Otávio Dias ∞ Bradesco
Presidência otavio@bancariosdecuritiba.org.br Carlos Alberto Kanak • HSBC
Antonio Luiz Fermino • Caixa
Secretaria Geral kanak@bancariosdecuritiba.org.br
Secretaria de Finanças fermino@bancariosdecuritiba.org.br
Audrea Louback • HSBC
Eustáquio Moreira dos Santos • Itaú Unibanco
Secretaria de Organização e Suporte Administrativo audrea@bancariosdecuritiba.org.br
Secretaria de Imprensa e Comunicação eustaquio@bancariosdecuritiba.org.br
Marcio M. Kieller Gonçalves • Itaú Unibanco
Denívia Lima Barreto • HSBC
Secretaria de Formação Sindical marciokieller@bancariosdecuritiba.org.br
Secretaria de Igualdade e da Diversidade denivia@bancariosdecuritiba.org.br
Ademir Vidolin • Bradesco
Margarete Segalla Mendes • HSBC
Secretaria de Assuntos Jurídicos Coletivos e Individuais ademir@bancariosdecuritiba.org.br
Secretaria de Saúde e Condições de Trabalho margarete@bancariosdecuritiba.org.br
André C. B. Machado • Banco do Brasil
Genésio Cardoso • Caixa
Secretaria de Políticas Sindicais e Movimentos Sociais andre@bancariosdecuritiba.org.br
Secretaria de Cultura genesio@bancariosdecuritiba.org.br
Júnior César Dias • Itaú Unibanco
Pablo Sérgio M. Ruiz Diaz • Banco do Brasil
Secretaria de Mobilização e Organização da Base junior@bancariosdecuritiba.org.br
Secretaria de Ass. de P. Sociais e E. Socioeconômicos pablo@bancariosdecuritiba.org.br
Anselmo Vitelbe Farias • Itaú Unibanco
Selio de Souza Germano • Itaú Unibanco
Secretaria de Assuntos do Ramo Financeiro anselmo@bancariosdecuritiba.org.br
Secretaria de Esportes e Lazer selio@bancariosdecuritiba.org.br
Alessandro Greco Garcia - Banco do Brasil Ana Luiza Smolka - Banco do Brasil Ana Maria Marques - Itaú Unibanco Carl Friedrich Netto - Banco do Brasil Claudi Ayres Naizer - HSBC Edson Correia Capinski - HSBC Edna do Rocio Andreiu - HSBC Elize Maria Brasil - HSBC Erie Éden Zimmermann - Caixa Genivaldo Aparecido Moreira - HSBC Hamilton Reffo - HSBC Herman Felix da Silva - Caixa Ilze Maria Grossl - HSBC João Batista Melo Cavalcante - Caixa Jorge Antonio de Lima - HSBC
José Carlos Vieira de Jesus - HSBC José Florêncio F. Bambil - Banco do Brasil Karin Tavares - Santander Karla Cristiane Huning - Bradesco Kelson Morais Matos - Bradesco Lílian de Cássia Graboski - ABN/Real Luceli Paranhos Santana - Itaú Unibanco Marco Aurélio Vargas Cruz - HSBC Marisa Stedile - Itaú Unibanco Salete A. Santos Mendonça Teixeira - Caixa Sonia Regina Sperandio Boz - Caixa Sidney Sato - Itaú Unibanco Ubiratan Pedroso - HSBC Valdir Lau da Silva - HSBC Vanderleia de Paula - HSBC
Efetivos
Suplentes
Luiz Augusto Bortoletto - HSBC Ivanício Luiz de Almeida - Itaú Unibanco Denise Ponestke de Araújo - Caixa
Deonísio Schimidt - HSBC Tania Dalmau Leyva - Banco do Brasil Bras Heleison Pens - Itaú Unibanco
Imagem de divulgação/Will Eisner
21 Política em quadrinhos
SEEB Curitiba
Temas políticos têm sido pano de fundo de vários livros de histórias em quadrinhos, com abordagens biográficas ou mesmo ficcionais.
12 Balanço positivo PMC
Em três anos de mandato, gestão “Quem luta conquista” conseguiu despertar a consciência dos bancários de Curitiba e região para a importância da unidade da categoria.
23 Ônibus mais caro
EveryStockPhoto
Reajuste de 13,6% na tarifa de ônibus do transporte coletivo de Curitiba está sob investigação do Ministério Público do Estado do Paraná.
24 Saúde em risco Trabalhadores do setor financeiro se arriscam ao preferir a automedicação em vez de buscar ajuda profissional especializada.
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Cartas do leitor Editorial Bancos Entrevista Capa Vida sindical Formação Jurídico Opinião Cultura Cidadania Bem viver Aconteceu Memórias da luta Humor Abril 2011
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Atualize seus dados Junto com a edição de fevereiro da Revista Bancári@s, os trabalhadores sindicalizados receberam em suas casas ou locais de trabalho uma Agenda 2011, elaborada pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba e região. O presente foi uma retribuição ao apoio e ao companheirismo dos milhares de associados ao longo do ano de 2010. Contudo, a entidade recebeu e-mails de bancários que não receberam a agenda:
“[...] sou sindicalizado, e alguns colegas de minha unidade receberam a Agenda 2011 do Sindicato. Gostaria de solicitar que me enviassem uma agenda, pois não recebi.” Bancário da Caixa Econômica Federal
Maus: a história de um sobrevivente Autor: Art Spiegelman Páginas: 296 Editora: Cia das Letras
Considerado um clássico contemporâneo das histórias em quadrinhos, o livro conta a história de Vladek Spiegelman, um judeu polonês que sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz, narrada por ele próprio ao filho, Art Spiegelman.
“Alguns colegas meus, que são sindicalizados, receberam em casa uma Agenda 2011, porém, em minha casa, não recebi. É provável que meu endereço seja muito antigo, assim, gostaria de saber como faço para atualizá-lo.” Bancário do HSBC De fato, muitos bancários não receberam a agenda devido à desatualização de seu cadastro junto ao Sindicato. Por isso, a entidade está promovendo uma campanha intitulada “Atualize seus dados”. Basta acessar o site www.bancariosdecuritiba.org.br e informar as alterações necessárias. Se você tem críticas ou sugestões para a Revista Bancári@s, mande um e-mail para imprensa@bancariosdecuritiba.org.br.
Trabalho interno Gênero: Documentário Tempo de duração: 120 min Ano de lançamento: 2010
Vencedor do Oscar 2011 na categoria melhor documentário, o filme recupera, de forma didática e extensa, os motivos que levaram os Estados Unidos e o mundo à crise econômica de 2008, a maior desde a Grande Depressão americana de 1930.
A revista Bancári@s é uma publicação bimestral do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, produzida pela Secretaria de Imprensa e Comunicação. Presidente: Otávio Dias • otavio@bancariosdecuritiba.org.br Sec. Imprensa: Eustáquio Moreira • eustaquio@bancariosdecuritiba.org.br Rua Vicente Machado, 18 • 8° andar CEP 80420-010 • Fone 41 3015.0523 www.bancariosdecuritiba.org.br Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.
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abril2011
Conselho Editorial: Carlos Kanak, Eustáquio Moreira dos Santos, Júnior César Dias, Marcio Kieller, Otávio Dias e Pablo Diaz Jornalista responsável: Renata Ortega (8272-PR) Redação: Flávia Silveira, Paula Padilha e Renata Ortega Projeto gráfico: Fabio Souza e Renata Ortega Diagramação: Fabio Souza e Mariana Kaminski Revisão: Maria Cristina Périgo Impressão: Maxigráfica • Tiragem: 8.000 Contato: imprensa@bancariosdecuritiba.org.br
Contraf-CUT
Foi assinado no dia 26 de fevereiro o Protocolo para Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho. O Acordo Aditivo estabelece uma política de prevenção e combate ao assédio moral nos bancos. Desde então, os bancários podem delatar aos sindicatos qualquer prática assediadora.
Luta contra assédio ganha aliado No final do mês de janeiro, nove instituições financeiras que atuam no Brasil, por intermédio da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), assinaram o Acordo Aditivo intitulado Protocolo de Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho. Trata-se de uma política de prevenção e combate ao assédio moral, prevista na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2010/2011 da categoria bancária, em que os bancos se comprometem a declarar explicitamente condenação a qualquer tipo de prática assediadora, incentivando ações e comportamentos adequados no ambiente de trabalho. Apenas o Banco do Brasil se negou a assinar o aditivo. Na prática, o Protocolo representa um instrumento de denúncia, em que os bancários podem delatar aos sindicatos qualquer tipo de assédio moral. Uma conquista histórica dos trabalhadores do ramo
financeiro, fruto da perseverança durante a campanha salarial de 2010. Diante de mais este aliado na luta pela preservação dos direitos e sobretudo da saúde da categoria, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região está disponibilizando nesta edição da Revista Bancári@s a íntegra do Acordo Aditivo e também a Cláusula 51 da CCT, que prevê o Protocolo. O objetivo é munir os bancários dos instrumentos necessários para que eles se sintam seguros em denunciar todo e qualquer tipo de assédio sofrido em seus locais de trabalho. O Acordo estabelece que bancos e sindicatos disponham de um canal específico para encaminhamento de reclamações, sugestões e pedidos de esclarecimento. As denúncias feitas diretamente às instituições financeiras serão respondidas aos trabalhadores após a apuração. Já aquelas feitas aos sindicatos serão
encaminhadas aos bancos, por escrito, e apuradas em 60 dias. A identidade dos denunciantes serão preservadas. Além da íntegra do Protocolo de Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho, esta edição da Revista Bancári@s apresenta os principais temas debatidos nas discussões específicas de bancos públicos e privados, a luta da CUT por uma política de correção permanente para a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) e uma avaliação da gestão “Quem luta conquista” (2008/2011). A publicação traz ainda uma matéria sobre os perigos da automedicação, outra sobre a inserção de temas políticos nas histórias em quadrinhos e o novo Índice de Valores Humanos (IVH) que integra a avaliação do PNUD. Boa leitura! A Direção abril 2011
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Finalmente, PCR BANCO DO BRASIL REALIZA IMPLANTAÇÃO DO PLANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DENTRO DO PRAZO NEGOCIADO NA CAMPANHA SALARIAL
Contraf-CUT
Conforme anunciado para a Comissão de Empregados do Banco do Brasil, a implantação do Plano de Carreira e Remuneração (PCR) foi efetivada no dia 31 de março, com incidência na folha de pagamento de abril, vigência a partir de 01 de setembro de 2010 (data-base da categoria) e pontuação com efeitos retroativos a janeiro de 2006 para a progressão por mérito na carreira. Com isso, o banco cumpriu a 44ª cláusula do acordo aditivo de trabalho, assinado após a campanha salarial de 2010. No PCR, a pontuação diária é definida de acordo com o Valor de Referência (VR) da comissão. Para quem recebe até R$ 4.056,10 será computado 1 ponto por dia, com avanço de nível a cada três anos. Para VR entre R$ 4.056,10 e R$ 6.760,17 a pontuação será 1,5 por dia, com avanço de nível a cada dois anos. As comissões de R$ 6.760,17 a R$ 13.520,33 recebem 3 pontos, com avanço de nível a cada um ano. As comissões acima desse valor recebem 6 pontos e avançam níveis a cada seis meses. A cada
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1.095 pontos o bancário avança um nível na tabela por mérito. Apenas os funcionários comissionados estão incluídos e progredirão na carreira de mérito. Nessa tabela, são 25 níveis (M1 ao M25) e cada nível M corresponderá a R$ 80,50 (R$70,80 + 25%) de incorporação da Contribuição Temporária Variável de Função Comissionada (CTVF) nas verbas fixas. Funcionários oriundos de outros bancos estão incluídos no PCR, mas serão avaliados a partir da migração, ao contrário dos funcionários concursados, que terão o seu histórico considerado desde 2006. Com o PCR, que aparecerá no espelho como “verba 011”, o salário base do funcionário terá diminuído o valor da remuneração variável, que será substituída por verbas fixas. “Isso significa uma verba que não pode ser retirada nem reduzida, portanto é uma incorporação gradual ao salário dos comissionados”, avalia Ana Smolka, representante do Paraná na Comissão de Empregados. Para André Machado, diretor do Sindicato
dos Bancários de Curitiba e região, ainda faltam avanços no PCR para o valor das comissões ser efetivamente incorporado aos salários. “As menores comissões nunca vão chegar ao final do PCR e muitos chegarão ao fim de sua carreira sem ter incorporado todas as verbas variáveis ao salário. Essa será nossa luta para daqui em diante”, afirma. Ações judiciais O Sindicato continua pressionando o BB pelo cumprimento da jornada dos bancários, que é de seis horas (inclusive para comissionados que exercem cargos técnicos). Desde 2004, a entidade move ações de substituição processual pelas 7ª e 8ª horas trabalhadas e não pagas como extra. As ações de 2006 já estão em fase de liquidação e recebimento de valores. Em 2010, novas ações foram ajuizadas e cerca de 400 delas estão em andamento na 15ª Vara do Trabalho de Curitiba. Ainda é possível se cadastrar para novas ações coletivas acessando www.bancariosdecuritiba.org.br. São cerca de 30 cargos contemplados.
Caixa: Sindicato está de olho na jornada CAMPANHA “MARQUE SEU PONTO” ORIENTA FUNCIONÁRIOS A NÃO EXTRAPOLAREM A JORNADA DE TRABALHO
O Sindicato dos Bancários de Curitiba e região inicia, em abril, uma campanha de conscientização dos empregados da Caixa Econômica Federal, para que respeitem o limite de duas horas extras diárias e registrem sua jornada corretamente no Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon). A Caixa manteve desde outubro de 2010 o Sipon destravado, prejudicando os trabalhadores, já que permitia a realização de login sem marcação de ponto. O funcionário continuava trabalhando, mas o sistema não reconhecia como hora trabalhada. A situação foi revertida no início de março, após cobrança da Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa). Agora, o Sipon trava após cinco minutos de utilização sem login no sistema, protegendo o bancário, que tem seu horário efetivamente registrado. Para Antonio Luiz Fermino, representante do Paraná na CEE, os trabalhadores não podem concordar com a política da empresa e burlar o próprio horário de trabalho. “Por isso, estamos promovendo esta campanha sobre o controle da jornada, para que o ponto seja marcado. O bancário não pode jogar contra sua própria saúde, realizando jornadas intermináveis”, orienta o dirigente. “Essa atitude só ajuda a Caixa a omitir a falta de funcionários e o excesso de trabalho a que estão submetidos”. É prática entre funcionários da Caixa a “marcação
paralela” do ponto, diretamente com o gestor da unidade. “Esta prática traz sérios prejuízos ao trabalhador. Não há qualquer garantia de que seja recebido futuramente, já que dependerá de prova testemunhal e ainda assim há que se considerar a prescrição, a fixação da média muitas vezes com duração inferior a efetivamente trabalhada. Dificuldades típicas de uma ação trabalhista que o empregado deverá enfrentar para receber o que lhe era devido”, orienta Nasser Ahmad Allan, assessor jurídico do Sindicato. Aditivo sobre a jornada Na Caixa, o registro de jornada e as horas extras são regulamentados pela cláusula 4ª do Acordo Aditivo, que estabelece que a jornada diária pode ser prorrogada, desde que seja excepcional (em casos de necessidade de serviço, deve ser feito o pagamento de adicional de 50% sobre o valor da hora normal). Só é permitida a compensação de metade das horas extraordinárias, o restante deve ser pago. O aditivo também garante ao funcionário o registro no Sipon, conforme parágrafo terceiro: “As horas extraordinárias serão efetivamente registradas e os dados funcionais serão disponibilizados aos empregados por meio do Sistema de Ponto Eletrônico”. Promoção por mérito
Ao encerrar o processo de promoção por mérito do Plano de Cargos e Salários (PCS), 94,6% dos empregados foram promovidos em pelo menos um delta. Apenas 5,4% permaneceram no mesmo estágio na carreira. Na avaliação de 2008, 20% dos bancários não haviam sido promovidos. “Essa diferença deve-se à mudança na metodologia e
nos critérios de avaliação”, explica Antonio Luiz Fermino. No novo modelo, a linha de corte foi definida em 8,2, nota 15% inferior à média alcançada pelos bancários na avaliação de 2008. O segundo delta foi distribuído para os melhores avaliados até que se esgotasse o orçamento disponível para as promoções. Abril 2011
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Bancários de privados debatem demandas REUNIÕES AMPLIADAS JÁ DERAM INÍCIO ÀS DISCUSSÕES DAS PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES NO ITÁU UNIBANCO, SANTANDER E BRADESCO
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Os trabalhadores do Itaú Unibanco, além da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), recebem também parte da remuneração variável pelo programa próprio, denominado Ação Gerencial Itaú para Resultados (Agir) – que recentemente teve a incorporação do programa RR, utilizado pelo Unibanco. Em 2011, mais uma vez, os bancários foram surpreendidos pelos valores. Os funcionários oriundos do Unibanco receberam um valor menor referente à PLR, sob a alegação de ser um resquício do processo de fusão. “A relação entre meta e remuneração está distorO banco aumentou cida. O banco aumentou as metas mas os ganhos as metas mas os dos bancários foram reduganhos dos zidos. Queremos acesso a bancários foram esses cálculos, para saber o porquê da redução dos reduzidos. valores. Alguma coisa está Queremos acesso a errada”, observa Eustáquio Moreira, dirigente do Sinesses cálculos, para dicato dos Bancários de saber o porquê da Curitiba e região. No pagamento anteredução dos valores.” rior, o movimento sindical questionou os cálculos do Agir e do RR e os bancários receberam um complemento. “O Agir é uma caixa preta. Não sabemos quais são as regras e os cálculos. Quando vem o pagamento todos são surpreendidos”, denuncia Armando Dibax, diretor da FETEC-CUT-PR. O Agir possui 17 modalidades diferentes. Cada bancário sabe de sua remuneração, mas desconhece a dos colegas. O programa remunera a cada semestre de acordo com o cumprimento de metas. O movimento sindical reivindica que haja participação de abril 2011
trabalhadores na elaboração dessas metas, para que sejam discutidas e melhoradas. “As regras são modificadas a todo o momento, com o claro objetivo de tornar as metas inatingíveis. Este programa tem tudo para ser uma enganação, pois é exatamente como nos sentimos, enganados” protesta Júnior César Dias, dirigente do Sindicato. Os bancários do Itaú Unibanco que se sentiram prejudicados devem denunciar ao Sindicato. Santander Em reunião, os bancários do Santander, representados por dirigentes sindicais da Contraf-CUT e sindicatos filiados, debateram a importância de exigir o fim das demissões. O banco alega que há apenas “rotatividade normal de empregados”. Contudo, o movimento sindical defende que não há justificativa, já que o Brasil foi responsável por um terço do lucro mundial do banco espanhol em 2010. A principal preocupação é com os funcionários que ainda não foram realocados após o processo de integração tecnológica com agências do antigo Real. Bradesco Nos dias 17 e 18 de março, representantes dos bancários do Bradesco de todo o país na Comissão de Organização dos Empregados (COE) se reuniram para definir os temas e prioridades que serão debatidos com o banco neste ano. A Campanha de Valorização dos Funcionários será reeditada, com o objetivo de acabar com as negativas do Bradesco às reivindicações dos funcionários. Também será elaborada uma minuta de reivindicações, cujas bandeiras de luta serão novamente pela criação de um Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) para garantir a valorização dos trabalhadores, utilizando critérios justos e transparentes.
HSBC: PPR x PLR MOVIMENTO SINDICAL COBRA ESCLARECIMENTO SOBRE PAGAMENTO DA PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS E DO PROGRAMA PRÓPRIO
Diante das inúmeras reclamações de bancários sobre os cálculos apresentados nos contracheques e, principalmente, sobre a compensação do Programa de Participação nos Resultados (PPR) na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, juntamente com a FETEC-CUT-PR e a Contraf-CUT, se reuniram com a direção do HSBC, no início de março, para esclarecer a questão. O banco informou que os valores recebidos no dia 25 de fevereiro correspondem ao saldo dos programas PPR B, PPR C e da PLR prevista na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT 2010/2011), inclusive os 2% linear da parcela adicional. Quanto aos descontos para os participantes da Participação Semestral Variável (PSV), garantidos pela Lei nº 10.101, os mesmos se referem aos valores já recebidos ao longo do ano, além do adiantamento da primeira parcela da PLR, feita em outubro de 2010. Os representantes
do HSBC explicaram que o PSV é divido em duas etapas: uma delas vinculada à performance individual da venda de produtos e paga mensalmente; e a outra, vinculada ao resultado atingido, paga a cada semestre. Já para os integrantes do PPR B (área administrativa), o desconto foi referente aos adiantamentos da PLR da Convenção Coletiva. Conforme negociado com o movimento sindical, o valor de 15% pago a título de adiantamento do PPR 2010, em fevereiro do ano passado, não foi descontado. Por um PPR justo Na reunião ampliada da Comissão de Organização dos Empregados (COE/ HSBC), realizada em São Paulo no dia 10 de março, os representantes dos bancários definiram que irão participar da próxima reunião da comissão do PPR, órgão eleito pelos funcionários, sem participação dos sindicatos. O objetivo é apontar as falhas e fazer críticas
ao Programa. “Continuaremos insistindo por um novo método de negociação para a definição das regras do programa próprio do HSBC, uma vez que as repercussões na vida funcional dos trabalhadores são muito grandes, indo além da remuneração”, afirma Carlos Alberto Kanak, coordenador nacional da COE/ HSBC. “Do jeito como acontece hoje, não há espaço para avançarmos. Precisamos que o banco abra negociação com os sindicatos”, conclui. “Diante deste debate, ressaltamos a importância da Convenção Coletiva de Trabalho, que determina a distribuição de até 15% do lucro dos bancos de forma mais justa, incluindo todos os funcionários e desvinculada do cumprimento de metas. As metas, impostas unilateralmente pelas instituições financeiras, têm sido uma preocupação constante do movimento sindical”, ressalta Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.
Entenda a remuneração variável no HSBC
PLR Básica 90% do salário (salário base + ATS) + R$ 1.100,80 (limitado a R$ 7.181,00) • Primeira parcela, paga em outubro de 2010: 54% do salário + R$ 660,48 (limitado a R$ 4.308,60) • Segunda parcela, paga em fevereiro de 2011: valor integral menos o que foi antecipado em outubro • O valor da PLR Básica será descontado do programa próprio de remuneração (PPR)
PLR Adicional 2% do lucro líquido dividido igualmente para todos os bancários • Em outubro de 2010, foi paga a quantia de R$ 423,87, que corresponde a 2% do lucro líquido do primeiro semestre • Em fevereiro de 2011, foi paga a quantia de R$ 693,20 • A parcela adicional não é descontada dos programas próprios e é paga a todos os bancários
PPR B Valor de referência x Performance coletiva x Performance individual – PLR • Valor de referência: 90% x (salário base + ATS) + R$ 1.128,75 (limitado a R$ 7.208,95) • Performance coletiva: 1,30 (Azul) • Performance individual: CDP 1 e 2 = 1,15 / CDP 3 = 1,05 / CDP 4 e 5 = 0,00 • 90% do salário (salário base + ATS) + R$ 1.100,80 (limitado a R$ 7.181,00)
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Pela não precarização PROCURADOR DO TRABALHO FALA SOBRE AS CONSEQUÊNCIAS DA TERCEIRIZAÇÃO NO SETOR BANCÁRIO E ORIENTA TRABALHADORES A EXIGIR SEUS DIREITOS
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Há cerca de uma década, vem se observando um crescimento acelerado da demanda por serviços bancários. Contudo, para acompanhar tal expansão, o setor tem investido sobretudo na contratação de trabalhadores não bancários, apoiando-se nas terceirizações e na transferência de várias atividades para outros entes, como financeiras ou os chamados “correspondentes bancários”. Este foi o caminho encontrado pela classe patronal para aliar as necessidades cada vez maiores da globalização à redução de gastos com direitos trabalhistas. O resultado disso é a desestruturação da organizaCom esse repasse de ção do trabalho e a precarieatividades a terceiros, dade das condições de saúde e segurança. Em primeira o setor bancário instância, o impacto das terceirizações é a redução propriamente dito gradativa dos trabalhadores teve sua expansão enquadrados profissionalmente como bancários, brecada ou anulada, devido à consequente direduzindo, por óbvio, minuição das contratações. a empregabilidade na Por outro lado, os trabalhaterceirizados não poscategoria profissional dores suem os mesmos direitos garantidos aos bancários, bancária.” apesar de realizarem as mesmas atividades. E a soma desses fatores torna-se bastante preocupante. Diante deste cenário cada vez mais comum, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região entrevistou o procurador Iros Reichmann Losso, da Coordenadoria de Atuação em Primeiro Grau da Procuradoria Regional do Trabalho da 9ª Região (Paraná) e membro do Núcleo de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho do Ministério Público do Trabalho. O abril 2011
procurador relatou à Revista Bancári@s as principais consequências das terceirizações e informou que ainda não existe jurisprudência consolidada na Justiça do Trabalho a respeito deste tipo de expansão. Losso também afirmou que a conduta adotada pelos patrões tem gerado inúmeras ações que, em breve, devem gerar passivo trabalhista considerável para os empregadores envolvidos, resultando em uma maior reflexão acerca das desvantagens da terceirização. Assim, sempre que estiver exposto a condições de trabalho inadequadas, os trabalhadores devem denunciar a situação aos sindicatos, Ministério do Trabalho e também ao Ministério Público do Trabalho. Leia mais: Bancári@s: Quais as consequências das terceirizações para as relações de trabalho nos bancos, tendo em vista que esses trabalhadores não estão amparados pelos acordos coletivos da categoria bancária e têm seus salários e direitos reduzidos? Iros Reichmann Losso: Efetivamente, com a terceirização acentuada e o repasse de várias atividades bancárias para outros entes que não as instituições bancárias, tais como financeiras, cooperativas de crédito e os chamados “correspondentes bancários”, surgem algumas questões que ainda não encontraram definitiva solução no mundo do direito, entre elas, a extensão dos benefícios concedidos por lei ou norma coletiva aos bancários a esses trabalhadores, e, principalmente, as condições de segurança laboral na prestação de serviços por essas outras entidades. Com esse repasse de atividades a terceiros, o setor bancário propriamente dito teve sua expansão brecada ou anulada, reduzindo, por óbvio, a empregabilidade na categoria profissional bancária. Somam-se a isso as inovações tecnológicas, gerando déficit ainda maior nas novas admissões de bancários. Bancári@s: Por que os bancos podem realizar
Arquivo pessoal
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esse tipo de expansão, apoiada na terceirização, sem qualquer restrição do Ministério do Trabalho? I. R. L.: A expansão dos serviços bancários e repasse a outros entes, como já exposto, decorrem da tendência atual no mundo globalizado de terceirização de serviços com vistas a redução de encargos e responsabilidades trabalhistas. Apesar dos vários questionamentos sobre a licitude dessa terceirização, não há jurisprudência firme na Justiça do Trabalho a respeito do tema, sendo que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) ora estende benefícios dos bancários aos trabalhadores desses entes terceirizados, como na Súmula 55, quando menciona que as financeiras equiparam-se aos estabelecimentos bancários para fins da jornada reduzida bancária (art. 224 da CLT), ora restringe essa equiparação, vide Orientação Jurisprudencial 379 da Seção de Dissídios Individuais (Subseção I) do TST, que entende que os empregados de cooperativas de crédito não se equiparam aos bancários para efeitos de jornada legal reduzida. Bancári@s: E como se pode impedir que os bancos continuem realizando esse tipo de burla dos direitos dos trabalhadores? I. R. L.: Essa conduta, por muitas
vezes representar redução de direitos dos trabalhadores envolvidos, tem gerado várias ações no âmbito da Justiça do Trabalho, tanto por ex-empregados de empresas terceirizadas, financeiras, cooperativas de crédito ou de “correspondentes bancários”, como pelo Ministério Público do Trabalho, neste caso, questionando em especial a falta de condições de segurança adequada na prestação de serviços por esses trabalhadores. Isso deverá, em breve, gerar passivo trabalhista considerável para os empregadores envolvidos, o que certamente acarretará maior reflexão pelo setor patronal acerca da desvantagem de adotar essa conduta. Bancári@s: Qual o papel do Ministério Público do Trabalho nessa defesa dos direitos dos trabalhadores? I. R. L.: O Ministério Público do Trabalho tem várias investigações Brasil afora tratando tanto da terceirização e desse repasse das atividades bancárias a outros entes, como, em especial e principalmente, abordando a questão da segurança no trabalho nessa prestação de serviços. Há Ações Civis Públicas ajuizadas, inclusive com decisões favoráveis, no sentido desses entes adotarem medidas concretas visando à segurança dos empregados, muitas vezes
Percebendo que seu empregador não toma medidas de segurança e medicina do trabalho adequadas, o trabalhador deverá levar isso ao conhecimento das entidades sindicais.”
expostos a riscos acentuados de assalto sem qualquer proteção. Aliás, como já dito, com maiores condenações no âmbito laboral, inclusive referentes a vultuosas indenizações por danos morais coletivos, geralmente pedidas nas ações do MPT, há tendência de se inibir a continuidade da expansão dessa forma de terceirização no setor bancário. Bancári@s: Como os trabalhadores podem agir para combater a precarização e a terceirização? I. R. L.: A principal forma dos trabalhadores lutarem por seus direitos nesse caso é denunciando a situação ao seu sindicato de classe, ao Ministério do Trabalho e Emprego e também ao Ministério Público do Trabalho. Percebendo que seu empregador não toma medidas de segurança e medicina do trabalho adequadas à prestação de serviços bancários, deverá levar isso ao conhecimento das entidades sindicais obreiras e autoridades competentes, para providências. Também poderá o trabalhador ingressar com ação trabalhista para postular diferenças que entender devidas, por não estar enquadrado como bancário, além de outras indenizações porventura devidas pelo risco corrido ante a ausência de medidas de segurança. abril 2011
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Fotos: SEEB Curitiba
Um triênio de lutas e conquistas GESTÃO “QUEM LUTA CONQUISTA” ENCERRA MANDATO COM BALANÇO POSITIVO
No próximo dia 21 de junho, encerra-se o mandato da gestão “Quem luta conquista” à frente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região. De 2008 a 2011, a diretoria cutista que comandou a entidade, encabeçada pelo presidente Otávio Dias, travou inúmeras lutas e somou várias conquistas. “Quando assumimos o Sindicato, tínhamos como desafios o aumento do número de associados e a reconstrução documental da história da entidade. Três anos se passaram e, ao chegarmos ao fim deste mandato, podemos afirmar que ambos os desafios foram vencidos”, comemora Otávio Dias. Em 01 de junho de 2008, o Sindicato contava com 6.105 bancários sindicalizados. Até dia 30 de março deste ano o número já chegava a 7.337. “As campanhas de sindicalização promovidas durante este período resultaram nos maiores índices de associação, o que demonstra o grau de satisfação dos trabalhadores com a gestão”, avalia o secretáriogeral da entidade, Carlos Alberto Kanak. “Contudo, 12
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mais importante que as estatísticas quantitativas é a unidade da categoria que conquistamos. Ao longo de três anos, pudemos perceber uma tomada de consciência por parte dos trabalhadores, que passaram a participar mais ativamente das reuniões e assembleias, bem como da campanha salarial”, acrescenta Otávio Dias. Com a consolidação do Espaço Cultural e Esportivo, as últimas grandes assembleias da categoria reuniram mais de 1.500 trabalhadores. A unificação dos bancários também refletiu na organização e no poder de pressão das greves realizadas, que, nos últimos dois anos, conseguiram mobilizar mais de 70% da base. “Ao encerrar a campanha salarial do ano passado, a avaliamos como uma das maiores e melhores já realizadas, pois além das conquistas sociais e salariais, conseguimos despertar nos trabalhadores a consciência de classe frente a intransigência patronal. O uso da Justiça e das práticas antissindicais por parte dos banqueiros não impediram os bancários
de lutar pelos seus direitos”, constata o presidente da entidade. No que tange a reconstrução da história do Sindicato, no ano de 2009 foi formada uma comissão com o objetivo de realizar uma pesquisa e um levantamento de informações, com base em arquivos documentais e no relato oral dos dirigentes sindicais da época. Os trabalhos realizados por essa equipe integram o projeto Memória e História do Sindicato dos Bancários de Curitiba, que irá sistematizar todas as informações reunindo-as em um livro de caráter histórico. O prazo final, em que está prevista a conclusão dos trabalhos e lançamento do livro, é junho de 2011. Um dos primeiros frutos do projeto foi, em meio ao levantamento bibliográfico e documental, a descoberta nos arquivos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) de uma ficha que aponta como data de fundação da entidade o dia 06 de julho de 1932. O documento, datado da década de 1960, tinha por objetivo atualizar o cadastro de dados junto à Delegacia Regional do Trabalho no Estado do Paraná. “Diante deste novo fato, em 2011, o Sindicato não estaria completando 69 anos como se pensava até
então, mas sim 79 anos. Uma vez que a carta sindical foi emitida em 1942, a entidade serviu aos bancários paranaenses durante 10 anos antes de ser legalmente reconhecida, o que significa uma década a mais de lutas e conquistas”, explica Márcio Kieller, dirigente sindical e coordenador do projeto. Além destes dois desafios, a diretoria que comandou o Sindicato também prezou pela manutenção da transparência dos recursos bancários, com prestação de contas anuais e ampla divulgação de todos os balanços. “Também zelamos do bom investimento das contribuições de nossos associados. Nestes três anos melhoramos as estruturas das Sedes Administrativas e Campestre e do Espaço Cultural, sempre visando melhor atender aos bancários”, acrescenta Antonio Luiz Fermino, tesoureiro da entidade. “Nossa assessoria jurídica também contabilizou inúmeras vitórias, não só na derrubada de interditos proibitórios, como também nas ações judiciais de 7ª e 8ª horas, entre outras”, conclui Ademir Vidolim, secretário jurídico. Campanha nacional unificada Além das conquistas para os bancários
de Curitiba e região, durante o mandato da gestão “Quem luta conquista”, o Sindicato também contribuiu para vitórias nacionais e intenacionais, participando da campanha unificada da categoria e de discussões mundiais. “Nestes três anos, podemos contabilizar a assinatura de acordos que mantiveram o ganho real e valorizaram o piso dos bancários. Conseguimos ainda melhorar as regras da Participação nos Lucros e Resultados (PLR)”, comemora Otávio Dias. Contabilizam ainda a conquista da 13ª cesta-alimentação, a ampliação da licença-maternidade para 180 dias, a inclusão de uma cláusula de Segurança Bancária e a assinatura do Acordo Aditivo de prevenção e combate ao assédio moral. “Na Caixa Econômica Federal, conseguimos a implementação do PCS/PFG e da PLR Social. Já no Banco do Brasil, o PCR foi finalmente implantado. E, pela primeira vez, clausulamos a contratação de 15 mil novos funcionários nos bancos públicos”, acrescenta o presidente do Sindicato. No âmbito internacional, os bancários, por meio da UNI Finanças, alcançaram a unificação dos debates por um Sistema Financeiro mais justo e por mais Saúde e Condições de Trabalho no mundo. abril 2011
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Debate sobre correção da tabela do IRPF REIVINDICAÇÃO DA CUT POR UMA POLÍTICA PERMANENTE DE CORREÇÃO PARA A TABELA DO IMPOSTO DE RENDA FOI ATENDIDA
A presidente Dilma Rousseff assumiu compromisso com as centrais sindicais de estabelecer uma política de correção permanente para a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). A proposta foi apresentada e defendida pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em reunião realizada no dia 11 de março com representantes do Governo Federal. “Nós da CUT avaliamos que será uma conquista histórica para a classe trabalhadora brasileira. É uma reivindicação antiga da nossa Central que está muito próxima de ser alcançada”, comemora Roni Barbosa, presidente da CUT-PR. O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, também participou do encontro, representando os interesses da categoria bancária. A tabela do IRPF define o percentual de imposto retido na fonte e interfere na vida de todos os trabalhadores, tanto dos que declaram o imposto anual quanto dos que são isentos. A correção da tabela impede que os trabalhadores tenham seus reajustes salariais dissolvidos pelo imposto. “Sempre lutamos pela desoneração fiscal aos que ganham menos. Um exemplo é a nossa reivindicação pela tributação sobre as grandes fortunas. Isso significa corrigir um erro histórico no Brasil, que é aquele velho jargão ‘pobre paga mais imposto do que rico no país’”, reafirma Roni. A Medida Provisória publicada no Diário Oficial dia 28 de março corrigiu a tabela do IR com índice de 4,5% para todas as faixas salariais em 2011. Também regulamentou o mesmo percentual a ser corrigido todos os anos até 2014. A faixa de isenção passou para R$ 1.566,61 em 2011, R$ 1.637,11 em 2012, R$ 1.710,78 em 2013 e R$ 1.787,77 em 2014. A correção da tabela do IRPF incide sobre salários e também tributa o pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). “Ao corrigir a
tabela do IR, o Governo Federal deixa de arrecadar, uma vez que menos contribuintes passarão a pagar o imposto e aqueles que continuarão pagando, com o reajuste da tabela serão menos tributados”, contextualiza o presidente da CUT-PR. O governo anunciou que deixará de arrecadar R$ 9,372 bilhões por causa da correção. Faixas salariais Atualmente, o IRPF incide sobre os salários da seguinte forma: para salários até R$ 1.566,61 o trabalhador é isento do imposto retido na fonte e não precisa declarar renda para a Receita Federal, desde que esteja fora das outras exigências, como valores de bens, por exemplo. De 1.566,62 até 2.347,85 o imposto retido é de 7,5%. De 2.347,86 até 3.130,51 a alíquota é de 15%. Para salários de 3.130,52 até 3.911,63 a alíquota é de 22,5%. O teto de 27,5% é para salários acima de 3.911,63.
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Sempre lutamos pela desoneração fiscal aos que ganham menos. Um exemplo é a nossa reivindicação pela tributação sobre as grandes fortunas. Isso significa corrigir um erro histórico no Brasil, que é aquele velho jargão ‘pobre paga mais imposto do que rico no país’.”
Defasagem A tabela do imposto de renda ficou defasada em 64,1% durante os dois governos de Fernando Henrique Cardoso e apenas no governo Lula foi negociada sua correção com o movimento sindical. De acordo com cálculos do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), a defasagem poderia ultrapassar 70% em 2011, caso o governo não revisasse os valores das faixas.
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Assédio moral RESULTADO DE UMA CONSTRUÇÃO HISTÓRICA E SOCIAL, A PRÁTICA ASSEDIADORA PODE CAUSAR DANOS IRREVERSÍVEIS. BANCÁRIOS JÁ PODEM DENUNCIAR
“A discussão sobre assédio moral é nova, mas o fenômeno é velho. Tão velho quanto o trabalho.” São com essas palavras que o doutor em Psicologia Social e professor da Unicamp, Roberto Heloani, situa os debates sobre as práticas assediadoras no trabalho. Bastante discutido, o tema é considerado um problema recorrente enfrentado pela categoria bancária. Segundo a pesquisa realizada pela Contraf-CUT em junho de 2010, oito em cada dez funcionários de instituições financeiras do país afirmam que o assédio moral é a maior dificuldade com que se deparam cotidianamente no ambiente profissional. Considerando cada indivíduo como produto de uma construção sócio-histórica, Heloani esclarece que a humilhação no trabalho – ou o assédio moral – sempre existiu nas mais diferentes formas. “A humilhação está embasada no próprio sistema macroeconômico, que, em seu processo disciplinar, favorece o aparecimento da violência, em que o superior hierárquico detém um certo poder sobre seu subordinado”, explica. Historicamente, as transformações econômica, culturais e sociais modificaram a relação entre capital e trabalho. Se, por um lado, a globalização, a automação e a informatização tornaram a atividade profissional mais precária e seletiva, por outro, o Estado, mediante uma ideologia neoliberal, retirou ou diminuiu benefícios e direitos dos trabalhadores. Além disso, por meio dos discursos sobre trabalho em equipe, gestores organizacionais acabaram por impor elementos antagônicos: a necessidade da cooperação em grupo versus a competição pela abril 2011
aquisição e manutenção de um posto de trabalho. É neste contexto que surge o assédio moral, uma prática caracterizada pela intencionalidade na constante e deliberada desqualificação de determinada pessoa, seguida de sua consequente fragilização, com o intuito de neutralizá-la em termos de poder. Trata-se de um processo disciplinador em que se procura anular a vontade daquele que, para o agressor, se apresenta como ameaça. “Ou seja, a perversidade, por vezes ligada a traços como frieza, calculismo e inteligência, e encorajada por práticas organizacionais danosas, como a corrosão de valores éticos essenciais, acaba por desconsiderar o outro, em um verdadeiro extermínio psíquico, calculado e covarde, em relação à pessoa a quem, no íntimo, o agressor inveja”, detalha. “Assim, a violência reflete, tal como uma imagem no espelho, as formas de poder constituídas socialmente. Se for certo que o furor expansionista do capital conquistou-nos financeiramente, é também exato que nesse processo de expansão comprometeu-se o nosso discernimento, ou melhor, a nossa saúde moral.”, conclui Heloani. O psicólogo acrescenta que a prática pode começar de forma quase imperceptível e inofensiva, com piadas e apelidos pejorativos, e ir crescendo. “No início, a vítima fica espantada, não entende o que está acontecendo. Quando toma consciência e tenta reagir, o processo já tomou tal rumo que ela não consegue mais se defender. É importante destacar que o assédio moral não precisa ser uma coisa grosseira, mas pode começar de forma sutil e ir avançando”, revela Heloani.
O agressor Especialistas descrevem que, bons em fazer política na organização e hábeis em decisões difíceis e polêmicas, os assediadores não raro são admirados por sua relativa eficiência e eficácia, apesar da arrogância e do menosprezo com que tratam seus subordinados. “Na verdade, os agressores possuem traços narcisistas e destrutivos, estão frequentemente inseguros quanto à sua competência profissional e podem exibir, às vezes, fortes características de personalidade paranoica”, detalha Heloani. Eles, normalmente, apresentam extrema dificuldade para admitir críticas, agem com desconfiança e excessiva suspeita em relação às atitudes alheias, a quem atribuem intenções maldosas, e, aparentando hipersensibilidade, podem exagerar o risco e a incerteza presentes em diversas situações. A vítima Por não tolerarem o sucesso daqueles que possam distinguir-se mais do que eles, os agressores normalmente afetam os melhores funcionários, pessoas mais jovens com ou mais qualificações. Embora sejam desqualificadas, Heloani explica que as vítimas não são doentes ou frágeis. São indivíduos com personalidade, transparentes e sinceros, que se posicionam, algumas vezes questionando privilégios, e não têm grande talento para o fingimento. “Elas se tornam os alvos das agressões justamente por não se deixarem dominar, por não se curvarem à autoridade de um superior sem nenhum questionamento a respeito do acerto de suas determinações”, afirma. É o próprio assédio que pode vir a adoecer as vítimas, desencadeando um processo de identificação em relação a que o assediador afirma sobre elas: que são desatentas, inseguras e não possuem qualificação.
biente de Trabalho, a maior conquista da Campanha Nacional dos Bancários 2010. O acordo aditivo, assinado em janeiro pelo Itaú Unibanco, Santander, HSBC, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Citibank, Safra, Votorantim e Bic Banco, instaura uma política de prevenção e combate às praticas assediadoras e garante aos trabalhadores um canal de denúncia. O presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, Otávio Dias, espera que, com o Protocolo, os bancos realmente se empenhem na luta contra o assédio moral. “Queremos uma melhora no ambiente de trabalho. Os funcionários precisam ser valorizados e as diversidades respeitadas”, diz. “Pois, com a assinatura, os bancos se comprometeram a declarar explicitamente condenação a qualquer ato de assédio, incentivando a prática de ações e comportamentos adequados, que possam prevenir conflitos indesejáveis no ambiente de trabalho”, acrescenta. Conforme estabelece o Protocolo, os bancários que se sentirem vítimas de assédio devem fazer uma denúncia ao seu sindicato, identificando-se para que a entidade possa tomar as devidas providências e dar um retorno ao trabalhador. O sigilo é mantido para proteger o denunciante e a entidade sindical tem dez dias úteis para apresentar a reclamação ao banco, que terá, então, 60 dias corridos para apurar o caso e prestar esclarecimentos. Denúncias anônimas continuarão sendo apuradas, mas fora deste programa. As reclamações dos bancários da base de Curitiba e região podem ser feitas pelo site do Sindicato (www.bancariosdecuritiba.org.br) ou pelo e-mail denuncia@bancariosdecuritiba.org.br.
Bancário, denuncie! Frente a uma organização do trabalho deficitária, as estatísticas e pesquisas científicas comprovam que os bancários são uma das principais categorias vítimas do adoecimento mental devido ao assédio moral e outros tipos de violência nos locais de trabalho. Por isso, há muito o que se comemorar com a inclusão de uma cláusula na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT 2010/2011) que prevê a instituição de um Protocolo de Prevenção de Conflitos no AmAbril 2011
Com a palavra, os financiários SINDICATO TAMBÉM LUTA PELOS DIREITOS DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS DE CRÉDITO E FINANCEIRAS
Além de representar os bancários, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e Financiários de Curitiba e região também defende os direitos dos trabalhadores em financeiras e empresas de crédito, como a BV Financeira, BMG Financeira, Triângulo, Sofisa, Pine, entre outras. Parte desses funcionários inclusive trabalha para os próprios bancos, que possuem instituições financeiras. Contudo, apesar dos lucros exorbitantes do setor, os financiários também são vítimas da desvalorização do emprego. É comum entre os bancos a contratação de promotores de vendas ou prestadores de serviço para realizar atividades financeiras por salários mais baixos e direitos reduzidos. Sendo assim, apesar de se tratar de uma categoria equivalente, os financiários não possuem os mesmos direitos garantidos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários. E é somente por meio do Sindicato que a luta dos trabalhadores das financeiras pode ser feita. Desde dezembro de 2010, a entidade tem realizado reuniões por local de tra-
balho nas plataformas da BV Financeira em Curitiba. Nos encontros, os dirigentes têm feito uma apresentação do Sindicato e abordado a importância da sindicalização dos financiários, além de explicar a estrutura e a organização da campanha salarial e suas dificuldades. Para 2011, outras reuniões já estão agendadas e o movimento sindical está trabalhando em prol de um acordo para jornadas nos fins de semana da BV Financeira. Campanha Salarial 2010 Com data base em 01 de junho, os financiários obtiveram importantes conquistas na campanha salarial de 2010, recebendo o maior índice de ganho real de todos os tempos, tanto nos pisos como nas demais verbas. A proposta da entidade patronal, a Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi), foi aceita pelos trabalhadores da base de Curitiba e região no dia 29 de outubro do ano passado, em assembleia no Espaço Cultural e Esportivo dos Bancários.
Veja as principais conquistas da Campanha Salarial dos Financiários de 2010
Reajuste Salarial: • 7,5% para salários até R$4.600 • Para os salários superiores a R$4.600, reajuste fixo de R$345 ou reposição da inflação (o que for superior) Valorização dos Pisos: 16,33% • Portaria: R$854,88 • Escritório: R$1.234,43 • Tesouraria: R$1.303,61 Demais verbas e benefícios: 7,5%
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PLR • Regra: 90% sobre salário-base mais verbas fixas de natureza salarial, acrescido do valor de R$ 1.397,50, com teto de R$ 7.406,02 • Antecipação: metade do valor fixo ou R$ 698,75 Cláusulas Sociais • Isonomia de tratamento para casais homoafetivos • Acordo para prevenir e combater o assédio moral • Compromisso de implementar as negociações na mesa paritária sobre igualdade de oportunidades
A Convenção Coletiva de Trabalho dos Financiários 2010/2011, assinada em novembro, contempla trabalhadores do Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará, Espírito Santo e Paraná, mas é estendida a empresas de atuação nacional, como Aymoré, BV Financeira e outras. As cláusulas são semelhantes às da CCT da categoria bancária, como os auxílios (creche, alimentação, refeição, transporte), estabilidade, gratificação de função, jornada de 6 horas diárias, entre outros. Leia a íntegra da Convenção e também o acordo aditivo de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) em www.bancariosdecuritiba.org.br. Condições de trabalho Como a maioria dos trabalhadores desta categoria atuam em serviços de te-
leatendimento e call center, a CCT dos financiários garante àqueles que fazem serviço de digitação o repouso estabelecido pela Norma Regulamentadora nº 17 (NR-17), de acordo com a cláusula 4.7.4. A cada período de 50 minutos consecutivos de trabalho, o digitador tem direito a 10 minutos para descanso não deduzido da jornada de trabalho. Para prevenir sobrecarga, o Anexo II da NR-17 também estabelece pausas de descanso e intervalos para repouso e alimentação dos trabalhadores em teleatendimento/telemarketing, que devem ser feitas fora do local de trabalho e em dois períodos de 10 minutos contínuos após os primeiros e antes dos últimos 60 minutos. Confira a íntegra da NR-17 e do Anexo II também no site www.bancariosdecuritiba.org.br.
Leia alguns trechos do Anexo II da Norma Regulamentadora nº 17 - Teleatendimento/Telemarketing
2. MOBILIÁRIO DO POSTO DE TRABALHO 2.1. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé deve ser proporcionado ao trabalhador mobiliário que atenda aos itens 17.3.2, 17.3.3 e 17.3.4 e alíneas, da Norma Regulamentadora n°. 17 (NR 17) e que permita variações posturais, com ajustes de fácil acionamento, de modo a prover espaço suficiente para seu conforto. 3. EQUIPAMENTOS DOS POSTOS DE TRABALHO 3.1. Devem ser fornecidos gratuitamente conjuntos de microfone e fone de ouvido (headsets) individuais, que permitam ao operador a alternância do uso das orelhas ao longo da jornada de trabalho e que sejam substituídos sempre que apresentarem defeitos ou desgaste devido ao uso. 3.2. O empregador deve garantir o
correto funcionamento e a manutenção contínua dos equipamentos de comunicação, incluindo os conjuntos de headsets, utilizando pessoal técnico familiarizado com as recomendações dos fabricantes. 3.3. Os monitores de vídeo devem proporcionar corretos ângulos de visão e ser posicionados frontalmente ao operador, devendo ser dotados de regulagem que permita o correto ajuste da tela à iluminação do ambiente, protegendo o trabalhador contra reflexos indesejáveis. 4. CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE TRABALHO 4.1. Os locais de trabalho devem ser dotados de condições acústicas adequadas à comunicação telefônica, adotando-se medidas tais como o arranjo físico geral e dos postos de trabalho, pisos e paredes, isolamento acústico do ruído externo, tamanho,
forma, revestimento e distribuição das divisórias entre os postos, com o fim de atender o disposto no item 17.5.2, alínea “a” da NR-17. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 5.1. A organização do trabalho deve ser feita de forma a não haver atividades aos domingos e feriados, seja total ou parcial, com exceção das empresas autorizadas previamente pelo Ministério do Trabalho e Emprego, conforme o previsto no Artigo 68, “caput”, da CLT e das atividades previstas em lei. 5.2. O contingente de operadores deve ser dimensionado às demandas da produção no sentido de não gerar sobrecarga habitual ao trabalhador. 5.3. O tempo de trabalho em efetiva atividade de teleatendimento/telemarketing é de, no máximo, 06 (seis) horas diárias, nele incluídas as pausas, sem prejuízo da remuneração. abril 2011
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O salto e as calçadas
Sonia Boz, dirigente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região
Olha eu aqui, novamente, falando sobre nós mulheres, após o 08 de março. A título de informação, ainda não conquistei meu “final de semana de meninos”, mas hoje meu assunto é outro. Para alguns, pode parecer uma futilidade o uso de salto alto por parte de nós mulheres, mas nós sabemos o “poder” que ele nos dá. Normalmente, uso sapatos de salto para trabalhar; gosto do visual, parecemos mais elegantes, o salto nos eleva, principalmente a autoestima. Mas, infelizmente nós, mulheres pedestres de Curitiba, estamos sendo “impedidas” de usá-los em nossa cidade. A minha indignação por não poder ir trabalhar de salto já vem de algum tempo. Moro a mil e duzentos metros do meu local trabalho e, pasmem, vou de carro (gasto combustível, estacionamento, tem o desgaste do próprio carro, além do estresse no trânsito). No entanto, volta e meia, por pura teimosia, insisto em ir caminhando. O tempo gasto é o mesmo, mas, sinceramente, minha saúde é mais beneficiada pelo uso do carro do que pela caminhada, uma vez que já caí duas vezes neste trajeto, além de virar o pé inúmeras vezes. Na última vez em que fui caminhando, fiz uma experiência diferente: fotografei todo o percurso, as calçadas e as pessoas que delas faziam uso. Para o meu espanto, não sou a única a pensar desta forma, afinal, encontrei somente duas mulheres com sapatos de salto. Conversei com diversas pessoas, homens e mulheres, para pedir autorização para fotografar. Quando expliquei o motivo, eles foram unânimes e concordaram comigo: andar a pé nas calçadas de Curitiba é um verdadeiro desafio, com salto ou não! Um dos exemplos desse grande desafio é um de nossos cartões-postais, que não nos dá segurança para transitar com sapatos de salto ou solado de couro, principalmente nos dias de chuva (o que é corriqueiro em Curitiba); a rua quase se transforma em uma pista
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de patinação no gelo, de tão escorregadia. Estou me referindo à Rua XV de Novembro, ou Rua das Flores. Mas ela não é a única, poderia citar aqui diversos pontos críticos da cidade, mas esse não é o principal objetivo. Depois que anoitece, e aqui as noites começam mais cedo, a maratona piora. Se já temos dificuldade para desviar dos buracos e pedras soltas durante o dia, imaginem à noite, com pouca luz. Em contrapartida, a maioria das empresas, grandes ou não, pedem, ao nos contratar, “boa apresentação”. No meu universo, que é o segmento bancário, ao adentrar uma agência, observo que a grande maioria das mulheres estão com sapatos de salto. Mas no quesito boa apresentação o que é mais fashion ou vale mais? Um sapato de salto, ou uma botinha/tala de gesso, ainda que colorida? Sem me aprofundar no tema, não é sem razão que os lojistas de nossas ruas reclamam da concorrência desleal dos shoppings. Lá, todas nós conseguimos subir no salto sem correr maiores riscos. Os pisos são planos, dificilmente estão molhados e à noite a iluminação nos favorece. Nesta linha de raciocínio, caímos numa questão de fundo: o trânsito e o comércio de rua da cidade só irão melhorar quando o poder público passar a desempenhar o seu papel principal, que é de viabilizar, ordenar e fiscalizar a mobilidade urbana, privilegiando os indivíduos (homens, mulheres, idosos ou não, pessoas com necessidades especiais e até mesmo famílias com seus carrinhos de bebê) e não o automóvel, meio que privilegia o individualismo. Partindo dessa premissa, lanço aqui um desafio: que as senhoras Marry Ducci (mulher do prefeito Luciano Ducci) e Fernanda Richa (mulher do atual governador e ex-prefeito Beto Richa) façam o trajeto habitual de muitos curitibanos, ir de uma praça a outra no centro da cidade, claro que usando seus sapatos de salto!
Política em quadrinhos HISTÓRIAS EM QUADRINHOS ADOTAM TEMAS POLÍTICOS PARA ENTRETER O LEITOR E ENSINAR ESTUDANTES
em Quadrinhos, os efeitos do texto sem imagens são bastante diferentes daqueles que exploram tal recurso. “Os quadrinhos têm todas as virtudes que um meio visual dispõe para mostrar algo, em vez de detalhar apenas com palavras, como um texto sem imagens faria”, explica. Os temas políticos, segundo o jornalista, estão mais presentes nas tiras diárias de cartunistas como Laerte e Angeli, mas também aparecem como pano de fundo em histórias biográficas, publicadas em livros. Além disso, já existem revistas que tratam ficcionalmente o tema. “No Brasil, temos a Ato 5, escrita pelo carioca André Diniz e desenhada pelo curitibano José Aguiar”, conta. “Outro escoamento para temas políticos são as adaptações de obras literárias”, acrescenta Lielson. HQs nas escolas No Brasil, a publicação formal de histórias em quadrinhos, com editora, impressão em larga escala e distribuição,
é mais difícil que a de obras literárias. Mas o mercado já está consideravelmente melhor que há 10 anos. “Os meios de publicação, sejam virtuais ou impressos, tiveram uma baixa de custo com a popularização da informática, o que ajudou a produção independente”, analisa Lielson. Um fato curioso é que no país existe uma forte demanda por materiais que consigam se incluir no Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE). O programa prevê que o governo compre livros e quadrinhos para distribuir na rede pública de ensino. “Com isso, várias editoras que não publicavam quadrinhos tentam abocanhar essa venda ao Governo Federal, o que faz com que contratem profissionais de HQs em sua produção”, conta o jornalista. Mas o incentivo à leitura de quadrinhos nas escolas é visto, claro, com bons olhos. “Os quadrinhos podem ajudar tanto quanto cinema, literatura ou qualquer outra forma de expressão, tanto para adultos como para crianças”, finaliza Lielson.
Imagem de divulgação/Will Eisner
Segunda Guerra Mundial. Um jovem norte-americano é convocado para o exército e, durante a viagem que o levará até sua base militar, começa a relembrar fatos marcantes de sua vida, como a origem de seus pais e as situações que marcaram sua adolescência. Aos poucos, sua biografia vai sendo desenhada: desde as aventuras da mãe ao chegar nos Estados Unidos, no início do século XX, e os motivos que levaram o pai à América, após ser pintor em Viena, até os acontecimentos que antecederam sua convocação para o exército. É assim que Will Eisner relata sua autobiografia, no livro No Coração da Tempestade, uma das obras consideradas inovadoras no mundo dos quadrinhos. Isso mesmo, as histórias em quadrinhos, muitas vezes pensadas como ‘coisa para criança’, têm, cada vez mais, trazido histórias densas, contextualizadas em épocas importantes da história da humanidade. De acordo com Lielson Zeni, jornalista com mestrado em Adaptações Literárias
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Índice mede satisfação dos brasileiros IVH APONTA OPINIÃO DA POPULAÇÃO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E AMBIENTE DE TRABALHO
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Em 2010, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgou, pela primeira vez, um novo indicador complementar ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o Índice de Valores Humanos (IVH). O indicativo mede o grau de satisfação e as experiências vividas pelos brasileiros em três âmbitos: saúde, educação e trabalho. O IVH foi publicado no terceiro caderno do Relatório de Desenvolvimento Humano 2009/2010, que ouviu 2.002 pessoas em 148 cidades sobre o sistema de saúde brasileiro, o que consideram importante para a educação e as experiências vividas no trabalho. É uma maneira de “É uma maneira de tirar a tirar a superficialidade superficialidade do IDH. Este dá novas ferramentas do IDH. Este índice dá índice de avaliação que ajudam a novas ferramentas de elaborar políticas públicas”, avaliação que ajudam avalia Pablo Diaz, secretário de Assuntos de Políticas Sociais e a elaborar políticas Estudos Socioeconômicos do Sindicato dos Bancários de públicas.” Curitiba e região. A exemplo do IDH, o IVH varia de 0 a 1, sendo 1 o melhor resultado. O índice geral do Brasil foi 0,59. Perguntas e resultados Quanto à experiência dos brasileiros no trabalho, foram consideradas 32 variáveis, com situações que devem ter acontecido nos seis meses anteriores à pesquisa. Entre os aspectos, estão liberdade de expressão, cooperação entre os colegas, orgulho do trabalho, estresse, sobrecarga e medo. O resultado geral foi 0,79, um bom índice na avaliação do PNUD. De acordo com o Programa, a satisfação está ligada diretamente ao aumento da renda e ao grau de escolaridade do trabalhador. Em educação, a avaliação foi feita com pais, alunos e professores a respeito do tipo de conhecimento
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transmitido nas escolas. Os pais foram questionados se o conhecimento deve formar um bom cidadão, garantir uma boa vida ou conseguir um emprego. Os alunos responderam sobre interesse nos estudos, respeito aos professores, tolerância com colegas, responsabilidade com as tarefas, honestidade e liberdade de expressão de ideias. Para os professores, as perguntas foram parecidas com as dos alunos. O IVH-E ficou em 0,54, com diferença maior na região Norte, que obteve índice de 0,47. Nesta região, a maioria das pessoas enxerga a educação como um facilitador na conquista de um bom emprego. No resto do país, os brasileiros atribuem à educação o papel de formar bons cidadãos. O pior resultado foi no índice de satisfação com os serviços de saúde. Os entrevistados responderam questões relativas ao tempo de espera para atendimento, a facilidade de compreensão da linguagem usada pelos profissionais e o interesse da equipe médica pelo caso. O IVH-S ficou em 0,45, com pior resultado na região Norte (0,41). O Ministério da Saúde, em resposta, considera o indicador reducionista e afirma que, enquanto outros quesitos são abordados a partir de questões subjetivas, a avaliação de saúde é objetiva, a partir dos serviços prestados. “Em contramão, quando o IDH divulga o crescimento na expectativa de vida, por exemplo, o Ministério da Saúde não se pronuncia sobre os métodos para se chegar neste resultado”, lembra o dirigente Pablo Diaz. De acordo com Diaz, o que o IVH tenta é, em sua raiz, resgatar a ideia de direito à felicidade. Segundo ele, a felicidade tem se “privatizado” e as pessoas acabam a atribuindo à compra de bens pessoais ou vivências individuais. “Temos de retornar à ideia de felicidade como um bem público, que precisa e pode ser obtido por todos. É preciso dar condições para essas pessoas serem felizes e isso conseguiremos com políticas públicas, desenvolvidas a partir das necessidades da população”, finaliza.
PMC/Maurilio Cheli
Aumento suspeito REAJUSTE DA TARIFA DE ÔNIBUS EM CURITIBA FOI DIVULGADO NO FINAL DA TARDE DE SEXTA-FEIRA, VÉSPERA DE CARNAVAL, UMA SURPRESA PARA OS CURITIBANOS
O Ministério Público do Estado do Paraná (MP-PR) abriu investigação para apurar se o reajuste de 13,6% na tarifa de ônibus do transporte coletivo de Curitiba é abusivo ou não. A entidade pediu informações para Urbs, com o detalhamento da planilha de custos, vislumbrando a verificação dos motivos do aumento de R$ 2,20 para R$ 2,50. “Por que anunciar o reajuste tão em cima da hora, na véspera do feriado de carnaval?”, questiona a vereadora Professora Josete (PT). A bancada petista na Câmara Municipal divulgou, antes do anúncio do reajuste, um estudo técnico com informações que levaram os vereadores a constatarem que o aumento na tarifa tem relação com o calendário eleitoral, e não com quesitos técnicos. “Acredito que o valor é muito caro, o que impede o acesso a parcela significativa da população. Transporte público é um serviço público e como tal deveria ser garantido a todos”, defende a vereadora. Uma das constatações dos vereadores da oposição é de que a tabela para definir o valor da tarifa está defasada. “Hoje a
definição da tarifa não passa pela Câmara Municipal. Podemos fazer o debate político, porém o prefeito tem uma base de apoio de 33 vereadores, num total de 38, o que limita muito a ação da oposição”, lembra a vereadora do PT. O principal argumento utilizado pela Urbs para justificar o aumento no valor da tarifa é o reajuste salarial de motoristas e cobradores. Mas o levantamento realizado pela bancada do PT esclarece que, com o reajuste de 10% nos salários, o impacto na tarifa seria de R$ 0,08, derrubando a justificativa da Urbs. Outra realidade enfrentada pela população é a precariedade dos serviços oferecidos. “As pessoas, em sua esmagadora maioria, precisam do transporte coletivo para ir trabalhar ou à escola. E começam e terminam suas duras jornadas diárias sendo ‘premiadas’ com um ônibus lotado, sujo e com nenhuma segurança”, constata André Machado, secretário de Políticas Sindicais e Movimentos Sociais do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região. “Um transporte público de qualidade significaria um aumento de salário indireto
para os trabalhadores. Além de aliviar o trânsito caótico da cidade”, propõe. Protestos continuam Em 2011, até o mês de março, foram realizados seis protestos contra o aumento da tarifa do transporte coletivo em Curitiba, organizados pelo Movimento Passe Livre (MPL). O MPL protocolou na Prefeitura de Curitiba um abaixoassinado contra o reajuste, com 20 mil participações, que exige o congelamento da tarifa em R$ 2,20. O grupo anunciou que pretende entregar o documento ao Ministério Público. “A bancada do PT na Câmara já havia solicitado há mais de um ano o acompanhamento do MP em relação ao transporte público em Curitiba. Esperamos que, com os fatos atuais, os procedimentos cabíveis sejam agilizados”, finaliza Professora Josete. Procurado, o Ministério Público anunciou que aguarda a resposta da Urbs com os dados solicitados para definir se o reajuste da tarifa vai ser investigado. A solicitação foi feita pela Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Curitiba. abril 2011
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Automedicação é um perigo para saúde TOMAR REMÉDIOS SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA PODE ACOBERTAR DOENÇAS PIORES, DIFICULTAR O DIAGNÓSTICO OU MESMO CAUSAR DEPENDÊNCIA
A garganta começa a incomodar, surge uma tosse e você se lembra daquele remédio que tomou no inverno passado e funcionou. Ou então ouve de um vizinho sobre um amigo, que quando sentiu a mesma coisa, tomou determinado medicamento e melhorou. “A automedicação mais comum acontece assim, ouvindo a indicação de conhecidos”, conta Vera Salerno, médica sanitarista do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) de Campinas. Atitudes que parecem banais, como tomar um remédio para gripe após sentir um mal-estar, podem ser arriscadas, pois o medicamento pode mascarar os sintomas de uma doença evolutiva e dificultar o diagnóstico. “E também cada corpo reage de uma forma. O que é bom para meu amigo, pode não ser bom para mim”, orienta a especialista. Há também o risco de dois ou mais medicamentos, se tomados simultanea-
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mente, reagirem entre si. “Uma substância pode dificultar o efeito da outra, como, por exemplo, os remédios para úlcera que cortam o efeito dos remédios para crise convulsiva”, explica Vera Salerno. Eles também podem reagir com certos alimentos e com bebida alcoólica, o mais comum. “Substâncias que atuam no Sistema Nervoso central são afetadas pelo uso do álcool. Tanto o efeito do remédio como da bebida são modificados”, conta a médica. O importante, de acordo com Vera, é ressaltar que todo medicamento é tóxico. “Essas toxinas causam mudanças no funcionamento do corpo, então, às vezes, um remédio que faz bem para uma parte do corpo acaba prejudicando outra”, destaca. E mais, estas substâncias podem causar dependência facilmente. O risco da dependência O uso de drogas psicoativas sem
acompanhamento médico é perigoso, já que elas agem no Sistema Nervoso. Tais medicamentos costumam apresentar diversos efeitos colaterais e apenas um profissional sabe dizer qual o mais adequado para cada situação e paciente. E o risco de se tornar dependente destas drogas é enorme. Antidepressivos, ansiolíticos e remédios para dormir são os mais procurados. “É preciso lembrar que se sentir triste não necessariamente indica que a pessoa está deprimida. As pessoas confundem tristeza e dificuldade em lidar com alguma perda, por exemplo, com depressão”, afirma Vera Salerno. A médica conta que este tipo de problema é bastante comum entre os bancários, jun-
to com os problemas de insônia. O ambiente de trabalho nos bancos, com pressão constante, gera estresse no bancário, que pode passar noites sem dormir direito. “Ele consegue com um amigo um remédio para dormir e logo começa a se sentir melhor. O problema é que bastam trinta dias de uso desta medicação para ele estar viciado”, alerta. O indicado, nestes casos, é procurar um profissional de saúde, que pode ser um médico, psicólogo ou enfermeiro, e contar o que está sentindo. “Muitas vezes só de desabafar a pessoa já se sente melhor e não precisa iniciar um tratamento com remédio”, conta a médica. A responsabilidade das farmácias Desde 2010, as receitas de antibióticos são carimbadas e retidas nas farmácias. Dados da Organização Mundial de Saúde apontam que mais da metade das prescrições desses remédios são inadequadas. Só no Brasil, o comércio de antibióticos movimentou, em 2009, cerca de R$1,6 bilhão, segundo relatório do Instituto IMS Health. A decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vale para mais de 90 substâncias que abrangem todos os tipos de antibióticos registrados no país. A partir de abril de 2011, a comercialização de antibióticos passa a ter regras ainda mais rígidas e as receitas devem ser escrituradas, ou seja, registradas no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados. Apesar de todas estas ações da Anvisa, muitas farmácias burlam a lei. “Às vezes, o médico receita duas caixas de um remédio para um paciente, mas ele chega à farmácia e só compra uma. Algumas farmácias vendem esta caixa que sobrou para outro cliente que não tenha receita”, denuncia Vera Salerno.
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26.01.2011
Contraf-CUT
Assinado acordo contra o assédio moral Conquista da Campanha Nacional dos Bancários 2010, o Protocolo para Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho foi assinado no dia 26 de fevereiro. Participam do acordo aditivo a Contraf-CUT e sindicatos associados e os bancos Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, HSBC, Caixa Econômica, Citibank, Safra, Votorantim e Bic Banco.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, Otávio Dias, espera que os bancos passem a condenar os atos de assédio: “Esperamos uma melhora no ambiente de trabalho, pois as diversidades precisam ser respeitadas.” A partir de agora, o bancário que se sentir assediado deve fazer a denúncia ao Sindicato.
01.02.2011
SEEB Curitiba
Vigilantes do Paraná entram em greve Entre os dias 01 e 04 de fevereiro, os vigilantes de Curitiba e também do interior do estado do Paraná fizeram greve por melhores condições de trabalho e reajuste salarial. A paralisação conquistou aumento de 7%, adicional de risco de vida de 12% e R$13 de vale-refeição. A classe patronal também se comprometeu a conceder estabilidade de 60 dias no em-
prego e pagar os dias parados. Durante a greve, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região fez a fiscalização para que a Lei Nº 7.102, que determina que estabelecimentos financeiros só podem funcionar se houver a presença de ao menos dois vigilantes, fosse cumprida. A estimativa é de que 70% das agências bancárias de Curitiba ficaram fechadas.
14.02.2011
SEEB Curitiba
Sindicato promove curso CPA-20
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De 14 de fevereiro a 04 de março, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região promoveu o curso preparatório para o exame de certificação profissional série 20 (CPA-20). As aulas foram ministradas de segunda a sexta-feira, das 19h15 às 22h30, para uma turma de 40 bancários sindicalizados de diferentes bancos. Além de infraestrutura, a enti-
dade subsidiou parte do valor do curso. As provas para a certificação profissional são agendadas pelos próprios participantes após o término do curso. A iniciativa da Secretaria de Formação da entidade reflete a preocupação do Sindicato com a qualificação de seus associados, que de posse desta certificação, poderão obter ascensão profissional.
15.02.2011
O Sindicato dos Bancários de Curitiba e região esteve, no dia 15 de fevereiro, no Centro de Suporte Operacional (CSO) do Banco do Brasil, realizando um ato pelo cumprimento da jornada de seis horas. Desde 2004, o Sindicato move ações de substituição processual pelas 7ª e 8ª horas trabalhadas e não pagas como extra. Mais de 150 ações foram ajuiza-
das em 2006, a maioria delas já em fase de liquidação. Em 2010, uma nova leva de ações foi ajuizada por bancários não contemplados nas anteriores e cerca de 400 delas foram distribuídas na 15ª Vara do Trabalho de Curitiba. Os bancários que ainda não se inscreveram para garantir seu direito devem se cadastrar no site www.bancariosdecuritiba.org.br.
SEEB Curitiba
BB: Bancários cobram cumprimento da jornada
17.02.2011
Em assembleia realizada no dia 17 de fevereiro, bancários da base do Sindicato de Curitiba e região elegeram os três membros da Comissão Eleitoral, que definiu os procedimentos para as eleições da nova diretoria. Foram eleitos Marisa Stedile, secretária-geral da CUTPR, Elias Hennemann Jordão, presidente da FETEC-CUT-PR, e Domingos Oliveira
Davide, presidente do Sintracon. O mandato da atual gestão se encerra dia 21 de junho e as eleições acontecem nos dias 26, 27 e 28 de abril. Devem votar todos os bancários sindicalizados que, na data da votação, tenham mais de seis meses de inscrição no quadro social da entidade e estejam com as mensalidades sindicais quitadas até 30 dias antes.
SEEB Curitiba
Assembleia elege Comissão Eleitoral
22.02.2011
Desde o dia 22 de fevereiro, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região tem realizado reuniões nas agências, departamentos e demais locais de trabalho do Banco do Brasil. A primeira visita foi à agência de São José dos Pinhais, a segunda maior da base territorial da entidade. O objetivo é mobilizar os trabalhadores desde já para as demandas específicas e
lutas da categoria. As reuniões já são realizadas há três anos consecutivos e têm gerados bons frutos nas conquistas dos bancários do BB. Entre os temas debatidos com os bancários durante as visitas, estão as conquistas salariais dos anos anteriores e a luta pelo Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) empreendida em 2009 e 2010.
SEEB Curitiba
Sindicato visita agências do Banco do Brasil
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28.02.2011
SEEB Curitiba
PLR da CABB gera insatisfação Na manhã do dia 28 de fevereiro, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região esteve na Central de Atendimento do Banco do Brasil (CABB), em São José dos Pinhais, para protestar contra a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) recebida pelos atendentes. A mobilização aconteceu no mesmo dia em que o banco pagou a segunda parcela
da PLR, sem creditar a parte variável da distribuição do lucro para os atendentes. Segundo os dirigentes, as centrais de atendimento exercem, cada vez mais, um papel estratégico para o BB, funcionando como um canal barato de atendimento e impulsionador de vendas. Contudo, a direção do banco remunera muito mal esses trabalhadores.
28.02.2011
SEEB Curitiba
Sindicato realiza II Ciclo de Debates De 28 de fevereiro a 02 de março, a entidade promoveu o II Ciclo de Debates do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região: A força da mulher. O evento foi realizado para Comemorar o Dia Internacional de Mulher (08 de março) e relembrar o Dia Internacional de Combate e Conscientização às vítimas de LER/Dort (28 de fevereiro), de-
batendo temas pertinentes à categoria. Na programação, debates com médicos e especialistas, oficinas de beleza e bem-estar e uma mini mostra de cinema, além da participação da médica do CRST (Campinas/USP), Vera Lúcia Salerno; da jornalista e cientista política Marilena Wolf de Mello Braga; e da psicóloga Marcia Uhlmann Velloso.
15.03.2011
Fenae
REG/Replan: Proposta da Caixa é recusada
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Em assembleia realizada no dia 15 de março, no Espaço Cultural e Esportivo, os bancários da Caixa Econômica Federal da base de Curitiba e região rejeitaram por unanimidade a proposta de conciliação da empresa apresentada na ação judicial protocolada pelo Sindicato. A Caixa havia proposto permitir a mobilidade dos participantes do REG/Replan não saldado
dentro do próprio PCC. “O que nós estamos buscando é o fim da discriminação para que os trabalhadores que ficaram no REG/Replan não saldado possam migrar para o PFG”, salienta Antonio Luiz Fermino, representante do Paraná na CEE/ Caixa. O Sindicato irá juntar aos autos a recusa da proposta pelos trabalhadores e o processo continuará tramitando.
16 e 17.03.2011
Sob o tema “De volta ao futuro: rompendo barreiras por um sistema financeiro justo”, foi realizada, nos dias 16 e 17 de fevereiro, em Lisboa, a 3ª Conferência Mundial da UNI Finanças. O encontro reuniu trabalhadores de todo o mundo para definir a estratégia para o setor nos próximos quatro anos e eleger a nova diretoria da entidade.
Após a realização da Conferência, foram divulgadas as orientações para a ação sindical das entidades filiadas. Também foi aprovada a proposta da ContrafCUT para que seja adotada a campanha “Menos Metas, Mais Saúde”. O Brasil foi representado por dirigentes da ContrafCUT e federações, incluindo o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região.
SEEB Curitiba
Sindicato participa de encontro da UNI Finanças
19.03.2011
Aconteceu no dia 19 de março o primeiro passeio do Cicloturismo dos Bancários de 2011, organizado pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba e região. Contrariando todas as previsões de chuva, a pedalada reuniu esporte, cultura e lazer, além de entretenimento e muita diversão. Foram 27 bancários que saíram do Espaço Cultural, rumo à Balsa Nova.
Após cruzarem por belas paisagens, os bancários fizeram uma breve parada para acompanhar as comemorações dos 12 anos do assentamento Contestado, localizado na Lapa, com inauguração da Escola Estadual Contestado, administrada pelo MST. Feito isso, eles seguiram rumo ao centro da Lapa, onde puderam saborear uma ótima comida tropeira.
SEEB Curitiba
Sindicato realiza passeio de Cicloturismo
31.03.2011
O presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, Otávio Dias, participou de reunião do Comando Nacional, em São Paulo, que definiu os temas e o calendário da Campanha Nacional dos Bancários 2011. A pauta de reivindicações abordará os temas emprego e remuneração; saúde e condições do trabalho; segurança bancária; e siste-
ma financeiro. Ficou definido que a 13ª Conferência Nacional será realizada em São Paulo, dias 30 e 31 de julho. As conferências regionais e estaduais devem ser feitas até 24 de julho e a previsão de entrega da pauta de reivindicações à Fenaban é dia 10 de agosto. Em breve o SEEB irá divulgar a data da Conferência de Curitiba e região.
Contraf-CUT
Definido calendário da Campanha Salarial 2011
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Sindicato comemora reconhecimento legal CARTA SINDICAL, EMITIDA EM 1942, REPRESENTA COMPROMETIMENTO DA ENTIDADE COM A LUTA DA CATEGORIA BANCÁRIA
No dia 27 de março do longínquo 1942, foi assinada a Carta Sindical, publicada em 30 de março, que determinou o reconhecimento jurídico e político do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região. Quase sete décadas depois, a entidade, que até então somava 69 anos, descobriu, por meio de uma ficha encontrada nos arquivos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que sua
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verdadeira data de fundação foi o dia 06 de julho de 1932. O documento, datado da década de 1960, tinha por objetivo atualizar o cadastro de dados junto à Delegacia Regional do Trabalho no Estado do Paraná e representou uma descoberta importantíssima, que acrescenta mais uma década à história de lutas e conquistas da entidade. O achado é resultado do trabalho de pesquisa e levantamento de informações que vem sendo empreendido pelo projeto intitulado Memória e História do Sindicato dos Bancários de Curitiba. No ano de 2009, uma comissão foi formada com o objetivo de recontar a história da entidade, com base em arquivos documentais e no relato oral dos dirigentes sindicais. “Tudo começou quando, há alguns anos, discutíamos que pouco se conhecia sobre a nossa história. Dali em diante, decidimos tomar a iniciativa de resgatá-la, para que pudéssemos contar aos bancários a origem de nossa entidade e as conquistas que tivemos através de muitas lutas durante todas essas décadas”, explica Márcio Kieller, dirigente
sindical e atual coordenador do projeto. Com essa descoberta, no ano de 2011, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região comemora 79 anos de fundação e 69 anos de reconhecimento legal. Carta Sindical Para o reconhecimento legal de um sindicato, é preciso a obtenção da Carta Sindical, um documento expedido pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que reconhece oficialmente a entidade como representativa de uma categoria profissional perante as instâncias governamentais. A carta do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região – na época, Sindicato dos Bancários do Paraná – foi emitida em 27 de março de 1942. “Mais do que o reconhecimento legal e político, a certidão de registro sindical comprova a regularidade da entidade e representa sua consolidação como representante de uma categoria de trabalhadores”, afirma Márcio Kieller. A importância da Carta Sindical está em garantir que uma entidade cumpra as formalidades exigidas pela lei, tornando pública a sua existência e habilitando-a para a prática de atos sindicais, tais como a representação da categoria e a negociação coletiva. “O fato de termos conquistado o reconhecimento legal ainda em 1942, apenas 10 anos após a assembleia de fundação do Sindicato, indica o comprometimento e a responsabilidade da entidade desde o início de sua atuação”, finaliza o dirigente sindical.
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