tubarão” e estrelado por Jacqueline Bisset. Além de uma sensual camiseta branca molhada, ela usou pela primeira vez uma máscara de silicone transparente, especialmente desenvolvida para o filme e depois lançada no mercado. A sessão da proa está completamente incrustada por esponjas e corais. Basta ligar a lanterna para o navio ganhar um colorido espetacular. Tartarugas, lagostas, cardumes de alevinos e uma infinidade de peixes tropicais completam o visual.
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O hélice e o leme estão na parte mais rasa, quase atingindo a superfície e descendo até os 12 metros. Em um platô mais profundo encontra-se parte do casario, o segundo mastro, as caldeiras e um grande eixo. Os costados estão abertos e caídos na areia, neles há várias vigias, algumas delas com o vidro ainda intacto. Grandes barracudas estão sempre presentes, assim como raias-chitas, cardumes de xaréus e atuns. Dica de liveaboard de mergulho: Cuan Law – www.bvidiving.com
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12. Martinica - Diamond Rock Diamond Rock, o melhor ponto de mergulho da Martinica é também um famoso marco histórico da ilha. Durante a guerra contra Napoleão Bonaparte, a Inglaterra tomou o rochedo e o comissionou como se fosse um navio com homens e canhões e a batizou de H.M.S. Diamond Rock. Durante dois anos os ingleses importunaram os navios franceses que chegavam pelo sul da ilha. Napoleão estava furioso com a incompetência de sua marinha que não conseguia desalojar os ingleses, ainda mais sendo a Martinica o local de nascimento da sua esposa Josefina. Ordenou que o Almirante Villeneuve libertasse a rocha de qualquer jeito. Ele conseguiu furar o bloqueio naval inglês e conseguiu cumprir sua missão graças a contra-espionagem francesa, que fez chegar ao Almirante Nelson da marinha britânica, a informação que Villeneuve abasteceria seus navios na ilha Trinidad antes de atacar o rochedo. Os ingleses posicionaram sua frota nesta ilha, mas os franceses foram direto para a Martinica e supreenderam a tropa do navio-rochedo. Mergulhamos em La Faille, que é uma grande fenda que permite a passagem de um lado para o outro deste rochedo. A visibilidade é excelente, ultrapassa os 40 metros. Antes de chegar na falha, propriamente dita, passamos por uma plataforma onde as rochas formam grutas e túneis. Tudo muito colorido, com crinóides amarelos, anêmonas enormes, gorgônias, esponjas e várias espécies de invertebrados e de peixes tropicais. Só este visual já valeria o mergulho, mas quando se chega a fenda percebesse que o lugar é realmente especial. É como entrar em uma grande catedral, iluminada por um forte azul riscado por uma belíssima cortina de luz. Uma grande tartaruga se alimenta em uma das paredes e nem liga para a nossa presença. Filmamos e a fotografamos a vontade. Sem dúvida, um dos melhores mergulhos que fizemos até agora. Voltamos para o barco admirando o reflexo da parte emersa da rocha na superfície, que mais parece um enorme queijo suiço. Dica de operadora de mergulho: Acqua Sud – www.acquasud.com Marin Plongé – www.marinplonge.com
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13. Saba – Pinnacles Os pontos mais famosos e radicais da ilha de Saba ficam ao redor dos Pinnacles. Uma montanha submersa que sobe de mais de 300 metros até os 24 metros de profundidade a cerca de meia milha ao largo de Saba. Nesta area fica o Third Encounter, um platô a cerca de 30 metros de profundidade que despenca verticalmente para o fundo. O paredão é salpicado pelo forte laranja das esponjas orelha-de-elefante. Entre elas, grandes gorgônias e árvores de corais de moles imensas. Garoupas-de-nassau e badejos em estações de limpeza são fáceis de fotografar neste local. Outro lugar muito bonito na area dos Pinnacles é Twilight Zone. Uma série de picos se formam no topo do abismo. A visibilidade é fantástica, assim como a quantidade de seres marinhos que habitam este local. Dica de operadora de mergulho: Seasaba – www.seasaba.com
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14. Turks e Caicos, Grand Turk – McDonald’s
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O mergulho em Grand Turk é impressionante pelo paredão que circunda o lado oeste da ilha, que cai dos 15 metros de profundidade para quase 2 km! A água é tão clara e limpa que é preciso ficar muito atento para controlar sua profundidade e não ir pro fundo. Entre janeiro e março ainda existe a possibilidade de encontrar uma baleia jubarte curiosa durante o mergulho. Elas vem para as águas rasas do banco próximo a Salt Cay para acasalar, dar a luz e amamentar os filhotes. Aqui é possível nadar com elas, se elas estiverem a fim de companhia.
Destacamos o ponto McDonald’s, que ganhou este nome por possuir um enorme arco que lembra o “M” da marca. Passamos no meio desse arco e flutuamos sobre quase 2.000 metros de profundidade. A visibidade da água é incrível, e o azul impressionante. Corais muito bem preservados, esponjas e gorgônias decoram o paredão, que de tão vertical chega a dar vertigem. Ao sair da água nos olhamos embasbacados de ter descoberto um dos melhores lugares para mergulhar no Caribe, que é tão pouco divulgado. Dica de operadora de mergulho: Bohio Dive Resort – www.bohioresort.com
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15. Turks e Caicos, Providenciales – Northwest Point Northwest Point é outra parede de tirar o folego, onde fazemos dois verdadeiros vôos submarinos. O que não falta são barracudas, as menores em cardumes e algumas enormes descansando debaixo do barco durante as paradas de segurança. No fundo, os corais ainda guardam a exuberância que existiu nas outras ilhas caribenhas há menos de uma década e que hoje cada vez mais deteriorados em função do aquecimento global e outros problemas ambientais causados por nós humanos. Tubarões patrulham a parede e não precisam ser alimentados para se aproximar dos mergulhadores. O azul photoshop das águas de Provo nos fascinam, e é difícil resistir ao chamado do fundo. Considerando que o fundo pode estar a 2km de profundidade, é bom controlar a flutuabilidade e a profundidade para voltar para a superfície são e salvo. Dica de operadora de mergulho: Seafari Club Med Turquoise - www.clubmed.com
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Sobre o Projeto Oceano Vivo Alcides Falanghe é capitão Amador, velejador, instrutor NAUI de mergulho autônomo e fotografia submarina, foi diretor de revistas de mergulho por quase 20 anos e foi pioneiro a frente da primeira operadora de turismo subaquático no Brasil. Tatiana Zanardi é capitã amadora, velejadora, mergulhadora desde 1995, rescue diver NAUI, videografa submarina 3D, chef de cozinha e trabalhou por 20 anos com tecnologia e marketing em grandes editoras. Mudaram para o catamaran Voyage de 43 pés Ocean Eyes em 2011 e desde então estão velejando, mergulhando e fazendo yacht charters pelo Caribe. O projeto Oceano Vivo consiste na descoberta, documentação e divulgação de projetos sustentáveis e de pontos de mergulho ao redor do mundo. Faz parte da comunidade NAUI Green Diver e estimula mergulhadores a participarem da NAUI Green Diver Initiative. Tem o apoio da Cressi Sub, DAN e NAUI. Quer velejar e mergulhar com eles no catamarã Ocean Eyes? Saiba como em: www.oceaneyesexperience.com Diário de bordo no blog: www.oceanovivo.net.br E nas redes sociais: www.facebook.com/projetooceanovivo www.instagram.com/blogoceanovivo
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O Tubarão Marrento no Cruzeiro das Estrelas Durante muitos anos, representei um barco liveaboard nas Ilhas Galápagos, o que me deu a oportunidade de fazer mais de 30 viagens para o arquipélago, sempre com lembranças incríveis. Curiosamente, em uma das viagens onde tive uma quantidade menor de encontros com a incrível fauna local, tive também uma das experiências mais interessantes, e talvez a mais assustadora.
As Aventuras do Dr. Gabriel Ganme
A viagem ocorreu em março de 2010, no que foi chamado o ”Cruzeiro das Estrelas”, no bom sentido, pois eu tinha montado uma fam trip para apresentar o barco, e foram convidadas diversas feras do mergulho. Podemos mencionar os cinegrafistas e produtores, feras das produções sobre natureza Cristian Dimitrius e Lawrence Wahba, os excelentes fotógrafos profissionais Marcelo Krause e Kadu Pinheiro, a fotógrafa amadora, mas também fera Noeli Lara Ribeiro, o biólogo marinho Marcelo Szpilman, o instrutor de mergulho técnico João “Jony”Paulo Pavani Franco, a campeã e fera da apnéia Carol Schrappe e outras personalidades do mergulho esportivo. Com grupo tão seleto, fizemos inicialmente um tour em Quito, e o ponto alto era a trilha básica do vulcão Cotopaxi, que apresenta um visual fantástico, com neve eterna no pico. O problema é que tudo começa aos 4000 metros de altitude, no “parqueadero”, onde estacionamos o ônibus e começamos a trilha. Aí a altitude já dá o ar da graça, e algumas pessoas, sem tempo de adaptação, tendo ficado apenas 1 dia inteiro e uma noite nos 3000 metros de Quito, não se sentem bem. Cristian Dimitrius desceu todo o equipamento de vídeo profissional, com tripé pesadíssimo, backpacks, câmaras, e ficou no estacionamento mesmo, pois começou a se sentir mal. Conheço o Cristian desde 1987, onde foi meu aluno de curso de instrutor PADI, sempre perfecionista e bastante compenetrado. Por isto, decidiu fazer as imagens da base mesmo. Curioso, pois Cristian é um cara que sempre cuidou da forma física, e não se pode dizer que estava mal condicionado. Mais à frente mencionarei algo mais à respeito do Mal da Montanha. Começamos a trilha, e o treinamento e excelente condicionamento da Carol Schrappe falaram mais alto, e ela chegou ao refúgio, nos 4500 metros, bem antes do resto do grupo, acompanhada da instrutora de mergulho da Mar a Mar de Belo Horizonte, Carolina Pessanha Loque. Cheguei uns 15 minutos depois, com os demais sobreviventes, e tomamos um belo chocolate quente, alías nem tão belo, mas dado o “imenso percurso”, de pouco mais de 500 metros, a bebida ficou saborosa. A altitude demanda muito do corpo, um assunto que estudo bastante na Medicina de Expedições. Tiramos aquela foto típica de grupo, passeamos um pouco lá perto do refúgio, e fizemos a descida para almoçar num restaurante com uma vista incrível do vulcão.
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Bom, depois de uma noite de descanso complicado, pois o sono é prejudicado nos primeiros dias na altitude, acordamos e fomos para o aeroporto de Quito, com destino à cidade de San Cristobal, numa das principais ilhas populadas do arquipélago.
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Usarei este texto para descrever apenas um pouco do roteiro, me limitando mais à fatos relevantes, e ligados ao nosso personagem principal, o tubarão lombo-preto (silky shark), de nome científico Carcharhinus falciformis, devido às suas nadadeiras em forma de foice.
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Depois de um primeiro dia de check dives, e passeios em terra, partimos para a Ilha Wolf, onde o ponto alto é o mergulho com cardumes de tubarões-martelo, raias-chita, e muitos cardumes de peixes. O problema é que os mesmos estavam em águas mais fundas, na faixa de 30 metros. E depois do terceiro mergulho do dia, apesar de ser bastante conservador com os limites, passei a ter uma dor persistente no ombro esquerdo, e depois de um tempo decidi conversar com um dos divemasters, desconfiado que pudesse estar com um início de doença descompressiva. Com muita experiência prática e pouca experiência médica, o Nicolas tentou me convencer que a dor era causada pela minha mania de subir no bote inflável me puxando pelos braços, estilo “rambo”, ao invés de usar a escada. Não me dei por satisfeito, e pedi a unidade de oxigênio, que respirei por mais de uma hora, sem qualquer mudança do quadro, o que não costuma ser a evolução comum de uma DD. Então, tomei um analgésico e os sintomas sumiram completamente, o que corroborou o diagnóstico prático do Nico, e a partir daí, com a perda de um mergulho e nada mais (saiu barato), passei a usar a escada nos mergulhos subsequentes, e a pensar numa dieta. No dia seguinte mergulhamos em Darwin, na minha opinião o melhor ponto de mergulho do mundo. Na época certa é comum encotrarmos tubarões –baleia desfilando numa área chamada “anfiteatro”, além de cardumes de tubarão-martelo, golfinhos, cardumes de peixes, afinal tem muuuuita coisa. Nesta semana, Darwin estava quase morto. Não haviam tubarões-baleia, haviam poucos martelos, e os únicos tubarões que nos visitavam eram os silky-sharks, na parada de segurança.
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Com até dois metros, os tubarões lombo-preto levam à histórias e histórias de divemasters nas Galápagos, pois tem o hábito de ficar circundando os mergulhadores nas paradas de segurança, e com um hábito desagradável: você olha para o bicho, ele se afasta, você tira o olho, ele vem, mexendo com a sua cabeça. Bom, debaixo do Deep Blue, o barco que nos conduziu no cruzeiro, com seus confortáveis cento e poucos pés, sempre haviam alguns lombo-preto, que ficavam esperando os restos da cozinha e tudo o mais que caísse do barco. Numa dessas o grupo todo decidiu fazer um mergulho por alí mesmo, orientados pelo Nico a não pularmos do barco, mas sim sair de barco inflável, cair bem antes, e vir na direção dos mesmos com a corrente. Aí o Cristian me deu uma ideia meio sádica, pois acho que ele estava querendo se “livrar de mim”. Sugeriu que caíssemos com um filé de peixe no bolso do colete equilibrador, para que fizéssemos melhores imagens. Eu caí, e já levei umas “cacetadas de uns tubarões, na região do bolso. Rapidamente me livrei do filé e segui meu mergulho, que devido à forte correnteza, não durou muito.
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As Aventuras do Dr. Gabriel Ganme Bom, terminamos o dia e continuamos em Darwin, onde no primeiro mergulho, bem cedinho, não havia vida nenhuma. Estava um marasmo. Ai chamei o Jony, com quem eu estava de dupla, apontei para subirmos e na superfície falei que aproveitássemos o ar do cilindro e fóssemos só nois dois mergulhar com o os “marrentos” tubarões lombo-preto. Amigo de muitos anos, formei o Jony instrutor no começo dos anos noventa, quando ele era basicamente um garoto, e muitos anos me acompanhando o Jony se tornou instrutor de mergulho técnico e cavernas, sendo um expoente na modalidade. Um tipo sério no trabalho, brincalhão nas horas que dá, como eu precisando queimar uma gordurinha extra, o Jony não entendia muito de tubarões, e aceitou de pronto a roubada. O rapaz do barco inflável recolheu a gente, levou para o Deep Blue e até propôs nos levar para saltarmos antes do barco. Falei que era besteira, que ele fosse esperar os outros mergulhadores, e decidi pular do Deep Blue. Bom, precisamos de detalhes. Primeiro passo, fui para a área de entrada, esperei que os “marrentos”se afastassem, me preparei e, pronto, comecei meu passo de gigante, “um pequeno passo para o homem, um grande passo para a boca dos tubarões”. Lembro da cena em slow-motion, assim que o primeiro pé saiu do barco, os “marrentos já começaram a se virar na minha direção”e só deu para pensar, huuum, tarde demais, já perdi o equilíbrio, vou cair mesmo. O metro e meio de altura desta entrada me permitiu por a caixa-estanque da câmara fotográfica na frente do corpo, mas assim que entrei na água foi uma troca de cacetadas com os tubarões, e um deles chegou a rachar o frame da minha máscara. Bom, os tubarões decidiram, o que quase sempre é fato, que eu não era palatável e se afastaram, e eu tambem.
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E aí vi o Jony, pálido que nem um defunto, pronto para entrar. Enquanto eu tentava falar para ele que não era uma boa ideia, Jony se encheu de lastros, voltou, e saltou, indo parar diretamente nos 20 metros de profundidade, onde os “marrentos não costumam ir”. O mundo é pequeno, e a Roseny, esposa do biólogo marinho, especialista em tubarões, Marcelo Szpilman, estava no solarium do barco e fotografou a cena em sequência!! Grande aprendizado, muita conversa, à noite o Nico contou que num dos seus aniversários, a tripulação jogou ele “de sunga” para os silkies, e que precisou dar chute para todo o lado. O cruzeiro continuou, todos se divertiram, tivemos mergulhos excelentes em Cape Marshall, com cardumes gigantescos de salemas, leões-marinhos e raias-manta, e terminamos a viagem com um belo jantar em Quito, de confraternização.
O que aprendi e quero passar, com este relato: 1. Não seja um rambo-diver, use a cabeça, não os braços. Mas mesmo assim, se algo estranho acontecer com você, converse com o divemaster a respeito, especialmente se houver probabilidade de um problema ligado diretamente à pressão 2. Respeite a altitude, as pessoas respondem em grau variado, mas sempre é necessário um período de adaptação. Quanto mais, melhor. O pico do mal da montanha ocorre entre 24 e 48 horas
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3. Respeite o conhecimento dos divemasters sobre a fauna local. Tubarões não se interessam por pessoas, a menos que nos façamos interessantes!! Boas águas
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PAN Corais será executado até 2021 Plano Nacional de Conservação tem coordenação geral do Cepsul/ICMBio e coordenação executiva do Coral Vivo Acaba de ser publicado no Diário Oficial da União o Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Ambientes Coralíneos (PAN Corais). Trata-se de um documento de pactuação entre mais de cem pesquisadores, técnicos, lideranças comunitárias, pescadores e empresários. Foram estabelecidas 146 ações distribuídas em dez objetivos específicos, que devem ser alcançados até 2021. Esse Plano tem a coordenação geral do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Sudeste e Sul - Cepsul/ICMBio - e a coordenação executiva do Coral Vivo. O texto publicado no Diário Oficial da União informa que o Plano abrange e estabelece estratégias prioritárias de conservação para 52 espécies-foco e onze espécies beneficiadas, que serão realizadas em dezoito áreas prioritárias do Maranhão até Santa Catarina. Ele será monitorado anualmente. “Para a metade da vigência do PAN Corais, estabelecemos metas intermediárias, e para o final dos cinco anos metas mais ambiciosas”, explica Clovis Castro, coordenador geral do Projeto Coral Vivo, que é patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
Dez objetivos específicos do PAN Corais O PAN Corais tem como objetivo geral melhorar o estado de conservação dos ambientes coralíneos por meio da redução dos impactos do homem, ampliação da proteção e do conhecimento, com a promoção do uso sustentável e da justiça socioambiental. Para ele ser alcançado, serão realizadas 146 ações distribuídas em dez objetivos específicos:
Entre as especies beneficiadas esta o coral Mussismilia braziliensis - fotos Projeto Coral Vivo
1 – “Promover a integridade e manutenção dos habitats, dos serviços ecossistêmicos e de populações das espécies foco e beneficiadas” – Esse objetivo está relacionado a ações para regulamentar o uso direto desses ambientes, como a criação, a implementação de unidades de conservação, a elaboração de planos de manejo e de zoneamento do uso do mar. 2 – “Contribuir para o controle e monitoramento da atividade pesqueira nos ambientes coralíneos” – Engloba ações de ampliação de programas de monitoramento da pesca, geração de conhecimentos necessários para a avaliação da interface da pesca com a conservação no Brasil e o desenvolvimento de diretrizes e critérios de ordenamento da pesca em Unidades de Conservação federais de uso sustentável, por exemplo. 3 – “Promover a exploração sustentável dos estoques, adotando abordagem ecossistêmica” – Serão elaborados programas de sensibilização para o consumo responsável do pescado, moratórias, gestão da captura de espécies ornamentais para aquarismo, programa para o pescado de escolas ser obtido em reservas extrativistas, com o intuito de beneficiar as comunidades tradicionais de pescadores, alteração ou complementação das medidas de regulamentação de tamanho mínimo e máximo de captura de recursos pesqueiros, entre outras ações.
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4 – “Aumentar o conhecimento sobre ambientes coralíneos ainda pouco investigados” – Entre as ações desse objetivo, estão: realização de mapeamentos, inventários de biodiversidade e distribuição de espécies, estudos populacionais para verificar a conectividade entre áreas para gerar melhores programas de conservação, disponibilização das informações geradas para a sociedade, além de pensar como fomentar essas pesquisas junto a agências oficiais, por exemplo. 5 – “Minimizar os conflitos de uso e impactos negativos no espaço marinho-costeiro provocados por atividades e empreendimentos que afetem direta ou indiretamente ambientes coralíneos” – Para esse objetivo serão realizadas ações voltadas para o zoneamento ecológico e econômico do mar brasileiro, com o intuito de minimizar os impactos negativos de empreendimentos industriais como transporte marítimo, óleo, gás e mineração de calcário, por exemplo.
Meio ambiente | PAN Corais será executado até 2021
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6 – Contribuir para o ordenamento da atividade turística nos ambientes coralíneos de maneira a minimizar seu impacto, considerando a socioeconomia local – Entre as várias ações propostas estão: sensibilização e divulgação do programa Conduta Consciente em Ambientes Recifais do Ministério do Meio Ambiente; caracterização, monitoramento e avaliação do impacto do turismo sobre os ambientes recifais; preparação dos atores que agem no turismo para que eles possam ter uma atitude mais sustentável na área deles, e outras. 7- “Prevenir a introdução e a disseminação de espécies exóticas e invasoras nos ambientes coralíneos e avaliar e mitigar os impactos nos ambientes já afetados” – Para esse problema mundial para a biodiversidade marinha, serão realizadas medidas para controlar as espécies que já se estabeleceram, e será avaliado o que fazer, como fazer e se as medidas estão dando certo. 8 – “Avaliar e minimizar poluição química, física, orgânica e biológica nos ambientes coralíneos” – As ações desse objetivo estão voltadas para a adequação do zoneamento ecológico e econômico, compilação de informações, mapeamento de áreas de sensibilidade e de áreas de geração de poluentes, a interface com o saneamento básico, por exemplo. 9 – “Promover a revisão, integração, inovação e efetividade de políticas públicas considerando a perspectiva da sustentabilidade dos ambientes coralíneos, nos contextos social, ambiental e econômico, ampliando e fortalecendo os mecanismos de participação e controle social na gestão de territórios” – As ações beneficiam as reservas extrativistas, a gestão participativa de colegiados para discutir os temas relacionados, inclusão de conteúdos sobre conservação marinha nos materiais educativos utilizados nas escolas públicas, entre outras.
Biodiversidade no Recife de Fora no Sul da Bahia uma das areas beneficiadas pelo PAN Corais
10 – “Avaliar e destacar o papel dos serviços ambientais dos ambientes coralíneos para questões relacionadas às mudanças do clima e seus impactos, bem como elaborar estratégias para mitigação e adaptação desses ambientes com base na construção de cenários específicos” – As ações incluem mapas específicos de projeção de mudanças climáticas, assim como o impacto dessas mudanças sobre a fauna marinha brasileira, divulgação dos problemas, entre outras.
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Sobre o Projeto Coral Vivo O Projeto Coral Vivo é patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental e trabalha com pesquisa, educação, comunicação e políticas públicas para a conservação e o uso sustentável dos ambientes recifais do Brasil. Ele faz parte da Rede Biomar, junto com os projetos Albatroz, Baleia Jubarte, Golfinho Rotador e Tamar. Todos patrocinados pela Petrobras, eles atuam de forma complementar na conservação da biodiversidade marinha do Brasil, trabalhando nas áreas de proteção e pesquisa das espécies e dos habitats relacionados. As ações do Coral Vivo são viabilizadas também pelo copatrocínio do Arraial d’Ajuda Eco Parque, e realizadas pela Associação Amigos do Museu Nacional (SAMN) e pelo Instituto Coral Vivo (ICV). Mais informações na página: www.fb.com/CoralVivo e no site www.coralvivo.org.br.
Cavalo marinho em Buzios RJ - especie e area que estao contemplados no Plano Nacional de Conservação - Foto HERALDO CARVALHO
Coral Mussismilia harttii está entre as especies beneficiadas pelo PAN Corais - Foto Projeto Coral Vivo
Anemona gigante Condylactis gigantea esta entre as especies foco do Plano Nacional de Conservacao -Foto Projeto Coral Vivo
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Equalizando as “Orelhas” Um dos problemas mais comuns para o mergulhador, principalmente os iniciantes, é que, devido ao aumento da profundidade e consequente aumento da pressão do ambiente, pode ser uma dificuldade na equalização das orelhas.
Papo de mergulho Alvanir Oliveira “Jornada”
Apesar de muitos ainda usarem o termo “ouvido”, o correto é chamar de “orelha”. Este termo, foi adotado oficialmente desde o ano de 2001 pela Sociedade Brasileira de Anatomia para designar o órgão da audição eu sua totalidade. Em Portugal ainda mantém-se a denominação de ouvido em lugar de orelha. A orelha está conectada à garganta pela tuba auditiva, que tem a função de dreno e de ventilação. A abertura na garganta, fica normalmente fechada. Músculos da garganta abrem-na quando a pessoa engole. Durante o mergulho a tuba auditiva é usada para igualar a pressão da orelha média. Na descida ela é usada para transferir o ar das vias aéreas para a orelha média. Na subida, quando retornamos pasra a superfície, e a pressão do ambiente diminui, o processo é inverso, ou seja, permite que o ar sai da orelha média. Quando não ocorre a equalização, o aumento da pressão na membrana timpânica, que é o limite entre o ambiente interno e externo, pode causar inchaço, dor, ou até mesmo a sua ruptura. Se há a demora para compensação da pressão durante a descida, pode acontecer o fechamento da tuba auditiva, o que vai dificultar ou mesmo impedir a equalização. Alguns, de maneira incorreta, tentam superar este efeito executando a Manobra de Valsalva forte, mas a pressão aumentada na garganta, ajuda a fechar ainda mais a tuba auditiva. A Manobra de Valsalva, é uma técnica usada para a equalização, que consiste expirar suavemente com a boca fechada, e simultaneamente pinçar as narinas, facilitando assim, a passagem do ar das vias aéreas para a tuba auditiva.
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Mexar a mandíbuila e engolir saliva, também ajudam na equalização. Mas, caso exista alguma dificuldade, é necessário diminuir um pouco a profundidade, e começar novamente os procedimentos de equalização.
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papo de mergulho com o Jornada
Após um mergulho, durante o retorno para a superfície, o ar que está contido na orelha média, vai percorrer o caminho inverso, passando pela tuba auditiva e saindo pelas vias aéreas. Se algum problema acontecer neste processo, isso poderá causar um bloqueio reverso, e para evitá-lo é necessário retardar o retorno para a superfície, descendo novamente um pouco até parar a dor, e retomar a subida muito lentamente, movimentando bastante a mandíbula, na tentativa de liberar a tuba auditiva para a saída do ar. Importante neste situação, é nunca realizar uma Manobra de Valsalva durante a subida, o que provocaria o efeito inverso, aumentando ainda mais a pressão na orelha, com possibilidades, inclusive, de ruptura do tímpano ou até mesmo da janela redonda. O rompimento do tímpano, pode provocar a entrada de água na orelha média, o que causa o rápido resfriamento e uma vertigem imediata. A ruptura da janela redonda, pode causar a vertigem alternobárica, pelo aumento da pressão, o que implicará na perda do equilíbrio, não percebendo o mergulhador se está indo para o fundo ou para a superfície. Uma regra básica é evitar mergulhar em caso de resfriado ou gripe, pois nestas situações, a mucosa que recobre a tuba auditiva, ficará inflamada, e ocorrerá também a produção de sercreções pelo organismo, fatores estes que diminirão a possibilidade da passagem do ar das via aéreas para a orelha média, impedindo assim a equalização. O uso de descongestionantes também não é uma boa idéia, pois, caso seu efeito passe durante o mergulho, poderá provocar uma situação de bloqueio reverso. Curiosidades: A técnica descrita pelo anatomista italiano Antonio Maria Valsalva(1666-1723), consistia em forçar a exalação contra a glote fechada, o que não equalizaria as orelhas. Na verdade, a técnica, que no mergulho chamamos de Manobra de Valsalva, foi desenvolvida pelo médico inglês Joseph Toynbee(1815-1866), que também criou, além deste, um outro procedimento chamado de Manobra de Toynbee, que consiste em engolir com a boca e com o nariz fechados.
Médico inglês Joseph Toynbee(1815-1866)
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Uma outra manobra alternativa usada para a equalização das orelhas, é conhecida como Manobra de Frenzel, que foi desenvolvida em 1938, para os pilotos alemães durante a Segunda Guerra Mundial. O mergulhador mantém o nariz e a boca fechados, contraindo os músculos da boca para abrir a tuba auditiva, e usando a língua como um pistão para empurrar ar nela. A Manobra de Frenzel, assim como a de Toynbee, são suaves, e deixam as mãos do mergulhador livres para outras tarefas. Referência: Manuais de Mergulho da National Association Of Underwaters Instructors
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MergulhoTécnico João Paulo, Pavani Franco (Johnny) Instructor trainer e Full Tec Instructor Contato: jp@mergulhotecnico.com.br + 55 (11) 98170-0130
Equipe Mergulho Técnico Expedições e Turismo Tech Filmagem e fotografia Cursos e Treinamento: • Reabrether, • Cave diving, • Trimix, • Formação de instrutores, Disponibilidade para ministrar aulas em Escolas e Dive Centers no Brasil, EUA e México
Campeonato nacional de fotografia submarina
ABISUB 2016
A ABISUB - Associação Brasileira de Imagens Subaquáticas - aportou em Cabo Frio no fim de Março para realizar seu primeiro Campeonato Nacional de Fotosub.
Texto: Flávia Mergulhão Fotos: Áthila Bertoncini, Flávia Mergulhão e Ulisses Turati.
Cabo Frio foi escolhida para sediar esta competição pela grande biodiversidade de espécies marinhas, principalmente para macro fotografia, o grande desfaio dos fotógrafos subaquáticos. Em sua primeira edição, o Campeonato Nacional da ABISUB 2016 contou com a participação de 43 mergulhadores dentre os quais 28 fotógrafos divididos nas categorias Master e Iniciantes e 15 assistentes. Foi a maior adesão de fotógrafos vista em competições desta categoria no Brasil. Competidores de 7 estados se encontraram para esta festa da fotosub.
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A base foi a Pousada Porto Canal, e todo apoio logístico foi dado pela operadora Litoral Sub em parceria com as operadoras Over Sea e Deep Trip. Sim, foram necessários 3 barcos para atender a demanda. A competição ocorreu em 3 dias, sendo um dia para treino e dois para competição. Na categoria Master, cinco temas foram propostos: Close Up, Grande Angular, Peixe ,Macro Temática ( Blenidios e Goblidios) e Criativa. Na categoria Iniciante os temas foram quatro: Close-up, Macro Temática ( mesma da categoria Master), Peixe e Grande Angular. O clima ajudou bastante, foram dias de muito sol e uma água calma e com ótima visibilidade ,variando entre 20 /22°C, o que para Cabo Frio, pode ser considerado uma “agua caribenha”. O clima entre os participantes também era positivo, uns ajudando os outros (dentro e fora d’agua), trocando ideias e experiências, emprestando equipamentos, solucionando problemas. Um ambiente de muita harmonia e solidariedade.
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FOTOGRAFIA | campeonato nacional abisub 2016
ABISUB 2016
FOTOGRAFIA | campeonato nacional abisub 2016
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ABISUB
Na categoria iniciante a grande vencedora foi Fernanda Saldanha -RJ, conquistando duas medalhas de Ouro e uma de Bronze. Fernanda demostrou capacidade em encontrar os seres marinhos e grande habilidade em fotografá-los, com belíssimas composições e muita sensibilidade. A categoria iniciante surpreendeu a todos com belas imagens, com destaque para os fotógrafos Peu Guerbas -MS, Eduardo Maris - BH, Celina Azevedo - SP e Livia Diniz - BA. Na categoria Master o campeão foi Fábio Freitas, fotografo conhecido por sua criatividade e inquietude de sempre buscar algo diferente, conquistou o primeiro prêmio nas categorias Temática e Criativa, e a segunda colocação na categoria Grande Angular, levando o belo troféu de campeão para Niterói – RJ , sua cidade natal. A categoria Master mostrou o alto nível que se encontra a Fotografia Subaquática no Brasil. Com fotos de alta qualidade técnica, os fotógrafos fizeram bonito e mostraram com muita competência a beleza do universo marinho de Cabo Frio, lindas imagens foram apresentadas, porém algumas se sobressaíram, como por exemplo a Grande Angular do fotógrafo Álvaro Velloso, que foi a foto mais bem pontuada da competição. Além da competição, foi ministrada uma palestra pelo biólogo marinho Vinicius Padula , doutor em biologia e que vem estudando a biodiversidade marinha de Cabo Frio, com ênfase em moluscos nudibrânquios, o “supra sumo” dos mergulhos nesta região. Vinicius informou que mais de 50 espécies diferentes já foram catalogadas nas ilhas de Cabo Frio e aguçou mais ainda o interesse dos fotógrafos em acharem os bichos. Também relatou a importância da fotografia subaquática como elemento auxiliar ao pesquisador na identificação e registro das espécies. O corpo de jurados foi coordenado por Laercio Horta e contou com as participações de Denise Greco, Edson Acioli, Athila Bertoncini, Filomena Sá Pinto (Portugal), Adriana Basques, Joao Paulo Krajewski, Ary Amarante, Daniel Botelho ,Marcelo Krause, João Paulo Cauduro Filho, Paulo Boneschi e Kadu Pinheiro, todos fotógrafos com vasta experiência, que ficaram encantados com as imagens produzidas nesta competição. Vamos aos vencedores e suas lindas fotos.
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FOTOGRAFIA | campeonato nacional abisub 2016
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PRATA
Celina Azevedo (SP)
Peu Guerbas (MS)
FOTOGRAFIA | campeonato nacional abisub 2016
BRONZE
Fernanda Saldanha (RJ)
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Iniciante Temรกtica
Ouro
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Fernanda Saldanha (RJ)
Iniciante Peixe
Ouro
PRATA
Celina Azevedo (SP)
BRONZE
Eduardo Maris (MG)
FOTOGRAFIA | campeonato nacional abisub 2016
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PRATA
Ouro
Livia Diniz (BA)
Fernanda Saldanha (RJ) FOTOGRAFIA | campeonato nacional abisub 2016
Iniciante Close Up DIVEMAG International Dive Magazine
BRONZE
Eduardo Maris (MG)
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Ouro
Peu Guerbas (MS)
PRATA
Eduardo Maris (MG) FOTOGRAFIA | campeonato nacional abisub 2016
Iniciante GA
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BRONZE
Livia Diniz (BA)
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Master Temรกtica
PRATA
Marcelo Prim (DF)
Ouro
Fรกbio Freitas (RJ)
FOTOGRAFIA | campeonato nacional abisub 2016
BRONZE
Bernardo Mello (RJ)
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Ouro
PRATA
Fรกbio Freitas (RJ)
Marcelo Prim (DF)
FOTOGRAFIA | campeonato nacional abisub 2016
Master Criativa BRONZE
Flavia Dalla Santa (RS)
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Master Peixe
PRATA
Roberto Formiga (RJ)
Ouro
Jorge Louzada (SP) FOTOGRAFIA | campeonato nacional abisub 2016
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BRONZE
Bernardo Mello (RJ)
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Ouro
Jorge Louzada (SP)
FOTOGRAFIA | campeonato nacional abisub 2016
Alexandre Ornellas (RJ)
Master Close Up
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PRATA
BRONZE
Carlos Montechi (SP)
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Master GA
FOTOGRAFIA | campeonato nacional abisub 2016
PRATA
Fรกbio Freitas (RJ)
BRONZE
Flavia Dalla Santa (RS)
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Alvaro Velloso (RJ)
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Ouro
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FOTOGRAFIA | campeonato nacional abisub 2016
A classificaçãoo geral por categoria foi a seguinte: Iniciante: 1°- Fernanda Saldanha (RJ) 2°- Peu Guerbas (MS) 3°- Eduardo Maris (MG) 4°- Celina Azevedo (SP) 5° - Livia Diniz (BA) 6° - Fábio Ludmer (SP) 7° - Cleber Assumpção (RJ) 8° - Paula Loque (MG) 9° - Samantha Padilha (SP) 10° - Vania Mello (RJ) Master: 1°- Fabio Freitas (RJ) 2°- Jorge Louzada (SP) 3°- Marcelo Prim (DF) 4°- Roberto Formiga (RJ) 5° - Bernardo Mello (RJ) 6° - Álvaro Velloso 7° - Flávia Dalla Santa (RS) 8° - Alexandre Ornellas (RJ) 9° - Carlos Montechi (SP) 10° - Herculano Cunha (RJ) O resultado completo desta competição pode ser visto em:
http://www.abisub.com.br/campeonatos.asp
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INFORMATIVO MENSAL | DAN |
NAUI BRASIL AGORA CONTA COM NOVO TECHNICAL COURSE DIRECTOR
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Nos primeiros dias de abril, Reinaldo Alberti, já Course Director NAUI para o mergulho recreativo, esteve no Headquarter da NAUI Worldwide em Tampa, nos Estados Unidos, para completar um Workshop de Technical Course Director, com Timothy O’Leary, Chairman da NAUI Technical Division. Foram 3 dias de trabalhos intensos para se formar Diretor de Cursos de Mergulho Técnico, e atualmente, o único para a língua portuguesa. Segundo o Reinaldo, “estes últimos 3 dias na sede da NAUI Mundial foram apenas a conclusão de um projeto que se iniciou ainda em 2014, com muito trabalho, apoiado pela NAUI Brasil e seu Diretor, Alvanir “Jornada”, junto com o Diretor de Cursos Técnicos Daniel Millikovsky, no Encontro de Instrutores daquele ano, seguido por mais de 10 dias de treinamento em Bonaire no meio de 2015, e que terminou agora na Florida. E isso claro, sem contar nos anos de preparação com outros importantes Instrutores de mergulho técnico do Brasil e de fora do país, além da experiência como mergulhador técnico e formação de mergulhadores técnicos, para que esta decisão e os próximos passos fossem e sejam bem maduros”. A NAUI foi a primeira das grandes agências a desenvolver um completo programa de treinamento para o mergulho técnico, entre 1992 e 1997, que resultou numa verdadeira evolução (para não dizer revolução) para que o mercado chegasse aos parâmetros de segurança que tem hoje. Agora no Brasil, Instrutores NAUI podem evoluir como mergulhadores e instrutores de mergulho técnico, em todos os níveis de caverna, naufrágios e mergulhos descompressivos com diferentes misturas gasosas. Instrutores de outras agências também podem conhecer e se desenvolver nesta área dentro dos padrões de ensino NAUI, através de programas de crossover. Os materiais didáticos que ainda não tinham tradução no Brasil já estão em fase final de revisão, e a NAUI Brasil passa a oferecer programas com a maior consistência possível, marca registrada da credenciadora. Para saber mais contate o Reinaldo, através do e-mail reinaldo@ acquanauta.com.br, ou a própria agência no Brasil, com os contatos no site www.naui.com.br, que muito em breve lançará um site exclusivo para tratar exclusivamente de mergulho técnico.
Chaimam NAUI Technical Division Tim O’Leary e Reinaldo Alberti
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TDI / SDI tem novo Gerente Regional para a região Sudeste Comunicamos que o mais novo gerente regional da Região Sudeste da TDI / SDI passa a ser o João Paulo Pavani Franco “Johnny” que é natural de São Paulo e mergulhador desde 1984 e profissional desde 1987. Tornou-se um dos mais valiosos profissionais de mergulho no Brasil. Pioneiro na criação do programas de sidemount em 2006, Johnny é um dos exploradores mais ativos, tendo explorado diversas cavernas e naufrágios. Têm mais de 3500 mergulhos e mais de 2000 alunos formados. Jonnhy é um dos maiores formadores de instrutores do Brasil e participa ativamente na industria do mergulho, sendo também distribuidor de algumas marcas renomadas de equipamento de mergulho. Hoje, Johnny está como Gerente Regional da região Sudeste onde se dedica exclusivamente a desenvolver no Brasil um trabalho profissional e único. Com toda a experiência comercial, Johnny com certeza fará diferença e o mercado irá crescer uma administração moderna, séria e competente com a perseverança de sempre. Quando não está no escritório, esta na água treinando suas habilidades de mergulho com rebreather e caverna. Conte com o Johnny para ajudar na sua região! Telefone (11) 98170-0130 Email: jp@mergulhotecnico.com.br
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