Luta Bancária 04 de 2020

Básica

Filiado a`

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bancária Publicacao do RN ´ , ~ do Sindicato dos Bancarios Ano XXXV

Nº 04 17 a 23 de fevereiro de 2020

Vamos dizer não ao aditivo que amarra o bancário

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m novembro de 2019 o presidente Jair Bolsonaro editou uma Medida Provisória alegando se tratar de um estímulo à geração de empregos, a chamada carteira verde amarela. Na prática, uma Reforma Trabalhista que retira direitos da classe trabalhadora e amplia ainda mais o lucro dos grandes empresários.

Os bancários foram diretamente atingidos por dois pontos da Medida: o trabalho aos sábados e o m da carga horária de 6 horas.

A Contraf CUT, que deveria defender a categoria nacionalmente, correu para negociar com a Fenaban e fechar um acordo que eles alegam garantir os direitos adquiridos.

Mas vejamos: a Campanha Salarial dos Bancários ocorre em setembro, momento em que os pontos deveriam ser negociados, entretanto, como o aditivo tem

validade até dezembro de 2020, tais pontos não poderão ser negociados durante a campanha, momento em que a categoria está mobilizada e com força para conquistar.

Outro problema: sabemos que a Fenaban não dá bola fora, e para assinar o aditivo exige que os bancários retirem ações da Justiça e impede que novas ações sejam ajuizadas futuramente.

Além de explorar e assediar os trabalhadores, os banqueiros agora exigem que não haja mais questionamentos judiciais. É uma verdadeira mordaça nos trabalhadores que sequer podem recorrer ao judiciário pela garantia dos seus direitos.

A Contraf CUT deveria estar encabeçando a luta na resistência à MP 905. Um verdadeiro Frankenstein editado pelo Governo que ataca os trabalhadores em diferentes frentes.

Além dos pontos já citados, ela caça

o registro de 12 prossões, entre elas, jornalistas e radialistas; dilui o pagamento do 13º salário em 12 prestações, bem como o terço de férias, reduz o pagamento do FGTS, precariza ainda mais as já fragilizadas relações de trabalho e taxa desempregados.

Na quinta-feira, 20 de fevereiro, os bancários do RN se reúnem em assembleia no auditório do Sindicato para analisar os prós e contras e as consequências da assinatura ou não do aditivo.

Vários sindicatos pelo país ainda não assinaram, muitos deles por estarem enfrentando resistência dos trabalhadores à retirada de ações já existentes.

Precisamos ouvir cada um e traçar uma estratégia para derrubar de uma vez por todas a MP 905. Não deixe que o outro decida por você.

Participe!

assembleia 20/02 (quinta-feira) 18h30 Auditório do Sindicato (av. Deodoro, 419) MP 905 e Aditivo www.bancariosrn.com.br

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02 17 a 23 de fevereiro de 2020

humor e Reflexão

editorial

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om adesões em 113 unidades do Sistema Petrobrás, em 13 estados brasileiros, os petroleiros estão em greve há mais de 15 dias contra demissões, privatização e por direitos.

Em 3 de fevereiro m a i s d e 1 . 5 0 0 trabalhadores e trabalhadoras da Casa da Moeda do Brasil cruzaram os braços e realizaram uma greve de 24h. A motivação do movimento é a proposta de Bolsonaro e do seu ministro da Economia Paulo Guedes de privatizar a empresa pública de mais de 320 anos de história.

Após duas semanas de greve geral, os funcionários da Dataprev s u s p e n d e r a m o movimento em 05 de

fevereiro e conseguiram reverter as demissões de quase 500 servidores e abrir prazo de negociação com o governo. Além disso, os trabalhadores não poderão ter os dias parados descontados da folha de pagamento.

Os fatos citados têm relação direta com as reestruturações propostas nos Bancos. Tudo faz parte de uma estratégia do Governo para privatizar o patrimônio nacional.

Se todos os servidores, que foram considerados por Paulo G u e d e s c o m o ‘‘parasitas’’, estão sofrendo juntos, por que não lutam juntos? É preciso unicar a l u t a d a c l a s s e trabalhadora. Juntos somos mais fortes!

ATENÇÃO: MUDANÇA NO HORÁRIO

bancários sob ataque

É PRECISO UNIFICAR A LUTA

fábula

A ANDORINHA E A GRALHA

À

andorinha que se achava o mais belo dos pássaros, a gralha replicou:

— Tua beleza só oresce na primavera, enquanto eu suporto também o inverno.

Mais vale uma longa vida que a beleza.

Fonte: Fábulas de Esopo (2013), Coleção L&PM POCKET, vol. 68.

LUCROS DOS BANCOS SEGUEM CRESCENDO EM DETRIMENTO À SAÚDE E SALÁRIOS DOS BANCÁRIOS

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lucro líquido dos 4 maiores bancos do Brasil com ações na Bolsa cresceu 18% em 2019, na comparação com o ano anterior.

Os ganhos acumulados somaram R$ 81,5 bilhões ante R$ 69,1 bilhões em 2018.

O maior lucro entre os grandes bancos em 2019 foi o do Itaú, que registrou ganhos de R$ 26,583 bilhões, um crescimento de 6,4% sobre 2018. Foi o maior resultado anual nominal (não ajustado pela inação) já registrado por bancos brasileiros, segundo a Economatica.

O Bradesco registrou um lucro líquido R$ 22,6 bilhões no ano passado, uma alta de 18,32% na comparação com 2018 (R$ www.bancariosrn.com.br

19,085 bilhões).

O Banco do Brasil reportou lucro líquido contábil de R$ 18,16 bilhões em 2019, aumento de 41,2% na comparação com 2018, quando a instituição lucrou R$ 12,86 bilhões.

Já o Santander teve lucro de R$ 14,181 bilhões em 2019, alta de 16,6% frente o ano anterior.

Em contrapartida, somente Itaú, Bradesco e Santander fecharam 430 agências e demitiram 7 mil bancários em 2019. Uma prova de que o aumento dos lucros tem relação direta com a exploração do trabalho do bancário. Quem ca é ainda mais explorado pela sobrecarga de trabalho e o aumento das metas abusivas.

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17 a 23 de fevereiro de 2020 03

BANCÁRIOS SOB ATAQUE

O

s bancários da Caixa e do Banco do Brasil iniciaram a luta contra as reestruturações anunciadas pelos bancos na semana passada.

Cada uma a seu modo, as reestruturações visam diminuir salários, funções e comissões para aumento dos lucros e facilitar as privatizações.

Os bancários do BB atrasaram a abertura de algumas agências e escritórios no dia 12 de fevereiro.

Também foi entregue uma nota à população esclarecendo sobre as mudanças e como elas também atingirão os clientes.

No dia 06 de fevereiro os funcionários do BB já haviam vestido preto como forma de protesto contra as mudanças.

A reestruturação segue a lógica de que é preciso adequar o Banco à realidade do mercado, reduzindo a remuneração de quem ganha menos para aumentar a de quem ganha mais.

Uma lógica completamente injusta.

Como se não bastasse a redução salarial, o BB anunciou, ainda, a ampliação da política de remuneração variável (Programa de Desempenho Graticado – PDG), condicionando o valor do salário do bancário ao cumprimento crescente de metas.

A l é m d i s s o , modicou as regras

do programa de G e s t ã o d e D e s e m p e n h o Prossional (GDP), dicultando a o b t e n ç ã o d e avaliações positivas por parte dos bancários. Quem não mantiver bons resultados (que seguem critérios subjetivos) poderá perder a comissão, o que signica mais redução de salários.

Os bancários da Caixa também estão organizando a resistência. Na quinta, dia 13, várias agências do Rio Grande do Norte atrasaram a abertura em uma hora e os trabalhadores aproveitaram para dialogar com a população.

Também vestidos de preto, os bancários mostraram que estão dispostos a lutar e não vão aceitar calados as imposições do Governo.

Entre as mudanças estão a extinção de milhares de funções e a criação de outras tantas; a diminuição no número de superintendências (de 84 para 54), mudança nos formatos das agências dentre outras alterações.

A incorporação de funções só está sendo pensada para quem já recebe há 10 anos e para executivos de altos cargos.

Ou seja, funcionários de carreira em cargos médios não terão muitas opções. Áreas internas de caráter especíco como recuperadoras de crédito e habitação serão centralizadas

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nacionalmente, menos funções e a mesma quantidade de funcionários, a conta não fecha.

Ao nal, a Caixa pretende abandonar seu caráter social ao criar a agência para clientes de alta renda e transformar áreas de agências existentes em ‘‘ambientes singulares’’, para clientes com renda mínima de R$ 7 mil e investimentos no Banco. O que já vem ocorrendo hoje, que é o envio de clientes de baixa renda para casas lotéricas, irá piorar e o atendimento será ainda mais precarizado.

O Sindicato está fazendo reuniões e plenárias em várias agências e debatendo estratégias de luta. As reestruturações não podem ser usadas para criar distorções e reduzir salários. Vamos lutar e resistir, política e juridicamente.

SINDICATO COBRA INTRAJORNADA DO BB NA JUSTIÇA

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Sindicato dos Bancários do RN protocolou uma ação coletiva incluindo os bancários do Banco do Brasil que cumprem uma carga horária de 6 horas e trabalham na função de caixa cobrando o pagamento da hora extra de todos aqueles que ultrapassam seu horário. De acordo com a súmula 437 do TST o bancário que ultrapassa a carga horária de 6 horas passa a fazer jus a um intervalo intrajornada de uma hora, o que não vem sendo cumprido pelo Banco. O Sindicato decidiu entrar com a ação coletiva após várias ações individuais terem sido consideradas procedentes anteriormente. A ação foi ajuizada no TRT21 e distribuída à 5ª Vara do trabalho. O escritório responsável pela ação é o Rezende, Santiago & Medeiros.

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04 17 a 23 de fevereiro de 2020

CONFISCO SALARIAL

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Reforma da Previdência não vai apenas impedir que os trabalhadores se aposentem, como também irá fazer um verdadeiro consco nos salários dos brasileiros, com o aumento das alíquotas.

Quem ganha de R$ 1.039 até R$ 2.089,60 e hoje para 8% ao INSS, passará a contribuir com 9%. De R$ 2.089,61 até R$ 3.134,40 que hoje contribui com 9% passará a ter um consco de 12%. E de R$ 3.134,41 a R$ 6.101,06 que hoje contribui com 11% vai subir para 14%.

As mudanças começam a valer em 1º de março.

Além de trabalhar muito mais para conseguir se aposentar, agora o trabalhador vai ter que pagar mais para ganhar menos. É a lógica do Governo Bolsonaro: tirar de quem tem menos para dar a quem tem mais. O verdadeiro Robin Wood às avessas.

Edital

O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários no Estado do Rio Grande do Norte, com CNPJ Nº 08.344.822/0001-00, por seu Coordenador-Geral, abaixo assinado, convoca todos os empregados em estabelecimentos bancários da base territorial deste Sindicato dos municípios de Angicos, Afonso Bezerra, Acari, Alto do Rodrigues, Caicó, Canguaretama, Carnaúba dos Dantas, Ceará-Mirim, Currais Novos, Extremoz, Florânia, Goianinha, Guamaré, Jardim do Seridó, Jardim de Piranhas, João Câmara, Jucurutu, Lajes, Lagoa Nova, Macaíba, Macau, Monte Alegre, Natal, Nova Cruz, Parelhas, Parnamirim, Pedro Avelino, Pedro Velho, Santa Cruz, Santana do Matos, Santo Antônio, São Gonçalo do Amarante, São José de Campestre, São José de Mipibu, São Paulo do Potengi, São Tomé, Tibau do Sul, Tangará e Touros, para a Assembleia Geral Extraordinária, que se realizará dia 20/02/2020, às 18h, em primeira convocação, e às 18h30, em segunda convocação, na sede social do Sindicato dos Bancários, situado na Av. Deodoro, 419 Petrópolis - Natal/RN, para discussão e deliberação da seguinte ordem do dia: 1Discutir e deliberar acerca da assinatura do Aditivo da CCT - Convenção Coletiva do Trabalho 2018/2020, Retirada de Ações Judiciais e MP/905 (Trabalho aos sábados e Jornada de Trabalho de 8h).

Natal/RN, 14 de fevereiro de 2020.

Paulo Eduardo Xavier Coordenador-Geral

Pegadinhas

da língua portuguesa

Por João Bezerra de Castro

ZUMBIDO E ZUNIDO

O substantivo masculino zumbido significa, segundo o Dicionário Aurélio: 1.

Ato ou efeito de zumbir; 2. Qualquer som assemelhável ao zumbido dos insetos. São sinônimos, nesta acepção: sibilo, zoada, zumbo, zunido, zumzum. 3. Ruído subjetivo, semelhante ao zumbir dos insetos, que a pessoa acredita ouvir e determinado por uma causa orgânica ou psicológica, ou em consequência de estampido, explosão ou qualquer estrondo exterior.

Observação: Zumbir, verbo intransitivo (produzir ruído semelhante ao das abelhas e outros insetos; sibilar, sussurrar; zoar, zuir, zumbar, zunir), não se confunde com o substantivo masculino zumbi (fantasma que, segundo os cultos afro-brasileiros, só sai à noite; alma penada; pessoa que só sai à noite ou que é mais ativo nesse período do dia) nem com o nome próprio Zumbi (líder negro da heroica resistência do Quilombo de Palmares).

O substantivo masculino zunido significa, de acordo com o Dicionário Houaiss, ato ou efeito de zunir; zunimento. Zunir, verbo intransitivo, significa produzir (o vento) som agudo e sibilante, atravessando frestas, por entre as ramarias de árvores, etc.: O vento entra zunindo pelas frestas da porta.

Normalmente, o verbo zumbir se usa para insetos (a abelha zumbe) e zunir para o vento (o vento zune). Por esse motivo, há quem condene a frase: O vento forte zumbia no ouvido, só aceitando O vento forte zunia no ouvido.

Ocorre que dicionaristas citam exemplos dos dois verbos como sinônimos: .“tufos rasteiros de palmas e plumas sob os quais zunem os grilos e chiam as cigarras.” (Raimundo Morais, Pais das Pedras Verdes, citado por Aurélio) .“Com o som estridente da serra, seus ouvidos zumbiam.” (Houaiss) No livro Tira-teimas da língua portuguesa, J. Milton Gonçalves afirma: O emprego de zumbido (ou zunido) para descrever o sussurro produzido por certos insetos como as abelhas, as moscas e os besouros é corretíssimo, em que pese a certos gramatiqueiros caturras. Seguindo a mesma linha, Odilon Soares Leme, em seu livro Tirando dúvidas de português, inclui os substantivos zumbido e zunido na relação das formas variantes, isto é, palavras que são admitidas na língua como alternativa de outra, com o mesmo valor e função.

Os dicionários Aurélio, Houaiss, Michaelis e Aulete registram os substantivos zumbido e zunido como sinônimos. Quem continua resistente a essa evolução é o professor Luiz Antonio Sacconi. Para ele, zumbido é o sussurro das abelhas, vespas, moscas e outros insetos alados. Zumbir é a voz dos insetos voadores. Zunido é o som agudo do vento que passa por alguma greta ou que por ela ecoa. Zunir é a voz do vento. Em seu dicionário, Sacconi registra: Zumbido não se confunde com zunido, e vice-versa.

EXPEDIENTE Luta Bancária é uma publicação do Sindicato dos Bancários do RN

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