DIVEMAG | Edição 64 | International Dive Magazine

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Edição 64 - 2017

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Ready to hatch! by Randi Ang

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SOCIAL

>> Nesta edição <<

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Feita por quem mergulha !!

13. Rio Grande do norte

Nessa edição temos uma matéria inédita sobre os mergulhos em Natal no Rio Grande do Norte, pelas mãos do nosso fotógrafo Ulisses Turati, confira também mais um artigo sobre cave diving no méxico, dessa vez no Cenote Mayan Blue, saiba como são os mergulhos e as opções que essa cave esconde. Ainda nessa edição a inédita descoberta de um naufrágio da segunda grande guerra nas águas de Guarapari no Espírito Santo, pelas lentes do Fotógrafo Rodrigo Melo.

EDITOR KADU PINHEIRO

29. Mayan Blue

CONTEÚDO

Erika Beux no papo de mergulhador compilou com a ajuda de vários amigos e mergulhadores, um dicionário de termos engraçados que todo mergulhador já ouviu, com muito bom humor a lista fez sucesso nas páginas do facebook e agora está na íntegra aqui na Divemag. tudo isso e muito mais, só aqui !!!

Águas claras e boa leitura,

Kadu Pinheiro >> Editor << 13 :: Rio Grande do Norte >> Natal 29 :: Cave Diving >> Cenote Mayan Blue 42 :: Naufrágios >> Descoberta em Guarapari 52 :: Papo de mergulhador >> Vocabulário diver


DiveMag

Conselho Editorial

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EXPEDIENTE

Carolina Schrappe

PRESIDENTE: Flávio Lara flavio@divemag.org

Gabriel Ganme

Redação Diretor de Produto E EDITOR: Kadu Pinheiro kadu@divemag.org JORNALISTA RESPONSÁVEL: Kadu Pinheiro

João Paulo Pavani Franco

Colaboraram nesta Edição: Rodrigo Melo, Kadu Pinheiro, Ulisses Turati, João Paulo Pavani Franco, Erika Beux REVISÃO FINAL: Flávio Lara Publicidade: Alcides Falanghe publicidade@divemag.org Atendimento ao leitor SAC: sac@divemag.org DIVEMAG é uma publicação on-line mensal e gratuita da Editora Dive Ltda.

Reinaldo Alberti

Alexandre Vasconcelos

ED.64

Rodrigo Coluccini

Maio 2017

Maio de 2017. Ar­ti­gos as­si­na­dos não re­pre­sen­tam ne­ces­sa­ri­a­men­te a opi­ni­ão da re­vis­ta.

Alcides Falanghe

ATENDIMENTO

Foto capa: Ulisses Turati

O conselho editorial foi formado com o intuito de manter a revista alinhada com as melhores publicações de mergulho mundiais. Os membros do nosso conselho são referências junto ao mercado de mergulho, figuras publicamente conhecidas que representam nossa atividade perante a mídia e o trade.

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Natal, Rio grande do norte Batente das Agulhas, texto e fotos: Ulisses Turati

Capital do Rio Grande do Norte, situada na região Nordeste do Brasil, a cidade do Natal foi fundada em 25 de Dezembro de 1599 às margens do Rio Potengi. Também conhecida como Cidade do Sol, Capital Espacial do Brasil, Capital Mundial do Buggy e Terra do Camarão.

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DESTINO | Rio grande do norte | Por: Ulisses Turati

Historicamente a cidade teve grande importância durante a Segunda Guerra Mundial em 1942, quando uma base americana foi instalada na região, sendo classificada como “um dos quatro pontos mais estratégicos do mundo”.

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DESTINO | Rio grande do norte | Por: Ulisses Turati No Carnaval deste ano, fomos conhecer os recifes de Natal, estávamos em um grupo de onze mergulhadores e utilizamos os serviços da Operadora de mergulho Natal divers. A maioria dos mergulhos são profundos e o uso de Nitrox é essencial.

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DESTINO | Rio grande do norte | Por: Ulisses Turati

Foram quatro dias de mergulhos em quatro pontos distintos:

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DESTINO | Rio grande do norte | Por: Ulisses Turati Laje da Serra: Dista aproximadamente 20 Km da costa, é um grande lajeado com vários tipos de esponjas e corais e possibilidades de encontros com raias e tubarões. Com profundidade máxima de 27 metros e média de 22 metros.

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DESTINO | Rio grande do norte | Por: Ulisses Turati

Laje da Criminosa: Dista aproximadamente 20 Km de distância da costa, Ê um grande recife com um canal que chega aos 45 metros de profundidade, com paredes de mais de 10 metros de altura.

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As paredes são formadas por fendas que abrigam moreias verdes, lagostas e ao fundo é possível encontrar tubarões lixa. Profundidade de 45 metros e média de 22 metros.

DESTINO | Rio grande do norte | Por: Ulisses Turati

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DESTINO | Rio grande do norte | Por: Ulisses Turati Cabeço do Marinha: Continuação da Laje da Criminosa, a 20 km da costa, apresenta grandes grutas com salões com muita vida marinha. Esponjas e cardumes chamam a atenção dos mergulhadores. Ponto pouco explorado segundo a operadora de mergulho. Profundidade máxima de 45 metros e média de 25 metros.

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DESTINO | Rio grande do norte | Por: Ulisses Turati

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DESTINO | Rio grande do norte | Por: Ulisses Turati

Batente das agulhas: Distante 25 Km de distância da costa, é uma grande laje que possui muitas colunas de arenito que se parecem com agulhas, acredita-se que sejam troncos de árvores petrificados.

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DESTINO | Rio grande do norte | Por: Ulisses Turati A quantidade de esponjas multicoloridas é impressionante. É considerado o melhor mergulho de Natal. Profundidade máxima de 24 metros e média de 20 metros.

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DESTINO | Rio grande do norte | Por: Ulisses Turati

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DESTINO | Rio grande do norte | Por: Ulisses Turati

Infelizmente, devido a condições de mar e vento, a temporada de mergulho só vai de Novembro a Março, a temperatura da água estava em 28 graus e a visibilidade próxima dos 30 metros.

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DESTINO | Rio grande do norte | Por: Ulisses Turati Natal tem ótima estrutura hoteleira, com hotéis para todos os gostos e bolsos. Além dos mergulhos, os passeios pelas praias e dunas da região são imperdíveis.

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Mayan Blue Cenote Escondido, Sistema OX Bel Ha

Texto: Kadu Pinheiro e João Paulo Pavani Franco | Fotos: Kadu Pinheiro Um dos cenotes com mais opções de mergulho em Tulum, Mayan Blue faz parte do sistema Ox Bel Ha, o maior sistema de cavernas alagadas do mundo, está localizado na carretera 307 em frente a entrada do Cenote Cristal ou Naharon.

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Cave dive | Tulum, Cenote Mayan Blue | Por: Kadu Pinheiro

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Sua entrada é meio escondida (seu nome popular na região é Cenote Escondido) a área de estacionamento fica a uns 700 mts da entrada do cenote por um caminho na selva, possui uma ampla área com mesas para montar os equipamentos e banheiros.

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Cave dive | Tulum, Cenote Mayan Blue | Por: Kadu Pinheiro

A รกrea da entrada da caverna possui um belo lago amplo e que permite um รณtimo snorkel para relaxar com um visual muito bonito, diria que sรณ a entrada do cenote jรก vale a visita.

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Cave dive | Tulum, Cenote Mayan Blue | Por: Kadu Pinheiro

Falando um pouco dos mergulhos: Esse cenote possui 3 entradas: Conduto A, B (upstream) e Death Zone (downstream), com perfis bem destintos de mergulho, você poderia passar uma semana só mergulhando aqui e não esgotaria todas as opções de jumps e passagens a serem percorridas.

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Conduto A, localizado logo no comeรงo do lago no lado esquerdo, uma entrada bem apertada e escondida marcada por grandes troncos em meio a fendas na rocha, onde geralmente amarramos a carretilha principal:

Cave dive | Tulum, Cenote Mayan Blue | Por: Kadu Pinheiro

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Sua característica mais marcante é a sempre presente haloclina, o cabo guia está na maior parte do percurso bem próximo a linha divisória entre água doce e salgada, sendo que a parte da caverna onde temos água doce é bem escura e com paredes de cor ferrosa dando uma característica bem peculiar a esse cenote, já a parte que fica exposta a água salgada (mais profunda) é bem clara com paredes brancas e reflete muita luz, é quase um Yin e Yang.

Cave dive | Tulum, Cenote Mayan Blue | Por: Kadu Pinheiro

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Cave dive | Tulum, Cenote Mayan Blue | Por: Kadu Pinheiro Recomendo manter uma certa distância do companheiro da frente e movimentação de nadadeiras bem suave pois o turbilhão causado pela mistura da água doce e salgada prejudica muito a visibilidade de quem vai atrás no mergulho.

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Cave dive | Tulum, Cenote Mayan Blue | Por: Kadu Pinheiro

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São várias as opções de jumps e atalhos que podem ser feitos no conduto A tanto a esquerda quanto a direita, uma dessas opções marcada por uma seta dupla leva a um atalho que nos joga muito a frente no conduto principal e é na minha opinião, um dos jumps mais bonitos e que possibilita a exploração de uma parte da caverna mais ampla e com salões muito decorados, (Battleship Room) é preciso atenção pois é fácil entrar em descompressão nessa cave pelo perfil mais profundo de mergulho, outro destaque do conduto A é poder alcançar o ponto de conexão e fazer a travessia até o Cenote Naharon.

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Cave dive | Tulum, Cenote Mayan Blue | Por: Kadu Pinheiro Conduto B localizado no meio do lago na parte esquerda também: esse túnel se for seguido direto pelo cabo principal chega ao fim após uma hora de mergulho, durante o percurso temos a opção de fazer vários jumps que podem conectar ao Túnel A, F ou E, aqui é possível realizar vários circuitos, os mergulhos também são em sua maior parte seguindo o cabo guia na linha de haloclina, tornando o visual e a navegação comprometidas em grupos muito grandes.

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Cave dive | Tulum, Cenote Mayan Blue | Por: Kadu Pinheiro

A Death Zone, segue no downstream, e sua entrada fica no fim do lago, basicamente temos 3 opções de linha principal, uma localizada na direita faz a travessia ao cenote do sol, a outra na esquerda se conecta ao conduto B, e uma central que segue muito adiante e não sabemos onde termina. São mergulhos bem interessantes também possibilitando várias conexões e jumps.

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Cave dive | Tulum, Cenote Mayan Blue | Por: Kadu Pinheiro O Sistema Ox Bel Ha significa em maia 3 passagens de ĂĄgua e ĂŠ composto de Sistema de Mayan Blue, Sistema Esmeralda e Sistema Yax Chen

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Cave dive | Tulum, Cenote Mayan Blue | Por: Kadu Pinheiro Devido as várias opções de mergulho e características variadas desse cenote é constantemente utilizado para treinamentos avançados de Cave dive por nosso time de mergulho técnico. Seus primeiros exploradores foram Bill Philips e Jim Cook

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Cave dive | Tulum, Cenote Mayan Blue | Por: Kadu Pinheiro

Quer mergulhar com nosso grupo no MĂŠxico ainda esse ano: de 09 Ă 22/07 e 01 Ă 15/09 estaremos novamente explorando esse fascinante mundo submerso entre em contato: jp@mergulhotecnico.com.br

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Vital de Oliveira

Mergulhadores de Guarapari encontram navio torpedeado e desaparecido na Segunda Guerra Acostumados a mergulhar, pescar e a enfrentar todo o tipo de histórias do mar, dois irmãos de Guarapari não esperavam fazer parte da história da Marinha brasileira. Ao mergulhar a 25 milhas do Cabo São Tomé, na divisa entre o Espírito Santo e Rio de Janeiro, os irmãos José Luiz Pompermayer Meriguete, 47 anos, e Everaldo Pompermayer Meriguete, 43, acabaram realizando uma grande descoberta: um navio de guerra no fundo do mar.

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Naufrágio | guarapari | Por: Rodrigo melo

O fato aconteceu há seis anos, na tentativa de ajudar um amigo pescador que teve as redes agarradas durante a pesca, uma nova história para contar. “O mergulho seria por causa da rede de um pescador que agarrou na área, e a gente foi tentar salvar (a rede). O local era de difícil visibilidade porque se trata de uma área de muita lama e a pesca no local é de arrasto de camarão, então não dava pra ver muita coisa”, lembra Everaldo.

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Naufrágio | guarapari | Por: Rodrigo melo

Segunda Guerra. Até os primeiros relatos parecia um navio comum, já que barcos naufragados fazem parte da rotina dos pescadores principalmente naquela região. Mas aquele não era um navio como outro qualquer. Se trata do navio da Marinha Brasileira afundado na Segunda Guerra Mundial que vai ganhar vida nos cinemas, graças a descoberta dos irmãos pescadores de Guarapari.

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Naufrágio | guarapari | Por: Rodrigo melo

Pescadores e mergulhadores profissionais há 25 anos, os dois só vão para o mar juntos. “Nós passamos a sonda e identificamos que se tratava de uma ferragem. Mergulhamos para ver se conseguia soltar a rede do pescador e logo nos deparamos com o navio”, conta José Luiz, o Luizinho.

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Naufrágio | guarapari | Por: Rodrigo melo

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Vital de Oliveira. Depois de entender que se tratava de um navio de guerra por causa dos canhões ainda intactos no fundo do mar, os pescadores insistiram em fazer fotos para registro. “Aquilo ficou na minha cabeça e no verão do ano seguinte nós voltamos lá para mergulhar de novo e pedi que um amigo nosso olhasse na internet sobre os naufrágios naquela região. As características do navio que encontramos no fundo mar batia com as informações do Vital de Oliveira, único navio da Marinha Brasileira afundado na Segunda Guerra Mundial”, conta Everaldo.

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Naufrágio | guarapari | Por: Rodrigo melo

O Filme. Entusiasmada com a descoberta, a irmã dos pescadores, Joelma Meriguete, 45, chamou um mergulhador experiente de Guarapari, Afonso Jório, para fazer as fotos do navio e dar prosseguimento as pesquisas. O mergulhador pesquisou os naufrágios na região e encontrou o registro do Vital de Oliveira com uma interrogação na sua exata localização. Junto com os dois irmãos, Afonso foi ao local do naufrágio e, pelas características do casco, pela quantidade de munição ao redor dos escombros e o canhão de 47 mm no convés, foi o suficiente para comprovar que se trata do Vital de Oliveira, a única nave da Marinha do Brasil vítima da Segunda Guerra e o último dos 34 navios com bandeira brasileira que foram afundados por submarinos alemães durante o conflito. “Vi na descoberta uma história muito importante e procuramos o Afonso, amigo deles, para fazer umas fotos no fundo do mar. Com as fotos em mãos, fomos à São Paulo apresentar a história à algumas empresas de filmes que demostraram interesse”, conta.

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Naufrágio | guarapari | Por: Rodrigo melo

Gravações. As gravações começaram há três anos e 80% do filme está pronto. “Neste período as gravações estão acontecendo na Irlanda, onde o submarino alemão U-816 que torpedeou o navio Vital de Oliveira está. O diretor está em Portugal fazendo fotos da antiguidades para finalizar o filme ainda este ano”, declara Joelma.

Vital de Oliveira, desaparecido há quase 70 anos O navio-auxiliar da Marinha do Brasil, Vital de Oliveira, estava desaparecido há quase 70 anos. O Vital foi torpedeado e afundado pelo submarino alemão U-816 na noite de 19 de julho de 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, “ao largo do Cabo São Tomé”, como ficou registrado nos documentos oficiais. Durante quase sete décadas, o navio militar ficou escondido no fundo do litoral norte do Rio de Janeiro, até ser encontrado acidentalmente pelos irmãos pescadores. “O navio era da Marinha Brasileira e foi adaptado para a guerra com os dois canhões que foram instalados. No mar, o navio era escoltado por um caça. Nos relatos feitos pelo sobrevivente, na noite que o navio afundou, o navio caça saiu muito na frente e não consegui proteger o Vital de Oliveira. Foi quando o submarino U-861 torpedeou e afundou ele”, conta Luizinho.

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Era o único sem registro de localização. Um navio histórico, porém trágico, pois cerca de 100 pessoas morreram no naufrágio. O navio partiu do porto de Vitória, com destino ao Rio de Janeiro, levando a bordo, 250 tripulantes e um carregamento de madeira. Como se tratava de um navio-auxiliar, era comum o Vital transportar alguma carga. E foi graças a essa carga que mais da metade dos passageiros conseguiu se salvar.

Naufrágio | guarapari | Por: Rodrigo melo

“O único sobrevivente ainda vivo conta que faltavam cinco minutos para a meia-noite, quando um dos dois torpedos disparados pelo submarino alemão U-861 explodiu no costado de boreste do Vital, bem perto da popa, contorcendo o navio inteiro. O navio começou a afundar imediatamente. Tão rápido que não deu tempo nem de quem estava na casa de máquinas subir para tentar escapar da enxurrada de água que entrava”, conta Everaldo. Segundo os pescadores, o sobrevivente Hilton Moreno, 90 anos, na época tinha 17, e contou que só não morreu porque conseguiu se segurar nas madeiras. “Ele relatou que só escapou vivo das águas revoltas do Cabo São Tomé graças às pranchas de madeira que o Vital de Oliveira transportava, já que quando o navio afundou, elas boiaram e serviram de apoio para os náufragos”, concluiu. Confira mais um teaser do documentário. A previsão é que as gravações e o filme seja finalizado ainda este ano. Segundo Joelma, o documentário está sendo procurado por muitos canais de TV e também por produtoras com interesse em comercializar o filme. “Estamos ansiosos com toda a movimentação e esperamos que o filme seja lançado no ano que vem”, conclui ela.

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CURIOSIDADES | Erika Beux

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Vocabulário de mergulhador Tudo começou quando meu amigo, Ricardo Abuhab, solicitou ajuda para um trabalho de comunicação de outra amiga dele, a qual precisava de gírias e vocabulário específico do meio do mergulho. Conversamos um tempo e não conseguíamos pensar em nada além de “narcosado”, que é quando o mergulhador tem seu estado de consciência alterado por intoxicação por nitrogênio em águas profundas parecendo que está embriagado. Resolvi pedir ajuda num grupo de Whatsapp que participo com vários instrutores, staff e mergulhadores mais antigos. No início, tivemos dificuldades de encontrar as primeiras palavras, pois achávamos mais apropriada a comunicação por sinais que utilizamos embaixo d’água. Logo começaram a vir os primeiros termos e a brincadeira foi ficando bacana. O vocabulário ficou enorme e resolvi postar no Facebook para que mais pessoas pudessem contribuir e surgiram muitos outros termos comuns que usamos entre mergulhadores. Confira abaixo a compilação de todos os comentários que recebi e dos amigos que compartilharam o post. Abortar o mergulho = pedir para voltar a superfície ou cancelar o mergulho Água roxa = volume grande de águas oceânicas com uma visibilidade incrível Alimentar os peixes = vomitar, marear Apagou = perda de consciência na subida por hipoxia ou hipercarbia Aranhado = mergulhador que se movimenta batendo braços e pernas Árvore de natal = excesso de tralha carregada pelo mergulhador Aviador = mergulhador que usa a máscara na testa Azul caixão - Mergulho profundo em apnéia em água transparente Barotrauma anal (B.A) = travar o esfíncter anal por medo...kkkk Blecaute = apagar a lanterna no mergulho noturno Bomba = aluno de batismo ruim de água Boneco = aluno de batismo Brincar de roxinho = ficar sem ar Burro de cigano = mergulhador que tem muita tranqueira pendurada Cachimbar = compartilhar ar Cagou a porra toda = levantou suspensão absurdamente grande na caverna, por exemplo. Caldo de cana ou garapa = água com baixa visibilidade Canga = dupla de mergulho Cavalo-marinho = mergulhador fora do trim

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Caveira = mergulhador militar Chupeta = segundo estágio, octopus Dar PT = não aparecer para mergulhar Defunto = equipamento que não foi lavado e está com mau cheiro Drift dive = mergulho a favor da correnteza Equipar de muntueira e mergulhar de bololô = equipar no barco lotado e zoneado Explodiu = mergulhador que teve uma subida descontrolada Faixa branca = mergulhador inexperiente Favela diver ou mendigo diver = mergulhador com roupas e/ou equipamentos rasgados, desbotados, em péssimo estado de conservação Garrafa = cilindro Gastar uns BAR = o mesmo que mergulhar Intervalo de superfície = qualquer momento que não esteja mergulhando Log = log book, diário de mergulho Lost diver = rêmora Madruga dive = mergulho de madrugada Mamadeira = cilindro grande Mar batido = água correndo, mar revolto... Marear = ficar enjoado ou vomitar Mautiano = que fez o Cmaut militar Mergulhar de dupla nas costas = cilindro duplo Mergulho de gente grande = mergulho difícil que exige certificação específica Mergulhador estrelinha = aquele que se acha o máximo na água Monstro = pândego, trolha Motor de popa = mergulhador que não consegue nadar devagar Mergulho de boiada = mergulho com grupo grande embaixo d’água Mergulho pirulito = tão fácil que qualquer criança faz Narcosado = doidão Navegação jacaré = ir à superfície para achar o barco sem que ninguém o veja Ninja = mergulhador que se veste todo de preto Nitrox = ar enriquecido Pagar deco = ficar na descompressão Pagar uma Safety = parada de segurança Panicat Diver = mergulhador(a) estiloso (a) Panicou = perdeu o controle Penetração = entrar em naufrágios ou cavernas Pessoa com excesso de lastro = IMC elevado Pica das galáxias = mergulhador que se acha o fodão Ponto = local de mergulho

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Poita = mergulhador muito lastreado Purga = exaustão de ar do colete ou regulador Quanto de visi? = pergunta para saber quanto tinha de visibilidade no mergulho Quanto de fundo? = saber tempo de fundo Quinta categoria = mergulhador ruim Rambo dive = mergulho casca grossa em barco improvisado, operação precária Rambo diver = mergulhador corajoso que participa de mergulhos improvisados Safo = desenrolado Sopa de ervilha = água verde com baixa visibilidade Shark dive = mergulho para ver tubarões Smurf = em geral aluno do básico. O instrutor manda descer segurando o cabo e a primeira coisa que o aluno faz é soltar o cabo. Samba = quando perde o controle motor por intoxicação de CO2 (apneia) Stage = cilindro de reserva ou de troca de ar Side = side mount Tirar o lastro = o mesmo que “passar um fax” = o mesmo que “sujar a porcelana” = dar uma cagada Travou a orelha = não consegue equalização Trim = posição horizontal, ideal de mergulhar Trolha ou Prego = mergulhador ruim V8 = mergulhador que consome muito ar Vagal dive = mergulho durante a semana Vagal diver = mergulhador desocupado ou que mata o trabalho para mergulhar durante a semana

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ASIA ÁFRICA

CARIBE

OCEANIA Mauritius Cabo Verde Austrália Tailândia Filipinas Maldivas Indonésia Wakatobi Seychelles Moçambique Mar Vermelho Micronésia Palau Tahiti Ilhas Fiji Fotos: Kadu Pinheiro

O mundo é o seu destino! Consulte seu dive center.


Mercado | Hollis

Hollis e Oceanic são vendidas para a Huish Outdoors A AUP representante das marcas Hollis e Oceanic foi adquirida pelo grupo Americano Huish Outdoors LLC, detentor das marcas Atomic, BARE, LiquidVision, Sharkskin, Stahlsac, Suunto y Zeagle. A AUP representada por seu fundador Bob Hollis, declara que essa mudança vai levar os equipamentos e a distribuição das marcas a outro patamar, agregando muito mais valor e agilidade para seus clientes. A Hollis continua distribuindo seus equipamentos no Brasil normalmente através de sua representante Wet Place http://wet.place/ Para mais informações sobre a Huish Outdoors. para mais informações visite http://www.huishoutdoors.com

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INFORMATIVO MENSAL | DAN |


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