Governo Lula-Alckmin se recusa a negociar com empregados da Caixa

Após quatro meses do início do

Governo Lula-Alckimin nada, ou quase nada mudou, em relação ao diálogo com o movimento dos trabalhadores.

Muita esperança foi depositada na indicação de Rita Serrano, oriunda do movimento sindical, e também do conselho de administração do Banco, esperava-se que, no mínimo, as reivindicações dos empregados fossem ouvidas. Anal, vínhamos das terríveis gestões de Pedro Guimarães e Danielle Lopes que enfrentaram denúncias de assédio e várias outras.

Mas a realidade se mostrou bem diferente. A suspensão do GDP por enquanto é temporária, sem que haja qualquer perspectiva de sua completa extinção, mesmo sendo um método de coação dos trabalhadores.

Ou seja, além do próprio Governo não apresentar mudanças concretas na forma de lidar com os trabalhadores, até agora não há diálogo também.

Desde fevereiro a Frente Nacional de Oposição Bancária solicitou uma audiência com a presidente do Banco e agora novamente com o vice-presidente de pessoas, Rogério Saab, e até agora, em nenhum momento o Banco sinaliza com uma resposta.

O que estamos vendo nas agências é uma total falta de c o n d i ç õ e s d e t r a b a l h o , u m a d o e c i m e n t o e m m a s s a d o s empregados, praticamente um colapso no atendimento. É urgente que se debata as demandas mais urgentes, que teriam que ser tomadas, para mudar a gestão baseada no assédio e superexploração:

- contratar 15 mil novos empregados, para voltar ao número que existia em 2014;

- garantir este núm e ro, chamando todos os aprovados do concurso de 2014 e lançando edital de um novo concurso até, no máximo, o nal de maio;

- extinguir imediatamente o GDP;

- destituir todos os gerentes nacionais, de lial, SRs e SEVs que tenham praticado assédio moral e/ou sexual;

- além do delta relativo a 2022, por mérito, distribuído a todos os empregados a partir de abril, reivindicamos mais um delta a todos, ambos com efeito retroativo a janeiro, após os empregados terem sido sacricados em todos os últimos anos, com excesso de atendimentos, exposição ao Covid e trabalho exaustivo com resultados recordes, além de que no modelo anterior da promoção por mérito, havia a concessão de dois deltas para parte dos empregados, possibilidade que neste ano foi suprimida para todos.

- pagar toda a dívida junto à Funcef, reconhecendo e liquidando o passivo do banco, viabilizando o m do pagamento do equacionamento de milhares de colegas, que hoje têm até 30% dos seus salários descontados todos os meses, para cobrir um rombo do qual são vítimas;

- r e v e r s ã o i m e d i a t a d a privatização da Seguridade da Caixa;

- m dos caixas e tesoureiros minutos, e efetivação de todos eles;

- retorno da mensalidade do Saúde Caixa a 2% do salário, m do 13o mês de mensalidade, m da cobrança por dependentes e retorno da coparticipação ao patamar de 20%;

- retomada da incorporação integral de função após 10 anos de exercício, e de 20% da função a cada ano, após 5 anos de exercício, no caso de incorporação parcial.