Luta Bancária 15 de 2018

Básica

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bancária Publicacao do RN ´ , ~ do Sindicato dos Bancarios Ano XXXIII

Nº 15 04 a 10 de junho de 2018

FNOB DEFINE PAUTA ALTERNATIVA

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correu nos dias 1º e 2 de junho, em Belém (PA), o XV Encontro Nacional da Frente Nacional de Oposição Bancária.

Estiveram presentes os sindicatos do RN, MA e Bauru (SP) e oposições de vários estados.

No primeiro dia, ocorreu o Encontro Classista dos Trabalhadores que, além de bancários, reuniu outras categorias, como educação, saúde, metalúrgicos, correios, serviço público federal e movimento de luta contra as opressões.

Houve um rico debate sobre conjuntura reetindo o movimento que vive o país com uma série de greves, a

derrota da Reforma da Previdência, um governo que, mesmo estando em permanente crise, mantém os ataques aos trabalhadores.

A organização dos trabalhadores veio como resposta. Um exemplo claro disso foi a greve dos caminhoneiros (vide editorial).

Cabe agora manter a luta pela deagração da greve geral contra todos os ataques, reforma trabalhista, contra o aumento do custo de vida e apontando pra necessidade de haver uma organização pela base.

O segundo dia de debates tratou dos pontos especícos da Campanha Salarial dos Bancários. Rearmando as

pautas da FNOB, incluindo a luta contra a resolução 23 que atinge diretamente a saúde dos trabalhadores. Ainda foi debatida a estabilidade no emprego, manutenção de direitos, incorporação e ameaças da reforma trabalhista, e ainda atualizou o debate sobre índice e PLR. Foi evidenciado que a campanha deste ano deverá contar com uma greve muito forte, pois há muita indignação e sobrecarga de trabalho na categoria. Além disso, como a greve do ano passada foi represada, as pessoas estão com gana de lutar.

A pauta deverá ser entregue à Fenaban até o dia 20 de junho.

Veja também

FUNCEF

REMOÇÕES

Equacionamentos será tema de debate no próximo dia 14.

Em SP, trabalhadores lutam contra intransigência do BB.

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02 04 a 10 de junho de 2018

humor e Reflexão

editorial

GREVE DERRUBA PARENTE

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queda do presidente da Pe t r o b r a s , Pe d r o Parente, mostrou a força do movimento paredista dos caminhoneiros ocorrida nos últimos dias. Uma lição que ca é de que apenas a luta pode trazer mudanças.

Com certeza a greve dos caminhoneiros será um movimento que deverá ser fortemente estudado. Sem uma liderança especíca e mobilizados pelo aplicativo de troca de mensagens, whastapp, os caminhoneiros passaram por cima do anúncio do Presidente sobre o m da greve e, além de terem avançado na pauta especíca relacionada ao diesel, ainda derrubaram o presidente da Petrobras. É necessário manter a vigilância, pressionar, anal, o preço do combustível tem impactado consideravelmente no custo de vida do trabalhador brasileiro. Não

adianta tirar o cabeça e manter a política de preços.

Anal, o que a Petrobras tem feito é agradar o mercado aumentando o lucro de seus acionistas.

A mobilização popular é o c a m i n h o . O s caminhoneiros provaram isso.

Não é preciso esperar pelas grande centrais sindicais, c o m o a C U T, q u e j á mostraram que estão mais interessadas no processo eleitoral e em voltar ao poder.

A base, a classe dos trabalhadores é capaz de se auto-organizar, apresentar alternativas de luta e fazer a diferença na própria vida.

Não é apenas o custo de combustível que tem impactado na vida do trabalhador brasileiro, o desemprego e o aumento da inação podem ser o estopim para um novo movimento popular. Está mais que na hora de uma nova Greve Geral!

fábula

O ASNO E A RAPOSA

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m asno estava comendo as folhas de uma amoreira. A raposa o viu e disse-lhe rindo: "Como uma língua tão delicada e macia pode mastigar alimento tão áspero?".

Algumas pessoas se servem da própria língua para destilar veneno.

Fonte: Fábulas de Esopo (2013), Coleção L&PM POCKET, vol. 68.

CAIXA QUER FECHAR 100 AGÊNCIAS E VENDER IMÓVEIS PRÓPRIOS

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ma reportagem publicada dia 15 pela Gazeta do Povo informou que o Conselho de Administração da Caixa aprovou, em 10 de maio, uma meta de lucro de R$ 9 bilhões para 2018, e que esse resultado será alcançado por meio de um corte de custos operacionais de R$ 2,6 bilhões. Informou, ainda, que boa parte desse corte virá do fechamento de agências: “Serão encerradas as atividades de cerca de 100 agências cujas operações são consideradas insustentáveis ou aquelas que disputam clientes em endereços muito próximos”.

Além disso, o CA aprovou a venda de imóveis próprios – o que deve gerar R$ 500 milhões – e o compartilhamento de compras e serviços com outras

instituições nanceiras públicas, como o BB e o BNDES. Não há o que cortar na Caixa.

Que o diga a população que costuma frequentar suas agências! A falta de agências e de funcionários é um fato que está à vista de todos.

Fonte: SEEB Bauru

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EM 5 ANOS, FAMÍLIAS DONAS DO ITAÚ RECEBERAM R$ 9,1 BILHÕES

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e tem um jogo que não muda no Brasil é o da lucratividade dos banqueiros. Uma reportagem publicada em 30 de abril no site da revista Exame revelou que, diante da pior recessão da nossa história, três das famílias mais ricas do país – Setúbal, Villela e Moreira Salles – receberam R$ 9,1 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) do Itaú Unibanco Holding nos últimos cinco anos, período que incluiu dois anos seguidos de contração da economia. Um terço desses R$ 9,1 bilhões foi pago somente em 2017.

Com os lucros robustos e a expansão lenta dos empréstimos (por causa da situação econômica), o capital do Itaú foi se acumulando. Para não prejudicar a taxa de retorno, o banco tem devolvido capital aos acionistas.

Para eles, o jogo também não precisa ser mudado.

Em 2017, pelo segundo ano consecutivo, o Itaú foi o maior pagador de dividendos e JCP entre as empresas

de capital aberto do País. O banco pagou R$ 17,6 bilhões em proventos aos acionistas, 76% a mais do que no ano anterior e mais que o dobro da segunda maior pagadora de dividendos, a Ambev. Nos últimos cinco anos, o total distribuído em dividendos pelo Itaú somou R$ 46,6 bilhões.

Enquanto o montante pago pelo Itaú a seus acionistas mais que triplicou desde 2013, nas cinco maiores empresas não nanceiras do País por valor de mercado o volume pago em proventos recuou 40%. Neste período, tradicionais pagadoras de dividendos, como Vale e Petrobras, foram atingidas por crise econômica, escândalos e queda de preços do minério de ferro. Já a taxa de desemprego subiu de 5,6% em março de 2013 para 12,4%, segundo o Instituto Brasileiro de Geograa e Estatística (IBGE).

A família Moreira Salles recebeu do Itaú R$ 4,12 bilhões em dinheiro ao longo de cinco anos, enquanto os Setúbal levaram R$ 1,72 bilhão e os

REMOÇÕES COMPULSÓRIAS NO BB MOBILIZAM A CATEGORIA BANCÁRIA EM SP

Villela, R$ 3,25 bilhões. O clã Moreira Salles tem participação indireta de 8,84% no banco por meio da holding Cia E. Johnston. Os Setúbal e os Villela têm ações por meio da Itaúsa, que detém uma fatia de 37,6% no banco.

Outros ganhadores As famílias não foram as únicas beneciárias da montanha de dinheiro distribuída pelo Itaú. O banco tem 121 mil acionistas diretos e mais 1 milhão de brasileiros ganharam dividendos da instituição por meio de fundos que têm ações do banco, de acordo com cálculos da própria instituição. A Itaúsa, que também é listada na bolsa e distribui os dividendos que recebe do banco, tem aproximadamente 65 mil acionistas.

No m de abril, a participação dos Moreira Salles no Itaú (8,8%) valia cerca de R$ 27 bilhões, a dos Setúbal na Itaúsa (11,9%) valia cerca de R$ 12 bilhões e a dos Villela (22,53%) valia R$ 22,7 bilhões.

REINTEGRAÇÃO NO BRADESCO

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s bancários do Complexo São João do BB, em São Paulo, estão realizando uma série de paralisações parciais exigindo que nenhuma remoção compulsória seja efetivada. As remoções compulsórias se tornaram uma cruel realidade no Banco do Brasil no último período.

Desrespeitando a história das pessoas, suas famílias, compromissos e rotinas, o Banco tem fechado indiscriminadamente vagas nas dependências, criando excessos e forçando os trabalhadores a saírem das agências e departamentos.

Muitas vezes, como é o caso agora no complexo São João, mesmo existindo vagas em outras agências, o Banco quer obrigar os trabalhadores afetados a escolherem dentro de uma lista de agências delimitadas por ele. Os trabalhadores se organizaram para lutar, repudiando essa atitude tirana do Banco do Brasil e exigindo que nenhuma remoção compulsória seja efetivada!

Os colegas dos CESUPs e CENOPs enviaram uma carta à Diretoria de Pessoas exigindo o m das remoções compulsórias e seguem mobilizados para impedir esse ataque.

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Sindicato dos Bancários do RN acompanhou no dia 28 de maio a reintegração do bancário Gilson Bento, do Bradesco. A reitegração do colega foi uma verdadeira batalha, conquistada depois de muito esforço. Mais uma vitória da categoria!

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04 04 a 10 de junho de 2018

BRASIL ENTRA EM LISTA DA OIT SOB ACUSAÇÃO DE VIOLAR NORMAS TRABALHISTAS INTERNACIONAIS

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Organização Internacional do Trabalho (OIT) incluiu o Brasil na lista de países acusados de descumprir normas internacionais de proteção dos trabalhadores. A decisão foi divulgada ocialmente no dia 29 de maio, em sessão da Comissão de Normas da 107ª Conferência Internacional do Trabalho, em Genebra, que foi acompanhada pelo procurador-geral do Ministério Público do Trabalho (MPT), Ronaldo Fleury, e pelo procurador e assessor internacional da instituição, Thiago Gurjão.

O Brasil entrou no grupo de 24 países, ao lado de Haiti e Camboja, depois de consultas feitas pelo MPT e denúncias de sindicatos contra a reforma trabalhista. A OIT integra o sistema das Nações Unidas e possui um comitê que irá analisar a denúncia de violação de convenções internacionais raticadas pelo Brasil. No ano passado, antes da aprovação da reforma trabalhista, o Brasil chegou a ser incluído na lista mais ampla e preliminar, mas acabou de fora da lista denitiva.

Ronaldo Fleury diz que a inclusão expõe o Brasil internacionalmente e é fruto da aprovação, de forma açodada, de uma reforma que torna precárias as relações de trabalho no país. “É uma pena o Brasil ser exposto internacionalmente, entretanto isso é resultado da reforma trabalhista, que só visou a precarização das relações de trabalho, criando formas alternativas e precarizantes de contratação e, principalmente, visando o enfraquecimento da estrutura sindical”, arma.

Segundo o procurador-geral do MPT, o movimento dos caminhoneiros mostra como entidades com baixa representatividade entre suas categorias têm diculdade de negociar: “O Brasil inteiro sente o enfraquecimento da estrutura sindical com o movimento dos caminhoneiros, das empresas, que tem trazido o grande drama de se fazer um movimento muito rapidamente, entretanto não ter como sair dele pela falta de legitimidade, pela falta de representatividade das entidades sindicais dos trabalhadores. Essa situação vai com certeza se reetir nas outras categorias, com a ampla pejotização“, acrescenta Fleury.

Fonte: MPT

Pegadinhas

da língua portuguesa

ACONSELHAR

Por João Bezerra de Castro

De acordo com o sen do, o verbo aconselhar admite mais de uma regência.

Vejamos as regências mais importantes desse verbo: 1. Quando significa dar conselho(s) a, orientar, recomendar, é transi vo direto. Nesse caso, podem ser feitas as perguntas: Aconselhar o quê?

Aconselhar quem? Exemplos: .O homeopata aconselhou o emprego de medicamentos preven vos. .Pais conscientes aconselham bem os filhos.

2. Quando significa procurar convencer, recomendar, indicar, prescrever, receitar, procurar induzir, persuadir, é transi vo direto e indireto. Nessa situação, admitem-se duas sintaxes: Aconselhar algo a alguém e aconselhar alguém de, em, para algo, ou a fazer (ou não fazer) alguma coisa. O objeto direto e o objeto indireto podem ser, indiferentemente, coisa ou pessoa.

Exemplos: .O professor aconselhou os alunos à leitura das poesias de Fernando Pessoa. .O professor aconselhou aos alunos a leitura das poesias de Fernando Pessoa.

Obs.: Na primeira frase, o objeto direto é pessoa (alunos) e o objeto indireto é coisa (leitura: “a” preposição + ”a” ar go = à leitura). Na segunda, o objeto direto é coisa (leitura: “a” ar go = a leitura) e o objeto indireto é pessoa (alunos: “a” preposição + “os” ar go = aos alunos). .“Aconselhei Adrião a que não falasse muito.” (Graciliano Ramos, Caetés) Obs.: Nesse exemplo, o objeto direto é pessoa (Adrião) e o objeto indireto é coisa, no caso, uma oração subordinada substan va obje va indireta. .O agente de trânsito aconselhou ao motorista que usasse o cinto de segurança.

Ob.: Nesse exemplo, o objeto indireto é pessoa e o objeto direto é coisa, no caso, uma oração subordinada substan va obje va direta. .“Aconselhei-os a que me esperassem.” (Celso Pedro Lu , Dicionário Prá co de Regência Verbal, pág. 32) Obs.: Segundo o autor, pode-se omi r a preposição “a” que inicia a oração obje va indireta: Aconselhei-os ( ) que me esperassem. Tal omissão não altera a sua classificação. Pode-se usar também a preposição “para” no lugar de “a” quando ver conotação “final”: Aconselhei-os para que me esperassem.

3. No sen do de orientar, dar conselhos, é intransi vo em frases do po: .“Eu nunca aconselho, porque poucos gostam de ouvir conselhos.” (Sacconi) .“Quem aconselha par cipa do ato pra cado.” (Rabelo da Silva) 4. No sen do de reunir-se para debater ou discu r, especialmente para chegar a uma conclusão ou decisão, aconselhar é verbo pronominal. Exemplos: .“Aconselhou-se antes de tomar decisão.” (Aurélio) .Os advogados aconselharam-se por mais de cinco horas.

EXPEDIENTE Luta Bancária é uma publicação do Sindicato dos Bancários do RN

SEDE/NATAL: Av. Deodoro da Fonseca, 419 - Petrópolis - Natal (RN) - CEP 59020-025 FONES: (84) 3213-0394 // FAX: (84) 3213-5256 Conselho Editorial Eduardo Xavier Marcos Tinôco Matheus Crespo

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