Jornal de Negócios - 01 de janeiro de 2020 - Edição 309

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Emerson Domingues de Oliveira, do empório Trem Mineiro, uma das 17 empresas participantes do programa na região

GESTÃO DENTRO DO MAPA

Empreendedores de Parelheiros, bairro distante 35 quilômetros do Centro de São Paulo, se reúnem em projeto do Sebrae-SP voltado ao desenvolvimento local Pág. 8

Referência em vendas na TV, Ciro Bottini revela seus truques Pág. 3

Lanchinhos saudáveis ganham mercado em novos formatos Pág. 4

2020: como se preparar para vender nas principais datas do ano Pág. 6


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Nova musculatura para os pequenos TIRSO MEIRELLES, Presidente do Sebrae‑SP

Gostaria de propor uma reflexão sobre a genialidade do empreendedor brasileiro e os motivos que o impedem de ser tão ou mais bem-sucedido que seus pares estrangeiros. Tomemos o caso de João do Amaral Gurgel, engenheiro-empresário que, em 1969, abriu as portas da montadora automobilística Gurgel em Rio Claro, interior de São Paulo, com o objetivo de produzir veículos 100% nacionais. Em 1974, apresentou ao mercado o Itaipu E-500, o primeiro automóvel elétrico da América Latina. Em 1996, questões financeiras, falta de incentivo e concorrência desleal levaram ao encerramento das atividades e do sonho do senhor Gurgel. Pouco mais de 50 anos se passaram desde a inauguração da fábrica e ainda hoje os empreendedores não decolam – ou aterrissam precocemente – por não contar com a segurança de investimentos e políticas públicas de longo prazo que os apoiem efetivamente, em especial nos primeiros anos de atividade.

Em 2019 tivemos iniciativas importantes que apontam nessa direção, como a aprovação das reformas previdenciária e trabalhista, a promulgação da Lei da Liberdade Econômica e a criação das Empresas Simples de Crédito (ESC), que vão baratear o crédito e aumentar a oferta para os pequenos negócios. Nessa área, acertamos ainda parceria com Banco do Brasil para qualificar em educação financeira os pequenos negócios a fim de ampliar o acesso a serviços e soluções bancárias, bem como apoiar a expansão das ESCs. As primeiras mil empresas de crédito em atividade devem injetar recursos na ordem de R$ 20 bilhões por ano. Uma ótima notícia, já que 90% dos pequenos negócios não solicitaram crédito bancário porque é difícil e caro. No Sebrae continuamos investindo na evolução de nossos serviços a fim de melhor apoiar os empreendedores na jornada de aprimoramento da gestão da empresa. No ano passado, realizamos quase 3 milhões de atendimentos a 1,5 milhão de empreendedores e empresários e expandimos nossa atuação junto às startups, preparando es-

ses empreendimentos para serem acelerados e consolidados no mercado. Em 2020, o Sebrae será ainda mais digital, usando a tecnologia para conhecer melhor as angústias do empresário e levar soluções na medida, no momento em que ele precisa. Vamos aprofundar nossa presença multicanal, com acesso de qualquer lugar, 24 horas, sete dias por semana, graças à tecnologia e à expansão da rede de parceiros no Brasil e no exterior. Rede esta que também vai abrir novos mercados para produtos e serviços oriundos dos pequenos negócios, além de intensificar as atividades de educação, enraizando nas futuras gerações o comportamento empreendedor. Serão mais de 300 mil alunos, do ensino fundamental ao superior. Ao sincronizar os marcos regulatórios, as políticas públicas e os investimentos em capacitação e produção às realidades de hoje e dos próximos 50 anos, abrimos caminhos para o ganho de musculatura de negócios criados por brasileiros geniais. Está dada a largada para 2020, o ano do empreendedorismo.

Destaques Centro de Referência em Inovação Sebrae oferece espaço de coworking gratuito O Centro de Referência em Inovação Sebrae (Crie) oferece, gratuitamente, 30 posições de coworking para empreendedores que buscam desenvolver projetos e negócios inovadores e digitais. O espaço incentiva a troca de ideias, o compartilhamento de experiências e a colaboração de diferentes profissionais, com o objetivo de formar equipes com perfis complementares e negócios de sucesso. Segundo Ricardo Sergio Martins, consultor do Sebrae-SP e responsável pelo gerenciamento do espaço, localizado no bairro de Campos Elíseos, ainda há outros benefícios. “Estamos sempre

em contato com os empreendedores que utilizam o coworking para entender as necessidades deles. A partir disso, realizamos mentorias, eventos temáticos, rodadas de negócios e até adaptamos os espaços disponíveis no prédio para que esses empreendedores tenham todas as ferramentas necessárias para desenvolver a startup.” Para Thiago Lopes, CTO da Entregali e um dos empreendedores que utilizam o coworking do Crie há mais de um ano, outro diferencial são as oportunidades: “Em um dia qualquer, ao sair da sala para tomar um café, encontrei um in-

vestidor renomado que participava de um evento promovido pelo Sebrae-SP. Não perdi tempo, fiz um pitch da minha startup e trocamos cartões”. O espaço pode ser utilizado de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, com exceção de feriados. Além das mesas para até 30 pessoas, também estão disponíveis salas para reuniões, cabine para videoconferências, espaço para eventos, acesso à internet e estacionamento. Para utilizar esses serviços gratuitamente, basta preencher o formulário disponível em: bit.ly/coworking-campos-eliseos.

Para outras informações acesse: https://inovacao.sebraesp.com.br/


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Entrevista do mês

‘Venda! Venda! Venda!’

O apresentador Ciro Bottini, referência em varejo pela TV, fala sobre como ser um bom vendedor

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ono um estilo marcante de vender produtos na TV, o apresentador Ciro Bottini conseguiu sucesso e grande identificação entre telespectadores e consumidores de diferentes faixas etárias e classes sociais. Além da sua agenda nos programas do Shoptime, ele viaja o Brasil com palestras motivacionais sobre vendas, atendimento e marketing direto. Segundo ele, “um empreendedor de sucesso é um supervendedor”. Em conversa com o Jornal de Negócios, o assunto não poderia ser outro: vendas. É possível ser um bom empreendedor sem saber vender? Para termos sucesso em qualquer atividade, precisamos aprender a vender. Não adianta ter qualidades incríveis se o mercado não conhece o que está sendo oferecido. Atenção, empreendedor: é fundamental que as habilidades de venda estejam presentes na sua vida. Você tem de buscar investimentos, suporte, equipe, fornecedores e, para tudo isso terá de vender sua ideia de maneira apaixonada. Tenha bons técnicos trabalhando no seu negócio, mas não se esqueça de que você é o principal embaixador da sua marca. Venda! Venda! Venda! Quais as características do bom vendedor? Fazer com que o cliente se sinta a pessoa mais importante do mundo. As habilidades sociais determinam o sucesso do vendedor. Venda é um processo emocional, precisamos encantar o cliente em cada detalhe. Energia, entusiasmo, simpatia, animação, motivação, resiliência, determinação, inteligência emocional, olho no olho, usar o nome do cliente, falar como amigo, sorrir, demonstrar vontade genuína de entregar soluções que surpreendam, criar uma poderosa marca pessoal. Não deixe de dar um show na hora de apresentar seus produtos; o bom vendedor também tem seu lado artista.

Divulgação

Bottini: “Um empreendedor de sucesso é um supervendedor”

Quais os erros mais comuns que um vendedor comete? Achar que só aquela venda importa. Queremos é fechar a primeira venda e muitas outras, mas isso não pode acontecer a qualquer custo, precisamos criar uma relação de longo prazo para manter a credibilidade. É necessário entender o perfil do cliente e o que ele precisa. Apresentar produtos e serviços sem a convicção necessária também é um problema, já que dessa forma o vendedor não demonstra acreditar no que vende. O profissional de vendas deve oferecer aquilo que os clientes não encontram no mundo digital, como calor humano, emoções verdadeiras, escuta ativa, argumentação baseada em benefícios e um alto poder de persuasão. Como encantar o cliente quando o produto é básico, sem diferencial e enfrenta muita concorrência?

Quem quer se diferenciar precisa basear o seu trabalho em relacionamento e entender que todos os pontos de contato são importantes, a começar pela prospecção digital. Onde estão nossos clientes em potencial? Na internet. É lá que também precisamos estar para impactar os possíveis compradores. Campanhas online são imprescindíveis para mostrar que existimos. No primeiro contato devemos criar valor para a nossa marca, vender os diferenciais e atrair as pessoas. A partir daí, fazer contato personalizado, devemos falar com cada lead, fazer convites, enviar vídeos curtos gravados especialmente para cada um. Alguma estratégia de vendas para o profissional liberal, já que ele é a própria empresa e o próprio produto ou serviço? Um empreendedor de sucesso é antes de tudo um supervendedor. Quem vai vender de forma apai-

xonada uma ideia senão o próprio criador? Estamos sempre vendendo alguma coisa, um produto, serviço, projeto, ideia e a nossa marca pessoal. Não é só o vendedor que vende, o arquiteto vende, o engenheiro vende, o contador vende, todos vendem. O profissional liberal precisa gerar valor para a sua marca, ser autoridade no que faz, e a estratégia passa por criar conteúdo para as redes sociais, estar atento às novidades do setor, fazer campanhas impulsionadas para a geração de leads, manter ações de relacionamento constantes com a clientela, promover eventos e reunir pessoas com potencial de compra e relacionamento. O comportamento do consumidor mudou muito nesses anos em que o senhor está na TV? O comportamento é completamente diferente de quando comecei a vender pela TV, há 30 anos. O mundo está em mudança contínua e isso nos obriga a acompanhar o movimento imposto pelo universo digital. Antes, praticamente tudo o que falávamos na TV era aceito como verdade irrefutável, já que o cliente não tinha como interagir ou questionar. Hoje o cliente está mais exigente, bem informado, questiona e interage o tempo todo. Se não for bem atendido, vai para as redes e reclama. Algum conselho para o dono de um pequeno negócio? Trabalhe muito. Nada vai acontecer se você não se envolver completamente. Contrate sempre as melhores pessoas e ofereça a elas uma perspectiva de crescimento. Atue sempre como o principal vendedor/motivador/evangelista da sua ideia. Conheça seu cliente. Transmita energia. Contagie sua equipe, fornecedores, clientes, todo mundo. Todos os clientes são importantes. Mantenha ações de relacionamento constantes com o mercado. Nunca deixe de fazer propaganda. Mantenha sua marca viva na mente do cliente.


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Lanchinhos saudáveis

A partir de demandas pessoais e do mercado, empresas

Marta Moraes criou a Qpod a partir de uma necessidade pessoal e hoje busca investidor

Gisele Tamamar

S

aem os salgadinhos industrializados, as frituras e as bolachas recheadas e entram em cena as frutas, os bolinhos de cacau e os chips de legumes. Com o crescente interesse dos consumidores por uma alimentação mais saudável, o mercado de snacks – ou “lanchinhos” – ganhou diversidade e desperta o interesse de empreendedores em busca de um negócio com potencial. Pipoca de semente de flor de lótus, grão de bico com chocolate e chips de batata doce liofilizada

fazem parte da linha de produtos da Qpod, empresa criada pela empreendedora Marta Moraes a partir de uma necessidade pessoal. “Eu era a louca da marmita e levava frango com batata doce para todos os lugares”, lembra. Foi em uma feira do setor que ela conheceu o processo de liofilização, técnica que congela os alimentos e remove todo o líquido, mantendo os nutrientes – a mesma tecnologia utilizada na comida dos astronautas. O que começou com uma ideia para resolver o problema de transporte e conservação da marmita virou um negócio. Seis meses depois

de conhecer a tecnologia, Marta começou a criar os produtos, fazer testes de sabor e lançou a marca Qpod. “Comecei batendo de porta em porta nas lojas. Hoje, consegui entrar em grandes redes e ter visibilidade, mas ainda sou pequena. Crescemos muito no boca a boca e com degustações”, conta. Atualmente, a empreendedora está em busca de investidores para sustentar uma expansão. Na avaliação da consultora do Sebrae-SP Simone Haduo, o crescimento do mercado de snacks saudáveis é motivado pela busca de alternativas de alimentação mais

práticas, mais rápidas, mais saudáveis e que gerem conveniência. Para quem está de olho no mercado, a consultora destaca o segmento de grab and go, ou seja, o “pegue e leve”, como um nicho de alto valor, não só para investir exclusivamente na produção de snacks, mas também como uma oportunidade para restaurantes, padarias, cafeterias, que podem inovar com a implantação desses produtos. “É importante criar uma experiência de consumo positiva, sensorial e adequada dentro do negócio. Não será apenas embalar o que já se vende. Ter cuidado na elaboração e como oferecer o


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ao gosto do cliente

investem em novos modelos para os snacks naturais produto é fundamental para o êxito do negócio”, destaca. Outra recomendação da consultora é respeitar a sazonalidade da matéria-prima, fator importante que terá impacto nos custos, além de informar os detalhes nutricionais no rótulo e a origem dos produtos, nos casos de produtos orgânicos e locais. Segundo Simone, a valorização da cadeia de alimentos e a descrição da forma de atuação da empresa são muito bem vistos pelo novo consumidor, assim como um posicionamento de negócio que valoriza a agricultura familiar com pequenos produtores e alimenta a sustentabilidade. “O consumidor está muito mais consciente e exigente. Ele poderá se tornar fiel não somente pelo sabor, mas também pelo legado e proposta da marca, do seu conceito verdadeiro e fiel ao que vende e entrega”, destaca.

CANAIS DE VENDA A empresa ainda pode diversificar os canais de venda, desde a criação de lancheiras empresariais até o formato de assinaturas para atender pessoas que trabalham em casa, crianças e profissionais da saúde. Foi o nicho de lancheiras escolares que chamou a atenção da assistente social Larissa Souza, moradora de Ji-Paraná (RO). Mãe de Ester e Beatriz, Larissa atuava em sua área de formação e se desdobrava para preparar uma lancheira com opções saudáveis para as filhas. “Tinha dificuldade na variação e, às vezes, caía no produto industrializado para tentar diversificar”, conta. Ao conversar com as outras mães, descobriu uma realidade de consumo dos pequenos de 90% de produtos industrializados, fritos ou com embutidos, como salsichas. “Eu fiquei chocada e tive a ideia de preparar a lancheira dessas crianças. As mães não mandavam opções saudáveis não porque não queriam, mas porque não tinham tempo”, afirma. Depois de conversar com os pais e com uma amiga nutricionista, Larissa formulou o cardápio e deu

início à empresa Snack Saudável. No primeiro dia de atuação, ela conseguiu 18 clientes. No fim da semana, já eram 60 mensalistas. “A demanda começou a crescer e o telefone não parava de tocar”, lembra. O modelo de negócios chamou a atenção de interessados em abrir uma franquia. “Pensei: se eu não vender essa ideia, alguém vai copiar e fazer isso. Contratei uma empresa especializada e formatamos o negócio”, diz Larissa. A rede começou a se expandir por outras cidades de Rondônia e logo chegou a outros Estados. Hoje, a empresa conta com 60 unidades em 15 Estados. A franquia tem investimento inicial de R$ 72 mil, e o franqueado precisa de um imóvel para instalação da cozinha para produção dos kits, compostos por uma fruta, um suco e uma opção de carboidrato. Os mais requisitados são: bolinho de cacau, pão de hambúrguer artesanal, pão de queijo, pizza artesanal marguerita e cookie com pipoca. As lancheiras são entregues um pouco antes do recreio e os clientes podem optar por uma assinatura mensal para a entrega diária. O pacote em São Paulo, por exemplo, custa R$ 195 por mês. Oura empresa que aposta no modelo de assinatura é a Made in Natural, de São Paulo, que começou há cinco anos, quando um dos sócios, Fabio Aubin, enxergou uma oportunidade para vender opções de lan-

Larissa Souza, da Snack Saudável, transformou ideia de lancheira saudável em franquia

ches práticos, saborosos e saudáveis. “Compramos em grande quantidade diretamente de pequenos produtores e fazendeiros espalhados pelo país para chegar à mesa das pessoas”, explica Aubin. Além da assinatura, a empresa mantém a venda online tradicional e direta para escritórios de empresas e lojas. O empreendedor ainda vê muitas oportunidades de crescimento

para o negócio, mas tem consciência da concorrência crescente com empresas maiores e tradicionais no mercado. “Basta verificar as gôndolas das lojas para perceber a ampla variedade de produtos de qualidade. É um mercado que precisa de volume para sobreviver, e para ganhar volume precisa estar pronto para concorrer em preço e qualidade com peixes grandes”, diz.

SAÚDE À MESA DADOS DA PESQUISA “A MESA DOS BRASILEIROS”, REALIZADA PELA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO (FIESP).

8 em cada 10 brasileiros afirmam se esforçar para ter uma alimentação saudável

71% afirmam optar por produtos mais saudáveis mesmo que tenham que pagar mais por eles

82% Percepção que predomina é que se alimentar de maneira saudável custa muito caro

Grau de conhecimento sobre o mercado de alimentação saudável Orgânicos: 66% conhecem Sustentáveis: 48% conhecem Funcionais: 35% conhecem

Obs: Foram ouvidas 3 mil pessoas em 12 regiões metropolitanas do País. A pesquisa foi divulgada em 2018.


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Planejamento para

Começar 2020 com o pé direito é o objetivo de todo o empreendedor. Fique

Patricia Gonzalez

O

começo do ano é o momento ideal para colocar no papel o planejamento para as vendas de sua empresa, especialmente para aqueles que trabalham no varejo. Com o calendário em mãos, algumas datas comemorativas são quase que obrigatórias e devem ser pensadas com antecedência. Assim, o empreendedor consegue pôr em prática ações efetivas para estimular as vendas e garantir um bom desempenho durante todo o ano. De acordo com o consultor de negócios do Sebrae-SP Davi Jeronimo, algumas comemorações têm impacto tão for-

te no desempenho de vendas anual que devem ser planejadas com pelo menos três meses de antecedência. “Existem algumas comemorações do calendário que são feitas para gerar lucro, vender muito sem desconto. Já outras são importantes para promover a queima de estoque e ajudar o empresário a fazer inventário de suas mercadorias”, explica. Para auxiliar na tomada de decisões e montar sua estratégia para 2020, confira a seguir o calendário com datas importantes e as sugestões para você se antecipar e montar um planejamento mês a mês.

PREPARE-SE PARA:

JANEIRO CARNAVAL 25 de fevereiro Uma das primeiras decisões que o empreendedor precisa tomar já em janeiro é sobre o funcionamento de sua loja nos dias de Carnaval. O planejamento precisa levar em conta os dias em que o estabelecimento vai funcionar. Estabelecer metas para compensar os dias de portas fechadas em outros meses também é uma ação a ser planejada. Para os que optarem por abrir as portas, fiquem atentos ao planejamento de dias e horários de funcionamento – bem como aos produtos que serão disponibilizados para venda, afinal, o Carnaval exige estoque voltado para as comemorações e criatividade para atrair clientes.

ABRIL

MAIO

DIA DAS MÃES 10 de maio A data é o segundo maior período de vendas, só perdendo para o Natal. Uma sugestão para alavancar as vendas é levantar o valor médio gasto pelos clientes no último Dia das Mães, conhecer o perfil do público que já comprou na loja e criar ações para atender este público específico. É uma data que trabalha muito com venda afetiva, então é estratégico conhecer a realidade do cliente.

DIA DOS NAMORADOS 12 de junho Em 2020, o Dia dos Namorados cairá em uma sexta-feira. É uma data que costuma gerar muitas compras de última hora, mas mesmo assim o planejamento de estoque é muito importante para não descapitalizar o negócio devido a uma negociação ruim com fornecedores.

SETEMBRO HALLOWEEN 31 de outubro A comemoração do Dia das Bruxas tem crescido muito no Brasil nos últimos anos, por isso merece atenção especial. É importante se preparar para ter produtos específicos para a data – e qualquer tipo de estabelecimento comercial pode aproveitar o momento. Lojas de roupa, por exemplo, podem vender camisetas temáticas. As lojas de bairro podem se beneficiar ofertando produtos que ajudam a comemorar o dia, como fantasias e kits de doces, já que muitos clientes não estão dispostos a encarar maratona de compras dos centros de comércio popular.


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um feliz ano novo

de olho no calendário para realizar uma boa estratégia de vendas

FEVEREIRO DIA DA MULHER 8 de março O Dia da Mulher tem ganhado cada vez mais importância em tempos de discussão sobre o papel da mulher na sociedade e sobre empoderamento feminino. Por isso, é importante dedicar-se ao planejamento de vendas para a data com pelo menos um mês de antecedência. Ter uma boa vitrine e investir na divulgação é essencial. Uma dica é avaliar que tipos de produtos fizeram mais sucesso nos anos anteriores.

JUNHO DIA DO AMIGO 20 de julho O Dia do Amigo ainda não é tão explorado pelo comércio, mas é uma data que está se popularizando. Vale a pena investir na criatividade e bolar presentes com preço baixo e que estimulem a compra de pequenas lembranças para movimentar o mercado.

MARÇO DIA DO CONSUMIDOR 15 de março Esta data pode ser vista como oportunidade para trabalhar o relacionamento com seus clientes: é possível criar uma boa proposta de descontos para os fregueses mais próximos e também produzir conteúdo exclusivo para chamar a atenção desse público.

PÁSCOA 12 de abril A Páscoa é uma data muito positiva para vendas no primeiro semestre, por isso, o planejamento das ações deve ser feito com pelo menos dois meses antes. É importante verificar quais as tendências nessa época, planejar estoque, olhar o histórico de vendas do ano anterior. Todo o varejo pode se beneficiar da Páscoa – não apenas quem vende chocolates. É possível pensar em ações para aproveitara data, mas não é o momento para promoções ou queima de estoque. O foco é faturamento e lucro.

JULHO

DIA DO FRETE GRÁTIS Última semana de abril Dos mesmos criadores da Black Friday e o da Cyber Monday, as lojas focadas em e-commerce devem aproveitar o Dia do Frete Grátis: data que traz 24 horas de ofertas especiais no comércio eletrônico. Grandes sites – como Amazon e Mercado Livre – já usam. É uma oportunidade para focar em produtos que estão “sobrando”. Realizar combos de vendas para ajudar no giro das mercadorias também pode ser uma opção. Faça uma análise sobre o preço de cada produto para não perder muita margem por conta do frete grátis.

AGOSTO

DIA DOS PAIS 9 de agosto É uma data que chega a rivalizar em movimento com o Dia das Mães. Também é uma boa ocasião para trabalhar com o comércio afetivo, sempre baseado em pesquisas sobre as vendas dos anos anteriores para montar boas estratégias.

DIA DAS CRIANÇAS 12 de outubro Uma das datas com maior volume de vendas para o varejo. A demanda é muito alta mesmo nas semanas antecedentes. Por isso, o planejamento deve ser feito com pelo menos três meses de antecedência. Esse tempo é importante para trabalhar a parte de marketing e fazer uma gestão de estoque atenta – negociando preços e prazos com os fornecedores.

DIA DO CLIENTE 15 de setembro O Dia do Cliente também é uma oportunidade para estreitar relacionamento com seu público consumidor. É uma data que pode ser usada para estimular metas de vendas internas, fazer renovação de estoque, atrair novos clientes e trabalhar a fidelização dos já existentes.

OUTUBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO FESTAS O empreendedor deve estar focado nas vendas de Natal e períodos de troca. O movimento é intenso e a logística pode ser complexa. O empreendedor do varejo precisa vender, fazer o fluxo de estoque, receber e efetuar trocas. Por isso, o importante é uma logística desenhada com antecedência – tanto de processos como de pessoas.

NATAL

BLACK FRIDAY

CYBER MONDAY

25 de dezembro O Natal é a data mais importantes para vendas do ano. É uma época em que todos podem vender bem. Para essa ocasião, investir em uma vitrine atraente é essencial. Planejamento de estoque, negociação com fornecedores sobre prazos de entrega e pagamento, bem como o conhecimento sobre o histórico dos anos anteriores são pontos essenciais para ter sucesso nessa data. Por lidar com tantos detalhes, a orientação é que o planejamento seja feito com, no mínimo, três meses de antecedência.

27 de novembro Para estar bem preparado para a Black Friday, é ideal que o empreendedor tenha um inventário de produtos bem elaborado. Isso porque esse dia – ou até o mês, como tem se tornado comum no Brasil – é uma excelente oportunidade para renovar o estoque e eliminar produtos que estão guardados em grande quantidade, ganhando com o volume de vendas. Ao conseguir reduzir o estoque excedente, o fluxo de caixa melhora e abre-se espaço para receber mais produtos para o Natal.

1ª semana de dezembro O Cyber Monday é a data criada para ajudar a alavancar as vendas logo após a Black Friday. É voltada principalmente para o e-commerce, mas as lojas físicas também podem aproveitar. Aqui, a ideia é desenvolver ações digitais para atrair o público e fazer a “queima da queima” do estoque.


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DENTRO

Empreendedores de Parelheiros, extremo sul de São Paulo, transformam

Marlene e a filha Kelly Pereira Francisco estão à frente de um restaurante que funciona há 30 anos em Parelheiros: déficit no caixa era crônico

Ana Carolina Nunes

P

arelheiros está a 35 quilômetros em linha reta do marco zero no centro de São Paulo, na Praça da Sé. Localizado no extremo sul da Capital, é o maior dos 32 distritos da cidade em território e também o menos populoso. O distanciamento geográfico deixa a região com cara de cidade do interior. As áreas agrícolas do entorno e a circulação de carroças e cavalos ajudam a reforçar o clima rural. Mas o distrito também possui uma considerável atividade comercial e de serviços, seja como parte da rota ecoturística, já que é uma área de trilhas e cachoeiras, seja no centro do bairro de 140 mil ha-

bitantes. Por estarem tão distantes do coração da metrópole, os empresários da região acabavam ficando fora do radar, como em um mercado à parte. Vocações locais, como o turismo e a produção de orgânicos, não eram trabalhadas em todo o seu potencial. A realidade de um grupo de empreendedores de Parelheiros, porém, começou a mudar a partir de uma iniciativa do Escritório Regional Capital Sul do Sebrae-SP, que iniciou em agosto de 2019 um projeto multissetorial focado no desenvolvimento local com as pequenas empresas do distrito. Um levantamento feito com os empreendedores locais apontou que muitos ainda tinham dificuldades em relação à

administração e ao planejamento das atividades empresariais. O Restaurante da Marlene foi uma das 17 empresas participantes do projeto do Sebrae-SP na região. Foi lá que funcionou, também, a sala de aula para os módulos teóricos do projeto – uma vez que a distância para o escritório do Sebrae-SP, em Santo Amaro, inviabilizaria a participação de muitos empreendedores da região. Para Kelly Pereira Francisco, que administra o estabelecimento junto com a mãe, a Marlene, o programa serviu como um “choque de realidade” sobre a administração do restaurante por quilo. “Não acreditei quando vi que trabalhava com um prejuízo tão grande”, conta Kelly.

O consultor de negócios do Sebrae-SP Felipe Chiconato, que está à frente do projeto na região, diz que não é possível generalizar, mas a maior parte das pequenas empresas – seja onde for – é desorganizada financeiramente e, entre as que possuem algum tipo de organização, poucas sabem interpretar as informações. “A desorganização financeira é um enorme problema, pois o empreendedor não tem clareza sobre como está a sua empresa, se ela dá lucro ou sobre o que precisa ser melhorado”, comenta. O primeiro passo para começar a organizar as finanças, orienta o consultor, é entender que é preciso no mínimo seis controles financeiros: o registro de venda, o controle de caixa,


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DO RADAR

negócios com programa do Sebrae-SP voltado ao desenvolvimento regional contas a receber e a pagar, fluxo de caixa e demonstrativo de resultado (DRE). “Essa é a estrutura mínima de controle”, diz. Os módulos da primeira fase do programa incluem: gestão financeira, planejamento estratégico, marketing, gestão de pessoas, inovação e design thinking e acesso a mercados. A primeira turma do projeto continua as atividades até o meio do ano. Em janeiro estão abertas as inscrições para a segunda turma, com início das atividades em fevereiro. No restaurante de Kelly, com 30 anos de história, um grande problema eram as dívidas, que pareciam só crescer, um problema crônico de déficit do caixa. “Pegava empréstimos sem saber o que realmente precisava. O caixa ficava negativo e não sabia o motivo”, lembra a empreendedora. Com a dinâmica agitada do dia a dia de um restaurante por quilo, a organização da gestão ficou em segundo plano, com zero registro de vendas, sem controle dos gastos ou de quantos clientes passavam pelo estabelecimento diariamente, um controle feito no “olhômetro” ou baseado nos pratos sujos na pia. “Os empréstimos e auxílios de crédito, como o cheque especial, estavam funcionando como medida emergencial, mas sem resolver, de fato, o problema nas contas da empresa. É como ter um furo na caixa d’água e ir colocando mais água para compensar a perda, mas sem consertar o furo”, explica Chiconato. Não à toa, o sentimento de Kelly era o de “trabalhar muito sem ver o resultado”. Medidas como organizar a rotina de contas, reduzir custos, adequar os preços e até um novo processo de contratação que fosse mais assertivo foram mudanças de gestão que impactaram nos negócios em apenas três meses de projeto. Entre setembro e outubro do ano passado, ainda no final da primeira fase do programa, as vendas cresceram 17% e o restaurante registrou lucro pela primeira vez em 2019. Mas uma das principais mudanças

foi o de posicionamento no setor de alimentação, ao diferenciar seu serviço dando destaque aos produtos orgânicos – a região de Parelheiros é um polo de produção de alimentos orgânicos –, uma característica muito valorizada no mercado.

Emerson Domingues de Oliveira, do empório Trem Mineiro: sem mais “achômetro” na gestão

SEM ‘ACHISMO’ Dono de duas unidades do empório Trem Mineiro, Emerson Domingues de Oliveira começou a participar do projeto com planos de abrir a terceira unidade do empório, mas, após a primeira fase do programa, entendeu que a melhor estratégia talvez seja justamente o movimento oposto: o de fechar uma das duas unidades e centrar esforços em apenas uma. “O ‘achômetro’ é a pior das ferramentas de gestão que existem. Com ferramentas como a DRE, por exemplo, conseguimos enxergar de forma muito diferente as contas”, diz Oliveira, que administra o negócio junto com uma sócia, Marlete Gonçalves Fermiano. Da mesma forma que o Restaurante da Marlene, Oliveira e Marlete também passaram a posicionar melhor o diferencial do empório, o café mineiro com grãos selecionados. A lição de casa incluiu ainda organizar melhor a contabilidade da empresa e assumir a missão de reduzir custos e aumentar receitas. Os próximos passos incluem investimento em marketing digital e o lançamento de um programa de as-

sinaturas dos produtos do empório. “O programa traz para a realidade, faz repensar os conceitos e trabalhar de maneira mais profissional”, afirma o empreendedor. Apesar de atuar em segmento bem diferente, a cabeleireira Dulce da Silva Cavalcante Gonçalves tem questões muito semelhantes às dos colegas do projeto. Com duas unidades, sendo uma delas com um alto custo de aluguel, Dulce também não tinha noção exata do movimento do salão. Em se tratando de um salão de beleza, a organização começou na comunicação visual do estabelecimento, com mudança na fachada, melhorias internas e a definição de um uniforme. Dulce também readequou seus preços para o público-al-

vo, redefinido após estabelecer um novo perfil de seu estabelecimento. As próximas ações também terão como foco as ações de marketing do negócio. Na avaliação de Felipe, o projeto faz com que os empreendedores entendam que eles são os protagonistas de seus negócios. “O empresário entendeu que a responsabilidade é dele e ele precisa se mexer para fazer as coisas acontecerem”, conta. O consultor diz ainda que a maior mudança do grupo foi comportamental. “Todos tiveram melhoras significativas. Entendem melhor o próprio negócio e começam a enxergar oportunidades onde até então viam apenas fraquezas e barreiras”, conclui.

P R O J E T O M U LT I S S E T O R I A L OBJETIVOS

17 empresas participantes 11 meses duração total

 Despertar valorização regional  Geração de emprego e renda  Atração de investimentos

ETAPAS Capacitações Acesso a mercado Ferramentas de gestão Inovação Consultoria in loco

Parelheiros INDICADORES  Mais competitividade  Aumento do faturamento das empresas  Redução de custos  Inovações


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Bons contatos e negócios

Manter uma rede de relacionamentos é fundamental para o sucesso do empreendimento

Patricia Gonzalez

T

er uma boa rede de contatos, com pessoas que troquem conhecimento, possibilitem parcerias, e novos negócios e auxiliem no seu trabalho. Assim é o networking, prática que pode contribuir muito para o sucesso de uma empresa de qualquer setor. O networking se faz investindo em relacionamentos, mostrando interesse pelas pessoas e suas realizações, oferecendo colaboração, marcando presença em eventos do setor, falando de seu empreendimento, entre outras ações (veja ao lado). “Hoje, os clientes têm muitas opções para comprar um produto ou serviço e fazer uma boa escolha em meio a tanta oferta é tarefa complicada. Aí está a importância de um bom networking”, explica Esmeralda Queiroz, consultora de negócios do Sebrae-SP. “A maioria das pessoas consulta seus amigos e conhecidos em busca de indicações para ajudar suas escolhas. Um empresário que trabalhe bem seu relacionamento com parceiros e clientes terá mais chances de ampliar seus negócios, pois será sempre lem-

brado como uma boa referência.” Hoje em dia, a rede de contatos ultrapassou os limites do ambiente físico – como encontros e eventos corporativos – e abrange também o universo digital. As redes sociais imprimiram ainda mais rapidez na circulação da informação, influenciando diretamente a maneira como as pessoas se comunicam, se relacionam e fazem negócios. Saber o que os outros falam a respeito do seu empreendi-

mento e ter boas avaliações em sites voltados ao seu mercado pode ajudar a obter resultados significativos.

GRUPO DE CONTADORES Atenta a essa realidade, a empreendedora Lucia Regiane Rodrigues participou do grupo de segmento setorial do Sebrae-SP em 2016 voltado a contadores, seu ramo. Após o programa, os 28 participantes formaram um grupo em uma

rede social e mantêm contato para trocas de conteúdos e trabalhos. “Criamos o grupo Contabilizando Sucesso. A ideia é que um possa indicar o outro para trabalhos, pois cada profissional tem a sua especialização”, explica. Além disso, os participantes também trocam conteúdos técnicos e organizam happy hours para relacionamento e apoio mútuo. Dentro do grupo também já houve parcerias para trabalhos e até fusão de empresas. Ainda durante o curso, Lucia também criou – com mais duas participantes – um canal no YouTube chamado Clube das Contadoras. Atualmente, elas têm cerca de 3 mil seguidores, a maioria contadores. “Descobrimos que nossos colegas de profissão não têm tanta habilidade para falar sobre gestão e nós nos juntamos para atender a essa necessidade”, explica. Além do networking, a empreendedora destaca a importância do programa de segmento setorial do Sebrae-SP para abrir os horizontes. “Esse programa foi a grande virada em minha vida. Mudei completamente a minha forma de atuação.” Para participar do programa Soluções Setoriais, basta procurar o escritório do Sebrae-SP mais próximo ou entrar em contato pelo telefone 0800 570 0800.

M U I TO A L É M D E U M A S I M P L E S LI S TA D E N O M E S Quando se fala em networking, muita gente pensa em uma lista de cadastro onde temos os nomes de pessoas com quem nos relacionamos profissionalmente, com o telefone, o e-mail e data de aniversário para que não nos esqueçamos de cumprimentá-las e entrar em contato quando precisamos de uma informação ou favor. Porém, o verdadeiro networking vai muito além de uma lista de contatos. Para ser efetivo é necessário investir em relacionamentos, que vão além de redes sociais e troca de cumprimentos em datas festivas.

Algumas dicas importantes Participe de eventos que estejam alinhados com os interesses de seus negócios e de sua rede de contatos, prestigie seus amigos. Tenha interesse real pelas pessoas, entenda o que elas fazem, faça perguntas, a maioria das pessoas gosta de falar sobre suas realizações. Esteja presente com frequência para sua rede, comentando e apoiando conforme necessário. É muito ruim aparecer somente quando precisa de alguma ajuda. Seja útil. Ofereça seu conhecimento e seus contatos para sua rede quando necessário. Fale sobre seus negócios, seus projetos, seus objetivos, para que as pessoas saibam o que você faz e possam colaborar. Mantenha-se atualizado, tendo condições de emitir opiniões interessantes e relevantes para sua rede.


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Habilidades extras CRENILDO FREIRE ARAUJO Consultor do Sebrae-SP

Como trabalhar a liderança A gestão de pessoas está situada entre as quatro funções-chaves nas organizações: gestão financeira; produção; comercial (vendas) e gestão de pessoas. Para que a empresa tenha um desenvolvimento contínuo, é necessário que essas áreas estejam funcionando de forma equilibrada. A função de recursos humanos envolve todas as ações que têm como objetivo a integração do funcionário na organização e o aumento de sua produtividade. Essa função trata dos temas: • Recrutamento; • Seleção; • Treinamento; • Desenvolvimento; • Manter a mão de obra; • Controlar a mão de obra ; • Avaliar o desempenho das pessoas. Para que esses processos sejam desenvolvidos de maneira eficaz e possam contribuir para o sucesso da empresa, é fundamental o papel das lideranças. Esse é um ponto crítico nas MPEs. Raramente nos deparamos com uma liderança efetiva à frente de uma pequena empresa. Geralmente, podemos detectar competência técnica para tocar

o negócio, mas há uma lacuna com relação ao tema liderança. Se liderar significa influenciar pessoas para atingir resultados, há muito o que se progredir nas MPEs, visto que o papel dominante ainda é o de “tocador de negócio”. O que fazer para começar a mudar este quadro? Ter uma postura humilde, e assumir que no seu negócio falta liderança. Ações sugeridas: • Aprender sobre liderança e desenvolvimento do comportamento empreendedor, por exemplo, com o curso Empretec, no Sebrae; • Ler sobre o tema; • Contratar pessoas qualificadas; • Delegar atividades; • Estabelecer metas e cobrar resultados; • Avaliar o desempenho da equipe; • Definir a estrutura de cargos e funções da empresa; • Estabelecer o organograma da empresa; • Definir, divulgar, praticar e cobrar as regras internas da empresa. A situação não vai mudar da noite para o dia, mas agindo, de forma planejada, com a participação de todos, os resultados logo surgirão.

Com os avanços da tecnologia, a presença humana tem sido substituída pela automatização em tarefas repetitivas e nas que exigem menos habilidades. Gradativamente, a inteligência artificial vai ocupando cada vez mais espaço no mundo corporativo. A automação ainda não chegou a atividades intelectuais e criativas, no entanto, as transformações em curso acabam também por requerer maior qualificação da mão de obra, um dos gargalos crônicos do Brasil. No ano que vem, o país sofrerá com um déficit de 1,8 milhão de pessoas para vagas que demandam especialização, de acordo com pesquisa da empresa de recursos humanos Korn Ferry, realizada com executivos daqui. Apesar de o mercado continuar atrás de gente preparada tecnicamente (e é imperativo estudar e se manter sempre atualizado), o crescente uso de robôs obrigará os profissionais a desenvolverem outras habilidades, conforme mostra estudo divulgado recentemente pela International Business Machine (IBM). A análise indica que 120 milhões de trabalhadores nas dez maiores economias do mundo terão de se aperfeiçoar nos próximos três anos por conta da tecnologia. Porém, o mercado vai valorizar as chamadas soft skills – carac-

terísticas relativas a comportamento e personalidade. Ou seja, conhecimento técnico não será suficiente, será preciso aprimorar competências mentais, emocionais e sociais. A capacidade interpessoal permite se adaptar e se comunicar melhor, lidar com a pressão, ser colaborativo, maleável e liderar. Tem total aplicação no dia a dia do dono de uma micro ou pequena empresa, que se relaciona com clientes, fornecedores, empregados, sócios, parceiros comerciais e experimenta um leque enorme de situações. O empreendedor tem de se refinar nesse sentido, assim como deve procurar qualificar seus funcionários nesse campo para manter a competitividade da empresa. As máquinas e softwares podem tomar o lugar das pessoas em diversos casos, mas a inteligência emocional tem sua cadeira cativa no mundo dos negócios. Cabe ao empresário estar atento à questão e construir um empreendimento sintonizado com os novos tempos.

WILSON POIT, diretor-superintendente do Sebrae-SP

O Sebrae Responde é um serviço para tirar dúvidas de empreendedores sobre a abertura de novos negócios e questões relacionadas à gestão de empresas já em atividade.

Acompanhe o Sebrae-SP no ambiente digital, em www.sebraesp.com.br, e nas redes sociais: twitter.com/sebraesp facebook.com/sebraesp instagram.com/sebraesp flickr.com/sebraesp issuu.com/sebraesp soundcloud.com/sebraesp sebraeseunegocio.com.br youtube.com/sebraesaopaulo

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Para tornar a comunicação mais acessível ao cliente com deficiência auditiva, o Sebrae-SP disponibiliza o serviço de intérprete de Libras em seus eventos presenciais. A solicitação do serviço deverá ser comunicada no ato da inscrição e com antecedência de 5 (cinco) dias úteis à data de realização do evento. O cliente ou seu representante poderá se inscrever pessoalmente nos Escritórios Regionais, pelo portal do Sebrae-SP ou pelo 0800 570 0800.

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AGENDA

ELOGIE. SUGIRA. CRITIQUE. RECLAME. Queremos ouvi-lo: 0800 570 0800 ouvidoria@sebraesp.com.br

FEIRAS DE NEGÓCIOS

EVENTOS DO SEBRAE-SP

COUROMODA

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Quando: 12 a 15/1

PALESTRA DE APRESENTAÇÃO EMPRETEC

Onde: Expo Center Norte

Quando: 21/1 Onde: Escritório Regional São José dos Campos Rua Humaitá, 227, Centro Valor: Gratuito

Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, São Paulo-SP Informações: www.couromoda.com

SÃO PAULO PRÊT-À-PORTER – FEIRA INTERNACIONAL DE NEGÓCIOS PARA INDÚSTRIA DA MODA Quando: 13 a 15/1 Onde: Expo Center Norte Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, São Paulo-SP Informações: www.saopaulopretaporter.com

FIOSP/CIOSP – CONGRESSO INTERNACIONAL DE ODONTOLOGIA DE SÃO PAULO/FEIRA INTERNACIONAL DE ODONTOLOGIA Quando: 29/1 a 1/2 Onde: Expo Center Norte Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, São Paulo-SP Informações: www.ciosp.com.br

NOVA SERRANA- FEIRA E MODA SÃO PAULO 2020 Quando: 12 a 14/01

VALE DO RIBEIRA NA MEDIDA PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Quando: 20 a 23/1 Onde: Escritório Regional Vale do Ribeira Rua José Antônio de Campos, 297 – Centro – Registro Valor: R$ 240

RIBEIRÃO PRETO NA MEDIDA GESTÃO DE PESSOAS

Quando: 21, 22, 23, 28, 29 e 30/1 Onde: Escritório Regional Ribeirão Preto Rua Inácio Luiz Pinto, 280 Valor: R$ 280

CAPITAL SUL LANÇAMENTO DO PROGRAMA INTEGRA AGRO PARELHEIROS

Informações: http://nsfm.sindinova.com.br

Quando: 21/1 Onde: Associação Campestre – Estrada da Barragem, 6.500 – Parelheiros, São Paulo Valor: Gratuito

FERTILIZER LATINO AMERICANO

CAPITAL NORTE

Onde: Palácio de Convenções do Anhembi Av. Olavo Fontoura, 1209 – Santana, São Paulo – SP

Quando: 20 a 22/1

EMPREENDA

Onde: Hotel Renaissance Alameda Santos, 2223 – Jardim Paulista, São Paulo Informações: www.argusmedia.com

EXPEDIENTE Publicação mensal do Sebrae-SP Edição impressa CONSELHO DELIBERATIVO Presidente: Tirso Meirelles ACSP, ANPEI, Banco do Brasil, Faesp, FecomercioSP, Fiesp, Fundação ParqTec, IPT, Desenvolve SP, SEBRAE, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Sindibancos-SP, Superintendência Estadual da Caixa Econômica Federal.

Quando: 10 a 14/1 Onde: Rua Duarte de Azevedo, 280 – Santana, São Paulo Valor: R$ 840

DIRETORIA EXECUTIVA Diretor-superintendente: Wilson Poit Diretor técnico: Ivan Hussni Diretor de administração e finanças: Guilherme Campos

Diagramação: Bruna Santos, Daniel Augusto de Resende Neves, Douglas da Rocha Yoshida, Gisele Resende Costa e Letícia Durães. Fotos: Ricardo Yoithi Matsukawa – ME e Carlos Raphael do Valle – ME para o Sebrae-SP. Apoio comercial: Unidade Relacionamento: (11) 3177-4784

JORNAL DE NEGÓCIOS Unidade Marketing e Comunicação Gerente interina: Marcelle Carvalho Editores responsáveis e redatores: Gabriel Jareta (MTB 34769) e Roberto Capisano Filho (MTB 46219). Assessores de imprensa: Gisele Tamamar, Patricia Gonzalez e Rogério Lagos. Estagiários: Anderson Freitas e Julia Sansoni. Imagens: gettyimages.com.

SEBRAE-SP Rua Vergueiro, 1.117, Paraíso São Paulo-SP. CEP: 01504-001 PARA ANUNCIAR (11) 3177-4784


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LIVROS O poder do não positivo – como dizer não e ainda chegar ao sim (Campus) A complexidade das relações humanas fez surgir especialidades até então impensáveis. A negociação e a gestão de conflitos são um exemplo desta realidade. O autor do livro, William Ury, ficou internacionalmente reconhecido justamente por administrar conflitos e negociações entre empresas, clientes e fornecedores. Mas os ensinamentos de Ury bem podem se encaixar na vida pessoal, já que o que busca essencialmente identificar são as formas de dizer “não” e fatalmente chegar ao “sim” para aquilo que importa.

Negociação e administração de conflitos (FGV) A negociação está presente de forma intensa na vida contemporânea. Ao negociar, nós nos envolvemos em trocas, concessões e barganhas, nas quais as questões em jogo colocam em risco as relações e criam oportunidades para os relacionamentos. Competir ou colaborar está entre os principais dilemas presentes nas negociações. As ideias propostas no livro indicam como se pode abordar processos de negociação, visando acordos que satisfaçam todas as partes envolvidas.

Saúde, cuidado e uma dose de ousadia (Senac) O autor João Paulo Nogueira Ribeiro é reconhecido como um médico com veia empreendedora. O livro aborda sua carreira e conta desde da sua infância na pequena cidade de Campos Gerais, localizado no Estado de Minas Gerais, onde passou a maior parte da sua vida, até a formação e atuação em medicina. Ele é dono de uma visão inovadora sobre o que é saúde, e é idealizador do Instituto Horas da Vida, que é uma rede de médicos voluntários que oferece consultas gratuitas para as pessoas em situação de virurabilidade social.

TEC & GOVERNO DIGITALIZA SERVIÇOS DE LICENÇAS E ALVARÁS O governo digitalizou quase 500 serviços em 2019 e passou a permitir que sejam feitos totalmente pela internet ou em aplicativos de celular operações como pedidos de aposentadoria, de licença maternidade, carteira de trabalho digital e carteira de vacinação internacional. Na lista de serviços digitalizados estão também licenças e alvarás destinados a empresas. É possível, por exemplo, pedir pela internet autorização de importação de produtos de origem animal, para revenda varejista de combustíveis e até obter licenciamento mineral.

EMPRESA TRANSFORMA LIXO EM ENERGIA LIMPA EM 70 HORAS Lidar com lixo de forma inteligente e ainda produzir energia e contribuir no combate ao aquecimento global. Com essa proposta, a RSU Brasil desenvolveu uma tecnologia adequada ao perfil do lixo brasileiro, caracterizado pelo alto teor de umidade e de carga de orgânicos. Criada em 2010 e com sede em Barueri (SP), a empresa converte rejeitos de reciclagem e orgânicos em biomassa com alto poder calorífico, ou seja, com grande potencial de reaproveitamento como matéria-prima energética. O processo demora cerca de 50 a 70 horas para ser finalizado, dependendo da umidade inicial. A biomassa produzida é isenta de contaminantes.


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IDEIAS

PERGUNTE A QUEM ENTENDE Quais estratégias tecnológicas o empreendedor pode aplicar no seu e-commerce?

COWORKING FORA DAS CAPITAIS MOVIMENTARÁ MAIS DE R$ 20 BI ATÉ 2029 Pesquisa do Internacional Workplace Group (IWG), dona das marcas Regus e Spaces no Brasil, aponta que os escritórios compartilhados fora das capitais movimentarão mais de R$ 20 bilhões até 2029 no País, podendo gerar cerca de 71 mil empregos. Segundo a pesquisa, mais de 157 mil pessoas trabalharão em espaços de coworking em regiões fora dos grandes centros urbanos brasileiros nos próximos dez anos.

BETTER CALL SAUL (2015) Derivada da bem-sucedida Breaking Bad, a série “Better Call Saul” traz algumas lições sobre marketing e vendas em suas quatro temporadas. A atração tem como personagem principal o advogado Jimmy McGill, que usa diversas estratégias para chegar a seu público-alvo, e que podem servir de inspiração para a prospecção eficiente de clientes.

VÍDEO: CONHEÇA A FAMOSA LINGUIÇA DE BRAGANÇA Com qualidade, uma estratégia de marketing bem planejada e a ajuda do Sebrae-SP, o produto ganhou destaque no mercado.

Veja a história da Famosa:

Divulgação

Por Marcelo Bernardino, head de Indústria e Consumo da Minsait no Brasil

O uso de tecnologia é sempre bem-vindo para empreendedores. O consumidor brasileiro está cada vez mais adaptado a comprar pela internet, o que abre uma oportunidade excelente para quem deseja ingressar nesse mercado. Para se ter uma ideia, um estudo conduzido pelo PayPal mostrou que, entre maio de 2017 e o mesmo mês de 2018, o número de e-commerces brasileiros aumentou 12,5%, atingindo a marca de 675 mil lojas virtuais. Nesse cenário, como se destacar? Algumas estratégias simples podem ajudar quem está começando a garantir melhores resultados. É possível citar quatro delas: sites responsivos, cross-selling, certificados SSL e chatbots. Adotar sites responsivos é uma estratégia básica para qualquer pessoa que pretende ir para o e-commerce. Hoje, cada vez mais consumidores acessam sites de compra pelo smartphone e ter um site de fácil navegação é essencial para melhorar o índice de compras. Com o cross-selling é possível usar a tecnologia para direcionar clientes a comprar produtos similares às buscas que têm feito dentro do site, fazendo novas vendas para atuais clientes. Com estratégias simples, é possível tornar isso possível e aumentar a receita de diferentes sites. Certificados SSL (Secure Socket Layer) são mecanismos usados para codificar informações por meio da criptografia. Basicamente, são essenciais para gerar confiança aos olhos do consumidor e estimulá-lo a consumir cada vez mais, gerando uma oferta diferenciada. Por fim, chatbots são ferramentas de tecnologia que podem ser úteis para e-commerces de todos os tipos. Além de melhorar a experiência do usuário com a redução do tempo de espera, garantem mais chances de atendimento personalizado – e, portanto, passam a sensação de agilidade relacionada à marca. Tem alguma dúvida sobre como a tecnologia pode ajudar o seu negócio? Pergunte a quem entende! Mande um e-mail

https://youtu.be/dovENKUzMu4

para imprensa@sebraesp.com.br.


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Aquele cuidado extra

A veterinária Alessandra Corrêa montou uma clínica especializada em dermatologia animal Alessandra Corrêa: qualificação constante para lidar com gestão

Anderson Freitas e Julia Sansoni*

“E

m 1997, eu era sócia de uma clínica veterinária em Ribeirão Preto. Essa clínica acabou não dando certo e montei meu consultório dentro de uma pet shop pertencente a outra pessoa, que resolveu me vender a empresa. Eu, então, tosava, lavava, limpava, dava o troco, buscava cachorro, fazia consulta e atendia cliente. As coisas foram acontecendo e a Mr. Dog & Cia foi crescendo. Como eu dava banho nos cachorros, percebi que a incidência de problemas de

ouvido e de pele nos animais era muito alta. Entendi que havia demanda para esse mercado. Vi que precisava me especializar e decidi aumentar meus conhecimentos na área de dermatologia. Fiz estágio na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, durante dois anos. Fui à universidade da Carolina do Norte e também à universidade de Minnesota. Eu estava bem antenada desde o primeiro dia que abri a porta da minha própria empresa e sabia que era importante cuidar do fluxo de caixa, orientar o colaborador e lidar com a parte burocrática. Fiz quase todos os

cursos do Sebrae-SP: Empretec, ALI, fluxo de caixa, entre outros. No começo, já havia decidido que tinha de estudar, precisava me aperfeiçoar e o Sebrae-SP foi realmente o caminho que me deu bons frutos. Acredito que o diferencial do meu negócio é o atendimento. Como tenho a empresa desde 1998, conheço os clientes e sei o nome de todos os animaizinhos. Além disso, acho importante a parte de dermatologia, especialidade que diferencia a minha empresa das outras. Acredito que temos de buscar ferramentas para superar as dificulda-

des e, para mim, as ferramentas foram os treinamentos oferecidos pelo Sebrae-SP. Temos de nos qualificar cada vez mais. Você consegue ser mais feliz quando gosta muito daquilo que faz. A questão empreendedora é nata. Desde criança, eu já tinha um perfil empreendedor, gostava de vender, gostava de prestar serviço. Acho que até pode ter vindo da minha mãe: lembro que ela fazia queijo na fazenda onde morava e eu vendia na cidade para arrecadar fundos e poder comprar alguma coisa que eu quisesse.” *Estagiários sob supervisão dos editores


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