Bancári@as

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Otávio Dias ∞ Bradesco

Presidência otavio@bancariosdecuritiba.org.br Antonio Luiz Fermino • Caixa

Carlos Alberto Kanak • HSBC

Secretaria Geral fermino@bancariosdecuritiba.org.br

Secretaria de Finanças kanak@bancariosdecuritiba.org.br

Audrea Louback • HSBC

André C. Branco Machado • Banco do Brasil

Secretaria de Organização e Suporte Administrativo audrea@bancariosdecuritiba.org.br

Secretaria de Imprensa e Comunicação andre@bancariosdecuritiba.org.br

Genésio Cardoso • Caixa

Cristiane Zacarias • HSBC

Secretaria de Formação Sindical genesio@bancariosdecuritiba.org.br

Secretaria de Igualdade e da Diversidade cristiane@bancariosdecuritiba.org.br

Karla Cristine Huning • Bradesco

Ana Maria Fideli Marques • Itaú

Secretaria de Assuntos Jurídicos Coletivos e Individuais karla@bancariosdecuritiba.org.br

Secretaria de Saúde e Condições de Trabalho anafideli@bancariosdecuritiba.org.br

Marcio M. Kieller • Itaú

Ana Luiza Smolka • Banco do Brasil

Secretaria de Políticas Sindicais e Movimentos Sociais kieller@bancariosdecuritiba.org.br

Secretaria de Cultura anasmolka@bancariosdecuritiba.org.br

Júnior César Dias • Itaú Unibanco

Pablo Sérgio M. Ruiz Diaz • Banco do Brasil

Secretaria de Mobilização e Organização da Base junior@bancariosdecuritiba.org.br

Secretaria de Ass. de P. Sociais e E. Socioeconômicos pablo@bancariosdecuritiba.org.br

Lilian de C. Graboski • Santander

Genivaldo A. Moreira • HSBC

Secretaria de Assuntos do Ramo Financeiro *Aguardando liberação

Ademir Vidolin - Bradesco Alessandro Greco Garcia - BB Ana Paula Araújo Busato - BB Anselmo Vitelbe Farias - Itaú Armando Antonio Luiz Dibax - Itaú Carlos Francisco Liparotti Deflon - Caixa Claudemir Souza do Amaral - Santander Claudi Ayres Naizer - HSBC Clovis Alberto Martins - HSBC Darci Borges Saldanha - Itaú Davidson Luis Zanette Xavier - BB Débora Penteado Zamboni - Caixa Denívia Lima Barreto - HSBC Edison José dos Santos - HSBC Edivaldo Celso Rossetto - HSBC Eustáquio Moreira dos Santos - Itaú Gerson Laerte da Silva Vieira - BB

Secretaria de Esportes e Lazer genivaldo@bancariosdecuritiba.org.br

Herman Felix da Silva - Caixa João Paulo Pierozan - Caixa Jorge Antonio de Lima - HSBC José Carlos Vieira de Jesus - HSBC José Carneiro Ferreira - HSBC Karin Tavares - Santander Kelson Morais Matos - Bradesco Nilceia Aparecida Nascimento - Bradesco Orlando Narloch - HSBC Rodrigo Pilati Pancotte - BB Sélio de Souza Germano - Itaú Sidney Sato - Itaú Sonia Regina Sperandio Boz - Caixa Tarcizo Pimentel Junior - HSBC Ubiratan Pedroso - HSBC Valdir Lau da Silva - HSBC Vanderleia de Paula - HSBC Vandira Martins de Oliveira - Itaú

Efetivos

Suplentes

Ivanício Luiz de Almeida - Itaú Unibanco Denise Ponestke de Araújo - Caixa Margarete Segalla Mendes - HSBC

Tânia Dalmau Leyva - Banco do Brasil Edna do Rocio Andreiu - HSBC Carolina M. Mattozo - Banco do Brasil


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10 Energia elétrica

Valter Campanato/ABr

Prazos de concessões para transmissão e distribuição no setor energético estão chegando ao fim e Copel está sob ameaça de não continuar prestando serviços.

16 80 anos de conquistas No ano em que completa oito décadas de fundação, Sindicato dos Bancários de Curitiba e região relembra conquistas históricas da categoria.

12 Marco Regulatório

SEEB Curitiba

Em palestra em Curitiba, ex-ministro Franklin Martins defendeu a regulamentação da Comunicação como um direito da sociedade à informação.

20 Segurança imposta Uberaba foi o primeiro bairro curitibano a ser ocupado pela Unidade Paraná Seguro, projeto estadual que propõe vigilância policial aos moradores.

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Cartas do leitor Editorial Bancos Conjuntura Entrevista Opinião Jurídico Capa Vida sindical Cidadania Saúde Cultura Pé na estrada Aconteceu Memórias da luta Humor abril 2012

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Sinergia Carteiras Desde o início de 2012, funcionários do Banco do Brasil têm encaminhado ao Sindicato dos Bancários de Curitiba e região diversas reclamações sobre o Sinergia Carteiras, novo programa de acompanhamento de metas individuais. Em negociação no mês de março, o banco insistiu que o programa é bom e não apresentou nenhuma solução para os problemas levantados pelos bancários. Confira abaixo relatos dos funcionários:

“A fórmula do Sinergia é extremamente personalizada e o rendimento de cada gerente é medido hora a hora, através de mensagens no celular e correio às agências. As metas encomendadas não são discutidas, são impostas.”

Persépolis Autor: Marjane Satrapi Páginas: 207 Editora: Cia das Letras

Nascida em uma família politizada, Marjane Satrapi tinha apenas dez anos quando assistiu ao início da revolução que lançou o Irã nas trevas do regime xiita. Passados 25 anos, ela emocionou leitores do mundo com sua autobiografia em quadrinhos.

“Com o Sinergia Carteiras, cada Gerente de Relacionamento responsável por uma carteira é como se fosse responsável por uma miniagência, e a meta é dele, a responsabilidade é dele.” “Como chegar nos pontos gerados pelas metas no Sinergia e o cálculo dos pesos que cada nota gera para a pontuação final? Após inúmeras consultas, a conclusão é que ninguém sabe qual é a conta.” Se você quer compartilhar suas reclamações sobre o programa, mande um e-mail para imprensa@bancariosdecuritiba.org.br. Os relatos estão sendo publicados no site do Sindicato: www.bancariosdecuritiba.org.br.

A revolução em Dagenham Gênero: Drama/Comédia Tempo de duração: 113 min Ano de lançamento: 2010

O filme retrata um protesto de 1968 de trabalhadoras empregadas em uma fábrica da Ford, localizada em Dagenham, no Reino Unido. Elas se manifestaram contra a discriminação sexual e o machismo, lutando por aumentos salariais.

A revista Bancári@s é uma publicação bimestral do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, produzida pela Secretaria de Imprensa e Comunicação. Presidente: Otávio Dias • otavio@bancariosdecuritiba.org.br Sec. Imprensa: André Machado • andre@bancariosdecuritiba.org.br Rua Vicente Machado, 18 • 8° andar CEP 80420-010 • Fone 41 3015.0523 www.bancariosdecuritiba.org.br Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

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Conselho Editorial: Ana Smolka, André Machado, Carlos Kanak, Genésio Cardoso, Eustáquio Moreira Santos e Otávio Dias Jornalista responsável: Renata Ortega (8272-PR) Redação: Flávia Silveira, Paula Padilha e Renata Ortega Projeto gráfico: Fabio Souza e Renata Ortega Diagramação e Capa: Fabio Souza Revisão: Maria C. Périgo Impressão: Multgraphic • Tiragem: 8.200 Contato: imprensa@bancariosdecuritiba.org.br


SEEB Curitiba Contraf-CUT

Durante a Audiência Pública sobre Segurança Bancária, realizada na Assembleia Legislativa do Paraná, em Curitiba, no dia 21 de março, Contraf-CUT e CNTV divulgaram os dados da 2ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, referentes a 2011.

Para preservar vida Bancários de todo o país estão apreensivos com a postura dos bancos privados, que começaram a retirar as portas giratórias de segurança das agências de cidades em que não há leis municipais que exijam este item de segurança. Em Curitiba, o fato não tem ocorrido porque a Lei Municipal nº. 8.397/94 obriga a instalação de portas com detectores de metais, sob pena de multa. Desde a década de 1990, as portas giratórias foram instaladas para aumentar a segurança dentro das agências bancárias e, efetivamente, reduziram o número de assaltos a banco, de acordo com o levantamento da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), apresentado aos sindicatos de trabalhadores. E a própria entidade patronal não consegue esconder, em seus dados oficiais, que a retirada das portas com detectores de metais aumentou o número de assaltos: de 369 casos, em 2010, para 422, em 2011. Apesar da constatação, há que se

considerar também que esses dados não refletem completamente a realidade da categoria bancária, que é ainda pior. De acordo com levantamento realizado pela Contraf-CUT e CNTV, foram 632 assaltos a bancos no ano passado, mais de 200 casos ignorados pela Febraban. Somando todos os crimes no país, ocorreram 1.591 casos, entre assaltos e arrombamentos, consumados ou não. O número de mortes também impressiona: foram 23 casos, em 2010, e 49, em 2011, com as principais vítimas sendo clientes (30 casos). Todas essas questões foram levadas pelos representantes dos trabalhadores ao debate com os bancos, na mesa temática de Segurança Bancária. Nesta edição, a Revista Bancári@s traz um balanço da retomada das mesas já realizadas em 2012, sobre segurança, saúde e condições de trabalho, terceirização e igualdade de oportunidades. A publicação também leva os

bancários para dentro do bairro Uberaba, em Curitiba, expondo o olhar dos moradores sobre a ocupação policial com a instalação, pelo Governo Estadual, da primeira Unidade Paraná Seguro (UPS). Você também pode acompanhar os debates sobre o fim dos contratos das concessões de energia elétrica em todo o país, fato que ameaça a Copel. É preciso conscientização e mobilização desde já para evitar novas licitações e a consequente privatização do setor. E para tornar sua leitura mais leve, a Revista Bancári@s estreia neste mês uma nova editoria, em que sua história pode ser o próximo destaque: em Pé na estrada os bancários contam suas viagens e dão dicas de turismo. Se quiser participar, escreva para imprensa@bancariosdecuritiba.org.br, fale sobre sua última viagem e colabore com as férias de outros trabalhadores. Participe e boa leitura! A Direção abril 2012

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Contraf-CUT

Mesas temáticas são retomadas NEGOCIAÇÕES PERMANENTES AJUDAM A FORMULAR MINUTA DOS BANCÁRIOS

Nos meses de fevereiro e março, foram retomadas as mesas temáticas de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). As reuniões permanentes, garantidas pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), são uma grande conquista da categoria bancária por possibilitarem a discussão mais aprofundada de temas importantes para a melhoria das condições de trabalho. Nas mesas temáticas, são levados os principais problemas apontados pelos trabalhadores e o desenrolar dos debates norteia a elaboração das reivindicações da minuta dos bancários. Igualdade de Oportunidades A primeira mesa retomada foi a de Igualdade de Oportunidades, dia 29 de 06

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fevereiro. Na avaliação dos participantes, o debate avançou em alguns pontos. Os bancos apresentaram o número de bancárias que utilizaram a licençamaternidade de 180 dias, conquista da Campanha Nacional de 2010. O levantamento mostrou que 90,79% das 11.087 trabalhadoras que tiraram a licença usaram os 180 dias. Também foi cobrado que os bancos façam um novo Mapa da Diversidade, nos moldes do de 2008. À época, a Fenaban se comprometeu a fazer a pesquisa a cada dois anos, o que não aconteceu. A entidade patronal afirmou que está desenvolvendo um método de avaliação dos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), com monitoramento trimestral.

Os bancários, desconfiados, vão avaliar a nova metodologia. “Os bancos usam a Rais porque são dados que mascaram a realidade e fazem parecer que não há discriminação. Queremos um novo Mapa da Diversidade. E, desta vez, com participação de todos os bancários”, afirma Jair Sambudio, dirigente do Sindicato dos Bancários de Londrina e representante do Paraná na mesa. No Mapa de 2008, apenas uma parcela da categoria respondeu ao questionário. Também foi definido o calendário trimestral dos debates sobre o Programa de Valorização da Diversidade, como garantido na CCT. O movimento sindical deve enviar uma pauta de discussão, com um mês de antecedência, para os bancos or-


ganizarem os dados que devem ser apresentados. O grande avanço foi em relação ao programa de capacitação de pessoas com necessidades especiais. O projeto piloto existia apenas em São Paulo e a Fenaban anunciou a expansão para Belo Horizonte e Rio de Janeiro, com turmas que devem começar em agosto. Os moldes devem ser os mesmos usados na capital paulista. “Esperamos que o programa chegue ao resto do país, o que garantem que aconteça em 2013”, informa Jair Sambudio. Segurança Bancária No dia 01 de março, foi a vez da mesa temática de Segurança Bancária. A Fenaban apresentou o levantamento de assaltos a bancos em 2011: um aumento de 14,36%, com total de 422 ocorrências, incluídos casos de sequestros. O aumento quebra a sequência de quedas que ocorria desde 2000. “Para a redução dos assaltos a partir de 2000 foi fundamental a instalação das portas giratórias de segurança, que começaram a ser colocadas no final dos anos 90 e foram fruto da mobilização dos bancários em todo país”, avalia Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT. Os bancários cobraram o número de arrombamentos a bancos, que disparou nos últimos meses, feitos, principalmente, por quadrilhas com explosivos. A Fenaban não possui dados e alega que como a maioria ocorre fora do horário de atendimento, seria problema de segurança pública. A mesma justificava é usada para o crime de “saidinha de banco”. Em 2011, de acordo com um levantamento feito pela Contraf-CUT e CNTV, em parceria com o Dieese, aconteceram 1.591 ataques a bancos (959 arrombamentos ou explosões de caixas eletrônicos e 636 assaltos) e 49 pessoas foram mortas em bancos no país. “A pesquisa é importante para mostrar o real quadro da violência no sistema financeiro. Temos de aproveitar os resultados, para que medidas preventivas sejam tomadas e vidas de bancários e clientes sejam protegidas”, completa Carlos Coppi, diretor da FETEC-CUT-PR e titular do Paraná na mesa de Segurança. Saúde do Trabalhador Já na retomada da negociação sobre Saúde do Trabalhador, dia 20 de março, os bancários debateram com a Fenaban a cláusula que prevê o Acordo

Aditivo para Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho, que trata da prevenção e do combate ao assédio moral. A Fenaban concordou com a renovação da cláusula de prevenção e combate ao assédio moral, mas ainda não marcou uma nova data para a oficialização da assinatura. Sobre a Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT), os banqueiros julgam desnecessária a emissão para todos os bancários envolvidos em asExigimos a emissão saltos. Para eles, basta receberem os que tiverem lesão de CAT para todos. física ou apresentaram disInsistimos que não túrbio emocional imediato. “Os reflexos de um trauma, é preciso lesão física como um assalto, podem vir para considerar que meses depois. A vítima pode desenvolver pânico por cona pessoa foi afetada. viver com medo o tempo Os reflexos de um todo”, aponta Dulcelina Oliveira, secretária de Saúde trauma, como um da FETEC-CUT-PR, que parassalto, podem ticipou da reunião. vir meses depois. Por fim, o programa de reabilitação foi novamente A vítima pode cobrado pelos bancários. desenvolver pânico A cláusula consta na CCT desde 2009, mas até hoje os por conviver com bancos não a cumprem tomedo o tempo todo.” talmente. Para reabilitar os funcionários afastados, está previsto que os bancos disponham de equipe multidisciplinar para acompanhar o trabalhador e avaliar o local de trabalho. O bancário também não pode voltar à mesma função que exercia anteriormente.

Terceirização Na Mesa de Terceirização, dia 15 de março, a Fenaban manteve as mesmas posições apresentadas na última negociação, em junho de 2011. Os bancários voltaram a exigir mais detalhes sobre os setores de Call Center, que são o foco da negociação, pedindo informações de quantos são os trabalhadores empregados. A Fenaban reafirmou que não tem como passar as informações, que seriam confidenciais. A área continua sendo definida por atividades receptivas, nas quais seja acessada a conta do cliente, em operações conclusivas. abril 2012

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Atuação em várias frentes

La Ciudad Grupo Santander, localizada a 18 km de Madri, na Espanha. Em 2011, representantes dos bancários estiveram lá para pleitear um acordo marco global.

REPRESENTANTES DOS BANCÁRIOS DO SANTANDER RECORREM A TODAS AS ESFERAS POSSÍVEIS PARA MELHORAR CONDIÇÕES DE TRABALHO

Os bancários do Santander são os únicos funcionários de banco privado a contar com um Acordo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho, bem como o acordo do Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS) e os Termos de Compromisso do Banesprev e Cabesp. Renovados anualmente, estes instrumentos garantem a manutenção das conquistas e avanços econômicos e sociais no banco (confira a íntegra destes documentos no site www.bancariosdecuritiba.org.br). Além disso, eles também têm garantidos debates permanentes, através do Comitê de Relações Trabalhistas (CRT), com poder de negociação, e do Fórum de Saúde e Condições de Trabalho. Em 2012, os debates foram retomados no CRT e no Fórum nos dias 03 e 10 de abril, respectivamente (até o fechamento desta edição, as reuniões ainda não haviam acontecido, mas os resultados das discussões permanentes podem ser acompanhados em www.bancariosdecuritiba.org.br). O Santander também recebeu uma pauta de reivindicações dos bancários, contendo todas as demandas 08

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que o movimento sindical pretende discutir e resolver neste ano. “Queremos mais empregos e melhores condições de trabalho para valorizar o empenho e a dedicação dos funcionários, principais responsáveis pelo lucro de R$ 7,75 bilhões em 2011, o que representou um crescimento de 5,1% em relação a 2010”, aponta o funcionário do banco e secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. “Com esse lucro estrondoso, que aumentou a liderança do Brasil na participação no lucro mundial do Santander para 28%, o banco não tem desculpas para deixar de atender as justas reivindicações dos funcionários e aposentados”, destaca. Grupos de Trabalho Além dos espaços de debate previstos no Acordo Aditivo, em 2012, já foram instalados dois Grupos de Trabalho. Em 16 de março, teve início o GT SantanderPrevi, para discutir mudanças no processo eleitoral do SantanderPrevi. O objetivo é construir um processo eleitoral democrático e transparente, diferente do que existe hoje e desconhe-

cido pela grande maioria dos mais de 40 mil participantes. Já o GT Call Center, instalado em 21 de março, debate as demandas específicas dos trabalhadores desta área, como escalas de trabalho aos fins de semana e feriados, pressão por metas, instalação de refeitório e internalização dos empregados terceirizados, entre outros. Frente internacional Em dezembro de 2011, a UNI Américas Finanças, sindicato internacional do setor financeiro nas Américas e Caribe, encaminhou à direção do Santander na Espanha uma carta, reiterando a solicitação para abrir negociações visando constituir uma coordenadora mundial e assinar um acordo marco global, bem como assinar a mesma declaração conjunta firmada na Europa por vendas responsáveis de produtos e metas realistas. “Queremos negociar um acordo global para garantir direitos básicos para todos os trabalhadores que produzem a grandeza do Santander”, afirma Ademir Wiederkehr. No entanto, o movimento sindical ainda não obteve nenhuma resposta.


PREVI E FUNCEF ELEGEM SEUS CONSELHEIROS E QUEM ESCOLHE É VOCÊ, BANCÁRIO ASSISTIDO

Neste primeiro semestre, bancários da Caixa Econômica Federal participantes do Fundo de Economiários Federais (Funcef) e trabalhadores assistidos pela Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) têm um compromisso de cidadania: escolher seus representantes nos Conselhos Deliberativos dessas instituições. A participação de todos os assistidos, da ativa, aposentados e pensionistas, é fundamental para garantir a transparência e boa gestão dos fundos previdenciários. “Todos os projetos e processos dos fundos de pensão passam pela aprovação do Conselho Deliberativo. Por isso, é fundamental que todos exerçam seu direito de voto e, mais do que isso, escolham candidatos comprometidos com os assistidos”, destaca Otávio Dias, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região. “Para Funcef, estamos apoiando o bancário Fermino, que está preparado para representar o Paraná no Conselho Deliberatido”, completa. O dirigente do Sindicato Antonio Luiz Fermino, candidato titular na Funcef, destaca a importância do voto de todos: “Os bancários são diretamente beneficiados pelas ações destes conselheiros e devem ficar atentos a quem deve ser seu melhor representante”. Funcef Na Funcef, serão escolhidos um titular e um suplente para o Conselho Deliberativo e também para o Conselho Fiscal. A votação será realizada entre os dias 07 a 11 de maio. Foram inscritas cinco chapas e o Sindicato apoia a Chapa 1: Movimento pela Funcef, que tem como candidato titular o dirigente da entidade Antonio Luiz Fermino, com suplência de Marco Antônio de Oliveira Moita. Na Chapa 1, as opções para o

Conselho Fiscal são Regina Maria da Costa Brito Pereira (titular) e Francisco Vagner Dantas Leite (suplente). Têm direito a voto os bancários da Caixa participantes da Funcef ativos, aposentados e pensionistas. Nos conselhos, metade da composição é eleita pelos participantes e a outra metade é indicada pela Caixa. Por isso, a importância de escolher o melhor representante dos trabalhadores e exercer seu direito de voto. Previ Na Previ, as eleições serão no período de 18 a 29 de maio. Têm direito a voto os bancários do BB assistidos pelos Planos de Benefícios administrados. Serão escolhidos 11 representantes, entre titulares e suplentes, para Conselhos Deliberativo, Fiscal, Consultivo e Diretoria de Seguridade. Seis chapas se inscreveram no processo eleitoral e o Sindicato apoia a chapa Unidade na Previ, com Marcel Barros, na Diretoria de Seguridade, e o paranaense Luiz Roberto Alarcão, no Conselho Consultivo. A Previ é uma entidade fechada de previdência privada e tem o maior fundo de pensão da América Latina em patrimônio. Seus recursos provêm de contribuições dos associados e são utilizados para investimentos em ações que garantem o pagamento aos beneficiários. abril 2012

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Sobre racionamento e privatizações PRAZO DAS CONCESSÕES NO SETOR ENERGÉTICO ESTÁ ACABANDO E COPEL TAMBÉM ESTÁ AMEAÇADA

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No ano de 2015 chega ao fim o período de concessão para a transmissão e distribuição de energia elétrica em três usinas que a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) atua – e também para outras empresas estatais do setor energético do país que escaparam da era das privatizações. Conforme a Lei das Concessões (Lei nº. 8.987/1995), o término do prazo significa realizar nova licitação para a prestação dos serviços públicos de energia, com a possibilidade da Copel perder nos leilões e uma empresa privada assumir os processos de transmissão e distribuição de energia. As três usinas que estão com prazo de concessão vencendo representam apenas 5% do total de energia disponibilizado pela Copel, contudo, nos anos seguintes, as demais linhas de geração, transmissão e distribuição também terão seus prazos de concessão encerrados. E para lutar pela renovação ou prorrogação dessas con-

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cessões e evitar o leilão e a consequente privatização do setor, diversas entidades sindicais e dos movimentos sociais se reuniram em Curitiba, no dia 14 de março, no Seminário Renovação das Concessões do Setor Elétrico. Entidades querem renovação O principal impedimento para a renovação ou prorrogação desse prazo é a Lei nº. 8.987/1995, que trata da permissão para a prestação de serviços públicos e estabelece prazo determinado para isso. Passado o período, a legislação prevê a realização de nova licitação. Entre os anos de 2015 e 2017, vencem 20% das concessões para geração, 74% para transmissão e 33% das concessões para distribuição de energia. Sabe-se apenas que a postura do Governo para esses casos será parâmetro para as demais concessões que vencem nos anos seguintes. Para os movimentos sociais e sindical,

a única solução para alterar esse quadro é a mobilização da sociedade na luta pela alteração da Lei das Concessões, de forma que seja permitida a prorrogação do prazo ou renovação do contrato com as empresas estatais que já atuam no setor de energia, como é o caso da Copel. Um seminário nacional será realizado no mês de abril para estabelecer a proposta de alteração da presidente Dilma Rousseff. Segundo informações que circulam, desde 2011, o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, recebe entidades para debater, com interesse em renovar ou prorrogar as concessões no setor elétrico. A Copel foi fundada em 1956 e possui 14,1 mil funcionários. Se a concessão não for renovada ou prorrogada, a empresa corre o risco de perder uma nova licitação, e deixar todos desempregados. Um direito de todos Durante o Seminário, os palestrantes


destacaram as mudanças que fizeram da disponibilização de energia elétrica passar de um direito de acesso a um serviço público para uma mercadoria, a venda de um produto visando o lucro. Mudança de postura que também foi observada no acesso à água. “Não podemos abrir mão da eletricidade como bem público. As empresas privadas buscam o lucro e não o bem-estar da população”, disse o presidente da Itaipu Binacional, Jorge Samek. O posicionamento das entidades, que representam a população diretamente afetada por mudanças no setor, é pela defesa do patrimônio público, da água e energia como serviços públicos, e não como

mercadoria, além do controle social sobre esses serviços. Para Gustavo Kuss (Red), assessor do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região e representante da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), a luta precisa ser abraçada por todas as organizações: “Agenda que nós derrotamos nas urnas, já por três vezes, volta a nos ameaçar: corte de R$ 55 bi no orçamento, privatização de aeroportos são exemplos. Por isso, precisamos organizar a luta com todas as nossas entidades”, convocou o militante. Para saber mais sobre a luta das entidades pela renovação ou prorrogação das concessões, acesse www.todospelaenergia.com.br. Como o valor das tarifas subiu

A tarifa de energia elétrica no Brasil passou da mais barata para a mais cara do mundo, subiu 198% nos últimos 12 anos. A partir de 1995, o valor passou a ser definido pelo mercado e novos encargos foram criados. Mais da metade do que se paga na tarifa de energia elétrica é de imposto, como o ICMS, por exemplo, principal fonte de arrecadação dos estados. Um dos fatores que contribuiu para esse aumento, de acordo com Roberto Pereira D’Araújo, engenheiro do setor elétrico federal, foi a diminuição da receita das estatais após o “apagão” e posterior racionamento de energia. A diminuição de arrecadação foi de R$ 6 bilhões ao ano, o equivalente ao consumo de duas vezes o estado do Paraná. Além disso, em 2003, a Aneel, agência reguladora do setor, fixou um reajuste de 30% nas tarifas no período de um ano.

Um dos itens utilizados para cálculo das tarifas é indexado pelo IGP-M, índice bem acima da inflação. E o consumidor comum paga uma tarifa calculada por um programa de computador, o Operador Nacional do Sistema, que não estabelece relação entre oferta e demanda. Somente as grandes indústrias têm acesso à compra de energia pelo chamado mercado livre, que representa 28% do total, e compram a um preço muito barato. A grande preocupação de todas as entidades diretamente afetadas por alterações no setor energético no país é de como esse cenário pode piorar, e muito, com a possibilidade de realização de um novo processo de licitação, que envolve um leilão e a consequente privatização dos serviços. “As estatais têm sido usadas como bode expiatório, segurando as tarifas e cedendo recursos para o Governo Federal ao invés de serem subsidiadas por ele”, explica D’Araújo.

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Boa comunicação depende da sociedade FRANKLIN MARTINS, EX-MINISTRO DO GOVERNO LULA, DEFENDE QUE TODO BRASILEIRO DEVE TER ACESSO À INTERNET RÁPIDA E BARATA

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Enquanto a grande mídia hegemônica luta contra um Marco Regulatório das Comunicações – tema que vem sendo amplamente discutido desde a 1ª Conferência Nacional de Comunicação, realizada em 2010 – com o argumento de que a proposta seria uma forma de censura, o verdadeiro debate da importância da aprovação de legislação para as comunicações avança pelo país. O jornalista Franklin Martins, exministro da Comunicação Social do Governo Lula, esteve em Curitiba no dia 05 de março, defendendo o marco como um direito da sociedade à informação. Martins defende ainda que o Partido dos Trabalhadores (PT) apresente um prode lei que estabeleça um A sociedade tem que jeto novo marco regulatório para ter claro que precisa as comunicações, em substituição ao atual que não leva em lutar para que a conta a era da sociedade da oferta de conteúdos informação e, principalmente, seja multiplicada ou ignora a Constituição de 1988. Para ele, atualmente, não vale continuará travada. o que está escrito, mas sim o jogo político. O ex-ministro Não queremos a exemplifica sua argumentação oferta medíocre citando distorções que acontecem abertamente no Brasil, de conteúdo.” como a venda de horário pelas emissoras, que é proibida por ser uma concessão. Leia abaixo a transcrição dos principais assuntos abordados pelo ex-ministro durante a palestra: Tema: “Porque debater o Marco Regulatório das Comunicações” Durante a palestra, o jornalista listou alguns aspectos sobre a importância da aprovação do Marco Regulatório das Comunicações. Segundo ele, a atual legislação sobre as comunicações no Brasil é de 1962, período que não havia TV em cores, rede nacional de televisão e distribuição de sinal por satélite, com apeabril 2012

nas dois milhões de aparelhos televisores no país. Atualmente, existem mais de 100 milhões de aparelhos. Franklin Martins também afirma que a atual legislação não foi adaptada ao que diz a Constituição Federal de 1988 sobre a Comunicação Social. Estes seriam os principais pontos a justificar o debate. Tema: “O Brasil é um faroeste caboclo” Franklin Martins diz que outro aspecto a ser considerado neste debate é que não há uma legislação clara, moderna e democrática para as comunicações no Brasil. “Nós temos aqui um faroeste caboclo, onde vale tudo, não existe legislação, nem órgão regulador”. O jornalista compara as concessões de televisão e rádio com a de energia ou aeroportos, por exemplo. “Não se pode vender horário na televisão e se faz isso abertamente. Imagine se você tem a concessão de um aeroporto e, em determinado horário, você não pode utilizar porque vendeu o uso daquele período para terceiros”, compara. O ex-ministro também criticou concessões públicas dadas a políticos. Neste caso, não vale o que está escrito e sim o jogo político. Tema: “A telefonia vai engolir a radiodifusão” Segundo o jornalista, outro fenômeno das comunicações é a convergência das mídias eletrônicas. Telefonia e banda larga estão em convergência com a radiodifusão, as diferenças diminuíram muito entre o computador e a televisão. “Isso é muito bom, mas traz problemas. Os setores de radiodifusão são os que mais protestam contra a criação de um marco regulatório, mas serão os mais prejudicados caso isso não aconteça. Se não houver uma regulação, a telefonia engolirá a radiodifusão”. A constatação deve-se principalmente a um dado sobre o faturamento destes dois setores: em 2009, enquanto a radiodifusão apresentou R$ 13 bilhões de faturamento no país, a telefonia teve R$ 180 bilhões. “É preciso ter sensibilidade com as rádios. O sinal é


Valter Campanato/ABr

aberto, gratuito e presta um papel social. A sociedade precisa desta proteção”. Tema: “Não queremos oferta medíocre de conteúdo” Outro dos aspectos abordados pelo ex-ministro é o direito da sociedade de ter acesso à informação com mais conteúdo. “É preciso um debate claro, aberto e transparente sobre o acesso à rede de computador. A sociedade tem que ter claro que precisa lutar para que a oferta de conteúdos seja multiplicada ou continuará travada. Não queremos a oferta medíocre de conteúdo”. Diante do risco de aumento da concorrência, a censura passou a ser o argumento utilizado por aqueles que defendem que o marco regulatório quer acabar com a liberdade de imprensa. “A imprensa não está ameaçada. O problema é que vai ter mais oferta e quem possui o domínio sobre 90% da imprensa não quer uma oferta maior”. Franklin Martins também falou sobre a reação que a sociedade precisa ter. “A sociedade tem que dizer se aceita ou não que grandes grupos definam entre quatro paredes as novas regras e empurrem goela abaixo, ou se ela vai entender que tem que lutar por mais acesso à informação, à saúde, à cultura”. Tema: “Pinóquio com grilo falante”

Franklin Martins acredita que com a internet e o acesso facilitado às informações, o jornalismo está mudando, e para melhor. “A internet é o grilo falante do jornalismo. É a história do Pinóquio e do grilo falante”. Ele polemiza: “O jornalismo no Brasil é o mais independente de todos. Porque chega a ser independente até mesmo dos fatos. E isso é mau jornalismo. Publica-se o que quer e não se publica o que não quer”. Tema:“Quem garante imprensa boa é a sociedade” Para finalizar a palestra, Franklin Martins declarou que tudo que será defendido pelo Marco Regulatório das Comunicações é a aplicação do que diz a Constituição Federal de 1988 sobre o tema (Capítulo V) e que, atualmente, não é colocado em prática. E que liberdade de imprensa só garante imprensa livre. “Quem garante imprensa boa é a cobrança da sociedade. O público deve ser um crítico severo”. Os pontos centrais do Marco Regulatório das Comunicações são liberdade de imprensa; democratização da oferta de conteúdo; promoção da cultura nacional e regional; estímulo à produção independente; separação entre produção e distribuição; neutralidade da rede e universalização do acesso à banda larga barata e acessível; e liberdade na internet.

O jornalismo no Brasil é o mais independente de todos. Porque chega a ser independente até mesmo dos fatos. E isso é mau jornalismo. Publica-se o que quer e não se publica o que não quer.” Constituição Federal Capítulo V - DA COMUNICAÇÃO SOCIAL Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. § 1º - Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV. § 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística. [...] § 5º - Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio. § 6º - A publicação de veículo impresso de comunicação independe de licença de autoridade. [...] Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País. § 1º - Em qualquer caso, pelo menos setenta por cento do capital total e do capital votante das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens deverá pertencer, direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, que exercerão obrigatoriamente a gestão das atividades e estabelecerão o conteúdo da programação. [...] § 4º - Lei disciplinará a participação de capital estrangeiro nas empresas de que trata o § 1º. Art. 223. Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar concessão, permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens, observado o princípio da complementaridade dos sistemas privado, público e estatal. [...] Art. 224. Para os efeitos do disposto neste Capítulo, o Congresso Nacional instituirá, como órgão auxiliar, o Conselho de Comunicação Social, na forma da lei.

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Previdência complementar, um bem necessário

Antônio Luiz Fermino,

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Você investe no seu futuro? Você pensa no amanhã? Investir no futuro não é somente fazer um curso universitário ou uma pós-graduação, aprender uma ou mais línguas estrangeiras ou adquirir experiência profissional em outros países. É também se preocupar com a aposentadoria. E, neste sentido, o tempo pode ser um aliado ou um inimigo. Pensar em previdência complementar é uma necessidade, seja ela fechada ou aberta. A previdência complementar fechada é organizada em fundos de pensões, quer de empresas estatais ou privadas. É um importante instrumento para o desenvolvimento do país. Para os trabalhadores, trata-se de um benefício de poupança previdenciária, que visa garantir uma renda complementar na aposentadoria, uma quantia além do valor recebido através da Previdência Social. Mas, para que isto se torne realidade, é necessário a formação de reservas a partir das contribuições dos participantes e das empresas. Nos fundos de pensões, é importante a fiscalização e o acompanhamento dos participantes, os verdadeiros interessados. Para tanto, na maioria dos casos, são eleitos democraticamente conselheiros e diretores, pessoas comprometidas com a transparência e a segurança nos fundos, para garantia da aposentadoria de todos. Portanto, a administração do patrimônio é compartilhada entre empregados e patrões. Este modelo de previdência faz parte da minuta da categoria bancária e é uma das nossas prioridades na mesa de negociação com os bancos. O nosso horizonte é que todos os bancários de bancos privados alcancem os mesmos benefícios que os participantes da Fundação dos Economiários Federais (Funcef), da Caixa Econômica Federal, e da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) já desfrutam. Mas este sonho só se tornará realidade com muito planejamento e disciplina.

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Enquanto este sonho não se torna realidade para todos, devemos nos preocupar em garantir a complementação da aposentadoria mesmo em planos abertos. A previdência complementar aberta é um produto alternativo, vendido pelos bancos para reforçar a renda na aposentadoria. Neste caso, o participante assina um contrato de adesão e transfere a administração das reservas para quem propôs o negócio, ou seja, o banco. Assim, quanto mais cedo iniciarmos este projeto, promovendo ações que visem este fim, melhor! Começando a poupar cedo, as contribuições tendem a permanecer estáveis ao longo do tempo e caberão no seu orçamento familiar. É importante lembrar que, mais do que manter seu padrão de vida na aposentadoria, a previdência complementar é uma participação que proporciona todas as vantagens dos fundos de investimento, além de algumas outras bastante interessantes. Confira: • Redução de base tributária do Imposto de Renda; • Diversificação de investimentos e diluição de riscos; • Complemento de renda na aposentadoria, valor que se soma ao pago pela Previdência Social; • Estabilidade financeira na aposentadoria, o que nem sempre acontece quando se para de trabalhar; • Cobrança de Imposto de Renda somente no momento de eventuais resgates ou no recebimento do benefício por ocasião da aposentadoria; • Com esses valores será possível garantir o futuro dos filhos, netos ou de uma criança especial para você; • Além de tudo isso, trata-se de uma boa opção como ferramenta de sucessão patrimonial. São por todas estas vantagens, e outras aqui não citadas, que participar de um Plano de Previdência Complementar é uma questão de atitude e cuidado com o presente e o futuro. Teu e de tua família.


TST reafirma direito de greve JUSTIÇA CONDENA EMPRESA POR PRÁTICA ANTISSINDICAL AMPARANDO DECISÃO EM CONVENÇÕES DA OIT

Os trabalhadores de diversas categorias no país já podem exercer seu direito de greve com mais tranquilidade. No mês de fevereiro, uma decisão judicial do Tribunal Superior do Trabalho (TST) deu ganho de causa a um grevista que, inicialmente, havia sido demitido por justa causa ao participar de uma paralisação. O TST considerou que a empresa, uma alimentícia de Santa Catarina que demitiu 20 trabalhadores grevistas, discriminou o funcionário, que entrou com uma ação judicial por danos morais. A discriminação foi por participação no sindicato e adesão ao movimento grevista (contra o atraso de salários). Na avaliação da secretária de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, Karla Huning, a decisão foi um importante avanço no direito do trabalho. “Este julgamento reconheceu as práticas antissindicais nas empresas, o que gerou direito a indenizações trabalhistas para o demitido e danos morais ao trabalhador”, afirma.

Legislação aplicada O TST aplicou a Lei n°. 9.029/95, que lista atos discriminatórios das empresas contra seus funcionários, mas não cita especificamente participação em greves. Contudo, desde a tramitação em instâncias inferiores da Justiça do Trabalho, os magistrados consideraram que houve, sim, discriminação contra os trabalhadores grevistas e prática antissindical, conforme prevê a Convenção 111 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Outra Convenção da OIT aplicada ao caso e citada na sentença do TST é a 98. O relator, ministro Vieira de Mello Filho, argumentou que não há dúvidas sobre a vigência e eficácia de normas internacionais ratificadas pelo Congresso Nacional. “De acordo com a Convenção 98 da Organização Internacional do Trabalho, ratificada pelo Brasil por meio do Decreto Legislativo nº. 49/52, todos os trabalhadores devem ser protegidos de

atos discriminatórios que atentem contra a liberdade sindical, não só referentes à associação ou direção de entidades sindicais, mas também quanto à participação de atos reivindicatórios ou de manifestação política e ideológica”. A empresa alimentícia foi condenada por prática antissindical a reverter a demissão por justa causa para sem justa causa e indenizar o trabalhador em dobro nas verbas rescisórias que não recebeu (salários, férias, décimo terceiro). A sentença também determinou o pagamento de indenização por dano moral no valor de R$ 3 mil. Entre os dias 25 e 27 de abril, o TST promove o seminário Liberdade Sindical e os novos rumos do sindicalismo no Brasil, com a proposta de difundir o conhecimento especializado sobre o modelo sindical na visão do direito e das normas da OIT. O evento será em Brasília e as inscrições podem ser feitas no site do Tribunal.

O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-9), com jurisdição no Paraná, determinou, no dia 16 de março, a imediata reintegração do funcionário do HSBC Rogério Antônio Calegari, que foi ilegalmente demitido pelo banco. A justiça atendeu pedido de liminar feito pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba e região. O trabalhador foi eleito dirigente da Cooperativa de Crédito dos Bancários, e, por isso, não poderia ter sido dispensado sem justa causa (artigos 55 da Lei 5.764/71 e 543 da CLT). Assim, o TRT reconheceu a ilegalidade da dispensa e determinou o retorno do empregado ao trabalho e o pagamento dos salários atrasados.

SEEB Curitiba

Funcionário do HSBC é reintegrado

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Nossa história, nossas conquistas SINDICATO COMEMORA 80 ANOS DE FUNDAÇÃO RELEMBRANDO AS LUTAS E CONQUISTAS DA CATEGORIA. LIVRO DE MEMÓRIAS SERÁ LANÇADO EM JULHO

Em 2012, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região completa oito décadas de existência. Segundo arquivos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – um documento datado da década de 1960 que tinha por objetivo atualizar o cadastro de dados junto à Delegacia Regional do Trabalho no Estado do Paraná –, a data de fundação da entidade é 06 de julho de 1932. Ainda conforme documentação histórica, foi em 27 de março de 1942 que o então Sindicato dos Bancários do Paraná conseguiu a emissão da Carta Sindical, que determinou seu reconhecimento jurídico e político. “A comemoração dos 80 anos nos coloca em um patamar que poucas entidades de representação da categoria estão no que diz respeito à luta organizada por melhores condições de trabalho”, avalia Otávio Dias, presidente da entidade, ao comentar o fato do Sindicato estar inserido entre os pioneiros na luta de trabalhadores. “Seja na defesa da categoria bancária ou da sociedade como um todo, em décadas de atuação, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região foi se fir-

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mando como uma das mais atuantes entidades sindicais no Paraná, reconhecida por sua trajetória”, defende. Oito décadas de conquistas Historicamente, as instituições financeiras surgiram no começo do século XIX e o processo de organização da categoria bancária teve início no final da década de 1910, período em que aconteceram as primeiras greves. Ainda em 1923, foi fundado o primeiro sindicato de trabalhadores do sistema financeiro do país, em São Paulo. Menos de uma década depois, os bancários do Paraná começariam a se organizar, participando ativamente dos embates decisivos para a conquista e manutenção dos direitos dos trabalhadores. Já em 1934, os paranaenses contribuíram na organização da primeira grande greve nacional. O pioneirismo sempre foi marca dos trabalhadores do setor. A categoria conquistou a jornada de seis horas ainda em 1933, quando já estava sendo consolidado o processo de organização nacional. Com

1933

1961

1962

1990

1992

Jornada de 6 horas para bancários

Décimo terceiro salário

Salário mínimo profissional para bancários

Vale-refeição

Assinatura da primeira CCT de bancos privados

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Vale-ali


994

imentação

a missão de formar uma representação e uma identidade de classe, os primeiros anos de atuação do Sindicato do Paraná foram marcados pela participação em diversos movimentos, como a grande greve nacional após o fim da ditadura Vargas, em 1946, e a greve nacional dos bancários, em 1962. Apesar das intervenções ditatoriais que marcaram os anos 1960 e 1970, a partir da década seguinte a categoria iniciou uma série de conquistas, com a fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a consolidação do Movimento de Oposição Bancária (MOB). Em 1992, mesmo ano de fundação da Confederação Nacional dos Bancários (CNB) e da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Estado do Paraná (FETEC-CUT-PR), a categoria foi

a primeira e única a assinar um acordo nacional. Na busca por uma remuneração mais digna, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) se tornou realidade em 1995. Já o ano de 2004 ficou marcado como palco da primeira campanha nacional unificada, entre funcionários de bancos públicos e privados. Em 2006, os bancários passaram a ser representados pela Contraf-CUT, entidade que estruturou a organização sindical do ramo financeiro. “Muitas destas conquistas ocorreram em cenários adversos, em que o movimento sindical bancário lutava pela manutenção dos empregos”, destaca Otávio Dias. Recordar é viver No dia 06 de julho deste ano, o Sindicato irá lançar um livro de memórias que

1995

2003

2009

2010

Participação nos Lucros e Resultados (PLR)

Primeira campanha salarial unificada

Licença maternidade de 180 dias

Acordo aditivo de prevenção e combate ao assédio moral

traz os resultados de pesquisas e levantamentos bibliográficos do projeto Memória e História do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região. A proposta é contar a história da entidade com base em arquivos documentais e relatos de dirigentes sindicais. “Tudo começou quando, há alguns anos, discutíamos que pouco se conhecia sobre a história do nosso Sindicato. Dali em diante, decidimos tomar a iniciativa de resgatar nossa história, para que pudéssemos contar aos bancários a origem de nossa entidade e as conquistas que tivemos através de muitas lutas durante todas essas décadas”, explica Márcio Kieller, dirigente sindical e atual coordenador do projeto. Aguarde!

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Jornal Comunicação/UFPR

Fotos: CUT-PR

Negociações salariais em alta RETOMADA DO CRESCIMENTO ECONÔMICO E PREVISÃO DE INFLAÇÃO BAIXA TORNAM POSITIVAS EXPECTATIVAS PARA NEGOCIAÇÕES SALARIAIS EM 2012

Na capital paranaense, o ano começou com negociações salariais positivas para as categorias de motoristas e cobradores de ônibus e de vigilantes. As conquistas foram semelhantes às de 2011, consideradas boas apesar do cenário desfavorável, mas com o diferencial que este ano a greve se fez mais necessária, chamando a atenção da população. A avaliação é do economista Sandro Silva, técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos do Paraná (Dieese-PR). “As negociações dessas duas categorias foram melhores, porque a inflação é menor este ano e os trabalhadores reivindicavam melhoras no piso salarial”, pondera. Para a categoria bancária, que tem uma negociação nacional, e exige valorização das demais faixas salariais além do piso, o Dieese também prevê um cenário positivo, com elevação do patamar do aumento real, superando reajustes de anos anteriores. “A expectativa para

2012 é de crescimento econômico, queda nos juros e redução da inflação, que deve ficar entre 5% e 6%”, informa Sandro Silva. Para a data-base dos bancários, em 01 de setembro, a estimativa de inflação é de 5,14%, já que o acumulado de setembro de 2011 a fevereiro de 2012 está em 2,78%. Freio na economia De acordo com a avaliação do técnico do Dieese, em 2011 o cenário foi diferente devido a medidas tomadas pelo Governo Federal que frearam o crescimento econômico: aumento dos juros, restrição do crédito e aumento da inflação, além da crise internacional. As negociações da categoria bancária tiveram como base um índice de inflação de 7,5%, para a conquista de reajuste de 9%. Já em 2012, com a inflação menor, possível aceleração de crescimento e o reajuste do salário mínimo em 15,13% (para uma inflação de 6,08%), haverá

pressão para aumento dos reajustes, de forma que não haja achatamento nas demais faixas salariais acima do mínimo. “Esse achatamento já está ocorrendo. E se não houver aumento real para outras faixas salariais, com revisão das empresas nos planos de carreira, haverá desvalorização e desestímulo para a qualificação profissional”, analisa Sandro Silva.

Spread bancário Na opinião do presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, Otávio Dias, o Banco Central deve agir para pressionar a redução do spread bancário. “O BC, além de reduzir a taxa Selic, também tem sua responsabilidade social, tem que forçar para que os bancos reduzam suas taxas de juros”, avalia o dirigente. Otávio também defende que o Governo Federal deve utilizar o Banco do Brasil e a Caixa para pressionar os bancos privados a reduzir seus juros, a exemplo do que foi feito em 2008. abril 2012

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Os dois lados da UPS ACESSO À POLÍCIA E ATOS ELEITOREIROS CERCAM MORADORES DO UBERABA, BAIRRO ONDE FOI INSTALADA A PRIMEIRA UNIDADE PARANÁ SEGURO DE CURITIBA Por Paula Zarth Padilha

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Centenas de curitibanos enchiam a Rua Augusto David de Moraes, no Uberaba, na manhã de 08 de março, Dia Internacional da Mulher. Mães com crianças buscavam informações sobre vagas nas creches, idosos saíam com mudas de árvores frutíferas e jovens estavam em busca de estágio. Contudo, o cenário da feira de serviços, instalada pela Prefeitura de Curitiba, apresentava ares circenses nos pequenos detalhes: no palco, repleto de balões verdes, vermelhos e brancos (cores símbolo do município), havia um animador dando instruções de Não querendo me ginástica; além disso, os locais mais movimentados eram para desfazer da região, às crianças. As mas a minha intenção atendimento idosas que aguardavam atené mudar daqui. dimento no local confessaram: “Nós não moramos aqui, soEu nunca passei por mos do Jardim Gabineto, no nenhum tipo de Campo Comprido, e viemos com o ônibus da FAS (Fundaviolência, mas a ção de Ação Social), que nos presença de policiais buscou no posto de saúde.” Da mesma forma que a sempre é boa." ocupação de dezenas de vilas do bairro Uberaba por policiais militares e da Guarda Municipal foi uma surpresa para moradores uma semana antes, no dia 01 de março, a oficialização da implantação das Unidades Paraná Seguro (UPS) não foi diferente. Os moradores do bairro que estavam presentes demonstraram surpresa com a presença do governador, do prefeito e de tantos vereadores. Uma moradora que voltava para casa com dois filhos, um deles no carrinho de bebê, disse ter ido abril 2012

à feira de serviços para se inscrever na fila da Cohab (Companhia de Habitação do município). “Não querendo me desfazer da região, mas a minha intenção é mudar daqui”. Ela disse que não conseguiu fazer o que pretendia, foi encaminhada para uma Rua da Cidadania, mesmo com os alto-falantes anunciando que seria possível, sim, fazer a inscrição para moradia popular. Perguntei sobre o que ela achava da ocupação do bairro pela polícia e ela apoiou. “Eu nunca passei por nenhum tipo de violência, mas a presença de policiais sempre é boa”, diz a jovem que mora há três anos no bairro e que está desempregada, mas não procurou uma vaga porque tem dois filhos pequenos para cuidar, sem acesso à creche. Presença da polícia é comemorada Outros moradores também elogiaram a ocupação pelos policiais. Eles afirmam se sentirem mais seguros com a presença de policiamento, principalmente para andar à noite. “O problema é que nos pontos onde já havia uso de drogas, os policiais ainda não estão chegando”, conta um jovem que foi procurar uma vaga de estágio e aponta para um bosque próximo, que seria um ponto de consumo. Esse morador estava acompanhado de outras duas pessoas, uma procurando emprego e a outra também procurando estágio. Os três não conseguiram nada. Disseram que receberam uma senha para acessar pela internet as vagas que buscam. A Rua Zacarias Gomes de Souza é chamada de Linhão do Emprego da região do Uberaba e liga a BR 277 com a Avenida Comendador Franco (Av. das Torres), cortando as vilas que formam a primeira UPS. Ela


é feita de concreto, é muito mais larga que as ruas usuais, com enormes torres de alta tensão. A diferença entre seus dois lados é no tamanho das casas. De um lado, em que fica o Centro de Referência e Assistência Social (Cras), local onde foi oferecida a feira de serviços, estão casas grandes, sobrados, triplex. E do outro, as moradias mais populares. Uma das moradoras com quem conversei estava em frente de casa, com a câmera na mão, queria uma foto do governador. Ela mora há 13 anos nessa rua principal, que se manteve fechada com cones e viaturas policiais para abordagens desde a semana anterior. Disse se sentir mais tranquila com a presença da polícia, mas teme que com o tempo o local fique abandonado novamente. A moradora também disse não acreditar que os policiais acabem com os pontos de tráfico de drogas. A UPS é mantida por 65 policiais militares que se revezam nessas áreas, durante 24 horas. Uma policial contou que gosta de fazer parte da UPS Uberaba. Ela disse que o mais complicado é durante os procedimentos de abordagem, já que a técnica exige que uma arma seja apontada para a pessoa. Durante a solenidade, o governador Beto Richa anunciou o comando da UPS para outra mulher, a tenente Carolina Cos-

ta, que afirmou que a abordagem policial é necessária. “A reação das pessoas de bem está sendo muito positiva, pois estas pessoas estão percebendo a vontade do policial em contribuir para uma melhor convivência daquela comunidade”, pondera. A tenente foi inserida na UPS na segunda fase de instalação, que teve início no dia 08. De acordo com a comandante, na segunda semana de ocupação, foram atendidas 33 ocorrências e o policiamento a pé foi intensificado. “As pessoas estão conhecendo também o trabalho destes policiais, que vão criar um vínculo com essa comunidade local a fim de identificar quem são os causadores dos problemas do bairro, ou seja, aqueles que transgridem a lei”, diz a tenente. Ela informa ainda que, cada dia mais, os moradores procuram os policiais para fazerem denúncias e que o número 181 é uma importante ferramenta para a população ajudar a polícia a tomar conhecimento dos problemas do bairro. “Essas denúncias são acompanhadas e investigadas para que a ação policial seja eficaz”, diz Caroline Costa.

comando da UPS, Beto Richa falou da alegria de “estar no local mais uma vez” (no bairro ou diante de algum morador de Curitiba), da “tristeza de ter que renunciar à Prefeitura para ser candidato ao Governo Estadual” e que se envergonha de Curitiba ter o pior índice de violência per capita entre as capitais do país. Richa declarou: “Aqui no Paraná, o bandido não tem vez. Nós seremos implacáveis contra a criminalidade. Vamos banir os traficantes”. E anunciou a segunda etapa do programa: a integração com a comunidade, a instalação de 10 UPS e 75 módulos policiais em Curitiba. O prefeito Luciano Ducci também afirmou que nenhum bairro vai ficar desprotegido até o final de 2012. E o cenário não poderia ser mais propício: balões coloridos, um palco com dezenas de políticos, falas sobre “eu também vim andar pelas ruas do Uberaba com meu filho”, como disse o secretário de segurança Reinaldo de Almeida Cesar. Típico cenário eleitoreiro, com uso de eventos e estruturas oficiais da Prefeitura, utilizadas em ano eleitoral.

Implantação da UPS e seus discursos Antes de anunciar o

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Mudanças nos Planos de Saúde DESDE JANEIRO, VIGORAM ALTERAÇÕES FEITAS PELA AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE

Em 2011, a Agência Nacional de Saúde (ANS) publicou uma série de resoluções que alteram os Planos de Saúde privados, como a ampliação do número de procedimentos cobertos, descontos para empresas que investem na saúde de seus empregados e estabelecimento de prazos para atendimento. Procedimento Em agosto de 2011, foi publicada a Resolução Normativa nº. 262, que inclui 69 novos procedimentos que devem ter cobertura dos planos. São 41 novas cirurgias, entre elas a de redução do estômago, além de novos exames, como o de DNA e o exame diagnóstico de câncer de mama. Também foram incluídos os tratamentos imunobiológicos e uma série de outros e o número de consultas com nutricionistas aumentou. O Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde é revisado a cada dois anos por um grupo técnico formado por entidades de defesa do consumidor, operadoras de Planos de Saúde, profissionais de saúde que atuam nos planos e técnicos da ANS. Caso o plano não garanta cobertura em um procedimento presente no Rol, é preciso procurar o plano associado e ver se houve algum problema. Numa nova 22

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negativa, a denúncia deve ser feita à ANS (pelo telefone 0800 701 9656). A multa para os planos que não se adaptaram às novas regras, válidas desde 01 de janeiro de 2012, é de R$80 mil. Os custos com a ampliação da cobertura também não devem impactar no reajuste dos valores para 2012. A ANS fará a análise do impacto financeiro durante o ano e, se houver reajuste, será apenas em 2013. Prazos e garantias Já a Resolução Normativa n°. 259 fala do tempo e da garantia de atendimento. Segundo a RN, deve constar a área geográfica de abrangência do plano contratado e garantir que seu associado receba atendimento de acordo com seu contrato. A norma também altera o prazo de atendimento. Com exceção de emergências, com atendimento imediato, os prazos variam de sete a 14 para consultas, e podem chegar a 21 dias em procedimentos mais complexos, contados a partir da data de demanda. Os planos também devem apresentar, em seus sites, o Mapa de Rede Credenciada, com a lista de profissionais, laboratórios, clínicas e hospitais credenciados. O prazo para se adaptar a esta Resolução (RN 285) é junho de 2012.

Envelhecimento ativo De agosto de 2011, a Resolução Normativa n°. 265 incentiva associados e empresas a buscarem a prevenção e o acesso a cuidados primários de saúde para diagnosticar e controlar precocemente doenças crônicas. As empresas que investem no chamado Envelhecimento Ativo podem receber incentivos, como desconto de até 30% na mensalidade do Plano de Saúde e os beneficiários também podem receber prêmios. As empresas que demonstram interesse, investem mais em alimentação, segurança do trabalho, médicos do trabalho e ginástica laboral. A medida ainda é facultativa. “Alguns bancos fingem que fazem trabalho de prevenção com os trabalhadores, mas sabemos que na prática isso não acontece. Tudo é muito de vez em quando”, conta Ana Fideli, secretária de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região. Segundo a diretora, se os bancos investissem no envelhecimento ativo, seria bom para todos. “A categoria é uma das que mais adoecem. Com prevenção, teríamos menos afastamentos pelo INSS, menos absenteísmo e um ambiente de trabalho mais saudável. Isso ajudaria até no aumento da produtividade dos trabalhadores”, completa Ana Fideli.


Fotos: SEEB Curitiba

Conheça seu espaço ESPAÇO CULTURAL E ESPORTIVO DOS BANCÁRIOS É UMA OPÇÃO DE LAZER E DESCONTRAÇÃO A MAIS PARA OS TRABALHADORES

O Espaço Cultural e Esportivo dos Bancários foi inaugurado pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba e região no dia 26 de outubro de 2007. Desde então, o local se tornou uma alternativa de entretenimento, saúde e lazer para os trabalhadores, promovendo a qualidade de vida e a interação da categoria através de diversas opções com custo acessível. Além de tudo isso, o local também é um espaço para

promoção da arte e da cultura, sediando debates e apresentações artísticas e sociais. Há ainda aulas de pilates, academia para musculação e quadra poliesportiva. “Mais que isso, não há dúvidas que o Espaço Cultural e Esportivo nasceu com vocação de testemunhar as conquistas da categoria bancária. Desde sua inauguração, a sede da Rua Piquiri é palco das principais lutas dos trabalhadores por

condições mais dignas de trabalho, remuneração mais justa, reconhecimento e valorização. Mas não é só isso. O Espaço é um local destinado à prática de atividades físicas, confraternizações e momentos de lazer. Atividades que são essenciais para o desenvolvimento de uma vida plena, em que o trabalhador possa conservar sua saúde, o bem-estar e autoestima”, destaca Otávio Dias, presidente do Sindicato.

Academia O Espaço Cultural e Esportivo é um local para atividades físicas, esporte e lazer, para que os bancários possam se desfazer do estresse da rotina profissional. Para isso, a Academia dispõe de equipamentos para a prática de musculação com o acompanhamento profissional, além de aulas de pilates e dança aeróbica com exercícios localizados (aerolocal).

Quadra poliesportiva Para os bancários que desejam reunir os amigos para jogar futebol, vôlei ou basquete, o Espaço Cultural e Esportivo oferece uma quadra poliesportiva coberta, ideal para a prática de esportes em equipe. A locação é feita mediante agendamento, pelo telefone (41) 3015-0523. Lembre-se. a prática de exercícios físicos é fundamental para a saúde e bem-estar.

Café dos Bancários Com capacidade para 80 pessoas, o Espaço Cultural e Esportivo também dispõe do café dos Bancários, um local amplo e agradável para happy hour e confraternizações. O bar oferece ótimas opções no cardápio. Todos os sábados, os bancários podem saborear a tradicional feijoada, servida sempre às 12h30. Já nas primeiras sextas-feiras de cada mês, é servido um saboroso barreado. abril 2012

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Fotos: Ronaldo Duarte

Um fim de semana em Florianópolis A PARTIR DESTA EDIÇÃO, BANCÁRIOS PODERÃO DAR DICAS DE VIAGEM. A PRIMEIRA PARADA É NA ILHA CAPITAL DE SANTA CATARINA

Nesta edição, a Revista Bancári@s traz mais uma novidade para seus leitores: o lançamento da editoria “Pé na estrada”, espaço destinado ao turismo e lazer. A proposta é que, a cada edição, um bancário nos conte sobre uma viagem realizada, com dicas de roteiro, hospedagem, alimentação e custos. Quer aparecer aqui você também? Para participar, é simples: basta entrar em contato com o Sindicato, pelo e-mail, imprensa@ bancariosdecuritiba.org.br, manifestando seu interesse. Se você achar necessário, não precisa se identificar. Malas prontas? Nossa primeira viagem acontece na companhia do bancário Ronaldo Duarte da Silva, 26 anos, auxiliar de atendimento na agência Pinhais da Caixa Econômica Federal. Em meados de março, ele escolheu passar um fim de semana em Florianópolis, capital de Santa Catarina. “Ainda não tinha tido oportunidade de viajar neste verão, e, como queria evitar o excesso de movimento e os preços maiores da alta 24

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temporada, decidi viajar nesta época”, explica. O objetivo da viagem era conhecer melhor e desfrutar das paisagens da ilha catarinense: “Estive pela primeira vez em Florianópolis aos 10 anos de idade, mas foi apenas por uma manhã. No ano passado, tive a oportunidade de retornar, em razão do casamento de um amigo. Porém, acabei não conseguindo conhecer muitas coisas. Por isso, resolvi voltar, desta vez, acompanhado da minha namorada. O tempo para a viagem não era muito longo, apenas um fim de semana, mas como fomos com o objetivo de conhecer o lugar, deu pra aproveitar bastante”, conta Ronaldo. O que fazer? O bancário e a namorada chegaram a Florianópolis na sexta-feira à noite, quando conheceram a Praia de Canasvieiras, onde estavam hospedados. “O mar é bem gelado, mas a água é extremamente calma e


cristalina, até parece uma lagoa”, relata. “No sábado, aproveitamos a estrutura do hotel e depois almoçamos no Mercado Municipal. Lá, existem vários boxes, que vendem coisas diversas, como ervas, cereais, condimentos, peixe, carne, além de bares e restaurantes, famosos pelos frutos do mar”, conta. O casal escolheu comer petiscos: “Pedimos uma porção de sardinha frita, uma de linguiça e pastéis. Pagamos um preço justo pela quantidade e qualidade da comida”, acrescenta. Depois do almoço, foi a hora de conhecer a Avenida Beira-Mar Norte, que possui um calçadão para caminhadas, algumas praças, um trapiche, além de uma longa e bem projetada ciclovia. “Uma boa dica é fazer um passeio de bicicleta. No local, é possível alugar bicicletas por R$ 7 por hora e, assim, aproveitar a oportunidade de pedalar em uma estrutura impensável em Curitiba, com um cenário maravilhoso de fundo”, recomenda. A próxima parada foi na Praia da Joaquina, um dos locais turísticos mais tradicionais de Florianópolis, onde se pode alugar pranchas para descer as dunas. “Dali, partimos para a Avenida das Rendeiras, na beira da Lagoa da Conceição, local com muitos bares e restaurantes”, relata Ronaldo. O casal também visitou Jurerê Internacional, bairro com residências de alto luxo, e o Forte de São José da Ponta Grossa, um dos três que formam o complexo de fortes de Florianópolis e o único localizado na ilha principal. “No local, faltam informações sobre a história do forte, mas a estrutura é bem conservada, limpa, além de ser ao lado de uma praia linda, quase deserta”, explica. “No domingo à tarde, fomos conhecer de perto a Ponte Hercílio Luz, o principal cartão-postal da cidade. A ponte está interditada há algum tempo, mas é possível observá-la de uma praça ao lado. Também senti falta de mais informações sobre a história, mas, mesmo assim, é um local de visita obrigatória”, conta. Da ponte,

o bancário pegou a estrada de volta para casa, não sem antes de fazer uma parada em Joinville para saborear uma verdadeira torta alemã. “Melhor que qualquer uma que já provei em Curitiba”, recomenda. Transporte, hospedagem e alimentação Ronaldo e a namorada optaram por fazer a viagem até Florianópolis de carro. “Como a distância de Curitiba não é tão grande, cerca de 310 quilômetros apenas, o trajeto permite ir e voltar de carro tranquilamente”, justifica. Ele ainda dá mais uma dica importante: “Para quem, como eu, for de carro e não conhece a cidade, acho importante levar um GPS, pois a sinalização nem sempre é suficiente para se localizar”. Quanto à hospedagem, o bancário recomenda a reserva com uma boa antecedência, para evitar problemas. “Além disso, é bom pesquisar bastante antes de fechar um local para ficar, pois existem vários tipos de hospedagem em Florianópolis – hotéis, pousadas, lugares mais simples e outros mais luxuosos”, completa. Já com relação à comida, não vão faltar pratos saborosos: “Por se tratar de uma cidade turística e ser a capital do estado, a ilha possui diversas opções de alimentação, desde restaurantes especializados em frutos do mar até lanchonetes fast-food. Sempre tem uma boa opção para comer”, acrescenta. “Para quem procura uma viagem tranquila para conhecer lugares diferentes, e não quer muito agito, recomendo a ida a Florianópolis fora da alta temporada. A dica é programar a viagem com alguma antecedência, além de, se possível, reservar pelo menos 4 dias para conhecer a cidade. Em todos os locais que estive, fomos muito bem atendidos. O pessoal é muito simpático e sabe como receber e tratar bem turistas. Além disso, na média, os preços são um pouco acima dos encontrados em Curitiba, mas, procurando bem, dá pra gastar uma quantia razoável e se divertir bastante”, resume Ronaldo. abril 2012

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19.01.2012

SEEB Curitiba

“A Privataria Tucana” é lançado em Curitiba No dia 19 de janeiro, o jornalista Amaury Ribeiro Jr. esteve em Curitiba para o lançamento de seu livro A Privataria Tucana, publicação que investiga a lavagem de dinheiro das privatizações ocorridas no governo de Fernando Henrique Cardoso, quando José Serra era ministro. Na noite de lançamento, o jornalista relembrou a privatização do

Banestado, em 2001, que devastou a vida de funcionários do banco e de todos os paranaenses, que até hoje arcam com dívidas da venda do banco. Amaury avalia que a venda foi a maior lavanderia de dinheiro do país. A Privataria Tucana foi um dos livros com maior repercussão em 2011 e uma CPI deve ser implantada para investigar as denúncias do livro.

27.01.2012

SEEB Curitiba

Sindicato fecha agências do Itaú Os dirigentes do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região fecharam, no dia 27 de janeiro, as duas agências do Itaú Unibanco que estão participando do Projeto Corredor, programa piloto que pretende ampliar o atendimento aos correntistas, com horários de funcionamento das 8h às 20h. O banco implantou o projeto sem

consultar seus funcionários e o movimento sindical. “O banco muda a rotina de seus funcionários sem ao menos consultá-los, gerando, ainda, desvio de função”, afirmou Otávio Dias, presidente do Sindicato. O Projeto Corredor beneficia apenas correntistas; clientes sem cartão não podem entrar nas agências nos horários diferenciados.

08.02.2012

Divulgação

Café dos Bancários recebe Gloria Arcos

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abril 2012

A cantora equatoriana Gloria Arcos se apresentou no Café dos Bancários, no Espaço Cultural e Esportivo do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, no dia 08 de fevereiro. A mostra Arte e Cultura Popular do Equador foi promovida pelo Centro de Estudos Políticos e Culturais Ernesto Che Guevara e Artecuador Mosaicos e con-

tou com parceria de Luis Gaspavorick. Após a apresentação, o evento contou com debate sobre a cultura do Equador, com participação da cantora. Gloria Arcos iniciou sua carreira em 1981, mas seu primeiro disco, “Al fin y al cabo”, foi lançado somente em 2008, retomando a carreira solo com canções de blues e bolero.


10.02.2012

No dia 10 de fevereiro, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região recebeu, na sede da entidade, representantes do departamento de RH do Itaú Unibanco. Participaram da reunião José Carlos Rinaldi, relações sindicais, e Romualdo Garbi. Entre os assuntos debatidos, os diretores do Sindicato cobraram do banco

um posicionamento a respeito do Projeto Corredor e também o fim das demissões no banco. Só em 2011, o Itaú promoveu 202 desligamentos, sendo 146 demissões sem justa causa. Representando os bancários, participaram o presidente do Sindicato, Otávio Dias, e os diretores liberados do Itaú, Ana Fideli, Junior César Dias, Márcio Kieller e Selio Germano.

SEEB Curitiba

Sindicato se reúne com RH do Itaú

16.02.2012

O tradicional bloco carnavalesco dos trabalhadores do Paraná, representados na Central Única dos Trabalhadores (CUT), tomou as ruas de Curitiba na tarde do dia 16 de fevereiro. Neste ano, o tema do enredo foi Educação e Política. O bloco da CUT-PR reiterou a necessidade de colocar a educação como prioridade nas políticas públicas, como um forte instrumento de

transformação social. “Não há como uma sociedade evoluir sem educação. Precisamos definir o que desejamos de nossas cidades para os próximos quatro anos”, explicou Roni Barbosa, presidente da CUT-PR. O bloco Balança povo que o de cima cai saiu da Praça Santos Andrade e percorreu toda a Rua XV de Novembro, até a Praça Osório.

CUT-PR

Bloco de carnaval da CUT sai às ruas

17.02.2012

Entre os dias 06 e 17 de fevereiro, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região ofereceu, a mais uma turma de trabalhadores, o curso preparatório para o Exame de Certificação Profissional Série 10 (CPA-10). Promovido pela Secretaria Jurídica da entidade e realizado no Espaço Cultural, o curso contou com a participação de 45

bancários nos dez encontros. O CPA-10 é destinado a profissionais que desempenham atividades de comercialização e distribuição de produtos com os investidores nas agências bancárias. Uma nova turma de CPA-10 deve ser aberta no segundo semestre de 2012, além do curso preparatório CPA-20.

SEEB Curitiba

Sindicato oferece curso preparatório CPA-10

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28.02.2012

SEEB Curitiba

Sindicato orienta prevenção às LER/Dort Para reforçar com a categoria a importância de prevenir as Lesões por Esforço Repetitivo e Doenças Osteomusculares (LER/Dort), o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região criou o Cartão de Prevenção, distribuído em toda a base no Dia Internacional de Combate e Conscientização às Vítimas de LER/Dort, em 28 de fevereiro. O mate-

rial traz dicas práticas e úteis para o dia a dia, com exemplos de alongamentos que podem ser feitos no expediente e os direitos dos trabalhadores garantidos por lei. O Sindicato também levou uma apresentação de teatro sobre as LER/Dort ao Centro Administrativo HSBC Xaxim, ao CSO Palladium e à Central de Atendimento do Banco do Brasil.

29.02.2012

SEEB Curitiba

Eleitos os delegados para Congresso da Contraf-CUT Os bancários de Curitiba e região definiram seus representantes para o 3º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A eleição aconteceu em assembleia realizada no dia 29 de fevereiro, no Espaço Cultural e Esportivo. Foram eleitos os dirigentes sindicais Otávio Dias, Genésio Cardo-

so, Carlos Kanak, Eustáquio Moreira, Ana Fideli, Ana Smolka e Cristiane Zacarias. Os suplentes são Karla Huning e Márcio Kieller. No Congresso da Contraf-CUT, nos dias 30, 31 de março e 01 de abril, serão traçadas as estratégias da entidade para o período, além da eleição da nova diretoria para o triênio de 2012-2015.

06.03.2012

SEEB Curitiba

Curitiba realiza pré-Congresso da Contraf-CUT

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abril 2012

Os bancários de todo o Paraná se reuniram em Curitiba, no dia 06 de março, para o pré-Congresso estadual que antecede o 3º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). O encontro, promovido pela FETEC-CUT-PR, teve como objetivo discutir previamente o texto-base elaborado pela direção da

Confederação e tirar as propostas da Federação para o plano de ação que norteará a próxima gestão da entidade nacional. Além da direção da FETEC-CUT-PR e do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, o pré-Congresso contou com a participação do atual presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, que fez uma análise de conjuntura e balanço da gestão.


07.03.2012

No dia 07 de março, funcionários do Banco do Brasil de todo o país vestiram preto em uma mobilização nacional pela jornada legal de 6h. Em Curitiba, o Dia do Preto foi marcado pela paralisação das atividades na sede Matriz do BB. Mais de 80% dos bancários vestiram preto e receberam informações sobre as decisões judiciais de 7ª e 8ª horas.

Em virtude do descaso do BB na mesa permanente de negociação, não apresentando nenhuma proposta, os funcionários do banco voltaram a vestir preto no dia 28 de março. A jornada de 6h é uma conquista histórica da categoria, do ano 1933. Desde 1985, a CLT estabelece a duração normal do trabalho de bancários de 30 horas semanais.

SEEB Curitiba

Dia do Preto no Banco do Brasil

08.03.2012

Entre os dias 05 e 09 de março, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região preparou uma programação especial para celebrar o Dia Internacional da Mulher, que contou com sessões diárias de cinema no Espaço Cultural, além da palestra “Violência maquiada nas relações de trabalho”, com a advogada Jane Salvador. Já durante o dia 08 de março, os di-

rigentes do Sindicato foram à base levar uma lembrança às mulheres (um cartão e um suporte de bolsas) e parabenizálas por seu dia. No mesmo dia, foi ajuizada ação por substituição processual requerendo o direito de intervalo de 15 minutos para bancárias que fizeram hora extra nos últimos cinco anos do contrato de trabalho.

SEEB Curitiba

Semana da Mulher tem programação especial

19.03.2012

Durante o dia 19 de março, a agência do HSBC na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) permaneceu fechada. O Sindicato dos Bancários de Curitiba e região organizou a paralisação após receber uma série de denúncias dos funcionários, que estavam sofrendo com metas abusivas, pressão pelo cumprimento e, principalmente, com assédio moral.

De acordo com os bancários, a violência organizacional vem sendo praticada, principalmente, pelo gerente geral da agência. “A pressão pelo cumprimento de metas adoece os bancários. Não podemos deixar que isso continue acontecendo diariamente nas agências do HSBC”, protestou Carlos Alberto Kanak, diretor do Sindicato.

SEEB Curitiba

Agência do HSBC no CIC é fechada

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Arquivo SEEB Curitiba

Voto feminino completa 80 anos EM 1932, MULHERES FORAM AUTORIZADAS A VOTAR, AINDA QUE COM RESTRIÇÕES

Março é o mês da mulher, mas foi em fevereiro que uma importante conquista comemorou aniversário. No dia 24 de fevereiro de 1932, as mulheres conquistaram o direito ao voto. A autonomia feminina ganhava novas proporções, ainda que, na época, só fosse permitido o voto às mulheres casadas com autorização dos maridos, ou às solteiras e viúvas com renda própria. A proibição do voto feminino existia mesmo não constando na Constituição Federal. O primeiro estado a conquistar o direito foi o Rio Grande do Norte, em 1927. Celina Guimarães Viana deu entrada numa petição para inclusão de seu nome entre os eleitores, que foi acatada pelo juiz. A partir disso, mulheres em todo Brasil começaram a fazer o pedido. Foi só em 1933 que uma mulher venceu uma eleição e completou o mandato, quando a médica Carlota Pereira de Queirós se tornou a primeira deputada 30

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federal no país. A luta pela emancipação feminina ganhou força e, em 1934, o voto foi oficialmente regulamentado, sem as restrições. Na época, mais de cem países não permitiam que as mulheres votassem. Igualdade, pero no mucho Mesmo em um Brasil governado por uma mulher, a presidente Dilma Rousseff, a bancada de representantes ainda apresenta um número díspar de políticos homens e mulheres. São 45 deputadas na Câmara, apenas 8,77% do total. Já no Senado, há 12 senadoras para 81 vagas. O Brasil ocupa o 142º lugar no ranking de países com participação feminina na política, atrás de países como Afeganistão, Iraque, Timor Leste, Moçambique e Angola. Há resistência dos próprios partidos, que julgam ser suficiente apenas respeitar a lei que prevê cota de 30% de candidatas mulheres. Mas, estes partidos não dão o

apoio necessário para essa minoria e não criam condições reais de competição. “O espaço político não é ocupado por concessões, mas por disputas, muitas vezes, árduas e desgastantes. Na queda de braço, a mulher tende a abrir mão em nome do consenso, diferente do homem. Temos exceções, mas precisamos lutar por mais mulheres na política”, avalia Marisa Stédile, secretária-geral da CUT-PR. O Partido dos Trabalhadores (PT) aprovou em seu último congresso a regra da paridade para as eleições de 2013, sendo o primeiro a empregar a prática. “Os partidos que não têm cota legal deveriam ser impedidos de concorrer. A lei dos 30% foi feita por uma maioria de homens e dá brechas a candidaturas laranjas e outras manobras”, destaca Marisa. Para ela, mesmo num partido com história de luta por igualdade de gênero como o PT, a regra da paridade deve encontrar dificuldades para ser aplicada efetivamente.


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