EDUCAR PARA BUSCA DO SENTIDO DO VIVER NA TERCEIRA IDADE Autor: Edmilson Pinto Albuquerque – UFRN – epa@ufrnet.br Co-autor: SANTOS, Sebastião Jacinto dos – UFRN – sebastiaojacinto@hotmail.com Um dos anseios mais antigos da humanidade talvez seja o de viver mais. A chamada “fonte da juventude” ainda não foi encontrada, mas o avanço da ciência tem nos proporcionado uma maior expectativa de vida. Porém, com o passar dos anos, nosso organismo sofreu diversas transformações que reduzem nossa capacidade de trabalho, aumentando a propensão a determinadas doenças. Nesse estudo, voltamos nosso olhar aos idosos. A velhice, um fator natural ligado ás fases humanas, é vista preconceituosamente. “A sociedade rejeita o velho”, discute BOSI (1994,p.77), “não oferece nenhuma sobrevivência á sua obra. Perdendo a força de trabalho ele já não é produtor nem reprodutor.” Tratamos o velho como se o seu tempo de produzir tenha ficado para trás, consideramos que já tenha contribuído com a produção social e que suas capacidades físicas e intelectuais estão em processo de degradação. Mas, BOSI (ibidi, p 80), nos adverte: “durante a velhice deveríamos estar ainda engajados em causas que nos transcendemos, que não envelhecem, e que dão significados a nossos gestos cotidianos. Talvez seja esse um remédio contra os danos do tempo“. Os estudos demográficos demonstraram que a população idosa tem aumentado com números expressivos nas últimas décadas tanto nos países desenvolvidos como países em desenvolvimento. No Brasil, o rápido envelhecimento da população encontra-se num quadro de urbanização acelerada, diminuição do número de membros da família e empobrecimento. O envelhecimento caracteriza-se pela deterioração progressiva dos mecanismos, (fisiológicos, neurológicos, psicológicos), com prejuízos da função dos órgãos e sistemas orgânicos.Esse processo inicia-se por volta da terceira década de vida, é insidioso e linear e varia na sua forma e intensidade em cada indivíduo. Isto resulta em modificações estruturais, declínio funcional e numa menor adaptação ás alterações do meio ambiente interno e ás variações ambientais externas. LIPSITZ & GOLDBERG, (citado por Barros Neto et al., 1996). A velhice é representada como um processo contínuo de perdas, em que os indivíduos ficariam relegados a uma situação de abandono, de desprezo de ausência de papéis sociais.
Essa representação é responsável por uma série de esterótipos negativos em relação aos idosos, ficando, assim, evidenciado a importância que tem o desenvolvimento deste estudo. Se, atualmente, a problemática do atendimento à saúde e de amparo institucional não se encontram condizente com as necessidades que se apresentam, o que esperar dos próximos anos? Como aponta Pavarine (1996, p.3), “nesse contexto de crônica insuficiência de recursos na sociedade e na família, os idosos sofrem alto risco de abandono segregação e maus trato”. O envelhecimento apresenta modificações em múltiplas dimensões: física, mental, social, política, econômica, histórica e cultural. Muitas alterações são perceptíveis não só ao idoso como ao seu companheiro ou a sua família.No que se refere Pavarine (ibid,p.7),”A morada em asilo acaba sendo a opção tomada pelo idoso ou familiares.Há de se pensar:seria uma opção do idoso ou, como na maioria dos casos, falta de alternativas e imposição da família ? Seja na família, na instituição ou na sociedade como um todo, percebe-se um isolamento do idoso, sendo mais comum no seu dia-a-dia, a monotonia e a inatividade, agravando assim, a questão do descaso ao idoso. Isto conseqüentemente o priva de sentimentos como alegria, satisfação, prazer, o que o distancia do mundo e de si mesmo, deixando de lado seu direito à vida, à felicidade, à aceitação como ser humano digno e respeitado. Já nas instituições asilares, busca-se a assistência ao idoso através dos serviços médicos, sociais, psicológicos, etc., mas vale ressaltar que, por melhor que se apresente a estrutura de uma instituição, será sempre um lugar hostil, desaconchegante e insatisfatório, se não para todos, mas para a maioria dos idosos.Nesse sentido, nos remetemos a Oliveira (1997,16), quando escreve: “Na instituição, o idoso é visto com abandono piedade, mesmo que tenha ido por opção própria, afinal, quem não desejaria estar no aconchego do lar, cercado pela família, transmitindo suas experiências de vida e desfrutando deste estadodesocupado com satisfação?” Neste caso, o idoso entra em um longo estado de baixa-estima e desvalorização no sentido de viver. A idéia central da busca pelo sentido do viver na terceira idade seria, sobretudo, resgatar a alto-estima, através te atividade que desenvolvam o sentido do afeto e da acolhida. Podemos relacionar a auto-estima com diferentes componentes que envolvem aspectos afetivos, volitivos, pessoais, sociais ou culturais. Segundo Braden (1992, p.28), a auto-estima tem dois componentes básicos: o sentimento pessoal e o sentimento de calor pessoal, ou seja,
a auto-estima é a soma da autoconfiança com o auto-respeito.Ela traduz explicitamente a capacidade dos indivíduos, de enfrentar os desafios que a vida impõe, e o direito e o desejo, de ser feliz. A auto-estima, nesse sentido, estrutura-se como o senso de dignidade pessoal que se origina de todas as idéias, seguindo a esteira da referência acima: “sensações e experiências que reunimos a respeito de nós mesmos durante a vida: achamos que somos inteligentes ou idiotas, gostamos ou não de nós mesmos”.(idid,36). Destacamos, nesse contexto a preocupação com a auto-estima, relacionado com a qualidade de vida na velhice ganhou relevância nos últimos 30 anos, na medida em que o crescimento do número de idosos e a expansão da longevidade passaram a ser experiência compartilhada por um número crescente de indivíduos vivendo em muitas sociedades. A autora, Neri (2001), define o constructo qualidade de vida, na velhice: como a avaliação multidimensional, vinculada a critérios sócio-normativos e intrapessoais, a respeito das relações atuais, passadas e prospectivas entre o indivíduo maduro ou o idoso e o seu ambiente. Estabeleceu um modelo que o descreve em termos de quatro dimensões: 1. Competência Comportamental: Que representa a avaliação do funcionamento do indivíduo no tocante à saúde, à funcionalidade física, à cognição, ao comportamento social e à utilização
do
tempo 2. Condições Ambientais: Dizem respeito ao contexto ecológico e ao construído pelo homem e têm relação direta com a competência comportamental. O ambiente construído deve oferecer aos idosos adequadas condições de acesso, manejo, conforto, segurança, variabilidade, interesse e estética. 3. Qualidade de Vida Percebida: Refere-se à avaliação subjetiva que cada pessoa faz sobre seu funcionamento em qualquer domínio das competências comportamentais. Seus principais indicadores são: saúde percebida, doenças relatadas, consumo relatado de medicamentos, dor e desconforto relatados, alterações percebidas na cognição, e senso de auto-eficácia nos domínios físicos e cognitivos.
4. Bem–Estar Subjetivo: Reflete a avaliação pessoal e privada sobre o conjunto e a dinâmica das relações entre as três áreas precedentes. São referenciados a dois tipos de indicadores, cognitivos e emocionais. Os cognitivos incluem a satisfação global com a vida e a satisfação referenciada a domínios. Os segundos incluem medidas de estados afetivos positivos e negativos.(p.24). A auto-estima é um aprendizado diário, do que você sente sobre o que você é, quem você é, o que você realiza ou do que você imagina que você seja. É uma particularidade que cada um tem sobre si, o julgamento que faz sobre sua capacidade de lidar com os obstáculos que a vida nos coloca a ter a consciência do direito de ser feliz e praticar este direito. O pesquisador, Franco Voli (1998, p.53), justamente com um grupo de estudiosos sobre o assunto, formularam um conceito de auto-estima a partir de suas investigações sobre à auto-estima do professor. Para o pesquisador, a auto-estima pode ser aprendida, dependendo da situação psicológica geral e social do indivíduo, na qual essa pode ser modificada.(p.53). Dessa forma, o aprendizado da auto-estima no indivíduo ocorre no processo de interação com os outros indivíduos a partir da necessidade de ver como ele sente que o percebem, aceitam e querem, e especial, aquelas pessoas que são significativas em sua vida. Também é importante observar como se desenvolveu, desde sua infância, “sua segurança, autoconceito, senso de presença, motivação e competência”.(ibid, p.51) e como o ser humano adquiriu tais argumentos, para compor a sua auto-estima, nas relações e experiências culturais e educativas. O autor apresenta cinco componentes básicos para a construção da auto-estima: “segurança, autoconceito, integração, finalidade e competência”. E, enfatiza, estes componentes contribuem de forma interdependente na formação da auto-estima do indivíduo. (ibid.p.54). A segurança, como um dos componentes da construção da auto-estima elevada é extremamente importante, pois, um sujeito seguro de si e de suas capacidades, sente-se capaz de enfrentar novos desafios, o que acarretará a obtenção de resultados, mesmo que estes venham a partir de um erro, pois certamente servirá para que este erro não ocorra novamente em uma outra situação. Assim, entendendo segurança será adquirida, através do êxito, do reconhecimento, das oportunidades e tantos outros fatores.
Diante do que apresentamos, o autoconceito é “a forma como nos vemos ou percebemos a nós mesmos como indivíduos ou pessoas” (ibid, p. 77). Este, por sua vez, é interdependente dos outros quatro componentes citados acima, como componentes básicos para a formação da auto-estima. Nesse contexto, Oliveira (1994, p.34) afirma que há uma aproximação entre os conceitos de auto-estima e autoconceito, os dois termos são, freqüentemente, utilizados como sinônimos. Para a autora, a auto-estima é abordada em termos de uma atitude valorativa do indivíduo com relação a si mesmo, já o autoconceito se apresenta como a atitude que o indivíduo tem de si mesmo, decorrente da maneira como se percebe. Independente da idade, sexo, formação cultural, instrução e trabalho, todos precisam ter auto-estima elevada, pois esta afeta praticamente todos os aspectos da vida. Realmente, se uma pessoa não desenvolve uma auto-estima suficiente, o preenchimento de necessidades mais amplas, tais como: criatividade, conquista e percepções do pleno potencial tornar-se-ão limitadas. Geralmente, as pessoas que se sentem bem consigo mesmas sentem-se bem a respeito da vida. Desta forma, tais indivíduos estarão aptos a enfrentar e solucionar os desafios e responsabilidade com confiança no seu potencial. Mas afinal, que é a auto-estima? Para Erbolato (2000, p.33), auto-estimar-se “significa gostar de nós mesmos, nos apreciamos de modo genuíno e realista”.Não se trata, portanto, de um excesso de valorização de nossa própria pessoa, de arrogância ou egocentrismo. Gostamos daquilo que realmente somos aceitando nossas habilidades e também nossas limitações. A autora enfatiza, Cuidados pessoais são importantes indicadores de uma auto-estima positiva (cuidar-se de quem se gosta), mas envolvem mais do que tentativas de manter uma aparência jovem.” Significa gostar de uma parte importante de nós mesmos: nosso corpo. Significa manter nosso corpo com saúde e funcionando da melhor forma possível, mas dentro dos nossos limites.Comungamos com o autor, quando afirma, “para o desenvolvimento da auto-estima, primeiro precisamos definir quem somos.
Outra questão importante nesse processo é o componente da integração. Todos nós vivemos em grupo. Tendo já certeza de quem somos, temos necessidade de fazer parte de nosso meio social, temos de nos assemelhar ás pessoas com quem vivemos. É importante ressaltar, a influência do ambiente externo ocorre também nos aspectos psicológicos do indivíduo, no desenvolvimento de sua personalidade, na construção da identidade. Quando nos definimos quem somos, tornamo-nos menos sensíveis á opinião alheia. Além disso, quando identificamo-nos adquirimos uma maior capacidade e habilidade para enfrentar e resolver situações difíceis. De acordo com alguns estudos, a confirmação da identidade parece ser especialmente importante na velhice. Apoiando-se em Erbolato (2000, p.44), quando expressa: Idosos não precisam mais desenvolver uma identidade. Também não estão mais preocupados em integrar-se ao meio; isso foi aprendido há muito. Conservar-se íntegro e certificar-se de sua adequação têm maior relevância. Por esse motivo, os idosos parecem ser mais seletivos em seus relacionamentos, escolhendo pessoas que confirme, sua auto-estima, não lhes interessando fazer contato com qualquer pessoa. Se isso aumenta a possibilidade de uma auto-estima elevada, não significa que não podem ser prejudicados por outros fatores, como valores ou pressões sociais: nem sempre a viabilidade das comparações é percebida ou estimulada. Essa citação, não só demonstra a importância de um dos componentes básicos da autoestima, mas, nos faz refletir que a auto-estima está intimamente relacionada com a resolução dos problemas com que nos defrontamos. Isso nos leva a um outro conceito: a auto-eficácia. Esse sentimento, muito importante, significa, grosso modo, que acreditamos e confiamos em nossa capacidade para gerenciar nossas vidas. Nesse contexto, nos remetemos ao quinto componente básico da construção da autoestima: a competência. Reportamos em Freire (2000, p.24), o envelhecimento bem sucedido também é visto como competência adaptativa do indivíduo, ou seja, a capacidade generalizada para responder com flexibilidade aos desafios resultantes do corpo, da mente e
do ambiente. Esses desafios podem ser biológicos, mentais, autoconceituais, interpessoais ou socioeconômicos.Segundo os estudiosos, essa competência adaptativa é multidimensional, de acordo com o autor citado acima: (a) emocional, no sentido das estratégias e habilidades do indivíduo para lidar com os fatores estressores; (b) cognitiva em relação á capacidade para resolução de problemas; e (c) comportamental, no sentido do desempenho e da competência social. (ibid,p.24). A autora apresenta, a satisfação com a vida, inclusive um dos indicadores de envelhecimento bem-sucedido mais estudados, mantém-se elevada na velhice, especialmente quando os indivíduos estão empenhados no alcance de metas significativas de vida e na manutenção ou no restabelecimento do bem-estar psicológico. (Ibid, 24). No seu trabalho, Envelhecimento bem sucedido e bem estar psicológico, FREIRE (2000, p 26), aponta para um modelo teórico contendo seis dimensões do funcionamento: 1) Auto-aceitação: implica uma atitude positiva o indivíduo em relação a si próprio e a seu passado;implica reconhecer e aceitar diversos aspectos de si mesmo, incluindo características boas e más. 2) Relações positivas com os outros: envolve ter uma relação de qualidade com os outros,ou seja, uma relação calorosa, satisfatória e verdadeira; preocupa-se com o bem-estar alheio; ser capaz de relações empáticas, efetuosas. 3) Autonomia: significa ser autodeterminado e independente; ter habilidade para resistir ás pressões sociais para pensar e agir de determinada maneira: avaliar-se com base em seus próprios padrões. 4) Domínio sobre o ambiente: ter senso de domínio e competência para manejar o ambiente; aproveitar as oportunidades que surgem á sua volta: ser hábil para escolher ou criar contextos apropriados às suas necessidades e valores. 5) Propósito na vida: implica ter metas na vida e um sentido de direção; o indivíduo percebe que há sentido em sua vida presente e passada; possui crenças que dão propósito á vida acredita que a vida tem um propósito e é significativa. 6) Crescimento pessoal: o indivíduo tem um senso de crescimento contínuo e de desenvolvimento como pessoa; está aberto a novas experiências; tem um senso de realização de seu potencial, e suas mudanças refletem autoconhecimento e eficácia.
Parece que somos nós, que determinamos o rumo dos acontecimentos, com nossas ações. Tudo funciona como um círculo: quem tem auto-estima elevada sente-se mais confiante para resolver problemas; quanto melhor se consegue resolver problemas, mais cresce a autoestima. O inverso também é verdadeiro. O que se pretende, na nossa vida? Não é deixar de se desenvolver, ficar parado numa etapa da vida como ser incompleto, inacabado, estagnado, mas manter a integridade mental e física até os últimos anos da vida. Na nossa vida, pretendemos identificar as virtudes da velhice, descobrir a riqueza de uma vida vivida plenamente, até seu fim, passa a ser, então tema de interesse geral. Recorremos a Freire (2000, p.28), quando destaca algumas estratégias para chegar a uma velhice satisfatória: 1) Em virtude da heterogeneidade no envelhecimento, é importante evitar soluções simples e encorajar a flexibilidade individual e social. 2) Cultivar novos hábitos (mentais e físicos). 3) Aperfeiçoar as habilidades sociais. 4) Engajarse em atividade produtiva. 5) Desenvolver uma filosofia que dê significado para a vida. Pelo exposto, não podemos esquecer, da importância dos relacionamentos sociais para o bem estar físico e mental na velhice. Refletir sobre a solidão significa buscar as origens desse sentimento. Capitani (2000, p.69), no seu artigo: Solidão na velhice: realidade ou mito? Outro aspecto relevante a ser lembrado, como o autor escreve: a solidão é vista por alguns estudiosos como um dos sinais mais importantes do amadurecimento emocional, representando uma conquista associada ao autoconhecimento e á auto-estima (p.69).Nesse sentido, os idosos estão satisfeitos com as suas vidas, e sua tendência é procurar desenvolver novos papéis sociais e selecionar metas e relacionamentos de acordo com princípios pessoais acerca do que lhes é mais significativo ou enriquecedor. O processo de envelhecimento é lento, e gradativo, e ocorre em diferentes ritmos para diferentes pessoas e grupos, conforme atuam sobre essas pessoas e grupos as influências genéticas, sociais, históricas e psicológicas do curso de vida. Pelo exposto, Vitta (2000, p.85) salienta: “estudos mostram que dificuldades para realizar atividades cotidianas, decorrentes de problemas físicos, interferem na relação social com outros indivíduos e na autonomia, resultando em alterações emocionais”. Em outras palavras, como o autor enfática: “é relativamente comum encontrar entre idosos, principalmente quando doentes, uma
diminuição na satisfação da vida, na auto-estima e na autonomia, além de quadros de depressão, de ansiedade e solidão”. Entendemos, a satisfação com a vida, saúde visivelmente boa e senso de auto-eficácia são, também, importantes indicadores de bem-estar na velhice. Em conjunto, a saúde física e a psicológica determinam a ocorrência de uma boa qualidade de vida na velhice. Nós professores de Educação Física, temos que desenvolver nossa sensibilidade, nossa atenção e nossos sentimentos e comportamentos em relação á velhice,uma vez que eles podem ajudar a melhorar a auto-estima da clientela, dependendo da adequação de nossas atitudes como profissionais. Nesse sentido, Vitta (2000, p. 87), mostra a importância da intervenção profissional, para tratar, compensar e limitar danos produzidos por más condições de saúde: Esses objetivos caracterizam a atuação com enfoque curativo, na qual há aplicação de técnicas e recursos terapêuticos.A atuação preventiva é necessária e socialmente relevante para a melhoria da qualidade de vida dos idosos e está alicerçada em três tipos de intervenção: educacional, nos fatores humanos e nos fatores relativos á saúde física. Dentro desse contexto, é de suma importância analisar esse três tipos de intervenção, como salienta a autora: a intervenção educacional significa lidar com o desenvolvimento da condutas que permitam aos indivíduos atuar sobre o meio de maneira a transformá-lo em direção positiva, promovendo modificações benéficas ao estilo de vida. (ibid, 87). Nesse sentido, a educação, é um dos meios para vencer os desafios impostos aos idosos pela idade e pela sociedade, proporcionando-lhes o aprendizado de novos conhecimentos e oportunidades para buscar seu bem-estar físico e emocional. “Atuação nos fatores humanos significa planejar e/ou (re) planejar os equipamentos, os edifícios, o transporte público, pedestre e de automóveis, a iluminação, de maneira a proporcionar conforto, segurança e satisfação aos idosos”.(ibid, 88).Espaços adaptados geram maior produtividade e segurança para trabalhadores idosos. E, fatores relativos á saúde física.
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