O ABUSO DOS BANCOS Você sabia que, no primeiro semestre de 2014, os seis maiores bancos que atuam no Brasil – Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú e Santander – lucraram juntos R$ 28,4 bilhões? Em 2013, esses mesmo bancos já tinham lucrado R$ 56,7 bilhões. Para alcançar esses valores, os bancos têm apostado na elevação das receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias e na redução de despesas, principalmente de pessoal. Para isso, aumentam os valores pagos por clientes e usuários, demitem funcionários e transferem responsabilidade aos correspondentes bancários. Segundo dados do Dieese, as receitas dos seis maiores bancos com tarifas e serviços aumentaram 9,7% nos 12 meses anteriores a junho de 2014. Por outro lado, somente no primeiro semestre deste ano, as instituições financeiras cortaram 3.686 postos de trabalho no país, desempregando pais e mães de família. Mas não são apenas os bancários que estão insatisfeitos com este cenário, clientes e usuários também não concordam com a exploração praticada pelos bancos. No ranking de reclamações do Procon de 2013, os bancos eram quase metade das 20 empresas mais demandadas por consumidores. Se você também está se sentindo desrespeitado em seus direitos, denuncie!
A LUTA DOS BANCÁRIOS Na Campanha Nacional dos Bancários 2014, os funcionários dos bancos querem mais respeito e valorização. Por isso, estão unidos para lutar por mais emprego, melhores condições de trabalho e saúde, remuneração digna, segurança bancária e igualdade de oportunidades. Saiba que as horas na fila de espera por atendimento poderiam se transformar em minutos se os bancos contratassem mais bancários. Com mais funcionários e agências estruturadas, ninguém seria empurrado para os Correios, lotéricas e demais correspondentes bancários,locais com condições precárias de atendimento e insegurança (inclusive com ocorrências de mortes). Os bancários querem menores tarifas e juros mais baixos, que beneficiem toda a sociedade; lutam pelo fim das metas abusivas e do assédio moral, o que reduziria o número de trabalhadores adoecidos e acabaria com a insistência pela venda de produtos bancários e realização de negócios; exigem mais segurança nos bancos, protegendo a vida de funcionários, clientes e usuários. É bom lembrar que os bancários gostariam de não entrar em greve. Contudo, sem a mobilização da categoria, as condições de trabalho e atendimento não melhoram. Por isso, cliente, contamos com a sua compreensão e apoio. Pois esta luta também é sua!