Básica
Filiado a`
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bancária Publicacao do RN ´ , ~ do Sindicato dos Bancarios Ano XXXIII
Nº 22 30 de julho a 05 de agosto de 2018
TÁ CHEGANDO A HORA DE DIVIDIR O BOLO
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o próximo dia 1º de agosto será o embate nanceiro com a Fenaban. Após quatro rodadas de negociações e uma sequência interminável de negativas, os bancários se preparam para a piada que os banqueiros estão preparando para a categoria. Nesse momento é bom lembrar o lucro de mais de R$ 75 bilhões obtido pelos cinco maiores bancos em 2017 e os mais de R$ 20 bilhões, apenas no primeiro TRImestre de 2018. Números impressionantes, que não estão se convertendo em benefícios e direitos para a categoria, deveriam ser apresentados em formato nanceiro, o que é pouco provável. Até agora o que sabemos é que a ultratividade vem sendo tratada como um verdadeiro bode na sala de negociação. No intuito de conquistá-la, os demais direitos têm sido colocados em segundo plano. Não vemos a Contraf CUT convocar ou organizar a categoria para a luta nas bases. Poucas informações são repassadas e aguarda-se a ‘‘boa vontade’’ dos banqueiros. Os patrões só entendem uma língua: a nanceira. Um mês de produção paralisada signica bilhões a menos no bolso deles. E só assim será possível fazer com que eles recuem e apresentem uma proposta viável e aceitável para a categoria. Os ataques vêm por todos os lados. É Reforma Trabalhista, Terceirização, Planos de Saúde, Reforma da Previdência, Equacionamentos nos Planos de Previdência Complementar. Chega de terceirizar a luta. É hora de partir para o ataque para não perder direitos! Veja também
LUCROS
SAÚDE
Santander e Bradesco divulgam números crescentes no segundo trimestre.
Resoluções da CGPar são entraves para avanços nas negociações.
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humor e Reflexão
editorial
LUCROS DOS BANQUEIROS ENGORDAM À CUSTA DOS TRABALHADORES
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Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do E s t a d o d e S ã o Pa u l o (FecomercioSP) divulgou um estudo sobre os impactos recentes do crédito sobre as empresas e famílias no Brasil em que destaca que as empresas e famílias brasileiras pagaram, juntas, R$ 475,6 bilhões em juros, alta real de 11,8% em relação ao ano anterior. O valor corresponde a 7,3% do produto interno bruto (PIB) de 2017. Isso é uma prova de como os banqueiros tiram dos trabalhadores o lucro que tanto engorda seus cofres. O estudo mostra que houve aumento no montante de juros pagos, apesar do ciclo de quedas na Selic e da própria redução na oferta total de empréstimos. No ano passado, as famílias brasileiras pagaram R$ 354,8
bilhões em juros, alta real de 17,9% em relação a 2016, e que corresponde a 10,8% da renda anual das famílias. Isso signica que o pagamento de juros, em termos individuais, representou um dos maiores itens de despesa das famílias, superando o dispêndio total por ano com grupos de itens de gastos domésticos, como de educação e vestuário. Com a atual taxa de desemprego e com os trabalhadores tendo que trabalhar cada vez mais para pagar juros, é difícil ver em médio prazo as famílias brasileiras saindo da tal crise. A p r ó p r i a nanciadora da pesquisa, a Fecomércio, ressalta que a dívida pública é o grande empecilho para a retomada do crescimento da economia. A dívida é um roubo legalizado que vem fazendo os mais pobres sangrarem para engordar os mais ricos.
fábula
AS CARPIDEIRAS
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m homem muito rico tinha duas lhas. Quando uma delas morreu, ele chamou as carpideiras. A outra lha disse então à mãe: —Veja a nossa infelicidade: nós que estamos sofrendo não sabemos como chorar, enquanto essas mulheres que não têm nada a ver com nosso luto se dilaceram e choram com tanta violência. —Não se admire, minha querida — respondeu a mãe —, se elas fazem tudo isso é porque estão sendo pagas. Fonte: Fábulas de Esopo (2013), Coleção L&PM POCKET, vol. 68.
NOVO CONVÊNIO BRADESCO E SANTANDER DIVULGAM LUCROS DO SEGUNDO TRIMESTRE
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s lucros do Santander aumentaram 27,5% em relação ao mesmo período de 2017. Já o Bradesco aumentou o lucro em 9,7%. Ou seja, a crise continua passando longe do setor. Em plena Campanha Salarial, os lucros dos bancos são um tapa na cara da categoria que vem se mantendo desmobilizada e ansiosa pelo que os banqueiros poderão oferecer no dia 1º de agosto. O Banco Santander obteve um Lucro Líquido Gerencial de R$ 5,884 bilhões no 1º semestre de 2018, crescimento de 27,5% em relação ao mesmo período de 2017, com rentabilidade de 19,3%, alta de 3,4 pontos percentuais em doze meses. No trimestre, o crescimento foi de 5,8%. O lucro obtido nos seis www.bancariosrn.com.br
primeiros meses do ano no Brasil representou 26% do lucro global que foi de 3,752 bilhões (com crescimento de 4,0% em doze meses). O Bradesco teve lucro líquido Recorrente de R$ 10,263 bilhões, no 1º semestre de 2018, com crescimento de 9,7%, em relação ao mesmo período de 2017 e de 1,2% no trimestre. A rentabilidade (retorno sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado – ROE) alcançou 18,5%, com aumento de 0,3 pontos percentuais em doze meses. Somente em 2017 o lucro dos cinco maiores bancos superou os R$ 75 bilhões. No primeiro trimestre esse lucro já ultrapassava os R$ 20 bilhões. A rentabilidade é o maior trunfo da categoria na hora de exigir uma melhor remuneração.
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GOVERNO VEM COM GOSTO DE GÁS PARA RETIRAR DIREITOS
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segundo semestre é um momento importante para as principais categorias do país que entram em campanha salarial. Correios, Petrobras, bancários e metalúrgicos são as principais. Os Correios começam um mês antes, pois sua data-base é em agosto, e possuem como patrão o Governo Federal, por isso, através da proposta apresentada a eles é possível ter uma ideia da disposição do governo em negociar. É um excelente parâmetro para os bancários, por exemplo, pois sabemos que o governo tem um peso forte na negociação, visto que a mesa com a Fenaban é única, e o Governo é patrão de bancos como BB, Caixa Econômica Federal e BNB. A proposta deste ano é extremamente rebaixada e tem causado
impasses na categoria. Retirada de direitos amparada na nova Legislação Trabalhista e sequer uma proposta descente de cobertura da inação do período (que sabemos vem sendo maquiada pelo governo e não reete a realidade dos trabalhadores brasileiros). Fi c a c o m o a l e r t a p a r a o s bancários. É preciso organizar e lutar, para não sermos surpreendidos com uma proposta tão ruim como esta. Índice econômico: Proposta da empresa: 1,58% (equivale a 60% do índice INPC, em que hoje se encontra em 2,64%) Domingo/feriado: Hoje: 200% da hora Proposta ECT: 100% da hora V.A./ V.R.: Hoje: 0,05% Proposta ECT:
CHEGA DE ATAQUES
- 5% - Somente receber em dias trabalhados ( o u s e j a , e m l i c e n ç a maternidade/paternidade, férias, acidente de trabalho e outros os trabalhadores não irão receber nem o V.A. e nem o V.R.) Exclusão de Vale Cultura e Vale Peru Adiantamento de Férias: Hoje: Até 5 parcelas Proposta ECT: até 2 parcelas Adicional Noturno: Hoje: 20h - 06h / 60% da hora/trabalho Graticação de férias: Hoje: 70% Proposta ECT: Exclusão da cláusula Quebra de Caixa (Agências): Reembolso Creche/Babá: Hoje: Até o 7° aniversário Proposta ECT: Até o 6° aniversário
SAÚDE CAIXA SEGUE SOB AMEAÇA
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a última reunião especíca ocorrida com a Caixa Econômica Federal, o Banco foi contundente em dizer que usará as Resoluções 22 e 23 da CGPar como parâmetro para todas as decisões tomadas sobre o Saúde Caixa. As resoluções limitam o custeio por parte da empresa, retiram dependentes do rol de beneciários, implementa períodos de carência e franquias, entre outros absurdos que oneram os bancários e isentam o Banco da responsabilidade com a saúde de seus funcionários. Todas as negociações ocorridas com os bancos em 2018 estão sob uma legislação extremamente benéca para os patrões e assustadora para os trabalhadores. É preciso construir a resistência.
PERSEGUIÇÃO E ASSÉDIO MORAL PODEM AUMENTAR NO BB
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dia 10 de agosto convocado pelas centrais sindicais como um dia nacional de paralisação e manifestações contará com mobilizações em todos os estados. Será um dia para dizer basta aos ataques dos governos e patrões. A defesa do emprego, da aposentadoria e dos direitos trabalhistas foi denida como eixo central e de unidade entre todas as centrais. Os bancários, uma das categorias que estão em Campanha Salarial, participarão ativamente deste dia. Banqueiros não têm avançado nas propostas e essa é uma oportunidade de mostrar a força e união da categoria, com sentimento classista e organização.
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m reunião especíca com o Banco do Brasil os temas tratados foram as cláusulas sociais e sindicais, envolvendo representação dos delegados e dirigentes sindicais. Nas cláusulas sociais, o Banco sinalizou a renovação dos itens já constantes no atual acordo, com promessa de apresentar redação de alguns itens que foram debatidos. O Banco apresentou na mesa a proposta de redução para apenas 1 ciclo avaliatório de GDP o período para descomissionamento decorrente de avaliação funcional. A argumentação do BB é que com 1 ciclo igualaria todos os funcionários com cargos comissionados. Tal alteração irá facilitar as situações de assédio e perseguição, pois os funcionários vêm relatando que nas reuniões que os superintendentes vêm realizando em todo o país está sendo abertamente orientado que os gestores devem aumentar o número de anotações na GDP com o objetivo de facilitar os descomissionamentos.
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Pegadinhas
SOB AS BÊNÇÃOS DE SANT’ANA
da língua portuguesa
Por João Bezerra de Castro
DERIVAÇÃO REGRESSIVA
OSMAR BATISTA DE AMORIM, funcionário do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), lotado na Agência Natal-Centro-RN, quer saber se está correto o emprego da palavra aguarda na seguinte frase: Ficamos na aguarda das providências sobre as planilhas encaminhadas neste e-mail. No estudo dos processos para a formação de palavras da língua portuguesa, há a derivação regressiva, que consiste na criação de substan vos abstratos derivados de verbos e, por isso, recebem o nome de substan vos deverbais ou pós-verbais.
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elo sexto ano consecutivo o Sindicato dos Bancários do RN levou um grupo de aposentados e seus acompanhantes para participar da Feirinha de Sant’Ana, em Caicó. O sucesso da excursão é tanto que desta vez foi preciso um ônibus e um micro-ônibus para levar a animação de todos. Na ida os bancários zeram uma rápida parada para o desjejum em Tangará seguindo para Caicó, onde chegaram antes do horário do almoço. Após uma passagem pelas barracas do Sindicato e de alguns bancos que vendem comidas típicas da região, como choriço e lhós, os bancários se dividiram em visitações à Igreja, Ilha de Sant’Ana e a familiares. A tarde foi animada com muito forró em várias tendas que ofereciam música, comida e bebida por toda a cidade. Próximo ao m da tarde os bancários retornaram a Natal fazendo ainda uma parada em Santa Cruz, onde puderam jantar antes da chegada à capital potiguar. A se avaliar pela animação dos presentes, o passeio ainda terá vida longa por muitos anos.
CAMINHADA JÁ TEM PROGRAMAÇÃO DEFINIDA
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Sindicato dos Bancários do RN está preparando a programação da Jornada Cultural, que ocorre em agosto. Abrindo as comemorações do Dia do Bancário teremos a Caminhada Ecológica no Parque das Dunas, dia 25 de agosto, a partir das 8h, que já está com sua programação denida: - 08h Caminhada Ecológica – 20' (Concentração – Quadra Folha das Artes) - 08h 30 Alongamento – 40' com a Professora Fisioterapeuta Luma Benigno da EVIDANCE (No Anteatro) - 09h 10 Café da Manhã- 30' (Restaurante) - 09h 40 Dicas de Saúde – 30'(Anteatro) com a Dentista Dra. Adazilma Fernandes - 10h15 Zumba – 45' com o Professor Jan Jan Lima da EVIDANCE (No Anteatro) -08h às 11h Realização de Testes Glicêmicos e Vericação da Pressão Arterial (Enfermeira Ângela)
O procedimento mais usual nesse processo de enriquecimento vocabular consiste na subs tuição da desinência verbal de infini vo (-ar, -er ou -ir) por uma das vogais temá cas nominais (-a, -e ou -o). Os substan vos regressivos podem ser masculinos e femininos, indicam “ação” ou “ato de” e são distribuídos em quatro grupos: 1º) Masculinos em -o: arrocho, atraso, confronto, emprego, erro, esforço, festejo, jogo, laço, mando, mergulho, passeio, recuo, rodeio, roubo, suspiro, trabalho, voo, etc. 2º) Masculinos em -e: alcance, corte, debate, destaque, rebate, saque, toque, etc. 3º) Femininos em -a: afronta, amarra, busca, desova, disputa, engorda, entrega, escolha, esfrega, fuga, leva, luta, poda, rega, renúncia, súplica, etc. 4º) Masculinos e femininos: achego, achega, aguardo, aguarda, ameaço, ameaça, custo, custa, grito, grita, pago, paga, troco, troca, etc. Obs.: Se a palavra indica objeto ou substância, não ocorre derivação regressiva, pois é ela que dá origem a um verbo: âncora (objeto) -> ancorar; fumo (substância) -> fumar. Quando precisamos saber se uma palavra pertence ao nosso léxico, devemos tomar por premissa o fato de que é a Academia Brasileira de Letras (ABL) que tem a responsabilidade oficial de fixar a ortografia nacional. Em 2009, a ABL publicou a 5ª edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa e nele constam os subst. aguarda e aguardo. Como o VOLP tem força de lei, essas palavras são vernáculas. Além do VOLP, os bons dicionários também registram tais substan vos, a exemplo de: NOVÍSSIMO AULETE: Aguarda (sf). Ação ou resultado de aguardar; AGUARDAMENTO [Formação: Deverbal de aguardar.] Aguardo (sm). A tude ou ação de aguardar; espera; expecta va: Estou no aguardo de sua ajuda. AURÉLIO: Aguarda [Deverbal de aguardar.] S.f. Aguardamento. Aguardo [Dev. de aguardar.] S.m. Ato ou efeito de aguardar; espera: Estou ao aguardo de suas no cias. HOUAISS: Aguarda s.f. ato ou efeito de aguardar; espera. E m.: regr. de aguardar. Aguardo s.m. ato ou efeito de aguardar; a tude de quem aguarda. Crí co do uso de aguardo como substan vo, Sacconi mudou de opinião e registrou no Grande Dicionário Sacconi da língua portuguesa: aguardo s.m. Ato ou efeito de aguardar: estar ao aguardo de uma resposta, de um telefonema; ficar ao aguardo de uma solução. E acrescenta: É derivada regressiva de aguardar. Portanto, Osmar, está perfeito o uso do substan vo aguarda na frase supracitada.
EXPEDIENTE Luta Bancária é uma publicação do Sindicato dos Bancários do RN
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Jornalista Responsável Ana Paula Costa (1235 JP/RN) Estagiária Vanessa Islany Ilustração Brum Impressão Unigráfica Tiragem 4 mil exemplares
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