ANO 22 • 2ª QUINZENA • AGOSTO DE 2016
A Previdência Social
é superavitária. Qualquer outra
informação é mentirosa!
folhabancária www.bancariosdecuritiba.org.br FOLHA SOCIOECONÔMICA
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• Sindicato dos Bancários de Curitiba e região
AGOSTO • 2016
Previdência Social
“A Previdênci É Apesar de te
SONHO DE BANQUEIROS É PESADELO DE MILHÕES DE BRASILEIROS
• Substituição da aposentadoria por tem • Necessidade • Limite de idade para a aposentadoria integral dos se • Aumento da idade mínima para aposentadoria
Em 1999, FHC instituiu o fator previdenciário: cond dependendo
Governo Lula (2003-2010) Para Lula, o auxílio dado às pessoas idosas e com problemas de saúde e incapacidade física não era um gasto. “Isto é política social”, afirmava ele.
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Emenda Constitucional 41/2003
• Eliminou o direito dos servidores públicos à integralidade; • Fim à paridade entre os reajustes dos servidores ativos e dos inativos; • Teto para o valor dos benefícios para os servidores (novos ingressantes); • Redutor para o valor das novas pensões; • Taxação dos servidores inativos e dos pensionistas, com a mesma alíquota dos servidores ativos.
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Com a Emenda Constitucional 43/2003, complementar à primeira, algumas mudanças foram flexibilizadas.
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Governo Dilma (2011) Lei 13.183/2015: Regra 85/95 progressiva
• Permite aposentadoria integral (eliminando o fator previdenciário) quando a soma da idade e do tempo de contribuição atinge a seguinte progressão:
Foto: Roberto Stucker
Antes de 31 de dezembro de 2018: 85 para mulheres e 95 para homens; Em 31 de dezembro de 2018: 86 para mulheres e 96 para homens; Em 31 de dezembro de 2020: 87 para mulheres e 97 para homens; Em 31 de dezembro de 2022: 88 para mulheres e 98 para homens; Em 31 de dezembro de 2024: 89 para mulheres e 99 para homens ; Em 31 de dezembro de 2026: 90 para mulheres e 100 para homens;
• Impossibilita a desaposentação.
Medida Provisória 672
Vincula todos os benefícios da Previdência Social à política de valorização do salário mínimo. Desde 2002, o salário mínimo teve aumento real de 77,18%.
Foto: Beto Barat
Sindicato dos Bancários de Curitiba e região •
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Governo FHC (1994-2002)
ia Social é a área onde gastamos mais e arrecadamos menos. É uma das principais causas do déficit público”, afirmava FHC. er se aposentado aos 37 anos, afirmou que quem se aposenta antes dos 50 é vagabundo. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Emenda Constitucional 20/1998
mpo de serviço pela aposentadoria por tempo de contribuição; e de 30 anos de contribuição para mulheres e 35 para homens; ervidores públicos (53 anos para homens e 48 para mulheres); a no setor privado (60 anos para homens e 55 para mulheres).
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dicionou o valor da aposentadoria à sobrevida do trabalhador, o da idade, do tempo de contribuição e da expectativa de vida.
Governo interino Temer “Se for necessário, estipularemos regras de transição. Se o prazo é de 35 anos de contribuição, talvez quem tenha, sei lá, 20 anos ou 15 anos, tenha que contribuir mais um ano, mais um ano e meio. Mas isso é em benefício do próprio cidadão que no futuro vai se aposentar. Porque, se o poder público não tiver recursos quando ele se aposentar, pior para ele”, afirmou Temer no início de junho. Em poucos meses de governo, promete promover a mais cruel Reforma da Previdência:
• Pretende aumentar a idade mínima para a aposentadoria: para 65 anos, com regra de transição para quem está no mercado. Proposta deve atingir todos que tenham até 50 anos de idade.
Orçamento da União
Diminuir os gastos com a Previdência Social está diretamente ligado a aumentar os gastos com o pagamento dos juros da Dívida Pública aos bancos.
rt Filho/PR
ta/PR
2,42% 3,34% 4,17%
43,98%
JUROS DA DÍVIDA
10,21%
4 4
Juros da Dívida Pública
13,41%
2012
22,47% PREVIDÊNCIA
Previdência Social Estados e municípios Saúde Educação Trabalho Outros
3,73% 3,21%
Juros da Dívida Pública
13,02%
45,11%
3,98% 9,19%
JUROS DA DÍVIDA
21,76% PREVIDÊNCIA
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Previdência Social Estados e municípios Saúde Educação Trabalho Outros
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• Sindicato dos Bancários de Curitiba e região
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“Banqueiro enchendo a pança, aposentado é quem dança!”
Denise Gentil é doutora em Economia pelo Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestre em Planejamento do Desenvolvimento pela Universidade Federal do Pará e bacharel em Economia pelo Centro de Estudos Superiores do Estado do Pará. Atualmente é professora do Instituto de Economia da UFRJ.
A Folha Socioeconômica é um encarte da Folha Bancária, produzida pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, coordenada pela Secretaria de Formação Sindical e Secretaria de Assuntos de Políticas Sociais e Estudos Socioeconômicos.